Projeto Político Pedagógico - colégio estadual unidade polo ensino
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Projeto Político Pedagógico - colégio estadual unidade polo ensino
1 COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE PÓLO – ENSINO FUND.MÉDIO E PROFISSIONAL RUA SANTOS DUMONT, 1984 – CENTRO CEP: 87303250 FONE FAX (44) 3525-6690 CAMPO MOURÃO PARANÁ PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Projeto elaborado coletivamente pela comunidade escolar do Colégio Estadual Unidade Polo e aprovado em Assembléia. Campo Mourão 2013 2 GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ BETO RICHA – GOVERNADOR SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FLÁVIO ARNS – SECRETÁRIO DIRETORIA GERAL JORGE EDUARDO WEKERLIN SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO MEROUJY GIACOMASSI CAVET SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL JAIME SUNYE NETO CHEFE DO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CAMPO MOURÃO JOSÉ BARDINI NETO COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL ROSINEIDE DE JESUS CAETANO – DIREÇÃO GISLAINE IZELLI SANTINI – DIREÇÃO AUXILIAR 3 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO............................................................................................... 1. INTRODUÇÃO............................................................................................. 1.1 Identificação do Estabelecimento................................................... 1.2 Histórico do Colégio........................................................................ 1.3 Organização da Entidade Escolar.................................................. 1.4 Espaço Físico................................................................................. 1.5 Caracterização da Comunidade Escolar........................................ 1.6 Quadro de Profissionais da Educação........................................... 2. OBJETIVO GERAL..................................................................................... 2.1 Objetivos específicos...................................................................... 3. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR ........................ 4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO ...................................... 5. A REALIDADE EDUCACIONAL ................................................................ 5.1 A realidade do Brasil ..................................................................... 5.2 A realidade do Paraná ................................................................... 5.3 A realidade do município de Campo Mourão ................................ 5.4 A realidade do Colégio Estadual Unidade Polo.............................. 6. ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA 05 06 06 06 09 10 13 17 18 18 19 21 23 23 25 29 31 PRÁTICA DOCENTE: APONTANDO CAMINHOS..................................... CONCEPÇÕES QUE NORTEARÃO AS PRÁTICAS ESCOLARES.......... CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ................................................................ PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA ............................................. OPERACIONALIZAÇÃO DA GESTÃO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS. 10.1. O papel específico dos segmentos da comunidade escolar ......... 10.1.1 Direção ........................................................................................... 10.1.2 Direção auxiliar .............................................................................. 10.1.3 Corpo docente ............................................................................... 10.1.4 Professor pedagogo ....................................................................... 10.1.5 Secretaria........................................................................................ 10.1.6 Biblioteca........................................................................................ 10.1.7 Agente Educacional I...................................................................... 10.1.8 Agente Educacional II e Profissional............................................. 10.2 Papel das instâncias colegiadas ................................................ 10.2.1 Conselho Escolar............................................................................ 10.2.2 Associação de Pais, Mestre e Funcionários................................... 10.2.3 Conselho de Classe........................................................................ 10.2.4 Grêmio Estudantil........................................................................... 10.2.5 Representante de Turma................................................................ 10.2.6 Professor Monitor de Turma........................................................... 11. CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA........................ 11.1 Elaboração do calendário escolar e horários letivos/não letivos.. 11.2 Organização de turmas e distribuição por professor em razão de 32 48 57 60 62 62 62 63 64 65 67 67 68 70 72 72 74 75 76 77 78 79 80 7. 8. 9. 10. 4 12. 13. 14. 15. 16. 17. especificidades............................................................................... 11.3 Organização e utilização dos espaços educativos......................... PROJETOS.................................................................................................. 12.1 Mostra Interdisciplinar..................................................................... 12.2 Evasão Escolar: proposta de prevenção........................................ 12.3 Cultura-afro: promoção da igualdade racial.................................... 12.4 Agenda 21 escolar: Verde que te quero ver-te............................... 12.5 Gincana Esportiva, Recreativa, Cultural e Filantrópica.................. 12.6 Estágio Não Obrigatório RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR O PROJETO PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA................................................................ 14.1 Equipe Pedagógica ....................................................................... ACOMPANHAMENTO DA AVALIAÇÃO DO PPP.................................... REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................... ANEXOS...................................................................................................... 80 81 84 85 85 86 88 89 89 91 95 103 111 112 115 APRESENTAÇÃO O presente Projeto Político Pedagógico tem a finalidade de organizar, coletivamente, o trabalho escolar do Colégio Estadual Unidade Polo, garantindo a democratização do ensino e a formação da consciência crítica e coletiva a fim de possibilitar ao ser humano o direito à cidadania. A perspectiva deste Projeto é provocar as mudanças básicas em nossa escola onde, a participação se tornará o aspecto fundamental em todo o processo de ensino-aprendizagem, com avaliação constante para atingir as metas propostas. Não aceitamos mecanicamente a idéia de que a escola é simplesmente o local da reprodução da ideologia dominante e que os seres humanos são sujeitos determinados e programados. Concebemos os seres humanos como criativos e ativos construtores de cultura e história, por isso propomos a intervenção nos destinos escolares como educadores responsáveis por construirmos outra história. Sendo assim, estabelecemos o debate, a discussão e a reflexão coletiva, envolvendo alunos, professores, funcionários, pais, direção, equipe pedagógica e demais membros da sociedade local a fim de formularmos as concepções que 5 embasarão as ações educativas que serão desenvolvidas por este estabelecimento de ensino com o propósito de construir uma sociedade justa, igualitária e democrática. 6 1. INTRODUÇÃO 1.1 Identificação do estabelecimento O Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino Fundamental, Médio e Profissional (código 00047), está situado na Rua Santos Dumont, nº 1984, centro, CEP 87303 250, na cidade de Campo Mourão (código 0430), e-mail < [email protected]>. O Colégio é mantido pelo Governo do Estado do Paraná e administrado pela Secretaria de Estado da Educação encontra-se jurisdicionado ao Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão (código 0005). 1.2 Histórico do colégio O Colégio Estadual Unidade Polo iniciou suas atividades no dia 01 de março de 1976, sob o nome de Escola Estadual Unidade Polo – Ensino de 1º Grau, atuação de 5ª à 8ª séries, com autorização de funcionamento, através da Resolução nº 1968/77, DOE de 09/11/1977. Em 08 de agosto de 1978, através do Decreto nº 5.340/78 de 02/08/1978 e DOE de 08/08/1978, integrou-se ao Complexo Escolar “Marechal Rondon”. O Colégio oferecia até 1982, os cursos de 5ª à 8ª séries e os cursos profissionalizantes de Técnicas Agrícolas, Técnicas Industriais, Técnico Comercial e Técnicas Caseiras. No ano de 1983 o ensino profissionalizante foi substituído pelo propedêutico. O Ensino de 2º Grau Propedêutico foi autorizado a funcionar através da Resolução 935/83 de 14/03/1983. Em 29 de novembro de 1983, através da Resolução nº 4.023/83 de 13/01/1984, obteve o reconhecimento do 1º Grau e passou a denominar-se Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino de 1º e 2º Graus. 7 O Ensino de 2º Grau Propedêutico foi reconhecido através da Resolução nº 902/85 de 01/03/1985, DOE de 12/03/1985, e em 1998 extinto, sendo implantado o curso de Ensino Médio. O Colégio passou a chamar-se Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino Fundamental e Médio, conforme Resolução da Secretaria de Estado da Educação nº 3.120/98 – DOE de 11/09/1998, abrangendo os cursos de Ensino Fundamental Regular, reconhecido pela Resolução – DOE 13/01/1984 e o curso do Ensino Médio Regular reconhecido, através da Resolução nº 902/85 de 12/03/1985. Em 2010, foi denominado Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino Fundamental, Médio e Profissional, abarcando o curso fundamental de 5ª a 8ª séries, o Ensino Médio, e a partir deste mesmo ano foi autorizado o funcionamento do Curso de Educação Profissional Técnico de Nível Médio em Serviços de Restaurante e Bar, Eixo Tecnológico: Hospitalidade e Lazer. Aprovado em 09/02/2010, Processo nº 505/09 Câmara de Educação Básica, com 800 Horas/aulas. Alguns outros atos legais que respaldam o funcionamento do Colégio: • Ato de Reconhecimento do Ensino Fundamental – Resolução nº 4023/1983 – DOE de 13/01/1984; • Ato de Reconhecimento do Ensino Médio - Resolução nº 902/1985 – DOE 12/03/1985; • Ato de Renovação do Reconhecimento do Ensino Fundamental Resolução nº 1534/2008 – DOE de 28/07/2008; • Ato de Renovação do Reconhecimento do Ensino Médio - Resolução 1525/2008 – DOE 28/07/2008; • Ato de Aprovação do Regimento Escolar do Ensino Fundamental e Médio – Parecer nº 220/2007 de 28/12/2007 homologado pelo Ato Administrativo nº 411/2007 de 28/12/2007 do Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão. 8 Além do curso regular e profissionalizante, o Colégio também oferta: A Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I para o Ensino Fundamental do 6° ao 9° ano, dando atendimento ao Educando com Deficiência Intelectual e Transtornos Funcionais Específicos, autorizado seu funcionamento através da Resolução 195/2007 – DOE de 26/02/2007, com seu funcionamento prorrogado através da Resolução 859/2009 – DOE de 09/06/2009. O Curso Básico de Língua Espanhola/CELEM, como oferta de atividade extracurricular e gratuita de ensino de língua estrangeira, destinado a alunos, professores, funcionários e à comunidade do Colégio, autorizado por meio do Protocolo nº 9.767.040-4 de 11/03/2008 da Secretaria de Estado da Educação no colégio O Programa de Complementação Curricular, como complementação curricular, buscando dar atendimento aos estudantes em horário contrário ao turno em que atualmente freqüentam o ensino regular, autorizado pela Resolução 1390/2011 O Programa de Apoio a Aprendizagem, implantado desde 2004, objetivando atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelos alunos que freqüentam a 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental. Neste segundo semestre de 2011 de acordo com a Resolução n° 2772/11 e Instrução n° 007/11, foi garantido a abertura de uma Sala de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e 01 de Matemática para os alunos da 8ª série/9° ano. O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar - SAREH, praticado a partir de 2008, objetivando o atendimento educacional aos alunos que estão impossibilitados de freqüentar a escola em virtude de situação de internamento hospitalar ou tratamento de saúde, permitindo-lhes a continuidade do processo de escolarização, a inserção ou a reinserção em seu ambiente escolar. 9 1.3 Organização da entidade escolar Atualmente o Colégio funciona nos períodos, matutino, vespertino e noturno ofertando o Ensino Fundamental (do 6° ao 9°ano), Ensino Médio Regular, o Ensino Médio, Profissional Subsequente e Celem/Língua Espanhola, com 39 turmas, sendo 19 turmas de Ensino Fundamental, 13 de Ensino Médio diurno, 03 de Ensino Médio noturno, 01 de Técnico Profissionalizante e 03 de Língua Espanhola/Celem, 01 Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I e 03 turmas de Apoio a Aprendizagem totalizando 1105 alunos, distribuídos em 16 salas de aula. O Colégio conta com 38 (trinta e oito) professores efetivos, 38 (trinta e oito) professores contratados, 16 (dezesseis) Agentes Educacionais I e 11 (onze) Agentes Educacionais II e Agente Profissional, sendo que a equipe de Direção Escolar é composta por 01 Diretor Geral (com 40 horas semanais), 01 Diretor Auxiliar (20 horas) e 05 Professores Pedagogos (20 horas) e 01 Professor Pedagogo (40 horas). A organização do tempo escolar é efetivada do 6° ao 9° ano no Ensino Fundamental, 1° ao 3° ano no Ensino Médio e por semestre no Ensino Profissional. A matriz curricular do Ensino Fundamental e Médio é estruturada por disciplina, constituído pela Base Nacional Comum e Parte Diversificada. O Ensino profissionalizante é composto pela Formação Específica e Estágio Supervisionado. O registro da avaliação da aprendizagem dos alunos é realizado por meio de notas bimestrais. Desde 2007 o Colégio não proporciona o Regime de Progressão Parcial no Ensino Médio determinado sua extinção por Assembléia Geral de pais, professores e funcionários. As normatizações do Colégio encontram-se inseridas no Regimento Escolar e Regulamento Interno. 10 O Colégio Estadual Unidade Polo é uma instituição educacional inclusiva aceitando alunos com necessidades educativas especiais. Desde o ano de 2007 passou a atender, com apoio pedagógico e professor devidamente formado e concursado, no período contra-turno, os alunos avaliados para Sala de Recursos. Oferta e atende ainda a Sala de Apoio à Aprendizagem, 02 turmas de Língua Portuguesa e 02 turmas de Matemática, destinada aos alunos do 6° e 7° ano do Ensino Fundamental, no período matutino e 01 turma de Língua Portuguesa e 01 turma de Matemática no período vespertino para os alunos do 9° ano do Ensino Fundamental. Tanto a Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I como a Sala de Apoio a Aprendizagem são programas essenciais para a obtenção de melhores resultados na aprendizagem. A formação continuada para os profissionais da educação acontece durante os Encontros Pedagógicos previstos em calendário escolar estabelecida pela mantenedora, por meio do Núcleo Regional de Ensino/SEED e quando organizada pela escola, sobrevém nos momentos de Conselho de Classe, por meio de Projetos de Grupos de Estudos em consonância com a da Universidade Estadual do Paraná campus Campo Mourão, nos Grupos de Estudos organizados pelos profissionais da educação sobre análise de conjuntura internacional, nacional, estadual e municipal, discussões acerca da carreira e condições de trabalho dos profissionais da educação e debates sobre a aprendizagem e avaliação do processo de ensino-aprendizagem. 1.4 Espaço Físico O trabalho pedagógico é realizado contando com: • Dezesseis salas de aula, com televisão pendrive, sendo três readequadas (49,30m² cada) • Dois banheiros (um masculino e um feminino) (37,61m ² cada) 11 • Uma sala de multimídia com televisão,vídeo cassete e data show (48,60m ² ) • Uma sala para Laboratório de Física e Biologia (73,09m ²) • Uma sala para Laboratório de Química e Ciências (73,09m²) • Uma sala para Biblioteca (112,88m ²) • Uma sala para Laboratório de Informática com 74,28m², dispondo de 36 (trinta e seis) computadores, em bom estado para uso, provenientes do PR Digital e PROINFO. • Uma cozinha (35,92 m²) • Um Refeitório utilizado também para palestras, reuniões, comemorações (203,36m²) • Um Ginásio de Esportes (1.450m²) • Um Mini Ginásio de Esportes (780m²) • Uma Sala de Recursos Multifuncional–Tipo I e Sala de Apoio à Aprendizagem (55,09m²). • Uma sala para a Secretaria (43,05m ²) • Uma sala para a Direção (13,94m²) • Uma sala para a Direção Auxiliar e Atendimento Financeiro (12m ²) • Uma sala para a mecanografia (14,14m²) • Duas salas para atendimento Pedagógico (17m 2) • Uma sala para Professores (39,78m2) • Uma sala para guardar os materiais de Educação Física e Arquivo Morto (24,21m2) • Uma sala para o Depósito/Projeto Rádio Polo (3m 2) • Dois banheiros para professores (um masculino e um feminino) (5m 2 cada) • Um pátio coberto (171,19m²) 12 O Colégio Estadual Unidade Polo conta com uma área aberta de 18.071,00 m2. Nesta área encontra-se o Bosque Robson Paitach (Reserva Ambiental tombada através do ITCF e Prefeitura Municipal), um espaço destinado a Horta Escolar contando com 5.874,86m2, uma pista de atletismo/campo de futebol suíço com 2.079m2, a casa do zelador com 56,21m 2, a casa do permissionário com 52,50m² e ampla área de jardinagem. No mês de julho de 2010 houve nesta Instituição de Ensino uma importante reunião para dar início, as obras da reforma de diversas áreas físicas do nosso espaço escolar, estiveram presentes participando da mesma a Chefia da SEOP, Núcleo Regional de Educação, Direção do Colégio, Presidente da APMF, representante da Empresa contratada para executar a obra, o Prefeito do Município e vários secretários, onde o valor total repassado para a obra ficou contabilizada em um montante de R$ 484.184,36. No mês de agosto/2010 as reformas se iniciaram, onde a empresa contratada e outros parceiros realizaram as seguintes melhorias: • A cozinha foi toda equipada e reformada de acordo com as normas da Vigilância Sanitária e com o recurso financeiro da APMF, houve a reforma do imobiliário; • Central de gás e parte elétrica da cozinha totalmente nova; • Reforma dos banheiros feminino/masculino e adequação para deficiente físico ou cadeirante, onde ficaram amplos, arejados e higiênicos podendo os mesmos serem usados nos períodos de jogos escolares, pois oferecem toda estrutura necessária. • Foram colocados dois ventiladores em cada sala de aula, tornando o ambiente mais arejado; • Pintura geral e mudança das cores existentes favorecendo a arquitetura do Colégio; • Troca de piso e forros; • E através de um Projeto da Copel todas as luminárias também foram trocadas. 13 A conclusão destas melhorias e reformas ocorreu no início do ano de 2011. 1.5 Caracterização da comunidade escolar Com o propósito de conhecer a realidade sócio-econômico-cultural e de subsidiar a elaboração do Projeto Político Pedagógico desta instituição de ensino, no segundo semestre do ano de 2011, foi realizada uma pesquisa, através de questionário, com os alunos, abrangendo 20% do total de estudantes que freqüentam os períodos, matutino, vespertino e noturno, sendo detectada a seguinte situação descrita abaixo. Os alunos, em sua grande maioria são solteiros, não tem filhos residem com os pais e irmãos. Moram em zona urbana, tanto nos bairros que circundam o estabelecimento de ensino como outros mais distantes. Grande parte moram em casa própria de alvenaria enquanto que outros a casa é alugada ou financiada, mas todos tem acesso a energia elétrica, saneamento básico, coleta de lixo, rua calçada e asfaltada. Todos praticamente tem acesso as novas tecnologias e possuem em casa os aparelhos eletrônicos básicos como: TV, vídeo, rádio, geladeira, microcomputador e outros, um ou outro não tem um meio de locomoção particular. As famílias, em um índice de aproximadamente 60%, são compostas de pais, mães e irmãos, entretanto há de considerar que o restante encontra-se em outras situações, vivem com mãe e irmãos; com avós, entre outros. A renda mensal se enquadra de 02 até 05 salários mínimos, sendo duas pessoas trabalhadoras, 80% dos alunos trabalhadores, que cursam o Ensino Médio, estudam no período noturno e 15% no período matutino e vespertino. Em relação ao nível de escolaridade e atividades sócio-culturais da família, os adultos, numa média de 80%, estão classificados entre Ensino Fundamental 14 incompleto, Ensino Fundamental completo e Ensino Médio incompleto, e 20% em Ensino Superior incompleto, Ensino Superior Completo e Pós-graduação. Quanto ao lazer eles participam de atividades esportivas, filmes em DVD e outros, Sobre o comprometimento e envolvimento dos pais com a vida educacional dos filhos, tem melhorado muito, principalmente a presença deles nas reuniões de entregas de boletins e também quando o serviço de orientação educacional ou professor regente solicita sua presença. De acordo com o parecer dos pais que participam das diversas reuniões que a escola convoca, observamos que os motivos que os levam a matricular seus filhos neste estabelecimento de ensino são: a proximidade da residência, a qualidade de ensino, ser uma escola pública e gratuita. Consideram que o ensino/aprendizagem oferecido é de bom nível e esperam que seus filhos adquiram conhecimento suficiente para prestarem o vestibular e ingressarem no Ensino Superior, que sejam preparados para o mundo do trabalho melhorando assim seu nível de instrução global e a humanização. As perspectivas que os nossos alunos do Ensino Fundamental apresentam em relação a está escola é receber um ensino que possa dar-lhes uma boa formação para cursarem o ensino superior e exercerem uma profissão, possibilitando melhores condições de vida, independência financeira e autonomia. Eles solicitam a ampliação de oportunidades para participarem das principais decisões da escola, especialmente das escolhas de melhorias para o colégio. Os alunos desejam ter uma escola onde eles tenham o direito de opinar, desenvolver sua autonomia, seu senso crítico e a cidadania de modo que a apropriação do conhecimento os permitam compreender e transformar o mundo em que vivem. Na avaliação dos alunos, o Colégio é composto por uma boa direção e equipe pedagógica, os professores por sua vez apresentam uma boa metodologia e domínio de conteúdo. Quanto as iniciativas da escola no que se refere, a biblioteca, as condições das salas de aula, do laboratório de informática e práticas esportivas também está bom, a segurança física e emocional no espaço escolar também é boa, 15 o respeito que os funcionários e professores tem para com os alunos é excelente, enquanto que o respeito dos alunos para com os professores está bom mas precisa melhorar ainda mais. Enfim de modo geral podemos observar que os alunos gostam da escola, nos intervalos (o recreio) se tornou um momento prazeroso pois através da Administração da Rádio Escola por alguns alunos que fazem parte do Grêmio Estudantil, os alunos ouvem músicas, recados e outros. Opinião deles, “podemos observar que os alunos estão desmotivados, desinteressados, indisciplinados e a maioria não faz tarefas”. Para sanar estas dificuldades, eles sugerem que os professores sejam mais rígidos em sala de aula, a fim de acabar com a indisciplina, possibilitando que todos aprendam. Para tanto, solicitam que seja aplicado aos alunos indisciplinados medidas previstas no Regimento Escolar Interno. Eles reconhecem que estão falhando e solicitam mudanças no ensino. De acordo com os mesmos, o “nosso ensino deve basear-se na solidariedade, amizade e respeito. Devemos ser cidadãos conscientes dos nossos direitos e deveres e, dentro dessa comunidade, não podemos deixar de cumprir com nossas tarefas. Essa transformação depende um pouco de cada um”. De acordo com o ponto de vista dos alunos, a escola precisa melhorar a limpeza de todo ambiente escolar para que este se torne mais saudável, os professores devem procurar desenvolver mais atividades com os alunos fora da sala de aula; maior número de mesas no refeitório; uniforme completo para as merendeiras; construção de uma passarela coberta até o ginásio de esportes e instalação de armários para os materiais dos alunos. A respeito da participação deles no Projeto Político Pedagógico, os alunos afirmam que podem participar da elaboração e execução, dando idéias e sugestões, a fim de melhorar o aprendizado no Colégio, ajudando a transformá-lo em um ambiente mais organizado, limpo, educativo, respeitado, solidário, com alunos cuidadosos e estudiosos que elaborem projetos com atividades esportivas e culturais para incentivar os estudos, a leitura e o bom relacionamento. Querem que a escola procure melhorar cada vez mais a sua qualidade de ensino. 16 De acordo com os alunos do Ensino Fundamental, os Projetos devem continuar sendo elaborados coletivamente, contemplando a opinião de todos a fim de melhorar a escola cada vez mais. Para eles, o que falta é a consciência e a participação de todos na elaboração dos trabalhos. Eles sugerem que além dos já existentes, devemos implantar os seguintes projetos: curso de canto, de dança, teatro, artesanato, computação, informativo escolar (jornal), cantinho de leitura na biblioteca, som ambiente, reforma do refeitório, duchas após a Educação Física, projetos culturais, olimpíadas em todas as disciplinas, grupos de estudos ampliados para outras disciplinas, projetos de higiene e boas maneiras, aula de circo, visitas educativas, banda musical, festas folclóricas. Os alunos do Ensino Médio esperam receber uma boa educação com ensino de qualidade, possibilitando adquirir os conhecimentos necessários para o mundo do trabalho. Para tanto, é importante que tenham acesso a bons materiais didáticos, palestras sobre emprego e os diversos cursos do ensino superior, materiais atualizados na biblioteca, oportunidade de estágios em empresas públicas, informações acerca do acesso a cursos profissionalizantes. Os alunos também demonstram preocupações em relação ao vestibular. A esse respeito eles sugerem que os professores apliquem as provas dos vestibulares das universidades da região para conhecerem como são e que conteúdos exigem. Os alunos do Ensino Médio também solicitam maior rigidez dos professores em relação à disciplina. Eles declaram que, “não podemos reclamar dos professores, pois somos nós os culpados pela bagunça e notas baixas, só que os professores deveriam ser mais rígidos e nós, mais responsáveis, por exemplo: se um aluno está fazendo bagunça, o professor deve tirá-lo da sala e lhe aplicar as medidas cabíveis” (2ª D). Eles exigem e esperam que o Colégio siga a risca o que prevê o Regimento Interno no que se refere aos alunos indisciplinados. 17 De acordo com os alunos do Ensino Médio, os projetos que devemos implantar são: escolinha de futsal masculino para os alunos mais velhos, campeonatos esportivos mensais de diversas modalidades, visita a várias faculdades, aplicação de simulados, cursos de empregabilidade, rodas culturais, coletivo jovem, grupos de estudos para os alunos do Ensino Fundamental com monitoria do Ensino Médio. Quando foram novamente consultados sobre o que se relatou, tanto alunos do Ensino Fundamental como os do Ensino Médio, decidiram manter o que esperam da escola e acrescentam ainda o seguinte: que esperam mais responsabilidades dos professores, evitando faltar, que tenham atenção especial aos alunos com mais dificuldades, que o sistema de avaliação seja rigoroso e que os pais tenham maior participação na escola. 1.5.1 Quadro de Profissionais da Educação Ter um corpo docente, uma equipe pedagógica, uma equipe de apoio enfim uma estrutura humana administrativa organizada, responsável, comprometida e acima de tudo que busca sempre desenvolver um ótimo trabalho é o desejo de toda Instituição Escolar, uma vez que isso é a “alma do negócio, o que faz diferença”. Sob esse olhar temos que entender que todo profissional ao ocupar qualquer função no espaço escolar, independente da função ao desenvolver o seu trabalho e interagir com o educando atuam como mediador de conhecimento, princípios e valores. Essa interação ou troca faz com que todos os profissionais procurem se capacitar a fim de melhorarem o desenvolvimento de suas tarefas, para bem melhor atender e entender a clientela a qual objetiva o nosso trabalho. Desta forma podemos dizer que o Colégio Estadual Unidade Polo-EFMP é uma Instituição privilegiada, onde os profissionais que aqui trabalham possuem uma visão aberta ao conhecimento e mais, tem consciência de que o ser humano vive em constante processo de construção e aprendizado. Para se ter uma idéia desta 18 realidade, de todo o quadro profissional temos somente 3 funcionários com o Ensino Fundamental completo e apenas 7 com o Ensino Médio da função Agente Educacional I, porque os demais todos possuem Ensino Superior e alguns já concluíram ou estão cursando Especialização. Portanto 16 pessoas compõem o quadro Agente I, 11 pessoas o quadro Agente Educacional II e Agente Profissional, 38 são Professores Efetivos e 38 Professores em regime de Contrato temporário – PSS (Processo Seletivo Simplificado), 6 Professores Pedagogos todos com Especialização, um Professor na Direção e outro na Direção Auxiliar, totalizando assim 111 pessoas trabalhando com o objetivo de atender bem os nossos alunos numa visão histórico-crítica transformadora. 2. OBJETIVO GERAL Organizar o trabalho pedagógico do Colégio Estadual Unidade Polo dentro dos princípios da igualdade, gratuidade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do magistério, com a finalidade de formar o cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo na construção de uma sociedade justa, igualitária e democrática. 2.1 Objetivos específicos • Definir as ações educativas e as características necessárias para que a escola cumpra seu papel na formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. • Explicitar claramente o diagnóstico da realidade sócio-econômica e educacional dos alunos, pais, funcionários, professores e, a partir deste, definir as ações que nortearão o currículo e as atividades escolares. • Garantir a permanente reflexão, discussão e busca de soluções acerca dos problemas da escola, através de reuniões e conferências a serem definidas no plano de ação. 19 • Propiciar a participação democrática de todos os membros da comunidade escolar. • Organizar o trabalho pedagógico de forma que possibilite romper com as relações competitivas, corporativas e autoritárias. • Eliminar os efeitos fragmentários da divisão do trabalho no interior da escola provenientes da hierarquização dos poderes de decisão. 3. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR A capacidade do educador de pensar sobre sua prática cotidiana vai além de enumerar as teorias da educação de acordo com as concepções pedagógicas e de saber se está sendo construtivista, tradicionalista, idealista ou racionalista. De acordo com Dermeval Saviani (2000), a Filosofia da Educação não seria outra coisa senão a reflexão radical, rigorosa e de conjunto sobre os problemas que a realidade educacional apresenta. Então, uma atitude filosófica na educação, requer a habilidade de identificar, analisar e buscar soluções para os problemas educacionais. De acordo com Saviani (2000), a tarefa da Filosofia da Educação é de oferecer aos educadores um método de reflexão que lhes permitam encarar os problemas educacionais, penetrando na sua complexidade e encaminhando a solução de questões, tais como, o conflito entre filosofia de vida e ideologia na atividade do educador, a relação entre meios e fins da educação, a relação entre teoria e prática, os condicionamentos da atividade docente, até onde se pode contálos ou superá-los. Para Antonio Severino (1994), as características específicas da educação, exigem que o profissional dessa área deva ser formado com solidez e competência para ter “um rigoroso domínio dos conteúdos científicos e de habilidades técnicas, uma consistente percepção das relações situacionais dos homens e uma abrangente sensibilidade às condições antropológicas de sua existência”. 20 Os educadores precisam compreender que consciente ou inconscientemente toda prática pedagógica está embasada numa teoria, numa filosofia, ou seja, numa concepção de mundo, de educação e de homem que se pretende formar. Essa deve ser a primeira definição a ser feita, antes mesmo de se definir quais os objetivos da educação. Nossa educação tem sido pautada pelos princípios do silêncio, da obediência, do autoritarismo, da hierarquia, da passividade, da dissimulação (fingir o ensinar e o aprender), da omissão, da exclusão, da fraude, da desigualdade. Como resultado dessa prática espera-se que o aluno seja um cidadão crítico, atuante, participativo, honesto, solidário, criativo e humano. É a grande contradição se revelando entre o discurso e o fazer pedagógico. Os conflitos existem porque os interesses das classes sociais são divergentes. Uns lutam pela manutenção do status quo, outros querem a transformação da estrutura social a fim de que se desenvolva maior eqüidade social, e muitos, por não terem consciência de como se dão as relações de poder na sociedade, alienam-se. Nesse contexto, para Gadotti, (1988) o papel diário do educador deve ser crítico e revolucionário: “Seu papel é o de inquietar, incomodar, perturbar. A função do pedagogo parece ser esta: à contradição (opressor/oprimido, por exemplo) ele acrescenta a consciência da contradição”. Essa não é tarefa fácil, mas o educador precisa assumir esse desafio, nessa sociedade de conflitos, de classes e de interesses, de criar condições necessárias que fortaleçam o aparecimento de uma nova concepção de homem, materializada em pessoas conscientes, solidárias, organizadas e capazes de superar o individualismo. No contexto da dominação política e da exploração econômica capitalista, o papel do educador revolucionário é o de ser um agente atuante do discurso contra-hegemônico. 21 Precisamos abrir espaços de comunicação com o nosso aluno, permeada pelo ato da fala e da escuta. Devemos possibilitar a expressão deste sobre seu próprio cotidiano, seus sonhos, sua família, seus desejos, seus medos, suas desilusões, suas alegrias, suas tristezas, suas fantasias, seus conhecimentos. Esta é a forma de considerá-lo como sujeito de sua história, buscando construir sua identidade e subjetividade. De acordo com o pensamento de Libâneo (1994) é através do domínio de conteúdos científicos, de métodos de estudo e habilidades, e hábitos de raciocínio científico que os alunos poderão formar consciência crítica face às realidades sociais. Assim, terão capacidade de assumir no conjunto das lutas sociais, a sua condição de agentes ativos das transformações sociais e de si próprios. O papel da escola na sociedade contemporânea exige mudanças na sua estrutura. Assumindo que nessa mudança, é necessária a adoção de uma nova abordagem que enseje aos egressos a capacidade de investigação de forma a criar condições para o processo de educação permanente. 4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO A organização do trabalho no Colégio Estadual Unidade Polo está embasada em princípios que norteiam a escola democrática, pública e gratuita. Estes princípios são os princípios da igualdade, da qualidade, da gestão democrática, da liberdade e da valorização do magistério, fundamentados na Constituição Federal de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (nº 9394/96) e nas Diretrizes Curriculares Orientadoras para a Educação Básica da Rede Estadual. A Constituição Federativa do Brasil em seu Artigo 205 garante a educação como direito de todos e dever do Estado e da família, visando o pleno 22 desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. O Artigo 206, da Constituição, institucionaliza que o ensino será ministrado, a todos, com base nos princípios da igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; do pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; da gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; da valorização dos profissionais do ensino; da gestão democrática do ensino público; da garantia de padrão de qualidade. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (nº 9394/96), reitera os princípios anteriormente citados; disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias e estabelece que a educação escolar deva vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. No Estado do Paraná, as Diretrizes Curriculares Orientadoras para a Educação Básica da Rede Estadual alvitra uma sociedade justa, onde as oportunidades sejam iguais para todos. Os sujeitos da Educação Básica, crianças, jovens e adultos, em geral oriundos das classes assalariadas, urbanas ou rurais, de diversas regiões e com diferentes origens étnicas e culturais (FRIGOTTO, 2004), devem ter acesso ao conhecimento produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas escolares. A instituição escolar é especialmente importante para os estudantes das classes menos favorecidas, que têm nela uma oportunidade, algumas vezes a única, de acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão filosófica e do contato com a arte. Assim, atendendo os princípios contidos na Constituição Federal e Lei de Diretrizes e Bases da Educação, as DCEs do Estado do Paraná prima por uma educação na escola pública proporcionando o acesso ao conhecimento, onde todos, especialmente os alunos das classes menos favorecidas, possam ter um projeto de futuro que vislumbre trabalho, cidadania e uma vida digna. 23 Sendo assim, este Projeto Político Pedagógico está constituído dentro dos princípios citados, que favorecem o desenvolvimento da capacidade do aluno ao apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais, tecnológicos e artísticos filosóficos produzidos historicamente e devem ser resultantes de um processo coletivo de avaliação emancipadora. 5. A REALIDADE EDUCACIONAL 5.1 A realidade do Brasil A educação encontra-se entre os direitos que devem ser assegurados pelo Estado, assim como a saúde, a moradia, o transporte, a segurança, o saneamento básico e o lazer. A maioria da população brasileira não desfruta desses direitos, ou seja, as políticas públicas sociais não atingem a milhões de cidadãos. Esse quadro é resultado da excessiva concentração de renda nas mãos de poucos, enquanto a maioria dos brasileiros vive em condições precárias. Conforme consta em Paraná (2005), a exclusão social é elevada e isso se reflete na educação. O índice de analfabetos é altíssimo. De acordo com os dados do Ministério da Educação e Cultura, 14,9 milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais, são analfabetos; 33 milhões não sabem ler, embora tenham sido formalmente alfabetizados; 4,3 milhões de crianças entre 04 e 14 anos e 2 milhões de jovens entre 15 e 17 anos estão fora da escola; 1,3 milhão de crianças, entre 10 e 17 anos, estão trabalhando ao invés de estudar e 4,8 milhões são obrigados a trabalhar e estudar ao mesmo tempo; apenas 42% da população com 15 anos ou mais completam a 8ª série. Ainda em Paraná (2005), esses números revelam a exclusão de milhões de brasileiros de seus direitos à educação. As crianças e jovens que não estão fora das escolas recebem, segundo o MEC, uma educação de baixa qualidade, pois, 59% dos alunos da 4ª série não sabem ler adequadamente e, 52% não dominam habilidades 24 elementares de Matemática. Dentre os 31 países investigados, o Brasil ficou em último lugar na média de desempenho em Matemática. Os dados apresentam-se elevados e alarmantes, “apesar ou com pesar”, das políticas neoliberais educacionais adotadas no governo federal de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), quando foi efetivada uma reforma educacional nos diferentes níveis de ensino, especialmente na educação básica. A referida reforma compreendeu as mudanças nas Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais, na forma de gestão, na formação de professores, no estabelecimento de sistemas de avaliação centralizados nos resultados, nos programas de educação à distância, no programa de distribuição de livros didáticos ao Ensino Fundamental e na forma do financiamento da educação. As reformas que se efetivaram no país, durante o período do governo de Fernando Henrique Cardoso estiveram atreladas aos interesses de agências multilaterais como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a UNESCO, que financiam projetos e modelos de soluções dos problemas educacionais com a finalidade de adequar a educação ao mercado de trabalho. Os objetivos dessas mudanças na educação não foram apenas de ordem econômica para enxugar o Estado, reduzir gastos e otimizar os custos. No fundo destas reformas encontra-se um objetivo estratégico do capitalismo, de modelar um ser humano cada vez mais individualista e competitivo, a partir da lógica empresarial, com base nos valores do mercado, ao mesmo tempo em que impossibilita o avanço das classes populares no acesso ao conhecimento sistematizado. Entre os efeitos perversos do neoliberalismo temos o aprofundamento do individualismo, a política do “cada um por si” resolvendo seus problemas, afirmando que o fracasso é responsabilidade individual. A sociedade brasileira é excludente, com fortes marcas do neoliberalismo, doutrina na qual predomina o Estado mínimo na direção da sociedade, deixando ao mercado o controle das relações sociais e 25 econômicas. Nessa sociedade predomina a falta de humanismo, de respeito ao outro e às instituições sociais, com preconceitos, racismo e altos índices de violência; a falta de perspectivas, desprovida de valores éticos e morais, com corrupção na política e desigualdades sócio-econômicas; o imediatismo; a falta de planejamento e perspectivas futuras. Todo o fracasso da educação pública é interpretado como problema de cada trabalhador da educação, individualmente, deslocado das condições materiais e do desmonte do Estado. A referida reforma educacional priorizou a autonomia do currículo, utilizandose de Parâmetros Curriculares Nacionais, que não contemplaram a diversidade sócio-cultural brasileira e o desenvolvimento social necessário à população marginalizada e excluída. As mudanças organizacionais, curriculares e pedagógicas não atenderam aos objetivos prioritários da escola. Essas políticas educacionais induziram os Sistemas Estaduais à municipalização do Ensino Fundamental e a nuclearização das escolas. Os trabalhadores em educação, organizados em sindicatos, associações e confederações, se posicionaram contra essas reformas e contestaram, incansavelmente, mobilizando e esclarecendo a sociedade civil a esse respeito, mas as referidas reformas foram implantadas. 5.2 A realidade do Paraná O Estado do Paraná foi um dos primeiros estados brasileiros a assumirem as referidas reformas educacionais propostas pelo governo federal de Fernando Henrique Cardoso. Esse Estado caracteriza-se como um dos mais ricos e desenvolvidos da Federação, porém tem a concentração de renda nas mãos de poucos que dominam os meios de produção, gerando exclusão e desigualdades sociais. 26 O Estado tem sua economia baseada na produção agro-industrial, no entanto, a concentração da população se dá no meio urbano. Há o predomínio de grandes propriedades agrícolas de monocultura de soja e trigo para a exportação, gerando assim, o êxodo rural, o extermínio dos pequenos agricultores e da diversificação de culturas, gerando desemprego e subemprego no campo. A utilização de alta tecnologia no plantio e na colheita, com maquinários de última geração têm dispensado quase que totalmente a mão-de-obra. Então, as reformas propostas pelo governo federal, determinando que os municípios se responsabilizassem pelo ensino de 1ª a 4ª séries, influenciou no processo de aceleração da migração do campo para a cidade. Os municípios não dispunham de infra-estrutura suficiente para dar suporte a uma educação de qualidade. O processo de municipalização incluiu como medida administrativa de economia a nuclearização das escolas. Esse processo descaracterizou as comunidades e também estimulou a migração da população do campo para a cidade. Neste período, o governo Jaime Lerner (1995-2002), implantou medidas de terceirização na educação pública. Implantou o Paranaeducação, Paranaprevidência, PROEM (este programa extinguiu cerca de 1080 cursos profissionalizantes das escolas públicas do Estado), Correção de Fluxo, aumento do número de alunos por turma, redução da grade curricular, proibição de turmas do Ensino Fundamental no noturno, alteração do porte das escolas (reduzindo horas do quadro administrativo e da equipe pedagógica, provocando perdas de empregos), municipalização de ensino, corte do adicional de difícil acesso, alteração das regras de aposentadoria dos professores com RDT e Ensino Especial, dentre outras. As medidas privatizantes efetivadas pelo governo de Jaime Lerner, não trouxeram benefícios à educação paranaense, pois as avaliações realizadas pelo SAEB permitem afirmar que muitos alunos do Ensino Fundamental chegam à 5ª série sem conhecimentos básicos de leitura, escrita e cálculo e, concluem a 8ª série 27 sem adquiri-los. Persistem os altos índices de evasão e repetência, distorção idade/série, aprendizagem sem qualidade. Sem investimentos suficientes para corrigir tais deficiências, o governo estende para o Ensino Médio, a responsabilidade sobre a aprendizagem que deveria ter sido adquirida no Ensino Fundamental. Além disso, o Ensino Médio, historicamente, tem tido um caráter de dualidade, no qual a formação técnica profissional é dissociada da formação humana. A superação desta dicotomia deve ser um compromisso de políticas públicas para esta modalidade de ensino, que o Estado deve assumir como obrigatória, ou seja, onde não há formação humana integral deslocada da formação técnica profissional. Um dos maiores problemas enfrentados pela educação no Estado do Paraná é a evasão escolar, principalmente no Ensino Médio. A evasão escolar não é um fator unicamente educacional, mas social e econômico. Jovens e adolescentes deixam a escola para trabalhar, não conseguem conciliar o trabalho com os estudos, chegam cansados, atrasados para as primeiras aulas, não acompanham os conteúdos e acabam desistindo. A escola não dá conta de resolver esses problemas, pois eles ganham outras dimensões. Os problemas da evasão, da reprovação e da educação sem qualidade social ainda são reflexos da falta de investimentos na educação por um longo período de tempo. Os governos federais e estaduais deixaram de investir conforme deveriam na educação (o governo estadual deve investir no mínimo 25% da arrecadação). Deixaram de investir adequadamente, por longo tempo na carreira, no salário e na formação inicial e continuada dos profissionais da educação. Não destinaram verbas suficientes às escolas para que pudessem recuperar e ampliar suas instalações garantindo uma infra-estrutura adequada para o trabalho pedagógico de qualidade, e que contemplem adaptações adequadas às pessoas com necessidades educativas especiais, bem como espaços para atividades artísticas, esportivas e recreativas. 28 A realidade educacional, até então, precisava imediatamente de mudanças, pois uma quantidade significativa da população que necessitava da escola pública recebia educação deficitária, gerada pela rotatividade de professores nas escolas; pelo despreparo de muitos professores que assumiam aulas que não estão dentro de sua área de formação; pelo acúmulo de carga horária (excesso de aulas semanais 60 horas/aula) dos professores; pela ausência de formação continuada eficiente tanto dos professores quanto dos funcionários; pela falta de um regime diferenciado de trabalho com dedicação exclusiva; pela falta de um plano de carreira adequado para os funcionários com perspectivas de progressão na carreira. Agravando esses problemas, estão as estruturas físicas e as instalações inadequadas das escolas com bibliotecas desatualizadas e acervo bibliográfico insuficiente, falta de material didático pedagógico para o trabalho dos professores e laboratórios de Química, Física, Biologia e Informática. O Governo Requião (2003-2006) iniciou um processo de transformação na educação pública paranaense que está sendo reconhecida no Brasil. Visando melhorar a qualidade do ensino, implantou o livro didático gratuito, o portal Dia-a-dia Educação visando um modelo de aprendizagem colaborativa e como parte do processo de formação continuada dos professores com o projeto Folhas, o Grupo de Trabalho em Rede e os Objetos de Aprendizagem Colaborativa; o Programa Paraná Digital que contempla 40 mil computadores e toda a rede escolar interligada com Internet de fibra ótica ou via satélite; a TV Paulo Freire, o plano de cargos e salários, concurso público, o retorno da Educação Física e do Ensino Fundamental no período noturno, a ampliação da carga horária do noturno de 20 para 25 horas-aula semanais, a implantação da hora atividade remunerada ao professor, a construção de novos colégios e salas de aula, o Programa Paraná Alfabetizado, a volta do ensino profissionalizante, as Salas de Apoio e de Recursos. A Lei 15.228/06 Instituiu a obrigatoriedade das disciplinas de filosofia e sociologia na grade curricular do ensino médio. Criou-se também o PDE – Programa de Desenvolvimento 29 Educacional, com ações na modalidade de educação à distância que visam à interação entre professores. Reeleito para o período (2007-2010) o governo Requião realizou um novo concurso público e anunciou o aumento de verbas para a educação. O PEC (Proposta de Emenda Constitucional) - ampliam de 25% para 30% os recursos para a educação pública. Algumas escolas receberam recursos para reformas e foi implantada a TV Multimídia, projeto de televisores de 29 polegadas, com entrada para cartão de memória e pendrive para todas as salas de aula da rede estadual, com curso e orientação de uso direcionada a todos os profissionais da educação. No mesmo período, foi doado aos professores da rede, um pendrive, abrindo oportunidades de uso de recursos tecnológicos como forma pedagógica. No ano de 2011, com o início do governo Beto Richa observamos mais mudanças já no segundo semestre, dentre elas a continuidade da implantação do Ensino Fundamental de 9 anos, que de acordo com a Resolução n° 7/2010CNE/CEB, fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, onde de acordo com a Instrução n° 008/2011 – SUED/SEED, determina que a partir de 2012 todas as instituições do Sistema Estadual de Ensino com oferta do Ensino Fundamental das séries/anos finais de 5ª à 8ª série, devem, a partir de 2012, implantar o 6º ao 9° ano do Ensino Fundamental. Outra mudança que também ocorreu foi a abertura automática de 01 Sala de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e 01 de Matemática para os alunos matriculados no 9° ano/8ª série de acordo com a instrução n° 007/2011-SUED/SEED. Outra mudança ocorrida foi a autorização, com base no princípio constitucional da isonomia, que a jornada de trabalho do professor pedagogo e do professor readaptado de função, em exercício no estabelecimento de ensino, passe a ser cumprida por hora aula, de acordo com a Instrução Normativa n° 02/2011 – GRHS/SEED, onde não podemos esquecer de dizer que esta conquista foi 30 decorrente de uma luta de vários anos da classe sindical dos profissionais da educação – APP. 5.3 A realidade do município de Campo Mourão O município de Campo Mourão está situado numa região economicamente privilegiada, conta com uma agricultura desenvolvida, excelente estrutura urbana, boa posição geográfica, possuindo um dos maiores entroncamentos rodoviários do sul do país. No entanto, é um município cuja população sofre pela ausência de políticas sociais e com o predomínio do monopólio da agricultura. O latifúndio e a mecanização do campo têm expulsado os trabalhadores para a cidade. Esses trabalhadores não estão preparados para a vida urbana e, desempregados, passam a viverem marginalizados. As escolas estaduais e municipais recebem, em sua maioria, alunos advindos de meios sociais precários, crianças desnutridas, carentes de afetividade, com problemas psicológicos, sem recursos financeiros para adquirir os materiais escolares. Esses alunos encontram uma escola igualmente sem estrutura física e financeira para atendê-los com qualidade. Enfim, todos os problemas que ocorrem no país e no Estado, são encontrados em Campo Mourão. Nessa cidade, o Ensino Fundamental do 1° ao 5° ano é ofertado pela rede municipal em 22 estabelecimentos de ensino, sendo que 05 destas escolas atendem de 1° ao 9° ano. O Ensino Médio público é ofertado em 14 escolas da rede estadual e em 01 da rede federal. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, os índices de reprovação na rede municipal são mais elevados no 2°ano/1ªsérie e no 6°ano/5ªsérie. No 2° ano/1ªsérie constata-se que a falta de contato com materiais escritos em casa dificulta a aprendizagem. Na escola, alguns fatores contribuem para a retenção do aluno como, a metodologia, a forma de avaliar, o número excessivo de alunos na sala de aula, dentre outros. 31 Em relação ao 6°ano/5ªsérie, entre os fatores que levam à reprovação segundo a Secretaria Municipal de Educação está a fragmentação entre o 5°ano/4ª série e o 6°ano/5ª série, a falta de interesse e a indisciplina dos alunos, o não comprometimento e acompanhamento da família, o número excessivo de alunos por sala de aula, a metodologia, a avaliação e as condições de trabalho dos professores. No Ensino Médio, constata-se que as causas mais freqüentes de reprovação e evasão escolar são a gravidez na adolescência, a falta de interesse, a dificuldade de conciliar o trabalho com os estudos, a falta de estímulo da família, a metodologia adotada pelas escolas e a avaliação. A realidade educacional no município de Campo Mourão precisa ser melhorada, ainda é grande a falta de estrutura das escolas, salas com excessivo número de alunos, bibliotecas defasadas, falta de funcionários e outros fatores que levam à evasão e reprovação dos alunos. 5.4 A realidade do Colégio Estadual Unidade Polo O Colégio Estadual Unidade Polo localiza-se no limite entre o centro e os bairros em seu entorno. A escola não apresenta grande distinção entre os três períodos, ou seja, nos períodos matutino, vespertino e noturno, estão matriculados alunos provenientes de famílias com nível sócio-econômico de classe média e baixa. De acordo com o Relatório Final Anual de 2007, 2008, 2009 e 2010, ao compararmos os índices de reprovação entre um ano e outro, podemos observar que no período de 2008 a reprovação atingiu índices elevados em comparação a 2007 e 2009, sendo que no ano de 2009 a diminuição foi significativa em relação ao item reprovação. Corroborando as informações, no Ensino Fundamental, em 2007, ocorreram 14% de reprovação, sendo que 2008 a reprova atingiu um índice de 24%, em 2010 o índice mostra um avanço positivo para diminuir a reprovação, pois de 19% referente a 2009 baixou para 17%. No Ensino Médio, as estatísticas mostram o 32 seguinte resultado: 2007 incidiu em 10%, 2008 em 12%, 2009 em 9% e em 2010 o índice aumentou para 16%, enquanto que a Educação Profissional obteve um índice de reprovação de 12%. No quesito evasão, observa-se que o índice no Ensino Fundamental nos anos de 2007, 2008 e 2009 não ultrapassou a 2% e no ano de 2010 ocorreu 0,5% de abandono. No Ensino Médio, período diurno e noturno, em 2008 e 2009, com 12% de abandono, superaram o ano de 2007 com índice de 10%, mas que no ano de 2010 voltou a diminuir novamente para 10%. A evasão e a reprovação preocupam a comunidade escolar. Enquanto escola sabemos, que é preciso avançar muito para alcançar os objetivos propostos nesse Projeto Político Pedagógico, mas também temos consciência que essas mudanças não ocorrem do dia para noite, mas e sim fruto de uma gestão democrática e participativa capaz de envolver aluno/família/escola, embasada em compromisso, seriedade e ética para que assim ocorram diversas quebra de paradigma. Sabemos que muitos fatores interferem no processo de ensinoaprendizagem e serão explicitados no decorrer dos textos que sucederão a este. Temos a convicção que o desafio é grande, mas a escola continuará desenvolvendo o Projeto contra a evasão e reprovação escolar, em andamento desde 2004, e todas as ações estão, principalmente, voltadas à redução dos índices de reprovados e evadidos dessa instituição escolar. 6. ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DOCENTE: APONTANDO CAMINHOS No Brasil, a política educacional que se diz comprometida com a universalização da escola pública com qualidade social ainda não superou o processo de exclusão do sistema educacional como a reprovação, evasão, gestão autoritária, avaliação quantitativa, aceleração de estudos, prédios ruins, salas de 33 aulas superlotadas, iluminação inadequada, carência de recursos didáticos, a não aplicação do piso salarial nacional e falta de condições de trabalho adequadas para os trabalhadores em educação. Vivemos numa sociedade em crise, marcada pelo capitalismo que move nossos jovens pelo imediatismo e hedonismo, que expressam valores de consumo fácil, do pouco esforço físico e intelectual. Neste contexto, a escola deve fazer um esforço no sentido de aproximar o ensino-aprendizagem da metodologia da mediação dialética no sentido de desvelar o mundo, problematizá-lo do ponto de vista ético, político e econômico e assim repensar sua função sócio-histórica. Nas décadas de 80 e 90, com o avanço do neoliberalismo, a educação pública se pautou pela lógica da mercantilização. As questões pedagógicas tomaram outro rumo, pois, o currículo passou a ser visto como um rol de competências e habilidades voltadas para o mercado de trabalho, através de parâmetros curriculares vagos e imprecisos sem o compromisso com a transformação da sociedade e com os trabalhadores. Temas essenciais da educação foram abandonados, entre eles, os debates acerca dos trabalhadores em educação como intelectuais, a organização da escola de maneira coletiva e solidária, a gestão democrática, o significado e a função do conhecimento trabalhado na escola, entre outros. Desvelar uma sociedade injusta implica em explicitar as condições de trabalho, de salário e a intrínseca relação entre o pedagógico, o político e o econômico. A realidade da escola pública brasileira, ainda é permeada por muitas contradições. Nela lutamos, indagamos anunciando um mundo com melhores perspectivas. Para reorganizar a escola pública e repensar o currículo é preciso colocar na pauta de nossas reflexões as mudanças econômicas, sociais, culturais, científicas e políticas, vivenciadas nas últimas décadas no mundo. Novos problemas exigem novas respostas. Porém, antes disso é necessário discutir e estabelecer que 34 relações nós, educadores, aspiramos ou ao menos apontar outras formas de relações nessa comunidade escolar. Afirmamos que “na base de todas as relações humanas, determinando e condicionando a vida, está o trabalho, uma atividade intencional que envolve formas de organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida humana” e que precisam ser distribuídos para toda sociedade na mesma proporção Ao estabelecer as relações em nossa comunidade escolar, devemos estar atentos à construção de um currículo que interrogue a realidade e que nos permita ser interrogados pela sociedade. Devemos estabelecer sempre o aspecto público da escola, tornar as relações mais democráticas permanentemente, mostrando que a educação não é mercadoria, não pode ser vendida. É um direito da sociedade. O trabalho e o emprego estão na base da produção, da criação de riqueza e bem estar e se ligam às decisões sobre o quê e como produzir e como organizar a reprodução da vida humana. Isso implica em olhar para o conjunto das necessidades da população, em particular ao trabalho e emprego, para avançar na construção de uma sociedade com igualdade. Alertar que a economia está voltada para os mega projetos que beneficiam as transnacionais, os banqueiros e o agronegócio. É preciso compreender a política econômica do país para intervir nos seus rumos. Na sociedade de mercado, dominada pela busca incansável do lucro, há um predomínio das empresas transnacionais que vão destruindo os sistemas locais de produção, circulação e venda dos produtos. Enfrentar essa realidade para melhorar as condições da classe trabalhadora é fundamental. O programa Fome Zero atua a partir de 04 eixos articuladores: acesso aos alimentos, fortalecimento da agricultura familiar, geração de renda e articulação, mobilização e controle social. O programa Bolsa Família 1 é considerado o carro 1 Programa Bolsa Família (PBF) é um programa brasileiro de transferência direta de renda, destinado às famílias em situação de pobreza, com renda per capta de R$ 70,00 de até R$ 140,00 mensais, que associa à transferência do benefício financeiro o acesso aos direitos básicos: saúde, alimentação, educação e assistência social. 35 chefe do programa Fome Zero. Neste colégio, dos 1173 alunos matriculados em 2010, 35 alunos participam deste programa. Outra mudança ocorrida no Brasil nos anos 90 deve-se a distribuição de renda do trabalho das mulheres. De acordo com o ultimo censo do IBGE, a média de salários aumentou de 28,7% em termos reais de 1889 e 1999. Corroborando estes dados e conforme a Síntese dos Indicadores Sociais 2007², elaborada na maior parte com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o número de mulheres que são indicadas como a pessoa de referência da família aumentou consideravelmente entre 1996 e 2006, correspondendo a uma variação de 79%, enquanto, neste mesmo período, o número de homens “chefes” de família aumentou apenas 25%. Em relação à “chefia” feminina, observou-se que as maiores proporções de mulheres que se declaravam como pessoa de referência da família estava nos grupos etários de 25 a 39 anos e de 60 anos ou mais de idade, cada grupo correspondendo a 26,7%. Estas, no entanto, possuem rendimentos médios menores aos dos homens. Ainda, devido à necessidade da mulher ingressar-se no mercado de trabalho, verifica-se que as mesmas estão cada vez mais em busca de escolarização. Segundo o Pnad, houve um aumento considerável das mulheres em relação aos estudos. Em 1996, entre as pessoas que freqüentavam estabelecimentos de ensino superior, 55,3% eram mulheres, passando para 57,5%, em 2006. Nota-se que os homens estão perdendo espaço no processo de escolarização, pelo menos, no que tange a taxa de escolarização superior. Estes resultados têm sugerido novas discussões e estudos sobre políticas para a continuação do processo de melhora do padrão de distribuição de renda no país. As atuais linhas de pesquisa enfatizam, sobretudo, a importância da educação para reduzir a desigualdade de renda. ² IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Síntese de Indicadores Sociais – 2007 http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=987&id_pagina=1 Acesso em 04 nov.2010. 36 A melhora no padrão de distribuição de renda do trabalho aconteceu paralelamente a uma aceleração da taxa de crescimento do número médio de anos de estudo da população. A média de anos de estudo aumentou de 4,55 em 1989 para 5,75 em 1999. Este fato ilustra a importância da educação para a distribuição de renda do trabalho. Em 1999 quase 40% da população empregada receberam menos de 03 salários mínimos por mês, enquanto os 1,6% mais ricos receberam mais de 20 salários mínimos. Além disso, 40,6% da população não tiveram renda. Durante as últimas 04 décadas a concentração de renda no Brasil se manteve praticamente inalterada, oscilando entre as 10 últimas posições do mundo. O primeiro avanço significativo para melhora da desigualdade econômica no país ocorreu em 2004, com o programa Bolsa Família do governo Lula. A taxa de crescimento de renda per capta para os mais pobres foi de 14,1%, enquanto a renda per capta média cresceu 3,6% no mesmo período. A distribuição de renda no Brasil é tão desigual que “a metade pobre da população brasileira ganha em soma quase o mesmo valor (12,5% da renda nacional ) que os 1% mais ricos (13,3%). A afirmação da diversidade e a exigência da abolição das diferentes formas de opressão - de gênero, de raça, de geração, de liberdade sexual, contra as pessoas com necessidades educacionais especiais – têm sido eixos de lutas dos movimentos sociais, bem como a preocupação com as questões ambientais e a exigência da participação popular, através de Fóruns, Conselhos e da constituição de Redes Solidárias de colaboração, de produção e de consumo que inauguram uma nova economia. O sistema capitalista reage de várias maneiras, com guerras, massacres étnicos, imposições econômicas e com a mídia cooptada, causando prejuízo à informação e à autonomia da classe trabalhadora. É preciso criar novas alternativas através das redes virtuais de relacionamento para enfrentamento das imposições ideológicas da grande mídia. 37 Após a árdua tarefa para reverter às políticas neoliberais de oito anos de mando (1995 a 2002), o atual governo ao longo desses 08 anos (2003 a 2010) retomou a reconstrução da escola pública e vem implantando algumas políticas educacionais assumidas, após discussão coletiva, com os profissionais da educação. Essas políticas visam avançar na direção de uma escola que não separe instrução de educação. Como dizia Gramsci, uma Escola Unitária, uma escola que não separe o pensar do fazer, uma escola que instaure nossas relações entre trabalho intelectual e trabalho manual, que seja um espaço de formação humana pautada no acesso ao conhecimento como condição fundamental para a transformação da sociedade. A escola pública que queremos tem que ser conquistada e construída por todos. O desafio que nos cabe é o de construir coletiva e democraticamente esta escola. Acreditamos que este é o caminho, além da luta constante, devemos nos pautar pela formação continuada, discussão, análise, debate e proposições da escola que queremos, com a comunidade, com professores, funcionários, pais e alunos. O governo tem a obrigação de investir recursos para financiar as políticas educacionais de formação continuada para todos os trabalhadores em educação. Essa deve fazer parte de uma política de qualificação profissional, com qualidade do ponto de vista pedagógico, ético, político e técnico. Para isso é preciso transformar em políticas públicas os atuais programas de formação continuada com investimento na capacitação docente e dos demais trabalhadores em educação. Os profissionais da educação devem estar inseridos no processo de construção do Plano Estadual de Educação, enquanto sujeitos do fazer político-pedagógico. Em relação à gestão democrática na educação, entendemos que ela é, antes de tudo, um processo onde todos os que participam são representantes dos segmentos sociais que formam a comunidade escolar. Sua forma de ação acontece 38 através de mecanismos como o Conselho Escolar, Associação de Pais, Mestres e Funcionários, a elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola, bem como a eleição direta para diretores dos estabelecimentos de ensino. A realização de eleição direta para a direção da escola garante a sua autonomia pedagógica, além de cumprir um dispositivo constitucional. A Constituição Estadual, em seu artigo 178, inciso VII, garante a “gestão democrática e colegiada das instituições de ensino mantidas pelo Poder Público estadual, adotando-se sistema eletivo, direto e secreto, na escolha dos dirigentes, na forma da lei”. Portanto, esse processo deve ser plural, democrático e representativo. Sendo assim, alguns indicadores são fundamentais na construção da gestão democrática, como a autonomia, a representatividade social e a formação da cidadania. A autonomia é entendida aqui como a autonomia pedagógica necessária para a comunidade escolar elaborar o seu Projeto Político Pedagógico, escolher diretamente seus dirigentes e, a escola ter como instância máxima, o Conselho Escolar pensando na administração da educação sempre à luz da natureza do trabalho pedagógico, buscando sua universalização, enquanto acesso de todos e, sua universalidade, enquanto conhecimento. Em Paraná (2008), a escola é por princípio, o local do conhecimento produzido, reelaborado e sociabilizado dialeticamente, sempre na busca de novas sínteses, construídas na e com a realidade. Os Desafios Educacionais Contemporâneos trazem em foco as influências que as múltiplas determinações, o ambiente, as culturas e as diversas interferências do processo educacional causam nelas próprias e em seu entorno. Tais desafios trazem as inquietudes humanas, as relações sociais, econômicas, políticas e culturais levando-os a avaliar os enfrentamentos que devemos fazer. Esta nova demanda faz parte de nossa realidade e constam neste Projeto Político Pedagógico visando à inserção dos temas a serem trabalhados de forma científica, associado quando possível, ao conteúdo das diferentes disciplinas, não 39 estando fragmentado e nem desvinculado das DCEs do Estado do Paraná. Neste aspecto, as questões que envolvem os Desafios Educacionais Contemporâneos: prevenção ao uso indevido de drogas; educando para as relações étnico-raciais; enfrentamento à violência na escola e educação ambiental, são pertinentes e necessárias no trabalho escolar. Propomos um estudo acerca das questões sociais mundiais e locais, numa perspectiva crítica, sócio-histórica, política, econômica e pedagógica. Com o intuito de fornecer subsídios teórico-metodológicos referentes a tais demandas. Serão utilizados como material de apoio os Cadernos Temáticos produzidos pela SEED, Coordenação dos Desafios Educacionais Contemporâneos. Ainda no prisma de desafios da chamada revolução de paradigmas do processo de ensino-aprendizagem de nossa época é a educação inclusiva. O sistema educacional contemporâneo tem realizado uma busca por respostas para as discussões sobre o processo inclusivo iniciado na década de l990, com o objetivo de proporcionar a equidade de oportunidades às pessoas com necessidades educacionais especiais, atendendo ao dispositivo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN - nº 9394/96, em seu Art. 58, que preconiza que a Educação Especial é uma modalidade de ensino que deve ser oferecida, preferencialmente na rede regular de ensino. A inclusão implica em valorizar as peculiaridades de cada aluno, atendendo a todos na escola com equidade, incorporando a diversidade, sem nenhum tipo de distinção. Cabe dizer que, em Paraná (2010), p 10), [...] equidade de oportunidades “não significa um modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades”. Esse processo, a inclusão, necessita de ações eficazes que garantam os desenvolvimentos intelectual, social, afetivo e profissional do alunado a qual se destina. 40 Neste sentido entende-se que devem ser atendidas todas as condições necessárias para que possa ser concretizada esta modalidade de ensino, para os educando com necessidades especiais. O compromisso do Estado deve ser na manutenção de um modelo público de educação especial, em todas as modalidades, como educação precoce, iniciação profissional, habilitação e qualificação para o trabalho, ensino médio e superior. É fundamental a efetivação de políticas educacionais que incluam, de forma adequada, humana e com dignidade, as crianças e adolescentes com necessidades educacionais especiais. As pessoas com necessidades especiais de aprendizagem ou de locomoção têm direito ao acesso à educação de qualidade, de forma que sua singularidade seja respeitada, superando toda forma de preconceitos e limitações estruturais e de recursos humanos para recebê-las com qualidade. Lutamos pela garantia ao acesso e permanência dos alunos com necessidades educativas especiais nas escolas comuns e especializadas, prioritariamente públicas. Mas não podemos admitir que estas pessoas sejam matriculadas aleatoriamente nas escolas sem antes serem tomadas medidas que afirmem seus direitos de forma digna. Torna-se então primordial, proporcionar aos alunos atividades que lhes permitam demonstrar seu conhecimento prévio, desenvolvendo-o gradativamente para o conhecimento científico e com este, interagir socialmente. Neste contexto, a escola possui alunos com Transtorno Déficit de Atenção, Hiperatividade (TDAH) e Deficiência Intelectual (DI), ou seja, alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) que estão inseridos em salas de aula do Ensino Regular, por vezes em turmas numerosas, fator este que interfere no aprendizado pleno. 41 Também fazem parte do corpo discente, alunos com repetência, evasão e problemas sócio-emocionais dificultando o atendimento, por parte dos professores, para uma aprendizagem qualitativa. Para sanar as defasagens de aprendizagem a escola oferece a Sala de Apoio à Aprendizagem (SAA) aos alunos do 6° ano/5ª série, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, em duas turmas distintas; a Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, com professores especializados, atendendo alunos do 6° ao 9° ano, com Deficiência Intelectual (DI), Transtornos Funcionais Específicos (TFE); e o SAREH - Serviço de Atendimento a Rede de Escolarização Hospitalar-, proporcionando também o Atendimento Domiciliar aos alunos do Ensino Fundamental e Médio. Num processo interventivo, em meio a tais diversidades, o professor da Sala de Recursos e Serviço de Apoio à Aprendizagem interage com os demais docentes da sala do ensino regular que buscam desenvolver um trabalho com metodologias diferenciadas a fim de atender as dificuldades apresentadas pelos alunos. O professor da Sala de Recursos, buscando um elo no tripé escola, família e serviço especializado, tem apresentado grandes êxitos com os alunos inseridos no programa. O governo deve investir recursos financeiros para a formação continuada dos profissionais da educação para que os alunos com necessidades educativas especiais possam ser educados com qualidade. Para tanto, conforme APP-Sindicato (2001), é necessário realizar a adequação curricular, a destinação de recursos financeiros para a adequação de instalações físicas apropriadas, como a remoção de barreiras arquitetônicas e outras adaptações que se fizerem prementes; a aquisição de material especializado às diferentes deficiências com qualidade e em quantidade aceitável, como acervo bibliográfico, videoteca, equipamentos, materiais específicos com impressoras em Braille, acervo bibliográfico em Braille, fitoteca, grupo de 42 ledores voluntários ou bolsistas, intérpretes para LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais. Os investimentos financeiros do governo do Estado não podem se restringir ao espaço escolar. O governo deve investir no transporte adequado aos educando com necessidades educativas especiais, nas equipes interdisciplinares e de saúde, na avaliação diagnóstica, na relação adequada ao número de alunos por professor e garantir o atendimento domiciliar à educando, em casos graves, quando não puderem se locomover até a instituição escolar. Outro tema que se apresenta como desafiador para o debate são as relações étnico-raciais. O Brasil é um país rico em diversidade étnica e cultural, é um país plural em sua identidade, contudo ao longo da nossa história o preconceito e as relações de discriminação e exclusão social impedem muitos brasileiros da vivência plena de sua cidadania. A SEED, desde 2007, instituiu o Departamento da Diversidade – NEREA, que discute e define as políticas para o atendimento a todos os sujeitos que historicamente encontram-se excluídos do processo de escolarização e/ou da pauta das políticas educacionais. Destacamos na Educação do Campo, os moradores e trabalhadores do campo, agricultores familiares e trabalhadores rurais temporários; na Educação das Relações Étnico-Raciais e Cultura Afro-brasileira, Africana e Nativa, a população de negros (as), étnico-raciais e índios; a Alfabetização de Jovens e Adultos trabalhando com os jovens, adultos e idosos analfabetos; na educação de Gênero e Diversidade Sexual, referindo-se as relações afetivo-sexuais de indivíduos ou grupos, tais como lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. 43 Na sociedade brasileira, a superação da discriminação, é o grande desafio da escola. Sendo assim, é necessário conhecer e reconhecer a riqueza apresentada pela diversidade étnico-cultural que compõe o patrimônio sócio, cultural e econômico brasileiro, valorizando a trajetória particular dos grupos sociais. É imprescindível tratar da diversidade cultural, reconhecendo-a e valorizando-a, sendo que para superar as discriminações é necessário atuar sobre um dos mecanismos de exclusão, ainda que insuficiente, para se caminhar na direção de uma sociedade mais democrática. É um imperativo do trabalho docente a construção da cidadania, uma vez que tanto a desvalorização cultural, quanto a discriminação são entraves à plenitude da cidadania de todos, portanto da própria nação. A Lei 10.639, assinada em 09 de janeiro de 2003 pelo Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva e o Ministro da Educação Cristóvan Buarque, alterou dispositivos da LDB (Lei nº 9394/96) e tornou obrigatório o ensino da temática História e Cultura Afro-brasileira e Africana nos estabelecimentos de ensino da Educação Básica do país. Em 10 de março de 2004, o Conselho Nacional de Educação aprovou o parecer 003/2004, instituindo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. A temática deve ser trabalhada no âmbito de todo o currículo escolar em todas as disciplinas. Nesse panorama de inclusão social além da Lei nº 10.639/01 tem sido amplamente discutido e inserido como componente curricular de caráter obrigatório nas instituições escolares o cumprimento da Lei Nº 13.381/01 que torna obrigatório no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual os conteúdos de História do Paraná, e da Lei Nº 11.645/08 que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade do ensino da História e cultura dos povos indígenas do Brasil. 44 A Lei 10.639/03, Lei Nº 13.381/01 e a Lei Nº 11.645/08 somam-se à luta pela implementação de políticas afirmativas para a superação do quadro de exclusão produzido pela estrutura do racismo e de classe presentes na sociedade brasileira. A prática dessa lei, embora esteja em vigor no papel, é um desafio constante. Faz-se necessário que ao implantar a lei, o poder público e nós educadores, desenvolvamos práticas pedagógicas no interior da escola que promovam a igualdade das diversidades. Atendendo as Leis que amparam e preceituam as Diversidades, desde 2003, consiste como prática desta instituição de ensino o trabalho educacional direcionado a Educação Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Em 2007 foi constituída a equipe multidisciplinar que orienta e encaminha a práticas pedagógicas no interior da escola promovendo a igualdade e o respeito à heterogeneidade étnico-racial, visando à transformação social. A temática Sexualidade que discute questões de gênero, doenças sexualmente transmissíveis, educação sexual, entre outros temas correlatos, tem sido um tema constante difundido na mídia, por meio das novelas, dos cinemas, da publicidade, dos programas de auditório para jovens, das revistas voltadas para o público adolescente, o que nos chama a responsabilidade da discussão do tema, na perspectiva dos direitos humanos constituídos e fundamentados na Constituição da República Federativa do Brasil quando diz, sobretudo, que um dos objetivos fundamentais é “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (Art. 3º, IV) A educação deve ser também um espaço de cidadania e de respeito aos direitos humanos, o que tem levado o currículo a discutir o tema da inclusão de grupos minoritários. Entre estes grupos estão os grupos de gênero representados pelo grupo LGBTT - lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. 45 No Brasil, há muitos estudos sobre a exclusão de mulheres, porém poucos estudos educacionais acerca do tema da diversidade sexual. Essa ausência na educação, provavelmente, tem como causa a predominância de proposição essencial e excludente nos conceitos utilizados para pensar identidades sexuais e de gênero. E ainda, sobre o respeito à livre orientação sexual, recentemente a aprovação de alguns documentos oficiais contribuiu para o fortalecimento das discussões acerca dos direitos sexuais da população LGBTT, entre eles, o Decreto nº. 5.397, de 22 de março de 2005, que dispõe sobre a composição, a competência e o funcionamento do Conselho Nacional de Combate à Discriminação – CNCD, o qual compete propor, acompanhar e avaliar as políticas públicas afirmativas de promoção da igualdade e da proteção dos direitos de indivíduos e grupos sociais e étnicos afetados por discriminação racial e demais formas de violência. Esse conselho é composto além de órgãos ministeriais, por representantes de entidades e organizações não-governamentais das populações negra, indígena e do segmento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBTT. No Estado do Paraná, a Lei nº 11.733, de 28 de maio de 1997, que autoriza o poder executivo a implantar campanhas sobre Educação Sexual a serem veiculadas nos estabelecimentos de Ensino Estadual que ofertam o Ensino Fundamental e Médio do Estado do Paraná dão amparo legal e abertura à prática de uma Educação Sexual na escola. É imprescindível refletir no contexto escolar sobre as questões de gênero e diversidade sexual, a fim de promover uma educação democrática e inclusiva, sem preconceitos nem discriminações, desconstruindo padrões estereotipados que geram a exclusão social. O trabalho de esclarecimento visa contribuir na promoção da equidade de gênero sexual e no enfrentamento ao sexismo e homofobia, bem como promover a defesa dos direitos sexuais. 46 Desta forma conforme os Pareceres CP/CEE n° 01/09, n° 04/09 do Ministério Público do Paraná e a Instrução Conjunta n° 02/10-SEED/SUED/DAE estabelecem que o nome social é o nome pelo qual travestis e transexuais femininos ou masculinos se reconhecem e preferem ser chamados, ficou definido que a partir do ano de 2010, toda a Rede Pública de Ensino do Paraná deveria incluir o nome social do aluno e/ou aluna travesti ou transexual, maior de 18 anos, que queira, por escrito através de declaração esta inserção, nos documentos escolares internos, tais como: espelho do Livro Registro de Classe, Edital de Nota e Boletim Escolar. Os documentos escolares oficiais deverão permanecer inalterados enquanto que a referida declaração deverá ser arquivada na pasta individual do aluno e/ou aluna. Pensar em educação de forma ampla é abarcar a população do campo. Nos dias atuais há necessidade de refletir sobre as políticas públicas que vem sendo desenvolvidas em torno da valorização do homem do campo e de suas especificidades, tendo em vista que o aluno advindo da zona rural não difere amplamente daquele residente na zona urbana. A função primeira da escola é incentivar, valorizar e procurar demonstrar ao aluno do campo a importância do trabalho agrícola para o bom andamento de um país. Nesse sentido a escola deve adaptar-se ao artigo 28 da LDB, que prevê, entre outros, conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural. Tal adaptação faz-se necessária, uma vez que o aluno poderá construir conhecimentos concretos sobre o manejo e produção, e assim utilizá-los na construção de formas diversificadas de trabalhos dentro do campo, podendo obter renda justa desse local e adquirir forças para continuar a habilitar e cuidar da zona rural. Sendo assim, este estabelecimento de ensino busca valorizar o conhecimento dos diferentes sujeitos da aprendizagem. Considera que o desenvolvimento das pessoas é construído não só por meio dos diferentes 47 processos formativos, mas valoriza a escolarização inicial e continuada, resgatando ao mesmo tempo nas áreas educativas as questões específicas de cada grupo, principalmente no respeito ao ambiente como forma de assegurar as condições do desenvolvimento sustentável. Da mesma forma, as questões ambientais em discussão no mundo hoje, nos apontam que é necessário cuidar da natureza. A educação ambiental torna-se aliada na compreensão de que a sociedade e a natureza interagem. Para tanto, a Agenda 21 Escolar, documento que prevê iniciativas e ações de todos os setores sociais, inclusive os desta escola, contribui nesse trabalho educativo de consciência ambiental. A Agenda 21 é composta pela Agenda Global, Brasileira, Estadual, Local, resultando dessa estrutura, a proposta para a elaboração da Agenda Escolar. A escola tem influência efetiva, não apenas dentro dos seus muros, nos momentos formais, mas em toda a comunidade formada pelos respectivos familiares e moradores de seu entorno. As atividades referentes à Agenda 21 Escolar devem ser desenvolvidas no coletivo a partir de discussões e elaboração de ações necessárias para o desenvolvimento do projeto abordando o tema definido, buscando conscientizar a comunidade escolar na busca de soluções visando uma melhor qualidade de vida, onde a participação de todos é fundamental para um resultado positivo. Somos trabalhadores e construímos a educação de nosso Estado. Nossa ferramenta de trabalho deve ser o conhecimento científico, filosófico, artístico, político e tecnológico. Sabemos que através dele é possível contribuirmos para a transformação da sociedade. Estamos motivados a construir uma educação em que o lucro não seja a medida de todas as coisas. O que nos move são a vida humana em sua integridade cultural, ética, política e social. 48 Em 2010 foi autorizado o funcionamento do Curso de Educação Profissional Técnico de Nível Médio em Serviços de Restaurante e Bar, Eixo Tecnológico: Hospitalidade e Lazer. Aprovado em 09/02/2010, Processo nº 505/09 Câmara de Educação Básica, com 800 Horas/aulas, mais 50 horas de estágio profissional supervisionado. O regime de matrícula é semestral, com duração mínima de 01 (um) ano e máximo de 05 (cinco) anos. O curso profissionalizante Técnico em Serviços de Restaurante e Bar, cuja modalidade é subsequente ao Ensino Médio foi visto como necessário, em virtude de que é uma área que exige do profissional, conhecimentos específicos para trabalhar eficientemente. A oferta do curso veio consolidar o fortalecimento das políticas públicas educacionais implantadas pela Secretaria de Estado da Educação para os cursos de Educação Profissional em nosso município. Abrange alunos cuja terminalidade é recente e outros que se formaram há anos. O eixo definidor está centrado nos processos produtivos e sociais que regem e são regidos por princípios científicos, políticos e tecnológicos determinados pelo mundo da produção e organização social capitalista. O técnico em serviços de Restaurante e Bar vem ao encontro da necessidade da formação do técnico numa perspectiva de totalidade e constitui-se numa atividade com crescente exigência de qualificação. Assim ao concluir o curso deverá compreender, tomar decisões e propor soluções relativas aos serviços de Restaurante e Bar, atendimento aos clientes em todos os aspectos. Controlar e avaliar o processo de organização, higiene e manipulação dos alimentos em mesas e bandejas, depósitos e cozinha do local de trabalho. Desempenhar com qualidade todos os serviços correlatos à função do garçom, comunicando-se com eloqüência, seguindo as regras de etiqueta e privilegiando a boa relação com a equipe e os clientes. 7. CONCEPÇÕES QUE NORTEIAM AS PRÁTICAS ESCOLARES 49 O marco conceitual do Projeto Político Pedagógico busca expressar as concepções de criança, de homem, sociedade, trabalho, educação, cultura, ciência e tecnologia. Os conceitos aqui expressos definem as visões do coletivo da escola, definidos em reuniões e baseados em teorias progressistas, “partindo de uma análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sócio-políticas da educação” (SILVA, 2010). De acordo com as discussões realizadas entre os segmentos da comunidade escolar verificou-se a preferência pela tendência progressista crítico-social, que valorize os conteúdos científicos, questionando assim, o modelo hegemônico vigente. Antes de mais nada precisamos entender como se dá o desenvolvimento da criança e que criança é esta que estamos recebendo, afinal é por volta dos dez a doze anos de idade que recebemos esta criança, fase em que ocorre a transição, ou seja, deixa de ser criança e passa ser adolescente, muitas mudanças começam a ocorrer tanto no aspecto corpo físico, quanto no aspecto emocional e também quanto a suas responsabilidades escolares, no que tange número de professores, novas disciplinas e conteúdos.Portanto ao recebermos esta criança precisamos entender os moldes em que ela foi educada e quais as teorias que nortearam suas primeiras experiências de ensino aprendizagem, uma vez que sem este conhecimento não podemos dar sequência ou até mesmo pensar que homem queremos formar. Desta forma de acordo com a concepção de Piaget a criança se desenvolve e por isso aprende, já para Vygotsky a criança aprende por isso se desenvolve. Assim enquanto Piaget enfatiza os fatores internos no processo de desenvolvimento do sujeito, como maturação e a equilibração, Vygotsky enfatiza os fatores externos, onde o desenvolvimento humano pode ser dividido em físico (corpo ), desenvolvimento pessoal (personalidade), desenvolvimento social (relacionamento com os outros) e desenvolvimento cognitivo (pensamento). Ainda na concepção de Vygotsky, a criança nasce inserida em um meio social e cultural, sendo ela criadora e recriadora da cultura, é na interação que a criança tem com os outros que ocorre as 50 primeiras relações com a linguagem e a abstração do pensamento se inicia na pré adolescência com a elaboração dos seus conhecimentos sobre os objetos em um processo mediado pelo outro, de modo subjetivo marcado por condições culturais, sociais e históricas. Desta forma podemos observar que as duas teorias nos mostra que o desenvolvimento da criança ocorre de maneiras diferentes mas que juntas se completam, assim entendendo como se dá o desenvolvimento da criança e como ocorre seu processo de aprendizagem conseguiremos avançar e até transpor os obstáculos que hoje encontramos nos espaços escolares. Para que isso ocorra também é necessário termos um olhar crítico e reflexivo sobre a nossa interação com essas crianças e que principalmente sobre os rumos que nossa sociedade está se direcionando e os valores que estão sendo construídos, uma vez que hoje vemos crianças se tornando adultos precocemente para atender o consumismo e os mitos impostos pela mídia. Sem contar no excesso de informações que estas crianças recebem bem como a concentração no global, dificultando assim sua atenção nas particularidades. Outro fator é a não aceitação de limites impostos pelos pais e pela escola, assim como o uso abusivo da internet e a perda de parâmetro de valores e moral. Mesmo com este cenário não podemos deixar de considerar que a criança é um sujeito social que esta em transformação, que transforma e é transformada, cria e recria culturas. Assim precisamos respeitar o seu desenvolvimento levando em consideração o objetivo de que homem queremos formar. Nesta perspectiva, na concepção de homem entendemos que ele é um ser natural e histórico-social. Para sobreviver o homem precisa relacionar-se com a natureza, pois dela provêm condições que lhe permitem perpetuar-se enquanto espécie. Na busca das condições para a sua sobrevivência, o ser humano atua sobre a natureza transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, acumulando experiências, e em decorrência, produz conhecimentos que são transmitidos de geração a geração por meio da educação e da cultura. 51 Ao alterar a natureza, o homem altera a si mesmo. A interação homemnatureza é um processo permanente, de mútua transformação e se constitui no processo de produção da existência humana. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais que são apropriados de diferentes formas pela humanidade. Ao alterar a natureza, o homem provoca desequilíbrios que afetam toda a biodiversidade. O processo de produção da existência humana é um processo social, sendo assim, o ser humano não vive isoladamente, ao contrário, depende de outros para sobreviver. Existe interdependência dos seres humanos em todas as formas da atividade humana, sejam quais forem suas necessidades, desde a produção de bens até a elaboração de conhecimentos, costumes, valores. Essas necessidades são criadas, atendidas e transformadas a partir da organização e do estabelecimento de relações entre os homens. Na base de todas as relações humanas, determinando e condicionando a vida, está o trabalho, uma atividade intencional que envolve formas de organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida humana. Essa organização implica uma dada maneira de dividir o trabalho necessário à sociedade, ao mesmo tempo em que o condiciona. A forma de dividir e organizar o trabalho determina também a relação entre os homens na organização política e social, sobretudo quanto à propriedade dos instrumentos e materiais utilizados e à apropriação do produto do trabalho. Nesta perspectiva, é preciso entender o trabalho como ação intencional, do homem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista, na produção de bens. Assim, é preciso compreender que o trabalho não acontece de forma tranqüila, já que está impregnado de relações de poder. 52 O desenvolvimento do homem e de sua história não depende de um único fator. Seu desenvolvimento ocorre a partir do suprimento de suas necessidades materiais, da forma de se relacionar para satisfazê-las e de produzir e reproduzir as idéias. Nesse processo do desenvolvimento humano multi-determinado, que envolve inter-relações e interferências recíprocas entre idéias e condições materiais, a base econômica é o determinante fundamental. A sociedade em que vivemos estrutura-se em classes, com diferentes ideologias, histórias e culturas. Uma sociedade capitalista, na qual a maioria dos indivíduos não tem acesso ao desenvolvimento, tendo poucas oportunidades sobre a ação social. Esta sociedade passou a viver profundas transformações causadas, especialmente, pelas enormes inovações que começaram a surgir, tais como as novas tecnologias. O acesso a essa nova sociedade de informações propiciaram que mudanças monumentais acontecessem na sociedade em geral, entretanto, questões de suma importância permaneceram intactas, como o aumento desenfreado do desemprego que se cristalizou mundialmente e o número de pessoas que vivem bem abaixo do nível de pobreza. Além disso, avolumou-se a instabilidade emocional da maioria da população devido ao temor que tomou conta dos indivíduos de se tornarem também excluídos e de sofrerem perda ou redução do poder aquisitivo. As condições econômicas em uma sociedade baseada na propriedade privada resultam em grupos com interesses conflitantes, com possibilidades diferentes no interior da sociedade, ou seja, resultam num conflito entre classes. Em qualquer sociedade onde existem relações que envolvem interesses antagônicos, as idéias refletem essas diferenças e as que predominam são aquelas que representam os interesses do grupo dominante. Há a necessidade de se produzir idéias que representem a realidade de vista de outro grupo que reflita a possibilidade de transformação que está presente na própria sociedade. Segundo Dermeval Saviani (1992), o entendimento do modo como funciona a sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis 53 que regem o desenvolvimento da sociedade. Estas leis não são naturais, mas sim históricas, ou seja, são leis que se constituem historicamente. Para a sociedade que queremos, faz-se necessário efetivar ações que contribuam para o pleno desenvolvimento dos cidadãos, construindo uma sociedade mais esclarecida, que tenha conhecimento do seu processo histórico-cultural e compreenda que as relações que ocorrem entre os indivíduos não são naturais, mas sim construídas historicamente. Uma sociedade que busca construir oportunidades de participação efetiva de todos os indivíduos que a compõem, que combata o individualismo, conformismo, enfim, que valorize o ser e não o ter. Dentre as idéias que o homem produz, parte delas constitui o conhecimento referente ao mundo. O conhecimento humano, em suas diferentes formas, senso comum, científico, tecnológico, filosófico, estético, exprime as condições materiais de um dado momento histórico. O conhecimento é construído através das relações culturais, sociais, econômicas e de poder de trabalho dos homens. Esse conhecimento é influenciado pelo modo de produção, gerando uma concepção de homem, ideologia, cultura e sociedade. Como uma das formas de conhecimento produzido pelo homem no decorrer da sua história, a ciência é determinada pelas necessidades materiais do homem ao mesmo tempo em que nelas interfere. A ciência caracteriza-se pela necessidade do homem de explicar, através de métodos, os fatos observados, de forma sistematizada. É a tentativa de o homem entender e explicar racionalmente a natureza, buscando formular leis que, em última instância, permitam a atuação humana. Tanto o processo de construção de conhecimento científico quanto seu produto reflete o desenvolvimento e a ruptura ocorridos nos diferentes momentos da história. Em outras palavras, os antagonismos presentes em cada modo de produção 54 e as transformações de um modo de produção a outro, são transpostos para as idéias científicas elaboradas pelo homem. No decorrer da história, a ciência está sempre presente para reproduzir ou transformar. Na sociedade capitalista, o conhecimento científico é produzido de forma desigual, estando a serviço de interesses políticos, econômicos e sociais da classe dominante, não atingindo a totalidade da população. O conhecimento acadêmico é fruto de disputas políticas. Portanto, estudar a produção científica de cada área é conhecer não apenas o que está sendo produzido, mas quais são as principais discussões e disputas que se processam no espaço acadêmico e compreender sua historicidade, ou seja, porque estas questões estão sendo postas neste momento histórico e qual o contexto em que surgem. A ciência não é neutra; ela é produzida em torno de discordâncias e disputas. O conhecimento acadêmico é transformado em conhecimento escolar ao adentrar a escola, adquirindo objetivos próprios. A incorporação dos avanços da ciência e da tecnologia aos programas escolares deve passar pelo estudo do caráter histórico da produção do conhecimento. Cabe à escola socializar e, possibilitar a apropriação deste conhecimento pelo educando, representantes da classe trabalhadora, permitindo aos mesmos, reconhecer e defender seus interesses. Pretendemos uma educação voltada para a transformação social, sendo essa, libertadora, crítica e humanitária, oportunizando ao educando um conhecimento científico, político e cultural, visando formar um cidadão crítico e consciente de seus direitos e deveres, preparado para a vida. Um indivíduo capaz de interagir com o outro e com o meio ambiente de forma equilibrada. A escola tem a função social de garantir o acesso de todos aos saberes científicos produzidos pela humanidade e permitir que os estudantes desvelem a 55 realidade. Esse processo é indispensável para que não apenas conheçam e saibam o mundo em que vivem, mas com isso saibam nele atuar e transformá-lo. Deve proporcionar um conhecimento dinâmico com liberdade na troca de experiências, que busque inovações, procurando sair das atividades rotineiras, instigando o aluno a ousar, por em prática o conhecimento científico mediado pela escola, adquirindo senso crítico e autonomia para tomada de decisões. O conhecimento é percebido quando há manifestação de mudança de atitudes e comportamentos, na prática social. Portanto, o conhecimento mediador, num processo ação-reflexão-ação simultaneamente, possibilitando a transformação social. A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-os dentro da história. Ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. De acordo com SAVIANI (1992), a ”educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, o que significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma experiência do e para o processo de trabalho, bem como é ela própria, um processo de trabalho”. Ao mesmo tempo em que se tornam visíveis as manifestações e expressões culturais de grupos dominados, observam-se o predomínio de formas culturais produzidas e veiculadas pelos meios de comunicação de massa, nas quais aparecem de forma destacadas as produções culturais em sua dimensão material e não-material da classe dominante. Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa contemplar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente da sua função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-las à produção de uma cultura erudita, como afirma SAVIANI (1995), “a mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem do saber 56 espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita; assume um papel político fundamental”. Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita, cabe à escola aproveitar essa diversidade existente para conhecer e vivenciar o multiculturalismo, que vise à transformação do ser humano, da sociedade e do mundo. Não existe uma cultura inferior ou superior a outra, o que temos é uma diversidade cultural que precisa ser aceita, valorizada, respeitada e reconhecida como parte do ser humano. No contexto educacional, a tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e alternativa, pois a mesma pode contribuir para o aumento das desigualdades, ou para a inserção social se vista como uma forma de estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas. É necessário continuar lutando pela escolarização como um bem público, contra a domesticação política, contribuindo para que a educação em geral e o currículo, em particular, se constitua numa efetiva base para que os menos favorecidos transformem sua concepção de poder. Ter no currículo, uma concepção de educação tecnológica não será suficiente para o acesso de todos à escola. Sem que haja uma vontade e ação política possibilitando investimentos para que esses recursos tecnológicos, elementares e sofisticados, existam e possam contribuir para o desenvolvimento do pensar. Os recursos tecnológicos podem estabelecer relações entre o conhecimento científico, tecnológico e histórico-social, não será possível que o indivíduo passe a pensar sobre a realidade em que se encontra, tornando-se um cidadão consciente. A cidadania requer uma atitude de independência, que o indivíduo adquire quando passa a pensar sobre a realidade em que se encontra. Nessa dinâmica do pensar, a escola e os profissionais que nela se encontram inseridos exercem um papel fundamental. 57 De acordo com Leonardo Boff, “cidadania é um processo histórico-social que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino” (BOFF, 2000, p. 51). Sendo assim, a formatação da cidadania acontecerá quando o indivíduo conseguir sair do conformismo em que se encontra, onde o poder público assume um papel paternalista/assistencialista e o indivíduo o papel de dependência desse sistema. Para atingir o objetivo de construir uma escola democrática, igualitária, participativa, formativa e crítica, é necessária a concepção de uma cidadania plena e consciente dos direitos e deveres atribuídos a todas as pessoas. 8. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO Concebemos a avaliação, conforme Paraná (2010), no materialismo histórico dialético, entendendo que a concepção de homem é a de ser histórico, produtor de sua existência, transcendência da natureza e, portanto, livre no sentido de agir intencionalmente de modo a construir possibilidades não previstas, não naturais, optar por uma coisa ou outra, decidir entre o que é bom e o que não é. Desse modo a avaliação no contexto escolar não é um processo isolado, mas está intrinsecamente ligada aos objetivos da escola e dos cursos, é a analise da prática pedagógica de todos os envolvidos, com o objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que a aprendizagem ocorra. Ao avaliar a aprendizagem dos alunos também se avalia a prática dos professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de ensino como um todo. A avaliação da aprendizagem deve centrar-se na forma como o aluno aprende, sem descuidar da qualidade do saber. A aprendizagem se dá numa construção pessoal do sujeito que aprende influenciada tanto pelas características pessoais quanto pelo contexto social. Com tal abrangência, a avaliação é contínua e formativa, na perspectiva do desenvolvimento integral do aluno, com objetivo de 58 detectar e prevenir os problemas identificados, estabelecendo um diagnóstico correto para cada aluno e identificando as possíveis causas de seus fracassos ou dificuldades, visando uma maior qualificação da aprendizagem, promovendo a participação efetiva do professor nesse processo. A avaliação deve configurar-se como uma prática de investigação do processo educacional e como meio de transformação da realidade escolar partindo da observação, da análise, de reflexão crítica sobre a realidade/contexto. Esse processo exige o envolvimento, o comprometimento e a responsabilidade de todos no processo de avaliação, onde estabelecem as necessidades, prioridades e as propostas de ação para os processos de ensino e de aprendizagem, na construção de uma educação transformadora, cidadã e responsável socialmente. De acordo com Cipriano Luckesi, “a prática da avaliação nas pedagogias preocupadas com a transformação deverá estar atenta aos modos de superação do autoritarismo e ao estabelecimento da autonomia do educando, pois o novo modelo social exige a participação democrática de todos”. (LUCKESI, 2002, p. 32). A avaliação democrática é aquela que não exclui o educando, mas o inclui no círculo da aprendizagem. É o diagnóstico que permite a decisão de direcionar ou redirecionar o processo de ensino e aprendizagem. Para que a avaliação diagnóstica seja possível, é preciso compreendê-la e realizá-la comprometida com uma concepção pedagógica. Sendo essa preocupada com a perspectiva de que o educando deverá apropriar-se criticamente do conhecimento. Pensar em mudanças na prática avaliativa é partir para novos rumos, inovar o ensino-aprendizagem, pensar na forma que ensinamos a quem ensinamos e porque ensinamos para chegar ao e como avaliar, quem avaliar e para que avaliar. Nesta perspectiva, a avaliação serve para verificar a apropriação do conhecimento por parte do aluno. O ensino, aprendizagem e a avaliação não são momentos separados, acontecem de forma contínua em interação permanente. Os 59 objetivos devem ser bem claros e os conteúdos selecionados pelo seu grau de importância para a vida do aluno. A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem, deve ser incorporada às atividades normais da sala de aula, envolvendo os alunos no processo chamado de auto-avaliação, a fim de que possam refletir sobre como e o quanto aprenderam. A avaliação não se limita apenas na etapa final de uma determinada prática. Ela deve estar sempre presente, indicando o caminho a seguir. Quando se constata que o aluno não aprendeu o que foi ensinado, o professor deve rever os programas, retificá-los, repensar a metodologia, descobrir falhas no processo, buscar outros caminhos, lançar novas indagações e, partir para novas práticas em busca de melhores resultados. Mudar a avaliação não é tarefa simples e fácil, porém é imprescindível. Para transformar a prática avaliativa, é necessário questionar a educação desde suas concepções, seus fundamentos, sua organização, suas normas burocráticas. Isso implica em mudanças conceituais, redefinição de conteúdos, das funções docentes e discentes, entre outros. A transformação da avaliação abre caminhos para a construção de novas possibilidades e de novas questões. É mais um meio para fazer avançar o processo de ensino-aprendizagem, garantindo a qualidade social do ensino. Sendo assim, é necessário pensar em conjunto, envolvendo todos os interessados para propor uma reestruturação interna da escola, quanto a sua forma de avaliar e se efetivar a aprendizagem. Para Celso Vasconcellos, “os educadores devem se comprometer com o processo de transformação da realidade, alimentando um novo projeto comum de escola e sociedade” (VASCONCELLOS, 1994, p. 85). Assim, o educador estará consciente que seu trabalho servirá para construir uma sociedade mais humana e mais justa, onde o direito do saber não pertence só a uma determinada classe de pessoas. Com base nos preceitos já elencados o Colégio adota a avaliação dentro das disposições orientadas como regras comuns ao Ensino Fundamental e Médio, 60 previstas na LDB 9394/96, Art. 24, Inciso V e Deliberação nº 007/99, e de acordo com as DCES de cada disciplina, sendo contínua, cumulativa, processual e diagnóstica, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Ainda no aspecto avaliação, deve-se dar relevância a Recuperação de Estudos, direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos, e dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino-aprendizagem. Buscam-se processos de recuperação de estudos, porque os processos de ensino e aprendizagem não foram completamente efetivados. De acordo com Vasconcellos (2003, p.82) a recuperação de Estudos consiste na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio de metodologia diversificada e participativa. 9. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA A participação do cidadão e o exercício de sua cidadania no campo educacional e, mais especificamente, na gestão da escola, estão ligados a um processo mais amplo de extensão da cidadania social à cidadania educacional. A cultura democrática cria-se com a prática democrática. Os princípios e as regras dessa prática, embora ligados à natureza universal dos valores democráticos, têm uma especificidade intrínseca à natureza da escola e ao projeto pedagógico de cada escola, a qual não é democrática só por sua prática administrativa, ela torna-se democrática por toda sua ação pedagógica, essencialmente educativa. A escola precisa ser concebida não como uma organização burocrática, mas como instância de articulação de projetos pedagógicos partilhados pela direção, funcionários, professores, pais, alunos e comunidade, onde todos os envolvidos são 61 considerados cidadãos e atores participantes de um processo coletivo de fazer educação. Participação significa a intervenção dos profissionais da educação e dos demais seguimentos que fazem parte do contexto escolar. Há dois sentidos de participação articulados entre si. No primeiro sentido, a participação é ingrediente dos próprios objetivos da escola e da educação. A escola é lugar de aprender conhecimentos, desenvolver capacidades intelectuais, sociais, afetivas, éticas e estéticas. Mas é também lugar de formação de competências para a participação na vida social, econômica e cultural. No segundo sentido, por canais de participação da comunidade, a escola deixa de ser uma redoma, um lugar fechado e separado da realidade, para conquistar o status de uma comunidade educativa que interage com a sociedade civil. Vivendo a prática da participação nos órgãos deliberativos da escola, os pais, os professores, os funcionários, os alunos, vão aprendendo a sentirem-se responsáveis pelas decisões que afetam num âmbito mais amplo da sociedade. Alguns princípios básicos da organização e gestão democrática são: • Autonomia das escolas e da comunidade • Relação orgânica entre a direção e a participação dos membros da equipe escolar. • Envolvimento da comunidade no processo escolar. • Planejamento coletivo das tarefas. • A formação continuada para o desenvolvimento pessoal e profissional dos integrantes da comunidade escolar. • O processo de tomada de decisões deve basear-se em informações concretas, analisando cada problema em seus múltiplos aspectos e na ampla democratização das informações. • Avaliação compartilhada. • Relações humanas produtivas e criativas na busca de objetivos comuns. 62 De acordo com o Regimento Escolar do Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino Fundamental, Médio e Profissional, a Gestão Escolar é o processo que rege o funcionamento da escola, compreendendo a tomada de decisões conjuntas no planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas, envolvendo a participação de toda a comunidade escolar. A estrutura organizacional do Colégio Estadual Unidade Polo é composta de: Conselho Escolar; Direção: Direção e Direção Auxiliar; Pedagógico: Professor Pedagogo, Corpo Docente, Conselho de Classe e Biblioteca; Administrativa: Agente Educacional I e Agente Educacional II e Biblioteca; Órgãos Complementares: Associação de Pais, Mestres e Funcionários e Grêmio Estudantil. O Conselho Escolar, a Associação de Pais, Mestres e Funcionários e Grêmio Estudantil são regidas por Estatutos próprios. A comunidade escolar é o conjunto constituído pelos profissionais da educação, alunos, pais ou responsáveis e funcionários que protagonizam a ação educativa do estabelecimento. Sendo assim, a Gestão Escolar, como decorrência do princípio constitucional da democracia e colegialidade, tem como órgão máximo de direção o Conselho Escolar. 10. OPERACIONALIZAÇÃO DA GESTÃO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 10.1 O papel específico dos segmentos da comunidade escolar 10.1.1 Direção A Direção é o órgão decisório executivo e co-responsável que supervisiona, coordena e fiscaliza todas as atividades administrativas e pedagógicas da instituição de ensino. Ela deve assegurar a fidelidade dos princípios educacionais do estabelecimento de ensino em sua práxis educativa, zelando, prioritariamente, pela qualidade dos serviços educacionais e do ensino praticado na escola. 63 A função da Direção é de congregar e dinamizar todas as forças vivas da comunidade educativa e canalizá-las rumo a objetivos educacionais visando uma qualidade de ensino, procurando integrar todos os organismos da estrutura administrativa e pedagógica assegurando a unidade de pensamento e de ação. É responsabilidade da Direção, representar o estabelecimento de ensino, em caráter oficial, perante as autoridades do poder público e junto às instituições culturais, profissionais, associativas, sindicais e outras; fazer cumprir as leis e determinações legais dos órgãos competentes; acompanhar e avaliar o desempenho profissional dos funcionários e professores; administrar verbas; cuidar e zelar pelo patrimônio da instituição de ensino. A Direção deve fazer cumprir as determinações legais da SEED e NRE, procurando promover o bem estar dos profissionais que atuam na instituição de ensino, exercendo as demais atribuições inerentes ao cargo. 10.1.2 Direção Auxiliar É o órgão responsável pelo comando e assessoramento das atividades técnico-administrativas em cada turno de funcionamento, zelando pela manutenção da organização, de tal forma que permita o controle imediato das ocorrências. Compete ainda à Direção Auxiliar, assessorar a Direção na determinação de normas gerais de organização e funcionamento do estabelecimento; prestar esclarecimento aos professores, funcionários, pais e alunos sobre determinações diversas emanadas da Direção, quando for solicitado; assessorar a Direção na seleção de mecanismos adequados para o acompanhamento e controle das atividades realizadas na escola; assessorar a Direção no provimento dos recursos humanos, físicos, materiais e financeiros para o colégio; manter atualizada a coletânea de legislação de ensino, emanada dos órgãos competentes; orientar o pessoal administrativo em exercício na escola; comunicar à Direção, as providências 64 adotadas na solução de problemas surgidos; atender às solicitações da Direção, relativas a assuntos de sua competência; substituir o Diretor em suas faltas ou impedimentos. 10.1.3 Corpo Docente O corpo docente é constituído por profissionais que têm a função de ensinar. Esta prática implica uma reflexão sobre o que, como e por que se ensina. Assim, envolve competência profissional, a necessidade de estudo e pesquisa permanente e, o compromisso ético e político com a sociedade e com a escola pública. O profissional docente tem a responsabilidade de elaborar o Projeto Político Pedagógico junto com a comunidade escolar na qual atua, bem como elaborar e cumprir o seu plano de trabalho em conformidade com o mesmo. O docente deve estabelecer uma relação afetiva, ética e política com o educando. Sendo sua responsabilidade a formação do cidadão solidário, participativo, ético, responsável, crítico e criativo, capaz de exercer sua cidadania, fazendo parte de uma sociedade mais justa e igualitária. O professor tem a incumbência de zelar pela aprendizagem dos seus alunos, estabelecerem estratégias de recuperação aos que apresentam menor rendimento, revendo conteúdos, mudando metodologias, buscando alternativas de ensinar e aprender. O professor deve cuidar para que não haja discriminação de cor, raça, sexo, religião e classe social, resguardando sempre o respeito humano ao aluno. O docente deve detectar, através do acompanhamento de ensino/aprendizagem, os possíveis casos de excepcionalidades e encaminhá-los ao professor pedagogo para avaliação diagnóstica; estimular e garantir a participação 65 efetiva do educando com necessidades educacionais especiais, nas atividades escolares e elaborar junto à equipe pedagógica, o plano especial de ensino fazendo adaptações no currículo e na avaliação se houver necessidade. Cabe ao professor escolher, juntamente à equipe pedagógica, livros e materiais didáticos conforme a proposta pedagógica da SEED, apresentar projetos de enriquecimento curricular, novas estratégias de trabalho e recursos didáticos para melhorar a qualidade de ensino. É responsabilidade do professor, manter o livro de registro de classe atualizado, com todos os campos devidamente preenchidos, sendo os registros fidedignos à realidade; comunicar ao professor pedagogo, secretaria ou direção, todos os problemas referentes ao processo pedagógico, como faltas de alunos, aprendizagem, comportamento, buscando orientação da equipe pedagógica quando houver dúvidas relacionadas ao seu trabalho, reavaliar constantemente os resultados, procurando rever sua prática quando necessário, buscando novas alternativas de trabalho. O professor deverá comparecer às convocações do estabelecimento de ensino, reuniões, Conselho de Classe, cumprir os dias letivos e horas-aulas estabelecidas pela Lei e não deixar faltar carga horária ao aluno. Cabe também ao professor, participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, a avaliação e ao desenvolvimento profissional, colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade, zelar pelo tratamento aos pais, diante de problemas conflituosos. A escola pública brasileira ainda está permeada por muitas contradições. Cabe ao profissional da educação estar refletindo sobre a sua identidade e sua função. Sabendo que poderá enfrentar desafios e dificuldades concretas. Portanto, é necessário manter o exercício permanente do diálogo, a organização do trabalho pedagógico, estar em formação continuada, tendo sempre o compromisso de buscar uma escola pública de qualidade para todos. 66 10.1.4 Professor pedagogo O professor pedagogo é o profissional responsável pela organização do trabalho pedagógico escolar e deve, juntamente com a equipe pedagógica da escola, agir, intervir, lançar novos desafios, quebrar o equilíbrio e, assim, contribuir com a busca de novos conhecimentos e práticas libertadoras, na construção da escola pública democrática de qualidade. Entendendo que não há construção isolada de um projeto de escola, de educação e de sociedade. O trabalho é coletivo, permanente, e exige a participação, o debate e o diálogo. Cabe ao professor pedagogo, fomentar a organização de espaços na escola, a fim de possibilitar o debate sobre trabalho pedagógico, definindo em conjunto, o calendário escolar, a organização das classes, horários, rituais, metodologias, reuniões por áreas, atividades extracurriculares, o currículo, questões disciplinares, avaliação e implementação dos programas de ensino e projetos pedagógicos para a comunidade escolar. A organização do trabalho pedagógico está diretamente vinculada ao debate acerca do modelo de gestão escolar, da construção cotidiana do Projeto Político Pedagógico, da tomada de decisões nas instâncias colegiadas e na transparência do uso dos recursos públicos na escola. Portanto, cabe também ao professor pedagogo, acompanhar a relação entre alunos, funcionários, professores, direção, pais e comunidade, participar na composição e nas ações do Conselho Escolar e APMF, participar na formulação e na aplicação do regulamento da biblioteca, do Regimento Escolar, no cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente, participar da discussão sobre o processo de seleção do livro didático. Enfim, atuar efetivamente em todas as questões que estão diretamente relacionadas com processo pedagógico e com o exercício cotidiano da busca da coerência entre a teoria e a prática. 67 O professor pedagogo deve ter o compromisso com as ações pedagógicas que possibilitam a apropriação do conhecimento de todos, sem discriminação e preconceitos, estando atento às questões como a evasão, a repetência, o baixo rendimento escolar, o atendimento às pessoas com necessidades educativas especiais, questões étnico-raciais. Para tanto deve conduzir discussões, reflexões, promovendo o trabalho integrado de toda equipe, em busca de meios para que todos tenham melhor qualidade de ensino, visando construir caminhos de emancipação. Desvelando dialogicamente a realidade opressora e o opressor que muitas vezes são reproduzidas na prática cotidiana escolar. Sendo assim, são necessárias propostas educativas voltadas para a formação humana, valorizando o sentido da solidariedade e fraternidade, o pleno exercício da cidadania. 10.1.5 Secretaria A Secretaria é o órgão que tem a seu encargo a responsabilidade pela escrituração, documentação e correspondência do Estabelecimento, assessorando a Direção em sua área de atuação. Os serviços de Secretaria são coordenados e supervisionados pela direção, ficando a ela subordinados. O cargo de secretário (a) deve ser exercido por profissional devidamente qualificado para desempenhar essa função, de acordo com as normas da Secretaria de Estado da Educação (SEED), em ato específico. O secretário ou a secretária, por condições legais e regimentais, exerce uma ação ao mesmo tempo centralizadora e abrangente, porque seu setor relaciona-se com todos os demais setores envolvidos no processo pedagógico e na vida escolar. São atribuições do secretário escolar: • Responsabilizar-se pelo funcionamento da Secretaria. • Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos. • Zelar pela guarda e sigilo dos documentos escolares. 68 • Manter em dia a escrituração, arquivos, fichários, correspondência escolar e resultado das avaliações dos alunos. • Compatibilizar Histórico-Escolar (Adaptação). • Manter as estatísticas da escola em dia. 10.1.6 Biblioteca A Biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo está à disposição de toda comunidade escolar. A Biblioteca está a cargo de profissional qualificado, de acordo com a legislação em vigor, com regulamento próprio, onde estão explicitados sua organização, funcionamento e as atribuições dos responsáveis. O Regulamento da Biblioteca deve ser elaborado pelo seu responsável, sob a orientação da Equipe Pedagógica, com aprovação da Direção e do Conselho Escolar. A Biblioteca tem a finalidade de contribuir para o desenvolvimento de estudos e pesquisas, através de leitura e consultas em livros, revistas, periódicos, além de outros materiais bibliográficos. O profissional bibliotecário para atuar no serviço de referência e atendimento aos usuários necessita agir com cordialidade, paciência, bom diálogo e amabilidade; qualidades estas, indispensáveis para a boa atuação com os educando. 10.1.7 Agente Educacional I Os Agentes Educacionais I são coordenados e supervisionados pela Direção. Tem como áreas de concentração: • Alimentação escolar; • A manutenção de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente; • Interação com o educando. 69 Em relação à área de concentração Alimentação Escolar, o colégio conta com duas merendeiras para realizar o trabalho relativo à merenda, executando o trabalho nos período da manhã, tarde e noite. Este número de profissionais é insuficiente havendo, constantemente, a necessidade de direcionar o auxílio de Agente Educacional I, da área de manutenção de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente no auxílio de cardápio mais elaborado. A função da merendeira consiste nos itens descritos abaixo: • Alimentação escolar: preparar a alimentação escolar sólida e líquida observando os princípios de higiene, valorizando a cultura alimentar local, programando e diversificando a merenda escolar; responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação dos insumos recebidos para a preparação da alimentação escolar; verificar a data de validade dos alimentos estocados, utilizandoos em data própria, a fim de evitar o desperdício e a inutilização dos mesmos; atuar como educador junto à comunidade escolar, mediando e dialogando sobre as questões de higiene, lixo e poluição, do uso da água como recurso natural esgotável, de forma a contribuir na construção de bons hábitos alimentares e ambientais; organizar espaços para distribuição da alimentação escolar e fazer a distribuição da mesma, incentivando os alunos a evitar o desperdício; acompanhar os educandos em atividades extracurriculares e extraclasse quando solicitado; realizar chamamento de emergência de médicos, bombeiros, policiais, quando necessário, comunicando o procedimento à chefia imediata; preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho; comunicar ao(à) diretor(a), com antecedência, a falta de algum componente necessário à preparação da alimentação escolar, para que o mesmo seja adquirido; efetuar outras tarefas correlatas as ora descritas. • A manutenção de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente: zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente físico escolar; executar atividades de manutenção e limpeza, tais como: 70 varrer, encerar, lavar salas, banheiros, corredores, pátios, quadras e outros espaços utilizados pelos estudantes, profissionais docentes e não docentes da educação, conforme a necessidade de cada espaço; lavar, passar e realizar pequenos consertos em roupas e materiais; utilizar aspirador ou similares e aplicar produtos para limpeza e conservação do mobiliário escolar; abastecer máquinas e equipamentos, efetuando limpeza periódica para garantir a segurança e funcionamento dos equipamentos existentes na escola; efetuar serviços de embalagem, arrumação, remoção de mobiliário, garantindo acomodação necessária aos turnos existentes na escola; disponibilizar lixeiras em todos os espaços da escola, preferencialmente, garantindo a coleta seletiva de lixo, orientando os usuários – alunos ou outras pessoas que estejam na escola para tal; coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto; executar serviços internos e externos, conforme demanda apresentada pela escola; racionalizar o uso de produtos de limpeza, bem como zelar pelos materiais como vassouras, baldes, panos, espanadores, etc.; comunicar com antecedência à direção da escola sobre a falta de material de limpeza, para que a compra seja providenciada; abrir, fechar portas e janelas nos horários estabelecidos para tal, garantindo o bom andamento do estabelecimento de ensino e o cumprimento do horário de aulas ou outras atividades da escola; guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição, quando for o caso, ou deixar as chaves nos locais previamente estabelecidos; • Interação com o educando: zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio, realizando rondas nas dependências da instituição, atentando para eventuais anormalidades, bem como identificando avarias nas instalações e solicitando, quando necessário, atendimento policial, do Corpo de bombeiros, atendimento médico de emergência devendo, obrigatoriamente, comunicar as ocorrências à chefia imediata; controlar o movimento de pessoas nas dependências do estabelecimento de ensino, cooperando com a organização das atividades desenvolvidas na unidade escolar; encaminhar ou acompanhar o público aos diversos setores da escola, conforme necessidade; acompanhar os alunos em 71 atividades extraclasses quando solicitado; preencher relatórios relativos à sua rotina de trabalho; participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários ou outros encontros correlatos às funções exercidas ou sempre que convocado; agir como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção do ambiente físico, do meio-ambiente e do patrimônio escolar; efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas; 10.1.8 Agente Educacional II e Profissional Este Estabelecimento de Ensino conta com 11 agentes educacionais II, número insuficiente para realizar todo o trabalho sob seu encargo que incide nas seguintes áreas de concentração: • Administração escolar; • Operação de multimeios escolares As atribuições do Agente Educacional II consistem em: • Administração escolar - realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar onde trabalha; auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e tecnologia; manter em dia a escrituração escolar, boletins estatísticos; redigir e digitar documentos em geral e redigir e assinar atas; receber e expedir correspondências em geral, juntamente com a direção da escola; emitir e assinar, juntamente com o diretor, históricos e transferências escolares; classificar, protocolar e arquivar documentos; prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial; atender ao telefone; prestar orientações e esclarecimentos ao público em relação aos procedimentos e atividades desenvolvidas na unidade escolar; lavrar termos de abertura e encerramento de livros de escrituração; manter atualizados dados funcionais de profissionais docentes e não docentes do estabelecimento de ensino; manter atualizada lista telefônica com os números mais 72 utilizados no contexto da escola; comunicar à direção fatos relevantes no dia-a-dia da escola; manter organizado e em local acessível o conjunto de legislação pertinente ao estabelecimento de ensino; executar trabalho de mecanografia e de reprografia; acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades extraclasse ou extracurriculares; participar de reuniões escolares sempre que necessário; participar de eventos de capacitação sempre que solicitado; manter organizado o material de expediente da escola; comunicar antecipadamente à direção sobre a falta de material de expediente para que os procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados; executar outras atividades correlatas às ora descritas; • Operação de multimeios escolares: catalogar e registrar livros, fitas, DVD, fotos, textos, CD; registrar todo material didático existente na biblioteca, nos laboratórios de ciências e de informática; manter a organização da biblioteca, laboratório de ciências e informática; restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura; atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção do banco de dados; zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos da Biblioteca; conservar, conforme orientação do fabricante, materiais existentes nos laboratórios de informática e de ciências; reproduzir material didático através de cópias reprográficas ou arquivos de imagem e som em vídeos, “slides”, CD e DVD; registrar empréstimo de livros e materiais didáticos; organizar agenda para utilização de espaços de uso comum; zelar pelas boas condições de uso de televisores e outros aparelhos disponíveis nas salas de aula; zelar pelo bom uso de murais, auxiliando na sua organização, agir como educador, buscando a ampliação do conhecimento do educando, facilitada pelo uso dos recursos disponíveis na escola; quando solicitado; participar das capacitações propostas pela SEED ou outras de interesse da unidade escolar; decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos na prática escolar; executar outras atividades correlatas às ora descritas. 73 Sabemos que para o bom relacionamento entre todos os profissionais da educação que atuam na escola, independente da função que cada um exerce, deve prevalecer o respeito e a cordialidade para uma boa educação de qualidade. Por isso, o Colégio Estadual Unidade Polo buscará, constantemente, essa harmonia, proporcionando momentos de diálogo entre todos os seguimentos que compõem essa equipe, procurando detectar problemas que possam estar acontecendo e juntos, buscar soluções possíveis no intuito de tornar o ambiente de trabalho mais educativo e prazeroso. 10.2 Papel das Instâncias Colegiadas 10.2.1 Conselho Escolar O Conselho Escolar é um órgão colegiado representativo da comunidade escolar, de natureza deliberativa, consultiva e fiscalizadora sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar, conforme as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição Federativa do Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Projeto Político Pedagógico da escola e o Regimento Escolar. O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão colegiada que abrange toda a comunidade escolar numa perspectiva de democratização da escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do Estabelecimento de Ensino. Sua função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e linhas gerais das ações às questões pedagógicas e financeiras quanto ao direcionamento das políticas públicas desenvolvidas no âmbito escolar. A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para diminuir dúvidas e tomar decisões quanto às questões pedagógicas, administrativas e financeiras, no âmbito de sua competência. 74 Sua função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de problemas e alternativas para a melhoria de seu desempenho, garantindo o cumprimento das normas da escola e a qualidade social da instituição escolar. E por fim, a função fiscalizadora a qual se refere ao acompanhamento e fiscalização da gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade escolar, garantindo a legitimidade de suas ações. Os membros do Conselho Escolar não são remunerados e não recebem benefícios pela participação no colegiado, por se tratar de órgão sem fins lucrativos. Poderão participar do Conselho Escolar, todos os segmentos da comunidade escolar, representantes dos movimentos sociais organizados e comprometidos com a escola pública. 10.2.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão de representação dos pais, professores e funcionários do estabelecimento de ensino. A APMF é pessoa jurídica de direito privado, instituição auxiliar do estabelecimento de ensino e não tem caráter político-partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros. A APMF rege-se por Estatuto próprio. Esse órgão é de extrema importância para as ações da escola, tendo como objetivos: • Discutir e decidir sobre as ações para a assistência ao educando, o aprimoramento do ensino e para a integração da família, da comunidade e da escola. • Prestar assistência ao educando assegurando-lhe melhores condições de eficiência escolar. 75 • Integrar a comunidade no contexto escolar, discutindo a política educacional, visando sempre à realidade dessa mesma comunidade. • Proporcionar condições ao educando, criticar, participar de todo o processo escolar, estimulando sua organização livre em grêmios estudantis. • Representar os reais interesses da comunidade e dos pais de alunos junto à escola contribuindo, dessa forma para a melhoria do ensino e da melhor adequação dos planos curriculares. • Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores, funcionários e membros da comunidade através de atividades sociais, educativas, culturais e desportivas. • Contribuir para a melhoria e conservação do aparelhamento e do estabelecimento escolar, sempre dentro de critérios de prioridade, onde as condições do educando é fator de máxima prioridade. São inúmeras as atividades que poderão ser desenvolvidas pela APMF, objetivando a colaboração, promovendo desta forma uma escola de qualidade onde todos aqueles que dela fazem parte direta ou indiretamente, sintam-se coresponsáveis pelos resultados obtidos. Porém, todas as iniciativas deverão estar em consonância com o Projeto Político Pedagógico elaborado coletivamente. 10.2.3 Conselho de Classe O Conselho de Classe é um órgão de natureza deliberativo/consultiva e não de voto em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada turma do estabelecimento de ensino. Constitui-se num momento/espaço previamente planejado para a avaliação, reflexão e redefinição das práticas pedagógicas, buscando superar a fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas diferenciadas de ensino que realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem. 76 O Conselho de Classe busca a tomada de decisões relativas aos encaminhamentos necessários tendo em vista os resultados obtidos e a superação dos problemas implementadas diagnosticados; para a melhoria definição do de processo atribuições/ações de a serem ensino-aprendizagem e prazos/espaços para implementação das propostas acordadas. O Conselho de Classe das turmas do Colégio Estadual Unidade Polo é composto pela direção, equipe pedagógica, secretária, professores e alunos. À direção cabe a função de acompanhar todas as discussões e sugerir encaminhamentos. À equipe pedagógica cabe a escolha do tema/assunto para a reflexão; a explanação de dados sobre a turma; a organização da pauta do conselho; a retomada e avaliação dos conselhos anteriores. A secretária tem a incumbência de disponibilizar os dados e as informações sobre a vida escolar dos alunos como, notas, transferências, desistências e outros. Os professores devem retomar e avaliar os encaminhamentos do Conselho de Classe anterior; explanar sobre os resultados positivos e negativos obtidos e as alternativas de atividades/procedimentos que obtiveram êxito; sugerir encaminhamentos para os alunos e a turma; anotar decisões referentes à sua prática; comprometer-se a redefinir, quando necessário, a metodologia, os instrumentos de avaliação e outros procedimentos. Os alunos participam do Conselho de Classe de duas formas, sendo que a primeira é para todas as turmas e consiste no pré-conselho, isto é, preenchimento de uma ficha de avaliação e sugestão em relação à turma, pela direção, equipe pedagógica, funcionários e professores; a segunda forma é através do Conselho participativo quando toda a turma participa do Conselho de Classe. Os Conselhos participativos são sugeridos pelos professores para algumas turmas em especial. Ao encerrar o Conselho de Classe com o colegiado, constituído pela direção, equipes pedagógicas e docentes dos anos, o resultado é socializado aos pais através de reunião, informando, orientando e repassando as medidas pedagógicas 77 deliberadas ao aluno ou turma, utilizando também como meio de corroborar os dados, uma ficha de acompanhamento individual, anexada junto com o boletim. Para os alunos, a socialização ocorre com reuniões promovidas pela equipe pedagógica com as turmas e ou individualmente. 10.2.4 Grêmio Estudantil O Grêmio Estudantil viabiliza a luta coletiva dos jovens educandos e estimula o relacionamento e a convivência entre os jovens. Por serem institucionalizados, podem representar melhor a rica experiência na busca coletiva dos anseios, desejos e aspirações dos estudantes. São os jovens que devem reconhecer a sua importância e definir o seu perfil, pois os Grêmios organizados exercem influência na formação do aluno, que deve ter um bom relacionamento social, cultural e também político. O Grêmio é formado apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e esportivas, produzindo jornal, organizando debates sobre assuntos de seus interesses e que fazem parte do Currículo Escolar. É muito importante a existência do Grêmio Estudantil na escola, pois ele é um órgão que auxilia a Direção escolar. 10.2.5 Representante de turma O Representante de Turma é o aluno que, eleito democraticamente por sua turma, ajuda na organização, na participação e representa o pensamento da maioria dos alunos de sua sala junto à Direção, à Equipe Pedagógica, ao Professor Monitor e ao Representante de Alunos no Conselho Escolar deste estabelecimento de ensino. São atribuições do Representante de Turma: • Manter o bom relacionamento com todos os alunos de sua turma. 78 • Acolher e levar sugestões votadas pela maioria dos alunos da sala para o representante dos alunos no Conselho Escolar, o Professor Monitor, a Direção e a Equipe Pedagógica, de acordo com o teor da questão votada. • Participar das reuniões de Representantes de Turma sempre que convocado pela Direção, pela Equipe Pedagógica ou pelo Representante dos alunos no Conselho Escolar. • Oportunizar discussões com a turma acerca dos problemas de ensinoaprendizagem ou relacionamentos entre os alunos da turma. • Cuidar do ambiente físico da escola no tocante à conservação e limpeza. • Manter-se, continuamente informado sobre os problemas dos colegas de sua turma com relação à data de aniversários, motivos de faltas, problemas de doenças e/ou outros. • Promover o bom relacionamento e entrosamento da turma e desta com as demais turmas da escola. • Auxiliar na organização da turma em eventos culturais esportivos e de lazer. • Participar, sempre que convocado, das reuniões de organização da classe estudantil como a UMES, UPES e UBES. • Intermediar as relações entre os alunos da turma e o Professor Monitor. 10.2.6 Professor Monitor de Turma O Professor Monitor de Turma é eleito democraticamente pelos alunos da turma. Este professor é escolhido entre todos os professores que atuam diretamente na escola e na turma. São atribuições do Professor Monitor de Turma: • Manter o bom relacionamento com os alunos da turma. • Acompanhar o rendimento escolar do educando. 79 • Acolher e levar aos responsáveis pela área pedagógica as sugestões dos alunos que visem à melhoria do processo ensino-aprendizagem. • Oportunizar discussão com a turma na busca de mecanismos e estratégias que visem o melhor aproveitamento de estudos. • Manter-se informado das condições disciplinares de sua turma e colaborar, na medida do possível, com recursos preventivos com o corpo docente e direção da escola. • Acompanhar o aproveitamento de suas turmas, procurando entrar em contato com os professores da referida turma, para que se conscientizem dos problemas existentes e solucioná-los. • Assegurar, que no âmbito escolar, não ocorra discriminação de cor, raça, sexo, religião ou classe social. • Realizar atendimento individual nos casos simples e procurar auxílio da Equipe Pedagógica da escola, nos casos mais complexos. • Promover o entrosamento e o bom relacionamento entre sua turma e as demais turmas da escola. • Estimular e orientar a organização democrática de sua turma, assim como as obrigações e limites de autoridades do Representante de Turma. • Desenvolver um sadio espírito de grupo, incentivando a cooperação entre os componentes de sua turma. • Incentivar e promover as boas iniciativas culturais, esportivas e de lazer de sua turma. • Colaborar com o Representante de Turma, ajudar a coordenar a organização de atividades paralelas ou complementares. • Levar, sempre que necessário, junto ao Professor Representante no Conselho Escolar, as sugestões ou reivindicações da turma para análise e deliberação daquele órgão. • Comparecer em todos os Conselhos de Classe de sua turma. 80 11. CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA 11.1 Elaboração do Calendário Escolar e horários letivos/não letivos O calendário escolar é planejado pela Secretaria de Estado da Educação de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96) que possibilita a flexibilidade para cada Estado, de acordo com os feriados federais e estaduais. O calendário é elaborado pela SEED que repassa aos Núcleos Regionais de Ensino para a consulta feita junto aos professores sobre os recessos e feriados municipais, sempre respeitando os 200 dias letivos e às 800 horas/aulas que são obrigatórios. Após discussão e homologação feita pelo Chefe do NRE, o calendário escolar entra em vigor, não tendo as escolas autonomia para definir outras mudanças sem justificativa pedagógica. 11.2 Organização de turmas e distribuição por professor em razão de especificidades Os critérios para a distribuição de aulas aos professores do estabelecimento de ensino seguem as resoluções da SEED que regulamenta o processo na rede estadual de ensino, estabelecendo normas e diretrizes para tal. Primeiramente são distribuídas as aulas aos professores lotados no estabelecimento, seguindo uma lista previamente enviada pelo NRE, onde se encontra a classificação do professor por tempo de serviço no estabelecimento, de acordo com a disciplina de concurso. As aulas remanescentes do estabelecimento são enviadas ao NRE e, este as distribui seguindo os critérios da resolução específica. Primeiramente, são distribuídas as aulas aos professores não lotados e ocupantes de cargo efetivo, as aulas que restarem são distribuídas nas escolas aos professores efetivos na forma de aulas extraordinárias, as aulas remanescentes voltam ao NRE para a distribuição 81 aos professores contratados pelo regime de contrato temporário, PSS - Processo Simplificado de Seleção. Para a distribuição de aulas é considerada a carga horária disponível no estabelecimento de ensino. Estas vagas são geradas para o ano letivo, de acordo com o número de turmas e modalidade de ensino, previstos em regulamentação específica e na matriz curricular aprovada pelo NRE. A distribuição de aulas é acompanhada pela chefia do NRE, Diretores e professores interessados. 11.3 Organização e utilização dos espaços educativos A recuperação de estudos se dá no momento em que for detectado o baixo rendimento do aluno, oportunizando a este, a revisão de conteúdos e outras atividades e/ou instrumentos de avaliações referentes ao conteúdo trabalhado. Os professores buscam sanar as defasagens no rendimento escolar através da organização dos grupos de estudos entre os alunos e com monitores, em contraturno ou encaminhando os alunos dos 6° ano e 9° ano do Ensino Fundamental para a Sala de Apoio à Aprendizagem. Outra medida que a escola toma em relação ao aluno com baixo rendimento escolar detectado no Conselho de Classe e em conversas informais com os professores ou durante a hora-atividade, é o acompanhamento individual a fim de diminuir as dificuldades em relação às atividades desenvolvidas. Após essa constatação, a equipe pedagógica, o professor e/ou a direção orientam e encaminham novas medidas pedagógicas ao aluno e, se necessário, com os pais, no intuito de conscientizá-los da real situação para acompanhá-los nessa trajetória, orientando-os para um melhor desempenho em suas atividades objetivando seu sucesso escolar. Os alunos com dificuldades de aprendizagem são estimulados a participarem de grupos de estudos monitorados por acadêmicos. 82 A hora-atividade dos professores é cumprida no Colégio, distribuída no horário de aulas, conforme determinação do NRE, visando o resultado do trabalho coletivo dos professores, favorecendo a dinâmica interdisciplinar. A organização do trabalho docente na escola e, em especial as ações que nortearão a hora-atividade, devem, nesta perspectiva, aproveitar esse tempo e espaço para estabelecer as propostas, conteúdos, estratégias de planejamento, de reuniões pedagógicas, de correção de tarefas dos alunos, de estudos e reflexões sobre o currículo, as ações, os projetos e as propostas metodológicas, de troca de experiências, de atendimento aos alunos, pais e outros assuntos educacionais do interesse dos professores. O Conselho de Classe constitui-se num momento/espaço de avaliação coletiva do trabalho pedagógico, na tomada de decisões para os encaminhamentos necessários, tendo em vista os resultados obtidos e a superação dos problemas diagnosticados. O Conselho de Classe é também um momento de definir atribuições/ações a serem implementadas para a melhoria do processo de ensinoaprendizagem, definindo espaços/prazos para exercitar as propostas acordadas. Sendo esse momento previamente planejado, possibilita a participação de todos os envolvidos nesse processo, ou seja, professores, equipe pedagógica, alunos, secretaria da escola e direção. As atividades referentes à Agenda 21 Escolar são desenvolvidas no coletivo, a partir de discussões e elaboração de ações necessárias para o desenvolvimento do projeto, abordando o tema definido no Fórum realizado neste estabelecimento de ensino em setembro de 2005. O Projeto Agenda 21 Escolar desenvolve atividades voltadas à problemática encontrada em nossa escola e refere-se aos cuidados com a horta, o bosque, o jardim da escola, bem como a coleta seletiva de resíduos sólidos por ela produzidos. Este projeto visa conscientizar a comunidade escolar na busca de soluções a fim de melhorar a qualidade de vida, onde a participação de todos é fundamental para um resultado positivo. 83 O Ensino da História e Cultura Afro-descendente, Africana e Indígena, e as Relações Étnico-Raciais e questões referentes às Diversidades são desenvolvidos em todas as disciplinas. Além do trabalho desenvolvido nas disciplinas, a escola vem realizando desde 2004, projetos relacionados ao tema. Esse trabalho visa superar a discriminação e proporciona aos alunos o conhecimento da riqueza apresentada pela diversidade étnico-cultural que compõe o patrimônio sócio, econômico, político e cultural do povo brasileiro. Para que esse objetivo seja alcançado, faz-se necessário um esforço coletivo dos professores na busca do aprofundamento de seus estudos sobre a questão estando sempre atualizados com informações pertinentes. A Educação Fiscal é trabalhada na escola de forma interdisciplinar, visando provocar mudanças culturais na relação entre o Estado e o cidadão e, ao mesmo tempo, buscando contribuir para uma sociedade comprometida com as suas garantias constitucionais. A Educação Fiscal fundamenta-se na conscientização da sociedade acerca da estrutura e o funcionamento da administração pública; a função sócio-econômica dos tributos; a aplicação dos recursos públicos; as estratégias e os meios para o exercício do controle democrático. Neste sentido, a Educação Fiscal pode ser entendida como uma nova prática educacional que tem como objetivo o desenvolvimento de valores e atitudes necessárias ao exercício de direitos e deveres. A vivência dos princípios éticos, estéticos e políticos na educação escolar, constituem mecanismos de formação de hábitos e atitudes coletivas; mecanismos que estimulam crianças, jovens e adultos a participarem de movimentos sociais que buscam uma vida mais justa e solidária para o resgate da dignidade humana. A formação continuada dos profissionais da escola, não se limita aos conteúdos curriculares, mas estende-se à discussão da escola como um todo e suas relações com a sociedade. Fazem parte dos programas de formação continuada de nossa escola, questões relacionadas com a cidadania, necessidades educacionais 84 especiais, as questões da diversidade étnico-cultural, a gestão democrática, a avaliação, a metodologia de pesquisa e ensino, a análise de conjuntura política, econômica e educacional internacional, nacional, estadual e municipal. Estes temas poderão ser ampliados, conforme a necessidade e são oportunizados, durante o Conselho de Classe, a Hora/atividade e/ou outros momentos/espaços previamente planejados pela equipe pedagógica e direção, visando a qualidade do ensino e da aprendizagem. 12. PROJETOS O Colégio Estadual Unidade Polo conta com cinco grandes Projetos que são a Mostra Interdisciplinar, Agenda 21 Escolar: Verde que Te Quero Ver-te, Cultura Afro: Promoção da Igualdade Racial, Evasão Escolar: Proposta de Prevenção e Gincana Esportiva, Recreativa, Cultural e Filantrópica. Os Projetos Grupo de Estudos com Monitoria de Estagiários do Curso de Matemática, Grupos de Estudos entre alunos, Viajando na Leitura, Baú de Leitura, Amor, Educação Fiscal, Revitalização da Biblioteca, Projeto Estágio-Grupos de Estudos com assessoria do Departamento de Letras da UEPR campus Campo Mourão, Projeto Escolinhas Esportivas (modalidades: tênis de mesa, xadrez, vôlei, futsal masculino e feminino), Revendo os Conteúdos de Biologia e Crer para Ver (noturno) que estavam sendo desenvolvidos e, outros que forem elaborados, serão denominados Ações de Apoio Pedagógico às disciplinas. Estas Ações de Apoio estarão englobadas no “Projeto Evasão Escolares: Proposta Prevenção” que visa impedir a reprovação e a evasão escolar e melhorar a qualidade do ensino. A Agenda 21 Escolar será desenvolvida dentro do Colégio, cuidando das áreas verdes que a escola dispõe como o Bosque, os gramados, os jardins e a horta. Sendo assim, os Projetos Horta, Jardinagem, Bosque e Coleta e Seleção de 85 Resíduos Sólidos, estarão englobados no “Projeto Verde que te Quero Ver-te”, tema da Agenda 21 Escolar do Colégio em 2006. 12.1 Mostra Interdisciplinar O objetivo deste Projeto é capacitar os alunos para a busca de equilíbrio pessoal e desenvolvimento de habilidades necessárias ao engajamento na vida social e produtiva com responsabilidade, dedicação e cooperação. O Projeto visa tornar o aluno sujeito de um projeto pedagógico criativo, crítico, participativo, que cria, revisa e avalia sua prática. Para tanto, o aluno deve tornar-se capaz de produzir, cientificamente, uma pesquisa interdisciplinar, aprendendo normas de convivência, através do trabalho em equipe, desenvolvendo o senso de responsabilidade, respeito e participação. O Projeto se desenvolve durante o ano letivo e consiste na: • Definição, feita por cada turma da escola, do objeto de pesquisa; • Divisão da turma em equipes para o desenvolvimento da pesquisa; • Efetivação da pesquisa; • Organização e apresentação da pesquisa em Seminário; • Entrega à equipe pedagógica da Monografia elaborada pelos alunos sobre o tema pesquisado; • Exposição dos resultados da pesquisa para a comunidade através de estandes. O desenvolvimento da Mostra Interdisciplinar envolve todos os alunos, os funcionários e professores da escola, os pais, a equipe pedagógica, a direção e a comunidade local. O cronograma de trabalho é rigorosamente seguido e todas as fases são avaliadas pelos professores e equipe pedagógica. A pesquisa inicia em março e tem sua conclusão em novembro. 86 12.2 Evasão Escolar: proposta de prevenção O objetivo deste Projeto é democratizar o acesso, a permanência e a aprovação dos alunos no Colégio Estadual Unidade Polo. O papel do mesmo consiste em acompanhar, permanentemente, as faltas e notas dos alunos, efetuando as intervenções necessárias e organizando as Ações de Apoio Pedagógico que visam o êxito no processo de ensino-aprendizagem e a convivência pacífica entre os alunos, a fim de evitar a reprovação e a evasão. As intervenções que se fizerem necessárias, em casos de faltas excessivas ou notas abaixo da média, serão decididas em Conselho de Classe e podem conjugar: as mudanças na metodologia e avaliação dos professores; as reuniões com o aluno, com a família e professores da turma para encontrar soluções; o fornecimento da “Carteira de chegada atrasada” ao aluno trabalhador que estuda no período noturno, mediante documento comprobatório do empregador; reuniões com a família e o Conselho Tutelar; Ações de Apoio Pedagógico. As Ações de Apoio Pedagógico que continuarão sendo desenvolvidas no Colégio consistem em Grupos de Estudos com Monitoria de Estagiários do Curso de Matemática, Grupos de Estudos entre alunos, Grupos de Estudos de professores, atividades culturais, Escolinhas Esportivas: de vôlei, tênis de mesa, futsal, atletismo e xadrez, Educação Fiscal, Revitalização da Biblioteca, Projeto Crer para Ver (noturno ). O Projeto Evasão Escolar: Proposta de Prevenção desenvolve-se durante o ano letivo e envolvem todos os alunos e professores dos períodos matutino, vespertino e noturno, equipe pedagógica, diretores, funcionários, UEPR campus Campo Mourão e comunidade local. 12.3 Cultura-afro: promoção da igualdade racial 87 De acordo com a deliberação n° 04/2006, o artigo 2° Estabelece que “O Projeto Político Pedagógico das Instituições de ensino deverá garantir a organização dos conteúdos de todas as disciplinas da matriz curricular de modo que contemple, obrigatoriamente, ao longo do ano letivo, a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na perspectiva de proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluriética”. As equipes Multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas por Instrução da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8° da Deliberação nº 04/06-CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER) e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena ao longo do período letivo. Seguindo a instrução n° 010/2010-SUED/SEED é papel da equipe multidisciplinar “Elaborar e aplicar um Plano de Ação, em conformidade com o Conselho Escolar, orientações da deliberação, resolução, instrução citadas e Regimento Escolar”. Portanto o objetivo deste projeto é proporcionar aos alunos o conhecimento acerca da riqueza apresentada pela diversidade étnico-cultural que compõe o patrimônio sócio-econômico, político e cultural do povo brasileiro. Esse projeto visa incluir no contexto escolar, os estudos e atividades que proporcionam o conhecimento acerca da cultura africana e das contribuições econômicas, sociais, históricas e culturais da população negra para a sociedade brasileira. Para tanto, faz-se necessário reunir uma bibliografia sobre esse assunto, dando embasamento teórico para os trabalhos relevantes ao tema. Esses conteúdos devem ter como referência, os princípios da consciência política e histórica da diversidade; o fortalecimento de identidade e de direitos; ações educativas de combate ao racismo e às discriminações. 88 Esperamos que no desenvolvimento desse projeto ocorra a superação da discriminação através do conhecimento da riqueza da diversidade étnico-cultural do país. Para tanto, é necessário que a comunidade escolar reconheça, valorize, divulgue e respeite os processos históricos de resistência negra desencadeados pelos africanos escravizados no Brasil e por seus descendentes na contemporaneidade, conscientizando-se quanto a necessidade de combater toda forma de discriminação. Foi na II Conferência Infanto-Juvenil sobre o Meio Ambiente realizada em setembro de 2005, onde se discutiu e definiu como responsabilidade dessa escola o seguinte tema: “Nos comprometemos a garantir a vigilância permanente sobre o modo de tratamento entre todos os componentes da comunidade escolar, através da conscientização para que não ocorra nenhuma forma de preconceito ou discriminação”, compromisso esse que vem sendo trabalhado diariamente, buscando assim maior conscientização e respeito em relação à diversidade étnico-racial. Na referida Conferência foi proposta e aprovada a seguinte ação: “Vigiar o tratamento entre todos os componentes da comunidade através de palestras, teatro, dança, cartazes, poemas e textos distribuídos na escola, na Associação de Bairro, nas igrejas e locais públicos do bairro”. Portanto, o Projeto Igualdade Racial será ampliado com as realizações das ações aprovadas na Conferência. 12.4 Agenda 21 escolar: Verde que te quero ver-te O objetivo do Projeto é desenvolver a consciência ambiental e ética, valores e atitudes, técnicas e comportamentos que favoreçam as ações integradas visando contribuir para uma melhor qualidade de vida da comunidade escolar e local. Este projeto desenvolverá atividades voltadas à problemática encontrada em nossa escola e refere-se aos cuidados com a horta, o jardim, o bosque e a coleta seletiva de resíduos sólidos produzidos por ela. Esse trabalho visa promover os 89 cuidados com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável a fim de aumentar a capacidade de abordar questões de meio ambiente e desenvolvimento dos componentes dessa comunidade escolar, conforme aprovado no Fórum da Agenda 21 Escolar em setembro de 2005. Para a realização do projeto será necessária a participação da comunidade escolar, do poder público, bem como a mobilização dos setores da sociedade que de alguma forma possam auxiliar na concretização deste projeto relativo à solução dos problemas. 12.5. Gincana Esportiva, Recreativa, Cultural e Filantrópica Tem por objetivo principal a prática sadia do esporte e do lazer, a exploração da capacidade artística e intelectual do educando e um maior entrosamento destes com os educadores e toda a comunidade escolar. Inserido neste projeto encontra-se o Festival de Dança possibilitando ao educando o contato com a dança considerando sua maneira ativa, crítica e participativa de ver, sentir e expressar o mundo à sua volta, oportunizando o autoconhecimento e consequentemente a auto-valorização, a socialização e integração do grupo; a Gincana Cultural buscando estimular a leitura e produção de poemas, contos e crônicas, refletindo sobre as especificidades desses gêneros textuais, de modo a aprimorar a expressão oral e escrita, bem como valorizar e disponibilizar ao conhecimento público, a capacidade criadora de nossos alunos; a Gincana Filantrópica visando utilizar a escola enquanto espaço de educação para levar conhecimento e a conscientização do educando para que exerçam o papel de cidadãos adotando atitudes que venham a contribuir nas questões humanas, sociais e ambientais; e a Gincana Desportiva tendo por objetivo geral trabalhar o aspecto espiritual, intelectual, social e físico, de Forma saudável e equilibrada. 12.6. Estágio Não Obrigatório 90 A função social da escola ultrapassa o aprendizado de aptidões próprias da atividade profissional e, nesta perspectiva, vai para além da formação articulada às necessidades do mercado de trabalho. Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios nas diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições sociais, as quais se explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações de produção, de dominação, bem como as possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho. O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. Segundo a Lei do Estágio Nº 11.788, de setembro de 2008, “estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos”. Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos conhecimentos produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma conceitual e operacional. O acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno estagiário, não somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua participação nela, de forma plena, integrando as práticas aos conhecimentos teóricos que as sustentam. Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as ações desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-versa, relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las a partir das relações de trabalho. 91 Assim, cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágio desenvolvidas pelo aluno, ainda que em via não presencial, para que este possa mediar a natureza do estágio e as contribuições do aluno estagiário com o Plano de Trabalho Docente – PTD, fazendo com que os conhecimentos transmitidos sejam instrumentos para se compreender de que forma tais relações se estabelecem histórica, econômica, política, cultural e socialmente. Cabe ao pedagogo, também, manter os professores das turmas, cujos alunos desenvolvem atividades de estágio, informados sobre as atividades desenvolvidas, de modo que estes possam contribuir para esta relação prática. 13. RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO O Colégio Estadual Unidade Polo recebe dois recursos financeiros públicos. O Governo do Estado destina à escola o Fundo Rotativo (Recursos Descentralizados para Escolas Estaduais do Paraná) e o Governo Federal envia o PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola). Estas verbas são calculadas a partir do número de alunos matriculados e declarados ao Censo Escolar. O Fundo Rotativo tem como finalidade o repasse de recursos financeiros aos Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual. Criado por Lei, este recurso viabiliza a manutenção e despesas relacionadas com a atividade educacional. Cabe à FUNDEPAR estabelecer diretrizes para a política de seu funcionamento. O critério de sua distribuição tem como base o número de alunos matriculados, valor linear e outros indicadores educacionais e sociais. A FUNDEPAR repassa, ainda, através do Fundo Rotativo, cotas suplementares para investimentos, desde que caracterizada a sua necessidade e previamente solicitadas pelos gestores e autorizadas pelo FUNDEPAR. Estes investimentos não podem ultrapassar o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais). 92 O gasto do repasse mensal do Fundo Rotativo deve efetuar-se com manutenção e conservação da escola, tanto para assistência aos alunos (uso comum e pedagógico), como materiais de expediente, materiais hidráulicos, vidros. A verba do Fundo Rotativo não pode ser usada para aquisição de materiais permanentes. O gestor(a) do Fundo Rotativo é o Diretor(a) do estabelecimento durante o seu mandato e deve cumprir as determinações, efetuando a prestação de contas a cada semestre. As liberações são mensais e em conta específica, única e especial em nome do Fundo. A movimentação da conta bancária efetuada pelo Diretor(a) do estabelecimento é através de cheque nominal, estando a guarda e zelo do talão de cheques sob sua inteira responsabilidade. Foi criada a Gestão de Recursos Financeiros, prestação de contas diária do Fundo Rotativo, via on line, e semestralmente, é encaminhada a liberação ao NRE/SEED para análise e aprovação. A cada liberação mensal da verba, o Diretor(a) deverá elaborar um plano de aplicação junto com a APMF e o Conselho Escolar e assinado devidamente. Estes acompanharão a realização de suas ações, pois ao final de cada semestre, estas instâncias colegiadas, devem assinar o relatório final comprovando que realmente o recurso foi gasto de forma correta. A verba do Fundo Rotativo que o Colégio Estadual Unidade Polo recebeu no ano de 2010 referente a Cota Normal de Consumo o valor de R$ 25.489,75, pagos em 9 parcelas, este montante tem o objetivo de suprir todas as despesas com manutenção da escola como: vidros, portas, fechaduras, instalação elétrica e hidráulica, assim como materiais de limpeza). Na Cota Normal de Serviço o Colégio recebeu o valor de R$ 10.426,13, para compra de materiais de expediente e 93 pedagógico (desde que seja de uso comum para os alunos), pagos em 04 parcelas nos meses de março, junho, agosto e outubro. Desde 2005, o Colégio está recebendo uma verba complementar através do Fundo Rotativo chamado “Projeto Escola Cidadã”, que deu origem ao Programa Estadual de Alimentação Escolar, o qual tem como objetivo suprir em 15% as calorias necessárias/diárias das crianças e jovens. Esta verba é destinada, exclusivamente para a melhoria da merenda. Em 2010 o valor repassado ao Colégio foi de R$ 1.980,72, pagos em 02 parcelas no mês de maio e novembro. Também durante todo o ano de 2010 foi repassado o valor de R$ 7.044,25 referente as Cotas extras de: Consumo Diversos, Consumo de informática, Consumo Viva/Escola e de Serviços Diversos como podemos observar na planilha abaixo. A Direção por sua vez tem a responsabilidade de gerenciar e administrar os gastos e prestar contas sobre este Fundo Rotativo em conjunto com a APMF e o Conselho Escolar. Fundo Rotativo/ ano 2010 Cota Mar Abr Mai 0,00 0,00 0,00 Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 1.670,00 2.803,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4.473,25 0,00 186,00 0,00 285,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 471,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.400,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.400,00 0,00 700,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 700,00 COTA EXTRA CONSUMO DIVERSOS COTA EXTRA CONSUMO INFORMATICA COTA EXTRA CONSUMO/VIVA ESCOLA COTA EXTRA SERVICOS 0,00 DIVERSOS COTA NORMAL CONSUMO COTA NORMAL SERVICO ESCOLA CIDADAMERENDA Total Distribuído 2.945,80 2.561,13 2.561,13 2.561,13 5.225,22 2.561,13 2.358,07 2.358,07 0,00 2.358,07 25.489,75 2.945,80 0,00 0,00 0,00 0,00 1.036,35 0,00 0,00 2.561,13 0,00 0,00 2.561,13 0,00 2.358,07 0,00 0,00 0,00 0,00 944,37 0,00 10.426,13 1.980,72 5.891,60 3.261,13 5.453,48 7.925,51 6.910,22 5.122,26 2.358,07 4.716,14 944,37 2.358,07 44.940,85 94 Em 2008, foi disponibilizado em horário contrário das matrículas dos alunos, com o objetivo de dar condições para o desenvolvimento de diferentes atividades pedagógicas nas escolas, o Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno, com verba específica para recursos materiais, onde a cada momento o Colégio vem implementando. O PDDE consiste na transferência de recurso financeiro anual, através do FNDE/MEC, em parcela única, destinado às escolas públicas do Ensino Fundamental, como sistema de ações e assistência educacional. Este recurso tem como objetivo contribuir para a manutenção e melhoria da infra-estrutura física e pedagógica das instituições de ensino, concorrendo para a elevação da qualidade do Ensino Fundamental. As escolas a serem beneficiadas devem possuir alunos matriculados na modalidade regular, especial ou indígena de acordo com os dados extraídos do Censo Escolar, realizado pelo INEP. São as informações obtidas através do Censo que irão determinar quanto cada escola receberá de recurso. Para receber esta verba, a escola deve estar em atividade, ter mais de 50 alunos matriculados no Ensino Fundamental e dispor de uma unidade executora que é a APMF. A entidade APMF será a responsável pelo seu recebimento, execução e prestação de contas dos recursos transferidos pelo FNDE em conta específica. Os recursos do PDDE devem ser aplicados na aquisição de materiais permanentes, manutenção e material de consumo. Sendo duas as categorias econômicas, a de custeio e a de capital. A de custeio refere-se à aquisição de bens e materiais de consumo e contratação de serviços para funcionamento e manutenção da escola, a de capital são recursos para cobrir despesas com material permanente que resultem em reposição ou elevação patrimonial. A unidade executora ao receber o recurso deverá fazer um plano de aplicação juntamente com a Direção da escola e o Conselho Escolar, fazendo pesquisas de preços antes da aquisição dos materiais a serem adquiridos. 95 14. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA EIXO: GESTÃO DEMOCRÁTICA OBJETIVOS • Redimensionar uma inserção social, ampliando os laços de parceria e cooperação com a sociedade civil e as diversas esferas do governo, em ações que visem o desenvolvimento sócio-econômico, a diminuição das desigualdades sociais e a melhoria da qualidade de vida. • Desenvolver uma gestão democrática baseada na integração das atividades dos discentes sob a ótica da pluralidade, da ética e da transparência. • Proporcionar condições para que seja assegurada a fidelidade dos princípios educacionais da SEED em sua práxis educativa e a qualidade dos serviços educacionais. • Subsidiar a reestruturação e estimular o fortalecimento do Grêmio Estudantil no planejamento e desenvolvimento de suas atividades. • Promover transparência na prestação de contas, conforme determinação da SEED. DETALHAMENTO A Gestão Democrática ocorrerá por meio da: • Participação dos pais na escola. • Participação dos professores, funcionários, pais e alunos nas decisões mais importantes, juntamente com as instâncias colegiadas: Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil. • Acompanhamento das Instâncias Colegiadas, profissionais da educação, comunidade escolar e alunos, nos planos de aplicações e prestação de contas das verbas liberadas ao colégio. • Autonomia do Grêmio Estudantil na elaboração e execução das ações planejadas por eles e socialização das idéias e ações. CONDIÇÕES Para que as ações sejam efetivadas, o colégio: 96 • Buscará parceria com diversos segmentos da sociedade, efetivando um trabalho diversificado, aberto à comunidade. • Proporcionará recursos financeiros e humanos, dentro das possibilidades existentes, para a realização das ações planejadas. • Dará acesso às Instâncias Colegiadas, Grêmio, APMF, Conselho Escolar e Profissional da Educação em participar das decisões diárias do colégio. • Promoverá assembléias e reuniões com calendário e pauta definida (mensalmente, bimestralmente, extraordinariamente). • Levarão ao conhecimento da comunidade escolar, através de via on line, os eventos da escola. • Proporcionará ao Grêmio Estudantil condições de subsistência. • Apoiará o Grêmio Estudantil na continuação do projeto Rádio Escola, visando a socialização das idéias e ações. CRONOGRAMA • Ano letivo RESPONSÁVEL • Direção, Equipe Pedagógica, Agente Educacional I e II, Conselho Escolar, APMF, Grêmio Estudantil. EIXO: FORMAÇÃO CONTINUADA OBJETIVOS • Implementar uma política educacional, propiciando meios para que as atividades desenvolvidas no Colégio alcancem padrões de qualidade. • Congregar e dinamizar todas as forças vivas da comunidade e canalizá-las rumo a uma prática educativa de qualidade. • Assegurar, em articulação com a equipe pedagógica, a realização de estudos dirigidos para funcionários e professores. • Incentivar os profissionais da educação a buscarem o aprimoramento em sua função. • Oportunizar a formação continuada a professores e funcionários. 97 DETALHAMENTO • A formação continuada será realizada: • Com reuniões pedagógicas; • Por meio de encontros, palestras, mini-cursos, fóruns, seminários e conferências que envolvam toda a comunidade escolar; • Dando continuidade aos grupos de estudos de professores com ou sem parceria da UEPR – campus Campo Mourão e/ou outros órgãos afins; • Dando suporte ao aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores e funcionários da escola, por meio de Grupos de Estudos na Escola, Equipe Multidisciplinar e Implementação do Programa de Desenvolvimento Educacional. CONDIÇÕES Para que possa ocorrer a formação continuada, será: • Assegurado, em articulação com a equipe pedagógica, a realização de estudos dirigidos para os profissionais da educação. • Realizado convênios e acordos com instituições de ensino superior para a promoção de cursos para professores e demais funcionários da escola. • Elaborado projetos, buscando, junto a comunidade escolar, instituição mantenedora, empresas públicas e privadas, os recursos financeiros para a realização das ações planejadas. • Viabilizado espaço físico e recursos materiais necessários para a implementação das ações. • Proporcionado recursos humanos da própria escola e de outras instâncias, por meio de parcerias com as IES, sociedade civil, NRE, SEED, MEC para a realização da formação continuada. CRONOGRAMA • Ano letivo. RESPONSÁVEL • Direção, professores, Agente Educacional I e II, Equipe Pedagógica, Instituições Parceiras, NRE, SEED, MEC. 98 EIXO: QUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS DA ESCOLA OBJETIVOS • Propor à mantenedora, os investimentos destinados à manutenção, adequação e atualização constante de materiais de laboratório, biblioteca, pedagógico e tecnológico, através de projetos sistematizados. • Planejar as atividades aproveitando os recursos existentes, de forma organizada para que favoreça o bom convívio e atinja a qualidade de ensino. • Construir espaços/ambientes para redimensionar os projetos já existentes e a existir. • Viabilizar junto a SEED, a manutenção e adequação da estrutura física, bem como a substituição de conjuntos escolares. • Preservar e recuperar o Espaço Verde existente no colégio - meio ambiente, ajardinamento, bosque, horta. DETALHAMENTO O eixo qualificação dos espaços e equipamentos da escola acorrerá por meio de: • Planejamento, para que haja organização e utilização dos recursos existentes, adequando o material ou espaço para a prática pedagógica. • Aquisição de recursos em consonância com a APMF e Conselho Escolar, junto à comunidade. • Direcionamento de verbas para a aquisição de materiais, manutenção e readequação dos espaços físicos. • Limpeza nas mediações do bosque, retirando os entulhos existentes; isolando a área do bosque; realizando e preservando o plantio de espécies nativas típicas do cerrado e promovendo a identificação científica de espécies vegetais existentes no bosque. CONDIÇÕES • Estabelecendo contato, pessoalmente e/ou através de ofício, com os responsáveis no NRE, APMF, SEED e sociedade civil organizada. • Buscando recursos financeiros junto a Secretaria de Meio ambiente- SEMA/IAP e parceria técnica da UEPR- campus Campo Mourão, Faculdade Integrado e IAP para 99 a implementação da preservação e recuperação do Espaço Verde. • Utilizando os espaços existentes, com qualidade, zelando pela conservação e valorização dos mesmos. • Solicitando recursos da Fundepar para a construção de anfiteatro, salas ambientes e salas de aula. CRONOGRAMA • Ano letivo. RESPONSÁVEL • Direção, APMF, Equipe Pedagógica, professores, Agente Educacional I e II, alunos, pais, SEED, Fundepar, NRE, MEC. EIXO: PROPOSTA PEDAGÓGICA OBJETIVOS • Criar uma política de apoio pedagógico aos estudantes. • Incentivar a integração das ações de Ensino, Pesquisa e Iniciação Científica por meio de monitoria e orientação da UEPR- campus Campo Mourão. • Atuar junto ao coletivo de professores e funcionários na elaboração de projetos e/ou ações que visem à recuperação de estudos. • Orientar o processo de elaboração e efetivação dos planejamentos anuais e de ensino, junto ao coletivo de professores da escola. • Dinamizar e democratizar a utilização da biblioteca. • Criar a Escola de Pais em consonância com a UEPR- Campus Campo Mourão, visando integrar a comunidade escolar. • Promover o Conselho de Classe visando à qualificação do ensino e aprendizagem. DETALHAMENTO Para que aconteça a proposta pedagógica no colégio, buscar-se-á: • Realizar convênios e acordos com instituições de ensino superior, para subsidiar o aluno na aprendizagem do conhecimento, bem como promover palestras e conhecimento teórico e prático aos pais e familiares. • Organizar grupos de estudos na escola com monitoria dos alunos da própria 100 instituição ou de acadêmicos do ensino superior, levando como sugestão para as instituições parceiras o aproveitamento da referida atividade como estágio supervisionado para os universitários. • Incentivar e apoiar as atividades esportivas com ampliação das escolinhas nas várias modalidades esportivas. • Promover estudos sistemáticos, troca de experiências, debates, oficinas entre outros, para a disseminação e socialização dos conhecimentos. • Identificar as dificuldades e necessidades de aprendizagem em sala de aula. CONDIÇÕES Para uma aprendizagem de qualidade aos alunos a escola buscará: • Estabelecer contato com parceiros monitores entre alunos do próprio estabelecimento e estagiários de instituições superiores. • Fornecer espaço físico e material para a concretização dos estudos. • Facilitar o acesso de docentes e funcionários a cursos de aperfeiçoamento e grupos de estudos. • Apoiar e subsidiar a realização dos projetos e programas existentes no colégio. • Buscar a parceria da comunidade local e educacional nos diversos níveis. • Assegurar recursos humanos, físicos e materiais para o desenvolvimento dos programas e projetos educativos existentes no colégio. CRONOGRAMA • Ano letivo RESPONSÁVEL • Direção, Equipe Pedagógica, Equipe Multidisciplinar, NRE, SEED, MEC. EIXO: ATIVIDADE DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR OBJETIVOS • Promover o aprimoramento teórico-prático-pedagógico dos alunos incentivando e apoiando os Projetos, Programas Educacionais e atividades extracurriculares no interior do colégio. 101 DETALHAMENTO Serão promovidas atividades extracurriculares através de projetos e programas que proporcione o aperfeiçoamento dos aspectos físico, psíquico, social, cultural e pedagógico dos alunos: • Programa de Desenvolvimento Educacional- PDE- os professores que fazem parte do programa, proporcionam aos alunos aprimoramento extracurricular dentro de suas disciplinas, buscando proporcionar uma melhor qualidade de ensino e o aprimoramento e desenvolvimento dos alunos. • Programa Viva a Escola: Projetos em desenvolvimento: Rádio-Escola; A Dança enquanto Expressão Corporal; Esporte na Formação Cultural da Criança. No período de abertura da demanda do programa, serão apresentadas outros projetos para a apreciação, aprovação e implementação no colégio. • Projeto Agenda 21 – tem o intuito de conscientizar a comunidade escolar na responsabilidade de cada pessoa na construção de valores coletivos, consagrando o direito que todos temos a um meio ambiente saudável e igualmente o dever ético, moral e político de preservá-lo, buscando soluções para uma melhor qualidade de vida, onde a participação de todos é fundamental para um resultado positivo. • Projeto Evasão Escolar: Proposta Prevenção – busca democratizar o ensino, diminuindo o número de alunos evadidos no colégio, especialmente o período noturno. • Projeto Verde Que Te Quero Vida – tem por objetivo incutir na comunidade estudantil e na sociedade a necessidade de revitalizar e utilizar de forma racional a área verde “Bosque Robson Paitach”, existente no interior do Colégio Unidade Polo. • Mostra Interdisciplinar – Tem como identificador o conhecimento, a pesquisa e a ação, envolvendo toda a comunidade escolar, levando em conta que o conhecimento é uma construção histórica e social e as atividades de interação permitem interpretar a realidade e construir significados, novas possibilidades de ação e conhecimento. • Palestras e Oficinas – durante o ano letivo escolar são proporcionadas diversas 102 palestras e oficinas educacionais, direcionados aos alunos, envolvam os desafios educacionais contemporâneos e outros temas atuais. • Projeto Escolinhas Esportivas – junto a Fundação de Esportes do Município a escola proporciona a escolinha de esporte, visando o desenvolvimento do aluno e a prática desportiva nas modalidades de tênis de mesa, xadrez, vôlei, basquete, futsal masculino e feminino. • Programa Sala de Apoio a Aprendizagem - busca atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelos alunos que freqüentam o 6º ano e 9° ano do Ensino Fundamental. • Sala de Recurso – promove o atendimento ao Educando com Deficiência Intelectual e Transtornos Funcionais Específicos, dando suporte para um aprendizado de qualidade. • Curso Básico de Língua Espanhola/Celem, - oferta o ensino de língua estrangeira, destinado a alunos, professores, funcionários e à comunidade do Colégio. • Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar – SAREH, proporciona atendimento educacional para alunos que se encontram impossibilitados de freqüentar a escola, em virtude de situação de internamento hospitalar ou tratamento de saúde, permitindo-lhes a continuidade do processo de escolarização, a inserção ou a reinserção em seu ambiente escolar. CONDIÇÕES Para que possam ser desenvolvidas com qualidade as atividades extracurriculares, além dos recursos humanos e materiais do estabelecimento, buscar-se-á: • Estabelecer contato, pessoalmente e/ou através de ofício, com os responsáveis no NRE, APMF, SEED e sociedade civil organizada, para angariar verbas e/ou aprovação dos projetos e programas existentes no estabelecimento. • Proporcionar espaço físico e assessoria pedagógica para o desenvolvimento das atividades extracurriculares. • Viabilizar e direcionar os recursos existentes para a aquisição de materiais, 103 buscando, através da APMF e do Conselho Escolar uma aplicação democrática e consciente em sua utilização. • Planejar para que haja organização e utilização dos recursos existentes adequando o material ou espaço à prática pedagógica. • Viabilizar recursos junto a Secretaria de Meio ambiente- SEMA-IAP, e apoio técnico com a UTFPR- campus Campo Mourão, para a implementação do Projeto Verde que te quero Vida- Bosque Robson Paitach. • Incentivar, proporcionando suporte estrutural e físico e apoiando às atividades esportivas com ampliação das escolinhas nas várias modalidades esportivas • Viabilizar e apoiar o Grêmio Estudantil na utilização do Projeto Rádio Escola, para a socialização das idéias e ações empreendidas. CRONOGRAMA • Ano letivo. RESPONSÁVEL • Direção, APMF, Equipe Pedagógica, professores, funcionários, alunos, pais, SEED, Fundepar, NRE, MEC, SEMA-IAP, UTFPR-campus Campo Mourão, UEPR-campus Campo Mourão, Faculdade Integrado. 14.1 Plano de Ação da Equipe Pedagógica O Colégio Estadual Unidade Polo está situado no final da região central da cidade de Campo Mourão e atende alunos de nível sócio econômico médio e baixo, provenientes dos bairros periféricos. Esta escola baseia-se na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 9394/96), nas diretrizes emanadas pela SEED e nas teorias progressistas da educação, tendo como objetivo a transmissão/assimilação da cultura e conhecimentos científicos historicamente acumulados, conforme aponta Dermeval Saviani: 104 [...] a escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo; ao saber sistematizado e não fragmentado; a cultura erudita e não à cultura popular. [...] A escola existe, pois, para propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciências), bem como o próprio acesso aos rudimentos desse saber. As atividades da escola básica devem se organizar a partir dessa questão. [...] Daí que a primeira exigência para o acesso a esse tipo de saber é aprender a ler e escrever. Além disso, é preciso também aprender a linguagem dos números, a linguagem da natureza e a linguagem da sociedade (SAVIANI, 1995, p. 19-20). Em conformidade com essas prerrogativas, o Colégio Estadual Unidade Polo oferece o Ensino Fundamental, Médio e Profissional. A finalidade do Ensino Médio, proposta na LDB, Art. 35, consiste em consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitar o prosseguimento de estudos; preparar para o trabalho e cidadania para continuar aprendendo, ser capaz de adaptar-se, aprimorando e educando como pessoa humana, incluindo a formação ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e o pensamento crítico; compreender os fundamentos científico-tecnológicos, e relação teoria e prática no ensino de cada disciplina. Partindo dos pressupostos teóricos e legais acima expostos de função da escola e do Ensino Médio, cabe ao professor pedagogo, o trabalho de articulação e planejamento das atividades escolares, partindo da coordenação para a elaboração e execução do Projeto Político Pedagógico, buscando juntamente com professores, funcionários, alunos e comunidade as melhores metodologias e encaminhamentos para que a escola seja de fato democrática, supondo-se aqui a competência na transmissão dos conhecimentos acumulados historicamente pela sociedade. O trabalho do pedagogo na organização do trabalho escolar está também vinculado ao debate acerca do modelo de organização e de gestão da escola; à construção cotidiana do projeto político pedagógico, de como tomar decisões, em que instâncias, à transparência do uso dos recursos públicos na escola; à relação entre funcionários, professores, pais, alunos, equipe pedagógica e direção; à 105 composição e às ações do Conselho Escolar, o Regimento Escolar e suas aplicações. Estas questões estão diretamente relacionadas com o pedagógico, com o exercício cotidiano de busca de coerência entre a teoria e a prática. Os objetivos e as atividades do professor pedagogo, neste plano de ação, estão separados por área de atuação para melhor enfoque: Orientação à família: • Colaborar com a família no desenvolvimento e educação do aluno. • Contribuir para o processo de integração entre a escola, a família e a comunidade, atuando de forma que se consolide uma gestão democrática e participativa. • Desenvolver atitudes favoráveis à efetiva participação dos pais na tarefa educativa e em relação ao estudo dos filhos. • Identificar possíveis influências do ambiente familiar que possam estar prejudicando o desempenho do aluno na escola. • Estudar e debater o Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como o papel do Conselho Tutelar junto às famílias. • Orientar os pais quanto à responsabilidade de encaminhar os filhos à escola e acompanhar o rendimento escolar dos mesmos. • Orientar as famílias a buscarem ajuda nas instituições competentes a fim de solucionarem problemas relacionados a dependências químicas, saúde, escolarização e profissionalização dos membros da família. Coordenação e organização do trabalho pedagógico escolar: • Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político Pedagógico e do Plano de Ação da escola. • Colaborar na análise dos indicadores de aproveitamento escolar, evasão, repetência e absenteísmo2. 2 De acordo com o dicionário, absenteísmo significa falta de assiduidade. (FERREIRA, 1986, p. 15). 106 • Desenvolver uma ação integrada com o corpo docente, visando a melhoria do aproveitamento escolar da adoção de metodologias adequadas e desenvolvimento de hábitos de estudo. • Coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta curricular da escola, a partir das políticas educacionais emanadas pela SEED e Diretrizes Nacionais do Conselho Nacional de Educação. • Orientar o processo de elaboração e efetivação dos planejamentos anuais de ensino junto ao coletivo de professores da escola. • Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo de temas relativos ao trabalho pedagógico e de intervenção na realidade escolar. • Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantados na escola. • Atuar, junto ao coletivo de professores, na elaboração de projetos e/ou ações que visam a recuperação de estudos, a partir das necessidades de aprendizagem identificadas em sala de aula e/ou nos Conselhos de Classe bimestrais. Organizar a realização dos Conselhos de Classe: • Garantindo um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico, através de estudos de textos; • Definindo metas para cada turma; • Atribuindo medidas que deverão ser tomados por professores, alunos, pais, pedagogos, representantes, direção e funcionários a fim de possibilitar a melhor aprendizagem; • Efetivando o levantamento prévio dos problemas pedagógicos junto aos professores, alunos e pais para que o Conselho de Classe seja um momento para definir e buscar soluções e não enumerar os problemas. • Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores da escola, promovendo estudos sistemáticos, troca de experiências, debates, oficinas entre outros. 107 • Acompanhar o registro no Livro de Registro de Classe dos professores, bimestralmente ou sempre que se fizer necessário, de modo a garantir a efetivação da proposta curricular e o planejamento anual, bem como registros de notas, recuperação, freqüência e carga horária das diferentes disciplinas, fazendo anotações e orientações. • Organizar e coordenar a hora-atividade do coletivo de professores, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de reflexão-ação sobre o processo pedagógico e preparação de aulas. • Organizar horário e acompanhar o planejamento das aulas de apoio oferecidas pelos professores da escola em contraturno para atender alunos com problemas de aprendizagem. • Repensar, juntamente com os professores, o processo de avaliação, por meio de estudos de textos e práticas de novas experiências, incentivando o trabalho coletivo entre os alunos, a avaliação diagnóstica, a pesquisa e a auto-avaliação. Formação ética e para cidadania do educando: • Levar o aluno a vivenciar, analisar, discutir e desenvolver valores, atitudes e comportamentos, fundamentados em princípios universais. • Desenvolver o respeito à dignidade e às liberdades fundamentais do homem. • Desenvolver a compreensão dos direitos e deveres, da pessoa humana, do cidadão, da família, do Estado e demais grupos que compõem a cultura dos alunos. • Despertar no educando a consciência da liberdade, o respeito pelas diferenças individuais, o sentimento de responsabilidade e a confiança e utilização de meios pacíficos para a solução dos problemas humanos. • Desenvolver nos alunos atitudes e comportamentos de respeito no trato com colegas e profissionais da educação na escola. 108 • Desenvolver uma atuação integrada com professores para o desenvolvimento dos valores éticos e sociais acima descritos. • Desenvolver nos alunos atitudes compatíveis com respeito às normas gerais de boa educação e conduta às regras do Regimento Escolar. • Desenvolver a dimensão espiritualista, sem proselitismo cultural ou religioso, obedecendo a princípios gerais de respeito humano. • Evitar ocorrência de discriminação por motivos de convicções filosóficas, religiosas ou qualquer preconceito de classe, cor ou questões de gênero. • Favorecer a integração dos alunos no ambiente escolar e entre os seus pares. • Apoiar as iniciativas do Grêmio Estudantil da escola. • Incentivar a participação dos alunos em eventos, oficinas, festivais e palestras em locais fora do espaço escolar a fim de oportunizar a convivência com pessoas de outras comunidades escolares. Encaminhamentos relacionados à Saúde Física e Mental dos alunos: • Colaborar com a escola e a família no desenvolvimento de aspectos importantes da educação, tais como: o afetivo, o sexual, de higiene, de saúde e do lazer. • Desenvolver a compreensão dos valores, das implicações e das responsabilidades em relação à dimensão afetiva e sexual da personalidade do aluno. • Atuar preventivamente, via encaminhamento, em relação a saúde física e mental dos alunos. • Identificar, assistir e encaminhar tanto os alunos que apresentem excelente desempenho como também os que apresentam necessidades especiais, colaborando no processo de inclusão. Orientação vocacional: 109 • Levar o aluno a reconhecer a importância da escolha profissional e a necessidade de informações educacionais e profissionais. • Desenvolver atitudes de valorização do trabalho como meio de realização pessoal e de fator de desenvolvimento social. • Levar o aluno a reconhecer a necessidade de assumir o papel de protagonista e agente de sua escolha profissional. • Desenvolver no aluno a capacidade de relacionar suas características pessoais às características das profissões. Estágio supervisionado do acadêmicos de Pedagogia: • Colaborar na formação e preparo do futuro profissional. • Sensibilizar o estagiário para as necessidades do pedagogo, visando uma maior eficiência no seu futuro trabalho. • Levar o estagiário a uma percepção realista, propiciando vivência de situações reais e problemas que permeiam a ação do pedagogo. • Levar o estagiário a estabelecer um vínculo significativo entre teoria e prática, interagindo com as instituições de Ensino Superior formadoras dos novos pedagogos. Estágios supervisionados de acadêmicos-professores: • Encaminhar os estagiários aos professores de suas respectivas disciplinas. • Fornecer aos estagiários, as informações sobre o Projeto Político Pedagógico, Planejamento Anual e Plano de Ação da Escola. • Fornecer informações sobre metodologias adequadas a sua disciplina, sobre o domínio de classe, e projetos da escola em que possa colaborar. METODOLOGIA 110 Para atingir seus objetivos e desenvolver suas atividades, o pedagogo estará adotando diversas metodologias e estratégias, baseando-se na pesquisa participante que visa à inserção junto à comunidade escolar e ações que possam colaborar na mudança das problemáticas identificadas. Adotará uma didática baseada na Pedagogia Histórico-Crítica e/ou Libertadora, partindo da prática social inicial de professores e alunos para que junto a eles e com eles, busque soluções adequadas no conhecimento sistematizado e científico, utilizando-se das áreas de psicologia, sociologia, filosofia, didática, políticas educacionais, levando em conta o conhecimento prévio e a cultura local. PROCEDIMENTOS • Reuniões. • Palestras. • Entrevistas. • Pesquisas teóricas e práticas. • Orientação individual. • Orientações coletivas. • Convocações aos pais ou responsáveis. • Elaboração e coordenação ou colaboração em projetos. • Elaboração e coordenação ou colaboração em atividades escolares. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ATIVIDADES PLANEJAMENTO ORGANIZAÇÃO CLASSES BUSCA DE DADOS ALUNOS APRESENTAÇÃO DO PLANO REUNIÃO COM PAIS ESCOLHA REP. DE SALA PALESTRA PARA ALUNOS FEV MAR JUL AGO X X X X X ABR MAI X X X X x x X X X X JUN X X X SET OUT NOV X X DEZ 111 AVALIAÇÃO DO P.P.P ANÁLISE REND. ALUNO APRES. REGULAMENTO INT. X ENTREVISTA COM O ALUNO X X X X X X X 15. E AVALIAÇÃO ORGANIZAÇÃO FICHAS ALUNOS ACOMPANHAMENTO X X X X X X DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO O Projeto Político Pedagógico será acompanhado por todos os envolvidos na sua construção. As avaliações pontuais ocorrerão bimestralmente e acontecerão, em especial, no momento do Conselho de Classe ou quando se fizer necessário. A grande avaliação e reformulação do Projeto deverá acontecer no início de cada ano letivo. Para a realização destas avaliações semestrais serão convocados os pais, alunos, funcionários, direção, professores e pedagogos objetivando analisar os pontos positivos e negativos. Após esta análise, serão efetuadas as mudanças que se fizerem necessárias. Professores, funcionários, direção e equipe pedagógica decidiram estabelecer assembléia de alunos nos períodos matutino, vespertino e noturno para reformular o texto sobre a comunidade escolar. Ficou definido que a cada dois anos a equipe pedagógica realizará uma pesquisa por meio de questionário sócioeconômico utilizando uma amostragem de 20% para atualizar os dados acerca do diagnóstico dessa comunidade escolar. Os dados acerca dos índices de alunos matriculados, aprovados, reprovados, desistentes e transferidos devem ser analisados e discutidos anualmente e, no PPP devem constar todos os dados analisados nos últimos cinco anos. 16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS X 112 APP-SINDICATO. Construindo o plano estadual de educação: para um novo governo. Curitiba: W3 Publicidade, 2001. BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Rio de Janeiro: Vozes, 1999. BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96. Brasília: MEC, 1996. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1998. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. GADOTTI, Moacir. Pensamento pedagógico brasileiro. São Paulo: Ática, 1988. IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Síntese de Indicadores Sociais – 2007 http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=987&id_pagina=1 Acesso em 04 nov.2010 Jornal da Marcha Mundial de Mulheres. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições, 14. ed. São Paulo: Cortez, 2002. PARANÁ, Conselho Estadual de Educação. Deliberação nº 007/99. Normas gerais para a avaliação do aproveitamento escolar, recuperação de estudos e 113 promoção de alunos do sistema estadual de ensino, em nível Fundamental e Médio. Curitiba: SEED, 1999. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Plano Estadual de Educação: uma construção coletiva (versão preliminar). Curitiba: SEED, setembro 2005. SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. São Paulo: Cortez, 1983. ________________. Pedagogia histórico-crítica – primeiras aproximações. 5ª ed. Campinas: Autores Associados, 1995. ________________. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Autores Associados, 2000. SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia da educação: construindo a cidadania. São Paulo: FTD, 1994. VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação – concepção dialético-libertadora. São Paulo: Libertad, 1994. __________.Governo do Estado do. Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Paraná 2008. www.caixa.gov.br acesso em 17/10/2007. www.fomezero.gov.br/programas-e-ações acesso em 17/10/2007. www.app.com.br acesso em 30/10/2007. www.aenoticias.pr.gov.br discurso de posse do Governador Requião em 01/01/2007. 114 17. ANEXOS • ANEXO I - Matriz curricular do Ensino Fundamental do 6° ao 9°ª ano • ANEXO II - Matriz curricular do ensino médio • ANEXO III - Apresentação da Proposta Pedagógica Curricular do Ensino Fundamental e Médio • ANEXO IV - Matriz Curricular do Ensino Profissional – Técnico em Serviços de Restaurante e Bar • ANEXO V - Proposta curricular do ensino profissional - Técnico em Serviços de Restaurante e Bar 115 ANEXO I MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL NRE-05: Campo Mourão MUNICÍPIO-0430: Campo Mourão ESTABELECIMENTO-047: Colégio Estadual Unidade Polo - EFMP ENDEREÇO: Rua Santos Dumont, 1984 TELEFONE: (44) 3525-6690 ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º/9º ANO TURNO: MANHÃ e TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA BA SE NA CIO NA L CO MU M PAR TE DIVE RSIF ICAD A DISCIPLINAS/ ANOS 6° 7° 8° 9° Artes Ciências Educação Física Ensino Religioso* Geografia História Língua Portuguesa Matemática SUBTOTAL 2 3 3 1 3 3 4 4 23 2 3 3 1 3 3 4 4 23 2 3 3 2 4 2 3 4 4 4 23 4 3 4 4 23 L.E.M - Inglês 2 2 2 2 2 25 2 25 2 25 2 25 SUBTOTAL TOTAL GERAL Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 Ensino Religioso – Disciplina de matrícula Facultativa 116 ANEXO II MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0430 – CAMPO MOURÃO ESTABELECIMENTO:00047–UNIDADE POLO, C.E.–ENS.FUND.,MÉDIO E PROFISSIONAL ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ/NOITE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS DISCIPLINAS /SÉRIES 1ª 2ª 3ª ARTE 2 0 0 BIOLOGIA 2 2 2 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 FÍSICA 2 2 2 GEOGRAFIA 2 2 2 HISTÓRIA 2 2 2 LÍNGUA PORTUGUESA 2 4 4 MATEMÁTICA 3 3 3 QUÍMICA 2 2 2 FILOSOFIA 2 2 2 SOCIOLOGIA 2 2 2 SUB TOTAL 23 23 23 P L.E.M.INGLÊS 2 2 2 D L.E.M.ESPANHOL* 4 4 4 SUB. TOTAL 6 6 6 25 25 25 BA SE NA CIO NAL CO MU M TOTAL GERAL NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 * Disciplina de matricula facultativa, ofertada no horário contra turno no CELEM. OBS.: MANHÃ – Serão ministradas 05 aulas de 50 minutos. NOITE - Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos. 117 ANEXO III APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO A construção das Diretrizes Curriculares Orientadoras para a Educação Básica da Rede Estadual, coordenada pela Superintendência da Educação da Secretaria de Estado da Educação, apontou os referenciais teóricos, metodológicos e as orientações para o processo de discussão e construção desta Proposta Pedagógica Curricular, baseada no estudo da história educacional do Estado do Paraná, nos princípios políticos apontados pela atual gestão e na legislação constitucional e educacional vigente no país. A discussão e elaboração do Projeto Político Pedagógico iniciado em 2005 possibilitaram a investigação da realidade escolar, na avaliação e identificação dos elementos norteadores e nas ações a serem desenvolvidas. Nesse processo, firmouse o compromisso com os seguintes princípios: o compromisso com a diminuição das desigualdades sociais; a articulação das propostas educacionais com o desenvolvimento econômico, social, político e cultural da sociedade; a defesa da educação básica e da escola pública, gratuita e de qualidade, como direito fundamental do cidadão; bem como a articulação de todos os níveis e modalidades de ensino e a compreensão dos profissionais da educação como sujeitos epistêmicos. A Proposta Pedagógica Curricular faz parte do Projeto Político Pedagógico no processo de construção da mesma. Neste estabelecimento de ensino, evidenciouse a necessidade de recorrer à visão de mundo, de homem e de escola que foram estabelecidas no início das discussões acerca da construção do Projeto Político Pedagógico do Colégio. O resgate do questionamento – que escola nós temos, e que escola queremos? – foi fundamentado na concepção de educação vislumbrada pela Pedagogia Histórico-crítica e nos estudos da realidade sócio-econômica e cultural 118 nacional, estadual e de nossa região, no perfil do aluno e do professor da escola e dos órgãos colegiados que a compõem. Na construção dessa Proposta Curricular buscaram-se estratégias para garantir a participação do coletivo dos profissionais da educação nas discussões, com o firme propósito de questionar práticas excludentes que ainda persistem no meio escolar e que, se não forem superadas por encaminhamentos pedagógicos que contemplem todos os alunos no processo de ensino-aprendizagem, estarão contribuindo para a manutenção das desigualdades sociais que marcam a vida de muitos alunos de nossas escolas. Tendo a consciência da diversidade e dentro dos princípios de uma pedagogia histórico-crítica está a preocupação com a educação como direito de todos; com a valorização dos profissionais da educação, do trabalho coletivo, e da gestão democrática; com o atendimento às diferenças, evidenciando a inclusão, não apenas das pessoas com deficiências, mas buscando atender às diferenças individuais, respeitando as necessidades educacionais de todos os alunos, beneficiando-os com recursos humanos, técnicos, tecnológicos e materiais que promoverão a sua inclusão. Dentro dessa Proposta Pedagógica Curricular, buscou-se evidenciar a organização do processo de aprendizagem que possibilitará a flexibilização/adaptação de conteúdos curriculares (conteúdos, métodos e avaliação), de modo a contemplar a participação e o sucesso de todos os alunos, considerando seu conhecimento prévio, suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social, vislumbrando a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária. 119 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – LÍNGUA PORTUGUESA 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A Língua Portuguesa desde as últimas décadas do século XIX, quando passou a integrar os currículos escolares, teve diferentes enfoques. Inicialmente, ocupava um espaço pouco significativo e fragmentava-se entre Gramática, Retórica e Poética. A industrialização passou a requerer uma ampliação escolar a camadas maiores da população, e a educação passou a conceder a cada classe o nível linguístico que lhe era necessário, privilegiando o estudo do funcionamento da língua padrão através do ensino de gramática. A partir da década de 60, a concepção tecnicista baseada em exercícios de memorização impunha uma formação acrítica e passiva. A Lei 5692/71 aprofundou a idéia do ensino voltada à qualificação para o trabalho e a concepção de linguagem como meio de comunicação. Ainda na década de 70, discutiam-se novas teorias como a Sociolinguística, Análise do Discurso, Semântica e a Linguística Textual, mas os livros didáticos continuaram a reproduzir as concepções tradicionais de linguagem. Poucas inovações foram observadas na prática de produção de textos. No final dos anos 70, inícios de 80, nos meios acadêmicos, intensificaram-se os estudos, principalmente de Bakhtin, em torno da natureza sociológica da linguagem. O Currículo Básico do Paraná, em 1990, orientava um trabalho focado na leitura e produção, voltado ao domínio de falar, ler e escrever. 120 Os PCN, também fundamentavam a proposta de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas, porém propunham o trabalho com modelos preestabelecidos, abordando apenas aspectos formais do texto, excluindo-o do seu contexto social. As Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa, propõem novos posicionamentos em relação às práticas de Ensino, enfatizando a língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Dessa forma, o trabalho na disciplina será pautado na concepção de linguagem como forma de interação entre as pessoas. A linguagem passa a ser considerada em sua relação com os sujeitos que a utilizam, levando-se em conta a enunciação, ou seja, o contexto de produção do enunciado ou do discurso. Esse por sua vez, materializa-se em práticas discursivas no texto, daí a necessidade de o texto ser entendido e trabalhado em sua dimensão discursiva, como espaço de constituição do sujeito e de relações sociais. Assim sendo, o trabalho com a língua deve considerar as práticas linguísticas que os alunos trazem ao ingressar na escola, propiciar a inclusão de conceitos e definições necessários ao uso da norma padrão, aprimorar sua competência linguística propondo-se uma prática significativa com gêneros textuais orais, escritos e imagéticos no intuito de que o aluno passe a sentir-se inserido em determinada realidade, sendo capaz de interagir com ela, ampliando seu conhecimento de mundo e desenvolvendo o senso crítico com relação ao outro e a si mesmo. Nessa perspectiva, o papel da disciplina é essencial na educação formal do indivíduo, já que a linguagem permeia todas as atividades humanas, em todas as esferas sociais. Além disso, no âmbito escolar, a linguagem, seja oral, seja escrita, é uma ferramenta indispensável para o letramento e a construção de conhecimentos nas mais diferentes áreas e disciplinas. 121 Nesse processo de ensino e aprendizagem, a ação pedagógica referente à linguagem, portanto, precisa pautar-se na interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita. A leitura é um processo que implica uma resposta do leitor ao que ele lê, é dialógico, acontece num tempo e num espaço. No ato de leitura, um texto leva a outro e orienta para uma política de singularização do leitor que, convocado pelo texto, participa da elaboração dos significados, confrontando-o com o próprio saber com a sua experiência de vida. Na oralidade tomam-se como ponto de partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, para promover situações que os incentivem a falar, ou seja, fazer uso da variedade de linguagem que empregam em suas relações sociais, mostrando que as diferenças de registro não constituem, científica e legalmente, objeto de classificação e que é importante a adequação do registro nas diferentes instâncias discursivas. A escrita se faz a partir da produção de diferentes gêneros, por meio das experiências sociais, tanto singular quanto coletivamente vividas. A produção textual começa no contato do aluno com a maior variedade de gêneros discursivos possíveis, cabe ao professor mostrar o papel desses gêneros no processo social de interação verbal, como forma de garantir a adequação discursiva do aluno, para as mais variadas situações de interação sócio-verbal a que ele poderá ser exposto dentro e fora dos limites escolares. Quanto à análise linguística é preciso trabalhar com a gramática, com a compreensão do aluno sobre o que é um bom texto, como é organizado com elementos gramaticais na sua função real no interior do texto, ligando palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando ideias defendidas pelo autor, observando unidade temática e unidade estrutural. 2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA 122 Proporcionar ao aluno o uso da língua materna em situações de comunicação oral e escrita, vivenciando-a nas aulas de Língua de forma a possibilitar a participação dos alunos; assim sendo, estabelecendo relações entre ações individuais e coletivas, com intuito de compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social. Logo, o aluno terá uma maior consciência sobre o papel da língua materna na sociedade, reconhecendo e compreendendo a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país. 3. CONTEÚDO ESTRUTURANTE, CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA E AVALIAÇÃO ENSINO FUNDAMENTAL 6º ANO DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA AVALIAÇÃO GÊNEROS DISCURSIVOS: LEITURA LEITURA • Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros considerando os conhecimentos prévios dos alunos; Espera-se que o aluno: •Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Realize leitura compreensiva do texto; • Encaminhamento de discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade; • Localize informações explícitas no texto; • cartão postal • blog, diário, • receita culinária • fábulas • anedotas • anúncios publicitários • poemas • convites • Identifique o tema; • Posicione-se • Contextualização da produção: argumentativamente; suporte/fonte, interlocutores, • Amplie seu horizonte finalidade, época; de expectativas; • Utilização de textos verbais 123 • tiras • histórias em quadrinhos • relatos cotidianos • letras de músicas • trava-línguas • parlendas • provérbios • causos • textos imagéticos • Serão aprofundados e trabalhados na produção textual: • Bilhetes • Cartas • Contos maravilhosos • Resumos • cartazes • (com o nível de complexidade adequado à série.) LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade; diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros; • Amplie seu léxico; • Contextualização do tema com a atualidade; ESCRITA •Socialização das ideias dos alunos sobre o texto. • Identifique a ideia principal do texto. Espera-se que o aluno: ESCRITA • Expresse as ideias com clareza; • Planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: − às situações de • Estimulo à ampliação de leituras sobre o tema e o gênero produção propostas (gênero, interlocutor, proposto; finalidade...); • Acompanhamento da − à continuidade produção do texto; temática; • Encaminhamento à reescrita • Diferencie o contexto textual: revisão dos de uso da linguagem argumentos/das ideias, dos formal e informal; elementos que compõem o gênero. • Use recursos textuais como coesão e • Análise da coesão e coerência da produção textual, coerência, informatividade, etc; continuidade temática, finalidade, adequação da • Utilize linguagem ao contexto; adequadamente • Condução na reescrita, a uma recursos linguísticos como pontuação, uso reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e função do artigo, pronome, numeral, e normativos. substantivo, etc. ORALIDADE ORALIDADE • Organização de Espera-se que o apresentações de textos 124 • Argumentos do texto; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Léxico; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA • Contexto de produção; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Argumentatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Divisão do texto em parágrafos; produzidos pelos alunos; aluno: • Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Preparação de apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros; • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros. • Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade; • Compreenda argumentos no discurso do outro; • Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc; • Respeite os turnos de fala. 125 • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlo • cutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações 126 linguísticas; • • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 7ºANO DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS DISCURSIVOS • história em quadrinhos • mitos • poema-imagem • campanha comunitária • texto de opinião • debate • seminário • entrevista • conto ABORDAGEM METODOLÓGICA TEÓRICO- AVALIAÇÃO LEITURA LEITURA •Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando o léxico e considerando os conhecimentos prévios dos alunos; Espera-se aluno: • Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhamento de discussões sobre: tema e intenções; que o • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Contextualização de produção: • Amplie seu suporte/fonte, interlocutores, horizonte de finalidade, época; expectativas; • Utilização de textos verbais • Amplie seu léxico; diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas,e outros; • Perceba o ambiente no qual 127 • notícia • charge • tiras • Contextualização do tema com a atualidade, com as diferentes possibilidades de sentido (ambiguidade) e com outros textos; • Socialização das ideias dos alunos sobre o texto. circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • cartaz • relato cotidiano • textos imagéticos • (gravuras, mapas, fotos) • Serão aprofundados e trabalhados na produção textual: • Estímulo ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; Espera-se que o aluno: • quadrinhas • • Expresse suas ideias com clareza; poemas • Acompanhamento da produção do texto; • Encaminhamento à reescrita textual: revisão dos argumentos/das idéias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de enigma, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a um mistério, etc.); • Elabore textos atendendo: • contos fantásticos/ de mistério • relatório • (com o nível de complexidade adequado à série.) LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; ESCRITA • Planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Analise da coerência e coesão textuais, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto; • Condução na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE • Identifique o tema; • Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto. ESCRITA - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos 128 • Intertextualidade; • Informações explícitas e implícitas; • • • Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Repetição proposital de palavras; • Léxico; • Ambiguidade; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA • Contexto de produção; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos • Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Propostas de reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; • Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Preparação de apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros. • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros. como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; 129 composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc. 130 • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Semântica. 8º ANO DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS DISCURSIVOS • anúncio publicitário • charge • resenha crítica • peça teatral • resumo • debate regrado • infográfico • letra de música • reportagem • panfleto • textos imagéticos ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA AVALIAÇÃO LEITURA LEITURA • Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros considerando os conhecimentos prévios dos alunos; Espera-se que o aluno: •Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Localize de informações explícitas e implícitas no texto; • Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade; • Posicione-se argumentativamente; • Realize leitura compreensiva do texto; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Contextualização de • Perceba o ambiente produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; no qual circula o gênero; • Utilização de textos verbais • Identifique a ideia diversos que dialoguem com principal do texto; não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e • Analise as intenções 131 • • Serão aprofundados outros; e trabalhados na • Contextualização do tema com produção textual: a atualidade; crônica •Socialização das ideias dos alunos sobre o texto; seminário • notícia • resenha • (com o nível complexidade adequado à série.) • • Instigação à identificação e reflexão sobre os sentidos de palavras e/ou expressões figuradas, bem como de expressões que denotam ironia de e humor; LEITURA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais gênero; do do • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Marcas linguísticas: do autor; • Identifique o tema; • Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Estímulo à observação e percepção de recursos • Identifique e reflita utilizados para determinar causa sobre as vozes sociais e consequência entre as partes presentes no texto; e elementos do texto. • Conheça e utilize os ESCRITA recursos para determinar causa e • Planejamento da produção consequência entre as textual a partir: da delimitação partes e elementos do do tema, do interlocutor, do texto. gênero, da finalidade; ESCRITA • Estímulo à ampliação de leituras sobre o tema e o gênero Espera-se que o aluno: propostos; • Expresse suas ideias • Acompanhamento da com clareza; produção do texto; • Elabore textos • Análise da coesão e coerência atendendo: textuais, continuidade temática, - às situações de finalidade, adequação da produção propostas linguagem ao contexto; (gênero, interlocutor, • Estímulo ao uso de figuras de finalidade...); linguagem no texto; - à continuidade • Incentivo à utilização de temática; recursos de causa e consequência entre as partes e • Diferencie o contexto de uso da linguagem elementos do texto; 132 coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Discussões para entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; • Encaminhamento à reescrita textual: revisão dos • Semântica: argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o • operadores gênero (por exemplo: se for argumentativos; uma notícia, observar se o fato relatado é relevante, se • ambiguidade; apresenta dados coerentes, se a linguagem é própria do • sentido figurado; suporte (ex. jornal), se traz • expressões que vozes de autoridade, etc.). denotam ironia e • Condução , na reescrita, a humor no texto. uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais ESCRITA e normativos. • Conteúdo temático; ORALIDADE • Interlocutor; • Organização de apresentações de textos • •Intencionalidade do produzidos pelos alunos texto; levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, • Informatividade; situacionalidade e finalidade do texto; • Contexto de produção; formal e informal; • Utilize recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto. • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Propostas de reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • •Elementos composicionais do gênero; • Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • •Relação de causa e consequência entre • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Preparação de apresentações que explorem as marcas • Apresente ideias com ORALIDADE Espera-se que o aluno: 133 as partes e elementos linguísticas típicas da oralidade do texto; em seu uso formal e informal; • •Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Concordância verbal e nominal; • Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; • Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas; • Semântica: • operadores argumentativos; • ambiguidade; • significado das palavras; • sentido figurado; • expressões que denotam ironia e humor no texto. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Argumentos; • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros. clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos; • Organize a sequência da fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos dos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.; • Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos. Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, 134 • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. reportagem, entre outros. 9º ANO DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA AVALIAÇÃO 135 GÊNEROS DISCURSIVOS • infográfico • entrevista • conto • poema • seminário • editorial • anúncio • notícia • resumo • resenha • debate • cartaz • texto imagético Serão aprofundados e trabalhados na produção textual: • charge LEITURA LEITURA • Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, considerando conhecimentos prévios dos alunos; Espera-se que o aluno: • Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia ; •Análises para estabelecer a referência textual; • Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • crônica • Contextualização do tema com a atualidade; • textos argumentativos •Socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • reportagem LEITURA • Instigação ao entendimento/reflexão sobre palavras em sentido figurado; • Conteúdo temático; • Estímulo a leituras que • Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; 136 • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; • Incentiva à percepção dos recursos utilizados para determinar causa e • Contexto de produção; consequência entre as partes e elementos do texto; • Intertextualidade; • Condução de leituras para • Discurso ideológico a compreensão das presente no texto;; partículas conectivas. • Argumentos do texto; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Semântica: • - operadores argumentativos; - polissemia; ESCRITA • Planejamento da produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; • suporte para o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Estímulo a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhamento da produção do texto; • Análise da coesão e coerência textuais, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto; • Estímulo ao uso de palavras e/ou expressões no • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Perceba a pertinência e 137 - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; figuras de linguagem no texto; • Incentivo àutilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Orientação sobre a utilização adequada das partículas conectivas; • Contexto de produção; • Encaminhamento à reescrita textual: revisão dos • Intertextualidade; argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o • Vozes sociais gênero (por exemplo: se for presentes no texto; uma crônica, verificar se a temática está relacionada ao • Elementos cotidiano, se há relações composicionais do estabelecidas entre os gênero; personagens, o local, o tempo em que a história • Relação de causa e acontece, etc.); consequência entre as partes e elementos do • Condução, na reescrita, a texto; uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, • Partículas conectivas estruturais e normativos. do texto; • Progressão referencial no texto; ORALIDADE • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto; •Sintaxe de concordância; • Propostas de reflexões sobre os argumentos use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente argumentos; • Organize a sequência da fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; 138 • Sintaxe de regência; • Processo de formação de palavras; • Vícios de linguagem; • Semântica: -operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia. ORALIDADE • Conteúdo temático ; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras ); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Preparação de apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade; como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros. • Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.; • Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos; • Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros. 139 • Semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. ENSINO MÉDIO 1º ANO DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS DISCURSIVOS ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA AVALIAÇÃO LEITURA LEITURA Espera-se que o aluno: • romance, •Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, considerando os conhecimentos prévios dos • charge alunos; • Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais; • tira • Questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, • Produza inferências a partir de pistas textuais; • conto, • cartaz, • peça teatral • contrato, • relato Pessoal, • Posicione-se argumentativamente; 140 • editorial, • letra de música LEITURA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto ; • Intencionalidade; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; • Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; referente à obra literária, explore os estilos do autor, da época, situe o momento de produção da obra e dialogue com o momento atual, bem como com outras áreas do conhecimento; • Vozes sociais presentes no texto; • Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Discurso ideológico presente no texto; • Contextualização do tema com a atualidade • Elementos composicionais do gênero; • Socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Intertextualidade; • Contexto de produção da obra literária; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Progressão referencial; • Partículas conectivas do texto; • Instigação ao entendimento/reflexão sobre palavras em sentido figurado; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual; • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Estímulo a leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Incentivo à percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; •Análises para estabelecer a progressão referencial do texto; • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. 141 • Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade; • Informatividade; • Condução a leituras para a compreensão das partículas conectivas. ESCRITA ESCRITA • Expresse ideias com clareza; • Planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, intenções, contexto de produção do gênero; • Orientação para o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Condução à utilização adequada dos conectivos; • Estímulo à ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Contexto de produção; • Acompanhamento da produção do texto; • Intertextualidade; • Instigação ao uso de palavras e/ou expressões no • Referência textual; sentido conotativo; • Vozes sociais • Estímulo a produções que presentes no texto; suscitem o reconhecimento • Ideologia presente no do estilo, que é próprio de cada gênero; texto; • Elementos composicionais do gênero; • Progressão referencial; • Relação de causa e consequência entre as Espera-se que o aluno: • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Incentivo à utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos; • Encaminhamento da reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõe o • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; 142 partes e elementos do texto; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Vícios de linguagem; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Intencionalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está apropriada, se há continuidade temática, etc.); •Análise da coesão e coerência textuais, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto; • Condução, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE • Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; • Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepareação de apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos do discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias; • Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam; • Respeite os turnos de fala; • Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, 143 • Adequação do discurso ao gênero; da oralidade em seu uso formal e informal; • Turnos de fala; • Estímulo à contação de histórias de diferentes • Variações linguísticas gêneros, utilizando-se dos (lexicais, semânticas, recursos extralinguísticos, prosódicas, entre outras como entonação, expressões ); facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, • Seleção de discursos de gírias, repetição; outros para análise dos recursos da oralidade, como • Elementos seminários, telejornais, semânticos; entrevistas, reportagens, entre outros; • Adequação da fala ao contexto (uso de •Análise e comparação dos conectivos, gírias, recursos veiculados em repetições, etc.); diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, • Diferenças e emissoras de rádio, etc., a semelhanças entre o fim de perceber a ideologia discurso oral e o dos discursos dessas escrito. esferas. discussões.; • Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos. 2º ANO DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA GÊNEROS LEITURA DISCURSIVOS • texto imagético • texto publicitário, • notícia, • entrevista, •Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, considerando os conhecimentos prévios dos alunos; • Questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais; AVALIAÇÃO LEITURA Espera-se que o aluno: • Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais; • Localize informações explícitas e implícitas no 144 • • Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, • gráfico intenções, intertextualidade, • curriculum vitae aceitabilidade, Serão aprofundados e informatividade, trabalhados na produção situacionalidade, temporalidade, vozes textual: sociais e ideologia; • resumo, • Contextualização da produção: suporte/fonte, • resenha, interlocutores, finalidade, • debate regrado época; referente à obra literária, explore os estilos público, do autor, da época, situe o momento de produção da • seminário obra e dialogue com o momento atual, bem como • poema, com outras áreas do conhecimento; • artigo de opinião, reportagem • • • crônica, carta do leitor (argumentação, reclamação, solicitação ); dissertação escolar LEITURA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto ; • Intencionalidade; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com nãoverbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Contextualização do tema com a atualidade • Socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigação ao entendimento/reflexão sobre palavras em sentido figurado; • Estímulo a leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; texto; • Produza inferências a partir de pistas textuais; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual; • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou 145 • Intertextualidade; • Incentivo à percepção dos recursos utilizados • Vozes sociais presentes para determinar causa e no texto; consequência entre as partes e elementos do • Discurso ideológico texto; presente no texto; •Análises para estabelecer • Elementos a progressão referencial do texto; composicionais do gênero; • Condução a leituras para • Contexto de produção da a compreensão das partículas conectivas. obra literária; •Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Progressão referencial; • Partículas conectivas do texto; • Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; ESCRITA • Planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, intenções, contexto de produção do gênero; • Orientação para o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Condução à utilização adequada dos conectivos; • Estímulo à ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhamento da produção do texto; • Instigação ao uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Estímulo a produções que suscitem o expressões que estabelecem a progressão referencial; • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Perceba a pertinência e use os elementos 146 • Finalidade do texto; • Intencionalidade; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Referência textual; • Vozes sociais presentes no texto; • Ideologia presente no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Progressão referencial; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Vícios de linguagem; reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; • Incentivo à utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Encaminhamento da reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está apropriada, se há continuidade temática, etc.); •Análise da coesão e coerência textuais, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto; • Condução, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE • Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; discursivos, textuais, estruturais e normativos; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal ); • Apresente ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos do discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias; • Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam; • Respeite os turnos de fala; • Analise, contraponha, discuta os argumentos 147 • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Intencionalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. • Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepareação de apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros; •Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas. apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões.; • Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos. 148 3 º ANO DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO- AVALIAÇÃO METODOLÓGICA GÊNEROS DISCURSIVOS LEITURA LEITURA •Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, considerando os conhecimentos prévios dos alunos; Espera-se que o aluno: • curriculum vitae Serão aprofundados e trabalhados na produção textual: • resumo, • resenha, • debate regrado público, • seminário • poema, • artigo de opinião, • crônica, • carta do leitor (argumentação, reclamação, solicitação ); • dissertação escolar LEITURA • Questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais; • Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; • Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; referente à obra literária, explore os estilos do autor, da época, situe o momento de produção da obra e dialogue com o momento atual, bem como com outras áreas do • Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e nãoverbais; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Produza inferências a partir de pistas textuais; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; 149 • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto ; • Intencionalidade; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Discurso ideológico presente no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Contexto de produção da obra literária; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Progressão referencial; • Partículas conectivas do texto; conhecimento; • Referente à obra literária, amplie seu • Utilização de textos verbais horizonte de expectativas, diversos que dialoguem com perceba os diferentes não-verbais, como gráficos, estilos e estabeleça fotos, imagens, mapas e relações entre obras de outros; diferentes épocas com o contexto histórico atual; • Contextualização do tema com a atualidade • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões • Socialização das ideias a partir do contexto; dos alunos sobre o texto; • Compreenda as • Instigação ao diferenças decorridas do entendimento/reflexão sobre uso de palavras e/ou palavras em sentido expressões no sentido figurado; conotativo; • Estímulo a leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; • Incentivo à percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; •Análises para estabelecer a progressão referencial do texto; • Condução a leituras para a compreensão das partículas conectivas. ESCRITA • Relação de causa e consequência entre partes • Planejamento da e elementos do texto; produção textual a partir: da delimitação do tema, do • Semântica: interlocutor, intenções, contexto de produção do - operadores gênero; argumentativos; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, 150 - modalizadores; - figuras de linguagem. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Referência textual; • Vozes sociais presentes no texto; • Ideologia presente no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Progressão referencial; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem; • Orientação para o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Condução à utilização adequada dos conectivos; • Estímulo à ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e • Instigação ao uso de função do artigo, palavras e/ou expressões no pronome, substantivo, sentido conotativo; adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, • Estímulo a produções que etc.; suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de • Empregue palavras e/ou cada gênero; expressões no sentido conotativo; • Incentivo à utilização de recursos de causa e • Perceba a pertinência e consequência entre as use os elementos partes e elementos do texto; discursivos, textuais, estruturais e normativos; • Encaminhamento da reescrita textual: revisão dos • Reconheça palavras argumentos/das ideias, dos e/ou expressões que elementos que compõe o estabelecem a gênero (por exemplo: se for progressão referencial; um artigo de opinião, observar se há uma questão • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. problema, se apresenta defesa de argumentos, se a ORALIDADE linguagem está apropriada, se há continuidade temática, Espera-se que o aluno: etc.); • Acompanhamento da produção do texto; •Análise da coesão e coerência textuais, continuidade temática, • Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal 151 • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; finalidade, adequação da linguagem ao contexto; • Vícios de linguagem; ORALIDADE • Sintaxe de concordância; • Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; • Compreenda os argumentos do discurso do outro; • Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam; • Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Sintaxe de regência. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Intencionalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Condução, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. • Prepareação de apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; ); • Apresente ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias; • Respeite os turnos de fala; • Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões.; • Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas 152 • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros; exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos. •Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas. 4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO A leitura será trabalhada como um processo de produção de sentido que se dá a partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor, que fará inferências, de acordo com os conhecimentos prévios que possui. Cabe ao professor uma ação pedagógica que permita diferentes leituras dos textos. A prática com a escrita se desenvolverá por meio da produção de diferentes gêneros textuais que circularão na sala de aula como experiências reais de uso, fazendo com que os alunos se envolvam com os textos que produzem. A prática de análise lingüística constitui-se num trabalho de reflexão sobre a organização do texto escrito, um trabalho no qual o aluno perceba o texto como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor, tendo em vista seu interlocutor. O professor criará oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar hipóteses, a partir da leitura e da escrita de diferentes textos, para que o aluno compreenda como a língua funciona. 153 O trabalho com a Literatura em sala de aula permitirá a constituição de um campo de interação em torno do objeto estético que, mais que o agenciamento de instâncias de controle, abre-se para o espaço incontrolável da linguagem. O professor reservará um espaço para a leitura, em suas aulas. Ao trabalhar com textos selecionados, o professor estimulará as relações dos textos escolhidos com o contexto presente. Além dos conteúdos específicos da disciplina, procurar-se-á trabalhar com temas que abordam as questões sociais do cotidiano, e que extrapolam os saberes curriculares desenvolvidos com outras disciplinas. Entende-se que a função do professor de Língua Portuguesa e Literatura é ajudar seus alunos a ampliarem o domínio de uso das linguagens verbais e não verbais no contexto sócio-cultural. A presente proposta também contempla a inclusão das temáticas: História e Cultura Afro-brasileira e Indígena Lei nº 11.645/08; História do Paraná Lei nº 13.381/01; Música Lei nº 11.769/08; Prevenção ao uso indevido de drogas e sexualidade humana; Educação Ambiental Lei nº 9.795/99 DEC. 4.201/02; Enfrentamento à Violência contra a Criança e ao adolescente Lei Federal nº 1.1525/07 e Educação Tributária DEC. Nº 1. 143/ 99, Portaria nº 413/02, nos conteúdos a serem trabalhados durante o ano letivo, dada a importância que as mesmas trazem para a construção de um Estado Democrático de Direito. De acordo com o que dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil e a obrigatoriedade de seu ensino, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como a Deliberação Estadual 04/06. É válido enfatizar que os conteúdos citados serão abordados de forma contextualizada e relacionada aos conteúdos de ensino de LEM, sempre que for possível a articulação entre os mesmos. É necessário dizer que haverá adequação aos conteúdos aos alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) para que os mesmos tenham acesso e assimilação de igual forma aos conteúdos básicos. Os recursos didáticos e tecnológicos para a realização das atividades da prática da leitura, da oralidade, da 154 escrita serão: livros e revistas, jornais, fitas de vídeo, DVDs, CDs, TV Multimídia, cartazes, desenhos, recortes, letras de músicas, e cópias de atividades diversas. 5. AVALIAÇÃO No que diz respeito ao ensino de Língua Portuguesa, a avaliação deve ser compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em quais condições. Nesse sentido, a avaliação será: • formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio de diferentes instrumentos avaliativos; • contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo do período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos; • diagnóstica – verifica como está o processo de construção do conhecimento, se a metodologia está dando resultado efetivos e a partir destas constatações toma-se decisões e promove mudanças em relação à continuidade do trabalho, • formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o processo para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando o repensar sobre as ações e não o resultado; • somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados obtidos no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa quanto ao nível de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas; fornece retorno ao aluno, de forma que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Ao se adotar a perspectiva do trabalho com o texto significativo, seja ele verbal ou não verbal, o processo avaliativo será norteado, principalmente, pela 155 avaliação formativa, a qual se fundamenta nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais; partindo de aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que o estudante possa se apropriar do conhecimento. Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino e aprendizagem, ou seja, parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de aprendizagem, até que se chegue à avaliação final. Ao longo do processo, as avaliações serão constantes e deverão abranger: a leitura, a produção oral e escrita. Atividades extraclasse serão solicitadas como complementação dos estudos de sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho Docente. Para que se efetive essa proposta avaliativa lançar-se-á mão de diferentes instrumentos e critérios de avaliação, conforme segue: Atividades de leitura compreensiva de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: compreende as ideias presentes no texto; interage com o texto por meio de questionamentos, concordância ou discordâncias; fala sobre o texto, expressa suas ideais com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada; estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala. Projeto de pesquisa Bibliográfica: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno apresenta em seu texto os seguintes passos: 1. Contextualização – introdução ao tema; 2. Problema - questões levantadas sobre o tema; 3. Justificativa argumentando sobre a importância da pesquisa 156 4. Consulta bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das leituras que fez, através de paráfrases, citações referenciando adequadamente. 5. Referência – cita as fontes pesquisadas. Produção de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: atende as três etapas articuladas da prática escrita como: planeja o que será produzido, faz a escrita da primeira versão sobre a proposta apresentada a partir daí, revisa, reestrutura e reescreve o texto na perspectiva da intencionalidade definida. A partir disso, o professor observará se o aluno: produz o texto atendendo as circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidades, etc.); expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando diferentes graus de formalidade ou informalidade, atende os termos de léxico, de estrutura; elabora argumentos consistentes; respeita o tema; estabelece relações entre as partes do texto e estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la. Palestra/apresentação Oral: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta argumentos selecionados; adequa a linguagem; apresenta sequência lógica e esclarece na exposição oral e se usa os recursos adequadamente. Relatório: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno atende aos seguintes tópicos: 1. Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade) que deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos desta atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos construídos. 2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para que o 157 leitor compreenda a respeito do que se está falando, ou para que o leitor faça uma reflexão que permita o aprimoramento da atividade. 3. Análise: consta os elementos e situações interessantes que tenham acontecido. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem à atividade em questão. 4. Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho (atividade) realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada. Seminário: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: apresenta os argumentos com consistência; compreende o conteúdo abordado, faz adequação da linguagem, faz uso e referência as fontes de pesquisa com pertinência, traz relatos para o enriquecimento da apresentação, adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação. Debate: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: aceita a lógica da confrontação de posições; está disposto e aberto a ultrapassar os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a posição e admite o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação; faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; apresenta o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate, demonstra compreensão do assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. Atividades com textos literários: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem 158 utilizada no texto; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário. Atividades a partir de recursos Audiovisuais: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso. Trabalho de grupo: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade. Questões discursivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra compreensão do enunciado da questão; comunica por escrito, com clareza utilizando-se da norma padrão da Língua Portuguesa, sistematiza o conhecimento de forma adequada. Questões objetivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: realiza leitura compreensiva do enunciado; demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; é capaz de utilizar os conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo. Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didáticometodológicos diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento. 159 Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos em cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político Pedagógico, Regimento Escolar do estabelecimento e também as orientações da LDB, conforme segue: • A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). • Para a promoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero). 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAGNO, Marcos. O preconceito linguístico. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1999. BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1979. BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Lucerna 2004. BRASIL. Relações étnico-raciais, história e cultura afro-brasileira e africana na escola.Brasília: MEC, 2005. CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens . São Paulo: Atual, 2002. KOCK. Ingedore G. V. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1991. PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED. 2008. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos Inclusivos. Curitiba:SEED 160 TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez, 1996. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – LÍNGUA INGLESA 1. APRESENTAÇÃO A Construção das Diretrizes Curriculares, coordenada pela Superintendência da Educação da Secretaria de Estado da Educação, assim como os estudos e as discussões realizados nas semanas pedagógicas apontaram os referenciais teóricos e metodológicos para construção desta Proposta Pedagógica Curricular. Com relação ao ensino de línguas estrangeiras, uma nova perspectiva chegou ao Paraná em 1990 com a publicação do Currículo Básico que trazia uma concepção de língua entendida como prática social e historicamente construída. No entanto, este documento direcionava o trabalho com língua estrangeira para a prática de leitura, limitando assim as possibilidades de interação do aluno com a língua. A SEED estabeleceu parcerias para a formação e aprimoramento pedagógico e 161 adquiriu livros de fundamentação teórica em língua estrangeira para escolas de Ensino Médio (EM) de toda a rede estadual e elaborou o livro didático do EM. O conjunto de ações desenvolvido pela SEED, a partir de 2004, teve como foco principal promover a construção de novas Diretrizes Curriculares que favorecessem a formação continuada de professores na perspectiva de efetivaremse como sujeitos epistêmicos, capazes de refletir, analisar e propor as indicações mais apropriadas para o processo de ensino aprendizagem. No ano de 2008, foram realizados encontros organizados também pela SEED, como o DEB Itinerante, encontros por disciplinas realizados pelo Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão e semanas pedagógicas descentralizadas visando a disseminação das políticas curriculares do Estado, refletindo sobre a função social da escola pública e os processos de secundarização de seu papel. Esses encontros contemplaram a participação de toda a comunidade escolar na perspectiva de uma gestão democrática e na construção de uma proposta pedagógica curricular que superassem os descaminhos de uma política educacional fortemente marcada pela concepção neoliberal que permeou a educação na década de 90. Em 2010, os professores de LEM puderam escolher o livro didático que atualmente utiliza-se no Ensino Fundamental, esta escolha procedeu-se de forma coletiva no Núcleo de Campo Mourão, é importante dizer que as coleções já vieram pré-estabelecidas pelo governo Estadual, coube a nós, escolher (dentre as selecionadas) a que melhor se encaixava na abordagem de ensino com base nas DCEs – LEM e nas necessidades dos alunos. Ainda em 2011, foi realizado a escolha do livro didático para o Ensino Médio, as normas utilizadas para a escolha do livro didático foram a mesma do ano anterior. Como resultado dessas ações e visando a superação do contexto anterior, a SEED fez opção pelo currículo disciplinar, que toma o conteúdo como via de acesso 162 ao conhecimento, considerando as dimensões científica, filosófica e artística dos mesmos, visto que a opção pelos conteúdos curriculares, em sua totalidade: [...] significa compreendê-los como síntese de múltiplos fatos e determinações, como um todo estruturado, marcado pela disciplinaridade didática. Tratar os conteúdos em sua dimensão práxica é compreender que a atividade educativa é uma ação verdadeiramente humana e que requer consciência de uma finalidade em face à realidade, por meio dos conteúdos, impossibilitando o tratamento evasivo e fenomênico destes. (PARANÁ, SEED, SUED, 2008, p.9). Evidenciou-se igualmente, uma organização do processo de aprendizagem que possibilitaria a flexibilização e a adaptação de conteúdos, metodologias e avaliações de modo a contemplar a participação e aprendizagem de todos os alunos, considerando seus conhecimentos prévios, suas necessidades linguísticas diferenciadas e o contexto social, vislumbrando a construção de uma sociedade justa, fraterna e igualitária. Nesse contexto, o ensino de Língua Inglesa, na educação básica, fundamentado na corrente sociológica e nos conceitos teórico-metodológicos do círculo de Bakhtin, configura-se como um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, oportunizando-lhe engajar-se discursivamente e compreender que a língua e a cultura são práticas sociais historicamente construídas. Portanto, passíveis de transformação. A língua é realizada num contexto concreto e preciso, levando o aluno à prática significativa com acesso a gêneros textuais orais, escritos e imagéticos. O aluno passa a sentir-se inserido em determinada realidade, sendo capaz de interagir com ela, ampliando seu conhecimento de mundo e desenvolvendo seu espírito crítico com relação ao outro e a si mesmo. A inclusão da Língua Inglesa no currículo do Colégio Estadual Unidade Polo, justifica-se a partir da afirmação de que os estudantes têm o direito de acessar 163 outras possibilidades culturais, ampliando e alargando sua visão de mundo, em um processo de afirmação de sua própria identidade e de possibilidades de aprendizagem. Por isso, o aprendizado de uma língua estrangeira não pode ser identificado apenas com a submissão econômica. Ao apropriar-se de outra língua, o ser particular apropria-se da herança cultural de toda a sociedade. Assim sendo, os professores precisam buscar alternativas que coloquem o ensino-aprendizagem da Língua Inglesa, seus métodos e suas metodologias nas relações entre as línguas e a formação de identidades no mundo globalizado, como preconizam as DCEs: “ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentido, formar subjetividades, permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos independentemente do grau de proficiência atingido [...] analisar as questões sociais-políticoeconômicas da nova ordem mundial, suas implicações e desenvolver uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade” (PARANÁ, 2008, p.55) 2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA Proporcionar ao aluno o uso da língua alvo em situações de comunicação oral e escrita, vivenciando-a nas aulas de Língua Estrangeira de forma a possibilitar a participação dos alunos; assim sendo, estabelecendo relações entre ações individuais e coletivas, com intuito de compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social. Logo, o aluno terá uma maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade, reconhecendo e compreendendo a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país. 3. CONTEÚDO ESTRUTURANTE 164 O Conteúdo Estruturante é o discurso como prática social materializado nas práticas discursivas de leitura, oralidade e escrita, as quais efetivarão o desenvolvimento do trabalho em sala de aula e a construção do significado por meio do engajamento discursivo. 3.1 CONTEÚDOS BÁSICOS Os conteúdos básicos serão trabalhados sempre a partir de um texto significativo, atendendo as especificidades de cada uma das séries. 6º ANO Gêneros Textuais Marcas do Gênero: • Conteúdo Temático; • Estilo; • Elementos Composicionais. • Esfera social de circulação. • Suporte. Práticas discursivas de: LEITURA ORALIDADE ESCRITA 165 • Tema do texto; • Tema do texto; • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade; • Interlocutor; • Finalidade; • Papel do locutor • Finalidade do • Aceitabilidade do e interlocutor; • texto; texto; Elementos • Informatividade; • Marcas • Informatividade; extralinguísticos: • Léxico; entonação, pausas, linguísticas: coesão, • Repetição gestos...; coerência, função das proposital de palavras; • Semântica: • - operadores argumentativos; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos • Adequação do classes gramaticais no discurso ao gênero; texto, pontuação, • Turnos de fala; recursos gráficos (como • Variações aspas, travessão, negrito), figuras de linguísticas; • linguagem; Marcas linguísticas: coesão, • coerência, gírias, •Concordância repetição, recursos semânticos. (como aspas, travessão, negrito ),figuras de linguagem. 7º ANO Gêneros Textuais Marcas do Gênero: • Conteúdo Temático; • Estilo; • Elementos Composicionais. • Esfera social de circulação. • Suporte. Ortografia; verbal/nominal. 166 Práticas discursivas de: LEITURA • Tema do texto; • ORALIDADE Tema do texto; • ESCRITA Tema do texto; • Interlocutor; • Interlocutor; • Finalidade; • Finalidade; • Finalidade do • Papel do locutor e texto; • Aceitabilidade do texto; interlocutor; • Informatividade; • Informatividade; • Léxico; • Marcas • Repetição proposital de palavras; • Discurso direto e indireto. argumentativos; • ambiguidade; entonação, pausas, coerência, função das gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; recursos gráficos • Turnos de fala; (como aspas, • Variações travessão, negrito), • Semântica: • operadores extralinguísticos: texto, pontuação, • Informações explícitas; Elementos linguísticas: coesão, classes gramaticais no • Situacionalidade; • figuras de linguagem; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. • sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; • expressões que denotam ironia e humor no texto. 8º ANO Gêneros Textuais Marcas do Gênero • Conteúdo Temático linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 167 • Estilo • Elementos Composicionais • Esfera social de circulação • Suporte Práticas discursivas de: LEITURA • Tema do texto; ORALIDADE • Intertextualidade; ESCRITA •Tema do texto; • Interlocutor; • Vozes sociais •Finalidade; • Finalidade; presentes no • Aceitabilidade do texto; texto; • Informatividade; • Léxico; • Repetição proposital de palavras; • Semântica: • operadores argumentativos; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, • Semântica: • - operadores argumentativos; • - ambiguidade; • - significado das palavras; • - sentido •Papel do locutor e interlocutor; •Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; •Adequação do discurso ao gênero; •Turnos de fala; •Variações linguísticas; •Marcas linguísticas: coesão, conotativo e coerência, gírias, repetição, denotativo; recursos semânticos. • - expressões que denotam ironia e humor no texto. •Elementos semânticos; •Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); •Diferenças e semelhanças travessão, negrito), entre o discurso oral e o figuras de linguagem. escrito. • Inter-textualidade; • Vozes sociais 168 presentes no texto; 9º ANO Gêneros Textuais Marcas do Gênero: • Conteúdo Temático; • Estilo; • Elementos Composicionais. • Esfera social de circulação. • Suporte. Práticas discursivas de: LEITURA • Tema do texto; • ORALIDADE Tema do texto; • ESCRITA Tema do texto; • Interlocutor; • Interlocutor; • Finalidade; • Finalidade; • Finalidade do • Papel do locutor e texto; • Aceitabilidade • Informatividade; • Informatividade; • Léxico; • Marcas • Repetição proposital de palavras; argumentativos; • Marcas linguísticas: gramaticais no texto, pontuação, recursos entonação, pausas, coerência, função das gestos...; • recursos gráficos • Turnos de fala; (como aspas, • Variações figuras de linguagem; • Adequação do discurso ao gênero; travessão, negrito), coesão, coerência, Elementos extralinguísticos: no texto, pontuação, • Operadores função das classes • linguísticas: coesão, classes gramaticais • Semântica interlocutor; Ortografia; • Concordância verbal/nominal. linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos 169 gráficos (como aspas, • Temporalidade; travessão, negrito), • Discurso direto e figuras de linguagem. • Temporalidade; semânticos. • Semântica. • ESCRITA Tema do texto; • Interlocutor; indireto; • • Discurso direto e Relação de causa e consequência entre indireto; as partes e elementos • Polissemia. do texto; • Polissemia; • Processo de formação de palavras. ENSINO MÉDIO 1º ANO Gêneros Textuais Marcas do Gênero: • Conteúdo Temático; • Estilo; • Elementos Composicionais. • Esfera social de circulação • Suporte Práticas discursivas de: • LEITURA Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do • ORALIDADE Conteúdo temático; • Finalidade; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; texto; • Informatividade; 170 texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • • Papel do locutor e • interlocutor; Situacionalidade; • Intertextualidade; Elementos • Temporalidade; Intertextualidade; extralinguísticos: • Referência textual; • Temporalidade; entonação, expressões • Partículas conectivas • Referência textual; • Partículas conectivas do texto; • Discurso direto e indireto; • • Elementos gestual, pausas; • Adequação do discurso ao gênero; •Turnos de fala; •Variações linguísticas; • gênero; coerência, gírias, Emprego do Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; • Polissemia; repetição, semântica; • do texto; • • de conectivos, gírias, repetições, etc); Elementos composicionais do gênero; • Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; • Palavras e/ou expressões que denotam Adequação da fala ao contexto (uso Discurso direto e indireto; Marcas linguísticas: coesão, denotativo no texto; • facial, corporal e composicionais do sentido conotativo e • • ironia e humor no texto; • Polissemia; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função •Diferenças e das classes gramaticais no semelhanças entre o texto, pontuação, recursos discurso oral ou escrito. gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras Marcas de linguagem; linguísticas: coesão, coerência, função das • Ortografia; classes gramaticais no • Concordância texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, verbal/nominal. 171 travessão, negrito), figuras de linguagem; • Léxico. 2º ANO Gêneros Textuais Marcas do Gênero: • Conteúdo Temático; • Estilo; • Elementos Composicionais. • Esfera social de circulação. • Suporte. Práticas discursivas de: LEITURA Tema do ▪ texto; Interlocutor ▪ ; Finalidade ▪ do texto; Aceitabilid ▪ ade do texto; Informativi ▪ Situacional Intertextual idade; •Finalidade; • Interlocutor; •Aceitabilidade do texto; • Finalidade do texto; •Informatividade; • Aceitabilidade do texto; •Papel do locutor e • Informatividade; interlocutor; •Elementos extralinguísticos: facial, corporal e gestual, pausas; idade; ▪ ESCRITA • Tema do texto; entonação, expressões dade; ▪ ORALIDADE •Conteúdo temático;; •Adequação do discurso ao gênero; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Referência textual; • Partículas conectivas do texto; • Discurso direto e 172 Temporalid ▪ ade; Referência ▪ textual; Partículas ▪ conectivas do texto; Discurso ▪ direto e indireto; Elementos ▪ composicionais do gênero; Emprego ▪ do sentido conotativo e denotativo no texto; Palavras ▪ e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia ▪ ; ▪ Marcas linguísticas: coesão, indireto; •Variações linguísticas; • Elementos •Marcas linguísticas: composicionais do coesão, coerência, gênero; gírias, repetição, • Emprego do sentido semântica; conotativo e denotativo •Adequação da fala ao no texto; contexto (uso de • Palavras e/ou conectivos, gírias, expressões que repetições, etc); denotam ironia e humor •Diferenças e semelhanças entre o no texto; • Polissemia; discurso oral ou escrito. • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Ortografia; coerência, função das • Concordância classes gramaticais no verbal/nominal. texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; ▪ •Turnos de fala; Léxico. 173 3º ANO Gêneros Textuais Marcas do Gênero: • Conteúdo Temático; • Estilo; • Elementos Composicionais. • Esfera social de circulação. • Suporte. Práticas discursivas de: • LEITURA Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • temático;; Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Referência • Finalidade do texto; ▪ Aceitabilid • Aceitabilidade do texto; ade do texto; dade; locutor e interlocutor; indireto; • Elementos Elementos ▪ extralinguísticos: expressões facial, corporal e gestual, pausas; do discurso ao gênero; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Referência textual; • Partículas conectivas • Discurso direto e indireto; • Elementos Adequação ▪ • Informatividade; do texto; entonação, Partículas Discurso direto e Papel do ▪ conectivas do texto; • Informativi ▪ textual; • • Interlocutor; Finalidade; Informatividade; • ESCRITA • Tema do texto; ▪ Aceitabilidade do texto; • ▪ ORALIDADE Conteúdo composicionais do gênero; • Emprego do sentido 174 • • composicionais do ▪ Turnos de fala; conotativo e denotativo gênero; ▪ Variações linguísticas; no texto; Emprego do Marcas ▪ • Palavras e/ou sentido conotativo e linguísticas: coesão, expressões que denotativo no texto; coerência, gírias, denotam ironia e repetição, semântica; humor no texto; Palavras e/ou expressões que Adequação ▪ • Polissemia; denotam ironia e da fala ao contexto • Marcas linguísticas: humor no texto; (uso de conectivos, coesão, coerência, • Polissemia; gírias, repetições, etc função das classes • ); gramaticais no texto, Marcas linguísticas: coesão, ▪ Diferenças e pontuação, recursos coerência, função das semelhanças entre o gráficos (como aspas, classes gramaticais no discurso oral ou travessão, negrito), texto, pontuação, escrito. figuras de linguagem; recursos gráficos • Ortografia; (como aspas, • Concordância travessão, negrito), verbal/nominal. figuras de linguagem; • Léxico. 4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Para a realização do trabalho docente tendo o discurso como prática social e em atendimento ao que propõem as DCE (2008, p.63) que apontam: O trabalho com a Língua Estrangeira em sala parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados. 175 O ensino levará em consideração a funcionalidade da língua alvo, propiciando que o educando vivencie situações concretas de uso dessa língua. Ou seja, em outros termos, a língua em questão deve ser vista como discurso, não apenas como estrutura ou código a ser decifrado, ela é muito mais que isto, ela constrói significados e não apenas os transmite. Para o estudioso Bakhtin (1988: 95) ... a palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial. É assim que compreendemos as palavras e somente reagimos a aquela que despertam em nós ressonâncias ideológicas ou concernentes à vida. Com base nessas afirmações, Bakhtin declara que a palavra é sem sombra de dúvida “o fenômeno ideológico por excelência”, no qual estão enraizadas as ideologias hegemônicas e contra-hegemônicas vigentes. O aluno precisa perceber essa relação de poder e de dominação que existe num texto. Ter um olhar mais profundo, não apenas ler o que está visível, mas interpretar o valor e o peso que cada palavra tem. Logo, poderemos considerar o importante valor social das línguas existentes na sociedade. Ainda conforme Bakhtin, (1999: 101) ... o papel organizador da palavra estrangeira – palavra que transporta consigo forças e estruturas estrangeiras [...] – fez com que, na consciência histórica dos povos, a palavra estrangeira se fundisse com a ideia de poder, de força, de santidade, de verdade. Fica evidente então, que todo discurso está relacionado ao mundo social e à história. Desta maneira, os alunos (sujeitos) estão expostos e atuam no mundo através do discurso e são afetados por ele. É preciso entender que no ensino da LEM- Inglês é primordial contemplar as relações com a cultura, o sujeito e sua a identidade. Tornando-se essencial que os educadores compreendam/entendam que se pretende com o ensino da Língua Estrangeira, ou seja, DCE-LEM (2008: 55): ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido. 176 Para tanto, elaborar-se-á atividades que envolvam diferentes gêneros discursivos que permeiam as práticas sociais; a função social de cada texto, o conteúdo temático, o estilo, os elementos composicionais, bem como a problemática dos elementos da situação de comunicação que caracteriza o funcionamento de todo ato de linguagem (quem fala, sobre o que fala, com quem fala, com qual finalidade, qual o suporte), perpassando pelas questões linguísticas, sócio-pragmáticas (análise da língua em seu contexto de uso, considerando os aspectos sociais), culturais e discursivas. A Leitura em língua estrangeira consiste em apresentar diferentes gêneros textuais, provenientes das práticas sociais, em um determinado contexto sóciocultural, considerando os conhecimentos prévios dos alunos; formulando questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; encaminhando discussões e reflexões sobre tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; contextualizando a produção através do suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; utilizando textos verbais que dialoguem com os não verbais; relacionando o tema com o contexto atual; oportunizando a socialização das ideias dos alunos sobre o texto instigando a identificação e reflexão do sentido de palavras e/ou expressões figuradas; promovendo a percepção de recursos como os operadores discursivos e de progressão textual. Na escrita serão propostas atividades sócio-interativas, significativas, com delimitação do gênero textual; da finalidade; da temática; do objetivo da produção; do suporte; da esfera social de circulação; do locutor e do interlocutor, para que o aluno perceba o uso real da língua; planejamento, leitura e revisão do texto produzido pelos alunos. Nesse sentido, caberá ao professor “oferecer ao aluno elementos discursivos, linguísticos, sócio-pragmáticos e culturais para que ele melhore sua produção” (DCE, 2008, p. 67). Além disso, serão propostas atividades relacionadas às dificuldades de escrita diagnosticadas durante o processo. 177 Na oralidade os estudantes terão acesso a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos que possibilitarão a familiaridade com sons específicos da língua que estão aprendendo. Serão incentivados a expressarem suas idéias na língua alvo, respeitando seu nível linguístico. A análise linguística que perpassa todas as práticas discursivas será abordada numa visão sócio-interativa de língua, incluindo tanto o trabalho sobre as questões tradicionais da gramática quanto às questões amplas a propósito do texto: coesão, coerência, análise dos recursos expressivos utilizados, como: elementos discursivos diretos e indiretos, organização e inclusão de informações. Trata-se de trabalhar com aluno o seu texto para que ele atinja seus objetivos junto aos leitores a quem se destina. Portanto, o trabalho em análise linguística está relacionado ao entendimento de procedimentos para a construção de significados, os quais são resultados das necessidades. A presente proposta também contempla a inclusão das temáticas: História e Cultura Afro-brasileira e Indígena Lei nº 11.645/08; História do Paraná Lei nº 13.381/01; Música Lei nº 11.769/08; Prevenção ao uso indevido de drogas e sexualidade humana; Educação Ambiental Lei nº 9.795/99 DEC. 4.201/02; Enfrentamento à Violência contra a Criança e ao adolescente Lei Federal nº 1.1525/07 e Educação Tributária DEC. Nº 1. 143/ 99, Portaria nº 413/02, nos conteúdos a serem trabalhados durante o ano letivo, dada a importância que as mesmas trazem para a construção de um Estado Democrático de Direito. De acordo com o que dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil e a obrigatoriedade de seu ensino, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como a Deliberação Estadual 04/06. É válido enfatizar que os conteúdos citados serão abordados de forma contextualizada e relacionada aos conteúdos de ensino de LEM, sempre que for possível a articulação entre os mesmos. 178 É necessário dizer que haverá adequação aos conteúdos aos alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) para que os mesmos tenham acesso e assimilação de igual forma aos conteúdos básicos da disciplina de LEM. Os recursos didáticos e tecnológicos para a realização das atividades da prática da leitura, da oralidade, da escrita serão: livros e revistas, jornais, fitas de vídeo, DVDs, CDs, TV Multimídia, cartazes, desenhos, recortes, letras de músicas, e cópias de atividades diversas. 5. AVALIAÇÃO No que diz respeito ao ensino de línguas estrangeiras, a avaliação deve ser compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em quais condições. Nesse sentido, a avaliação será: ▪ formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio de diferentes instrumentos avaliativos; ▪ contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo do período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos; ▪ diagnóstica – verifica como está o processo de construção do conhecimento, se a metodologia está dando resultado efetivos e a partir destas constatações toma-se decisões e promove mudanças em relação à continuidade do trabalho; ▪ formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o processo para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando o repensar sobre as ações e não o resultado; ▪ somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados obtidos no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação 179 informa quanto ao nível de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas; fornece feedback ao aluno, de forma que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Ao se adotar a perspectiva do trabalho com o texto significativo, seja ele verbal ou não verbal, o processo avaliativo será norteado, principalmente, pela avaliação formativa, a qual se fundamenta nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais; partindo de aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que o estudante possa se apropriar do conhecimento. Sob esse enfoque, adotase como princípio fundamental que deve-se avaliar o que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de aprendizagem, até que se chegue à avaliação final. Ao longo do processo, as avaliações serão constantes e deverão abranger: • a aprendizagem escrita; • a aprendizagem oral; • a aprendizagem de leitura; • atividades extra classe serão solicitadas como complementação dos estudos de sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho Docente. Para que se efetive essa proposta avaliativa lançar-se-á mão de diferentes instrumentos e critérios de avaliação, conforme segue: Atividades de leitura compreensiva de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: compreende as idéias presentes no texto; interage com o texto por meio de questionamentos, concordância ou discordâncias; fala sobre o texto, expressa suas ideais com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada; estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala. 180 Projeto de pesquisa Bibliográfica: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: apresenta em seu texto os seguintes passos: 1. Contextualização – introdução ao tema; 2. Problema - questões levantadas sobre o tema; 3. Justificativa argumentando sobre a importância da pesquisa 4. Consulta bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das leituras que fez, através de paráfrases, citações referenciando adequadamente. 5. Referência – cita as fontes pesquisadas. Produção de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: atende as três etapas articuladas da prática escrita como: planeja o que será produzido, faz a escrita da primeira versão sobre a proposta apresentada a partir daí, revisa, reestrutura e reescreve o texto na perspectiva da intencionalidade definida. A partir disso, o professor observará se o aluno: produz o texto atendendo as circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidades, etc.); expressa as ideias com clareza (coerência e coesão); adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando diferentes graus de formalidade ou informalidade, atende os termos de léxico, de estrutura; elabora argumentos consistentes; respeita o tema; estabelece relações entre as partes do texto e estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la. Palestra/apresentação Oral: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno demonstra conhecimento do Relatório conteúdo; apresenta argumentos selecionados; adequa a linguagem; apresenta sequência lógica e esclarece na exposição oral e se usa os recursos adequadamente. Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno atende aos seguintes tópicos: 1. Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade) que deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos 181 desta atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos construídos. 2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição sucinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do que se está falando, ou para que o leitor faça uma reflexão que permita o aprimoramento da atividade. 3. Análise: consta os elementos e situações interessantes que tenham acontecido. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem à atividade em questão. 4. Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho (atividade) realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada. Seminário: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: apresenta os argumentos com consistência; compreende o conteúdo abordado, faz adequação da linguagem, faz uso e referencia as fontes de pesquisa com pertinência, traz relatos para o enriquecimento da apresentação, adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação. Debate: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: aceita a lógica da confrontação de posições; está disposto e aberto a ultrapassar os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a posição e admite o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação; faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; apresenta o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate, demonstra compreensão do assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. 182 Atividades com textos literários: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário. Atividades a partir de recursos Audiovisuais: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso. Trabalho de grupo: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade. Questões discursivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra compreensão do enunciado da questão; comunica por escrito, com clareza utilizando-se da norma padrão da Língua Portuguesa, sistematiza o conhecimento de forma adequada. Questões objetivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: realiza leitura compreensiva do enunciado; demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; é capaz de utilizar os conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo. A avaliação na inclusão – é fundamental que o professor, dentro desse processo seja flexível, verifique e valorize o progresso do aluno envolvendo-o num trabalho que inclua uma variedade de situações de aprendizagem. Será oportunizada 183 ao estudante a recuperação de estudos de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento. Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos em cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político Pedagógico, Regimento Escolar do estabelecimento e também as orientações da LDB, conforme segue: • A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). • Para a promoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero). 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988. ________ Estética da Criação Verbal São Paulo: Martins Fontes, 1999. BRASIL, Lei Nº 11.645, de 10 Março de 2008 . ________ Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. ________ Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. HOFFMANN, Jussara; Avaliação Mediadora; “Uma Prática em Construção da PréEscola à Universidade”; 1994. 184 LUCKESI, Cipriano,In PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e; “Ensino de Língua Inglesa. Reflexões e Experiências”. Ed. Pontes.1996. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / Vários autores. SEED – Curitiba, PR, 2007. _______. Grupo de estudos. Disponível em http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE2008. pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010 ________. Os Desafios Educacionais Contemporâneos e os conteúdos escolares: reflexos na organização da Proposta Pedagógica Curricular e a Especificidade da escola pública. In: Orientações para a Semana Pedagógica. SEED/SUED: 2008. Disponível em www.diaadia.pr.gov.br/cge/arquivos/File/texto3corrigido.doc acesso em 04/08/2010 POLO, Colégio Estadual Unidade – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2011. POLO,Colégio Estadual Unidade – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2011. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – MATEMÁTICA 1 . APRESENTAÇÃO 185 A palavra Matemática vem do grego (máthēma) que significa ciência, conhecimento, aprendizagem. A Matemática surgiu da necessidade do homem primitivo, de quantificar, contar e realizar trocas, ou seja, de contar e assinalar quantidades, em forma de marcas ou símbolos, remonta ainda à época na qual o homem vivia ainda em cavernas. Já nessa altura, quando o homem ia caçar, registava os animais que tinha conseguido matar fazendo riscos em paus de madeira ou em ossos de animais. Mais tarde, servindo-se os pastores de pedras para contar a quantidade de ovelhas do seu rebanho, e para confirmar que nenhuma se tinha afastado, iniciaram, inconscientemente, aquilo a que deu o nome de cálculo, aperfeiçoado muitas centenas de anos depois. De fato, ao longo do processo de desenvolvimento histórico, esse conhecimento foi se desenvolvendo a partir das necessidades de sobrevivência, fazendo com que os homens, gradativamente, elaborassem códigos de representações, sejam de quantidades ou objetos por eles manipulados. Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compôr a matemática conhecida hoje. A Matemática como campo de conhecimento, emergiu em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas. Com os platônicos, buscava-se, pela Matemática, um instrumento que, para eles, instigaria o pensamento do Homem. Essa concepção arquitetou as interpretações e o pensamento matemático de tal forma que influencia no ensino de Matemática até os dias de hoje. Por volta do século VI a.C. a educação grega começou a valorizar o ensino da leitura e da escrita na formação dos filhos da aristocracia. No entanto, a Matemática se inseriu no contexto educacional grego somente um século depois, 186 pelo raciocínio abstrato, em busca de respostas para questões relacionadas, por exemplo, à origem do mundo. Pelo estudo da Matemática e a necessária abstração, tentava-se justificar a existência de uma ordem universal e imutável, tanto na natureza como na sociedade. Essa concepção estabeleceu para a disciplina de Matemática uma base racional que perdurou até o século XVII d.C. A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de pessoas a partir do século I a. C, inserida no quadrivium, ou seja, desdobrada nas disciplinas de aritmética, geometria, música e astronomia. O ensino da geometria e da aritmética ocorria de acordo com o pensamento euclidiano, fundado no rigor das demonstrações. A partir do século II d.C., o ensino da aritmética teve outra orientação e privilegiou uma exposição mais completa de seus conceitos. O século XVI demarcou um novo período de sistematização do conhecimento matemático, denominado de matemáticas de grandezas variáveis. Isso ocorreu pela forte influência dos estudos referentes à geometria analítica e à projetiva, o cálculo diferencial e integral, à teoria das séries e a das equações diferenciais As descobertas matemáticas desse período contribuíram para uma fase de grande progresso científico e econômico aplicado na construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e equipamentos, tais como, armas de fogo, imprensa, moinhos de vento, relógios e embarcações. O valor da técnica e a concepção mecanicista de mundo propiciaram estudos que se concentraram, principalmente, no que hoje chamamos Matemática Aplicada. No século XVII, a Matemática desempenhou papel fundamental para a comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa que levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal. Esses elementos caracterizaram as bases da Matemática como se conhece hoje. A partir das discussões entre educadores matemáticos no início do século XX procuravam trazer 187 para a educação escolar um ensino da Matemática diferente daquele proveniente das engenharias que prescrevia métodos puramente sintéticos, pautados no rigor das demonstrações. Surgiram, então, proposições para um ensino da Matemática baseado nas explorações indutivas e intuitivas, o que configurou o campo de estudo da Educação Matemática. “Em todos os lugares do mundo, independente de raças, credos ou sistemas políticos, desde os primeiros anos da escolaridade, a Matemática faz parte dos currículos escolares, ao dado da Linguagem Natural, como uma disciplina básica. Parece haver um consenso com relação ao fato de que seu ensino é indispensável e sem ele é como se a alfabetização não se tivesse completado” (MACHADO, Nilson José). 2 . OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característico da Matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas, bem como utilizar o conhecimento matemático em sua prática social. A educação matemática entendida desse modo terá como meta a incorporação do conhecimento matemático, objetivando que o aluno seja capaz de superar o senso comum. Assim, a alfabetização matemática, como processo educativo, tem como função desenvolver a consciência crítica, provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais. 3. CONTEÚDOS: 6o ANO 188 Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos Avaliação • Sistemas de Numeração; • Números Naturais; • Múltiplos e divisores; • Potenciação e radiciação; • Números Fracionários; • Números decimais. - Conheça os diferentes sistemas de numeração; - Sistemas de numeração; -Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo seus elementos; -Realize operações com números naturais; -Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam (as) operações com números naturais; -Estabeleça relação desigualdade e transformação entre: fração e número decimal; fração e número misto; - Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais; - Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como sua operação inversa; - Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões numéricos e geométricos. • Medidas de comprimento; • Medidas de massa; • Medidas de área; • Medidas de volume; • Medidas de GRANDEZAS E tempo; MEDIDAS • Medidas de ângulos; • Sistema Monetário. -Identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento; - Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas; - Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma; - Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas; Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume; - Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos; - Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos); - Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais; - Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície padronizada; NÚMEROS E ÁLGEBRA 189 GEOMETRIAS Geometria Plana; - Reconheça e represente ponto, reta, plano, Geometria semi-reta e segmento de reta; Espacial. - Conceitue e classifique polígonos; - Identifique corpos redondos; - Identifique e relacione os elementos geométricos que envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes figuras planas; - Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos; - Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus elementos. - Dados, tabelas - Interprete e identifique os diferentes tipos e gráficos; de gráficos e compilação de dados, sendo TRATAMENTO - Porcentagem. capaz de fazer a leitura desses recursos nas DA diversas formas em que se apresenta; INFORMAÇÃO - Resolva as situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com os números na forma decimal e fracionária. 7o ANO Conteúdo Estruturante NÚMEROS E ÁLGEBRA Conteúdos Básicos - Números Inteiros; - Números racionais; -Equação e Inequação do 1º grau; - Razão e proporção; - Regra de três. Avaliação - Reconheça números inteiros em diferentes contextos; - Realize operações com números inteiros; - Reconheça números racionais em diferentes contextos; - Realize operações com números racionais; -Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade; -Compreenda o conceito de incógnita; -Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas; -Compreenda a razão como uma 190 comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões; -Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais; -Resolva situações-problema aplicando regra de três simples. GRANDEZAS E MEDIDAS GEOMETRIAS Medidas de temperatura; - Ângulo - Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos; - Compreenda o conceito de ângulo; - Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los. - Geometria Plana; - Geometria Espacial; -Geometrias NãoEuclidianas. -Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos; -Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados. - Pesquisa Estatística; - Média Aritmética; - Moda e mediana; TRATAMENTO - Juros simples. DA INFORMAÇÃO - Analise e interprete informações de pesquisas e estatísticas; - Leia, interprete, construa e analise gráficos; - Calcule a média aritmética e a moda estatística; - Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples. 8o ANO Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos Avaliação 191 NÚMEROS E ÁLGEBRA - Números Irracionais; - Sistemas de Equações do 1º grau; - Potências; - Monômios e Polinômios; - Produtos Notáveis. - Medida de comprimento; - Medida de área; - Medidas de GRANDEZAS E ângulos. MEDIDAS - Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais; - Reconheça números irracionais em diferentes contextos; - Realize operações com números irracionais; - Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número irracional especial - Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação; - Opere com sistema de equações do 1o grau; Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações; - Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões algébricas. - Calcule o comprimento da circunferência; - Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo; - Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal; - Realize cálculo de área e volume de poliedros. 192 - Geometria Plana - Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometrias nãoEuclidiana. - Reconheça triângulos semelhantes; - Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares; - Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano; - Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos; - Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e discuta suas propriedades. - Gráfico e - Interprete e represente dados em Informação; diferentes gráficos; - População e - Utilize o conceito de amostra para amostra. levantamento de dados. GEOMETRIAS TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO 9º ANO Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos Avaliação 193 NÚMEROS E ÁLGEBRA GRANDEZAS E MEDIDAS FUNÇÕES - Números Reais; - Propriedades dos radicais; Equação do 2º grau; - Teorema de Pitágoras; - Equações Irracionais; - Equações Biquadradas; - Regra de Três Composta. - Opere com expoentes fracionários; - Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as propriedades para a sua simplificação; - Extraia uma raiz usando fatoração; - Identifique uma equação do 2o grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos; - Determine as raízes de uma equação do 2o grau utilizando diferentes processos; - Interprete problemas em linguagem gráfica e algébricas; - Identifique e resolva equações irracionais; - Resolva equações biquadradas através das equações do 2º grau; - Utilize a -- regra de três composta em situações-problema. - Relações Métricas no Triângulo Retângulo; - Trigonometria no Triângulo Retângulo; - conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo; - utilize o teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo; - realize cálculo da superfície e volume de poliedros. - Noção intuitiva de Função Afim . - Noção intuitiva de Função Quadrática. - Expresse a dependência de uma variável em relação à outra; - Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em relação ao sinal da função; - Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função; - Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da função; - Analise graficamente as funções afins; - Analise graficamente as funções quadráticas. 194 GEOMETRIA TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO - Geometria Plana; - Geometria Espacial; - Geometria Analítica; - Geometria NãoEuclidiana. - Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles; - Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situações-problemas; - Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos; - Aplique o Teorema de Tales em situações-problemas;- Noções básicas de geometria projetiva. - Noções de Análise Combinatória; - Noções de Probabilidade; - Estatística; - Juros Composto - Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações problemas que envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo; - Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório; - Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento; - Resolva situações problemas que envolva cálculos de juros compostos. 1o ANO Conteúdo Estruturante NUMEROS E ALGEBRA GRANDEZAS E MEDIDAS Conteúdos Básicos Números Reais; Polinômios; Equação e inequações; Exponenciais, logarítmicas e modulares; Trigonometria; Avaliação Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes contextos; Identifique e realize operações com polinômios; • Identifique e resolva equações, sistemas de • equações e inequações, inclusive as • exponenciais,logarítmicas e modulares. Aplique as leis dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar elementos desconhecidos. 195 FUNÇOES GEOMETRIAS Função Afim ; Função Quadrática; Função polinomial; Função exponencial; Função logarítmicas; Função Modular; Progressão aritmética; Progressão geométrica. Geometria Plana; Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as; Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situaçõesproblema; Realize análise gráfica de diferentes funções; Reconheça, nas seqüências numéricas, particularidades que remetam ao conceito das progressões aritméticas e geométricas; Generalize cálculos para a determinação de termos de uma sequencia numérica. Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana. Compreenda a Matemática TRATAMENTO DA Matemática financeira Financeira aplicada aos diversos ramos da atividade humana. INFORMAÇÃO 2º ANO Conteúdo Estruturante NUMEROS E ALGEBRA GRANDEZAS E MEDIDAS Conteúdos Básicos Avaliação Matrizes e determinantes; Sistemas lineares. Conceitue e interprete matrizes e suas operações; Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio de determinante. Medidas de comprimento; Medida de área; Medidas de volume; Trigonometria. Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de diferentes grandezas e compreenda a relações matemáticas existentes nas suas unidades. 196 Função trigonométricas. Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as; Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problema; Realize análise gráfica de diferentes funções. Geometria Plana; Geometria Espacial. Geometria não Euclidianas. Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial; Perceba a necessidade das geometrias não-euclidianas para a compreensão de conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de Euclides; Compreenda a necessidade das geometrias não-euclidianas para o avanço das teorias científicas; Articule idéias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa; Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal (Geometria da superfície esférica). Analise Combinatória; Binômio de Newton; Estudos das Probabilidades; Estatísticas. Recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica dos mesmos; Realize cálculos utilizando Binômio de Newton; Compreenda a idéia de probabilidade; Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas. FUNÇOES GEOMETRIAS TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO 3º ANO Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos NUMEROS E ALGEBRA Números complexos; Polinômios; Equações e Inequações. GRANDEZAS Medida de tempo; Avaliação Compreenda os números complexos e suas operações; Identifique e realize operações com polinômios; Identifique e resolva equações, inequações. Perceba que as unidades de medidas 197 E MEDIDAS Medidas de Grandezas Vetoriais; Medidas de Informática; Medidas de Energias. Geometria Analítica. GEOMETRIAS TRATAMENTO Estatística; DA Matemática financeira. INFORMAÇÃO são utilizadas para a determinação de diferentes grandezas e compreenda a relações matemáticas existentes nas suas unidades. Determine posições e medidas de elementos geométricos através da Geometria Analítica. Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas; Compreenda a Matemática Financeira aplicada aos diversos ramos da atividade humana. 4. METODOLOGIA O encaminhamento dado aos conteúdos acontecerá de maneira organizada para que o educando tenha argumentos e embasamento para posicionar-se frente às produções científicas contemporâneas no seu contexto social, exercendo sua cidadania. Os conhecimentos adquiridos devem estar contextualizados com o cotidiano do aluno, com a realidade da escola e com as características locais e regionais. O professor deve intervir nesse processo, de modo a criar condições que permitam a reelaboração e ampliação dos conhecimentos prévios dos alunos, propondo articulações entre os conteúdos construídos e organizá-los como corpo de conhecimento sistematizado, sendo que para isso se faz necessário a construção de uma estrutura que favoreça a relação entre o aluno, o professor e o saber científico, numa perspectiva de aprendizagem significativa do conhecimento historicamente acumulado. Os conteúdos serão trabalhados baseando-se na investigação, comparação e estabelecimento de relações entre os conceitos e suas aplicações, organização de 198 informações, confronto de dados obtidos, possibilitando a sistematização de conhecimentos. Os conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei 11.645/08); Educação Fiscal; Educação Tributária (Dec. N o 1143/99, portaria no 413/02) serão abordados de forma contextualizada e relacionados aos conteúdos de ensino de matemática, sempre que possível a articulação entre os mesmos. Desta forma, os conteúdos abordados estarão de acordo com as tendências metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais se destaca: RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS Na resolução de problemas o estudante tem oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão proposta. Cabe ao professor fazer uso de práticas metodológicas para a resolução de problemas, podendo com isso tornar as aulas mais dinâmicas não restringindo o ensino de Matemática a modelos clássicos, como exposição oral e resolução de exercícios. A resolução de problemas poderá possibilitar a compreensão dos argumentos matemáticos e ajudar a vê-los como um conhecimento passível de ser apreendido pelos sujeitos do processo de ensino e aprendizagem. ETNOMATEMÁTICA O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem o conhecimento matemático. Essa tendência leva em consideração que não existe um único, mas vários e distintos conhecimentos e nenhum é menos importante que outro. As manifestações matemáticas são percebidas por meio de diferentes teorias e práticas, das mais diversas áreas que emergem dos ambientes culturais. Desta forma, o trabalho pedagógico relacionará o 199 conteúdo matemático com essa questão maior – o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e relações de produção e trabalho. MODELAGEM MATEMÁTICA A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida. Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles físicos, biológicos e sociais, constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas de mundo, assim sendo, “a modelagem Matemática consiste na arte de transformar problemas reais com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real” (BASSANEZI, 2004, p.16). O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilitará a intervenção do estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso, contribuirá ainda mais para sua formação crítica. A modelagem matemática é, assim, uma arte, ao formular, resolver e elaborar expressões que valham não apenas para uma solução particular, mas que também sirvam, posteriormente, como suporte para outras aplicações e teorias. USO DE MÍDIAS TECNOLÓGICAS No contexto da Educação Matemática, os ambientes gerados por aplicativos informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico, por isso seu uso será estimulado nas aulas desta disciplina. Visto que os recursos tecnológicos sejam eles o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas de resolução de problemas. 200 Aplicativos de modelagem e simulação serão utilizados, no decorrer das aulas, sempre que necessários, pois têm auxiliado estudantes e professores a visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de uma maneira passível de manipulação, pois permitem construção, interação, trabalho colaborativo, processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto entre a teoria e a prática. As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de ações em Educação Matemática. Crê-se que abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação e tais recursos serão utilizados como meios que instrumentalizam o ensino da matemática. HISTÓRIA DA MATEMÁTICA É importante entender a História da Matemática no contexto da prática escolar como componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade. A abordagem histórica possibilitará aos alunos vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinaram o pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época. A História da Matemática será um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilitando ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos. A História será o fio condutor que direcionará as explicações dadas aos porquês da Matemática. Assim, promoverá uma aprendizagem significativa, pois propicia ao estudante entender que o conhecimento matemático é construído historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais. 201 INVESTIGAÇÕES MATEMÁTICAS As investigações matemáticas (semelhantes às matemáticos) serão desencadeadas a partir da resolução de realizadas pelos exercícios e se relacionarão também com a resolução de problemas. Nas investigações matemáticas o aluno terá que estabelecer uma estratégia heurística, isto é, ele não dispõe de um método que permita a sua resolução imediata, enquanto que um exercício é uma questão que pode ser resolvida usando um método já conhecido. Uma investigação é um problema em aberto e por isso, as coisas acontecem de forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser investigado não é explicitado pelo professor, porém o método de investigação será indicado através, por exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de investigar. Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de investigação distintos por diferentes grupos de alunos. E mais, se os grupos partirem de pontos de investigação diferentes, com certeza obterão resultados também diferentes. Na investigação matemática o aluno é chamado a agir como um matemático, não apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque formula conjecturas a respeito do que está investigando. Como são estabelecidas diferentes conjecturas, os alunos precisarão verificar qual é a mais adequada à questão investigada e, para isso, deverão realizar provas e refutações, discutindo e argumentando com seus colegas e com o professor, pois afinal, investigar significa procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo maior de toda ação pedagógica. 202 5. AVALIAÇÃO A avaliação do processo ensino-aprendizagem se constitui num procedimento necessário e importante que tem por objetivo refletir sobre todos os esforços desempenhados na execução dos objetivos propostos, tanto pela instituição escolar quanto pelos objetivos da disciplina específica, portanto ao avaliar o aluno, o professor deverá produzir bons e adequados instrumentos para coletar dados sobre a aprendizagem, sem subterfúgios, sem enganos, sem complicações desnecessárias, sem armadilhas (DEB-Grupo de estudos 2008 – 2 Encontro), numa avaliação que tenha a intenção de investigar para intervir. Essa intervenção refere-se ao processo de reorganização e reorientação do trabalho pedagógico com os conteúdos de ensino, revendo metodologias e adequações necessárias às finalidades. O instrumento de coleta de dados para a avaliação do desempenho do educando, seja qual for o modelo escolhido, deverá respeitá-lo em seus esforços de estudar e aprender, portanto deverá apresentar um enunciado preciso, (sem ambiguidades), em linguagem clara e que atenda aos critérios estabelecidos. Para tanto, os instrumentos de avaliação selecionados pelo professor, deverão observar estratégias que: • ofereçam desafios, situações-problema a serem resolvidos; • sejam contextualizadas, coerentes com as expectativas de ensino e aprendizagem; • possibilitem que o aluno reflita, elabore hipóteses, expresse seu pensamento; • permitam que o aluno aprenda com o erro; • exponham, com clareza, o que se pretende; 203 • revelem, claramente, o que e como se pretende avaliar. Para atingir tais objetivos, a avaliação não pode ser fundamentada apenas em provas bimestrais, mas deve ocorrer ao longo do processo de aprendizagem, propiciando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão do conteúdo trabalhado. Apesar dessa diferenciação quanto os diferentes métodos de avaliação, não se pode perder de vista que há um conhecimento cuja apropriação pelo aluno é fundamental. A avaliação também é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados, portanto deverá ser avaliado o desenvolvimento da aprendizagem, de modo que a avaliação da aprendizagem auxilie o educando no seu desenvolvimento pessoal e na apropriação dos conteúdos significativos. Definindo-a como um procedimento sistemático e compreensivo em que se utilizam múltiplos instrumentos, conforme consta no Projeto Político Pedagógico desta escola. A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente, do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. E será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didáticometodológicos diversificados. Esta deverá indicar na área de estudos e os conteúdos da disciplina a proposta de recuperação. Os resultados da recuperação deverão ser incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe. Cabe ressaltar que os alunos com necessidades educacionais especiais no processo de ensino-aprendizagem serão avaliados a partir da flexibilização curricular 204 que facilitará a integração dos mesmos, assim respeitando a diversidade e o tempo de cada aluno. 5.1 INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Além de escolher com atenção os instrumento mais adequados e que favoreçam o ensino aprendizagem, o professor deve também atentar para os critérios de avaliação que utilizará para que os alunos sejam estimulados à aprendizagem dos conceitos matemáticos. Assim, os critérios utilizados nesta proposta estarão de acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica pág. 68/69: Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno: • comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004); • compreende, por meio da leitura, o problema matemático; • elabora um plano que possibilite a solução do problema; • encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático; • realiza o retrospecto da solução de um problema. Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a: • partir de situações-problema internas ou externas à matemática; • pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos problemas; • elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá- las; 205 • perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades; • sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada, • generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares; • socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada; • argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA, 2006, p. 29). .A avaliação será efetivada através de diferentes atividades, tais como: Trabalhos individuais e em grupo – desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos filosóficos e científicos. CRITÉRIOS O aluno: • interage com o grupo; • compartilha o conhecimento; • demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos; • compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano. 206 Leitura de textos – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento. CRITÉRIOS: O aluno: • compreende as ideias presentes no texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias. • ao falar sobre o texto, expressa suas idéias com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada. • estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula. Pesquisas bibliográficas – a solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se pretende. CRITÉRIOS: O aluno, quanto: • a contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza; • ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; • a justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa. • o aluno na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente. Seminário – oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa. 207 CRITÉRIOS O aluno: • o aluno demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; • apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados; • faz adequação da linguagem; • demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa; • traz relatos para enriquecer a apresentação; • faz adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação. Debate – possibilita a exposição de idéias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja turno de fala entre ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos. CRITÉRIOS O aluno: • aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os pensamentos divergentes; • ultrapassa os limites da suas posições pessoais; • explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição; • faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais.busca, por meio do debate da persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes; • registra, por escrito, as idéias surgidas no debate;demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate; 208 • apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. Questões objetivas – este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. CRITÉRIOS O aluno: • realiza a leitura compreensiva do enunciado; • demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; • utiliza do conhecimento adquirido. Questões discursivas – Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento. CRITÉRIOS O aluno: • compreende o enunciado da questão; • planeja a solução, de forma adequada; 209 • comunica-se por escrito, com clareza, sistematiza o conhecimento de forma adequada. Pesquisa de campo – essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais. CRITÉRIOS O aluno: • registra as informações, no local da pesquisa; • organiza e examina os dados coletados, conforme orientações; • apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese; • atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros). Atividades a partir dos recursos audiovisuais – o trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdos abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor. CRITÉRIOS O aluno: • compreende e interpreta a linguagem utilizada; • articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; • reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso. 210 Serão utilizados os recursos que estiverem disponíveis na escola, tais como: • Calculadoras; • Réguas; • Trenas; • Compassos; • Transferidores, esquadros; • Fitas métricas; • Vídeos; • Retro projetor; • Material dourado. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BIGODE, Antônio José Lopes. Matemática hoje é feita assim. São Paulo: FTD, 2000. BONGIOVANNI, Vicenzo, LAUREANO, José Luiz Tavares, LATTE, Olímpio Reudinin Vissoto. Matemática e Vida. São Paulo: Ática, 1991. CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática. Editora Gradiva. DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de Problemas Matemática. Editora Ática. DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática: Ensino Fundamental. São Paulo: Ática, 2005. 211 LELLIS, Marcelo Cestari. JAKUBOVIC, José. IMENES, Luis Mareio. Pra que serve a matemática? São Paulo: Atual, 1992. GUELLI, Oscar. Coleção contando a história da matemática. São Paulo: Ática, 1995. PPP – Projeto Político Pedagógico. GIOVANNI, José Ruy, CASTRUCCI, Benedito, GIOVANNI Jr. José Ruy. A conquista da Matemática. São Paulo: Editora FTD, 2002. LOPES, C. A. E.; FERREIRA, A. C. A estatística e a probabilidade no currículo de matemática da escola básica. In: Encontro Nacional de Educação Matemática, 7, Recife, 2004. Anais. Recife: UFPE, 2004. p.1-30. LUCKESI, Cipriano C. Verificação de avaliação, o que pratica na escola? In: Avaliação de aprendizagem escolar, estudos e proposição. 15 ed. São Paulo: Cortez, 2003, pág. 85 a 101. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008. BURIASCO, R. L. C. de. Análise da produção escrita: a busca do conhecimento escondido. In: ROMANOWSKI, J. P.; MARTINS, P. L. O.;JUNQUEIRA, S. R. A. (orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal: a aula, aulas nas ciências naturais e exatas, aulas nas letras e nas artes. Curitiba: Champagnat, 2004. MACHADO, N. J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista Quadrimestral da Faculdade de Educação – Unicamp – Proposições. Campinas, n. 1 [10], p. 25-34, mar. 1993. 212 BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2006. PAVANELO, R. M. ; NOGUEIRA, C. M. I. Avaliação em Matemática: algumas considerações. Avaliação Educacional. 2006, v. 17, n. 33. Disponível em: www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/1275/arquivoAnexado.pdf. Acesso em: 21 jan 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes curriculares da educação básica. Matemática. Curitiba, 2008. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – CIÊNCIAS 1. APRESENTAÇÃO A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas (KNELLER, 1980; ANDERY et al., 1998). A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir da aplicabilidade de método(s) científico(s). A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, sendo assim, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram, significa identificar, interpretar e compreender as diferentes formas de pensar sobre a Natureza. Vemos através da história e a filosofia da ciência que a sistematização do conhecimento científico evoluiu pela observação de regularidades percebidas na 213 Natureza, o que permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos que nela ocorrem. Tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura científica com repercussões sociais, econômicas, éticas e políticas. A disciplina de Ciências foi introduzida no currículo das escolas brasileiras em 1931, com objetivo de transmitir conhecimentos científicos. No final da década de 1980, no Estado do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propôs o Currículo Básico para o ensino de 1° grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia Histórico Crítica. O ensino de Ciências deve possibilitar a apropriação do conhecimento científico de seus conceitos e procedimentos, contribuindo para a compreensão do mundo e suas transformações a fim de nos reconhecermos como parte do Universo e como indivíduos capazes de interferir, de forma significativa no espaço em que vive. A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da investigação da natureza. Assim, as chamadas ciências naturais passaram a ser tomadas como um saber distinto das ciências matemáticas, das ciências sociais e das ciências aplicadas, bem como dos conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber cotidiano. 2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA Fornecer subsídios para que se estabeleçam atitudes individuais e coletivas onde se compreenda situações envolvendo a transformação da natureza, a melhoria da saúde, os avanços tecnológicos, os modos de produção e as relações que se estabelecem entre os seres vivos, empregando conhecimentos científicos básicos, buscando a valorização da vida no planeta. 3.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS 214 Os conteúdos estarão distribuídos por série da seguinte maneira: 6º ano: Conteúdos estruturante Conteúdos básicos Astronomia Universo Sistema solar Movimentos terrestres Movimentos celestes Matéria Constituição da matéria Sistemas biológicos Níveis de organização celular Energia Formas de energia Conversão de energia e Transmissão de energia Biodiversidade Organização dos seres vivos Ecossistema Evolução dos seres vivos 7º ano: Astronomia Astros Movimentos terrestres Movimentos celestes Matéria Constituição da matéria Sistemas Biológicos Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos Energia Formas de energia Transmissão de energia Biodiversidade Origem da vida Organização dos seres vivos Classificação dos seres vivos Sistemática 8º ano: Astronomia Origem e evolução do Universo Matéria Constituição da matéria Sistemas biológicos Célula 215 Morfologia e fisiologia dos seres vivos Energia Formas de energia Biodiversidade Evolução dos seres vivos 9º ano Astronomia Astros Gravitação Universal Matéria Propriedades da matéria Sistemas biológicos Morfologia e fisiologia dos seres vivos Mecanismos de herança genética Energia Formas de energia Conservação de energia Biodiversidade Interações ecológicas 4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA O encaminhamento metodológico para o ensino dos conceitos científicos se dará principalmente pela ação do professor, principal agente mediador do ensino, que se utilizará de diferentes abordagens. Dentre os encaminhamentos necessários, a análise criteriosa de manuais didáticos, revistas científicas, livros didáticos e paradidáticos com olhar crítico, a fim de evitar o ensino de conceitos equivocados. O professor deverá observar as implicações necessárias à abordagem do trabalho pedagógico, objetivando para o ensino dos conteúdos, portanto, deverá selecionar os conteúdos específicos de acordo com o número de aulas de cada série, com o calendário escolar e, com o Projeto político Pedagógico da Escola. O ensino dos conteúdos científicos deve ocorrer de maneira integradora, ou seja, o professor deverá estabelecer as relações do conceito estudado com outros conceitos que permitem a compreensão de um fenômeno e as inter-relações desses conceitos no sistema (relações interdisciplinares). Também, deve analisar o aspecto 216 contextual do fenômeno ou sistema estudado permitindo situar o conhecimento em relação à sua determinação política, histórica, social e econômica. Serão abordados de forma articulada aos conceitos científicos os conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei 11.645/08), a Educação Ambiental (Lei 9.795/99), o Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente (Lei Federal 11.525/07), a Prevenção ao uso indevido de drogas e sexualidade humana e a Educação Tributária (Decreto nº1.143/99, Portaria nº 413/02 ). Onde o trabalho será contemplado no momento da exploração e interpretação de textos, nas contextualizações, intertextualidades, pesquisas, projetos e etc. Quanto aos aspectos essenciais ao ensino de Ciências, assim como à formação do professor, a história da Ciência, a divulgação científica e a atividade experimental complementam-se na prática pedagógica e propiciam melhor integração dos conceitos científicos escolares. A variedade de metodologias para abordagem do conteúdo proporciona vê-lo sobre diferentes ângulos, portanto problematizar uma situação em que exija o uso do conceito, utilizar a investigação científica por meio de pesquisas, promover atividades em grupo, tanto experimentais como de debate e, promover situações lúdicas sobre o conteúdo, são elementos que valorizam, motivam e promovem o ensino dinâmico do conteúdo disciplinar. O processo ensino-aprendizagem pode ser mais bem articulado com o uso de: recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como livros didáticos, texto de jornal, revistas científicas, figuras, música, mapas (geográficos, sistemas biológicos entre outros), globo, modelos didáticos (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogos, telescópios, televisor multimídia, computador, etc. 217 De recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos,etc. 5. AVALIAÇÃO A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96, deve ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o estudante aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e planejar sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da avaliação tão somente classificatória e excludente. A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por meio de problematizações envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais, ou mesmo a partir da utilização de jogos educativos, entre outras possibilidades, como o uso de recursos instrucionais que representem como o estudante tem solucionado os problemas propostos e as relações estabelecidas diante dessas problematizações. Dentre essas possibilidades, a prova pode ser um excelente instrumento de investigação do aprendizado do estudante e de diagnóstico dos conceitos científicos escolares ainda não compreendidos por ele, além de indicar o quanto o nível de desenvolvimento potencial tornou-se um nível real (VYGOTSKY, 1991b). Para isso, as questões da prova precisam ser diversificadas e considerar outras relações além daquelas trabalhadas em sala de aula. As modalidades de avaliação estarão diretamente relacionadas aos objetivos e os tipo de conteúdo que o professor deseja avaliar, podendo utilizar para isso atividade de leitura, projeto de pesquisa bibliográfica, produção de texto, palestras e apresentações orais, atividades experimentais, relatórios, seminários, debates, 218 atividades a partir de recursos audiovisuais, trabalhos em grupo, questões discursivas, questões objetivas, sendo que os critérios de avaliação serão estabelecidos observando-se a série e o conteúdo trabalhado.(DCEs, 2008). Quanto aos instrumentos utilizados para as atividades de sondagem de aprendizagem, serão considerados os seguintes critérios: • Numa atividade de leitura dos alunos o professor deve considerar se houve compreensão das idéias presentes no texto, com o aluno interagindo com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias; • O aluno ao falar sobre o texto, analisar se ele expressa suas idéias com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada; • Nas atividades de pesquisa bibliográficas, deve-se considerar se o aluno compreende os passos de uma apresentação de trabalho científico, expressando por meio da escrita, a sistematização da pesquisa e compreendendo a importância de apresentar conclusões a respeito do que foi pesquisado; • As produções textuais devem obedecer as circunstancias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.); • A apresentação oral deve expressar a compreensão do conhecimento sobre o conteúdo abordado com criatividade e deverá cuidadosamente prepará-lo para o desenvolvimento de habilidades de expressão oral para grupos. • As atividades deverão proporcionar ao aluno a oportunidade de fazer conclusões a respeito do fenômeno observado e levantar hipóteses que poderão ser comprovadas ou testadas com outras atividades experimentais ou por meio de pesquisa. • Na pesquisa de campo o aluno deverá ser capaz de compreender os procedimentos necessários à coleta de dados e o exame do material para a conclusão do trabalho prático. 219 • Em debates sobre os resultados obtidos deverá se observar se aceita a lógica da confrontação de posições, ultrapassa os limites das suas posições pessoais, explica racionalmente os conceitos e valores que fundamentam sua posição, se apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. • O uso de questões discursivas deve considerar se o aluno consegue se expressar por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua portuguesa; • O uso de questões objetivas deve expressar o quanto o aluno entendeu o enunciado da questão e analisou minuciosamente as possibilidades apresentadas. • Os relatórios deverão ser analisados considerando os seguintes tópicos: • Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho que deu origem ao relatório, apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conteúdos construídos. • Metodologia e material: descreve, objetiva e claramente, como realmente se deu o trabalho desenvolvido. Embora seja uma descrição suscinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do que se está falando. • Análise: consta os elementos e situações interessantes que tenham acontecido. Estabelece as relações entre a atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem à atividade em questão; • Considerações finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. • Os seminários oportunizam a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos, possibilitando uma discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando, apresentados. A avaliação na inclusão: de modo fundamentado, os argumentos 220 É importante que o professor, dentro desse processo, seja flexível, verifique e valorize o processo do aluno envolvendo-o num trabalho que inclua uma variedade de situações de aprendizagem, possibilitando aos alunos de inclusão que expressem seu conhecimento de diversas maneiras, respeitando sempre suas limitações e possibilidades. Será oportunizada a recuperação de estudos de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didáticos metodológicos diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento. Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos em cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político Pedagógico, Regimento Escolar o estabelecimento e também as orientações da LDB, conforme segue: • A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). • Para a promoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero). 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ciências. Curitiba, 2008. PROJETO ARARIBÁ:Ciências/ obra coletiva. 1 ed. São Paulo: Moderna, 2006. 221 GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências. 4ª ed. São Paulo:ática,2009. CRUZ, Daniel. Ciências e Educação Ambiental/obra coletiva. 26ª ed. São Paulo:Atica,2001. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pegagógico. Campo Mourão,2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA A Proposta Pedagógica está presente nos Artigos 12, e 13 da Lei de Diretrizes e Bases - 9394/96, e no artigo 14, da mesma lei, como Proposta Curricular, não existindo diferença entre os termos. Portanto, a Coordenação de Gestão Escolar (CGE) da Secretaria de Estadual de Educação optou pelo termo Proposta Pedagógica Curricular. CGE/2009 1. OBJETIVO GERAL A Proposta Pedagógica da disciplina de Biologia tem como objetivo geral valorizar os conteúdos científicos próprios da disciplina sem que ocorra o esvaziamento dos mesmos, permitindo que tais conteúdos estejam articulados aos conteúdos estruturantes da Biologia, aprimorando o conhecimento científico a partir da vivência do aluno. 222 2. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA O Fenômeno VIDA é o objeto de estudo da biologia, este por sua vez, ao longo da história da humanidade, recebeu muitos conceitos no intuito de explicá-lo e compreende-lo. Segundo FERNANDES (2005, p. 04) muitos estudiosos desde filósofos, naturalistas e pioneiros no campo da medicina contribuíram no desenvolvimento de campos de saber que acabaram reunidos, na escola, sob o nome de ciências, ciências físicas e biológicas, ciências da vida, ou ciências naturais. A necessidade de garantir a sobrevivência humana foi um dos motivos que levou os estudiosos a se preocuparem com a descrição dos seres vivos e os fenômenos naturais o que levou o ser humano a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel como parte deste. Assim, os pensamentos que impulsionaram a compreensão e construção das concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino, estão pautados na história da ciência e nos contextos históricos religiosos, econômicos, políticos e sociais. Sob a influência de filósofos da antiguidade como Platão e Aristóteles, da Igreja na Idade Média, da Política e economia na Revolução Industrial, enfim, teocentrismo, descritivo, mecanicismo, evolucionismo e da manipulação genética, os conhecimentos construídos e acumulados vieram a contribuir para o que é hoje a Biologia (PARANÀ, 2006). Assim, as Diretrizes Curriculares fundamentam-se na concepção histórica da ciência articulada aos princípios da filosofia da ciência. Portanto, ao partir da dimensão histórica da disciplina de Biologia, foram identificados os marcos conceituais da construção do pensamento biológico, que foram adotados como critérios para escolha dos conteúdos estruturantes e dos encaminhamentos metodológicos. Como elemento de construção científica, a Biologia deve ser entendida como processo de produção do próprio desenvolvimento humano (ANDERY, 1988). O 223 avanço da Biologia, portanto, é determinado pelas necessidades materiais do ser humano com vistas ao seu desenvolvimento, em cada momento histórico. No contexto dessas reflexões, entende-se, que a disciplina de biologia contribui para formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do fenômeno VIDA e em sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres vivos; no funcionamento dos mecanismos biológicos; no estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e relações ecológicas; e na análise da manipulação genética. O ensino de Biologia deve propiciar condições que possibilitem o reconhecimento pelo aluno dos fundamentos básicos da investigação cientifica; da ciência como atividade humana em constante transformação, não neutra, ou seja, que sofre influência de fatores históricos, sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos na sociedade e no ambiente (BRASIL, 2006). O ensino de Biologia deve superar a condição de memorização direta e comportamentalista. É necessária a adoção de uma prática pedagógica fundamentada nas teorias críticas assegurando ao professor e ao aluno a participação ativa no processo pedagógico. Ao professor compete direcionar o processo pedagógico, interferir e criar condições necessárias à apropriação do conhecimento pelo aluno como especificidade de seu papel social na relação pedagógica, contribuindo na formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico. 2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS – ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Essa Proposta Pedagógica Curricular baseada nas Diretrizes Curriculares e ancorada na história e filosofia da ciência orienta uma nova relação entre professor, aluno e conhecimento. A partir dessa reflexão foi construído o conceito de conteúdo estruturante, que resgata a importância dos conteúdos disciplinares e do professor como autor de seu plano de ensino, contrapondo-se, assim, aos modelos de 224 organização curricular que vigoraram na década de 1990, os quais esvaziaram os conteúdos disciplinares para dar destaque aos chamados temas transversais. Os conteúdos estruturantes são os saberes, conhecimentos de grande amplitude, que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para as abordagens pedagógicas dos conteúdos básicos e específicos e conseqüente compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Outro aspecto importante a ser mencionado é o conceito de conteúdo básico, que se refere aos conhecimentos fundamentais para cada série da etapa final do ensino médio, considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é de responsabilidade do professor. Os conteúdos estruturantes foram assim definidos: • Organização dos Seres Vivos; • Mecanismos Biológicos; • Biodiversidade; • Manipulação Genética. Já os conteúdos básicos de Biologia são: • Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos; • Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia; • Mecanismo de desenvolvimento embriológico; • Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos; • Teorias Evolutivas; • Transmissão das características hereditárias; • Dinâmica dos ecossistemas: relações interdependência com o ambiente; • Organismos genéticamente modificados. entre os seres vivos e 225 3. ABORDAGEM TEÓRICO – METODOLÓGICA “Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia a abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes de modo que ao introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, agrupando-os e categorizando-os, seja possível também, discutir o mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a abordagem do conteúdo classificação dos seres vivos não se restringe a um único conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem pedagógica, o início do trabalho poderia ser o conteúdo específico organismos geneticamente modificados, partindo-se da compreensão das técnicas de manipulação do DNA comparando-as com os processos naturais que determinam a diversidade biológica, chegando à classificação dos Seres Vivos. Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos Sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos incluindo-se o conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos que permitirá estabelecer a comparação entre os sistemas, envolvendo inclusive a célula, seus componentes e respectivas funções. Neste contexto, é importante que se perceba que a célula tanto pode ser compreendida como elemento da estrutura dos seres vivos quanto um elemento que permite observar, comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a abordagem do conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a diversidade, envolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido modificações naturais e produzidas pelo homem”. (DCE, 2009) 226 No ensino de biologia, o aluno deverá compreender o fenômeno VIDA e sua complexidade de relações, cujo caráter provisório garante a reavaliação dos seus resultados, possibilitando o repensar e a mudança constante de conceitos e teorias elaboradas em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural. Para tanto é necessário considerar o que o aluno já detém, contextualizando o conhecimento, e a partir disso sistematizar os conteúdos com a desconstrução de conceitos e reconstrução/ apropriação de outros, mas vendo o aluno como sujeito ativo e crítico no processo (RAMOS, s/d). 3.1. SELEÇÃO DE CONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE DO COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO: Os conteúdos estruturantes: Organização dos Seres Vivos; Mecanismos Biológicos; Biodiversidade; Manipulação Genética serão contemplados em todas as séries, uma vez que são eles que balizam o conhecimento científico a cerca do objeto de estudo da Biologia que é o fenômeno VIDA. 1° ANO CONTEÚDO BÁSICO • Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia. • Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. • Teorias evolutivas. • Transmissão das características hereditárias. • Mecanismos de desenvolvimento embriológico. • Dinâmica dos ecossistemas: relações interdependência com o ambiente. • 2° ANO Organismos Geneticamente Modificados. entre os seres vivos e 227 CONTEÚDO BÁSICO • Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos. • Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia. • Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. • Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e seres vivos e interdependência com o ambiente. • Organismos Geneticamente Modificados. 3° ANO CONTEÚDO BÁSICO • Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia. • Mecanismos de desenvolvimento embriológico. • Teorias evolutivas. • Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os interdependência com o ambiente. • Organismos Geneticamente Modificados. 4. AVALIAÇÃO Produzir bons e adequados instrumentos para coletar dados na avaliação da aprendizagem do nosso educando, sem subterfúgios, sem enganos, sem complicações desnecessárias, sem armadilhas, significa preparar uma avaliação intencional e bem planejada. Esse processo de avaliação requer instrumentos e estratégias que: 1. Ofereçam desafios, situações-problema a serem resolvidas; 2. Sejam contextualizadas, coerentes com as expectativas de ensino e aprendizagem; 228 3. Possibilitem a identificação de conhecimentos do aluno e as estratégias por ele empregadas; 4. Possibilitem que o aluno reflita, elabore hipóteses, expresse seu pensamento; 5. Permitam que o aluno aprenda com o erro; 6. Exponham, com clareza, o que se pretende; 7. Revelem, claramente, o que e como se pretende avaliar. Qualquer instrumento de coleta de dados sobre o desempenho da aprendizagem é bom, contanto que seja adequado como recurso de investigação (pesquisa) sobre as aprendizagem do educando, de tal forma que possibilitem uma intervenção adequada de reorientação do trabalho pedagógico. A avaliação contínua e formativa, em sua abrangência alcança todo o processo de construção de conhecimentos que acontece nas salas de aula. Ou seja, se os conteúdos são importantes para estarem na proposta pedagógica curricular e, por conseguinte, em nossos planos de trabalho docente, então eles serão objeto de nossa avaliação. A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à concepção de avaliação contínua e formativa. Se a avaliação contínua e formativa visa à aprendizagem, à formação do aluno, então essa continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula. Para tanto, apresentamos nessa Proposta Pedagógica Curricular alguns modelos de atividades avaliativas que serão postas em prática: • Atividade de Leitura Compreensiva de Textos: A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que o professor verifique a compreensão dos conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento prévio do aluno e aquele adquirido na Educação Básica. 229 • Projeto de Pesquisa Bibliográfica: O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação Básica, constitui-se numa consulta bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao aluno o contato com o que já foi escrito ou pensado sobre o tema que ele está pesquisando. Esse contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O aluno precisa construir esse conhecimento e, para isso, não é suficiente que se dê para ele apenas o título da pesquisa. A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se propõe ao aluno. • Produção de Texto: Neste tipo de atividade é preciso considerar, as circunstâncias de produção dos textos que são solicitados ao aluno para que ele possa assumir-se como locutor e, desta forma, conforme propõe Geraldi (1997), ter o que dizer; razão para dizer; como dizer, interlocutores para quem dizer. • Palestra / Apresentação Oral: A apresentação oral é uma atividade que possibilita avaliar a compreensão do aluno a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a organização e exposição das idéias. Tanto pode ser a apresentação oral de um trabalho que foi escrito como pode ter a forma de uma palestra, logicamente adequada em questões como tempo de duração. • Atividades Experimentais: São aquelas atividades que têm, de fato, a característica de experimentação. São práticas que dão espaço para que o aluno crie hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo. As atividades experimentais levam em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição. A atividade experimental possibilita que se avalie o estudante quanto à sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades. Entretanto, ao introduzir a experimentação como integrante do processo pedagógico, faz-se necessário considerar os aspectos éticos da experimentação animal que envolva a vivisecção de animais domésticos ou exóticos, ou ainda, experimentos que causem danos à fauna e flora nativa, à biodiversidade e, de modo mais amplo, ao 230 próprio ser humano. Os experimentos, ao serem planejados, devem estar sempre amparados pelos dispositivos legais vigentes, tais como: • Lei Estadual do Paraná n. 14.037, de 20 de março de 2003, que institui o Código Estadual de Proteção aos Animais; • Lei de Biossegurança; • Resoluções do Conama/MMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente); • Política Nacional da Biodiversidade. • Educação Ambiental (Lei 9795/99) Dec. 4201/02 • Projeto de Pesquisa de Campo: O trabalho de campo é um método capaz de auxiliar o professor na busca de novas alternativas para o processo de ensino-aprendizagem, colaborando com eficácia a construção de conhecimentos e para a formação dos alunos como agentes sociais. • atividade Relatório: O Relatório é um conjunto de descrições e análise da desenvolvida. Na Educação Básica, os relatórios auxiliam no aprimoramento da habilidade nesta área específica da comunicação escrita. É, também, um instrumento de ensino, pois possibilita ao estudante a reflexão sobre o que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento, o qual foi desenvolvido na aula de campo, pesquisa, laboratório, atividade experimental, entre outras. • Seminário: O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de idéias, onde cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados. A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as explicações feitas em aula cria, ainda, a possibilidade de colocar o estudante em contato direto com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa. Portanto, temas relacionados à área biológica ligada a História do Paraná (Lei n°13381/01), Música (Lei 11.769/08), Educação Fiscal serão temas a serem trabalhados de forma contextualizada e relacionados aos conteúdos de biologia sempre que for possível a articulação entre os mesmos, nesta forma metodológica 231 ou em qualquer outra forma que seja pertinente. Assim para atender tais demandas de conteúdos os mesmos serão definidos a partir de estudos aprofundados sobre a disciplina de biologia e os conteúdos exigidos em tais Leis pela SEED, os quais serão elencados no Plano de Trabalho Docente. • Debate: É no debate que podemos expor nossas idéias e, ouvindo os outros, nos tornarmos capazes de avaliar nossos argumentos, sendo, portanto um excelente recurso didático para atender a Lei Federal n° 11525/07 Enfrentamento à Violência Contra a Criança e ao Adolescente e também a Educação Tributária Dec. n° 1143/99, portaria n° 413/02. • Atividades A Partir De Recursos Audiovisuais: Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que podem enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas. O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a pesquisa do professor sobre o recurso a ser levado para os alunos. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado Cabe ao professor a didatização do conteúdo apresentado. • Trabalho em Grupo: O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações pedagógicas envolvam o aluno, seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição de atitudes que promovam uma interação social; é aquela em que as ações de um aluno o conduzem a compartilhar conhecimento, contribuindo de forma significativa para a sua aprendizagem. Nesta prática pedagógica, as ações do professor são as de um orientador que acompanha o trabalho do grupo e que, na medida da necessidade, redireciona as atividades. 232 • Questões Discursivas: Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento. Todos os instrumentos podem e devem, haja vista a concepção de educação numa perspectiva dialética, ser entendidos pelo menos em três dimensões: • A compreensão dos conteúdos por parte do aluno – ele entendeu o que é? Lembrar que repetir o que o livro diz não dá conta de dimensionar de fato o que ele entendeu, por isso da necessidade em se romper com modelos positivistas de avaliação e de metodologia de ensino. • A capacidade de fazer relações entre esse conteúdo com outros e com sua vida, relações estas que são históricas, sociais, políticas, culturais e econômicas. Lembrar que o conteúdo em sua totalidade dá essa dimensão, e que conhecer, significa fazer da gênese do conteúdo seu significado, portanto, contextualizar é trabalhar o conteúdo no seu sentido de origem. Aos poucos os alunos devem ser levados a fazer estas relações e perceber essa totalidade. • Capacidade de posicionar-se, emitir julgamento, criticar. Essa é uma atitude de superar o senso comum, posicionar-se implica em usar referenciais, ou seja, lançar mão de todos os fundamentos conceituais (históricos, políticos, culturais, econômicos, etc.) para defender seu posicionamento. Assim, em relação ao ensino de Biologia a avaliação precisa ser compreendida como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem, bem como de investigação da prática pedagógica tendo uma dimensão formativa, buscando informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica 233 para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem. Portanto, é necessário que o critério de avaliação esteja diretamente ligado à intencionalidade do ensino de um determinado conteúdo, bem como, com o objetivo de acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos. Assim espera-se que o aluno do Ensino Médio no: 1° ANO Compreenda a organização, constituição, funcionamento e importância das diferentes células dos sistemas biológicos; Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos; Estabeleça as características específicas dos microrganismos, dos organismos vegetais e animais, e dos vírus; Classifique os seres vivos quanto ao nº de células (unicelular e pluricelular), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada); Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso); Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas; Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem no interior das células; Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias; Compare e estabelece diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais freqüentes nos sistemas biológicos (histologia); Conheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da 234 vida e a evolução das espécies; Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos seres vivos; Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na diversidade biológica; Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica que envolve a manipulação genética. 2° ANO • Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos; • Estabeleça as características específicas dos microrganismos, dos organismos vegetais e animais, e dos vírus; • Classifique os seres vivos quanto ao nº de células (unicelular e pluricelular ), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada); • Conheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e molecular) dos seres vivos. • Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso); • Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas; • Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem no interior das células; • Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias; • Compare e estabelece diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais freqüentes nos sistemas biológicos (histologia). 235 • Conheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das espécies; • Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos seres vivos; • Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres vivos; • Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações existentes entre estes; • Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do equilíbrio dos ecossistemas; • Conheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes como meio em que vivem. • Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados decorrentes de sua aplicação/utilização; • Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócio-ambientais; • Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na diversidade biológica; • Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica que envolve a manipulação genética. 3º ANO • Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos seres vivos; • Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres vivos; • Conheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das espécies; 236 • Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações existentes entre estes; • Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do equilíbrio dos ecossistemas; • Conheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes como meio em que vivem. • Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados decorrentes de sua aplicação/utilização; • Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócio-ambientais; • Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na diversidade biológica; • Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica que envolve a manipulação genética. Atendendo a Legislação: Lei 11734/97 – prevenção AIDS – alunos educação básica PR; Lei 11645/08 – História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena, Lei 9795/99 – política nacional de educação ambiental, os conteúdos referentes a esse temas serão contemplados no decorrer do ano, fazendo sempre a articulação com os conteúdos estruturante, básicos e específicos da disciplina de Biologia. A abordagem pedagógica sobre a história e cultura afro-brasileira e indígena, poderá ser desenvolvida por meio de conteúdos que envolvam estudos sobre a origem, a evolução e a constituição genotípica e fenotípica da espécie humana e suas populações (PARANÁ, 2008), com o objetivo de propor a discussão do porque somos todos muito parecidos e, ao mesmo tempo, muito diferentes. 5. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS 237 A recuperação de estudos será concomitante ao processo letivo, tendo por lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de avaliação. Os diferentes instrumentos de avaliação, serão meios para perceber os conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser retomados no processo de recuperação de estudos. Portanto, é necessária a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação e a reavaliação do conteúdo já “reexplicado” em sala de aula. Cabe ao professor perceber, através dos instrumentos de avaliação, em que dimensões os conteúdos devem ser retomados e reavaliados. A reavaliação será ofertada sob diferentes formas podendo ser formal ou informal. O peso e a proporcionalidade das avaliações estarão de acordo com o Regimento Escolar, sendo que, o peso das provas não será maior que o peso das outras atividades, daí a importância da definição dos critérios de avaliação para cada instrumento utilizado. O peso da recuperação de estudos será proporcional aos valores das avaliações (como um todo), ou seja, se o processo vai de 0 a 100% de apreensão, diagnóstica e retomada dos conteúdos, a recuperação terá peso de 0 a 100%. Enfim, ao adotar a avaliação e reavaliação como instrumentos analíticos do processo de ensino aprendizagem com um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo possam professores e alunos tornarem-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia: volumes 1, 2 e 3. Ed. São Paulo: Moderna, 2004. 238 ANDERY, M. A. et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. São Paulo: EDUC, 1988. BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o Ensino Médio: ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. v. 2. Brasília: Ministério da Educação, 2006. FERNANDES, J. A. B. Ensino de ciências: a biologia na disciplina de ciências. Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, São Paulo, v.1, n.0, ago 2005. GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2002. KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: EDUSP, 2004. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Biologia para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2006. PARANÁ. Avaliação – um processo Intencional e Planejado. Departamento de educação Básica. Grupos de Estudos 2008. 2° Encontro. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/sem_ped_2009/tex tos_apoio/CGE/Segundo_Encontro.pdf. RAMOS, M. N. A contextualização no currículo de Ensino Médio: a necessidade da crítica na construção do saber científico. Mimeo, sem data. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – FÍSICA 239 1 - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A física permite-nos conhecer as leis gerais da natureza que regulam o desenvolvimento dos processos que se verificam, tanto no universo circundante como no universo geral. O objetivo da física consiste em descobrir as leis gerais da natureza e esclarecer, com base nelas, processos concretos. Os cientistas, à medida que se aproximavam desse objetivo, iam compreendendo melhor o panorama grandioso e complexo da unidade universal da natureza. O universo não é um conjunto simples de acontecimentos independentes, mas todos eles constituem manifestações evidentes do universo considerado como um todo. O objetivo principal da ciência é buscar conhecer o mundo e as leis que o regem, por este motivo ela está presente em todas as civilizações, porém em maior ou menor grau de desenvolvimento. Espera-se que o educando com o estudo da disciplina possa conhecer as unidades e as relações entre as unidades de uma mesma grandeza física para fazer traduções entre elas e utilizá-las adequadamente, construir sentenças ou esquemas para a resolução de problemas; construir tabelas e transformá-los em gráficos, ler e interpretar informações apresentadas em diferentes linguagens e representações técnicas, elaborar relatórios analíticos, apresentando e discutindo dados e resultados, seja de experimentos ou de avaliações críticas de situações, fazendo uso, sempre que necessário, da linguagem física apropriada. Um dos cientistas que mais deixou descobertas tecnológicas para a sociedade atual, foi Leonardo Da Vince, que além de pintor era um grande inventor, criando projetos de helicópteros, tanques de guerra, asa delta, instrumentos musicais, salva vidas, etc... . Quando ele viveu em Milão, construiu um sistema de abastecimento de água e esgoto, estudou perspectiva, ótica e anatomia. A física é uma das principais ciências, responsável por todo o desenvolvimento tecnológico desde o começo do mundo. Foi através da física que hoje temos carros, aviões, helicópteros, telescópio, satélites, ônibus espacial, televisão, rádio, armas , bombas, trens e muitas outras coisas, e é através da mesma 240 que hoje estamos melhorando essas descobertas, pois já temos metrôs que flutuam devido ao magnetismo, temos aviões muito mais rápidos e confortáveis. Devemos lembrar que é devido à física que descobrimos os movimentos da Terra e assim estabelecemos um sistema de horas para dividir nosso tempo, e é através dela que podemos estudar outros planetas, galáxias e estrelas. Quando observamos a História, percebemos que a física sempre esteve presente, talvez de modos diferentes, mas, a partir do momento em que o homem começou a observar a natureza que o envolvia e procurou entendê-la, a física se desenvolveu grandemente. Um dos primeiros homens que começou a compreender isto, e contribuiu muito para sua sociedade e o mundo, foi Arquimedes. Ele estudou, descobriu e formalizou as leis da mecânica, tendo inventado o sistema de roldanas, a alavanca e muitas outras máquinas. Querendo demonstrar o poder da alavanca, ele disse: "Dêem-me um outro lugar onde eu possa colocar-me, e uma alavanca de tamanho adequado, e eu deslocarei a terra". Foi baseado no princípio da alavanca que ele também criou a catapulta, a qual ajudou muito seu povo em resistir à invasão dos romanos. Além disso, ele descobriu os princípios da hidrostática, no qual formulou o que é conhecido como princípio de Arquimedes, que dizia que "todo corpo mergulhado num fluído, recebe um impulso de baixo para cima igual ao peso do volume do fluído deslocado", explicando o porquê os corpos mais densos afundam na água e os menos densos flutuam. Também existiram outros gregos, como Heron, o qual propôs os princípios da pneumática, Ptolomeu, que foi o responsável pelos estudos da óptica geométrica. E foi devido a todo este desenvolvimento que a Grécia se tornou uma potência de sua época, porém devemos lembrar que foi esta mesma ciência que causou sua queda. Durante o renascimento, pouco desenvolvimento ocorreu nas ciências, porém um grande nome da renascença, foi Galileu Galilei, que foi um dos primeiros cientistas a levar a experimentação as suas conclusões. Ele estabeleceu a lei da queda dos corpos, afirmando que "quando um corpo cai livremente, sua aceleração é 241 constante, e é a mesma para todos os corpos, leves ou pesados , pequenos ou grandes". A história diz que ele provou isto deixando cair livremente dois corpos diferentes da torre de Pisa. Na astronomia, ele foi o primeiro homem a observar o céu com um telescópio, concluindo que todos os outros astros são constituídos por substâncias iguais à do nosso planeta. Ele era grande defensor do sistema heliocêntrico, proposto por Copérnico, segundo o qual dizia que os planetas, inclusive a Terra, giram em torno do sol. Porém, foi no século dezessete, que a física se impôs e desenvolveu-se grandemente com os estudos de Isaac Newton. Suas principais contribuições estão no campo da matemática e no campo da ciência natural, com desenvolvimento e sistematização da mecânica, a criação da teoria da gravitação universal, o estudo e o estabelecimento de leis a respeito da refração luminosa e a natureza corpuscular da luz. Entretanto, foi no século dezenove que a ciência se desenvolveu numa velocidade nunca antes visto, pois as experiências se firmaram, surgiram grandes cientistas e o uso tecnológico começou a desenvolver-se muito rápido. A indústria começou a se espalhar pelo mundo e máquinas começaram a substituir os homens. Foi o desenvolvimento desse século que começaram a determinar quais eram os países mais desenvolvidos. No século vinte, a rapidez do desenvolvimento da ciência, está evidente. Existe um número bem maior de cientistas, os meios de comunicação estão em todo o mundo, a sofisticação está tomando conta da tecnologia e percebe-se que a ciência controla um grande mercado financeiro, gerando grande capital para as nações que a tem em desenvolvimento. E para que uma nação se desenvolva, é necessário ter ciência, e para isso, deve-se ter uma educação capaz de proporcionar pessoas desenvolvidas intelectualmente e que querem melhorar o mundo em que vivem, pois todos os cientistas citados nesta obra, tiveram uma educação muito "forte". E os cientistas atuais estão preocupados em como os países estão investindo em sua educação, pois só assim a ciência poderá se desenvolver. A avaliação tem função diagnóstica, 242 formativa e somativa, ocorrendo em espaços e tempos diferenciados do Ensino Regular. 2 - OBJETIVO GERAL Possibilitar ao estudante uma reflexão crítica sobre o mundo das ciências; educando-os para cidadania, considerando a dimensão crítica do conhecimento científico sobre o Universo de fenômenos e a não-neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais. 3- CONTEÚDOS Os conteúdos estruturantes e básicos servem para orientar o trabalho docente, através dele o educador pode planejar as aulas de forma a otimizar o processo ensino aprendizagem, também para a orientação de métodos a serem adotados. Os conteúdos estruturantes e básicos a serem trabalhados em física seguem abaixo. ESTRUTURANTES Movimento Termodinâmica Eletromagnetismo BÁSICOS - Momentum, Inércia e a conservação do Momentum; - Variação da quantidade de movimento = Impulso e a 2ª Lei de Newton; - Gravidade; - 3ª Lei de Newton e Condições de equilíbrio; - Energia e o Principio da Conservação da Energia; - Fluidos; - Oscilações. - Lei zero da Termodinâmica; - 1ª Lei da Termodinâmica; - 2ª Lei da Termodinâmica; - Entropia e a 3ª Lei da Termodinâmica.1 - Carga elétrica; - Campo; - Força eletromagnética; - Equações de Maxwell; - Energia e o principio da conservação da energia; 243 - Luz. 4 - METODOLOGIA Buscar-se-á estratégias que provoque a participação constante dos alunos, despertando a interação aluno – aluno, aluno – professor versus conhecimento partindo do saber do aluno, problematizando este para despertar a busca de instrumentos teóricos – práticos para a construção de conhecimentos importantes para interferir na prática social. Os conteúdos de Física serão trabalhados de forma contextualizada, para a formação de conceitos, contemplando os conhecimentos trazidos pelos alunos, fazendo com que os mesmos entendam a matemática como instrumento para compreender e solucionar os problemas do cotidiano. Os conteúdos serão trabalhados com aulas expositivas, resolução e correção de exercícios para eliminar dúvidas, lista de exercícios complementares, material concreto, pesquisas de campo, bem como o uso de recursos áudio visuais como: laboratório de informática e a tv pendrive para a apresentação de conteúdos. As aulas serão desenvolvidas respeitando as diferenças e valorizando a singularidade de cada educando. A abordagem pedagógica das demandas referentes a : História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº11.645/08); História do Paraná (Lei nº13381/01); Música (Lei 11.769/08); Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana; Educação Fiscal; Enfrentamento à violência contra a Criança e ao Adolescente ( Lei Federal nº 11525/07); Educação Tributária Dec. nº1143/99, portaria nº 413/02 e Educação Ambiental ( Lei 9795/99) Dec.4201/02, serão abordados de forma contextualizada e relacionadas sempre que for possível a articulação entre os mesmos aos conteúdos de ensino 244 5 - AVALIAÇÃO A avaliação será realizada de modo a contemplar os diferentes momentos do processo de ensino e aprendizagem e sendo coerente com a proposta pedagógica da escola e com a metodologia utilizada. Assim deve servir como instrumento que orienta a prática do professor e possibilitar ao educando uma aprendizagem sólida e significativa. A avaliação será feita de uma forma continua, cumulativa e global focada no processo de ensino-aprendizagem e não apenas no aluno. Na avaliação do processo ensino aprendizagem será considerado: a avaliação dos próprios alunos sobre o quanto aprenderam e sobre suas dificuldades nesse aprendizado. Também será considerado o resultado global dos alunos aferidos nas diversas atividades realizadas. O quadro abaixo apresenta os instrumentos e critérios de avaliação observando e respeitando as diferenças e valorizando a singularidade de cada educando. Instrumentos de Avaliação Pesquisa de Campo Trabalho em Grupo Critérios de Avaliação - registrar informações, no local de pesquisa; - organiza e examina os dados coletados, conforme orientações; - apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído; - atende ao que foi solicitado como conclusão do trabalho. - interagir com o grupo; - compartilha o conhecimento; - demonstra os conhecimentos formais da disciplina; - compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano. - realiza leitura compreensiva do enunciado; 245 Questões Objetivas - demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; - utiliza de conhecimentos adquiridos. Pesquisa bibliográfica - a contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza; - ao problema, apresenta de forma clara, o tema levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; - a justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTÔNIO, J. C. et al. Coleção novo ensino médio – Física. Ed. Companhia da Escola Campinas Escola.2002. BONJORNO, R. A. et al. Física Completa – ED. FDT S.A. São Paulo 2000. INTERNET: www.brasilescola.com/física INTERNET: www.fisica.net LDB - Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI No. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. D.O. U. de 23 de dezembro de 1996. PPP – Projeto Político Pedagógico da Colégio estadual Antônio Teodoro de Oliveira, 2007. PPP – Projeto Político Pedagógico da Colégio estadual Unidade Polo, 2007. PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Fundamental. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Curitiba, 2006. 246 PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Livro Didático Público. Física. Vários autores. Secretaria de Estado da Educação - SEED: Curitiba, 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes curriculares da educação especial para a construção de Currículos inclusivos. Secretaria de Estado da Educação - SEED: Curitiba, junho de 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Disciplina de Fiśica Secretaria de Estado da Educação SEED: Curitiba, 2008. Disponível em http://www.fisica.seed.pr.gov.br/arquivos/File/fisica.pdff Acesso em 10 de maio 2010. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes para a educação das relações étnicos- raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Secretaria de Estado da Educação - SEED: Curitiba, junho de 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Desafios Educacionais contemporâneos. Site para consulta disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=311 Acesso em 10 de maio 2010. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Portal Educação e Diversidade, disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/dedi/ Acesso em 10 de maio 2010. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Portal Física disponível em: http://www.fisica.seed.pr.gov.br/ Acesso em 10 de maio 2010. ALVARES, B. A. Livro didático – análise e seleção. In: MOREIRA, MA; AXT,R. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991. 247 GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA. Leituras de Física. São Paulo: Ed. Universidade de S. Paulo, 1998 GASPAR, A. Física. Volumes I, II e III – São Paulo: Ática, 2000. GONCALVES FILHO, Aurélio. Física para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2002. GUSSOW, Milton. Eletricidade Básica. São Paulo, ed. Makron Books, 2004. LUZ, A. M. R., ÀLVARES, B.A.. Física: volume único. São Paulo: Scipione, 2003 coleção De olho no mundo do trabalho. MÁXIMO, Antônio R. L., ÁLVARES, Beatriz Alavarenga., Física. Ensino Médio. São Paulo. Ed. Scipione. 2005. Volumes 1, 2 e 3. NADIR, R (ORG) Pesquisas em Ensino de Física. São Paulo: Escritueras,1998. NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica. Volumes I, II, III e IV. 4ª Edição. São Paulo: Ed. Edgard Blucher, 2002. 248 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – QUIMICA 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O conhecimento Químico foi construído historicamente nas relações políticas, econômicas sociais e culturais das diferentes sociedades. Questões ideológicas possibilitaram o desenvolvimento de concepções mais críticas a respeito das relações da Química na sociedade. Como exemplo, a superação da idéia do flogisto desenvolvida por Stahl a partir de uma adaptação da teoria de um dos seus mentores, Johann Joachim Becher pelo esclarecimento da combustão por Lavoisier no século XVII, assim começou o desvendar para a Química Clássica, como era chamada, a partir do século XVIII e XIX, com Lavoisier, Berzélius, Gay-Lussac, Dalton, Wöhler, Avogadro, Berthelot, Kékule, e tantos outros. É importante ressaltar, que a sociedade Oriental influenciou na construção do conhecimento da Química, com as práticas alquímicas, dos boticários, perfumistas e da medicina oriental, que foram difundidas pelos árabes em séculos anteriores ao estabelecimento da Química como Ciência Moderna, não ficando apenas restrito em dizer que a constituição desse saber como ciência teve seu cenário de desenvolvimento no modo de produção capitalista Europeu. Porém, os avanços científicos químicos atrelados com os tecnológicos favoreceram o desenvolvimento de numerosas indústrias. A fabricação de substâncias e materiais, desenvolvida na indústria química após a Revolução Industrial, possibilitou um aumento notável no crescimento das indústrias de petróleo e derivados, entre eles os plásticos e vários tipos de polímeros, o que influenciou nos hábitos do ser humano, uma vez que foram lançados no mercado de consumo inovadores utensílios fabricados com diversos materiais. Além disso, no decorrer do 249 desenvolvimento das civilizações, outros aspectos da vida cotidiana, como alimentação, agricultura e o uso de combustíveis fósseis ganharam novos enfoques paralelamente às descobertas da ciência Química. Com esses avanços começou a exigir desta ciência respostas precisas e específicas às suas demandas econômicas, sociais e políticas. Para adquirir tantos avanços tecnológicos acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada à construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos nas atividades em sala de aula (MALDANER, 2003, p. 144). O ensino de Química, na perspectiva conceitual, retoma a cada passo o conceito estudado, na intenção de construí-lo com a ajuda de outros conceitos envolvidos, dando-lhe significado em diferentes contextos. Isso ocorre por meio da inserção do aluno na cultura científica, seja no desenvolvimento de práticas experimentais, na análise de situações cotidianas, e ainda na busca de relações da Química com a sociedade e a tecnologia. Isso implica compreender o conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito dos conceitos de Química. O ensino de Química deve ter em vista não só a aquisição dos conhecimentos que constituem esta ciência em seu conteúdo, em suas relações com as ciências afins e em suas aplicações à vida corrente, mas também, e como finalidade educativa de particular interesse, a formação do espírito científico. – Reforma Gustavo Capanema – 1942 a 1960. (SENNA apud SCHNETZLER, 1981, p. 10). 2. CONTEÚDOS 2.1 Conteúdos Estruturantes • Matéria e sua natureza • Biogeoquímica • Química sintética 250 2.2 Conteúdos Básicos por série 1ª SÉRIE Conteúdos Básicos • Matéria; • Ligação Química; • Funções Químicas; • Reações Químicas; • Gases; • Radioatividade. 2ª SÉRIE • Solução; • Reações Químicas; • Velocidade das reações; • Equilíbrio Químico; • Radioatividade. 3ª SÉRIE • Funções químicas; • Matéria; • Reações Químicas. A intercalação dos conteúdos é de fundamental importância para estabelecer os conhecimentos químicos, por isso devem ser trabalhados em conjuntos e não expostos de maneira fragmentada. 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Segundo FOURQUIN, 1993, 251 [...] ninguém pode ensinar, verdadeiramente, se não ensina alguma coisa que seja verdadeira ou válida a seus próprios olhos. Esta noção de valor intrínseco da coisa ensinada, tão difícil de definir e de justificar quanto de refutar ou rejeitar, está no próprio centro daquilo que constitui a especificidade da intenção docente, como projeto de comunicação formadora. Os conteúdos básicos de Química deverão ser abordados em sala de aula partindo do conhecimento prévio dos alunos, no qual se incluem as idéias préconcebidas sobre Química e/ou concepções espontâneas que os mesmos fazem durante a convivência do dia-a-dia, reunindo a vivência individual com a coletiva, das quais será construído o saber socialmente sistematizado (conhecimento científico). Para que a aquisição dos conhecimentos científicos seja efetiva, os mesmos devem ser trabalhados de forma contextualizada e interdisciplinar, para que esta ciência auxilie o aluno a compreender melhor o funcionamento e sua interação no ambiente em que ele está inserido. No âmbito da disciplina de química deve ser tratado sobre aspectos da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, de acordo com a Lei n. 11.645/08, a Educação Ambiental com base na Lei 9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, bem como a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, sempre que os conteúdos da disciplina permitam uma abordagem contextualizada dessas temáticas. As atividades experimentais serão abordadas de forma com que seja o ponto de partida para a apreensão de conceitos e sua relação com as idéias a serem discutidas em aula. É um encaminhamento metodológico que contribui para que o aluno estabeleça relações entre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo, exponha suas idéias sobre o conceito científico que está sendo abordado, melhor entendê-lo ou até modificá-lo, além de que propicia para despertar a curiosidade do aluno. 252 A cada conteúdo, serão feitas discussões em sala de aula sobre a importância que estes possuem na vida prática do aluno. Serão propostos exercícios em sala de aula que de preferência, devem estar ligados a situações do cotidiano do aluno, embora possam exigir tratamento em diferentes níveis de abstração. O professor deverá estimular o aluno a fazer leituras e pesquisas em livros, revistas, jornais, páginas eletrônicas, etc., realizando trabalhos e atividades em grupos ou individuais, que ao longo do ano letivo poderão ser apresentados em eventos diversos, como por exemplo, a mostra interdisciplinar da escola. 4. AVALIAÇÃO De acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola a avaliação: [...] deve centrar-se na forma como o aluno aprende, sem descuidar da qualidade do saber. A aprendizagem se dá numa construção pessoal do sujeito que aprende, influenciada tanto pelas características pessoais quanto pelo contexto social. Assim, a avaliação deve ser de forma contínua, formativa, na perspectiva do desenvolvimento integral do aluno com o objetivo de detectar e prevenir os problemas identificando as possíveis causas de seus fracassos ou dificuldades, visando uma maior qualificação da aprendizagem, promovendo a participação efetiva do professor nesse processo (PPP, p. 44). Partindo desse pressuposto, a avaliação deverá levar em consideração todo conhecimento prévio do aluno, permitindo ao mesmo construir e reconstruir os significados dos conceitos científicos, e essa (re)construção está articulada às abordagens histórica, sociológica, ambiental e experimental desses conceitos. Para tanto deve-se usar vários instrumentos de avaliação que possibilitem várias formas de expressão do aluno, como: leitura e interpretação de textos relacionados com a disciplina, produção de texto, leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios ou questões discursivas referentes às aulas práticas, apresentação de seminários ou palestras, provas escrita e oral, trabalhos com jogos, 253 cruzadinhas e dinâmicas com os alunos, atividades a partir de recursos audiovisuais visando atender a todos os alunos. Ressaltando que esses instrumentos de avaliação devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino. A avaliação deverá ser tal maneira que o conhecimento de conceitos químicos seja articulado às questões sociais, econômicas e políticas, ou seja, a construção coletiva do conhecimento deverá ser diagnóstica e cumulativa. A recuperação assim como a avaliação, devera estar de acordo com o regimento interno da escola. Dessa forma, espera-se que o aluno no final de todo o processo pedagógico entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área de Química. Tome posições críticas frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do conhecimento químico. Para tanto o professor poderá utilizar de diversos critérios de avaliação, como alguns utilizados na Disciplina de Química: CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO O aluno será avaliado por várias formas descritas abaixo: Projeto de pesquisa bibliográfica – a solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes preciosos do que se pretende. Critérios: O aluno quanto: • a contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza; • ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; • a justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa; 254 • O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente. Palestra/Apresentação Oral – a atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão sobre o conteúdo aborbado, bem como argumentar, organizar e expor suas idéias. Critérios: O aluno: • demonstra conhecimento do conteúdo; • apresenta argumentos selecionados; • demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação; • faz uso de recursos para ajudar na sua produção. Atividades experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e propicia ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que esta ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa. Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando ao trabalho se realiza em grupo, entre outra possibilidade. Critérios: O aluno ao realizar seu experimento: • registra as hipóteses e os passos seguidos; • demonstra compreender o fenômeno experimentado; • sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais; • Consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos. O relatório – é um conjunto de descrições e analise da atividade desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento. No 255 relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles. São elementos do relatório: introdução, metodologia e materiais, análise e consideração finais. Critérios: O aluno: • Faz a introdução como informações que esclareçam a origem de seu relatório, apontando quais os objetivos da atividade bem como a relevância do conteúdo abordado e conceitos construídos; • descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se esta falando ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade. • faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram origem á atividades em questão. Atividades a partir de Recursos Audiovisuais – o trabalho com filmes documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhidos é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não esta didatizado, vem apresentado em linguagem especifica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor. Critérios O aluno: • Compreende a interpreta a linguagem; • Articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual. • Reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso. 256 Trabalho em Equipe – desenvolvendo dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar aos alunos experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos. Critérios: O aluno: • Interage com o grupo; • Compartilha o conhecimento; • Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos; • Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano. Questões discursivas – essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Alem disso, a resposta a uma a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento. Questões objetivas – este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar u enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário contextual adequado, possibilitado ao aluno a compreensão do que foi solicitado. 257 Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada serie com vistas a não cometer injustiças. Critérios: O aluno: • Realiza leitura compreensiva do enunciado; • Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; • Utiliza de conhecimentos adquiridos. Outros instrumentos poderão ser empregados desde que se mostrem adequados aos critérios estabelecidos para cada conteúdo. Logo, espera-se que o aluno entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área de Química; construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos; tome posições críticas frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do conhecimento químico; compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria. Espera-se ainda que o aluno formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares; identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas; compreenda o conceito de equilíbrio químico, a partir da concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores; elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo de um átomo e a eletrosfera de outro a partir dos desdobramento desse conteúdo básico. Por fim, espera-se que entendam as reações químicas como transformações da matéria a nível microscópico e diferencie as reações nucleares das demais reações que ocorrem na natureza; diferencie gás de vapor, a partir dos estados 258 físicos da matéria, propriedades dos gases, modelo de partículas e as leis dos gases; reconheça as funções químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outras funções com a qual estabelece interação. Esse processo avaliativo tem como finalidade não separar teoria e prática, e sim, observar a posição do aluno em relação à leitura de mundo, que se espera, seja crítica nos debates conceituais, articule o conhecimento químico às questões sociais, econômicas e políticas agindo assim no meio em que está inserido. 5. REFÊRENCIAS SANTOS, P.O.; BISPO, J.S.; OMENA, M.L.R. de A. O Ensino de Ciências Naturais e Cidadania sob a ótica de professores inseridos no Programa de Aceleração de Aprendizagem da EJA, Ciência & Educação, v.11, n.3, p. 411-426, 2005. MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química: professor/pesquisador. 2.ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003. SANTOS, W.L.P dos; MÓL, G. de S. Química&Sociedade. Livro do professor. São Paulo, Editora Nova Geração, 2005. FELTRE, Ricardo. Química. Vol 1, 2 e 3. 6.ed. São Paulo: Moderna, 2004. LEE, John D. Química Inorgânica não tão Concisa. ’Tradução de’ TOMA, Henrique E; ARAKI, Koiti; ROCHA, Reginaldo. 5.ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1999. 259 PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Livro Didático Público. Química - Ensino Médio. 2 ed. Curitiba: SEED, 2008. PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica. Química. Curitiba: SEED/DEB, 2008. SARDELLA, Antônio. Química – Volume Único. 5.ed. São Paulo: Ática, 2005. SOLOMONS, Graham; FRYHLE, Craig. Química Orgânica. ‘Tradução de’ LIN, Whei Oh. 7.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001. SCHNETZLER, R.Um estudo sobre o tratamento do conhecimento químico em livros didáticos dirigidos ao estudo secundário de química de 1875 a 1978.Quimica Nova, V.4, n.1, p.6-15, 1981. FORQUIN, Jean-Claude. Escola e Cultura. As bases sociais e pistemológicas do conhecimento escolar.Porto Alegre, ARTMED, 1993. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. 260 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – GEOGRAFIA 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Desde a antiguidade os grupos humanos precisam criar estratégias para se relacionarem com a natureza. Para os povos caçadores e coletores, a interpretação dos fenômenos naturais lhes garantia a sobrevivência, portanto era fundamental a observação da dinâmica das estações do ano e o conhecimento do ciclo reprodutivo da natureza. Para os povos navegadores e predominantemente pescadores, conhecer a direção e a dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes marítimas lhes favoreceu, assim como para os primeiros povos agricultores, entender o clima e a alternância entre períodos secos e chuvosos, foi essencial. Através desses conhecimentos, os seres humanos conseguiram se relacionar com a natureza e modificá-la de acordo com o seu interesse. Na antiguidade muito se avançou na elaboração dos saberes geográficos. Ampliaram-se os conhecimentos sobre a relação dos seres humanos com a natureza, extensão e características físicas e humanas dos territórios. Estudos descritivos das áreas conquistadas, de informações sobre a localização, o acesso e 261 as características das cidades e regiões dos impérios, eram conhecimentos fundamentais para suas organizações políticas e econômicas. Ao longo dos anos, desenvolveram-se outros conhecimentos como a elaboração de mapas, discussões a respeito das características do Planeta, da distribuição de terras e águas, cálculos sobre latitude, definições climáticas e outros. O ensino da geografia já esteve focado na descrição do espaço, na formação e fortalecimento do nacionalismo, para a consolidação do Estado Nacional brasileiro, principalmente nos períodos dos governos autoritários. Esse modo de ensinar ficou conhecido como Geografia Tradicional e prevaleceu até o início dos anos de 1980. A geografia evoluiu e se transformou ao longo dos anos, passando de uma Geografia Tradicional para uma Geografia Crítica, e a princípio não foi bem aceita pelos professores, que ainda se encontravam despreparados para essa mudança. A geografia enquanto disciplina isolada não pode abarcar a totalidade dos fenômenos físicos, biológicos e humanos que ocorrem sobre a superfície terrestre. Enquanto a geografia humana procura se aproximar das ciências sociais, a geografia física se volta para os métodos de análise das ciências naturais. O desafio é integrar essas duas áreas de conhecimento numa perspectiva de construção de um pensamento interdisciplinar que contemple as noções de espaço, tempo e lugar, no Brasil e no mundo e o estudo das transformações contemporâneas. A partir do processo de ensino-aprendizagem da disciplina de geografia, pressupõe-se que o aluno consiga se localizar no espaço, se posicionando de forma crítica e construtiva diante de sua realidade, compreendendo a necessidade de preservar os recursos naturais e utilizando-os de forma consciente. O aluno deverá também se posicionar diante das novas tecnologias, tornando-se um cidadão que exerça corretamente o seu papel na sociedade. Para tanto, é necessário que ele saiba ler e interpretar mapas, gráficos, tabelas, além de textos que abordem temas como cultura afro, meio ambiente, política, dentre outros. 262 Atualmente, a forma como a geografia é ensinada nas escolas proporciona aos alunos, maior participação nas aulas, pois os conteúdos são abordados de maneira mais fácil de serem compreendidos, sendo relacionados com seu cotidiano, para formar cidadãos mais críticos, preparados para se orientarem no espaço, conquistarem seu lugar na sociedade, respeitando e preservando o ambiente em que vivem. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS 6º ANO Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão sócio ambiental do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico • Formação e transformação das paisagens naturais e culturais; • Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; • A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais; • A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico; • As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista; • A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população; • A mobilidade populacional e as manifestações sócioespaciais da diversidade cultural; • As diversas regionalizações do espaço geográfico. 263 7º ANO Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico • A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro; • A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; • As diversas regionalizações do espaço brasileiro; • As manifestações socioespaciais da diversidade cultural; • A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população; • Movimentos migratórios e suas motivações; • O espaço rural e a modernização da agricultura; • A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização; • A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico; • A circulação da mão-de-obra, das mercadorias e das informações. 8º ANO Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico • As diversas regionalizações do espaço geográfico; • A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano; • A nova ordem mundial, os territórios supranacionais eu papel do estado; 264 • O comercio em suas implicações sócio espaciais; • A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações; • A distribuição espacial das atividades produtivas, a(re)organização do espaço geográfico; • As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista; • O espaço rural e a modernização da agricultura; • A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população; • As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural; • Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais; • Movimentos migratórios e suas motivações 9º ANO Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico • As diversas regionalizações do espaço geográfico; • A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado; • A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção; • O comércio mundial e as implicações sócio espaciais; • A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território • A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população; • As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural; • Movimentos migratórios e suas motivações; 265 • A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico; • A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção; • O espaço em rede: produção, transporte, e comunicação na atual configuração territorial. ENSINO MÉDIO 1ª SÉRIE: A Dimensão econômica do espaço geográfico A Dimensão política do espaço geográfico A Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico A Dimensão socioambiental do espaço geográfico • A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re) organização do espaço geográfico; • A formação e transformação das paisagens. • A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologia de exploração e produção. • A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. 2ª SÉRIE: A Dimensão econômica do espaço geográfico A Dimensão política do espaço geográfico A Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico • A revolução técnico-científica informacional e os novos arranjos no espaço da produção; • O espaço rural e a modernização da agricultura; 266 • A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente; • O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial; • Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios; • As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista; • As diversas regionalizações do espaço geográfico; • A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. • A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações; • A formação e transformação das paisagens; • A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. • As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização; 3ª SÉRIE Dimensão econômica do espaço geográfica A dimensão política do espaço geográfico A dimensão cultural demográfica do espaço geográfico A dimensão socioambiental do espaço geográfico • A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente; • As diversas regionalizações do espaço geográfico; • Os movimentos migratórios e suas motivações; • O comércio e as implicações sócio-espaciais • As implicações socioespaciais do processo de mundialização • A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população; • As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural. 267 3. METODOLOGIA A Geografia apresenta um duplo desafio: a integração às demais áreas do conhecimento, na perspectiva da construção de um pensamento interdisciplinar, capaz de superar a divisão entre as ciências e a discussão interna, acerca da relação entre Geografia Humana e Geografia Física. O professor de Geografia deve entender o seu papel no ensino, ter conhecimento profundo do campo do qual é especialista, pois é ele que estabelecerá interfaces com as demais disciplinas. O conteúdo da Geografia é o mundo, o espaço e sua dinâmica contínua. O caminho do geógrafo tem que ser repensado e as alternativas para isso são múltiplas. Quanto ao ensino, de nada adianta trabalhar sobre uma estrutura tradicional, se os alunos são jovens que vivem num mundo, onde as mudanças ganham cada vez mais velocidade e que quando adultos, viverão numa sociedade mais desafiadora. É preciso romper com a atual estrutura e habilitá-los a pensar e a agir. O ensino da Geografia é fundamental para que o aluno possa viver melhor em sociedade; compreendendo o mundo, posicionando-se como agente transformador, localizando-se no espaço, reconhecendo e transitando entre as diferentes escalas espaciais, atuando criticamente e compreendendo a relação sociedade/ natureza. Os conceitos de espaço geográfico, paisagem, região, lugar e território, são fundamentais para que o aluno entenda essas escalas. Da observação do meio, da sua localização, a Geografia levará o aluno a conhecer o ambiente que o rodeia e a buscar caminhos para apropriação do domínio espacial. No desenvolvimento dos conteúdos, o professor trabalhará no sentido de constatar que a sociedade, ao ocupar um determinado lugar de acordo com seus interesses e necessidades, vai modificar esse espaço, alterando assim a natureza. 268 Serão usados recursos e algumas práticas pedagógicas que facilitarão o aprendizado, como: recursos áudio visuais (filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e imagens em geral (fotografias, slides, charges, ilustrações), jornais, tv pendrive, relatórios, debates, seminários, interpretação de textos, projetos e pesquisas bibliográficas, laboratório de Informática, aula de campo,a literatura, a cartografia, revistas e visitas à comunidade, e ao espaço físico da escola, analisa-se com os alunos, as mudanças ocorridas no seu meio, relacionando-as com o estado de conservação e/ou degradação da superfície terrestre.O professor deverá também, mostrar quais as mudanças que a natureza sofreu e qual o aproveitamento que a sociedade faz dela. O estudo das inovações tecnológicas torna-se fundamental para a compreensão das transformações espaciais, sejam elas em escala estadual, federal ou global. Partindo do ponto de vista, de que vivemos em uma sociedade globalizada, torna-se necessário que o aluno, apresentando ou não necessidades educacionais especiais, seja preparado para enfrentar essa realidade de forma crítica e construtiva, pois o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos os alunos possibilidades de aprendizagem. As ações de adequação/flexibilização a serem realizadas nos componentes curriculares dessa disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades dos alunos matriculados em cada ano. Portanto, as decisões serão coletivas com os professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola, buscando, quando necessário, o atendimento dos serviços educacionais especializados que constituem a rede de apoio da Educação Especial no Paraná, conforme apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos. São imprescindíveis que nas aulas de geografia sejam trabalhados os conteúdos da história e Cultura afro Brasileira, Africana e Indígena Lei 11.645/2008; 269 Educação Ambiental Lei 9795/99 Dec. 3201/02; História do Paraná Lei 13.381/01, sempre que houver possibilidade de abordagem dos mesmos. 4. AVALIAÇÃO A avaliação é um momento de grande importância no processo ensino aprendizagem. É necessário que esteja presente em todas as etapas, para que o aluno e o professor percebam em que grau está envolvido. Sendo a avaliação um processo permanente, torna-se necessário iniciá-lo mesmo antes de introduzir novos conteúdos para avaliar os conhecimentos já adquiridos pelos alunos. No que diz respeito ao ensino de Geografia, a avaliação deve ser compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em quais condições. Nesse sentido as avaliações ocorrerão nas modalidades: • formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio de diferentes instrumentos avaliativos; • contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo do período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos; • diagnóstica – verifica como está o processo de construção do conhecimento, se a metodologia está dando resultado efetivos e a partir destas constatações toma-se decisões e promove mudanças em relação à continuidade do trabalho, • formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o processo para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando o repensar sobre as ações e não o resultado; • somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados obtidos no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa 270 quanto ao nível de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas; fornece feedback ao aluno, de forma que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de aprendizagem, até que se chegue à avaliação final. Para que se efetive essa proposta avaliativa lançar-se-á mão de diferentes instrumentos e critérios de avaliação, conforme segue: 1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento. Critérios: O aluno: • compreende as idéias presentes no texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias. • ao falar sobre o texto, expressa suas idéias com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada. • estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula. 2- Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se pretende. Critérios: o aluno, quanto: • A contextualização identifica a situação e o contexto com clareza; 271 • Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; • A justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa; • O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente. 3. Produção de Texto - a atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. Critérios O aluno: • Produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.) • Adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura; • Expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); • Elabora argumentos consistentes; • Estabelece relações entre as partes do texto; • Estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la. 4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e expor suas idéias. Critérios O aluno: • Demonstra conhecimento do conteúdo; 272 • Apresenta argumentos selecionados; • Demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação; • Faz uso de recursos para ajudar na sua produção. 5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa. Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidade. Critérios O aluno ao realizar seu experimento: • Registra as hipóteses e os passos seguidos; • Demonstra compreender o fenômeno experimentado; • Sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais ; • Consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos necessários. 6. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais. Critérios O aluno ao proceder sua pesquisa de campo: • Registra as informações, no local de pesquisa; • Organiza e examina os dados coletados, conforme orientações; • Apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese; 273 • Atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros) 7. O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento. No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles. São elementos do relatório: introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais. Critérios O aluno: • Apontando quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu relatório, e dos conceitos construídos; • Descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade. • Faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram origem à atividade em questão. 8. Seminário - oportuniza a pesquisa, leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa. Critérios O aluno: quanto as réplicas; 274 • Apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados); • Demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação faz adequação da linguagem; • Demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa; • Traz relatos para enriquecer a apresentação; • Faz adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação. 9. Debate – possibilita a exposição de idéias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos. Critérios O aluno: • Aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os pensamentos divergentes; • Ultrapassa os limites das suas posições pessoais; • Explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição; • Faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; • Busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes; • Registra, por escrito, as idéias surgidas no debate; • Demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate; • Apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. 275 10. Atividades com textos literários - possibilita discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação. Critérios O aluno: • Compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; • Faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido; • Reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário. 11. Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor. Critérios O aluno: • Compreende e interpreta a linguagem utilizada; • Articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; • Reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso. 12. Trabalho em grupo - desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, 276 mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos. Critérios O aluno: • Interage com o grupo; • Compartilha o conhecimento; • Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos; • Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano. 13. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento. Critérios O aluno: • Realiza leitura compreensiva do enunciado; • Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; • Utiliza de conhecimentos adquiridos. • Compreende o enunciado da questão. • Planeja a solução, de forma adequada. • Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua portuguesa. • Sistematiza o conhecimento de forma adequada 277 14. Questões objetivas - Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. Critérios do aluno: • Realiza leitura compreensiva do enunciado; • Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; • Utiliza de conhecimentos adquiridos. Desta forma, toda atividade trabalhada, seja de interpretação e produção de textos, em que o aluno compreenda as idéias presentes no texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias e discordâncias. Interpretação de fotos, imagens, tabelas e mapas, que o aluno compreenda e interprete a linguagem utilizada, reconheça os recursos expressivos e específicos. Pesquisa bibliográficas, identifique a situação e o contexto com clareza. relatórios de aulas de campo, descrever com clareza como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade. Apresentação e discussão de temas em seminários, demonstre consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas, construção, representação e análise do espaço através de maquetes,o aluno demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos. Questões discursiva, realizará leitura compreensiva do enunciado, demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo. Objetivando também o atendimento dos alunos com necessidades especiais, 278 considerando a especificidade de cada um. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LEVON, Boligian. Et. al. Introdução à ciência geográfica. São Paulo: Atual. 2002. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.Livro Didático Público. Geografia.2,Ed. Curitiba: SEED – PR,2006. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação.Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Geografia. Curitiba,2008. http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE2008. pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED, 2006. PASSINI, Elza Y. Alfabetização cartográfica. Belo Horizonte: Lê, 1994. SANTOS, Milton. Metamorfose do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1991. ALMEIDA, LUCIA MARINA ALVES DE. GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL, volume único. Editora Ática.São Paulo,2005. VESENTINI, José William; VLACH, V. Geografia crítica. São Paulo. PROJETO ARARIBÁ: GEOGRAFIA / OBRA COLETIVA. 1ª ed. São Paulo: Moderna. MAACK, Reinhard. Geografia física do Estado do Paraná . apresentaçao ̃ , Riad Salamuni ; introduçao ̃ Aziz Nacib Abʼ Sabber. 1981. 2. ed. 279 POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. 280 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – HISTÓRIA 1. APRESENTAÇÃO O desvelamento das contradições da sociedade contemporânea quanto a “desumanização do homem” e sua relação com a natureza nos instiga a buscar compreensão dos modelos de organização nos diferentes tempos e espaços. É neste contexto que a História propicia a análise das ações humanas no tempo e a interpretação científica pela disciplina de História. A elaboração e a prática da disciplina da História garantem uma visão crítica pelos alunos sobre a sociedade, consequentemente seu processo de formação contribui com a superação do senso comum. O ensino da disciplina de História interage o saber popular com o científico, e é neste processo dinâmico de ensino e aprendizagem que se constrói a consciência crítica sobre a história das sociedades para “identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder neles existentes, bem como intervenham no mundo histórico em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria História”. (DCE, 2008, p.83) 2. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA O objetivo geral da disciplina de História nesta escola é garantir o desenvolvimento do sentimento de pertença num mundo com alterações sistemáticas nas áreas econômicas, políticas, sociais, culturais e ideológicas das diversas sociedades, antigas ou contemporâneas. 3. CONTEÚDOS DISCIPLINARES 6º ANO Os diferentes sujeitos suas culturas suas histórias 281 Conteúdos Estruturantes: • Relações de trabalho; • Relações de poder; • Relações culturais; Conteúdos Básicos: • A experiência humana no tempo. • Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo. • As culturas locais e a cultura comum. • Povos pré-colombianos. • África Antiga. 7º ANO A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da propriedade em diferentes tempos e espaços. Conteúdos Estruturantes: • Relações de trabalho; • Relações de poder; • Relações culturais; Conteúdos Básicos: • As relações de propriedade. • A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade. • As relações entre o campo e a cidade. • Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade. • Povos americanos e sociedade americana. • Reinos Africanos. 282 8º ANO O mundo do trabalho e os movimentos de resistência. Conteúdos Estruturantes: • Relações de trabalho; • Relações de poder; • Relações culturais; Conteúdos Básicos: • História das relações da humanidade com o trabalho. • O trabalho e a vida em sociedade. • O trabalho e as contradições da modernidade. • Os trabalhadores e as conquistas de direito. • Paraná na formação do estado brasileiro 9º ANO Relações de dominação e resistência: a formação do estado e das instituições sociais. Conteúdos Estruturantes: • Relações de trabalho; • Relações de poder; • Relações culturais; Conteúdos Básicos: • A constituição das instituições sociais e políticas • A formação do Estado democrático. • Sujeitos, Guerras e revoluções. • Dominação imperialista na África e descolonização. 283 ENSINO MÉDIO 1ª SÉRIE Conteúdos Estruturantes: • Relações de trabalho; • Relações de poder; • Relações culturais; Conteúdos Básicos: • Conceito de trabalho. • Trabalho escravo, servil, assalariado e trabalho livre. • Organização das sociedades primitivas. • Formação do Estado e das instituições. • Cultura afro-brasileira e indígena. 2ª SÉRIE Conteúdos Estruturantes: • Relações de trabalho; • Relações de poder; • Relações culturais; Conteúdos Básicos: • Dominação econômica e cultural européia. • Processo de industrialização no processo de organização do sistema capitalista • Crise e fim de impérios e reinos americanos, africanos e asiáticos 284 • O Estado e as relações de poder. • Os sujeitos, as revoltas e as guerras. 3ª SÉRIE Conteúdos Estruturantes: • Relações de trabalho; • Relações de poder; • Relações culturais; Conteúdos Básicos: • Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções. • Cultura e religiosidade. • Transformações do trabalho, política e sociedade no mundo contemporâneo. • História do Paraná. 4. METODOLOGIA A concepção teórica assumida é a histórico-crítica, conforme DCE do Paraná, consolidando a prática na mediação dialética entre o conhecimento prévio dos alunos e os conhecimentos científicos agregados aos saberes do educador. Reconhecendo estes saberes o aluno reflete, interpreta e realiza ações sociais, políticas assertivas na sociedade, apesar das contradições existentes. O encaminhamento metodológico dar-se-á pela seleção de temas e problematização, atendendo as especificidades das turmas e dos conteúdos básicos. No desenvolvimento desta metodologia serão utilizados vários instrumentos, narração, descrição, argumentação, pesquisa, relatório, trabalho em grupos, 285 questões discursivas e objetivas, para subsidiar os professores conforme suas especificidades, e assim, garantir a proposta inicial da disciplina. Como prática educacional e política desta escola o processo de ensinoaprendizagem da História como ação intencional para a formação da consciência histórica e crítica, atribuindo valorização dos diversos segmentos sociais, a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais, às comunidades afrodescendentes e indígenas e aos segmentos desprivilegiados social e economicamente, ao cumprimento a Lei n. 11645/08, e a história das comunidades indígenas, Lei 13381/01. A Educação Fiscal e Tributária, Dec. 1143/99, portaria nº 413/02 serão trabalhados como implementação do PDE-2010/2012. Estes conteúdos serão abordados de forma contextualizada e relacionados aos conteúdos de ensino de História, sempre que possível a articulação entre os mesmos. 5. AVALIAÇÃO A avaliação disciplina de História deve ser formal, processual, continuada e diagnóstica, atendendo ao Projeto Político Pedagógico da escola e contemplada no Plano de Trabalho Docente com registro formal e criterioso. Assim, o professor acompanha o processo, percebendo o quanto cada educando desenvolveu na apropriação do conhecimento histórico e a interação ocorrida com o seu conhecimento pessoal. No Ensino Básico a disciplina de História deve propiciar ao aluno o entendimento entre as relações de trabalho, as relações de poder e as relações culturais nos diferentes tempos e espaços. Esta articulação constitui o processo de construção do conhecimento histórico. Ele compreende que o estudo do passado se realiza a partir de questionamentos feitos no presente, com a análise de diferentes documentos históricos e suas diferentes interpretações historiográficas. 286 A recuperação é o instrumento de retomada do conteúdo proposto inicialmente com a utilização de determinado instrumento avaliativo, para contemplar o processo de ensino e aprendizagem não efetivado. Cabe ao professor reorientar sua prática com outras estratégias avaliativas para garantir ao aluno a sua aprendizagem. O professor utilizará diferentes instrumentos avaliativos como, leitura e interpretação de textos historiográficos e literários, análise de mapas e documentos oficiais, produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação oral ou seminários, questões objetivas e discursivas, atividades de campo, trabalho em grupo. As atividades avaliativas e de Recuperação serão explicitados no Plano de Trabalho Docente para cada ano para garantir o processo de ensino aprendizagem o atendimento das expectativas dos alunos para o reconhecimento das ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos. O processo avaliativo deve respeitar as diferenças sociais, culturais e pessoais (física e cognitiva) dos alunos utilizando instrumentos diversos, pois cada indivíduo possui uma forma de expressar o seu aprendizado e estas diferenças devem ser valorizadas, para que o aluno possa desenvolver sua auto-estima e consequentemente o seu aprendizado escolar. Instrumentos e critérios avaliativos: 1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento. Critérios O aluno: 287 • Compreende as idéias presentes no texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias. • Ao falar sobre o texto, expressa suas idéias com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada. • Estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula. 2. Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se pretende. Critérios O aluno, quanto: • A contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza; • Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; • A justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa; • O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente. 3. Produção de Texto - a atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. Critérios O aluno: • Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.); • Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura; atendendo 288 • Expressar as idéias com clareza (coerência e coesão); • Elaborar argumentos consistentes; • Estabelecer relações entre as partes do texto; • Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la. 4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e expor suas idéias. Critérios O aluno: • Demonstrar conhecimento do conteúdo; • Apresentar argumentos selecionados; • Demonstrar seqüência lógica e clareza na apresentação; • Fazer uso de recursos para ajudar na sua produção. 5. Debate – possibilita a exposição de idéias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos. Critérios O aluno: • Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os pensamentos divergentes; • Ultrapassar os limites das suas posições pessoais; • Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição; • Fazer uso adequado da língua portuguesa em situações formais; 289 • Buscar, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes; • Registrar, por escrito, as idéias surgidas no debate; • Demonstrar conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate; • Apresentar compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. 6. Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor. Critérios O aluno: • Compreender e interpretar a linguagem utilizada; • Articular o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; • Reconhecer os recursos expressivos específicos daquele recurso. 7. Trabalho em grupo – desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos. Critérios 290 O aluno: • Interagir com o grupo; • Compartilhar o conhecimento; • Demonstrar os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos; • Compreender a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano. 8. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento. Critérios O aluno: • Compreender o enunciado da questão; • Planejar a solução, de forma adequada; • Comunicar-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua portuguesa; • Sistematizar o conhecimento de forma adequada. 9. Questões objetivas - Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de 291 dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. Critérios O aluno: • Realizar leitura compreensiva do enunciado; • Demonstrar apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; • Utilizar os conhecimentos adquiridos. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARCO-VERDE, Y. F. de S. Introdução as Diretrizes Curriculares. Superintendente da Educação da SEED-PR. BUENO, E. Náufragos, Traficantes e Degredados. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998. CABRINI, Conceição et alli. História Temática – 6º ao 9º ano. São Paulo: Scipione, 2009. FENELON, D. 50 Textos de história do Brasil. São Paulo: HUCITEC, 1974. FORSTER, E. M. Passagem para a Índia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981 FREITAS, G. de. 900 textos e documentos de história. Lisboa: Plátano, 1977. v. 1 e 2. GASPARIN, J. L. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas: Autores Associados, 2007. 292 HECKER, A. Ditadura (Teoria), in: Enciclopédia de Guerras e Revoluções do século XX: as grandes transformações do mundo contemporâneo. SILVA, F. C. T. da (org.). Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. LIBÂNEO, J. C. A didática e a aprendizagem do pensar e do aprender: a Teoria Histórico-Cultural da Atividade e a contribuição de DAVYDOV, V. In: Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 27, 2004 MEGALE, N. B. Folclore brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1999. MELLO E SOUZA, L. de (org). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. Das Letras, 1997. v.1. MONTELLATO, A. R. D. História Temática: Diversidade Cultura e Conflitos.. São Paulo: Scipione, 2000. NOVAES, Carlos Eduardo e LOBO, César. Cidadania para principiantes: a história dos direitos do homem. São Paulo: Ática, 2003. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. SEED, 2008 PINSKY, J. e PINSKY, C. B. História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2005. POVOS indígenas no Brasil: 1991 a 1995. São Paulo: Instituto Socioambiental, 1996. PROJETO ARARIBÁ: História/Obra coletiva. 1ª edição. São Paulo: Moderna, 2006 RODRIGUES, J. E. História em Documento – Imagem e Texto. São Paulo: FTD, 2002. 293 SCHMIDT, M. Nova História Crítica. 2ª edição. São Paulo: Ática6, 2004. SILVA, F. A. História. Moderna. São Paulo, 2001 SOUZA, Herbert de. Revoluções da minha geração. São Paulo: Moderna, 1990. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – EDUCAÇÃO FÍSICA 1. APRESENTAÇÃO O trabalho na área da Educação Física nos faz conceber uma pratica não apenas como principio esportivo, mas, sobretudo educativo. Pensamos a Educação Física como uma ferramenta gestora de conhecimento e socializadora. Portanto, fundamental para o bem estar físico e mental dos estudantes. Ghiraldelli Junior (1992) diz que profissional em Educação Física é, antes de tudo, um intelectual, progressista e transformador, buscando uma nova cultura e uma concepção de um mundo superior e democrático. Atualmente, a análise crítica e a busca de superação dessa concepção apontam a necessidade de que, além daqueles, se considere também as dimensões cultural, social, política e afetiva, presentes no corpo vivo, isto é, no corpo das pessoas, que interagem e se movimentam como sujeitos sociais e como cidadãos. O processo de ensino e aprendizagem em Educação Física passa por uma compreensão que se estabelece nas relações sociais, que requerem ações pedagógicas a fim de estimular essas relações e, portanto, não se restringe ao 294 simples exercício de certas habilidades e destrezas, mas sim de capacitar o indivíduo a refletir sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-las de maneira social e culturalmente significativa e adequada. Trata-se de compreender como o indivíduo utiliza suas habilidades e estilos pessoais dentro de linguagens e contextos sociais, pois um mesmo gesto adquire significados diferentes conforme a intenção de quem o realiza e a situação em que isso ocorre. É necessário que o indivíduo conheça a natureza e as características de cada situação de ação corporal, como são socialmente construídas e valorizadas, para que possa organizar e utilizar sua motricidade na expressão de sentimentos e emoções de forma adequada e significativa. Por isso, é fundamental a participação em atividades de caráter recreativo, cooperativo, competitivo, entre outros, para aprender a diferenciá-las. Castellani Filho (1988) chama a atenção que a prática da Educação Física nem sempre foi benquista e aceita. Sua introdução no ambiente educacional não se deu sem uma certa resistência, pois esta prática, "ainda que de conformidade com uma visão de saúde corporal, saúde física, eugênica, enfrentava barreiras arraigadas nos valores dominantes do período colonial. Sustentáculos do ordenamento social escravocrata, que estigmatizavam a Educação Física por vinculá-la ao trabalho manual, físico, desprestigiadíssimo em relação ao trabalho intelectual." Mesmo assim, há num primeiro momento uma influência militar e médica na Educação Física brasileira. As primeiras escolas na área foram formadas sob a tutela dos militares. As práticas pedagógicas escolares de Educação Física, também foram fortemente influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergente dos séculos XVIII e XIX. Os exercícios foram sistematizados pela instituição militar e reelaborados pelo conhecimento médico dentro de uma visão pedagógica. Para atender aos objetivos de adquirir, promover e restabelecer a saúde através da atividade física. Na década de 30, firmam-se as bases de lançamento de um novo 295 modelo, ou seja, no país deu-se a transição de uma sociedade agroexportadora para uma sociedade de base urbano industrial. Com a ascensão de Vargas, a Educação em geral, a Educação Física e a Educação Moral e Cívica em particular passam, de acordo com Castellani Filho, a ter um papel essencial na sustentação da política de governo, onde "as diretrizes ideológicas que nortearam a política educacional naquele período possuíam como substância a exaltação da nacionalidade, as críticas ao liberalismo, o anticomunismo e a valorização do ensino profissional”. Nessa época, o esporte começou a se popularizar, confundindo-se com a Educação Física. Houve um incentivo às práticas desportivas com o intuito de promover políticas nacionalistas para o país. Uma série de medidas foi implantada para ressaltar o sentimento de valorização da pátria por meio dos esportes. Essa concepção esportivizada da Educação Física Escolar foi duramente criticada pela corrente pedagógica da Psicomotricidade, a qual surgia com muita força no período. Apesar de não apresentar um novo modelo de ensino, a Psicomotricidade privilegiava o desenvolvimento integral, a partir das relações afetivas, cognitivas e motoras. Com o passar do tempo, o panorama foi se alterando. De acordo com Betti (1988), a década de 80, vai se caracterizar por um questionamento da situação estabelecida nos períodos anteriores, pela percepção de uma situação de crise no setor educacional, e por uma radical mudança de discursos e de referenciais conceituais na Educação Física, caracterizando uma verdadeira crise de identidade. Já se pôde falar não só de uma comunidade científica na Educação Física, mas também no surgimento de tendências ou correntes, suscitando assim os primeiros debates voltados à criticidade. Nessa época, ainda, o sistema educacional brasileiro passou por um processo de reformulação, inclusive trazendo uma renovação do pensamento pedagógico da Educação Física, destacando-se as abordagens desenvolvimentista, construtivista e crítico-superadora. 296 No início da década de 90, surge a abordagem crítico-emancipatória, que considerava o movimento como significativo no processo ensino/aprendizagem, por estar presente em todas as vivências e relações expressivas que constituem o “ser no mundo”. A partir de então, surgem as discussões para a elaboração do Currículo Básico, que, na área da educação Física, que fundamentava-se na pedagogia histórico-crítica, numa perspectiva progressista e crítica. Mesmo assim, o Currículo Básico apresentava uma rígida lista de conteúdos, que enfraqueciam os pressupostos teórico-metodológicos da pedagogia crítica, pois o enfoque privilegiava outras abordagens, como a desenvolvimentista, crítica e psicomotora. Um grande marco para a Educação Física foi o documento “Reestruturação da Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau”, que veio resgatar o compromisso social da ação pedagógica da disciplina, consolidando um no entendimento em relação ao movimento humano. Houve um retrocesso nos avanços teóricos da Educação Física na década de 90, após a apresentação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que, ao invés de ser um referencial curricular, tornouse um currículo mínimo. A inclusão dos temas transversais, por exemplo, trouxe um esvaziamento dos conteúdos próprios da disciplina. Diante desse quadro, cabe à Educação Física interrogar a hegemonia que entende esta disciplina apenas como treinamento do corpo, garantindo aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade. Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo, Cultura Corporal, a Educação Física deve levar à reflexão crítica das manifestações culturais historicamente produzidas, contribuindo com a formação de um ser humano crítico e reflexivo, que se reconhece como sujeito e como agente histórico, político, social e cultural. Aprender a movimentar-se implica em planejar, experimentar, avaliar, optar entre alternativas, coordenar ações do corpo com objetos no tempo e no espaço, interagir com outras pessoas, enfim, uma série de procedimentos cognitivos que 297 devem ser favorecidos e considerados no processo de ensino e aprendizagem na área de Educação Física. 2. OBJETIVO GERAL Manifestar a cultura corporal ligando-a ao esporte, a dança, a ginástica, as lutas, os jogos e brincadeiras. Explorar as diversas formas de manifestação nas mais diversas situações, em relação às questões ligadas ao corpo. Analisar as preocupações com o corpo e com os significados que o mesmo assume na sociedade. Segundo Geertz (1989), é por meio desse mecanismo chamado cultura que o homem adquiriu a capacidade de ser o construtor de sua própria história, desde a utilização de ferramentas, passando pelo convívio social, pela linguagem chegando a outras formas mais complexas de significar o fazer humano. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS ENSINO FUNDAMENTAL 6º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esporte Jogos e brincadeiras Dança Ginástica Lutas CONTEÚDOS BÁSICOS Coletivos Individuais Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos Danças folclóricas Danças criativas Ginástica rítmica Ginástica circense Ginástica geral Lutas de aproximação Capoeira 298 7° ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esporte Jogos e brincadeiras Dança Ginástica Lutas CONTEÚDOS BÁSICOS Coletivos Individuais Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos Danças folclóricas Danças de rua Ginástica rítmica Ginástica geral Lutas de aproximação Capoeira 8° ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esporte Jogos e brincadeiras Dança Ginástica Lutas CONTEÚDOS BÁSICOS Coletivos Individuais Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos Danças criativas Danças circulares Ginástica rítmica Ginástica geral Lutas com instrumento mediador Capoeira 9° ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esporte Jogos e brincadeiras Dança CONTEÚDOS BÁSICOS Coletivos Radicais Jogos e brincadeiras populares Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos Danças criativas Danças circulares 299 Ginástica Ginástica rítmica Ginástica circense Ginástica geral Lutas com instrumento mediador Capoeira Lutas ENSINO MÉDIO 1° ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esporte Jogos e brincadeiras Dança Ginástica Lutas CONTEÚDOS BÁSICOS Coletivos Radicais Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos Danças folclóricas Danças de salão Ginástica artística Ginástica de condicionamento físico Ginástica geral Lutas com aproximação Lutas que mantém a distância 2° ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esporte Jogos e brincadeiras Dança Ginástica Lutas 3° ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS Coletivos Individuais Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos Danças folclóricas Danças de rua Ginástica artística Ginástica de condicionamento físico Ginástica geral Capoeira Lutas com instrumento mediador 300 ESTRUTURANTES Esporte Jogos e brincadeiras Dança Ginástica Lutas CONTEÚDOS BÁSICOS Radicais Coletivos Individuais Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos Danças folclóricas Danças de rua Ginástica de condicionamento físico Ginástica geral Capoeira Lutas com aproximação 4. METODOLOGIA Devemos compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo, sabendo que ela é composta por interações que são estabelecidas nas relações sociais, levando em consideração os conhecimentos já adquiridos pelos alunos. Portanto, partindo deles, será feita a abordagem dos conteúdos de Educação Física por meio ações pedagógicas estimulando a reflexão de formas produzidas pelo ser humano. As aulas de Educação Física serão desenvolvidas por meio da discussão e análise crítica dos conteúdos, aulas práticas com demonstração, explicação, experimentação, repetição e correção; atividades individuais e em pequenos e grandes grupos, bem como a apresentação de proposta de trabalho para os alunos através da dança, artes circenses, dramatizações e canto. Para o bom desenvolvimento das atividades serão utilizados locais diversos, tais como sala de aula, ginásio de esportes, mini-pista de atletismo, sala de informática e multimídia. As tecnologias da informação e comunicação, ofertadas pela escola, tais como computadores, DVD, TV pendrive, revistas, livros, filmes, aulas práticas em laboratórios e informática, dentre outras, serão introduzidas para facilitar o ensino e a aprendizagem dos conteúdos programáticos. 301 O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos os alunos a possibilidade de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação democrática e universalizada pressupõe a prática de métodos e técnicas de ensino abertos e flexíveis, os quais estejam comprometidos com o atendimento das necessidades educacionais de todos os alunos, sejam eles com necessidades especiais ou não. As ações de adequações/ flexibilizações a serem realizadas nos componentes curriculares desta disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades dos alunos matriculados em cada série/ano. Portanto, as decisões serão coletivas com os professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola, buscando, quando necessário, o atendimento dos serviços e apoios educacionais especializados que constituem a rede de apoio da Educação Especial do Paraná, conforme apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de currículos inclusivos. Os conteúdos de historia e cultura afro-brasileira, africana e indígena (lei № 11.64/08); musica (lei № 11.769/08); prevenção do uso indevido de drogas, sexualidade humana; educação ambiental (lei № 9795/99) Dec. 4201/02; enfrentamento à violência contra a criança e ao adolescente (lei federal № 11525/07) serão abordados de forma contextualizada e relacionadas aos conteúdos de ensino de esporte, ginástica, dança e lutas. É importante destacar que as disciplinas escolares, apesar de serem diferentes na abordagem, estruturam-se nos mesmos princípios epistemológicos e cognitivos, tais como os mecanismos conceituais e simbólicos. Esses princípios são critérios de sentido que organizam a relação do conhecimento com as orientações para a vida como prática social, servindo inclusive para organizar o saber escolar. 302 Devemos levar em conta a dimensão social da Educação Física e possibilitar a consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento humano, como expressão da identidade corporal, como prática social e como uma forma do homem se relacionar com o mundo. 5. AVALIAÇÃO Avaliar em Educação Física significa reconhecer a insuficiência das discussões e teorizações sobre esse tema no âmbito desta disciplina curricular no Brasil (COLETIVO DE AUTORES, 1992). No entanto, mesmo diante dessa realidade, é necessário assumir o compromisso pela busca constante de novas ferramentas e estratégias metodológicas que sirvam para garantir maior coerência com o par dialético objetivos-avaliação. A avaliação tem como premissa o diagnóstico do processo ensinoaprendizagem e a investigação da prática pedagógica, objetivando fornecer informações e dados necessários à reflexão docente, assim como, conscientizar o educando sobre suas potencialidades e possibilidades. Essa identificação serve para o professor propor revisões e novas elaborações de conceitos e procedimentos, ainda parcialmente consolidados. Um dos primeiros aspectos que precisa ser garantido é a não exclusão, isto é, a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse processo. Assim, é fundamental que o processo de avaliação ocorra de forma diagnóstica e formativa, envolvendo um trabalho que inclua uma variedade de situações de aprendizagem, tais como a compreensão de definições, estabelecimento de relações, argumentação oral; as explicações, as justificativas e o uso de recursos tecnológicos. Para tanto, serão utilizados instrumentos de avaliação 303 como testes práticos e teóricos, participação efetiva dos alunos nas atividades propostas e apresentação de trabalhos práticos e teóricos, incluindo seminários. A recuperação dos conteúdos será realizada através da retomada e reforço dos mesmos, investindo em novas estratégias e recursos, com a modificação de encaminhamentos metodológicos, para que o aluno aprenda e, em conseqüência, recupere também sua nota. Serão levados em conta possíveis fatores que dificultem ou impossibilitem o aluno de realizar determinados tipos de atividades com o mesmo nível de desempenho dos demais, como, por exemplo, disfunções na coordenação motora geral, distúrbios psíquicos e emocionais e incapacidade física temporária ou permanente. Em seguida, indicaremos algumas formas e critérios de avaliação a serem utilizados. 1. Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se pretende. Critérios O aluno, quanto: • A contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza; • Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; • A justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa; • O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases, refenciando-os adequadamente. 2. Seminário - oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando, 304 de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa. Critérios O aluno: • Demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; • Apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados); • Faz adequação da linguagem; • Demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa; • Traz relatos para enriquecer a apresentação; • Faz adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação. 3. Trabalho em grupo – desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos. Critérios O aluno: • Interagir com o grupo; • Compartilha o conhecimento; • Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos; • Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano. 305 4. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento. Critérios O aluno: • Compreende o enunciado da questão. • Planeja a solução, de forma adequada. • Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua portuguesa. • Sistematiza o conhecimento de forma adequada 5. Questões objetivas - Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. Critérios O aluno: • Realiza leitura compreensiva do enunciado; • Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; • Utiliza de conhecimentos adquiridos. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 306 BETTI, Mauro. A Educação Física na Escola Brasileira de 1º e 2º graus, no período 1930-1986 : Uma abordagem sociológica, USP, São Paulo, 1988. Diss. de Mestrado. CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: A História que não se conta, Campinas, S.P:, Papirus, 1988. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992. GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989. GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Educação Física progressista. São Paulo: Loyola, 1988. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Física para a Educação Básica. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba, 2008. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. 307 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ENSINO RELIGIOSO 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA O Ensino Religioso constitui-se como disciplina na superação do proselitismo no espaço escolar, passando desta forma a deixar claro que aquilo que para as igrejas é objeto de fé, para a escola é objeto de estudo, sem excluir o horizonte dos valores éticos, que fazem parte do processo educacional. A Religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império, conforme constituição de 1824 determinava que o ensino religioso fosse tradicionalmente o ensino do catolicismo. Após a proclamação da República passou a ser laico, público, gratuito e obrigatório, rejeitando as normas únicas do catolicismo que exercia o monopólio do ensino. Nas Constituições de 1937, 1946 e 1967 o Ensino religioso foi mantido como matéria do currículo, tendo caráter confessional e freqüência livre para o aluno. Na 308 década de 60 surgiram grandes debates retomando a questão da liberdade religiosa, devido à pressão das tradições religiosas e sociedade civil organizada que partiu de diferentes manifestações religiosas, perdendo nesse contexto, sua função catequética, o modelo pluralista passou a ser intensamente questionado. O entendimento sobre essa importante e fundamental área do conhecimento humano implica uma concepção, que tem por base a diversidade presente nas diferentes expressões religiosas. Nesse enfoque, o sagrado e suas diferentes manifestações religiosas possibilitam a reflexão sobre a realidade, numa perspectiva de compreensão sobre si e para o outro, na diversidade universal do conhecimento religioso. O Ensino Religioso foi implantado como disciplina escolar em 1972, através da Lei 5692/71. A Educação Religiosa pressupõem propor ao educando a oportunidade de processo de escolarização fundamental para se tornarem capazes de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura. Nos dias atuais a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) nº 9394/96, determina que a disciplina seja de matrícula facultativa sem ônus para o poder público, deve ser ministrada de acordo com a diversidade religiosa do aluno, o reconhecimento e aceitação das diferentes manifestações culturais e religiosas da humanidade. A disciplina de Ensino Religioso visa contribuir para o conhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural, que compõem a sociedade brasileira, bem como possibilitar o acesso às diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no contexto histórico sócio-cultural do educando. Também proporciona ao educando sua formação integral, através do desenvolvimento de atitudes éticas que qualifiquem as relações do ser humano consigo mesmo, promovendo a educação para a paz, com o outro e com a natureza, entendido nesta concepção como, sujeito do processo de formação continuada. 309 Sendo assim, o objeto do Ensino Religioso é o estudo das diferentes manifestações do sagrado no coletivo, analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência religiosa do cotidiano que nos contextualiza no universo cultural. O Conselho Educacional de Educação do Paraná. Em 2002, aprovou a Deliberação nº 03/02, que regulamentou o Ensino Religioso nas escolas públicas do Sistema Estadual de Ensino do Paraná. No final de 2005, a SEED encaminhou aos núcleos regionais de educação e com os professores ao Conselho Estadual de Educação (CEE). Em 10 de fevereiro de 2006 o mesmo conselho aprovou a Deliberação nº 01/06, que institui novas normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do Paraná. O resultado final é a proposta de implementação de um Ensino Religioso laico e de forte caráter escolar. O Sagrado é o objeto de estudo e o tratamento a ser dado aos conteúdos estará sempre a ele relacionado. A organização dos conteúdos deve partir do estudo de manifestações religiosas menos conhecidas ou desconhecidas, a fim de ampliar o universo cultural do educando e sempre levando em conta a transmissão da ética e dos valores que norteiam as diversos aspectos das relações humanas e estão inseridos nas diversas religiões. 2. OBJETIVO GERAL Debater sobre o Sagrado numa visão laica, incentivando o diálogo interreligioso e o respeito às diferentes formas de crer, contribuindo para a superação das desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito constitucional de liberdade de crença e de expressão e, por conseqüência, o direito à liberdade individual e política; O ensino religioso proporcionará ao educando: 310 • Analisar e compreender o sagrado como cerne da experiência religiosa; • Compreender o processo histórico na concretização dos símbolos e dos espaços e sua organização em territórios sagrados; • Construir significados através das relações com o fenômeno religioso; • Compreender o significado das experiências religiosas para a vida e entender as atitudes morais diferenciadas como conseqüência do fenômeno religioso; • Compreender o sentido da existência; • Respeitar os direitos individuais e as diferenças; • Orientar para a apropriação dos saberes sobre as expressões e organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com os outros campos do conhecimento; • Compreensão, conhecimento e respeito das expressões religiosas advindas de culturas diferentes, inclusive das que não se organizam em instituições, e suas elaborações sobre o fenômeno religioso, superando o preconceito religioso, com vistas à consolidação do respeito à diversidade cultural e religiosa; • Analisar o papel das tradições religiosas na estruturação e manutenção das diferentes culturas e manifestações sócio-culturais; 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS PAISAGEM RELIGIOSA: lugar onde se situa o espaço geográfico sagrado. SÍMBOLOS: linguagem que expressam sentidos, como forma de comunicação. TEXTOS SAGRADOS: sendo de diferentes maneiras, como pinturas sacras, textos orais e escritos entre outros. 4. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 6° ANO 311 I – Respeito à Diversidade religiosa; Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa: • Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira; • Respeito a liberdade religiosa; • Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão; • Direito à liberdade de reunião e associação pacífica; • Direitos humanos e sua vinculação com o Sagrado; II – Lugares Sagrados Caracterização dos lugares e templos sagrados: • Lugares de peregrinação, de reverência, de culto, de identidade e principais práticas de expressão do sagrado nestes locais. • Lugares na natureza: rios lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc. • Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc. III – Textos orais e escritos sagrados Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas religiosas: • Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.) IV – Organizações religiosas As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado. • Fundadores e/ou Líderes Religiosos • Estruturas Hierárquicas 312 7° ANO I – Universo simbólico religioso; Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos: • Nos Ritos; • Nos Mitos; • No Cotidiano; II – Ritos São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes: • Ritos de passagem • Mortuários • Propiciátórios • Outros III – Festas Religiosas São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos: • Confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes. • Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas. IV – Vida e morte • As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado 313 • O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas • Reencarnação • Ressurreição – ação de voltar à vida • Além da Morte • Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se torna presentes • Outras interpretações 5. METODOLOGIA A partir de uma visão de mundo e de homem, a linguagem utilizada ao ministrar o conteúdo de Ensino Religioso deve partir do pressuposto pedagógico e não do religioso. Nesse processo deve ser respeitada a liberdade de consciência e a opção religiosa em relação ao sagrado, buscando opiniões e questionamentos que contemplem a contextualização frente a atitudes práticas e concretas do cotidiano em relação ao sagrado. O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos os alunos possibilidades de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação para todos, pressupõe a prática de currículos abertos a flexíveis que estejam comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os alunos, sejam elas especiais ou não. Nesse sentido, é preciso propor encaminhamento metodológico baseado em aula dialogada, isto é, a partir da experiência religiosa do aluno e se seus conhecimentos previstos para, em seguida apresentar o conteúdo que será trabalhado, e que ofereçam condições para que o estudante com necessidades especiais de educação possa absorver o conhecimento de forma participativa. Os desafios educacionais contemporâneos serão trabalhados, dentro da disciplina de Ensino Religioso buscando contemplar as dimensões filosóficas, 314 artísticas e cientificas à medida que os conteúdos permitirem de forma a valorizar os conteúdos curriculares da disciplina. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394/96 e as disciplinas da Lei 11645/08 que contempla a História e Cultura Afro-Brasileira e indígena, Educação Ambiental (Lei 9795/99) Decreto 4.201/02 e o enfrentamento à violência contra a Criança e ao Adolescente (Lei Federal n° 11.525/07) serão abordados de forma contextualizada e relacionadas aos conteúdos da disciplina de Ensino Religioso, sempre que for possível a articulação entre os mesmos. Propor encaminhamento metodológico para a disciplina de Ensino Religioso, mais do que planejar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados em sala de aula, pressupõe um constante repensar das ações que subsidiam esse trabalho, pois uma abordagem nova no conteúdo escolar leva, inevitavelmente, a novos métodos de investigação, análise e ensino. O professor, por sua vez, deve posicionar-se de forma clara, objetiva e crítica quanto ao conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-cultural. Assim, exercerá o papel de mediador entre os saberes que o aluno já possui e os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula. Deve-se propor a problematizarão do conteúdo, a fim da identificação dos principais problemas postos pela prática social. Essa etapa pressupõe a elaboração de questões que articulem o conteúdo em estudo a vida do estudante. As interdisciplinares são fundamentais para efetivar a contextualização ao conteúdo, pois se articulam os conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares e, ao mesmo tempo, assegura-se a especificidade dos campos de estudo do Ensino Religioso. Para efetivar esse processo de ensino-aprendizagem faz-se necessário abordar cada expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não religioso, sendo necessário respeitar o direito a liberdade de consciência e a opção religiosa. 315 6. AVALIAÇÃO Avaliação da aprendizagem faz parte do processo educativo e deve ser realizada de forma que possibilite acompanhar o processo de apropriação do conhecimento de cada educando, bem como da turma, através da observação de manifestações de aceitação das diferenças religiosas existentes entre os colegas, bem como se o aluno compreendeu toda a diversidade existente em nossa cultura.Esse processo deve ser contínuo, diagnóstico e cumulativo, permitindo ao professor planejar intervenções necessárias no processo de ensino-aprendizagem. É fundamental que o professor na mediação deste conhecimento se posicione de modo flexível, procure valorizar a participação do aluno valorizando e instigando a sua curiosidade, assim como o progresso do seu entendimento e da sua criticidade, tomando-o como referencial de análise, observando seu trabalho individual e suas atitudes desenvolvidas no decorrer do processo de aprendizagem, respeitando seu tempo. A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo, como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de concepção da realidade social e, como ampliar o seu conhecimento em torno do objetivo de estudo do Ensino Religioso. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BRASIL – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – n 9394, de 20 de Dezembro de 1996. BRASIL – Constituição da República Federativa do Brasil. 1967. BRASIL, Lei n 11645/08 – História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. 316 POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. __________.Governo do Estado do. Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Ensino Religioso. Paraná 2008. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – FILOSOFIA 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Nas Diretrizes Curriculares Estaduais, a disciplina de Filosofia a ser ministrada na sala de aula da escola pública paranaense, aborde questões das ciências, do mito, da ética, da estética, da política, do conhecimento. Se por um lado, a dificuldade para seu ensino está no fato de nela residir o pensamento racional e sistemático de mais de 2500 anos, por outro lado, a facilidade para o seu ensino está 317 no fato de que nela se pode encontrar pedagogias e métodos que trazem luz para a definição da pedagogia e do método a ser adotado pelo professor para o ensino da filosofia. A importância do conhecimento proporcionado por essa disciplina, no contexto escolar, resulta no aprimoramento das capacidades intelectuais, éticas, morais e sociais que pode favorecer a expressão do pensamento e a construção de uma inserção social mais crítica. Diferente de outras disciplinas, a filosofia faz chegar a resultados que não são tidos como definitivos/absolutos. Assim, ela pode não oferecer a segurança que uma ciência exata dá ao aluno e isso pode ser prejudicial ao ensino da mesma; por outro lado, se bem entendida pelos alunos as possibilidades ilimitadas que essa não exatidão dá, pode ser fator estimulante ao aprendizado dos mesmos. O ensino da filosofia apresenta inúmeras possibilidades de abordagem. As mais tradicionais são: a divisão cronológica linear, geográfica e por conteúdos estruturantes, mas, para não ser apenas História da Filosofia, faz-se mister preservar suas características específicas como: o diálogo, a problematização, a argumentação, a sistematização e a imparcialidade numa busca constante. A experiência mais recentemente do ensino de filosofia no Brasil reporta ao período da publicação da nova LDB 9394/96, mas foi os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN, que normatizou como seria o ensino de filosofia. No documento PCN/Ensino Médio, Conhecimentos de Filosofia, o conteúdo filosófico passa para a perspectiva da transversalidade. Permanece na ante-sala, algo que se atribuía importância, mas que no limite na passava de um objeto de decoração. Foram vários os encontros e debates de professores e a comunidade propondo recolocar a obrigatoriedade do ensino de filosofia e o resultado foi o projeto de Lei nº 3.178/97, aprovado na Câmara e no Senado (2001), vetado pelo presidente FHC. 318 Em 2003 foi realizada na Câmara dos Deputados, a audiência pública em defesa da volta da Filosofia e Sociologia ao currículo do Ensino Médio. O CNE/CEB, atende tais aspirações e aprova o Parecer sob n.º 38/2006 e no Paraná é aprovada a lei Nº 15. 228 de 25/07/2006, que no Art. 2º, lês-se que “a Filosofia objetiva consolidar a base humanista da formação do educando, propiciar a capacidade do pensar e repensar de modo crítico o conhecimento produzido pela humanidade, sua relação com o mundo e a constituição de valores culturais, históricos e sociais, fundamental na construção e aprimoramento da cidadania”. Na esfera federal, a Lei nº 11.684 de 2 de junho de 2008, institui a obrigatoriedade da disciplina no território nacional e nesse sentido, o Conselho Estadual de Educação/PR, aprovou em 07/11/08 a deliberação N.º 03/08, com o seguinte teor: uma série em 2009; duas em 2010; três em 2011; quatro em 2012 nos cursos de 4 anos. Do ponto de vista legal está demarcado o retorno da disciplina de Filosofia à Matriz Curricular do Ensino Médio. O desafio posto é como ensinar filosofia e que filosofia ensinar. A filosofia busca compreender a vida humana que se manifesta no cotidiano em busca de um sentido, seu objeto é “os sentidos, os significados e os valores que dimensionam e norteiam a vida e a prática histórica humana, trata dos fundamentos últimos do existir humano na história” (LUCKESI, 2002). Nesse sentido, a filosofia é um instrumento para os estudantes lerem a realidade histórico-social. Tal instrumento se diferencia das outras disciplinas em seu próprio método de ensino, pois “o ato de ensiná-la se confunde com a transmissão do estilo reflexivo, e o ensino da filosofia somente logrará algum êxito na medida em que tal estilo for efetivamente transmitido, pensar e repensar a cultura não se confunde com compatibilização de métodos e sistematização de resultados; é uma atividade autônoma e de índole crítica” (LEOPOLDO, 1992, p. 163). É nessa perspectiva que se deve ler a diretriz de Filosofia/SEED/PR, que propõe o ensino de filosofia a partir dos conteúdos elaborados pela tradição 319 filosófica, denominados de Conteúdos Estruturantes. A presente Proposta Pedagógica Curricular é uma ferramenta de orientação para o trabalho com a disciplina de Filosofia na escola que, em conjunto com a Diretriz da Disciplina, o Livro Didático Público, a Ontologia de textos filosóficos e os matérias disponíveis na biblioteca do professor contribuem para o trabalho com a filosofia no espaço escolar. 2. OBJETIVO DA DISCIPLINA Aprimorar a capacidade intelectual, ética, moral e social para a formação da personalidade crítica do aluno, através da expressão de pensamentos e da busca do conhecimento racional, problematizando, investigando, analisando e criando conceitos, virtudes e valores. 3. JUSTIFICATIVA A Filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo. Ela é, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos além de sua pura aparência. Assim, ela pode se voltar para qualquer objeto. Pode pensar a ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar a arte; pode pensar o próprio homem em sua vida cotidiana, a economia, a política, a ética. Diz-se que a Filosofia incomoda certos indivíduos e instituições porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Isto é, questiona a prática política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística. Desse modo, compreender a importância do ensino da Filosofia no Ensino Médio é entendê-la como um conhecimento que contribui para a formação do aluno. Cabe a ela indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais para os homens, em cada época. 320 A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática e deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a radicalidade do problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação da Instituição ao instituir a disciplina de Filosofia no Ensino Médio; a busca pelo ensino da reflexão filosófica, instrumentalizando os alunos para estarem aptos a compreender e atuar em sua realidade. A Filosofia objetiva consolidar a base humanista da formação do educando, propiciar a capacidade do pensar e repensar de modo crítico o conhecimento produzido pela humanidade, sua relação com o mundo e a constituição de valores culturais, históricos e sociais, fundamental na construção e aprimoramento da cidadania. 4. CONTEÚDOS DE FILOSOFIA Os conteúdos apresentados nesse planejamento seguem as orientações da DCE de Filosofia, o qual organizou-se também o livro didático público de Filosofia, a partir de conteúdos denominados conteúdos estruturantes e básicos. Os conteúdos específicos serão apresentados pelo professor no Plano de Trabalho Docente - PTD. ENSINO MÉDIO 1º ANO Conteúdo Estruturante: Mito e Filosofia Conteúdo Básico • Saber mítico; • Saber filosófico; • Relação Mito e Filosofia; • Atualidade do mito; • O que é Filosofia? 321 Conteúdo Estruturante: Teoria do Conhecimento Conteúdo Básico • Possibilidade do conhecimento; • As formas de conhecimento; • O problema da verdade; • A questão do método; • Conhecimento e lógica. 2º ANO Conteúdo Estruturante: Ética Conteúdo Básico • Ética e moral; • Pluralidade ética; • Ética e violência; • Razão, desejo e vontade; • Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das Normas; Conteúdo Estruturante: Filosofia Política Conteúdo Básico • Relações entre comunidade e poder; • Liberdade e igualdade Política; • Política e Ideologia; • Esfera pública e privada; • Cidadania formal e/ou Participativa; 3º ANO Conteúdo Estruturante: Filosofia da Ciência Conteúdo Básico • Concepções de ciência; 322 • A questão do método Científico; • Contribuições e limites da Ciência; • Ciência e ideologia; • Ciência e ética; Conteúdo Estruturante: Estética Conteúdo Básico • Natureza da arte; • Filosofia e arte; • Categorias estéticas – feio, Belo, sublime, trágico, Cômico, grotesco, gosto, etc. • Estética e sociedade; 5. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO A Diretriz de Filosofia propõe quatro passos para orientar o professor no trabalho escolar, tais passos devem ser tomados numa perspectiva dialética para um ensino significativo, que contemple a formação cidadã e democrática. Para tanto, é possível viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e das artes, dialogando criticamente todos os conceitos. A Diretriz propõe ao professor relacionar os conteúdos estruturantes e básicos com os problemas vivenciados pelos alunos, para que na investigação o estudante perceba como tais problemas foram resolvidos na história da filosofia com o auxílio de textos filosóficos. A leitura do texto deve dar subsídios para que o aluno possa pensar o problema, pesquisar, fazer relações, criar conceitos e desenvolver o exercício do próprio pensamento, isto é, problematizar filosoficamente situações da vida atual, sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. Mobilização para o conhecimento: 323 É o momento de “ganhar” os alunos para estudar o tema proposto. Normalmente os alunos se apresentam em posição de desconfiança em relação ao que o professor propõe, mas se o tema for apresentado na perspectivas da mobilização, penso que é possível iniciar um processo de ensino significativo. É interessante iniciar tal processo com uma música; uma figura; um vídeo; um poema; uma brincadeira; um jogral. Enfim, algo que seja convidativo para o início de uma aprendizagem. Problematização Esse é um passo central na aprendizagem, pois inicia com um problema e/ou problematização. Isso significa que o convite realizado na mobilização passa necessariamente por um processo de questionamento. O professor instiga os alunos a proporem problemas para investigar. São esses questionamentos que vão nortear os passos seguintes. (exemplo: Porque o Mito serviu como a primeira forma para homem explicar a realidade?) Investigação Aqui o papel do professor é central, pois é ele que vai auxiliar os alunos a avançarem no conceito e no entendimento filosófico do estudo. Aqui se deixar o aluno por conta, corre-se o risco de ficar na superficialidade. Promova formas dos alunos se expressarem nesse momento. Assim, cabe ao professor proporcionar um ambiente propício a partir da realidade em que se encontra o aluno para iniciar sua prática docente. Criação de conceitos Esse processo só ocorrerá a partir do trabalho realizado na “Investigação”, aqui nunca será possível saber de fato o quanto o aluno avançou no conceito, mas ele pode dar algumas dicas nas brincadeiras, na sala quando se possibilita o momento, etc. e até mesmo na avaliação. 324 Outra possibilidade é o professor trabalhar princípios que estruturam a pedagogia histórico-crítica desenvolvidas por João Luiz Gasparin: Prática social inicial do conteúdo, problematização, instrumentalização, catarse e Prática social final do conteúdo (GASPARIN, 2007, p.9). Tal proposta metodológica corrobora com a descrita na Diretriz de Filosofia, conforme apresentado acima. Nesse sentido, o conteúdo filosófico trabalhado em sala de aula será abordado a partir da necessidade do aluno. Nesse sentido, as aulas poderão ser desenvolvidas por meio de: Dinâmica de integração; Aula expositiva dialogada a partir do livro didático fornecido aos alunos. Quando for possível, a sala será organizada em semi-círculo para melhor contato com os alunos; Usar os recursos da TV pendrive; Aula na biblioteca organizada em duplas e/ou trio para pesquisa e conceituação, pois além de facilita no diálogo a compreensão dos conceitos, ele mesmo inconsciente, estará aprendendo a arte pesquisa bibliográfica; Aula na sala de informática para desenvolver o processo de pesquisa e aprofundar temas; Quando for possível as aulas poderão ocorrer no pátio da escola aproveitado do espaço físico para trabalhar conteúdos específicos; poderão ser utilizados documentários, filmes e músicas. Em atendimento à instrução 009/2011, os seguintes conteúdos serão trabalhados obrigatoriamente pela instituição de ensino: História e Cultura afrobrasileira, africana e indígena (Lei nº 11.645/08); História do Paraná (Lei nº 13381/01 ); Música (Lei nº 11.769/08); Prevenção ao uso indevido de drogas e sexualidade humana; Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99) Dec.4.201/02; Educação Fiscal; Enfretamento à violência contra a Criança e ao Adolescente ( Lei Federal nº 11.525/07); Educação Tributária Dec. nº 1.143/99, portaria nº 413/02, serão abordados de forma contextualizada e relacionadas aos conteúdos de ensino de Filosofia, sempre que for possível a articulação entre os mesmos. Conforme determina lei nº. 11645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino da historia e cultura afro-brasileira, africana e indígena, na disciplina de 325 Filosofia o professor abordará a temática a partir dos conteúdos específicos demonstrando o diálogo do conteúdo filosófico com o conteúdo de cultura afrobrasileira e indígena. 6. PROCESSO DE AVALIAÇÃO Segundo Vasconcellos (1999, p. 43), “avaliação é um processo abangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resitências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos”. Nesse sentido, a avaliação é uma busca de alternativas para que ocorra um verdadeiro processo de ensino-aprendizagem. A avaliação é o aspecto mais difícil em todas as áreas. O que avaliar em filosofia e como? A Diretriz propõe que se siga quatro pressuposto: • qual discurso tinha antes; • qual conceito trabalhou; • qual discurso tem após; A proposta de trabalho de avaliar ocorrerá no sentido de contribuir tanto para o professor, possibilitando avaliar a própria prática, como para o desenvolvimento do aluno, permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua contribuição para a coletividade. Será, portanto, de caráter diagnóstico e processual, podendo ser adotados como instrumentos, além da auto-avaliação: • Produção de texto/redação individual e/ou dupla em sala e/ou extra classe para que o aluno demonstre a apreensão e o domínio dos conceitos filosóficos trabalhados e os relacione com o cotidiano vivido; • Atividades em sala e participação nas discussões e reflexões sobre o tema de estudo; • Avaliação bimestral individual de carater reflexivo; 326 • Para a recuperação paralela o professor adotará os critérios estabelecidos pelo estabelecimento de ensino. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4a ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à filosofia. 2a ed. São Paulo: Moderna, 1993. ASPIS, R. O professor de filosofia: o ensino da filosofia no ensino médio como experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, n.º 64. A Filosofia e seu ensino. São Paulo: Cortez, 2004. BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo. 6a ed. Petrópolis: Vozes, 1997. CHÂTELET, F. História da Filosofia, idéias e doutrinas - o século XX. Rio de Janeiro: Zahar, s/d, 8 vol. CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995. CHAUI, Marilena. Filosofia, Série Novo Ensino Médio, São Paulo, Ática, 2004 COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas. São Paulo:Saraiva, 2005. COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas. São Paulo:Saraiva, 2005. 327 FOLSCHEID, Dominique; WUNEMBURGER, Jean-Jacques. Metodologia Filosófica. São Paulo: Martins Fontes, 1999. GALLO, S.; KOHAN, W. (Orgs) Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000. JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 4.ed. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed., 2006. KOHAM & WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no Brasil. In : PARANÁ, Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares. Curitiba, 2005. KOHAN, Walter O. (org.) Filosofia: Caminhos para seu Ensino. Rio de Janeiro: Lamparina, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação básica: Filosofia. Curitiba: SEED, 2008. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. REALE, Giovanni. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2003. (Vol. I, II e III, IV, V, VI, VII). REZENDE, Antônio (org.). Curso de Filosofia: para professores e alunos dos cursos de segundo grau e de graduação. 13.ed. Rio de janeiro: Jorge Zahar Ed. 2005. 328 SCHIMDT, MARIA A.[org.], Diálogos e Perspectivas de Investigação, Coleção coltura Escola e Ensino. Ed. Unijuí. SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1993. TOMELIN, Janes F. e TOMELIN, Karina N. Diálogos Filosóficos. 3. Ed. Blumenau. Nova Letra, 2007. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – SOCIOLOGIA 1. INTRODUÇÃO 329 De acordo com Celso Vasconcelos (2009), há duas tarefas básicas em relação à Proposta Curricular: definir os saberes necessários e organizar a forma de trabalhá-los no âmbito da instituição de ensino. Cabe aqui, esclarecer os propósitos da própria proposta curricular, apresentar a disciplina de Sociologia, seus conteúdos e sua importância, além do processo histórico que a levaram a fazer parte da grade curricular nacional a partir de 2008, como disciplina obrigatória. O currículo alcança uma dimensão política e social e neste contexto, a disciplina de Sociologia teve uma trajetória de idas e vindas no histórico escolar do ensino médio no Brasil. Evidencia-se a necessidade de relatar brevemente a trajetória desta disciplina exatamente pela instabilidade da Sociologia nos currículos escolares, ora presente, ora ausente, ao sabor dos interesses dos governantes em determinar os saberes e os conteúdos que deveriam ser ensinados nas escolas de nível médio. Os saberes e os conteúdos relacionados a esta disciplina devem ser contextualizados exatamente porque se faz necessário problematizar e discutir nas escolas as questões políticas e sociais. Segue-se a orientação por uma proposta pedagógica que seja articulada a partir das noções de trabalho e conhecimento. Parte-se da noção de trabalho porque ele é o elemento organizador da vida social, pois é a única atividade que permite ao ser humano desenvolver uma auto-reflexão sobre a natureza a ponto de transformála, segundo suas necessidades. Sendo o trabalho uma atividade coletiva, percebe-se que os seres humanos atuam uns com os outros e tecem assim as relações sociais. Parte-se também do conhecimento porque é uma dimensão do próprio ato de trabalhar: nos gestos da produção e reprodução da sua existência, os indivíduos organizam e acumulam experiências, desenvolvem uma reflexão (sistematizada ou não), que lhes permitem aperfeiçoar sua vida. O conhecimento também é, portanto, expressão de um determinado modo de organização social. (Meksenas, 1994) De acordo com o sociólogo Paulo Meksenas (1994, p. 23-24), “ser cidadão é ter direito ao trabalho, à participação consciente das riquezas sociais que o indivíduo 330 ajuda a construir. O que só é possível plenamente quando o sujeito compreende a organização do trabalho e do conhecimento na sociedade contemporânea em que ele vive e atua”. Para atingir o objetivo de que o aluno obtenha o domínio dos conhecimentos de Sociologia para o exercício da cidadania como está escrito na Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9394/94, é necessário ir além dos conteúdos programáticos. Enxergar o aluno como sujeito de direitos. É preciso apreender, professores e alunos a importância de todas as disciplinas e como elas se interrelacionam no intuito de formar para a vida em comunidade. 2. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Com o título de Sociologia: O que estuda e como se relaciona com as disciplinas afins, Alfredo Guilherme Galliano em seu livro Introdução à Sociologia, explica que a palavra Sociologia é de origem recente, do mesmo modo que a própria disciplina. É uma mistura composta de elementos de duas línguas, criada pelo francês Augusto Comte em 1839. Do latim vem o termo sócio, que exprime a ideia de “social”, e do grego vem o termo logos, que significa “palavra” ou “estudo”. A definição etimológica de Sociologia significaria então, simplesmente, “o estudo do social” ou “o estudo da sociedade” (GALLIANO, 1981, p. 5). Logicamente que a etimologia da palavra não é suficiente para definir e entender o que é a Sociologia. Nesta ótica Galliano explica: Quando se fala em sociedade, o que se tem em mente é sempre a idéia de homens (seres humanos) em interdependência. A noção de interdependência diz respeito, aqui, ao fato básico de que os homens não vivem isolados, mas juntos; à formação de agrupamentos estáveis onde se dá o encontro do homem com o homem; ao estabelecimento de relações de cooperação, luta e domínio entre os homens no interior desses agrupamentos; e ao desenvolvimento ou destruição das culturas humanas que decorrem de tais relações (GALLIANO, 1981, p. 5). 331 Assim aproxima-se um pouco mais da definição do termo Sociologia, e também se define melhor o objeto de estudo desta disciplina. Ainda segundo Galliano: “Sociologia é a dos homens em interdependência” (GALLIANO, 1981, p. 5). Um dos autores que melhor sintetizou a trajetória da Sociologia no Brasil e da Sociologia no Ensino Médio no Brasil é Nelson Dácio Tomazi, professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), com base em suas análises aponta-se aqui um breve histórico desta disciplina. Para esse autor, desde 1865, a Sociologia começa a dar os primeiros passos no Brasil. Sob forte influência do positivismo cotidiano, foi publicada a obra A escravatura no Brasil, de F. A. Brandão Júnior. Em seguida, um dos precursores da Sociologia no Brasil, Sílvio Romero, publicou Etnologia selvagem, em 1872, e Etnografia brasileira, em 1888. No início da década de 1920, a Sociologia inicia sua trajetória no Ensino Médio através das escolas de São Paulo e Rio de Janeiro (TOMAZI, 2000, p. 9) Pode-se afirmar que é no período 1930/1940 que a Sociologia coloca as suas bases no Brasil, pois procura, por um lado, definir mais claramente as fronteiras com outras áreas do conhecimento afins, como a literatura, a história e a geografia. Por outro lado, institucionaliza-se com a criação de escolas e universidades, nas quais a disciplina de Sociologia passa a ter um espaço e é promovida a formação de sociólogos (TOMAZI, 2000, p. 9). Assim, foi criada em 1933 a Escola Livre de Sociologia e Política (ELSE), em São Paulo, com o objetivo de formar técnicos, assessores e consultores capazes de produzir conhecimento científico sobre a realidade brasileira e, principalmente, que aliassem esse conhecimento à tomada de decisões no interior do aparato estatal/governamental federal, estadual e municipal (TOMAZI, 2000, p. 9). A seguir foram fundadas a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade do Distrito Federal (UDF), respectivamente, em 1934 e 1935. Nelas, 332 através das Faculdades de Filosofia, a preocupação maior era formar professores para o ensino médio, principalmente para as escolas normais, formadores de professores para o ensino fundamental. Definia-se, assim, o espaço profissional dos sociólogos: trabalhar nas estruturas governamentais ou serem professores (TOMAZI, 2000, p. 9). Foram muitos os professores estrangeiros que aqui vieram principalmente para a implantação da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo; por isso, pode-se afirmar que foram eles que deram o grande arranque inicial para o desenvolvimento da Sociologia no Brasil. Entre eles podem ser citados: Donald Pierson, Radcliff Brown, Claude Levi-Strauss, Georges Gurvitch, Roger Bastide, Charles Mozaré, e Jacques Lambert, que estiveram tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro e permitiram a formação e o desenvolvimento de inúmeros sociólogos no Brasil (TOMAZI, 2000, p. 9). Com as obras de Gilberto Freire, Oliveira Vianna, Fernando Azevedo, Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior já se encontrava uma produção sociológica significativa. Agora com a presença dos professores estrangeiros, essa produção aumenta e a Sociologia no Brasil se firma, surgindo uma nova geração que vai definir claramente os rumos dessa disciplina no Brasil. Os trabalhos de Egon Shaden, Florestan Fernandes, Antonio Cândido, Azis Simão, Rui Coelho, Maria Izaura de Queiroz, em São Paulo, e A. Guerreiro Ramos, A. Costa Pinto e Hélio Jaguaribe, no Rio de Janeiro, terão seguidores em todo o território nacional (TOMAZI, 2000, p. 9-10 ). A partir das décadas de 1950/1960 disseminam-se as Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras no Brasil, em universidades ou fora delas, e a Sociologia vai fazer parte do currículo dos cursos de Ciências Sociais ou apresentar-se como independente em outros cursos. O objetivo dos cursos de Ciências Sociais era formar pessoas (técnicos e professores) capazes de produzir uma “solução racional”, isto é, baseada na razão e na ciência, para as questões nacionais. Assim, a 333 Sociologia, nessas décadas, tornou-se disciplina hegemônica no quadro das Ciências Sociais no Brasil, a primeira a formar uma “escola” ou uma “tradição”, tendo em Florestan Fernandes um dos seus principais mentores (TOMAZI, 2000, p.10). Como decorrência desse projeto, vários autores surgem em diferentes áreas do pensamento sociológico e estes desenvolverão pesquisas e ensino. Apenas para citar alguns daqueles que a partir das décadas de 1960/1970 passam a ter suas obras lidas e reconhecidas: Octavio Ianni, Fernando Henrique Cardoso, Francisco Weffort, Francisco de Oliveira, José de Souza Martins, Leôncio Martins Rodrigues, Juarez Brandão Lopes, Maurício Tragtenberg, entre outros (TOMAZI, 2000, p. 10) Em relação a presença da Sociologia no ensino médio, o mesmo autor aponta que pela primeira vez no Brasil, a disciplina de Sociologia foi apresentada como integrante do currículo do ensino fundamental e médio através da reforma proposta por Benjamim Constant, cuja morte não permitiu a continuidade de discussão do projeto. Somente a partir de 1925 é que a disciplina passou a integrar o currículo do curso médio do Colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, por iniciativa de Fernando de Azevedo (TOMAZI, 2000, p. 10). A partir de então, a disciplina de Sociologia teve um percurso de difícil presença no currículo do ensino médio. A Reforma Rocha Vaz (1928) integrou os currículos dos cursos das Escolas Normais do Distrito Federal e de Recife. Nesta última cidade a Sociologia foi incluída por iniciativa de Gilberto Freire, cuja obra marcaria a consolidação da pesquisa científica na área (TOMAZI, 2000, p. 10) A Reforma Francisco Campos (1931) ampliou a inserção da disciplina nas escolas de nível médio, mas a reforma educacional de Gustavo Capanema (1942) restringiu seu ensino, determinando sua presença obrigatória apenas nas Escolas Normais e no período de 1964 até 1982 foram promulgadas a Lei 7.044 e a Resolução SE/236/83. Esta última recomendava, explicitamente, a inserção da 334 Sociologia na grade curricular optativa das escolas de nível médio, ela estava fora do currículo (TOMAZI, 2000, p. 10) Mais recentemente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei n° 9394/1996, recolocou a disciplina na estrutura curricular do ensino médio. Afirma que os alunos, ao final do período, devem deter os conhecimentos sociológicos, deixando, portanto, para os governos estaduais, núcleos regionais de ensino e até para as escolas a liberdade da definição do modo como serão passados esses conhecimentos (TOMAZI, 2000, p. 10) A luta pela reinserção das disciplinas de Sociologia e Filosofia extrapolou os âmbitos do Ministério da Educação e das Secretarias Estaduais de Educação e ganhou força em toda a sociedade civil organizada. Partidos políticos, grêmios estudantis, sindicatos de professores entre outras organizações, todos no intuito de que essas disciplinas voltassem a ser obrigatórias nas grades curriculares do Ensino Médio em todo o Brasil. Na década de 1990 foi aprovada no Congresso Nacional uma lei que incluía as disciplinas de Sociologia e Filosofia no ensino médio. Em 2001 essa lei foi vetada pelo então Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, dizendo que não haveria professores suficientes para ministrarem essas aulas entre outras alegações. A partir de 2002 as reivindicações continuaram e os atores envolvidos na questão não desistiram da luta pela obrigatoriedade do ensino destas disciplinas nas escolas de nível médio. Em 24 de novembro de 2005 foi protocolado no Conselho Nacional de Educação o Ofício n° 9647/GAB/SEB/MEC. Neste ofício o Secretário de Educação Básica do Ministério da Educação encaminhou para apreciação um documento anexado sobre as “Diretrizes Curriculares das disciplinas de Filosofia e Sociologia do ensino médio”, elaborado pela Secretaria com a participação de representantes de várias entidades. O documento juntado continha uma série de considerações favoráveis à inclusão obrigatória das disciplinas no currículo do ensino médio. Com apoio na própria LDB, mas com a necessidade de alterá-la, os 335 componentes desta comissão desenvolveram uma argumentação que defendia a presença da Sociologia e Filosofia como disciplinas obrigatórias. O Conselho Nacional de Educação - CNE aprovou parecer favorável à inclusão das disciplinas de forma obrigatória no Ensino Médio e abriu caminho para a deliberação no Congresso Nacional. Estas disciplinas passaram a ser obrigatórias no Ensino Médio após a aprovação da Lei Federal n° 11.684, de 02 de junho de 2008. No Paraná a obrigatoriedade da Sociologia já havia sido determinada pela lei nº 15.228 de 25/07/2006, mas diante da nova determinação legal de que a disciplina deve estar presente em todas os anos do Ensino Médio, o Conselho Estadual de Educação/PR, aprovou em 07/11/08 a deliberação n.º 03/08, com o seguinte teor: uma série em 2009; duas em 2010; três em 2011; quatro em 2012 nos cursos de 4 anos. Nesse sentido, esta Proposta Pedagógica Curricular busca orientar o trabalho com a disciplina de Sociologia no âmbito das escolas públicas jurisdicionada ao NRE de Campo Mourão. 3. CONTEÚDOS DA DISCIPLINA ENSINO MÉDIO 1° ANO Conteúdos estruturantes: O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas. Conteúdos básicos: • Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social; • Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber. • O desenvolvimento da Sociologia no Brasil. Conteúdos estruturantes: Processo de socialização e as instituições sociais. Conteúdos básicos: • Processo de socialização; 336 • Instituições familiares; • Instituições escolares; • Instituições religiosas; • Instituições de reinserção. 2° ANO Conteúdos estruturantes: Cultura e Indústria Cultural Conteúdos básicos: • Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; • Diversidade cultural; • Identidade; • Indústria cultural; • Meios de comunicação de massa; • Sociedade de consumo; Conteúdo estruturante: Trabalho, Produção e Classes Sociais Conteúdos básicos • O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; • Desigualdades sociais: Testamentos, castas, classes sociais • Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; • Globalização e Neoliberalismo; • Relações de trabalho; • Trabalho no Brasil. 3° ANO Conteúdos estruturantes: Poder, Política e Ideologia Conteúdos básicos: 337 • Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; • Democracia, autoritarismo, totalitarismo; • Estado no Brasil; • Conceitos de Poder; • Conceitos de Ideologia; • Conceitos de dominação e legitimidade; • As expressões da violência nas sociedades contemporâneas. Conteúdos estruturantes: Direito, Cidadania e Movimentos Sociais Conteúdos básicos: • Direitos: civis, políticos e sociais; • Direitos Humanos; • Conceito de cidadania; • Movimentos Sociais; • Movimentos Sociais no Brasil; • A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; • A questão das ONG’s. 4. PROPOSTA DE METODOLOGIA A Diretriz de Sociologia traz uma proposta de abordagem metodológica para o trabalho em sala de aula, “os quais devem ser trabalhados com rigor metodológico para a construção do pensamento científico e o desenvolvimento do espírito crítico; pesquisa de campo; análise crítica de filmes e vídeos; leitura crítica de textos sociológicos” (PARANÁ, 2008, p. 95). Ao apresentar cada uma das proposta ressalta a importância do trabalho com os estudantes, na perspectiva de desenvolver um aprendizado significativo e crítico. Sobre o trabalho com a pesquisa de campo salienta: 338 A pesquisa de campo pode ser iniciada antes ou depois de se apresentar o conteúdo a ser desenvolvido. Quando a pesquisa preceder a apresentação do conteúdo, os resultados obtidos devem servir como base para problematizações a serem desenvolvidas. Se a pesquisa suceder o desenvolvimento dos conteúdos, os resultados deverão comprovar ou refutar o que foi discutido à luz das teorias sociológicas (PARANÁ, 2008, p. 95). A prática da pesquisa de campo é uma boa opção para envolver os estudantes em um trabalho mais dinâmico, mas para isso é necessário um bom planejamento. Cabe ao professor a tarefa de planejar e conduzir a execução da pesquisa que pode ser realizada no próprio ambiente escolar e na comunidade ao entorno. A opção por “filmes e vídeos sob um olhar crítico” é outra alternativa para o ensino de sociologia, para tanto, uma advertência, “um filme deve ser entendido também como texto e, como tal, é passível de leitura pelos alunos. Os filmes são dotados de linguagem própria e compreendê-los não significa apenas apreciar imagens e sons”. (PARANÁ, 2008, p. 96). No que tange a esse encaminhamento é preciso ter claro a dificuldade de se trabalhar com tais ferramentas e o planejamento deverá ser rigoroso. Conforme a diretriz cabe ao professor propor: [...] uma interpretação analítica e contextual e, assim sendo, alguns passos devem ser seguidos: a) a escolha do filme não deve estar relacionada somente ao conteúdo, mas também à faixa etária e o repertório cultural dos alunos; b) aspectos da ficha técnica do filme devem estar incluídos na atividade como o ano, o local de produção, a direção, premiações, assunto da obra, onde e quando se passa; c) a elaboração de um roteiro que contemple aspectos fundamentais para o conteúdo em estudo possibilitará uma melhor compreensão do trabalho, chamando a atenção dos alunos para questões sociológicas que possam estar correlacionadas; d) a discussão das temáticas contempladas deve estar articulada às teorias sociológicas e à realidade histórica referida; e) a sistematização das análises a partir do filme e/ou 339 vídeo, pode ser feita por meio da produção de um texto ou de outro meio de expressão – visual, musical, literário – para completar a atividade (PARANÁ, 2008, p. 96 - 97). Por fim, a Diretriz propõe o trabalho em sala de aula a partir da leitura e análise de textos sociológicos, organizado pelo professor, a partir dos recortes permitidos pelos conteúdos. Tais recortes precisam ser contextualizados com a obra dos autores e com outros textos para que os estudantes percebam as controversas entre os autores e assim, romper com a visão dogmática das “verdades” estabelecidas. Para tanto, “recomenda-se articular os excertos dos textos sociológicos acadêmicos a textos de livros didáticos, procurando garantir a cientificidade do conteúdo trabalhado, adequando-o ao universo cultural do aluno (PARANÁ, 2008, p. 97). Uma das dificuldades para tal proposta diz respeito a falta de obras disponíveis ao alcance dos professores e alunos. Tal dificuldade pode ser solucionada com o “acervo bibliográfico formado pela Biblioteca do Professor, pela Biblioteca do Ensino Médio e pela Biblioteca de Temas Paranaenses. Nelas, estão disponíveis fontes de pesquisa para o professor, seja para seu próprio estudo e aperfeiçoamento, seja como material para dar suporte ao trabalho com os alunos”. Não se pode esquecer que o “Livro Didático Público de Sociologia é outro importante suporte teórico e metodológico desta disciplina e constitui um ponto de partida para professores e alunos” (PARANÁ, 2008, p. 97). Embora a Diretriz aponte uma proposta metodológica, não significa que esteja proibido trabalhar com outras abordagens. Muitos professores que atuam nas escolas conhecem e trabalham com a proposta formulada pelo professor João Luiz Gasparim. Tal proposta contempla o que solicita a Diretriz. Existem ainda outras abordagens que podem ser utilizadas pelo professor. 340 Para finalizar o professor conta ainda com uma orientação dos recursos didático-pedagógicos que podem ser úteis em seu trabalho diário: aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e museus, quando possível; exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos; leituras de textos: clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos, didáticos, literários, jornalísticos; Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica; Análises críticas: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV; análise crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros. Em atendimento à Instrução 009/2011 da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED, os conteúdos das disciplinas deverão abordar os temas seguintes: Conforme determina a Lei nº. 11645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino da historia e cultura afro-brasileira, africana e indígena; História do Paraná (Lei n° 13381/01); Música (Lei n° 11769/08); Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana; Educação ambiental (Lei n° 9795/99 e Decreto 4201/02); Educação Fiscal; Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente (Lei Federal n° 11525/07; Educação tributária (Decreto n° 1143/99 e portaria n° 413/02). Na Sociologia tais conteúdos serão abordados e articulados de forma contextualizada e relacionada com os conteúdos específicos da disciplina sempre que for possível. 5. AVALIAÇÃO As propostas de avaliação que constam na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), assim como as constantes no Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola serão levadas em consideração no ensino desta disciplina. Também serão seguidas as instruções do Regimento Escolar. Uma avaliação que seja diagnóstica, formativa, processual e continuada. De acordo com as DCEs: 341 A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula. Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o melhoramento de senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade. (PARANÁ, 2008, p. 98). As formas de avaliação devem constar no Plano de Trabalho Docente. Serão definidos os instrumentos e seus critérios de avaliação relacionados a cada conteúdo específico avaliado. Abaixo, algumas formas de avaliação: 1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento. Critérios O aluno: • Compreende as idéias presentes no texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias. • Ao falar sobre o texto, expressa suas idéias com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada. • Estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula. 2. Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se pretende. Critérios O aluno, quanto: 342 • A contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza; • Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; • A justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa; • O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente. 3. Produção de Texto - a atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. Critérios O aluno: • Produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.) • Adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura; • Expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); • Elabora argumentos consistentes; • Estabelece relações entre as partes do texto; • Estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la. 4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e expor suas idéias. Critérios O aluno: 343 • Demonstra conhecimento do conteúdo; • Apresenta argumentos selecionados; • Demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação; • Faz uso de recursos para ajudar na sua produção. 5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa. Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidade. Critérios O aluno ao realizar seu experimento: • registra as hipóteses e os passos seguidos; • demonstra compreender o fenômeno experimentado; • sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais ; • consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos necessários. 6. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais. Critérios O aluno ao proceder sua pesquisa de campo: • registra as informações, no local de pesquisa; • organiza e examina os dados coletados, conforme orientações; • apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua 344 capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese; • atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros). 7. O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento. No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles. São elementos do relatório: introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais. Critérios O aluno: • Faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu relatório, apontando quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado e dos conceitos construídos; • Descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade. • Faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram origem à atividade. em questão. 8. Seminário - oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa. Critérios O aluno: 345 • Demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; • Apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados); • Faz adequação da linguagem; • Demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa; • Traz relatos para enriquecer a apresentação; • Faz adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação. 9. Debate – possibilita a exposição de idéias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos. Critérios O aluno: • Aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os pensamentos divergentes; • Ultrapassa os limites das suas posições pessoais; • Explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição; • Faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; • Busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes; • Registra, por escrito, as idéias surgidas no debate; • Demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate; • Apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. 346 10. Atividades com textos literários - possibilita discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação. Critérios O aluno: • Compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; • Faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido; • Reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário. 11. Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor. Critérios O aluno: • Compreende e interpreta a linguagem utilizada; • Articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; • Reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso. 12. Trabalho em grupo – desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. 347 O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos. Critérios O aluno: • Interage com o grupo; • Compartilha o conhecimento; • Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos; • Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano. 13. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento. Critérios O aluno: • Compreende o enunciado da questão. • Planeja a solução, de forma adequada. • Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua portuguesa. • Sistematiza o conhecimento de forma adequada 348 14. Questões objetivas - Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. Critérios O aluno: • Realiza leitura compreensiva do enunciado; • Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; • Utiliza de conhecimentos adquiridos. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GALLIANO A. G. Introdução à Sociologia. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1981. GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas – SP: Autores Associados, 2002. – (Coleção Educação Contemporânea) GIROUX, H. Pedagogia Social. São Paulo: Cortez, 1983. MEKSENAS, Paulo. Sociologia. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção Magistério 2º grau) TOMAZI, Nelson D. (coord.) Iniciação à Sociologia. 2ª ed. rev. e ampl. São Paulo: Atual, 2000. 349 PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: SOCIOLOGIA. Curitiba: SEED, 2008. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico (PPP). Campo Mourão, 2010 POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ARTE 1. APRESENTAÇAO GERAL DA DISCIPLINA A disciplina de Arte nos mostra a necessidade do ser humano se comunicar. E mais, ela se dá, também, pela necessidade da humanização do nosso educando. E segundo, Arco-Verde (2003),quando o aluno entra em contato com este instrumento, a” arte”, tende a perceber quem somos e a que viemos. Assim estamos possibilitando a eles o domínio dos sentidos para a vida; instrumentalizando-os para as batalhas que se apresentam no dia-a-dia. A arte possibilita, dentro do seu processo de criação, o recriar do ser humano. E nessa produção dialética nasce um ser propenso a perceber a si e ao outro. Acreditamos, também, que o processo histórico de formação desta disciplina é imprescindível para a compreensão de quem realmente somos. De acordo com a Diretriz Curricular do Estado do Paraná,arte é uma forma de expressar emoções, idéias, vivências, entre outros. É também uma forma de comunicação, presume a capacidade de atingir o outro, de ser compreendida pelo outro. Essa compreensão só é possível se o outro entende o “código”, se ele domina, na maior parte das vezes de modo inconsciente, os princípios desorganização da 350 mensagem. Mensagem que se concretiza seja através de sons, na música, e daí por diante. Se o interesse depende da capacidade de compreensão, a distância que a maioria do povo brasileiro mantém das formas de arte, principalmente daquelas ditas eruditas, é gerada pela falta de referência adequadas, que permitem aprender as linguagens artísticas como significativas. A capacidade de compreender não se deve a um dom inato ou algo assim; deve-se sim, a certas formas de perceber, de pensar e mesmo de sentir que dependem da vivência, da experiência de contato com as obras de arte. Em outros termos, a capacidade de aprender as linguagens artísticas, o que podemos chamar de “competência artística”, depende da posse de esquemas de percepção, pensamento e apreciação que são gerados pela familiarização. A competência artística depende, assim, do ambiente sócio cultural em que se vive, uma vez que depende das possibilidades de contato com as obras artísticas. Esse contato continuado, essa freqüência, vai construindo gradativamente a familiarização, vai formando, lentamente e de forma imperceptível, os referenciais necessários para a apreensão e compreensão das linguagens artísticas. Valendo-se de todas as linguagens disponíveis, no momento, nas artes ( meios tecnológicos para sua produção e veiculação) para a construção do pensamento de uma sociedade realmente preocupada com o seu meio, faz-se a reorganização e reordenação dos conteúdos em Estruturantes e Básicos em consonância com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná(2009), conforme segue. 2. OBJETIVO GERAL O objetivo da disciplina de Arte é formar um cidadão apto a construir gradualmente sua identidade cultural, conhecedor de seus direitos e deveres; tendo na arte desenvolvidas as suas possibilidades de corporeidade holística. Partindo da 351 utilização da estrutura desenvolvida para o ensino fundamental e médio das diretrizes curriculares que são os elementos básicos das linguagens artísticas, produções/manifestações artísticas e elementos contextualizadores. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • Artes Visuais; • Música; • Teatro; • Dança. 4. CONTEÚDOS BÁSICOS 6° ANO MÚSICA ELEMENTOS FORMAIS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade COMPOSIÇÃO Ritmo Melodia Escala: diatônica, pentatônica, cromática Improvisação MOVIMENTOS/ PERIÓDICOS Greco-romana Oriental Ocidental Africana Indígena ARTES VISUAIS ELEMENTOS FORMAIS Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/PERIÓDICOS Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia Arte greco-romana Arte africana Arte oriental Arte pré-histórica Arte Indígena COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/PERIÓDICOS TEATRO ELEMENTOS 352 FORMAIS Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço Enredo, roteiro. Espaço cênico, adereços. Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, mascara... Gênero: tragédia, comedia e circo. Greco-romana Teatro oriental Teatro medieval Renascimento Indígena Africana COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/PERIÓDICOS Kinesfera Eixo Ponto de apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: improvisação Gênero: circular Pré-história Greco-romana Renacimento Dança clássica Indígena Africana COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/PERIÓDICOS Ritmo Melodia Escalas Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas vocais: vocal, instrumental emista Improvisação Musica e étnica (ocidental e oriental) Indígena Africana DANÇA ELEMENTOS FORMAIS Movimento corporal Tempo Espaço 7° ANO MÚSICA ELEMENTOS FORMAIS Altura Duração Intensidade Densidade 353 ARTES VISUAIS ELEMENTOS FORMAIS Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/PERIÓDICOS Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnica: pintura, escultura, modelagem, gravura... Gêneros: paisagem, retrato, natureza morta... Arte indígena Arte popular Brasileira e paranaense Renascimento Barroco Africana COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIÓDICOS Comédia dell’arte Teatro popular Brasileiro Paranaense Teatro africano Indígena TEATRO ELEMENTOS FORMAIS Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço Representação, leitura dramática, cenografia. Técnicas: jogos teatrais, mimica, improvisação, formas animadas... Gêneros: rua e arena, caracterização. DANÇA ELEMENTOS FORMAIS Movimento corporal Teatro Espaço COMPOSIÇÃO Ponto de apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve e pesado) Fluxo (livre, interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado Níveis (alto, médio e baixo) Formação Direção Gênero:folclórico, popular MOVIMENTOS/PERIÓDICOS Dança popular Brasileira Paranaense Africana Indígena 354 e africano. 8° ANO MÚSICA ELEMENTOS FORMAIS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade COMPOSIÇÃO Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista MOVIMENTOS/PERÍODOS Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno Indígena Africana ARTES VISUAIS ELEMENTOS FORMAIS Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz COMPOSIÇÃO Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista... MOVIMENTOS/PERÍODOS Indústria Cultural Arte no Séc. XX Arte Contemporânea Indígena Africana TEATRO ELEMENTOS FORMAIS Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço DANÇA COMPOSIÇÃO Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica... MOVIMENTOS/PERÍODOS Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo Indígena Africana 355 ELEMENTOS FORMAIS Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO Giro Rolamento Saltos Aceleração desaceleração Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo MOVIMENTOS/PERÍODOS Hip Hop Musicais Expressionismo e Indústria Cultural Dança Moderna Indígena Africana 9° ANO MÚSICA ELEMENTOS FORMAIS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade COMPOSIÇÃO Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, instrumental e mista Gêneros: popular, folclórico e étnico MOVIMENTOS/PERÍODOS Música Engajada Música Popular Brasileira. Música Contemporânea Indígena Africana ARTES VISUAIS ELEMENTOS FORMAIS Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz COMPOSIÇÃO Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do MOVIMENTOS/PERÍODOS Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino-Americana Hip Hop Indígena Africana 356 cotidiano... TEATRO ELEMENTOS FORMAIS Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/PERÍODOS Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação/Figurino Teatro Engajado/Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas Indígena Africana COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/PERÍODOS Kinesfera Ponto de Apoio Peso Fluxo Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e moderna Vanguardas Dança Moderna Dança Contemporânea Indígena Africana DANÇA ELEMENTOS FORMAIS Movimento Corporal Tempo Espaço ENSINO MÉDIO 1º ANO MÚSICA ELEMENTOS FORMAIS Altura Duração Timbre Intensidade COMPOSIÇÃO Ritmo Melodia Harmonia Escalas MOVIMENTOS E PERÍODOS Música Popular Brasileira Paranaense Popular 357 Densidade Modal, Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop ... Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação Indústria Cultural Engajada Vanguarda Ocidental Oriental Africana Latino-Americana Indígena ARTES VISUAIS ELEMENTOS FORMAIS Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz TEATRO COMPOSIÇÃO Bidimensional Tridimensional Figura e fundo Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Simetria Deformação Estilização Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos... Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia... MOVIMENTOS/PERÍODOS Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Contemporânea Arte LatinoAmericana Indígena 358 ELEMENTOS FORMAIS Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/PERÍODOS Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum Roteiro Encenação e leitura dramática Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico Dramaturgia Representação nas mídias Caracterização Cenografia, sonoplastia, figurino e iluminação Direção Produção Teatro Greco-Romano Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Popular Indústria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro Essencial Teatro doOprimido Teatro Pobre Teatro deVanguarda TeatroRenascentista Teatro Latino-Americano Teatro Realista Teatro Simbolista Indígena Africana COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS/PERÍODOS Kinesfera Fluxo Peso Eixo Salto e Queda Giro Rolamento Movimentos articulares Lento, rápido e moderado Aceleração e desaceleração Níveis Deslocamento Direções Planos Improvisação Coreografia Gêneros: Espetáculo, industria cultural, étnica, folclórica, Pré-história Greco-Romana Medieval Renascimento Dança Clássica Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Hip Hop Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea DANÇA ELEMENTOS FORMAIS Movimento Corporal Tempo Espaço 359 populares e salão... 5. METODOLOGIA DA DISCIPLINA A educação pela Arte possibilita ao educando a ampliação de sua visão construindo sua corporeidade holística. Entendendo visão não só como o olhar e ver um objeto, mas sim a compreensão desse objeto em relação a si e ao outro. A arte é um instrumento que alavanca os sentidos, as percepções, auxiliando na construção de sua identidade cultural, independente das diversidades sócioculturais e das necessidades especiais. Ao utilizar os recursos artísticos, é importante que ocorra dentro da visão de ensino-aprendizagem da pedagogia Histórico-Crítica.Para tanto a escola deve ser percebida com um todo e vista como um “centro de experiência permanente”. Deve também possibilitar a coresponsabilidade do professor e aluno no processo de aprendizagem. È fundamental que durante as aulas o professor, num primeiro momento, deixe claro para os alunos a importância do conteúdo, partindo do seu ponto de vista e indo para a explicação dos porquês e dos como serão os trabalhos. A postura do professor deve ser a de quem: explica, informa,questiona,corrige. Isso é agir na zona de desenvolvimento imediato do aluno, segundo Vigotski. Com isso buscar a catarse no aluno para que este possa explicar, agir e interagir as informações adquiridas com os colegas, com o professor, com a escola, enfim com o meio que o cerca, o mundo. Os conteúdos devem ser, como já dito acima, abordados partindo do conhecimento prévio dos alunos, incluindo as suas idéias pré-concebidas sobre o ensino da arte. Para tanto a cada conteúdo serão realizadas discussões em sala de aula sobre a importância que estes na vida prática do aluno. Os trabalhos serão realizados em grupos ou individuais, pesquisas, oficinas, visitas a museus, teatros e 360 bibliotecas; visando a atender a toda diversidade que se encontra na comunidade escolar. Para Ana Mãe Barbosa ao trabalharmos com o ensino da arte devemos ter em mente o tripé: do fazer, do sentir e do perceber as dimensões artísticas. Assim, a aula poderá iniciar por qualquer desses eixos ou pelos três simultaneamente. Uma vez que para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem. Resumidamente o ensino de Artes neste estabelecimento de ensino parte da concepção das Diretrizes Curriculares adotadas para a disciplina, cabendo ao professor na sua prática pedagógica considerar: • As várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região e as várias dimensões de cultura, entendendo toda manifestação artística como produção cultural; • As peculiaridades culturais de cada aluno/comunidade escolar como ponto de partida para a ampliação dos saberes em arte; • As situações de aprendizagem que permitam ao aluno a compreensão dos processos de criação e execução nas linguagens artísticas. • A experimentação como meio fundamental para resignificação desse componente curricular levando em conta que esta prática favorece o desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio dos sentidos. E importante ressaltar que esta incluso em cada série, tanto no ensino fundamental como médio, as seguintes leis: Lei no. 11.645/08- História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena; Lei no. 13381/01- História do Paraná; Lei 11.769/08 – Música; Lei 9795/99-Educação Ambiental; Lei 11525/07- Enfrentamento à violência contra a criança e ao Adolescente; Educação Tributaria e Educação Fiscal. Tendo em vista, que estas serão trabalhadas conforme o conteúdo. 361 6. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO A Arte em toda sua trajetória contou a história da humanidade e o seu meio, e dentro da disciplina de Artes procuramos contemplar todos os alunos, independentemente das suas características físicas, mental, social e espiritual, buscando dentro do social abranger o maior conhecimento, numa obstante se esquecendo que cada ser é único em seu universo e que respeitar estas diferenças é nos respeitar. Deixando o fluir das artes aflorar diante dos alunos para que estes busquem o conhecimento na compreensão das realidades e que, ao se ampliar sua sensibilidade, possa discutir assuntos os mais variados com propriedade, a guçando os seus sentidos. De acordo com a LDBEN (nº9.394/96,art. 24,inciso V) e com Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação ( Capítulo I, art.8º.),a avaliação em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciada tanto no processo,quanto na produção individual e coletiva desenvolvidas a partir desses saberes. Não obstante, devemos dentre estes conhecimentos aplicados, reforçarmos a recuperação de conteúdos e não só de notas. A recuperação de notas fica estabelecido que terá no mínimo 2 avaliações e máximo 6 avaliações, e que terá valor máximo de cada uma 5,0 (cinco virgula zero) e de no mínimo 1,0 ( um virgula zero), isto por bimestre. Avaliar exige que a façamos formal e informal e contemplar as varias formas de avaliar, acima de tudo, que se defina onde se quer chegar, que se estabeleçam os critérios para em seguida,escolherem seus procedimentos, inclusive aqueles referentes a seleção dos instrumentos que serão usados no processo de ensino aprendizagem. E se tratando de avaliação devemos ter o cuidado de conduzir a teoria de forma especifica, contextualizando, trazendo para a Arte a realidade de 362 cada sala de aula e para a realidade de cada aluno e, sendo neste ou no momento oportuno, dispor de materiais expositivos, para maior clareza e para que possam atuar na pratica com o conhecimento, diante disso é notório que o professor deva ter um conhecimento de linguagem artística em questão, bem como da relação entre criador e o que foi criado, pois sim, que o aluno dentro do conhecimento gerando critérios adquiridos, possa se expressar de uma forma pessoal, ampla e irrestrita, abandonando a prática pragmática. Neste processo oportunizamos o surgir da pessoa crítica, conhecedora de sua realidade, diante de um social a que envolve, podendo traçar metas, objetivos para poder mudar a realidade de si e de seus, buscando a felicidade. Isto nos dará com clareza a solução da problematização apresentada. Assim a avaliação será contínua, ou seja, se dará constantemente a cada encontro, e será considerado o avanço individual de cada aluno em relação a suas potencialidades. E em cada atividade serão focados os pontos determinados pelos conteúdos estruturantes. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em ação – Minimanual de Pesquisa – ARTE – Uberlândia: Claranto Editora, 2003. CANTELLE, Bruna R. & LEONARDI, Ângela C. Arte Linguagem Visual. São Paulo: IBEP, 2000. CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia. 8º edição. São Paulo: Editora Ática,1997. D’ANDREA; Flavio Fortes. Desenvolvimento da Personalidade; psicodinâmico. 9º edição. São Paulo: Bertrand Brasil, 1989. enfoque 363 MARCHESI JUNIOR, Isaías. Atividade de Educação Artística. São Paulo: Editora Ática, 1995. MANGE, Marilyn Diggs. ARTE BRASILEIRA para crianças. São Paqulo: Martins Fontes, 1995. NEWBERY, Elizabeth . Os segredos da Arte. São Paulo: Ed.Àtica, 2004. PROENÇA, Graça . História da Arte. São Paulo: Ed.Ática. 1990. REVERBEL, Olga. Teatro na Escola. Porto Alegre: Ed.Ática. WELL, Pierre & TOMPAKOW, Roland. O Corpo Fala; A linguagem silenciosa da comunicação não verbal. 3º edição. Petrópolis: Ed. Vozes, 1973. Diretrizes Curriculares de Arte do PR – 2009. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. 364 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ESPANHOL – CELEM 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Sabe-se que toda língua é constituída a partir da história e dos valores culturais de um povo. Sendo assim, partimos do pressuposto que a Língua Estrangeira é “[...] um princípio social e dinâmico que não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código linguístico” (DCE, 2008). Nesse sentido, a sala de aula se configura num espaço discursivo em que professor e educando Se constituem socialmente. O ensino da Língua Estrangeira Moderna (LEM), nesse caso, a Língua Espanhola, tem por objetivo expandir as formas de conhecimento, logo pode ser propiciadora da construção das identidades dos sujeitos (educando) ao oportunizar o 365 desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pela língua estrangeira na sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo ligações entre a comunidade local e a de fronteira latino-americana. Dessa forma, a oferta do ensino da Língua Espanhola no CELEM atende às expectativas e demandas sociais contemporâneas, propiciando a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações. Para tanto, o ensino partirá do trabalho com textos significativos, orais ou escritos, oriundos de diferentes esferas sociais, bem como pertencentes a diferentes gêneros discursivos. Diante do exposto, a oferta da Língua Espanhola, em nosso estabelecimento de ensino, oportunizará ao educando, profissionais da educação e membros da comunidade a interação com a língua alvo, envolvendo o conhecimento linguístico, discursivo, cultural e sócio-pragmático, o que resultará no desenvolvimento das capacidades de ação, discursiva, linguístico-discursiva (DOLZ E SCHNEUWLY, 1998 ) exigidas dos seus atores, nas diferentes práticas sociais - entendidas aqui como formas de organização de uma sociedade, das atividades e das ações realizadas pelos indivíduos em grupos organizados, as quais diferem-se de época para época, de cultura para cultura e de lugar para lugar. 2. CONTEÚDOS Para o ensino e aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna são considerados os conhecimentos construídos ao longo da história. Nesse sentido, as DCE (2008) definem o discurso como prática social como conteúdo estruturante para a Língua Estrangeira Moderna, pois entende que a língua é dinâmica e se efetiva nas práticas de leitura, oralidade e escrita. No que tange aos conteúdos específicos, estes serão norteados por gêneros de textos de diferentes esferas sociais, conforme segue: 1º ANO 366 COTIDIANA Exposição Oral; Álbum de Família; Fotos; Cartão pessoal; Carta Pessoal; Cartão Felicitações; Cartão Postal; Bilhetes; Convites; Musicas/Cantigas (Folclore); Quadrinhas; Provérbios; Receitas; Relatos de experiências vividas; Trava-línguas. LITERÁRIA ARTÍSTICA ESCOLAR Autobiografia; Biografias; Histórias em quadrinho; Lendas; Letras de Músicas; Narrativas; Poemas. Exposição Oral; Cartazes; Diálogo/Discussão; Mapas; Resumo. IMPRENSA Artigo de Opinião; Caricatura; Cartum; Charge; Classificados; Entrevista (oral e escrita); Fotos; Horóscopo; Infográfico; Manchete; Notícia; Reportagens; Sinopses de Filmes; Tiras. PUBLICITÁRIA Anúncios; Cartazes; Comercial para TV; E-mail; Folder; Fotos; Slogan; Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade Comercial. Bulas; Regras de jogo; Placas; Rótulos/embalagens. PRODUÇÃO/ CONSUMO MIDIÁTICA Chat; Desenho Animado; E-mail; Entrevista; Filmes; Telejornal, Telenovelas, Torpedos, Vídeo Clip. 2º ANO COTIDIANA LITERÁRIA ARTÍSTICA ESCOLAR IMPRENSA PUBLICITÁRIA Exposição oral; Cartão pessoal; Cartas (pessoal); Cartões (sociais); Convites; Advinhas; Anedotas; Diário; Canções (culturais); Curriculum Vitae. Biografias; Contos Fadas/ Contemporâneos; Histórias em quadrinho; Lendas; Letras de Músicas; Narrativas (Aventura, Ficção, etc.) Paródias; Poemas; Romances; Textos dramáticos. Diálogo/Discussão Argumentativa; Resenha; Exposição Oral; Mapas; Resumo; Relatos; Texto Argumentativo; Texto de Opinião; Verbetes de Enciclopédias. Artigo de Opinião; Caricatura; Cartazes; Carta ao Leitor; Carta do Leitor; Cartum; Charge; Classificados; Crônica Jornalística; Editorial; Entrevista (oral e escrita); Fotos; Horóscopo; Infográfico; Manchete; Mapas; Notícia; Reportagens; Sinopses de Filmes; Tiras. Anúncios; Caricatura; Comercial para TV; E-mail; Folder; Fotos; Slogan; Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade Comercial; Publicidade Institucional; Publicidade Oficial; Texto 367 Político. PRODUÇÃO/ CONSUMO Bulas; Regras de Jogo; Placas; Rótulos/ Embalagens; MIDIÁTICA Blog; Chat; Desenho Animado; E-mail; Entrevista, Filmes; Fotoblog; Home Page; Reality Show;Talk Show; Telejornal; Telenovelas; Torpedos; Vídeo Clip; Vídeo Conferência Partindo, pois, dos gêneros, os conteúdos básicos serão desmembrados de acordo com a prática discursiva priorizada em momentos específicos. Assim, elencamos, a seguir, os que são considerados comuns aos dois anos do CELEM e que serão trabalhados sempre a partir de um texto significativo, atendendo as especificidades de cada texto/ano.No que diz respeito aos gêneros textuais, serão abordados os seguintes aspectos: Marcas do Gênero • Conteúdo Temático • Estilo • Elementos Composicionais • Esfera social de circulação • Análise Linguística Já no tocante às práticas discursivas que permeiam as práticas sociais serão trabalhados na: LEITURA tema do texto; interlocutor; finalidade; aceitabilidade do texto; informatividade; léxico; repetição proposital de palavras; semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no texto; situacionalidade; informações explícitas; discurso direto e indireto; intertextualidade; vozes sociais presentes no texto; temporalidade; polissemia marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. 368 ESCRITA ORALIDADE tema do texto; interlocutor; finalidade do texto; informatividade; intertextualidade; vozes sociais presentes no texto; semântica: operadores argumentativos, ambigüidade, significado das palavras, sentido conotativo e denotativo, expressões que denotam ironia e humor no texto; temporalidade; discurso direto e indireto; relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; polissemia; processo de formação de palavras; marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; ortografia; concordância verbal/nominal. Tema do texto; finalidade; papel do locutor e interlocutor; elementos semânticos; adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; adequação do discurso ao gênero; turnos de fala; variações linguísticas; marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Para a realização do trabalho norteado pelo discurso e em atendimento ao que propõem as DCE (2008, p.63) ao apontar que, o trabalho com a Língua Estrangeira em sala parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados, far-se-á um estudo que considere a funcionalidade da língua alvo, propiciando que o educando vivencie situações concretas de uso dessa língua. Para tanto, elaborar-se-á atividades que envolvam os gêneros delimitados nos conteúdos básicos, suas características linguísticas, a função social de cada texto – conteúdo, estilo, elementos composicionais, bem como a problemática dos elementos da situação de comunicação que condicionam o funcionamento de todo ato de linguagem (quem fala, sobre o que fala, com quem fala, com qual finalidade, qual o suporte), perpassando pelas questões lingüísticas, sócio-pragmáticas, 369 culturais e discursivas. Nesse sentido, uma possibilidade para a efetivação do trabalho com gêneros de texto é apontada por Petreche (2008), quando esta, fundamentada em Dolz e Schneuwly (2004), menciona que o trabalho com os gêneros, desenvolvido por meio das sequências didáticas pode contribuir para o desenvolvimento crítico do aluno, pois esse tipo de material didático tanto melhora a apropriação das características típicas dos gêneros, quanto desenvolve as capacidades de linguagem – ação, discursiva e lingüístico-discursiva. Dessa forma, as aulas poderão ser organizadas conforme a proposta dos autores Dolz, Noverraz &Schnewly (2004): Apresentação da situação PRODUÇÃO Módulo Módulo Módulo 1 2 3 INICIAL PRODUÇÃO FINAL De acordo com Nascimento (2008, pp. 70-71), na apresentação da situação o aluno, primeiramente, entrará em contato com o projeto coletivo de produção do gênero em foco, a quem se dirige a produção, qual o suporte material da produção, as razões e o objetivo. Em seguida, acontecerá a sensibilização, por meio de leitura ou audição, ao gênero textual na forma como este circula na sociedade. Por último, haverá sensibilização para o que é dizível no gênero em questão. Na produção inicial o professor vai avaliar as capacidades de produção que o aluno já domina, para, a partir daí, definir os pontos em que precisará intervir. É nessa etapa que o professor determina o percurso que o aluno percorrerá. 370 Os módulos (ou oficinas) são compostos por diversas atividades compreendidas em cinco campos: motivacionais, enunciativos, procedimentais, textuais, linguísticos e as que estão relacionadas à apropriação do sistema de escrita, desmembradas da seguinte forma: • Atividades de leitura nos níveis de compreensão, inferência e interpretação; • Atividades para a construção de significados: estratégias de seleção, de antecipação, de verificação; • Atividades de leitura compartilhadas e individuais; • Atividades de observação da gestão monológica do texto: locutor e leitor ausentes nos textos produzidos pelos alunos; • Planejamento, leitura e revisão do texto produzido pelos alunos; • Atividades que propiciem o estudo do tipo textual predominante: seqüência narrativa, argumentativa, injuntiva, descritiva, dialogal; • Atividades que abordem os mecanismos de coesão por conexão, por coesão nominal e verbal, bem como tratem de unidades gramaticais, lexicais e sintáticas; • Atividades envolvendo a pontuação e paragrafação; • Atividade de escrita com delimitação do gênero, da finalidade, do objetivo da produção e para quem se escreve. Nesse sentido, caberá ao professor “oferecer ao aluno elementos discursivos, lingüísticos, sociopragmáticos e culturais para que ele melhore sua produção” (DCE, 2008, p. 67). • Atividades relacionadas às dificuldades de escrita diagnosticadas; • Atividades orais, as quais terão “como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos” e que essa exposição implica no uso e “adequação da variedade lingüística para as diferentes situações [...] de forma que o aluno se familiariza com os sons específicos da língua que está aprendendo” (DCE, 2008, p. 66). 371 • Os conteúdos de História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena(Lei nº11.645/08), História do Paraná (Lei nº13381/01), prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, Educação Ambiental(Lei nº9795/99) Dec.4201/02, Enfrentamento à violência contra a Criança e ao Adolescente (Lei Federal nº 11525/07). Na produção final o aluno faz uso das noções e instrumentos elaborados separadamente nas oficinas para produzir o texto. Para que o aluno alcance os objetivos almejados, propõem-se estratégias de ensino que visem multiplicar as oportunidades de construção de conhecimentos e capacidades por meio dos seguintes instrumentos: livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, Internet, TV multimídia, dentre outros que se fizerem necessários. 4. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO As avaliações ocorrerão nas modalidades formal, contínua, diagnóstica, formativa e somativa, em que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Ao se adotar a perspectiva do trabalho com as seqüências didáticas, o processo avaliativo será norteado, principalmente, pela avaliação formativa, a qual se fundamenta nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais; partindo de aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que se continue a aprender. Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, parte-se da avaliação inicial (produção inicial) até que se chegue à avaliação 372 final (produção final). Ao longo do desenvolvimento das sequências as avaliações serão constantes e deverão abranger: • a aprendizagem escrita (produção: de texto de gêneros variados, respostas discursivas, relatórios) • a aprendizagem oral (apresentação oral, seminário, debate) • a aprendizagem de leitura (atividade de leitura compreensiva de textos, questões discursivas e questões objetivas) • atividades extraclasse que serão solicitadas como complementação dos estudos de sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho Docente. • Sob esse pressuposto, a avaliação, com critérios previamente estabelecidos, servirá para que o professor repense sua metodologia e planeje suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. Será por meio dela que o professor perceberá quais são os conhecimentos que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam ser abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em/na Língua Espanhola. • A nota bimestral será a somatória dos valores atribuídos em cada instrumento avaliativo e atenderá ao que consta na Proposta Pedagógica Curricular, bem como na Instrução Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de 2008, conforme segue: • A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). • Na promoção e certificação de conclusão a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), conforme o disposto na Resolução 3794/2004. Além disso, será oportunizada ao aluno a recuperação de estudos, a qual dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didáticos-metodológicos diversificados e os resultados da recuperação deverão ser incorporados às avaliações efetuadas durante o período 373 letivo, constituindo em mais um componente do aproveitamento escolar como é garantido pelo Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar deste Estabelecimento de Ensino. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos. Por um interacionismo sócio-discursivo. Trad. Anna Rachel Machado e Péricles Cunha. 2ª ed. São Paulo: EDUC, 2007. PETRECHE, Célia Regina Capelllini. A Seqüência Didática nas Aulas de Língua Inglesa do Ensino Médio e o Desenvolvimento de Capacidades de Linguagem. In: Estudos da Linguagem à luz do Interacionismo Sociodiscursivo. Londrina: UEL, 2008. p. 249 -258. DOLZ, Joaquim, NOVERRAZ, Michèle & SCHNEWLY, Bernard. “Sequências Didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento”. In: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. NASCIMENTO, Elvira Lopes. Gênero da Atividade, Gêneros Textuais: Repensando a Interação em Sala de Aula. In: Gêneros Textuais da didática das línguas aos objetos de ensino. São Carlos: Claraluz, 2009. p. 51-90. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Seed. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Seed. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Instrução Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba, 2008. 22p. Disponível em: 374 http://www.diaadia.pr.gov.br/sued/arquivos/File/Instrucao_2008/Instrucao_019_CELE M.pdf> Acesso em 24 de jan. 2009. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – Seed. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Resolução nº 3904/2008. Centro de Línguas Estrangeiras (CELEM). Curitiba, 2008. 01 p. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. ANEXO IV MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO PROFISSIONAL TECNICO EM SERVIÇOS DE RESTAURANTE E BAR ESTADO DO PARANÁ 375 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Estabelecimento: Colégio Estadual Unidade Polo – EFMP Município: Campo Mourão Curso: Tecnico em Serviços de Restaurante e Bar Forma: Subsequente Implantação Gradativa a Partir do Ano de 2009 Turno: Noturno CH: 960 h/a – 800 horas Módulo: 20 Organização: Semestral Disciplinas Semestre 1º H/A Horas 60 50 3 60 50 2º 1 Fundamentos do Trabalho 3 2 Administração de Restaurantes e Bares 3 Serviços de Sala e Copa 4 4 160 133 4 Higiene e Segurança Alimentar 3 2 100 83 5 História, Arte e Cultura da Gastronomia 3 60 50 6 Informática Básica 2 40 33 7 Introdução a Enologia 2 40 33 8 LEM – Espanhol 2 2 80 67 9 LEM – inglês 2 2 80 67 10 Psicologia Social e do Trabalho 2 2 80 67 11 Serviços de Bar 3 3 120 100 4 80 67 24 960 800 3 60 50 12 Tópicos Especiais em Gastronomia Total Estágio Supervisionado 24 OBS.: O curso está estruturado em 02 (dois) semestres totalizando 800 horas de Estágio Supervisionado. ANEXO V PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO PROFISSIONAL – CURSO TÉCNICO EM SERVIÇOS DE RESTAURANTE E BAR 376 Dados Gerais do Curso Habilitação Profissional: Técnico em Serviços de Restaurante e Bar Eixo Tecnológico: Hospitalidade e Lazer Carga Horária: 800 h Regime de Funcionalidade: de 2ª a 6ª feira do(s) período(s) manhã, tarde ou noite Nº de vagas: 40 alunos por turma Período de integralização do curso: minimo de 01 ano e máximo de 05 anos Requisitos de Acesso: conclusão do Ensino Médio Modalidade: presencial Justificativa: A organização do curso visa o aperfeiçoamento na concepção de uma formação técnica que articule trabalho, cultura, ciência e tecnologia como princípios que sintetizem todo o processo formativo. Tem como eixo orientador a perspectiva de uma formação profissional de totalidade permitindo que o técnico em formação se perceba como sujeito histórico que produz sua existência pela interação consciente com a realidade construindo valores, conhecimento e cultura. O curso Técnico em Serviços de Restaurante e Bar enfatiza, na organização dos conhecimentos, a promoção e o resgate da formação humana onde o aluno, além dos conhecimentos técnico-científicos específicos, se habilita ao enfrentamento consciente da realidade dada com consciência crítica, cultura e ação criativa. Objetivos: 1. Organizar experiências pedagógicas que levem à formação de sujeitos críticos e conscientes, capazes de intervir de maneira responsável na sociedade em que vivem. 377 2. Oferecer um processo formativo que sustentado pela formação geral obtida no nível médio assegure a integração entre a formação geral e a de caráter profissional. 3. Articular conhecimentos científicos e tecnológicos das áreas naturais e sociais estabelecendo uma abordagem integrada das experiências educativas. 4. Oferecer um conjunto de experiências teóricas-práticas em hospitalidade e lazer com a finalidade de consolidar o “saber fazer” 5. Destacar em todo o processo educativo a importância do serviço em restaurante e bar. 6. Possibilitar busca de soluções aos desafios e problemas da prática profissional dentro dos princípios estéticos, éticos e políticos. Perfil Profissional de Conclusão de Curso: O técnico em Serviços de Restaurante e Bar ao concluir o curso deverá compreender tomar decisões e propor soluções relativas ao serviço de Restaurante e Bar, dando atendimento aos clientes em todos os aspectos. Desempenhar com qualidade todos os serviços correlatos a função de garçom comunicando-se com adequação profissional, seguindo regras de etiqueta e privilegiando a boa relação com a equipe de trabalho e os clientes. Controlar e avaliar o processo de avaliação, higiene e manipulação dos alimentos em mesas e bandejas, depósitos e cozinhas do local de trabalho. Critérios de Avaliação de Aprendizagem: A avaliação será entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e o seu desempenho, em diferentes situações de aprendizagem. Preponderarão os aspectos qualitativos da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos 378 conteúdos , com relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e a de elaboração sobre a memorização, num processo de avaliação contínua, permanente e cumulativa. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a 10,0 sendo a mínima para aprovação a nota 6,0. O aluno cujo aproveitamento escolar foi insuficiente será submetido a recuperação de estudos de forma concomitante ao período letivo. Critérios de Aproveitamentos de Conhecimentos e Experiências Anteriores: O estabelecimento de ensino poderá aproveitar mediante avaliação, competência, conhecimentos e experiências anteriores, desde que diretamente relacionadas com o perfil profissional de conclusão da respectiva qualificação ou habilitação profissional, adquirida: • No Ensino Médio; • Em qualificações Profissionais, etapas ou módulos em nível técnico concluídos em outros cursos, desde que cursados nos últimos cinco anos; • Em cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, no trabalho ou por meios informais; • Em processos formais de certificação; • No exterior. Certificados e Diplomas O aluno ao concluir com sucesso conforme organização curricular aprovada receberá o Diploma de Técnico em Serviços de Restaurante e Bar. Princípios Norteadores Consonante às diretrizes do Projeto Politico Pedagógico da escola, o curso profissional subsequente em Serviços de Restaurante e Bar afirma a educação como uma das vias para a construção de uma sociedade mais justa e integrada. 379 Na forma subsequente a educação profissional se constitui como educação continuada, de maneira que haja oportunidade aos adultos e jovens concluintes do ensino médio obter a formação profissional, ou ainda, atualizarem-se na profissão. Considerando o trabalho como forma de realização e produção humana tanto quanto práxis econômica, o curso possibilita a compreensão dos princípios científicos da produção através da história e a compreensão dos princípios científicostecnológicos da produção moderna, aliada a configuração cultural dos diversos grupos sociais com seus valores éticos políticos, morais e simbólicos. A profissionalização sob a perspectiva da integração entre trabalho, ciência e cultura prepara para o mercado de trabalho dando aos alunos autonomia, senso crítico e a compreensão da dinâmica produtiva da sociedade moderna. Emancipação, desenvolvimento e inserção sociopolíticos aliados a formação científica e tecnológica são condicionantes ao enfrentamento da vida emocional, social, política e produtiva. Dimensão Teórica Metodológica O curso profissional Técnico em Serviços de Restaurante e Bar, cuja modalidade é subsequente ao Ensino Médio, possui alunos cuja terminalidade é recente e outros que se formaram há anos. Devido a esse quadro, alguns conceitos científicos, técnicos e culturais precisam ocasionalmente ser retomados para a apropriação efetiva dos conteúdos básicos do curso profissionalizante. O eixo definidor da condução metodológica dos conteúdos estará centrado nos processos produtivos e sociais que regem e são regidos por princípios científicos, políticos e tecnológicos determinados pelo mundo da produção e organização social capitalista. A metodologia materialista dialética vista como movimento do pensamento para a compreensão da realidade não é de fácil compreensão e execução. A práxis 380 pedagógica está sendo estudada e paulatinamente colocada em exercício, por alguns docentes, reconsiderando o método conteudista centrado apenas na informação para uma visão amplificada de relacionamento entre os fatos, entre a parte e a totalidade, estabelecendo conexões entre teoria e prática, sujeito e objeto, indivíduo e sociedade. A informática, como equipamento a ser dominado e operacionalizado, é uma das competências a serem adquiridas ou aprimoradas pelos alunos como instrumento laboral. Assim também os recursos tecnológicos e informacionais disponíveis na escola auxiliarão os professores na condução de suas aulas uma vez que a escola é carente de materiais, equipamentos e de instrumentos tão necessários à relação teoria-prática. Enfim, a proposta metodológica e o teor dos conteúdos do curso propõem para o educando uma formação científica, tecnológica, cultural, politica e social com finalidade de garantir o acesso ou permanência no trabalho com responsabilidade, incentivando-o a continuidade e aprimoramento educacional. 381 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INFORMÁTICA BÁSICA – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE INFORMÁTICA BÁSICA O homem, desde seus primórdios, esta em constante evolução. Nesse processo evolutivo, suas características físicas sofrem grandes mudanças, entretanto, os pontos marcantes da evolução são as inovações, criações, idéias decorrentes de sua capacidade de pensar. Entre tantas criações, uma das mais notáveis foi a criação do computador, uma máquina desenvolvida para uso científico de profissionais da computação. Tal invenção possibilitou ao homem calcular o que seu intelecto não podia e armazenar grandes quantidades de informação, acessá-las de forma rápida e eficiente quanto necessário. A combinação de hardware e software do computador ganhou proporções mundiais sendo aplicado nas diversas áreas de pesquisas médicas, espaciais, nucleares entre tantas outras áreas como nos negócios, entretenimento, educação, política. Segundo um dos grandes nomes da literatura mundial na área de computação (Pressman, 2006), ninguém na década de 1950 poderia imaginar que o software (programa de computador) se tornaria uma tecnologia indispensável para tantas áreas como a dos negócios, ciência e engenharia. A abrangência de áreas em que o computador esta presente hoje de deve a sua popularização, a qual só pode acontecer quando esta máquina sofreu redução em seu tamanho e principalmente em seu preço. Ao mesmo tempo em que o computador veio a incluir as pessoas (acessível financeiramente a grande parte da população) e também gera exclusão para aqueles que não o possuem ou que ao menos sabem como utilizá-lo. 382 Com ampliação da utilização dos computadores (programas de computador) nas áreas de negócio (setor produtivo), os profissionais dessa área são confrontados com essa nova realidade – o trabalho sendo realizado (em parte) no computador. Ainda é grande o número de pessoas que não sabem utilizar essa máquina e que trabalham nesse setor ou que pretende trabalhar. Dessa nova realidade surgem à necessidade de capacitar tais profissionais ao uso dos computadores (informática) exigência do mercado atual. 2. OS QUATRO EIXOS DO CURSO • Ciência; • Trabalho; • Cultura: • Tecnologia. 3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINADA Para a realidade do setor produtivo (em especial o de serviços em restaurante e bar) a capacitação deve ser direcionada ao uso básico do sistema operacional (Microsoft Windows), as ferramentas de produtividade ( Microsoft Word e Excel) e ferramentas de pesquisa como navegadores de internet e gerenciadoras de e-mail. Entretanto, a política adotada no sistema de educação do estado do Paraná fornece uma estrutura diferenciada do que estes futuros profissionais encontrarão no mercado de trabalho. Os computadores são em células (uma mesma estrutura para ser utilizada por quatro alunos), sistema operacional desenvolvido pelo departamento de informática o Paraná Digital (PRD) e os programas de produtividade (escritório) em versão livre (sem custo para sua utilização) BrOffice. Essa condição dificulta a aprendizagem dos alunos, pois estes precisam aprender os dois sistemas e as diferenças entre os dois e para alunos que nunca tiverem contato com o computador, é um grande desafio de persistência em aprender e se manter no curso. 383 3.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES • Operação software da área de alimentos e bebidas; • Diagnóstico de pontos críticos nas informacionais entre os setores do estabelecimento; • Checagem do status de serviço das praças de um restaurante; • Sistema de informação dos controles e do restaurante e bar. 3.2 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Conceitos básicos • Hardware; • Software; Microsoft Windows • Área de trabalho; • Ícones, botões, menus, janelas e cursor; • Familiarização com o teclado e mouse; • Windows Explorer; • Pasta, Arquivo, Diretório e Unidade; • Criação de Pastas e Arquivos; • Bloco de Notas; • Paint; Paraná Digital (PRD) • Área de Trabalho; • Botões, atalhos, menus, barra de acesso rápido e janelas; 384 • Pasta, Arquivo, Diretório e Unidade; • Criação de Pastas e Arquivos; BrOffice – Writer • Janela Principal • Barra de Título, Menu, Ferramentas, Régua, Status e Rolagem • Formatação de Texto • Inserção de Imagem • Criação de Tabelas BrOffice – Calc • Janela Principal • Barra de título, Menu, Ferramentas, Régua, Status e Rolagem • Formatação de Célula • Formulas • Gráficos Internet • Pesquisa • E-mail 4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA • Concepção teórica e metodológica • Recursos didáticos e metodológicos Para o melhor aprendizado dos alunos na disciplina, as aulas serão expositivas e participativas: 385 • Expositivas porque os conteúdos precisam ser revisados e/ou vistos. • Participativa pela necessidade de assimilação de conhecimentos aparentemente descontextualizados com o objetivo do curso, intimamente relacionado ao mercado de trabalho. A contextualização se dará por meio de estudos de casos reais. • Os recursos utilizados serão o quadro branco e pincel, multimídia e o laboratório de informatica (computadores) 5. AVALIAÇÃO, INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS O processo avaliativo se dará no decorrer do período letivo, pelo corpo docente e discente, adequando-se as orientações da Secretaria da Educação e da legislação expedidas pelo Conselho de Educação. Os critérios de aprovação dos alunos no final de cada curso são estipulados pelo estado e adotados pela escola. Em cada disciplina, o aluno deverá atingir a frequência mínima de setenta e cinco por cento e ainda a média final sessenta pontos (décimos), essa combinação gera a aprovação do aluno. A forma de avaliação da disciplina de informática básica será diagnosticada ( em todo o período letivo), somativa (no final de cada bimestre por meio de atividades específicas), qualitativa (utilizando da avaliação formativa). Esse processo será continuo no decorrer do período letivo. As avaliações da disciplina, como já citado anteriormente, serão continuas e em momento específicos (somativa). Os instrumentos avaliativos e critérios a serem utilizados de acordo com os conteúdos previstos no Plano Docente, descritos abaixo: 386 • Questões discursivas: compreensão do enunciado, planejamento da solução e da forma adequada para a mesma, comunicação por escrito com clareza, utilização da norma culta (padrão) da língua portuguesa; • Questões objetivas: leitura compreensiva do enunciado – objetiva, demonstrando conhecimento de aspectos definidos no conteúdo; • Debate: posicionamento em relação ao mundo do trabalho, observação de pensamentos divergentes, exposição de seu posicionamento, reflexão sobre as divergências de pensamento, propostas e ações para solucionar um estudo de caso; • Atividades Experimentais: (estudo de casos): compreensão/interpretação da linguagem utilizada (contextualização), proposição de solução embasado nos conceitos, conteúdos abordados em aula. 7. REFERÊNCIAS HOUAISS, A., Dicionário Eletrônico Houaiss da língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2000. PARANÁ - Diretrizes da Educação Profissional. Secretaria Estadual da Educação SEED. PARANÁ - Princípios Políticos e Pedagógicos que Subsidiaram as discussões das capacitações realizadas pelo DET/SEED até a presente data. Secretaria Estadual da Educação SEED. PRESMAN, R. S. Engenharia de Software. 6ed. São Paulo: McGraw-Hil. 2006. 387 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DISCIPLINA DE HISTÓRIA, ARTE E CULTURA DA GASTRONOMIA – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A história da gastronomia se iniciou quando o homem desceu das árvores para caçar. A gastronomia integra à cultura, hábitos e costumes de diversos povos. Refletem o espírito de cada época, as raízes históricas e religiosas. A esta arte abrange a culinária, as bebidas, os materiais usados na alimentação e todos os aspectos culturais a ela associados. Sendo esta mais rica que somente a culinária, que possui um foco maior nas técnicas de preparo dos alimentos. O prazer proporcionado pela comida é um dos fatores mais importantes da vida depois da alimentação de sobrevivência. A gastronomia nasceu desse prazer e constituiu-se como a arte de cozinhar e associar os alimentos. Cultura muito antiga, a gastronomia esteve na origem de grandes transformações sociais e políticas. A riqueza de alimentos trouxe a curiosidade pela novidade e pelo exotismo. O homem teve então necessidade de complementar a sua dieta com alimentos que localmente não tinha, dando origem ao comércio. Nas grandes navegações, por exemplo, o homem não só levava aquilo que era de seu uso diário como introduzia novos alimentos por onde passava. 388 A disciplina tem como foco principal fornecer aos alunos o conhecimento a respeito de todos os processos históricos da formação da concepção da alimentação. Dessa forma, é necessário que compreendam a dimensão histórica e social que a alimentação representa. O ato de comer possui um sentido simbólico para o indivíduo e o ato de alimentar-se junto representa fraternidade e companheirismo. A arte de cozinhar tem um sentido amplo, além do sentido dado na antiguidade de que o ato de cozinhar era simplesmente misturar vários ingredientes. Existe hoje o sentido de que se alimentar é sentir prazer em comer e não simplesmente matar a fome e sim proporcionar o máximo de prazer a quem come. Na gastronomia existem referências que devem ser respeitadas, pois cozinhar é trazer junto de si a tradição de um povo, a cultura de uma terra e, além disso, é estimular no indivíduo o sentido da criação, da invenção da mistura de novos ingredientes. A cozinha possui a marca de uma história, de uma sociedade e de um povo ou nação a qual este pertence. A gastronomia é cultural, pois ela permite que nos liguem ao que fomos um dia e ao que seremos no futuro. Com este conhecimento o indivíduo é capaz de enfrentar o dia-a-dia que a profissão oferece, fazem com que este enfrente os desafios e o senso comum com uma base cultural e conhecimento científico que lhe permite atuar nas mais diversas áreas dentro de bares e restaurantes. 2. CONTEÚDOS BÁSICOS • As transformações no processo histórico na gastronomia mundial; • História da gastronomia a origem de suas práticas diárias em serviços de restaurante; • Ritos e rituais à mesa; 389 • O consumidor: “tabus alimentares e simbolismo”; • Processo de aculturação na gastronomia. • Introdução à história da Gastronomia no Mundo (Pré-história, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea); • Introdução a História da Gastronomia no Brasil (descobrimento do Brasil, Colonização do Brasil, Afirmação da cozinha brasileira); • As refeições Gregas; • As refeições Romanas; • A Gastronomia na Atualidade; • Ritos e rituais a mesa (Ética e etiqueta, primeiros documentos normativos, processo de civilização, o controle dos gestos); • Função social dos banquetes nas primeiras civilizações; • Alimentação no Antigo Egito; • Arqueologia dos equipamentos culinários no fim da idade média; • Alimentação e classes sociais no fim da idade média; • Sistemas Alimentares e modelos de civilização; • Estruturas de produção e sistemas alimentares; • A cozinha árabe e sua contribuição à cozinha européia; • Os primórdios da hotelaria na Europa; • As bebidas coloniais e a rápida expansão do açúcar; • Imagens da alimentação na arte moderna; • Transformações no consumo alimentar; • Nascimento e a expansão dos restaurantes; • A indústria alimentar e as novas técnicas de conservação; • Alimentação regional do noroeste do Paraná. 3. METODOLOGIA 390 O enfoque metodológico implica em unificar cultura e trabalho levando em conta as dimensões e mutações políticas e produtivas através da história. Considerando a divisão e as mudanças no mundo do trabalho. O conteúdo será apresentado através de aulas expositivas, realização de exercícios de aprendizagem, dinâmicas em grupo e individuais, realização de seminários, análise de texto, palestras, visitas técnicas, utilização de material bibliográfico, Tvmultimídia, pesquisas na internet além da utilização de vídeos e outros. 4. AVALIAÇÃO A avaliação levará em consideração as atividades desenvolvidas e a capacidade do aluno em assimilar os conteúdos apresentados. Tendo como objetivo o aluno que cursar a disciplina com aproveitamento satisfatório deverá ser capaz de entender os processos pelo qual a gastronomia mundial e brasileira passou. Além de compreender o nascimento dos restaurantes e da gastronomia até os dias de hoje. Além disso, aluno deverá dominar tópicos tais como: conhecer a história da gastronomia desde a pré-história até os dias atuais, entender o modelo das refeições, compreenderem os ritos e os rituais a mesa, entender a função social da alimentação e os sistemas de alimentação e conhecer as gastronomias regionais, brasileiras e internacionais. Os instrumentos para avaliação serão através de pesquisa, prova escrita e discussão de temas propostos em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a 10,0 sendo a mínima para aprovação 6,0. O aluno cujo aproveitamento escolar foi insuficiente será submetido à recuperação de estudos de forma concomitante ao período letivo. 5. REFERÊNCIAS 391 CASCUDO, Luis Câmara. História da Alimentação no Brasil. Editora: Global. São Paulo, 2004. FLANDRIN, Jean-Louis; MONTARANI, Massimo. História da Alimentação. Editora: Estação Liberdade. São Paulo, 1998. LEAL, Maria Leonor de Macedo. A História da Gastronomia. Editora: SENAC Nacional. Rio de Janeiro, 1998. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL 1. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA De acordo com Hipócrates: "Faça do alimento sua Medicina, e da Medicina seu alimento", provavelmente ele já tinha consciência de que boa parte dos problemas de saúde do ser humano, vem do consumo do alimento de má qualidade, assim como um bom estado de saúde e equilíbrio, depende de alimentos saudáveis. A alimentação e a nutrição são requisitos básicos para a promoção e proteção do direito à saúde. São elas que garantem a afirmação plena do potencial de crescimento e desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania. Esses direitos estão consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada há cerca de sessenta anos, os quais foram potencialmente reafirmados 392 no Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC), em 1966 e, incorporados à legislação nacional, em 12 de dezembro de 1991. Segurança alimentar é um conjunto de normas de produção, transporte e armazenamento de alimentos visando determinadas características físico-químicas, microbiológicas e sensoriais padronizadas, segundo as quais os alimentos seriam adequados ao consumo. Estas regras são, até certo ponto, internacionalizadas, de modo que as relações entre os povos possam atender as necessidades comerciais e sanitárias. Por esta razão alguns países adotam "barreiras sanitárias" a matérias-primas agropecuárias e produtos alimentícios importados. Com o aumento do rigor da legislação, a criação de órgãos governamentais que atuam na fiscalização, um maior esclarecimento por parte da população e o desenvolvimento de "tecnologias limpas" têm permitido significativa redução destes perigos. Uma das tendências mais importantes no processo de segurança alimentar é a implantação do rastreamento do campo ao prato do consumidor. Isso esta na prioridade máxima de vários setores, principalmente daqueles que sofrem com a falsificação de seus produtos, fato que pode por em risco a credibilidade dos mesmos e causar grandes prejuízos financeiros em casos de contaminação. O conhecimento de medidas de controle de qualidade dos alimentos é importante devido à exigência do mercado de trabalho por um profissional bem qualificado e com capacidade de garantir a qualidade e a segurança de um alimento. O Serviço de Alimentação tem como finalidade alimentar o indivíduo. Além de oferecer um alimento que seja atrativo e saboroso, porém, esta não é a única finalidade, também devemos oferecer um alimento que seja seguro do ponto de vista higiênico-sanitário, ou seja, este alimento deve estar livre de contaminações. 393 Atualmente, a sociedade busca por qualidade em todas as questões humanas. Tem-se que as empresas alimentícias têm no controle de qualidade a garantia de fortalecimento no mercado. Dessa forma, esta disciplina tem como finalidade orientar o indivíduo da melhor forma para combater a contaminação dos alimentos através do conhecimento de como, onde e porque ocorre a contaminação nos alimentos. 2. CONTEÚDOS BÁSICOS • Controle de perigos: definição e qualificação; • Contaminação alimentar; • Controle de perigos e ações corretivas; • Controle de água; • Controle de pragas; • Controle da saúde do manipulador; • Comportamento no trabalho; • Higienização de superfícies e higiene pessoal, de equipamentos e de Utensílios; • Pré-preparo e preparo de alimentos; • Posicionamento de alimentos; • Utilização de sobras; • Legislação vigente ANVISA Resolução n° 216. • Introdução a Higiene e Segurança Alimentar; • Microbiologia Básica (Staphilococuc aureus, Bacillus cereus, Clostridium botulinum, salmonella SP, Shigella SP, Escherichia coli e Clostridium porfringens); • Registros (controle de temperatura dos alimentos, controle de temperatura dos equipamentos, controle de recebimento, ficha de rastreabilidade); 394 • Controle de Fornecedores; • Coleta de Amostras; • Estrutura Física; • Organização de Estoque (Almoxarifado, Depósito de Materiais de Limpeza (DML), estoque de Carnes e derivados e Estoque de Hortifruti); • Check-list; • Higiene do Manipulador de Alimentos; • Legislação Vigente ANVISA Resolução nº 216, Portaria CVS-6/99, de 10.03.99; • Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s); • Procedimento para a implementação de Análise e Perigo de Pontos Críticos de Controle (APPCC). 3. METODOLOGIA O enfoque metodológico implica em demonstrar os tipos de contaminação, legislações, controles gerais dentro de uma unidade de alimentação e nutrição. O conteúdo será apresentado através de aulas expositivas, realização de exercícios de aprendizagem, dinâmicas em grupo e individuais, realização de seminários, análise de texto, palestras, visitas técnicas, utilização de material bibliográfico, Tv pendrive, pesquisas na internet além da utilização de vídeos e outros. 4. AVALIAÇÃO A avaliação levará em consideração as atividades desenvolvidas e a capacidade do aluno em assimilar os conteúdos apresentados. Tendo como objetivo geral, onde o aluno que cursar a disciplina com aproveitamento satisfatório deverá ser capaz de garantir a qualidade e a segurança alimentar de uma Unidade de Alimentação e Nutrição. 395 Além disso, o aluno deverá dominar tópicos tais como: Conhecimento de todos os perigos de contaminação alimentar; conhecimento da estrutura física de uma Unidade de Alimentação e Nutrição; implementação de manuais de Boas Práticas de Fabricação, Procedimentos Operacionais Padrão; implementação de Análise e Perigos e Pontos Críticos de Controle; conhecimento das principais Legislações Sanitárias da ANVISA, relacionadas à Unidade de Alimentação e Nutrição; conhecimento e aplicabilidade dos programas de saúde do manipulador de alimentos. Os instrumentos para avaliação serão através de pesquisa, prova escrita e discussão de temas propostos em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a 10,0 sendo a mínima para aprovação 6,0. O aluno cujo aproveitamento escolar foi insuficiente será submetido à recuperação de estudos de forma concomitante ao período letivo. 6. REFERÊNCIAS ABREU, Edeli Simioni de; SPINELLI, Mônica Glória Neumann; PINTO, Ana Maria de Souza. Gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição: um modo de fazer. São Paulo: Editora Metha, 2009. ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE REFEIÇÕES COLETIVAS (ABERC). Manual ABERC de práticas de elaboração e serviço de refeições para coletividades. São Paulo, 2008. 396 GERMANO, Pedro Manuel Leal; GERMANO, Maria Izabel Simões. Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos. São Paulo: Livraria Varela, 2003. JUNIOR, Enio Alves da Silva. Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Serviços de Alimentação. São Paulo: Livraria Varela,1995. PORTARIA CVS-6/99, de 10.03.1999. RESOLUÇÃO - RDC -Nº 216, de 15 de Setembro de 2004. Internet: http://www.planalto.gov.br/CONSEA/ PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ADMINISTRAÇÃO DE RESTAURANTE E BAR – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Os primeiros indícios dos processos administrativos surgiram antes de Cristo, quando a sociedade começava a se organizar. No período neolítico, os primeiros agricultores passaram a estocar alimentos, permitindo que a comunidade sempre tivesse o que comer, mesmo em tempos de dificuldade. Gerenciar este 397 plantio permitiu que os nossos ancestrais se tornassem sedentário, dando os primeiros passos para a sociedade que conhecemos. A disciplina de administração de restaurantes e bares visa o aperfeiçoamento na concepção de uma formação técnica que envolva trabalho, cultura, ciência e tecnologia como princípios de todo o processo formativo. Esta disciplina é importante para fornecer aos alunos o conhecimento a respeito de todos os processos que envolvem a administração de bares e restaurantes. Isto porque toda a sociedade se organiza e sobrevive baseado em processos administrativos, pois a administração nada mais é do que orientar, dirigir e controlar os esforços de um grupo de indivíduos. A administração é a organização do trabalho com o objetivo de atingir os interesses comuns da sociedade. A administração está inserida nas organizações para estruturar e impulsionar o andamento dos diversos setores da organização. Muito embora seja possível criar uma organização sem o mínimo de administração é impossível mantê-la sem administrá-la. O que acaba por afetar muitas organizações é a falta de administração em uma ou diversas áreas necessárias ao bom andamento da estrutura. Em um bar ou em um restaurante (organização) pode iniciar contratando cozinheiros, garçons e todos os funcionários. Porém, deverá possuir um departamento de compras, Recursos humanos, gerencia atendimento e tantas outras coisas ligadas diretamente a Diretoria geral. Caso alguma das áreas não desempenhe suas tarefas o resto de uma forma ou de outra estará comprometido. Dessa forma, é necessário que os indivíduos tenham a compreensão dos processos administrativos que compõem uma organização. Com este conhecimento o indivíduo é capaz de enfrentar o dia-a-dia que a profissão oferece, além disso, fazem com que este enfrente os desafios e o senso comum com uma base cultural e conhecimento científico que lhe permite atuar nas mais diversas áreas dentro de bares e restaurantes. 398 2. CONTEÚDOS BÁSICOS • Planejamento, Organização e Operação; • Estruturas Administrativas; • Higiene e Segurança Alimentar; • Fraudes, Desperdícios e Segurança; • Fornecedores, Compras e Estoque; • Tecnologia, Informatização e Controles; • Desenvolvimento por filiais e franquias; • Administração – Controle, contabilidade e movimentação de caixa; • Administração e Gerência: Financeira, Jurídica e Recursos Humanos; • Sociedade: Formação e extinção, conflitos e soluções; • Problemas com clientes, fornecedores, cartões, bancos e locação; • Recursos Humanos: recrutamento, seleção, treinamento e avaliação; • Planejamento e conceito; • Atribuições e responsabilidades: Controle de estoque; • Interpretação de ficha técnica; • Conhecimento dos processos de automoção; • Interpretação e desenvolvimento de cardápios; • Serviços e relacionamento com o cliente; • Processo de vendas em restaurante; • Métodos e promoções e incentivo de vendas; • Planejamento e organização de eventos e banquetes; • Implementação do esforço de Marketing; • Definições e aplicações: Comunicação: a mídia, os guias e o crítico; • Plano e estratégia de Marketing: Marketing direto; • Arquitetura e interiores: food desing, identidade visual e desing, marcas; 399 • Identidade visual desing: publicidade; • Identidade visual e desing: cardápio e folheteria. 3. METODOLOGIA O enfoque metodológico implica em demonstrar a importância dos processos administrativos em todos os tipos de organizações, focando principalmente a administração dentro de bares e restaurantes, levando em conta as dimensões e mutações políticas e produtivas através da história. Considerando a divisão e as mudanças no mundo do trabalho. O conteúdo será apresentado através de aulas expositivas, realização de exercícios de aprendizagem, dinâmicas em grupo e individuais, realização de seminários, análise de texto, palestras, visitas técnicas, utilização de material bibliográfico, Tvmultimídia, pesquisas na internet além da utilização de vídeos e outros. 4. AVALIAÇÃO A avaliação levará em consideração as atividades desenvolvidas e a capacidade do aluno em assimilar os conteúdos apresentados. Tendo como objetivo o aluno que cursar a disciplina com aproveitamento satisfatório deverá ser capaz de entender os processos administrativos de uma organização. Além disso, o aluno deverá dominar tópicos tais como: Planejamento, Organização e Operação; Estruturas Administrativas; Fraudes, Desperdícios e Segurança; Fornecedores, Compras e Estoque; Tecnologia, Informatização e Controles; Desenvolvimento por filiais e franquias; Administração – Controle, contabilidade e movimentação de caixa; Administração e Gerência: Financeira, Jurídica e Recursos Humanos. Os instrumentos para avaliação serão através de pesquisa, prova escrita e discussão de temas propostos em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a 10,0 sendo a mínima para aprovação 6,0. O aluno cujo aproveitamento escolar foi 400 insuficiente será submetido à recuperação de estudos de forma concomitante ao período letivo. 5. REFERÊNCIAS ABREU, Edeli Simoni de; SPINELLI, Mônica Glória Neumann; PINTO,Ana Maria de Souza. Gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição: um modo de fazer. 3° edição. Editora: Metha.São Paulo, 2009. CASTELLI, Geraldo. Administração Hoteleira. 9° edição Editora: da Universidade de Caxias do Sul (EDUCS). Caxias do Sul, 2003. MEZOMO, Iracema F. de Barros. A Administração de Serviços de Alimentação. 4° edição. Editora: Metha LTDA.São Paulo, 1994. TEIXEIRA, Suzana Maria Ferreira Gomes. Administração Aplicada ás Unidades de Alimentação e Nutrição. Editora: Atheneu. São Paulo, 2004. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SERVIÇO DE BAR ENSINO TECNICO PROFISSIONAL 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA 401 A presente proposta de trabalho justifica-se para a disciplina de Serviço de Sala e Copa, do curso profissionalizante de Bar e Restaurante. Historicamente o termo Bar vem da palavra francesa “barre”, que significa barra em português. Isto por que, em medos do século 18, na França, as tabernas possuíam uma barra que tomava todo o comprimento do balcão, que servia para evitar que os clientes se encostassem muito no mesmo. Nessa época, costumavam chegar jovens americanos na França, para estudo, e muitos deles eram assíduos frequentadores de tabernas. A história conta que, após regressarem ao seu país, dois estudantes fundaram um estabelecimento de venda de bebidas, que tinha uma inovação para americanos, que era justamente a barra ao longo do balcão, assim como na França, onde os estudantes haviam observado as tabernas, e que era uma coisa com a qual os americanos não estavam acostumados. Assim, breve o estacionamento se diferenciou dos demais, e pouco a pouco, a palavra barre foi divulgada e espalhada, até chegar ao termo “bar”. O desenho curricular deve permitir ao aluno percorrer um itinerário formativo que conduza, desde possíveis momentos ou etapas introdutórias e preparatórias sem terminalidade profissional, até especializações, passando por qualificações profissionais intermediários que componham esta formação e pela habilitação de técnico. A formação técnica, de caráter tecnológico e prático é ministrada em salas e/ou outras instalações especificamente concebidas e equipadas para a demonstração e realização de tarefas em situação de simulação, o que infelizmente a escola não está ainda suprida. As qualificações profissionais devem corresponder a ocupações existentes no mercado de trabalho e requerem, da mesma forma que a habilitação, processo 402 educacional de formação atualizado, capaz de gerar a desejada laborabilidade e empregabilidade dos egressos. Em ambas podem ser oferecidas opções de ênfases que contextualizem o exercício profissional, para melhor adequação aos interesses diversificados dos alunos, bem como à contemporaneidade da formação frente ao mercado e às oportunidades de trabalho. 2. CONTEÚDOS BÁSICOS Ementa: Classificação das bebidas, tipologia de bares, origem e produção de bebidas destiladas, fermentadas e compostas. Técnicas de preparo e serviços de coquetéis e “drinks”. “Mise-em-place” do bar. Conteúdos: • Bebidas alcoólicas; • Bebidas não alcoólicas; • História da coquetelaria e das bebidas; • Tipos de bares; • Categoria e decoração dos coquetéis; • Coquetelaria internacional (IBA - International Bartender Association). Conhecimento dos equipamentos e utensílios do Bar; • Divisão dos coquetéis; • Prática de elaboração de coquetéis (Short drink, Long Drink, Hot Drinks). • Elaboração de cardápio de um bar; • Criação de coquetéis; • Sommelier; • Fitação e controles do bar; • Como bebe o mundo; • Teor alcoólico das bebidas; • Pré-requisitos, vocabulários e atitudes para o “Bartender”; 403 • Características e tipologia dos bares; • Vendas, promoções e sugestões para bares. 3. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 1. Introdução à história da coquetelaria no mundo; 1.1. Introdução a História da coquetelaria no Brasil; 2. Tipologia de bares: clássicos e modernos; 3. Introdução ao mundo do processo da fabricação das bebidas: destiladas, fermentadas e por infusão; 4. Bebidas destiladas: sua fabricação básica; 5. Bebidas fermentadas; 5.1 Cerveja 5.1.1. Fabricação da cerveja; 5.2. Champagne 5.2.1. Fabricação do Champagne nos métodos; 5.2.2. Asti; 5.2.3. Charmat; 5.2.4. Champenoise; 5.3. Saquê 5.4. Vinho de mesa; 5.5. Vinho fortificado; 6. Bebidas destiladas de A à Z; 7. Classificação dos cocktails; 7.1. Categorias: Long Drink, Shot Drink, Hot Drink; 7.2. Modalidades: Batidos, Mexidos e Montados; 7.3. Finalidades: Estimulantes do apetite, Digestivos, Refrescantes, Nutritivos, Estimulantes físicos; 404 7.4. Grupos: Cabblers, Coolers, Crustas, Cups, Daisies, Eggs-nogs, Fixes; Fizzes, Flips, Grogs (grogues), Juleps, Ponches (punches), Pousse-café, Pousse-l´Amour, Sangarees, Shrubs, Slings, Smashes, Sours, Straights. 7.5. Coquetelaria IBA (International Bartendeers Association); 7.6.Coquetelaria alcoólica e não alcoólicas; 3. METODOLOGIA O enfoque implica em juntar cultura e trabalho levando em conta as dimensões através da história e do trabalho teórico e prático. Considerando a divisão e as mudanças no mundo do trabalho. O conteúdo será apresentado através de aulas expositivas, realização de exercícios de aprendizagem, dinâmicas em grupo e individuais, análise de texto, palestras, utilização de material bibliográfico, TV pendrive, sala de data show, pesquisas na internet além da utilização de vídeos. 4. AVALIAÇÃO As avaliações levarão em consideração às atividades desenvolvidas nos conteúdos abordados em sala pelo aprendizado teórico e prático, priorizando a assimilação do aluno frente às propostas. Buscando também compreender historicamente o surgimento dos bares, coquetéis e das profissões de barman, barista e garçom de bar. O sistema de avaliação será através da pesquisa, prova escrita e prática desenvolvida em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a 10,0 sendo a mínima para aprovação 6,0. 5. REFERÊNCIAS A grande cozinha: coquetéis e aperitivos. Editora: Abril. São Paulo, 2007. 405 OJEA, Angel. O coquetel e sua arte. Editora: Escrituras. São Paulo, 2001. PACHECO, Aristides de Oliveira. Manual do Bar. Editora: SENAC. São Paulo, 2005. 406 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SERVIÇO DE SALA E COPA – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL 1. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA A presente proposta de trabalho justifica-se para a disciplina de Serviço de Sala e Copa, do curso profissionalizante de Bar e Restaurante. Historicamente a arte de por a mesa é um reflexo do modo de vida das pessoas, dos utensílios existentes, dos modismos e dos hábitos alimentares ao longo do desenvolvimento da humanidade. A arte de fazer comida também está relacionada com a arte do servir. Na Grécia e Roma antiga, os alimentos eram preparados em bocadinhos, reduzidos a purê e a croquetes devido à posição com que os gregos e romanos comiam: deitados de lado e apoiados sobre o cotovelo. Em muitos os países asiáticos se come unicamente com os palitos chamados de Hashi enquanto que em alguns países árabes como o Marrocos, por exemplo, ainda se usa as mãos. Na corte de Luis XIV, rei da França é que a etiqueta atingiu seu apogeu. O rei Sol incentivou as atividades culturais e construiu o Palácio de Versailles onde vivia. O termo “Etiqueta” originou-se nessa época, uma vez que eram distribuídas etiquetas aos nobres quando estes chegavam ao pátio do palácio, contendo instruções de como se portar, o lugar a ser ocupado na mesa e outras instruções. No Brasil foi D. João VI quem implantou a etiqueta quando transferiu a corte de Lisboa para o Rio de Janeiro. As normas são as mesmas sempre, independentes do tipo de recepção que irá acontecer, ou seja, talheres, pratos e copos estarão sempre dispostos à mesa nos 407 mesmos lugares. O mesmo acontece em relação ao comportamento das pessoas, não importa o lugar, a situação, o comportamento deve ser sempre pautado pelo respeito. O desenho curricular deve permitir ao aluno percorrer um itinerário formativo que conduza, desde possíveis momentos ou etapas introdutórias e preparatórias sem terminalidade profissional, até especializações, passando por qualificações profissionais intermediários que componham esta formação e pela habilitação de técnico. A formação técnica, de caráter tecnológico e prático, é ministrada em salas e/ou outras instalações especificamente concebidas e equipadas para a demonstração e realização de tarefas em situação de simulação, o que infelizmente a escola não está ainda suprida. As qualificações profissionais devem corresponder a ocupações existentes no mercado de trabalho e requerem, da mesma forma que a habilitação, processo educacional de formação atualizado, capaz de gerar a desejada laborabilidade e empregabilidade dos egressos. Em ambas podem ser oferecidas opções de ênfases que contextualizem o exercício profissional, para melhor adequação aos interesses diversificados dos alunos, bem como à contemporaneidade da formação frente ao mercado e às oportunidades de trabalho. 2. CONTEÚDOS BÁSICOS Ementa: Tipos de serviço à mesa, serviço de bebidas, regras de etiqueta à mesa, “Mise-en-place” de salão e de mesa. Organização operacional, atendimento, seleção, combinação dos alimentos. Denominações culinárias e terminologia dos pratos. 408 Conteúdos: • Organização operacional: divisão das praças, tipo de fluxos dos documentos administrativos. • “Mise-en-place” de restaurante e mesas; • Atendimento ao cliente; • Abordagem ao cliente e etiqueta à mesa; • Organização de petiscos das mais variadas formas e combinações; • Serviços especiais de massas, carnes e sobremesas. • Elaboração de cardápios; • Diferentes tipos de servir à mesa: pratos quentes e frios; • Elementos para produzir um prato; • Arrumação de espaços para eventos especiais; • Montagem e ornamentação de mesas para buffet; • Dominar e utilizar utensílios e equipamentos de serviços; • Requisitos comportamentais e atribuições do garçon; • Terminologia técnica utilizada; • Regras de etiqueta à mesa; • Técnicas de vendas e promoções aplicadas; • Dobraduras de guardanapos; • Denominações culinárias e terminologia dos pratos. 3. METODOLOGIA A metodologia implica em juntar cultura e trabalho através da historia. Considerando a divisão e as mudanças no mundo do trabalho. O conteúdo levará em conta os aspectos técnicos científicos, tecnológico, artísticos e práticos. As aulas 409 serão direcionadas através de exposição oral, questionamentos sobre aprendizagem já adquirida, dinâmicas de grupo e exercícios individuais, visitas, palestras, analises de texto, Tvmultimídia, pesquisas na internet, vídeos, educativos e filmes e aulas práticas. 4. AVALIAÇÃO A avaliação será continua e concomitante a todas as atividades de participação docente. Serão utilizados os instrumentos avaliativos seguintes: observações, pesquisas, relatórios, prova escrita, prova prática e participação. O sistema de avaliação será através da pesquisa, prova escrita e prática desenvolvida em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a 10,0 sendo a mínima para aprovação 6,0. 6. REFERÊNCIAS CÂNDIDO, Índio e VIERA, Elenara Viera de. Maître D’Hôtel – Técnicas de serviço. Editora EDUCS, 1997. PACHECO, Aristedes de Oliveira. Manuel Do Maître D’hôtel. Editora SENAC. São Paulo, 2000. 410 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INICIAÇÃO À ENOLOGIA – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A presente proposta de trabalho justifica-se para a disciplina de Inicialização à Enologia, do curso profissionalizante de Bar e Restaurante. Historicamente o vinho tem uma longa história, e cada garrafa pode ter a sua, o que já contribui muito para o seu fascínio que ele exerce. As grandes civilizações da Grécia e da Roma antigas situavam a origem do vinho em sua Pré-história e cercavam seu nascimento de lendas. O antigo Egito nos deixou listas de vinhos. Em jarras, os egípcios mencionavam até o ano, o vinhedo e o nome do vinhateiro: esses foram os primeiros rótulos. Os Babilônios promulgaram leis regulamentando a exportação de vinhos. Eles também evocaram em termos poéticos um vinhedo mágico feito de pedras preciosas na Epopéia de Gilgamesh, a primeira obra da literatura universal, que data aparentemente do século XVIII a.C. Elemento de festa ou de cerimônia religiosa, medicamento anti-séptico, o vinho desempenhou muitos papéis. Mas o momento crucial, o domínio do envelhecimento, remonta a uma data relativamente recente. A possibilidade de guardar um vinho durante anos – e de se obter uma melhora em barril ou em garrafa – assinala o nascimento do vinho de qualidade. 411 O desenho curricular deve permitir ao aluno percorrer um itinerário formativo que conduza, desde possíveis momentos ou etapas introdutórias e preparatórias sem terminalidade profissional, até especializações, passando por qualificações profissionais intermediários que componham esta formação e pela habilitação de técnico. A formação técnica de caráter tecnológico e prático será ministrada em salas e/ou outras instalações especificamente concebidas e equipadas para a demonstração e realização de tarefas em situação de simulação, o que infelizmente a escola não está ainda suprida. As qualificações profissionais devem corresponder a ocupações existentes no mercado de trabalho e requerem, da mesma forma que a habilitação, processo educacional de formação atualizado, capaz de gerar a desejada laborabilidade e empregabilidade dos egressos. Em ambas podem ser oferecidas opções de ênfases que contextualizem o exercício profissional, para melhor adequação aos interesses diversificados dos alunos, bem como à contemporaneidade da formação frente ao mercado e às oportunidades de trabalho. CONTEÚDOS BÁSICOS Ementa: História da enologia, as variedades de uvas, país produtores. Níveis de qualidade dos vinhos, vitivinicultura realidades e perspectivas. Serviços e degustações de vinhos. Harmonização. Conteúdos: • Histórico mundial e brasileiro da enologia; • Mapa do vinho no mundo e no Brasil; • Classificação das uvas e do vinho; • Fatores que contribuem para qualidade do vinho; 412 • Técnicas de elaboração de vinho tinto, branco, rosado, espumantes, verde e porto; • Compra e armazenamento de vinhos (adega), rolhas, produtos, derivados do vinho, combinação com alimentos; • Fundamentos da correta degustação; • Uso das taças apropriadas para cada tipo de vinho; • Leitura de rótulo; • Identificação das características olfativas e gustativas (análise sensorial); • Analisar e compor a carta de vinhos de um restaurante; • Serviço à mesa do vinho e seus rituais; • Vinho da carta de vinhos nas diversas fases da refeição; • Orientação do trabalho da equipe responsável. Conteúdos Específicos: 1. Historia da vitivinicultura; 1.1 No mundo; 1.2. No Brasil; 2. A uva; 2.1. Sua finalidade; 2.2. Suas variedades; 2.3. Qual cepa combina com qual (os melhores cortes); 3. O vinho; 3.1. Vinho tinto; 3.2. Vinho branco; 3.3. Vinho Rose; 3.4. Vinho Fortificado; 3.5. Champagne; 4. Enogastronomia o essencial da harmonização 4.1. O verbo harmozinar 413 4.1.1. Ingredientes que são neutros em relação ao vinho; 4.1.2. Ingredientes poucos incompatíveis com os vinhos; 4.2. Os tipos de harmonização 4.2.1. Quando os menus determinam os vinhos; 4.2.2. Quando os vinhos determinam os menus; 4.3. Técnicas culinárias e suas influências sobre a harmonização; 4.4. A tradição dos queijos e vinhos; 3. METODOLOGIA O enfoque implica em juntar cultura e trabalho levando em conta as dimensões através da história e do trabalho teórico e prático. Considerando a divisão e as mudanças no mundo do trabalho. O conteúdo será apresentado através de aulas expositivas, realização de exercícios de aprendizagem, dinâmicas em grupo e individuais, análise de texto, palestras, utilização de material bibliográfico, TV pendrive, sala de data show, pesquisas na internet além da utilização de vídeos. 4. AVALIAÇÃO As avaliações levarão em consideração às atividades desenvolvidas nos conteúdos abordados em sala pelo aprendizado teórico e prático, priorizando a assimilação do aluno frente às propostas. Buscando também compreender historicamente o nascimento da cultura vinicola até a atualidade. O sistema de avaliação será através da pesquisa, prova escrita e prática desenvolvida em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a 10,0 sendo a mínima para aprovação 6,0. 5. REFERÊNCIAS 414 Marc Charlotte e Ricardo Castilho. Larousse do vinho/. Consultoria – São Paulo: Larousse do Brasil, 2004. Malnic, Évelyne. Um só vinho: da entrada à sobremesa. Editora: Larousse, 2008. Novakoski, Deise; Freire, Renato. Enogastronomia: a arte de harmonizar cardápios e vinhos. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2007. Pacheco, Aristides de Oliveira. Iniciação à enologia. Editora: Senac São Paulo, 2006. Santos, José Ivan e Santana, José Maria. Comida e vinho: harmonização essencial. Editora: SENAC São Paulo, 2008. 415 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA /ESPANHOL – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Sabe-se que toda língua é constituída a partir da história e dos valores culturais de um povo. Sendo assim, partimos do pressuposto que a Língua Estrangeira é “[...] um princípio social e dinâmico que não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código linguístico” (DCE, 2008). Nesse sentido, a sala de aula se configura num espaço discursivo em que professores e educandos se constituem socialmente. O ensino da Língua Estrangeira Moderna (LEM), tem por objetivo expandir as formas de conhecimento, oportunizando o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pela língua espanhola na sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo ligações entre a comunidade local e a de fronteira latinoamericana. Dessa forma, o ensino da Língua Espanhola no curso Técnico em Serviços de Restaurante e Bar, atende às expectativas e demandas sociais contemporâneas, 416 partindo do trabalho com textos significativos, orais ou escritos, oriundos de diferentes esferas sociais, bem como pertencentes a diferentes gêneros discursivos, focando prioritariamente os conteúdos relacionados à gastronomia. O ensino da Língua Estrangeira como processo formativo profissional, permitirá que o técnico em formação desenvolva a compreensão de que ensinar e aprender a língua são ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentido e formar subjetividades. Igualmente, deve contribuir para formar alunos críticos e transformadores, que saibam utilizar as operações de linguagem para agir no mundo do trabalho em situações de comunicação. Portanto, há a necessidade de envolver o conhecimento linguístico, discursivo, cultural e sócio-pragmático, o que resultará no desenvolvimento das capacidades de ação, discursiva, linguístico-discursiva (DOLZ E SCHNEUWLY, 1998 ) exigidas dos seus atores, nas diferentes práticas sociais - entendidas aqui como formas de organização de uma sociedade, das atividades e das ações realizadas pelos indivíduos em grupos organizados, as quais se diferem de época para época, de cultura para cultura e de lugar para lugar. 2. EMENTA Saudações formais e informais, termos técnicos utilizados na restauração, gêneros textuais e vocabulário específico utilizado na gastronomia, informativos, comunicação oral. 3. CONTEÚDO Vocabulário Básico; • Linguagem Coloquial; • Leitura e interpretação de pequenos textos; 417 • Vocabulário técnico relacionado a cardápios, receitas: leitura de fôlderes, manuais, etc; • Cultura hispânica; • Gêneros textuais; • Textos técnicos; • Textos jornalísticos; • Vocabulário técnico relacionado à gastronomia; • Diversidade cultural; • Conhecimentos linguisticos; 1º Semestre: Partindo do conhecimento de mundo adquirido através de experiências vividas pelo aluno, diante da necessidade de se estabelecer relações entre as diferentes formas de organizá-lo criando oportunidades para que desenvolvam habilidades de leitura, escrita, fala e compreensão oral, os diversos temas relacionados especificamente ao curso Técnico em Serviço de Restaurante e Bar, serão trabalhados através de: exposição oral; convites; letras de músicas, travalínguas; histórias em quadrinhos; discussões; resumos; classificados; cartazes; folders; bulas; rótulos; embalagens; cardápios; receitas. 2º Semestre: Exposição oral; convites; letras de música; trava-línguas; discussões; resumos; classificados; cartazes; folders; bulas; rótulos; embalagens; cardápios; receitas; filmes; publicidade comercial; entrevistas; lendas; narrativas; relatos. 4. METODOLOGIA Os conteúdos básicos serão desmembrados de acordo com a prática discursiva priorizada em momentos específicos. Assim, elencamos, a seguir, os que 418 são considerados comuns aos dois semestres do Curso Técnico em Serviço de Restaurante e Bar e que serão trabalhados sempre a partir de um texto significativo, atendendo as especificidades de cada texto. No que diz respeito aos gêneros textuais serão abordados os seguintes aspectos: • Marcas do Gênero • Esfera social de circulação • Análise Linguistica Quanto às práticas discursivas que permeiam as práticas sociais serão trabalhados na: • Leitura: tema do texto, finalidade, informatividade, informações explícitas, situacionalidade, lingüísticas, temporalidade, coerência, coesão, significado função das das palavras classes marcas gramaticais, pontuação. • Escrita: tema do texto, finalidade, informatividade, informações explícitas,, situacionalidade, lingüísticas, temporalidade, coerência, coesão, significado função das das palavras, classes marcas gramaticais, pontuação. • Oralidade: tema do texto, finalidade, papel do locutor e interlocutor, adequação da fala ao contexto, diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; elementos extralinguisticos: entonação, pausas, gestos, turnos da fala... 5. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Considerando a funcionalidade da língua alvo, o aluno poderá vivenciar situações concretas de uso dessa língua. Para tanto, elaborar-se-á atividades que envolvam os gêneros delimitados nos conteúdos básicos, suas características linguisticas, a função social de cada 419 texto – conteúdo, estilo, elementos composicionais, bem como a problemática dos elementos da situação de comunicação que condicionam o funcionamento de todo ato de linguagem (quem fala, sobre o que fala, com quem fala, com qual finalidade, qual o suporte), perpassando pelas questões lingüísticas, sócio-pragmáticas, culturais e discursivas. Nesse sentido, uma possibilidade para a efetivação do trabalho com gêneros de texto é apontada por Petreche (2008), quando esta, fundamentada em Dolz e Schneuwly (2004), menciona que o trabalho com os gêneros, desenvolvido por meio das sequências didáticas pode contribuir para o desenvolvimento crítico do aluno, pois esse tipo de material didático tanto melhora a apropriação das características típicas dos gêneros, quanto desenvolve as capacidades de linguagem – ação, discursiva e lingüístico-discursiva. Dessa forma, as aulas poderão ser organizadas conforme a proposta dos autores Dolz, Noverraz & Schnewly (2004): De acordo com Nascimento (2008, pp. 70-71), na apresentação da situação o aluno, primeiramente, entrará em contato com o projeto coletivo de produção de gênero em foco, a quem se dirige a produção, qual o suporte material da produção, as razões e o objetivo. Em seguida, acontecerá a sensibilização, por meio de leitura ou audição, ao gênero textual na forma como este circula na sociedade. Por último, haverá sensibilização para o que é dizível no gênero em questão. Na produção inicial o professor vai avaliar as capacidades de produção que o aluno já domina, para, a partir daí, definir os pontos em que precisará intervir. É nessa etapa que o professor determina o percurso que o aluno percorrerá. Os módulos (ou oficinas) são compostos por diversas atividades compreendidas em cinco campos: motivacionais, enunciativos, procedimentais, 420 textuais, linguisticos e as que estão relacionadas à apropriação do sistema de escrita, desmembradas da seguinte forma: • Atividades de leitura nos níveis de compreensão, inferência e interpretação; • Atividades para a construção de significados: estratégias de seleção, de antecipação, de verificação; • Atividades de leitura compartilhadas e individuais; • Atividades de observação da gestão monologica do texto: locutor e leitor ausentes nos textos produzidos pelos alunos; • Planejamento, leitura e revisão do texto produzido pelos alunos; • Atividades que propiciem o estudo do tipo textual predominante: seqüência narrativa, argumentativa, injuntiva, descritiva, dialogal; • Atividades que abordem os mecanismos de coesão por conexão, por coesão nominal e verbal, bem como tratem de unidades gramaticais, lexicais e sintáticas; • Atividades envolvendo a pontuação e paragrafação; • Atividades orais, as quais terão “como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos” e que essa exposição implica no uso e “adequação da variedade lingüística para as diferentes situações [...] de forma que o aluno se familiariza com os sons específicos da língua que está aprendendo” (DCE, 2008, p. 66). Na produção final o aluno faz uso das noções e instrumentos elaborados separadamente nas oficinas para produzir o texto. Para que o aluno alcance os objetivos almejados, propõem-se estratégias de ensino que visem multiplicar as oportunidades de construção de conhecimentos e capacidades por meio dos seguintes instrumentos: livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, Internet, TV multimídia, dentre outros que se fizerem necessários. 7. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 421 As avaliações ocorrerão nas modalidades formal, contínua, diagnóstica, formativa e somativa, em que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Ao se adotar a perspectiva do trabalho com as seqüências didáticas, o processo avaliativo será norteado, principalmente, pela avaliação formativa, a qual se fundamenta nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais; partindo de aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos relacionados à gastronomia, serviço direto consumidor/fornecedor, e se atualizam o quanto for preciso para que se continue a aprender. Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, parte-se da avaliação inicial (produção inicial) até que se chegue à avaliação final (produção final). Ao longo do desenvolvimento das sequências, as avaliações serão constantes e deverão abranger as principais práticas discursivas que permeiam o ensino da língua estrangeira moderna, sendo elas a expressão oral e escrita e a compreensão auditiva e leitora. Destarte, deve-se considerar: • a aprendizagem escrita (produção: de texto de gêneros variados, respostas discursivas, relatórios) será avaliada no que se refere a produção de textos atendendo às circunstâncias de produção, expressão das ideias com clareza, adequação às exigências do contexto de produção, dentre elas os diferentes graus de formalidade e informalidade. • a aprendizagem oral (apresentação oral, seminário, debate), sendo inerente a este tópico avaliar o conhecimento do aluno no que se refere 422 ao conteúdo, à adequação da linguagem, à clareza e utilização de recursos. • a aprendizagem de leitura (atividade de leitura compreensiva de textos, questões discursivas e questões objetivas) considerando como critérios de avaliação a compreensão e exposição de ideias, bem como a relação estabelecida com o conteúdo abordado em sala de aula. • atividades extraclasse que serão solicitadas como complementação dos estudos de sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho Docente. Sob esse pressuposto, a avaliação, com critérios previamente estabelecidos, servirá para que o professor repense sua metodologia e planeje suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. Serão por meio dela que o professor perceberá quais são os conhecimentos que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam ser abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em/na Língua Espanhola. A nota bimestral será a somatória dos valores atribuídos em cada instrumento avaliativo e atenderá ao que consta na Proposta Pedagógica Curricular, bem como na Instrução Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de 2008, conforme segue: • A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). • Na promoção e certificação de conclusão a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), conforme o disposto na Resolução 3794/2004. 5. REFERÊNCIAS BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos. Por um interacionismo sócio-discursivo. Trad. Anna Rachel Machado e Péricles Cunha. 2ª ed. São Paulo: EDUC, 2007. 423 DOLZ, Joaquim, NOVERRAZ, Michèle & SCHNEWLY, Bernard. “Sequências Didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento”. In: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. NASCIMENTO, Elvira Lopes. Gênero da Atividade, Gêneros Textuais: Repensando a Interação em Sala de Aula. In: Gêneros Textuais da didática das línguas aos objetos de ensino. São Carlos: Claraluz, 2009. p. 51-90. Disponível em <http://www.blogdecocina.com/temas-del-mundo-de-la- hosteleria-/menu-y-carta.php> Acesso em 05 de mar.2010. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – SEED. Superintendência da Educação. Diretrizes da Educação Profissional: fundamentos políticos e pedagógicos. Disponível em<http://www.diaadia.pr.gov.br/det/arquivos/File/SEMANAPEDAGOGICA/23_Funda mentosPoliticosPedagogicos.pdf> Acesso em 05 de abril 2010. PETRECHE, Célia Regina Capelllini. A Seqüência Didática nas Aulas de Língua Inglesa do Ensino Médio e o Desenvolvimento de Capacidades de Linguagem. In: Estudos da Linguagem à luz do Interacionismo Sociodiscursivo. Londrina: UEL, 2008. p. 249 -258. 424 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS DO TRABALHO – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA As relações de produção a cada período da história do homem sofrem modificações: o modo de produção feudal desenvolvido na Europa baseava-se na propriedade do senhor sobre a terra e no servilismo das pessoas sobre quem o senhor exercia o seu poder. Os servos cultivavam um pedaço de terra concedido pelo senhor, pagava a ele impostos e trabalhava em suas terras; no entanto tinha usufruto da parte da terra produzida que lhe havia sido cedida. A situação modificase a partir do século XV e XVI com a expansão comercial que acarretou mudanças econômicas e mudanças políticas, sociais e culturais, redundando no advento da Revolução Industrial com a ocorrência de mudanças fundamentais nas relações de trabalho. É o modo de produção capitalista em que detentores do capital compram a 425 mão de obra para produzir suas mercadorias, sendo o empregado pago com dinheiro sob a forma de salário. Isso inclui por parte do empregado subordinação cumprimento de regras e ordens em troca do vinculo estabelecido em contrato com o empregador. Taylor e Ford padronizam o trabalho linear segmentado e repetitivo. As atuais inovações tecnológicas organizacionais e gerencias substituem este padrão por uma nova modalidade marcada pela integração e pela flexibilidade que é fruto da globalização e dos avanços tecnológicos adicionando às empresas o que se denomina capital intelectual, ou seja, para sobreviver perante os desafios da competitividade um empregado deve ser qualificado através de treinamentos e aprendizado contínuo. O vínculo empregatício muda com a diminuição do número de emprego fixo em tempo integral por outras formas de prestação de serviço: terceirização, trabalho temporário, trabalho por projeto, etc. Habilidades abrangentes, flexibilidade e adaptação às mudanças, criatividade são alguns critérios exigidos nos segmentos laborais. Importante verificar que os novos mecanismos ideológicos, políticos e econômicos utilizados pelo capital para intensificar a produção utiliza-se estratégias para sufocar a organização dos trabalhadores: a origem do modo de produção capitalista mantém inalterada a sua base exploratória; o grau de extração da maisvalia continua voraz com aumento de desemprego, de trabalho precário e aumento de sobrantes. A tecnologia e a ciência impõem um novo tipo de organização de trabalho substituindo pelo computador e pela robótica a força muscular e a própria mente humana colocando máquinas inteligentes em toda a escala de atividade econômica. As mudanças no mundo do trabalho afetam as localidades, as organizações 426 menores, a vida real dos trabalhadores no seu processo de trabalho de sobrevivência de saúde física, psíquica e mental. Importante nessa perspectiva a compreensão das relações capitalista de produção e a importância da ação da classe operária e a valorização do trabalho e do trabalhador enquanto sujeitos políticos atuantes e como atores sociais com condições culturais de, por um lado se adaptar às múltiplas dimensões do trabalho e por outro lado poder se expressar contra as opressões específicas dentro do capitalismo buscando alternativas humanizadoras realizáveis. 2. CONTEÚDOS O trabalho humano nas perspectivas ontológicas e históricas; o trabalho como realização da humanidade, como produtor da sobrevivência e da cultura; o trabalho como mercadoria no industrialismo e na dinâmica capitalista. As transformações no mundo do trabalho: tecnologias, globalização, qualificação do trabalho e do trabalhador. A perspectiva histórica do trabalho: Mudanças no mundo do trabalho, alienação, desemprego, qualificação do trabalho e do trabalhador. Doenças originadas pelo trabalho: • Trabalho humano: ação sobre o ambiente, produção de cultura e humanização. • O ser social; mundo do trabalho; sociedade. • Dimensões do trabalho humano; • Perspectiva histórica das transformações do mundo do trabalho; • O trabalho como mercadoria: processo de alienação; • Emprego, desemprego e subemprego; • O processo de globalização e seu impacto sobre o mundo do trabalho; • O impacto das novas tecnologias produtivas e organizacionais no mundo do trabalho e do trabalhador; 427 • Perspectivas de inclusão do trabalhador na nova dinâmica do trabalho. • Papel do Estado na proteção aos incapacitados. 3. METODOLOGIA Pauta-se na retomada histórica dos vários sistemas de modo de produção econômico revelando o processo evolutivo do mundo do trabalho que são reflexos de interesses do poder econômico. Dentro de uma visão pedagógica progressista o conteúdo é voltado aos interesses da classe trabalhadora, portando concebe uma educação pela qual a partir do conhecimento seja possível compreender a sociedade e suas contradições e, a partir daí, obter conquistas sociais, políticas e culturais. A centralização da perspectiva é dentro da sociedade moderna e a intenção metodológica é repensar os impactos da globalização e do neoliberalismo sobre o mundo do trabalho com conseqüências no aumento da produtividade /exclusão dos trabalhadores no mercado de trabalho e numa visão mais ampla o fenômeno multifacetado com dimensões econômicas, políticas, culturais, religiosas e jurídicas interligadas de modo complexo. Tomando como ponto de partida o conhecimento e a vivência dos alunos aos poucos o conhecimento estarão sendo construído aliando teoria e prática. Os recursos didáticos serão os tecnológicos disponíveis, pesquisas bibliográficas, mas, principalmente debates e questionamentos. 4. AVALIAÇÃO A avaliação é um processo contínuo de caráter formativo e elaborada de acordo com os objetivos, conteúdos ou atividades realizadas. Seminários, pesquisas, 428 laboratórios, teatralizações, trabalhos em grupo e individuais, diálogos, registros e provas escritas são estratégias avaliativas a serem utilizadas. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS – ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A partir de 1808, com a abertura dos portos ao comércio cria-se no país a necessidade da implementação curricular das línguas estrangeiras modernas: o francês e o inglês, com vistas ao atendimento da comunicação comercial, como também ao aprimoramento da escola pública. O fim da escravidão fez aumentar o contingente de imigrantes no país; as escolas das colônias estrangeiras eram bilíngües priorizando a língua de origem. A partir de 1910 com a expansão das escolas públicas no país as escolas nas colônias foram fechadas e no ginásio 429 (equivalente ao período de 5º a 8º série) além de se ministrar o Inglês e o Francês, em alguns colégios introduziam-se o Espanhol assim como, o Latim que permaneceu como língua clássica. Com a Segunda Guerra Mundial estabeleceu-se a dependência econômicocultural do Brasil em relação aos Estados Unidos e consequentemente abriu-se mais espaços ao estudo da língua Inglesa no currículo. A LDB nº4024 de 1961 institui o ensino profissionalizante em cujas matrizes curriculares o inglês era obrigatório. Em meados dos anos 80 com a redemocratização do país foram criados os CELEMS pela SEED do Paraná com o objetivo de oportunizar o aprendizado de línguas estrangeiras. A atual LDB determina a oferta de pelo menos uma língua estrangeira moderna no Ensino Médio, Fundamental e Profissionalizante. O objetivo do ensino da língua Inglesa no curso profissionalizante é de proporcionar domínio de aquisição e usos lingüísticos básicos de comunicação pela linguagem além de fornecer o conhecimento das culturas a ela vinculado para a necessária interação com o público destinatário facultando o processo de atualização permanente de conhecimentos. 2. CONTEÚDOS Saudações formais e informais, termos técnicos utilizados na restauração, gêneros textuais e vocabulário específico utilizado na gastronomia, informativos, comunicação oral. • Generos textuais; • Folders; • Cardápios; • Receitas; 430 • Textos epistolares; • Correspondências; textos literários – narrativos, em prosa e verso; • Textos técnicos; • Textos jornalísticos; • Textos publicitários; • Vocabulário técnico relacionado à gastronomia; • Análise linguistica; • Elementos coesivos e marcadores do discurso; • Variedades linguisticas; • Diversidade cultural; • Conhecimentos linguisticos. 3. METODOLOGIA A concepção teórico-metodológica abordada para o curso fundamenta-se na comunicação oral e escrita que exigem conhecimentos sobre o uso da gramática na prática audiolingual, direcionada ao serviço da gastronomia, concomitante ao ensino da linguagem há necessidade do conhecimento cultural, ou seja, o conhecimento dos costumes e hábitos de países que utilizam a língua inglesa. A função social da língua inglesa ultrapassa os limites dos países de origem uma vez que é utilizado universalmente por questões de hegemonia cultural. Logo, praticar a língua inglesa aprofundando o domínio da comunicação é indispensável no mundo do trabalho. Os materiais didáticos têm que ser naturalmente diversificados, quer ao nível de conteúdos, quer ao nível de suporte e de grau de dificuldade conceitual e lingüístico. Textos informativos temáticos, fichas gramaticais e vocabulares, jogos, diálogos, leitura interpretativa, e a utilização de toda a gama de recursos oferecidos pelas novas tecnologias. 431 A aprendizagem é mais significativa quanto mais os conteúdos se relacionarem diretamente com as vivências, os interesses e as experiências que mobilizam o sujeito não só como aluno, mas como pessoa. O objetivo mais da organização metodológica é, o aprendizado da língua inglesa para fins comunicativos em gastronomia objetivando a eficiência no trabalho, a autonomia do aluno e facultando condições que despertam o gosto por uma atualização permanente de conhecimentos. 4. AVALIAÇÃO A avaliação é um processo contínuo de caráter formativo e serão elaborados de acordo com os objetivos, conteúdos ou atividades realizadas. Seminários, pesquisas, laboratórios, teatralizações, trabalhos em grupo e individuais, diálogos, registros e provas escritas são estratégias avaliativas a serem utilizadas. 5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ANTUNES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.
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