METODOLOGIA DE ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO

Transcrição

METODOLOGIA DE ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO
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Empoderando
vidas.
Fortalecendo nações.
Projeto BRAl12/018 - Desenvolvimento de Metodologias de Articulação e Gestão de Políticas Públicas para Promoção da Democracia Participativa
Produto 03 - Proposta de metodologia de organização da informação, formulários e demais
ferramentas que fomentem a sistematização de metodologias de participação social de forma
clara 'e reutilizável no portal de participação social
Organização da informação sobre participação social
Paulo Roberto Miranda Meirelles
Secretaria Geral da Presidência da República
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Produto 03 - Proposta de metodologia de organização da
informação, formulários e demais ferramentas que fomentem a sistematização de metodologias de participação sociaI de forma clara e reutilizável no portal de participação.
social
Contrato n. 2014/000062
Objeto da contratação: "Catalogação e sistematização de informações e conteúdos, construção
de bases de dados, modelagem de ontologias, sistemas de indicadores e organização da arquitetura da informação do portal da participação social."
Valor do produto: R$ 10.800,00 (dez mil e oitocentos reais)
Data de entrega: 25 agosto de 2014
Nome do consultor: Paulo Roberto Miranda Meirelles
Nome do supervisor: Ricardo Augusto Poppi Martins
2
Secretaria Gera) da Presidência da República
MEIRELLES,
Paulo R. M.
Proposta de metodologia de organização da informação, formulários
tas que fomentem a sistematização de metodologias de participação
ra e reutilizável no portal de participação social.
e demais ferramensocial de forma cla-
Total de folhas: 47
Supervisor: Ricardo Augusto Poppi Martins
SG/PR
Secretaria Geral da Presidência da República
Palavras-chave:
repositório institucional, participação social, relatório técnico, Iinked data.
lSlDEsta
obra é licenciada sob uma licença Creative CommonsNão Comercial. 4.0 Internacional.
Atribuição-
3
1""~O~(A
'olfotT.tTIdort«ón
Resumo
Este documento refere-se ao terceiro produto relacionado no Termo de Referência
BRAJ12/018 sob a coordenação da Secretaria Geral da Presidência da República voltado
para o desenvolvimento de metodologias de articulação e gestão de políticas públicas para
promoção da democracia participativa. Nesse relatório é proposta uma redefinição da biblio- ,
teca digital de participação social relacional e aberta, considerando um alicerce de informações sobre os objetos de informação que contempla (i) o registro bibliográfico dos objetos de
informação, (ii) o registro de autoridades ou pessoas vinculadas a esses objetos, e (iii) um
arranjo de assuntos que sirvam como índices que facilitam o acesso a esses documentos..
Adicionalmente, foi previsto um esquema de anotações como uma alternativa para que a
comunidade de usuários da biblioteca possa contribuir com a identificação dos conceitos
inerentes à organização dos conteúdos de participação social. Esses elementos são colocados como subsídios para sistematização de metodologias de participação social e oferecem
elementos e artefatos necessários para sistematizar e organizar as informações de participação social focada em relacionamentos.
Palavras-chave: bibliotecas digitais, participação social, organização da informação, open
Iibrary.
4
Em1X#tf'ftdoO'ia~L
JOI/OlrCmdOtl(l{OM.
Conteúdo
Lista de figuras
06
Lista de tabelas.................................................................................................................................
07
1
Introdução.................................................................................................................................
...
1.1 Problema de pesquisa
08
09
1.2 Objetivos
:.........
1.3 Justificativas
:.........................
2. Revisão de literatura.........................
10
11
12
2.1
Dados ligados e abertos (/inked open data)
13
2.2
Localizando significado para conteúdos do linked data
17
2.3 Tendências e padrões de catalogação..................................................................................
18
2.3.1 Modelos conceituais para catalogação
19
2.3.2 RDA - Novo padrão para catalogação
22
2.4 Vocabulários controlados
25
2.5
27
Registros de autoridades
2.6 Serviços de anotação
3. Metodologia
para organização
4. Ferramentas
para sistematização
4.1
28
de informação
de metodologias
Mapeando conteúdos Dspace para RDF
5. Considerações
finais
Referências.............
de participação
social.................................
de participação
social
30
:.....
35
38
45
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Lista de figuras
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Figura 1.1 -Site do Conselho Nacional de Saúde com link para documentos
.
09
Figura .1,.2- Exemplo de ,um arqUivo sobre.atêldereunião
.
10
Figura 2.1 - Exemplo de um registro bibliográfico
Figura 2.2 - Framework da web semântica ..:
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com informaçõe,s interligadas
:
: ;,
:......•.. ,:
Figura 2.3 _ Comparando ,tabelasrel~cionais. com modelo RDF ..;;
Figura
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:
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25
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. 28
'i
Exemplo de grafo RDF ligando várias fontes.de dados
Figura 2.5 - Amostra da nuvem de dados Iig~élos em 2010
:
,
Figura 2.6 - Entidades do Grupo 1do ModelçFRBR
:
,
:
Figura 2.7 - Exemplo do modelo FRBR aplica~o a um registro musical
Figura 2.8 - Entidades FRBR dos grupos 1, 2 ~ ~
:
Figura 2.9 - Modelo conceitual para dadosd~autoridade
Figura 2.10 - Descrição tradicional
Figura 2.11 - Complexidade
com uso de regras AACR2
dos tipos de vocabulários controlados
Figura 2.12 - Representação
....•.
~
gráfica domodelo
de dados BIBFRAME
,
Figura 2.13 ..- Exemplo de atribUição de tags no contexto Open Annotation
Figura 3.1 -Componentes
de organização de informação
Figura 4.1 ~ Sugestão de interligação de docurentose
'Figura 4.2 - Objeto bibliográficorepresentad~
de participação
social
dados ligados
num repositório
de triplas RDF
:
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29
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1 Introdução
A participação
popular
pode ser compreendida
como um processo
no qual os
cidadãos são sujeitos políticos e exercem os direitos políticos. Nesse contexto, percebe-se
um interesse do Governo para a criação de novos mecanismos
manutenção
(ALMEIDA,
mecanismos
surgimento
de concepção,
de políticas públicas com um maior envolvimento
2014).
Uma das formas
formais de participação
de diversos
de participação
canais de participação
da sociedade
previstas
criados na Constituição
execução e
organizada
em lei é através
dos
de 1988, que alavancou
social, como conselhos,
o
conferências
e
ouvidorias, dentre outros, os quais são normalmente instituídos por legislações específicas.
Recentemente
o governo lançou a Política Nacional de Participação
Social, instituída
pelo Decreto 8243/2014, que motiva a organização de um Sistema Nacional de Participação
Social (PNPS), cuja premissa supõe a organização
dos conteúdos
participação
enorme de informações
social. Embora exista uma quantidade
tema, foi percebido que existem informações
disponibilizadas
desatualizadas,
de informação
em especial
sobre
sobre esse
as que estão
em catálogos impressos e em sites como é o caso do Conselho Nacional de
Assistência Social1 e da Conferência Nacional de Educaçã02•
De fato, nos últimos anos percebe-se
sobre os arranjos
participativos,
em especial
uma produção
sobre
significativa
os conselhos
de informações
nacionais
que são
constituídos para discutir aspectos variados, como saúde, educação e justiça, dentre outros.
Em geral, eles são formados por entidades da sociedade civil e do Governo e têm como
finalidade a atuação nas políticas públicas de determinado tema, sendo que as atribuições
variam de acordo Com os diversos contextos.
Nesse sentido, tem havido algumas iniciativas de organização da participação social,
sendo que as mais expressivas
são o portal Participa.brJ que concentra
ferramentas
e
metodologias de participação social (SOLAGNA, 2014) e a criação de uma biblioteca digital
de participação
social, divulgada
recentemente
no seminário
sobre Bibliotecas
Digitais e
Design Participativo realizado pelo governo federal4•
1 URL http://www.mds.gov.br/cnas.
2 URL http://conae.mec.gov.br.
3 URL http://www.participa.br.
4 URL http://ipea.gov.br/participacao.
8
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•
1.1 Problema de pesquisa
É sabido que uma sociedade organizada precisa ter a comunicação como um de
seus pilares essenciais para garantir o exercício da democracia (LIMA, 2014). Nesse
sentido, a sistematização e catalogação de informações torna-se requisito importante para
que o conhecimento sobre atividades e fatos que envolvem os canais de participação e os
movimentos sociais estejam disponíveis à sociedade civil e aos gestores do governo
responsáveis pelo tema.
Por outro lado, a proposta de organização de conteúdos atualmente em discussão no
Governo é a utilização do software Dspace5 funcionando como um repositório de
documentos variados, como os atos normativos e documentos de reunião que estão
exemplificados na parte esquerda da Figura 1.1.
~"!J'CONSELHO
NACIONAL DE SAÚDE
Fale Conosco
Links üteis
aCONSELHO
--
11'
Apresentação
.• _
[•. His:õnco
1:-
Composrçio
,••
CON.FERtNCIA NACIONAL Dl SAÚDI
DO TRABALHADOR
.
Orgat''llzat1on.1
~ Estrutura
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E
DA TRABALHADORA
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I:' R.egime:lto
,- Fluxo d. trabalhe
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1:-
Comíssces
•. Notiàas do Conselho
Exc-.die"t.
ATOS HDRMATIVOS
!:.
R..soluções
t.
R..com.ndaçõ.s
CiSllmll se reúne em Brllsma
~ Moções
1:-
CIRH discute Residência ~lultipcofissional e Sallde
Coletiva
O.Ht,.r.çõ.s:
lS' CNS e Sllude. +lC são relembrados
no
encerramento
dll Jornada Gilson Clll'Vlllho de
Oficinas sobre Financiamento dll reoião Sudeste
:~ L.-çlsiaçio
_.
R£UNJÕES
DO
COHSEUlO
1;.Cale'ldÂno
PrincipaIs problemlls e soluções para a saude
pública do Sudeste são listlldos duo-ante Jornada
Gil:;on Carvlllho de Oficinlls R.egionais
. OUTRAS NOTicIAS
\
Figura 1.1 - Site do Conselho Nacional de Saúde com Iínk para documentos
Fonte: htlp://conselho.saude.gov.br
'-
No esquema em discussão, os documentos tais como atas de reunião, normas,
moções e outros tipos de documentos são originados e catalogados pelos próprios canais
de participação social existentes. Por esse motivo, o esquema de metadados para
5
URL
http://www.dspace.org.
9
'S
catalogação
f~rmdOrJc1tn
'D'IC'"ctneol'lnt6oo1..
precisa ser simples para facilitar o registro de documentos
e garantir
um
repositório centralizado desses conteúdos .
. Embora a iniciativa adotada permita a preservação dos documentos
de participação
social, percebe-se que é insuficiente para dar conta de algumas demandas que envolvem a
relação entre entidades e informações espalhadas nos artefatos digitais e, mais ainda, em
outros tipos de artefatos que podem estar fora do repositório de documentos. Além disso, os
documentos
'-
são extensos e descritos em formatos
difícil leitura, o que dificulta a identificação
proprietários,
de conceitos
não estruturados
de interesse
nesses
e de
suportes
documentais. Um exemplo está ilustrado na Figura 1.2 a seguir.
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~
3
CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE
4
5
6
ATA DA DUCENTESIMA QUINQUAGESIMA OITAVA REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO
NACIONAL DE SAÚDE - CNS
7
8
9
10
11
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13
14
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31
MINISTERIO DA SAÚDE
Aos quatro e cinco dias do mês de junho de dois mil e catorze, no Auditório da Procuradoria-Geral de
Justiça, Sede do Ministério Público do Espírito Santo, Rua Procurador Antônio 6en~jçlQ ~
Pereira, nO350, bairro Santa Helena - Ed. Promotor Edson Machado. térreo. Vitória - ES. realizou-se
a Ducentésima Quinquagésima Oitava Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde - CNS. A
258" RO teve por objetivos: 1) Socializar e debater a Política Nacional para Grandes Eventos - Copa:
Gastos, impactos e beneficios. 2) Discussão da proposta de manifesto e agenda da Saúde nas
eleições. 3) Socializar, deliberar e encaminhar demandas da CONEP. 4) Socializar. deliberar e
encaminhar demandas da COFIN. 5) Socializar. deliberar e encaminhar demandas da CIRH, A
Presidente do CNS. Maria do Socorro de Souza, cumprimentou a todos os presentes. verificou o
quórum e iniciou a reunião. ITEM 1 - APROVAÇAo DA PAUTA DA 258" REUN/ÁO ORDINÁRIA DO
CNS - APROVAÇAo DA ATA DA 253" e 254" REUNIÃO ORDINÁRIA DO CNS. A Presidente do
CNS, Maria do Socorro de Souza. convidou para dizer algumas palavras o Secretário Executivo do
Conselho Estadual de Saúde do Espírito Santo, Milton César Valente da Costa, que a gradeceu a
oportunidade de participar de uma reunião do CNS e afirmou que isso aprofunda seu conhecimento
acerca do controle social. Apresentou os conselheiros recentemente empossados do CES que teve 5%
de sua representação renovada. Afirmou ter conversado com representantes do Ministério da Saúde
sobre a capacitação dos conselheiros estaduais e que o CES/ES não possuía nenhuma comissão
funcionando e agora já tem 50% delas em plena atividade. Afirmou ter sido eleito como coordenador
de plenária. Maria Lúcia dos Santos Mariano, representante dos usuários pela entidade FAMOPES,
Federação das Associações de Moradores e Movimentos Populares do Espírito Santo. alegou ser
muito bom participar e aprender com os representantes do CNS e que o cartão SUS é o plano de
saúde do cidadão. o melhor que existe. João Carlos dos Santos, também Conselheiros do CES/ES
disse estar muito feliz em participar da reunião do CNS. A Presidente do CNS, Maria do Socorro de
I
Figura 1.2 - Exemplo de um arquivo sobre ata de reunião
Fonte: htlp:l/conselho. saude .gov. br
1.2 Objetivos
o contexto
apresentado
anteriormente
levou a uma indagação sobre as formas de
catalogação praticadas
atualmente
registro de informações
de maneira relacional, segundo as recomendações
sobre catalogação.
e no que elas podem ser melhoradas
De fato, se a catalogação
tradicional
para permitir o
mais recentes
é mais prática, a catalogação
relacional que envolve informações e entidades pode ser difícil a ponto de tornar o processo
10
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impraticável
E~r(Jndori:1a~
'orlO!nmdOtl()(Or1.
e desmotivador.
Nesse sentido, nesse relatório de consultoria
apresentar
uma arquitetura
informação
de repositórios
espalhados
pela web e pelas redes sociais como ocorre com os chamados
Essa iniciativa
Participa.br
atende
para permitir catalogação
institucionais,
a demanda
e, por esse motivo,
relacional
o objetivo é
envolvendo
objetos
por exemplo, com outros artefatos
de informação
o objetivo
e interação
é propor
e entidades
linked dafa6.
preconizada
um método
de
no portal
de catalogação
de
informações aberto e adaptado às demandas dos canais de participação social.
1.3 Justificativa
No Primeiro
Fórum Interconselhos
da PNPS (Política
Social) ocorrido no início de julho de 2014, foi identificado
garantir efetividade dos conselhos e sua transparência
em geral. De fato, percebe-se um desconhecimento
Nacional
de Participação
que há muito por fazer para
de funcionamento
para a sociedade
da sociedade sobre as reais funções
dos diversos conselhos, mesmo aqueles mais antigos, como é o caso do Conselho Nacional
de Saúde. De modo geral, o cidadão não sabe que conselhos existem e nem a carta de
serviços que esses arranjos de participação oferecem para a sociedade.
Por outro lado, embora alguns conselhos tenham uma página web para divulgação
de atividades na Internet, percebe-se que esses sites não conseguem prover informação de
qualidade para os interessados. Como um exemplo, se um cidadão quiser saber quais foram
as decisões tomadas
no último ano por um determinado
conselho,
terá que ler, quando
disponível, documentos extensos, em formato desestruturado e de difícil compreensão
como
foi apresentado na Figura 1.2.
Pela forma
Participação
prevista
de catalogação
de documentos
Social, é esperado que algumas informações
como, por exemplo,
.0
telefone
na
biblioteca
de um Conselho, o nome de um representante
essa pesquisa se justifica,
catalogação que envolve relacionamentos
participação
social,
seguindo
de uma
período. Com
uma vez que é voltada para uma
entre informações (e não entre documentos)
o movimento
de
básicas não serão oferecidas,
Conferência ou a agenda de encontros a serem realizados num determinado
base nessas suposições,
digital
dos formatos
abertos
de
e. das interligações
previstas na web semântica, como proposto por Miller (2011) e Coyle (2010).
6 Dados ligados. Maiores
informações
no endereço hltp:/llinkeddata.org.
11
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EmPOMt'fJf/do<Ntm.
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2. Revisão de literatura
A catalogação da forma que é feita hoje tem como propósito principal a manutenção
das coisas separadas,
distintas a ponto de se saber que um livro é diferente do outro
(COYLE, 2010). Ao assumir essa perspectiva, percebe-se que há um isolamento dos dados
bibliográficos
e essa atitude vai na contramão
ao movimento
das pesquisas
sobre web
semântica, onde se defende que os dados devem estar ligados entre si. Alguns autores da
área de Ciência da Informação (COYLE, 2010; MILLER, 2011; FEITOSA, 2006), defendem
que é preciso considerar que "as informações residem num mundo caótico que não pode ser
'.-
mais ignorado" e que é preciso lançar mão de ferramentas
perspectiva.
Como
referência
ao método tradicional
que deem conta dessa nova
de catalogação,
cita-se
o MARC
(Machine Readable Cataloging), considerado como um padrão de capacidades esgotadas
para
esse
novo
recomendação
paradigma
AACR27.
de ligação
Discute-se
de dados,
ainda
o
em conjunto
com
(Functional
FRBR
~s regras
de
Requirements
for
Bibliographic Records) e as regras de catalogação RDA (Resource Description & Access)
como um novo modelo mais relacional mais voltado para a abertura descrita nesta pesquisa.
Coyle (2010) acredita que é preciso priorizar os relacionamentos
de forma mais
agressiva do que o que tem sido feito até o momento para garantir que os sistemas de
biblioteca
possam
pesquisadora,
atender
a perguntas
mais elaboradas
do usuário.
Na visão dessa
"ao invés de manter os registros bibliográficos separados é preciso enfatizar
como eles se relacionam".
A autora questiona a forma como tem ocorrido o cadastro de
assuntos e autores de uma obra sem incluir nenhuma outra informação de contexto, o que
pode criar problemas para atender as demandas dos usuários.
Pela adoção dos princípios
da web semântica
(ANTONIOU
e VAN HAMERLEN,
2004), prevê-se que a biblioteca não pode mais ficar neste modelo catalográfico tradicional,
\
mas assumir um paradigma
novo onde o usuário pode navegar e descobrir, ao invés de
'-
fazer apenas pesquisa
(search) sobre documentos,
o que não é considerado
por Coyle
(2010) e Miller (2011), uma busca rica o suficiente para atender todas as necessidades
dos
usuários.
Como um exemplo desse novo jeito de relacionar informações,
Coyle (2010) cita as
informações obtidas na Figura 2.1, cujo conteúdo não foi feito à mão, mas foi montada em
tempo real, a partir do banco de dados da biblioteca, que tem cerca de 25 milhões de livros,
7
Anglo-American Cataloguing Rules. Maiores informações em www.aacr2.org.
12
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E~t1f'W1Q.;clh.
'OI'IDrttt'ldohO(Ôr:.
.
e que se relaciona com dados das editoras e da Amazon8. Ou seja, a informação
apresentada está sendo derivada de vários lugares, como fotos da wikipedia9, por exemplo.
Miller (2011) e Coyle (2010) defendem que a biblioteca aberta (open Iibrary) deve
\_~
armazenar tudo em pares de chave-valor usando o formato RDF10 para permitir consultas
mais sofisticadas que envolvam assuntos, pessoas, lugares, épocas e outros tipos de
informação. Dessa forma, o catálogo fica centrado em informações e não em documentos. A
base para esse estudo será a investigação do FRBR/RDA em comparação com a
catalogação tradicional e uma investigação sobre as formas, problemas e soluções para
.
garantir o relacionamento entre registros bibliográficos e não-bibliográficos .
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Thomas Mann
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6 June 1875. 12 Augusl 1955
Thomil~ l\.1ann \,'4150
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German
irooic epic novel,
I~ure"te.
anel novell~~.
arri,t and ule intellectual.
u~ed nlodemi7.ed
short story wríle-r. social critic, phiJanthroplst,
novelist,
e~~o~,i~t. ond 1~29 Nol'el Prile
Hi, Jn.l!y5i,
GernlJn
knO""'
for his ~erie~ of high!y ~ynlbolic
noted ior lheir insight into tile I',,"cholog;"
~nd critique
.lnd Biblic~l st"ne~.~,
oi the European
~nd
oi rhe
and Germ,ln
soul
well a, lhe ide~, oi Goethe.
Niet7.!o<he, .,nd S:hopeoh~uer.
His older brother
w.,~ lhe r~dicJI writer Heinrich
Mann. ~nd rhree of his si, children,
Erik.1 Mano. KIJu$ Mann .,nd Colo Mann. al~o becanle
imJ.'ortant German
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\'Vhen Hitler (ame tO power in 1t?33, the ,1nt,-f:a~i$t M,lnn tled to Sh'ii7.erland.
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Figura 2.1 - Exemplo de um registro bibliográfico com informações interligadas
Fonte: http://www.kcoyle.net
...••...
2.1 Dados ligados e abertos (linked open data)
Tradicionalmente, os sistemas informatizados são elaborados com uma tendência ao
isolamento das informações em 'SGBO's ou sistemas gerenciadores de bancos de dados,
provocando problemas de interoperabilidade, como citado em Cruz (2014). Por outro lado,
percebe-se que a disponibilização desses sistemas na Internet por meio de interfaces web
8
9
URL http://www.amazon.com.
URL http://pt.wikipedia.org.
RDF _ Resource Description Framework é um padrão recomendado pela W3C para descrever
sendo um dos pilares da web semântica. Maiores informações em www.w3.org/rdf.
10
recursos encontrados
na web.
13
~'."'-
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[IJ
E~ndo~
ItHtafamt»IIO(Ol'1.
criam um problema de indexação e localização de seus conteúdos pelos motores de busca
(como o Google,
bibliotecas,
por exemplo). Tais sistemas, dentre eles os OPACS
formam
os sites dinâmicos,
cujas páginas
para controle de
web são conteúdos
gerados
no
momento do acesso ao site e acaba gerando no contexto da Internet um aglomerado
de
silos de dados isolados (sem interoperabilidade).
Em contraposição
-
a esse cenário, foi proposta uma alternativa
dados na web de forma a aumentar a estrutura dos conteúdos
devida associação de significado e estabelecimento
de publicação
disponibilizados,
dos
com a
de padrões para a publicação de dados
e ligação entre eles, num movimento conhecido como web semântica.
Nesse contexto, os
dados ficam mais enriquecidos por meio de associações variadas e podem estar associados
a vocabulários e serem compartilhados por diversas aplicações.
Para viabilização
da proposta citada, foi proposto que os dados na web fossem
publicados em formato RDF (Resource Description Framework) que seria um primeiro passo
para viabilização do compartilhamento
de dados e significados, transformando
o modo de se
utilizar a web, de acordo com o framework ilustrado na Figura 2.2.
~.
__II'I••. "M
Use r Interface
& Applications
IIII__ i
~
_
XML
"lia.,
_.'._I:!II.
_M
URI/IRI
Figura 2.2 - Framework da web semântica
Fonte: htlp://www.w3.org
De acordo com essa figura a viabilização da web semântica torna-se viável por uma
série de iniciativas,
tais como a adoção do modelo de dados
ontologias em linguagens padronizadas,
uma linguagem
RDF, a construção
de
como é o caso do RDFS e OWL e a adoção de
de consulta menos rígida como a SPARQL,
para permitir consultas que
explorem as ligações entre os conteúdos.
14
,.
,
,-1"'/",
~,
.'.
"
"
'
lmpodmmQOl'tl1m.
•
100fClrr:t'IldOIl(lCOt1.
De um ponto de vista prático, prevê-se a necessidade
registrados
de conversão
de dados
em tabelas de bancos de dados em triplas RDF, com está ilustrado na Figura
2.3.
(a) Tabela típica de um banco de dados
Sujeito
, '
,
-"l !
: [•....__ B_i1_'G_ates
__
Predicado
Objeto
'
é O fundador
da>
.[•.•.__ M_i_cr_O_s_oft
J:
(b) Linha da tabela descrita em RDF
Figura 2.3 - Comparando tabelas relacionais com modelo RDF
Nesse caso, cada linha da tabela do banco de dados relacional
da Figura 2.3-a
refere~e a um tipo de atributo ou predicado associado a um determinado
sujeito, que está
citado na parte b dessa figura. Da mesma forma, o conteúdo
específica
da tabela
da célula naquela
linha
se refere ao valor do atributo. Esses dados, numa notação
RDF
referem-se ao sujeito, predicado e objeto, respectivamente.
A título de exemplo, é apresentado na Figura 2.4 um grafo produzido como fruto de
conexões na web, permitindo qualificar os elementos e, ao mesmo tempo, promover
contexto onde as consultas (em formato SPARQL) produzem
Nessa figura percebe-se
que,-apesar
das informações apresentadas
fontes distintas, ocorre uma apresentação
mais completos.
serem originadas
de
dos dados de maneira uniforme. Essa situação
ocorre porque é previsto que os dados possuam identificadores
Resource Identifiers) para evitar ambiguidades.
vinculadas a namespaces
resultados
um
únicos ou URls (Uniform
Ao mesmo tempo, essas URls podem ser
ou espaços de nomes que são abreviações particulares
de cada
contexto onde os dados foram originados.
15
'---."
..
•
t'
-
,
.. $
EmpocIf>.OtldCo'lÕCtllL
fOltclrcmdornxO!').
C,
fmf •• ~
Mhom,_
~
~/_OmIfO'l,n
fOaf.n31ne
•••",~
.
/
IB~_.Chrlitíõll ••
'!
p:reference
celJC ••••
;to.' ..:~
p:auChor
~JdIlf.6I.IIl_:rn:=:c::::~
.:.
-:'
~
:~-'
Figura 2.4 - Exemplo de grafo RDF ligando várias fontes de dados
Dentro da perspectiva
data1\
da web semântica, existe um termo conhecido
como linked
que faz referência a um conjunto de melhores práticas para a publicação de dados
estruturados na web. Os princípios essenciais são os seguintes:
Usar URls como nomes para recursos
Usar URls HTTP para que as pessoas possam encontrar esses nomes
Quando alguém
procurar por uma URI. através dessa. providenciar
informações
úteis, por meio de RDFs
Incluir sentenças
RDF que ligam para ,outras URls de forma que eles possam
descobrir mais recursos
Desde que os princípios de abertura de dados foram anunciados, a nuvem de dados
ligados muitas comunidades,
em especial os responsáveis por bibliotecas digitais, a fim de
prover maiores relacionamentos
entre seus objetos e o mundo externo. Na Figura 2.5 é
ilustrada a situação da nuvem de dados abertos na Internet no ano de 2010 e é provável
que ela esteja bem maior nos dias atuais por conta do número cada vez maior de adesões a
esse novo paradigma, em função dos benefícios citados.
11 Ver
mais em http://linkeddata.org.
16
li
lIJ
'-
"-
As Of •••• ""' •••• 2010
Figura 2.5. Amostra da nuvem de dados ligados em 20j O
Fonte: http://linkeddata.org
Na Figura 2.5 pode-se ressaltar algumas peculiaridades:
'-
dados publicados
em formato
linked data, (H) o tamanho
(i) os nós são conjuntos de
dos círculos
corresponde
ao
número de triplas em cada conjunto de dados, (iH) as setas indicam a existência de pelo
menos 50 ligações entre dois conjuntos de dados e (iv) uma ligação (link) é uma tripla RDF.
onde sujeito e objeto estão em namespaces de conjuntos de dados diferentes.
2.2 Localizando significado para conteúdos do linked data
As ontologias, os vocabulários
e os metadados12 padronizados
são as alternativas
para descrição de dados no contexto Iinked data. Como no contexto
da web de dados
ligados, a preferência é sempre por reusar elementos que já tenham sido definidos. foram
criadas algumas alternativas
para encontrar metadados e ontologias
úteis no contexto da
web semântica e que estão listados a seguir.
•
Swoogle
(hftp://swoog/e.umbc.edu)
-
criado
pela universidade
de Maryland
(Baltimore) em 2007. com atualização diária. É um' Google para a web semântica,
'--
12 Os metadados são vistos nessa pesquisa como uma espécie de ontologia, já que compõem
um acordo conceitual
lógico estabelecido pela comunidade de usuários e geralmente referem-se às propriedades no modelo RDF.
e termino-
17
€><il@
""..'
•
tI'"
,
EmpodnClfldOOOÕdll1.
i(J(lotrcmd(Jtt«Ol'1
que busca
por documentos
em formatos
palavras chaves nesses documentos,
abertos
e executa
indexação
podendo fazer pesquisas
por
por termos da
ontologia ou por dados RDF.
•
Vocab.org
ontologias,
(http://vocab.org)
incluindo
-
Esse site comporta
duas que são baseadas
mais de duas dúzias
no modelo
de dados
(discutido mais adiante). Em geral, o conjunto de elementos
de
FRBR
de metadados são
projetados para uma aplicação específica (inclusive o Dublin Core que foi definido
para recursos web). Os termos do vocab.org
não servem para uma aplicação
particular.
•
Open Metadata Registry (http://metadataregistry.org)
contém um número de ontologias relacionadas
usado pelo comitê de desenvolvimento
- refere-se a um site que
a bibliotecas
e vocabulários
do RDA (Joint Steering
Committee
e é
for
Oevelopment of ROA), que será discutido mais adiante, para descrição de termos
e metadados bibliográficos.
Dentre os vocabulários e ontologias encontrados nesses sites, pode-se citar o Dublin
Core13 (para descrição de recursos na web), o FOAF14 (para descrição
de pessoas) e o
BIB015 que é uma ontologia bibliográfica .
.
~
. 2.3 Tendências e padrões de catalogação ..
A IFLA (1998) - International Federation of Library Associations
Federação
Internacional
de
Bibliotecas
e Instituições
Associadas
and Institutions ou
-
é uma entidade
responsável pelas normas internacionais
de catalogação para diversos tipos de objetos de
informação,
como ISBO (International
em documentos
conhecidos
Standard
Bibliographic
Oescription). As normas de catalogação ISBO, apesar de serem mais centradas no registro
catalográfico do que na estrutura da obra catalogada, descrevem algumas peculiaridades de
documentos.
Mesmo sendo usado como referência de catalogação
algumas normas ISBO têm sido questionadas
todas as expressões
representação
de busca possíveis,
em muitas bibliotecas,
em função de não conseguirem
como, as que envolvem
do objeto de informação porque a sua capacidade
é baseada no item. Portanto, uma característica
atender a
formas variadas
de
de descrição bibliográfica
comum dos padrões citados é o foco nas
funções do catálogo como produto final do processo e uma certa ligação com os suportes
13 http://dublincore.org.
14 http://www.foaf-project.org/
15 http://bibliontology.com
"-
18
',--
-
,
--
,
'-
t~onc1ori.1o~
'(ll'lo1nnH101'Kl(Óf"'_
'-
físicos que armazenam as informações, e não no conteúdo propriamente
-
regras de catalogação definidas no AACR2 (padrão anglo americano de catalogação).
I
f
'.
.....
2.3.1 Modelos conceituais para catalogação
Os modelos conceituais são uma alternativa interessante
.--
dito, segundo as
para descrever conteúdos
de informação, porque (i) permitem ordenamento ou agrupamento
característica
que favorece
permitem o mapeamento
novas formas
de visualização
de dados relacionados,
e consulta
dos dados,
de conceitos para outros modelos como o CIDOC-CRM,
(ii)
e (iii)
permitem a descoberta de recursos relacionados.
L
',,-
.. Nessa linha de raciocínio, a IFLA publicou recentemente
conhecido
como Functional Requirements for Bibliographic Records (FRBR) no qual o processo de
catalogação
documentos.
L
um documento
foi revisto, sendo dado um enfoque maior para a natureza
No
FRBR
os
documentos
composição e os possíveis relacionamentos,
são
descritos
e conteúdo dos
considerando
a sua
própria
visando facilitar a interação do usuário com o
objeto pesquisado. A versão mais famosa do FRBR é baseada no modelo ER (Entidades de
Relacionamento)
relacionais.
- largamente
usado em sistemas
gerenciadores
de bancos de dados
Nesse caso, o conceito de obra como unidade de catalogação
passou a ser
associado a termos como "expressão", "manifestação" e "item", num únicq grupo (grupo 1),
como está apresentado na Figura 2.6.
--------o ..,cunivo ...•:
--+ um
?!,_~
I
__J
Item
Figura 2.6: Entidades do Grupo 1 do Modelo FRBR
Fonte: Tillet (2004, p. 2)
Em relação às entidades apresentadas
nessa figura, a Obra representa
intelectual ou artística em si, sem levar em consideração
editoras, dentre outros. A expressão
refere-se à forma
o suporte,
de expressão
intelectual (work) e também compreende traduções, interpretações
manifestação refere-se à personificação
a criação
o idioma, edições,
de uma produção
de obra musical, etc. A
da expressão de uma obra e é onde se expressa a
produção intelectual ou artística de uma obra, sendo mais voltada para o suporte físico do
19
-
•.
•
,
.
.
.,
item que possui o conteúdo que compõe a obra. Por fim, o item é o que hoje se entende
como exemplar presente numa biblioteca. É a partir do item que se identifica qual é a obra
'"
....
inserida nele e qu~1 a sua E?xpressãoe manifestação.
Além do grupo 1, o FRBR prevê ainda dois outros grupos que englobam
'._.
muito apropriados
para o registro cataiográfico de documentos
caso do grupo 1, uma obra pode ter diversas expressões
ligada a uma ou mais manifestações.
de participação
e cada expressão
conceitos
social. No
pode estar
mesma forma uma manifestação pode ser descrita
Da
por vários itens, num esquema de relaCionamento
como está ilustrado na Figura 2.7, com
aplicação do FRBR para catalogação de uma obra (w), suas expressões (e), manifestações
'.~
(m) e itens (i).
w1 Variações Goldberg de J.S. Bach
e1 performance
de Glenn Gould gravada em 1981
m1 gravação liberada em disco.de 331/3 rpm em 1982 pela gravadora GBS
i1 cópia mantida para SC
m2 gravação pré-lançada em CD em 1993 pela Sony
i1 primeira cópia mantida em HC .
i2 segunda cópia mantida em HC
e2 performance
de Ton Koopman gravada em 1987
m1 gravação lançada em CD em 1988 por Erato
i1 cópia mantida em HC
e3 partitura para piano editada por Ralph Kirkpatrick
m1 edição publicada em 1938 p,?r G. Shirmer
i1 cópia mantida em BMC
Figura 2.7 - Exemplo do modelo FRBR aplicado a .um registro musical
Fonte: Anderies (2004)
Os grupos 2e
3 do .FRBR são relacionados
ilustrado na Figura 2,8 e'possuem
Requirements
documentos
for Authority Data (FRAD)
a entidades
específicos,
e conceitos,
conhecidos
como está
como Functional
e Functional Requirements for Subject Authority
Data (FRSAD).
~
,
;
20
',-
ImtxJdmJndO
O'ldOi
IClttl~'fm"flrur.~
2.3.2 ROA - Novo padrão de catalogação
o
AACR2 - Anglo American
Cataloguing Rules, como o próprio nome diz, é um
código de catalogação orientado a livros, mapas e outros tipos de objetos analógicos, com
um viés para catalogação
organizada
plana (uso de metadados
simples)
e com documentação
com um capítulo para cada tipo de recurso. No documento
do AACR2
são
definidos os pontos d,e acesso para pessoas, entidades coletivas, nomes geográficos, títulos
uniformes e remissivas, como está apresentado na Figura 2.10, com regras para descrição
bibliográfica e os pontos de acesso admitidos.
Descrição
A inteligência coletiva:
por uma antropologia do
ciberespaço
/ Pierre Lévy ; tradução: Luiz Paulo
Rouanet. .4. ed .. São Paulo: Loyola, 2003. - 212 p. :
il. - Título original: L'intelligence collective:
pour une
anthropologie
du cyberspace.
- Inclui bibliografia.
ISBN 85-15-01613-3
'-
Pontos de acesso
Lévy, Pierre,1956Rouanet, Luiz Paulo
A inteligênáa
ex>letiva
Figura 2.10 - Descrição tradicional com uso de regras AACR2
Mais recentemente
substituto
do AACR2
conceituais
surgiu o Resource Description
and Access
com novas regras de catalogação
FRBR, FRAO e FRSÀO para prover diretrizes
atributos e relacionamentos
das entidades obra, expressão,
compatíveis
(RDA)16, como um
com os modelos
e instruções
de registro
manifestação,
de
item, pessoa,
família, entidade coletiva, conceito, objeto, evento e lugar.
o
ROA é um código de catalogação compatível com qualquer padrão de -metadados
(MARC 21, Dublin Core, etc.) e é voltado para
o' ambiente
digital que permite a descrição de
todo tipo de conteúdo e de mídia para ser utilizado além da comunidade
organização
do ROA possui
(entidades),
as características
(relacionamentos).
de bibliotecas. A
regras para objetos que são de interesse
dos objetos' (atributos)
e as relações
dos usuários
entre os objetos
Por exemplo, para manifestação e item, prevê-se a catalogação do título
principal, indicação de responsabilidade,
edição, local de publicação,
publicador/data
de
publicação, indicação de série, ISBN, tipo de mídia e tipo de suporte, extensão e dimensões
e a URL. Em relação à obra e expressão, prevê-se a catalogação de título da obra, data de
16
Ver mais em http://www.rda-jsc.org/rda.html.
22
. ./\.-'-.'
'S.f.f.
,
'"-,'
)
f"'pol'l!"rrtndo"'tl'~
100ItI"'(rndofl.OCÓl""
criação, forma da obra, idioma da expressão e tipo de conteúdo.
•.
Em relação à pessoa,
família e entidade coletiva, prevê-se a catalogação de informações como o nome preferido,
o nome variante, os locais associados e as datas associadas a essas- entidades; Na seção
""
.• ,
de registro dos relacionamentos,
há destaque para os relacionamentos
primários, pessoas,
famílias e entidades coletivos e o recurso, assuntos, obras, expressões,
manifestações
e
itens, pessoas, família e entidades coletivas, conceitos, objetos, eventos e lugares.
A ROA contempla seções para atributos e relacionamentos
e, desde a sua criação,
''''-
várias
entidades
e bibliotecas
têm seguido
essas regras, dentre
elas a biblioteca
do
-'.--
congresso
americano
disponibilizada
(LOC)17, a partir de abril de 2013. Para facilitar a sua adoção, foi
uma ferramenta
denominada rdatookit18 para descrição
de recursos nesse
novo paradigma relaciona!.
Na perspectiva
da abertura de dados e de relacionamentos,
ROA é a materialização
de um desejo da comunidade
catalogação, em especial os participantes
do OCMI (Dublin
pode-se dizer que o
de pesquisadores
da área de
Core Metadata Initiative)19, para
viabilizar a 'ligação de dados das bibliotecas com os demais recursos da web, inaugurando
uma nova era para a biblioteca
de dados.
Esse trabalho foi progressivo
e todos
os
elementos e listas definidos são registrados no Open Metadata Registry, com mais de 1300
elementos agrupados de' acordo com sua aderência às entidades FRBR. Por consequência,
tal estratégia
torna a navegação
discutido anteriormente
um poLico mais fácil e compatível
com o Iinked data,
nesse documento.
As mudanças da ROA são mais radicais na organização de seus capítulos, que não
se faz pelo tipo de material, e sim pelos objetivos das tarefas dos usuários de identificar e
relacionar as informações procuradas. No documento do ROA, existem quatro seções sobre
o registro de atributos que são mais diretamente
--.
.
-
ligadas a um dos modelos conceituais
citados. Essa associação está destacada na Tabela 1 a seguir.
'.--
17 Ver mais em http://www.loc.gov/.
18 Ver mais em http://rdatookit.org.
19
Ver mais em http://dublincore.org/specifications/
23
'\--
"'-
'--
liJ
••
mm
l~o""l1(u.
rOfIO"r1'I'l»na;m.
Tabela 2.1 - Organização do ROA para registro de atributos
No.
Secão
"
Modelo
conceitual
o
0.0
.~.
o
..
--
Escopo
Instruções gerais para registrar os atributos das manifestações
2
FRBR
Instruções gerais para registrar os atributos das obras e expressões,
da descrição do conteúdo
3
FRAD
Instruções para registrar os atributos de pessoas, famílias e entidades coletivas.
4
FRBR e
FRSAD
Instruções gerais para registrar atributos e a identificação
jetos, eventos e lugares
o o documento
e itens
além
de conceitos, ob-
do ROA possui seis seções
vinculadas
aos
modelos conceituais para registro das relações, os quais estão listados na Tabela 2.
Tabela 2.2 - Organização do ROA para descrição de relacionamentos
Seç:io
Modelo
conceitual
5
FRBR
Instruções gerais para o registro de relações primárias entre obras, expressões,
nifestações e itens .
6
FRAD
Instruções gerais para o registro das relações associadas com pessoas, famílias, e
entidades coletivas e as relações entre essas entidades e os objetos do grupo 1 do
FRBR (obra, expressão, manifestação e item)
7
FRBR
Referem-se ao registro dos assuntos de uma obra, mais especificamente
ceitos, objetos, eventos e lugares
8
FRBR
Referem-se
itens.
ao registro das relações entre as obras, expressões,
9
FRAD
Referém-se
ao registro das relações entre pessoas, familias e entidades coletivas.
10
FRBR
Referem-se
ao registro das relações entre os conceitos, objetos, eventos e lugares.
N°. da
'-
o
FRBR
Da mesma forma,
-
-
1
,~
-
-
o ROA
Escopo
sobre con-
manifestações
difere do AACR2 em vários aspectos, a começar da terminologia
ma-
e
usada. Por
exemplo os termos "cabeçalho", "entrada principal" e outros de uso comum no AACR2 são
denominados
de "pontos de acesso" no ROA. O ROA divide os recursos em três categorias
para detalhar a fonte preferida de informações para folhas soltas, imagens em movimento e
outros recursos.
Isso é feito com elementos essenciais
e opcionais.
Além disso, não há
expressões em latim e não há abreviação de termos, salvo poucas exceções.
24
r....
,-
1I
"
~,~
".
.
\.
,
':
~
.
e-
..~
>
No ROA, a geração de pontos de acesso não segue a regra dos três do AACR2, oU'
seja, o catalogador escolhe se quer descrever todas as responsabilidades,
gerando ponto
de acesso secundário ou descrever a primeira e entre colchetes a informação
de que há
mais autores. Além disso, não há designação geral de materiais (OGM) como ocorre no
AACR2 e, no lugar deles, surgem três novos elementos ou campos que são o content type
(tipo de conteúdo), o media fype (tipo de mídia) e o carrier type (tipo de suporte), que define
todo a estrutura descritiva do ROA
o content
type refere-se à forma pela qual o conteúdo é expresso e através do qual é
pelo sentido humano. O media fype indica a categorização
percebido
mídia/dispositivo
requerido
para visualizar o conteúdo
indicativo do meio de armazenamento
de um recurso.
geral do tipo de
O carrier type é
e suporte necessário para a leitura e reprodução do
conteúdo catalogado.
2.4 Vocabulários controlados
Vocabulários
linguagem
sistemas
controlados
documentária
de bibliotecas.
vocabulários
refere-se a uma lista de palavras que servem como uma
padronizada
Dependendo
podem ser simples,
questões de ambiguidade,
para facilitar
do nível
a recuperação
de informações
de funcionalidades
desejadas,
como uma relação
de termos
simples
em
esses
para resolver
podem ser um anel de sinônimos para garantir o uso de palavras
com mesmo significado, podem ser uma taxonomia estabelecendo
relação hierárquica entre
os elementos e, finalmente, podem ser um tesauro, que contempla relações mais complexas
entre os termos ou índices que representam a área do conhecimento
em questão. O nível
de complexidade cresce da esquerda para a direita, em função do tipo de vocabulário, como
está ilustrado na Figura 2.11.
Complexidade
Anel de sinônimos
Taxonomia
Figura 2.11 - Complexidade dos tipos de vocabulários controlados
Fonte: Adaptado de Magela (2014)
Do ponto de vista das novas regras de catalogação
e da abertura
de dados, os
assuntos ou termos ganham uma importância maior por permitirem ligações variadas entre
objetos de informação.
2S
-
I
"",-
E~l'ldo~M
IOIlQJrttrrdoflll(r>t1.
Em geral, no processo de organização de conteúdos
construção
de um vocabulário
controlado
entanto, em função_da ..s.ua_importância,
para apoiar
de informação,
o processo
algumas comunidades
é prevista a
de catalogação.
No
iniciaram um processo de
gestão de vocabulários,
como é o caso do Agrovoc20 -
agricultura e alimentação,
e o LCSH21, que é um cabeçalho de assuntos da Biblioteca do
para termos
relacionados
à
Congresso Americano, que podem ser utilizados para indexação de objetos de informação
locais. Os termos de um tesauro, por exemplo, podem ser aplicados para cada item de uma
coleção de biblioteca e facilita o acesso do usuário a item no catálogo que pertencem a um
assunto similar.
Independente
da utilização de um vocabulário controlado
comum, é interessante
_Organization
tesauros,
que esses possam ser descritos com uso do Simple Knowledge
(SKOS), que é uma recomendação
System
esquemas
particular ou um de uso
de classificação,
taxonomias,
W3C
sistemas
para representação
de cabeçalho-assunto
qualquer tipo de vocabulário controlado. Esse padrão é parte da família de ferramentais
web semântica
e permite que as relações do vocabulário
controlado
de
ou
da
sejam descritas na
forma de triplas RDF, que é importante por habilitar publicação fácil e uso dos vocabulários
como Iinked data. Vale ressaltar que os vocabulários disponibilizados
Metadata
Registry
estão-em
-RDFcom
o status
de publicado
pela IFLA no Open
e os elementos
são
denominados por designações numéricas.
O SKOS
características
principais
são
define
comuns
as
classes
e propriedades
encontradas
conceitos,
Jabe/s,
em um tesauro
notações,
suficientes
típico
relações
para
(padrão),
representar - as
cujos
semânticas,
elementos
propriedades
mapeamento e coleções. É baseado na visão centrada no conceito do vocabulário,
objetos primitivos não são termos, mas noções abstratas representadas
de
onde os
pelos termos. Cada
conceito (descrito em RDF) pode ter propriedades RDF anexadas a ele, incluindo (i) um ou
mais termos de indexação
termos
alternativos
preferidos
ou sinônimos,
(pelo menos um em cada linguagem
(iii) definições
e notas
com especificação
linguagem. Os conceitos podem ser organizados em hierarquias,
estreito, ou ligadas por relações não hierárquicas (associativas).
pegos em esquemas
natural),
(ii)
de sua
usando as relações largoOs conceitos
de conceitos, para prover um conjunto consistente
podem ser
e estruturado
de
conceitos como um todo ou parte de um vocabulário controlado.
20 Ver mais em http://aims.fao.org/standards/agrovoclaboul.
21 Ver mais em http://id.loc.gov/authorities/subjects.html.
26
......
E~otriM"'O'ttllferl>do"O(on.
"'.-
2.5 Registros de autoridades (pessoas e organizações)
Os registros de autoridades referem-se a pessoas e organizações e são constituídos
para controlar as formas autorizadas e variantes de nomes e para iderilifica-é!õres usados
'
..•.•...
como pontos de acesso (IFLA, 2009). Com isso, o controle de autoridade
beneficia
os
usuários a pesquisar qualquer forma controlada de nome de um autor ou de um título para a
recuperação
dos recursos
bibliográficos
autoridade são um elemento
em catálogos.
chave na infraestrutura
Nesse sentido,
da web semântica,
os registros
de
permitindo
um
acesso mais preciso à informação e, ainda, uma apresentação dessa informação no idioma
de preferência do usuário_
Com os modelos FRBR e FRAD, o paradigma dos pontos de acesso também foi
alterado visando priorizar a conveniência
proporcionando
um entendimento
do usuário e valorizando
de como
esse tipo de registro e
os dados de autoridade
funcionam.
Tais
mudanças também se refletiram no RDA constituindo uma nova forma de pensar a respeito
de dados bibliográficos e de autoridade. Neste sentido, foram elaboradas
instruções para a
criação dos pontos de acesso dos documentos, reunindo elementos como pontos de acesso
para obras, expressões, pessoas, famílias e pessoas jurídicas.
Na RDA as informações registradas sobre pessoas físicas vão além da__
~ifere~_clé!9~0
de duas pessoas homônimas, privilegiando registros de autoridade para pessoas físicas em
igual nível de importância
em relação aos registros bibliográficos.
Dessa forma, pessoas
sendo entidades de primeira classe não interagem apenas com os itens bibliográficos
também entre si, favorecendo
regras para a descrição
mas
as relações típicas das redes sociais. A proximidade entre as
bibliográfica
e as regras para o estabelecimento
de registros de
autoridade permite evidenciar suas ligações e faz com que o registro de autoridade
seja
uma extensão do registro bibliográfico (SALGADO e SILVA, 2013).
Na perspectiva da web semântica e do linked data, duas alternativas surgem para o
tratamento de autoridades. Uma delas é o FOAF - Friend of a FriencP2 - uma ontologia para
descrição de perfis que se mostra bastante adequada para garantir as ligações planejadas
no linked data. Uma segunda alternativa é o VIAF (Virtuallnternational
Authority File)
23
que
combina múltiplos nomes de arquivos de autoridade em um único serviço mantido pela
OCLe (Online Computer Library Center)24. O objetivo desse serviço é diminuir o custo e
22 http://www.foaf-projectorg/
23
Ver mais em http://viaf.org/
24 Ver mais em https://oclc.org/home.en.html
27
,
"
.•..
'
melhorar a utilidade dos arquivos de autoridade por comparar e ligar arquivos de autoridade
largamente usados e tornar essas informações disponíveis na web.
2.6 Serviços de anotação
Anotação é, em grande medida, a atribuição de metadados
pelo próprio usuário da
informação que está em uso, seja ela uma página web, uma música, uma imagem ou um
vídeo ou mesmo um trecho de .código de um programa. A variabilidade
de formas de se
fazer uma anotação tem atraído os usuários e atualmente existem diversas alternativas de
software
para essa
funcionalidade,
implementando
um paradigma
novo
que
admite
discussões colaborativas sobre um documento ou obra multimídia. Dentre os softwares para
essa funcionalidade para documentos locais estão o Mendeley25, o Zoter026 e o MS One
Note27. No contexto
do linked data estão (i) o Editorsnote28
-
voltado
arquivísticos, (ii) o Pundit29 .-: para anotações que admitem associações
para materiais
entre páginas web,
baseado em ontologias, e o (iii) Synote30 - para anotações em recursos multimídia.
o
processo
de anotação
também
é parte do modelo
BIBFRAME31 que é um
framework bibliográfico que visa substituir o padrão Marc para o mundo do Iinked data. É,
\."
portanto, um modelo de dados projetado para acomodar maior flexibilidade
catalogação e, ao mesmo temp0,-:considerar
no processo de
como válidas as tags ou anotações
providas
pelos próprios usuários. Uma visão gráfica desse modelo pode ser vista na Figura 2.12.
No contexto das modelos de entidades ER, incluindo o FRBR, o BIBFRAME adota a
prática de identificar unicamente
os recursos (URls) para todas as entidades,
atributos e
relações entre entidades a fim de melhorar o processo de anotação com mapeamentos
para
outros vocabulários, por exemplo (MARC, 2012). Portanto, além das classes work, instance, .
authority citadas na Figura 2.12, existe também a classe annotation que é um recurso que
'-'
permite ao usuário prover informações adicionais ao registro bibliográfico na forma de tags.
_oi
Recentemente foi proposta uma solução generalizada para o processo de anotação,
conhecido como Open Annotation (OA)32 - uma recomendação do W3C - que é um modelo
....
-
de dados para anotação
aberta e compatível
com o Jinked data, visando
permitir
o
25 http://www.mendeley.com/
26 https:llwww.zotero,org/
27
hltp :lloffice. m icrosoft. com/pt -br/one netel
28
hltp:lleditorsnotes.orgl
29 https:llthepund.iU
30 hltp:/llinkeddata.synote.orgl
31 http://bibframe.org/
32 hltp:/lwww.openannotation.org/
28
r!.-J'-/'.O"
6('
_ ..
-o.,
'.
•
Empó(1tnftndO\l'lCJlJl
'OItc1NrndOllO(OM..
compartilhamento
de anotações entre usuários, independente das ferramentas
de software
em uso. Um trecho desse modelo de dados está ilustrado na Figura 2.13.
Figura 2.12 - Representação gráfica do modelo de dados BIBFRAME
Fonte: MARC (2012)
-w-
~1'99;nv- ~_~"ffi,"B,
oa:hasBody
"jf~pe
/
~
----<>
,dl~
oa:hasTarget
\
,dI "'"
G)
foaf:page
cEcumen~
Figura 2.13 - Exemplo de atribuição de tags no contexto Open Annotation
Fonte: http://www.openannotation.
org/speclcore/20130205/core.htmJ#T
agging
29
.•...
,'-
...
>,
.'
/"'poMrttftdo-...d!ll.
100tC"'crnd""l),m
3. Metodologia para organização de informação de participação social
No contexto dess~ produto, a organização
da informação
refere-se ao tratamento
intelectual que deve ser dado aos de participação social de modo que sejam recuperáveis
posteriormente.
Dentre as técnicas relacionadas
tem-se a catalogação,
a classificação,
a esse tema na Ciência da Informação,
a indexação
e o resumo
(FEITOSA,
2006). A
catalogação refere-se mais ao registro dos elementos básicos de um objeto informacional
"~
.. -
e
a classificação procura individualizar os objetos de informação em relação aos demais.
A indexação é uma atividade que exige um maior nível de detalhamento
informacional
a
adequadamente
fim
de
encontrar
o documento.
palavras
ou
Tal funcionalidade
índices
que
possam
pode ser automática,
do conteúdo
representar
como ocorre no
Google, ou manual, com apoio de um bibliotecário para realização da análise do documento.
Da mesma forma, essa funcionalidade
pode ser com ou sem o uso de um vocabulário
controlado para apoiar a indexação do documento.
síntese do conteúdo do documento,
Por fim, o resumo é uma atividade de
que também pode ser realizada com ou sem uso de
vocabulário controlado.
Tradicionalmente,
l.
foco na recuperação
as técnicas de organização da informação têm sido aplicadas com
de documentos,
-~.
metadados
muitas
descritivos)
bibliotecas
vocabulários
-.---
com uso de catalogação
-
e com poucas informações
digitais
controlados
plana (com priorização dos
-~-
e repositórios
e sem considerar
sobre autoridades.
institucionais
Da mesma forma,
são realizados
a participação
do usuário
sem o uso de
no processo
de
marcação dos dados. Essa abordagem é compatível com a versão brasileira da AACR2, que
apresenta uma inclusão de regras específicas de entradas para nomes de língua portuguesa
e prevê apenas as entradas autorizadas e as remissivas de nome. Não apresenta, portanto,
regras para a construção de um registro de autoridade mais consistente.
Embora essa estratégia seja eficiente em muitos contextos, em especial naqueles
onde
se deseja
a organização
de documentos
em
repositórios
institucionais,
essa
abordagem não parece a mais adequada para os conteúdos de participação social e para a
vocação estabelecida no Participa.br.
De fato, as informações de participação social são dinâmicas e com forte interação
com entidades e com usuários que muitas vezes participam de redes sociais e conhecem
tecnologias
que envolvem redes de relacionamento
Informação33.
típicas no contexto da Sociedade
da
O portal Participa.br, por exemplo, é um espaço concebido para que diferentes
33 Ver mais sobre essa definição
em http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_da_informação.
30
r_''-'',_-
~
.....
!"';
...
..
...•
;
~,
)
~
~
:
•
expressões
e
formas
relacionamentos
bibliográfica
\-.-
de
participação
abertos e diversos.
feita
no
Capítulo
2,
ocorram,
promovendo
Por. esse motivo,
a proposição
tomando
metodológica
um
contexto
para
como
base a revisão
para
organização
de
participação social contempla os elementos constantes na ilustração apresentada
na Figura
3.1, considerando
numa teia
de ligações
ainda que os objetos informaCionais estarão contextualizados
envolvendo
pessoas,
assuntos
e outros
recursos
informacionais,
como é
preconizado pelo linked data.
Na ilustração da Figura 3.1, os objetos de informação
representam
participação social (e não documentos) que, uma vez identificados,
às técnicas
entidades
de catalogação
declaradas
relacionais
nos moldes
conteúdos
devem ser submetidos
do FRBR que é voltado
no novo código de catalogação
de
ROA (Resource
para as
and Description
Access), e que o torna compatível com a web semântica e com os requisitos de interligação
identificados
conteúdos
para as informações
de
participação
social
de participação
podem,
social34.
portanto,
Com essa
serem
inseridos
abordagem,
num
os
contexto
contemplando a dinamicidade e abertura desejadas.
\'--'
Registro
bibliográfico
Vocabulário
controlado
~
'.-
Registro de
pessoas e
organizações
I-~-n-o-t-a-ço-e-s-'
Figura 3.1 - Componentes de organização de informação de participação social
"' ..:--
Seguir
a recomendação
ROA aqui significa
realizar
demandas dos usuários e não com foco nos documentos,
tradicionalmente.
catalogação
com foco nas
em oposição
ao que é feito
Nesse sentido, o Dublin Core - assumido como premissa de catalogação
dos objetos de informação - deve ser visto no método proposto como uma ontologia de
conceitos enquanto
os registros de atributos devem ser realizados
com triplas na forma
34 A principal
especificação FRBR está disponível no site http://vocab.org.
A versão compatível com o ROA pode ser
encontrada no Open Metadata Registry (http://metadataregistrv.org) e é denominada de "Entidades FRBR para o ROA".
31
'-
'\ ..
1,"~()""""1
'orlt1ir'tNl(10ftOcón.
,
\.~
sujeito-predicado-objeto.
Nesse caso, a ontologia Dublin Core servirá para descrever
o
significado dos predicados das diversas triplas que qualificam os objetos de informação de
participação social, procurando reaproveitar definições já publicadas em sites como o Open
Metadata Registry (seção 2.2). Ao mesmo tempo, novas publicações de metadados devem
ter URls e devem ser devidamente registradas nos catálogos apropriados para que possam
eventualmente serem aproveitados por outros repositórios digitais.
',:-
Uma outra
característica
dessa
proposição
metodológica
para organização
de
informações de participação social é a elevação do registro de autoridades (entendidas aqui
como pessoas,
organizações,
etc.) ao mesmo patamar dos registros
bibliográficos
dos
documentos a fim de permitir relacionamentos mais profundos e, ao mesmo tempo, viabilizar
a participação dos usuários no processo de atribuição de tags colaborativas
"'-
disponibilizados.
Nesse caso, sugere-se
a utilização de identificadores
aos conteúdos
únicos
para as
autoridades, assim como a adoção do FOAF (seção 2.5) como ontologia para descrição de
perfis de usuários que possa viabilizar os relacionamentos
das pessoas entre si e com os
objetos de informação. Ao mesmo tempo, sugere-se que as informações sobre autoridades
sejam descritas
como triplas
Adicionalmente,
RDF que possam admitir
ligações
com outros
objetos.
sugere-se utilizar autoridades registradas no VIAF (seção 2.5) quando for
pertinente e, em contraposição,
sugere-se o registro de novas autoridades criadas no VIA F
para que possam também serem utilizados por outras comunidades.
Além da priorização de descrições bibliográficas e de autoridades,
seja considerado
o uso de vocabulário
controlado,
elaborado
propósito da temática de participação social a fim de representar
em uso nessa área. Nesse caso, recomenda-se
é importante que
especificamente
para o
as demandas de termos
a adoção de um tesauro com relações de
equivalência, hierárquicas e associativas para garantir a alimentação controlada dos valores
de metadados.
"--
relacionamento
Para
efeito
de integração
desse vocabulário
aberto, sugere-se que o mesmo seja apresentado
do SKOS (seção 2.4), preferencialmente
in denominado SKOSed36,
com
outras
formas
de
utilizando os elementos
com uso do editor Protégé35 estendido com o plug-
que permite criar e editar tesauros ou artefatos similares voltados
para a notação sugerida.
"'.-
Com relação ao objeto de informação, prevê-se que o seu registro deva ocorrer em
duas etapas
informações
'-
distintas.
sobre
Na primeira
delas
presume-se
esse objeto é o usuário
externo,
que quem
geralmente
fará o depósito
ligado
de
a conselhos,
conferências, ouvidorias e outras formas de participação social. Nesse caso, a catalogação
3S Editor de ontologias open source e framework para construção de sistemas inteligentes. Ver mais em http://protege.stimford.edu/.
36 https://code.google.com/p/skoseditor/.
32
n
l/flt'O(1<'1Of1dt.101li1
••
i(lf!lllt1.mdQt'lCOtOt).
deve ser simples, com as funções atribuídas ao conceito de catalogação
nome do evento/conselho,
- - ...-:~-
..~.,
data e outros elementos de registro simples e que descrevem o
documento). Eventualmente,
informação
acima (registro de
se o Dspace (plataforma adotada para depósito de objetes de-
sobre participação
social) assim o permitir, sugere-se
que seja feita alguma
alteração na interface de entrada de dados de modo a minimizar o esforço necessário para
que o usuário final quanto a entrada de documentos.
Em outras palavras, o registro de
metadados pode até ser mais complexo, mas essa complexidade
não deve ser repassada
para o usuário final.
."'.-
Num segundo momento, após o usuário ter entrado com seus dados básicos, cabe a
um grupo estabelecido n£l _SGPR para cuidar desse repositório de informações realizando o
devido trato intelectual aos documentos, com enriquecimento dos conteúdos de participação
social com descrições
relevantes de modo a priorizar o usuário. Esse trabalho envolve o
provimento de ligações e inserção do objeto de informação
estabelecendo
no contexto do linked data,
conexões de forma manual para só então publicá-los.
Além disso, cabe a
essa equipe a atribuição e registro de URls onde for pertinente, assim como cuidar para
garantir que haja conversão automática dos dados do Dspace para o repositório de triplas
do Participa.br
(esse tema está descrito mais adiante no Capítulo 4). Além de priorizar
autoridades e assuntos nas descrições bibliográficas é importante garantir que haja registro
de informações de georeferenciamento
e outras modalidades que possam garantir ligações
com os objetos e recursos sejam eles internos ou externos ao repositório de objetos.
Além do tratamento
coordenação
intelectual
que deve ser feito pela equipe
dessa biblioteca, prevê-se que sejam adotadas estratégias
anotações e observações
dos próprios usuários, considerando
de mediação
que facilitem as
as tags e outras formas de
anotação. No desenho desse método, sugere-se ainda que as anotações
partir da interface
do Participa.br
e que possam
informação quanto aos demais elementos
Figura 3.1. Essas anotações
devem
ser associadas
que o caracterizam
ainda
serem descritas
e
sejam feitas a
tanto ao objeto
de
e que estão expostos
na
de acordo
com a Open
Annotation, que foi o modelo de anotação aberta discutido na seção 2.6, e que deve ser
vista aqui como uma ontologia que permite compartilhamento
e abertura de anotações sobre
assuntos variados de participação social.
Além do apoio para enriquecimento
dos objetos de informação com os metadados,
sugere-se que a equipe de tratamento intelectual faça verificações esporádicas
as bases de dados disponibilizadas
que estão disponibilizadas
para ver se
no Dspace são compatíveis de fato com as triplas RDF
no repositório do Participa.br.
33
'.•.
•
'
I,.,.
,
,
As
participação
l/!'l~,ll1tdoYlGt'l\
1orl(llNrndollD(ON.
representações
social,
são
mas
abstrações
os formatos
de
diferentes
referem-se
tipos
a como
de
essas
informação
sobre
informações
serão
expressas. Nesse caso, as escolhas.de formatos para construção de documentos
textuais,
páginas web e de outros tipos de conteúdo devem seguir, onde for possível, a abordagem
dos modelos de dados semiestruturados
RDF que permite a descrição
citados por Cruz (2014), como é o caso do padrão
de recursos e é completamente
adaptável
às descrições
ontológicas em formatos OWL ou similares.
Formatos
interessantes
abertos, interoperáveis
porque conseguem
e voltados
representar
para o modelo semiestruturado
os conteúdos
variados
e os registros
precisam ter todos os mesmos atributos. No entanto, como é grande a variabilidade
fontes de documentos
sobre participação social, é interessante
são
não
de
se pensar em aplicações
que consigam processar os diferentes nichos ou fontes de dados Uá que a diferença está
nos dados e não aplicação),
seguindo os princípios da web semântica
e dos linked data
(dados ligados entre si). O conceito de linked data envolve um conjunto de práticas, com
função de publicar e estruturar dados na web, na perspectiva de que pessoas e máquinas
(por processos de inferências) possam explorar os conteúdos de informaçã037•
Dessa forma, a interoperabilidade
',~
e a consequente
integração
informação sobre participação social podem ocorrer mais tranquilamente
dos conteúdos
de
do que no contexto
dos sistemas que adotam formatos fechados, onde são necessários filtros apropriados
para
que ocorra uma integração mínima .
.
~-
37
Maiores informações
disponíveis
no endereço: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Linked_data>.
34
Ettr:><>d!,or>do~"
'orralf'tmtlOnocOh.
4. Ferramentas para sistematização de metodologias de participação social
o
método
participação
'~.
participação
proposto
social
aqui para sistematização
assume
como
premissa
de metodologias
a exposição
e conteúdos-"1:1e _
de dados
bibliográficos
de
social e dados de autoridades como dados abertos. Tal iniciativa tem como
objetivos a (i) ampliação e enriquecimento
da experiência
dos usuários de navegação de
dados, usando fontes internas e externas, e (ii) tornar as informações
e documentos
de
participação social como dados abertos e reusáveis.
Para
alcançar
esse
objetivo,
prevê-se
a utilização
do software
Dspace
como
ferramenta para comportar-os objetos de informação, uma vez que esse ambiente é de uso
comum pela comunidade
de Biblioteconomia
colaboração
de
dos
estabelecimento
sugere-se
canais
participação
de um esquema
e, ao mesmo tempo,
social
para
inserção
admite
uma melhor
de documentos,
de mediação. Com relação ao padrão de metadados,
a adoção do Dublin Core, desde que sejam consideradas
definidas no DCAM (Dublin Core Abstract Modelou
as recomendações
modelo abstrato do Dublin Core)38 que
prevê ligações e adoção de formatos abertos, como o padrão RDF. Eventualmente,
de haver
necessidade
com
de catalogação
em formato
MARC,
sugere-se
no caso
a adoção
do
BIBIFRAME, comentado na seção 2.6.
o portal
Participa. br é um dos pontos de acesso aos conteúdos de informação sobre
participação social e deve, por esse motivo, ser conforme à dinâmica dessa comunidade de
usuários
e dos diversos
canais de participação
conteúdos
de informação
presentes
ouvidorias,
conferências
repositório
de informações
incluindo
nos diversos
o contexto
da SGPR.
social, priorizando
documentos
onde estão
A proposição
o acesso
gerados
inseridos
metodológica
fácil aos
por conselhos,
dentro
e fora do
apresentada
aqui
considera o portal Participa.br integrado ao repositório de documentos definido (Dspace com
Dublin Core), com duas possibilidades
de integração. Na primeira delas, a opção é alterar o
software Dspace para que comporte. uma interface RDF e um acesso a um endpbint RDF.
Uma segunda opção, apontada como preferencial nesse produto, é montar um scripl de
conversão
dinâmica
dos dados
bibliográficos
em formato
aberto RDF, preservando
os
valores originais.
Do ponto de vista de arquitetura, o objetoinformacional
ser decomposto
de participação
em duas partes. A primeira parte refere-se ao documento
social pode
ou suporte que
contém as informações de participação social e que devem ser importadas para a biblioteca
38 Ver mais em http://dublincore.org/documents/2007/04/02labstract_model/_
35
.. -
•
,
..
"-
f~1t1'tt10..aDl
!OIr(l"'(f'''''''~III>(~
ou repositório digital, num primeiro momento, com metadados
básicos, porém compatíveis
com as discussões feitas até o momento.
A segunda parte do~!:>j~to .L'::l!orma_cionalrefere-se (i) à identificação
de informação
processos
pertinentes
do documento
definidos
e (ii) a sua submissão
de organização
(ligações objeto-objeto,
ligações citadas
deveriam
triplestore conectado
desses objetos de informação
da informação,
objeto-autoridade
já estar disponibilizadas
ao Participa.br
dos elementos
priorizando
as ligações
e objeto-assunto).
em formato
para garantir as conexões
aos
que forem
Em princípio, as
RDF e inseridas
e harvestings
num
com outras
coleções disponíveis na web, como está ilustrado na Figura 4.1.
_
_- •................. -
/;~~-
---- .. --
-
:..: _-- .........•...•
'"
:,
,,
,
,~
~
~
:
~
..
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PARTlCIPA.BR
:
I.
!
c:::> .
:
:
l __
.
.
)
~
~
~
.._..'_
....__
i
l".__ _ _ __.:__ j
Repositório
DSPACE
Figura 4.1 - Sugestão de interligação de documentos e dados ligados
Fonte: Adaptado de SWIB (2012)
De acordo com essa Figura 4.1, as informações
de participação
social devem ser
exportadas para um triplestore39 e enriquecido com os dados do repositório' via algum script
que permita a inserção de registros
autoridade.
Dessa forma, o triplestore
pessoas, organizações,
do catálogo da biblioteca
e de seus arquivos
de
pode conter dados sobre livros, música, filmes,
temas e gêneros. Esse conjunto de dados consiste em uma versão
RDF do catálogo principal da biblioteca, que, por sua vez está em formato Dublin Core. Esse
registro deve ser enriquecido
com links para imagens de capa e contracapa
do livro que
podem ser recuperados a partir de datasets externos na LOD (Linked Open Data). Por fim, é
importante que o conjunto de dados seja atualizado
inclusões,
39
exclusões
e alterações
Banco de dados voltado para armazenamento
no catálogo
diariamente
da biblioteca
sempre que ocorrerem
digital.
de triplas RDF, como o Virtuoso (www.virtuoso.org),
Com o esquema
dentre outros.
36
llTTD06"'cIlDO~O,.
tO'fo~mdotltT:~
proposto, o trip/estore pode conter uma coleção de resenhas ou anotações
produzidas por
bibliotecários e pelo público em geral sobre os objetos de informação de participação social,
pela adoção de padrões abertos.
.. __ .. __
Além de ser incrementado
com um trip/estore
RDF e um endpoint
SPARQL,
o
Participa.br deve ser visível e, ao mesmo tempo, interagir com os demais nós da nuvem
LOD - Linked Open Data. Da mesma forma, as revisões, anotações,
trechos e citações
podem ser colhidos de outros espaços e ligações diretas entre os objetos de participação
social e outros objetos, tais como e-books e demais conteúdos
multimídia.
Portanto,
objetos de informação de participação social podem ser acessados diretamente
os
através do
repositório Dspace já adotado _na SGPR por meio de consultas típicas desse ambiente ou
'-
através de consultas
mais elaboradas
através do portal
Participa.br.
Nesse
caso, as
consultas podem ser feitas no formato SPARQL e o endpoint pode retornar dados em vários
formatos,
incluindo
RDF/XML,
JSON e n3/Turtle. Uma outra alternativa
é viabilizar
as
consultas por meio de uma interface MVC construída com o propósito de facilitar essas
pesquisas e evitar que o usuário tenha que conhecer a sintaxe da linguagem SPARQL, por
exemplo. Os dados do repositório Dspace são exportados para o trip/estore com uso de uma
ferramenta de conversão, denominada aqui de DC2RDF como uma alusão ao processo de
conversão de dados no formato Dublin Core para triplas RDF, nos moldes do que ocorr~._
com o MARC2RDF40.
Como parte da metodologia, se houver necessidade, os dados podem ser limpos
com o Google Refine4', e a interface com os demais sistemas pode ser feita com alguma
linguagem
apropriada,
como
é o caso
do Ruby42. Além
disso,
o Participa.br
deve
disponibilizar pode ser feita com colheita de informações via protocolo OAI-PMH dos dados
do repositório e posterior conversão em formato RDF.
"'---
Do ponto
de .vista prático,
é importante
compreender
que
os conteúdos
de
participação social serão integrados aos 'outros ambientes por estarem em formato aberto e
ao mesmo tempo terem URls dereferenciáveis,
que ilustra um objeto de informação
como o exemplo apresentado
na Figura 4.2,
(um documento do tipo livro) com um identificador
e
factível de ser ligado a outros contextos. É importante ressaltar que, nessa Figura 4.2, os
nomes dos grafos listados não são apenas endereços
web que localizam
recursos, mas
servem como identificadores (URls).
o MARC2RDF é uma ferramenta Ruby para converter
triplestore RDF e mantendo-o via haNesting OAI-PMH.
40
metadados
bibliográficos
MARC para RDF, importando-os
para um
41 https:/Icode,google.com/p/google-refine/
42 https://www.ruby-Iang.org/ptl
37
\...
\.-
••
11
II
E~""",
I~mcto~~
"',
Heinrich BOll
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-
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del.e~ :book~
<hl:~p://purl.0:e9/NEI/book/isb~/S~2300959ifbook>
<h1:~p://lexvo.or9/1d/1so639-3/ger>
c1eie!l:book.•
de: l~mquaqe
deJ..c:"",:book~
de~c~:biblío!11ID
"10e5273"
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paUS?
5
•••••
.salao
VCr1>
~
we:_
•
Figura 4.2 - Objeto bibliográfico representado num repositório de triplas RDF
Fonte: Extraído de http://data.deichman.no/resource/tnr_1025052
4.1 Mapeando conteúdos Dspace para RDF
--
o
modelo
de dados do Dspace
provê uma infraestrutura
metadados podem ser armazenados em esquemas e vocabulários
abordagem
apresentada
metadados
a serem
aqui considera
convertidos
a utilização
básica
na qual os
variados. No entanto, a
do Dublin Core como
para um conjunto de triplas
padrão
RDF, de acordo
com a
proposição feita por Konstantinou, Spanos, Houssos e Mitrou (2014), com uso da R2RML
que é uma linguagem
para expressar
mapeamentos
customizados
de
43,
de bancos de dados
relacionais para conjuntos de dados RDF. Os autores, embora argumentem
Core como uma boa referência para o mapeamento de dados, consideram
que o Dublin
outros tipos de
ontologias para o processo de conversão desejado. Tais ontologias estão apresentadas
na
Tabela 4.1 a seguir.
43
http://www.w3.org/TR/r2rrnl/
38
••...•..
.•...
E~Mrdo...dp,"
iOlfolr:mdonl7("on
Tabela 4.1 - Listagem de ontologias usadas no mapeamento
Título
URl
Name
Dublin Core para RDF
Namespace URl
space
'---
The Bibliographic
OntoJogy
bibliontology.com
bibo
http://purl.org/ontology/bibo/
Creative Commons
Rights Ontofogy
creativeeommons.org
cc
http://creativecommons.org;ns#
CiTo, the Citation
Typing Ontology
purl.org/spar
cito
http://purl.org/spar/eito/
Legacy Dublin Core
element set
dublincore.org/docum
ents/dces/
de
http://purl.org/dc/elements/l.1/
OCMI Metadata
dublincore .org/docum
entsjdcmi-terms/
purl.org/spar/fabio
dcterms
http://purl.org/de/terms/
fabio
http://purl.org/spar
/fabio/
b/trbr / corelt
Terms
FaBiO: FRBR-aligned
bibliographic ontology
FRBRcore
leito
purl.org/vocab/frbr
re
/co
frbr
http:// purI.org/voca
FRBRextended
purl.org/vocab/frbr
tendedlt
/ex
frbre
http://purl.org/voeab/frbr
IFLA's FRBRer Model
iflasta nd a rd s. infoi n s/f r
/frhr /frbrer /
frbrer
http://iflastandards.info/ns/fr
brer/
International Standard
Bibliographic
Oescription (lSBO)
lexvo.org Ontology
MARC Code list for
Relators
ifla stand ard s. infoi n s/is
bdjelements/
isbd
http://iflastandards.info/ns/isbd/ele
ments/
lexvo.org/ontology
id .Ioc.gov/vocabulary
elators
Ivont
http://lexvo.org/ontology#
mrel
http://id.loc.gov/vocabulary
http://purl.org/net/opmv/ns#
/r
Open Provenance
Model Vocabulary
purl.org/net/opmv/ns
opmv
PRISM: Publishing
Requirements for
Industry Standard
Metadata
Provenance
Vocabulary Core
Ontology
prismstandard.org
prism
http://prismstandard
/extendedlt
jfrbr
/tr
/relatorsj
.org/namespace
s/basic/2.0/
purl.org/net/provenan
ee/ns
prv
http://purl.
ROA Relationships for
Works, Expressions,
Manifestations, Items
rdvocab.info/ROARelat
ionshipsWEMI
rdarel
http://rdvocab.info/R
WEMI
Schema.org
schema.org
schema
http://schema.org/
org/net/provenance/ns#
DAReJationships
Fonte: Konstantinou, Spanos, Houssos e Mitrou (2014)
o
mapeamento
de elementos do Dublin Core para as propriedades
das diversas
ontologias citadas Tabela 4.1 está apresentado na Tabela 4.2. Nesse mapeamento,
os registros com elementos
propriedade
não qualificados
correspondente
(KONSTANTINOU
homônima
do Dublin Core foram substituídos
a
partir
da
ontologia
do
todos
por uma
Dublin
Core
et aI, 2014).
39
\_'
,
'-
\
'-
'.
I
1~'D"dol'iOtll..
IO'(II!rtl'1ldlJtlOCÓl'1..
I
'-
Tabela 4.2 - Mapeamento de objetos do Dspace (Dublin Core) para antologias web
DSpace De elements
Ontology properties
contributor
advisor
mrel:", schema:contributor3, dcterms:c9!ltributor, dcterms:creator
mrel:ths
author
mrel:aut
editor
illustrator
other
mrel:edt, schema:editor
mrel:iII, schema :illustrator
mrel:oth
spatial
temporal
schema:contentLocation, dcterms:coverage, dcterms:spatial
dcterms:coverage, dcterms:temporal
,
...-
._.
,
coverage
creator
mrel:cre, mrel:aut, frbrer:P2009, frbr:creator, schema:author,
schema:creator, dcterms:creator
date
rbrer:P3003, frbrer:P3010, dcterms:date
available"
L
'-.-.
copyright
schema :copyrightYear, dcterms:dateCopyrighted
created
opmv:wasGen eratedAt,prism :creation Date, schema :dateCreated,
dcterms:created
issued
abio:hasPublicationYear, frbrer:P3055, prism:publicationDate,
isbd:PI018, schema:datePublished, dcterms:issued
submitted
abio:hasDepositDate, dcterms:dateSubmitted
updated
abio:datelastUpdated,
description
--
abio:hasEmbargoDate, prism:embargoDate, dcterms:available
schema:dateModified
bibo:shortDeseription, isbd:PI037-PI046, isbd:PI064-PI068, isbd:PI073,
isbd:PI078-P1079, isbd:PI086-1087, isbd:PI090-PllOl, isbd:P1l231124, isbd:Pl1365, rdarel:descriptionOfWork, sChema:description,
schema:eomment, dcterms:description
abstraet
bibo:abstract, rdarel:abstractWork, rdarel:abstract,
rdarel: abstra etExpressi on, dcterm s:abstract
provenance
opmv:wasDerivedFrom, opmv:wasEneodedBy, opmv:wasGeneratedBy,
prv:createdBy, prv:serializedBy, dcterms:provenance
statementofresp
onsibitity
rbrer:P3021, isbd:PlO07, isbd:P1010, isbd:P1029, isbd:P1059,.
isbd:P1141, isbd:P1142, isbd:P1153
dcterms:ta bleOfContents
prism :version Identifier
rbrer:P3023, dcterms:format
tableofcontents
version
format
extent6
medium
bibo:numPages, fabio:hasPageCount, frbrer:P3024, isbd:P1022,
isbd:PI053, prism:byteCount, schema:numberOfPages, dcterms:extent
rbrer:P3025, isbd:PI003, dcterms:medium
mimetype
schema:encodingFormat
40
fm;xxJf'fOlld0llld91
1~lol-1:md/)ll~On-
bibo:asin, bibo:coden, bibo:doi, bibo:eanucc13, bibo:gtin14, bibo:handte,
identifier
bibo:identifier,
bibo:lccn, bibo:oclcnum, bibo:pmid, bibo:upc,
fabio: hasDígitaIArticlel dentifier. fabio :hasArXivld, fab io: hasCODEN,
fabio: hasHandle, fa bio:hasNational Libra ryOfMed jci neJourn alld.
fabio:hasPII, fabio:hasPubMedCentralld,
fabio:hasPubMedld.
7
fabio:hasURL, frbrer:P3028 , frbrer:P3031, isbd:PI032,isbd:P1l54.
prism:dor, prism:url, schema:url, dcterms:bibliographicCitation,
dcterms:identifier
citationl>
'-
bibo:cites, cito:citesAsAuthority,
cito:citesAsDataSource,
cito:ci tesAsEvidence, cito :citesAsRecom m ended Reading,
cito: cit esAsRelated, cito :cit esAsSourceDocu ment,
cito: citesForl nformation, cito: citesAsMetad ata Document,
-
IIrbre: isRefer entiallyRe lat edToExp ression,
rbre: isReferentiallyRe lat edToW ork
----
isbn
bibo:isbn, bibo:isbnl0.
bibo:isbn13, prísm:isbn, schema:isbn
issn
bibo:eissn, bibo:issn, fabio:haslssnl, isbd:PI030, prism:elssn, prism:issn
sici
bibo:sici, fabio:hasSICI
uri
bibo:uri
frbrer:P3011, Ivont:language, schema:inlanguage,
language
iso
Ivont:iso639PlCode,
Ivont:iso639PIBCode,
dcterms:language
Ivont:is0639P2TCode,
Ivont:is0639P3Code, Ivont:is0639PSCode, isolS924Alphacode
rfc3066
'--
dcterms:RFC3066
publisher
mrel:pbl, frbrer:P3056, isbd:PI017, schema:publisher, dcterms:publisher
relation
IIrbrer:P2043.P21109, rdarel:relatedWork,
dcterms:conformsTo
isformatof
dctérms:isFormatOf
ispartof
frbrer:P20S8, frbrer:P2080, frbrer:P2086, frhrer:PI092,
frbr:part of
ifrbre: isPartOfExpressi on, frb re: isPartOflte m,
fr bre: isPartOfMa nifestation, f rbre :isPartOfW ork,
rdarel :contained InWork, rdarel :containedl nExpression,
rdarel :containedl nManifestation,
rdarel:containedln,
rdarel :contained InItem,
dcterms:ísPartOf
ispartofseries
rdarel:inSeríesWork, rdarel:inSeries
haspart
IIrbrer:P2057, frbrer:P2079. frbrer:P2085, frbrer:P2091, frbr:part,
~rbre: hasPart Expression, frbre :hasPartltem, frb re :hasPartMa nifestatio n,
IIrbre: hasPartWork, rdarel :containsWork, rdarel:contai nsExpression,
rdarel :conta insManifestation,
rdarel :containsltem,
rdarel :contains,
rdarel:wholePartRelationship,
rdarel:wholePartRelationsh.ipWork,
rd arei :whol ePartRel at ion shipExp ression,
rdarel: wholeP artRelationsh ipMan ifestation,
rd arei :whole Part Relationshipltem, deter ms:hasPart
isversionof
rbrer:P2062, frbr:revisionOf, frbre:isARevisionOfExpression,
rdarel :expandedVersionOfExpression,
rdarel:expandedVersionOf,
rdarel: revisionOf, rdarel :revisionOfExpression, dcterms:isVersionOf
41
'-
••
hasversion
EtI'It'Odtr()ndo"""17l.
'ortaJtuooono(on.
frbrer:P2061, frbr:revision, prism:hasPreviousVersion,
dc:terms:hasVersion
'-
isbasedon
rdarel:basedOnWork,
isreferencedby
bibo:citedBy, cjto:isCitedBylO, cito:isCitedAsAuthorityBy,
,
---
rdarel:basedOnExpression.
rdarel:basedOn
cito: isCitedAsDataSourceBy, cito: isCitedAsEvideneeBy,
cito: isCitedAsMetadata DocumentBy,
cito: isCitedAsRecommendedReadi ng, cito:isCitedAsRelated By,
cito: isCitedAsSou reeDoeumen t By, cit o: isCited Fori nformatio nBy,
frbre: isReferentia IlyReIatedTo Expression,
frbre: isReferen ti aIlyRelat edTo Work, dcterms: isReferenced By
references
dcterms:referenees
requires
dcterms:requires
isrequiredby
dcterms:isRequiredBy
replaees
dc:terms:rep/aces
isreplacedby
dcterms:isReplacedBy
rights
'-
cc:license, prism:copyright, dcterms:aecessRights, determs:license
uri
cc:legalCode
holder
schema:copyrightHolder
source
dcterms:source
uri
subject
Ifrbrer:P3033
fbrber:P2023, frbrer: P2025, frbrer:P2027,
frbrer:P2029, frbrer:P2031,
rbrer:P2033, frbrer:P2035, frbrer:P2037, frbrer:P2039, frbrer:P2041,
frbr:subject, prism:keywordll, schema:about, schema:keywords
c1assification
L
title
abio:hasSubjectTerm
rbrer:P3001, frbrer:P3008, isbd:P1004, isbd:P1012, isbd:P1026,
schema:headline, dcterms:title
alternative
bibo:shortTitle,
isbd:P100S, isbd:P1027, prism:alternateTitle,
schema :alternativeH eadline, dcterms:a Iternative
type
prism:genre, schema:genre, dcterms:type
Fonte: Konstantinou, Spanos, Houssos e Mitrou (2014)
Para ilustrar o mapeamento
de registros do Dublin Core em triplas RDF, pode-se
considerar o registro apresentado na Tabela 4.3.
42
•.•......
"--
'-L
'-
•
••
\.-
Tabela 4.3 - Exemplo de registro de metadados Dublin Core
\....
De Field
Value
"--
dC.creator
Cairns, Francis
dc.title
Some reflections on the ranking of the major Games in fifth
'--
L
century S.e. epinician poetry
de.date.avaIlable
1989-05-21
•.•......
de.identifier .uri
http://hdl.handle.net/10442/359
'--
dc.type
Conference Item
'-.
dC.format.extent
5 pages
dc.coverage.spatial
Greece
dC.language
eng
L
L
\.~
"-...
'-'-
'-'-
Fonte: Konstantinou,
Spanos, Houssos e Mitrou (2014)
Na Figura 4.3, está uma descrição RDF com a notação N3 para o registro da Tabela
4.3, usando os namespaces definidos na Tabela 4.1.
<http://purl.org/dc/terms/BibliographicResource/item_9386>
a dcterms:BibliographicResource;
dc:creator "Cairns, Francis";
dc:title
"Some reflections on the ranking of the major
in fifth century B.C. epinician poetry";
dcterms:available
"1989-05-2111;
de:identifier <http://hdl.handle.net/10442/359>;
dc:type IIConferenee Item
dcterms:extent
"5 pages
Games
ll;
ll;
de:eoverage <http://purl.org/dc/terms/Loeation/location_9386>;
de: language "eng
<http://purl.org/dc/terms/Loeation/loeation_9386>
a dcterms:Loeationj
rdf :value "Greeee".
ll•
Figura 4.3 - Trecho RDF do registro descrito notação N3
Fonte: Konstantinou,
Para alcançar
a conversão
seguindo a especificação
Spanos. Houssos e Mitrou (2014)
desejada,
o mapeamento
necessita
ser declarado
R2RML, como está apresentado na Figura 4.4
43
'
'.~
~
•
f";"í,
,
"
-,' ~
"
'-
,
<#dc-creator>
rr:logicalTable <#dc-creator-view>;
rr:subjectMap [
rr:template
"http://purl.org/dc/terms/BibliographicResource/item_{item_id}";
];
rr:predicateObjectMap
[
rr:predicate dc:creatori
rr:objectMap [
rr:template
"http://purl.org/dc/terms/Agent/agent_{text_value}''
] .
<#dc-creator-view>
rr:sqlQuery
.~.--
'.-
];
111111
SELECT i.item id AS item_id, mv.text_value AS text value
FROM item AS i
INNER JOIN metadatavalue AS mv
ON i.item id=mv.item id
INNER J01N metadatafieldregistry
AS mfr
ON mfr.metadata -field -id=mv.metadata - field id
INNER J01N metadataschemaregistry
AS msr
ON msr.metadata schema id=mfr.metadata schema id
WHERE i.in archive=TRUE AND
mV.text value 1S NOT NULL AND
msr.namespace='http://dublincore.org/documents/dcmi-terms/'
mfr.element='creator'
AND
nllu
Figura 4.4 - Declaração do mapeamento Dublin Core para RDF
Fonte: Konstantinou,
Spanos, Houssos e Mitrou (2014)
Com esse mapeamento, torna-se possível popular a base de dados do Participa.br a
partir das entradas
do Dspace
e expor esses dados como triplas
RDF, permitindo
a
coexistência dos dois ambientes para comportar conteúdos de participação social.
',-
44
I
••....
\...I
'~
f~QfW1olrido).
10000el~"""o_,Óf'l.-
L
5. Considerações finais
Nesse relatório foram apresentadas
\-
,
'-
,,---.
sugestões
de métodos
para organização
de
conteúdos de participação social a fim de facilitar a recuperação de informação pelo público
interessado. Tais sugestões, por sua vez, desencadeiam
outras recomendações
que estão
citadas nesse tópico conclusivo.
-''"-
Embora a postagem de documentos permaneça como estava previsto na criação do
repositório de documentos da SGPR, o tratamento posterior que será dado a cada conteúdo
exigirá
um esforço
para
transformar
esse
documento
em
unidades
de
informação
interligáveis, pelo envolvimento de técnicos dedicados a essa atividade no âmbito da SGPR.
Portanto, recomenda-se
'--
documentos,
a composição
cujas funções
de uma equipe para o tratamento
são mais simples,
como
uma mediação
intelectual
dos
e aceitação
de
documentos, ou mais complexa, como o encaixe dos objetos de informação no contexto das
ligações previstas em seções anteriores deste documento.
.~.
possível relacionar e, portanto, contextualizar
informações
Com essa iniciativa, torna-se
ou demandas
dê participação
social de modo mais funcional e claro para os usuários dessas informações.
Uma vez que os documentos manipulados são extensos e de difícil leitura, sugere-se
a construção de algum ferramental computacional de apoio a essa equipe para minimizar o
esforço de trabalho
manual dessa atividade.
Sugere-se,
portanto,
que em documentos
futuros dessa consultoria, seja verificada a viabilidade de uso de técnicas de mineração e
extração
de dados
identificaçãpe
aplicáveis
a textos
para ver em que
medida
podem
auxiliar
a
ligação dos objetos de informação espalhados nesses documentos.
Um outro
produto
factível
para consultorias
futuras
é a c'oncepção
especificação mais detalhada sobre os tipos de documentos de participação
facilitar a sua localização
e interpretação.
Com essa especificação
de uma
social a fim de
em mãos, torna-se
possível a construção e oferta, no portal participa.br, de uma ferrame~t~ que automatize a
\
.••....
-.
,
geração
de
preenchimento
formada.
informações
minimamente
de dados, economizando
estruturadas
(em
em informações
por
exemplo)
o esforço da equipe de tratamento
Além disso, tal iniciativa viabiliza a construção
especializados
XML,
pelo
intelectual
de SEOs (engínes de busca)
de participação social para atender o público interessado
nessa temática com mais qualidade.
Com relação
à abertura
proposta
para os conteúdos
de participação
social,
o
processo de triplificação de dados bibliográficos pode ser como foi proposto no Capítulo 4,
45
_'''ê~'
,
Oi
r
•
~
'i'"
"
.'
•
f~trmt:orritJ.ol
JOIt(lWN>d~nocÓh.
ou envolver várias fases e ser realizada pela adaptação de ferramentas
como a Trip/ify44,
cujo objetivo é recuperar informações em ,bancos de dados re/acionais e transformá-los
em
um arquivo com triplas RDF. Uma segunda etapa desse processo consiste em identificar um
endpoint para armazenar as triplas RDF de forma a permitir consultas similar ao que é feito
num banco de dados relaciona!. Um endpoint interessante a ser analisado para integração
com o software de biblioteca digital é o Fuseki45, que possui um desempenho
interessante e
permite consultas no formato SPARQL (linguagem de consulta padrão na web de dados
ligados). Vale ressaltar que os testes realizados com consultas em endpoints com triplas
RDF permitiu realizar consultas federadas que envolvem mais de um endpoint, e foi possível
perceber a grande variabilidade de cruzamentos de dados com informações
constantes em
bases como, por exemplo, Google Maps e DBpedia.
Ainda
manipulação
como
sugestão,
sugere-se
verificar
o Jena,
de arquivos RDF utilizando a linguagem
uma
AP!
que
permite
Java e o Solr para pesquisas
a
de
recuperação mais, elaboradas.
Brasília/DF, setembro de 2014
Paulo Roberto Miranda MeireJles
Consultor do PNUD
',-
44
Ver mais em www.triplify.org.
45 Para esse produto,
foi feito teste no Fuseki, versão 0.2.245, que demonstrou
bons resultados desempenho
e usabilidade.
46
f"'t106':ItJPfl1o.....:&rt
100,1l'W'::rrn:~"orOt$.
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ISBN 9780262261340.
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