Microsoft Word - 4\272Congresso Brasileiro de Pesquisa
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ANA HELENA MEIRELLES REIS CLAUDIA WOODS ETNOGRAFIA DIGITAL: UM ESTUDO OBSERVATÓRIO-INTERATIVO DO COMPORTAMENTO DAS MULHERES NA INTERNET Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa – Mercado, Opinião e Mídia em 2010. SÃO PAULO Março de 2010 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 03 1. EMBASAMENTO TEÓRICO PARA CRIAÇÃO DA METODOLOGIA DE ETNOGRAFIA DIGITAL ................................................. 04 2. ETNOGRAFIA DIGITAL – DESCRIÇÃO DO PRODUTO ....................................... 07 3. JUSTIFICATIVA PARA O PROJETO PILOTO COM MULHERES COM RENDA ABAIXO DE 10SM............................................................................. 08 4. CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO PILOTO........................................................... 13 5. PRINCIPAIS RESULTADOS DO PROJETO PILOTO: O COMPORTAMENTO DE NAVEGAÇÃO .............................................................. 15 6. PRINCIPAIS RESULTADOS DO PROJETO PILOTO: O SIGNIFICADO DA VIDA ONLINE PARA AS MULHERES INVESTIGADAS ................................................................................... 20 7. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 28 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 29 ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 2 INTRODUÇÃO Nos últimos anos, a Internet vem ganhando força no Brasil e no mundo, tornando-se parte integrante da vida de muitos cidadãos.A porcentagem de domicílios brasileiros com acesso à Internet mais que dobrou de 2003 a 2008, chegando a 23,8%; os grandes responsáveis por este crescimento foram famílias com renda mensal abaixo de 10 salários mínimos. (PNAD, 2008) Diante dessa tendência de crescimento do acesso ao meio digital, cada vez mais pessoas estão migrando algumas atividades do cotidiano para o meio online. Cabe portanto à pesquisa de mercado acompanhar esta evolução, criando novas metodologias adequadas ao meio online. Surge uma nova área de investigação, a observação do comportamento do usuário no ambiente digital, que vem sendo discutida internacionalmente como uma metodologia eficaz para analisar o comportamento do público na WEB. De acordo com Hine (2000), ela é, em última instância, uma adaptação da etnografia “tradicional” às condições sociais atuais em que as pessoas estão também no ambiente online. Tendo como foco os desafios que essa inclusão digital acelerada provoca na relação entre as organizações e seus clientes, foi desenvolvida a metodologia de Etnografia Digital. É estudo observatório-interativo, que tem como objetivo entender o comportamento do consumidor na Web, observando sua navegação, interagindo com ele enquanto está online e coletando informações sobre sua relação com o ambiente digital, de forma a entender que tipo de mudanças essa inclusão digital provoca nos usuários da Internet.Para mostrar a força dessa metodologia, foi desenvolvido um projeto piloto com mulheres, com renda familiar abaixo de 10SM e usuárias de Internet, visto que esse é o segmento que tende a ser mais impactado pelo efeito da inclusão digital nos domicílios. ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 3 1. EMBASAMENTO TEÓRICO PARA CRIAÇÃO DA METODOLOGIA DE ETNOGRAFIA DIGITAL A metodologia de Etnografia Digital surgiu de um desdobramento do conceito de pesquisa etnográfica e sua aplicação na área de marketing. Alguns autores discorreram sobre o tema exaustivamente na literatura internacional, entre eles: Atkinson e Hammersly (1994), Clifford (1998), Elliott e Jankel-Elliott (2003), Mariampolski (2006). A dissertação de Pereira (2008) também pode ser considerada uma referência nessa área, por apresentar um levantamento bibliográfico valioso sobre a etnografia como ferramenta de pesquisa em marketing e por ter sintetizado seu significado mais puro: “A etnografia é considerada uma descrição ‘por dentro’ da sociedade” (uma vez que o pesquisador convive com o grupo estudado). “Os pesquisadores buscam sempre olhar além do que é falado, de forma a entender melhor como o sistema de cultura é criado e compartilhado.” (PEREIRA, 2008). Em seu trabalho, Pereira considerou que o maior desafio consiste em adaptar as técnicas etnográficas tradicionais ao ambiente virtual, uma vez que não se pode assumir que somente olhando o que acontece no ambiente online se pode ter uma visão completa dos seus significados sociais. Dessa extensa discussão metodológica surgiram cinco princípios que norteiam a metodologia de Etnografia Virtual ou observação em ambiente digital: 1º. A etnografia pode ser usada como ferramenta para verificar como o uso da Internet se tornou socialmente significante. 2º. A interação do mediador com os pesquisados deve ser tanto física quanto virtual. ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 4 3º. As possíveis diferenças entre o ambiente virtual e o real devem ser exploradas e interpretadas. 4º. Ao invés de analisar um Website em específico, a etnografia virtual deve caracterizar as interações que um determinado grupo de pessoas tem com vários meios durante um período. 5º. Os pesquisadores imergem na Internet para observar e interagir com os internautas A partir da utilização prática desses princípios para a pesquisa social, surgiram basicamente dois tipos de metodologias de Etnografia Virtual, atualmente utilizadas em pesquisas mercadológicas: O primeiro, chamado de etnografia na Internet, considera a reprodução do ambiente offline no ambiente online, com a criação de blogs ou outras ferramentas em que as pessoas entram e postam textos, fotos do seu dia a dia, da sua casa, dos seus produtos, falam sobre suas preferências etc. Essa é uma maneira bastante eficiente de pesquisa, com diversas vantagens como: boa relação custo versus benefício e facilidade de acesso a diferentes públicos. Por outro lado, objeto de estudo não é o comportamento das pessoas na Internet, ela é somente uma ferramenta. O segundo é a etnografia da Internet, em que o objeto de estudo é o ambiente online em si. Nesta abordagem, o comportamento do consumidor online pressupõe que o ambiente natural é a própria Web, sendo necessário entender como um determinado grupo interage com este espaço, diante de uma observação direta de seu momento na Internet e o que isso afeta sua vida fora da rede. Esta abordagem, ao contrário da primeira, tem como foco o dia-a-dia das pessoas na Internet, o uso que fazem do meio e como se relacionam com esse mundo virtual. (DOMINGUEZ, 2007) ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 5 Esse último caminho metodológico foi o ponto de partida para a caracterização da Etnografia Digital que, em última instância, é uma adaptação da etnografia “tradicional” às condições sociais atuais, em que as pessoas estão também no ambiente online. Identificando nesse segundo caminho um espaço ainda pouco explorado e fascinante do ponto de vista da evolução da pesquisa social e sua utilização na área de marketing, foi criada a técnica de Etnografia Digital, ou seja uma metodologia para observação e registro do comportamento do consumidor online . ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 6 2. ETNOGRAFIA DIGITAL – DESCRIÇÃO DO PRODUTO A Etnografia Digital desenvolvida se baseia em duas ferramentas de trabalho que atuam concomitantemente: a. O acompanhamento da navegação, que consiste em um tracking da rotina online de uma determinada amostra, registrando as URL´s navegadas durante um período determinado. Para isso há necessidade da criação de um painel de respondentes devidamente identificados e a implantação de um plug-in específico para o tracking. b. Uma pesquisa exploratória online, utilizando questionários de autopreenchimento e a moderação de uma conversa por meio de chat . Essa ferramenta qualitativa faz uso de moderadores nas salas de bate-papo, que seguem um roteiro baseado no comportamento de navegação dos participantes do painel etnográfico. Os diferenciais dessa metodologia em relação às técnicas tradicionais de pesquisa na Web são: 1. Traz para o universo online as ferramentas tradicionais de observação etnográficas. 2. Integra o poder das métricas com uma leitura qualitativa dos dados. 3. Inverte o olhar do comportamento dos usuários de um site para o comportamento de um público-alvo em toda a Web. 4. Possibilita análises longitudinais com painéis de consumidores online. ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 7 3. JUSTIFICATIVA PARA O PROJETO PILOTO COM MULHERES COM RENDA ABAIXO DE 10SM 3.1. O acesso à Internet no Brasil e no mundo O número de pessoas com acesso à Internet no mundo vem crescendo substancialmente. Em um período de aproximadamente oito anos e meio, de janeiro de 2001 a junho de 2009, o aumento do número de pessoas com acesso à Internet foi de 362%, elevando a penetração total de usuários da Web dentro da população mundial de 5% a 25%. Na América Latina, o aumento foi ainda mais expressivo, crescendo 865,7% no mesmo período e chegando a 30,2% de penetração. Dentro deste universo, o Brasil está em 9º lugar em termos de crescimento, apresentando um aumento de 1.250% no período, e em 6º em termos de penetração, com 34% de usuários. (INTERNET WORLD STATS, 2009) A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (1) (PNAD, 2008), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em setembro de 2009, apresenta resultados semelhantes. Segundo ela, em 2008, 31% dos domicílios brasileiros (2) dispunham de microcomputador, totalizando 17,9 milhões de lares. Destes, 76% possuíam acesso à Internet, representando 24% do total de casas brasileiras, ou seja, 13,7 milhões de lares. Na região Sudeste este número foi ainda mais significativo, tendo 31% dos domicílios conectados à Internet no ano passado. O número não considera estabelecimentos comerciais em que as pessoas podem ter acesso à Internet. (PNAD 2008) 1-A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) é realizada anualmente pelo IBGE por meio de uma amostra de domicílios por todo o Brasil que explora temas de habitação, rendimento e trabalho, associados a características demográficas e educacionais. A PNAD 2008 considerou 91.868 pessoas e 150.591 lares, distribuídos nacionalmente. (PNAD, 2008) 2-Conceituou-se como domicílio o local de moradia, estruturalmente separado e independente, constituído por um ou mais cômodos”. (PNAD, 2008) ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 8 Figura 1 – Porcentagem de domicílios com microcomputador e acesso à Internet no Brasil Fonte: PNAD 2008 3.2. A participação da classe C na Internet: Com base nos dados da PNAD (2008), percebe-se também que o segmento que apresenta o maior crescimento tanto em número de domicílios com computador quanto o em número de domicílios com computador e acesso à Internet é o de quem tem tem renda familiar mensal de menos de 10 salários mínimos, como demonstram os gráficos abaixo: Figura 2 – Total de domicílios com microcomputador no Brasil por classe de rendimento mensal domiciliar Fonte: PNAD 2008 Figura 3 – Total de domicílios com microcomputador Figura 3 – Total de domicílios com microcomputador com acesso à Internet no Brasil por classe de rendimento mensal domiciliar com acesso à Internet no Brasil Bra por classe de Fonte: PNAD 2008 Para fazer um paralelo entre renda e classificação social, tomou-se tomou como base a classificação social proposta por Neri (2008) embasada sada na Pesquisa Mensal do Emprego, do IBGE,, e o Critério Brasil da ABEP. ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 9 Segundo o critério adotado por Neri, a classe C é composta por domicílios com renda familiar total entre R$1.064,00 e R$4.591,00. Considerando o salário mínimo de R$415,00, pode-se dizer que a classe C, com base nos parâmetros de Marcelo Neri, é composta por domicílios que possuem renda mensal familiar de 2,5 a 11 salários mínimos aproximadamente. Segundo o critério Brasil da ABEP revisado em 2008, essa faixa de renda entre R$1.064,00 e R$4.591,00 engloba a Classe C e B. De forma a conciliar essas duas formas de classificação das famílias com renda abaixo de 10SM, o estudo focou na classe B2/C pelo critério ABEP, que corresponde ao critério de classe C de Marcelo Neri. 3.3. As mudanças que a inclusão digital pode representar no cotidiano das mulheres com renda familiar abaixo de 10SM A constatação do crescimento do uso da Internet nos domicílios com renda abaixo de 10SM leva, sem dúvida, a imaginar que essa maior disponibilidade de acesso esteja gerando a inclusão não somente dos jovens desses domicílios, mas também dos adultos e mais especialmente das mulheres. Do ponto de vista da investigação, as mudanças que esse acesso ao meio digital no domicílio pode estar provocando nas relações entre essas famílias e sua vida offline são extremamente instigantes. Pouco se conhece a respeito do impacto da vida online sobre o comportamento desse segmento da população, e menos ainda se esse público for constituído de mulheres, donas-de-casa. Inúmeras perguntas foram surgindo á medida em que nos propusemos a estudar o comportamento desse segmento da sociedade na Internet. ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 10 Algumas delas necessitavam de uma observação com registro, ou seja, de uma métrica de navegação para se obter um dado objetivo e confiável: Por onde navegam, o que acessam, com que freqüência e em que momentos do dia? Qual o peso que cada tipo de atividade na Internet tem no perfil de navegação dessas mulheres, por ex: usam mais a Internet para entrar em sites de relacionamento ou entrar em sites de lojas virtuais? Outras dependiam de uma interação online, de forma a captar atitudes, comportamentos e motivações que explicassem o comportamento observado nas métricas: O que significa para uma dona de casa com esse perfil de renda familiar, acostumada a correr de loja em loja em busca dos melhores preços, a possibilidade de pesquisar na Internet? Que tipo de mudanças o uso da Internet provocou na sua relação com a televisão e os outros meios de comunicação e entretenimento? O que representa para ela poder dar sua opinião sobre o que gosta ou não gosta nos produtos que consome, nas empresas e marcas com quem se relaciona? Como aproveita a possibilidade de trocar experiências, obter dicas e conselhos via blogs criados para dialogar com o internauta? Será que ela se aventura em busca de facilidades como checar os saldos bancários, fazer compras, confiando que esse meio é seguro? Como se sente entrando nas redes sociais, tendo a possibilidade de conversar com pessoas que conhecem pessoalmente mas estão ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 11 distantes, os amigos de todo o dia e aqueles novos amigos virtuais? Que tipo de mudanças isso causa no seu relacionamento pessoal e familiar? E os novos conhecimentos que adquire? Por onde navega à procura de melhores oportunidades de vida? O projeto piloto de Etnografia Digital foi concebido para demonstrar a eficácia dessa metodologia para trazer respostas a esse tipo de questionamentos. Além disso, ao responder a essas questões, contribui também para divulgar um conhecimento que é da maior importância para todos aqueles que produzem, comercializam e se comunicam com esse importante segmento do mercado brasileiro, que é representado pela população com renda abaixo de 10SM. ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 12 4. CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO PILOTO O público do projeto piloto foi composto por 50 mulheres donas-de-casa, de 25 a 49 anos, de nível sócio-econômico B2/C (critério Brasil-Abep), residentes em São Paulo capital e usuárias de Internet em SUS domicílios. O comportamento de navegação das participantes foi registrado pelo período de 11 dias, entre os dias 16 e 27 de dezembro de 2010. Durante esse período, as participantes responderam diariamente a um questionário online. Para cada dia foi escolhida uma temática, e ao final foram reservados 2 dias para o chat. As participantes do painel receberam um código de acesso e senha específicos para se logar durante o período da pesquisa, de forma a que se pudesse trackear seu uso do meio, sem a interferência da navegação de outras pessoas da família. 4.1. Principais métricas registradas: − Páginas visitadas, temas buscados. − Ferramentas utilizadas. − Categorias de sites mais visitadas e dentro de cada categoria quais os sites mais acessados. − Frequência, tempo de navegação e horários de conexão. 4.2. Temas explorados no questionário e aprofundados no chat: Relação da Internet com: − Perfil de Acesso : para que usam, sites que acessam, o que fazem − Cotidiano– relação com o ambiente online e influências na vida offline − Entretenimento – envolvimento com vídeos/filmes, passa-tempo, divertimento, acesso ao email ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 13 − Interatividade – compartilhamento de fotos/vídeos/matérias/mensagens, criação do próprio blog − Socialização – criação de novos amigos, conversa com amigos, participação de comunidades − Expressão – forma de expressão, autenticidade, exposição da própria opinião, com relação a produtos/marcas/serviços − Informação – aumento de conhecimentos, pesquisas, noticias − Economia - compra, comparação de preços antes de comprar, busca por ofertas − Conveniência – poupa-tempo, resolução de problemas, busca por informações, operações bancárias − Publicidade – atitude e comportamento em relação à propaganda, banners, promoções online ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 14 5. PRINCIPAIS RESULTADOS DO PROJETO PILOTO: O COMPORTAMENTO DE NAVEGAÇÃO Para entender a relação do público-alvo do estudo com a Internet é importante primeiro caracterizar seu perfil de acesso. 5.1. Como e quando se conectam, e por quanto tempo permanecem na Internet − Quase 70% da amostra já usa a Internet há mais de 5 anos − Navegam um pouco mais à tarde do que à noite: 58% dos acessos foi feito entre 12 e 18hs e 42% entre 18 e 24hs. − Durante os 11 dias foram feitos 84.700 acessos a 168 diferentes URLs − 40% da amostra fica mais de 2hs por dia na Internet, e 83% se conecta todos os dias. 5.2. Tipo de uso que fazem da Internet A partir dos resultados das métricas observadas, os diferentes usos do meio foram classificados em 5 grandes categorias: Relacionamento, Informação Entretenimento, Compras e Serviços O maior uso da Internet é para relacionamento, o que indica que para os novos entrantes a Internet já é uma forma de integração social mais do que de busca de informações, apesar desse último estar entre os maiores benefícios identificados pelas usuárias. Importante notar o potencial de crescimento do uso da Internet para entretenimento, com um avanço da migração de tempo dedicado a diversos meios offline para online. As compras online já ocupam um espaço visível na vida dessas internautas, bem como o uso de serviços pela Internet já aparece, mesmo que timidamente, na rotina de navegação. ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 15 Usos que fazem da internet % de acesso a cada categoria de site 6% 2% 10% relacionamento 44% informação entretenimento compras 38% serviços Base= 50 casos 5.3. Relacionamento:: As Redes Sociais ciais ocupam o maior espaço de entretenimento observado, respondendo por 94% % dos acessos nessa categoria, categoria, sendo o Orkut o site si mais acessado,, seguido de Gravatar e Imvu, esse último um mundo virtual de criação de looks em 3D. Sites mais acessados www.orkut.com Redes Sociais www.gravatar.com www.imvu.com http://talkgadget.google.com Chats http://batepapo.uol.com.br: http://batepapo.ig.com.br http:// joangelblog.blogspot.com Blogs http:// simonefan.net http: epocateen.blogspot.com http:// N= 50 casos ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 16 5.4. Informação: Os buscadores correspondem 57% dos acessos em busca de informações. Os do Google são os mais acessados, mas aparece com boa presença o Buscapé. Somente 34% dos acessos são para enviar ou receber e-mails, confirmando a força dos contatos imediatos via redes sociais pelos novos entrantes na Web. Além dos portais da Globo, Yahoo e Uol, entre as fontes de informação aparecem, mesmo que timidamente, os jornais online e as revistas, dando sinais do envolvimento das mulheres com uma maior facilidade de leitura. Sites mais acessados www.google.com.br Buscador www.google.com www.buscape.com.br http://mail.ig.com.br Email https://mail.google.com http://mail.live.com www.globo.com Portal www.yahoo.com www.uol.com http://bebe.abril.com.br N= 50 casos 5.5. Jornais, http://entretenimento.r7.com revistas http://corpoacorpo.uol.com.br Entretenimento Games e sites de entretenimento aparecem com 8% dos acessos, mas com diferentes endereços que incluem desde canais de TV e Rádio até o Y8.com, um site de jogos internacional. ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 17 Sites mais acessados www.youtube.com Vídeos, Fotos http://photobucket.com http://picasaweb.google.com www.y8.com Games www.jogosdemenina.com.br http://papajogos.uol.com.br TV, rádio, http://afazenda.r7.com cinema www.radio.uol.com.br http://viveravida.globo.com 5.6. Compras: A participação de compras na rotina das usuárias de Internet de classe C ainda é básica, mas já aponta para uma entrada em sites tanto de lojas virtuais tipo Submarino e Mercado Livre como em sites de magazines como Casas Bahia. Destaca-se também a procura por ofertas e promoções em sites de marcas como Unilever e Melissa, o que demonstra o potencial de crescimento dessa atividade entre esse segmento. Sites mais acessados http://www.submarino.com.br Loja Virtual http://www.shoptime.com.br https://www.ultrafarma.com.br https://www.mercadolibre.com Magazine http://www2.extra.com.br https://www.casasbahia.com.br http://www.walmart.com.br Oferta e http://www1.unilever80anos.com.br promoção https://www.lojamelissa.com.br http://www2.boticario.com.br Base= 50 casos ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 18 5.7. Serviços: Quatro atividades de serviços aparecem nas métricas: entrada em sites de emprego, sites de bancos, sites de serviços do governo e Sacs . O aparecimento de sites de emprego foi um dos aspectos mais interessantes dessa observação e representa uma novidade na vida dessas pessoas, que foi posteriormente discutida no Chat. Sites mais acessados www.google.com.br Emprego www.google.com www.buscape.com.br http://mail.ig.com.br Internet https://mail.google.com banking http://mail.live.com www.globo.com Serviços do www.yahoo.com governo www.uol.com http://bebe.abril.com.br SACs http://entretenimento.r7.com http://corpoacorpo.uol.com.br Base= 50 casos ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 19 6. PRINCIPAIS RESULTADOS DO PROJETO PILOTO: O SIGNIFICADO DA VIDA ONLINE PARA AS MULHERES INVESTIGADAS 6.1. A entrada no universo online Para 42% das mulheres investigadas a entrada no universo online se deu por um desejo de se sentir “por dentro”, de acompanhar os outros; 32% sentiu necessidade de ter acesso à Internet em casa por questões de trabalho A principal motivação declarada para o uso quase diário da Internet é se informar, conhecer coisas novas. Pela própria análise da navegação, porém, fica claro que o objetivo de relacionamento social é muito mais presente no dia a dia do que a informação. Mas sem dúvida, independente do quanto essas mulheres navegam na Internet em busca de novos conhecimentos, a sensação que tem é de que estão mais globalizadas – 78% delas concorda totalmente com essa afirmação. Além disso, se sentem mais autênticas, mais confiantes para dar suas opiniões. Acima de 40% delas acreditam que a Internet confere identidade, dá a oportunidade a elas de serem como gostam de ser. Mais de 1/3 considera a Internet uma ótima companhia, um passatempo melhor que a televisão. Além disso, se sentem muito mais práticas quando utilizam o meio online, chegando 15% delas a declarar que se sentem inclusive mais inteligentes. Reflexo da própria observação da navegação, 26% das mulheres investigadas se sentem totalmente seguras para fazer compras pela Internet. ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 20 Os dados a seguir foram oram obtidos a partir de uma pergunta de concordância concord em escala de 5 pontos para cada uma das afirmações. afirmaç Os números úmeros da tabela se referem ao o percentual de respondentes que concordou totalmente com c a afirmação. A internet me faz sentir mais globalizada 79 Na internet posso dar minha opinião de… 54 Não ter email é como não ter uma… 43 Na internet eu posso ser quem eu quero 41 A internet é um melhor passatempo do… 41 Me sinto uma pessoa muito mais pratica… 38 A internet é uma ótima companhia 30 Me sinto totalmente segura de fazer… Eu me sinto mais inteligente na internet 26 15 Base= 50 casos 6.2. As mudanças na vida offline A experiência com o meio online vem repercutindo em mudanças no tempo gasto com outras atividades. A praticidade de poder pesquisar preços, se informar sobre endereços, conhecer produtos novos, tudo isso faz com que a dona-de-casa dona casa investigada sinta que tem mais tempo para conversar conversar com a família e os amigos e de ir às compras. Por outro lado, estar na Internet fez com que elas diminuíssem o tempo gasto com a leitura de jornais e revistas, pois transferem essa leitura para o meio online.. Também sentem que diminuíram o tempo frente à TV, ouvindo música ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 21 pelo rádio e conversando pelo telefone, ou seja, o tempo dedicado a outros meios como formas de entretenimento. − 60% dessas mulheres declara também que diminuiu o tempo de pesquisar preços nas lojas depois que passou a usar a Internet. % de respondentes que declara ter diminuido o tempo gasto com essas atividades offline 66% Ler revistas, jornais, livros Assistir televisão 61% Pesquisar preços nas lojas 60% Conversar pelo telefone Ouvir música pelo rádio 57% 54% Base= 50 casos 6.3. As portas abertas para o relacionamento social A participação em redes sociais é uma atividade presente na maioria quase que absoluta das internautas investigadas: − 86% delas participam de alguma rede social, principalmente do Orkut, e 40% tem entre 50 e 100 amigos virtuais − 23% delas já criou pelo menos uma comunidade “Vejo como um passatempo, mas isso não quer dizer que vivo na solidão.” ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 22 “No Orkut encontramos amigos de escola e podemos por lá bater um papo, se comunicar com facilidade e também lá sabemos das novidades das pessoas que não vemos há tempo...” Participar de redes sociais envolve uma sensação de acolhimento, de participação da comunidade da Web e também de jovialidade, de se aventurar num universo até então somente destinado aos jovens Abre também as portas para a ampliação dos relacionamentos sociais, mesmo que eles sejam apenas virtuais % de respondentes que concorda totalmente com cada uma dessas afirmações Participar de uma rede social ajuda a conhecer novas pessoas 62% Quando você participa de uma rede social na Internet se sente mais jovem, mais antenada Ter muitos amigos virtuais é sinal de que a pessoa é muito querida, mesmo que ela nem conheça essas pessoas 41% 10% Base= 50 casos 6.4. O momento de entretenimento da mulher na Internet 60% das entrevistadas concordam que na Internet podem escolher o que ver ou fazer sem que ninguém de palpite. Percebe-se que a partir do momento em que as mulheres se familiarizam com a Internet se tornam usuárias ativas, interagindo com o meio com uma desenvoltura difícil de imaginar. ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 23 − 32% jogam em sites de games ou entram em sites de entretenimento − 45% entram no YouTube, tanto para assistir como para adicionar vídeos − 47% não tem seu próprio blog mas gostaria de ter − 56% costuma colocar suas fotos em redes sociais Isso se confirma pelas métricas observadas, que apontam para o acesso a sites de entretenimento muitas vezes em língua estrangeira, pois mesmo que a maioria não domine outro idioma, assim como as crianças da geração digital elas estão se aventurando sem medo no novo universo online. “As redes sociais falam muito de moda, comportamento, etiqueta e coisas que a gente normalmente não no padrão de vida que vivemos; essa é minha principal motivação.” “Sigo pessoas que tenho contato, celebridades que eu acho interessante e também posto alguma novidade que eu queira compartilhar. Compartilho o meu humor na maioria das vezes... mas também alguma reportagem interessante, algo engraçado que tenha visto.” 6.5. O espaço para opiniões e a participação das internautas na Web 2.0 Dar opinião, entrar no SAC das empresas via Web, visitar as páginas de uma marca à procura de informações e interagir sem medo com os conteúdos colocados na Internet parece já faz parte do dia da dia das donas-de-casa investigadas. − 63% delas já entraram várias vezes em sites de empresas, produtos e marcas, principalmente para buscar informações − 40% acessam varias vezes o SAC − 12% participam ou já participou de fóruns ou comunidades a favor ou contra alguma marca ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 24 Mas sua participação não se limita a opiniões e troca de informações. As donas-de-casa investigadas percebem na Web uma oportunidade de entrar em contato com o que as empresas oferecem, e estão atentas a propagandas, promoções e ofertas − 55% lembram de alguma propaganda ou banner que viu na Internet − 32% já participaram de alguma promoção online 6.6. O caminho aberto para compras online e o uso do Internet banking A experiência com compras pela Internet já é uma realidade. − Praticamente 2/3 das mulheres amostradas entram na Internet para pesquisar preços − 25% delas afirmam que não somente pesquisam pela Internet mas também efetuam a compra, − 20% declaram que compra frequentemente, 50% de vez em quando A declaração das entrevistadas se confirma pela observação das navegação, pois somente considerando os 11 dias de medição 6% dos acessos foram para sites de compras online. “Comprei um tanquinho para mamãe e uma panela elétrica.” “Pois agora no orkut tem pessoas que vendem roupas, sapatos direto da loja.” ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 25 “ Elas colocam as fotos dos produtos, você deixa recado na foto dizendo que você gostou e ai você combina a forma de pagamento e calcula o frete, faz o pagamento e ela te envia o produto. (...) as pessoas que já fizeram compra com elas sempre deixa recados indicando. “ Fazer compras pela Internet, para essas mulheres, é um sinal de modernidade e de inteligência. Elas são abertas a realizar esse tipo de transação, e a maior restrição ainda é não poder ver/analisar bem o produto e ter que pagar com cartão de crédito. Mas além de entrarem em sites de compras de produtos novos, procuram também em sites de compra e venda produtos usados A entrada nos sites de bancos para realizar operações ainda é timida, mas o fato de já aparecer na navegação como um dos serviços que acessam é um indicativo do potencial desse serviço. − 12% entram regularmente, mas 49% já entraram algumas vezes, a maioria para consultar saldos ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 26 6.7. A Web como uma fonte de informações e caminho de progresso pessoal e profissional A abertura para o universo online claramente traz para a vida das mulheres novas fontes de conhecimento da vida offline e oportunidades de crescer tanto pessoal como profissionalmente. Isso pode ser observado pelo uso que fazem do meio para procurar informações úteis para o seu cotidiano. − 93% acha que com a Internet ficou mais rápido saber o que acontece na cidade e no mundo − 98% acha que ficou mais fácil saber endereços de lojas e telefones de empresas “Basicamente a vida se torna mais prática, é uma comodidade. Você consegue em muito menos tempo realizar pesquisas, sejam elas para comprar, estudar ou trabalhar. Para compras então existe um infinidades de lojas. É muito mais fácil saber onde se encontra algo, qual o valor, em poucos minutos.” A entrada na Web também foi importante também para conhecer novas oportunidades de lazer e entretenimento sem ter que pagar mais por isso. − .48% lê algumas vezes por semana os jornais online. − 12% declaram ler alguma revista online Mas o que parece também estar modificando a vida dessas novas internautas é a percepção de que a Internet também é um caminho para procurar emprego, uma nova carreira ou outra forma de ganhar dinheiro. − 86% já buscaram informações sobre cursos e escolas − 52% já procuraram emprego várias vezes pela Internet, sendo que 60% considera que a Internet abriu a elas novas possibilidades de trabalho ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 27 7. CONCLUSÃO Os resultados obtidos com o projeto piloto demonstram a força e o potencial dessa nova metodologia de Etnografia Digital para a medição e entendimento do comportamento de usuários de Internet. A união das duas técnicas – a métrica da navegação e a interação com as internautas em tempo real - trouxe para o universo online a possibilidade de captar e entender o comportamento de um determinado segmento em seu ambiente natural, preservando a riqueza da metodologia etnográfica. A escolha do público para o projeto piloto, por sua vez, contribuiu não somente com importantes informações sobre o segmento que mais cresce em termos de inclusão no meio digital, como também para mostrar tendências de comportamento a serem mais profundamente investigadas daqui para frente. Finalmente, é importante ressaltar que a Etnografia Digital permite adaptações para qualquer perfil de internautas, sejam eles buscados nas comunidade da Web ou nos próprios sites das empresas, de forma a montar painéis que atendam aos mais diversos objetivos e questionamentos de quem tem necessidade de informações sobre esse meio, que vem mudando claramente o comportamento do consumidor no Brasil e no mundo. ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Trabalho apresentado no 4º Congresso Brasileiro de Pesquisa 2010 São Paulo – 2010 – www.abep.org 28 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AAKER, David A.; KUMAR, V.; DAY, George S. Market Research. 5 ed. New York: John Wiley & Sons, 1995. ATKINSON, Paul; HAMMERSLEY, Martyn. Ethnography and participant observation. Handbook of Qualitative Research. Thounsand Oaks: Sage Publications, 1994. BURRELL, Jenna. The field site as a network: a strategy for locating ethnographic research. Field Methods, California, v.21, n.2, p.181-199, 2009. 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