proposta pedagógica curricular história
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proposta pedagógica curricular história
ROBERTO REQUIÃO DE MELLO E SILVA Governador do Paraná ORLANDO PESSUTI Secretário de Estado da Educação RICARDO FERNANDES BEZERRA Diretor Geral YVELISE DE FREITAS SOUZA ARCO-VERDE Superintendente da Educação JOÃO LUIZ CONRADO Chefe do NRE de Campo mourão ANA CAROLINE CASALVARA DOS SANTOS Diretora ELIANE CÂNDIDO Diretora Auxiliar GILCÉLIA FIDELIS DE SOUZA PEREIRA Secretária DINALVA MARIA DE AZEVEDO KAUST NADIR JOSÉ CORREIA RAMOS RIDAMAR CANDIDO ROSILENE CANDIDO DE AZEVEDO Professoras Pedagogas SUMÁRIO APRESENTAÇÃO.................................................................................................05 1. INTRODUÇÃO...................................................................................................07 1.1.Identificação do Estabelecimento....................................................................07 1.2. Organização da Entidade da Escola...............................................................08 1.3. Aspectos Históricos da Escola........................................................................08 1.4. Característica da Comunidade.............. .........................................................09 2. OBJETIVOS.......................................................................................................09 2.1. Objetivos Gerais..............................................................................................09 2.2. Objetivos Específicos......................................................................................10 3. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR...............................10 4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO.............................................12 5. ATO SITUACIONAL..........................................................................................13 6. ATO CONCEITUAL...........................................................................................30 7. ATO OPERACIONAL........................................................................................62 8. AVALIAÇÃO......................................................................................................69 9. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS.......................................................................74 10. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL......................................................................74 11. FORMAÇÃO CONTINUADA...........................................................................75 12. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO...................................................................77 13. ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO........................................80 14. PLANO DE AÇÃO...........................................................................................85 15. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO......................................................................................................90 16. REFERÊNCIAS...............................................................................................92 17. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRI CULAR.................................................95 PARECER DA PROPOSTA CURRICULAR.......................................................552 ATA DE APROVAÇÃO.......................................................................................553 ATO DE APROVAÇÃO DO NRE........................................................................554 3 APRESENTAÇÃO O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental, Médio e Normal apresenta seu Projeto Político Pedagógico que é organizado a partir de um documento efetiva participação da comunidade escolar, sendo, portanto, um trabalho coletivo de reflexão. Este projeto é entendido como um instrumento de intervenção não somente pedagógica, mas também político, pois trata-se de um conjunto de definições doutrinárias e de estratégias de ação, tendo uma definição pedagógica e político-administrativa, baseado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A preocupação central é de assegurar e fundamentar todo o funcionamento do Colégio, sua estrutura física funcional e pedagógica, assim como dar garantia e legitimidade para que ...a escola seja palco de inovações,investigações e grandes ações fundamentadas num referencial teórico metodológico que permita a construção de sua identidade e exerça seu direito à diferença, à singularidade, à transparência, à solidariedade e à participação” (VEIGA, p. 31,1996). A Escola é vista como um espaço social que deve contribuir no processo de democratização da sociedade. Dessa forma evidencia-se neste projeto a busca da qualidade na educação e o desejo de se prestar um serviço eficiente, comprometido com a formação de homens e mulheres capazes de compreender a sociedade em que vivem com vistas à transformação da realidade. Assim o projeto está alicerçado a uma pedagogia crítica capaz de desafiar o educando a pensar criticamente a realidade social, política e histórica, tendo um aprendizado com sentido real de vida a ser praticado imediatamente. Portanto envolver os diversos segmentos na elaboração e no acompanhamento do mesmo constitui um grande desafio para a construção da gestão democrática e participativa. Toda essa dinâmica se efetiva como um processo de aprendizado político fundamental para a construção de uma cultura de participação e de gestão democrática na escola. Este Projeto Político Pedagógico constitui o norte orientador das atividades curriculares e da organização da escola e se expressa nas práticas cotidianas, traduzindo os compromissos institucionais relativos ao direito, consagrado nas leis brasileiras e garantindo a todos, sem distinção de qualquer 4 natureza, de acesso à educação pública, e gratuita e de qualidade referenciada pelo social. 5 Este Projeto Político Pedagógico é fruto de um trabalho coletivo: Fortalecimento da participação estudantil Garantia de financiamento público da educação e da escola nos diferentes níveis e modalidades de ensino Provimento ao cargo do diretor Decisão Partilhada Discussão e implementação de novas formas de organização e de gestão escolar Construção coletiva do Projeto Político Pedagógico da escola Luta pela progressiva autonomia da escola 6 1. INTRODUÇÃO 1.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO. Escola: 00224– Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola- Ensino Fundamental, Médio e Normal – Fone: (44) 3272-1322 Município: 0770 – Fênix. Dependência Administrativa: Estadual NRE: 05 – Campo Mourão Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná Ato de Autorização do Estabelecimento: Decreto 4. 635 /78 DOE de 20/02/78 Ato de Reconhecimento do Estabelecimento: Res. 7.097/84 de 20/02/78 Ato da Renovação de Reconhecimento do Colégio (Ensino Fundamental): Res. Nº 2.742/02 de 09-08-02; (Ensino Médio): Res.2.022/03 de 01/08/03 Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar: Nº Distância da Escola do NRE: 58 KM. Local: ( X ) Urbana ( ) Rural Endereço Eletrônico: e-mail: [email protected] 1.2 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR: MODALIDADES DE ENSINO: ( X ) Ensino Fundamental (5ª a 8ª série) ( X ) Ensino Médio ( X ) Normal ( X ) Educação Especial (Sala de Recursos) ( X ) CELEM NÚMERO DE TURMAS:23 turmas ENSINO FUNDAMENTAL: 04 turmas (matutino), 04 turmas (vespertino) ENSINO MÉDIO: 03 turmas (matutino), 03 turmas (vespertino), 03 turmas (noturno) ENSINO NORMAL: 06 turmas NÚMERO DE ALUNOS (Fund., Médio e Normal): 621alunos 7 CELEM: 04 turmas NÚMERO DE ALUNOS: 109 alunos NÚMERO DE PROFESSORES EM REGÊNCIA: 63 professores NÚMERO DE PEDAGOGOS: 04 NÚMERO DE SALAS DE AULA: 08 salas TURNOS DE FUNCIONAMENTO: ( X ) Matutino ( X ) Vespertino ( X ) Noturno AMBIENTES PEDAGÓGICOS: ( X ) Biblioteca ( X ) Sala de Apoio Pedagógico ( X ) 02 Laboratórios de Informática ( X ) Laboratório de Ciências, Físicas e Biológicas 1.3. ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA Tendo a Escola iniciado suas atividades em 15 de fevereiro de 1962 nas salas do antigo Grupo Escolar Santo Inácio de Loyola, que atualmente está situado o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Fênix. Em 1967 passou a funcionar em prédio próprio na Avenida São Vicente de Paula, nº 10. Em 1976 entrou em vigor a Reforma de Ensino na 1ª e 2ª série, através da lei nº 5.692/71 e no ano seguinte entrando também na reforma a 3ª e 4ª série. Em 1978 houve uma reorganização no nome do Estabelecimento passando a ser Escola Santo Inácio de Loyola – Ensino de 1º Grau, e hoje possui nova denominação: Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante, e tem como órgão mantenedor o Governo do Estado do Paraná. A Escola está organizada de modo a atender a sua comunidade escolar, composta de alunos da Zona Rural e Urbana oferta as seguintes modalidades de ensino: Ensino Fundamental 5ª à 8ª séries, Ensino Médio, Educação Profissional e Educação Especial (Sala de Recursos). Possui 18 turmas, sendo 08 turmas de Ensino Fundamental, 09 de Ensino Médio e 06 de Educação Profissional, com um total de 621 alunos. Dispõe de 27 professores, 04 8 professores - pedagogos e 12 funcionários. Os turnos de funcionamento são: manhã, tarde e noite. A escola possui os seguintes ambientes pedagógicos: Sala de Recursos, Sala de Apoio Pedagógico, Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas, 02 Laboratórios de Informática e Biblioteca. No que se refere à organização pedagógica nossa escola favorece o desenvolvimento do trabalho dos profissionais, pois são promovidas atividades escolares que visam a integração entre os mesmos, os alunos e a comunidade, todos têm oportunidade de participação e liberdade para expressar diferentes pontos de vista, independentemente da função que exercem. 1.4. CARACTERÍSTICA DA COMUNIDADE A comunidade fenixense é de nível sócio-econômico variando de médio a baixo. Apesar dos integrantes adultos das famílias trabalharem a renda per capita é baixa. A maioria dos pais dos alunos trabalham nas lavouras de cana-de-açúcar para as firmas SABARAÁCOOL, IVAÍCANA e FRANGOS CANÇÃO. Os poucos empregos diferentes estão no comércio, na COAMO, CAMPAGRO, Prefeitura e Estado (funcionários públicos). A população demonstra ter preocupação com a formação da cidadania e a preparação para a vida, desejando que seus filhos possam ser conscientizados sobre essas questões, os quais dão incentivo para que seus filhos estudem. 2. OBJETIVOS 2.1. OBJETIVOS GERAIS: • Compreender a trajetória que o educando realiza em seu processo de constituição como indivíduo, criando possibilidades para o seu crescimento como cidadão crítico e sujeito de sua própria história; • Valorizar o papel determinante da interação com o meio social; • Construir possibilidades de ação e de conhecimento coletivos a partir da interpretação da realidade vivenciada pela comunidade escolar, a fim de transformá-la para que esta atenda às necessidades locais; 9 • Formar cidadãos capacitados para compreender e utilizar as novas tecnologias empregando-as na melhoria do mundo em que vive. 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; • Compreender o ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; • Desenvolver a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e a formação de atitudes e valores; • Estabelecer o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social” (art. 32 – LDB). 3. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR As pessoas se educam no cotidiano de suas vidas, em sociedade, e é pela educação, nas relações sociais que nós nos tornamos quem somos. De acordo com a concepção sócio-interacionista e tendo como base as formulações de Vygotsky, o Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental, Médio e Normal, apresenta uma linha filosófica sócio-histórica a qual traz em seu bojo a concepção de que todo Homem se constitui como ser humano pelas relações que estabelece com os outros. Desde o nosso nascimento somos socialmente dependentes dos outros e entramos em um processo histórico que de um lado, nos oferece os dados sobre o mundo e visões sobre ele e, de outro lado, permite a construção de uma visão pessoal sobre este mesmo mundo. O ponto de partida desta nossa reflexão encontra-se no grande valor que a teoria Vygotskyana dá ao processo de interação e, em nosso caso específico, como educadores, às intervenções pedagógicas e ao ensino na construção do conhecimento. Nesse referencial, o processo ensino-aprendizagem 10 também se constitui dentro de interações que vão se dando nos diversos contextos sociais. Sendo assim, acreditamos que a sala de aula deve ser considerada como um lugar privilegiado de sitematização do conhecimento e o professor articulador na construção do saber, o qual tem o papel explícito de interferir no processo ensino-aprendizagem e provocar avanços nos alunos. Deste modo a relação educador–educando não deve ser uma relação de imposição, mas sim, uma relação de cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve ser considerado como um sujeito interativo e ativo no processo de construção do conhecimento e o educador deve assumir papel fundamental nesse processo, como indivíduo não passivo, mas atuante. Por essa razão cabe ao mesmo considerar também, o que o aluno já sabe, sua bagagem cultural e intelectual, para a construção da aprendizagem, num processo dinâmico, onde o professor, enquanto detentor dos fundamentos do conhecimento científico deve ser o mediador,ou seja, desenvolver procedimentos adequados para viabilizar a apropriação desse conhecimento pelos alunos. Portanto neste contexto é fundamental ressaltar que a escola, está compreendida com base no desenvolvimento histórico da sociedade; e dessa forma entendemos que a escola deve estar voltada para a formação de um ser humano crítico e auto–crítico, pautado em princípios éticos, de valorização da dignidade e dos direitos humanos, bem como de respeito às diferenças individuais e à diversidade, cujo fator predominante é a conscientização sobre as diversas manifestações religiosas, o multiculturalismo étnico racial e social, o qual dever ser entendido como o processo e modo de educar valorizando as diversas heranças culturais e sociais de uma nação e suas relações umas com as outras, na construção da convivência pacífica dentro e fora do país, em que se respeitem os direitos humanos e a diversidade, e se promovam a identidade cultural, a cidadania e a melhoria da qualidade de vida. No que se refere ao mundo do trabalho, sabemos que o mesmo é uma atividade humana de transformação da natureza e do próprio Ser Humano, sendo assim ter o trabalho como princípio educativo implica, através do conhecimento, possibilitar a compreensão das contradições da sociedade capitalista, seus processos de exclusão e exploração das relações de trabalho e instrumentalizar o 11 aluno para agir de forma consciente sobre sua prática social no sentido de cumprir e fazer cumprir seus direitos. Compreender a natureza da relação que os homens estabelecem com o meio natural e social, bem como as relações sociais. Desta forma caberá à escola promover aos alunos horizontes e captação do mundo além das rotinas escolares, dos limites do estabelecido e do normatizado, para que ele se aproprie da teoria e da prática que tornam o trabalho uma atividade criadora, fundamental ao ser humano. Sendo assim, visamos formar o educando um cidadão político, capaz de conhecer e lutar pelos seus direitos, dentro e fora da escola e que todos que fazem parte do ambiente escolar, devem ser sujeitos da ação educativa, caminhando na direção da democracia participativa e da superação das desigualdades sociais. 4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO A Constituição Federal procurando dar conta dos diferentes planos de inserção do ser humano através dos princípios norteadores da educação que estão presentes no Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola- Ensino Fundamental, Médio e Normal, excetuando-se o que compete unicamente ao Estado. O artigo 206 da Constituição Federal deixa claro o seguinte: Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I –Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III- Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e privadas do ensino; IV- Gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais; V- Valorização dos profissionais do ensino garantido na forma da lei, planos de carreira para o magistério público com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, assegurado regime jurídico único para todas as instituições mantidas pelo Estado; 12 VI- Gestão democrática do ensino público em forma da lei; VII- Garantia de padrão de qualidade. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (Lei 9.394/96), coloca em seu artigo 3o que o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II- Liberdade de aprender , ensinar, pesquisar e divulgar a cultura,o pensamento, a arte e o saber; III- Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV- Respeito à liberdade e apreço à tolerância; V- Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI- Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais VII- Valorização do profissional da educação escolar; VIII- Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX- Garantia de padrão de qualidade; X- Valorização da experiência extra-escolar; XI- Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais; Todos esses planos devem ser considerados pelo currículo escolar, contemplando a práxis pedagógica, implementando a interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. Tendo em vista a importância desta proposta, faz-se necessário que todos os segmentos da escola reflitam, analisem, avaliem e assumam juntos esta reformulação, a fim de assegurar a eficiência e a eficácia do ensino que venham garantir a formação do cidadão crítico, ativo e participativo na sociedade em que vive, pois deverão ser coerentes com os valores estéticos, políticos e éticos que inspiram a Constituição e a LDB. 5. ATO SITUACIONAL O ensino brasileiro tem sido muito criticado e por isto devemos levar em consideração a equidade ao qual todos têm direito, devemos nos inserir nos contextos políticos imbuídos de uma necessidade de melhora. É importante nos conscientizarmos que o professor do ensino básico é vetor primordial, e na prática 13 escolar cotidiana devemos respaldar, justificar e por em prática as leis do ensino. Portanto este é o motivo que nos leva acreditar que a LDB tem a legislação mais democrática e aberta, além de ter um método elaborativo completo, e que, apesar de distintos, as leis concernentes à educação têm finalidade e direito de levar educação, liberdade de ensino, administração ao ensino e o funcionamento das instituições de ensino. Apesar da LDB ser a lei do ensino, também seguimos as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, que não são estanques e podem ser moldadas a critério do professor e de acordo com a identificação dos alunos. No estado do Paraná percebe-se uma preocupação com o aspecto educativo, com o fortalecimento do estado e consequentemente da educação pública. Tem havido vários investimentos em recursos humanos e materiais para as instituições de ensino, tentando recuperar seu quadro de docentes e funcionários que foi muito defasado em administrações anteriores, a implantação de cursos profissionalizantes nas redes de ensino, com o intuito de garantir uma profissionalização aos alunos que saem do ensino médio, a descentralização do poder na tomada de decisões que envolvem a educação, como exemplo a construção das Diretrizes Curriculares que envolveram a participação de todos os docentes na discussão e elaboração, a implantação da educação especial na rede estadual. Sabe-se que isso não é suficiente para garantir uma educação de qualidade a todos, e nem todas as necessidades da escola pública e também dos servidores públicos foram atendidas, mas partes de alguns dos requisitos essenciais, são necessárias continuar lutando e fazendo cada um a sua parte com bastante compromisso, a fim de construir uma escola de qualidade para todos buscando uma nova sociedade, não mais comprometida com os ideais capitalistas. Compreende-se, assim que, apenas a formalização das leis não bastam, pois será justamente na escola, que o aluno aprenderá a ser cidadão quando se encontra num ambiente em que são dadas as oportunidades de viver democraticamente. Isto implica mudanças nos sistemas educacionais convencionais, necessário é que revejamos os objetivos deste sistema e adotemos técnicas que atendam a formação do cidadão determinando assim o trabalho docente em prol de formar as bases da personalidade do futuro adulto. A 14 qualidade do ensino apesar de todas as transformações ainda deixa muito a desejar, a importância do desenvolvimento infantil é indiscutível, cabe aos governantes modificar a realidade estudantil em todo país. Ao professor, comporta o empenho de desenvolver valores, atitudes e posturas éticas. Na Atualidade devemos formalizar a educação continuada, seja para alunos, seja para professores, tomando por base temas atuais que valorizam, os temas transversais. Cabe ao professor tornar-se um idealizador, um realizador, contribuindo assim para a educação brasileira, dando-lhe forma bem como concretude as idéias que brotam de nossos pensamentos. Conforme Gerhardt (2001), a educação libertadora ou transformadora, é aquela que trabalha com uma visão de sujeitos potencialmente autônomos, capazes de praticar a solidariedade, instruindo-se de forma a promover a autoreflexão. Neste sentido, a educação é entendida como uma prática de libertação, que desperta no sujeito a sua capacidade de promover a humanização, esforçando-se em uma perspectiva conjunta para mudar o sistema escolar, social e político. Para Steinberg, Paulo Freire aponta dois estágios da pedagogia, como prática de libertação: [...] o primeiro permite ao oprimido que perceba a condição de opressão em que se encontra e engajar-se em sua transformação, o segundo, reconhece que uma vez transformada a opressão, todas as pessoas tornar-se-ão libertas, estarão permanentemente livres [...] (STEINBERG, 2001, p.271). Desta forma Steinberg (2001), afirma que dentro desta perspectiva libertadora, Paulo Freire considera o poder político como essencial para a libertação, a qual está fora do alcance do oprimido. Portanto, observa-se que as respostas a este dilema podem ser encontradas na educação, a qual deve ser realizada por e com o oprimido. Por essa razão deve-se conhecer o contexto em que a escola está inserida para que a educação esteja voltada aos interesses desta clientela. O município de Fênix é uma região de pouco desenvolvimento e nos últimos anos não apresentou um avanço considerável na economia e na educação. Por ser essencialmente agrícola tem galgado alguns investimentos 15 nessa área, mas, sobressai o plantio de cana – de – açúcar, o que ajuda no enfrentamento do desemprego. No que diz respeito à educação o município já conta com três escolas estaduais e três municipais oferecendo a comunidade aos alunos da Educação Infantil, Educação Básica e Profissionalizante (Formação de Docentes) a oportunidade de uma educação preocupada com a qualidade. Percebe-se nitidamente que o ensino passa por um período de transição, que começou há alguns anos, mas que os efeitos estão sendo percebidos agora. CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLAQUANTO AO AMBIENTE FÍSICO ESCOLAR: • Salas de Aula: O colégio dispõe de 14 salas de aula com capacidade média para 35 alunos, mas devido à demanda, a ocupação média é maior. As salas de aula permitem a organização do mobiliário de acordo com as atividades diversas (rodas, trabalhos em grupo, etc.), são arejadas e iluminadas, possui carteiras disponíveis para o uso de todos os alunos, há mesas e cadeiras para o professor; • Salas da Direção, Equipe Pedagógica e Professores: A sala de Professores é bem localizada, com espaço suficiente para todos os docentes, com móveis, armários, mesas que possibilitam a realização da hora atividade, reuniões e acomodação de material. O colégio disponibiliza também uma sala para a Direção e outra para a Equipe Pedagógica ambas em bom estado, porém com espaço e equipamentos insuficientes. • Sala de Recursos: A Sala de Recursos é um espaço arejado com disponibilidade de carteiras e cadeiras para o número de alunos que frequentam a mesma, com cartazes que trazem informações referentes aos conteúdos trabalhados, há armários, os quais contém todos os trabalhos realizados pelos alunos e diversos tipos de jogos educativos; • Cozinha: A cozinha é limpa e arejada, a merenda é preparada na própria escola, é balanceada e nutritiva, todos alunos têm acesso à mesma. Os alunos são orientados sobre como se alimentar, escovar os dentes, etc; 16 • Pátio Escolar: O pátio é bonito e seguro, é aproveitado para atividades pedagógicas quando necessário; • Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas: O laboratório de Ciências, Química, Física e Biologia encontra-se ativado, é limpo e arejado, os materiais as serem utilizados estão em boas condições. No entanto, sofre-se com a falta de materiais e equipamentos, assim como, com o espaço insuficiente, dificultando o atendimento de uma turma completa, tendo-se que organizar o trabalho em grupos de observação ou experimentação. Para aulas experimentais o Agente de Execução é avisado com antecedência a fim de preparar os materiais pertinentes às experiências; • Laboratório de Informática: O Laboratório de Informática (Paraná Digital) está instalado num local adequado e dispõe de 20 computadores acessados à internet. Vale ressaltar de que o número de computadores disponíveis é insuficiente para atender ao número de alunos por série dificultando desta forma o trabalho do professor. O Curso de Formação de Docentes possui um Laboratório de Informática próprio (Proinfo). O laboratório é bem equipado, possui 20 computadores para utilização de alunos e professores, acesso à Internet por rede óptica e ainda impressão a laser. • Biblioteca: A biblioteca funciona num espaço adequado devido ao fato de ser de tamanho suficiente para atender a demanda nos diferentes períodos, mas sofre com a poluição sonora, pelo fato de estar ao lado da quadra de esporte. Há, neste local, um computador com internet para garantir uma melhor organização no empréstimo e retorno de livros. O acervo bibliográfico é organizado, qualquer pessoa (aluno, professor, funcionário e pais) pode frequentar a biblioteca ou ter acesso aos livros da escola, há um funcionário responsável pelo acervo e que apóia aos usuários no acesso aos livros que necessitam; • Quadra de Esportes: O espaço para o ensino e a prática de esportes, responde às necessidades da escola,pois temos uma quadra coberta, a qual é bem aproveitada por todos os alunos; • Banheiros: A disponibilidade de banheiros na escola é suficiente para o número de alunos, professores e funcionários, são limpos e estão em boas 17 condições de uso, porém os mesmos não dispõem de adaptações físicas adequadas para atendimento a portadores de necessidades especiais. • Lavabos: Há lavabos disponíveis para o uso de todos, são limpos e estão em boas condições; • Água filtrada ou tratada: Há bebedouros, os quais estão em boas condições, todas as pessoas que freqüentam a escola (alunos, professores, pais, etc.) tomam água filtrada ou tratada; • Tratamento do Lixo: Há lixeiras na escola, as quais estão espalhadas em toda a escola para facilitar o seu uso. Há um trabalho pedagógico sobre a destinação adequada do mesmo, separando-o para reciclagem; • Rede de Esgoto: A escola está ligada a um sistema de esgotamento sanitário, as instalações de água e esgoto estão em boas condições de funcionamento. As questões relativas ao saneamento básico são discutidas pedagogicamente com a comunidade escolar. Avalia-se que falta ainda uma sala de recursos audiovisuais, espaço adequado para a utilização dos recursos disponíveis. QUANTO À ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS MATERIAIS E PEDAGÓGICOS: • Materiais para uso do professor, como giz, quadro, livros, jogos e mapas: Há giz, quadro, livros, jogos, mapas, etc., disponíveis para o uso do professor. Esses materiais respondem às necessidades da prática pedagógica, estão em boas condições de uso, seu conteúdo respeita a diversidade humana e a igualdade entre todos, os mesmos chegam até a sala de aula para apoiar a prática pedagógica; • Equipamentos: Televisão, Computador, Videocassete, DVD, Aparelho de Som, Retro-projetor, TV Multimídia/Pendrive, Data Show, Duplicador a Álcool, Acesso à Internet: Esses equipamentos estão em boas condições e respondem à prática pedagógica. O conteúdo de vídeos, DVD’s, os programas da TV Escola, outros programas, acesso à Internet e músicas, os aparelhos de retro-projetor e mimeógrafo são utilizados na escola respeitando a diversidade 18 humana e a igualdade entre todos. Os membros da comunidade (alunos, pais, professores, funcionários,etc.), têm acesso a esses equipamentos. QUANTO À ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS: Procuramos organizar as turmas de forma heterogênea, pois acreditamos que é na diversidade que se efetiva a construção do conhecimento, respeitando o que prevê a LDB nos dispositivos da lei n.9.394/96 (art. 23). PERFIL DA POPULAÇÃO ATENDIDA PELA ESCOLA A comunidade atendida pelo Colégio é bastante diversificada tanto nas características sociais e econômicas, quanto culturais e educacionais. Fala-se em características sociais e econômicas quando se constata que o público assistido pela instituição pertence a diferentes classes sociais, que vão desde as classes menos favorecidas economicamente até as classes mais abastadas do município. Percebe-se também as diferentes estruturas familiares que caracterizam a clientela do colégio, parte dos alunos moram com os avós, ou só com um dos genitores, o que interfere diretamente na vida do educando, considerando-se a infância e a adolescência como momentos cruciais na formação humana. Outro fator relevante que influencia indiretamente no trabalho pedagógico é o fato dos responsáveis, não terem condições de acompanhar a vida escolar dos educandos, fazendo com que a escola se sinta a principal responsável pela educação afetiva, cognitiva e moral dos mesmos, e isso é uma questão séria, pois a instituição não tem condições de realizar um trabalho eficiente sem o auxilio da família. Quanto às características culturais e educacionais, refere-se a alunos oriundos de diferentes regiões do município, incluindo aí alunos do espaço rural, com habilidades e necessidades relativas a conhecimento de sua realidade diferente de um aluno do espaço urbano; ressalta-se também a diversidade, quanto ao grau de escolaridade dos responsáveis pelos alunos havendo um percentual considerável de pais analfabetos e com baixa escolaridade, bem como alguns com Ensino Superior. Essa diversidade sem dúvida constitui numa riqueza para o trabalho pedagógico, muito embora os docentes e equipe pedagógica encontrem em 19 momentos de suas práticas, dificuldades em contemplar um campo tão diverso, visto que muitos são frutos de uma prática pedagógica homogeneizadora, que se procura superar através de estudos contínuos. Na questão de trabalho também há uma diversidade grande, com uma parcela considerável de familiares desempregados ou em subempregos, muitos são agricultores ou donos do seu próprio negócio. O curso profissionalizante (Formação de Docentes) apresenta algumas dificuldades importantes. Os alunos não apresentam uma dificuldade de aprendizagem muito alarmante. Algo realmente difícil para a realidade deles está em conciliar trabalho e estudo, pois a grande maioria enfrenta uma jornada de trabalho que muitas vezes não permite que cheguem no horário previsto para início das aulas. Outra dificuldade é conseguir tempo para fazer os trabalhos que os professores solicitam, sendo necessário que seja dado um certo tempo para realizá-los em sala de aula. A escola oferece uma vasta bibliografia para pesquisa, bem como um laboratório de informática com internet o que favorece para um melhor desempenho no processo de aprendizagem dos alunos. O Curso de Formação, ofertado no Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola trata-se de um curso integrado a nível médio na modalidade normal. Diante destas informações enfatizamos que um ensino de qualidade para todos é um dos princípios norteadores da prática educativa, previsto na Constituição Federal, na LDB 9394/96 e nas Diretrizes Curriculares, e que no Colégio a aprendizagem de qualidade tem sido um compromisso de todos. O meio de se verificar a aprendizagem é a avaliação, esta se dá de diferentes formas, através de testes escritos, trabalhos, apresentações e debates, estes instrumentos demonstram o quanto e o quê os educandos aprenderam e o professor quantifica essa aprendizagem através de números. As notas, a avaliação através da observação dos professores e a auto-avaliação dos alunos são os indicadores de aprendizagem. A formação continuada dos profissionais desta instituição não se restringe aos cursos oferecidos pela Secretaria de Estado da Educação, além da formação continuada oferecida pela SEED, (Grupos de Estudos, Semana Pedagógica, PDE) muitos funcionários tem formação a nível superior e pós-graduação, bem como participam do Curso Profuncionário. 20 Nas relações de trabalho percebe-se que uma quantia considerável dos profissionais são muito comprometidos, em se tratando de professores nota-se grande criatividade e dinamismo, a que oferecem ao processo de ensino aprendizagem, por outro lado percebe-se a dificuldade em relação a domínio da turma por parte de alguns professores o que impulsiona o problema de indisciplina. A metodologia de trabalho utilizada pelos docentes varia de professor para professor, bem como de disciplina para disciplina. Percebe-se que alguns professores procuram variar suas práticas em sala de aula visando a motivação do aluno para a aprendizagem, incrementando com rodas de leitura, teatros, jogos, atividades práticas, enquanto que outros preferem usar sempre as mesmas estratégias, ás vezes usando o livro didático como o único instrumento de trabalho. Em relação vislumbrando em aos sua funcionários, prática nota-se educativa, a que são superação comprometidos de obstáculos historicamente construídos na relação entre professores e funcionários. A qualidade da educação passa necessariamente pela construção coletiva e pela valorização pessoal e profissional de todos os agentes educativos (professores, funcionários, pais e alunos). Assim percebe-se que a participação nos encontros de formação continuada é um fator relevante no crescimento pessoal e profissional, sendo que muitos já concluíram o curso de formação continuada (PROFUNCIONÁRIO) e a atuação como educadores está cada vez mais presentes em suas ações e práticas educativas. O Grêmio Estudantil que também estava desativado, já está sendo reorganizado. Acreditamos que uma maior formação faz-se necessária para que o grupo desenvolva com afinco todas as suas possibilidades de ação. Observa-se que a participação dos pais é relativamente boa em termos de presença em reuniões quando são convidados ou convocados, porém percebe-se que a presença dos mesmos acontece de forma passiva por grande maioria, a presença voluntária de pais que comparecem à escola e procuram acompanhar seus filhos é muito pequena. Todo o direcionamento de um trabalho é influenciado por uma série de fatores que facilitam ou dificultam o desenvolvimento das mesmas, principalmente 21 no que se refere a organização de horas atividades por disciplina, o que acreditamos ser uma oportunidade para troca de experiências entre professores da mesma disciplina, não ser por vontade dos profissionais, mas pela necessidade do professor ter aulas em mais de uma escola ou até mesmo a carga horária ou deslocamento dos profissionais não aconteceu a contento as horas atividades no colégio, entendemos que isso vem prejudicar o processo de construção do conhecimento, pois o professor ficou de certa forma quase sozinho, pois até mesmo a participação do professor pedagogo em acompanhar e trocar idéias com os professores ficou quase impossível. O Pré Conselho (realizado com alunos e com professores), o Conselho de Classe (direção, equipe pedagógica e professores) e o Pós Conselho de Classe (equipe pedagógica, professores e pais), são realizados bimestralmente, para verificar o andamento do processo ensino-aprendizagem. Percebe-se que o maior objetivo dessas ações, é o de avaliar a prática desenvolvida, tendo como ponto de partida os resultados apresentados e buscar coletivamente encaminhamentos que venham de encontro com as necessidades apresentadas. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR: O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola -EFMN utiliza o modelo seriado para organizar o seu tempo escolar. Não existe um critério definido para a organização das turmas. RELAÇÃO AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM O processo avaliativo ocorre de forma em que expressa a aprendizagem do aluno, avaliando também as ações desenvolvidas pelo professor, a avaliação está a serviço da aprendizagem, para o aluno verificar os avanços, para o professor refletir sobre suas ações desenvolvidas e tanto para o aluno quanto para o professor retomar os conteúdos caso a aprendizagem não tenha ocorrido. O professor utiliza-se de instrumentos de avaliação, de acordo com a especificidade de cada disciplina, e segue a proposta de avaliação contida no regimento interno para verificar quais conhecimentos o aluno já apropriou, e garantir recuperação daqueles dos quais ainda não possui domínio. 22 COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS A comunicação dos resultados acontece bimestralmente, onde os pais são convocados a comparecem na escola para pegar os boletins, bem como os trabalhos e avaliações feitas pelos alunos no decorrer do bimestre, as quais ficam arquivadas para acompanhamento dos pais ou responsáveis. A família também é comunicada quando se faz necessário para encaminhamento do aluno para sala de recursos, projetos desenvolvidos pela escola, faltas, problemas de indisciplina ou baixo rendimento escolar e outras necessidades que possam ocorrer. A fim de promover um ensino de qualidade, contemplamos em nosso Projeto Político Pedagógico: A DIVERSIDADE NA ESCOLA E O RECONHECIMENTO DO MULTICULTURALISMO Discutir a escola e a diversidade cultural significa compreendê-la na ótica da cultura, sob um olhar mais denso, que leva em conta a dimensão do dinamismo, do fazer-se cotidiano, levado a efeito por homens e mulheres, trabalhadores e trabalhadoras, diversas raças, adultos e adolescentes, enfim alunos e professores, seres humanos concretos, sujeitos sociais e históricos, presentes na história. Pensar a escola na sua dimensão sócio-cultural implica, assim, resgatar o papel dos sujeitos na trama social que constitui, enquanto instituição. Portanto quando falamos em diversidade estamos falando em aceitar a heterogeneidade em nossa sala de aula e não podemos nos referir respeito da mesma sem citarmos o multiculturalismo, portanto o nosso currículo deverá se constituir numa fonte de valores que permite aos educandos uma participação política mais ativa, na medida em que começam a experimentar o sentido de se adotar posturas que tem como base a solidariedade, e a mobilização coletiva, combatendo uma visão etnocêntrica valorizando um complexo de modos de viver e trabalhar, enfrentando também o desafio de manter o equilíbrio entre a cultura local, regional, própria de um grupo social com suas diversidades, e uma cultura universal, patrimônio hoje da humanidade. Sendo assim, adotaremos procedimentos que remetem à compreensão e culminem a revisão de nossas práticas pedagógicas, pois a escola priorizará os valores que permitem aos 23 educandos uma participação política mais ativa, com o reconhecimento às relações sociais em suas especificidades, pois a democracia e a cidadania fundamentam-se no respeito à diversidade e originalidade. INCLUSÃO A inclusão educacional requer uma revolução de paradigmas. Não significa apenas colocar pessoas com necessidades especiais num lugar em que não costumavam estar, não mais perceber a deficiência e sim, suas possibilidades de superação, significa rever a função social da escola. Inclusão significa dar oportunidades diferentes, considerando a semelhança de direitos e a capacitação da cidadania. Sendo assim, o processo de inclusão educacional exige planejamento mudanças sistêmicas político-administrativas na gestão educacional, que envolvem desde a alocação de recursos governamentais até a flexibilização curricular que ocorre em sala de aula. O mundo necessita urgentemente de cidadãos éticos, dotados de espírito crítico e cooperativo, qualidades que só brotam do convívio com a diversidade, além disso sabemos que a inclusão escolar de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste apenas em sua permanência física junto aos demais educandos, portanto consideramos de suma importância implementarmos no Projeto Político- Pedagógico o compromisso de nossa escola com uma educação de qualidade para todos os alunos, favorecendo a acessibilidade, a flexibilização curricular, a adoção de adaptações curriculares, que caracterizam sua opção por práticas heterogêneas e inclusivas, sabendo que nossa realidade não condiz com sonho de uma escola inclusiva. Falta uma transformação no espaço físico da escola e um melhor preparo da Comunidade Escolar. EDUCAÇÃO DO CAMPO Ao contemplarmos a Educação do Campo em nosso Projeto Político – Pedagógico consideramos importante salientar que valorizar a cultura dos povos do campo significa criar vínculos com a comunidade, gerando um sentimento de 24 pertença de onde se vive. Isto possibilita a criação de uma identidade cultural que leve o aluno a compreender o mundo e transformá-lo. Para que estas ações se concretizem é necessário repensar a organização dos saberes escolares, isto é, os conteúdos a serem trabalhados e as formas de encaminhamento metodológico, utilizando alternativas de como encaminhá-las. Ainda há que se considerar toda a dinâmica da vida do campo com seus ciclos produtivos, período de pesca e turismo, épocas de chuva, entre outros, que devem ser considerados na elaboração do calendário escolar, evitando assim, a evasão ou um número excessivo de falta de alunos em determinados períodos do ano. A valorização do campo nas propostas educacionais depende de cada um de nós. As questões do campo podem ser compreendidas mediante a atitude coletiva e de indagação sobre a trajetória da institucionalização dos tempos escolares e da escola como lugar de aquisição do conhecimento. A superação de uma realidade pressupõe conhecimento e apreensão dos elementos que a compõem, portanto, capacidade de argumentação. Para concluir, a educação do campo só tem sentido quando pensada atrelada à questão agrária que a muito inquieta os trabalhadores de todos os campos. CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA A educação constitui-se um dos principais ativos e mecanismos de transformação de um povo e é papel da escola, de forma democrática e comprometida com a promoção do ser humano na sua integralidade, estimular a formação de valores, hábitos e comportamentos que respeitem as diferenças e as características próprias de grupos e minorias. Assim, a educação é essencial no processo de formação de qualquer sociedade e abre caminhos para a ampliação da cidadania de um povo. A obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos currículos da Educação Básica trata-se de decisão política, com fortes repercussões pedagógicas, inclusive na formação de professores. Com esta medida, reconhece-se que, além de garantir cotas sociais nos bancos escolares, é preciso valorizar devidamente a história e cultura de seu povo, 25 buscando reparar danos, que se repetem a cinco séculos, à sua identidade e a seus direitos. A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro- brasileira e africana não se restringe à população negra, ao contrário, diz respeito a todos os brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática. Combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e racial, empreender reeducação das relações étnico-raciais não são tarefas exclusivas da escola. As formas de discriminação de qualquer natureza não têm o seu nascedouro na escola, porém o racismo, as desigualdades e as discriminações correntes na sociedade perpassam por ela. Constatamos que, para que nossa escola, desempenhe a contento o papel de educar, é necessário que se constitua em espaço democrático de produção e divulgação de conhecimentos e de posturas que visa a uma sociedade justa. Sendo assim, sabemos que a escola tem papel preponderante para a eliminação das discriminações e para emancipação dos grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhecimentos científicos, a registros culturais diferenciados, à conquista de racionalidade que rege as relações sociais e raciais, a conhecimentos avançados, indispensáveis para consolidação e concerto das nações como espaços democráticos e igualitários. Assim sendo, a educação das relações étnico-raciais impõe aprendizagens entre brancos e negros, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto conjunto para construção de uma sociedade justa, igual, equânime. Para obter êxito, nossa escola e professores não podem improvisar. Temos que desfazer a mentalidade racista e discriminadora secular, superando o etnocentrismo europeu, reestruturando relações étnico-raciais e sociais, desalienando processos pedagógicos. Isto não pode ficar reduzido a palavras e a raciocínios desvinculados da experiência de ser inferiorizados vivida pelos negros, tão pouco das baixas classificações que lhes são atribuídas nas escalas de desigualdades sociais, econômicas, educativas e políticas. 26 EDUCAÇÃO FISCAL A principal característica desse início de século é a velocidade das mudanças que ocorrem em todas as áreas: econômicas, sociais, culturais, tecnológicas, institucionais e do capital humano. Podem-se identificar alguns fenômenos mundiais responsáveis pela aceleração dessas transformações que impactaram de forma profunda a economia e as sociedades: globalização, abertura do mercado, transnacionalização da produção, consciência ecológica, reconhecimento dos direitos humanos e aprimoramento da cidadania. Desta forma para que haja mudança de comportamento na sociedade, com despertar da consciência de cidadania, é necessária uma ação educativa permanente e sistemática, voltada para o desenvolvimento de hábitos, atitudes e valores. A Educação Fiscal é um trabalho de sensibilização da sociedade para a função socioeconômica do tributo. Nesta função, o aspecto econômico, refere-se a otimização da receita pública, e o aspecto social, diz respeito à aplicação dos recursos em benefício da população. A proposta deixa de lado, portanto, o objetivo imediato de aumento da arrecadação, passando a focalizar o interesse social. O Programa Nacional de Educação Fiscal tem escopo muito amplo; busca o entendimento, pelo cidadão, da necessidade e da função social do tributo, assim como dos aspectos relativos à administração dos recursos públicos. Com o envolvimento do cidadão no acompanhamento da qualidade e dos gastos públicos, estabelece-se controle social sobre o desempenho dos administradores públicos e asseguram-se melhores resultados sociais. O aumento da cumplicidade do cidadão em relação às finanças públicas torna mais harmônica sua relação com o estado. Este é o estágio de convivência desejável e esperado. Desta maneira a implementação do Programa Nacional de Educação Fiscal deverá ocorrer de forma contextualizada contemplada em todas as disciplinas na forma de projetos. 27 TECNOLOGIA NO COTIDIANO ESCOLAR “As tecnologias invadem nosso cotidiano”. Essa é uma das frases mais utilizadas hoje em dia para se referir aos equipamentos com os quais lidamos nas atividades rotineiras. Pensadores contemporâneos e a mídia em geral afirmam que vivemos em uma sociedade tecnológica. Essas referências encaminham para um pensamento a oposição entre a nossa natureza humana e a “máquina”, forma concreta com que a tecnologia é reconhecida. A democratização do acesso aos novos produtos tecnológicos, como computadores e Internet, é um desafio para a sociedade atual, que demanda esforços e mudanças nas esferas econômicas e educacionais. Para que todos possam ter informações e utilizar de modo confortável as novas tecnologias, é preciso um grande esforço educacional. Como elas estão em permanente evolução, a aprendizagem contínua é consequência natural do momento social e tecnológico que se vive, a ponto de poder se afirmar que essa é uma “sociedade da aprendizagem”. Diante dessa realidade, o papel do professor também se altera. Em nossa escola muitos professores já sentiram que precisam mudar sua maneira de ensinar – querem se adaptar ao ritmo e as exigências educacionais dos novos tempos e anseiam por oferecer um ensino de qualidade, adequado às novas exigências e profissionais. Colocam-se como mestres e aprendizes, com a expectativa de que por meio da interação estabelecida na comunicação didática com os alunos, a aprendizagem aconteça para ambos. É bom lembrar que as dificuldades relativas à mudança são inerentes a qualquer sistema permanente- indivíduos, grupos ou organizações. Ao longo do funcionamento de uma organização escolar surgem e cristalizam-se estruturas de poder e focos de cultura que resistem a mudanças, principalmente tecnológicas. Sabemos que o uso das tecnologias trará vários benefícios para o trabalho pedagógico com o aluno, sendo assim a partir da visão dos processos mais gerais do contexto escolar, o gestor pode se utilizar do conflito estabelecido para potencializar um momento de aprendizagem coletiva de forma colaborativa. Ou seja, pode ser um agente de promoção da aprendizagem organizacional. 28 INTEGRAÇÃO COMUNIDADE E ESCOLA No Brasil, a própria Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) determinam a participação dos pais para a efetivação do processo da gestão democrática nas escolas. Entretanto, mais do que o cumprimento de uma determinação legal, a busca pelo fortalecimento dessa parceria colaborativa se apresenta, no atual contexto social, como um dos poucos caminhos viáveis para que as escolas e famílias consigam superar as dificuldades que vêm enfrentando na educação de seus filhos/alunos. Pode-se assim traduzir a busca pela promoção de uma parceria permanente entre família e escola como um esforço com interesses mútuos envolvidos – um caminho de colaboração de mão dupla. Para que isto aconteça o passo mais importante é que a escola seja receptiva e convidativa a todas as famílias. É necessário que haja um elo de ligação por meio de encontros e reuniões periódicas e atividades que envolvam os mesmos. A participação de todos no processo decisório das políticas educacionais é de grande relevância para se promover o sucesso das ações escolares. Na perspectiva da escola há atualmente um reconhecimento de que a educação de uma criança ou adolescente é tarefa árdua e complexa que requer um esforço conjunto com a família; e já não se concebe, como há alguns anos, a transferência de responsabilidade ou atribuição de culpa pelo fracasso nesta tarefa da escola para a família, ou da família para a escola. 29 6. ATO CONCEITUAL O Marco Conceitual tem como objetivo deixar claro para a comunidade escolar quais são as concepções da escola. O que a instituição escolar tem como princípio, qual educação, qual homem e qual sociedade tem o objetivo de construir. A escola precisa ter essas informações claras, pois toda ação dentro do processo ensino-aprendizagem deve ter como objetivo o que queremos construir. CONCEPÇÃO FILOSÓFICA Em Reunião Pedagógica, o coletivo do Colégio Santo Inácio de LoyolaEFMN, refletiu sobre as grandes Linhas Filosóficas existentes O Liberalismo e o Materialismo Histórico. Concluíram que diante da sociedade atual e das necessidades existentes, o Materialismo Histórico vem de encontro com o que almejamos para o modelo de sociedade que queremos construir e também para a escola que sonhamos. A metodologia que vem de encontro com essa concepção, é a histórico- crítica, que parte de uma prática social existente, de conhecimentos do senso comum, a problematiza utilizando conceitos científicos que serão buscados coletivamente, tendo como resultado final uma nova prática social, que não será o ponto final do processo ensino/aprendizagem, mas o ponto inicial de uma nova problematização. A seguir vamos expor o que se entende por homem, Educação, conhecimento, trabalho e avaliação dentro da concepção escolhida. CONCEPÇÃO DE HOMEM É importante considerarmos o homem não somente como natural, mas um ser social e principalmente histórico capaz de agir na natureza transformando-a pelo seu trabalho. Segundo Santoro, o homem “... é aquele que na sua convivência coletiva, compreende suas condições existenciais transcende-as e reorganiza-as, superando a condição de objeto, caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva”. 30 Por esta razão devemos compreender o homem em suas relações, pois é através delas que se constrói sua existência material. De acordo com Paro (2004,) é na existência material que o homem produz conhecimentos, técnicas, valores,comportamentos,atitudes bem como acumula saberes produzidos historicamente. Todavia no relacionamento que o homem estabelece com o seu semelhante e com a natureza, não deve fugir do caráter humano, prevalecendo a solidariedade, a cooperação, o respeito a individualidade, á liberdade, evitando qualquer relação de dominação, pois essa seria a negação da condição humana. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola EFMN entende a educação como uma prática social, uma atividade específica dos homens. “Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é ele próprio, um processo de trabalho.” (SAVIANI, 1992, p. 19). Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem, que dela necessita para constituir-se e transformar a realidade. Portanto o colégio compreende que pode realizar um projeto de sociedade, trabalhando pela democratização desta sociedade com seus determinantes e condicionantes e pela sua transformação política, social e econômica. Numa perspectiva Progressista Histórico-Crítica a educação deve ser responsável pela apropriação do saber universal, pela socialização do saber elaborado às camadas populares. Assim deve-se entender a apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social e atuação crítica e democrática para a transformação desta realidade contribuindo para diminuir a seletividade social. Tendo em vista a desigualdade social, este estabelecimento tem como visão diminuir essas desigualdades através do acesso e permanência a todos os alunos à escola, inclusive os portadores de necessidades especiais. “Educação é 31 um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é ela própria, um processo de trabalho”.(SAVIANI, 1992, p.19) CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO Compreende-se que o conhecimento é produzido nas relações sociais mediadas pelo trabalho, sendo assim, tem-se claro que o conhecimento não ocorre individualmente e por acaso. Ele acontece no social gerando mudanças internas e externas ao cidadão e nas relações sociais, nas ações intencionais do homem nas suas práticas sociais. Segundo Leonardo Boff: “Conhecer implica pois, fazer uma experiência e a partir dela ganhar consciência e capacidade de conceptualização. O ato de conhecer, portanto, representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do conhecimento em ação. (2000, p.82). CONCEPÇÃO DE TRABALHO O trabalho deve ser entendido como uma ação transformadora do homem sobre a natureza, modifica também a maneira de pensar agir e sentir de modo que nunca permanecemos os mesmos ao fim de uma atividade, qualquer que ela seja. É nesse sentido que dizemos que pelo trabalho o homem se auto produz e ao mesmo tempo, que produz sua própria cultura. CONCEPÇÃO ENSINO/APRENDIZAGEM A metodologia que vem de encontro com a concepção filosófica da escola e que precisa ser consolidada pelos professores do Ensino Fundamental, Médio e Normal é a Histórico Crítica valorizando os conhecimentos prévios que os alunos tem sobre os assuntos abordados. Em consonância com esse conhecimento são trabalhados conhecimentos historicamente construídos pela humanidade, através de aulas expositivas, pesquisas, relatórios, seminários, confecção de materiais, 32 transformando o conhecimento antes baseado no senso comum em conhecimento cientifico. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO Avaliar é uma atividade complexa e requer especial atenção, reflexão e tomada de decisão consciente e legal. Precisa ser entendida como ajuste de conduta durante o processo de ensino aprendizagem. Cabe ao professor reavaliar sua prática de trabalho constantemente, verificando assim se a aprendizagem de todos está sendo garantida, ao aluno fazer uma tomada de consciência e saber dos seus avanços e que caminhos tomar para superar suas dificuldades, á escola perceber onde precisa investir para que o conhecimento se concretize. “Há que se distinguir, inicialmente, ‘avaliação’ e ‘nota’, avaliação é um processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar obstáculos.”(Vasconcellos 2005, p. 33). Nesse sentido a avaliação se distancia da função classificatória e passa a assumir a função emancipadora, e desse modo orientar todo o processo de ensino aprendizagem. Entendendo a avaliação dessa maneira o Colégio tem como proposta que a mesma garanta igualdade de oportunidade e aprendizagem a todos, utilizando-se da avaliação diagnóstica, contínua e formativa. A avaliação Diagnostica tem dois objetivos básicos: identificar os conhecimentos do aluno e adequar ao nível de aprendizagem. A partir do momento que o professor está ciente do que o seu aluno realmente sabe, ou o que ainda não aprendeu, tem condições de planejar, organizar o seu trabalho tendo como base os conhecimentos prévios do aluno. A avaliação formativa é um meio pedagógico que contribui para o desenvolvimento das capacidades melhorando a aprendizagem do aluno e a qualidade do ensino. Quando se opta por esta modalidade de avaliação pode-se fazer uso de várias técnicas e métodos como auto-avaliação, observação 33 sistemática por parte dos professores, trabalhos em grupo, avaliação escrita, relatórios e debates que permitirão recolher dados relativos aos vários domínios da aprendizagem que revelam os conhecimentos adquiridos, as capacidades e atitudes desenvolvidas. A Avaliação Formativa é a forma de avaliação em que a preocupação central reside em coletar dados para reorientação do processo de ensino-aprendizagem. Trata-se de uma "bússola orientadora" do processo de ensino-aprendizagem. A avaliação formativa não deve assim exprimir-se através de uma nota, mas sim por meio de dados concretos. A avaliação contínua precisa fazer parte do planejamento diário do professor: o que nos coloca que ela deve ser realizada sempre que possível em situações normais, evitando a exclusividade da rotina artificial das situações de provas, na qual o aluno é medido somente naquela situação específica, abandonando-se tudo aquilo que foi realizado em sala de aula antes da prova. A observação, registrada, é de grande ajuda para o professor na realização de um processo de avaliação contínua. A avaliação emancipadora, encerra a compreensão de que esta é mais uma etapa do processo de aprendizagem. Avaliar é diagnosticar a realidade, verificar o que foi aprendido e a partir desta constatação “tomar uma decisão”, ou seja repensar a prática pedagógica para que o educando possa efetivamente atingir as aprendizagens necessárias para o seu desenvolvimento. Assim a avaliação é um processo que emancipa alunos e professores, todos precisam ser avaliados e avaliar seus processos e comprometerem-se na busca para superar as dificuldades encontradas no percurso de aprender e ensinar. Na avaliação do aluno deverão ser considerados os resultados durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma. A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.A recuperação de estudos darse-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. 34 A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado insuficiente. A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressas em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). PRINCÍPIO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA E INSTRUMENTOS DE AÇÃO COLEGIADA CONCEPÇÃO DE GESTÃO A gestão da escola é entendida como um ato político, pois implica sempre uma tomada de posição dos participantes no processo educativo. Mas também estamos, através da prática da gestão, mostrando que modelos de sociedade defendem e têm como objetivo construir. Se defendermos uma sociedade democrática e participativa, é necessário que o modelo de gestão da escola rompa com os modelos de administração empresarial e busque no dia-a-dia, nas relações, a construção de uma Gestão Democrática participativa. Segundo Vitor Paro (1997) quando falamos “gestão democrática da escola” parece já estar necessariamente implícita a participação da população em tal processo, no entanto observamos como essa participação é limitada. O autor ainda afirma que a participação da comunidade na escola, como todo processo democrático se faz ao caminhar, e podemos acrescentar que os instrumentos de ação colegiada devem ser a estrada para esse caminhar. A gestão democrática para efetivar-se nas práticas dentro da escola, além de primar pela participação da comunidade nas decisões de âmbito pedagógico e administrativo, também deve, segundo PARO (1997), romper com práticas autoritárias no processo de ensino/aprendizagem. Diante dos princípios de gestão democrática, o aluno deve ser afirmado constantemente como sujeito do ato de aprender, e não responsabilizado pelo seu fracasso escolar. Por esta razão, a escola, que tem como princípio a gestão 35 democrática, deve garantir o acesso, a permanência e qualidade do processo educacional para todos os alunos que a frequentam. Para isso, é necessário a efetiva participação das instâncias colegiadas. A seguir estaremos expondo as atividades e objetivos de cada instância colegiada dentro da instituição escolar. CONSELHO ESCOLAR Entendemos que o Conselho Escolar é um órgão colegiado composto por representantes da comunidade escolar e local, que tem como atribuição deliberar sobre questões políticos-pedagógicas, administrativas, financeiras, no âmbito da escola. Cabe ao Conselho, também, analisar as ações a empreender e os meios a utilizar para o cumprimento das finalidades da escola, possibilitando a participação social e promovendo a gestão democrática. Conselho Escolar deve atuar na escola como sustentáculo do Projeto Político Pedagógico e também na sua construção e avaliação constante. Além disso, o Conselho Escolar deve contribuir decisivamente para a criação de um novo cotidiano escolar, no qual a escola e comunidade se identificam no enfrentamento não só dos desafios escolares imediatos, mas dos graves problemas sociais vividos na realidade brasileira. É importante destacar que o Conselho Escolar deve desenvolver na escola as seguintes funções: Deliberativas: Quando decidem sobre o Projeto Político Pedagógico e outros assuntos da escola, aprovam encaminhamentos de problemas, garantem a elaboração de normas internas e o cumprimento das normas dos sistemas de ensino e decidem sobre a organização e o funcionamento geral das escolas, propondo à direção as ações a serem desenvolvidas. Devem participar da elaboração das normas internas da escola sobre questões referentes ao seu funcionamento nos aspectos pedagógicos, administrativo ou financeiro. Consultivas: Pois tem um caráter de assessoramento, analisando as questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola e apresentando sugestões ou soluções, que poderão ou não ser acatadas pela direção escolar. 36 Fiscais: Devem acompanhar a execução das ações pedagógicas, principalmente no que se refere ao Projeto Político Pedagógico. Também as ações administrativas e financeiras, avaliando e garantindo o cumprimento das normas da escola e qualidade social do cotidiano escolar. Mobilizadoras: No sentido de promover a participação, de forma integrada, dos segmentos representativos da escola e da comunidade local em diversas atividades, contribuindo assim para a efetivação da democracia participativa e para a melhoria da qualidade social da educação. APMF – ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS A APMF (pessoa jurídica de direito privado) é um órgão de representação dos pais, mestres e funcionários do estabelecimento de ensino, não tendo caráter político-partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos. Tem como objetivo segundo estatuto, discutir no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de aprimoramento de ensino e integração da família – escola – comunidade, enviando sugestões, em consonância com o Projeto Político Pedagógico, para apreciação do Conselho Escolar e Equipepedagógica- administrativa. Essa instituição também deve prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-lhes melhores condições de trabalho, e integração dos segmentos da sociedade organizada. Discutindo a política educacional, visando sempre a realidade da comunidade para proporcionar oportunidades ao educando em participar do processo como um todo, incentivar sua participação em grêmio estudantil e ainda, promover o entrosamento entre pais, alunos, professores, funcionários e toda a comunidade escolar. A APMF deve gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem repassados através de convênios, conforme prioridades estabelecidas em coletividade e também, colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas instalações. Sobre as demais atribuições da APMF deve-se verificar o estatuto da APMF do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola EFMN. 37 GRÊMIO ESTUDANTIL O movimento estudantil historicamente teve e tem uma função social importantíssima para a democratização da sociedade (Diretas Já, Impeachment...) e também para a democratização da escola. A participação do Corpo Discente, representados pela Instituição Grêmio Estudantil, deve garantir autonomia e espaço de atuação direta nas decisões em relação a defesa dos interesses individuais e coletivos dos alunos do Colégio, lutando pela democracia permanente na escola, através do direito de participação nos fóruns internos de deliberação da Escola. Além disso, o grêmio poderá contribuir para a promoção em relação à cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos no trabalho escolar buscando seus aprimoramentos. Poderá também, buscar intercâmbios e colaboração de caráter cultural e educacional com outras instituições de caráter educacional, e estar em contato com entidades como: UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas e UPES (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas). ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR Art. 19 - Compete ao diretor (a) : I – cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor; II – coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar; III - coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da Educação; IV – implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino em observância as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais; V- Coordenar a elaboração do plano de ação do estabelecimento de ensino e submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar; VI - convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente; 38 VII - elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a comunidade e colocando em edital público; VIII - prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho Escolar e fixando em edital público; IX - coordenar a construção coletiva do regimento escolar, em consonância com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e após encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação; X – garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos da administração estadual; XI - encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar; XII – elaborar o calendário escolar de acordo com às orientações da mantenedora e submeter à apreciação do Conselho Escolar, encaminhando ao NRE para homologação; XIII - assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividades estabelecidos; XIV – promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógica- administrativa no âmbito escolar; XV- propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela escola, propondo abertura ou fechamento de cursos; XVI - analisar os regulamento internos e encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação; XVII - presidir o Conselho de Classe , dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente; XVIII – definir horário e escalas de trabalho da equipe técnicoadministrativa e equipe auxiliar operacional; XIX - criar processos de integração da escola com a comunidade; XX – solicitar ao NRE, suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED; 39 XXI – participar com o(s) pedagogo(s) da análise e definição de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; XXII – cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e epidemiológica; XXIII – assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino; XXIV– cumprir e fazer cumprir o disposto no presente regimento escolar; XXV– Cabe à Direção do estabelecimento viabilizar ao educando a preparação básica para o trabalho e a cidadania para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores. Desta forma contribuir dando subsídios para a educação profissional; ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR AUXILIAR Art.20 – Compete ao Diretor Auxiliar assessorar o Diretor em todas as suas atribuições e substituí-lo na sua falta ou por algum impedimento. ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE PEDAGÓGICA Art. 33- A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e implementação no estabelecimento de ensino das diretrizes pedagógicas definidas no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a Política Educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação. Art.34 - A equipe pedagógica, mencionada no artigo anterior, é composta por professor graduado em Pedagogia, conforme Artigo 5º, § 4º da Lei Complementar nº 103/2004, que dispõe sobre o Plano de Carreira do Professor da Rede Estadual Básica do Paraná. Art.35 - Compete a Equipe Pedagógica: 40 I - coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do projeto político-pedagógico e do plano de ação do estabelecimento de ensino; II - orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico numa perspectiva democrática; III - participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho pedagógico escolar no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar; IV - coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica da escola, a partir das políticas educacionais da SEED/PR e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais; V - orientar o processo de elaboração dos planejamentos de ensino junto ao coletivo de professores da escola; VI - promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando a elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos; VII - participar da elaboração do projeto de formação continuada dos profissionais da escola, que tenham como finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar; VIII - atuar, junto ao coletivo de professores, na elaboração de planos de recuperação de estudos, a partir das necessidades de aprendizagem identificadas em sala de aula; IX - organizar a realização dos conselhos de classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino; X- coordenar a elaboração de propostas de intervenção decorrentes dos resultados do conselho de classe; XI - subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores da escola, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates, oficinas pedagógicas; XII - organizar a hora-atividade dos professores da escola, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de reflexão-ação sobre o processo pedagógico desenvolvido em sala de aula; 41 XIII – proceder a análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear um processo de reflexão sobre os mesmos, junto à comunidade escolar, com vistas à promover a aprendizagem de todos os alunos; XIV- coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar da escola, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar; XV- participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento, subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar; XVI- coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didáticopedagógico, a partir do projeto político-pedagógico do estabelecimento de ensino; XVII- participar da organização pedagógica da biblioteca da escola, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e projetos de incentivo à leitura; XVIII- propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e sua participação nos diversos momentos e órgãos Colegiados da escola; XIX- coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma; XX - coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do projeto político-pedagógico do estabelecimento de ensino, na definição e distribuição do horário semanal das aulas e disciplinas; XXI - coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas a partir de critérios legais, pedagógico-didáticos e da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; XXII - promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social; XXIII- coordenar a análise de projetos a serem inseridos no projeto político-pedagógico do estabelecimento de ensino; XXIV- acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino; XXV- participar na elaboração do regulamento de uso dos espaços pedagógicos; 42 XXVI- orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e dos processos de classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial; XXVII- organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno; XXVIII- organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos profissionais do estabelecimento de ensino; XIX - coordenar e acompanhar o processo de avaliação educacional no contexto escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário. XXX- acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando contato com a família com o intuito de promover ações que visem o desenvolvimento integral, inclusive na sala de recursos, e atividades extra-escolares; XXXI - acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e encaminhando para os órgãos competentes quando necessário; XXXII- acionar serviços de proteção à criança e adolescente, sempre que houver necessidade de encaminhamentos; XXXIII - acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no processo de integração e inclusão na escola; XXXIV- manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados , dos alunos com necessidades educativas especiais, para intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando a articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial e Ensino Regular; XXXV- assessorar a direção da escola em questões disciplinares com alunos, professores e funcionários; XXXVI- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; 43 XXXVII - acompanhar as coordenações do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade Normal. ATRIBUIÇÕES DAS COORDENAÇÕES DO CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES Art. 36 – Na Educação profissional (Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na Modalidade Normal) as coordenações Pedagógicas atendem as seguintes especificidades: I - Coordenação do Curso; II - Coordenação de Estágio Supervisionado ( Prática de Formação). ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR DO CURSO Art.37- Cabe ao Coordenador do Curso na Educação Profissional: I - orientar os professores quanto à elaboração da proposta pedagógica, plano de curso, e a articulação da mesma com a prática social e o mundo do trabalho, mediada pelos conteúdos relativos a sua área de atuação; II -orientar os alunos quanto às dúvidas em relação a conteúdos, horários de aula, aproveitamento de estudos, etc. III -definir necessidades de materiais de consumo e de equipamentos de laboratório pertinentes a sua área de atuação; IV -controlar a necessidade de manutenção e/ou conserto de equipamentos danificados; V -supervisionar o cumprimento do horário das aulas para as turmas do curso sob sua coordenação; VI -analisar pedidos de aproveitamento de estudos e adaptações em conjunto com os professores e equipe pedagógica – administrativa; VII -acompanhar o plano de trabalho dos professores, quanto ao desenvolvimento dos conteúdos estabelecidos para a disciplina e carga horária; 44 VIII -providenciar e divulgar material didático necessário para o desenvolvimento do trabalho pedagógico; IX -coordenar reuniões sistemáticas com professores e técnicos da Unidade Didático-Pedagógica para a avaliação do processo de ensino e prática pedagógica; X- organizar grupos de estudos para aprofundar temas que contribuam para a atualização docente; XI- promover a articulação com a equipe pedagógica da escola para a discussão e avaliação do curso; XII- sugerir procedimentos metodológicos inovadores, acompanhando a evolução dos conhecimentos técnicos e tecnológicos, próprio do curso; XIII -acompanhar as atividades de estágio dos alunos em conjunto com a coordenação de estágio. ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR DE PRÁTICA DE FORMAÃO (ESTÁGIO) Art.38- Cabe ao Coordenador de Estágio na Educação Profissional: elaborar e coordenar o Plano de Estágio, segundo as orientações da Secretaria de Estado da Educação; acompanhar e coordenar o desenvolvimento do aluno no local de estágio; orientar os alunos estagiários quanto à importância da articulação dos conteúdos apreendidos com a prática, no local de estágio; acompanhar as atividades do(s) Professor(es) Orientador(es); organizar a Banca de Avaliação de Estágio; manter o coordenador do curso e os professores informados quanto ao processo de articulação teoria-prática; acompanhar as atividades de estágio dos alunos em conjunto com a coordenação de curso. ATRIBUIÇÕES DO CORPO DOCENTE 45 Art. 39– É constituída de professores regentes conforme Artigo 5º, § 1º da Lei Complementar nº 103/2004, que dispõe sobre o Plano de Carreira do Professor da Rede Estadual de Educação Básica do Paraná. Art. 40- Compete aos docentes: I – participar da elaboração e implementação do Projeto PolíticoPedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo Conselho Escolar; II - elaborar com a equipe pedagógica a proposta pedagógica do Estabelecimento de Ensino , em consonância com o projeto político-pedagógico e Diretrizes Curriculares Estaduais; III– participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros e materiais didáticos em consonância com o projeto político-pedagógico do estabelecimento de ensino; IV - desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do conhecimento pelo aluno; V - proceder a reposição dos conteúdos aos alunos, em casos de faltas, na forma da lei; VI- proceder a avaliação contínua, utilizando-se de instrumentos e formas diversificados de avaliação, previstos no projeto político-pedagógico do estabelecimento de ensino; VII– promover processo de recuperação paralela de estudos, para todos os alunos que demostrem necessidade, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do período letivo; VIII – proceder a avaliação educacional no contexto escolar, sob coordenação e acompanhamento do pedagogo, dos alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, com vistas ao encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário; IX– participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem; X - participar de reuniões, grupos de estudos, encontros, cursos, seminários e outros eventos, ofertados pela mantenedora e pelo próprio 46 estabelecimento de ensino, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional; XI - assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre outras; XII– contribuir para a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural, e as peculiaridades de cada aluno, no processo de ensino e aprendizagem; XIII – participar de reuniões e encontros com o professor de Serviços e Apoios Especializados, com a finalidade de realizar ajustes ou modificações no processo de intervenção educativa; XIV - manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho, com seus colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XV – estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação artística; XVI– participar ativamente dos Conselhos de Classe, na busca de alternativas pedagógicas que visem o aprimoramento do processo educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais serão registradas e assinadas em ata; XVII – propiciar ao aluno, formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico, visando o exercício consciente da cidadania; XVIIII - zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade a equipe pedagógica; XIX - cumprir o calendário escolar, ministrando os dias letivos, horas-aula e horas/atividades estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; XX– cumprir suas horas/atividades no âmbito escolar, dedicandoas a estudos e planejamentos de atividades docentes sob orientação da equipe pedagógica, conforme instrução normativa da SEED; 47 XXI – proceder os registros escolares de sua responsabilidade, conforme orientação da equipe pedagógica e secretaria escolar; XXII – participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade; XXIII – dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional e educativa; XXIV – participar com a equipe pedagógica da análise e definição de projetos a serem inseridos no projeto político-pedagógico do estabelecimento de ensino; XXV – comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinário que lhe forem atribuídas e as de extraordinário quando convocado; XXVI - exercer as demais atribuições decorrentes deste regimento e aquelas que concernem à especificidade de sua função. XXVII – executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora. ATRIBUIÇÕES DO CORPO DISCENTE Dos Direitos Art.183 – Constituem-se direitos dos alunos, com observância aos dispositivos constitucionais do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei Federal nº 8069/90 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN nº 9394/96 em vigor: I - tomar conhecimento das disposições deste Regimento Escolar, e do(s) Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino , no ato da matrícula; II - ter a garantia de que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função de efetivar o processo de construção e assimilação do conhecimento; III - ter assegurado o princípio constitucional de igualdade de condições para o acesso e permanência no estabelecimento de ensino; 48 IV - ser respeitado, sem qualquer forma de discriminação; V - solicitar orientação dos diversos setores do estabelecimento de ensino; VI - utilizar os serviços, as dependências escolares e os recursos materiais da escola, de acordo com as normas estabelecidas no Regulamento Interno; VII – participar das aulas e das demais atividades escolares; VIII – ter assegurada a prática da educação física facultativa nos casos previstos em lei. IX - ter ensino de qualidade ministrado por profissionais capacitados para o exercício de suas funções e atualizados em suas áreas de conhecimento; X – ter acesso a todos os conteúdos previstos na proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; XI - participar da elaboração, acompanhamento e avaliação do projeto político-pedagógico da escola e na definição de normas sócio educativas; XII - ser informado sobre o sistema de avaliação do estabelecimento de ensino; XIII - tomar conhecimento do seu aproveitamento escolar e de sua freqüência, no decorrer do processo de ensino e aprendizagem; XIV - solicitar revisão do aproveitamento escolar dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, a partir da divulgação do mesmo; XV - ter assegurado o direito a recuperação de estudos, no decorrer do ano letivo, mediante metodologias diferenciadas possibilitando sua aprendizagem; XVI – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer em primeira instância ao estabelecimento de ensino, em segundo ao NRE e em terceiro a SEED; XVII - requerer transferência ou cancelamento de matrícula por si, quando maior de idade, ou através do pai ou responsável, quando menor; XVIII - ter reposição das aulas quando da ausência do professor responsável pela disciplina; 49 XIX- sugerir, aos diversos setores de serviços do estabelecimento de ensino, medidas que viabilizem melhor funcionamento das atividades; XX- ter assegurado o direito de escolher e/ou ser escolhido representante no Conselho Escolar e na APMF; XXI - participar de associações e/ou organizar agremiações afins; XXII - fazer-se representar, através do aluno representante de turma, nas reuniões de Conselho de Classe; Art.183 –A A utilização do nome social de alunos(as) travestis ou transexuais está garantido, mediante solicitação por escrito, no ato da matrícula pelo Parecer 001/2009 do CEE e a Instrução Conjunta nº 02/2010 – SEED/SUED/DAE. Seção II Dos Deveres Art.184 - São deveres dos alunos: I - manter e promover relações de cooperação no ambiente escolar; II – realizar as tarefas escolares definidas pelos docentes; III - atender às determinações dos diversos setores do estabelecimento de ensino, nos respectivos âmbitos de competência; IV - participar de todas as atividades curriculares programadas e desenvolvidas pelo estabelecimento de ensino; V - cooperar na manutenção da higiene e na conservação das instalações escolares, responsabilizando-se por danos ao patrimônio da escola que vier a causar, comprovadamente ou de forma proposital; VI - cumprir as medidas disciplinares do estabelecimento de ensino; VII - providenciar e dispor, sempre que possível, do material solicitado e necessário ao desenvolvimento das atividades escolares; VIII - tratar com respeito e sem discriminação à professores, funcionários e colegas; 50 IX - comunicar aos pais ou responsáveis sobre reuniões, convocações e avisos gerais, sempre que lhe for solicitado; X - comparecer pontualmente às aulas e demais atividades escolares; XI - manter-se em sala durante o período das aulas; XII - apresentar os trabalhos e tarefas nas datas previstas; XIII - comunicar qualquer irregularidade de que tiver conhecimento ao setor competente; XIV – Justificar-se junto à equipe pedagógica ao entrar após o horário de início das aulas; XV- o aluno que faltar às aulas deverá apresentar justificativa dos pais ou responsáveis e/ou atestado médico; XVI- em caso de falta do aluno, com perda de atividades avaliativas, ele só terá direito a outra oportunidade mediante justificativa dos pais ou responsáveis, e/ou atestado médico; XVII - o aluno ficará responsável pelo zelo e devolução dos livros didáticos recebidos e os pertencentes ao acervo da biblioteca escolar; XVIII – observar os critérios estabelecidos na organização do horário semanal, deslocando-se para as atividades e locais determinados, dentro do prazo estabelecido para o seu deslocamento; XIX – respeitar o professor como autoridade máxima em sala de aula, observando as normas e critérios estabelecidos; XX - cumprir as disposições deste regimento escolar no que lhe couber. Seção III Das Proibições Art. 185 - É vedado: I - tomar atitudes que venham a prejudicar o processo pedagógico e o andamento das atividades escolares; II - ocupar-se durante o período de aula com atividades contrárias ao processo pedagógico; 51 III - retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino IV - trazer para o estabelecimento de ensino material de natureza estranha ao estudo; V - ausentar-se do estabelecimento de ensino sem prévia autorização do órgão competente; VI - receber, durante o período de aula, sem a prévia autorização do órgão competente, pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino VII - agredir fisicamente e/ou verbalmente colegas, professores e demais funcionários do estabelecimento de ensino VIII - expor colegas, funcionários, professores ou qualquer pessoa da comunidade a situações vexatórias; IX - entrar e sair da sala durante a aula, sem a prévia autorização do respectivo professor; X - utilizar-se de bebidas alcoólicas, cigarros ou qualquer tipo de drogas nas dependências do estabelecimento de ensino; XI – comparecer às aulas embriagado ou com sintomas de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas; XII – utilizar-se de celulares ligados em sala de aula; XIII – danificar os bens patrimoniais do estabelecimento de ensino ou de pertences de seus colegas, funcionários e professores; XIV - portar armas brancas ou de fogo, bem como instrumentos que possam colocar em risco a vida das pessoas; XV - não portar material que represente perigo para sua saúde, segurança e integridade física ou de outrem; XVI - ausentar-se do estabelecimento de ensino e da sala de aula sem autorização prévia; XVI - divulgar, por qualquer meio de publicidade, assuntos que envolvam direta ou indiretamente o nome da escola , sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar; 52 XVII - promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza sem a prévia autorização da direção. Seção IV Das Medidas Disciplinares Art.186 O aluno que deixar de cumprir ou transgredir de alguma forma as disposições contidas neste Regimento, ficará sujeito às seguintes medidas disciplinares: I - orientação disciplinar ; II- registro dos fatos ocorridos envolvendo o aluno, com assinatura; III - comunicado por escrito, com ciência e assinatura dos pais ou responsáveis, IV- convocação dos pais ou responsáveis, com registro e assinatura; V- esgotadas as possibilidades no âmbito do estabelecimento de ensino, encaminhar ao Conselho Tutelar, para a tomada de providências cabíveis. Parágrafo Único- Nos casos de recusa de assinatura dos registros, por parte da pessoa envolvida, as mesmas serão validadas por assinaturas de testemunhas. Art.187 - O aluno, bem como seus pais ou responsáveis têm pleno direito de defesa junto ao Conselho Escolar. § 1º O recurso pode ser requerido no prazo de 72 (setenta e duas) horas, dias úteis, a partir da comunicação dos resultados decisórios do Conselho Escolar. § 2º Os casos que ultrapassem os limites do Conselho Escolar deverão ser encaminhados ao Conselho Tutelar ou Ministério Público, nos moldes do artigo 13 do ECA. 53 Art.188- Todas as medidas disciplinares contidas neste regimento serão devidamente registradas em atas e apresentadas aos responsáveis e demais órgãos competentes para ciência das medidas tomadas. ATRIBUIÇÕES DOS AGENTES EDUCACIONAIS I E II DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DO CARGO DE AGENTE EDUCACIONAL I DO QUADRO DOS FUNCIONÁRIOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DO PARANÁ DENOMINAÇÃO DO CARGO: - AGENTE EDUCACIONAL I ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO: - MANUTENÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA ESCOLAR E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTTE - ALIMENTAÇÃO ESCOLAR - INTERAÇÃO COM O EDUCANDO REQUISITO DE ESCOLARIDADE PARA O INGRESSO - ENSINO FUNDAMENTAL COMPLETO. ATRIBUIÇÕES Zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente físico escolar; executar atividades de manutenção e limpeza, tais como: varrer, encerar, lavar salas, banheiros, corredores, pátios, quadras e outros espaços utilizados pelos estudantes, profissionais docentes e não docentes da educação, conforme a necessidade de cada espaço; lavar, passar e realizar pequenos consertos em roupas e materiais; utilizar aspirador ou similares e aplicar produtos para limpeza e conservação do mobiliário escolar; abastecer máquinas e 54 equipamentos, efetuando limpeza periódica para garantir a segurança e funcionamento dos equipamentos existentes na escola; efetuar serviços de embalagem, arrumação, remoção de mobiliário, garantindo acomodação necessária aos turnos existentes na escola; disponibilizar lixeiras em todos os espaços da escola, preferencialmente, garantindo a coleta seletiva de lixo, orientando os usuários – alunos ou outras pessoas que estejam na escola para tal; coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto; executar serviços internos e externos, conforme demanda apresentada pela escola; racionalizar o uso de produtos de limpeza, bem como zelar pelos materiais como vassouras, baldes, panos, espanadores, etc.; comunicar com antecedência à direção da escola sobre a falta de material de limpeza, para que a compra seja providenciada; abrir, fechar portas e janelas nos horários estabelecidos para tal, garantindo o bom andamento do estabelecimento de ensino e o cumprimento do horário de aulas ou outras atividades da escola; guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição, quando for o caso, ou deixar as chaves nos locais previamente estabelecidos; zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio, realizando rondas nas dependências da instituição, atentando para eventuais anormalidades, bem como identificando avarias nas instalações e solicitando, quando necessário, atendimento policial, do corpo de bombeiros, atendimento médico de emergência devendo, obrigatoriamente, comunicar as ocorrências à chefia imediata; controlar o movimento de pessoas nas dependências do estabelecimento de ensino, cooperando com a organização das atividades desenvolvidas na unidade escolar; encaminhar ou acompanhar o público aos diversos setores da escola, conforme necessidade; acompanhar os alunos em atividades extra classe quando solicitado; preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho; participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários ou outros encontros correlatos às funções exercidas ou sempre que convocado; agir como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção do ambiente físico , do meio-ambiente e do patrimônio escolar; efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas; preparar a alimentação escolar sólida e líquida observando os princípios de higiene, valorizando a cultura alimentar local, programando e diversificando a merenda escolar; responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação dos insumos recebidos para a preparação da 55 alimentação escolar; verificar a data de validade dos alimentos estocados, utilizando-os em data própria, a fim de evitar o desperdício e a inutilização dos mesmos; atuar como educador junto à comunidade escolar, mediando e dialogando sobre as questões de higiene, lixo e poluição, do uso da água como recurso natural esgotável, de forma a contribuir na construção de bons hábitos alimentares e ambientais; organizar espaços para distribuição da alimentação escolar e fazer a distribuição da mesma, incentivando os alunos a evitar o desperdício; acompanhar os educandos em atividades extracurriculares e extraclasse quando solicitado; realizar chamamento de emergência de médicos, bombeiros, policiais, quando necessário, comunicando o procedimento à chefia imediata; preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho; comunicar ao(à) diretor(a) , com antecedência, a falta de algum componente necessário à preparação da alimentação escolar, para que o mesmo seja adquirido; efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas. 56 DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DO CARGO DE AGENTE EDUCACIONAL II DO QUADRO DOS FUNCIONÁRIOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DO PARANÁ DENOMINAÇÃO DO CARGO: - AGENTE EDUCACIONAL II ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO: - ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR - OPERAÇÃO DE MULTIMEIOS ESCOLARES REQUISITO DE ESCOLARIDADE PARA O INGRESSO - ENSINO MÉDIO COMPLETO. ATRIBUIÇÕES Realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar onde trabalha; auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e tecnologia; manter em dia a escrituração escolar: boletins estatísticos; redigir e digitar documentos em geral e redigir e assinar atas; receber e expedir correspondências em geral, juntamente com a direção da escola; emitir e assinar, juntamente com o diretor, históricos e transferências escolares; classificar, protocolar e arquivar documentos; prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial; atender ao telefone; prestar orientações e esclarecimentos ao público em relação aos procedimentos e atividades desenvolvidas na unidade escolar; lavrar termos de abertura e encerramento de livros de escrituração; manter atualizados dados funcionais de profissionais docentes e não docentes do estabelecimento de ensino; manter atualizada lista telefônica com os números mais utilizados no contexto da escola; comunicar à direção fatos relevantes no dia-a-dia da escola; manter organizado e em local acessível o conjunto de legislação atinente ao estabelecimento de ensino; executar trabalho de mecanografia e de reprografia; 57 acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades extraclasse ou extracurriculares; participar de reuniões escolares sempre que necessário; participar de eventos de capacitação sempre que solicitado; manter organizado o material de expediente da escola; comunicar antecipadamente à direção sobre a falta de material de expediente para que os procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados; executar outras atividades correlatas às ora descritas; catalogar e registrar livros, fitas, DVD, fotos, textos, CD; registrar todo material didático existente na biblioteca, nos laboratórios de ciências e de informática; manter a organização da biblioteca, laboratório de ciências e informática; restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura; atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção do banco de dados; zelar pelo controle e conservação conservar, conforme dos documentos e equipamentos da Biblioteca; orientação do fabricante, materiais existentes nos laboratórios de informática e de ciências; reproduzir material didático através de cópias reprográficas ou arquivos de imagem e som em vídeos, “slides”, CD e DVD; registrar empréstimo de livros e materiais didáticos; organizar agenda para utilização de espaços de uso comum; zelar pelas boas condições de uso de televisores e outros aparelhos disponíveis nas salas de aula; zelar pelo bom uso de murais, auxiliando na sua organização, agir como educador, buscando a ampliação do conhecimento do educando, facilitada pelo uso dos recursos disponíveis na escola; quando solicitado; participar das capacitações propostas pela SEED ou outras de interesse da unidade escolar; decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos na prática escolar; executar outras atividades correlatas às ora descritas. A fim de promover um ensino de qualidade, contemplamos em nosso Projeto Político Pedagógico: PRINCÍPIOS DE INCLUSÃO E ADAPTAÇÃO CURRICULAR A escola pública de acordo com os princípios legais deve garantir não apenas a matrícula e a permanência do aluno na escola, mas sim garantir a 58 aprendizagem de todos independente das diferenças individuais inerentes a todo ser humano. Ocorre ai, um fenômeno chamado inclusão, dando ênfase ao absoluto respeito e reconhecimento as diferenças individuais, se demonstram tal respeito através de atendimento apropriado aos alunos com necessidades educacionais especiais nas instituições de ensino. Para CARVALHO (2000), é importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a pratica pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e participação. Com este objetivo, busca-se que o processo de inclusão educacional seja efetivo, assegurando o direito a igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa um modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades. Todos os educadores, das diferentes disciplinas devem garantir a flexibilização curricular e o atendimento pedagógico especializado para atender as necessidades educacionais especiais de seus alunos. PRINCÍPIOS DE EDUCAÇÃO DO CAMPO A Educação do Campo, mais do que uma política pública do estado do Paraná, é o resultado de uma luta histórica dos povos do campo representados pelos diferentes Movimentos Sociais, que tem como objetivo pensar a Educação do Campo como processo de construção de um Projeto de Educação dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo, ou seja, pensar o homem e a mulher do campo, o aluno e aluna como sujeitos concretos que se movimentam dentro de determinadas condições sociais de existência em um dado tempo histórico. E importante a escola ter claro, que quando se fala de educação do campo, não estamos falando de um modelo pedagógico, mas sim de uma construção coletiva de referências pedagógicas. Alguns aspectos são importantes para o trabalho desenvolvido na escola: • Socialização: Tarefa especifica da escola, pois a escola socializa a partir das práticas que desenvolve, pelo tipo de organização do trabalho pedagógico que 59 seus sujeitos vivenciam, pelas formas de participação que constituem seu cotidiano. Nesse ponto e importante a escola ter claro que socializar não e adequar os alunos num modelo de sociedade pré-estabelecida, mas compreender que e na escola que a criança experimenta, as relações sociais mais amplas, por isso a instituição escolar interfere diretamente na formação de valores do sujeito participante. Dessa maneira, se pensamos na construção de uma sociedade mais justa e democrática, é importante, que esses valores e princípios estejam presentes nas relações sociais dentro da escola. • Construção de uma visão de mundo: Segundo CALDART ( 2005), “ ajudar a construir uma visão de mundo significa em primeiro lugar, fazer o inventario das concepções que educandos e educadores carregam em si, significa também enraizar as pessoas na historia, para que se compreendam como parte de um processo histórico. Para que isso se cumpra, é necessário repensar a escolha dos conteúdos, de modo que não seja aleatório, mas dentro de uma estratégia mais ampla de formação humana. Um bom critério para a escolha dos conteúdos pode ser analisar em que medida o conteúdo escolhido se relaciona ou se constituem ferramentas para a construção de uma visão de mundo, um ideário de vida. Também se os conteúdos permitem aos educandos aprenderem como pensar sobre o que fazem, sobre o que estudam, sobre o que pensam. • Cultivo de Identidades: É papel da escola ajudar o aluno a construir uma identidade pessoal e coletiva. Saber quem e quais memórias, culturas, modo de vida e valores e a que grupo pertence, qual organização social. Para trabalhar bem o aspecto da identidade, segundo CALDART, é necessário considera três aspectos • Auto–estima: Questão importante para a educação do campo, já que em muitas comunidades camponesas existe um traço cultural de baixa auto-estima, frutos de processos de dominação e alienação cultural muito forte, que precisa ser superado em uma formação emancipatória dos sujeitos do campo. Para isso, além de todo um trabalho ligado a memória, a cultura, aos valores do grupo, é preciso pensar especialmente na postura dos professores, e também na transformação didática, do jeito de conduzir as atividades escolares • Memória e resistência cultural: Esse item trata especificamente de ajudar os educandos a valorizarem seu local de origem, a história de seus antepassados, 60 tendo uma visão crítica sobre ela, aprender do passado para saber projetar o futuro. Um bom jeito de trabalhar isso na escola, é, por exemplo, contar histórias que tenham a memória do grupo como referência, assim como trabalhar com diferentes linguagens artísticas que expressem a cultura camponesa e a coloquem em dialogo com outras culturas. • Militância Social: Quando falamos de militância, falamos em um sentido amplo, de engajamento em torno de grandes causas, ações pelo bem de outras pessoas, envolvimento em processos de transformação social, que também podem desembocar na militância política ou na participação direta em organizações, movimentos sociais, partidos políticos. Certamente a escola não consegue realizar por si mesma e isoladamente um tipo de aprendizado como este, mas se ela entrar neste movimento pedagógico e ajudar a construir este tipo de convicção e de sentimento, desde a infância, certamente prestara um grande serviço a humanidade, tão carente hoje de pessoas dispostas a solidariedade e a militância. É importante destacar, que esses são alguns indicativos de um trabalho que deve ser realizado com afinco e comprometimento pelos educadores e educadoras. Maiores informações podem ser encontradas no Caderno Temático Educação do Campo, Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo e outras bibliografias. DIVERSIDADE CULTURAL (CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA) Para Ana Lucia Valente (1999), o conhecimento da Diversidade das culturas existentes e o caminho necessário para a superação de conflitos ancorados na percepção das diferenças étnicas, raciais, de gênero, nacionais, visando a construção e consolidação de uma sociedade democrática. Em busca dessa sociedade mais justa e igualitária, o Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola EFMN tem como princípio norteador de sua prática pedagógica, o respeito à Diversidade Cultural. Alem de estar cumprindo com a Lei 10.639 – 2003, que estabelece a obrigatoriedade do trabalho, especificamente da cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica, com o objetivo de reconhecer, valorizar a identidade da cultura e da historia dos negros brasileiros, 61 permitindo o intercambio de aprendizagens, troca de experiências, quebra de desconfianças, projeto conjunto para a construção de uma sociedade mais igual. 7. ATO OPERACIONAL Buscando a melhoria da qualidade do ensino e do desenvolvimento pessoal dos educandos do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola EFMN, os membros integrantes da Comunidade Escolar, a partir da prática desenvolvida na elaboração do Projeto Político Pedagógico, analisa os dados coletados e propõe um plano de trabalho e encaminhamento das atividades da escola para um período indeterminado. Pode-se afirmar que o mesmo poderá sofrer modificações de acordo com as necessidades da escola, e as mudanças que possam vir ocorrer na sociedade e na política. A partir da análise da situação da escola sugere-se alguns projetos a curto e longo prazo que serão expostos a seguir bem como as linhas de ações as quais já foram fundamentadas teoricamente no marco conceitual, e que durante as discussões para a elaboração do Projeto Político Pedagógico foram pautadas como eixos norteadores da gestão escolar. ORGANIZAÇÃO E FINALIDADE DA GESTÃO Entendemos por gestão democrática a garantia de mecanismos e condições para que espaços de participação, partilhamento e descentralização do poder ocorram. A LDB dispõe que: Art.14 Os sistemas de Ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I – Participação dos profissionais da educação na elaboração do Projeto Político –Pedagógico da escola; II – Participação das comunidades escolar e local em Conselhos Escolares ou equivalentes. 62 Deste modo concluímos que a elaboração deste Projeto PolíticoPedagógico ocupa um papel central na construção de processos de participação e, portanto, na implementação de uma gestão democrática. Envolver os diversos segmentos na elaboração e no acompanhamento do projeto pedagógico constitui um grande desafio para construção da gestão democrática e participativa. Em nossa escola a direção procura compartilhar decisões envolvendo pais, alunos, professores, funcionários, os órgãos colegiados e outras pessoas da comunidade na administração escolar. O nosso Conselho Escolar participa orientando, opinando e decidindo sobre tudo o que tem a ver com a qualidade da escola, como a participação que tiveram na construção do Projeto PolíticoPedagógico e dos Planejamentos Anuais, sempre avaliando os resultados da administração e ajudando na busca de meios para solucionar os problemas administrativos e pedagógicos, decidindo sobre os investimentos prioritários. Mas não é só nos conselhos que a comunidade participa da escola. Reuniões pedagógicas, festas, exposições e apresentações dos alunos são momentos em que familiares, representantes de serviços públicos da região e associações locais estão sempre presentes. Como a democracia também se aprende na escola, a participação se estende a todos os alunos. Como cidadãos, eles têm direito de opinar sobre o que é melhor para eles e se organizar em colegiados próprios, como os grêmios. Por fim, é importante saber que, numa gestão democrática, é preciso lidar com conflitos e opiniões diferentes. O conflito faz parte da vida. Mas precisamos sempre dialogar com os que pensam diferente de nós e, juntos, negociar. Para direcionar este compartilhamento de decisões a escola possui o seu Plano de Ação e as atividades pedagógicas estão organizadas da seguinte maneira: INCLUSÃO A escola trabalha a questão da inclusão com muito esforço e responsabilidade, pois sabemos que inclusão escolar é um processo de perspectiva transformadora e de ajustes flexíveis. Sendo assim, nossa comunidade escolar procura lidar com as diferenças individuais. 63 Mantemos um trabalho de conscientização e acolhimento permanente, procurando sempre em reuniões e encontros com os pais, responsáveis, alunos, profissionais e funcionários mostrar que o desafio é que faz a diferença. Para alcançar tais objetivos é necessário um enfoque intersetorial e políticas de apoio que integrem áreas e fortaleça parcerias com os segmentos da saúde, formação social e trabalho, a fim de que sejam melhorados os aspectos globais que atuam sobre a aprendizagem dos alunos, garantindo as condições objetivas e subjetivas básicas de que os mesmos necessitam para aprender. Um outro grande pilar que a escola procura oportunizar é a construção de práticas mais inclusivas tais como: debates, estudos e reflexões por parte de todos os segmentos da escola com vistas à intervenção no fazer pedagógico. Os projetos implantados na escola têm feito com que o processo todo melhore e ocorra um crescimento natural dos valores colocados como necessários para que se realize a inclusão. Desta forma concluímos que todos os profissionais da educação são fundamentais na trama que constitui a rede que sustenta o processo inclusivo. EDUCAÇÃO DO CAMPO Como vimos anteriormente a afirmação do campo enquanto espaço de vida contribui para auto afirmação da identidade dos povos do campo, no sentido da valorização do seu trabalho, da sua história, da sua cultura, dos seus conhecimentos. Afim de compreender a educação a partir dessa diversidade presente no campo, a escola além de desenvolver projetos, realizará outra forma de trabalho que são temas geradores, que possibilitam uma articulação das diferentes disciplinas entre si e com a realidade do campo. Também deve-se observar as contribuições que o trabalho através da pesquisa - observação, experimentação, reflexão - oferece às práticas pedagógicas. Ir a “campo no campo”! Muitas vezes esquecemos de aproveitar a rica diversidade encontrada no entorno da escola, ficando apenas no espaço da sala de aula. Tendo em vista as considerações relatadas a valorização da cultura dos povos do campo é sem dúvida, o eixo central das Diretrizes Curriculares, sendo 64 assim caberá à nossa escola reconhecer a especificidade do campo e respeitar a sua diversidade sócio-cultural. CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA Para que a escola desempenhe a contento o papel de educar, é necessário que se constitua um espaço democrático de produção e divulgação de conhecimentos e de posturas que visam uma sociedade justa. A escola tem papel preponderante para eliminação das discriminações e para emancipação dos grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhecimentos científicos, a registros cultuais diferenciados, à conquista de racionalidade que rege as relações sociais e raciais, e a conhecimentos avançados. Pensando assim consideramos de suma importância desenvolvermos o Projeto “Reconhecimento e a Valorização da Diversidade Cultural”, o qual trata-se de um projeto interdisciplinar que visa promover oportunidades de diálogo e buscar formas de convivência e respeito mútuo, pois respeitar as diversidades é viver num país sem discriminação. O projeto será desenvolvido durante o ano letivo. EDUCAÇÃO FISCAL A educação é o processo pelo qual o individuo constrói o seu conhecimento, transformando-o em ações concretas, que evidenciarão o seu modo de ser. Os direitos que constituem a cidadania são sempre conquistas, resultado de um processo histórico no qual indivíduos, grupos e nações lutam para adquiri-los e fazê-los valer. A Educação Fiscal tem por missão "Conscientizar a sociedade, através da escola a respeito da função sócio-econômica do tributo. Além disso, busca o despertar do cidadão para acompanhar a aplicação dos recursos postos à disposição da Administração Pública, tendo em vista o benefício de toda a população". Propicia a participação do cidadão no funcionamento e aperfeiçoamento dos instrumentos de controles social e fiscal do Estado. O tributo é um instrumento que pode e deve ser utilizado para promover as mudanças e reduzir as desigualdades sociais. O cidadão, consciente da função social do 65 tributo como forma de redistribuição da Renda Nacional e elemento de justiça social, é capaz de participar do processo de arrecadação, aplicação e fiscalização do dinheiro público, transformando nossa realidade e diminuindo assim o foco de desigualdades sociais existentes. A Educação Fiscal será trabalhada no cotidiano escolar de acordo com a realidade brasileira através de projetos que serão desenvolvidos durante o ano letivo. TECNOLOGIA NO COTIDIANO ESCOLAR Sabemos que transformar a escola em um espaço de aprender a aprender passou a ser um dos grandes desafios para a educação desse novo século. Para isso, vale repensar nos modelos pedagógicos até então utilizados e acreditar em novos métodos com a integração das várias tecnologias, pois é inegável que a escola precisa acompanhar a evolução tecnológica e tirar o máximo de proveito dos benefícios que esta é capaz de proporcionar. Desta forma serão traçadas algumas estratégias a fim de viabilizar um trabalho contextualizado, o qual ocorrerá por meio de inúmeras ações, as quais estarão inseridas no projeto “Tecnologia ao Alcance de Todos”. Será desenvolvido durante o ano letivo. INTEGRAÇÃO COMUNIDADE E ESCOLA O lema de nossa escola é “Comunidade e Escola, a União que dá Certo”. Vale lembrar que o envolvimento da comunidade nas ações realizadas pela escola é muito importante, por isso faz-se necessário que todos os segmentos da mesma sejam convidados a participar, não somente aqueles mais atuantes no dia-a-dia. Para isso utilizamos algumas estratégias a fim de mobilizar pais, alunos, professores e funcionários para debates referentes à qualidade do desempenho educacional, tais como: cartas para os pais, faixa na frente da escola, divulgação de eventos no jornal ou na rádio local, parcerias efetivas entre família e escola (APMF), Conselhos Escolares, círculo de mães ou pais, trabalho voluntário de pais e mães, promoção de seminários, cursos e palestras para os pais e 66 realização de atividades culturais que envolvam a família e comunidade, como celebrações do Dia dos Pais e Dia das Mães, festas juninas, e outras. Para que estes trabalhos possam transcorrer bem com a participação de todos, divulgamos as atividades propostas, providenciamos com antecedência os materiais necessários e disponibilizamos um espaço para receber a todos. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR: O Calendário Escolar é um documento oficial da instituição educacional com a finalidade de estabelecer as atividades e ações a serem desenvolvidas no decorrer do ano letivo , nele contempla, o início das atividades escolares para os professores, início e término das aulas, formação continuada, planejamento, período de férias e recessos para alunos e professores, perfazendo 200 dias letivos. Art.154- O Calendário Escolar será elaborado, anualmente, pelo estabelecimento de ensino, apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar e após, enviado ao órgão competente para análise e homologação, ao final de cada ano letivo, anterior à sua vigência. Art.155- O calendário escolar atenderá ao disposto na legislação vigente, garantindo o mínimo de 200 (duzentos) dias letivos e de 800 (oitocentas) horas no ensino regular, e as normas emanadas pela Secretaria de Estado da Educação. ORGANIZAÇÃO DA HORA – ATIVIDADE A Hora-Atividade é o tempo reservado ao professor em exercício de docência, para estudos, avaliação e planejamento. Cabe à Equipe Pedagógica coordenar as atividades coletivas e acompanhar as atividades individuais a serem desenvolvidas, durante a hora – atividade. 67 Cabe à Direção além de outras tarefas o acompanhamento e informação à comunidade escolar da disponibilidade de horário de atendimento do professor aos alunos e pais. Cabe aos Professores, sob a orientação e coordenação da Equipe Pedagógica ou Direção do estabelecimento, planejar, executar e avaliar as ações a serem desenvolvidas durante o cumprimento da hora – atividade. A organização se dá da seguinte forma: Correção de atividades discentes; Estudos e reflexões a respeito de atividades que envolvam a elaboração e implementação de projetos e ações que visem a melhoria da qualidade de ensino; Atendimento de alunos, pais e outros assuntos da comunidade escolar. ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA Um dos principais desafios atuais de nossa escola é fazer com que as crianças e adolescentes nela permaneçam e consigam concluir os níveis de ensino em idade adequada, e que jovens e adultos também tenham os seus direitos educativos atendidos. Para que se tenha eficácia quanto ao acesso e permanência dos alunos no ambiente escolar, fazemos um levantamento e quem são os alunos que, na escola, apresentam maior dificuldade no processo de aprendizagem, quem são os mais faltosos, onde vivem, quais as suas dificuldades, quais são os que abandonaram ou se evadiram, procurando saber o motivo, o que estão fazendo, nos esforçamos tentando trazê-los de volta, utilizando Conselho Tutelar, as ações do Projeto Fica, tratando com cuidado e carinho todas as situações. Após os dados encontrados, a comunidade escolar verifica se o que aparece com mais freqüência como causa do abandono é a necessidade de trabalhar, a escola entra em contato com a Prefeitura e Câmara Municipal, solicitando por Programas de Bolsa Família que cheguem até aos que necessitam deste benefício e que se evadiram ou abandonaram a escola pelo motivo citado. Se há casos de trabalho infantil, procuramos o Conselho Tutelar ou o Poder Judiciário, pois isso é crime previsto em lei. Além disso, entre 7 e 14 anos 68 as crianças obrigatoriamente têm de frequentar a escolar. Se forem problemas de conflitos pessoais entre alunos, com professores etc., desenvolvemos a questão do diálogo e da negociação dentro da escola. Várias são as razões possíveis, por isso estamos sempre tentando identificar quais ações trarão bons resultados. CONSELHO DE CLASSE Entendemos Conselho de Classe como um órgão colegiado, que permite o debate permanente e a geração de idéias relativa a questões pertinentes ao processo ensino/aprendizagem. A Dimensão dos espaços coletivos é essencial para o estabelecimento de uma relação social transformadora e democrática. Segundo DALBEN (1995, p. 56) “Conselho de Classe é um dos poucos organismos na escola, talvez o único, que permite a discussão do trabalho pedagógico em sua especificidade, de forma espontânea e natural, já que discute o próprio resultado do aluno, a própria relação que tem sido estabelecida entre aluno, professor e conteúdo, no momento de análise e decisão para a tomada de novos rumos desse mesmo processo. É uma relação imediata, direta que orienta novas relações próximas e futuras”. Segundo Zilah (1994) o Conselho de Classe é uma instância colegiada contraditória, pois, é nesse espaço que as contradições e conflitos aparecem, além de reforçar uma estrutura de fragmentação e burocratização do processo do trabalho pedagógico. No entanto, quando busca superar essas limitações, assume um papel de preocupar-se com processos avaliativos capazes de reconfigurar o conhecimento, de rever as relações pedagógicas alternativas e contribuir para alterar a própria organização do trabalho pedagógico. 8. AVALIAÇÃO Dentro da perspectiva histórico-crítica as práticas avaliativas ocorrerão durante o transcorrer de todas as atividades e no momento da expressão prática da nova síntese para que o professor a confirme, retifique ou amplie. Neste momento a avaliação traduz o crescimento do aluno, que deve expressar como se apropriou do conteúdo, como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de concepção da realidade social, enfim como 69 passou da síncrese para a síntese. Para que avaliar? É uma pergunta que se faz no Colégio. Tudo o que fazemos na vida está em constante avaliação e ela deve verificar se os objetivos propostos estão ou não sendo atingidos. O erro mais comum que a escola incorre é fazer uso da avaliação como forma de punição. Logicamente sabe-se que o resultado de uma avaliação é consequência do aproveitamento das responsabilidades que os alunos e os professores devem ter no dia-a-dia da sala de aula e não com a finalidade de verificar o nível de aprendizagem escolar e do desempenho do aluno em determinado conteúdo e classificá-lo em termos de aprovação e reprovação. Assim, a avaliação na perspectiva da construção do conhecimento, deverá partir de duas premissas básicas: confiança na possibilidade de dos educandos construírem suas próprias verdades e a valorização de suas manifestações e interesses. O que avaliar? É outra questão que dever ser refletida no âmbito escolar, visto que o trabalho do professor deve ser de maneira a criar situações que busquem garantir aos alunos o desenvolvimento das capacidades necessárias à construção progressiva do conhecimento para uma atuação pautada por princípios da ética democrática; verificando seus avanços e suas dificuldades, orientando os mesmos sobre o que deverão fazer no seu processo de construção de aprendizagens. Como avaliar? Talvez esta seja a mais importante pergunta a ser feita, uma vez que os alunos podem e devem ser avaliados: - Através do acompanhamento do processo de desenvolvimento do aluno; - Por meio de uma observação fundamentada no conhecimento de suas etapas de desenvolvimento; - Registrando as manifestações dos alunos e dos aspectos significativos de seu desenvolvimento; - De modo coletivo e consensual, com consciência crítica e responsável de todos, sobre o cotidiano; - Através de portifólios; - Auto-avaliação. O quando avaliar? É uma questão que pode ser assim respondida: 70 A avaliação deveria (mas não é) ser feita a cada nova aula, a cada contato com os alunos, observando-se seu procedimento frente à problemas, suas tentativas de acerto e as saídas alternativas por ele encontradas. No entanto, para alcançar o êxito esperado, o professor deverá trabalhar com o número reduzido de alunos, porque precisa conhecê-los individualmente, para saber onde ele quer chegar e avaliar se está apto, se suas opções são sólidas e refletidas. Esta deve ser de forma diária e de todos as atividades trabalhadas para realimentação da aprendizagem e aproveitamento do tempo disponível, bem como servindo auto-avaliação para o próprio professor. Indicadores da Aprendizagem: A avaliação sendo um espaço caracterizado pela multiplicidade, tem a polissemia como um traço marcante das interações estabelecidas. Frequentemente a avaliação se fundamenta, segundo Esteban (1999, p.6), “na fragmentação do processo de ensino e aprendizagem e na classificação das respostas dos alunos a partir de um padrão predeterminado, relacionando a diferença ao erro e a semelhança ao acerto”. A avaliação escolar, nesta perspectiva excludente, silencia as pessoas, suas culturas e seus processos de construção de conhecimentos e, desvalorizando saberes, fortalece a hierarquia que está posta. Diante disso, o que se pretende no Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola-EFMN é a realização de uma prática avaliativa que coloque o diálogo no centro do processo de ensino e aprendizagem que jogue luz sobre as pontes que conectam os territórios artificialmente isolados, substituindo a interpretação unívoca, de natureza excludente que propõe a avaliação como um processo articulado pela distinção entre o erro e o acerto, por uma orientação dialógica, que pressupõe inclusão da multiplicidade de saberes, eliminando a classificação. Lei 9394/96 - Inciso V, traz que a verificação do rendimento escolar deverá observar os seguintes critérios: - Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. A Deliberação 007/99 do Conselho Estadual de Educação do Estado do Paraná também destaca que a avaliação deve representar: 71 - Instrumento de diagnóstico que permite ao professor interpretar dados do seu próprio trabalho, aperfeiçoar o processo, diagnosticar resultados e atribuir valor. - Acompanhamento do aluno em diversas situações de aprendizagem. - Um trabalho com técnicas e instrumentos diversificados. - Uma maneira de dar relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal sobre a memorização. - Uma forma contínua, permanente e cumulativa e perceber os avanços, retrocessos ou estagnação na aprendizagem dos alunos. Assim, o resultado final deve expressar a totalidade do aproveitamento escolar "tomado na sua melhor forma". Critérios de Promoção Para a promoção dos alunos ainda se faz uso das notas, mas atingidas nas mais diferentes modalidades de avaliação, tendo como média mínima por disciplina para aprovação o referencial 6,0 (seis). Isto após a apuração do rendimento final de aproveitamento (média 6,0) e frequência que deverá ser igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento). Periodicidade de Registro da Avaliação A periodicidade de registro da avaliação é bimestral, isto é, após a soma de todas as atividades realizadas pelos alunos. Resultado da Avaliação O resultado da avaliação é utilizado como forma de promover a reformulação do Currículo com adequação dos conteúdos e métodos e como possibilidade de novas alternativas para o planejamento do ensino, sempre visando a melhoria do processo ensino-aprendizagem. Encaminhamentos e Ações Concretas Após detectadas as dificuldades de aprendizagem por intermédio de conversas particulares com os professores, pelo Pré-Conselho e pelo Conselho de Classe e decididas as ações a serem tomadas, de imediato são chamados os pais para conversa com a Equipe Pedagógica e os professores, os alunos para conversa particular com a Equipe, são colocadas em prática as ações vislumbradas para melhoria da aprendizagem dos alunos. A Equipe Pedagógica também tem uma ficha para acompanhamento dos alunos que foram detectadas as dificuldades e sempre procura incentivá-los e 72 vislumbrar formas para sanar ou pelo menos minimizar o problema. Após todas estas medidas é realizado o Pós-Conselho. Planos de Avaliação Adaptação Curricular Para os alunos com dificuldades de aprendizagem e com necessidades educacionais especiais são realizadas adaptações curriculares para que estes possam aprender de uma forma diferenciada os mesmos conteúdos da turma. Dependência/Progressão Parcial A Dependência tornou-se uma forma de aprovação dos alunos, mas na realidade deixa muito a desejar, devido ao fato de que na referida escola, os alunos que ficam em Dependência são os advindos da zona rural e que apresentam sérias dificuldades com meios de transporte para que compareçam à escola em período contrário ao de suas aulas, não havendo aproveitamento de estudos pelo fato de tais alunos apenas fazerem trabalhos para conseguirem notas. Assim sendo, a visão sobre a dependência será mais ampla,pois trata-se antes de tudo, de questionar os procedimentos e critérios que a escola e professores adotam para a avaliação. Portanto, é chegado o momento da escola rever sua atuação e junto com os professores, numa forma coletiva, encontrar a solução para a situação levantada. Nesse sentido, muito mais importante que a Progressão Parcial é a Avaliação contínua e diagnóstica; a recuperação imediata, paralela. Os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem são analisados individualmente pelo Conselho de Classe, levando em consideração suas possibilidades e limitações. Classificação De acordo com a Deliberação nº 01/99 – CDE/SEED, a Classificação tem caráter pedagógico e exige as medidas administrativas que resguardem o direito dos alunos, das escolas e dos profissionais. Para isso no Colégio serão feitas avaliações diagnósticas documentadas pela Equipe Pedagógica ou pelo professor, comunicação ao aluno ou responsável para consentimento do 73 processo;organização de uma comissão para efetivação do mesmo; arquivo das atas,trabalhos, provas ou outros instrumentos avaliativos utilizados e registro dos resultados no histórico escolar do aluno. Reclassificação Conforme a Deliberação nº 01/99 – CDE/SEED, para a Reclassificação, o aluno deverá estar matriculado no estabelecimento de ensino, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudo compatível com sua experiência e desempenho, independentemente do que registre o seu histórico escolar. O resultado da reclassificação será registrado em ata, devendo integrar a Pasta Individual do aluno e ser registrado no Relatório Final e no seu Histórico Escolar. Avaliação Final No Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola não há uma avaliação final, devido ao fato de que os alunos são avaliados constantemente e recuperados de forma concomitante ao processo ensino-aprendizagem. Procedimento de Informações aos Pais Para informação aos pais sobre os resultados escolares dos alunos são adotadas como medidas: reuniões, conversas particulares, boletins informativos, etc. Mas vale salientar que tais medidas servem também para informar qualquer outro assunto de interesse dos mesmos. 9. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS: A proposta de recuperação de estudos deve incidir sobre a área de estudos e os conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado insuficiente, preferencialmente concomitante ao período letivo,constituindo-se um conjunto integrado ao processo de ensino além de se adequar às dificuldades dos alunos. A recuperação de estudos, portanto, tem por lógica pedagógica recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de avaliação. Ou seja, os diferentes instrumentos de avaliação serão vias para perceber os conteúdos que não foram apreendidos e que deverão ser retomados no processo de recuperação de estudos. 74 A recuperação ocorre de duas formas: 1. Pela retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação. 2. Pela reavaliação do conteúdo já "reexplicado" em sala de aula. A recuperação não precisa preceder cada instrumento, uma vez que todos os instrumentos serão usados metodologicamente como via de ensino e aprendizagem, portanto, de diagnóstico dos mesmos e não como fins de aferir valores. Cabe ao professor perceber, através destes, em que dimensões os conteúdos devem ser retomados e reavaliados. É preciso, assim, estabelecer estratégias de recuperação concomitante ao processo ensino-aprendizagem sempre que se constatar a necessidade da mesma para que o aluno atinja os objetivos propostos pelos professores no Plano de Trabalho Docente e se aproprie dos conteúdos necessários ao seu rendimento escolar. A recuperação, assim sendo, não recupera os instrumentos e sim os conteúdos, cujos instrumentos foram utilizados como via para aprender e como diagnóstico para autorregular o processo. O peso da recuperação de estudos deve ser proporcional aos valores das avaliações (como um todo), ou seja, se o processo vai de 0 a 100% de apreensão,diagnóstico e retomada dos conteúdos, a recuperação não é um "adendo" à nota, tem peso de 0 a 100%. Os alunos que se constatam dificuldades acentuadas na aprendizagem,são encaminhados à avaliação pedagógica e psicológica e, se for o caso, encaminhados à Sala de Recursos. Sendo assim, a recuperação de estudos é realizada de forma concomitante ao processo ensino-aprendizagem, sempre que se fizer necessário, sendo os alunos de 5ª série quando apresentarem dificuldade em Língua Portuguesa e Matemática, encaminhados à Sala de Recursos. 10. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL A qualidade da educação não é algo predefinido e sim um processo de construção que leva em conta as necessidades e objetivos do grupo social, isto é, 75 da comunidade imediata e dos valores sociais mais amplos, e é um compromisso institucional e pessoal com a democratização da educação. Portanto, a Avaliação Institucional interna constitui-se um processo sistemático de discussão permanente sobre as várias práticas vivenciadas na escola, intrínseco à construção da sua autonomia, já que fornece subsídios para a melhoria e o aperfeiçoamento da qualidade do seu trabalho. Essa autonomia não desvincula a escola das demais instâncias do sistema, uma vez que a Avaliação Institucional articula as demais avaliações, possibilitando uma leitura da totalidade das instituições e do sistema. A Avaliação Institucional externa e interna e externa são maneiras de estimular a melhoria do desempenho e de evitar que a rotina descaracterize os objetivos fundamentais. A avaliação institucional preocupa-se essencialmente com os resultados das ações educativas da escola, em particular, os relativos a ensinar e aprender. No Colégio traduz-se por um processo contínuo e aberto, no qual os setores da escola - pedagógicos e administrativos – refletem sobre seus modos de atuação e os resultados de suas atividades em busca da melhoria da escola como um todo. A Escola participa da Prova Brasil, do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que são avaliações para diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Têm o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. Também participa do ENEM e Olimpíadas de Português e Matemática Desta forma a Avaliação Institucional é utilizada em nossa escola a fim de auxiliar a compreensão da realidade escolar/educacional e mobilizar para mudanças necessárias e trazer subsídios para a política educacional, para a gestão escolar e para a prática pedagógica, contribuindo para melhoria da qualidade do ensino. DESEMPENHO DA ESCOLA NAS AVALIAÇÕES EXTERNAS 76 Em busca de uma educação de qualidade, o Ministério da Educação aplica o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) para que possamos encontrar juntos os caminhos da melhoria do quadro educacional do País, tendo como objetivo melhorar a qualidade do ensino nas escolas brasileiras. Como nossa escola também tem desafio e é responsável pela formação escolar das cidadãs e cidadãos brasileiros, preparamos, apoiamos e divulgamos o ENEM a todos os alunos. Nossos alunos têm obtido bons resultados no Exame Nacional do Ensino Médio. 11. FORMAÇÃO CONTINUADA A Escola tem por objetivo a formação integral do aluno, para que isto ocorra com sucesso, é fundamental que a mesma viabilize a Capacitação continuada de seus profissionais, para que os mesmos possam desta forma inovar suas práticas. Propiciar também momentos para estudos, a fim de debater temas educativos, disponibilizar a participação de professores e funcionários em eventos promovidos pela SEED , NRE e outras Instituições. Organizar palestras, seminários, painéis e oficinas com a participação dos pais, alunos, professores e conselheiros. Na Formação Continuada dos professores a SEED oferta: PDE – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL O Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, integrado às atividades da Formação Continuada em Educação – FOCO, disciplina a promoção do professor no Nível III da Carreira, conforme previsto no Plano de Carreira do Magistério Estadual, Lei Complementar nº 103, de 15 de março de 2004. O PDE objetiva a Formação Continuada do professor da rede pública estadual de ensino, para aprimorar a qualidade da Educação Básica no Estado, de acordo com as necessidades educacionais e socioculturais da comunidade escolar. 77 Sob a coordenação do professor orientador, contratado junto às IES, o professor aprovado para ingresso no PDE terá três tarefas principais: • Cumprir um programa de estudos definido pela SEED, em parceria com as Instituições de Ensino Superior – IES, inscrevendo-se em disciplinas acadêmicas e participando de simpósios, encontros e eventos de capacitação. • Acompanhar os grupos de professores formados na base do sistema, desenvolvendo com eles atividades previstas no Programa. Esse acompanhamento visa estabelecer diálogo sistemático com os grupos de grupos de professores da rede, reunidos em torno das áreas contempladas no Programa. • Produzir material didático-pedagógico como resultado da participação no PDE, de forma colaborativa com os grupos de professores da rede. Este trabalho será apresentado e defendido perante Banca Examinadora, sendo requisito fundamental para a obtenção da certificação do PDE. GRUPOS DE ESTUDOS Os grupos de estudos têm como objetivo propiciar subsídios teóricos e metodológicos para os professores aprofundarem seus conhecimentos e aprimorarem a prática pedagógica. Constituindo-se como tempo/espaço de formação continuada, os grupos de estudos do ensino médio trabalharão com a leitura, reflexão e discussão de idéias a partir de textos selecionados pelos técnicos pedagógicos das disciplinas com tradição curricular. De acordo com o artigo 17, da lei complementar nº 103/2003, o grupo de estudos tem como objetivos: • valorização do professor e a melhoria da qualidade do serviço público, com base no levantamento prévio das necessidades, de acordo com o processo de qualificação profissional da secretaria de estado da educação ou por solicitação dos professores, atendendo com prioridade a sua integração, atualização e aperfeiçoamento; • o processo de elaboração das diretrizes curriculares para o ensino médio e 78 implementação inicial das diretrizes curriculares para o ensino fundamental; • a necessidade de avaliar a implantação da reformulação curricular dos cursos de formação de docentes, na modalidade normal; • a necessidade de aperfeiçoamento contínuo do professor e atualização curricular, tendo em vista as implicações históricas sociais na contemporaneidade; • a importância do processo dialógico resultante do grupo de estudo, na medida em que as propostas de trabalho se articulam a partir de diferentes instâncias: escola, NRE, SEED e de estudos específicos nas diversas áreas de conhecimento bem como favorecem a troca e o registro de experiências significativas entre os profissionais da educação; • a necessidade de oportunizar a descentralização das atividades de formação continuada abrangendo, assim, um número maior de professores. 12. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO O estágio pode e deve permitir ao estagiário que as ações desnvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-versa, relacionandoas aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las a partir das relações de trabalho. Assim cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágio desenvolvidas pelo aluno, ainda que em via não presencial, para que este possa mediar a natureza do estágio e as contribuições do aluno estagiário com o plano de trabalho docente, de forma que os conhecimentos transmitidos sejam instrumentos para se compreender de que forma tais relações se estabelecem histórica, econômica, política, cultural e socialmente. Cabe ao pedagogo, também, manter os professores das turmas, cujos alunos desenvolvem atividades de estágio, informados sobre as atividades desenvolvidas, de modo que estes possam contribuir para esta relação práxica. 79 13. ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO FÓRUM DA AGENDA 21 ESCOLAR Através de dados levantados no Fórum da Agenda 21 Escolar, os eixos norteadores dos trabalhos são a ÁGUA e o LIXO que serão trabalhados da seguinte forma: PROBLEMAS E AÇÕES DA AGENDA 21 ESCOLAR EIXO NORTEADOR: Água PROBLEMA: Como concretizar o uso da caixa de captação de água da chuva do Município de Fênix? AÇÕES: Conscientizar as famílias sobre os benefícios financeiros desta forma de captação; Transformar em Lei e fazer com que a mesma entre em vigor; Cada morador construir pelo menos calhas (método barato) para coletar água; Realizar palestras com os alunos e seus familiares, de orientação quanto a qualidade, consumo e desperdício da água; Pesquisas sobre a forma como é feita a contaminação do lençol freático; Visitas à estação de tratamento de água, visita a uma fazenda para verificar a nascente de um rio para observar o sistema de armazenamentos de água da chuva; Leitura da conta de água, identificando cada um dos campos presentes e seus respectivos significados; Coletar dados sobre o consumo de água em diferentes países, bem como das reservas mundiais de água; Confecção de maquetes. EIXO NORTEADOR: Lixo PROBLEMA: Como iniciar no município a Coleta Seletiva do Lixo? AÇÕES: Criação de uma Lei; Conscientização da comunidade; 80 Fazer a separação do lixo; Prefeitura fazer a coleta com aterro sanitário; Estímulo por parte das autoridades; Palestras com o representante da EMATER da nossa comunidade; Passeatas; Confecção de cartazes; Pesquisas através da Internet, jornais, revistas sobre o tema abordado; Produção de Histórias em Quadrinhos pelos alunos, músicas; Trabalho de conscientização a toda a comunidade da seleção dos materiais recicláveis para facilitar a coleta; Coleta dos resíduos recicláveis e venda dos mesmos e a aplicação dos recursos na aquisição de materiais pedagógicos; Viagem aos alunos que colaboraram na coleta dos materiais recicláveis; Envio de ofício aos agricultores e comerciantes solicitando a doação de ferro-velho e outros materiais recicláveis; Participação de funcionários e professores como colaboradores das turmas; Controle de recebimento do material feito através de fichas contendo: série, turma, turno, nome dos alunos, data e o peso dos materiais coletados. VIVA A ESCOLA O Programa Viva a Escola visa a expansão de atividades pedagógicas realizadas na escola como complementação curricular, vinculadas ao Projeto Político Pedagógico, a fim de atender às especificidades da formação do aluno e de sua realidade. As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular têm os seguintes objetivos: • Dar condições para que os profissionais da educação, os educandos da Rede Pública Estadual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes atividades pedagógicas no estabelecimento de ensino no qual estão vinculados, além do turno escolar; • Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em atividades pedagógicas de seu interesse; 81 • Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar, fazendo a interação com colegas, professores e comunidade. O Programa compreende quatro núcleos de conhecimento: ExpressivoCorporal: esportes, jogos, brinquedos e brincadeiras, ginástica, lutas, teatros, danças; Científico-Cultural: história e memória, cultura regional, atividades literárias, artes visuais, músicas, investigação científica, divulgação científica e mídias. • Apoio à Aprendizagem: Centro de Línguas Estrangeiras Modernas; Sala de Apoio à Aprendizagem; Ciclo de Básico de Alfabetização; Sala de Recursos; Sala de Apoio da Educação Escolar Indígena; • Integração Comunidade e Escola: Fórum de estudos e Discussões; Preparatório para o Vestibular. O Projeto Viva a Escola do Colégio Santo Inácio de Loyola, contempla o teatro a fim de promover desta forma o ensino aprendizagem dos alunos. PROPOSTAS DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES CULTURAIS, SOCIAIS, AMBIENTAIS E CÍVICAS PARA O ANO DE 2011 Feira Cultural FACESI (Feira Arte Cultural do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola) Festival da Canção FERA COM CIÊNCIA (VOU PEGAR DA ESCOLA) Olimpíadas de Matemática, Física e Biologia Jogos Colegiais Maratonas Culturais Programa Viva Escola: Mídia (VOU PEGAR DA ESCOLA) CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas) SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS, ATIVIDADES RECREATIVAS, SOCIAIS E AMBIENTAIS 82 Drogas, tô fora!; Inclusão é responsabilidade de todos; Tecnologia ao alcance de todos: Reconhecimento e a valorização da diversidade cultural: Não basta ser pai, tem que participar; Folclore: Buscando resgatar a Identidade e Cultura do Povo Brasileiro; Em ação contra a evasão; Viajando pela leitura; Passeios Pedagógicos; Programa Saúde na escola; SOS Água Doce. Viajando no Túnel do Tempo EIXOS TEMÁTICOS Agenda 21, Ética e Cidadania, Educação Afro, Educação Fiscal, Educação do Campo, Meio Ambiente, Solidariedade, Paz, Direitos Humanos. OBJETIVOS DAS ATIVIDADES CULTURAIS, SOCIAIS, AMBIENTAIS E CÍVICAS Despertar o interesse dos alunos para temas sociais, ambientais e culturais Auxiliar o aluno na identificação e resolução de problemas, com uma visão ética e humanista; Incentivar a aprendizagem dos valores tendo como finalidades o desenvolvimento pleno do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o mundo, estimulando o desenvolvimento de atitudes necessárias para a vida em sociedade. CELEM O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental, Médio e Normal insere-se em um contexto social de uma comunidade com nível sócioeconômico variando de médio a baixo. A maioria dos pais e jovens trabalham no 83 corte de cana, uma das únicas possibilidades de emprego na região. As famílias demonstram ter preocupação com os valores morais e éticos desejando que seus filhos possam ser conscientizados sobre estas questões, como também almejam que tenham oportunidades diferentes de ensino/aprendizagem que eles não tiveram. A comunidade, devido à carência econômica e impossibilidades de acesso aos bens culturais, necessitam de oportunidades para a superação da desigualdade de acesso ao conhecimento, que é um aspecto relevante quando falamos de uma realidade tão excludente quanto à desta cidade. Os professores e funcionários da escola estão sempre em busca de formação, o que nem sempre é possível e, para eles o aprendizado de uma outra língua da comunidade global torna-se uma qualificação básica, tanto para sua carreira acadêmica quanto profissional. Nesta perspectiva pretende-se, ao oferecer o curso de Língua Espanhola, superar esta falta de oportunidade para educandos, professores, funcionários e membros da comunidade, bem como ampliar o universo de ofertas e possibilidades, oferecendo-lhes condições para que isso seja efetivado. Sendo assim, é importante destacar que o Ensino de Espanhol deve ser articulado a partir dos seguintes objetivos: - Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita; - Vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; - Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,passíveis de transformações na prática social; - Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; - Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país - Fazer uso da língua alvo em situações significativas e relevantes, de modo a promover a inclusão social do aluno na sociedade. 84 14. PLANO DE AÇÃO PLANO DE AÇÃO Tópicos Problemas levantados Discutidos Gestão Democrática Ações da escola Grêmio Estudantil- Pouca participação e desinteresse dos alunos - Formação do Grêmio Estudantil - Promover Período Responsável Fevereiro a Direção e março de Equipe 2011 Pedagógica atividades recreativas para os pais a - Falta da participação da família no cotidiano escolar; - - Evasão; -Prática Pedagógica indisciplina contribui para envolvê-los no Realizar um trabalho diferenciado; - Recuperação de Estudos; Pedagógico de cotidiano escolar; - - Inclusão; Projeto-Político fim (a o fracasso da prática pedagógica do professor). Rever a utilizando metodologia uma Pedagógica que Prática venha Durante o ano letivo Direção, Equipe Pedagógica atender a necessidade do e Professores aluno; - Usar positivamente as tecnologias e desenvolver projetos para combater a indisciplina. - Encontrar para alternativas solucionar os problemas de cada turma; - Para Recuperação de Regimento escolar - Recuperação de Estudos; - Ações Educativas, Pedagógicas e Disciplinares. Estudos novas Direção, buscaremos estratégias para atender as melhor dificuldades dos alunos e Durante Equipe Pedagógica o dentro das possibilidades ano letivo os mesmos atendidos e Professores serão na hora atividade do professor. Instâncias - Disponibilidade de horário. - Promover eventos em Durante 85 o Direção , Colegiadas: horários compatíveis. ano letivo Equipe APMF/ Conselho Pedagógica Escolar e Professores - Planejaremos da melhor Cumprimento do Calendário Escolar em dias letivos e horas- forma nossas atividades - Não encontramos dificuldades de em cumprir acordo com calendário calendário o escolar. Direção, o escolar Durante o ressaltando as datas em ano letivo destaque aula que Equipe Pedagógica e dizem Professores respeito à nossa cultura. - Utilizar meios que visem contribuir para a Direção, - Alguns pais não comparecem participação dos pais do Relação EscolaComunidade quando são requisitados pela cotidiano escola. escolar Durante (gincanas, o reuniões, ano letivo festividades escolares Equipe Pedagógica e e Professores outros). - As vezes não conseguimos desenvolver o que está proposto em nossa Proposta Pedagógica Curricular e em nosso Plano de Trabalho Docente, pois ainda estamos procurando Proposta Pedagógica Curricular/Plano de Trabalho Docente para encontrar trabalhar da meios melhor maneira a diversidade em sala de aula; indisciplina em e lidar a com falta a de - Trabalhar de maneira diferenciada inovar procurando a Prática Pedagógica, respeitando a Direção, diversidade encontrada em Durante sala de aula. o ano letivo Pedagógica e interesse dos alunos. Talvez a Professores falta de interesse ocorra por não estarmos utilizando Equipe uma metodologia adequada. - Apesar de termos consciência de que a mesma deva ser - Adotar estratégias que realizada de forma contínua e venham de encontro com a diagnóstica, muitas vezes nos realidade da turma; Direção, sentimos inseguros quanto às - Conscientizar aos pais estratégias Avaliação Escolar encontrar adequados utilizadas e de para que tenham os instrumentos compromisso que atendam mais com a aprendizagem dos filhos. diversidade. 86 a Equipe Durante ano letivo o Pedagógica e Professores - É um momento crucial para Conselho de Classe nossas refelxões. encontramos problemas atividade pois era um a hora fragmentada, isolamento da disciplina. Embora seja Recuperação realizada de a Estudos, Recuperação de consideramos que a mesma Estudos não buscando soluções. dificuldades, - forma em sempre refletir para buscar realizá-lo. havia de Não parcipativa, - No ano de 2007 encontramos Hora-Atividade Realizá-lo surte o efeito que desejamos. - Para 2008 proposta do temos NRE Direção e Durante o ano letivo a Direção e para Equipe realizarmos a mesma por Durante disciplina afim. Equipe Pedagógica o Pedagógica ano letivo - O aluno será atendido individualmente conforme Direção e a necessidade do mesmo no momento em que se Durante o fizer necessário; através ano letivo Equipe Pedagógica de metodologias variadas. - Tem trazido bons resultados, porém nem todos os alunos podem ser atentidos devido ao horário que a mesma funciona para atender a maior demanda Sala de Recursos de alunos, deste modo o horário não é oportuno para os alunos - Tentaremos resolver o problema dos alunos da zona rural através de parcerias com a prefeitura Durante o ano letivo Direção e Equipe Pedagógica do município. da zona rural. Registro e Acompanhamento de Alunos Incluídos - Os professores não têm formação adequada e não estão capacitados para trabalharem com os alunos inclusos. - Buscar meios para o aperfeiçoamento do trabalho pedagógico. Direção e Durante o ano letivo Equipe Pedagógica - As Reuniões Pedagógicas são satisfatórias, Reuniões Pedagógicas/ Semanas pedagógicas porém gostaríamos que Pedagógica fosse a Semana - Requisitar ao NRE e à Direção e ministrada SEED, palestrantes para a Equipe por um profissional para dar Semana de Capacitação. Durante palestras ano letivo e que a SEED o Pedagógica ofertasse cursos. - É no período noturno que - Desenvolver um Projeto encontramos o maior índice de contra Enfrentamento à Evasão a Evasão Direção , para Equipe evasão, pois os alunos são tentar resgatar os alunos trabalhadores e muitas vezes se evadidos e utilizar Durante ausentar para trabalharem em metodologias outras localidades. diferenciadas para que os 87 ano letivo o Pedagógica e Professores mesmos permaneçam. Direção , Jornadas Pedagógicas - A Jornada Pedagógica sempre - Reivindicar ao NRE Durante ocorreu de maneira satisfatória. vagas para professores. o ano letivo Equipe Pedagógica e Professores Direção , Grupos de Estudos - - Muito complexo; Requisitar revisão - Pontuação baixa. à SEED dos pontos destacados. Durante o ano letivo Equipe Pedagógica e Professores Direção , Simpósios/Seminá rios/Encontros/ Cursos - Poucas oportunidades para os professores (insuficiência Requisitar de revisão vagas). à SEED dos pontos destacados. Durante o ano letivo Equipe Pedagógica e Professores Direção , PDE/GTR - Não encontramos problemas. - Requisitar à SEED que o Durante PDE/GTR continue. o ano letivo Equipe Pedagógica e Professores - Encontramos dificuldades de Produção de Material (Folhas/OAC) Requisitar ao desenvolver os mesmos, são capacitação NRE Direção , para Equipe complexos e gostaríamos que desenvolver os mesmos e os mesmos não fossem que realizado no perído de aulas. a mesma seja realizada nas escolas. Durante o ano letivo Pedagógica e Professores - Tentaremos através de visitas - As Específicos da Escola com um encontramos representante da escola vezes dificuldades em fazer parcerias em Projetos de entidades localidades de de Direção , localidades, Equipe outras buscarmos parcerias com falta entidades diferentes das Durante e disponibilidade outras recursos existentes em o nosso ano letivo e Professores município e que venham financeiros. Pedagógica de encontro com nossos projetos. - Falta melhorias esportes. de recursos para quadra para - Requisitar recursos de financeiros para melhoria de nossa quadra de Semana Cultural e - Os alunos que participam dos esportes; Esportiva jogos colegiais não participam - Requisitar ao NRE a 88 Durante ano letivo o Direção e Equipe Pedagógica da Semana Cultural. possibilidade da Semana Cultural ser diferente em dos data Jogos Colegiais para que todos alunos participem. Programas Institucionais da SEED: FERA/ComCiênci - São programas ótimos, porém faltam recursos financeiros. Requisitar recursos Durante financeiros. o ano letivo Direção a/JOCOPs) Educação do Campo Necessitamos orientações e de materiais mais - Requisitar recursos de pedagógicos junto ao NRE apoio para trabalhar a mesma. e à SEED. Durante o ano letivo Direção e Equipe Pedagógica Desafios educacionais contemporâneos: educação ambiental, sexualidade, enfrentamento à - Não encontramos dificuldades violência nas nestes desafios, pois a escola escolas, tem desenvolvido projetos cujos prevenção ao uso resultados foram satisfatórios. indevido de Direção , - Continuaremos a realizar os referidos projetos de forma coletiva, tentando sempre inovar as Equipe Durante o Pedagógica, ano letivo Professores e metodologias aplicadas. Funcionários drogas, educação fiscal, História e Cultura Afrobrasileira e Africana Materiais e ambientes didáticopedagógicos: Laboratório de Informática/TV Paulo Freire, TV Pendrive, acervo - Falta um instrutor para o Laboratório de Informática; - Professores despreparados para trabalharem nos referidos ambientes. - Requisitar um profissional capacitado para atender às Durante o necessidades e sanar a ano letivo Direção dificuldades encontradas. da biblioteca, Livro Didático Público Recursos Financeiros: - Insuficiente - Requisitar ampliação dos Durante recursos financeiros. 89 ano letivo o Direção Fundo Rotativo/PDE A escola organizará seu currículo de forma a favorecer o desenvolvimento de valores e práticas democráticas onde tolerância, igualdade, equidade, responsabilidade e liberdade são imprescindíveis assim como uma Educação de qualidade para todos. Assim o reconhecimento e valorização da diversidade, como elemento enriquecedor do processo de ensino e aprendizagem, a valorização do processo sobre o produto da aprendizagem e enfoques curriculares, metodológicos e estratégias pedagógicas que possibilitam a construção coletiva do conhecimento serão fundamentais para a implementação do Plano de Ação de 2010. 15. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO A avaliação do PPP, realizar-se-á periodicamente visando não apenas o cumprimento das ações previstas, mas os resultados que poderão apresentar e a necessidade de novas ações, a fim de concretizar melhoria no processo de ensino aprendizagem no colégio, bem como a satisfação de professores, funcionários, pais e alunos, cuja intencionalidade prioriza garantir um Ensino público de qualidade conforme prevê a Lei de Diretrizes Base Educação. Acontecerá sempre que possível no coletivo da Escola considerando que a efetivação do PPP depende da participação de todos: professores equipe pedagógica, Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil. Deste modo ele nunca estará pronto e acabado pois, sendo flexível. estará sujeito a mudanças de acordo com a realidade da escola e do momento histórico vivenciado pela comunidade, pelo país ou pelo mundo. A avaliação do Projeto Político Pedagógico, sendo um processo democrático de decisões, levará sempre em consideração, por todas as instâncias envolvidas, se ele está instaurando uma forma de organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições, se contém opções explícitas na direção da superação de problemas no decorrer do trabalho 90 educativo, voltado à realidade desta comunidade. Sua construção, assim, será contínua, pois, enquanto produto é também processo, incorporando ambos numa interação possível. 91 16. REFERÊNCIAS ARCO-VERDE, Y. F. de S. Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Rede Pública Estadual de Ensino. Curitiba: SEED-PR, 2003-06. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9394/96. Brasília: MEC/SEF, 1997. ______. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais.Educação Básica. Brasília: Câmara da Educação Básica, 2008. ______. Resolução nº 305/2004 – SEED – Lei Estadual nº 13.807 de 30/09/2002. ______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – Introdução. Brasília: MEC/SEF, 1998. ______. APMF. Lei n. 8.069/90. Brasília: MEC/SEF, 1990. ______. Resolução nº 1 de 17/06/2004. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília: MEC/SEF, 2004. ______. Conselho Nacional de Educação - D.O.U., Seção I, 22/06/2004 ______. Como elaborar o Plano de Desenvolvimento da Escola: Aumentando desempenho da escola por meio de um planejamento eficaz. 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Assim a proposta foi organizada a partir de reuniões, grupos de estudo, reflexões individuais e coletivas acerca da prática nas diferentes disciplinas, as quais estão organizadas segundo a matriz curricular da escola e em consonância com os princípios das diretrizes curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do estado do Paraná. É com esta perspectiva que esta Proposta Curricular é apresentada. Ela consolida tanto a participação dos envolvidos nos debates e reflexões, quanto a própria prática de ensino e de trabalho pedagógico. A Proposta oferece alternativas que se assentam em uma Filosofia inovadora que procura equilibrar a teoria e a prática de forma a garantir uma compreensão dos conteúdos sistematizados mas trazendo-os para a realidade estrutural na qual vivem os diversos seguimentos da escola e os alunos. As reflexões acerca da proposta curricular articulam os conhecimentos a uma prática pedagógica comprometida com a concretização do processo ensinoaprendizagem com qualidade e para que esse processo se fundamente na formação humana partimos do princípio de que o homem é um ser de valores, que diferencia dos demais seres por sua capacidade de criar cultura e que cabe à escola possibilitar e contribuir em sua formação como cidadão crítico e inovador. Por isso esta proposta curricular tem perspectivas inclusivas e relações éticas e democráticas, contemplando os conteúdos estruturantes de cada disciplina e respeitando a diversidade, pois quando se trata de inclusão, entende-se que a escola tem que respeitar o direito constitucional da pessoa com necessidades educacionais especiais e de sua família na escolha da forma de educação que melhor se ajuste às suas necessidades, circunstâncias e aspirações, promovendo, dessa forma, um processo de inclusão responsável e cidadã. Deste modo, a escola regular deve estar preparada para receber o aluno com necessidades especiais. No que se refere à diversidade, os critérios utilizados 96 para seleção dos conteúdos foram os seguintes: a relevância sociocultural e política, considerando a necessidade e importância da atuação da escola em fornecer informações básicas que permitam conhecer a ampla diversidade sociocultural brasileira, a fim de divulgar as contribuições dessas diferentes culturas presentes em território nacional e eliminar conceitos errados, culturalmente disseminados, acerca de povos e grupos humanos que constituem o Brasil. Sendo assim, contemplou-se nesta Proposta Curricular a Educação do Campo, pois compreende-se que a partir da diversidade presente no campo, pode-se construir políticas públicas que assegurem o direito à igualdade com respeito as diferenças. Inclui-se também a Cultura-Afro, visando a adoção de políticas educacionais e de estratégias pedagógicas de valorização da diversidade, a fim de superar a desigualdade étnico-racial presente na educação , valorizar , divulgar e respeitar os processos históricos de resistência negra, desencadeados pelos africanos escravizados no Brasil e por seus descendentes na contemporaneidade, desde as formas individuais até as coletivas. Por ser uma proposta aberta sempre que se fizer necessário a escola e seu seguimentos deverão rever o que foi proposto para se acrescentar o que for necessário e também para modificar o que não estiver indo de encontro aos verdadeiros interesses e necessidades dos educandos. 97 NRE: 05 -CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0770 - FÊNIX ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná CURSO: 4000 – ENSINO FUND. 5/8 SER. TURNO: MANHà ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 – SIMULTÂNEA BASE NACIONAL COMUM PARTE DIVERSIFICADA MÓDULO: 40 SEMANAS Arte Ciências Educação Física Ensino Religioso * Geografia História Língua Portuguesa Matemática SUB – TOTAL 5ª série 2 3 3 1 3 3 4 4 22 6ª série 2 3 3 1 3 3 4 4 22 7ª série 2 3 3 0 3 4 4 4 23 8ª série 2 4 3 0 3 3 4 4 23 L.E.M – Inglês ** SUB – TOTAL 2 2 2 2 2 2 2 2 TOTAL GERAL 24 24 25 25 NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. * Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas. ** Idioma definido pelo estabelecimento de ensino. DATA DA EMISSÃO: 17 de outubro de 2006. 98 NRE: 05 -CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0770 - FÊNIX ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná CURSO: 4000 – ENSINO FUND. 5/8 SER. TURNO: TARDE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 – SIMULTÂNEA BASE NACIONAL COMUM PARTE DIVERSIFICADA MÓDULO: 40 SEMANAS Arte Ciências Educação Física Ensino Religioso * Geografia História Língua Portuguesa Matemática SUB – TOTAL 5ª série 2 3 3 1 3 3 4 4 22 6ª série 2 3 3 1 3 3 4 4 22 7ª série 2 3 3 0 3 4 4 4 23 8ª série 2 4 3 0 3 3 4 4 23 L.E.M – Inglês ** SUB – TOTAL 2 2 2 2 2 2 2 2 TOTAL GERAL 24 24 25 25 NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. * Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas. ** Idioma definido pelo estabelecimento de ensino. DATA DA EMISSÃO: 17 de outubro de 2006. 99 NRE: 05 -CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0770 - FÊNIX ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná CURSO: 4000 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHà ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 – SIMULTÂNEA BASE NACIONAL COMUM PARTE DIVERSIFICADA MÓDULO: 40 SEMANAS Arte Biologia Educação Física Filosofia Física Geografia História Língua Portuguesa Matemática Química Sociologia SUB – TOTAL 1ª série 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 2 23 2ª série 2 2 2 0 2 2 2 3 4 2 2 23 3ª série 0 2 2 2 3 2 2 4 4 2 0 23 L.E.M – Inglês * SUB – TOTAL 2 2 2 2 2 2 TOTAL GERAL 25 25 25 NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. * Idioma definido pelo estabelecimento de ensino. DATA DA EMISSÃO: 12 de dezembro de 2006. 100 NRE: 05 -CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0770 - FÊNIX ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná CURSO: 4000 – ENSINO MÉDIO TURNO: TARDE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA BASE NACIONAL COMUM PARTE DIVERSIFICADA MÓDULO: 40 SEMANAS Arte Biologia Educação Física Filosofia Física Geografia História Língua Portuguesa Matemática Química Sociologia SUB – TOTAL 1ª série 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 2 23 2ª série 2 2 2 0 2 2 2 3 4 2 2 23 3ª série 0 2 2 2 3 2 2 4 4 2 0 23 L.E.M – Inglês * SUB – TOTAL 2 2 2 2 2 2 TOTAL GERAL 25 25 25 NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. * Idioma definido pelo estabelecimento de ensino. DATA DA EMISSÃO: 12 de dezembro de 2006. 101 NRE: 05 -CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0770 - FÊNIX ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná CURSO: 4000 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA BASE NACIONAL COMUM PARTE DIVERSIFICADA MÓDULO: 40 SEMANAS Arte Biologia Educação Física Filosofia Física Geografia História Língua Portuguesa Matemática Química Sociologia SUB – TOTAL 1ª série 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 2 23 2ª série 2 2 2 0 2 2 2 3 4 2 2 23 3ª série 0 2 2 2 3 2 2 4 4 2 0 23 L.E.M – Inglês * SUB – TOTAL 2 2 2 2 2 2 TOTAL GERAL 25 25 25 NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. * Idioma definido pelo estabelecimento de ensino. DATA DA EMISSÃO: 12 de dezembro de 2006. 102 INTEGRADO CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUC. INF. E DOS ANOS INICIAIS DO ENS.FUND.NORMAL, EM NÍVEL MÉDIO Ano de Implantação: 2010 Turnos: Diurno e Noturno Módulo: 40 - Carga Horária Total = 4.800h Implantação GRADATIVA DISCIPLINAS BASE NACIONAL COMUM PD FORMAÇÃO ESPECÍFICA Língua Portuguesa e Literatura Arte Educação Física Matemática Física Química Biologia História Geografia Sociologia Filosofia Sub-total Língua Estrangeira Moderna Sub-total Fundamentos Históricos da Educação Fundamentos Filosóficos da Educação Fundamentos Sociológicos da Educação Fundamentos Psicológicos da Educação Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Infantil Concepções Norteadoras da Educação Especial Trabalho Pedagógico na Educação Infantil Organização do Trabalho Pedagógico Literatura Infantil Metodologia do Ensino de Português / Alfabetização Metodologia do Ensino de Matemática Metodologia do Ensino de História Metodologia do Ensino de Geografia Metodologia do Ensino de Ciências Metodologia do Ensino de Arte Metodologia do Ensino de Educação Física Sub - total PRÁTICA DE FORMAÇÃO (Estágio Supervisionado) Total TOTAL GERAL 103 Hora Aula 1ª 2 2 2 2 2ª 3 2 2 3ª 4ª 2 3 2 4 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 2 2 19 15 13 11 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 6 10 10 12 25 25 25 25 5 5 5 5 30 30 30 30 Hora Relógio 400 80 320 400 200 160 160 160 120 160 160 2320 160 160 80 80 80 80 80 333 67 267 333 167 133 133 133 100 134 134 1934 133 133 67 67 67 67 67 80 160 160 80 160 67 133 133 67 133 80 80 80 80 80 80 1520 4000 67 67 67 67 67 67 1266 3333 800 4800 667 4000 17.1. PROPOSTAS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 104 COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA EFMN PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ARTE FÊNIX/2010 105 A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Durante o período colonial, incluindo onde hoje é o Estado do Paraná ocorreu, nas vilas e reduções jesuíticas, a primeira forma registrada de arte na educação. A congregação católica denominada Companhia de Jesus veio ao Brasil e desenvolveu uma educação de tradição religiosa, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana. Nas reduções jesuíticas, realizaram um trabalho de catequização dos indígenas com os ensinamentos de artes e ofícios, através da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais. Em todo os lugares onde a Companhia de Jesus radicou, promoveu essas forma artísticas. Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250 anos, de 1500 a 1759 e foi importante, pois influenciou na constituição da matriz cultural brasileira. Essa influência manisfesta-se na cultura popular paranaense, como por exemplo, na música caipira em sua forma de cantar e tocar viola (guitarra espanhola), no folclore, com as Cavalhadas em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a Congada da Lapa, entre outras, que permanecem com algumas variações. Por volta do século XVIII, busca-se a efetiva superação do modelo teocêntrico medieval, voltando-se ao projeto conhecido como iluminista, que tinha como caracrterística marcante a convicção de que tudo pode ser explicado pela razão do homem e pela ciência. O governo do Marquês de Pombal expulsa os jesuítas do território do Brasil Colônia e estabelece uma reforma na educação colonial e em outras instituições, conhecida como Reforma Pombalina, fundamentada nos padrões da Universidade de Coimbra, com ênfase ao ensino das ciências naturais e dos estudos literários. No século XIX destacam-se os Colégios-Seminários o de Olinda e o Franciscano do Rio de Janeiro, os quais incluíram em seus currículos, diferentemente dos demais, estudos do desenho associado à matemática e da harmonia na música, características da arte na sociedade burguesa européia do século XVIII e fundamentadas nos princípios do iluminismo. 106 Em 1808 com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, fugindo da invasão de Napoleão Bonaparte, inicia-se uma série de obras e ações para acomodar em termos materiais e culturais, a corte portuguesa. Entre essas ações destaca-se a chegada ao Brasil de um grupo de artistas franceses encarregados da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos. Esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa e obedecia ao estilo neoclássico. Esse padrão estético entra em conflito com a arte colonial de características brasileiras, como o Barroco na arquitetura, escultura, entalhe e pintura presentes nas obras de Antônio Francisco Lisboa ( Aleijadinho), na música do Padre José Maurício, e em outros artistas em sua maioria de origem humilde e mestiços, que não recebiam uma proteção remunerada como os estrangeiros. Em 1890 surge a primeira reforma educacional no Brasil. Entre conflitos positivistas e liberais, os positivistas, inspirados em Augusto Comte, valorizavam em Arte, o ensino do desenho geométrico. Em 1922 um marco considerado importante para a arte brasileira e os movimentos nacionalistas foi a Semana da Arte Moderna. Os artistas valorizavam a expressão individual e rompiam os modos de representação realista. No Paraná, observa-se reflexos desses vários processos pelos quais passou o Ensino de Arte até tornar-se disciplina obrigatória. Em 1971 foi promulgada a Lei Federal 5692/71 que no seu artigo 7º, determina a obrigatoriedade do Ensino de Arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5ª série) e do Ensino Médio. Em 1996 foi promulgada a nova LDB 9394/96 que mantém a obrigatoriedade do Ensino de Arte nas escolas de Educação Básica. Nesse período também houve mudanças nos cursos de graduação em Educação Artística que passaram a ser licenciatura plena e uma habilitação específica. Portanto é importante ressaltar que desde a época em que habitava as cavernas, antes mesmo de saber escrever, o ser humano vem manipulando cores, formas, gestos, espaços, sons, silêncios, superfícies, movimentos, luzes, 107 etc., com o intenção de dar sentido a algo, de comunicar-se com os outros pela linguagem da arte. Deste modo a Arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é transformar e nesse processo o sujeito também se recria. A Arte, quando cria uma nova realidade, reflete a essência do real. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho. Portanto pensar o ensino de arte é também pensar o processo de poetizar, fruir e conhecer arte. Percebendo e analisando seus percursos e resultados e compreendendo os seus conceitos e contextos, visualizamos o processo de ensinar e aprender na perspectiva de seu próprio universo. Para que o ensino da Arte possa estar articulado na escola de maneira a propiciar ao aluno, o acesso democrático aos bens culturais presentes na sociedade é importante que se considere a identidade do aluno a partir de sua própria história, respeitando sua pertença e suas diferenças, pois diferenciar não equivale a discriminar. Sendo assim um grande desafio lançado à sociedade atualmente é o de articular, da melhor maneira possível, os valores da solidariedade e da igualdade. Desta forma o professor de Artes deve estar revendo o seu papel no processo de ensino - aprendizagem, no que diz respeito à linguagens artísticas e aos conhecimentos presentes nos bens culturais de maneira que ele seja um mediador para que os alunos se apropriem que o patrimônio cultural pode ser entendido como tudo que está à nossa volta. Tudo o que aconteceu, desde milhares de anos, e que continua acontecendo, faz parte da dinâmica de cada cultura. E que não diz respeito somente aos grandes monumentos históricos, aos vestígios arqueológicos, aos quadros dos pintores famosos, às obras clássicas da literatura. Refere-se também a tudo aquilo que nos cerca, a todas as atividades que realizamos em nosso dia-a-dia, à forma pela qual entendemos o mundo e nele interferimos. Sendo assim, é importante destacar que o ensino de Arte deverá ser articulado a partir dos seguintes objetivos: 108 • Visar a abordagem dos elementos básicos das linguagens artísticas como matéria-prima para a construção do conhecimento estético; • Ampliar e aprofundar a contextualização histórica social, política, econômica e cultural, autores/artistas, os gêneros, os estilos, as técnicas, as várias correntes artísticas e relações identitárias (local/regional/global) tanto do autor, como do aluno com a obra; • Explorar as linguagens artísticas reconhecendo os elementos comuns presentes nas diversas representações culturais determinadas pelos seus contextos. • Propiciar o acesso aos conhecimentos presentes nos bens culturais, por meio de um conjunto de saberes em Arte que lhe permitam utilizar-se desses conhecimentos na compreensão das realidades e amplia o seu modo de vêlas. B) CONTEÚDOS 5ª SÉRIE/ 6º Ano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS ÁREA MÚSICA ALTURA Ritmo Greco-Romana DURAÇÃO Melodia Oriental TIMBRE Escalas: diatônica Ocidental INTENSIDADE pentatônica Cultura- Afro e Cultura DENSIDADE cromática Indígena Improvisação 109 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS ÁREA ARTES VISUAIS PONTO Bidimensional Arte Greco-Romana LINHA Figurativa Arte Africana TEXTURA Geométrica, simetria Arte Indígena FORMA Técnicas: SUPERFÍCIE escultura, arquitetura VOLUME Gêneros: COR mitologia pintura, Arte Oriental cenas Arte Pré-Histórica da LUZ CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS ÁREA TEATRO PERSONAGEM: Enredo, roteiro Greco-Romana EXPRESSÕES Espaço Cênico, Teatro Oriental CORPORAIS, VOCAIS, adereços Teatro Medieval GESTUAIS E FACIAIS Técnicas: jogos teatrais, Renascimento AÇÃO teatro indireto e direto, 110 ESPAÇO improvisação, manipulação, máscara CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS ÁREA DANÇA MOVIMENTO Kinesfera Pré-História CORPORAL Eixo Greco-Romana Ponto de apoio Renascimento TEMPO Movimentos articulares Dança Clássica ESPAÇO Fluxo (livre e Africana e Indígena interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular 111 6ª SÉRIE/ 7ºANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS ÁREA MÚSICA ALTURA Ritmo Música popular e étnica DURAÇÃO Melodia (ocidental e oriental) TIMBRE Escalas Africana e Indígena INTENSIDADE Gêneros:folclórico, DENSIDADE indígena, popular e étnico Técnicas: vocal, instrumental e mista Improvisação CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS ÁREA ARTES VISUAIS PONTO Proporção Arte Indígena LINHA Tridimensional Arte Africana 112 TEXTURA Figura e fundo Arte Popular FORMA Abstrata Brasileira e SUPERFÍCIE Perspectiva Paranaense VOLUME Técnicas: COR escultura, LUZ gravura pintura, Renascimento modelagem, Barroco Gêneros:paisagem, retrato, natureza morta CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS ÁREA TEATRO PERSONAGEM: Representação, Comédia dell’ arte EXPRESSÕES Leitura dramática. Teatro Popular CORPORAIS, Técnicas: jogos teatrais, Brasileiro e Paranaense VOCAIS, GESTUAIS E mímica, improvisação, Teatro Africano FACIAIS formas animadas AÇÃO Gêneros: Rua e arena, ESPAÇO caracterização 113 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS ÁREA DANÇA MOVIMENTO Ponto de apoio Dança Popular CORPORAL Rotação Brasileira Coreografia Paranaense TEMPO Salto e queda Africana ESPAÇO Peso ( leve e pesado) Indígena Fluxo (livre, interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado Níveis (alto, médio e baixo) Formação Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica 7ª SÉRIE/ 8º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS ÁREA MÚSICA 114 ALTURA Ritmo Africana e Indígena DURAÇÃO Melodia Indústria Cultural TIMBRE Harmonia Eletrônica INTENSIDADE Tonal, modal e a fusão Minimalista DENSIDADE de ambos Rap, Rock, Tecno Técnicas:vocal, instrumental e mista CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS ÁREA ARTES VISUAIS LINHA Semelhanças Cultura-Afro TEXTURA Contrastes Indígena FORMA Ritmo Visual Indústria Cultural SUPERFÍCIE Estilização Arte no Séc. XX VOLUME Deformação Arte Contemporânea COR Técnicas: LUZ fotografia, áudio-visual e e CuItura desenho, mista CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS ÁREA TEATRO 115 PERSONAGEM: Representação EXPRESSÕES Cinema e Mídias no Indústria Cultural Realismo Expressionismo CORPORAIS, VOCAIS, Texto dramático GESTUAIS E FACIAIS Maquiagem AÇÃO Sonoplastia ESPAÇO Roteiro Cinema Novo Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS ÁREA DANÇA Giro MOVIMENTO Rolamento Africana CORPORAL Saltos Indígena Aceleração e Hip Hop TEMPO desaceleração Musicais ESPAÇO Direções (frente, atrás, Expressionismo direita e esquerda) Indústria Cultural Improvisação Dança Moderna Coreografia Sonoplastia Gênero:Indústria Cultural e espetáculo 116 8ª SÉRIE / 9º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS ÁREA MÚSICA ALTURA DURAÇÃO Ritmo Música Engajada TIMBRE Melodia Música INTENSIDADE Harmonia Brasileira DENSIDADE Técnicas: Popular vocal, Africana instrumental e mista Gêneros: Indígena popular, Música Contemporânea folclórico e étnico CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS ÀREA ARTES VISUAIS LINHA Bidimensional Realismo TEXTURA Tridimensional Vanguardas FORMA Figura-fundo Muralismo e Arte Latino- SUPERFÍCIE Ritmo Visual Americana VOLUME Técnica: pintura, grafitte, Hip Hop COR performance LUZ Gêneros: Paisagem 117 Urbana, Cenas do Cotidiano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS ÁREA TEATRO PERSONAGEM: Técnicas: Monólogo, Teatro Engajado EXPRESSÕES jogos teatrais, direção, Teatro do Oprimido CORPORAIS, VOCAIS, ensaio, Teatro-Fórum Teatro Pobre GESTUAIS E FACIAIS Dramaturgia Teatro do Absurdo AÇÃO Cenografia Vanguardas ESPAÇO Sonoplastia Iluminação Figurino CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS ÁREA DANÇA MOVIMENTO Kinesfera Dança Africana CORPORAL Ponto de apoio Dança Indígena Peso Vanguardas Fluxo Dança Moderna TEMPO 118 ESPAÇO Dança Contemporânea Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e Moderna ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS ÀREA MÚSICA ALTURA Ritmo Música Engajada DURAÇÃO Melodia Música TIMBRE Harmonia Brasileira INTENSIDADE Técnicas: DENSIDADE instrumental e mista Popular vocal, Música Contemporânea Gêneros: popular, folclórico e étnico CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos 119 Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS ÀREA ARTES VISUAIS LINHA Bidimensional Realismo TEXTURA Tridimensional Vanguardas FORMA Figura-fundo Muralismo e Arte Latino- SUPERFÍCIE Ritmo Visual Americana VOLUME Técnica: pintura, grafitte, Hip Hop COR performance LUZ Gêneros: Urbana, Paisagem Cenas do Cotidiano CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS ÀREA TEATRO PERSONAGEM: Técnicas: Monólogo, Teatro Engajado EXPRESSÕES jogos teatrais, direção, Teatro do Oprimido CORPORAIS, ensaio, Teatro-Fórum Teatro Pobre VOCAIS, GESTUAIS E Dramaturgia Teatro do Absurdo FACIAIS Cenografia Vanguardas AÇÃO Sonoplastia ESPAÇO Iluminação Figurino 120 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Movimentos e Períodos Elementos Formais Composição CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS ÀREA DANÇA MOVIMENTO Kinesfera Vanguardas CORPORAL Ponto de apoio Dança Moderna Peso Dança Contemporânea TEMPO Fluxo ESPAÇO Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e Moderna C) METODOLOGIA Toda sala de aula é retrato de uma história pedagógica construída numa concepção de educação, sendo assim é importante oferecer ricas oportunidades de aprendizagem. Para isso, é preciso selecionar meios acessíveis os quais nós professores de Arte devemos trilhar para poetizar, fruir e conhecer arte, pois nossos alunos devem ser capacitados a realizar e analisar manifestações artísticas, compreendendo-as em sua diversidade histórico - cultural, respeitando as identidades e as pertenças de cada um (estilos de vida, diferenças de gênero, 121 divisão de trabalho, hierarquias sociais, sistemas de valores, mecanismos de participação política,etc). Nessa perspectiva podemos considerar que a arte não é uma produção fragmentada ou fruto de modelos aleatórios ou apartados do contexto social nem tampouco mera contemplação; e sim, uma área de conhecimento que interage nas diferentes instâncias intelectuais, culturais, políticas e econômicas. Dessa maneira, o professor deverá criar condições de aprendizagem para o aluno ampliando as possibilidades de análise das linguagens artísticas, a partir da idéia de que as mesmas são constituídas de produções culturais. Durante as aulas os conteúdos serão trabalhados de forma dinâmica e contextualizada com o ambiente escolar e o cotidiano do aluno e também de forma inclusiva buscando um trabalho efetivo, de uma vivência para a construção do conhecimento, respeitando o ritmo da aprendizagem e interesse de cada aluno, bem como trabalhar a diversidade e respeitar as especificidades de cada cultura, pelo que prevê a Lei nº11.645, a qual altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura AfroBrasileira e Indígena”. D) AVALIAÇÃO Para se de tratar da avaliação em Artes, é necessário referir-se ao conhecimento específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experienciais (práticos) quanto conceituais (teóricos), pois a avaliação consistente e fundamentada, permite ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos. Cada linguagem artística possui um conjunto de significados anteriores, historicamente construídos pelo homem, composto de sentidos que podem ser entendidos e reorganizados para se construir novas significações sobre a realidade. Deste modo, avaliar exige acima de tudo, que se defina aonde queremos chegar, e estabelecermos os critérios a serem seguidos. Para que se promova um processo de aprendizagem, que permita ao aluno desenvolver aspectos 122 cognitivos através de: atividades lúdicas, produções/manifestações/locais/regionais/globais pesquisas, das trabalho diversas coletivo, linguagens artísticas, peculiaridades culturais, respeitando o ritmo de aprendizagem dos alunos inclusos e não inclusos através de exposições, relatórios, etc. A partir desses apontamentos pretendemos viabilizar ao aluno o acesso sistematizado aos conhecimentos em Arte por meio das diferentes linguagens artísticas. Desta forma a avaliação em Artes supera o papel de mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, pois busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir de sua própria produção. Assim sendo, considerará o desenvolvimento do pensamento estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade. 123 E) REFERÊNCIAS PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica de Arte. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008 124 COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CIÊNCIAS FÊNIX/2010 125 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS A disciplina de ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta de investigação da natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida. A Disciplina de Ciências, no Ensino Fundamental, se constitui historicamente por um conjunto de ciências que se somam numa mesma disciplina escolar para compreender os fenômenos naturais, nesta etapa da escolarização. A historia da ciência está relacionada e integrada aos processos que constituem a própria historia da sociedade humana. Todas as diferentes visões de mundo e suas teorias correspondem a diferentes abordagens do fenômeno científico da produção cientifica e do que é ser cientista. Hoje, vários significados são aceitos para o termo Ciência, portanto se faz necessário deixar clara a concepção da Disciplina de Ciência adotada. A Disciplina de Ciência deve estar embasada em uma construção humana coletiva da qual participam a imaginação, a intuição e a emoção. A comunidade cientifica sofre a influencia do contexto social, histórico e econômico em que está inserida. Sendo assim, não existem neutralidade e objetividade absolutas: fazer Ciência exige escolhas e responsabilidades humanas. O conhecimento cientifico está em permanente transformação, as afirmações cientificas são provisórias e nunca podem ser aceitas como completas e definitivas. Para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências no mundo, à disciplina deve possibilitar a articulação entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, dentre outros, o cotidiano, entendido aqui como sendo os problemas reais socialmente importantes que afetam direta e indiretamente a vida das pessoas. O processo ensino/aprendizagem da Disciplina de Ciências decorre da valorização da dúvida, 126 da contradição, da diversidade, da divergência e do questionamento das certezas e incertezas, superando o tratamento curricular dos conteúdos por eles mesmos, priorizando a sua função de formação social. O mundo atual, com tantas mudanças e novas demandas, exige, dos indivíduos, habilidades e atitudes diferentes das observadas em épocas anteriores. As tecnologias da informação e comunicação favorecem uma nova postura frente ao processo ensino-aprendizagem, que já não se satisfaz mais com a informação transmitida pelo professor, mas prioriza o conhecimento construído pelos alunos. As facilidades e a rapidez com que hoje é possível ter acesso à informação criaram a necessidade de se trabalhar na formação de um sujeito crítico e consciente de seu papel na sociedade em constante transformação. O cidadão deste século não pode ter o mesmo perfil de habilidades do século passado. Não pode mais ignorar o que se passa no mundo, necessita se inserir de maneira adequada no meio social. Esse cidadão precisa, antes de tudo, ser crítico, ativo, pensar e agir muito mais do que falar. Necessita saber pensar sobre tudo o que chega até ele através das novas tecnologias de informação e comunicação. CONTEÚDOS 5ª Série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ASTRONOMIA MATÉRIA 127 CONTEÚDOS BÁSICOS Universo Sistema solar Movimentos terrestres Movimentos celestes Astros Constituição da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS Níveis de organização ENERGIA Formas de energia Conversão de energia Transmissão de energia I- Organização dos Seres vivos II- Ecossistemas III- Evolução dos seres vivos BIODIVERSIDADE CONTEÚDOS 6ª Série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ASTRONOMIA CONTEÚDOS BÁSICOS Astros Movimentos terrestres Movimentos celestes MATÉRIA Constituição da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos ENERGIA 128 Formas de energia Transmissão de energia Origem da vida Organização dos Seres vivos Sistemática BIODIVERSIDADE CONTEÚDOS 7ª Série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS ASTRONOMIA Origem e Evolução do Universo MATÉRIA Constituição da matéria Célula Morfologia e fisiologia dos SISTEMAS BIOLÓGICOS seres vivos ENERGIA Formas de energia Evolução dos seres vivos BIODIVERSIDADE 129 CONTEÚDOS 8ª Série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ASTRONOMIA CONTEÚDOS BÁSICOS Astros Gravitação universal MATÉRIA Propriedades da matéria SISTEMAS BIOLÓGICOS Morfologia e fisiologia dos seres vivos Mecanismo de herança genética ENERGIA Formas de energia Conservação de energia BIODIVERSIDADE Interações ecológicas METODOLOGIA Favorecer o uso de simulações para atividades que envolvam diversos temas, desde dramatizações até o uso de computadores para analise de processos complexos. Assim, ao utilizar-se destas estratégias metodológicas e 130 retomando as metodologias que favoreceram a determinação dos marcos conceituais apresentados na Diretriz Curricular para o ensino de Biologia, propõem-se a utilização das estratégias acima apresentadas e considerar os princípios metodológicos utilizados naqueles momentos históricos, porém adequados ao ensino neste momento histórico. Dependendo do assunto, a aula poderá ser complementada com leituras complementares; debates entre os alunos; palestras de especialistas convidados; entrevistas com parentes, vizinhos, funcionários e professores; leitura de textos sobre avanços tecnológicos; projeções de transparências em retro projetor e consulta a CD – ROMS; excursões; confecções de quadros murais; organização do ambiente escolar. Obviamente tudo vai depender das condições oferecidas pela escola e dos objetivos a serem atingidos. Altera a Lei n.º 9.394, de 20 de Dezembro de 1996, modificada pela lei n.º 10.639, de 09 de Janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “ História e Cultura-Brasileira e Indígena”. Em ciências no que se refere a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena, será desenvolvida atividades como dramatização, cartazes, exposições, leitura e uso do laboratório de informática para pesquisas, danças, filmes, quadros murais, abrangendo os conceitos de alimentação, costumes, vestuários e organização sócio cultural. Para tanto deverão ser trabalhados o assunto de modo contextualizado e intertextualizados. Todas as atividades visando valorizar a identidade, historia e cultura dos afro brasileira e indígenas, bem como a garantia do reconhecimento a igualdade da nação brasileira, europeia e asiática. AVALIAÇÃO A avaliação é um processo natural que acontece para que o professor tenha uma noção dos conteúdos assimilados pelos alunos, bem como saber se as metodologias de ensino adotadas por ele estão surtindo efeito na aprendizagem 131 dos alunos. Avaliação não deve ser somente o momento da realização das provas e testes, mas um processo contínuo e que ocorre dia após dia, visando a correção de erros e encaminhando o aluno para aquisição dos objetivos previstos. Nesse sentido, a forma avaliativa funciona como um elemento de integração e motivação para o processo de ensino-aprendizagem. A avaliação é um processo atualmente entendido não só como o resultado dos testes e provas, mas também os resultados dos trabalhos e/ou pesquisas que os alunos realizam. Existem inúmeras técnicas avaliativas como, por exemplo, a prova de consulta, trabalhos e pesquisas, resolução de soluções problemas, entre muitas outras técnicas, as quais permitem ao professor avaliar o desempenho dos alunos e fugir da tradicional prova escrita, essas técnicas apresentam algumas características como: 1. Possibilidade de professor e aluno dialogarem buscado encontrar e corrigir possíveis erros, redirecionando o aluno para a aprendizagem; 2. A motivação para a correção e o progresso do educando, sugerindo a ele novas formas de estudo para melhor compreensão dos assuntos abordados dentro da classe. O importante é entender que avaliar não consiste somente em fazer provas e dar nota, avaliar é um processo pedagógico contínuo, que ocorre dia após dia, buscando corrigir erros e construir novos conhecimentos. Para tanto os seguintes critérios devem ser utilizados: EXPRESSÃO Correção e clareza na expressão oral e escrita para comunicar ideias científicas. Compreende as ideias presentes nos textos científicos e interage com o texto por meio de questionamentos TRABALHOS • Individuais/grupo • Pesquisa/investigação • Questões de aula ou 132 • Mini-fichas. • O aluno deve interagir com o grupo, compartilhar conhecimentos e demonstrar conhecimentos formais da ciência. PRODUÇÃO DE TEXTO • Considera-se a característica dialógica e interativa da linguagem, relacionando-o ao que se escreve fora da escola. • Verificar se o aluno produz textos atendendo às circunstancias de produção e concordância com o que esta sendo estudado. ATIVIDADES EXPERIMENTAIS • Proporcionar ao aluno a formação de hipóteses sobre o fenômeno que está sendo estudado. • Observar se o aluno registra as hipóteses e os passos seguidos compreendem o experimento, sabe usar o ambiente e os instrumentos necessários. 133 REFERÊNCIAS Andrade, Maria Hilda de Paiva. Ciência e Vida: (5ª a 8ª série do Ensino Fundamental – Ciências). Belo Horizonte: Dimensão, 2006. BARROS, Carlos & PAULINO, Wilson Roberto Ciência Química e Física. São Paulo Ática 2006. GEWANDESZNAJDER, Fernando. Ciências (5ª a 8ª séries – E.F.). São Paulo: Ática, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Química. Curitiba, 2008. SANTANA, Olga. Ciência Natural, 5ª a 8ª série. 1ª ed. São Paulo: Saraiva 2007. VALE, Cecília. Ciências da 5ª, 6ª, 7ª e 8ª Curitiba Editora Positivo 2007. 134 COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA- EFMN PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR EDUCAÇÃO FÍSICA FÊNIX/2010 135 1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A História da Educação física atravessou muitas mudanças, iniciando no século XIX onde a partir daí tornou-se componente obrigatório nos currículos escolares, onde a burguesia brasileira depositou na ginástica a responsabilidade de promover, através dos exercícios físicos, a saúde do corpo, o pudor e os hábitos condizentes com a vida humana. Logo após a influência militar e pela medicina com objetivo de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios físicos, importante e fundamental para incorporação da Educação Física brasileira nos currículos escolares. A Educação Física se consolidou especificamente no contexto escolar a partir da Constituição de 1937, com objetivo de doutrinação, dominação e contenção dos ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem. As atividades dirigidas à mulher deveriam desenvolver harmonia de sua forma feminis e as exigências da maternidade futura. A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório na escola, com a promulgação da lei 5692/71 através de seu artigo 7º e pelo Decreto 69450/71, a disciplina passou a ter legislação específica. Instituiu-se assim, a integração da disciplina como atividade escolar regular e obrigatório no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de ensino. Na área pedagógica a primeira referência ganhou destaque na área profissional psicomotricidade, que surgiu com a finalidade de valorizar a formação integral da criança. Em meados dos anos 80, surgiram propostas sobre denominação progressista onde dirigiam suas críticas aos paradigmas da aptidão física e da esportivização. Dentro as correntes ou tendências progressistas destacam-se as abordagens: Desenvolvimentista e Construtivista. Essas abordagens não se vinculam a uma teoria crítica da Educação. A proposta crítico superadora e crítico emancipatória estas sim mais vinculadas às discussões da pedagogia brasileira, passando a incorporar discussões nas ciências humanas, principalmente a partir das contribuições da Sociologia e da Filosofia da Educação. Já no início da década de 90, um momento significativo para o Estado do Paraná, foi a elaboração do Currículo Básico, este embasado na pedagogia histórico - crítica da educação. O Currículo Básico se caracterizou por uma proposta avançada onde a instrumentação do corpo deveria dar lugar a formação humana do aluno em todas suas dimensões. No mesmo período, foi elaborado também o documento de Reestruturação da Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau para a disciplina de Educação Física. A proposta também fundamentou-se na concepção histórico – crítica de educação e, naquele momento, pretendia-se o resgate do compromisso social da ação pedagógica da Educação Física. Vislumbra a perspectiva de mudança e transformação de uma sociedade fundamentada em valores individuais para uma sociedade mais igualitária, esta proposta representou um marco para a disciplina, destacando a importância da dimensão social da Educação Física, possibilitando a consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento humano como expressão da identidade corporal, como prática social e como uma forma do homem se relacionar com o mundo, apontando a produção histórica cultural dos povos, relativos à ginástica, à dança, aos desportos, bem como, às atividades que correspondem às características regionais. De acordo com as Diretrizes Curriculares de Educação Física no Estado do Paraná, a disciplina busca superar formas anteriores de concepção e atuação na escola pública sendo que a superação é entendida como ir além considerando objeto de análise, de crítica, de reorientação e transformação daquelas formas. Nesse sentido, o que se procura é possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-os às práticas corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social, indo além da preocupação com a aptidão física, a aprendizagem motora, a performance esportiva, etc. A educação física tem o compromisso de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre os conteúdos trabalhados. Os alunos precisam conhecer, vivenciar, transformar e ser capaz de julgar os conhecimentos associados às práticas corporais, para que tenham uma aprendizagem mais significativa. Portanto, a educação física está comprometida com a aquisição do conhecimento de forma crítica, contribuindo dessa forma, para o processo de emancipação social. 2- CONTEÚDOS DA DISCIPLINA 5ª SÉRIE/ 6º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Esporte Coletivos Individuais Jogos e brincadeiras - Jogos e brincadeiras populares - Brincadeiras e cantigas de roda - Jogos de tabuleiro - Jogos cooperativos Dança - Danças folclóricas - Danças de rua - Danças criativas Ginástica - Ginástica rítmica - Ginástica circense - Ginástica geral Lutas - Lutas de aproximação - Capoeira 6ª SÉRIE/ 7º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Esporte - Coletivos - Individuais Jogos e brincadeiras - Jogos e brincadeiras populares - Brincadeiras e cantigas de roda - Jogos de tabuleiro - Jogos cooperativos Dança - Danças folclóricas - Danças de rua - Danças criativas - Danças circulares Ginástica - Ginástica rítmica - Ginástica circense - Ginástica geral Lutas - Lutas de aproximação. - Capoeira 7ª SÉRIE/ 8º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Esporte - Coletivos - Jogos e brincadeiras populares. Jogos e brincadeiras - Jogos de tabuleiro - Jogos dramáticos - Jogos cooperativos Dança - Danças criativas - Danças circulares Ginástica - Ginástica rítmica - Ginástica geral Lutas - Lutas com instrumento mediador. - Capoeira 8ª SÉRIE / 9º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Esporte - Coletivos - Jogos de tabuleiro Jogos e brincadeiras - Jogos dramáticos - Jogos cooperativos Dança - Danças criativas - Danças circulares Ginástica - Ginástica rítmica - Ginástica geral Lutas - Lutas com instrumento mediador - Capoeira 1º ANO – ENSINO MÉDIO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos - Coletivos Esporte - Individuais Jogos e brincadeiras - Jogos de tabuleiro - Jogos dramáticos - Jogos cooperativos Dança - Danças folclóricas - Danças de salão - Danças de rua Ginástica - Ginástica de condicionamento físico -Ginástica geral Lutas - Lutas com aproximação - Capoeira 2º ANO – ENSINO MÉDIO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos - Coletivos Esporte - Individuais Jogos e brincadeiras - Jogos de tabuleiro - Jogos dramáticos - Jogos cooperativos Dança - Danças folclóricas - Danças de salão - Danças de rua Ginástica - Ginástica de condicionamento físico - Ginástica geral Lutas - Lutas que mantêm à distância - Capoeira 3º ANO – ENSINO MÉDIO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos - Coletivos Esporte - Individuais - Radicais Jogos e brincadeiras - Jogos de tabuleiro - Jogos dramáticos - Jogos cooperativos Dança - Danças folclóricas - Danças de salão - Danças de rua Ginástica - Ginástica de condicionamento físico Lutas - Lutas com instrumento mediador - Capoeira 3- METODOLOGIA: A teoria da cultura corporal está vinculada à pedagogia histórico-crítica, onde ressalta-se a importância da compreensão do movimento humano de maneira contextualizada no âmbito da cultura geral, ou seja, nos conteúdos trabalhados é necessário incluir todas as dimensões do movimento humano, sejam elas, biológicas, fisiológicas, sociais, históricas e culturais, assim a aprendizagem acontecerá de forma mais significativa para os alunos. De acordo com as Diretrizes Curriculares de Educação física no Estado do Paraná, os conteúdos deverão ser organizados em ordem de complexidade crescente, oportunizando o desenvolvimento de uma visão ampliada dos conhecimentos. É preciso preparar o aluno para a construção do conhecimento, considerando inicialmente os conhecimentos que o aluno traz sobre o conteúdo que será trabalhado, ou seja, isto representa uma primeira leitura da realidade. Após esse momento, o professor irá problematizar o assunto propondo desafios de forma que o aluno se sinta motivado pela aprendizagem. Na sequência o professor apresentará aos alunos o conteúdo sistematizado para que possam assimilá-lo e recriá-lo, realizando as intervenções pedagógicas necessárias. Após esses encaminhamentos de trabalho, também poderá ser proposto um diálogo, de modo que o aluno possa avaliar o processo de ensino- aprendizagem e a transformação intelectual ocorrida. O professor deverá utilizar- se de várias dinâmicas de trabalho como: aulas teóricas e práticas, aulas expositivas e demonstrativas, atividades individuais, atividades em pequenos e grandes grupos, participação e envolvimento em torneios e gincanas, atividade com e sem material, utilizando material reciclável, incentivando a respeitar o meio ambiente, exposição de trabalhos escritos , confecção de materiais com sucata, utilização de murais e cartazes, utilização de recursos audiovisuais: vídeos, retroprojetor, jornais, revistas, internet e etc. No ensino de Educação Física se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente, pelo que prevê a Lei nº11.645, a qual altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. 4- AVALIAÇÃO A avaliação no ensino de Educação Física deverá favorecer a busca da coerência entre práticas avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem. A avaliação visará a progressão do aluno na construção do conhecimento e, portanto, será utilizada como parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, como forma de promoção e não de exclusão. Será um processo contínuo, permanente e cumulativo no transcorrer do ano letivo, onde o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, objetivando as variadas manifestações corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas. A partir da avaliação diagnóstica outros encaminhamentos serão planejados com a finalidade de superar as dificuldades constatadas. Os instrumentos de avaliação devem possuir caráter diagnóstico e formativo, de forma que permita observar o ponto em que o educando se encontra, os avanços atingidos e as potencialidades. Exemplifica-se sugestões, tais como: pesquisas, seminários, debates, avaliação escrita, (re)criação de jogos, dinâmicas em grupo, debates e etc. 5- REFERÊNCIAS : ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. São Paulo: Paz e Terra, 1995. VAGO, Tarcísio Mauro. Intervenção e conhecimento na escola: por uma cultura escolar de Educação Física. In: GOELLNER, Silvana Vilodre (org.). Educação Física/Ciências do Esporte: intervenção e conhecimento. Florianópolis: CBCE, 1999. BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes operacionais para Educação Básica nas escolas do campo. Brasília: MEC/Secretaria de Inclusão Educacional, 2002. CASTELLANI FILHO, Lino. Educação física no Brasil: a história que não se conta. 2. ed. Campinas: Papirus, 1991. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995. VAGO, Tarcísio Mauro. Início e fim do século XX: maneiras de fazer educação física na escola. Caderno CEDES. Campinas, n. 48, p. 30-51, 1999. CAMARGO, Marilene Jorge Guedes de. Coisas velhas: um percurso de investigação sobre cultura escolar (1928-1958). São Paulo: Editora da Unesp, 1999. PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Educação Física, Curitiba, SEED,2008. COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO RELIGIOSO FÊNIX/2010 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.” Nelson Mandela Falar em Ensino Religioso no Brasil é voltar aos tempos do início da colonização, amparado pelos trabalhos realizados com os nativos pelos jesuítas, “ a meta da educação como um todo, e não só das aulas exclusivamente voltadas para o ensino das sagradas escrituras e da doutrina católica, era conduzir os indígenas ao abandono de suas crenças e costumes e a sua consequente submissão ao conjunto de preceitos e sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana.” ( DCE- Ensino Religioso, 2008, p. 38). Com o início da República, houve grandes embates sobre a forma do Ensino Religioso, “iniciou-se um período de intensa disputa entre os defensores da manutenção do ensino confessional e os partidários do princípio republicano de educação laica. ” (DCEEnsino Religioso, 2008, p. 38). No Estado Novo, a Constituição Federal procurou apaziguar ambos os lados, “para atender tanto as demandas republicanas quanto as demandas confessionais, ele apresentou, em forma de lei, uma proposta de ensino da temática religiosa que, por um lado, garantisse a existência de uma disciplina desse teor na educação pública e que, por outro lado, mantivesse um caráter facultativo para os estudantes não católicos. ” ( (DCE- Ensino Religioso, 2008, p. 39). O Conselho Estadual de Educação do Paraná, em 2002, aprovou a Deliberação 03/02, que regulamentou o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do Sistema Estadual de Ensino do Paraná. No início de 2003, retomou-se a responsabilidade sobre a oferta e organização curricular da disciplina no que se refere à composição do corpo docente, metodologia, avaliação e formação continuada de professores. O ensino religioso visa propiciar aos educandos a oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem científica em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de tal forma que tenham a amplitude da própria cultura em que se insere. Essa compreensão deve favorecer o respeito à diversidade sócio-político e cultural, em suas relações éticas, fomentando medidas de repúdio a toda e qualquer forma de preconceito e discriminação e o reconhecimento de singularidade. Assim o Ensino Religioso permitirá que os educandos possam refletir e entender como os grupos sociais se relacionam com o Sagrado. E, ainda, compreender suas trajetórias, suas manifestações no espaço escolar, estabelecendo relações entre culturas, espaços e diferenças, para que no entendimento destes elementos o educando possa elaborar o seu saber, passando a entender e diversidade de nossa cultura, marcada pela religiosidade. Propõe-se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade. Toda a ação pedagógica da Escola prevê o encaminhamento do educando à apropriação do patrimônio cultural e científico, através dos quais adquire instrumentos que possibilitam a sua atuação na democratização da sociedade. Não é possível uma atuação coerente com os princípios da cidadania, sem uma correta concepção de valores. O Ensino Religioso, num processo de interação e integração com os demais componentes do sistema concorre para tal concepção. B – CONTEÚDOS BÁSICOS :5ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: I – LUGARES SAGRADOS - PAISAGEM RELIGIOSA Caracterização dos lugares e templos - UNIVERSO SÍMBÓLICO RELIGIOSO sagrados: lugares de peregrinação, reverência, de culto, de identidade, principais práticas de - TEXTO SAGRADO expressão do sagrado nestes locais. Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc. Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas, etc. II – TEXTOS SAGRADOS Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas religiosas. Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.) IV- Exemplos: Vedas – Hinduísmo, Escrituras Bahá ´is – Fé Bahá ´I, tradições Orais Africanas, V- Afro – brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, Etc. III – ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas principais características de organização, cultura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado. • Fundadores / e ou Líderes Religiosos. • Estruturas Hierárquicas. I- Exemplos de Organizações Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), II- Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo ( Lao Tsé), etc. C– CONTEÚDOS BÁSICOS :6ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: I - UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos: 3. Nos Ritos -PAISAGEM RELIGIOSA -UNIVERSO SIMBÓLICO • Nos Mitos • No Cotidiano II – RITOS RELIGIOSO -TEXTO SAGRADO São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes. • Ritos de passagem 1. Mortuários Propiciatórios Outros III – FESTAS RELIGIOSAS São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos: - confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes. • Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas. IV – VIDA E MORTE As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado. O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas. Reencarnação Ressurreição – ação de voltar à vida Além da morte Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se tornam presentes Outras interpretações. D- METODOLOGIA: A Disciplina de Ensino Religioso é parte de um Projeto Educativo Global. Tal projeto visa o desenvolvimento harmônico de todas as potencialidades do educando, onde estão presentes os aspectos biológicos, psíquicos, racionais, sociais, filosóficos e outros mais. Não é possível uma nova prática metodológica em Ensino Religioso, sem considerar o processo evolutivo de forma abrangente, o que implica na concepção de seus objetivos, conteúdos, procedimento da relação ensino-aprendizagem, com os determinantes dos processos sociais em suas dimensões culturais, ideológicas, éticas, religiosas, políticas e suas implicações, considerando o contexto no qual está inserido o educando. Toda a ação pedagógica da Escola prevê o encaminhamento do educando à apropriação do patrimônio cultural e científico, através dos quais adquire instrumentos que possibilitam a sua atuação na democratização da sociedade. .No Ensino Religioso se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência pelo que prevê a Lei nº11.645, a qual altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura afro-brasileira e Indígena”. A Lei 11.645 abre espaço para um amplo debate a respeito da cultura afro-brasileira e indígena. Propõe-se que seja trabalhado com pesquisas bibliográficas, leituras de textos diversos, como músicas, lendas, montagem de painel/cartaz, entrevistas com roteiro de perguntas, trechos de filmes para evidenciar e aproximar os conceitos do Ensino Religioso, do meio contemporâneo, organização de danças e encenações de textos e músicas como peças de teatros, desenhos, fábulas. A linguagem utilizada deve ser a científica e não a religiosa, a fim de superar as tradicionais aulas de religião. E- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: É necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados, uma vez que este componente curricular não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere a atribuição de notas e ou conceitos. A disciplina de Ensino Religioso deve oportunizar ao educando estabelecer discussões sobre o “sagrado” numa perspectiva laica, para que desenvolva uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural e reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo social. Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo educativo na disciplina do Ensino Religioso. Assim, cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos. É importante lembrar que mesmo que não haja aferição de notas ou conceitos que impliquem na reprovação ou aprovação dos alunos, estas diretrizes orientam que o professor proceda ao registro formal do processo avaliativo, adotando instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis identificarem os progressos obtidos na disciplina. Trabalhar com textos orais e escritos, levando o aluno a uma reflexão sobre o Sagrado e as Organizações Religiosas buscando o respeito as diversidades das mesmas. Com essa prática, os alunos, especificamente, terão a oportunidade de retomar os conteúdos como também poderão perceber que a apropriação dos conhecimentos dessa disciplina lhes possibilita conhecer e compreender melhor a diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante, bem como possibilitará a articulação desta disciplina com os demais componentes curriculares, os quais também abordam aspectos relativos à cultura. F- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso. In: Junqueira, Sérgio; WAGNER, Raul (orgs) O ensino religioso do Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004. GIL FILHO, Sylvio. F. Espaço de representação e territorialidade do sagrado: notas para uma teoria do fato religioso. Rá e Ga. O Espaço Geográfico em Análise: Curitiba, 3 n. p. 91-120, 1999. JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo. (Orgs). Conhecimento Local e Conhecimento Universal: pesquisa, didática e ação docente: Curitiba, Champagnat, 2004. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ensino Religioso, 2008. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996.''' COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA - EFMN PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR GEOGRAFIA FÊNIX/2010 A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: Segundo o geógrafo Milton Santos a Geografia compreende o estudo da ação do homem através do trabalho; “Toda ação humana é trabalho e todo trabalho é trabalho geográfico. Não há produção do espaço que se dê sem o trabalho. Viver; para o homem, é produzir espaço. Como o homem não vive sem trabalho, o processo de vida é um processo de criação do espaço geográfico. A forma de vida do homem é o processo de criação do espaço. Por isso, a Geografia estuda a ação do homem” (Santos, 1997, p.87). Compreender esse trabalho do homem é apreender como se das às relações de organização do espaço dos diferentes tipos sociedade. Segundo Corrêa (1986) a organização espacial é o resultado do trabalho humano acumulado ao longo do tempo. E ao longo da história a Geografia vem sofrendo transformações para melhor compreensão da relação homem-natureza-trabalho. A palavra geografia (geo = Terra; grafia = escrita) surgiu no século III a.C. criada pelo filósofo grego Erastóstenes (276-194 a.C.), que dentro os vários estudos realizados, se destacou pelo cálculo, praticamente axato, da circunferência da Terra. Com a ascensão do Império Romano, a Geografia foi utilizada para fins exclusivamente expansionistas, a serviço do Estado. Com a queda do Império Romano no século III, os árabes retomaram a Geografia grega com o objetivo de aprofundar o conhecimento que se tinha até então, sendo desenvolvida ao lado de outras áreas do conhecimento, como a astronomia e matemática. Porém na Idade Média a Geografia ficou paralisada no mundo ocidental, devido à visão religiosa vigente, pois o teocentrismo ignorava qualquer conhecimento que contestasse os dogmas da Igreja. Contudo com a expansão marítima comercial, conhecida como Grandes Navegações, Séculos XV e XVI, a importância do estudo dos conhecimentos geográficos tornou-se essencial. Mas foi somente a partir do século XIX que a Geografia tornou-se ciência, perdendo seu caráter meramente descritivo, com Alexander von Humboldt(1769-1859) e Karl Ritter(1779-1859) nasce a Geografia cientifica ou geografia acadêmica, isto é, uma geografia produzida agora a partir dos centros universitários e mais tarde ensinada nas escolas. A geografia que hoje aparece em todos os níveis de escolaridade é a geografia sistematizada a partir das formulações destes dois intelectuais alemães, acrescida das contribuições de Friedrich Ratzel(1844-1904) e da Escola Francesa que teve como principal representante Paul Vidal de La Blache(1845-1918). “Se um território se reduz, é o começo do fim”. Essa frase resume o pensamento de Ratzel que foi influenciado pelo positivismo e pelo darwinismo, Ratzel formulou o “determinismo geográfico”, que segundo ele, a natureza determina a sociedade, ou seja, a sociedade e o estado resultam do meio em que estão inseridos. Portanto, para Ratzel, o desenvolvimento de uma sociedade depende das condições naturais que o espaço ocupado oferece e que os Estados necessitam de espaços e por isso lutavam por ele e conquistavam novos territórios, estava criado o conceito do “espaço vital”. Essa teoria sustentou a política expansionista da Alemanha, dessa forma a geografia foi utilizada a serviço do imperialismo alemão. La Blache em oposição ao determinismo geográfico alemão, formulou o “possibilismo geográfico” que enfatizou a relação entre o homem e o meio, segundo Moraes(1987) La Blache coloca o homem como ser ativo, que sofre influência do meio, porém que atua sobre este, transformando-o, observou que as necessidades humanas são condicionadas pela natureza, e que o homem busca soluções para satisfazê-las nos materiais e nas condições oferecidas pelo meio, neste processo, de trocas mútuas com a natureza, o homem transforma a matéria natural, cria formas sobre a superfície terrestre. “ A teoria de Vidal concebia o homem como hóspede antigo de vários pontos da superfície terrestre, que em cada lugar se adaptou ao meio que o envolvia, criando, no relacionamento constante e cumulativo com a natureza, um acervo de técnicas, hábitos, usos e costumes, que lhe permitiram utilizar os recursos naturais disponíveis . A este conjunto de técnicas e costumes, construído e passado socialmente, Vidal denominou ‘gênero de vida’, o qual exprimiria uma relação entre a população e os recursos, uma situação de equilíbrio, construída historicamente pelas sociedades. A diversidade dos meios explicaria a diversidade dos gêneros de vida”. (Moraes,1987, p.69). O contato entre diferentes gêneros de vida seria, então, um elemento fundamental para o progresso humano, pois, para Vidal de La Blache, esse contato propiciaria verdadeiras oficinas de civilização. Estes argumentos, embora diferentes dos da Geografia Alemã, da mesma forma justificavam a colonização dos povos que desenvolveram gêneros de vida muito simples, fortalecendo a idéia de missão civilizadora européia. (MORAES,1987). A partir de meados do século XX, essa Geografia Tradicional, tanto da Escola Alemã quanto da Francesa foi questionada. O mundo passava por transformações profundas e significativas, o capitalismo desenvolvia-se rapidamente com ele os meios de produção. Após a Segunda Grande Guerra Mundial novas correntes do pensamento geográfico desenvolveram -se , “porém, uma abordagem teórico-conceitual chegou ao ensino de forma significativa, contrapondo-se radicalmente ao método da Geografia Tradicional e propondo uma análise do espaço geográfico. Tal abordagem foi denominada de Geografia Crítica” (DCE, 2008, p.7). O livro A Geografia serve, antes de mais nada, para fazer a guerra, de Yves Lacoste é o marco da Geografia Crítica. Lacoste faz duras críticas a Geografia Tradicional e propõe mudanças radicais nas concepções geográficas, uma ciência mais atuante e transformadora do espaço social, “é necessário construir uma visão integrada do espaço, numa perspectiva, popular, e socializar este saber, pois ele possui fundamental valor estratégico nos embates políticos e diz saber explicitamente que é necessário saber pensar o espaço, para nele se organizar, para saber nele combater”. (Moraes,1987, p.114). Entende-se que a Geografia tem o papel de compreensão e a intervenção da realidade social. Nessa nova frente também se destaca o papel do maior geógrafo do Brasil, Milton Santos, que apresentou em seu livro Por uma geografia nova (1978), “devemos centralizar nossas preocupações em torno da categoriaespaço- tal qual ele se apresenta, um produto histórico. São os fatos referentes à gênese, ao funcionamento e à evolução do espaço que nos interessam em primeiro lugar,” nesse aspecto o espaço é compreendido como fato social, resultado da ação humana. Dentro do espaço escolar a Geografia sofreu com a influência dos detentores do poder que usava a disciplina para camuflar a realidade social e assim passou por várias mudanças. Assim chegamos aos dias atuais, e a Geografia Crítica esta inserida no dia-a-dia escolar, com a certeza da importância da Disciplina de Geografia que tem atuação privilegiada dentro do elenco de disciplinas na escola, pois favorece uma maior integração entre o ambiente mais restrito do aluno e o mundo do qual faz parte, fornecendo-lhe uma visão mais completa do complexo social – o espaço construído pelo trabalho humano, ao longo de um processo histórico. Essa integração deve ser interpretada como a capacidade de refletir criticamente sobre a sociedade em que vive e sobre o espaço que ocupa e, que ajuda a construir. O ensino da Geografia tem o papel de prover bases e meios de desenvolvimento e ampliações da capacidade dos alunos de apreensão da realidade sob o ponto de vista da espacialidade, ou seja, de compreensão do papel do espaço nas práticas sociais e destas na configuração do espaço. A geografia propicia o entendimento do espaço geográfico e do papel desse espaço nas práticas sociais. B) CONTEÚDOS 5° SÉRIE: CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Dimensão 1)-Formação e transformação paisagens naturais e culturais. econômica das do espaço geográfico Dimensão 2)-Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. 3)-A formação,localização e exploração dos recursos naturais. política do espaço geográfica Dimensão 4)-A distribuição espacial das atividades produtivas,a transformação da paisagem,a (re)organização do espaço geográfico. 5)-As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista. cultural demográfica do espaço 6)-A mobilidade populacional e as manifestações sócio espaciais da diversidade cultural. geográfico 7)- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico 8)- As diversas regionalizações do espaço geográfico. 6ª SÉRIE: CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Dimensão geográfico econômica do CONTEÚDOS BÁSICOS espaço 1) A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. Dimensão política do espaço geográfico 2) A dinâmica da natureza e a sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. Dimensão cultural espaço geográfico demográfica 3) As diversas regionalizações do espaço brasileiro. do 4) As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. Dimensão sócio-ambiental do espaço 5) A transformação demográfica, a geográfico distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. 6) Movimentos migratórios e motivações. suas 7) O espaço rural e a modernização da agricultura. 8) A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização. 9) A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. 10) A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações. 7ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS 1)-As diversas regionalizações espaço geográfico. Dimensão geográfico econômica do do espaço 2)-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano. 3)-A nova ordem mundial,os territórios supranacionais e o papel do Estado. 4)-O comércio em suas implicitações Dimensão política do espaço geográfico socioespaciais. 5)-A circulação de mão-de-obra,do capital,das mercadorias e informações. 6)-A distribuição espacial das atividades produtivas,a (re)organização do espaço geográfico. Dimensão cultural espaço geográfico demográfica do 7)-As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. Dimensão sócio-ambiental do espaço 8)-O espaço rural e a modernização da geográfico agricultura. 9) A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. 10)-Os movimentos migratórios e suas motivações. 11)-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. 12)-A formação, a localização, exploração dos recursos naturais. 8ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS 1) As diversas regionalizações espaço geográfico. do 2) A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. Dimensão geográfico econômica do espaço 3) A revolução técnico-científicoinformacional e os novos arranjos no espaço da produção. 4) O comércio mundial e as implicações socioambientais. Dimensão cultural e demográfica do 5) A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração de espaço geográfico territórios. 6) A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. 7) As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. 8) Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações. Dimensão política do espaço geográfico 9) A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico. Dimensão sócio-ambiental do espaço 10) A formação, localização, exploração geográfico dos recursos naturais. 11) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. 12) O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial. 1ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS 1) A formação e a transformação das paisagens. Dimensão geográfico econômica do espaço 2) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. 3) A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização do espaço geográfico. Dimensão política do espaço geográfico 4) A formação, localização e exploração dos recursos naturais. 5) O espaço rural e a modernização da agricultura. Dimensão cultural espaço geográfico demográfica do 6) O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. 7 ) As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. 8) A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços Dimensão socioambiental do espaço urbanos e a urbanização recente. geográfico 2ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS 1) A formação e a transformação das paisagens. Dimensão geográfico econômica do espaço 2) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. 3) A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização do espaço geográfico. Dimensão política do espaço geográfico 4) A formação, localização e exploração dos recursos naturais. 5) O espaço rural e a modernização da agricultura. Dimensão cultural espaço geográfico demográfica do 6) O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. 7) A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. Dimensão socioambiental do espaço geográfico 8) As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. 9) A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente. 10) A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. 11) Os movimentos migratórios e suas motivações. 3ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS 1) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. Dimensão econômica do espaço geográfico 2) A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização do espaço geográfico. 3) A formação, localização e exploração dos recursos naturais. Dimensão política do espaço geográfico 4) A revolução técnico-científicainformacional e os novos arranjos no espaço da produção. Dimensão cultural espaço geográfico demográfica do 5) O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. 6) A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. 7) Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. Dimensão socioambiental do espaço geográfico 8) A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente. 9) O comércio e as implicações sócio espaciais. 10) As diversas regionalizações do espaço geográfico. 11) As implicações sócio espaciais do processo de mundialização. 12) A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. C- METODOLOGIA DA DISCIPLINA: O ensino de Geografia deve garantir que o aluno, partindo de sua realidade, possa compreender como a natureza é transformada e o espaço é organizado pelo trabalho humano. Propõe que os conteúdos específicos sejam trabalhados através de reflexões sobre as causas e as consequências políticas, sociais e econômicas, da ação humana sobre o espaço geográfico, ou seja, de forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade de maneira contextualizada. O professor deve trabalhar a partir de uma consistente análise e da construção de explicações contundentes. Há que se imprimir uma postura investigativa e não apenas receptiva, devendo levar em conta o processo de inclusão que tem por prioridade oferecer variadas formas de estratégias metodológicas ao aluno; tais como: pesquisas na internet, uso da TV pendrive, uso de dvd, enfim todos os recursos audiovisuais; trabalho com mapas, bússola, globo; trabalhos com pesquisas em livros ou Internet; trabalho com entrevistas. Desenvolver a aula de campo que é na escola um rico encaminhamento metodológico para a análise do aluno. Ela abre ainda possibilidades de desenvolver múltiplas atividades práticas, tais como: consultas bibliográficas, obras literárias,análise de fotos antigas, interpretação de mapas, entrevistas com moradores, elaboração de maquetes, murais. A Lei nº10.639/03 e nº 11.645/08 da História e Cultura Afro Brasileira e Africana e Cultura Indígena será contemplada através de pesquisa, comentários, reportagens, filmes, dando ênfase as regiões quilombolas e aldeias indígenas do Paraná em todas as séries e a contribuição e valorização do negro e do indígena na construção da nação brasileira. A Geografia do Paraná será abordada de forma contextualizada e relacionada aos conteúdos de ensino de Geografia, possibilitando ao aluno melhor compreensão do espaço geográfico paranaense. O professor deverá manter uma coerência dos fundamentos teóricos aqui propostos, utilizando a cartografia como ferramenta essencial, possibilitando assim transitar em diferentes escalas espaciais, ou seja, do local ao global e viceversa contemplando a interdisciplinaridade. D) AVALIAÇÃO Deve ser entendida como mais uma das formas utilizadas pelos professores para avaliar a sua metodologia e o nível de compreensão dos conteúdos específicos tratados durante um determinado período. A avaliação é parte do processo de ensino - aprendizagem e, por isso, deve servir não apenas para acompanhar a aprendizagem dos alunos, mas também o trabalho pedagógico do professor. O professor deve evitar avaliações que contemplem apenas umas das formas de comunicação dos alunos. É fundamental que a avaliação seja mais do que apenas para definir uma nota ou estabelecer um conceito. É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos. A avaliação deve ser um processo não-linear de construções e reconstruções, assentado na interação e na relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo professor e aluno. Esta proposta propõe que o processo de avaliação esteja articulado com os conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço – tempo, a relação sociedade – natureza e as relações de poder, contemplando a escala local e global e vice – versa. No que diz respeito ao ensino de Geografia, a avaliação deve ser compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em quais condições. Nesse sentido as avaliações ocorrerão nas modalidades: formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio de diferentes instrumentos avaliativos; contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo do período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos; diagnóstica– verifica como está o processo de construção do conhecimento, se a metodologia está dando resultado efetivos e a partir destas constatações toma-se decisões e promove mudanças em relação à continuidade do trabalho, formativa– após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o processo para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando o repensar sobre as ações e não o resultado; somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados obtidos no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa quanto ao nível de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas; fornece feedback ao aluno, de forma que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensinoaprendizagem, ou seja, parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de aprendizagem, até que se chegue à avaliação final. 1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento. Critérios: O aluno: compreende as ideias presentes no texto e interage com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias. ao falar sobre o texto, expressa suas idéias com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada. estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula. 2. Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se pretende. Critérios: O aluno, quanto: a contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza; ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; a justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa; O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente. 3. Produção de Texto - a atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. Critérios: O aluno: produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.) adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura; Expressa as ideias com clareza (coerência e coesão); elabora argumentos consistentes; estabelece relações entre as partes do texto; estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la. 4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e expor suas ideias. Critérios: O aluno: VI- demonstra conhecimento do conteúdo; VII- apresenta argumentos selecionados; VIII- demonstra sequência lógica e clareza na apresentação; IX- faz uso de recursos para ajudar na sua produção. 5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades. Critérios: O aluno ao realizar seu experimento: • registra as hipóteses e os passos seguidos; • demonstra compreender o fenômeno experimentado; • sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais ; • consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos necessários. 6. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais. Critérios: O aluno ao proceder sua pesquisa de campo: registra as informações, no local de pesquisa; • organiza e examina os dados coletados, conforme orientações; • apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese; • atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros) 7. O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento. No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles. São elementos do relatório: introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais. Critérios O aluno: III- faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu relatório, apontando quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado e dos conceitos construídos; IV- descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade. V- faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram origem à atividade. em questão. 8. Seminário - oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Tratase de uma discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa. Critérios O aluno: 4. demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; 5. apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados); 6. faz adequação da linguagem; 7. demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa; 8. traz relatos para enriquecer a apresentação; 9. faz adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação. 9. Debate– possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos. Critérios O aluno: • aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os pensamentos divergentes; • ultrapassa os limites das suas posições pessoais; • explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição; • faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; • busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes; • registra, por escrito, as ideias surgidas no debate; demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate; • apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. 10. Atividades com textos literários - possibilita discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação. Critérios: O aluno: • compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; • faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido; • reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário. 11- Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor. Critérios: O aluno: 2. compreende e interpreta a linguagem utilizada; 3. articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; 4. reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso. 12.Trabalho em grupo - desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos. Critérios O aluno: interage com o grupo; compartilha o conhecimento; demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano. 13. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento. Critérios O aluno: Compreende o enunciado da questão. Planeja a solução, de forma adequada. Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua portuguesa. Sistematiza o conhecimento de forma adequada 14. Questões objetivas Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. Critérios O aluno: Realiza leitura compreensiva do enunciado; Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; Utiliza de conhecimentos adquiridos. E) REFERÊNCIAS CARDOSO, Jayme Antonio. Atlas Histórico do Paraná. 2ª edição. Ver. Amp. Curitiba, Livraria do Chain, Editora, 1986. CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo, Ática, 1986. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Geografia. Curitiba, 2008. LACOSTE, Y. A Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campinas; Papirus, 1988. MARINA, LÚCIA e TÉRCIO. Geografia: série novo ensino médio. Ed. Compacta, Editora Ática, São Paulo: 2003. MAAK, Reinhard. Geografia Física do Paraná. Curitiba, Banco de Desenvolvimento do Paraná, UFPR. 1968. MORAES, A. C. R. Geografia: pequena história crítica. São Paulo: Hucitec, 1987. PROJETO ARARIBÁ : Geografia / obra coletiva. São Paulo: Moderna, 2006. SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec,1996. SANTOS, M. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988. SANTOS, M. Espaço e Método. São Paulo: Nobel, 1985. SANTOS, M. Pôr uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000. VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto, 1997 VLACH. V.R.F. O Ensino da Geografia no Brasil: uma perspectiva histórica. In. VESENTINI, J.W.(org.). O ensino de geografia no século XXI. Campinas, SP. Papirus, 2004. COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA- EFMN PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR HISTÓRIA FÊNIX/2010 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA O objetivo primeiro do conhecimento histórico é a compreensão dos processos e dos sujeitos históricos, o desenvolvimento das relações que se estabeleceu entre os grupos humanos em diferentes tempos e espaços. Os historiadores estão atentos às diferentes e múltiplas possibilidades e alternativas nas sociedades, tanto nos dias de hoje quanto nas do passado, que emergiram da ação conscientes ou inconscientes dos homens, procuram apontar para os desdobramentos que se impuseram com o desenrolar das ações desses sujeitos. A construção da disciplina de História e a organização de seu ensino nas escolas brasileiras estiveram envolvidas desde o século XIX, em discussões políticas que estavam em destaque em diversos momentos. Considerando o período do Brasil independente o Estado passou a assumir a gestão da educação. A tarefa de fazer do ensino de História instrumento de legitimação de poderes e de formação de indivíduos adaptados à ordem social não poderia de resumir, à imposição de uma abordagem da História que privilegiassem o Estado e a ação dos grandes homens como constituidora da identidade nacional. A partir da Era Vargas há uma preocupação do Estado no sentido de orientar o ensino de História para a formação moral e política. O governo Vargas entendeu a importância do cultivo de uma história e de uma memória nacional para a construção da identidade nacional. Suas estratégias não se limitavam ao ensino escolar, mas iam além, atingindo políticas de preservação do patrimônio histórico e da celebração da memória da nação. As principais mudanças presentes no século XX foram acentuadas pelas reformas de Francisco Campos e Gustavo Capanema que elegeram o ensino de História como instrumento central da política, e a disciplina de Historia como fundamental na formação moral e patriótica. Após a implantação do regime militar o ensino de Historia manteve seu caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do ponto de vista de factual. Mantevesse os grandes heróis como sujeitos da Historia narrada, exemplos a serem seguidos e não contestados pelas novas gerações. O estado figurava como principal sujeito histórico. Na década de 70, o ensino de Historia era predominantemente tradicional, a abordagem dos conteúdos históricos era apresentada de forma linear e factual. A partir da Lei 5692/71, o ensino centrasse nessa formação tecnicista voltada para a preparação de mão de obra para o mercado de trabalho. No decorrer do processo histórico a historia busca explicar tanto as uniformidades e as regularidades das formações sociais quanto as rupturas e diferenças que se constituem no embate das ações humanas. Assim, o ensino de história no Colégio Estadual Santo Inácio de LoyolaEFMN é concebida como processo, busca aprimorar o exercício da problematização da vida social, como ponto de partida para a investigação produtiva e criativa, buscando identificar as relações sociais de grupos locais, regionais e nacionais e outros povos, perceberem as diferenças, os conflitos/contradições e as solidariedades, igualdades e desigualdades existentes nas sociedades, comparar problemáticas ativas e de outros momentos, posiciona de forma critica no seu presente e buscar as relações possíveis com o passado. Para tanto se torna necessário que o aluno compreenda do que é História e de como se constrói os conhecimentos históricos, tomando consciência da natureza do saber histórico, tenha percepção da duração da História da humanidade, identificando permanências e mudanças, compreendendo a coexistência de diferentes temporalidades históricas num mesmo período cronológico, estabeleça o diálogo entre o presente e o passado, incorporando elementos da história do cotidiano, da história cultural. CONTEÚDOS: 5ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS RELAÇÕES DE TRABALHO A experiência humana no tempo RELAÇÕES DE PODER Os sujeitos e sua relação com o RELAÇÕES CULTURAIS outro no Tempo; As culturas locais e a cultura comum. CONTEÚDOS: 6ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS RELAÇÕES DE TRABALHO As relações de propriedade; RELAÇÕES DE PODER A constituição histórica do mundo RELAÇÕES CULTURAIS do campo e do mundo da cidade; As relações entre o campo e a cidade; Conflitos e resistências e produção Cultural campo / cidade. CONTEÚDOS: 7ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES RELAÇÕES DE TRABALHO CONTEÚDOS BÁSICOS História das relações da RELAÇÕES DE PODER humanidade com o trabalho; RELAÇÕES CULTURAIS O trabalho e a vida em sociedade; O trabalho e as contradições da modernidade; Os trabalhadores e as conquistas de direito. CONTEÚDOS 8ª Série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS RELAÇÕES DE TRABALHO A RELAÇÕES DE PODER constituição instituição das instituições sociais; RELAÇÕES CULTURAIS A formação do estado; Sujeitos, Guerras e revoluções. CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES RELAÇÕES DE TRABALHO CONTEÚDOS BÁSICOS X- Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre • Urbanização e industrialização • O estado e as relações de poder • Os sujeitos, as revoltas e as guerras • Movimentos sociais, políticos e culturais , guerras e revoluções • Cultura e religiosidade RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS METODOLOGIA A proposta curricular delineada neste documento se propõe a estabelecer articulações entre abordagens teórico-metodológicas distintas, resguardadas as diferenças e até a oposição entre elas, por entender que esse é um caminho possível para o ensino de História. Uma vez que possibilita aos alunos compreender as experiências e os sentidos que os sujeitos dão às mesmas. O método a desenvolver no ensino de História é apresentar e colocar em prática o processo do aprendizado do educando, onde devemos dar conta dos desafios: desenvolver o senso crítico, conhecer a História como processo significativo em seu movimento contínuo, dinâmico, buscando dar significado à formação do educando. Criar situações de ensino para os alunos estabelecerem relações entre o presente e o passado, o particular e o geral, as ações individuais e coletivas. Dentro deste contexto é importante estimular o educando para que adquiram progressivamente atitudes de iniciativa para realizar estudos, pesquisas e trabalhos que despertem o interesse pela História e diversidade e o patrimônio cultural da humanidade. No ensino de História se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira compreendendo assim as relações marcadas pela desigualdade socioeconômicas e as transformações ao longo do tempo, respeitando e aderindo valores uns dos outros e buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Conforme a Lei n.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, onde a Lei nº 11.645 que contempla a mesma. Em História no que se refere a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena, será desenvolvida atividades como dramatização, cartazes, exposições, leitura e uso do laboratório de informática para pesquisas, danças, filmes, quadros murais, abrangendo os conceitos de alimentação, costumes, vestuários e organização sócio cultural. Todas as atividades visando valorizar a identidade, historia e cultura dos afro brasileira e indígenas, bem como a garantia do reconhecimento a igualdade da nação brasileira, europeia e asiática. Em história no que no se refere, história do Paraná será desenvolvida atividades como dramatização, cartazes, filmes, danças, quadros murais, pesquisas voltando á história do Paraná. E para que se efetive a construção do conhecimento em história é importante buscar a diversidade de fontes, problematizar o conteúdo dentro da narrativa histórica onde haja a participação dos sujeitos. Há também que se priorizar a investigação da região ou dos lugares onde os alunos vivem, sem deixar de lançar o olhar sobre a história de outras regiões, levando em consideração o estudo dos fatos de dimensão local, nacional continental e mundial. AVALIAÇÃO A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino, devendo ser para tanto diagnóstica onde tanto o professor quanto os alunos poderão revistar as práticas desenvolvidas até então para identificar lacunas no processo e ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem à superação das dificuldades. Para que a avaliação diagnóstica apresente os resultados desejados se faz necessário que seja realizado a partir do diálogo entre alunos e professores, envolvendo questões relativas aos critérios adotados, a função da avaliação e a necessidade de tomada de decisões a partir do que foi constatado. Para tanto serão utilizados os seguintes Instrumentos para a Avaliação: -Pesquisa; -Seminários; -Debates; -Estudo e análise a partir de filmes; -Prova escrita e oral; -Relatórios; -Pesquisa de Campo (Excursão); -Palestras sobre temas atuais e diversos. Atividades a partir de recursos audiovisuais - compreende e interpreta a linguagem utilizada; -articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; - reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso. Questões discursivas - compreende o enunciado da questão; - planeja a solução, de forma adequada; - comunicasse por escrito, com clareza a utilização da norma padrão da língua portuguesa sistematiza o conhecimento de forma adequada. Trabalho em grupo - interage com o grupo compartilha o conhecimento; -demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos; - compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade. Palestra / apresentação oral - demonstra conhecimento o conteúdo; - apresenta argumentos selecionados; - demonstra sequência lógica e clareza na apresentação; - faz uso de recursos para ajudar na sua produção necessária. Projeto de pesquisa de campo - registra as informações, no local de pesquisa, organiza e examina os dados coletados. Atende ao que foi solicitado no projeto. REFERÊNCIAS COTRIN, Gilberto. Saber e Fazer História 5ª à 8ª série Editora Saraiva São Paulo PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de História para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008. APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Araribá – História Ensino Fundamental. Editora Moderna São Paulo. HOBSBAWN, Eric. A Era dos Extremos. São Paulo, Companhia das Letras 1995. COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LÍNGUA PORTUGUESA FÊNIX/2010 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A Língua não é apenas uma forma de comunicação ela vai muito além disso: é a responsável pela constituição do sujeito, é interação e constituição. Não basta saber falar e escrever; é preciso dominar a linguagem para participar da vida do bairro, da cidade e do país. Pelo uso da linguagem, escolhendo as palavras certas para cada tipo de discurso, as pessoas se comunicam, trocam opiniões, têm acesso às informações, protestam e fazem cultura. Em outras palavras, tornam-se cidadãs. Há uma preocupação em "formar cabeças pensantes" que saibam entender e se expressar em diferentes situações.. É uma nova postura de ensino que procura levar em conta a realidade e os interesses dos próprios alunos. A língua portuguesa tem um padrão, seja gramatical (normativo), seja na sintaxe ou num vocabulário geral, isto é, a norma culta, pela qual se expressam, por exemplo, os escritores, intelectuais e outros, tanto portugueses quanto africanos, brasileiros, asiáticos, etc., o que estabelece uma unidade linguística. Mas, enquanto instrumento de comunicação oral, esta unidade já é segmentada e diversificada em vários aspectos – sobretudo no geográfico, quando se apresentam variações fonéticas e vocabulares. No Brasil, com sua imensidão territorial, não se pode falar numa só língua, igual e padronizada. Há falares e falares: nordestinos, nortistas, sulistas, etc. De acordo com Geraldi, herdamos do estruturalismo francês uma concepção de linguagem como capacidade humana de construção de sistemas semiológicos. A língua, entendida como um sistema de signos utilizados por uma comunidade para a troca comunicativa. Não se trata mais de aprender uma língua para dela se apropriar, mas trata-se de usá-la e, em usando-a, apreendê -la. Desenvolver e aceitar a palavra do outro como constitutiva de nossas próprias palavras é uma exigência do próprio objeto de ensino. A partir da década de 1980, ao mesmo tempo em que no interior de programas de pesquisa uma concepção nova de linguagem instaurava-se, muitos professores universitários brasileiros passam a articular suas reflexões teóricas a propostas alternativas de ensino da língua materna. A existência de variedades linguísticas é um fato empírico inegável. Como é a diferença que identifica nada mais justo que as descrições linguísticas tenham chamado a atenção fundamentalmente para estas diferenças. As pesquisas de campo em sociolinguística são suficientes para identificar a multiplicidade de variedades em nossa sociedade e à relação de poder envolvida no quadro de variedades linguísticas. E mais se comprova que as variedades são estigmatizadas na mesma medida da estigmatização social de seus falantes. Desde sempre os alunos chegaram aos bancos escolares falando português, mas este saber falar nunca foi explicitamente tomado como um saber. Esta desvalorização do saber prévio a escola, resultou no baixo desempenho dos alunos nas aulas de português. Para que ocorram mudanças significativas nesse quadro é necessário que a escola abra para os alunos espaços de novos convívios, que lhes permitam constituírem-se como sujeitos autores de suas falas e de suas escritas. O mundo contemporâneo não quer mais somente um cidadão que reconheça a herança cultural, mas que se torne um produtor de cultura. Aprendendo a refletir sobre a linguagem, o aluno será capaz de compreender uma gramática. Agora, aquele que nunca refletiu sobre a linguagem pode decorar uma gramática, mas jamais compreenderá seu sentido. Por tudo isto a proposta de Língua Portuguesa e Literatura do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola- Ensino Fundamental e Médio busca formas de contribuir para uma reflexão e ação mais aprimoradas sobre a necessidade de se trabalhar com o aluno nas diversas situações e usos da Língua e também propõe alternativas metodológicas e avaliativas que possam auxiliar o trabalho do professor. Para se adentrar na discussão acerca do ensino de Língua Portuguesa e Literatura é fundamental refletir acerca da importância que esta disciplina tem num mundo de tão complexas relações no qual, constantemente, sistematiza-se o conhecimento existente e se gera novos conhecimentos. O número de informações registradas através da escrita é tão imenso, que fica difícil apropriarse de sua totalidade. Este fato ilustra a grandiosidade do desenvolvimento dos seres humanos, podendo-se considerar que os conhecimentos produzidos ao longo da existência humana estão muito além daqueles que se dispõe no insignificante universo pessoal. Se, por um lado, é impossível apropriar-se de todos esses dados sobre a realidade, por outro, é inaceitável, reconhecendo o valor dessa elaboração, ficar-se totalmente alijados desse processo conscientemente. Assim, diante desta questão, o ato de ler e escrever, que são caminhos para se apropriar de todos estes conhecimentos, devem ser encarados como imprescindíveis ao desenvolvimento, não só individual, como também social. E se não bastasse esse caráter prático, há ainda o que pode ser considerado o mais importante, isto é, o papel que tem o próprio ato de ler e escrever no desenvolvimento do intelecto da pessoa. Por isso é preciso formar o leitor e escritor questionador, reflexivo e com espírito crítico. Dessa forma ele terá a competência de estabelecer relações a qual viabiliza a ampliação de visão de mundo para que melhor possa compreender a realidade na qual está inserido, isto é, a realidade humana, na qual nenhum agir é isolado, é antes uma ação que decorre e implica outras e muitas ações, perfazendo a totalidade das relações humana. E, para que o ensino de Língua Portuguesa e Literatura cumpra sua função dentro de uma perspectiva sócio-interacionista, é preciso que se tenha uma melhor compreensão da importância história desta disciplina Conforme colocado nas Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os anos finais do Ensino Fundamental e Médio, do Estado do Paraná, historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se com a educação jesuítica. Essa educação era instrumento fundamental na formação da elite colonial ao mesmo tempo em que se propunha a “alfabetizar” e “catequizar” os indígenas (MOLL, 2006, p. 13). A concepção de educação e o trabalho de escolarização dos indígenas estavam vinculados ao entendimento de que a linguagem reproduzia o modo de pensar. Ou seja, pensava-se, segundo uma concepção filosófica intelectualista, que a linguagem se constituía no interior da mente e sua materialização fônica revelava o pensamento. Nesse período, não havia uma educação institucionalizada, partia-se de práticas pedagógicas restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos hegemônicos da metrópole e da Igreja. A Reforma Pombalina, em 1759, impôs a Língua Portuguesa como idiomabase do ensino, entre outras medidas que visavam à modernização do sistema educacional, a cargo dos jesuítas por mais de dois séculos. A Língua Portuguesa passa, então, com a Reforma Pombalina, a fazer parte dos conteúdos curriculares, mesmo assim seguindo os moldes do ensino de latim. (LUZFREITAS, 2004, s/p.) A literatura expressa na variedade brasileira da língua portuguesa foi retomada pelos modernistas que, em 1922, defendiam a necessidade de romper com os modelos tradicionais portugueses e privilegiar o falar brasileiro e, embora não tenha protagonizado uma revolução na linguagem, o Modernismo contribuiu para aproximar nossa língua escrita do falar cotidiano do Brasil O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até meados do século XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir da década 1960, um processo de expansão do ensino primário público, que incluiu, entre outras ações, a ampliação de vagas e eliminação dos chamados exames de admissão. Como consequência desse processo, a multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais passaram a ser outras bem diferentes. O ensino de Língua Portuguesa, no contexto da expansão da escolarização, não poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar, dentre elas a presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes dos até então admitidos na escola. A Lei nº 5692/71 dispôs que o ensino deveria estar voltado à qualificação para o trabalho. Desse vínculo decorreu a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na disciplina de Língua Portuguesa, pautava-se na concepção de linguagem como meio de comunicação (cujo objeto é a língua vista como código), com um viés mais pragmático e utilitário em detrimento do aprimoramento das capacidades linguísticas do falante. Com a Lei n° 5692/71, a disciplina de Português pas sou a denominar-se, no primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries), baseando-se, principalmente, nos estudos de Jakobson, referentes à teoria da comunicação. Na década de 70, além disso, outras teorias a respeito da linguagem passaram a ser debatidas, entre elas: a Sociolinguística,• a Análise do Discurso, a Semântica, que preocupa-se com a natureza, função e uso dos significados; a Linguística Textual. Dessas teorias resultou o questionamento sobre a autoridade e a eficácia das aulas de gramática no ensino da língua materna. Referente ao ensino de Literatura, até meados do século XX, o principal instrumento do trabalho pedagógico eram as antologias literárias, com base nos cânones. A leitura do texto literário, no ensino primário e ginasial, visava transmitir a norma culta da língua, com base em exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos. O objetivo era despertar o sentimento nacionalista e formar cidadãos respeitadores da ordem estabelecida. Nos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau, com abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto literário. Essa abordagem da literatura pode ser compreendida quando se resgata o contexto da época: no vigor da ditadura militar, não seria tolerada uma prática pedagógica que visasse despertar o espírito crítico e criador dos alunos. [...] com a anistia política e, principalmente, a partir de 1982, com as eleições diretas dos governadores dos Estados, o clima de liberdade e de movimentação teórica cresceu consideravelmente, possibilitando saídas para vários impasses teóricos no campo educacional. (GHIRALDELLI, 1994, p. 204) A consolidação da abertura política resultou em pesquisas que fortaleceram a pedagogia histórico crítica, propiciando uma rede de outras pesquisas, inserindo, no pensamento pedagógico dos anos 80, uma vertente progressista. Os estudos linguísticos centrados no texto e na interação social das práticas discursivas e as novas concepções sobre a aquisição da Língua Materna chegaram ao Brasil no final da década de 1970 e início dos anos 80, quando as primeiras obras do Círculo de Bakhtin passaram a ser lidas nos meios acadêmicos e contribuíram, no Brasil, para fazer frente à pedagogia tecnicista. A dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaço, ao menos na academia, a novos paradigmas, envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de análise. Deve-se aos teóricos do Círculo, e principalmente a Bakhtin, o avanço dos estudos em torno da natureza sociológica da linguagem. Várias produções teóricas influenciaram os programas de reestruturação do Ensino de 2.º Grau, de 1988, e do Currículo Básico, de 1990, que já denunciavam “o ensino da língua, cristalizado em viciosas e repetitivas práticas que se centram no repasse de conteúdos gramaticais” (PARANÁ, 1988, p. 2) e valorizavam o direito à educação linguística. Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), do final da década de 1990, também fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas, levando a uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita. Contudo, [...] as indicações dos PCNs podem ser coerentes e produtivas, e de fato o são em vários aspectos, mas, encerrando o trabalho com o texto em modelos preestabelecidos, afastam-se da proposta do dialogismo bakhtiniano diante do texto, dos discursos, da vida, do conhecimento. (BRAIT, 2000, p. 24). Essa restrição, de acordo com Brait (2000, p. 24) “impede um trabalho mais aberto e histórico com os textos e seus leitores”. O trabalho com modelos preestabelecidos aborda apenas os aspectos formais do texto, deixando de considerar que todo texto é um elo na cadeia da interação social, sempre é uma resposta ativa a outros textos e pressupõe outras respostas. A abordagem apenas formal exclui o texto de seu contexto social. Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na educação básica brasileira e confrontando esse percurso com a situação de analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos apresentada, hoje, pelos alunos da educação básica, segundo os resultados de avaliações em larga escala e, mesmo, de pesquisas acadêmicas, as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa requerem, neste momento histórico, novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas. 2. CONTEÚDOS: 5ª série Conteúdos estruturantes: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL *GÊNEROS DISCURSIVOS Adivinhas Álbum de Família Anedota Bilhetes Cantiga de Roda Carta pessoal Cartão Cartão Postal Causos Comunicado Convites Trava-línguas Contos de fadas LEITURA Tema do texto; Interlocutor; finalidade; Argumentos do texto; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos( como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA Contexto de produção; Interlocutor; Finalidade do texto; Informalidade; Argumentatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Divisão do texto em parágrafos; Marcas linguística: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal. ORALIDADE Tema do texto; Finalidade; Argumentos; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 6ª série CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL *GÊNEROS DISCURSIVOS Adivinhas Álbum de Família Anedota Bilhetes Cantiga de Roda Carta pessoal Cartão Cartão Postal Causos Comunicado Convites Músicas Parlendas Piadas LEITURA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Argumentos do texto; Contexto de produção; Intertextualidade; Informações explícitas e implícitas; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Repetição proposital de palavras; Léxico; Ambiguidade; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação; recursos gráficos(como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem. ESCRITA Contexto de produção; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; ortografia; Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Semântica. 7ª série CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL *GÊNEROS DISCURSIVOS Diário Exposição Oral Fotos Músicas Parlendas Piadas Provérbios Quadrinhas Receitas Relatos de Experiências Vividas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Ficção Científica Narrativas de Humor Narrativas de Terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Paródias Pinturas Poemas Romances Tankas Textos Dramáticos LEITURA Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos( como aspas, travessão, negrito); • Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido figurado; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Concordância verbal e nominal; 8ª série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL *GÊNEROS DISCURSIVOS Curriculum Vitae Diário Exposição Oral Fotos Músicas Autobiografia Biografias Contos Contos de Fadas Contemporâneos Crônicas de Ficção Biografias Crônicas de Ficção Escultura Haicai Histórias em Quadrinhos Lendas Literatura de Cordel Memórias Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Ficção Científica Narrativas de Humor Narrativas de Terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Paródias Pinturas Poemas Romances Tankas Textos Dramáticos LEITURA VI- Conteúdo temático Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Discurso ideológico presente no texto; • Discurso ideológico presentes no texto; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Semântica: - operadores argumentativos; - polissemia; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito etc.; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência; • Processo de formação de palavras; • Vícios de linguagem; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; • Semântica; • Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito. ENSINO MÉDIO Discurso como Prática Social 1ª SÉRIE *GÊNEROS DISCURSIVOS Cotidiano: - Curriculum Vitae; - Música; - Exposição Oral. Literária/Artística: - Crônicas de Ficção; - Letras de música; - Textos dramáticos. Científica: - Relatório; - Pesquisas; - Verbetes. Escolar: - Texto de opinião. Imprensa: - Artigo de opinião; - Manchete. Publicitária: - Outdoor. Política: -Carta de Emprego. Jurídica: - Contrato; - Leis. Produção e Consumo: - Regras do jogo. Midiáticas: - Reality show LEITURA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do Gênero; Léxico Marcas linguística: coesão,coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA Tema do texto ; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Argumentatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Divisão do texto em parágrafos; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes, gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão negrito), figuras de linguagem; Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal. ORALIDADE Tema do texto; Finalidade; Argumentatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos:entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão,coerência, gírias ,repetição, recursos semânticos. 2ª SÉRIE Discurso como Prática Social *GÊNEROS DISCURSIVOS Cotidiano: - Carta pessoal; - Comunicado; - Exposição oral. Literária/Artística: - Análise de escultura; - Haicai; - Narrativas míticas; - Textos dramáticos. Cientifica: - Palestra; - Relatório. Escolar: - Diálogo/Discussão argumentativa; - Texto Argumentativo. Imprensa: - Cartum; - Crônica jornalística; - Entrevista. Publicitária: - Publicidade Institucional. Política: - Fórum de debates. Jurídica: - Declaração de direitos. Produção e consumo: - Manual técnico. Midiática: - Vídeo Conferência. LEITURA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Aceitabilidade; Situacionalidade; Intertextualidade; Informações explícitas e implícitas; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Repetição proposital de palavras; Léxico; Ambiguidade; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes, gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão,coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal. ORALIDADE Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição 3ª SÉRIE Discurso como prática social *GÊNEROS DISCURSIVOS Cotidiano: - Curriculum Vitae; - Comunicado; - Fotos; - Músicas. Literária/Artística: - Tankas; - Memória. Científica: - Pesquisa; - Relatório; - Artigo. Escolar: - Ata; - Debate regrado. Imprensa: - Artigo de Opinião; - Reportagens; - Sinopses de filmes. Publicitária: - Publicidade Oficial. Política: - Carta de emprego. Jurídica: - Estatutos. Produção e Consumo: - Manual técnico. Midiáticos: - Reality show. LEITURA Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Marcas linguísticas: coesão,coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito). Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; -expressões que denotam ironiae humor no texto. ESCRITA Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travesso, negrito); Concordância verbal e nominal; Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - significado das palavras; - sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ORALIDADE Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial,corporal e gestual, pausas ; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 3. METODOLOGIA A metodologia da presente proposta de Língua Portuguesa orienta o trabalho pedagógico expondo em linhas gerais os conteúdos e indicando métodos de aprendizagem que favoreçam o tratamento desses conteúdos. Assim, o trabalho em sala de aula será organizado em torno do uso da língua, envolvendo a leitura, produção oral e escrita, gramática e análise linguística, tendo como conteúdo estruturante da prática o discurso como prática social. No processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa, buscar-se-á: • empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles; • desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção; • analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos lingüísticodiscursivos; • aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita; • aprimorar os conhecimentos lingüísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais. 3.1 PRÁTICA DA ORALIDADE Sabendo-se que a prática oral realiza-se por meio de operações lingüísticas complexas, no trabalho com a oralidade será realizado um trabalho que ofereça condições ao aluno de falar com fluência em situações formais, adequando a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções), aproveitando os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticando e aprendendo a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir. . Na prática da oralidade, esta proposta, seguindo as Diretrizes, considera as variantes lingüísticas como legítimas, uma vez que são expressão de grupos sociais historicamente marginalizados em relação a centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da fala culta. Isso contraria o mito de que a língua é uniforme e não deve variar conforme o contexto de interação. As possibilidades de trabalho com os gêneros orais são diversas: - apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme, um livro); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização; debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação; troca de opiniões; recado; elogio; explicação; contação de histórias; declamação de poemas; etc. No que concerne a literatura oral, valoriza-se a potência dos textos literários como Arte, os quais produzem oportunidade de considerar seus estatutos, sua dimensão estética e suas forças políticas particulares. Primeiramente se fará a seleção dos objetivos que se pretende com o gênero oral escolhido, por exemplo: 5. na proposição de um seminário, além de explorar o tema a ser apresentado, os alunos serão orientados sobre o contexto social de uso desse gênero, a postura diante dos colegas, refletindo a respeito das características textuais (composição do gênero, as marcas linguístico-enunciativas), organizando a seqüência da apresentação, observando a relevância dos conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência do texto, etc; • na participação em um debate, pode-se observar a argumentação do aluno, como ele defende seu ponto de vista, orientar sobre a adequação da linguagem ao contexto, trabalhar com os turnos de fala, com a interação entre os participantes, etc; • na dramatização de um texto, é possível explorar elementos da representação cênica (como entonação, expressão facial e corporal, pausas), bem como a estrutura do texto dramatizado, as trocas de turnos de falas, etc; • ao narrar um fato (real ou fictício), será abordada a estrutura da narrativa, exploração dos conectivos usados na narração, refletindo-se sobre o uso de gírias e repetições, entre outros pontos. Além disso, a linguagem será analisada em uso em outras esferas sociais, como: em programas televisivos (jornais, novelas, propagandas); em programas radiofônicos; no discurso do poder em suas diferentes instâncias: público, privado, enfim, nas mais diversas realizações do discurso oral. Ao analisar os discursos de outros, também será preciso selecionar os conteúdos que se pretende abordar. Seguem algumas atividades que serão aplicadas, tendo como referência Cavalcante & Melo (2006): 10. se a intenção for trabalhar com o gênero entrevista televisiva, poderá se refletir como o apresentador se dirige ao entrevistado; quem é o entrevistado, idade, sexo; qual papel ele representa na sociedade; o desenvolvimento do tema da entrevista; o contexto; se a fala do apresentador e do entrevistado é formal ou informal; se há clareza nas respostas; os recursos expressivos, etc; • o gênero mesa-redonda possibilita verificar como os participantes interagem entre si. Para isso,é importante considerar algumas características dos participantes, como: idade, sexo, profissão, posição social. Pode-se analisar os argumentos dos participantes, a ideologia presente nos discursos, as formas de seqüencialização dos tópicos do diálogo, a linguagem utilizada (formal, informal), os recursos lingüístico-discursivos usados para defender o ponto de vista, etc. • em cenas de novelas, filmes, programas humorísticos e outros, tem-se como explorar a sociolingüística, o professor pode estimular o aluno a perceber se há termos, expressões, sotaques característicos de alguma região, classe social, idade e como estes sotaques ou marcas dialetais são tratadas. Além disso, pode solicitar que os alunos transcrevam um trecho de uma cena de novela e analisem, por exemplo, as falas das personagens em momentos de conflito, verificando se apresentam truncamento, hesitações, o que é comum em situações de conflito real. A comparação entre as estratégias específicas da oralidade e aquelas da escrita fará parte da tarefa de ensinar os alunos a expressarem suas idéias com segurança e fluência. O trabalho com os gêneros orais visa o aprimoramento lingüístico, bem como a argumentação. Nas propostas de atividades orais, o aluno refletirá tanto a partir da sua fala quanto da fala do outro, sobre: •elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros usados em diferentes esferas sociais; · a unidade de sentido do texto oral; · os argumentos utilizados; • as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a informal; · o papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade; • observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível social, formação, etc.) para adequar o discurso ao interlocutor; • as variedades lingüísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo; • os procedimentos e as marcas lingüísticas típicas da conversação (como a repetição, o uso das gírias, a entonação), entre outros. 3.2 PRÁTICA DA ESCRITA O exercício da escrita, nesta proposta, leva em conta a relação entre o uso e o aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são construções coletivas. Assim, entende-se o texto como uma forma de atuar, de agir no mundo. Escreve-se e fala-se para convencer, vender, negar, instruir, etc. As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade, se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade” (ANTUNES, 2003, pp.62-63). Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em sala de aula para aprimorar a prática de escrita. Abaixo, citam-se alguns, contudo, ressalta-se que os gêneros escritos não se reduzem a esses exemplos: convite, bilhete, carta, cartaz, aviso, notícia, editorial, artigo de opinião, carta do leitor, relatórios, resultado de consultas bibliográficas, resultados de pesquisas, resumos, resenhas, solicitações, requerimento, crônica, conto, poema, relatos de experiência, receitas, e-mail, blog, orkut, etc. Na prática da escrita, há três etapas interdependentes e intercomplementares: • primeiramente, tanto o professor quanto o aluno planejarão o que será produzido; • em seguida, escrevem a primeira versão sobre a proposta apresentada; • depois, revisam, reestruturam e reescrevam esse texto, tendo em vista a intenção que se teve ao produzi-lo. Se for preciso, tais atividades serão retomadas, analisadas e avaliadas durante esse trabalho. Por meio desse processo, em que vivencia a prática de planejar, escrever, revisar e reescrever seus textos, o aluno perceberá que a reformulação da escrita não é motivo para constrangimento. Não caracteriza uma produção que esteja “errada” e, sim, que é possível escrever textos que reflitam melhor seus pontos de vista, sua criatividade, seu imaginário, pela troca de uma palavra por outra, de um sinal de pontuação por outro, do acréscimo ou da exclusão de uma idéia, pela adequação do discurso ao contexto, ao interlocutor. O refazer textual poderá ocorrer de forma individual ou em grupo, considerando a intenção e as circunstâncias da produção e não a mera “higienização” do texto do aluno, para atender apenas aos recursos exigidos pela gramática. O refazer textual deve ser, portanto, atividade fundamentada na adequação do texto às exigências circunstanciais de sua produção. Para dar oportunidade de socializar a experiência da produção textual e o ato de compartilhá-la, o professor se utilizará de diversas estratégias como, por exemplo, afixar os textos dos alunos no mural da escola, por meio de rodízio, reunir os diversos textos em uma coletânea ou publicá-los no jornal da escola. Dessa forma, além de enfatizar o caráter interlocutivo da linguagem, possibilitando aos estudantes constituírem-se sujeitos do fazer lingüístico, essa prática orientará não apenas a produção de textos significativos, como incentivará a prática da leitura. Na concepção de linguagem desta proposta, a prática da escrita constitui uma ação com a linguagem que inclui, também, a avaliação: [...] ao produzir um texto, o aluno procura no seu universo referencial os recursos lingüísticos e os demais recursos necessários para atender à intenção. Avaliando o produto, ele sabe se pode manter o universo referencial como até então constituído (atualizando-o), ou se deve modificálo, ou ainda ampliá-lo. (PIVOVAR, 1999, p. 54) Durante a produção de texto, o estudante aumenta seu universo referencial e aprimora sua competência de escrita, apreende as exigências dessa manifestação lingüística e o seu sistema de organização próprio. Ao analisar seu texto conforme as intenções e as condições de sua produção, o aluno adquire a necessária autonomia para avaliá-lo. Para o trabalho com a prática de escrita, além das considerações acima, serão realizadas atividades que contemplem: · orientação sobre o contexto social de uso do gênero a ser produzido, observando: -elementos composicionais -elementos formais -marcas lingüísticas típicas do gênero; • discussão sobre o tema; • leitura de textos sobre o mesmo assunto (de gêneros diferentes); · leitura de textos do mesmo gênero; · organização dos parágrafos; · adequação da linguagem ao gênero; · o papel do interlocutor; • coerência e coesão textual; · processo de referenciação; · operadores argumentativos e os efeitos de sentido; • função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto; • discurso direto, indireto e indireto livre; • argumentatividade ; • intertextualidade; • vícios de linguagem, e outros. 3.3 PRÁTICA DA LEITURA Nesta proposta, entende-se a prática de leitura como um ato dialógico, interlocutivo. O aluno/leitor, nesse contexto, passa a ter um papel ativo no processo de leitura, é o responsável por “reconstruir o sentido do texto”. Tal ótica concebe a leitura como instauradora de diálogos, propiciando diferentes formas de ver, de avaliar o mundo e de reconhecer o outro. Considera, também, o ato de ler uma transação entre a competência do leitor e a competência que o texto postula. Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diferentes esferas sociais, jornalística, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc. Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Para o encaminhamento da prática de leitura em sala de aula, o professor realizará atividades que propiciem a reflexão e discussão: • do tema; • do conteúdo veiculado; • da finalidade; • dos possíveis interlocutores; • das vozes presentes no discurso e o papel social que elas representam; • das ideologias apresentadas no texto; • da fonte; • dos argumentos elaborados; • da intertextualidade. Além dessas serão analisadas também os recursos lingüísticos e estilísticos apresentados na construção do texto, como: • as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e do texto em registro informal; • a repetição de palavras e o efeito produzido; • o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento; • léxico • progressão referencial no texto • os elementos lingüísticos que colaboram para a coerência e coesão do texto: os conectivos, os operadores argumentativos, os modalizadores (uso de certas expressões que revelam o ponto de vista do locutor em relação ao que diz); entre outros. 3.4 ANÁLISE LINGÜÍSTICA A análise lingüística é uma prática didática complementar as práticas de leitura, oralidade e escrita, visto que possibilita “a reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos lingüísticos, seja no momento de ler/escutar, de produzir textos ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua.” (MENDONÇA, 2006, p. 204). Essa prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos lingüísticos e seus efeitos de sentido nos textos. O trabalho didático com a análise lingüística nesta proposta terá como parâmetro o sugerido por Antunes (2007, p. 134)que elaborou um programa de gramática. Ressaltam-se, aqui, algumas propostas de análise que focalizam o texto (como parte da atividade discursiva) e serão inseridas na sala de aula: · as marcas lingüísticas dos diferentes gêneros (orais e escritos); · o efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em relação ao que diz – expressões modalizadoras (ex: felizmente, comovedoramente, etc.); • os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto; • figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor, ironia, ambigüidade, exagero, expressividade, etc.); • a associação semântica entre as palavras de um texto e seus efeitos para coesão e coerência pretendidas; • recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito, itálico, sublinhado, parênteses, etc.; • a pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto; • o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e seqüenciação do texto; • o valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo; • procedimentos de concordância verbal e nominal; • a função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do sentido entre o que vem antes e o que vem depois em um texto. . a função do substantivo no processo de referenciação, entre outros. Serão desenvolvidas atividades que possibilitem aos alunos a reflexão sobre seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de reestruturação ou refacção, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre outros textos, de diversos gêneros que circulam no contexto escolar e extra-escolar. O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permitirá ao professor explorar as categorias gramaticais, conforme cada texto em análise. Mas, nesse estudo, o que vale não é a categoria em si: é a função que ela desempenha para os sentidos do texto. 4. AVALIAÇÃO A avaliação nesta proposta está em consonância com a concepção de avaliação presente na na LDB, DCE e PP da escola devendo ser contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. O desempenho do aluno será registrado através de notas de zero a 10,00 sendo a média para aprovação 6,0. A avaliação em Língua Portuguesa será um processo de aprendizagem contínuo e dará prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo. Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor usará a observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo. A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das aulas. Sob esta perspectiva, assim se dará a avaliação conforme as orientações das Diretrizes Curriculares: • Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de idéias, numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve ser considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência da sua fala, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos, programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo em vista o resultado esperado. • Leitura: será avaliada as estratégias que os estudantes empregam para a compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos, relações de causa e conseqüência entre as partes do texto, o reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre outros. Tendo em vista o multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc. Não é demais lembrar que é importante considerar as diferenças de leituras de mundo e o repertório de experiências dos alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte de expectativas. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto. • Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo-textuais, verificando: a coesão e coerência textual, a adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio. No momento da refacção textual, é pertinente observar, por exemplo: se a intenção do texto foi alcançada, se há relação entre partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário substituir parágrafos, ideias ou conectivos. • Análise Linguística: como é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Nessa prática pedagógica, os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos no interior do texto. Dessa forma, o professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do texto (causa, tempo, comparação, etc). Uma vez entendidos estes mecanismos, os alunos podem incluí-los em outras operações linguísticas, de reestruturação do texto, inclusive. Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento. 5. REFERÊNCIAS ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola, 2003. BRAIT, B. Bakhtin, dialogismo e construção do sentido. Campinas: Editora da Unicamp, 1997. GHIRALDELLI Jr., Paulo. História da Educação. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1994. MENDONÇA, Márcia. Análise lingüística no ensino médio: um novo olhar, um outro objeto. IN: BUNZEN, Clécio; MENDONÇA, Márcia [orgs.]. Português no ensino médio e formação do professor. 2 ed. São Paulo: Parábola, 2006. MOLL, Jaqueline. Alfabetização Possível: reinventando o Ensinar e o Aprender. 7 ed. Porto Alegre: Mediação, 2006. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Reestruturação do Ensino de 2o Grau. Curitiba, 1988. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED, 1990, p. 50 – 62. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. __________Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008. PIVOVAR, Altair. Leitura e escrita: a captura de um objeto de ensino. Curitiba, 1999. Dissertação de mestrado – UFPR. REFERÊNCIAS ON LINE LUZ-FREITAS, Márcia de Souza. E a Língua Portuguesa tornou-se disciplina curricular. (PUC-SP e FEFI-MG). Disponível <http://www.filologia.org.br/revista/33/04> 2004. Acesso em: 05.11.2010 em: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR MATEMÁTICA FÊNIX/2010 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A história da Matemática nos revela que os povos das Antigas Civilizações conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram a compor a matemática que se conhece hoje. Na literatura da História da Matemática conta-se que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. Essas foram as primeiras considerações feitas pela humanidade a respeito de ideias que se originaram de simples observações provenientes da capacidade humana de reconhecer configurações físicas e geométricas, comparar formas, tamanhos e quantidades. No Brasil na metade do século XVI a matemática viria a ser introduzida pelos jesuítas como disciplinas nos currículos das escolas brasileiras. Entretanto, o ensino dos conteúdos matemáticos como disciplina escolar, nos colégios jesuítas, não alcançou destaque nas práticas pedagógicas. O século XIX foi denominado por Ribnikov como o período das matemáticas contemporâneas. Trata-se uma consideração crítica do sistema de axiomas, dos métodos lógicos e demonstrações matemáticas. No final do século XIX e início do século XX, levantaram-se preocupações relativamente ao ensino de Matemática, resultantes de discussões realizadas em encontros internacionais de matemáticos, os quais já elaboravam propostas com uma preocupação caracterização da pedagógica. Tais discussões contribuiram para a Matemática como disciplina escolar e inicia-se a tarefa de transferir para a prática docente os ideiais e exigências advindos das revoluções do século anterior. A instalação de indústrias, fábricas nas cidades causado pelo aumento da população urbana fez surgir uma nova forma de produção de bens materias. Nesse contexto os matemáticos, passaram de pesquisadores a professores e passaram a se preocupar mais diretamente com as questões de ensino. Para a prática docente, educadores matemáticos buscaram fundamentação não somente nas teorias matemáticas mas estudos psicológicos, filosóficos e sociológicos. Esse foi o início de um movimento de renovação de ensino de Matemática. Até o final dos anos 50 a tendência que prevaleceu no Brasil foi a matemática Formalista Clássica. Nesa tendência, a aprendizagem era centrada no professor e no seu papel de transmissor e expositor de conteúdo, pelos desenvolvimentos teóricos em sala de aula. O ensino era livresco e conteudista e a aprendizagem consistia na memorização e na repetição precisa de raciocícios e procedimentos. Após a década de 50 observou a tendência Formalista Moderna, onde o ensino era centrado no professor que demonstrava os conteúdos em sala de aula. Enfatizavam-se o uso preciso da linguagem Matemática, o rigor e as justificativas das transformações algébricas por meio das propriedades estruturais. Em 1964 o regime militar brasieleiro oficializou a tendência pedagógica denominada Tecnicista. Nessa concepção a escola tinha a função de manter e estabilizar o sistema de produção capitalista, cujo objetivo era preparar o indivíduo para ser útil e servir ao sistema. Nas décadas 60 e 70 surge no Brasil a tendência Construtivista. Nessa tendência, o conhecimento matemático resultava de ações interativas e reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas atividades pedagógicas. Na década de 80 num momento de abertura política no país o auge das discussões gira em torno da tendência Histórico-Crítica. Nessas tendência, a aprendizagem da matemática não consistia apenas no desenvolvimento de habilidades, e sim no desenvolvimento de estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e significado as ideias matemáticas, tornando-o capaz de estabelecer relações como justificar, analisar, discutir e criar. No início da década de 1990, cria-se no Paraná o Currículo para Rede Pública do Ensino Fundamental. Portanto é necessário que o processo ensino-aprendizagem em Matemática contribua para que o aluno tenha condições de constatar regularidades matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento. Assim, a partir do conhecimento matemático, seja possível o aluno criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas. O ensino de Matemática seja realizado em práticas contextualizadas, ou seja, parta-se de situações do cotidiano do aluno, onde tais situações, apontem para o conhecimento elaborado cientificamente. Ela está presente em nossas vidas, desde uma simples contagem, até na hora de definir se uma compra deve ser paga à vista ou a prazo, no uso em complexos computadores, no sobe-e-desce da bolsa de valores, nos índices de pobreza e riqueza de um país... A Matemática tem grande importância em outras áreas do conhecimento, como instrumento, e faz parte de nosso cotidiano. Sendo assim o professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas aulas de matemática. Deste modo deve-se construir um ensino aprendizagem em Matemática tendo como objetivos que os alunos ao final do Ensino Fundamental tenham adquirido conhecimentos básicos sobre a linguagem matemática, suas causas e como elas influenciam nossas vidas; bem como compreendam que a matéria prima da matemática são as idéias, e que seu desafio é a construção de sistemas coerentes de idéias; desenvolvendo assim a capacidade de analisar, comparar, conceitar, representar, abstrair e generalizar e que os mesmos tenham condições de associar a matemática a outra área do conhecimento; desenvolvendo desta forma a partir de suas experiências, um conhecimento organizado que proporcione a construção de seu aprendizado e que com o conhecimento matemático adquirido e que os alunos tornem-se possível criticarem questões sociais, políticas, econômicas e históricas. B) CONTEÚDOS: SÉRIE CONTEÚDOS CONTEÚDOS CRITÉRIOS DE ESTRUTURANTES BÁSICOS AVALIAÇÃO Sistema de Conheça numeração; os diferentes sistemas de numeração; Números naturais; identifique o conjunto dos naturais, comparando e Múltiplos e 5ª NÚMEROS E ÁLGEBRA reconhecendo divisores; Potenciação radiciação; Números Fracionários; Números decimais. e seus elementos; Realize operações com números naturais; expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam (as) operações com números naturais estabeleça relação de igualdade transformações e entre: fração e número decimal; fração e número misto; Reconheça o MMC e MDC XVIII- Identifique XI-Medidas de GRANDEZAS E MEDIDAS medida de comprimento; de XIX- XIII- Medidas de área; XX- submúltiplos do quilograma; de XXI- tempo; Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas; XVI- Medidas de • Reconheça e represente ponto, Geometria reta, plano, semirreta e segmento de Plana; • Opere com múltiplos e volume; • e sistemas de medidas; XIV- Medidas de GEOMETRIAS Reconheça compreenda os diversos massa; XV-Medidas metro como unidade-padrão de comprimento; XII- Medidas o reta; Geometria Espacial. • determine perímetros de figuras planas; • calcule a área de uma figura plana; TRATAMENTO DA • INFORMAÇÃO • diferencie um circulo e • circunferência, Interprete e identifique os diferentes Dados, tabelas de gráficos e compilação de e gráficos; • tipos dados, sendo capaz de Porcentagem. fazer a leitura desses recursos formas nas em diversas que se apresentam; • Resolva situações problema que envolvam porcentagem relacione-as números e com na os forma decimal e fracionária. SÉRIE CONTEÚDO CONTEÚDOS ESTRUTURANTE BÁSICOS AVALIAÇÃO XIIVIINÚMEROS E ÁLGEBRA Núm eros Inteiros; VIII- números inteiros em diferentes contextos; Núm XIII- Realize eros operações com números Racionais; inteiros; IX- Equações 6ª Reconheça e XIV- Reconheça Inequações do operações com números 1º Grau; racionais; X- Razão e XV- Proporção; Compreenda o princípio de equivalência XI- Regra de três. da igualdade e desigualdade; XVI- Compreenda o conceito de incógnita; XVII- Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar 11. Medidas GRANDEZAS E MEDIDAS temperatura; 12. Ângulos. de 13. Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos; 14. Compreenda o conceito de ângulo; • GEOMETRIAS • • Geometria Plana; partir de figuras planas, Geometria sólidas geométricos; • Espacial; Compreenda noções • Geometrias topológicas através do • NâoPesquisa conceito Analise TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO Classifique e construa, a • • Estatística; informações Média pesquisas estatísticas; • Aritmética; • Moda de Leia, interprete, construa e analise gráficos; e mediana; • de interior, e interprete • Calcule a média aritmética e a moda de Juros Simples. dados estatísticos; • Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples; SÉRIE CONTEÚDO CONTEÚDOS ESTRUTURANTE BÁSICOS AVALIAÇÃO • • NÚMEROS E 7ª ÁLGEBRA • Números exata e aproximada de Irracionais; números racionais; Sistemas de • Reconheça Equações do irracionais em diferentes 1º grau; • Potências; • Monômios números contextos; • Realize operações com números irracionais; e • polinômios; • Extrair a raiz quadrada Compreenda, identifique Produtos e reconheça o número Notáveis. (pi) como um número irracional especial; • Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação; 8. Calcule o comprimento GRANDEZAS E MEDIDAS 6. Medida de comprimento; 7. Medida área. de da circunferência; 9. Calcule o comprimento e área do polígonos e círculo; 10. Identifique formados ângulos entre retas Reconheça Geometria GEOMETRIAS triângulos semelhantes; Identifique e some os Plana; Geometria ângulos internos de um Espacial; triângulo e de polígonos Geometria regulares; Desenvolva a noção de Analítica; Geometrias paralelismo, trace não- reconheça Euclidiana. paralelas num plano; e retas Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, pontos, identifique os Interprete e represente TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO marque Gráfico e Informação; Populaçao amostra. e dados em diferente dados em diferentes gráficos; Utilize amostra o conceito de para levantamento de dados. SÉRIE CONTEÚDO CONTEÚDOS ESTRUTURANTE BÁSICOS AVALIAÇÃO Opere Números ÁLGEBRA expoentes fracionários; Identifique a potência de Reais; NÚMEROS E com Propriedades dos radicais; Equação do 2º expoente fracionário como radical um e aplique as propriedades para a sua simplificação; Grau; Teorema de Extraia uma raiz usando Pitágoras; fatoração; Identifique uma equação Equações 8ª do 2º Grau na forma Irracionais; completa e incompleta Equações reconhecendo Biquadradas; seus elementos; Regra de três Determine as raízes de uma equação do 2º grau Composta. utilizando diferentes processos; Interprete Conheça problemas e aplique em as GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas de temperatura; Relações Métricas relações métricas trigonométricas no Utilize o Teorema de Pitágoras Retângulo; determinação Trigonometria Triângulo Retângulo; no triângulo retângulo; Triângulo no e na das medidas dos lados de um triângulo retângulo. Expresse a dependência FUNÇÕES Noção Intuitiva de Função uma variável em relação a outra; Reconheça uma função Afim; Noção Intuitiva de de Função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em relação Quadrática. ao sinal da função; Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função; Geometria GEOMETRIAS Reconheça a quadrática Verifique e os polígonos sua dois são Plana; semelhantes, Geometria estabelecendo Espacial; função relações entre eles; Geometria Compreenda e utilize o Analítica; conceito de semelhança Geometrias de triângulos não- resolver Euclidiana. problemas; para situações- Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos; Desenvolva o raciocínio TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Noções de combinatório por meio de Análise situações problema que Combinatória; envolvam Noções de Probabilidade; Estatística; aplicando contagens, o princípio multiplicativo; Descreva o espaço Juros amostral Composto. em um experimento aleatório; Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento; Resolva situações problema que envolvam cálculos de juros compostos. 1ª SÉRIE CONTEÚDO CONTEÚDOS ESTRUTURANTE BÁSICOS Números e Conjunto Álgebra AVALIAÇÃO dos • Números Reais atividade de leitura, • apresentação oral, • trabalho em grupo e discursivas e individual, • questões objetivas. Funções • Função afim • atividades experimentais, • Função quadrática projeto • • Função exponencial • Função de pesquisa campo, • atividades a partir de recursos audiovisuais, logarítmica • Função modular • trabalho em grupo, • Progressão • questões discursivas Aritmética • questões objetivas. • Progressão Geométrica de 2º SÉRIE CONTEÚDO CONTEÚDOS ESTRUTURANTE BÁSICOS Números e - Matrizes Álgebra - Determinantes - Sistemas Lineares AVALIAÇÃO - atividade de leitura, - apresentação oral, - trabalho em grupo e discursivas e individual, - questões objetivas. Geometrias • Geometria • apresentação oral, espacial • atividades experimentais, • debate, • atividades com textos literários, • atividades a partir de recursos audiovisuais, Funções • • trabalho em grupo, • questões discursivas • questões objetivas. Função • apresentação oral, Trigonométrica • atividades experimentais, • debate, • atividades com textos literários, • atividades a partir de recursos audiovisuais, • trabalho em grupo, • questões discursivas • questões objetivas. Tratamento de • Informação • Análise • atividade de leitura, combinatória • produção de texto, Probabilidade • apresentação oral, • atividades experimentais, • projeto de pesquisa de campo, • relatório, • debate, • atividades com textos literários, • trabalho em grupo, • questões discursivas • questões objetivas. 3° SÉRIE CONTEÚDO CONTEÚDOS ESTRUTURANTE BÁSICOS Números e Álgebra Polinômios Noções AVALIAÇÃO atividade de leitura, de apresentação oral, Números debate, complexos atividades a partir de recursos audiovisuais, trabalho em grupo, Geometrias Geometria Analítica questões discursivas questões objetivas. − apresentação oral, − atividades a partir de recursos Geometria Espacial audiovisuais, − trabalho em grupo, − questões discursivas − questões objetivas Tratamento da • Binômio de • apresentação oral, Informação Newton • atividades experimentais, • projeto de pesquisa de campo, • atividades a partir de recursos audiovisuais, • trabalho em grupo, • questões discursivas • questões objetivas. C) METODOLOGIA Uma das grandes dificuldades na transferência do conhecimento é o “como ensinar” ou seja, qual a adequada metodologia que deve ser utilizada pelo professor para efetivar o ensino-aprendizagem. Não existe uma única metodologia, mas um conjunto de procedimentos que podem facilitar a ação do professor. Este conjunto de procedimentos deve permear a apropriação de um conhecimento em Matemática mediante a configuração curricular que promove a organização de um trabalho escolar, que se expresse em articulações entre os conteúdos específicos e estruturantes, de forma que as significações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas, partindo do enriquecimento e das construções de novas relações. A abordagem dos conteúdos específicos, pode transitar por todas as tendências da Educação Matemática das quais destacamos: Resolução de problemas, Modelagem Matemática, Mídias tecnológicas, Etnomatemática, História da Matemática e Investigações Matemáticas. Os conteúdos matemáticos serão abordados a partir de resolução de problemas, dando oportunidade ao aluno de aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações, considerando que o mesmo possa reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem conhecimento matemático propondo a valorização do aluno no contexto social. O objetivo é construir o conhecimento como solução de problemas significativos, respondendo as exigências do conhecimento em que está inserido e não apenas para atender as expectativas de poucos mas sim, respeitando o ritmo, interesse, característica, estimulando áreas cognitivas personalizadas mais ou menos desenvolvidas a fim de preparar o aluno para a inclusão e igualdade de condições. Através da Etnomatemática é possível relacionar o conteúdo matemático com o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e relações de produção de trabalho. Por meio da Modelagem Matemática, fenômenos diários sejam eles físicos, biológicos e sociais, constituem elementos para analises críticas e compreensões diversas do mundo. O trabalho com as Mídias Tecnológicas insere diversas formas de ensinar e aprender, valoriza o processo de produção de conhecimentos. A fim de aliar a teoria à pratica educacional de forma a contribuir com o processo de aquisição do conhecimento, faz-se necessário utilizar os multimeios disponíveis na escola, tais como: TV multimíde/Pendrive, projetor (data show), computadores, microssistem, aparelho de DVD e câmera digital. Através desses recursos, os alunos tem acesso a textos informativos, jogos matemáticos, brincadeiras e ao fazer uso desses recursos, os mesmos podem se apropriar de novos saberes e reconstruir seus conhecimentos. Pois acredite-se que desta forma os recursos utilizados possam contribuir de forma significativa com trabalho pedagógico do professor. A História da Matemática deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da Matemática. As Investigações Matemáticas significam procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo maior de toda ação pedagógica. Trabalha-se a Educação do Campo reconhecendo e registrando questões que emergem do ambiente cultural do nosso aluno, que são a maioria da zona rural. Para desenvolver um ensino a partir dos saberes que o aluno constrói em sua realidade vivenciada, temos que investigar os conhecimentos matemáticos mais utilizados no cotidiano dos alunos. Observa-se que as atividades ligadas ao cálculo de medidas e áreas são significativas para eles. A Educação Fiscal visa a construção de uma consciência voltada ao exercício da cidadania. O objetivo é propiciar a participação do cidadão no funcionamento e aperfeiçoamento dos instrumentos de controles social e fiscal do Estado. Abordar conteúdos mediante a ideia de inseri-los numa perspectiva que contemple a História e Cultura Africana, Afro-Brasileira e Indígena, encontra certas dificuldades devido o pouco material que fundamenta essas abordagens e dada a especificidade de cada conteúdo. No entanto, as tendências em Educação Matemática presentes nas Diretrizes Curriculares do Estado possibilitam várias abordagens da História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena no encaminhamento de conteúdos matemáticos, e também por meio de brincadeiras e jogos ensinados e praticados entre comunidades ou descendentes de africanos ou indígenas ,pelo que prevê a Lei nº11.645, a qual altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura AfroBrasileira e Indígena”.. D) AVALIAÇÃO A avaliação deve ter um papel de mediação no processo ensino e aprendizagem, ou seja, o ensino, a aprendizagem e a avaliação devem ser vistos como integrantes de um mesmo sistema. Para isso cabe ao professor considerar nas práticas de avaliação, encaminhamentos diversos utilizando critérios tais como a observação, a intervenção, a revisão de noções e subjetividades, isto é, buscar diversos métodos tais como: atividade de leitura, produção de texto, apresentação oral, atividades experimentais, projeto de pesquisa de campo, relatório, debate, atividades com textos literários, atividades a partir de recursos audivisuais, trabalho em grupo, questões discursivas e questões objetivas. Cabe destacar que tais instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teóricos metodológicos que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos, pois considera-se importante que para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, torna-se necessário a realização de um debate ou produção de um texto, os quais pode-se considerar mais adequados que uma prova objetiva, pois uma atividade avaliativa representa, tão somente, um determinado momento e não todo o processo de ensino-aprendizagem. Através desses recursos pode-se contemplar os registros escritos e manifestações orais dos alunos, além dos erros de raciocínio e de cálculo, do ponto de vista do processo de aprendizagem. A avaliação é um componente desse processo e está, portanto, a serviço do desenvolvimento do aluno, levandoo a assumir um compromisso com a aprendizagem, numa relação circular e não linear, na qual o sujeito ora aprendente e ora é o chamado ensinante pautando-se num processo em que as diferentes necessidades sejam priorizadas , a fim de garantir a inclusão. Para uma boa prática avaliativa, em Educação Matemática, são necessários encaminhamentos metodológicos que abram espaço à interpretação e à discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado e compreensão por parte do aluno. Para que isso aconteça é preciso considerar o diálogo entre professor e alunos na tomada de decisões, nos critérios avaliativos, na função da avaliação e nas intervenções caso sejam necessárias. Portanto devemos considerar que a avaliação é um meio, e não um fim em si mesma. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético, e deve ser tratada como parte integrante das relações de ensino aprendizagem. E) REFERÊNCIAS PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da educação básica. Matemática. Curitiba, 2008 BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002. D'AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. D'AMBRÓSIO, V. Um enfoque transdisciplinar à educação e a história da matemática. In: BICUDO, M.V.; BORBA, M. Educação Matemática: Pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004. P. 13-29. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação básica. Matemática. Curitiba, 2008. VIGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 3. Ed. São Paulo: Martins Pontes, 2002. RUIZ, Adriano Rodrigues. Matemática, matemática escolar e o nosso cotidiano. www.pedagogia. pro. br/ matemática. Htm; D'AMBRÓSIO, U., BARROS, J.P.D. Computadores, escola e sociedade. São Paulo:Scipione, 1988. DANTE, L.R. Didática de resolução de problemas. São Paulo:Ática, 1989. COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LEM – LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA FÊNIX/2010 1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A Proposta Pedagógica de Língua Estrangeira do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – EFMN, visa contribuir para uma reflexão e ação mais aprimoradas sobre a necessidade de se trabalhar com o aluno nas diversas situações e uso da língua, além de propor alternativas metodológicas que auxiliam no trabalho do professor, bem como lhe permite avaliar sua prática. Pode-se considerar como marco inicial do ensino de Língua Estrangeira no Brasil a chegada dos jesuítas, que ensinavam a língua portuguesa, com caráter de segunda língua, aos nativos como forma de propagação e expansão da religião católica. Somente com a vinda da Família Real e a criação do Colégio D. Pedro II no Rio de Janeiro é que se deu a devida importância às línguas estrangeiras, chegando a períodos onde se ensinavam três ou quatro idiomas diferentes. No entanto essa prática foi restrita a oferta de apenas uma língua a partir de 1996. Na escolha da segunda língua ofertada há que se considerar as necessidades dos educandos a que se destina esse ensino. No entanto, é inegável que a língua inglesa (LEM) é indispensável e insubstituível em razão da própria situação social, econômica e política da sociedade contemporânea, o que tem contribuído para que a opção pelo seu ensino seja mantida. Em tempos de globalização e capitalismo crescente, a língua inglesa é instrumento primordial nesse processo de adequação dos indivíduos à condição de cidadãos do mundo e para que como tais possam compreender e ser compreendidos na expressão de questões que afetam pessoas de diferentes lugares e que partilham interesses comuns. Nesse sentido, a língua estrangeira possibilita experiências de identificação social e cultural, uma vez que é na língua que percebemos e entendemos a realidade, bem como ampliamos a percepção do mundo que está vinculada às línguas que se conhece. Assim a comparação entre os modos de construção de significados na língua materna e na LEM alarga e expande os horizontes e as capacidades interpretativas e cognitivas dos alunos. Diante disso, cabe, portanto, ao professor expor os alunos a valores e significados de diferentes culturas, questionando concepções e práticas de linguagem e levando-os, com isso, a desenvolverem atitudes transformadoras e críticas. É válido ressaltar a importância do ensino de língua inglesa como suporte para estudos futuros, crescimento profissional, conhecimento de outras culturas e valorização da própria cultura, objetivando-se a formação de um sujeito crítico que possa interagir criticamente com o mundo à sua volta. Conceber a língua estrangeira como discurso e não somente como código torna os educandos ativos e participantes na sociedade à medida que ao construir sentidos trazem suas experiências de vida e percebem que a língua estrangeira tem outros usos, sons e ideias e não só o uso linguístico. Sendo assim, a responsabilidade do professor é maior, pois há de ser o guia que não vai somente ensinar o código, mas também incutir maneiras de construir significados e ensinar a conviver com a instabilidade. Nesse sentido o aluno irá ultrapassar os limites do ponto em que se encontra, pois apropriar-se da língua inglesa é de fundamental importância no mundo globalizado, e deve ser encarado como um conhecimento em constante transformação. Esse processo é dinâmico devendo desenvolver-se e incorporarse ao dia-a-dia, visto ser básico para o convívio social, desenvolvendo assim múltiplas funções como: interpretação de textos próximos à realidade do aluno, com temas de interesse de sua faixa etária, levando-o a examinar o próprio universo e conscientizando-o dos conhecimentos de língua estrangeira que já possui como participante de um mundo globalizado, pois dessa forma, o aluno adquire condições de reconhecer a influência e a importância da LEM em todos os aspectos do cotidiano. Ao priorizar a formação da cidadania como forma de intensificar a participação na sociedade, o educando entenderá que a comunicação é necessária, porém é preciso o domínio da língua materna, para que a segunda língua possa se concretizar com mais eficácia. Em consonância com as Diretrizes Curriculares pode-se afirmar que toda Língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação, e como princípio social é dinâmica e não se limita a uma visão sistêmica e estrutural. Seguindo a teoria Bakhtiniana toda enunciação envolve a presença de pelo menos duas vozes, a voz do eu e a voz do outro, portanto não há um discurso individual, visto que todo discurso se constrói no processo de interação e em função do outro. Nesse sentido prioriza-se a formação do sujeito como forma de acesso a outras possibilidades culturais, ampliando e alargando sua visão de mundo, em um processo de afirmação de sua própria identidade. 2- CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL. CONTEÚDOS BÁSICOS: 5ª SÉRIE GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação e sua seleção de gêneros deve acontecer de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries. LEITURA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto Informatividade; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Repetição proposital de palavras; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem. ESCRITA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Ortografia; Concordância verbal/ nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor ; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos da fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, semânticos. CONTEÚDOS BÁSICOS: 6ª SÉRIE LEITURA • Tema do texto; coerência, gírias, repetição, recursos • Interlocutor; • Finalidade • Informatividade; • Elementos composicionais do gênero; • Léxico; • Repetição proposital de palavras; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem. ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Ortografia; • Concordância verbal/ nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor ; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos etc.; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos da fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica. CONTEÚDOS BÁSICOS: 7ª SÉRIE LEITURA 12. Conteúdo Temático; 13. Interlocutor; 14. Finalidade do texto; 15. Aceitabilidade do texto; 16. Informatividade; 17. Situacionalidade; 18. Intertextualidade; 19. Vozes sociais presentes no texto; 20. Elementos composicionais do gênero; 21. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem. 22. Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; - expressões que denotam ironia e humor no texto; - Léxico. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Ortografia; • Concordância verbal/ nominal; • Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - significado das palavras; - figuras de linguagem; - sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ORALIDADE Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; 16. Papel do locutor e interlocutor ; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas; Adequação do discurso aos gêneros; Turnos da fala; Variações linguísticas Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito. CONTEÚDOS BÁSICOS: 8ªSÉRIE LEITURA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; Palavras ou e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem. Léxico. ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Palavras ou e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto; Polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Processo de formação de palavras; Ortografia; Concordância verbal/ nominal; ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor ; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas; • Adequação do discurso aos gêneros; • Turnos da fala; • Variações linguísticas • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; - Semântica; - Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições etc); - Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito. ENSINO MÉDIO CONTEÚDO ESTRTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS LEITURA Identificação do tema; Intertextualidade; Intencionalidade; Vozes sociais presentes no texto; Léxico; Coesão e coerência; Marcadores do discurso; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Discurso direto e indireto; Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; Recursos estilísticos (figuras de linguagem); Marcas liguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito, etc.); Variedade linguística; Ortografia. ESCRITA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade do texto; Intertextualidade; Condições de produção; Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); Vozes sociais presentes no texto; Vozes verbais; Discurso direto e indireto; Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; Léxico; Coesão e coerência; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Recursos estilísticos (figuras de linguagem); Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito, etc.); Variedade linguística; Ortografia. ORALIDADE Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc....; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Vozes sociais presentes no texto; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; Adequação da fala ao contexto; Pronúncia. * GÊNEROS DISCURSIVOS: ESFERAS SOCIAIS DE EXEMPLOS DE GÊNEROS CIRCULAÇÃO COTIDIANA Adivinhas Diário Álbum de Família Exposição Oral Anedotas Fotos Bilhetes Músicas Cantigas de Roda Parlendas Carta Pessoal Piadas Cartão Provérbios Cartão Postal Quadrinhas Causos Receitas Comunicado Relatos de Experiências Convites Vividas Curriculum Vitae Trava-Línguas LITERÁRIA/ARTÍSTICA Autobiografia Letras de Músicas Biografias Narrativas de Aventura Contos Narrativas de Enigma Contos de Fadas Narrativas de Ficção Contos de Fadas Científica Contemporâneos Narrativas de Humor Crônicas de Ficção Narrativas de Terror Escultura Narrativas Fantásticas Fábulas Narrativas Míticas Fábulas Paródias Contemporâneas Pinturas Haicai Poemas Histórias em Quadrinhos Romances Lendas Tankas Literatura de Cordel Textos Dramáticos Memórias CIENTÍFICA Artigos Relato Histórico Conferência Relatório Debate Resumo Palestra Verbetes Pesquisas ESCOLAR Ata Relato Histórico Cartazes Relatório Debate Regrado Relatos de Experiências Diálogo/Discussão Científicas Argumentativa Resenha Exposição Oral Resumo Júri Simulado Seminário Mapas Texto Argumentativo Palestra Texto de Opinião Pesquisas Verbetes de Enciclopédias IMPRENSA Agenda Cultural Fotos Anúncio de Emprego Horóscopo Artigo de Opinião Infográfico Caricatura Manchete Carta ao Leitor Mapas Carta do Leitor Mesa Redonda Cartum Notícia Charge Reportagens Classificados Resenha Crítica Crônica Jornalística Sinopses de Filmes Editorial Tiras Entrevista (oral e escrita) ESFERAS SOCIAIS DE EXEMPLOS DE GÊNEROS CIRCULAÇÃO PUBLICITÁRIA Anúncio Músicas Caricatura Paródia Cartazes Placas Comercial para TV Publicidade Comercial E-mail Publicidade Institucional Folder Publicidade Oficial Fotos Texto Político Slogan POLÍTICA Abaixo-Assinado Debate Regrado Assembleia Discurso Político “de Carta de Emprego Palanque” Carta de Reclamação Fórum Carta de Solicitação Manifesto Debate Mesa Redonda Panfleto JURÍDICA Boletim de Ocorrência Estatutos Constituição Brasileira Leis Contrato Ofício PRODUÇÃO E CONSUMO Declaração de Direitos Procuração Depoimentos Regimentos Discurso de Acusação Regulamentos Discurso de Defesa Requerimentos Bulas Relato Histórico Manual Técnico Relatório Placas Relatos de Experiências Científicas Resenha Resumo Seminário Texto Argumentativo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias MIDIÁTICA Blog Reality Show Chat Talk Show Desenho Animado Telejornal E-mail Telenovelas Entrevista Torpedos Filmes Vídeo Clip Fotoblog Vídeo Conferência Home Page 3- METODOLOGIA A metodologia proposta para o ensino de Língua Estrangeira - Inglês tem por base o uso da linguagem na comunicação, envolvendo o conhecimento e a capacidade de usar o mesmo para a construção social dos significados na compreensão e produção oral e escrita. A organização por eixos evidencia a importância de cada um deles no processo ensino/aprendizagem de forma que não poderão ser trabalhados independentemente. O enfoque dos conteúdos será na aprendizagem de estratégias que ajudarão o aluno a construir significados via LEM, uma vez que esta enfatiza o engajamento discursivo do aluno ao proporcionar a aprendizagem por meio de aprender como usá-la. Os conteúdos deverão estar pautados no pré-conhecimento que o aluno tem de sua língua materna, sendo gradativo, uma vez que se aproveita a familiaridade que tem com os conteúdos indicados. Para tanto, elaborar-se-á atividades que envolvam diferentes gêneros discursivos que permeiam as práticas sociais; a função social de cada texto, o conteúdo temático, o estilo, os elementos composicionais, bem como a problemática dos elementos da situação de comunicação que caracteriza o funcionamento de todo ato de linguagem (quem fala, sobre o que fala, com quem fala, com qual finalidade, qual o suporte), perpassando pelas questões linguísticas, sócio-pragmáticas (análise da língua em seu contexto de uso, considerando os aspectos sociais), culturais e discursivas. A Leitura em língua estrangeira consiste em apresentar diferentes gêneros textuais, provenientes das práticas sociais, em um determinado contexto sóciocultural, considerando os conhecimentos prévios dos alunos; formulando questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; encaminhando discussões e reflexões sobre tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; contextualizando a produção através do suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; utilizando textos verbais que dialoguem com os não verbais; relacionando o tema com o contexto atual; oportunizando a socialização das idéias dos alunos sobre o texto instigando a identificação e reflexão do sentido de palavras e/ou expressões figuradas; promovendo a percepção de recursos como os operadores discursivos e de progressão textual. Na escrita serão propostas atividades sociointerativas, significativas, com delimitação do gênero textual; da finalidade; da temática; do objetivo da produção; do suporte; da esfera social de circulação; do locutor e do interlocutor, para que o aluno perceba o uso real da língua; planejamento, leitura e revisão do texto produzido pelos alunos. Nesse sentido, caberá ao professor “oferecer ao aluno elementos discursivos, linguísticos, sociopragmáticos e culturais para que ele melhore sua produção” (DCE, 2008, p. 67). Além disso, serão propostas atividades relacionadas às dificuldades de escrita diagnosticadas durante o processo. Na oralidade os estudantes terão acesso a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos que possibilitarão a familiaridade com sons específicos da língua que estão aprendendo. Serão incentivados a expressarem suas idéias na língua alvo, respeitando seu nível linguístico. A análise linguística que perpassa todas as práticas discursivas, será abordada numa visão sociointerativa de língua, incluindo tanto o trabalho sobre as questões tradicionais da gramática quanto às questões amplas a propósito do texto: coesão, coerência, análise dos recursos expressivos utilizados, como: elementos discursivos diretos e indiretos, organização e inclusão de informações. Trata-se de trabalhar com aluno o seu texto para que ele atinja seus objetivos junto aos leitores a quem se destina. Portanto, o trabalho em análise linguística está relacionado ao entendimento de procedimentos para a construção de significados, os quais são resultados das necessidades específicas dos alunos, a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos. Os conteúdos extracurriculares (cultura afro, educação indígena e educação no campo) serão trabalhados de forma interdisciplinar, inseridos nos conteúdos com flexibilidade. Eles proporcionam reflexões sobre as questões de natureza social, com o objetivo de formar a consciência crítica e despertar a cidadania do aluno, e devem ser apropriados a cada faixa etária. A literatura será trabalhada através de atividades que colaborem para que o aluno reflita sobre os textos e os perceba como uma prática social de uma sociedade em um determinado contexto sócio-cultural particular. Portanto, é importante que o aluno tenha acesso a textos de várias esferas sociais: publicitária, jornalística, literária, informativa, etc.e disponha de conhecimentos linguísticos, discursivos, sócio pragmáticos e culturais prévios para que ele possa interagir com esses textos e aproveite o conhecimento já adquirido de experiências com a língua materna. Durante as aulas os conteúdos serão trabalhados de forma dinâmica e contextualizada com o ambiente escolar e o cotidiano do aluno e também de forma inclusiva buscando um trabalho efetivo, uma vivência para a construção do conhecimento, respeitando o ritmo da aprendizagem e interesse de cada aluno, bem como trabalhará a diversidade e respeitar as especificidades de cada cultura, pelo que prevê a Lei nº11.645, a qual altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. 4- AVALIAÇÃO A avaliação será diagnóstica valorizando a leitura, oralidade e escrita; individual e em grupos interativos para que se desenvolvam aspectos de responsabilidade nos trabalhos realizados individual e coletivamente e na participação efetiva nas aulas visando o crescimento pessoal e de sua classe. O objetivo principal da avaliação é verificar se o aluno foi efetivamente exposto à interação com os discursos em Língua Estrangeira, uma vez que a avaliação nos possibilita um diagnóstico para indicar quais os pontos a serem amplamente aprofundados com relação aos conhecimentos linguísticos discursivos, sociopragmáticos ou cultural e as práticas de leitura, escrita e oralidade. Desta forma a aula de língua estrangeira pode ser direcionada às necessidades dos alunos, pois assim, o professor terá oportunidade de repensar sua metodologia e estar aberto às mudanças inovando sua maneira de pensar e agir frente a performance de seu educando. A auto-avaliação por parte dos educandos e do educador é de fundamental importância, para que ambos tomem consciência do que pode ser melhorado. A avaliação deve enfatizar as experiências do aluno dando-lhe condições e acesso ao crescimento cultural e a socialização, valorizando e dando ênfase ao desenvolvimento do senso crítico, cognitivo, afetivo e de crescimento como cidadão. Deverá educacionais, servir também para averiguar o rendimento do aluno, a a obtenção dos objetivos comprovação do processo ensino/aprendizagem, garantindo a qualidade de pensamento onde o aluno possa reconhecer os caminhos por onde passou a fim de corrigi-lo e recriá-lo, com vistas à inclusão, a significação e a formação. Desse modo, a avaliação deve oferecer feedback ao professor sobre como melhorar seu ensino, para que o aluno melhore sua performance. Para a realização do processo avaliativo serão utilizados os seguintes instrumentos e critérios : Atividades de leitura compreensiva de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: compreende as idéias presentes no texto; interage com o texto por meio de questionamentos, concordância ou discordâncias; fala sobre o texto, expressa suas ideais com clareza e sistematiza o conhecimento de forma adequada; estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala. Projeto de pesquisa Bibliográfica: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: apresenta em seu texto os seguintes passos: 1. Contextualização – introdução ao tema; 2. Problema - questões levantadas sobre o tema; 3. Justificativa argumentando sobre a importância da pesquisa 4. Consulta bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das leituras que fez, através de paráfrases, citações referenciando adequadamente. 5. Referência – cita as fontes pesquisadas. Produção de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: atende as três etapas articuladas da prática escrita como: planeja o que será produzido, faz a escrita da primeira versão sobre a proposta apresentada a partir daí, revisa, reestrutura e reescreve o texto na perspectiva da intencionalidade definida. A partir disso, o professor observará se o aluno: produz o texto atendendo as circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidades, etc.); expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando diferentes graus de formalidade ou informalidade, atende os termos de léxico, de estrutura; elabora argumentos consistentes; respeita o tema; estabelece relações entre as partes do texto e estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la. Palestra/apresentação Oral: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta argumentos selecionados; adequa a linguagem; apresenta sequência lógica e clareza na exposição oral e se usa os recursos adequadamente. Relatório: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno atende aos seguintes tópicos: 1. Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade) que deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos desta atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos construídos. 2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do que se está falando, ou para que o leitor faça uma reflexão que permita o aprimoramento da atividade. 3. Análise: consta os elementos e situações interessantes que tenham acontecido. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem à atividade em questão. 4. Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho (atividade) realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada. Seminário: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: apresenta os argumentos com consistência; compreende o conteúdo abordado, faz adequação da linguagem, faz uso e referencia as fontes de pesquisa com pertinência, traz relatos para o enriquecimento da apresentação, adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação. Debate: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: aceita a lógica da confrontação de posições; está disposto e aberto a ultrapassar os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a posição e admite o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação; faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; apresenta o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate, demonstra compreensão do assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. Atividades com textos literários: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário. Atividades a partir de recursos Audiovisuais: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso. Trabalho de grupo: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade. Questões discursivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: demonstra compreensão do enunciado da questão; comunica por escrito, com clareza utilizando-se da norma padrão da Língua Portuguesa, sistematiza o conhecimento de forma adequada. Questões objetivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o aluno: realiza leitura compreensiva do enunciado; demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; é capaz de utilizar os conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo. A avaliação na inclusão – é fundamental que o professor, dentro desse processo seja flexível, verifique e valorize o progresso do aluno envolvendo-o num trabalho que inclua uma variedade de situações de aprendizagem. Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didáticometodológicos diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento. Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos em cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político Pedagógico, Regimento Escolar do estabelecimento e também as orientações da LDB, conforme segue: 23. A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). 24. Para a promoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero). Para fins de registro e conhecimento, os resultados das avaliações processuais serão informados bimestralmente aos alunos, pais e à escola. 6- REFERÊNCIAS BRASIL, Lei Nº 11.645, de 10 Março de 2008 . ________. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. _________. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. HOFFMANN, Jussara; Avaliação Mediadora; “Uma Prática em Construção da Pré-Escola à Universidade”; 1994. LUCKESI, Cipriano,In PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e; “Ensino de Língua Inglesa. Reflexões e Experiências”. Ed. Pontes.1996. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / Vários autores. SEED – Curitiba, PR, 2007. LOYOLA, Colégio Estadual Santo Inácio. Regimento Escolar. Fênix, 2010. LOYOLA, Colégio Estadual Santo Inácio. Projeto Político Pedagógico. Fênix,2010. _______. Grupo de estudos. Disponível em http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE20 08.pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010 ________. Os Desafios Educacionais Contemporâneos e os conteúdos escolares: reflexos na organização da Proposta Pedagógica Curricular e a Especificidade da escola pública. In: Orientações para a Semana Pedagógica. SEED/SUED: 2008. Disponível em www.diaadia.pr.gov.br/cge/arquivos/File/texto3corrigido.doc acesso em 04/08/2010 COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CELEM – ESPANHOL FÊNIX/2010 A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA O ensino de Língua Estrangeira no Brasil teve início com a prática do ensino de Língua Portuguesa, pela Igreja Católica no século XVI. Baseado em textos sagrados, tinha como objetivo cristianizar os pagãos. No entanto, até meados da década de 90, seu objetivo estava longe de permitir acesso à informação. Ao se apropriar de uma nova língua, o aluno não se apropriava também dos seus bens culturais. A preocupação evidente era assimilar os aspectos gramaticais necessários. Após a publicação da LDB, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna passou a se constituir um componente curricular obrigatório a partir da quinta série do Ensino Fundamental. Desta forma, o ensino da LEM deve assegurar ao aluno do Ensino Fundamental e Médio a formação necessária ao exercício da cidadania. Nesta perspectiva, encontramos no âmbito da LDB, as Línguas Estrangeiras Modernas recuperando, de alguma forma, a importância que durante muito tempo lhes foi negada. Consideradas, muitas vezes e de maneira injustificada, como disciplina pouco relevante, elas adquirem, agora, a configuração de disciplina tão importante como qualquer outra do currículo, do ponto de vista da formação do indivíduo. Em consonância com a LDB as Diretrizes Curriculares Estaduais para Línguas Estrangeiras do Estado do Paraná, (2008: 15), propõe “ que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que se vive.” Desse modo, dentro da perspectiva de língua como discurso, ensinar línguas estrangeiras é ensinar procedimentos interpretativos determinados por culturas outras que não a cultura da língua materna; aprender uma língua estrangeira é, por sua vez, aprender procedimentos interpretativos de construção de sentidos, de percepções de mundo diferenciadas. Nessa linha de pensamento, deixa de ter sentido o ensino de línguas que almeja apenas o conhecimento metalingüístico e o domínio consciente de regras gramaticais que permitem, quando muito, alcançar resultados simplesmente medianos em exames escritos. Esse tipo de ensino, que acaba por tornar-se uma simples repetição, ano após ano, dos mesmos conteúdos, cede lugar, na perspectiva atual, a uma modalidade de aprendizagem significativa que tem como princípio geral levar o aluno a comunicar-se de maneira adequada em diferentes situações da vida cotidiana. Portanto, o conhecimento de ao menos uma Língua Estrangeira é hoje um requisito para o exercício de uma cidadania plena, não apenas para os alunos em fase escolar, mas para toda a comunidade. No entanto, mesmo as distâncias físicas sendo encurtadas pelo uso das tecnologias, é fato que as distâncias sociais veem aumentando, e é preciso pensar na construção de alternativas concretas que levem à iniciativas de democratização em todos os níveis, tendo como principal ferramenta a educação. O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental, Médio e Normal insere-se em um contexto social de uma comunidade com nível sócioeconômico variando de médio a baixo. A maioria dos pais e jovens trabalham no corte de cana, uma das únicas possibilidades de emprego na região. As famílias demonstram ter preocupação com os valores morais e éticos desejando que seus filhos possam ser conscientizados sobre estas questões, como também almejam que tenham oportunidades diferentes de ensino/aprendizagem que eles não tiveram. A comunidade, devido à carência econômica e impossibilidades de acesso aos bens culturais, necessitam de oportunidades para a superação da desigualdade de acesso ao conhecimento, que é um aspecto relevante quando falamos de uma realidade tão excludente quanto à desta cidade. Os professores e funcionários da escola estão sempre em busca de formação, o que nem sempre é possível e, para eles o aprendizado de uma outra língua da comunidade global torna-se uma qualificação básica, tanto para sua carreira acadêmica quanto profissional. Nesta perspectiva pretende-se, ao oferecer o curso de Língua Espanhola, superar esta falta de oportunidade para educandos, professores, funcionários e membros da comunidade, bem como ampliar o universo de ofertas e possibilidades, oferecendo-lhes condições para que isso seja efetivado. Sendo assim, é importante destacar que o Ensino de Espanhol deve ser articulado a partir dos seguintes objetivos: - Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita; - Vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; - Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,passíveis de transformações na prática social; - Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; - Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país - Fazer uso da língua alvo em situações significativas e relevantes, de modo a promover a inclusão social do aluno na sociedade. B- CONTEÚDOS Os conteúdos devem estabelecer uma relação direta com a realidade da comunidade escolar, aplicabilidade dos conhecimentos e oportunidades de ascensão social. Para tanto, utilizamos os seguintes: CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL A língua é discurso e discurso é uma prática social. Diante dessa realidade,as diretrizes curriculares do Estado do Paraná, com fundamentos teóricos metodológicos na área do discurso como prática social, contribuem para uma melhor compreensão da sociedade em que vivemos, bem como de suas práticas letradas,levando à conscientização de como os textos auxiliam as pessoas na realização de tarefas profissionais e cotidianas. Cientes desses processos, as pessoas tornam-se mais capazes de desenvolver uma consciência crítica e, a partir daí, transformar-se em cidadãos ativos e modificadores das suas realidades. CONTEÚDOS BÁSICOS Leitura - Interpretação observando conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto. - Linguagem não verbal; - Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários. - Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto. - Realização de leitura não linear dos diversos textos. Oralidade - Variedades linguísticas - Intencionalidade do Texto - Exemplo de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países; - Elementos extra-linguísticos: gestos, pausas. Escrita - Adequação ao gênero: - Elementos formais e marcas lingüísticas; - Clareza de idéias. - Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão. - Paragrafação; Análise Linguística Coesão e coerência - Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas; substantivos,preposições, verbos, concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do texto. - Pontuação e seus efeitos de sentido no texto. - Acentuação - Vocabulário. Gêneros discursivos Carta, bilhete, textos midiáticos, textos informativos (cultura Espanhola), música, poesia, jornal, diálogos, receitas, propagandas, rótulos, folhetos, charges, tiras, lendas,piadas, provérbios, fotos, gráficos, quadrinhos, filmes,jornal, entre outros. C- METODOLOGIA A metodologia deve valorizar a construção do conhecimento a partir da interação com diferentes sujeitos e situações, que permitam ao aluno atribuir significados a diferentes ações, diálogos, vivências e conteúdos. Para a construção do conhecimento, o sujeito é ativo, para Vigotsky, este mesmo sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque constitui conhecimentos e se constitui a partir de relações intra e interpessoais. Desta forma, o discurso como prática social será a ferramenta mais importante desta opção didático-metodológica. Assim na Prática de Leitura de texto serão utilizados diferentes gêneros: carta, bilhete, e-mail, textos informativos (cultura Espanhola), música, poesia, jornal, diálogos, receitas, propagandas e rótulos, bem como materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos, filmes, jornal, mensagens, computador,internet....) com fins de interpretação de textos. Para análise dos textos serão levadas em consideração a complexidade dos mesmos e as relações dialógicas. Questões que levem o aluno a interpretar e compreender o texto, utilizando-se a interpretação e tradução de pequenos textos, fazendo-se a observação do conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto serão fundamentais para que o aluno possa conhecer e utilizar a Língua Espanhola como instrumento de acesso à informações,podendo fazer a intertextualidade e inferências sobre informações implícitas. Na prática da Oralidade serão feitas análise dos recursos próprios da oralidade, através de diálogos, na apresentação de textos produzidos pelos alunos e seleção de discursos de outros como: entrevistas, cenas de desenhos, reportagem. Outro recurso a ser utilizado será a dramatização, pois através deste recurso o aluno pode perceber que não basta apenas falar, precisa-se saber como falar em determinada situação, além disso, com a dramatização o aluno adquire auto-confiança para que possa assumir a palavra diante de outras pessoas com a segurança necessária para se fazer ouvir. Na prática da Escrita, sabendo-se que para a sociedade atual não basta que o indivíduo reconheça e reproduza os signos que formam a palavra, pois isoladas e fora de contexto não bastam, será necessário que o aluno seja capaz de, não somente compreender e interpretar textos mas criativa e crítica. Para isso será necessário uma discussão produzi-los de forma sobre o tema a ser produzido, leituras de textos sobre o tema para se chegar à produção textual. Após este trabalho é preciso que seja feita a reestruturação e reescrita do texto. Na prática da Análise Linguística serão realizados estudos dos conhecimentos linguísticos a partir de gêneros selecionados para leitura ou escrita de textos produzidos pelos alunos, observando-se as dificuldades apresentadas pela turma. Os alunos e professor farão leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua. Os textos serão analisados visando reflexão e transformação. No ensino de língua Estrangeira Moderna (ESPANHOL ) se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência D- AVALIAÇÃO A avaliação deverá centrar-se na dinâmica das relações que se estabelecem no espaço da comunidade, da escola e da sala de aula. Será levado em consideração a capacidade de participar, desafiar, investigar, contribuir com os grupos somando com o outro, criticando, tomando decisões, desenvolvendo comportamento. A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino/ aprendizagem, levando em conta critérios como o diálogo, a negociação e o uso de instrumentos avaliativos adequados às finalidades do curso, sendo eles: Leitura compreensiva de texto, projeto de pesquisa bibliográfica, produção de texto,palestra ou apresentação oral, experimentação, projeto de pesquisa de campo, relatório, seminário, debate, atividades com textos literários, atividades a partir de recursos audiovisuais, trabalhos em grupo, questões discursivas, questões objetivas. Estes instrumentos irão se articular as avaliações diagnóstica, continua, formativa e somativa . A avaliação, enfim, se constituirá em instrumento eficaz para o fazer pedagógico, pois ao expressar os níveis de desenvolvimento dos alunos, oferece uma visão importante sobre a qualidade deste ensino: valores, habilidades, hábitos e conhecimentos conscientemente internalizados. A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressas em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero) e serão considerados aprovados, os alunos que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média final igual ou superior a 6,0 ( seis vírgula zero). Além disso, será oportunizado ao aluno a recuperação. A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Os resultados da recuperação deverão ser incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar. E- REFERÊNCIAS BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília, 1996. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação.Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. 1992. SANTO INÁCIO DE LOYOLA. Colégio Estadual. Projeto Político Pedagógico. Fênix,2007. COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR BIOLOGIA FÊNIX/2010 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA Desde o período pré-histórico, mesmo sem se saber como as coisas funcionavam, conhecimentos biológicos com bases empíricas foram formados. Pela necessidade de viver, o homem primitivo precisava caçar, e por isso conheceu diversas espécies de animais e plantas, das quais ele se alimentava. Por meio da observação, conheceu o comportamento de algumas espécies animais e a época de frutificação de certas plantas comestíveis. A comprovação desses fatos faz se por meio das pinturas rupestres encontradas em cavernas. Na Antiguidade, as pessoas não tinham ideia de como as coisas vivas funcionavam. As primeiras pesquisas em biologia se iniciaram a olho nu. Descrevendo sintomas de algumas doenças comuns, e atribuindo suas causas à dieta, ou a outros problemas físicos, e não à obra divina. Apesar disso, pouco se conhecia sobre a composição dos seres vivos. Acreditava se, então, que a matéria era composta por quatro elementos (fogo, terra, ar e água), e os corpos vivos, em geral, de quatro "humores": sangue, bile amarela, bile preta e flegma. As doenças em geral teriam origem no excesso de algum desses componentes. Aristóteles, na Grécia, não foi somente um grande filósofo, mas também um grande biólogo, ao compreender que o conhecimento da natureza requeria observação sistemática. Já Galeno, romano do século II d.C. percebeu que somente a observação cuidadosa das partes externa e interna (esta, por dessecação) de plantas e animais não seria o bastante para compreender a biologia. O ritmo da investigação científica se acelerou na Idade Média. Lineu ampliou o trabalho de Aristóteles, criando as categorias de classe, ordem, gênero e espécie. Uma ideia de origem comum da vida passou a ser discutida a partir de semelhanças entre os diferentes ramos da vida. Apesar do progresso rápido, a Biologia estacionou quando o olho humano já não era mais suficiente. Só no século XVII é que lentes foram reunidas em um tubo, formando o primeiro microscópio. Começava a descoberta de um novo mundo, derrubando conceitos tradicionais sobre a vida. A teoria celular foi então formulada em princípios do século XIX. Esta teoria explica que as células constituem todo o corpo de animais e plantas, e que, de certa maneira, elas são unidades individuais com vida própria. Mesmo com a teoria celular, por razões físicas, o microscópio óptico não permitia a visualização de detalhes da estrutura da célula. Com a descoberta do elétron em fins do século XIX e do microscópio eletrônico décadas depois, novas estruturas subcelulares foram descobertas, como os orifícios do núcleo, ou a membrana dupla das mitocôndrias. Explicitar o conceito de Biologia, bem como o de vida, ou o de ciência de estudo da vida, por si só, já é uma tarefa muito abrangente, que nos conduz aos mais diversos questionamentos, a diferentes campos de saber, com a possibilidade de várias abordagens. Muitas vezes, a noção de vida, no sentido biológico, se funde com a ideia de vida social, vida animal, vida humana, vida moral... Isto porque o conceito de vida se apresenta nas fronteiras de diversos saberes e práticas, com vários significados estabelecidos pelo senso comum, pelo mito, pela arte, pela ciência, pela filosofia, etc. Nos últimos anos vem ocorrendo um grande avanço na Biologia, por exemplo, nos conhecimentos em genética. Esses conhecimentos mudam o cotidiano das pessoas, a tal ponto que a sociedade hoje, está rodeada de produtos geneticamente modificados e se vê frente a discussões sobre manipulação genética, clonagem, células-tronco, etc. A mídia traz notícias sobre as biotecnologias e leva a população a inúmeros questionamentos. Assim, tornasse importante perguntar: Como os alunos de hoje observam essas descobertas? Quais teorias utilizam para se posicionarem perante tais temas? Notasse que os avanços recentes em ciência e tecnologias ocupam pouco ou nenhum espaço nas aulas de Biologia. Porém, com tanta progressão é praticamente impossível admitir que os alunos permaneçam alheios a estas descobertas, e é papel da escola e, consequentemente, do professor, proporcionar oportunidades para discussões destes assuntos. Portanto, é desafio preparar os profissionais da educação para o enfrentamento dessas questões aliadas e capacita los a transformar os conhecimentos sobre as novas biotecnologias em conteúdos pedagogicamente assimiláveis pelos alunos do ensino médio, considerando ainda seus aspectos éticos, epistemológicos, religiosos e econômicos. A concepção que o professore constrói ao longo de sua vida sobre escola, educação, ensino, aprendizagem e da própria Biologia que ensina, recebe forte influência no seu processo de formação inicial e precisa ser repensada e restruturada para melhorar a prática pedagógica. Portanto, a participação de professores experientes em projetos, programas, atividades que lhes permitam refletir sobre sua própria prática e outras questões inerentes a função de educador, são primordiais para dar continuidade a sua formação profissional, promovendo também o processo ensino/aprendizagem com relação ao educando. O momento atual necessita de um professor com uma formação diferente de décadas atrás. Também a sociedade de hoje exige um aluno crítico, ativo e capaz de transformar o mundo em que vive, se utilizando dos conteúdos trabalhados para ajudar a solucionar os seus problemas encontrados no seu cotidiano que lhes permitam se desenvolver como cidadão adequado às novas exigências sociais, num mundo mergulhado em tantas novas tecnologias e descobertas. JUSTIFICATIVA A Biologia ao longo do tempo passou por várias tendências curriculares na tentativa de desenvolver um objetivo próprio para solucionar uma indagação que persistia “o que queremos para o nosso aluno”. Atualmente o objetivo central do estudo da Biologia é desenvolver um repertório de capacidades intelectuais, que ajudem o aluno a resolver problemas por meio da busca de dados, analisa los, propor hipóteses, organizar investigações para testa las e avaliar as soluções possíveis. A Biologia preocupasse também em respeitar as características individuais e os estilos próprios de cada aluno, tornando o aluno um sujeito ativo, crítico e envolvido com ações concretas. METODOLOGIA Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de relações, na disciplina de Biologia, significa analisar uma ciência em transformação, cujo caráter provisório permite a reavaliação dos seus resultados e possibilita repensar, mudar conceitos e teorias elaborados em cada momento histórico, social, político, econômico e cultural. O ensino dos conteúdos de Biologia aponta para as seguintes estratégias metodológicas de ensino: prática social, uma problematização, instrumentalização, a catarse e retorno a prática social para que mesmo atinja o conhecimento cientifico. Assim, ao utilizar destas estratégias metodológicas e retomando as metodologias que favoreceram a determinação dos marcos conceituais apresentados na Diretriz Curricular para o ensino de Biologia, propõem se a utilização das estratégias acima apresentadas e considerar os princípios metodológicos utilizados naqueles momentos históricos, porém adequados ao ensino neste momento histórico. No ensino de Biologia se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não se esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência pelo que prevê a Lei nº11.645, a qual altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. CONTEÚDOS Embora os conteúdos estruturantes tenham sido identificados como paradigmáticos do conhecimento biológico localizado no tempo histórico, eles são interdependentes, procurando considerar o esforço para ampliar os modelos teóricos interpretativos de fatos e fenômenos naturais estudados em Biologia. Permitindo que um mesmo conteúdo especifico seja estudado em cada um dos conteúdos estruturantes, considerando a abordagem histórica que o determinou e o seu propósito. Conteúdos do 1ª Série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES MECANISMOS BIOLÓGICOS CONTEÚDOS BÁSICOS Teoria Celular e Mecanismos ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS celulares MANIPULAÇÃO GENÉTICA Bioquímicos BIODIVERSIDADE Biofísicos e Transmissão das características hereditárias Dinâmica dos ecossistemas: Relação entre os seres vivos e interdependência com o ambiente Conteúdos 2ª Série CONTEÚDOS ESTRUTURANTES MECANISMOS BIOLÓGICOS CONTEÚDOS BÁSICOS Mecanismos de ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS desenvolvimentos MANIPULAÇÃO GENÉTICA embrionários BIODIVERSIDADE Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos filogenéticos e Sistemas biológicos: Anatomia, Morfologia e Fisiologia Organismos geneticamente modificados. Dinâmica dos ecossistemas: Relação entre os seres vivos e interdependência com o ambiente Conteúdos 3ªSérie CONTEÚDOS ESTRUTURANTES MECANISMOS BIOLÓGICOS CONTEÚDOS BÁSICOS Mecanismos de ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS desenvolvimento MANIPULAÇÃO GENÉTICA embriológico BIODIVERSIDADE Sistemas biológicos: Anatomia, Morfologia e Fisiologia Organismos geneticamente modificados Teorias evolutivas Transmissão das características hereditárias Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o ambiente AVALIAÇÃO A avaliação é um processo natural que acontece para que o professor tenha uma noção dos conteúdos assimilados pelos alunos, bem como saber se as metodologias de ensino adotadas por ele estão surtindo efeito na aprendizagem dos alunos. A Avaliação não deve ser somente o momento da realização das provas e testes, mas um processo contínuo e que ocorre dia após dia, visando a correção de erros e encaminhando o aluno para aquisição dos objetivos previstos. Nesse sentido, a forma avaliativa funciona como um elemento de integração e motivação para o processo de ensino-aprendizagem. A avaliação é um processo atualmente entendido não só como o resultado dos testes e provas, mas também os resultados dos trabalhos e/ou pesquisas que os alunos realizam. Existem inúmeras técnicas avaliativas como, por exemplo, a prova de consulta, trabalhos e pesquisas, resolução de soluções problemas, entre muitas outras técnicas, as quais permitem ao professor avaliar o desempenho dos alunos e fugir da tradicional prova escrita, essas técnicas apresentam algumas características como: • Possibilidade de professor e aluno dialogarem buscado encontrar e corrigir possíveis erros, redirecionando o aluno para a aprendizagem; • A motivação para a correção e o progresso do educando, sugerindo a ele novas formas de estudo para melhor compreensão dos assuntos abordados dentro da classe. O importante é entender que avaliar não consiste somente em fazer provas e dar nota, avaliar é um processo pedagógico contínuo, que ocorre dia após dia, buscando corrigir erros e construir novos conhecimentos. Enfim, adotasse como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e alunos tornam se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes. Para tanto serão realizadas os seguintes tipos de avaliação: Projeto de pesquisa Bibliográfica A contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza ao problema, apresenta de forma objetiva o tema levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca da solução, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa. Atividades a partir de recursos audiovisuais Compreende e interpreta a linguagem utilizada, articulando o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual. Reconhece os recursos expressivos específicos. Questões discursivas Compreende o enunciado da questão, planeja a solução de forma adequada, comunicasse por escrito com clareza utilizando se da norma padrão da língua portuguesa. Trabalho em grupo Interage com o grupo compartilhando o conhecimento. Demonstra os conhecimentos formais da disciplina estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos, compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade. Palestra / apresentação oral Demonstra conhecimento do conteúdo apresentando argumentos selecionados e sequencia lógica na clareza e na apresentação. Faz uso de recursos para ajudar na sua produção. Atividades experimentais Registra as hipóteses e os passos seguidos. Demonstra compreender o fenômeno experimentado. Sabe usar adequadamente os materiais. Consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos necessários. Projeto de pesquisa de campo Registra as informações no local de pesquisa, organiza e examina os dados coletados. Atende ao que foi solicitado no projeto. REFERÊNCIAS GOWDAK, Demétrio, Biologia : volume único/Demétrio Gowdak, Neide S. de Mattos, São Paulo: FTD, 1991. LAURENCE, J. Biologia: ensino médio, volume único – 1ª ed.- São Paulo: Nova geração, 2005. LOPES, Sônia Godoy Bueno Carvalho. Bio: volume único: completo e atualizado/Sônia Godoy Bueno Carvalho Lopes. – 11ª. Ed. Ver. – São Paulo: Saraiva, 2001. LOPES, Sônia. Biologia – volume único/ Sônia Lopes, Sérgio Rosso – 1ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica de Arte. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008 PAULINO, Wilson Roberto . Engenheiro – agrônomo e professor. Biologia atual – volume 1.Ática,2005. COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR FILOSOFIA FÊNIX/2010 A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA: A Filosofia nasce na Grécia antiga há mais de 2600 anos, combatendo a ideia das verdades absolutas, sendo a gênesis das ciências modernas. Ela se caracteriza inicialmente com uma preocupação em explicar e ordenar natureza e “posteriormente, ela amplia seus horizontes de discussão e inclui investigações sobre a condição humana”. No decorrer da história a Filosofia vai sendo moldada e ganhando corpo, conforme “o homem descobre sua importância ao compreender as lógicas da natureza, da sociedade e do universo”. Ao fazer uma retrospectiva da história do ensino de Filosofia no Brasil, percebemos que ela busca seu espaço e sua afirmação perante “as demais disciplinas”, e ganha espaço pela sua capacidade de indagação da realidade, não simplesmente pela critica, mas sistematizada e emancipadora Nas Diretrizes Curriculares Estaduais, a disciplina de Filosofia a ser ministrada na sala de aula da escola pública paranaense, aborde questões das ciências, do mito, da ética, da estética, da política, do conhecimento. Se por um lado, a dificuldade para seu ensino está no fato de nela residir o pensamento racional e sistemático de mais de 2500 anos, por outro lado, a facilidade para o seu ensino está no fato de que nela se pode encontrar pedagogias e métodos que trazem luz para a definição da pedagogia e do método a ser adotado pelo professor para o ensino da filosofia. A importância do conhecimento proporcionado por essa disciplina, no contexto escolar, resulta no aprimoramento das capacidades intelectuais, éticas, morais e sociais que pode favorecer a expressão do pensamento e a construção de uma inserção social mais crítica. Diferente de outras disciplinas, a filosofia faz chegar a resultados que não são tidos como definitivos/absolutos. Assim, ela pode não oferecer a segurança que uma ciência exata dá ao aluno e isso pode ser prejudicial ao ensino da mesma; por outro lado, se bem entendida pelos alunos as possibilidades ilimitadas que essa não exatidão dá, pode ser fator estimulante ao aprendizado dos mesmos. O ensino da filosofia apresenta inúmeras possibilidades de abordagem. As mais tradicionais são: a divisão cronológica linear, geográfica e por conteúdos estruturantes, mas, para não ser apenas História da Filosofia, faz-se mister preservar suas características específicas, ex: diálogo, problematização, argumentação, sistematização, imparcialidade, busca constante. A experiência mais recentemente do ensino de filosofia no Brasil reporta ao período da publicação da nova LDB 9394/96, mas foi os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, que normatizou como seria o ensino de filosofia. No documento PCN/Ensino Médio, Conhecimentos de Filosofia, o conteúdo filosófico passa para a perspectiva da transversalidade. Permanece na ante-sala, algo que se atribuía importância, mas que no limite na passava de um objeto de decoração. Foram vários os encontros e debates de professores e a comunidade propondo recolocar a obrigatoriedade do ensino de filosofia e o resultado foi o projeto de Lei nº 3.178/97, aprovado na Câmara e no Senado (2001), vetado pelo presidente F H C. Em 2003 foi realizada na Câmara dos Deputados, a audiência pública em defesa da volta da Filosofia e Sociologia ao currículo do Ensino Médio. O CNE/CEB, atende tais aspirações e aprova o Parecer sob n.º 38/2006 e no Paraná é aprovada a lei Nº 15. 228 de 25/07/2006, que no Art. 2º, lês-se que “a Filosofia objetiva consolidar a base humanista da formação do educando, propiciar a capacidade do pensar e repensar de modo crítico o conhecimento produzido pela humanidade, sua relação com o mundo e a constituição de valores culturais, históricos e sociais, fundamental na construção e aprimoramento da cidadania”. Na esfera federal, a Lei nº 11.684 de 2 de junho de 2008, institui a obrigatoriedade da disciplina no território nacional e nesse sentido, o Conselho Estadual de Educação/PR, aprovou em 07/11/08 a deliberação N.º 03/08, com o seguinte teor: uma série em 2009; duas em 2010; três em 2011; quatro em 2012 nos cursos de 4 anos. Do ponto de vista legal está demarcado o retorno da disciplina de Filosofia à Matriz Curricular do Ensino Médio. O desafio posto é como ensinar filosofia e que filosofia ensinar. A filosofia busca compreender a vida humana que se manifesta no cotidiano em busca de um sentido, seu objeto é “os sentidos, os significados e os valores que dimensionam e norteiam a vida e a prática histórica humana, trata dos fundamentos últimos do existir humano na história” (LUCKESI, 2002). Nesse sentido, a filosofia é um instrumento para os estudantes lerem a realidade histórico-social. Tal instrumento se diferencia das outras disciplinas em seu próprio método de ensino, pois “o ato de ensiná-la se confunde com a transmissão do estilo reflexivo, e o ensino da filosofia somente logrará algum êxito na medida em que tal estilo for efetivamente transmitido, pensar e repensar a cultura não se confunde com compatibilização de métodos e sistematização de resultados; é uma atividade autônoma e de índole crítica” (LEOPOLDO, 1992, p. 163). É nessa perspectiva que se deve ler a diretriz de Filosofia/SEED/PR, que propõe o ensino de filosofia a partir dos conteúdos elaborados pela tradição filosófica, denominados de Conteúdos Estruturantes. A presente Proposta Pedagógica Curricular é uma ferramenta de orientação para o trabalho com a disciplina de Filosofia na escola que, em conjunto com a Diretriz da Disciplina, o Livro Didático Público, a Ontologia de textos filosóficos e os matérias disponíveis na biblioteca do professor contribuem para o trabalho com a filosofia no espaço escolar. Tendo como norte o pensamento de Russel(2001,p.148), “quem não tem umas tintas de filosofia é homem que caminha pela vida fora sempre agrilhoado a preconceitos que se derivam do senso-comum, das crenças habituais do seu tempo e do seu país, das convicções que cresceram no seu espírito sem a cooperação ou o consentimento de uma razão deliberada”, o estudo da Filosofia se faz necessário para a emancipação do homem, sendo assim indispensável para o ensino escolar, a Filosofia é uma disciplina que leva a reflexão desde a importância de se trabalhar de forma interdisciplinar, como até mesmo ser o ponto crucial, que é levar a questionar, como por exemplo: para que filosofia? Qual filosofia? E filosofar para que? Com certeza o ato de questionar, bem como refletir dadas as circunstâncias, favorecem espaços para análise e criação de conceitos, tendo assim justificativas e posicionamentos indissociáveis que dão vida significativa e contribuidora observando o contexto. Portanto conhecer “a história da filosofia e as ideias dos filósofos que nos precederam constituem, assim, uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar constantemente as discussões realizadas pelo professor e pelos estudantes em sala de aula”. B – CONTEÚDOS: Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos 1° Série * Saber mítico; * Saber filosófico; Mito e Filosofia * Relação Mito e Filosofia; * Atualidade do mito; * O que é a Filosofia? * Possibilidade do conhecimento; Teoria do conhecimento * As formas de conhecimento * O problema da verdade; *A questão do método * Conhecimento e lógica 2° Série * Ética e moral *Pluralidade ética Ética * Ética e violência * Razão, desejo e vontade; * Liberdade: autonomia do sujeito necessidade das normas; * Relações entre comunidade e poder; Filosofia Política * Liberdade e igualdade política; * Política e Ideologia; * Esfera pública e privada; e a * Cidadania formal e/ou participativa concepções de ciência; 3° Série * Cidadania formal e/ou participativa concepções de ciência; * A questão do método científico; Filosofia da ciência * Contribuições e limites da ciência; * Ciência e ideologia; * Ciência e ética; Estética * Natureza da arte; * Filosofia e arte; * Categorias estéticas – feio, Belo, sublime, trágico, Cômico, grotesco, gosto, Etc. * Estética e sociedade C - METODOLOGIA: A Diretriz de Filosofia propõe quatro passos para orientar o professor no trabalho escolar, tais passos devem ser tomados numa perspectiva dialética para um ensino significativo, que contemple a formação cidadã e democrática. Para tanto, é possível viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e das artes, dialogando criticamente todos os conceitos. A Diretriz propõe ao professor relacionar os conteúdos estruturantes e básicos com os problemas vivenciados pelos alunos, para que na investigação o estudante perceba como tais problemas foram resolvidos na história da filosofia com o auxílio de textos filosóficos. A leitura do texto deve dar subsídios para que o aluno possa pensar o problema, pesquisar, fazer relações, criar conceitos e desenvolver o exercício do próprio pensamento, isto é, problematizar filosoficamente situações da vida atual, sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. Mobilização para o conhecimento: É o momento de “ganhar” os alunos para estudar o tema proposto. Normalmente os alunos se apresentam em posição de desconfiança em relação ao que o professor propõe, mas se o tema for apresentado na perspectivas da mobilização, penso que é possível iniciar um processo de ensino significativo. É interessante iniciar tal processo com uma música; uma figura; um vídeo; um poema; uma brincadeira; um jogral. Enfim, algo que seja convidativo para o início de uma aprendizagem. Problematização Esse é um passo central na aprendizagem, pois inicia com um problema e/ou problematização. Isso significa que o convite realizado na mobilização passa necessariamente por um processo de questinamento. O professor instiga os alunos a proporem problemas para investigar. São esses questinamentos que vão nortear os passos seguintes. (exemplo: Porque o Mito serviu como a primeira forma para homem explicar a realidade?) XXIV- Investigação Aqui o papel do professor é central, pois é ele que vai auxiliar os alunos a avançarem no conceito e no entendimento filosófico do estudo. Aqui se deixar o aluno por conta, corre-se o risco de ficar na superficialidade. Promova formas dos alunos se expressarem nesse momento. Assim, cabe ao professor proporcionar um ambiente propício a partir da realidade em que se encontra o aluno para iniciar sua prática docente. • Criação de conceitos Esse processo só ocorrerá a partir do trabalho realizado na “Investigação”, aqui nunca será possível saber de fato o quanto o aluno avançou no conceito, mas ele pode dar algumas dicas nas brincadeiras, na sala quando se possibilita o momento, etc. e até mesmo na avaliação. Outra possibilidade é o professor trabalhar princípios que estruturam a pedagogia histórico-crítica desenvolvidas por João Luiz Gasparin: Prática social inicial do conteúdo, problematização, instrumentalização, catarse e Prática social final do conteúdo (GASPARIN, 2007, p.9). Tal proposta metodológica corrobora com a descrita na Diretriz de Filosofia, conforme apresentado acima. Nesse sentido, o conteúdo filosófico trabalhado em sala de aula será abordado a partir da necessidade do aluno. Nesse sentido, as aulas poderão ser desenvolvidas por meio de: Dinâmica de integração; Aula expositiva dialogada a partir do livro didático fornecido aos alunos. Quando for possível, a sala será organizada em semi-círculo para melhor contato com os alunos; Usar os recursos da TV pendrive; Aula na biblioteca organizada em duplas e/ou trio para pesquisa e conceituação, pois além de facilita no diálogo a compreensão dos conceitos, ele mesmo inconsciente, estará aprendendo a arte pesquisa bibliográfica; Aula na sala de informática para desenvolver o processo de pesquisa e aprofundar temas; Quando for possível as aulas poderão ocorrer no pátio da escola aproveitado do espaço físico para trabalhar conteúdos específicos; poderão ser utilizados documentários, filmes e músicas. Conforme determina lei nº. 11645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino da historia e cultura afro-brasileira, africana e indígena, na disciplina de Filosofia o professor abordará a temática a partir dos conteúdos específicos demonstrando o diálogo do conteúdo filosófico com o conteúdo de cultura afrobrasileira e indígena. D. PROCESSO DE AVALIAÇÃO Segundo Vasconcellos (1999, p. 43), “avaliação é um processo abangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resitências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos”. Nesse sentido, a avaliação é uma busca de alternativas para que ocorra um verdadeiro processo de ensino-aprendizagem. A avaliação é o aspecto mais difícil em todas as áreas. O que avaliar em filosofia e como? A Diretriz propõe que se siga quatro pressuposto: • qual discurso tinha antes; • qual conceito trabalhou; • qual discurso tem após; A proposta de trabalho de avaliar ocorrerá no sentido de contribuir tanto para o professor, possibilitando avaliar a própria prática, como para o desenvolvimento do aluno, permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua contribuição para a coletividade. Será, portanto, de caráter diagnóstico e processual, podendo ser adotados como instrumentos, além da auto-avaliação: Produção de texto/redação individual e/ou dupla em sala e/ou extra classe para que o aluno demonstre a apreensão e o domínio dos conceitos filosóficos trabalhados e os relacione com o cotidiano vivido; Atividades em sala e participação nas discussões e reflexões sobre o tema de estudo; Avaliação bimestral individual de carater reflexivo; Para a recuperação paralela o professor aotará os critérios estabelecidos pelo estabelecimento de ensino. E. REFERÊNCIAS : ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à filosofia. 2a ed. São Paulo: Moderna, 1993. ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4a ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo. 6a ed. Petrópolis: Vozes, 1997. CHÂTELET, F. História da Filosofia, idéias e doutrinas - o século XX. Rio de Janeiro: Zahar, s/d, 8 vol. CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995. COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas. São Paulo:Saraiva, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação básica: Filosofia. Curitiba: SEED, 2008. FOLSCHEID, Dominique; WUNEMBURGER, Jean-Jacques. Metodologia Filosófica. São Paulo: Martins Fontes, 1999. REALE, Giovanni. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2003. (Vol. I, II e III, IV, V, VI, VII). SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1993. PARANÁ , Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Filosofia para o Ensino Médio. Curitiba, 2008. ASPIS, R. O professor de filosofia: o ensino da filosofia no ensino médio como experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, n.º 64. A Filosofia e seu ensino. São Paulo: Cortez, 2004. CHAUI, Marilena. Filosofia, Série Novo Ensino Médio, São Paulo, Ática, 2004 GALLO, S.; KOHAN, W. (Orgs) Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000. COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas. São Paulo:Saraiva, 2005. JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 4.ed. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed., 2006. KOHAN, Walter O. (org.) Filosofia: Caminhos para seu Ensino. Rio de Janeiro: Lamparina, 2008. KOHAM & WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no Brasil. In : PARANÁ, Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares. Curitiba, 2005. REZENDE, Antônio (org.). Curso de Filosofia: para professores e alunos dos cursos de segundo grau e de graduação. 13.ed. Rio de janeiro: Jorge Zahar Ed. 2005. SCHIMDT, MARIA A.[org.], Diálogos e Perspectivas de Investigação, Coleção coltura Escola e Ensino. Ed. Unijuí. TOMELIN, Janes F. e TOMELIN, Karina N. Diálogos Filosóficos. 3. Ed. Blumenau. Nova Letra, 2007. COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR FÍSICA FÊNIX/2010 A – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA O objeto de Estudos da Física é o Universo em toda sua complexidade. A humanidade sempre manifestou curiosidade sobre o mundo ao seu redor. Desde os primeiros documentos registrados, buscam-se caminhos para impor uma ordem na desconcertante diversidade dos eventos observados. A ciência é um processo de busca dos princípios que governam nas causas e os efeitos no universo. A Física é a ciência do exótico e da vida cotidiana. O exótico surpreende a imaginação. Na vida cotidiana, engenheiros, músicos, arquitetos e muitos outros profissionais lidam com assuntos como transferência de calor, ondas sonoras, tensões e outros na execução diária de seus respectivos trabalhos. Enquanto há aproximadamente um século não havia mais do que umas poucas lâmpadas elétricas, a humanidade hoje é extremamente dependente da eletricidade. Daí a importância do Estudo da Física associada às suas origens (historia da física), de forma que se adquira uma visão mais crítica e humanística da ciência. Para que isso ocorra é necessário, trabalhar a física em espirais de forma que idéias novas e revolucionárias possam conter ideias antigas e mitos primordiais, pertencentes até mesmo a outras culturas. Contudo aliado a evolução científica devemos levar em consideração a limitação do universo e sua capacidade de se refazer. Portanto é essencial a prudência e os conhecimentos desses limites a fim de que a Evolução não se torne em regressão. Por essa razão a Disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da Natureza. Entretanto a forma como é apresentada hoje, não são coisas da natureza ou a própria natureza, mas modelos de elaborações humanas. Galileu Galilei (1562 – 1643) com suas observações desfaz o sacrário dos lugares Naturais da dicotomia entre o céu e a Terra. Agora, o Universo não é finito e nem o céu é tão perfeito. Galileu ao aceitar o modelo de Copérnico causa uma revolução e ao aprofundar as idéias que vinham evoluindo, contribui para o nascimento da Ciência Moderna, retirando das autoridade eclesiásticas o controle sobre o conhecimento e iniciam um novo período chamado de moderno, abrindo caminho para que Isaac NEWTON elevasse a Física no século XVII ao status de ciência. Na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, ocorria a primeira revolução industrial feito mais com conhecimento técnico do que com ciência. O contexto social e econômico favoreceu o conhecimento físico da Termodinâmica com o intuito de melhorar a potência das máquinas térmicas que produziam muito calor e pouco rendimento. No cenário científico mundial, o único do século XX é marcado por uma nova revolução no campo da pesquisa da Física. Em 1905 Eisten propõe a teoria da relatividade, e os trabalhos de diversos cientistas abriram caminho para o desenvolvimento da mecânica quântica. A conjuntura favoreceu no Brasil a criação em 1934 do curso de “ Sciencias Fluysicas”, a Segunda Guerra Mundial em função do uso da Bomba atômica provoca mudanças no currículo da Disciplina de Física. No Brasil em 1946, pelo Decreto Federal nº 9355, de 13 de junho de 1946, foi criada a 1ª Instituição Brasileira direcionada ao ensino de Ciências que foi o Instituto Brasileiro de Educação, cultura e Ciências (IBECC). Paralelamente começam a ser desenvolvidos Projetos nacionais. A busca da modernização e desenvolvimento do países militares, pós 1964, valoriza o ensino das ciências, pois precisava de mão de obra barata e qualificada o que levou a promulgação da Lei Nº 5692, de LDB em 1971. Enquanto há aproximadamente um século não havia mais do que umas poucas lâmpadas elétricas, a humanidade hoje é extremamente dependente da eletricidade. No Estado do Paraná, como no Brasil, no final da década de 70 e início de 80 com o fim da ditadura Militar e a perspectiva de abertura democrática; eleições diretas, inicia-se a implantação da pedagogia histórico crítica. A partir de 2003, foi proposta uma mobilização coletiva para elaboração de novas diretrizes curriculares estaduais. Entende se que a Física deve educar para cidadania e isso se faz considerando a dimensão critica do conhecimento cientifico sobre o Universo de fenômenos e a não neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais. B- CONTEÚDOS 1ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Movimento -Movimento e inércia Termodinâmica - Eletromagnetismo movimento Conservação de quantidade de -Variação da quantidade de movimento = impulso - 2º Lei de Newton -3º Lei de Newton e condições de equilíbrio -Energia e o Princípio da Conservação da energia -Gravitação 2ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Movimento -Lei zero da termodinâmica Termodinâmica -1º Lei da Termodinâmica Eletromagnetismo -2º Lei da Termodinâmica -Entropia e a Terceira lei da Termodinâmica 3ª SÉRIE Movimento -Carga elétrica e corrente elétrica Termodinâmica -Campo e ondas eletromagnéticas Eletromagnetismo -Força eletromagnética -Equações de Maxwel Lei de Gauss para eletrostática Lei de Coulomb Lei de Ámpere Lei de Faraday A natureza da luz e suas propriedades C- METODOLOGIA Após análise de algumas tendências e concepções percebemos que construímos nossa ideia pedagógica a partir da reflexão de nossa prática, de muita discussão da mesma com os professores e, voltamos à prática novamente num processo em permanente mutação, para tanto consideramos algumas questões: Que o aluno tenha possibilidade de compreensão de conceitos e significados e o estabelecimento de relações com experiência anteriormente vivenciadas. Para tanto é importante uma metodologia de ensino que leva em conta a experimentação e que a matemática não seja considerada por excelência pré-requisito ao ensino da Física, considerando ainda que a Física não se separa das outras disciplinas e que os conteúdos devam ser tratados num contexto social, econômico, cultural e histórico, situando-os no tempo e no espaço. O objetivo é construir o conhecimento como solução de problemas significativos, respondendo as exigências do contexto em que está inserido e não apenas para atender as expectativas de poucos. A física a ensinar é aquela que procura no seu desenvolvimento progressivo, assistir a maneira como foi sendo elaborado e aí aparecem dúvidas e contradições para que logo surjam outras dúvidas, outras contradições. Nesse sentido, a disciplina de Física deve ser ensinada a um público cujo modelo de organização precisa ser questionado, portanto, implica pensar na sociedade em que vivemos, construindo- se assim num ato político para formar cidadão com responsabilidade coletiva da preservação do meio ambiente, do uso adequado desses princípios no relacionamento social e comunitário. Para tanto buscamos montá-lo com a especificidade e diferenças necessárias a fim de auxiliar o trabalho em sala de aula, respeitando certos argumentos de fundamental importância como: A certeza de que esse material é um agente pedagógico capaz de traçar um caminho que conduza o aluno ao sucesso no aprendizado; A confiança que ele é em suporte que deve auxiliar o professor na construção do conteúdo e permitir a opção pelo tipo de abordagem a ser utilizado; Que nele deve permear a abertura de trabalhar com as diversidades existentes em cada classe (alunos inclusos ou não), com apresentação dos conteúdos de forma mais simplificada possível, acompanhado de atividades graduadas e em número suficiente para atender a todos os níveis de exigências; Encerrado cada capítulo, desenvolver um trabalho de recuperação do aluno que está em defasagem no aprendizado para daí dar sequência no desenvolvimento dos próprios conteúdos. É importante considerar a ampla variedade de linguagens usadas, tais como: numérica, algébrica, geométrica, gráfica, em desenhos, relatórios, gincanas, maratonas, pesquisas, utilização de informática, seminários, visitas a parque de ciências entre outros. Considerando alunos inclusos ou não. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência pelo que prevê a Lei nº 11.645, a qual altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. D - AVALIAÇÃO A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino-aprendizagem, em que o objetivo não é verificar a quantidade de informações “retidas” pelo aluno ao longo de um determinado período, já que não se concebe ensino como “transmissão de conhecimento”. Ela servirá como instrumento de diagnóstico do processo ensino – aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os componentes desse processo (aluno – professor – conteúdo – metodologia – instrumento de avaliação). Dessa forma restringir a avaliação à conceito obtido em uma prova não retrata com fidelidade o aproveitamento obtido, é necessário considerar a avaliação como um recurso a serviço do desenvolvimento do aluno, que o leve a assumir um compromisso com a aprendizagem. Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar: A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e aprendizagem planejada. A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os conhecimentos da Física. E- REFERÊNCIAS BONJORNO, Regina Azenha e outros. FÍSICA COMPLETA. São Paulo. FTD S/A PARANÁ/SEED. Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio-Documento elaborado para elaboração do Projeto. Curitiba: SEED, 1994. QUADROS, S.. A Termodinâmica e a invenção das Máquinas Térmicas. São Paulo: Scipione,1996 FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.São Paulo:Paz e Terra, 1996 (Coleção leitura). BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional-LDB 9.394/96. KRASILCHIK, M. O Professor e o Ensino das Ciências, São Paulo: EPU; 1987. PARANÁ/ SEED – Diretrizes de Física para o Ensino Médio, Versão preliminar. Julho/2006. FÍSICA: Ensino Médio / Seleção e organização: ZYLBERSZTAJN, Arden et al. Organização Geral : STUDART, Nelson – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica, 2006 PARANÁ/ SEED – Diretrizes de Física para o Ensino Médio. Curitiba, Jul/2008. COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR QUÍMICA FÊNIX/2010 APRESENTAÇAO GERAL DA DISCIPLINA A Ciência, como conjunto organizado de conhecimentos, apresenta-se dividida em várias disciplinas, entre elas a Química, que estuda a natureza da matéria, suas propriedades, suas transformações e a energia envolvida nesses processos. Apesar de se ter conhecimento de manifestações químicas muito antes da Idade Média, foram os alquimistas que contribuíram de forma acentuada para o desenvolvimento do que constituiria a Ciência Química. Na busca, sem sucesso, da pedra filosofal e do elixir da longa vida, os alquimistas introduziram e aperfeiçoaram técnicas de metalurgia, sintetizaram várias substâncias, isolaram outras, além de terem registrado um grande número de experimentos em suas observações. A partir do século XVII, a ciência se transforma, tomando-se mais experimental e menos filosófica: multiplicam-se as observações e as experiências. A partir de então, começou a surgir um grande número de trabalhos importantes, envolvendo vários cientistas. No decorrer do século XVIII, destaca-se o isolamento dos elementos gasosos, a descoberta de muitos elementos químicos. O Químico Antonie Laurent Lavoisier propôs uma nomenclatura universal para os compostos químicos, que foi aceita internacionalmente. Outros feitos contribuíram para o avanço da indústria química da época, especialmente a da Inglaterra, entre eles: a solução para problemas das indústrias de tecido, a construção de torres para a fabricação continua de ácido sulfúrico, os estudos sobre corante na indústria têxtil. No século XIX, John Dalton apresentou sua teoria atômica e também foi o período onde a ciência moderna se consolidou. Em 1860, foi realizado o primeiro Congresso Mundial de Química onde foram discutidas definições dos conceitos de átomo, molécula, equivalente, atomicidade e basicidade, como conseqüência, a classificação periódica dos elementos foi estabelecida por Dmitri Ivanovictch Mendeleev. Os interesses da indústria e a segunda guerra mundial impulsionaram pesquisas e descobertas sobre o conhecimento químico; entre eles, os avanços da eletricidade, a criação do plástico artificial, o bombardeio de núcleos com partículas aceleradas conduziu à produção de novos elementos químicos. Este percurso histórico contribui para constituição da Química como disciplina escolar, inicialmente na França. No Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo em Química surgiram no inicio do século XIX, mas somente em 1931, a disciplina de Química passou a ser ministrada de forma regular no currículo do Ensino Secundário. De acordo com as DCEs, o ensino da Química deve estabelecer vínculos com a história da disciplina, seus aspectos epistemológicos, defendendo uma seleção de conteúdos estruturantes que a identifique como campo do conhecimento constituído historicamente, nas relações políticas, econômicas, sociais e culturais de diferentes sociedades. Com o objetivo de formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz de refletir criticamente sobre seu período histórico atual. A abordagem no ensino da Química é norteada nas diretrizes pela construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada aos contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais, e fundamentada em teóricos como Chassot, Mortimer e Maldaner. Podemos dizer que tudo à nossa volta é química, pois todos os materiais que nos cercam passaram ou passam por algum tipo de transformação. Percebemos que a Química proporcionou progresso, desenvolvimento e bemestar para a nossa vida. CONTEÚDO : 1º SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS MATÉRIA E SUA NATUREZA - MATÉRIA -LIGAÇÃO QUÍMICA BIOGEOQUÍMICA -SOLUÇÃO -REAÇÃO QUÍMICA QUÍMICA SINTÉTICA CONTEÚDO : 2ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS MATÉRIA E SUA NATUREZA - REAÇÕES QUÍMICAS -EQUILÍBRIO QUÍMICO BIOGEOQUÍMICA -FUNÇÕES QUÍMICAS -SOLUÇÃO QUÍMICA SINTÉTICA - GASES CONTEÚDO : 3ª SÉRIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS MATÉRIA E SUA NATUREZA - RADIOATIVIDADE BIOGEOQUÍMICA - VELOCIDADE DAS REAÇÕES QUÍMICA SINTÉTICA -FUNÇÕES QUÍMICAS METODOLOGIA Todo o processo ensino-aprendizagem, em Química deve partir de um conhecimento prévio dos estudantes, levando em consideração as suas concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito científico. Quando os estudantes chegam à escola eles não estão totalmente desprovidos de conhecimento. Uma sala de aula pode reunir pessoas com diferentes costumes, tradições, preconceitos e idéias que dependem da sua origem. Isso torna impossível a utilização de um único tipo de metodologia com o objetivo de uniformizar a aprendizagem. Considerando os conhecimentos que o aluno traz, mostrando-lhe o conhecimento científico historicamente produzido, o aluno do ensino médio terá condições de formar conhecimentos científicos a respeito dos conhecimentos químicos. Para tanto serão utilizadas aulas expositivo-dialogadas com a utilização de recursos audiovisuais quando possível. Leituras e discussão de textos complementares dando oportunidade para que o educando desenvolva o conhecimento cientifico, apropriando-se dos conceitos da Química, pesquisas em diferentes fontes (livros, revistas, jornais, Internet etc.). Uso da experimentação como forma de problematizar a construção dos conceitos de Química, sendo ponto de partida para que os alunos construam sua própria explicação das situações observadas por meio da prática experimental. A abordagem experimental está na caracterização do seu papel investigativo de sua função pedagógica em auxiliar o aluno na explicitação, problematização, discussão, enfim, na significação dos conceitos químicos. A realização de experiências deve ser organizada,planejada e dirigida pelo professor numa relação dialógica. No ensino de Química se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente, pelo que prevê a Lei nº11.645, a qual altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.. Também contemplando a Educação Fiscal para que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, contemplando todos os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. AVALIAÇÃO A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. A avaliação será contínua, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta. A avaliação educacional seguirá orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, que compreende os seguintes princípios: · investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos; · contínua: permite a observação permanente do processo ensinoaprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica; · sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando instrumentos diversos para o registro do processo; · abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempoescola do educando; · permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da escola. As avaliações devem ter em conta os objetivos específicos do planejamento bimestral, ou seja, quais são as habilidades básicas de raciocínio e a aplicação dos conteúdos que no início do ano, o professor se propôs a desenvolver para os seus alunos. A avaliação processual utilizará de instrumentos diversificados, tais como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da tabela periódica, debates, apresentação de seminários, experiências, relatórios de aulas em laboratório, pesquisas bibliográficas, trabalhos coletivos, atividades complementares. Estes instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino. Com a avaliação espera-se que o aluno: entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da Química; construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos; tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do conhecimento químico; compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria. Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares, etc.; identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas, representações, condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores; compreenda o conceito de equilíbrio químico, a partir dos conteúdos específicos: concentração, relações matemática e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio, concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores, equilíbrio químico em meio aquoso. Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico; entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo básico; reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem na natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõem esse conteúdo básico; diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades dos gases, modelo de partículas e as leis dos gases; reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra espécie com a qual estabelece interação. É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas será analisado pelo educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica. REFÊRENCIAS CHASSOT, Attico, Catalisando transformações na educação.Ijuí: Editora Uniju.1993. MALDAMER, O.A. A formação inicial e continuada de professores de química professor/pesquisador. Ijuí: Ed.Unijuí, 2000. MORTIMER, Química Grupo Editorial Iberoamericana PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Química. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação Superintendência de Educação. Livro Didático Público. Química. 2 ed. Curitiba: SEED – PR, 2008. RUSSEL, J.B. Química geral. São Paulo: McGraw-hill, 1981. SANTOS, W.L.P.MÓL, G.S.; Química e sociedade: cálculos, soluções e estética. São Paulo: Nova Geração, 2004. SARDELLA, A; FALCONE, M. Química: série Brasil. São Paulo: Ática, 2004. SCHWARTZMAN, S. Formação da comunidade científica no Brasil. Rio de Janeiro: FINEP, 1979. COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR SOCIOLOGIA FÊNIX/2010 A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A Sociologia nasce como uma ciência disposta a dar conta das questões sociais, fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcado pelas consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa de 1789; uma social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o Iluminismo, com sua fé na razão e no progresso da civilização. Esses acontecimentos conjugados – a queda do Antigo Regime e a ascensão da democracia; a industrialização expandida pelas máquinas e a concentração de trabalhadores nas cidades; e a admissão de um método científico propiciado pelo racionalismo – garantem as condições para o desenvolvimento de um pensamento sobre a sociedade. Inicialmente, um pensamento de cunho conservador desenha- se mais como uma forma cultural de concepção do mundo, uma filosofia social preocupada em questionar a gênese da sociedade e a sua evolução. A Sociologia volta-se, todo tempo para os problemas que nós enfrentamos no dia-a-dia de nossas vidas em sociedade. Ela pretende ser um conhecimento científico sobre a realidade social e, enquanto tal, visa a estabelecer teorias, bem como confortá-las com a realidade. Como ciência, a sociologia delineou-se no rastro do pensamento positivista, vinculada à ordem das Ciências Naturais. O caráter científico, tão buscado e valorizado na época, estava ligado à lógica da ciência dita “experimentais”. Ou seja, para acender ao estatuto de ciências, deveria atender a determinados pré-requisitos e seguir métodos “científicos” que pretendiam também a neutralidade e o estabelecimento de regras. São representados desse pensamento. Augusto Conte o primeiro a usar o termo sociologia, relacionado com a ciência da sociedade, e Émile Durkhein que adotou conceitos elaborados por Conte, especialmente o de ordem social, para delinear uma das correntes representativas do pensamento sociológico. Apesar de sua origem conservadora de sua proposta inicial conformista, a sociologia desenvolvem também um olhar crítico e questionador sobre a sociedade. O pensador Karl Marx trouxe importante contribuição ao pensamento sociológico por que desnudou as relações de exploração que se estabeleceram a porta do momento em que uma determinada classe social apropriou-se dos meios de produção e passou a deter e conduzir os mecanismos da sociedade. No Brasil, tanto as ideias conformistas quanto as revolucionários exerceram forte influência na formação do pensamento sociológico brasileiro. Com o advento da República Houve a primeira tentativa de se introduzir a Sociologia como disciplina Escolar obrigatória no Brasil através do então ministro da Educação Benjamim Constante, em 1891. A 1ª escola a introduzir a disciplina no nível médio foi a tradicional D. Pedro II, no RJ, em 1925. Após 1930, a disciplina passa a ser ampliada com a possibilidade de oferecer uma formação mais humanística para os estudantes secundários. Mas na segunda fase da Era Vargas, em 1942, sua obrigatoriedade é retirada das escolas secundárias, permanecendo apenas nas Escolas Normais até o golpe militar de 64. A partir de 1964, a disciplina de sociologia desapareceu dos currículos das escolas médias, permanecendo restritos as Escolas Normais. Com a Lei 5.673/71 foram introduzidas as disciplinas de EMC e OSPB com o intuito de substituir a sociologia e a Filosofia. A nova LDB lei 9.394 de 1996 prevê que os alunos ao terminarem o Ensino Médio devem demonstrar conhecimentos de sociologia e filosofia. Em 1997º ex-deputado Padre Roque, PT propões um projeto que altera a LDB e torna a sociologia e filosofia disciplinas obrigatórios, tal projeto foi vetado pelo presidente Fernando H. Cardoso. A trajetória do ensino de sociologia, caracterizada por frequentes interrupções trouxe-lhe marcas que não podem ser ignoradas relativamente a sua inserção no cenário educacional. problemas que vivemos Os grandes hoje provenientes do acirramento das forças do capitalismo mundial e do desenvolvimento industrial desenfreada entre causas, exigem sujeito capazes de rejeitar a lógica neoliberal da destruição social e planetária . É tarefa inadiável da escola e da sociologia a formação de novos valores, de uma nova ética e de novas práticas que indiquem a possibilidade de construção de novas relação social. B) CONTEÚDOS 1ª SÉRIE Conteúdos estruturantes: O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas. Conteúdos básicos: Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social; Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber. O desenvolvimento da Sociologia no Brasil. Conteúdos estruturantes: Processo de socialização e as instituições sociais. Conteúdos básicos: XXV- Processo de socialização; XXVI- Instituições familiares; XXVII- Instituições escolares; XXVIII- Instituições religiosas; XXIX- Instituições de reinserção. 2ª SÉRIE Conteúdos estruturantes: • Cultura e Indústria Cultural Conteúdos básicos: • Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; • Diversidade cultural; • Identidade; • Indústria cultural; • Meios de comunicação de massa; • Sociedade de consumo; Conteúdo estruturante XXI- Trabalho, Produção e Classes Sociais Conteúdos básicos 17. O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; 18. Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais 19. Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; 20. Globalização e Neoliberalismo; 21. Relações de trabalho; 22. Trabalho no Brasil. 3ª SÉRIE Conteúdos estruturantes: • Poder, Política e Ideologia Conteúdos básicos: • Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; • Democracia, autoritarismo, totalitarismo; • Estado no Brasil; • Conceitos de Poder; • Conceitos de Ideologia; • Conceitos de dominação e legitimidade; • As expressões da violência nas sociedades contemporâneas. Conteúdos estruturantes • Direito, Cidadania e Movimentos Sociais Conteúdos básicos: 25. Direitos: civis, políticos e sociais; 26. Direitos Humanos; 27. Conceito de cidadania; 28. Movimentos Sociais; 29. Movimentos Sociais no Brasil; 30. A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; 31. A questão das ONG’s. C) METODOLOGIA A sociologia deve explicitar as diversas visões de mundo, as concepções de sociedade e de homem. Tem como atribuição básica: ir além de investigar, identificar descrever, classificar, interpretar, explicar todos os fatos relacionados à vida social, logo permite instrumentalizar o aluno para que possa decodificar a complexidade social através do desenvolvimento do pensamento crítico e instigante. Assim, pelo conhecimento sociológico sistematizado o aluno poderá construir uma postura mais reflexiva e crítica diante da complexidade do mundo moderno. Poderá perceber-se como elemento ativo, dotado de força “política” e capacidade de transformar e, até mesmo, viabilizar através de exercícios pleno de sua cidadania, mudanças estruturais que apontem para um modelo de sociedade mais justo e solidário. Cabe ao professor, orientar os alunos também através do conhecimento da sociologia de maneira contextualizada, no sentido de compreender e aliviar o impacto causado pelo conjunto de transformação econômico-sociais geradas pelo fortalecimento do sistema capitalista e pelo grande desenvolvimento tecnológico e científico, bem como aliviar o impacto gerado pela relevante desestruturação de instituições sociais como a “família”. Tem portanto, a sociologia, a função de “armar” o aluno com instrumentos que possibilitem ultrapassar o senso comum e entender se como o reflexo e agente da situação histórica do mundo e que aproxima esses saberes da sua realidade. Ela não quer apresentar dogmas, mas, questionar para compreender. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a descobrir pré noções e preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas à transformação social. Enfim, o ensino da sociologia pressupõe metodologias que coloquem os alunos como sujeitos de seu aprendizado; não importa que o encaminhamento seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo ou a análise de filmes, mas, importa que o aluno seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever os conceitos e a reconstruir coletivamente novos saberes. Partir da prática social dos alunos permitirá a tomada de consciência sobre essa mesma prática, que não é apenas o que pensam ou sentem, mas é também uma expressão social do grupo do qual ele faz parte. A pesquisa de campo pode ser iniciada antes ou depois de se apresentar o conteúdo a ser desenvolvido. Quando a pesquisa preceder a apresentação do conteúdo, os resultados obtidos devem servir como base para problematizações a serem desenvolvidas. Se a pesquisa suceder o desenvolvimento dos conteúdos, os resultados deverão comprovar ou refutar o que foi discutido à luz das teorias sociológicas. Cabe ao professor a proposição e organização da pesquisa, porém, ele poderá contar com a contribuição dos alunos para definição do tema e do enfoque ou recorte a ser privilegiado. O professor deve estabelecer os contatos sociais prévios e conhecer o lugar onde a pesquisa será realizada, bem como assegurar-se da viabilidade de seu desenvolvimento. No ensino de Sociologia se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência, pelo que prevê a Lei nº11.645, a qual altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.. D) AVALIAÇÃO A avaliação no ensino da sociologia não deverá ser meramente verificatória da aprendizagem dos conceitos trabalhados ou das teorias, mas precisará ser articulada, desde o primeiro dia em que o aluno entra em contado com o conhecimento sociológico, procurando perceber a apreensão que os estudantes realizam, as modificações que demonstram na compreensão dos mecanismos de funcionamento da sociedade, nos discursos, nos posicionamentos dentro do espaço escolar e nas relações sócias. As formas de avaliação em Sociologia acompanham as próprias práticas de ensino e de aprendizagem na disciplina, seja, reflexão crítica nos debates, que acompanham os textos ou filme, seja a participação nas pesquisas de campo, seja, a produção de textos que demonstrem a capacidade de articulação entre teoria e prática. E) REFERÊNCIAS BACHELARD, Gaston. O novo espírito científico. Rio de Janeiro: Brasileiro, 1968. Tempo FERNANDES, Florestan. Ensaios de sociologia geral e aplicada. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1960. _____. Elementos de uma sociologia teórica. São Paulo: Editora Nacional e Editora da USP, 1970. _____. Fundamentos empíricos da explicação sociológica. 2.ed. São Paulo: Nacional, 1972. _____. A sociologia no Brasil; contribuição para o estudo de sua formação e desenvolvimento. Petrópolis: Vozes, 1976a. _____. A sociologia numa era de revolução social. 2 ed. São Paulo: Zahar Editores, 1976b. GIDDENS, Anthony. Política, sociologia e teoria social: encontros com o pensamento social clássico e contemporâneo. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1998. _____. Capitalismo e moderna teoria social; uma análise das obras de Marx,Dukheim e Max Weber. Lisboa: Editorial Presença, 1990. PARANÁ. SEED- Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - Sociologia. Curitiba, 2006. PROPOSTA CURRICULAR DO CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DAS SÉRIES INCIAIS DO ENS. FUNDAMENTAL, EM NÍVEL MÉDIO, NA MODALIDADE NORMAL - INTEGRADO FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL. DISCIPLINA: LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA 1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: Segundo Bakthin, a língua se configura num espaço de interação entre os sujeitos que se constituem através dessa interação, e ainda mais, a língua só se constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que interagem. Isto significa compreender a língua como “um conjunto aberto e múltiplo de práticas sociointeracionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos historicamente situados”. Pensar a linguagem (e a língua) desse modo é perceber que ela não existe em si, mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento constitutivo dessas múltiplas relações e nelas se constitui continuamente”. (Faraco,2003) A linguagem – e a Língua Materna – é vista, assim, como atividade que se realiza historicamente entre sujeitos, constituindo-se, os sujeitos e a linguagem, nos múltiplos discursos e vozes que a integram. Se os gêneros discursivos são fundamentos para o trabalho pedagógico com a linguagem verbal, os conceitos de texto, de leitura não se restringem, aqui, à linguagem escrita: eles abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com “as outras linguagens (artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio linguageiro criado pelo homem), percebendo seu chão comum (são todas práticas discursivas sociointeracionais) e suas especificidades (seus diferentes suportes tecnológicos, seus diferentes modos de composição e de geração de significados.)” (Faraco, 2000) Essa concepção recusa esses olhares que alienam a linguagem de sua realidade social concreta. Nós a concebemos como um conjunto aberto e múltiplo de práticas sociointeracionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos historicamente situados. Por outro lado, os próprios falantes tomam forma como sujeitos históricos e como realidades psíquicas em meio a essa intricada rede de relações socioverbais e pela interiorização da própria dinâmica da interação socioverbal. Somos, nesse sentido, seres de linguagem, constituídos e vivendo num complexo feixe de relações socioverbais. De forma alguma, podemos ser compreendidos como meros aplicadores de regras de um sistema gramatical: ou como meros reprodutores de um certo monumento lingüístico cristalizado; ou, ainda, como meros usuários de um instrumento externo a nós. Desse modo, ensinar português é, fundamentalmente, oferecer aos alunos a oportunidade de amadurecer e ampliar o domínio que eles já têm das práticas de linguagem. Em língua materna, a escola obviamente, nunca parte do zero: os alunos têm experiência acumulada de práticas de fala e de escrita. Cabenos, no entanto, criar condições para que esse domínio dê um salto de qualidade, tornando-se mais maduro e mais amplo. Portanto, devemos levar o aluno do curso de Formação de Docentes a ter o domínio amplo da leitura, da escrita e da fala em situações formais, quanto do desenvolvimento de uma compreensão da própria realidade da linguagem nas suas dimensões sociais, históricas e estruturais. 2 - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: _ Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos; _ Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura; _ Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização; _ Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita. 3 – CONTEÚDOS: ORALIDADE: - relato de experiências pessoais, contos, romances, crônicas; - dramatização de obras literárias (poesias, contos, crônicas, romances); - debate de textos lidos (literários, informativos, científicos, programas de TV); - identificação das idéias contidas no texto, interlocutor, objetivo do texto e a coerência na construção do texto; - exposição de idéias com clareza, seqüenciação, objetividade, consistência argumentativa, adequação vocabular, tanto em debates como em discussões. LEITURA: - prática de leitura de textos de vários gêneros (literários, informativos, científicos, publicitários); - identificação da idéia central; - reconhecimento das diferentes tipologias textuais; - identificação do interlocutor, do objetivo do texto, da coerência na construção do texto, tema, argumentação usada; - compreensão crítica do conteúdo; - análise das opções expressivas: características da linguagem, dos fatos e dos estilos. ESCRITA: - elaboração de sínteses, parágrafos argumentativos, paródias e resumos de textos lidos; - prática de escrita de textos informativos, narrativos, descritivos, poesia; - apresentação de mural (cartazes focalizando momentos literários); - nos textos escritos pelos alunos, em relação ao conteúdo levar em consideração: a clareza, coerência, coesão, consistência argumentativa, redundância inadequada; - em relação a estrutura: paragrafação, adequação dos recursos coesivos; - em relação à expressão: adequação à norma padrão, superação das marcas inadequadas de oralidade, pontuação. ANÁLISE LINGÜÍSTICA: - temas gramaticais correlacionados com o controle da norma padrão (esse estudo deve ser articulado com a prática de análise de textos lidos e deve ser feito com base em uma concepção clara e realista da variação lingüística, das diferenças entre linguagem falada e linguagem escrita, entre fala formal e informal); - concordância nominal e verbal; - regência nominal e verbal (no caso da regência, será importante o contraste adequado entre regências mais tradicionais com suas vertentes contemporâneas; além disso, é preciso muito cuidado com a regência em orações subordinadas adjetivas e o emprego do pronome relativo); - temas gramaticais correlacionados com o domínio dos recursos expressivos (esses temas devem ser estudados na prática de reconstrução de textos, na prática de análise de textos lidos, por meio de exercícios de reelaboração sintática em que se explore a sinonímia estrutural e entre os períodos compostos; entre subordinação e coordenação, entre orações reduzidas, orações plenas e sintagmas nominais complexos); - reforço ao uso convencional e, principalmente, expressivo da pontuação; - reforço à representação gráfica adequada (ortografia e pontuação). LITERATURA: - prática de interpretação de textos literários como uma contínua construção da consistência argumentativa do discurso; - incorporação de idéias e relações textuais do aluno em face aos textos literários integrais; - seleção de textos literários que estimulem as relações dos textos escolhidos com o contexto presente; - a leitura do texto literário será experiência que desvelará ao aluno as especificidades desse tipo de texto, desde sua criação de mundos, até os recursos de linguagem presentes em cada obra; - desenvolvimento do projeto Afro na Literatura. 4 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA: Temos claro de que a concepção de linguagem e procedimentos metodológicos não são realidades isoladas, isto é, o modo como concebemos a linguagem condiciona nossa metodologia. Assim, a concepção de linguagem que adotamos pressupõe uma metodologia ativa e diversificada, compreendendo o trabalho individual, o trabalho em duplas ou em pequenos grupos e o trabalho com as turmas, além de atividades expositivas do professor. O trabalho com a Língua Portuguesa e a Literatura deve oportunizar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente, em condições semelhantes aos demais. No ensino de Língua Portuguesa e Literatura se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. LEITURA Ler pressupõe, em primeiro lugar, familiarizar-se com diferentes tipos de textos oriundos das mais variadas práticas sociais (em especial da literatura, do jornalismo, da divulgação científica, da publicidade). Pressupõe também o desenvolvimento de uma atitude de leitor crítico, o que significa, entre outros aspectos, perder a ingenuidade diante do texto dos outros, percebendo que atrás de cada um há um sujeito, com uma certa experiência histórica, com um determinado universo de valores, com uma intenção. Ler pressupõe também uma compreensão responsiva, o que implica reagir ao texto, dar-lhe uma resposta, concordando com ele, ou dele discordando; rindo dele, emocionando-se com ele, aplaudindo-o, refutando-o, assinalando-o, fazendo-lhe a paródia e assim por diante. Neste ponto, é importante dizer que ler e texto não estão aqui sendo usados como termos restritos à linguagem escrita. Entendemos ler em sentido mais amplo, como a ação de recepção crítica e responsiva dos textos escritos ou falados. E mais: por extensão queremos abranger também a recepção (leitura) de manifestações (textos) em outras linguagens, combinadas ou não linguagem verbal. com a Cabe, portanto, à disciplina de Língua Portuguesa se concentrar nas atividades de leitura dos textos em linguagem verbal. No entanto, não pode deixar de oferecer aos estudantes uma experiência de leitura de outras linguagens, considerando-se de um lado, que somos seres de múltiplas linguagens; e, de outro, que a sociedade contemporânea amplificou a circulação de textos nas mais variadas linguagens, exigindo uma múltipla capacidade de leitura de seus cidadãos. ESCRITA O ato de escrever deve ser visto como uma atividade sociointeracional. Ou dito de outra forma, escrevemos para alguém ler. Isso implica reconhecer que o interlocutor é um dos condicionantes do nosso texto. Em conseqüência, a escrita cobra de nós uma ação de contínua adequação do nosso dizer às circunstâncias de sua produção. As atividades de escrita devem ser sempre contextualizadas. É uma das formas que temos para contornar um certo artificialismo inerente à prática escolar da escrita, transformando-a numa atividade efetivamente geradora de sentidos. É importante que no trabalho com a escrita se crie um ambiente de ‘oficina’ para as situações práticas, isto é, a escrita não deve jamais ser encarada como uma tarefa burocrática, mas sim coletiva, de forma que envolva o aluno na preparação, apreciação e refeitura dos textos. ORALIDADE O curso de Formação de Docentes não pode descuidar da oralidade, seja pelo efeito positivo que seu desenvolvimento tem sobre o conjunto das práticas de linguagem, seja pela relevância que o falar em situações formais tem para a vida cidadã. Não precisamos, é claro, ensinar aquelas práticas que aprendemos espontaneamente no nosso cotidiano (a conversa informal e corriqueira). No entanto, a escola precisa oferecer aos alunos a oportunidade de amadurecer o falar com segurança e fluência em situações formais (isto é, no espaço público, diante de um conjunto plural de interlocutores), seja em atividade de transmissão de informação, seja no debate. As práticas com a oralidade, em especial aquelas que envolvem debate são uma oportunidade especial para o amadurecimento do convívio democrático, seja pelo exercício do direito à livre expressão, seja, sobretudo, pela polêmica civilizada, a qual pressupõe, entre outros fatores, uma escuta respeitosa, uma enunciação clara e sustentada de opiniões e a abertura para novos argumentos e pontos de vista. ANÁLISE LINGÜÍSTICA Na articulação destes três conteúdos – leitura, escrita e oralidade – estão os gêneros do discurso e a reflexão sobre a linguagem, que são as operações com a língua que os alunos vão realizar. O ensino de português deve levar o aluno a uma ação reflexiva sobre a própria linguagem, integrando as práticas socioverbais e o pensar sobre elas. Esse pensar envolve tanto a compreensão da realidade estrutural da linguagem (isto é, de sua organização gramatical), quanto, e especialmente a compreensão de sua realidade social e histórica (isto é, da variação lingüística). LITERATURA O trabalho pedagógico com a Literatura no curso de Formação de Docentes não pode deixar de lado a formação do leitor. Por isso tal trabalho não deve se prender ao uso exclusivo dos livros didáticos que substituem a riqueza potencial da literatura pela mera historiografia literária, preocupada com dados biográficos de autores, lista de obras produzidas por eles bem como a sua descrição, além da circunscrição da obra a um contexto histórico desvinculado da realidade do aluno. Segundo Garcia (2005), a Literatura deve ser um corpo expansivo, aberto aos acontecimentos a que os processos de leitura – que tornam o leitor autor- não cessam de forçá-la. O trabalho com literatura em sala de aula deve permitir a constituição de um campo de interação em torno do objeto estético que, mais que o agenciamento de instâncias de controle, abre-se para espaço incontrolável da linguagem. As aulas de Literatura requerem de acordo com essa concepção, que o repertório de leitura do professor esteja em contínua ampliação. Então, ao selecionar textos literários para seus alunos, o professor, além de ter em vista o caráter de literariedade desses textos, terá as oportunidades de relaciona-los através das combinações suscitadas por seu percurso de leituras. A Literatura será um elemento fixo na composição com outros elementos móveis que o professor determinará por si e pelas necessidade que perceber na interação dos alunos com os textos literários. Assim, temos, numa relação meramente exemplificativa: Literatura e Arte; Literatura e Biologia; Literatura e... Qualquer das disciplinas do currículo do curso de Formação de Docentes. O trabalho com Literatura potencializa uma prática diferenciada com os conteúdos estruturantes elencados acima (oralidade, leitura e escrita) e se constitui num forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber. Para tanto o professor de Língua Portuguesa e Literatura no curso de Formação de Docentes será capaz de se valer de todos os meios de que dispõe para – ao aperfeiçoar a expressão e a compreensão dos seus alunos aos níveis da oralidade, leitura e escrita, fazendo a um tempo com que o pensamento prolifere – permitir que os alunos façam suas próprias escolhas ante as oportunidades que a vida colocar na sua frente e caminhem com suas próprias pernas. Um professor de Língua Portuguesa e Literatura deve educar para a criatividade e para a liberdade. 5 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA: A avaliação – seus critérios e procedimentos – decorre, evidentemente, da concepção de linguagem que foi aqui exposta. Em outras palavras, entendemos que a avaliação não pode ser pensada e realizada sem uma vinculação intrínseca com o modo como concebemos a linguagem e como definimos as metodologias. Nessa concepção, a avaliação formativa, que considera ritmos e processos de aprendizagens diferentes nos estudantes e, na sua condição de contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a tempo, informando os sujeitos do processo (professor e alunos), ajudando-os a refletirem e tomarem decisões. Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente, em função da adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de idéias, numa entrevista, numa contação de história, as exigências de adequação de fala são diferentes, e isso deve ser considerado numa análise da produção oral dos estudantes. Mas é necessário, também, que o aluno se posicione como avaliador de textos orais com os quais convive (noticiários, discursos políticos, programas televisivos, etc.) e de suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado esperado. A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os estudantes empregam no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto. Não é demais lembrar que essa avaliação precisa considerar as diferenças de leitura de mundo e repertório de experiências dos alunos. Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno precisa, também aqui, posicionar-se como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio texto. O posicionamento do aluno como avaliador de seus textos orais e escritos é essencial para que ele adquira autonomia, e não há que se perder de vista, a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem do aluno incluso, de modo a não se caracterizem dois processos distintos e desvinculados, um regular e outro especial. 6 – BIBLIOGRAFIA: COLOMER, Teresa; CAMPS, Anna. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto Alegre: Artmed, 2002. FARACO, Carlos Alberto. Português língua e cultura.Curitiba: Base Editora LTDA, 2005. FARIA, Maria Alice.O jornal na sala de aula. São Paulo: Contexto,1991. FÁVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore G.V. Lingüística textual: uma introdução. São Paulo: Cortez, 1988; Editora Mediação, 2003. KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ª ed. C FIORIN, José Luiz.Elementos de análise do discurso.São Paulo: Contexto, 1994. FIORIN, José Luiz. e SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto.São Paulo: Editora Ática, 1998. INFANTE,Ulisses.Curso de gramática aplicada aos textos. São Paulo: Scipione, 1995. JANSSEN, Felipe; HOFFMANN, Jussara; ESTEBAN, Maria Teresa.(Org) Práticas avaliativas e Aprendizagens significativas. Porto Alegre Campinas São Paulo: Pontes, 2000. KOCK, Ingedore V. A interação pela Linguagem.São Paulo: Contexto, 1992. KOCK, Ingedore V. A coesão textual. 3ª ed. São Paulo: Contexto, 1991. KOCK, Ingedore V. A coerência textual. 3ª ed. São Paulo: Contexto, 1990. ORLANDI, Eni Puccinelli. A linguagem e seu funcionamento.Campinas: Pontes Editores, 1996. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Reestruturação do Ensino de 2º Grau.Curitiba, 1988. ROJO, Roxane (Org). A prática de linguagem em sala de aula. São Paulo: Mercado de Letras, 2000. SOARES, Magda B. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002. SOLE, Isabel. Estratégias de Leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998. DISCIPLINA: – ARTE – ENSINO MÉDIO INTEGRADO 1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A arte é um campo por excelência que possibilita a valorização da diversidade, pois a mesma é caracterizada por uma cultura pluridentitária formada através da contribuição, de diferentes grupos sociais, étnicos, das áreas urbanas e rurais, a qual constrói uma realidade multicultural. Nesta realidade estão presentes aspectos da cultura de diferentes grupos indígenas e africanos, dos europeus, dos orientais, dos jovens, dos velhos, das mulheres e homens, da cultura erudita e da popular, do artesanato e da informática, da arte e da ciência, influenciando-se reciprocamente, mas mantendo sua identidade. Desta forma o ensino de arte deve estar pautada na interdisciplinaridade e na valorização da pessoa humana como ser criador e auto-criador. Portanto o desafio do professor está em dialogar com a diferença, possibilitando ao aluno uma educação multiculturalista, a qual permite ao mesmo lidar com a diferença de modo positivo na arte e na vida. Desta forma papel da arte na formação humana, como conhecimento, como trabalho, como expressão; Estudos das diferentes concepções de arte; Conhecimento, trabalho e expressão e sua relação com o ensino; Estudo das tendências pedagógicas – Escola tradicional, nova e Tecnicista – com ênfase nos marcos históricos e culturais do ensino da arte no Brasil. Conhecimento teórico e prático dos elementos formais e de composição das artes visuais, da música, da dança e do teatro e sua contribuição na formação dos sentidos humanos desde a Educação Infantil e anos iniciais – abordagens metodológicas para o ensino de artes. A atividade artística na escola: fazer e apreciar a produção artística. As atividades artísticas como instrumental para a Educação Infantil e anos iniciais. 2 - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: XXII- Conceituar e conhecer através do contato com o mundo da cultura a forma específica de a arte significar o mundo e as coisas, expondo o que pensam sobre a forma expressiva que vêem e o sentido que elaboram ao fruir a produção artística. XXIII- Relacionar e comparar intenções e valores nas manifestações artísticas e estéticas do passado e da atualidade, na sua própria cultura e na de outros povos, bem como: no teatro, na música, na dança, nas artes visuais, identificando autores e artistas de diferentes épocas, países, movimentos, gêneros nas diversas linguagens da arte. XXIV- Reconhecer as profissões artísticas (maestro, compositor, ator, bailarino, artista plástico, escultor, coreógrafo, estilista, dramaturgo, cineasta, diretor, gravador, arquiteto, ceramista etc.) através da história da arte. XXV- Educá-lo por meio da visão e para além do raciocínio. XXVI- Proporcionar-lhe condições favoráveis para o seu desenvolvimento total 3 - CONTEÚDOS: Renascimento (contexto histórico, características, pintores, escultores, músicos e suas principais obras); - A Reforma e contra-reforma; - Barroco e Rococó; - Neoclassicismo; - Romantismo; - Realismo; - Impressionismo; - Pós - impressionismo; - Expressionismo; - Cubismo (analítico e sintético); - Favismo; - Abstracionismo; - Dadaismo; - Arte indígena; - Cultura afro-brasileira; - Surrealismo; - Op art; - Pop art; - A arte no Brasil; - Música brasileira; - Pintores brasileiros; - Perspectiva; - Pintura com manquini; - Hachuras com manquini; - Xilogravura; - Cinema; - Televisão; - Rádio; - Teatro: - Representação teatral direta e indireta; - Improvisação cênica; - Teatro infantil; - Dramatização • Dança: • Coreografia improvisada; • Coreografia original Conteúdos complementares Projeto “Fuxico”: - Conhecer suas técnicas peculiares; - Resgatar a tradição que é a de unir as pessoas; - Composição tridimensional (confecção da Bandeira Nacional). Cultura afro-brasileira - Artes (máscaras, símbolos, estamparias e leitura de obras dos artistas que retrataram a cultura negra através de suas obras); - Religiosidades; - Confecção de um painel com personalidades afro-brasileiras. 4 - METODOLOGIA DA DISCIPLINA: Ao desenvolver os conteúdos, os quis envolverão conhecimentos de diferentes obras de artes visuais, produtores e movimentos artísticos de diversas culturas em diferentes tempos da história. Fornecer aos educandos possibilidades de compartilharem descobertas, idéias, sentimentos, atitudes ao permitir a observação de diversos pontos de vista, estabelecendo relação entre o individual e o coletivo desenvolvendo a socialização. Diante dos conceitos e a história da dança na vida humana, seus intérpretes, seus gêneros presentes nas varias culturas, será um aspecto importante na ampliação de referenciais sobre essa linguagem. O desenvolvimento de sentir, expressar e pensar a realidade sonora ao redor do ser humano que se modifica nessa rede em que se encontra, auxilia o educando em fase de escolarização básica a desenvolver capacidade musical. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental é que começa o processo de aproximação do aluno com o universo artístico. Sob a forma de aprendizagem sistematizada. É papel da escola como espaço socializador do conhecimento, possibilitar e ampliar as oportunidades para essas experiências estéticas. Portanto, cabe ao professor a partir dos conteúdos, instigar a memória, a percepção e as possíveis associações com realidade/ cotidiano do aluno. O trabalho do professor com os anos iniciais se torna mais significativo se houver a articulação do lúdico às atividades em sua prática pedagógica. Considerar o ato de brincar como um dos princípios para a elaboração do processo de ensino e de aprendizagem, é entender a criança e seus valores, entre eles, a capacidade de materialização do mundo da fantasia, através das brincadeiras. As associações surgidas entre as linguagens artísticas e a realidade da criança podem revelar a maneira autêntica, a expressão do prazer dos sentidos. A associação entre o ato de brincar e o ato de aprender é uma possibilidade de diálogo estabelecido entre o sujeito e a leitura de sua realidade, em seu tempo (a infância). Isso significa entender a criança como sujeito criado na e pela cultura. Essa forma de desenvolver o ensino de Artes voltado aos alunos dos anos iniciais tem a probabilidade de superar as práticas que reforçam a superficialização da aprendizagem em Arte, que seduzem as aulas a simples práticas de exploração de materiais ou reprodução do que já existe. A substituição das linguagens artísticas pela reprodução e consumo das mesmas limita as possibilidades de expressão do aluno. Na produção artística infantil deve ser considerada a dimensão simbólica das ações e experiências da criança, para que essas possam extrapolar os estereótipos existentes nas músicas, nas danças e nas imagens dos meios de comunicação e que se apresentam muitas vezes, como se fossem o que é real e unicamente artístico. Além disso, é necessária a superação de práticas que privilegiam o desenvolvimento de capacidades motoras por meio de atividades mecânicas (ainda utilizadas por muitos livros didáticos). A padronização das produções artísticas infantis, (bem representada por desenhos reproduzidos por reprografia ou mimeógrafo) não limita as crianças somente em suas possibilidades de exploração do espaço, das cores e das formas, mas também, não consideram a importância da reflexão, da descoberta da criação, características tão peculiares da infância. Dessa maneira, o professor pode criar condições de aprendizagem para o aluno ampliando as possibilidades de análise das linguagens artísticas, a partir da idéia de que as mesmas são constituídas de produções culturais, isto é, produtor de uma cultura em um determinado contexto histórico. Não deixando de levar em conta os portadores de necessidades especiais, através de um planejamento flexível de acordo como a necessidade especial específica de cada aluno incluso no Ensino Médio. No ensino de Arte se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. 5 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA: Diante do contexto artístico e filosófico de diversas culturas e em diferentes tempos da história, também há de se fazer uma reflexão sobre a ação social que os produtos de arte impõem, concretizando as relações de trabalho na sociedade contemporânea. Assim, considerando que a avaliação é um processo constante e que deverá constar de identificação e argumentação crítica sobre o direito à criação e comunicação cultural, respeitando os valores e gostos de outras pessoas da própria cidade e de outras localidades, conhecendo e interpretando cada produção cultural, há que se observar o domínio do indivíduo quanto às possibilidades físicas, emocionais e intelectuais. Considerando ainda a Arte como forma de comunicação inerente ao ser humano, nela inserem-se também os conhecimentos básicos da linguagem e grafia musical como meio de comunicação e expressão de idéias e sentimentos, manifestações e cooperação interagindo em processos de criação e interpretações musicais. Também este aspecto será alvo de análise e observações durante o desenrolar do processo da avaliação. Para que haja interação do conhecimento intelectual e corporal, a dança, mais uma das formas de comunicação artística, será vista como elemento integrador entre indivíduo e o processo de comunicação, sendo avaliada como expressão cultural, traduzindo a história e sentimentos dos seres humanos em geral. Diante dessa forma de pensamento, a avaliação será aplicada em consonância com a metodologia da escola, avaliando-se o conhecimento do educando e também se utilizando suas experiências e desenvolvendo a dinâmica criativa e original, valorizando as atividades realizadas dentro e fora da sala de aula e constituirá da observação da atuação do educando, respeitando e compreendendo seus limites, possibilidades físicas, emocionais e intelectuais, bem como seu direito de criação e comunicação cultural. 6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: - ALAMBERT, Francisco. A semana de 22, a aventura modernista no Brasil. S.P: Scipione, 1992. - Apostila do CEPPEB – Centro de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão Bagozzi. - ARRIBAS, Teresa Lleisca. Educação Infantil. Artmed. Porto Alegre: 2004. - AZEVEDO, Ricardo. Meu livro de folclore. S.P: Ática, 1997. - BARBOSA, Ana Mãe. A imagem no ensino da Arte. S.P.: Perspectiva, 1991. - CHUAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. SP: Ática, 2003. - Currículo Básico. Paraná: Secretaria Estadual de Educação, 1992. - FERRAZ, Maria Heloisa Corrêa de Toledo. Arte. - FIGUEIREDO, Lenita Miranda. História da Arte para criança. S.P.: Livraria Pioneira, 1988. - Gênios da Pintura. A pintura no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1984. - História Geral da Arte. Grandes Gênios da pintura. Madri: Delta Image, 1996. - Lendas e mitos do Folclore brasileiro: Região Nordeste. S.P.: Rídeel, 1991. - LIMA, Adriana Flávia Santos de Oliveira. Pré-escola e alfabetização. Petrópolis RJ: Editora Vozes, 2002. - MARTINS, Alberto. Goeldi. São Paulo, 1995. - MARTINS, Miriam Celeste Ferreira Dias. Didática da Arte. S.P.: FTD, 1998. - MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, M. Terezinha Telles. Didática do Ensino de Arte. SP: FTD, 1998. - OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. RJ: Campus, 1983. - PROENÇA, Graça. História da Arte. S.P: Ática, 1991. - Projeto Político Pedagógico – PPP – Diretrizes curriculares de artes/ arte. Julho /2006. - REZENDE e FUSARI, Maria. Arte na Educação Escolar. S.P.: Cortez, 2002. - STABILE, Rosa Maria. A expressão artística na Pré-Escola. SP: FTD, 1989. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO INTEGRADO 1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Ao analisarmos a história da Educação Física, podemos verificar importantes momentos de maturidade, de senso crítico que contaram com ampla participação da comunidade científica educacional. As discussões envolveram várias áreas de conhecimento como a biologia, a fisiologia, a psicologia, a biomecânica, entre outras. A partir da década de 80, foram incorporadas às discussões, as contribuições das ciências humanas principalmente da sociologia e fisiologia. Assim surgiram os primeiros debates voltados a uma criticidade. Tais críticas voltaram-se principalmente, aos paradigmas da aptidão física e da esportivização. Neste contexto, as aulas de Educação Física não podem ser um apêndice das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e compensatório para as durezas das aulas em sala. Os conteúdos da Educação Física devem ampliar o campo de intervenção da Educação Física para além das abordagens centradas na motricidade. Devem estar de acordo com a capacidade cognoscitiva do aluno. Além disso, as práticas corporais devem ter como princípio básico o desenvolvimento do sujeito omnilateral. A Educação Física no contexto escolar possui uma particularidade em relação aos demais componentes curriculares. Trata-se de um componente que contribui para a formação do cidadão com instrumentos e conhecimentos diferenciados daqueles chamados tradicionais no mundo escolar. O conhecimento da Educação Física é socializado e apropriado sob manifestação de conjunto de práticas, produzidas historicamente pela humanidade em suas relações sociais. Por isso, é uma área de conhecimento que exige espaços e tempos diferenciados dos espaços e dos tempos tradicionalmente tratados na escola. Não podemos também deixar de lado o fato do curso de formação de docentes ser dirigido para a formação profissional, devendo assim, assumirmos uma proposta curricular integrada. Desta forma, a educação básica e especializada deve estar integrada no sentido de atender às demandas da transformação social. Assim, ao pensar em conteúdos para o curso de educação profissional é ter claro que o desenvolvimento das competências exigidas pelo modo de produção capitalista tal como se desenvolve a partir da base microeletrônica, só pode ocorrer de uma sólida educação básica inicial, complementada por processos educativos que integrem em todo o percurso formativo, conhecimento básico, conhecimento específico e conhecimento sócio-histórico, ou seja, ciência, tecnologia e cultura. A educação profissional, enquanto processo de formação humana, referese ao desenvolvimento da pessoa humana enquanto integralidade, não podendo ficar restrita à dimensão lógico-formal ou às funções ocupacionais do trabalho; ela se dá no entrecruzamento das competências cognitivas, comportamentais e psicomotoras que se desenvolvem através das dimensões pedagógicas das relações sociais e produtivas, com a finalidade de produzir as condições necessárias à existência. A educação profissional deve articular conhecimento básico e conhecimento específico a partir dos processos de trabalho e da prática social. Assim, os conteúdos devem contemplar as diversas áreas cujos conhecimentos contribuem para a formação profissional e cidadã derivada do perfil profissional. É essencial momentos para os conhecimentos sócio-históricos e as categorias de análise que propiciem a compreensão crítica da sociedade capitalista e das formas de atuação do homem, como cidadão e trabalhador, sujeito e objeto da história. O tratamento metodológico não deve privilegiar a memorização de passos e procedimentos, e sim, privilegiar as habilidades de comunicação, a capacidade de buscar informações em fontes e através de meios diferenciados e a possibilidade de trabalhar cientificamente com estas informações para resolver situações problemáticas, criando novas soluções. Outro ponto que deve ser considerado é que, os jovens que chegam às escolas de ensino médio são portadores de saberes e praticantes de determinadas experiências construídas em outros espaços e tempos sociais. Na participação de grupos de sociabilidade extra-escolares, os jovens ampliam suas possibilidades de atuar como protagonistas de suas ações e se constituírem sujeitos sociais autônomos. Desta forma, cabe ao professor partir dessa prática das experiências trazidas por cada aluno para atingir o conteúdo específico. Cada um desses jovens irá trazer experiências distintas, fruto de uma infância e adolescência desenvolvidas em situações e condições muito diferentes dos pontos de vista social, econômico, moral, cultural, religioso e étnico, com inúmeras vivências de práticas corporais. O papel da Educação Física é compreender e discutir junto a esses jovens os valores e significados que estão por trás dessas práticas corporais. Além disso, oportunizar aos alunos do ensino médio a vivência do maior número de práticas corporais possíveis, pois ao realizarem a construção e vivência coletiva dessas práticas, estabelecem relações individuais e sociais, tendo como pano de fundo o corpo em movimento. Espera-se, portanto, que os saberes da Educação Física no ensino médio possam preparar os jovens para uma participação política mais efetiva no que se refere à organizações dos espaços e recursos públicos de prática de esporte, ginástica, dança, luta, jogos populares, entre outros. Preparar os alunos para terem iniciativa pessoal para criar planejar ou buscar orientação para suas próprias práticas corporais. A Educação Física deve também, oferecer conhecimentos para que os indivíduos possam ter participação efetiva no mundo do trabalho no que se refere à compreensão do papel do corpo no mundo da produção, no que tange ao controle sobre o próprio esforço e do direito ao repouso e do lazer. Portanto, as aulas de Educação Física no ensino médio e, em especial no Curso de Formação de Docentes, deve oferecer subsídios para a formação geral do aluno, relacionando conteúdos gerais e específicos; proporcionar e valorizar a experiência e vivência prática. Estimular o aluno para a criticidade, para a pesquisa, além da busca da formação continuada. 2 – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: _ Proporcionar uma vivência corporal variada a fim de estimular as habilidades corporais, a criatividade e a expressividade, o senso crítico, podendo assim, contribuir de forma significativa no desenvolvimento geral do educando; _ Demonstrar o verdadeiro significado e importância da disciplina de Educação Física no currículo escolar, desde a educação infantil até o ensino médio; _ Oportunizar o estudo e conhecimento do desenvolvimento infantil, bem como de aspectos relacionados à saúde e a qualidade de vida; _ Oportunizar a vivência prática e contato direto com crianças de diversas faixas etárias, favorecendo assim, a relação teoria e prática; 3 – CONTEÚDOS: Modalidades desportivas: - Voleibol; - Jogo pré-desportivo; - Handebol; - Jogo pré-desportivo; -Basquetebol; - Jogo pré-desportivo; -Futsal; - Jogo pré-desportivo; - Xadrez; - Jogadas específicas; Características dos diferentes tipos de jogos: - Jogos de construção; - Jogos simbólicos; - Jogos sensoriais; - Jogos de regras; Atividades rítmicas e expressivas: - Brinquedos cantados; - Expressão Corporal; História da Educação Física: - Evolução da Educação Física no contexto histórico; - Objetivos e finalidades atuais da Educação Física escolar; Modalidades desportivas: - Voleibol; - Jogo pré-desportivo; - Sistemas ofensivos e defensivos; - Handebol; - Jogo pré-desportivo; - Sistemas ofensivos e defensivos; - Basquetebol; - Jogo pré-desportivo; - Sistemas ofensivos e defensivos; - Futsal; - Jogo pré-desportivo; - Sistemas ofensivos e defensivos; - Xadrez; - Jogadas específicas; Organização de eventos esportivos e recreativos no contexto escolar: - Gincanas esportivas, recreativas e culturais; - Definição; - Procedimentos para a organização; Danças folclóricas: - Aspectos históricos de diversas danças e ritmos folclóricos; - Principais passos, músicas e vestimentas; Atividade física relacionada com a saúde: - Obesidade: definição causa, tratamento e prevenção; - Colesterol: definição, causa, tratamento e prevenção; - Triglicérides: definição, causa, tratamento e prevenção; - Osteoporose: definição, causa, tratamento e prevenção; - Diabetes: definição, causa, tratamento e prevenção; Projeto Afro: - Influência da cultura africana nas danças e ritmos brasileiros; - Breve retrospectiva da história africana no Brasil; Modalidades desportivas: - Voleibol; - Jogo pré-desportivo; - Processos pedagógicos para a iniciação de crianças na aprendizagem do voleibol; - Handebol; - Jogo pré-desportivo; - Processos pedagógicos para a iniciação de crianças na aprendizagem do handebol; - Basquetebol; - Jogo pré-desportivo; - Processos pedagógicos para a iniciação de crianças na aprendizagem do basquetebol; - Futsal; - Jogo pré-desportivo; - Processos pedagógicos para a iniciação de crianças na aprendizagem do futsal; - Xadrez; - Processos pedagógicos para a iniciação de crianças na aprendizagem do xadrez; Psicomotricidade: - Coordenação motora global, fina e óculo-manual; - Esquema corporal; - Lateralidade; - Noção espacial e temporal; Teatro: - Apresentação; - Expressão corporal; - Música; - Dança; Atividades rítmicas e expressivas: - Brinquedos cantados; - Movimentos rítmicos variados; - Montagem de coreografias simples; Projeto Afro: -Ritmos e danças da cultura afro-brasileira: teoria e prática; 4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA: Assim como já foi mencionado na ementa da disciplina, o aluno ao chegar no ensino médio, já possui uma cultura corporal própria, adquirida através da experiência e vivência na própria escola, na comunidade, dentro dos grupos sociais. Desta forma, o trabalho do professor deverá partir dessas experiências trazidas pelos alunos, propondo atividades teóricas e práticas afim de estimular a criatividade, a expressividade e a criticidade do aluno, bem como, estimular um melhor desenvolvimento de suas habilidades motoras e cognitivas. Através da proposta de estudo e pesquisas de campo, o professor deve estimular no aluno a busca do conhecimento, além de proporcionar momentos para que esses alunos do curso de formação de docentes tenham um contato direto com crianças de diversas faixas etárias. A metodologia deve também, oportunizar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente, em condições semelhantes aos demais. No ensino de Educação Física se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. 5- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA: A avaliação da aprendizagem em Educação Física será um processo contínuo, permanente cumulativo, onde o professor estará organizando e reorganizando o seu trabalho nas diversas manifestações, levando os alunos a refletirem e se posicionar criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo. Na avaliação deverá ser observada a participação, a desenvoltura e a evolução dos alunos em cada atividade, verificando sua individualidade e necessidade. Dessa forma, não há que se perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem do aluno incluso, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas “educações”: a regular e a especial. 6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Caderno Pedagógico de Atividades Rítmicas. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Estado da Educação-PR, 1984. NANNI, Dionísia. Dança – Educação: pré-escola à universidade. Rio de Janeiro : Sprint, 1995. Organização de competições-torneios e campeonatos. 21ª ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2003. VALADARES, Solange & ARAÚJO, Rogéria. Educação Física no cotidiano escolar. Belo Horizonte : FAPI, 1999. ECKERT, Helen M. Desenvolvimento motor. 3ª ed. São Paulo: Manole, 1993. GALLARDO, Jorge Sérgio Pérez et alli. Didática de Educação Física: a criança em movimento-jogo, prazer e transformação. São Paulo: FTD, 1998. GUERRA, Marlene. Recreação e lazer. Porto Alegre: Sagra, 1982. Linguagens, códigos e suas tecnologias/Secretaria de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. FERREIRA NETO, Carlos Alberto. Motricidade e jogo na infância. Rio de Janeiro: Sprint, 1995. SANTOS, Luiz Silva. Educação, Educação Física, Capoeira. Maringá: Fundação Universidade Estadual de Maringá, 1990. DISCIPLINA: MATEMÁTICA – ENSINO MÉDIO INTEGRADO 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: Ao estabelecer diretrizes para a organização do ensino da Matemática no Ensino Médio Integrado pretende-se contemplar tanto a necessidade da sua adequação para o desenvolvimento e promoção dos alunos, com diferentes motivações interesses e capacidades, criando condições para sua inserção num mundo e contribuindo para desenvolver as capacidades que deles serão exigidas em sua vida social e profissional. Um mundo onde as necessidades sociais, culturais e profissionais ganham novos contornos, todas as áreas requerem alguma competência em Matemática e a possibilidade de compreender conceitos e procedimentos matemáticos é necessária tanto para tirar conclusões e fazer argumentações, quando para o cidadão agir como consumidor prudente ou tomar decisões em suas vidas pessoais e profissionais. No ensino profissionalizante toma-se como princípio educativo, articular ciência, cultura, tecnologia e sociedade. Para tanto, há que se recorrer a uma sólida Formação Geral Fundamentados nos conhecimentos acumulados pela humanidade: a organização curricular deve promover a universalização de bens científicos, culturais e artísticos tornando o trabalho como lixo articulador dos conteúdos, ou seja, como princípio educativo, respondendo as novas formas de articulação entre cultura, trabalho e ciência com uma formação que busque um novo equilíbrio entre o desenvolvimento da capacidade de atuar politicamente e trabalhar intelectualmente. A integração entre conhecimento básico e aplicado, só é possível através da medição do processo produtivo, ponto que não se resolve do juntamento de conteúdos ou mesmo de instituições com diferentes especificidades; ela exige outro tratamento a ser dado ao projeto pedagógico, que forme o processo de trabalho e as relações sociais como eixo definidor dos conteúdos, além do conhecimento que compõe as áreas do conhecimento. O tratamento metodológico privilegiará a relação teoria/prática e parte/totalidade são então outras as competências a desenvolver, para além da simples memorização de passos e procedimentos, que incluem as habilidades de comunicação, a capacidade de buscar informações em fontes e através de meios diferenciados e a possibilidade de trabalhar cientificamente com estas informações para resolver situações problemáticas, criando novas soluções; e principalmente, é outro o processo de conhecer, que ultrapasse a relação apenas individual do homem com o conhecimento, para incorporar as múltiplas mediações do trabalho coletivo. Em relação aos conteúdos que compõem cada percurso formativo deverá ser organizado de modo a integrar a dimensão disciplinar e indisciplinar: a compreensão da totalidade das relações exigidas para inserção responsável do aluno na vida social e produtiva indica a necessidade de um currículo que articule projetos transdisciplinares e ações disciplinares, de modo a permitir ao aluno o acesso a formas superiores de compreensão da realidade, através das complexas conexões que articulam parte e totalidade. 2- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: - Desenvolver a capacidade de o aluno utilizar a Matemática como instrumento de novas aprendizagens e como meio de interpretação da realidade; - Ampliar as capacidades de raciocínio, de resolução de problemas, de comunicação e de rigor, bem como o espírito crítico e a criatividade; - Incentivar a relação pessoal, o desenvolvimento de atitudes de autonomia e cooperação e o sentimento de segurança em relação às próprias capacidades matemáticas; - Desenvolver conceitos e procedimentos com relação aos temas: Números, Álgebra, Medidas, Geometria, Estatística, Contagem e Probabilidades, bem como aplica-las na resolução de problemas matemáticos ou não; • Expressar-se oral e graficamente em situações matemáticas e valorizar a precisão da linguagem e as demonstrações em Matemática. • Transpor, para a prática docente, o objeto matemático construído historicamente e possibilitar ao estudante ser um conhecedor desse objeto. 3- CONTEÚDOS: Números e Álgebras: Conjunto dos números reais; Funções: Função afim; Função quadrática; Função exponencial; Função logarítmica; Função modular; Tratamento da informação: Matemática financeira; Números e Álgebras: Matrizes; Determinantes; Sistemas lineares; Funções: Progressão aritmética; Progressão geométrica; Funções trigonométricas; Tratamento da informação: Estatística; Números e Álgebras: Polinômios; Noções de números complexos; Geometrias: Geometria plana; Geometria espacial; Geometria analítica; Noções básicas de geometria não – euclidiana; Tratamento da informação: Análise combinatória; Binômio de Newton; Probabilidade; Projeto Cultura Afro: Construção de gráficos; Construção de tabelas. Projeto de Matemática: Conteúdos de 1ª à 4ª séries. 4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA: A Educação Matemática prevê a formação de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais e, para isso, é preciso que ele se aproprie também de conhecimentos matemáticos. Sobre o processo do ensino e aprendizagem, historicamente a mais presente nas nossas salas de aula de Matemática, identifica ensino com transmissão de conhecimento, e aprendizagem com mera recepção de conteúdos. Nessa concepção, a aprendizagem é vista como um acúmulo de conhecimentos, e o ensino baseia-se essencialmente na verbalização do conhecimento por parte do professor. Se por um lado essa concepção teórica apresenta a vantagem de se atingir um grande número de alunos ao mesmo tempo, visto que a atividade estaria a cargo do professor, por outro lado demanda alunos bastante motivados e atentos à palavra do professor, o que não parece ser o caso para grande parte de nossos alunos, que estão imersos em uma sociedade que oferece uma gama de outras motivações. Levar o aluno a fazer leitura, discussão e selecionar textos que venham acompanhados de exercícios resolvidos para facilitar a aprendizagem, permitindo que reflitam sobre a teoria apresentada, procurando desta maneira, trabalhar com questões contextuais, aplicando conceitos matemáticos na vida real, estimulando os alunos a lerem textos, jornais, revistas, para que ponham soluções matemáticas reais. Em relação à inclusão, procurar-se-á reproduzir documentos que ofereçam informações que contribuam para o interesse de toda a sociedade brasileira, visando sempre definir como fundamental a inserção nos movimentos sociais e na defesa dos direitos humanos, em especial os excluídos e descriminados. Além disso, trabalhar-se-á com dados estatísticos a respeito da quantidade de alunos e classe racial que está inserido na escola. No ensino de Matemática se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. 5- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA: A avaliação deve ser tratada como estratégia de ensino, de promoção do aprendizado, deve fornecer informações que possibilitem o aprendizado do aluno, bem como sua autonomia, deve fornecer, não apenas para o professor, mas também e principalmente para o aluno, indicativos sobre o conhecimento e a compreensão de conceitos e procedimentos desenvolvidos. Além disso, nesse processo, não podemos deixar de lado o aspecto comportamental que engloba capacidades e atributos que vai muito além dos conteúdos matemáticos propriamente ditos. Entre eles temos a criatividade, a sistematização produzida pelos alunos e a capacidade de comunicar-se e de fazer conjecturas. A avaliação não deve ser vista como isolada, mas como parte integrante em todo o processo. Ela deve ocorrer em varias situações. Qualquer avaliação do conhecimento matemático adquirido ou construído pelos alunos deve, entre outros, fornecer informações sobre a capacidade que o aluno tem em distinguir atributos relevantes e irrelevantes de um dado conceito, de verificar se o aluno consegue, de forma adequada, representar esses conceitos reconhecendo seus significados. Além do que foi exposto até aqui, acreditamos ainda que a avaliação, como parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, deve permitir abordagens alternativas na forma como é encaminhada, em seus instrumentos utilizados. Assim, consideramos que a elaboração do documento de registros de observação dos alunos em sala de aula, a auto-avaliação dos alunos e, também, os registros que podem ser construídos pelos alunos da forma como estão evoluindo ao longo do desenvolvimento de um conteúdo podem representar instrumentos de avaliação. Os Conteúdos serão avaliados através de: trabalhos de pesquisa; avaliação escrita; atividades realizadas em sala; atividades extra-classe; trabalhos em grupo ou individual. Uma avaliação que se restringe em apenas em quantificar o nível de informação que o aluno domina não é coerente. Para ser completo, esse momento precisa envolver todo a complexa relação do aluno e o conhecimento. Isso significa, que o aluno atribui significados ao que aprendeu e consegue materializá-lo de raciocínio matemático. Além destas considerações citadas será considerada também diagnóstica e formativa, as quais, em relação aos alunos inclusos sofrerão adaptações de acordo com as dificuldades apresentadas por eles. Dessa forma, não há que se perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem do aluno incluso, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas “educações”: a regular e a especial. 6- BIBLIOGRAFIA: GIOVANI, José Ruy. Matemática completa – Ensino Médio: volume único. São Paulo: FTD, 1994. LONGEN, Adilson. Matemática – Ensino Médio. Curitiba: Positivo, 2004. MORI, Iracema e ONAGA, Dulce Satiko. Idéias e Desafios: 8ª série. São Paulo: Saraiva, 2002. SANTOS, Carlos Alberto Marcondes dos. Matemática: volume único. São Paulo: Editora Ática, 2000. LONGEN, Adilson. Ementas e Bibliografia da Base nacional Comum. Coleção Nova Didática. Volume I. Matemática Completa, Autor: José Ruy Giovani. José Roberto Bonjorno José Ruy Giovani Jr. Matemática do 2º grau, Autora: Kátia Roku. Matemática 2º grau, Autor: Marcondes Gentil Sérgio. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 DISCIPLINA: FÍSICA - ENSINO MÉDIO INTEGRADO 1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Propõe-se no curso de Formação de Docentes, a formação geral do aluno desenvolvendo sua capacidade de pesquisar, buscar informações, analisa-las. Sendo assim a Física é imprescindível, pois leva a compreensão do mundo em que vivemos, contribui para a formação de uma cultura científica efetiva que permite ao indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais. Tem-se como metas, tornar significativo esse aprendizado científico, principalmente para os alunos cujo conhecimento é necessário para seu futuro profissional, que a formação dá opções para o aluno seguir diferentes caminhos, e a Física mostra-se compromissada com o desenvolvimento da disciplina, na área de Formação; e sabe-se que o aluno no curso de formação de Docentes estuda o desenvolvimento intelectual da criança, onde ele se baseia na idéia de que seu conhecimento é construído através da interação com o meio ambiente, melhor ela se adaptar a ele, e com isso ocorre um processo chamado equilibração, que a pessoa por sua vez assimila uma experiência e, fazendo isso, ajusta ou acomoda sua estrutura cognitiva a ela. Tal visão de aprendizagem como equilibração ou adaptação entre o aprendiz e o meio ambiente coloca o aprendiz em um papel ativo. A criança é vista como arquiteta de seu próprio conhecimento, e se utilizam disso para se empenharem nas experiências propostas. 2- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: - Compreender enunciados que envolvem códigos e símbolos físicos para tabelas, gráficos e relações matemáticas gráficas para a expressão do saber físico. - Ser capaz de discriminar e traduzir as linguagens matemáticas e discursivas entre si. Expressar-se corretamente utilizando a linguagem física adequada e elementos de sua representação simbólica. - Apresentar de Forma clara e objetiva o conhecimento aprendido, através de tal linguagem. - Elaborar sínteses os esquemas estruturados dos temas físicos trabalhados. - Conhecer e utilizar conceitos físicos. - Relacionar grandezas, quantificar, identificar parâmetros relevantes. - Relacionar e compreender leis e teorias físicas. -Construir e investigar situações-problema, identificar a situação física, utilizar modelos físicos, generalizar de uma outra situação, prever, avaliar, analisar previsões. - Articular o conhecimento físico com conhecimento de outras áreas do saber científico. - Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que envolvam aspectos físicos e/ou tecnológicos relevantes. - Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de expressão da cultura humana. - Conhecer fontes de informações relevantes, sabendo interpretar notícias científicas. - Reconhecer a física enquanto construção humana, aspectos de sua historia e relações com o contexto cultural, social, político e econômico. - Reconhecer o papel da física no sistema produtivo, compreendendo a evolução dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento científico. 3. CONTEÚDOS: ELETRICIDADE: Carga elétrica; Processo de eletrização; Força elétrica; Campo elétrico; Corrente elétrica; Potência elétrica; Resistores e geradores. CONTEÚDOS COMPLEMENTARES: Agenda 21 promove a identificação de problemas que afetam a qualidade de vida dos seus alunos e do seu entorno, para que juntos, escola e comunidade escolar, busquem soluciona-los a partir de discussões que favoreçam a discussão de saberes. Eixo temático – Segurança; Cidades sustentáveis; Redução das desigualdades sociais; Gestão dos recursos naturais; Infraestrutura e integração regional. CULTURA AFRO-BRASILEIRA – Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população Brasileira e pouca renda e escolaridade no país e no município; Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho; Realização com alunos de pesquisas de dados na escola com relação à população negra; Exposição dos trabalhos realizados pelos alunos. 4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA: É importante que o processo de ensino-aprendizagem, em Física, parta do conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas ou concepções espontâneas, sobre os quais a ciência tem um conceito científico. Podemos dizer que a concepção espontânea o estudante adquire no seu dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e que, na escola, se fazem presentes no momento em que se inicia o processo de ensino-aprendizagem. Já a concepção científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, o qual necessita de metodologias para ser transmitido no ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento cientifico historicamente produzido. No entanto, quando os estudantes chegam a escola eles não estão vazios, não são uma tábua rasa. E, ainda, a composição de uma sala de aula mistura pessoas com diferentes costumes, tradições, preconceitos e idéias que dependem também dessa origem, o que torna impossível molda-los como se fossem iguais. Dentro de um determinado conteúdo, seja qual for a metodologia escolhida pelo professor, é importante que considere o que eles conhecem e, esse seja ponto de partida para o inicio de uma aprendizagem que agregue significados para professor e estudantes. Como poderiam os estudantes formular questões sobre algo que não conhecem? Ou, ainda questões que eles trazem, mas não sabem como formular. Nesses casos é imprescindível o papel do professor como uma espécie de informante científico. Para ir além do limite da informação e atingir a fronteira da formação é preciso uma mediação que não é aleatória, mas pelo conhecimento fisco, num processo organizado e sistematizado pelo professor. O objetivo é que professor e estudantes, em conjunto, compartilhem significados na busca da aprendizagem que acontece quando as novas informações interagem com o conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram, modificam e enriquecem o conhecimento já existente, podendo inclusive substitui -lo. A partir do conhecimento físico, em acordo com TAVARES (2004), o estudante deve ser capaz de perceber e aprender em outras circunstâncias onde fizerem presentes situações semelhantes às trabalhadas pelo professor em aula, apropriando-se da nova informação, transformando-a em conhecimento. Então, seja qual for a metodologia adotada pelo professor, em conformidade com o conteúdo trabalhado, deve-se sempre buscar uma avaliação do processo, que só tem sentido se utilizada para verificar a apropriação do conteúdo. A partir desse processo avaliativo o professor terá subsídios para intervir. No ensino de Física se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. 5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA: A avaliação deve levar em conta os pressuposto teóricos adotados por esta diretriz. Ao consideramos importante os aspectos históricos, conceituais e culturais, a evolução das idéias em física e a não neutralidade da ciência, nossa avaliação deve levar em conta o progresso do estudante quanto a esses aspectos. Ainda, se o objetivo é garantir o objeto de estudo da física, então ao avaliar deve-se também considerar a apropriação desses objetos pelos estudantes. Dessa forma, a avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em consideração todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de analise de um texto, seja ele literário ou cientifico, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo físico; a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva a física, como por exemplo, uma visita a um parque de ciência, dentre outros. No entanto, a avaliação não pode ser utilizada para classificar os alunos com uma nota, como tradicionalmente tem sido feita, com o objetivo de testar o aluno ou mesmo puni-lo, mas sim de auxilia-lo na aprendizagem. Ou seja, avaliar só tem sentido quando utilizada como instrumento para intervir no processo de aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento: e junto todo esse processo, trazendo o aluno incluso para junto de todos de uma maneira mais simplificada possível para que haja uma boa interação entre eles. 6. BIBLIOGRAFIA: · Física: Coleção Horizontes -Ivan Gonçalves dos Anjos; Editora Ibep. · Curso de Física – VI - Antônio Marciano e Beatriz Alvarenga; Editora Scipione – 5ª edição. · Ramalho Júnior, Francisco – Os Fundamentos da Física. São Paulo; Moderna, 1993. · Silva, Djalma Nunes – Série – Novo Ensino Médio - São Paulo; Ática 2002. · Arcipreste, Nicolangelo Alcel – Física – 2º Grau - São Paulo; Ática 1981. · Bonjorno, Regina F. S. Azenha – Física Fundamental - São Paulo; FTD. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 DISCIPLINA: QUÍMICA – ENSINO MÉDIO INTEGRADO A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: A aprendizagem em Química indica a compreensão e a utilização dos conhecimentos científicos para explicar o funcionamento do mundo, planejando, executando e avaliando as ações de intervenção na realidade; desenvolvendo ao longo do curso Formação de Docentes, conhecimentos práticos e contextualizados, necessários a vida contemporânea através da interdisciplinaridade com abordagem relacional, estabelecendo ligações de complementaridade, convergência, interconexões e passagens entre os conhecimentos. A Química é importante no momento atual, pois através dela podese compreender as transformações químicas que ocorrem no mundo físico e assim pode julgar de forma mais fundamentada, tudo o que nos cerca, permitindo ao aluno exercer sua cidadania de acordo com sua faixa etária e participando do desenvolvimento científico-tecnológico com importantes contribuições especificas, cujas ocorrências tem alcance econômico, social e político. A Química é considerada a grande vilã do século, quando se enfatiza os efeitos poluentes que certas substancias causam no ar, solo e água, mas não se fala na necessidade e na competência da Química em controlar essas fontes poluidoras. Dessa forma, as informações recebidas podem levar a compreensão distorcida da realidade e do papel da Química. Portanto, se faz importante a presença da Química no Ensino Médio que completa a educação básica. Para tanto, a Química no Ensino Médio, deve possibilitar ao aluno uma compreensão dos processos químicos em si, suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas. O conhecimento especializado, o conhecimento químico isolado é necessário, mas não suficiente para o entendimento do mundo físico, pois não é capaz de estabelecer as interações com outros subsistemas. Assim, o conhecimento químico não deve ser entendido como um conjunto de conhecimentos isolados, prontos e acabados, mas sim uma construção da mente humana, em continua mudança. Não se pode simplesmente aceitar que a Ciência está pronta e acabada, e que os conceitos científicos atuais são uma verdade absoluta. Os conhecimentos difundidos no ensino da Química devem permitir a construção de uma visão de mundo mais articulada, menos fragmentada, contribuindo para que o individuo se enxergue como participante de um mundo em constante transformação, bem como capacitar os alunos para tomarem suas próprias decisões em situações problemática, contribuindo assim para o desenvolvimento do educando como pessoa humana e como cidadão. B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: - Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas; - Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual; - Identificar fontes de informações e formas de obter informações relevantes para o conhecimento da Química (livro, computador, jornais, manuais, etc); -Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica; - Compreender dados quantitativos, estimativas e medida; - Selecionar e utilizar idéias e procedimentos científicos (leis, teorias, modelos) para resolução de problemas quantitativos em química, identificando e acompanhando as variáveis relevantes; - Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado a química, selecionando procedimentos experimentais; - Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação do ser humana individual e coletiva com o ambiente; - Reconhecer as relações entre desenvolvimento cientifico e tecnológico da Química e aspectos sócio-politico-culturais; - Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da química e viceversa. - Utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas modificações ao longo do tempo; -Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em química: gráficos, tabelas e relações matemáticas; - Compreende dados quantitativos, estimativos e medidas, compreender relações proporcionais presentes na Química (raciocino proporcional); - Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou outros (classificação, seriação e correspondência em Química); - Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem revisões das transformações químicas; - Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo, industrial e rural; - Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no desenvolvimento da Química e da tecnologia. C - CONTEÚDOS: Conteúdos estruturantes: Matéria e Sua Natureza; Biogeoquímica; Química Sintética. Matéria da natureza; Bioquímica; Química sintética. Química do carbono (orgânica); Funções Oxigenadas; Radioatividade; Soluções; Termoquímicas. Conteúdos Complementares: Agenda 21. - O lixo; - Tratamento da água; Poluição e desenvolvimento; Agrotóxicos; D - METODOLOGIA DA DISCIPLINA: Todos nós nos deparamos com o estudo de Química logo de saída memorizando fórmulas e conceito e ouvindo os professores apresentando a seqüência de conteúdo “logicamente organizada”.Hoje, portanto, adota-se uma preocupação central em fornecer aos alunos ferramentas básicas que lhes permitam o exercício pleno da cidadania. Para isso, os alunos precisam ter o domínio dos conceitos químicos e desenvolver a capacidade de fazer julgamento de olhares e atitudes comprometidas com a sociedade em que estão inseridas. Dessa forma, esse plano de trabalho foi organizado buscando garantir princípios que ao mesmo tempo em que instrumentaliza os alunos com as ferramentas culturais do conhecimento químico assume uma postura de compromisso ético com a sociedade brasileira no seu contexto sócio-econômico e político. Considerando que os objetivos descritos no plano de trabalho e fornecer conhecimentos relevantes que possam servir de ferramenta cultural para o jovem participar da sociedade moderna, caracteriza, sobretudo pela presença de ciência e da tecnologia, serão trabalhados alguns temas relevantes durante o decorrer de cada bimestre para que o jovem possa entender as implicações sociais da química e das tecnologias em sua vida e desenvolver valores e atitudes para ação social responsável. Pressupõe-se o estabelecimento de relações conceituais pelo próprio aluno por meio da mediação do conhecimento pelo professor, cujo papel é explorar as concepções prévias dos alunos, atribuindo-lhes valor e significado. Desta forma os conteúdos serão trabalhados, abordando as culturas brasileiras, afrodescentes e indígenas de maneira a desenvolver a igualdade e contra as discriminações que impera em nossa sociedade, acreditando sempre na diversidade que um novo mundo é possível, sem preconceito e discriminação. Nesse processo serão realizadas atividades que envolvam debates, discussões, pesquisas, valorizando as oportunidades que surgirão em sala de aula, a fim de superar a desigualdade ética-racial, respeitando a diversidade cultural e assim, construindo uma sociedade justa, igual e equânime. No ensino de Química se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA Não há dúvidas de que a avaliação é um dos temas mais controversos e apaixonante da educação. Ela deve ser pensada como um item a mais no nosso plano de trabalho e tem vários papeis. A avaliação antes de ser um ato de julgamento e cobrança formal, ha de ser um processo cumulativo e contínuo de acompanhamento de atividades desenvolvidas pelo aluno. De uma forma geral, az avaliação deve centrar-se na observação da conduta do aluno frente aos desafios propostos, na sua capacidade d observação, questionamentos da teoria como pratica, proposição de novas idéias, desenvolvimento de pesquisas, capacidade de análise e síntese das questões estudadas, domínios dos conteúdos básicos relativos a disciplina. Ao centralizar o processo de ensino-aprendizagem na dinâmica discursiva da aula, com atividade, diversificada, o processo avaliativo passa a requerer mais do que nunca um caráter inclusivo, no sentido de estimular a autoconfiança e a participação do aluno. Para isso o engajamento dele na atividade precisa ser natural, autônomo e assumido como crescimento pessoal. Os alunos tendem a se sentir sujeitos no processo e não apenas executor de acumular pontos para avaliação. Temos uma tendência a avaliar o desempenho dos alunos, mas os resultados podem e devem servir também para rever o nosso plano de trabalho. Se tratando de um processo avaliativo continuo, diagnóstico e cumulativo a recuperação de estudo e paralela e de suma importância para o processo de ensino de aprendizagem. Esta será realizada através de atividade extraclasse em forma de pesquisas, leituras e exercícios visando a compreensão conteúdos em defasagem de aprendizagem. A avaliação terá como parâmetro de mensuração de debates, seminários, avaliação escrita, avaliação comportamental e experimentos práticos. F- BIBLIOGRAFIA: Química e sociedade: vários autores- PEQUE-projeto de ensino de química e sociedade. São Paulo:Nova geração 2005. Carvalho, G C –Química moderna 1-São Paulo:Scipione,1995. Macedo, M V & Carvalho- A Química 1 ed, São Paulo: IBEP,1999. Peruzzo, T M & Cantu E –L.da Química, São Paulo:Moderna,1999. Sardella, A- Química, serie novo ensino médio- São Paulo: Àtica 2000. Teruko, Y.U. & Linguanoto – M Química São Paulo: FTD,1998. Usberco, J & Salvador –E Química 1, Ed.São Paulo:Saraiva 1997. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 DISCIPLINA: BIOLOGIA _ ENSINO MÉDIO INTEGRADO A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Cada ciência particular possui um código intrínseco, uma lógica interna, métodos próprios de investigação, que se expressam nas teorias, nos modelos construídos para interpretar os fenômenos que se propõe a explicar. Apropriar-se desses códigos, dos conceitos e métodos relacionados a cada uma das ciências, compreender a relação entre ciência, tecnologia e sociedade, significa ampliar as possibilidades de compreensão e participação efetiva nesse mundo. É objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda sua diversidade de manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos organizados e integrados, no nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda de organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação entre seus elementos constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e demais componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas a transformações, que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo, propiciadoras de transformações no ambiente. Ao longo da história da humanidade, várias foram às explicações para o surgimento e a diversidade da vida, de modo que os modelos científicos conviveram e convivem com outros sistemas explicativos como, por exemplo, os de inspiração filosófica ou religiosa. O aprendizado da Biologia deve permitir a compreensão da natureza viva e dos limites dos diferentes sistemas explicativos, a contraposição entre os mesmos e a compreensão de que a ciência não tem respostas definitivas para tudo, sendo uma de suas características a possibilidade de ser questionada e de se transformar. Deve permitir, ainda, a compreensão de que os modelos na ciência servem para explicar tanto aquilo que podemos observar diretamente, como também aquilo que só podemos inferir; que tais modelos são produtos da mente humana e não a própria natureza, construções mentais que procuram sempre manter a realidade observada como critério de legitimação. O conhecimento de Biologia deve subsidiar o julgamento de questões polêmicas, que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e à utilização de tecnologias que implicam intensa intervenção humana no ambiente, cuja avaliação deve levar em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa. O desenvolvimento da Genética e da Biologia Molecular, das tecnologias de manipulação do DNA e de clonagem traz à tona aspectos éticos envolvidos na produção e aplicação do conhecimento científico e tecnológico, chamando à reflexão sobre as relações entre a ciência, a tecnologia e a sociedade. Conhecer a estrutura molecular da vida, os mecanismos de perpetuação, diferenciação das espécies e diversificação intraespecífica, a importância da biodiversidade para a vida no planeta são alguns dos elementos essenciais para um posicionamento criterioso relativo ao conjunto das construções e intervenções humanas no mundo contemporâneo. Na Biologia estabelecem-se modelos para as microscópicas estruturas de construção dos seres, de sua reprodução e de seu desenvolvimento. Debatem-se, nesse contexto, questões existenciais de grande percussão filosófica sobre a origem da vida e dos seres vivos em nosso planeta. Neste século presencia-se um intenso processo de criação científica, inigualável a tempos anteriores. A associação entre ciência e tecnologia se amplia, tornando-se mais presente no cotidiano e modificando cada vez mais o mundo e o próprio ser humano. Questões relativas à valorização da vida em sua diversidade, à ética nas relações entre seres humanos, entre eles e seu meio e o planeta, ao desenvolvimento tecnológico e sua relação com a qualidade de vida, marcam fortemente nosso tempo, pondo em discussão os valores envolvidos na produção e aplicação do conhecimento científico e tecnológico. A decisão sobre o quê e como ensinar em Biologia, no Ensino Médio, não se deve estabelecer como uma lista de tópicos em detrimento de outra, por manutenção tradicional, ou por inovação arbitrária, mas sim de forma a promover, no que compete à Biologia, os objetivos educacionais, propostos para a área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias e em parte já enunciados na parte geral desse texto. Dentre esses objetivos, há aspectos da Biologia que têm a ver com a construção de uma visão de mundo, outros práticos e instrumentais para a ação e, ainda aqueles, que permitem a formação de conceitos, a avaliação, a tomada de posição cidadã. Um tema central para a construção de uma visão de mundo é a percepção da dinâmica complexidade da vida pelos alunos, a compreensão de que a vida é fruto de permanentes interações simultâneas entre muitos elementos, e de que as teorias em Biologia, como nas demais ciências, se constituem em modelos explicativos, construídos em determinados contextos sociais e culturais. Essa postura busca superar a visão a-histórica que muitos livros didáticos difundem, de que a vida se estabelece como uma articulação mecânica de partes, e como se para compreendê-la, bastasse memorizar a designação e a função dessas peças, num jogo de montar biológico. Para promover um aprendizado ativo, que, especialmente em Biologia, realmente transcenda a memorização de nomes de organismos, sistemas ou processos, é importante que os conteúdos se apresentem como problemas a serem resolvidos com os alunos. A tecnologia, instrumento de intervenção de base científica, pode ser apreciada como moderna decorrência sistemática de um processo, em que o ser humano, parte integrante dos ciclos e fluxos que operam nos ecossistemas, neles intervém, produzindo modificações intencionais e construindo novos ambientes. Estudos sobre a ocupação humana, através de alguns entre os diversos temas existentes, aliados à comparação entre a dinâmica populacional humana e a de outros seres vivos, permitirão compreender e julgar modos de realizar tais intervenções, estabelecendo relações com fatores sociais e econômicos envolvidos. Possibilitarão, ainda, o estabelecimento de relações entre intervenção no ambiente, degradação ambiental e agravos à saúde humana e a avaliação do desenvolvimento sustentado como alternativa ao modelo atual. Não é possível tratar, no Ensino Médio, de todo o conhecimento biológico ou de todo o conhecimento tecnológico a ele associado. Mais importante é tratar esses conhecimentos de forma contextualizada, revelando como e por que foram produzidos, em que época, apresentando a história da Biologia como um movimento não linear e freqüentemente contraditório. Mais do que fornecer informações, é fundamental que o ensino de Biologia se volte ao desenvolvimento de competências que permitam ao aluno lidar com as informações, compreendê-las, elaborá-las, refutá-las, quando for o caso, enfim compreender o mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos da Biologia e da tecnologia. O desenvolvimento de tais competências se inicia na escola fundamental, mas não se restringe a ela. Cada um desses níveis de escolaridade tem características próprias, configura momentos particulares de vida, de desenvolvimento dos estudantes, mas guarda em comum o fato de envolver pessoas, desenvolvendo capacidades e potencialidades que lhes permitam o exercício pleno da cidadania, nesses mesmos momentos. Entre as intenções formativas, garantida essa visão sistêmica, importa que o estudante saiba: relacionar degradação ambiental e agravos à saúde humana, entendendo-a como bem-estar físico, social e psicológico e não como ausência de doença; compreender a vida, do ponto de vista biológico, como fenômeno que se manifesta de formas diversas, mas sempre como sistema organizado e integrado, que interage com o meio físico-químico através de um ciclo de matéria e de um fluxo de energia; compreender a diversificação das espécies como resultado de um processo evolutivo, que inclui dimensões temporais e espaciais; compreender que o universo é composto por elementos que agem interativamente e que é essa interação que configura o universo, a natureza como algo dinâmico e o corpo como um todo, que confere à célula a condição de sistema vivo; dar significado a conceitos científicos básicos em Biologia, como energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio dinâmico, hereditariedade e vida; formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos da Biologia, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar. No ensino de Biologia, enfim, é essencial o desenvolvimento de posturas e valores pertinentes às relações entre os seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano e o conhecimento, contribuindo para uma educação que formará indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades de mundo e da vida, capazes assim de realizar ações práticas, de fazer julgamentos e de tomar decisões. B - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos, observados em microscópio ou a olho nu; Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da biologia; Apresentar, de forma organizada o conhecimento biológico apreendido através de textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc; Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento, leitura de texto e imagem, entrevista) selecionando aquelas pertinentes ao tema biológico em estudo; Expressar dúvidas, idéias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos; Relacionar os diversos conteúdos conceituais de biologia (lógica interna) na compreensão de fenômenos Estabelecer relações entre parte e todo, de um fenômeno ou processo biológico; Selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para a resolução de problemas, fazendo uso quando for o análise de dados coletados; caso de tratamento estatístico na Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas apresentados, utilizando elementos da Biologia; Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de aprendizado (existencial escolar); Entender a Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos; Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos do senso comum relacionadas a aspectos biológicos; Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações intencionais por ele produzidas no seu ambiente; Julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam a preservação e a implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente; Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as concepções de desenvolvimento sustentável. C - CONTEÚDOS Organização dos Seres Vivos: - Características dos Serres vivos - Biologia molecular - Reprodução – tipos básicos de reprodução Mecanismos e tecnológico no Campo da Biologia: - Histórico, importância e abrangência da Biologia - Progressos das ciências biológicas e atualidades - Investigação científica Biodiversidade Biosfera Ambiente Ecossistemas Comunidades Ciclos biogeoquímicos Desequilíbrio Ecológico Saúde humana Desenvolvimento científico e tecnológico no campo da Biologia Relação dos Seres vivos com o meio ambiente: Origem da vida Níveis de organização dos seres vivos Hereditariedade e ambiente Organização dos seres vivos - Classificação dos Seres vivos em Reinos - Vírus – Anatomia, fisiologia, importância e replicação - Características, anatomia e fisiologia dos grandes grupos de seres vivos: Monera Protista Fungi Plantae Animália Desenvolvimento cientifico e tecnológico no campo da Biologia Contágio, prevenção e tratamento de doenças parasitárias D – METODOLOGIA ESPECÍFICA DA DISCIPLINA Neste século presencia-se um intenso processo de criação inigualável a tempos anteriores. A associação entre ciências e tecnologia se amplia tornandose cada vez mais presente no cotidiano e modificando cada vez mais o mundo e o próprio ser humano. Questões relativas a valorização da vida em sua diversidade, à ética nas relações entre seres humanos, entre eles e seu meio e o planeta, ao desenvolvimento tecnológico e sua relação com a qualidade de vida, marcam fortemente nosso tempo pondo em discussão os valores envolvidos na produção e aplicação do conhecimento científico e tecnológico. Diante da imensa gama de informações proporcionadas pelos jovens, inclusive com a curiosidade que o assunto enseja, há que se proporcionar um estudo que se aproveite deste potencial informativo, fazendo com que o conhecimento sistemático de Biologia subsidie o julgamento de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam intensa intervenção humana ao ambiente enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa. Assim, o ensino da Biologia na escola de nível médio, deve levar o jovem à compreensão do mundo que o cerca, abordando não somente os fatos e princípios científicos, como oferecer condições para esses fatos e analisar as implicações sociais da tecnologia. Elementos da história e o contexto social que há uma ampla rede de relações entre produção científica e o contexto social, econômico e político. É possível verificar que a formulação, o sucesso ou o fracasso das diferentes teorias cinéticas está associado a seu momento histórico. Partindo desta perspectiva os conteúdos a serem desenvolvidos com pesquisas e experimentos em laboratórios, observação na natureza, pranchas de Biologia, softwares, CDROM e outros materiais que se distinguem ao estudo biológico. Para aguçar a curiosidade e o interesse, os conteúdos serão trabalhados sempre em forma de problemas para serem resolvidos com os alunos de maneira contextualizada, revelando por que foram produzidos, em que época, apresentando a história da biologia como um movimento não linear e freqüentemente contraditório, buscando desenvolver no educando o questionamento, a investigação e o gosto pela aprendizagem. O enfoque dos assuntos deverá ser de tal forma que contemple a compreensão da natureza como uma intrincada rede de relações, um todo dinâmico, do qual o ser humano é parte integrante, com ela interagem, dela depende e nela interfere, reduzindo seu grau de dependência, mas jamais sendo independente. Enfim, a metodologia a ser utilizada deverá desenvolver as capacidades que permitam ao aluno lidar com as informações, compreender o mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos da Biologia e da tecnologia. No ensino de Biologia se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO A avaliação deve cumprir três funções básicas que são: pedagógico-didática, de diagnóstico e de controle da aprendizagem. É também necessário ressaltar que a avaliação deve se contemplar aspectos qualitativos em quantitativos, possibilitando a revisão do plano de ensaio e principalmente deve auxiliar o educando a desenvolver capacidades e habilidades. Assim por ser uma tarefa complexa não se resume apenas na realização de provas e atribuição de notas. A mensuração apenas proporciona dados que devem ser submetidos a uma apreciação qualitativa. Então para o enfrentamento desta situação em torno da avaliação, em primeiro lugar é necessário compreender efetivamente o problema captar o movimento do real em termos de avaliação na prática. A metodologia de trabalho e de avaliação deve ser entendida na perspectiva dialética – libertadora e deve compreender os seguinte elementos : partir na prática, refletir sobre a prática e transformar a prática. Especificamente, em Biologia a avaliação centrar-se-á na observação da conduta do aluno frente aos desafios propostos, na sua capacidade de observação, questionamento de pesquisas, capacidade de trabalho em grupo, domínio e manuseio de instrumentos básicos relativos à disciplina. Considerando as funções básicas da avaliação ela terá caráter de acompanhamento do progresso do aluno e serão consideradas como práticas avaliativas o esforço do aluno para a realização das atividades, seu desempenho e o seu crescimento no decorrer do processo de ensino aprendizagem. Os trabalhos serão realizados preferencialmente em sala de aula com acompanhamento do professor; tais como: debates, experiências, testes, escritos, tarefas específicas, trabalhos práticos, pesquisas, participação em trabalhos práticos , pesquisas, participação em trabalhos coletivos e individuais e outras formas que se mostram aconselháveis e de aplicação possível, cumprindo a sua finalidade educativa de ser contínua, permanente e cumulativa. A recuperação de Estudos e a Recuperação Paralela serão desenvolvidas conforme a legislação da seguinte forma: O Profº fornece ao aluno subsídios para que este se aproprie dos conteúdos que foram desenvolvidos no bimestre e não apropriados por ele através de pesquisas, leituras, atividades e trabalhos extraclasse. F – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Cheida, Luiz Eduardo – Biologia Integrada – FTD. Valle, Cecília – Vida e Ambiente. Editora Positivo MACHADO, Sídio. Biologia de olho no mundo do trabalho. Editora Scipione. KNELLER, G. F., A Ciência como Atividade Humana. Zahar Editores/ EDUSP, Tradução Antônio José de Souza, Rio de Janeiro, 1978. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 DISCIPLINA: HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO INTEGRADO A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Desde o início de nossa vida profissional, nos deparamos com grandes desafios para ensinar história. De maneira sempre intensa e incessante, temos buscado meios para tornar as aulas atraentes e motivadoras, Nosso objetivo, através de nossas atividades tem sido o de instrumentalizar os alunos para que contribuam para a construção de uma sociedade mais justa e menos excludente. Com o ensino de história visamos estimular os futuros educadores a lutarem por seus direitos promovendo a consciência de cidadania plena, Até recentemente, o ensino de história privilegiava um tipo de formação que dava ênfase à memorização de fatos e datas, bem como uma sucessão de acontecimentos de ordem política, em que nós pessoas comuns, ficávamos colocados como meros expectadores. É através da história que os jovens possuem condições de ampliar seus conhecimentos, contribuindo substantivamente para a construção de laços de identidade e consolidação da formação da cidadania. Em nossa forma de pensar, o grande desafio do professor de história reveste-se de duplo significado. De um lado, é preciso apresentar aos alunos conteúdos que inevitavelmente, envolvam escolhas temáticas e nova versão dos acontecimentos. De outro lado, é necessário empenhar-se para que os alunos desenvolvam uma postura crítica em relação aos conteúdos estudados e com isso construam seu próprio saber. A história que se escreve, tem relação expressa com o contexto social em que foi produzida. O historiador dialoga com o mundo em que vive, com seus problemas e desafios, lutas e utopias, e esse diálogo influencia a forma como ele reconstrói e interpreta o passado, sendo fundamental a interação ativa entre professores e alunos, todos nós assimilados mais facilmente aquilo que vivenciamos do que aquilo que ouvimos, havendo a necessidade da participação ativa do aluno no processo ensino aprendizagem. Sendo necessário investir continuamente na sua formação, retomando e repensando o seu papel diante dessa escola cidadã. Nela não caberá um professor conteudista, tecnicista, preocupado somente com provas e notas, mas sim um professor mais humano, ético, justo, solidário, que se preocupe com a aprendizagem. É preciso um profissional com competência, tanto política quanto técnica, que conheça e domine os conteúdos escolares e atitudinais, saiba trabalhar em sala de aula utilizando uma metodologia dialética, tenha um compromisso político, social, seja pesquisador, um eterno aprendiz, tenha uma prática coerente com a teoria, seja consciente do seu papel como cidadão. B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: - Expressar a compreensão do que é História e de como se constrói o conhecimento histórico, tomando consciência da natureza do saber histórico; - Estabelecer o diálogo entre o presente e o passado, incorporando elementos da história do cotidiano, da história cultural; identificar no próprio cotidiano, nas relações sociais e nas ações políticas da atualidade, a continuidade de elementos do passado, reforçando o diálogo passado - presente; - Contribuir para que o educando amplie a compreensão da realidade e seja capaz de estabelecer relações com outras realidades históricas e de respeitar os valores culturais das diferentes sociedades; - Formar cidadãos crítico, participativo, reflexivo, compromissado e atuante, capaz de exercer com êxito a sua cidadania; - Desenvolver a capacidade de compreensão e de atitudes de respeito com relação a outras culturas e sociedades, em outros tempos e lugares, respeitando as diferenças individuais, culturais e religiosas; - Reconhecer a diversidade cultural como elemento importante para o entendimento da História, promovendo um conhecimento mais plural do que o universal da história das sociedades; - Relacionar processos históricos local, nacional e história mundial; - Elaborar contextos explicativos para os problemas históricos do mundo atual; - Identificar e analisar diferentes formas de manipulação da História feita pelos poderosos instituídos, pela mídia, pelos diferentes grupos sociais que disputam o poder num dado momento. C - CONTEÚDOS: Relações Culturais:: O Homem e a História; Introdução ao estudo da História; Como estudar História; Povos da Mesopotâmia; Egípcios; Gregos; Romanos; O Renascimento Cultural; As Reformas Religiosas; Cultura Afro-brasileira; História do Paraná. Relações de poder: A Idade Média no Oriente; O Sistema Feudal; As Crises do Sistema Feudal; Transformações na sociedade medieval; A crise do século XIV; Relações de trabalho: As Origens do Sistema Capitalista; A expansão marítima; Absolutismo monárquico; Mercantilismo; Relações de trabalho: A colonização do Brasil; A colonização da América; Crise açucareira e mineração no Brasil; A Revolução Industrial; Movimentos Nacionalistas e Industrialização na Europa do século XIX; Imperialismo: A competição entre as nações industriais; Relações de poder: A Revolução Francesa; O processo de independência do Brasil; O Primeiro Reinado; Período Regencial; Afirmação da Nação Brasileira; O segundo reinado no Brasil; A república no Brasil; Processo das Guerras Mundiais; A Europa em guerra; A turbulência do período entre guerras; 2ª Guerra Mundial; O Brasil na Era Vargas; O Mundo Bipolarizado; A Guerra Fria; Política desenvolventista e ditadura no Brasil; A redemocratização do Brasil; O Mundo Multipolarizado; Crises no mundo contemporâneo. Relações Culturais: O Iluminismo; História do Paraná; Cultura Afro-brasileira. CONTEÚDOS COMPLEMENTARES: AGENDA 21 Segurança; Cidades Sustentáveis; Redução das Desigualdades Sociais; Gestão dos Recursos Naturais. D - METODOLOGIA DA DISCIPLINA: A História se caracteriza pela pluralidade de interpretações e concepções metodológicas, cada uma delas com seus significados e princípios próprios. A metodologia aplicada será ampla e abrangente, enfatizando as significações presentes nas obras de arte, na literatura, no universo da criatividade popular e erudita. A visão de mundo de uma dada sociedade, o viver, pensar, agir, sentir de homens e mulheres que criaram e criam no seu dia a dia essas práticas culturais, assim como a interação cultural dos diferentes grupos, com seus valores, costumes, tradições, conflitos, sempre respeitando a pluralidade de formas usadas nos estudos do passado. Essa pluralidade será fruto do diálogo de História com outras ciências, especialmente geografia, psicologia e filosofia. Sendo que se deterá em trabalhar o ser por inteiro, levando ao desenvolvimento do conhecimento teórico, prático, mas também do humano e social. Oportunizar o aluno incluso idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente em condições semelhantes aos demais. No ensino de História se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA: A avaliação é um processo que se faz necessário em todo o processo, seja no processo de ensino/aprendizagem, ou na execução de um projeto, seja na realização de uma tarefa. O ato de avaliar pode ser realizado sob os mais diversos enfoques possíveis, mas existem dois principais, o quantitativo (que procura transformar em números o aprendizado) e o qualitativo ( que procura observar o que realmente foi aprendido).Segundo Dalmas: por meio da avaliação, descobre-se como o grupo está entre o que se propôs (objetivos) e a vivência (resultados obtidos). Dessa forma, a avaliação torna-se uma ferramenta importante para constatar se os resultados obtidos no processo ensino/aprendizagem estão sendo satisfatórios. O processo de avaliação que será desenvolvido para o Ensino Fundamental, deverá basear-se na avaliação qualitativa e contínua, visando averiguar se o processo de ensino/aprendizagem esta sendo eficaz, se os objetivos propostos estão sendo cumpridos. A avaliação dessa forma, não pode ser uma ferramenta de opressão, mas sim uma forma de constatar se o aluno está conseguindo desenvolver as competências propostas. A avaliação deve considerar a participação do aluno, o trabalho didático, seu desenvolvimento nos trabalhos e discussões em sala de aula, sua seriedade diante das atividades proposta e sua capacidade de compreensão. A análise atenciosa do aluno como um todo, fornecerá condições de se realizar uma avaliação mais justa e adequada, e que, ao mesmo tempo, propicie ao aluno, condições de construir seu conhecimento através de diferentes abordagens. Dessa forma, conforme estabelece a LDB, a avaliação deverá estar sendo executada a todo momento, através de questionamentos durante as aulas, através das atividades especiais, como por exemplo: júris simulados, dramatizações, seminários, participação, análise dos fatos, coerência das idéias expostas, compreensão do conteúdo. Mas, como no sistema escolar ainda é necessário atribuir medidas, as atividades acima descritas serão avaliadas e terão o objetivo de avaliar a capacidade de síntese, de análise, de compreensão dos alunos. Essas atividades deverão incentivar o pensamento crítico e a liberdade de expressão do aluno. A avaliação é entendida como um processo dinâmico, resulta na concepção de que é necessário, no processo de interação professor – aluno um reavaliar constante. Por isso, caracteriza-se como forma avaliativa contínua e cumulativa. Com relação à avaliação inclusiva, não há que se perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem da criança inclusiva, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações: a regular e a especial. F – BIBLIOGRAFIA: COTRIN, Gilberto.História Global - Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva, 1997. PRADO JÚNIOR,Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 1997. LEAL, Victor Nunes. Coronelismo – enxada e voto.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. COUTINHO, Carlos Nelson. A democracia como valor universal e outros ensaios. Rio de Janeiro: Salamandra, 1984. HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos: O breve século XX (l914 – 1991). São Paulo: Schwarcz, 2005. SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia.6.ed. São Paulo: Cortez, 1985. LIBÂNEO, José Carlos, Didática. São Paulo: Cortez 1990. MAGNOLI, Demétrio. O Mundo Contemporâneo: relações internacionais 1945 – 2000. São Paulo: Moderna, 1996. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. HOLLANDA, Sérgio Buarque de. As Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. FERRO, Marc, Cinema e história. São Paulo: Paz e Terra, 1992. FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala. (...). Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 DISCIPLINA: GEOGRAFIA – ENSINO MÉDIO INTEGRADO A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A Geografia se faz presente nos currículos escolares em nosso país desde longa data. Nesse sentido, as primeiras décadas do século XX podem ser tomadas como uma importante referência. Isso porque, por meio de um rico debate, no qual a presença de Carlos Miguel Delgado de Carvalho foi muito marcante, não apenas porque se exaltava a importância da Geografia na formação escolar, como também se apontava para a necessidade de uma Geografia de fato científica, moderna. Vejamos. Delgado de Carvalho foi cientista político. Muito mais do que isso foi um árduo defensor do florescimento de uma Geografia que ultrapassasse a mera descrição dos estados brasileiros, recheada de nomes a serem memorizados. Daí, ainda segundo ele, a urgência de se edificar uma Geografia de fato científica, com um objeto de estudo devidamente estabelecido. Por outro lado, não podemos perder de vista que Delgado de Carvalho fazia parte de uma intelectualidade, ou de uma elite se assim o preferir, que se encontrava debruçada sobre questão da consolidação do Estado brasileiro. Em outras palavras, ela reconhecia claramente que a Geografia poderia desempenhar, juntamente com a Histórica, um papel da máxima importância na formação e na cristalização de um patriotismo minimamente fundamentado. Na realidade, tratava-se de assegurar, via sistema escolar, a inculcação da ideologia do nacionalismo patriótico. Sendo assim, convém observar que a formação de uma identidade nacional, no caso do Brasil, era cercada de aspectos muito específicos, a começar pelo fato de sr uma ex-colônia. Ou seja, ao se tornar um país independente de Portugal, a consolidação da identidade nacional necessitava ser, literalmente, construída. Afinal, os elementos de coesão nacional eram relativamente inconsistentes para um país com as dimensões do Brasil e como se deu o processo de sua formação territorial, foi nesse contexto, portanto, que o ensino primário ganhou relevância, gerando, como já foi dito, uma certa preocupação da parte de Delgado de Carvalho com a edificação de uma Geografia científica no país, capaz de contribuir para a formação da Nação brasileira. Até porque, no seu entender, as crianças e os jovens somente compreenderiam o sentido da formação do Brasil por meio de um estudo assimilável e cativante, com o auxílio de diversos e variados recursos. Ao contrário, uma disciplina mnemônica, desinteressante e austera em nada contribuiria para o desenvolvimento do sentimento de pertencimento a um grupo e a um território que fossem comuns a todos. Essa relação deverá ser ancorada num suporte teórico-crítico que vincule o objeto da geografia, seus conceitos referenciais, conteúdos de ensino e abordagens metodológicas aos determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais do atual contexto histórico. B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA - Formar um cidadão crítico e atuante, capaz de exercer com êxito a sua cidadania. Um indivíduo com uma visão de mundo que lhe permita participar ativamente da sociedade em que vive; - Formar indivíduos capazes de entender os fatos que acontecem no mundo interpretá-los e de estabelecer relações não só entre fatos, mas deles com a realidade do local onde vive, ou seja, o espaço geográfico; - Ajudar o aluno a entender as diversidades e as mudanças que acontecem no espaço geográfico, tornando-o capaz de “pensar” esse espaço e perceber-se como parte integrante dele; - Fornecer a base conceitual da disciplina através de sua evolução; educar o aluno para o pleno domínio da linguagem cartográfica, noções de escala e fusos horários, além de conhecer os processos naturais e antrópicos que regem a superfície do planeta Terra; - Compreender os processos que regem as sociedades humanas e sua organização; ter noções dos processos de urbanização, evolução populacional, desenvolvimento da agricultura e problemas ambientais. C – CONTEÚDOS: • Espaço Geográfico, Paisagem e território • A localização no espaço geográfico • O tempo geológico • A estrutura da Terra • A dinâmica do relevo • O relevo brasileiro • Os tipos de clima • O clima no Brasil • Os biomas terrestres • A atmosfera • As águas continentais • Brasil - hidrografia • Impactos ambientais • Desenvolvimento sustentável • Brasil formação e expansão do território brasileiro • A população brasileira - crescimento e formação étnica • A população brasileira - distribuição e estrutura • Movimentos da população brasileira • Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras • Os transportes no Brasil • A industrialização no Brasil • O comércio exterior brasileiro CONTEÚDOS COMPLEMENTARES: Agenda 21: A Agenda 21 Escolar é a proposta que resulta dos estudos Global, Brasileira, Estadual e Local e dos diagnósticos, para ser implementada no meio de influência da escola, tanto nos recintos escolares quanto no meio familiar e social onde tal influência é exercida; Projeto Afro – Belezas da África: Melhorar a auto-estima do afrodescendente através da valorização da sua cultura e de suas contribuições na formação da identidade do povo brasileiro. D – METODOLOGIA DA DISCIPLINA: A Geografia se faz presente nos currículos escolares em nosso País desde longa data, desde as primeiras décadas do século XX , essa ciência vem ganhando força e importantes referências. Ela pode ser trabalhada por meio de um rico debate, investigação de um ““ problema geográfico””, requer que se defina sua localização e se estabeleça o “tamanho” do espaço onde esse problema se insere. Além da escala de análise, juntamente com sua utiliza”cão, a geografia escolar trabalha com três questões que se complementam: Onde? Por que aqui e não em outro lugar? Como é este lugar? De fato, criar situações problematizadas e contextualizadas, que apropriem do real significado vivenciando aquilo que conhecemos por lugar, paisagem e território. Dar devida atenção às práticas sociais que se desenrolam no e pelo espaço. Trata-se de caráter afetivo e identitário, como determinados espaços de vivência do educando e seus respectivos símbolos( a rua, uma árvore, a praça, uma estátua, a cidade e um marco,etc). Para que serve ensinar geografia? Saber se localizar; Compreender o mundo em que vivemos; Formar cidadãos críticos e atuantes; Saber usar (ou desenhar) mapas; Estudar rios, climas, vegetação etc; No ensino de geografia cabe dois objetivos e finalidades que se complementam, proporciona o desenvolvimento do raciocínio geográfico e assegurar a formação de uma consciência espacial. A geografia pode contribuir para um verdadeiro “Pensar o Espaço”. No ensino de Geografia se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA A avaliação se caracteriza por um dos paradoxos mais complexos no processo de ensino aprendizagem. Nesse sentido, educadores estão constantemente discutindo a melhor forma de avaliar, quais as maneiras mais corretas. De acordo com Argento: A prática docente do processo ensino-aprendizagem está vinculada às inter-relações entre os sujeitos do processo. O homem constrói seu conhecimento fundamentado em suas relações com a natureza, com o espaço e com a sociedade. O conhecimento, então, passa a ter significado na vida humana, e o processo avaliativo se torna processual, dinâmico e formativo. Segundo Dalmas: por meio da avaliação, descobre-se como o grupo está entre o que se propôs (objetivos) e a vivência (resultados obtidos). Dessa forma, a avaliação torna-se uma ferramenta importante para constatar se os resultados obtidos no processo de ensino/aprendizagem estão sendo satisfatórios. O processo de avaliação que será desenvolvido para o 1º ano deve ser coerente com o que está propondo para a metodologia de ensino. Sendo assim, se está propondo um ensino crítico, o processo de avaliação também deve basear-se nos postulados da Geografia Crítica. Nessa nova concepção, avaliar torna-se mais do que verificar se o aluno memorizou o conteúdo, mas sim verificar se ele conseguiu apropriar-se do conteúdo interagindo entre a teoria a prática, ou seja, o seu cotidiano. Nesse sentido, seguindo a tendência da pedagogia Histórica Crítica, entra em ação a Catarse. Segundo Gasparim (2003 p.128): A Catarse é a síntese do cotidiano e do científico, do teórico e do prático a que o educando chegou, marcando sua nova posição em relação ao conteúdo e à forma de sua construção social e sua reconstrução na escola. Ainda sobre esse assunto, Wachowicz apud Gasparim (2002, p. 129) nos diz que a “a ‘Catarse é a verdadeira apropriação do saber por parte dos alunos’. Isso significa que o estudante não apenas aprendeu de cor a lição, mas constituiu para si uma nova visão da realidade”. Desta forma é necessário romper com a avaliação como forma de repressão e submissão por parte do aluno, esse fato acaba trazendo um sentido negativo para a prática avaliativa e estabelecendo uma relação de conflito como destaca Souza: As relações de poder e subordinação, presentes na sociedade, reproduzem-se na forma como a escola se organiza e funciona. E dentre os aspectos específicos da vida da escola, em que se expressam relações autoritárias e hierárquicas, tem-se a avaliação. Os depoimentos tanto dos profissionais que atuam na escola como dos alunos apontam-na como uma ação unidirecional no seu foco e no seu processo, ou seja, de todos os elementos integrantes do processo escolar, só o aluno é sistematicamente, avaliado, e essa avaliação se concretiza, exclusivamente, pelo julgamento que o professor faz dele. Portanto, conforme estabelece a Pedagogia Histórica Crítica e os postulados da Geografia Crítica o processo de avaliação será contínuo e diagnóstico. A avaliação estará sendo executada a todo o momento, através de questionamentos durante as aulas, através das atividades especiais, como por exemplo, júris simulados, dramatizações, seminários, entre outras, onde estarão sendo avaliados. No que tange a disciplina de Geografia, deve-se avaliar no aluno a capacidade de interação com o espaço geográfico, ler e interpretar os símbolos cartográficos, além dos códigos específicos da Geografia, reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográficas e geográficas. O educando deve também reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e interpretação; reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço geográfico atual a sua essência, ou seja, os processos históricos construídos em diferentes tempos, e os processos contemporâneos. Em um aspecto mais prático, a avaliação formal do grupo se dará mediante aplicação de avaliações escritas e trabalhos bimestrais, com pontuação cumulativa e terá por objetivo avaliar a aprendizagem do aluno com relação aos conteúdos estruturantes da disciplina. Essas avaliações e trabalhos terão o objetivo de avaliar a capacidade de síntese, de análise, de compreensão dos alunos. Essas atividades deverão ser compostas de questões abertas, que incentivem o pensamento crítico e a liberdade de expressão do aluno. Conforme destaca Argento, os instrumentos avaliativos podem ser os mais diversos possíveis no caso da avaliação formal: ... Os instrumentos avaliativos mais utilizados pelos professores são: avaliações escritas sem consulta, trabalhos individuais e/ou em grupo, tanto em forma oral como em forma escrita, pesquisas bibliográficas, conversas informais, debates, relatórios, avaliação operatória, painéis, murais, auto-avaliação. F – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADAS, Mellen. Geografia: Noções Básicas de Geografia. São Paulo: Moderna, 1994. ADAS, Melhem. Panorama geográfico do Brasil. São Paulo: Moderna, 1998. ALMEIDA, Lucia Marina Alves de RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia: novo ensino médio. São Paulo: Ática, 2005. ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia econômica. São Paulo: Atlas, 1998. ARGENTO, Heloisa T. Metodologia de Ensino Fundamental: Estudos Sociais. In: http://www.trendnet.com.br/users/hargento/GEOGRAFIA.doc, acesso em 22/06/2006. COELHO, Marcos de Amorim. Geografia geral: o espaço natura e sócioeconômico. São Paulo: Moderna, 1992. DALMAS, Ângelo. Planejamento Participativo na Acompanhamento e Avaliação. Petrópolis: Vozes, 1994. Escola: Elaboração, Diretrizes curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná – Geografia. Curitiba: SEED, 2005. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GASPARIM, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. São Paulo: Autores Associados, 2003. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1990. LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro Branco. Geografia: homem e espaço. São Paulo: Saraiva, 2002. MAGNOLI, Demétrio. O mundo contemporâneo: relações internacionais 1945 – 2000. São Paulo: Moderna, 1996. MATOS, de Teixeira Maria Zilá – Bonecas Negras, Cadê? O Negro no currículo escolar: sugestões práticas MORAES, Antonio Carlos Robert. Geografia: Pequena História Crítica. São Paulo: HUCITEC, 1998. MOREIRA, Igor. Construindo o Espaço do Homem. São Paulo: Ática, 2001 . PIFFER, Osvaldo. Geografia no ensino médio. São Paulo: IBEP, 2001. SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia: Polêmicas do Novo Tempo. Campinas: Autores Associados, 1999. SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 1998. ______. Geografia para o ensino médio: geografia geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002. ______. Trilhas da Geografia: A Geografia no Dia-a-Dia. São Paulo: Scipione, 2000. SOUZA, Sandra Maria Zákia Lian. Avaliação da Aprendizagem: Teoria, Legislação e Prática no Cotidiano de Escolas de http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_08_p106-114_c.pdf, 1° Grau. acesso In: em 22/06/2006. VESENTINI, José William. Sociedade e espaço: geografia geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2001. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 SOCIOLOGIA A - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: A Sociologia volta-se, todo tempo para os problemas que nós enfrentamos no dia-a-dia de nossas vidas em sociedade. Ela pretende ser um conhecimento científico sobre a realidade social e, enquanto tal, visa a estabelecer teorias, bem como confortá-las com a realidade. Como ciência, a sociologia delineou-se no rastro do pensamento positivista, vinculada à ordem das Ciências Naturais. O caráter científico, tão buscado e valorizado na época, estava ligado à lógica da ciência dita “experimentais”. Ou seja, para acender ao estatuto de ciências, deveria atender a determinados pré-requisitos e seguir métodos “científicos” que pretendiam também a neutralidade e o estabelecimentos de regras. São representados desse pensamento. Augusto Conte o primeiro a usar o termo sociologia, relacionado com a ciência da sociedade, e Émile Durkhein que adotou conceitos elaborados por Conte, especialmente o de ordem social, para delinear uma das correntes representativas do pensamento sociológico. Apesar de sua origem conservadora d de sua proposta inicial conformista, a sociologia desenvolvem também um olhar crítico e questionador sobre a sociedade. O pensador Karl Marx trouxe importante contribuição ao pensamento sociológico por que desnudou as relações de exploração que se estabeleceram a porta do momento em que uma determinada classe social apropriou-se dos meios de produção e passou a deter e conduzir os mecanismos da sociedade. No Brasil, tanto as idéias conformistas quanto as revolucionários exerceram forte influência na formação da pensamento sociológico brasileiro. Com o advento da Rep. Houve a primeira tentativa de se introduzir a Sociologia como disciplina Escolar obrigatória no Brasil através do então ministro da Educação Benjamim Constante, em 1891. A 1ª escola a introduzir a disciplina no nível médio foi a tradicional D. Pedro II, no RJ, em 1925. Após 1930, a disciplina passa a ser ampliada com a possibilidade de oferecer uma formação mais humanística para os estudantes secundários. Mas na segunda fase da Era Vargas, em 1942, sua obrigatoriedade é retirada das escolas secundárias, permanecendo apenas nas Escolas Normais até o golpe militar de 64. A partir de 1964, a disciplina de sociologia desapareceu dos currículos das escolas médias, permanecendo restritos ás Escolas Normais. Com a Lei 5.673/71 foram introduzidas as disciplinas de EMC e OSPB com o intuito de substituir a sociologia e a Filosofia. A nova LDB lei 9.394 de 1996 prevê que os alunos ao terminarem o Ensino Médio devem demonstrar conhecimentos de sociologia e filosofia. Em 1997º ex-deputado Padre Roque, PT propões um projeto que altera a LDB e torna a sociologia e filosofia disciplinas obrigatórios, tal projeto foi vetado pelo presidente Fernando H. Cardoso. A trajetória do ensino de sociologia, caracterizada por freqüentes interrupções trouxe-lhe marcas que não podem ser ignoradas relativamente a sua inserção no cenário educacional. Os grandes problemas que vivemos hoje provenientes do acirramento das forças do capitalismo mundial e do desenvolvimento industrial desenfreada entre causas, exigem sujeito capazes de rejeitar a lógica neoliberal da destrinção social e planetária . É tarefa inadiável da escola e da sociologia a formação de novos valores, de uma nova ética e de novas práticas que indiquem a possibilidade de construção de novas relação social. B- OBJETIVOS: 23. Estender os caminhos percorridos pela sociologia. 24. Pesquisar as teorias dos principais pensadores. 25. Compreender a importância dos valores, normas e regras para a vida em sociedade. 26. Refletir sobre a cultura popular e erudita bem como a diversidade cultural do povo brasileiro. 27. Compreender a importância dos fatos sociais para a sociologia. 28. Entender a relação entre ideologia e industria cultural. 29. Analisar a importância das instituições sociais para a formação integral do cidadão. 30. Investigar sobre a trajetória do “trabalho”, suas formas de organização e evolução. 31. Questionar as diversas formas de trabalho e a exclusão social. 32. Compreender as relações de poder e as ideologias dominantes existentes nos sociedades. 33. Entender o estado como agente de controle social. 34. Compreender a importância dos direitos para a formação da cidadania. 35. Resgatar a importância dos movimentos social. C - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Os conteúdos estruturantes da disciplina de sociologia propostas são: XXX- O processo de socialização e os institutos sociais. XXXI- A cultura e a indústria cultural. XXXII- Trabalho, produção e classes sociais. XXXIII- Poder, política e ideologia. XXXIV- Cidadania e movimentos sociais. D - METODOLOGIA: A sociologia deve explicitar as diversas visões de mundo, as concepções de sociedade e de homem. Tem como atribuição básica: ir além de investigar, identificar descrever, classificar, interpretar, explicar todos os fatos relacionados à vida social, logo permite instrumentalizar o aluno para que possa decodificar a complexidade social através do desenvolvimento do pensamento crítico e instigante. Assim, pelo conhecimento sociológico sistematizado o aluno poderá construir uma postura mais reflexiva e crítica diante da complexidade do mundo moderno. Poderá perceber-se como elemento ativo, dotado de força “política” e capacidade de transformar e, até mesmo, viabilizar através do exercícios pleno de sua cidadania, mudanças estruturais que apontem para um modelo de sociedade mais justo e solidário. Cabe ao professor, orientar os alunos também através do conhecimento da sociologia de maneira contextualizada, no sentido de compreender e aliviar o impacto causado pelo conjunto de transformação econômico-sociais geradas pelo fortalecimento do sistema capitalista e pelo grande desenvolvimento tecnológico e científico, bem como aliviar o impacto gerado pela relevante desestruturação de instituições sociais como a “família”. Tem portanto, a sociologia, a função de “armar” o aluno com instrumentos que possibilitem ultrapassar o senso comum e entender se como o reflexo e agente da situação histórica do mundo e que aproxima esses saberes da sua realidade. Ela não quer apresentar dogmas, mas, questionar para compreender. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a descobrir pré noções e preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas à transformação social. Enfim, o ensino da sociologia pressupõe metodologias que coloquem os alunos como sujeitos de seu aprendizado; não importa que o encaminhamento seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo ou a análise de filmes, mas, importa que o aluno seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever os conceitos e a reconstruir coletivamente novos saberes. Partir da prática social dos alunos permitirá a tomada de consciência sobre essa mesma prática, que não é apenas o que pensam ou sentem, mas é também uma expressão social do grupo do qual ele faz parte. No ensino de Sociologia se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E - AVALIAÇÃO: A avaliação no ensino da sociologia não deverá ser meramente verificatória da aprendizagem dos conceitos trabalhados ou das teorias, mas precisará ser articulada, desde o primeiro dia em que o aluno entra em contado com o conhecimento sociológico, procurando perceber a apreensão que os estudantes realizam, as modificações que demonstram na compreensão dos mecanismos de funcionamento da sociedade, nos discursos, nos posicionamentos dentro do espaço escolar e nas relações sócias. As formas de avaliação em Sociologia acompanham as próprias práticas de ensino e de aprendizagem na disciplina, seja, reflexão crítica nos debates, que acompanham os textos ou filme, seja a participação nas pesquisas de campo, seja, a produção de textos que demonstrem a capacidade de articulação entre teoria e prática. F). BIBLIOGRAFIA: Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Sociologia. Curitiba, 2006. Orientações Curriculares. Sociologia. Secretaria de Estado da Educação, fevereiro, 2006. Biblioteca do professor. FILOSOFIA A - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: Filosofia é uma disciplina que leva a reflexão desde a importância de se trabalhar de forma interdisciplinar, como até mesmo ser o ponto crucial, que é levar a questionar, como por exemplo: para que filosofia? Qual filosofia? E filosofar para que? Com certeza o ato de questionar, bem como refletir dadas as circunstâncias, favorecem espaços para análise e criação de conceitos, tendo assim justificativas e posicionamentos indissociáveis que dão vida significativa e contribuidora observando o contexto. Desta forma, esta disciplina se apresenta no contexto escolar tendo em vista a perspectiva de quem dialoga com a vida, pois busca a reflexão e a resolução de problemas, se preocupando com a análise atual numa abordagem contemporânea remetendo o aluno a sua própria realidade, assim possibilitando o desenvolvimento de estilos próprios de pensamentos. B - OBJETIVOS: 1. Levar os estudantes a pensarem, oportunizando a construção e análise de conceitos, bem como interpretar conhecimento científico como provisório, jamais acabado ou definitivo; 2. Compreender o estudo da Filosofia e do filosofar; 3. Compreender complexidades do mundo contemporâneo, sua particularidades, especializações e a forma fragmentada manifestada até então, buscando a superação do caráter fragmentário da realidade por meio da filosofia; 4. Proporcionar espaços de discussão tendo ênfase pensadores (Platão, Aristóteles e outros) refletindo seus pensamentos e sua contribuição para com a humanidade; 5. Contemplar os conteúdos estruturantes enquanto conhecimentos basilares; 6. Entender as relações do homem no mundo e consigo mesmo. C - CONTEÚDOS: • Conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia, Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Estética, Filosofia da Ciência, recortes históricos e sociais. D - METODOLOGIA: A forma a ser trabalhada deve envolver quatro momentos: a sensibilização, a problematizarão, a investigação e a criação de conceitos. Levando em consideração os momentos abordados acima, certamente o respeito à diversidade de pensamentos diferentes dos estudantes serão de suma importância no sentido de entender os problemas sociais da nossa sociedade, bem como a aquisição de conceitos e posições por meio de problematizarão serão pontos de debates e pontos cruciais no processo ensino-aprendizagem. No ensino de Filosofia se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E - AVALIAÇÃO: A avaliação se dará a partir da sensibilização, ou seja coletando o que o aluno pensa antes (preconceitos) e o que pensa após a criação de conceitos. Em outras palavras também valorizando e respeitando sua bagagem (prática social); considerando neste aspecto o processo contínuo no interior das aulas e não um momento fragmentado de processo. F - BIBLIOGRAFIA: - Biblioteca do professor - Filosofia – Ensino Médio – Secretaria de Estado de Educação (Livro Didático público) - Clássicos e comentários (História e Filosofia) - Textos clássicos na Internet. DISCIPLINA: LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (INGLÊS) – ENSINO MÉDIO INTEGRADO A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA O ensino das línguas modernas teve sopro de incremento com a chegada da família real em 1808 e, mais tarde, em 1837, ganhou real importância quando se fundou a primeira escola pública de nível médio. O modelo de ensino de línguas instituído pelo Colégio Pedro II, se manteve até 1929. No primeiro governo de Getúlio Vargas, com a criação do Ministério de Educação e Saúde Pública, intelectuais imbuídas por um ideal de modernidade e de uma identidade nacional, iniciaram estudos para uma reforma significativa do sistema de ensino, Reforma Francisco Campos, a qual propunha que a escola secundária proporcionasse ao mesmo tempo formação geral e preparação para o ensino superior e na qual pela primeira vez, o método de Língua estrangeira foi oficialmente estabelecido – o método Direto. O método Direto se baseava na teoria associacionista da Psicologia da Aprendizagem. Em 1942, com a reforma Capanema, o curso secundário passou a ser dividido em dois níveis; ginasial, com quatro anos, e colegial, com três. O uso do método Direto não deveria ter apenas fins instrumentais, mas também educativos, para contribuir na formação da mentalidade do aprendiz e para desenvolver hábitos de reflexão. Nos anos 50 e 60, com o desenvolvimento da ciência lingüística e o crescente interesse pela aprendizagem, surgem mudanças significativas quanto às abordagens e aos métodos de ensino. Predominantemente na década de 70, tomava o ensino de línguas estrangeiras como um instrumento das classes favorecidas para manter privilégios, impondo um domínio social, cultural, político e econômico. O conceito de competência comunicativa foi retomado e ampliado por diversos autores, os mais conhecidos são Swan e Canale, que primeiramente em 1980, agregaram ao conceito de competência discursiva. Em 20 de dezembro de 1996 foi publicado a mais recente LDB (Lei nº 9.394). Referindo ao Ensino Médio, a lei determina que será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição. Percebe-se que, embora o discurso de tal abordagem se apresente como veiculado de idéias progressistas e inovadoras, é importante atentar para suas origens históricas e as vinculações ideológicas dos seus princípios e conceitos. B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA _ Distinguir as variedades lingüísticas. _ Escolher o registro adequado às situações nas quais se processam a comunicação. _ Possibilitar a escolha de vocabulário que melhor refletir a idéia do que se pretende transmitir. _ Compreender de que forma, determinada maneira ou expressão pode ser literalmente interpretada em razão dos aspectos culturais. _ Compreender como os enunciados refletem a forma de ser, de pensar e de agir de quem os produz. _ Utilizar os aspectos com coerência e coesão na produção oral e escrita. _ Utilizar estratégias verbais e não verbais para compensação das falhas, a fim de se fornecer a efetiva comunicação e alcançar o efeito pretendido em situações de produção e leitura. _ Conhecer como usar as línguas estrangeiras modernas como instrumento de acesso à informação e outras culturas e grupos sociais. _ Analisar recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos/contextos mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com as condições de produção/recepção – intenção, época, local, interlocutores participantes da criação e propagação de idéias e escolhas, tecnologias disponíveis. C. CONTEÚDOS: . Compreensão e produção: oral-fonética/fonologia; construção gramatical; léxico; entonação e variação da tonalidade; relação entre ortografia; nível de formalidade da fala e sua adequação a contextos específicos. . Produção escrita: ortografia, tipologia textual, organização textual; construção de significados. Leitura - Diferentes gêneros textuais _Literatura; _Seleção de variedade lingüística formal e informal. - Conhecimentos lingüísticos discursivos, sócio-pragmáticos e culturais. Escrita _ Seleção de variedade lingüística formal e informal; _ Interlocução a que se dirige ao texto; _ Desenvolvimento da identidade. Oralidade _ Desenvolvimento da capacidade de expressar-se; _ Compreensão de enunciados orais: _ Criação de condições de prática significativa; _ Produção de enunciados; _ Compreender enunciados orais. Identificação das funções gramaticais da palavra; Compreensão leitora-gêneros textuais; Identificação dos aspectos da cultura das comunidades falantes da língua estrangeira moderna. - Conjunções: and, or, but, so; - Going to, will - Pronomes possessives: my, your, our - Preposições: under, above, between, among - Passado simples dos verbos - Verbo to have (presente e passado) - Verbos anômalos (can, may, must, should) - Passado continuo - Presente perfeito - Presente perfeito contínuo Advérbios Futuro contínuo Advérbios Futuro contínuo Revisão simple present, geoing to, will, simple past; Graus do adjetivo; Indefinidos e seus compostos: somebody, anybody...; Passado perfeito; Adjetivos de quantidade: little, a little, less, few, fewer, much, many... Pronomes relativos: who, whom, that... Frases condicionais. D. METODOLOGIA DA DISCIPLINA É fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros textuais. O objetivo será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva presente em vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc., ressaltando as suas diferenças estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do público a que se destina e, sobretudo e indispensável aproveitar o conhecimento que ele já tem das suas experiências com a língua materna. As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor aos alunos, textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreendê-los em suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas idéias em língua estrangeira dentro de suas limitações. È necessário que se explicite que, mesmo oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem implica e que existe a necessidade de adequação da variedade lingüística para as diferentes situações, tal como ocorre na escrita e em língua materna. Também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo. Com relação aos textos de literatura, se acreditamos que a reflexão sobre a ideologia e a construção da realidade fazem parte da produção do conhecimento, e que esse conhecimento é sempre parcial, complexo e dinâmico, dependente do contexto e das relações de poder, é preciso ao apresentar textos literários aos alunos, propor atividades que colaborem para que aja reflexão sobre os textos e que os percebam como uma prática social de uma sociedade de um determinado contexto sócio – cultural . Entende-se que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente, em condições semelhantes aos demais. Caso seja necessário deverá ser feita adaptação curricular. No ensino de língua Estrangeira Moderna (Inglês ) se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA: A avaliação será feita de forma contínua e cumulativa. Serão levadas em consideração todas as situações, das quais o aluno for convidado a fazer parte. Sejam escritas, orais, em grupo ou em forma de pesquisa. Um dos aspectos principais da avaliação é a observação da capacidade do aluno entender o discurso na língua e não somente as regras que norteiam esse discurso. Afinal, se queremos formar um cidadão com posicionamento crítico, não podemos ficar presos somente a questões sistemáticas da disciplina. A avaliação tem âmbito mais abrangente, extrapolando os limites da sala, assumindo um caráter de acompanhamento participativo e não meramente quantitativo. As avaliações deverão adequar-se às dificuldades dos alunos inclusos. F – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALLSOP, J. English grammar exercises, Cassel, 1984. CUNHA, A. G. Dicionário etimológico da língua portuguesa, Nova Fronteira, 1982. FERRARI A. Zuleica, Take your time, Editora Moderna, 1996. MEADE, M. The little bookd of big riddles. Harvey House, 1976. MOTA, L. Adagiário brasileiro. Itatiaia/Edusp, 1987. MACHADO R. Analuiza, Take your time, Editora Moderna, 1996. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 DISCIPLINA: – FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO – ENSINO MÉDIO INTEGRADO A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: Assim como acontece com a cultura letrada e com a ordem econômica, a forma como se origina e evolui o poder político tem implicações para a evolução da educação escolar, uma vez que se origina e se desenvolve, quer espontaneamente, quer deliberadamente, para atender aos interesses das camadas representadas na estrutura do poder. A evolução da estrutura do poder, no Brasil, passou por fases que se estenderam desde o predomínio quase absoluto do poder local até a supremacia do poder central, com hipertrofia do executivo. Nessa evolução, é possível vislumbrar épocas em que um equilíbrio mais ou menos estável foi obtido graças às mútuas concessões entre o poder local e o poder central, tal como se deu o pacto coronelista da política dos governos e momentos em que os conflitos entre uma esfera e outra tornaram-se evidentes. Mas, em quase todo o curso de história brasileira, as bases políticas assentaram-se mais no poder real dos donos da terra, nos interesses do latifúndios e numa minoria aristocrática agrária. Ao longo dessa evolução, a organização do ensino mostrou-se sempre fragmentada, dada a predominância dos interesses particulares serviu sempre para suprir as necessidades da ilustração da minoria aristocrática. Dentro desse contexto, a ilustração dada pela escola servia também para qualificar o representante político; do poder local nas esferas mais altas. O monopólio da cultura letrada dada pelas escolas era garantir de nível mais elevado de atuação, quer relativamente à pratica, quer relativamente à esfera administrativa. No Brasil, até o fim da década de 1920, as camadas dominantes; com o objetivo de servir e alimentar seus próprios interesses e valores, conseguiram organizar o ensino de forma fragmentada, tomando o país como um todo, e ideal, considerando o modelo proposto de educação. Isso se deu mesmo quando essas camadas deixaram de ser as únicas a procurar a educação escolar. O fato é que o toque aristocrático e o caráter de classe que essa educação conferia não só concorriam para manter o status, pela natural distância social que ajudava a promover, como também serviriam de instrumento de ascensão social aos estratos que, embora privados da propriedade de terra, se achavam em condições de assumir posições mais elevadas. Em épocas mais recentes, o remanejamento das forças na estrutura do poder ocasionou também certas mudanças na organização do ensino. Nesses diferentes períodos da história da Educação brasileira a educação escolar passou a organizar-se não mais de forma fragmentária por causa do avanço e do fortalecimento do regime centralizador, mas de forma que refletissem as contradições próprias de um sistema político responsável mais pela metamorfose das formas tradicionais de controle do poder do que realmente pela criação de formas novas. Neste contexto a disciplina de Fundamentos Educação tem a missão de fazer uma Históricos da retrospectiva histórica da educação brasileira, a contribuição de teorias renomadas, seus avanços e recuos, bem como destacar a importância da educação na formação e transformação do cidadão. B- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: • Destacar a importância da educação para a compreensão da realidade e transformação do meio no qual os sujeitos históricos estão inseridos; • Analisar através de uma perspectiva histórica a evolução dos Fundamentos Históricos da Educação desde as sociedades primitivas até as atuais; • Buscar a contribuição da Educação do período clássico para as concepções filosóficas de educação na atualidade; • Compreender a evolução dos Fundamentos Históricos da Educação brasileira; • Estabelecer paralelos entre a educação contemporânea e outros períodos. C– CONTEÚDOS: Conceito de Historia e Historicidade: _Divisões dos tempos e Eras históricas; Historia da Educação: _Recorte e metodologia: Educação Clássica: _ Grécia e Roma; Educação Medieval: _ Renascimento; _Educação Humanista; Aspectos Educacionais da Reforma e da Contra – Reforma: _ Religião e Escola; Educação Brasileira no Período Colonial e Imperial: _Pedagogia Tradicional; Primeira República e Educação no Brasil (1889 – 1930): 8_Transição da Pedagogia Tradicional à Pedagogia Nova. Educação no período de 1930 a 1982: _ Liberalismo Econômico, escolanovismo e tecnicismo: Pedagogias não – liberais no Brasil: __Características e expoentes; Educação Brasileira Contemporânea: _ Tendências Neoliberais, Pós _ Modernas versus Materialismo Histórico. D _ METODOLOGIA DA DISCIPLINA: Pensar em uma metodologia para o ensino de Fundamentos requer rever as ideologias dominantes em cada época e etapa do processo de ensino aprendizagem. Segundo Althusser, "A Ideologia e os Aparelhos Ideológicos do Estado" marca, naturalmente, o início da preocupação com a questão ideologia em educação. Althusser argumentava que a educação constituiria uma dos principais dispositivos através do qual a classe dominante transmitiria suas idéias sobre o mundo social existente. Essas idéias seriam diferencialmente transmitidas, na escola, às crianças das diferentes classes uma visão de mundo apropriada aos que estavam destinados a dominar, outra aos que se destinavam às posições sociais subordinadas. Partindo desse pressuposto a disciplina de Fundamentos Históricos da Educação pretende também identificar as relações de poder que determinaram cada período da História da Educação brasileira e suam influência na constituição dos currículos oficiais. Assim, compreender a educação em sua dimensão histórica requer propostas, currículos e programas de ensino que determinaram a formação ou deformação de inúmeras gerações. No ensino de Fundamentos Históricos da Educação se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA: É importante ressaltar que, a avaliação é pensada como um processo. Tem a perspectiva de ser formativa, contínua, global e adaptável à diversidade que caracteriza os diferentes grupos de alunos. Após a fase de diagnosticar em que é detectado o que pretende abordar. É fundamental verificar o estágio inicial a fim de que possa desenvolver estratégias de ensino-aprendizagem. A avaliação será continua ao longo do processo de aprendizagem, sendo orientado por objetivos inicialmente propostos. A avaliação formativa propõe deslocar a regulação ao nível de aprendizagem e individualizá –la, ou seja, o diagnóstico é individualizado e permanente, num constante processo de verificação. F- BIBLIOGRAFIA: ”ABGNANO,N, & Visalberghi, A História da Pedagogia, trad. De Glicínis LOPES, Eliane Teixeira. Perspectivas História da Educação. São Paulo, Ática, 1995. UFRJ, 1999 SAVIANI, Demerval. Educação: do censo comum à consciência filosófica. São Paulo, Cortez, Autores associados, 1980. ROMANELLI, Otaiza. História da Educação, no Brasil (1930-1973) Petrópolis. RIBEIRO, Maria Luisa. História da Educação Brasileira, a organização escolar. 4ª ed. São Paulo. Moraes, 1982. Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Em nível Médio, na Modalidade Normal. SEED/ 2006. DISCIPLINA: FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO _ ENSINO MÉDIO INTEGRADO A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: Ao longo da história, a luta pelo acesso à instrução, ao saber e à cultura tem figurado dentre as principais aspirações dos grupos sociais, visto que a reflexão filosófica foi o ponto de partida para novos conhecimentos, análises científicas, leituras e re-leituras de mundo. A educação e cidadania têm sido preocupação primordial da Humanidade desde os tempos mais remotos. Na atualidade, volta-se a discutir e refletir sobre esses aspectos, procurando-se entender e reelaborar o verdadeiro papel e sentido da escola. O principal teor da educação nos últimos tempos, é justamente no sentido de desenvolver potencialidades do ser em formação, ou seja, o aluno. E para que a educação realmente consiga atingir estes ideais propostos, é necessário o desenvolvimento de uma geração mais rigorosa com os seus próprios ideais acerca de determinados princípios, principalmente no tocante à educação. A disciplina de Fundamentos Filosóficos da Educação surge como propósito de oferecer ao aluno do curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental em Nível Médio, uma visão sobre escola, educação e pratica pedagógica. Desta forma, proporcionando ao futuro educador a reflexão sobre os acertos e desacertos da educação, sendo capaz de superar o caráter fragmentário do senso comum e possibilitando uma visão crítica da própria realidade. É comum afirmar hoje que a educação está em crise. Isto, porém, não é novidade, pois ela sempre esteve em crise. Em todos os tempos e lugares, a educação foi questionada. Se hoje ainda há questionamentos sobre a educação, é porque existe abertura social para que isso aconteça. E o papel dos Fundamentos Filosóficos da Educação é justamente o de oferecer critérios para o debate. Sabemos que a solução da crise não é apenas uma questão de mais ou menos recursos. Precisamos, antes de tudo, refletir sobre a educação, colocando pontos fundamentais como: o homem necessita ser educado? O que é educação? A educação pode ser instrumento de libertação do homem? Para que tipo de sociedade vai educar? Esses seriam os pontos primordiais para o levantamento de debates e formação de idéias do futuro profissional, pois se acredita que todo educador, para merecer este nome, precisa colocar, interpretar e compreender tais questões. A Filosofia então, é uma forma de pensar, que nos possibilita compreender melhor quem somos e em que mundo vivemos. Enfim, nos ajuda a entender o sentido de nossa própria existência. Com o estudo dos Fundamentos Filosóficos da Educação, o futuro educador terá embasamento teórico para articular o conhecimento filosófico a diferentes conteúdos ensinados e analisados na escola. Através de uma proposta clara e concisa, em que os objetivos encontram-se claramente articulados e elaborados, o trabalho com a disciplina no Curso de Formação de Docentes, possibilitará a apropriação ativa de uma cultura, idéia, valores, princípios e habilidades que facilitará a vivência de uma vida mais consciente e mais humana, tendo a possibilidade de conhecer e reivindicar direitos inalienáveis ao homem. O que realmente importa é que, no contato do aluno com a disciplina de Fundamentos Filosóficos da Educação, estejam alicerçadas atitudes e posturas pedagógicas que possibilitem a formação do espírito crítico inovador. B - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: - Possibilitar aos alunos do Curso de Formação de docentes da Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental em nível médio, uma iniciação à atividade filosófica a partir da consideração das possibilidades, desafios e limites que se apresentam atualmente à Filosofia, no Sistema Educacional, compreendendo que a filosofia aplicada à educação pode servir de matéria-prima para a ação transformadora da prática pedagógica; - Explicitar as relações entre filosofia e evolução, destacando a contribuição da filosofia para a configuração dos atuais contornos da educação; - Desenvolver no aluno a capacidade de analisar diferentes ideologias presentes no sistema educacional, propiciando a formação de atitudes que possa transformar a realidade; - Incentivar o aluno a refletir sobre as características e modificações da educação ao longo dos tempos; - Introduzir fundamentos teóricos que possibilitem ao aluno “aprender a pensar”, mas, principalmente a “pensar melhor”, formando opinião própria. C-CONTEÚDOS: Filosofia e Educação: elucidações conceituais e articulações: Filosofia; O Processo Filosofar; Filosofia e Educação; As Teorias da Educação: As teorias Não-Critícas; As Teorias Critico-Reprodutivistas; A Pedagogia Histórico-Crítica e a Educação Escolar. Educação e Sociedade: Educação como Redenção da sociedade; Educação como reprodução da Sociedade; Educação como Transformação da Sociedade. Conhecimento: Sujeito e Objeto do Conhecimento; Principais Teorias do Conhecimento; Filosofia, Conhecimentos, Ensino e Aprendizagem; Conhecimento e a Dialética; Principais Pensadores da Filosofia da Educação Moderna e Contemporânea: Locke – o papel da experiência na produção do conhecimento; Comenius e Herbart - a expressão pedagógica centradas no desenvolvimento da criança; Dewey – o pragmatismo; Marx e Gramsci: a concepção Histórico-crítico da educação. D-METODOLOGIA: A organização da prática pedagógica na disciplina Fundamentos Filosóficos da Educação, tem em vista a preparação dos alunos para uma compreensão mais ampla da realidade social, para que se tornem agentes ativos de transformação. Essa prática pressupõe que os alunos sejam sujeitos de seu processo de aprendizagem e que construam significados para tudo que possam aprender por meio de múltiplas e complexas interações com o meio. Sendo assim iremos estar fazendo leitura e análise dos textos relativos aos conteúdos, relacionando-os com nossa realidade; pesquisando e debatendo os textos filosóficos e propiciando condições de desenvolvimento que ampliem suas capacidades e habilidades, enriquecendo à atuação na vida prática. Nesse sentido a disciplina de Fundamentos Filosóficos da Educação vem trabalhar e desenvolver o futuro profissional inserido nesta realidade, onde ele possa conhecer profundamente a disciplina em sua formação, pois percebemos que somente através da teoria e prática ele irá participar de forma crítica na construção desse saber, entendendo que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos alunos incluso idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente, em condições semelhantes aos demais. No ensino de Fundamentos Filosóficos da Educação se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA: A avaliação tem um significado muito profundo, à medida que oportuniza a todos envolvidos no processo educativo momentos de reflexão sobre a própria prática. Através dela, direciona o trabalho, privilegiando o aluno como um todo, como um ser social com suas necessidades próprias e também possuidoras de experiências que devem ser valorizadas nas escolas. A avaliação no contexto escolar é sem dúvida alguma de suma importância, uma vez que é potencialmente o instrumento a ser usado na construção ou no pleno desenvolvimento do modelo de atuação escolar. Conduzida com caráter reflexivo e, na medida em que sirva de termômetro a identificar as carências apresentadas pelos alunos, no decorrer do período letivo, serve como balizador, para que se possa, tomar certas decisões ou executar modificações e reforços que favoreçam o desenvolvimento necessário ao alcance pleno dos objetivos planejados. A LDB propõe a avaliação diagnóstica devendo proceder a verificação do rendimento escolar do aluno de forma a retomar o processo de ensino aprendizagem sempre que se fizer necessário. Sendo fundamental ter uma visão sobre o aluno como um ser social e político, capaz de atos e fatos, dotado de e em conformidade com o senso critico, sujeito de seu próprio desenvolvimento, sendo capaz de estabelecer uma relação cognitiva e afetiva com o seu meio, mantendo uma ação interativa capaz de uma transformação libertadora e propiciando uma vivência harmoniosa com a realidade pessoal e social que o envolve. O educando deve ter por tanto, um conhecimento mais aprofundado da realidade na qual vai atuar, para que o seu trabalho seja criativo, dinâmico, inovador. Assim colabora para um sistema de avaliação mais justo que não exclua o aluno do processo ensino-aprendizagem, mas o inclua como um ser crítico, ativo e participativo dos momentos de transformação da sociedade. F-BIBLIOGRAFIA: ARANHA, Maria L.de Arruda; MARTINS, Maria Helena P. Filosofando, introdução à filosofia. 3ªed. São Paulo: Moderna Editora, 2003. CAMARGO, Marculino. Filosofia do conhecimento e ensino – aprendizagem. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. CHAUI, Marlene. Filosofia. São Paulo: Ática Editora, 2002-(série novo ensino médio). _____________. Convite à filosofia. 13ª ed. São Paulo: Ática, 2004. GADOTTI, Moacir. História das idéias pedagógicas. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2001. LUCKESI, Cipriano. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez Editora, 1994(Coleção magistério. 2º grau. Série formação do professor). SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. São Paulo, Cortez Editora/Autores Associados, 1987. ________________. Pedagogia histórico-critíca: primeiras aproximações. 8ª edição revista e ampliada. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2003. SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia da educação: construindo a cidadania. São Paulo: FTD, 1994. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 DISCIPLINA: FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO _ ENSINO MÉDIO INTEGRADO A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: A sociedade é estudada pela economia, pela Psicologia Social, pela Antropologia Social e pela Sociologia, especificamente. Todas estas ciências são herdeiras dos estudos históricos, porque é a História que se ocupa dos fenômenos sociais. A Sociologia e as demais ciências sociais têm sido consideradoas produto da Revolução Industrial e intelectual. Surgiram e se desenvolveram em situações históricas das mais complexas e nas modernas sociedades industriais e de classe. Essa realidade social que se estabelecia impôs à nova ciência a explicação dos fenômenos que envolviam o homem como um ser de relações . Desde seu surgimento, a Sociologia debate-se entre tendências teóricas, entre perspectivas produzidas e por diferentes visões de sociedade e do mundo. Estas abordagens do mundo são a leitura da diferenciação interna, das tenções e contradições que determinam a formação capitalista. A sociedade contemporânea vive uma profunda reestruturação que exige de todos, cidadãos, governantes e nações, uma revisão completa dos conceitos e mecanismos de funcionamentos da sociedade. Nesta sociedade globalizada e competitiva, é necessário desenvolver a capacidade de entender e projetar o rumo dos acontecimentos. A sociologia como ciência, procura então, estudar os fatos através da análise dos fenômenos sociais dentro de uma visão histórica dos acontecimentos. Neste contexto, os Fundamentos Sociológicos da Educação, ganham nova importância e se confrontam com novos desafios pesquisando, analisando e interpretando os fenômenos sociais e sua influência no meio escolar. Com o conhecimento desta ciência, é possível repensar os padrões as regularidades que ordenam a vida social, procurando entender os paradoxos deste mundo atual. Os Fundamentos Sociológicos da Educação, enquanto disciplina no Curso de formação de Docentes, propõem reflexões que possibilitam uma aprendizagem mais profunda dos fatos e problemas sociais que envolvem a realidade educacional, vivida por professores e alunos do Curso em questão. É uma disciplina que entrega a Sociologia Aplicada, isto é, uma disciplina que, em conjunto com outras, procura interferir racionalmente nos processos educacionais. A escola está inserida no contexto da sociedade brasileira, marcadas pelas desigualdades do sistema capitalista. Compreender as relações entre a escola e o contexto político, econômico e social é de fundamental importância, para o futuro profissional da educação, para que o mesmo possa se posicionar diante dos fatos, sabendo que atitudes que pode e deve tomar. O que se quer realmente, é buscar na disciplina subsídios teóricos e instrumentos de reflexão que contribuem para colocar os alunos do Curso de frente para a escola e para a sociedade, no sentido de conhecê-la em seus múltiplos aspectos, compreendendo as razões que impossibilitaram superar ou amenizar o problema educacional, procurando a partir daí, formas de como contribuir para a superação dos obstáculos que ainda atrapalha o sistema educacional brasileiro. Quando pensamos a educação na perspectiva sociológica e antropológica, estamos refletindo sobre processos de socialização orientados pelo conjunto de códigos e práticas sociais desenvolvidas em sistemas simbólicos , sistemas culturais, ou seja, em dimensões das sociedades de que se originam os processos de reprodução dos valores, da moral, das regras, dos costumes, dos modos de vida considerandos “normais”. A idéia Durkheiminiana de que a conseqüência coletiva se impõe ao individuo não é de toda descartável, como faz a critica do funcionalismo. As sociedades criam as religiões, a moral e o direito que são homogeneizados e internalizados nos processos de socialização, sobre tudo nos processos educativos implícitos nos ambientes sociais e explicito nos ambientes especializado nas artes de ensinar, doutrinar e domesticar. Dessa forma, a sociologia que se expirou em Durkheim, destacou a educação escolar como fator essencial do equilíbrio, da harmonia e do progresso da sociedade capitalista. É comum na sociologia da educação essa postura” militante” do cientista, ou seja, ao mesmo tempo que analisa a educação , engaja-se em movimentos de defesa de suas propostas sócio-educativas. Weber era “pessimista” com esses processos de racionalização porque aprisionava os indivíduos em processos técnicos sofisticados, mas com o fim em si mesmos. Com o tempo os esquemas racionais , como as burocracias, passavam a ter autonomia relativa em relação às necessidades sociais, tornandose máquinas centradas em sua própria reprodução. As escolas e os processos pedagógicos também passaram pela racionalização/ irracionalizacão. Karl Marx (1818-1883) não pode ser rotulado como sociólogo, pois, não foi a sua preocupação o estabelecimento dessa ciência. É um pensador completo, podemos afirmar que é um cientista social e produziu no século XIX uma teoria fantástica, que marcou as ciências sociais e muitas outras áreas que, mais tarde, beberam na fonte do materialismo histórico. A educação no capitalismo é marcada pelas classes sociais, é dividida. A burguesia terá seus métodos e espaços educacionais e aos trabalhadores será ofertada uma educação parcial de disciplinamento para as fábricas. No tempo de Marx, o trabalho infantil estava sendo regulamentado, e uma das idéias era de que as fabricas oferecessem a educação profissionalizante. Marx defendia a educação nas fábricas. Entretanto, indicou a educação politécnica como uma forma de superar a unilateralidade dos trabalhadores. Gramsci, socialista e filosofo marxista, pensa a educação como uma esfera de constituição de hegemonia e contra-hegemonia. Seria importante que os socialistas se dedicassem a pensar a educação do homem socialista, superando a visão de classes predominante. Daí propõe a Escola Unitária, acima das diferenças entre as classes. O trabalho como principio educativo e o esforço para superação do pensamento do senso comum/ folclórico. Essa visão de educação influenciou e influencia até hoje a sociologia da educação e as ciências sociais voltadas para a educação de modo geral. B - OBJETIVOS GERAIS: - Despertar no aluno a possibilidade de uma leitura critica da realidade educacional, baseada em exemplos concretos tirados da vida cotidiana, das noticias da imprensa, da experiência comum; - Compreender a realidade social e as forças que nela atuam (formação dos profissionais); - Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade educacional, amparados pela sociologia educacional, sustentando nos vários paradigmas teóricos e nas do senso comum; - Analisar a educação, relacionando-a ao conceito social e político inserido nas relações capitalistas; - Transmitir e produzir conhecimentos indispensáveis à compreensão da educação como fato social; - Despertar no futuro professor, o interesse e a curiosidade pela análise objetiva da realidade brasileira que o cerca, especificamente, a realidade educacional; - Construir instrumentos para uma melhor compreensão da vida cotidiana, ampliando a visão de mundo e horizonte de expectativas, nas relações interpessoais com os vários grupos sociais; - Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil de qualificação exigido, gerado por mudança em diversos setores da sociedade; - Construir a identidade social e política, de modo a viabilizar o exercício da cidadania plena para si como futuro professor para seus alunos; - Reconhecer a importância dos fundamentos sociológicos da educação para um maior comprometimento e responsabilidade para com a sociedade por parte dos futuros profissionais da educação; - Proporcionar ao aluno conhecer o trabalho da sociologia na sociedade brasileira; C -CONTEÚDOS: O que é educação e o que é sociologia? - Conceitos de sociologia; - A importância dos fundamentos sociológicos da educação na formação de Professor; - A importância da sociologia na sociedade; - A importância da sociologia na educação; - Os diferentes olhares sobre a educação; A educação como objeto de estudo sociológico e as diferentes formações sociais. - A origem da escola; - As formas de educação: sistemática/ formal e assistência/ informal; - As funções sociais da educação; - A cultura espontânea e a cultura erudita; - Pesquisa resgatando a cultura espontânea ou popular; A educação e o Funcionalismo de Emile Durkheim. - A educação como fato social, com características de coerção, exterioridade e generalidade; - Individuo e consciência coletiva; - mudança social; A educação Republicana, laica e de acordo com o desenvolvimento da divisão do trabalho social. - Desenvolvimento e trabalho; - Relação das classes; - Organização das classes; - Educação e submissão; Principais sociólogos brasileiros que desenvolveram estudos sobre a relação indivíduo e sociedade. - Durkheim e os fatos sociais; - weber e a ação social; - Gramsci; - Marx e as classes sociais; - Fernando de Azevedo; - Lourenço Filho; A educação como fator essencial e constitutivo do equilíbrio da sociedade. - a educação como processo socializador : função homogeneizadora e função diferenciadora; - A educação como processo de controle social: função conservadora e função inovadora; A educação como técnica de planejamento social e desenvolvimento da democracia . - Estrutura social e educação; - Estrutura social e sistema escolar; - Educação, estratificação e mobilidade social; - Instituições escolares e educação; - Educação para a democracia; Conteúdos complementares: Cultura Afro; - Textos para leitura reflexiva; - Analises de textos; D - METODOLOGIA DA DISCIPLINA: A atuação do futuro professor na construção do seu próprio conhecimento, as experiências que adquirem através de leituras e os debates comparativos feitos em grupo serão pontos de partida para o estudo dos Fundamentos Sociológicos da Educação. A organização de atividades que favoreçam a fala e a escrita como meio para a reorganização e a reconstrução de experiências compartilhadas pelos alunos através de leituras de revistas, jornais, entre outros, bem como o uso da tecnologia para ampliar o campo de coleta de dados para o enriquecimento da pesquisa, que também deve ser uma prática constante no trabalho com a disciplina. Será também enfatizado o incentivo à organização de trabalhos coletivos, grupos de pesquisas cientificas e pesquisa de campo, levantando dados estatísticos sobre a educação, de modo a influenciar no desempenho do aluno na escola e na vida em sociedade. É importante a ressalva de que não é somente importante a transmissão do conhecimento (elemento indispensável na compreensão da educação como fato social), mas, fazê-lo de modo a introduzir no aluno, formas de despertar o interesse e a curiosidade pela análise objetiva da realidade educacional brasileira para isso, a inclusão de notícias de jornal, textos literários e comentários sobre os fatos sociais ligados à educação concretiza a preocupação de não desligar a vida real e dos problemas humanos os estudos dos Fundamentos Sociológicos da Educação. Levá-los a entender a importância dos sociólogos dentro da disciplina, deixando claro as relações do trabalho com a prática social, considerando as diferenças de classes de oportunidades e até mesmo no que diz respeito aos alunos que são inclusos no ensino regular e enfim com todas as pessoas independente de sua cor religião ou raça encontrada em nossa sociedade. A reflexão acerca da educação inclusiva e seus desafios aos educadores provoca o surgimento de uma vasta gama de expectativas a respeito da efetivação, na prática do ideal de uma escola pública de qualidade, que acolha todos os alunos, envolvendo a organização do processo de aprendizagem por meio da flexibilidade e adaptações curriculares (conteúdos, métodos, avaliação), considerando seus conhecimentos prévios, suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social. Entende-se que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais , culturais efetivando-se a igualdade de oportunidades , principalmente em condições semelhantes aos demais . No ensino de Fundamentos Sociológicos da Educação se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E -CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Quando pensamos em avaliação vemos a possibilidade de mudança dos processos avaliativos. É um desafio porque exige fundamentalmente a compreensão teórica dos princípios curriculares que embasam a proposta do curso, e, uma outra prática pedagógica. Prática aqui entendida, não como ação cotidiana, mecânica e repetitiva, porém como práxis. Devemos levar em conta que a avaliação deve contemplar aspectos qualitativos e não quantitativos, possibilitando ao educando a desenvolver capacidades e habilidades, assim a avaliação não se resume apenas em dar avaliações ou atribuir notas ao conceito fazendo com que a nossa metodologia para a avaliação deva ser entendida como prática, refletir sobre ela e transformála em uma nova prática.. O processo de avaliação dar-se-á através de debates, trabalhos escritos, seminários, debates, provas e trabalho extraclasse. Ainda quando falamos em avaliação na disciplina de Fundamentos Sociológicos devemos levar em conta as condições sociais de todos os alunos em especial alunos oriundos de classes especiais que são inclusos no ensino regular, assim faz-se necessário à avaliação dentro das habilidades nas quais os educandos mais se destacam , considerando seus limites e potencialidades dentro da aprendizagem , fazendo assim com que todos realmente sejam inclusos no processo de avaliação . Assim a escola deverá ser prepositiva, em relação a concepção assumida em seu Projeto Político Pedagógico, possibilitando aos alunos a capacidade de pensar criticamente a realidade a partir dela , construir explicações possíveis estabelecendo relações que lhes dê a condição de atuar política e produtivamente de modo a transformar a realidade , assumindo uma avaliação formativa , inclusiva , que não legitime o autoritarismo e, integrada as práticas pedagógicas , que priorize a especificidade dos processos formativos do aluno . Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem. F -REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PILETTI, Nelson. Sociologia da Educação. São Paulo: Ática, 2000. TOMAZI, Dacio Nelson. Iniciação a Sociologia.Londrina: Atual, 2000. ÁRIES, P. A História Social da Criança e da Família: Rio de Janeiro: Zahar, 1978. OLIVEIRA, de Santos Pérsio.Introdução à sociologia da Educação: São Paulo: Atica. 1998. ARANHA, Arruda de Lucia Maria. História da Educação: São Paulo Editora Moderna 1991. Revista Pedagógica Pátio, nº28 novembro 2003 /janeiro 2004 – Ministério da Educação FNDE. Revista Professor nº1. Outubro 2003- Ministério da Educação. Revista Ciências Hoje, 2ª Edição, Ministério da Educação –FNDE. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 DISCIPLINA - FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO – ENSINO MÉDIO INTEGRADO A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: O momento histórico que vivemos, nos revela uma sociedade cada vez mais heterogênea calcada num sistema econômico divisor e explorador de classes , criador de mentes oprimidas , e pessoas sem oportunidades para desenvolverem suas potencialidades psicológicas , sociológicas , físicas , intelectuais etc. Percebe-se também a falta de uma política educacional competente e assídua que tenha seus objetivos inteiramente voltados para o ensino – aprendizagem que promova condições para que o educando possa integrar-se ao seu meio, não como sujeito passivo, mas um sujeito integrado na sociedade, conhecedor dos seus direitos e deveres sendo então conseqüentemente agente integrante da construção e transformação do seu presente e da sua história; sendo na prática um sujeito que pensa e age consciente das conseqüências que qualquer ação acarretará para a sua vida ou demais integrantes do seu meio. Tendo em vista a colocação anterior, surge a necessidade de formar profissionais aptos a exercer a função de docentes da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental (1ª a 4ª). Nesse sentido, a proposta de Fundamentos Psicológicos da Educação vem para fazer com que o futuro profissional, inserido nesta realidade, possa conhecer profundamente a importância da disciplina e para que seja alcançado o objetivo proposto no transcorrer do ano, “Aprender a Conhecer” “aprender a ser”, aprender a fazer “fazendo um trabalho relacionado aos conteúdos valorizando a troca de idéias e de experiências, pois se percebe que as aulas expositivas não estão sendo muito atrativas e sim muito expositivas, isto não está sendo suficiente para que haja aprendizagem, exige-se hoje, que o professor vá além da simples transmissão de conhecimentos passando a exercer o seu papel de mediador e orientador da aprendizagem”. Na práxis educativa corrente na maioria das escolas e na maioria das instituições de cunho educativo ainda temos muitas dificuldades, somos limitados e nos confundimos com o bombardeio de propostas, autores, psicologias e tendências. De dentro do mar de confusões conceituais, chavões, modismos, pactos de MÉDIOcridade, medos, desesperanças e da falta de recursos materiais mínimos, queremos buscar um desvendamento inicial de uma questão ainda indefinida: a relação entre a chamada Pedagogia Histórico-Crítica e a contribuição da Psicologia Sócio-Histórica. No entanto entendemos que deva ser, fundamental, a base filosófica materialista dialética a partir da qual pretende-se entender o homem na totalidade das relações que compõem sua existência. A proposta psicológica de Vigotsky e de seus colaboradores e seguidores, dentre suas diversas possibilidades entram em cheio na questão do processo de aquisição do conhecimento, na medida em que estuda a gênese dos processos mentais complexos, propriamente humanos e tal gênese se dá nas relações sociais das quais o indivíduo atualmente se insere . A atividade coletiva é fundamental uma vez que a própria interação com pessoas mais experientes orienta o sujeito na conquista de determinados objetivos, tem um papel fundamental na formação da mente. Com tudo isso não exclui a necessidade da compreensão da escola enquanto realidade política –dentro de um sistema sócio-econômico historicamente determinado, entre outras questões, para as quais Vigotsky, por exemplo, não dedicou seus principais trabalhos. B -OBJETIVOS GERAIS: - Compreender a importância da disciplina para a formação pessoal e profissional; - Conhecer-se como individuo cheio de potencialidades e construtor do seu próprio conhecimento; - Incentivar a defesa do seu ponto de vista em relação ao conhecimento adquirido; - Desenvolver a capacidade de fazer julgamentos, análise critica e omitir opiniões com clareza e objetividade; - Proporcionar intercâmbio de idéias para aprimoramento da aprendizagem; - Analisar textos que ajudem na reflexão e formação profissional; - Propor atividades que contextualize a influencia do meio social e cultural no desenvolvimento do educando; - Compreender que a criança é um ser em desenvolvimento; - Reconhecer os principais meios de se evitar possíveis deficiências; - Valorizar a divulgação dos conhecimentos elaborados na escola para a comunidade; - Perceber a importância de aprimorar sua aprendizagem através de leituras informativas e estudos diversos; - Compreender a importância da inclusão do portador de necessidades especiais, como valorização da pessoa humana; - Compreender que o portador de necessidades especiais é um ser capaz de se desenvolver através das relações estabelecidas com a sociedade; C -CONTEÚDOS: Introdução a Psicologia. - Psicologia e a história; - Senso comum; - Conhecimento científico; - Origem da Psicologia científica; Instrução a psicologia da educação, principais teorias psicológicas que influenciam a psicologia contemporânea. - Behaviorismo; - Gestalt; - Psicanálise; - Skinner e a psicologia comportamental; - Psicanálise e educação; - O sócio-construtivismo, Piaget, Vigotsky, Wallon; Psicologia do desenvolvimento da criança e do adolescente. - Desenvolvimento da criança e do adolescente; - Relação do desenvolvimento humano e a aprendizagem; Desenvolvimento humano e sua relação com a linguagem. - A linguagem; - Os aspectos sociais; - Aspectos culturais e afetivos da criança; - Cognição; Aprendizagem. -Conceituação da aprendizagem; -Definição da aprendizagem; -Teorias da aprendizagem; - Conteúdos complementares: Cultura Afro; - Textos para leitura reflexiva; - Analises de textos; D- METODOLOGIA DA DISCIPLINA: Compete, ao professor no decorrer do seu processo de formação do educando, desenvolver alunos críticos, autênticos, produtivos, ativos, conscientes, participativos, com opiniões e elaborações próprias, tendo o domínio dos conteúdos teóricos e práticos necessário para o exercício de sua profissão. Ainda, o compromisso ético e profissional de orientar, dinamizar, motivar, estabelecer metas, princípios e fins educativos, avaliar o educando como também se avaliar, fazendo uso de recursos adequados. Assim esse trabalho deverá acontecer através de leituras, debates, relacionamento da teoria com a prática fazendo com que os mesmos entendam a relação do aprender, do ser e do conviver. Desenvolver um sujeito mais apto a lidar com os controles sociais e capazes de exercer o “contra-controle”, tal fato só será possível na medida em que for possibilitado ao sujeito um amplo repertório de comportamentos verbais e domínio de técnicas socialmente utilizadas. Esta ampliação de repertório que possibilita ao sujeito um número cada vez maior de formas de atuação social de modo que não apenas seja socialmente manipulado, mas passe também a controlar determinadas variáveis de forma que tenha uma vida mais reforçadora. Mas o professor não pode omitir-se, e não se limita a mero “facilitador” , ao contrário, é também um ser ativo e com um sério compromisso, na medida em que propicia recursos avanço do aluno com e organiza-os de forma a possibilitar o relação aos conhecimentos e aos próprios processos mentais envolvidos na atividade ensino/ aprendizagem. Tais avanços não existiram sem intervenções, sem preparo do professor, nem sem a ação conjunta, onde o aluno cria os seus próprios meios de onde é o construtor ativo de seus próprios processos psicológicos superiores com o auxilio do outro-numa integração dialética do individual com o social. Sendo assim o professor deve ser sempre sujeito ativo, organizando, intervindo sempre que necessário, possibilitando momentos de trabalho coletivo e individual proporcionando a eles troca de experiências e valorizando os saberes de cada um considerando a todos sendo portador ou não de algum tipo de deficiência respeitando as dificuldades que cada um apresenta, e assim por diante, e isto não exclui sua posição de constante aprendiz. A reflexão acerca da educação inclusiva e seus desafios aos educadores provoca o surgimento de uma vasta gama de expectativas a respeito da efetivação, na prática do ideal de uma escola pública de qualidade, que acolha todos os alunos, envolvendo a organização do processo de aprendizagem por meio da flexibilidade e adaptações curriculares (conteúdos, métodos, avaliação), considerando seus conhecimentos prévios, suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social. Entende-se que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoas efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente em condições semelhantes aos demais. Enfim, aprendiz em sua prática social, em seu trabalho cotidiano de interações com os alunos e com o conhecimento, em suas leituras, seus momentos de discussão com seus pares e em sua luta política. No ensino de Fundamentos Psicológicos da Educação se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E -CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Quando pensamos em avaliação vemos a possibilidade de mudança dos processos avaliativos. É um desafio porque exige fundamentalmente a compreensão teórica dos princípios curriculares que embasam a proposta do curso, e, uma outra prática pedagógica. Prática aqui entendida, não como ação cotidiana, mecânica e repetitiva, porém como práxis. Devemos levar em conta que a avaliação deve contemplar aspectos qualitativos e não quantitativos, possibilitando ao educando o desenvolvimento de capacidades e habilidades, assim a avaliação não se resume apenas em dar avaliações ou atribuir notas ao conceito fazendo com que a nossa metodologia para a avaliação deva ser entendida como prática, refletir sobre ela e transformá-la em uma nova prática. Assim devemos levar em conta que todo o esforço do aluno parta da realização das atividades em sala e fora da sala, suas capacidades em grupo. O processo de avaliação dar-se-á através de trabalhos escritos, seminários, avaliações escritos e trabalho extraclasse. Ainda quando falamos em avaliação na disciplina de fundamentos psicológicos devemos levar em conta as dificuldades de aprendizagem e comportamento para alguns alunos, sendo ainda alguns portadores de deficiência, assim faz-se necessário à avaliação dentro das habilidades nas quais os educandos mais se destacam , considerando seus limites e potencialidades dentro da aprendizagem , fazendo assim com que todos realmente sejam inclusos no processo de avaliação. Sendo assim será dada ênfase à avaliação considerando o interesse, compromisso participação e aprendizagem dos alunos. Assim a escola deverá ser prepositiva, em relação a concepção assumida em seu Projeto Político Pedagógico incentivando aos alunos a capacidade de pensar criticamente a realidade e a partir dela , construir explicações possíveis estabelecendo relações que lhes dê a condição de atuar política e produtivamente de modo a transformar a realidade , assumindo uma avaliação formativa , inclusiva , que não legitime o autoritarismo e, integrada às práticas pedagógicas , que priorize a especificidade dos processos formativos do aluno . Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações regular e especial. F -REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: DAVIS, Claudia e Zilma de Oliveira. Psicologia na Educação: São Paulo: Cortez, 1994. BOKI, Bahia Mercês Ana/ Odair Furtado / Maria de Lurdes Trassi Teixeira. Psicologias: Uma introdução ao estudo da Psicologia: São Paulo: Saraiva, 1999. SABINI.Caria Aparecida Maria.Fundamentos de Psicologia Educacional: São Paulo: Editora Àtica, 2000. Revista, Mundo Jovem, Um jornal de Idéias. Revista Pedagógica Pátio, nº28 novembro 2003 /janeiro 2004 – Ministério da Educação FNDE. Revista Professor nº1. Outubro 2003- Ministério da Educação. Revista Ciências Hoje, 2ª Edição, Ministério da Educação –FNDE. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006. DISCIPLINA: – FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL _ ENSINO MÉDIO INTEGRADO A - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA É importante lembrarmos que em nosso país, a educação infantil vem se consolidando no cotidiano das instituições, como prática social, somente a partir do final dos anos 70 e início dos anos 80, ainda que frente a inúmeras adversidades como área de estudo, esta consolidação também vem ocorrendo e pode ser constatada pelo interesse de um número cada vez maior de pesquisadores, a partir da década de 90, por esta temática. Isso quer dizer que tem havido uma hostilidade do educador para com a criança pequena. Diante deste quadro vemos que a posição dos educadores do nosso país, já nos permite pensar em orientações para a educação da criança pequena (0 a 6 anos) , diferente dos parâmetros estabelecidos para a infância escolarizada. A passagem da infância de um âmbito familiar para um institucional, à creche, que, co-responsabilizando-se pela criança passa, também, a criar uma linguagem própria sobre as condições das crianças, e não o sujeito-escolar (o aluno); e quanto à definição de suas funções, ao contrario daquelas (que tem constituído historicamente como uma pedagogia escolar), suas funções aqui se encontram em processo de constituições. Para isto, faz-se necessário em primeiro lugar destacar que a creche e a pré-escola diferenciam-se essencialmente da escola quanto às funções que assumem num contexto ocidental contemporâneo, particularmente, na sociedade brasileira atual, estas funções apresentam em termos de organização do sistema educacional e da legislação própria, contornos bem definidos. Na realidade brasileira, atual, ainda buscamos ampliação da oferta de vagas na Educação Infantil e uma redução nas enormes diferenças da qualidade das instituições da Educação Infantil existentes. A luta necessária tem a ver com a conquista da melhoria da prática cotidiana e um dos agentes importantes destes processos são os professores. Os professores só poderão favorecer a construção de conhecimentos para as crianças, caso eles também sejam desafiados a construírem os seus. Para isto, durante a sua formação inicial e após, no seu exercício profissional, eles precisam ter acesso aos conhecimentos da cultura geral, bem como, aos conhecimentos da área. Atualmente, a existência de serviços de creche (0 a 3 anos) . ou mesmo de pré-escola (4 a 6 anos) , esta sob risco ; embora seja a nossa única instituição a registrar juntamente com , e até mais do que o ensino superior . Os documentos oficiais explicitam alguns destes ideários e reconhecem a educação infantil como essencial na atualidade. “Não há mais controvérsia sobre a importância da educação infantil para a criança nem sobre a necessidade social deste seguimento do processo educativo. Trata-se de um fenômeno mundial e que, no Brasil, também alcança significativa expressão. É preciso colocar os conhecimentos a cerca da Educação Infantil de forma consistente nos cursos de formação inicial. É neste sentido que, para além de formarmos profissionalmente os/as alunos/as destes cursos, futuros/as docentes, estaremos formando pessoas conhecedoras de um direito social das crianças pequenas, já estabelecido como campo profissional . B- OBJETIVOS GERAIS: - Proporcionar aos alunos o entendimento de que muitas vezes a educação infantil para funcionar em suas plenitudes depende muitas vezes também de questões burocráticas. - Desenvolver nos educandos a capacidade para aproveitarmos pequenos espaços. - Desenvolver nos alunos o interesse à investigação do contexto histórico da criança do passado até os dias atuais. - Proporcionar aos educandos o contato e a apreciação a todas as leis que asseguram o direito da criança (ECA). - Proporcionar aos alunos a necessidade de mudança com relação aos tratos da criança do passado e do presente. - Oportunizar os educandos a estar em contato com instituições que trabalham a criança de 0a6 anos. C- CONTEÚDOS: Contexto sóciopolítico e econômico em que emerge e se processa a Educação Infantil e seus aspectos culturais constitutivos. - Tratamento da criança no contexto social; - Meio em que a criança vive; - Condições culturais e sua relação com o social; Concepção de infância. - Relação da criança com a sociedade; - A historia da criança; Perspectiva histórica do profissional de educação infantil no Brasil. -Historia; -Legislação; -Políticas públicas; - perfil profissional da educação infantil; - Conteúdos complementares: Cultura Afro; - Textos para leitura reflexiva; - Analises de textos; D - METODOLOGIA DA DISCIPLINA: Considerando a importância da Educação Infantil na formação da criança e sua inserção na sociedade, a preocupação do governo em formar mais profissionais para atuarem na Educação Infantil, o que queremos com nosso curso é que conheça a necessidade e a importância em tratar essas particularidades do trabalho pedagógico para com essa criança pequena, considerando que hoje recebemos crianças oriundas de todas as situações e assim também temos que estar preparados para receber crianças que são inclusas no sistema escolar do ensino regular. No entanto devemos lembrar que para que isto aconteça faz-se necessário que os professores estejam preparados para favorecer a construção de conhecimentos pelas crianças, caso eles também sejam desafiados a construir os seus. Durante a formação inicial e após, no seu exercício profissional, eles precisam ter acesso aos conhecimentos da cultura geral, bem como os conhecimentos da área, o trabalho com essa disciplina acontecerá através de entrevistas, visitas, coletas de dados, discussão sobre FUNDEF e FUNDEB, leituras, montagens e atividades para a Educação Infantil, confecção de partes, análise de textos. A reflexão acerca da educação inclusiva e seus desafios aos educadores provoca o surgimento de uma vasta gama de expectativas a respeito da efetivação, na prática do ideal de uma escola pública de qualidade que acolha todos os alunos, envolvendo a organização do processo de aprendizagem por meio da flexibilidade e adaptações curriculares (conteúdos, métodos, avaliação), considerando seus conhecimentos prévios, suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social. Entende-se que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente em condições semelhantes aos demais. No ensino de Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Infantil se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E -CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Quando falamos em avaliação no trabalho pedagógico na Educação Infantil devemos ter em mente que a avaliação da aprendizagem se reveste em um outro sentido, integrada às propostas pedagógicas que considera o aluno como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre o conhecimento aprendido e o mundo do trabalho. Assim a avaliação deve proporcionar aos alunos a capacidade de pensar criticamente a realidade e a partir dela, construir explicações possíveis, estabelecer relações que lhes dê condições de atuar politicamente e produtivamente de modo a transformar a realidade. No entanto a avaliação não deve ser vista como ato de punição, mas sim um ato de transformação onde o indivíduo é sujeito desta aprendizagem, devemos considerar que quando avaliamos, levamos em conta as condições do aluno. A avaliação será diagnóstica e contínua durante toda a realização do trabalho, percebendo o interesse, compromisso, participação e aprendizagem dos alunos. A dedicação aos trabalhos propostos durante as aulas será de extrema importância. Por isso no decorrer dos mesmos, será levado em consideração todo empenho do aluno para realização das atividades durante o ano letivo, principalmente quando se tratar de pesquisas e trabalhos extraclasse individuais ou coletivos . Assim a escola deverá ser prepositiva, em relação a concepção assumida em seu Projeto Político Pedagógico , assumindo uma avaliação formativa , inclusiva , que não legitime o autoritarismo e, integrada as práticas pedagógicas , que priorize a especificidade dos processos formativos do aluno . Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações regular e especial. F - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: AROEIRA Maria Luiza C. SOARES, Maria Inez B. MENDES, Rosa EMILIA A. Didática da pré-escola. São Paulo: FDT, 1996. OLIVEIRA, Zilma de M. RAMOS. A Criança e seu Desenvolvimento. São Paulo: CORTEZ, 2000. OLIVEIRA, Zilma de M. Ramos. Educação infantil Fundamentos e Métodos. São Paulo: CORTEZ, 2002. KRAMER, Sonia. A Política do pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce.Rio de Janeiro: Dois Pontos, 1987. Revista Pedagógica Pátio, nº28 novembro 2003 /janeiro 2004 – Ministério da Educação FNDE. Revista Professor nº1. Outubro 2003- Ministério da Educação. Revista Ciências Hoje, 2ª Edição, Ministério da Educação –FNDE. Delizoicov, Demétrio - Ensino de Ciências Editora Cortez, 2002. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 DISCIPLINA: CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL – ENSINO MÉDIO INTEGRADO A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA As discussões referentes à inclusão dos alunos com necessidades especiais não são recentes, no final do século XIX, esses alunos eram tidos como indignos de educação escolar, no século XX ocorreu o atendimento a esses alunos em instituições apropriadas. A partir da década de 60, surgiram as políticas públicas e, mais tarde, as classes especiais dentro das escolas comuns. Na década de 70, ocorreu a fase de integração, permitindo nas escolas comuns a aceitação das crianças ou alunos com necessidades especiais. Mas, foi a partir do final da década de 80, que se intensificou a necessidade de educar esses alunos no ensino regular. As iniciativas em prol da inclusão são muitas, apostando que a Educação Inclusiva pode ser a melhor forma de promover a solidariedade entre os alunos especiais e aqueles considerados normais. Diante desses movimentos para universalizar o acesso às escolas, conclui-se que o paradigma da inclusão vem caracterizar uma orientação que, necessariamente, diz respeito à melhoria da qualidade das respostas educativas de nossas instituições de ensinoaprendizagem para todos. A inclusão educacional implica no reconhecimento e atendimento as diferenças de qualquer aluno que, seja por causas endógenas ou exógenas, temporárias ou permanentes, ou que apresentam dificuldades de aprendizagem. É importante salientar que a inclusão educacional depende não só da capacidade do sistema escolar em buscar soluções para o desafio da presença de alunos com necessidades especiais nas classes, como também de fazer tudo para que nenhum aluno seja excluído com base em algumas necessidades educacionais especiais. Os princípios fundamentais dessa filosofia escolar passam pelo enfrentamento dos desafios e o apoio às interações e aos processos que se compatibilizam com a filosofia da escola, sem esquecer de desenvolver redes de apoio na escola, tanto para professores quanto para alunos que precisam de estímulo e de assistência. O trabalho do professor comprometido com a filosofia da inclusão é respeitar o potencial de cada aluno e aceitar os estudantes igualmente, acreditar nos alunos e em sua capacidade de aprender, aumentar sua autoconfiança, estar preparado para indicar recursos adequados às necessidades, ser flexível nos métodos de avaliação, dentre outros. E que os alunos possam exigir, decidir e contribuir para o seu próprio desenvolvimento. O princípio filosófico norteador do movimento inclusivo repousa na idéia de uma escola democrática e comprometida com os interesses e necessidades de todos os alunos. E o papel da concepção norteadora da Educação Especial é preparar o futuro educador à utilização de recursos humanos, tecnológicos e materiais diferenciados que promovem a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino. A disciplina Concepções Norteadora da Educação Especial surge com o propósito de oferecer ao aluno do curso de Formação de Docentes uma nova visão sobre a escola, educação e práticas pedagógicas. Desta forma proporcionando ao futuro educador o conhecimento dos principais dispositivos legais, políticos e filósofos da Educação Especial, o direito de todos à educação pública e gratuita, oportunidades sociais iguais para todos (Declaração dos Direitos Humanos-1948). B - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: - Capacitar os alunos do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Séries iniciais do Ensino Fundamental em nível médio, para atuarem, visando a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais. - Levar os alunos a refletirem sobre o papel da Educação para assegurar que as diferenças sociais, culturais e individuais não se transformem em desigualdades educativas. - Fornecer aos alunos o maior número de informações sobre a atual diversidade e realidade educacional. Levá-los a buscar sempre mais conhecimento para exercer seu papel com segurança e melhor desempenho. C - CONTEÙDOS: Conceito de disciplina: A importância da disciplina; Legislação; Fundamentos históricos, sócio-políticos e éticos. Formas de Atendimento da Educação Especial nos sistemas de ensino: Adaptações Curriculares; Serviços e Apoios Especializados; Professor de Apoio Permanente; Sala de Recursos; Classe Especial; Escola Especial; Classes Hospitalares; Centro Multidisciplinar de Atendimento Especializado Educação Profissional; Atendimentos clínico-terapêuticos e assistenciais. A Ação do Educador Junto a Comunidade Escolar: Inclusão; Prevenção da Deficiência; Formação do Profissional de Educação Especial; Avaliação no Contexto Escolar; As áreas das deficiências: Conceito; Atendimento Especializado; Área de condutas típicas; Área de deficiência mental; Área de deficiência visual; Área de deficiência auditiva; Área de deficiência física; Área de altas habilidades / superdotação; Múltiplas deficiências. D - METODOLOGIA DA DISCIPLINA: A organização da prática pedagógica na disciplina Concepção Norteadora da Educação Especial, depende de uma ação educativa que tenha como eixo à formação de um cidadão autônomo e participativo. Essa prática pressupõe que os alunos sejam sujeitos de seu processo de aprendizagem e que construam significados para tudo que possam aprender por meio de múltiplas e complexas interações com o meio. Sendo assim iremos fazer uma leitura e análise dos textos relativos aos conteúdos, relacionando-os com nossa realidade; realizando pesquisa de campo, para situar na atual realidade sobre a inclusão em salas de aulas onde possui alunos inclusos; pesquisar e apresentar para os demais alunos, as principais causas das deficiências e como preveni-las; realizar seminários, debates sobre os conteúdos trabalhados, como forma de sanar dúvidas e divulgar a situação atual da inclusão em nosso município. E quando referimo-nos a inclusão, estamos fazendo referência a todas as espécies de situações que esse conceito possa nos reportar. Nesse sentido a disciplina de Concepções Norteadora da Educação Especial vem trabalhar e desenvolver o futuro profissional inserido nesta realidade, onde ele possa conhecer profundamente a disciplina em sua formação, pois percebemos que somente através da teoria e prática ele irá participar de forma crítica na construção desse saber, entendendo que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos alunos inclusos, idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente, em condições semelhantes aos demais. No ensino de Concepções Norteadoras da Educação Especial se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E -CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA: A avaliação tem um significado muito profundo, à medida que oportuniza a todos os envolvidos no processo educativo momentos de reflexão sobre a própria prática. Através dela, direciona o trabalho, privilegiando o aluno como um todo, como um ser social com suas necessidades próprias e também possuidoras de experiências que devem ser valorizadas nas escolas. A avaliação deve contribuir para o pleno desenvolvimento dos alunos, assumindo o compromisso com a educação democrática, numa perspectiva de inclusão e não de exclusão deles. Para isto, se faz necessário assumir uma avaliação, que implica o entendimento do individuo no contexto social como ser em movimento e em construção.Disso decorre que só é possível garantir qualidade para todos quando a escola assumir uma avaliação formativa e inclusiva, que não legitima o autoritarismo e, integrada as práticas pedagógicas que priorize a especificidade dos processos formativos do aluno. Nesse sentido não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações, a regular e a especial. Entendendo a avaliação como processo continuo, pretende-se além de provas escritas, avaliar o desempenho dos alunos nos debates, seminários e pesquisas, levando em consideração a compreensão, participação e capacidades de análise crítica. F -REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ASSÊNCIO-FERREIRA, Vicente José. O que todo professor precisa saber sobre neurologia. São José dos Campos: Pulso; 2005. BAUTISTA, Rafael. Necessidades educativas especiais.Lisboa: Dinalivros, 1997. BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial. Projeto Escola Viva, garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola. Alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC/SEF/SEESP, 2000. V.1-2. DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Enquadramento da ação: necessidades educativas especiais. In: Conferencia Mundial sobre NEE: Acesso e Qualidade UNESCO. Salamanca/Espanha: UNESCO, 1994. Deliberação nº 02/03 – Conselho Estadual de Educação. FONSECA, Vitor da. Educação especial: programa de estimulação precoce – 2 ed. rev.aumentada – Porto Alegre: Artmed, 1995. JOSÉ, Elizabete da Assunção; COELHO, Maria Tereza. Problemas de Aprendizagem. 12 ed. São Paulo: Ática, 2001. LE BOULCH, Jean. O desenvolvimento psicomotor, do nascimento aos seis anos. Porto Alegre, artes Medica. 1982. MAZZOTTA, José de Oliveira. Fundamentos de Educação Especial. São Paulo: Enio Matheus Guazzelli & Cia Ltda, 1997. PHELAN, Thomas W. TDA/TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. São Paulo: M Book; 2005. SAAD, Suadir Nader. Preparando o caminho da inclusão, dissolvendo mitos e preconceitos em relação à pessoa com Síndrome de Down. São Paulo: Vetor, 2003. SOUZA, Ângela Maria Costa de. A criança especial: temas médicos, educativos e sociais. São Paulo: Roca, 2003. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ –Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 DISCIPLINA: – TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL – ENSINO MÉDIO INTEGRADO A - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: Considerando a importância na formação da criança de 0 a 6 anos houve uma preocupação muito grande por parte dos estudiosos e educadores nas últimas décadas, visando assim um desenvolvimento não apenas cognitivo, mas voltado para o desenvolvimento na formação da criança . No entanto compete a ela nessa etapa com a ajuda do professor desenvolver-se como toda, tornando assim o ingresso da criança no ensino fundamental bem mais fácil, tendo como objeto de preocupação a própria criança, seus processos de constituição como seres humanos em diferentes contextos sociais, sua cultura, suas capacidades intelectuais sem fazer distinção entre alunos dita normais e alunos especiais, suas criatividades, estéticas, expressivas e emocionais . Assim a escola se coloca como espaço privilegiado para o domínio dos conhecimentos básicos , enquanto a escola tem como sujeito o aluno e objeto o ensino , a creche e a pré-escola têm como objeto principal às relações educativas travadas num espaço de convívio coletivo visando assim um relacionamento entre todas as crianças de todas as faixas etárias tornando essa aprendizagem algo prazeroso onde acontece através de jogos e brincadeiras, pois assim a criança aprenderá conceitos de uma forma mais fácil . No entanto cabe ressaltar a importância do profissional que irá desenvolver esse trabalho com a criança de 0 a 6 anos tendo como algumas das características a formação específica para o trabalho. Deste modo é preciso colocar os conhecimentos acerca da educação infantil de forma consistente nos cursos de formação inicial. É neste sentido que, para além de formarmos profissionalmente os alunos destes cursos, futuros docentes, estaremos também formando pessoas conhecedoras de um direito social das crianças pequenas, já estabelecidas no campo profissional. B -OBJETIVOS GERAIS: - Promover aos alunos o entendimento sobre o que é gestão democrática; - Conscientizar os educandos da importância dos programas de atendimento as crianças menores de 6 anos; - Proporcionar aos alunos o entendimento sobre o que representa a proposta pedagógica na Educação Infantil; - Mostrar a eles de onde vem os recursos e qual é a quantidade que cada aluno recebe; - Conscientizar os educandos sobre o momento histórico vivido pela criança no passado; - Propiciar a eles atividades em sala e fora da sala; - Conscientizar os educandos da importância das pré-escolas para as etapas posteriores. - Verificar como é o funcionamento e atendimento da educação infantil no município; - Conscientizar os educandos sobre a importância da parceria do governo para a educação infantil. C-CONTEÚDOS: Gestão, organização política para a educação infantil. - A trajetória legal para a construção da Educação Infantil como parte da educação básica; Natureza e especificidade do trabalho pedagógico. - A concepção de infância construída na função pedagógica; - os objetivos da educação infantil: desenvolvimento integral da criança de 0a6 anos; Os processos de desenvolvimento, aprendizagem e formação integral da criança de 0a6 anos. - A criança nos três primeiros anos de vida; - Desenvolvimento afetivo; - Desenvolvimento visual, tátil e auditivo; - Desenvolvimento motor; - Desenvolvimento da linguagem; - Desenvolvimento de espaço e tempo ; - A construção da linguagem oral e da linguagem escrita ; - A criança e o seu desenvolvimento de 4 a 6 anos; -O desenvolvimento contínuo dos aspectos afetivos, visual, tátil, auditivo, motor, de espaço e de tempo; -O letramento enquanto processo de aquisição do sistema escrito da sociedade; - A alfabetização como conseqüência do trabalho conduzido globalmente; O jogo, brinquedo e a brincadeira na educação infantil. - O brincar-papel fundamental no desenvolvimento e na aprendizagem da criança; - A construção de brinquedos; - Os jogos e sua classificação: jogos funcionais ou exercícios, jogos simbólicos, jogos de aquisição, jogos de construção, jogos de regras; Particularidade dos processos educativos na educação infantil, organização curricular , planejamento e avaliação . - Estrutura curricular para a educação infantil: linguagem oral e escrita, natureza e sociedade, matemática, movimento, musica e artes visuais. - Planejamento-organização do trabalho pedagógico, organização do espaço pedagógico, rotina na educação infantil; O trabalho pedagógico na educação infantil. - Concepção de educação; - Planejamento, - Organização curricular; - Gestão; - Avaliação; Gestão Democrática. - Autonomia e programas de descentralização; - Relações entre o poder público e o privado; - Implantação de programas; Financiamento da educação no Brasil. - Origem e destinos das fontes de recursos; - Documentos que ampara legalmente a Educação Infantil; Políticas públicas para a educação infantil e suas implicações para a organização do trabalho pedagógico. - políticas da educação para crianças de 0 a 6 anos no Brasil, o desafio e a construção da cidadania; - A situação da criança no Brasil e seu atendimento; - Legislação; - Proposta pedagógica na Educação Infantil; - Participação das Instituições na Educação Infantil; D - METODOLOGIA DA DISCIPLINA: Considerando a importância da Educação Infantil na formação da criança e sua inserção na sociedade e a preocupação do governo em formar mais profissionais para atuarem na Educação Infantil, o que queremos com nosso curso é que se conheça a necessidade e a importância de se tratar essas particularidades do trabalho pedagógico. No entanto devemos lembrar que para que isso aconteça faz-se necessário que os professores favoreçam a construção de conhecimentos pelas crianças. Para isto, durante a formação inicial e após, no seu exercício profissional, eles precisam ter acesso aos conhecimentos da cultura geral, bem como os conhecimentos da área, o trabalho com essa disciplina acontecera através de entrevistas, visitas, coletas de dados, discussão sobre FUNDEF e FUNDEB, leituras, montagens e atividades para a Educação Infantil, confecção de pastas, análise de textos. A reflexão acerca da educação inclusiva e seus desafios aos educadores provoca o surgimento de uma vasta gama de expectativas a respeito da efetivação, na prática do ideal de uma escola pública de qualidade, que acolha todos os alunos, envolvendo a organização do processo de aprendizagem por meio da flexibilidade e adaptações curriculares (conteúdos, métodos, avaliação), considerando seus conhecimentos prévios, suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social. Entende-se que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoas efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente em condições semelhantes aos demais. No ensino do Trabalho Pedagógico na Educação Infantil se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E -CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Quando falamos em avaliação no trabalho pedagógico dos futuros profissionais da Educação Infantil devemos ter em mente que a avaliação da aprendizagem se reveste em um outro sentido, integrada aos pressupostos da proposta pedagógica que considera o aluno como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre o conhecimento aprendido e o mundo do trabalho. Assim a avaliação deve proporcionar aos alunos a capacidade de pensar criticamente e transformar a realidade a partir dela, construir explicações possíveis, estabelecer relações que lhes dêem condições de atuarem politicamente e produtivamente de modo a transformar a realidade. No entanto a avaliação não deve ser vista como ato de punição. Será dada ênfase à avaliação diagnóstica e contínua durante toda a realização do trabalho, percebendo o interesse, compromisso, participação e aprendizagem dos alunos. A dedicação aos trabalhos propostos durante as aulas será de extrema importância. Por isso no decorrer dos mesmos, será levado em consideração todo empenho do aluno para realização das atividades durante o ano letivo. O processo de avaliação acontecerá através de exposição de trabalhos, trabalhos escritos, seminários, debates, avaliações escritas e trabalhos extraclasse. Assim a escola deverá ser prepositiva, em relação a concepção assumida em seu Projeto Político Pedagógico , assumindo uma avaliação formativa , inclusiva , que não legitime o autoritarismo e, integrada as práticas pedagógicas , que priorize a especificidade dos processos formativos do aluno . Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem. F -REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: KRAMER, Sonia. A política do Pré-Escolar no Brasil: A arte do disfarce – São Paulo: Cortez, 2003. Subsídios para credenciamento de instituições de educação infantil. Volume 1 Ministério da Educação e do Desporto . OLIVEIRA, Zilma de Ramos. Educação Infantis Fundamentos e Métodos-São Paulo: Cortez, 2002. CRAIDY, Carmem e Gládis E. Kaercher. Educação Infantil Praque te Quero?Porto Alegre: Artmed, 2001. Revista Pedagógica Pátio, nº28 novembro 2003 /janeiro 2004 – Ministério da Educação FNDE. Revista Professor nº1. Outubro 2003- Ministério da Educação. Revista Ciências Hoje, 2ª Edição, Ministério da Educação –FNDE. GARCIA, Leite Regina. Revisitando a Pré-Escola.São Paulo: Cortez, 1993. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ –Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 DISCIPLINA: – ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO – ENSINO MÉDIO INTEGRADO. A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA As profundas modificações que têm ocorrido no mundo do trabalho trazem novos desafios para a educação e sua gestão. São mudanças que de operam no plano econômico-social, ético-político,cultural e edcacional. Os desafios educacionais, no mundo complexo em que vivemos, representam uma tomada de consciência das necessidades a serem assumidas e respondidas pela educação dentro de suas especificidades e limites. Esta proposição constitui-se, essencialmente, das grandes questões que são propostas à educação atual e à complexidade universal do presente momento histórico. Considerando a educação em sentido amplo, podemos afirmar que ela envolve todas as instâncias sociais. Uma destas é a escola que possui, entre suas funções principais, a de transpor para a sala de aula os conhecimentos científicos e culturais, a fim de que, pela ação docente-discente, os educadores se apropriem deles com sentido para suas vidas. Essa tarefa é um desafio tanto para professores quanto para alunos. Na sociedade atual, exige-se cada vez mais criatividade, diversidade, iniciativa, responsabilidade individual e coletiva. Esta é a nova fórmula de sobrevivência social, por isso, a educação deve a ela corresponder e o processo ensino aprendizagem deverá passar da monocultura escolar para o multiculturalismo a fim de preparar, senão tecnicamente, ao menos em seu espírito, os profissionais do futuro, para que possam fazer frente aos desafios que lhe são propostos. Por isso, a instituição escolar é sempre uma expressão da estrutura social como um todo. A escola não existe em si e para si. Existe para cumprir uma função dentro dessa sociedade, respondendo a seus desafios. Trata-se de pensar uma nova perspectiva, na formação do educador de uma forma mais abrangente, que inclua o interno e o externo da escola, o movimento de construção do conhecimento e do pensamento do aluno, ao mesmo tempo em que se vivencia a docência como pratica social comprometida com sua transformação. Para que o educador desempenhe a contento o papel de educar, é necessário que seja portador de um certo nível de conhecimento teórico que permita que sua prática seja indissociável da reflexão. Diante disso, os educadores têm a grande responsabilidade de confrontar sua prática com uma séria reflexão e revisão dos objetivos que assumiu e que busca alcançar. Sem a práxis o educador corre o risco de se tornar reprodutor de um sistema, sem a menor crítica e sem oportunidade de confrontar idéias, para construir novas possibilidades de agir. B - OBJETIVOS GERAIS: - Proporcionar ao aluno momentos de leitura, análise e reflexão para que possa compreender a importância de um trabalho pedagógico bem organizado, considerando a escola como um lócus onde se desenvolverá o processo de transformação social e a educação com a finalidade de formar pessoas capazes do exercício pleno da cidadania onde a formação do educando exige-lhe compreender a organização do sistema escolar brasileiro; - Promover situações onde os alunos possam analisar criticamente a prática pedagógica, compreendendo as novas exigências educacionais diante das transformações sociais, bem como construir e fortalecer a identidade profissional dos futuros professores, por meio da aquisição do conhecimento da realidade, dos princípios e das teorias requeridas pela formação profissional, assegurada por uma orientação científica e crítica, tendo em vista uma formação mais humana e preocupada com o desenvolvimento integral do ser humano; - Desenvolver no aluno a capacidade de entender como acontece a política educacional dentro das unidades escolares, bem como ser capaz de perceber as políticas educacionais relacionadas ao contexto sócio-econômico atual e ainda organizar seus conhecimentos compreendendo a educação como um segmento social que é extremamente determinada pelo contexto histórico de cada momento; - Propiciar aos alunos, numa perspectiva crítica, conhecimentos básicos referentes à organização dos sistemas de ensino e da política educacional no Brasil e o acompanhamento da sua implementação, em nível de sistema e de unidade escolar. C - CONTEÚDOS Organização do Sistema Escolar Brasileiro; _ Definindo Sistema e Sistema Escolar; _ Estrutura e funcionamento do Sistema Escolar; _ Níveis e modalidades de ensino; _ Aspectos legais; Estrutura Administrativa do Ensino Brasileiro; _ Níveis administrativos; _ Análise das atribuições da União, dos Estados e dos Municípios; _ Recursos públicos destinados a educação; Fundamentos teórico-metodológicos do trabalho docente na Educação-Básica; _ Os princípios básicos do ensino; _ Processos didáticos:ensino e aprendizagem; _ A estruturação do trabalho docente; _ O caráter educativo do processo de ensino e o ensino crítico; Os paradigmas educacionais; _ Prática educativa e sociedade; _ Analise crítica da prática pedagógica; _ As tarefas da escola pública democrática; Políticas para a Educação Básica_ Nacional, Estadual e Municipal; _ A reforma da Educação Básica dos anos 1990; _ Análise crítica das Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação e dos Parâmetros Curriculares; Financiamento da educação brasileira; _ Gestão da Educação Básica e a nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação); Gestão e organização do trabalho pedagógico; _ Gestão democrática da educação e da escola; _ Concepções de currículo e ensino; _ Projeto Político-Pedagógico: uma construção coletiva; _ O currículo e a organização do trabalho escolar; O trabalho pedagógico nos anos iniciais do Ensino Fundamental; _ Planejamento da ação educativa; _ Avaliação da aprendizagem escolar; _ Modalidades avaliativas e seus objetivos; _Avaliação Formativa e seu sentido de melhoria do processo de ensinoaprendizagem; CONTEÚDOS COMPLEMENTARES Projeto Afro: _Análise de textos; _Dinâmicas; D - METODOLOGIA: Parte-se do pressuposto que o objeto da educação diz respeito a identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que se tornem humanos. Nesse sentido, a escola configura uma situação privilegiada, a partir da qual se pode detectar a dimensão pedagógica que existe no interior da prática social, sendo o papel da escola, socializar o saber sistematizado. Pela mediação da escola, acontece a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita, tratandose de um movimento dialético, isto é, o objeto do trabalho pedagógico é o conhecimento como construção.A função e o objetivo do ato pedagógico é a ampliação do saber dos educandos sobre determinada realidade. No confronto entre o saber do educando e o saber da humanidade, o educando amplia o seu saber e constrói capacidades e aptidões sociais, afetivas e cognitivas, compreendendo criticamente o contexto no qual vive, e desse modo participa ativamente da vida social. Essa visão de educação dá condições e reforça a construção de uma sociedade de inclusão, possibilita a efetivação na prática de uma escola pública de qualidade para todos, envolvendo a organização do processo de aprendizagem por meio da flexibilização e adaptações curriculares (conteúdos, métodos, avaliação) considerando seus conhecimentos prévios, suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social. Assim a educação escolar deve oportunizar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente em condições semelhantes aos demais. No ensino da Organização do Trabalho Pedagógico se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: A avaliação da aprendizagem deve ser entendida como um processo organizado, como um conjunto de fases que se condicionam mutuamente e têm uma ordenação seqüencial. A avaliação, tradicionalmente vista como sinônimo de controle, como momento de aplicação de provas, instrumento de julgamento e classificação do aluno, precisa ser revista e instaurada de forma mais abrangente, como parte do processo pedagógico, que permitam aos agentes escolares decidir sobre intervenções e ajustes que se fizerem necessários, em fase do projeto educativo. A avaliação deve contribuir para o pleno desenvolvimento dos alunos, assumindo o compromisso com a educação democrática, numa perspectiva de inclusão dos educandos e não de exclusão deles.Para isto, se faz necessário assumir uma concepção de avaliação, que implica o entendimento do indivíduo no contexto social como ser em movimento e em construção. Disso decorre que só é possível garantir qualidade para todos quando a escola assumir uma avaliação formativa e inclusiva, que não legitima o autoritarismo e, integrada as práticas pedagógicas que priorizem a especificidade dos processos formativos do aluno. Nesse sentido não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdiciplinarmente na aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações, a regular e a especial. Entendendo a avaliação como um processo contínuo, pretende-se além de provas escritas, avaliar o desempenho dos alunos nos debates, seminários e pesquisas, levando em consideração a compreensão, participação e capacidade de análise crítica. F- BIBLIOGRAFIA: DEMO, Pedro. Avaliação Qualitativa, Campinas, São Paulo- Autores Associados, 1999. Diretrizes Curriculares do curso de Formação de Docentes, SEED, 2006. FREITAG, Bárbara.Escola, Estado e Sociedade.7ªed.São Paulo:Centauro, 2005. GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico- Critica, Campinas, São Paulo, Autores Associados. 2002. IRIA, Brzezinski (org). LDB Interpretada: diversos olhares se entrecruzam.9ed. São Paulo: Cortez, 2005. LIBÂNEO, José Carlos. Didática, São Paulo, Cortês, 1990. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições .2ed. São Paulo: Cortez, 1995. PARO, Vítor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública, São Paulo, Ática 2001 PILETTI, Claudino. Didática Geral, São Paulo, Ática, 1988 PILETTI, Nelson. Estrutura e funcionamento do Ensino Fundamental, São Paulo, Ática, 2001 SAVIANE, Demerval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. 15ed.Campinas: Autores Associados, 2004. ________________ Escola e Democracia, São Paulo, Cortês, 1984. ________________ Pedagogia histórico- crítica: primeiras aproximações, Campinas, São Paulo, 2002. SHIROMA, Eneida Oto. Política Educacional, Rio de Janeiro, DP&A, 2002 VALERIEN, Jean. Gestão da Escola Fundamental, São Paulo:Cortez ,2002. DISCIPLINA: LITERATURA INFANTIL – ENSINO MÉDIO INTEGRADO A. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: O ato de ler, antes restrito a ambiente fechado, hoje, acontece em todos os lugares. Lê-se em casa, mas lê-se também nos bancos das praças, nas ruas, nos ônibus, no metrô, nos aviões. E alem de textos nas mãos, o individuo recebe outras mensagens escritas: placas, avisos luminosos, outdoors.\ Nos últimos dois séculos, a literatura passou a estar indissociavelmente ligada á escrita. E a historia do homem, na era moderna e contemporânea, ela é toda pontuada por documentos escritos. São muitas e diferentes as circunstâncias da vida e por isso as pessoas produzem suas literaturas de modo diversificado. Todas as formas de ler são relevantes, devendo, pois ser contempladas. Cabe a escola, formalmente, estabelecer relações entre literatura e individuo, ou melhor, entre a literatura/escrita e a criança, aprofundando os níveis de desempenho. O mundo da literatura tem muitas facetas. Lê-se para ampliar os limites próprio conhecimento, para obter informações simples e complexa; lê-se em busca de diversão e descontração e, por meio da literatura e ficção e da poesia, lê-se para chegar ao “prazer do texto”. São muitos os gestos de leitura e diferentes textos que circulam nas instruções e grupos sociais. Obras teóricas, menos e mais complexas juntam-se, em estantes de residências e até em bibliotecas escolares, a manuais didáticos. Textos literários referidos acabam convivendo com escritas voltadas ao puro entretenimento. Versões simplificadas de obras clássicas dividem o mesmo espaço com os originais que lhe deram a vida. Além de revistas, quadrinhos e jornais, os textos que aparecem na mídia eletrônica estreitam mais e mais seus laços com os produtos “tradicionais”. Podemos estabelecer como princípios norteadores da literatura infantil: a caracterização da literatura do ponto de vista da linguagem e a distinção entre literatura geral e infantil. Sabe-se que a linguagem do dia-a-dia, e a dos textos informativos procura ser mais objetiva; já na literatura a linguagem possui uma intenção ou varias explicitas. Usando de metáforas a linguagem literária perde de vista o significado imediato e exige para si a multiplicidade deles. Não há como distinguir a Literatura infantil da Geral. Cabe a escola optar entre uma literatura infantil com preocupações pedagógicas e uma literatura infantil com preocupações estéticas, resgatando dessa forma a maioridade conferida única e exclusivamente a literatura geral. A literatura infantil no curso de formação de docentes deve levar o aluno antes de tudo a ser leitor, pois para formar leitores o professor deve antes de tudo de gostar de ler para poder trabalhar bem a literatura. O professor precisa ler muito para os alunos, ler com eles, saber ouvir a leitura, ainda que tímida e descompassada, que os alunos façam estudos de textos que eles mesmos produziram. Entrando em contato com os diferentes tipos de textos literários o futuro professor terá condições teóricas e metodológicas de desenvolver um programa de literatura. B - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: - Saber utilizar diferentes fontes de informações e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos numa perspectiva histórica priorizando esta modalidade de ensino no contexto da sociedade contemporânea. - Compreender a Literatura Infantil como desenvolvimento integral para a promoção do indivíduo levando-o a construir valores sociocultural e respeitar a sociodiversidade. - Utilizar métodos de pesquisa e dar ênfase a produção de textos, interpretando e conhecendo as diferentes correntes literárias. - Estudar e compreender as transformações ocorridas na prática da Literatura Infantil entendendo a Educação contemporânea necessária. C - CONTEÚDOS. Contexto histórico da Literatura Infanto Juvenil: _ Natureza mito poética na infância da humanidade e na infância do homem; Narração oral- o mundo simbólico das fadas: _ A importância do contador de histórias; O universo da poesia para as crianças: _ Cecília Meireles e Sidónio e outros; Monteiro Lobato: _ Realidade e imaginário: A formação do conceito de infância no educador: _Lygia Bojunga Nunes; _ Ana Maria Machado e outros; Os clássicos reinventados: _ Panorama atual na narrativa e na poesia; D - METODOLOGIA DA DISCIPLINA: A disciplina Literatura Infantil da terceira serie, da formação de docente se estruturara em torno da questão: Como se constitui o trabalho na Literatura Infantil e como este deve ser realizado, bem como sua fundamentação teóricos. Optar por uma metodologia que priorize o ensino da pesquisa, isto e, o questionamento construtivo, visando aprimoramento do conhecimento já adquirido no percursos escolar de cada educando. Levando o aluno a perceber que a escola e um espaço aberto para o conhecimento, cheio de oportunidades, tendo no professor um orientador motivador, o educando deixara de ser mero espectador para ser parceiro de trabalho, buscando, juntos, a inovação dos conhecimentos( aprender a aprender) e no decorrer do processo de formação, aprender a ser critico, autentico, produtivo, ativo, consciente, participativo, tendo o domínio do conteúdo teórico e pratico. Trabalhar em grupo sempre que possível esta forma de trabalho, proporciona uma melhor intervenção entre os alunos. O docente atuara como elemento esclarecedor nas possíveis dúvidas, mantendo o cuidado para não desestimular o aluno. Oferecendo ao educando atividades construtiva tanto mental como física,que possa permitir o educando a interpretar a realidade e construir significados, e ao mesmo tempo construir novas possibilidades de ação e de conhecimento. No ensino de Literatura Infantil se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E - CRITERIOS DE AVALIAÇAO ESPECIFICO DA DISCIPLINA: A dinâmica da educação transforma a cada momento todos os campos de atividade humana, essencialmente o conhecimento. Avaliar conteúdos aprendidos por diferentes alunos com os mesmos critérios não pode ser compreendido como fundamento de uma sociedade que vive um tempo de mudanças e transformações. É importante ressaltar que, a avaliação é pensada como um processo. Tem a perspectiva de ser formativa, contínua, global e adaptável à diversidade que caracteriza os diferentes grupos de alunos. A avaliação será continua ao longo do processo de aprendizagem, sendo orientado por objetivos inicialmente propostos.(A avaliação será realizada através de: pesquisa, trabalho em grupo, confecção de livros resgatando a literatura oral, debate, discussão e analise crítico de livros literários.). F_ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ASSMAN, Juraci (org.) Literatura e Alfabetização: do plano do choro ao plano de ação. Porto Alegre: Artmed, 2001. LAJOLO, M. e Zilberman, R. Literatura Infantil Brasileira: Historia & Historia: São Paulo: Ática, 1988. YUNES, Eliane e Ponde, Gloria. Leitura e Leitura da Literatura Infantil, São Paulo: FTD, 1989. CUNHA, Maria Antonieta Antunes Literatura Infantil – Teoria & Pratica. Ática 1988. FANNY, Abramovich, Literatura Infantil, Gostosura e Bobices. Scipione ZILBERMAN, Regina. A Literatura Infantil na Escola. São Paulo, Global, 1981. Diretrizes Curriculares do Curso se Formação de Docentes. SEED/ 2006 DISCIPLINA: METODOLOGIA DE PORTUGUÊS/ALFABETIZAÇÃO – ENSINO MÉDIO INTEGRADO A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Partindo da premissa de que a educação profissional tem compromisso com a formação humana dos alunos, a qual requer a apreensão dos conhecimentos científicos, tecnológicos e histórico-sociais pela via escolarizada, a disciplina de didática da língua portuguesa/Alfabetização visa desenvolver no aluno, do curso de formação de docentes, conhecimentos sobre a linguagem e a linguagem escrita. A leitura e a escrita atuam como instrumentos básicos e ferramentas necessárias para que a humanidade se aproprie do conhecimento acumulado, registrado no código escrito. Assim, a prioridade da escola básica é promover no indivíduo, a aquisição da leitura e da escrita, na sua forma mais completa, de modo a possibilitar o exercício competente do entendimento e da expressão escrita na Língua Portuguesa. A questão fundamental é trabalhar com uma concepção de alfabetização ligada a uma concepção de linguagem e a uma concepção de linguagem escrita. Um dos caminhos para o desenvolvimento deste trabalho pode ser o estudo das diferentes propostas de alfabetização e ensino de Língua Portuguesa utilizados, analisando, com os futuros professores, os procedimentos de cada um deles, de forma a evidenciar os pressupostos teóricos que os sustentam; explicitar a concepção de ensino e de aprendizagem, a concepção de língua escrita e a corrente da psicologia a que estão atrelados. A concepção de língua escrita como um sistema de representação em que a grafia das palavras e seu significado estão associados, encaminha o processo de alfabetização e ensino da Língua Portuguesa para além do mero domínio do sistema gráfico, propondo um efetivo domínio da língua escrita, tomada na sua totalidade. O futuro professor precisa entender a leitura e a escrita como atividades sociais significativas, sustentando-se, por conseguinte, em atividades pedagógicas que envolvem o uso da língua em situações reais, através de textos significativos e contextualizados. Nesta direção, o domínio do sistema gráfico é parte de um processo mais amplo. Uma ação pedagógica pressupõe, além da concepção de língua, de escola, de educação e de sociedade, o conhecimento da diferentes dimensões da alfabetização.Portanto não se forma o professor alfabetizador apenas com a disciplina Metodologia do Ensino de Português e Alfabetização, mas com a articulação desta com as diferentes disciplinas do currículo do curso de formação. Há que se buscar a necessária unidade teórica entre as diversas disciplinas estudadas durante o curso. A formação do futuro professor exige profundo domínio teórico de modo que as disciplinas desenvolvidas no curso contribuam para a compreensão do homem como ser histórico e para uma leitura mais abrangente da realidade. É necessário que os futuros docentes compreendam a existência de uma relação íntima entre concepção filosófica, correntes da psicologia, idéias pedagógicas e a concepção do objeto do conhecimento, ou seja, a Língua Portuguesa. Outro aspecto que deve ser considerado na formação dos docentes é o fato de que as diferenças econômicas, culturais e sociais determinam homens diferentes. Desta forma, a ação pedagógica não pode deixar de levar em conta tais diferenças. Contudo, não se há de, ingenuamente, acreditar que estas impossibilitam qualquer aprendizagem ou que a escola possa suprir todas as desvantagens determinadas pelas condições sociais. É preciso ainda destacar as contribuições da Lingüística no preparo dos docentes, garantindo aos futuros mestres noções básicas como: conceito de texto, características do sistema gráfico da Língua Portuguesa, vogais e consoantes na sua dimensão gráfica e fonética, padrões silábicos da Língua, tipologia textual, funções da linguagem, trama dos textos, unidade temática, consistência argumentativa, coerência, unidade estrutural, coesão, emprego da norma padrão, adequação lexical, redundâncias e repetições, ambigüidade, respeito às convenções do código, relação oralidade-escrita, variações lingüísticas e uso adequado de recursos gráficos. E como considerar didaticamente estas questões enquanto direcionador do processo de aquisição da leitura e da escrita. Do ponto de vista de uma proposta metodológica de Língua Portuguesa, propõe-se que a prática pedagógica leve em consideração três grandes eixos: compreensão da função social da leitura e da escrita; aquisição da leitura e da escrita; domínio do sistema gráfico. Estes eixos não significam etapas sucessivas; deverão constituir-se num trabalho distinto, mas não disjunto. O futuro docente deve estar preparado para criar uma prática rica em estimulações e significações, garantindo, no interior da escola, a forma de aprender que acontece fora dela, ou seja, pela interação entre os sujeitos. O trabalho que envolve a leitura e produção de textos representa o caminho mais coerente para efetivar o processo de alfabetização e de ensino da Língua Portuguesa. Paralela a leitura e produção de textos deve ser trabalhada também a oralidade, pois é um aspecto que precisa ser desenvolvido, através de situações significativas, ricas e variadas. B - OBJETIVOS GERAIS: - Possibilitar aos alunos do curso de Formação de Docentes o domínio dos conteúdos necessários para entenderem/executarem o processo de ensino da Língua Portuguesa na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental; - Compreender a história da alfabetização a fim de entender seu processo de desenvolvimento na sociedade e refletir sobre as práticas pedagógicas e métodos de ensino; - Conhecer os aspectos políticos e ideológicos da alfabetização, para que possa refletir sobre a teoria e a prática; - Propiciar o conhecimento das concepções do processo de alfabetização do Brasil, bem como a situação atual e perspectivas, fazendo um paralelo entre a atual e as anteriores, para que possam refletir sobre o ensino-aprendizagem; - Compreender a importância do pensamento e da linguagem no processo de alfabetização; - Proporcionar o conhecimento da história da escrita como um processo natural do desenvolvimento; reconhecendo a importância da linguagem oral para aquisição da escrita, valorizando o vocabulário infantil; - Entender a variação lingüística de cada indivíduo, compreendendo o valor social da linguagem, reconhecendo a leitura e a escrita como atividades sociais significativas; C - CONTEÚDOS: A leitura e a escrita como atividades sociais significativas; Linguagem e sociedade; Concepção de variação lingüística. Pressupostos teóricos – metodológicos da; Leitura; Escrita; Análise escrita dos processos de alfabetização; Procedimentos metodológicos na alfabetização; Análise critica de materiais didáticos de alfabetização. Contribuição das diferentes Ciências na formação do professor de Língua Portuguesa e Alfabetização; Concepção de ensino e aprendizagem; Teorias sobre aquisição do conhecimento e sobre aquisição da leitura e escrita; Análise critica dos diferentes processos de Ensino da Alfabetização; Concepção de linguagem, língua escrita, alfabetização e de letramento; Diferentes programas de Alfabetização desenvolvidos no Brasil. Considerações teóricas – metodológicas para a prática pedagógica de Alfabetização e letramento; Análise de materiais didáticos de alfabetização; Papel da escola como promotora da alfabetização e letramento; Como alfabetizar letrando; História da escrita; Processo de avaliação. Leitura e escrita de atividades sociais significativas; Conceito de texto, leitura e escrita; Padrões silábicos da Língua; Noções básicas de fonéticas; Procedimentos metodológicos da leitura e escrita; Características do sistema gráfico da Língua Portuguesa; Leitura e interpretação; Produção e reescrita de textos; Análise Lingüística; Atividades de sistematização pra o domínio do código escrito; Análise critica dos materiais dos materiais didáticos do ensino da Língua Portuguesa. Projeto “Feira de Ciências”; Pesquisa, organização de trabalhos com temas variados e apresentação ao público; Projeto “Afro”; Leitura e discussão de textos; Projeto “Festival de Artes”; Danças, Músicas, Teatros trabalhos manuais. D –METODOLOGIA DA DISCIPLINA: O encaminhamento metodológico da disciplina se fará através de leitura, pesquisa, debates a fim de trabalhar com uma concepção de alfabetização ligada a uma concepção de linguagem escrita analisando e discutindo diferentes propostas de alfabetização e ensino da língua portuguesa, evidenciando pressupostos teóricos e metodológicos explicitando a concepção de ensino e aprendizagem. Serão também analisadas as formas de alfabetizar nas escolas, Campo de Estudo bem como as atividades propostas, buscando assim, um repensar e um reorganizar sua postura pedagógica. O trabalho deverá ir além dos métodos tradicionais e da Psicogênese da Língua Escrita; deve-se priorizar a articulação das diferentes disciplinas que compõem o currículo do curso. Há que se buscar a unidade teórica entre as diversas disciplinas do curso. O desenvolvimento de uma prática educativa de melhor qualidade só é possível no momento histórico atual, a partir do momento que a escola pública estiver aberta a toda população que nela tem acesso, e os alunos inclusos deverão ser oportunizados com os mesmos direitos ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, os conteúdos, métodos e avaliação serão flexíveis acolhendo a todos levando em consideração seus conhecimentos, e necessidades, efetivando assim a igualdade em condições semelhantes aos demais. No ensino de Metodologia de Português/Alfabetização se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA: A avaliação da aprendizagem deverá ser integrada aos pressupostos da proposta pedagógica, considerando o aluno como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre o conhecimento apreendido e o mundo do trabalho, que diferencia da avaliação concebida numa matriz teórica tradicional e positivista. Para tanto se deve situar inicialmente a sociedade na qual está inserida a escola, para que possamos compreender e contextualizar melhor as suas práticas avaliativas estabelecendo relações com estas mesmas práticas. As ações que se revestem deste caráter se explicitam quando o professor considera o aluno como indivíduo que pode e deve, com o seu próprio esforço, buscar as suas alternativas de aprendizagem, de vida. A avaliação escolar não deverá considerar o aluno como um indivíduo, mas como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre os modos como o homem produz a sua existência e o mundo do trabalho através do conhecimento. A escola deverá ser prepositiva, em relação a concepção assumida em seu Projeto Político Pedagógico, incentivando nos alunos a capacidade de pensar criticamente a realidade e a partir dela, construir explicações possíveis, estabelecendo relações que lhes dê a condição de atuar política e produtivamente de modo a transformar a realidade; assumindo uma avaliação formativa, inclusiva, que não legitime o autoritarismo e, integrada às práticas pedagógicas, que priorize a especificidade dos processos formativos dos alunos. Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações a regular e a especial. Portanto, na disciplina de Metodologia do Ensino da Matemática o aluno será avaliado através de pesquisa, apresentação de trabalhos oral e escrito, análise e discussão de textos, realidade observada nas escolas que ofertem ensino de 1ª a 4ª série e educação infantil, avaliação escrita, contextualização dos métodos de ensino. F – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: SOUZA, Maria Alice S. e Silva. Construindo a Leitura e a Escrita. São Paulo: Ática, 1994. SMOLKA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita: A Alfabetização como processo discursivo. São Paulo: Cortez, 1991. FERREIRA, Emília. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 1993. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e lingüística. São Paulo: Scipione, 1993. FERREIRA, Emília. Alfabetização em processo. São Paulo: Cortez, 1986. FERREIRA, Emília. Reflexão sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 1988. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização sem o BÁ – BÉ – BI – BÓ – BU. São Paulo: Scipione, 1998. RIZZO, Gilda. Alfabetização natural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA-ENSINO MÉDIO INTEGRADO. A - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: Tendo em vista a necessidade de superar o modelo conteudista de ensino da Escola Nova, Tradicional, Tecnicista e Construtivista, cujo modelo é a mecanização através da repetição de atividades sócio-intelectuais, vimos a necessidade de se investigar a relação entre o conteúdo e o método, processoproduto, pois o educador necessita trabalhar, não só o conhecimento cientifico em sua forma mais elaborada, mas como o desenvolvimento e suas formas de utilização na prática. A Metodologia do Ensino da Matemática deverá trabalhar os conteúdos, as formas, os métodos e as técnicas de forma a superar a polaridade entre a teoria e a prática, sujeito e objeto, concreto e abstrato, promovendo unidade dialética através da tonalidade entre ambas. A educação na área da matemática deve estar voltada para a superação do saber fazer e, ao mesmo tempo, desenvolver formas que passem a exigir a incorporação do pensamento de caráter cognitivo mais elaborado, isto é, como o domínio de análise e síntese estabelecendo relações internas como conteúdo matemático e demais ciências, resolução de situações – problemas, compreensão e agilidade nos cálculos e/ou algoritmos, interpretação de problemas sociais, o raciocínio lógico – formal e dialético aliado a produção tecnológica e também, as diversas formas de desenvolvimento do relacionamento humano e solidário. Esta deverá adotar pressupostos teóricos – metodológicos que articulem conteúdos e métodos, o ensino da matemática deverá privilegiar o desenvolvimento da ciência e da tecnologia nos fundamentos de suas produções e aprimorar o pensamento reflexivo para que possamos pensar e interferir na realidade humana. B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: - Compreender a concepção de ciência e tecnologia determinadas pelas relações sociais e produtivas; recuperando o conteúdo e a linguagem matemática, o raciocínio lógico – matemático e o método adequado para cada conteúdo; - Conhecer métodos de ensino que tem como ultimo elemento o processo de abstração; - Buscar o desenvolvimento intelectual promovendo sua autonomia, através da leitura e interpretação de textos matemáticos, expressando-se através da matemática, incentivando estratégias variadas de resolução de problemas, habituando-se à procura dos porquês dos fatos estimulando a argumentação; - Proporcionar conhecimento ao aluno através da modelagem matemática, para tornar-se mais consciente da utilidade da matemática para resolver e analisar problemas do dia-a-dia, para compreender a dicotomia existente entre a matemática escolar formal e a sua utilidade na vida real. - Compreender a matemática dos diferentes grupos culturais, valorizando os conceitos matemáticos informais construídos, através de suas experiências fora do contexto escolar; - Conhecer a construção histórica do conhecimento matemático, compreendendo a evolução dos conceitos e da tecnologia enfatizando as dificuldades inerentes a essas dificuldades, onde se têm revelado as mesmas apresentadas pelos alunos no processo de aprendizagem; - Adquirir autoconfiança na sua capacidade de criar e fazer matemática, dessa forma, deixando de ser um conhecimento pronto e simplesmente transmitido, fazendo parte integrante do processo de construção de seus conceitos matemáticos, C– CONTEÚDOS: Concepções de ciência e de Conhecimento Matemático; Escolas: Tradicional, Nova, Tecnicista, Construtivismo e Pedagogia Histórico – critica; Pressupostos teóricos – metodológicos do ensino e aprendizagem de matemática; O desafio de ensinar matemática; O método de ensino; Matemática X Cotidiano; Matemática em tempo de game; Como ensinar matemática hoje? Resolução de problemas, Modelagem Matemática, Etnomatemática, História da Matemática, Alfabetização Tecnológica, Jogos e Desafios; Conceitos matemáticos; Linguagem matemática e suas representações; Cálculos e/ou Algoritmos. Pressupostos teóricos – metodológicos da Alfabetização Matemática; - Métodos de ensino; Conceito e construção de número; Classificação e Seriação; Sistema de numeração decimal; Números decimais; Números racionais; Geometria; Medidas; O conhecimento humano. Análise critica de livros e materiais de ensino. Confecção de material didático. Projeto “Feira de Ciências”; Pesquisa, organização de trabalhos com temas variados, e apresentação ao público; Projeto “Afro”; Leitura de textos e discussão; Projeto “Festival de Artes”; Músicas, Danças, Teatros, Trabalhos manuais. D – METODOLOGIA DA DISCIPLINA: A metodologia para o ensino dos conteúdos matemáticos será através da relação teoria e prática, sujeito objeto, concreto abstrato, promovendo a unidade dialética, numa totalidade, estimulando dessa forma uma aprendizagem contextualizada, associada a apreensão da totalidade enquanto modo de produção da vida em sociedade, onde não mais valorizará a repetição a mecanização, valorizará o processo de construção do conhecimento e o desenvolvimento do raciocínio lógico-formal. O aluno será levado a saber fazer e dessa forma incorporará o pensamento de caráter cognitivo mais elaborado. No ensino de Metodologia do Ensino de Matemática se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. Será estimulado a confrontar a teoria e a prática, a observação do ensino de matemática nas escolas Campo de estudo onde confrontará com as metodologias estudadas e reelaborar sua prática pedagógica contextualizando os conteúdos desenvolvidos socialmente. Pretende-se que o aluno através dessa metodologia de ensino elabore o pensamento reflexivo concreto e identifique que o processo de conhecimento vai além da relação do homem com o conhecimento, ele se fará das relações sociais e históricas do trabalho humano. Este trabalho privilegiará também a pesquisa, leituras, apresentação de trabalhos, discussão, análise de livros didáticos, conteúdos, metodologias e materiais didáticos utilizados, de modo a acolher todos os alunos em formação possibilitando as adaptações curriculares se necessário, considerando seus conhecimentos prévios suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social; devendo oportunizar todos os alunos inclusos as mesmas possibilidades e direitos ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais. E – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA: A avaliação da aprendizagem deverá ser integrada aos pressupostos da proposta pedagógica, considerando o aluno como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre o conhecimento apreendido e o mundo do trabalho, que diferencia da avaliação concebida numa matriz teórica tradicional e positivista. Para tanto, deve-se situar inicialmente a sociedade na qual está inserida a escola, para que possamos compreender e contextualizar melhor as suas práticas avaliativas estabelecendo relações com estas mesmas práticas. As ações que se revestem deste caráter se explicitam quando o professor considera o aluno como indivíduo que pode e deve, com o seu próprio esforço, buscar as suas alternativas de aprendizagem, de vida. A avaliação escolar não deverá considerar o aluno como um indivíduo, mas como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre os modos como o homem produz a sua existência e o mundo do trabalho através do conhecimento. A escola deverá ser propositiva, em relação a concepção assumida em seu Projeto Político Pedagógico, incentivando nos alunos a capacidade de pensar criticamente a realidade e a partir dela, construir explicações possíveis, estabelecendo relações que lhes dê a condição de atuar política e produtivamente de modo a transformar a realidade; assumindo uma avaliação formativa, inclusiva, que não legitime o autoritarismo e, integrada às práticas pedagógicas, que priorize a especificidade dos processos formativos dos alunos. Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações a regular e a especial. Portanto, na disciplina de Metodologia do Ensino da Matemática o aluno será avaliado através de pesquisa, apresentação de trabalhos oral e escrito, análise e discussão de textos, realidade observada nas escolas que ofertem ensino de 1ª a 4ª série e educação infantil, avaliação escrita contextualização e métodos de ensino e avaliação escrita. F– REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS TOLEDO, Marília; Toledo Mauro. Didática da Matemática: Como dois e dois: A construção da matemática. São Paulo: FTD, 1997. ROSA, Ernesto Neto. Didática da Matemática. São Paulo: Ática. 1995, 7ª edição. CARVALHO, Dione Lucchesi de. Metodologia do Ensino da Matemática. São Paulo: Cortez, 1991. CARRAHER, Terezinha et alii. Na vida dez, na escola zero. São Paulo: Cortez, 1988. CANDAU, V.M. A didática em questão. Rio de Janeiro. Vozes, 1986. GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-critíca. Campinas, SP: Autores Associados, 2003. SAVIANI, Demerval.Pedagogia associados, 2003. histórico-critíca. Campinas, SP: Autores DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO INTEGRADO A - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: Cabe ao educador, da disciplina metodologia do ensino de história promover a realização de aprendizagem com o maior grau de significado possível uma vez que esta nunca é absoluta – sempre é possível estabelecer alguma relação entre o que se pretende conhecer e as possibilidades de observação, reflexão e informação que o sujeito já possui. A aprendizagem significativa implica sempre em alguma ousadia: diante do problema posto, o aluno precisa elaborar hipóteses e experimentá-las. Fatores e processos afetivos, motivacionais e relacionais são importantes nesse momento. Os conhecimentos gerados na história pessoal e educativa têm um papel determinante na expectativa que o aluno tem na escola, do professor e de si mesmo, nas suas motivações e interesses, em seu auto conhecimento e em sua auto-estima. Assim como os significados construídos pelo aluno estão destinados a ser substituídos por outros no transcurso das atividades, as representações que o aluno tem de si e de seu processo de aprendizagem também. É fundamental, portanto, que a intervenção educativa escolar propicie um desenvolvimento em direção à disponibilidade exigida pela aprendizagem significativa. Se a aprendizagem for uma experiência de sucesso, o aluno constrói uma representação de si mesmo como alguém capaz. A aprendizagem é condicionada, de um lado, pelas possibilidades do aluno, que englobam tanto os níveis de organização do pensamento como os conhecimentos e experiências prévias, e, de outro, pela interação com os outros agentes. Posicionar-se com visão crítica da realidade enquanto totalidade, vinculando o homem ao seu desenvolvimento social e a relação entre a noção de tempo e espaço pelo educando dando ênfase a fatos históricos, geográficos, políticos, sociais e econômicos da humanidade. Nessa trajetória, o papel do educador e das interações sociais nas atividades torna-se, sem dúvida, elementos centrais nos debates sobre aprendizagem de história. B – OBJETIVOSGERAIS DA DISCIPLINA: - Analisar a metodologia do ensino de história numa perspectiva histórica priorizando esta modalidade de ensino no contexto da sociedade contemporânea. - Compreender a didática do ensino de historia como desenvolvimento integral para a promoção do indivíduo levando-o a construir valor sociocultural e respeitar a sociodiversidade. - Adequar a metodologia, tomando a realidade do aluno como ponto de partida, estabelecendo mediação entre o saber cientifico e o senso comum. C – CONTEÚDOS: História e memória social: - As finalidades do ensino de História na sociedade brasileira contemporânea; A transposição didática da história: - A compreensão e explicação histórica; Relação entre a construção da noção de tempo e espaço: - Leitura do mundo da criança; O trabalho com as fontes históricas: Objetivos e conteúdos programáticos de história dos anos iniciais do Ensino Fundamental: Planejamento, seleção e avaliação em historia: Análise crítica do material didático: D - METODOLOGIA DA DISCIPLINA: Com base na identificação dos diferentes ritmos de duração do tempo histórico, buscamos a compreensão das relações de continuidade e descontinuidade, permanência e mudanças, propondo uma análise histórica reversível, ou seja, que vá do presente para o passado, deste volte para o presente e, partindo do passado e do presente, discuta noções de futuro. Levamos em conta o fato que todo documento é uma representação do real e não propriamente o real. Por isso, todo documento estará reproduzindo a visão de mundo de quem o produziu. O conhecimento histórico é construído em uma determinada época, comprometido com questões de seu próprio tempo. É um conhecimento que envolve escolha de abordagem, reflexão e organizações de informações, problematização, interpretação, análise, localização espacial e ordenação temporal de uma série de acontecimentos da vida coletiva que ficaram registrados, de algum modo por meio de escritas, desenhos entre outros... e portanto a abordagem construtivista integra, num único esquema explicativo, questões relativas ao desenvolvimento individual e à pertinência cultural, à construção de conhecimento e a interação social. Considera o desenvolvimento pessoal como o processo mediante o qual o ser humano assume a cultura do grupo social a que pertence. No entanto, levaremos os educandos a trabalhar com análise crítica dos livros de didáticos e texto, confecções de materiais didáticos, o resgate da História e Memória Social através de grupo de estudo, debate, apresentação em forma de seminários. No ensino de Metodologia do Ensino de História se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA: A avaliação é indissociável do processo de construção do conhecimento. Ela se caracteriza por ser formativa e processual, pois considera os progressos, as dificuldades, os bloqueios, os erros e acertos ao longo da prática de ensino- aprendizagem. As formas de praticar a avaliação variam de acordo com os interesses do sistema educacional e a necessidade de seu grupo. Onde os alunos serão convidados a expor oralmente os resultados de suas descobertas, com base nos trabalhos desenvolvidos, e dialogar constantemente com os colegas e professor para levar suas hipóteses ao conhecimento de todo o grupo e referendá-las ou reformulá-las, conforme o desenvolvimento das discussões. A partir dos estudos desenvolvidos, terão que ser capazes de se situar no tempo presente reconhecendo diversidades e proximidades com modos de vida, cultura, crenças, relações sociais e econômicas dos indivíduos e das comunidades de seu próprio tempo e espaço. É necessário ainda que se identifique a participação de outros sujeitos e a existência de outros acontecimentos e de outros tempos relacionados à dinâmica da vida atual. F - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: PENTEADO, Heloísa Dupas, Metodologia de Ensino de Historia e Geografia. São Paulo: Cortez, 1991. LEME, Dulce M. P. e outros. O ensino de Estudos Sociais. São Paulo: Atual, 1986. NEVES, Maria A. Mamede. Ensinando e Aprendendo Historia. São Paulo: EPU – CNPq, 1985. LEGOFF, J. História e memória. São Paulo: Unicamp, 1992. CARDOSO, Ciro F. S. Uma introdução à história. São Paulo: brasiliense, 1988. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 DISCIPLINA: – METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA - ENSINO MÉDIO INTEGRADO A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: Ensinar didática do ensino de Geografia no contexto da pósmodernidade, na qual as tecnologias invadem nosso cotidiano e o espaço se reorganiza num processo de continuas mudanças, não é uma tarefa fácil. A tecnologia principalmente através dos meios de comunicação vem invadindo a vida dos alunos cada vez mais, e a escola precisa assumir o importante papel de instrumentalizá-los no processo de leitura do mundo, propiciando a construção do conhecimento através de conteúdos que expressem valor no contexto atual. Com o objetivo de estudar as interações homem/natureza, numa abordagem relacional, as praticas pedagógicas devem proporcionar diferentes situações de vivências, permitindo ao aluno construir, compreender e aplicar conceitos geográficos e, portanto frente a uma nova forma de viver e pensar, são imprescindíveis a compreensão da dinâmica social que nos permite reconhecer o papel da geografia na formação dos alunos e buscar paradigmas que correspondam às necessidades atuais. Ao propormos a construção e problematização de materiais didáticos para as aulas práticas, estamos proporcionando meios para uma eficiente interação professor/aluno, para que haja participação ativa do educando e o professor oriente e organize esse processo; levando o educando a refletir e analisar seu papel enquanto estudante, exercendo uma educação voltada à construção da cidadania. B- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: - Analisar o estudo da didática do ensino de geografia como um produto histórico como um conjunto de objetos e de ações que revelem as práticas sociais dos diferentes grupos que vivem num determinado lugar, interagindo, sonhando, produzindo e reconstruindo o saber numa perspectiva histórica priorizando esta modalidade de ensino no contexto da sociedade contemporânea. - Conhecer e valorizar os modos de vida de diferentes grupos sociais, como se relacionam e constituem o espaço em que se encontram inseridos. - Saber utilizar diferentes fontes de informações e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos. C- CONTEÚDOS: Concepção de geografia: • A geografia como ciência; • Compreensão do Espaço produzido (espaço relacional); • Aspectos teóricos metodológicos do ensino de geografia; • Objetivos e finalidades do Ensino da Geografia na Proposta Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do ensino fundamental, atendendo as especificidades do Estado do Paraná: (quilombolas, indígenas, campo e ilhas); Relação entre Conteúdos, Método e Avaliação: Os conteúdos básicos de Geografia na Educação Infantil e Anos Iniciais: Diferentes Tendências de Geografia: • Bibliografia e concepção de Geografia como ciências; • Análise Crítica e elaboração de recursos didáticos para Educação Infantil e Anos Iniciais: • Análise crítica dos livros didáticos dos Anos Inicias e Educação Infantil. D- METODOLOGIA DA DISCIPLINA: Hoje, graças ao avanço da investigação científica na área da aprendizagem, tornou-se possível interpretar o erro como algo inerente ao processo de aprendizagem e ajustar a intervenção pedagógica para ajudar a superá-Io. A superação do erro é resultado do processo de incorporação de novas idéias e de transformação das anteriores, de maneira a dar conta das contradições que se apresentarem ao sujeito para, assim, alcançar níveis superiores de conhecimento. No entanto o que o aluno pode aprender em determinado momento da escolaridade depende das possibilidades delineadas pelas formas de pensamentos de que dispõe naquela fase de desenvolvimento, dos conhecimentos que já construiu anteriormente e do ensino que recebe. Isto é, a intervenção pedagógica deve-se ajustar ao que os alunos conseguem realizar em cada momento de sua aprendizagem, para que possa constituir verdadeira ajuda educativa. O conhecimento é resultado de um complexo e intrincado processo de modificação, reorganização e construção, utilizado pelos alunos para assimilar e interpretar os conteúdos escolares Por mais que o professor, os companheiros de classe e os materiais didáticos possam, e devam, contribuir para que a aprendizagem se realiza, nada pode substituir a atuação do próprio aluno na tarefa de construir significados sobre os conteúdos da aprendizagem. É ele quem modifica, enriquece e, portanto, constrói novos e mais potentes instrumentos de ação e interpretação. Mas o desencadeamento da atividade mental construtiva não é suficiente para que a educação esteja compatível com o que significa socialmente. O processo de atribuição de sentido aos conteúdos escolares é, portanto, individual; porém, é também cultural na medida em que os significados construídos remetem a formas e saberes. O trabalho será desenvolvido de maneira que o educando possa trabalhar de forma crítica analisando textos, livros didáticos, atividades em grupos, debates, exposição de trabalho, confecções de maquetes e materiais didáticos, exposição de trabalhos. Pesquisa em grupo e individual. No ensino de Metodologia do Ensino de Geografia se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E- CRITÉRIOS DE AVALIAÇAO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA: É importante ressaltar que, a avaliação é pensada como um processo. Tem a perspectiva de ser formativa, contínua, global e adaptável à diversidade que caracteriza os diferentes grupos de alunos. Após a fase de diagnosticar em que é detectado o que se pretende abordar. É fundamental verificar o estágio inicial a fim de que possa desenvolver estratégias de ensino- aprendizagem. A avaliação será continua ao longo do processo de aprendizagem, sendo orientada por objetivos inicialmente propostos. A organização dos conteúdos e o modo que eles serão sistematizado possibilitam utilizar um método de avaliação com essas características. Há, por exemplo, uma seção em especial denominada agora eu sei,Cuja proposta básica é levar o educando a retomar, registrar e organizar o que foi estudado. É uma oportunidade para verificar e acompanhar o aprendizado. A avaliação formativa propõe deslocar a regulação ao nível de aprendizagem e individualizá–la, ou seja, o diagnóstico é individualizado e permanente, num constante processo de verificação. F- BIBLIOGRAFIA: ALMEIRA, R; Passinie, E - O Espaço geográfico, ensino e representação São Paulo: Contexto, 1991. ALMEIRA, R. D. de do Desenho ao Mapa. São Paulo: Contexto, 2003. ______Geografia Critica_______A valorização do Espaço. São Paulo: Hucitec.1984 KOZEL, S. ; Filizola, R. Didática da Geografia: memórias da terra o espaço vivido. São Paulo: FTD, 1996 FREIRE, Paulo, Pedagogia da Esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992. − Diretrizes Curriculares do Curso de Formação de Docentes... SEED/ 2006. DISCIPLINA - METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS _ ENSINO MÉDIO INTEGRADO A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A proposta da disciplina do ensino de ciências tem por objetivo possibilitar a compreensão do mundo natural nas relações sociais de produção, com vista a garantir ao aluno uma análise concreta de realidade através de apropriação do conhecimento cientifico, ao mesmo tempo em que permite comparar a explicação cientifica do mundo com outras explicações como aquelas proporcionadas pela arte , religião entre outras. A disciplina de ciências deve possibilitar espaços efetivos de discussão e reflexão a respeito de uma identidade cientifica, ética, social e cultural enfim uma disciplina que instrumentaliza os alunos para compreenderem e intervirem no mundo de forma consciente. Mostrar a ciência como um conhecimento que colabora para a compreensão do mundo e suas transformações, reconhecendo o homem como parte do universo. A apropriação de seus conceitos e procedimentos pode contribuir para o questionamento do que se vê e ouve, para a ampliação das explicações e cerca dos fenômenos da natureza, para a compreensão e valorização dos modos de intervir na natureza, para a compreensão dos recursos tecnológicos que realizam estas mediações, para a reflexão sobre as questões éticas implícitas nas relações entre ciência, sociedade e tecnologia. O ensino de Ciências Naturais é espaço privilegiado em que as diferentes explicações sobre o mundo, os fenômenos da natureza e as transformações produzidas pelos homens podem ser expostas e acompanhadas. É o espaço de expressão das explicações espontâneas dos alunos e daquelas oriundas de vários sistemas aplicativos. Contrapor e avaliar diferentes explicações favorecem o desenvolvimento de postura reflexiva , crítica , questionadora e investigativa, de não aceitação de idéias e informações . Possibilita a percepção dos limites de cada modelo explicativo, inclusive dos modelos científicos , colaborando para a construção da autonomia de pensamento e ação. Para o ensino de ciências naturais será necessária à construção de uma estrutura geral da área que favoreça a aprendizagem significativa do conhecimento histórico acumulado e a formação de uma concepção de ciência, suas relações com a tecnologia e com a sociedade. Portanto, é necessário considerar as estruturas de conhecimento envolvidos no processo de ensino e aprendizagem – do aluno, do professor e da ciência. B – OBJETIVOS GERAIS: - Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humana parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive; - Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia em condições de vida, no mundo de hoje e em sua revolução histórica; - Formular questões, diagnosticar e propor soluções para os problemas reais a partir de elementos das ciências naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar; - Saber utilizar conceitos científicos básicos, valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento; - Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido pela ação coletiva, compreender a tecnologia como um meio para suprir necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem. C-CONTEÚDOS: O Ensino de ciências e a construção de uma cultura científica que possibilite e ao cidadão comparar as diferentes explicações do mundo. . - O que é ciências ? - Objetivo de estudo da ciência; - Para que estudar ciências no ensino fundamental; A energia para a vida e a inserção do homem no contexto do universo. - Noções de espaço; A ciência e as suas diversas implicações no cotidiano dos educandos; - Experiências; Aprendizagem integrada de ciências como possibilidade para a compreensão das relações ciências, sociedade, tecnologia e cidadania. - Ciências naturais e a cidadania; - Relação ciências no ensino fundamental; - Interdisciplinaridade o ensino de ciências e as diversas disciplinas; - Técnicas de ensino para o trabalho com a disciplina de ciências; A construção dos conceitos científicos. - Aulas práticas para o ensino fundamental; - Definir conceitos ao termo trabalhador ; - Elaboração de conceitos para aplicação; O pensamento racional e intuitivo na aprendizagem de ciências. - Relação de ciências e crenças ; - Ensinar ciências valorizando a formação humana; O papel dos professores das famílias e das comunidades na aprendizagem formal e informal. - O perfil do professor de ciências; - Valorização dos conhecimentos do cotidiano do educando ; - Relação entre o ensino formal e informal nas ciências ; - Valorização do aluno portador de alguma deficiência ; Conteúdos complementares: Cultura Afro; - Textos para leitura reflexiva; - Analises de textos; D- METODOLOGIA DA DISCIPLINA: Proporcionar ao educando a compreensão e a necessidade de aprender e ensinar ciências, levando-os a entender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformação do mundo em que se vive. Entendendo que a ação do homem sobre a natureza é diferentes dos demais animais, pois a condição dos animais é assegurada dentro da própria natureza, enquanto que o homem adquire consciência de que esta transformando a natureza para adaptá-la às suas necessidades básicas. Assim podemos perceber e levá-lo a entender que o homem dentro de suas limitações seja portador ou não de deficiências através do seu trabalho incorpora diferentes experiências e acumula uma dada quantidade de conhecimento. Levá-los a compreender o papel da ciência, como mola propulsora do desenvolvimento cientifico e tecnológico contemporâneo, faz-se necessário analisar o movimento de produção e apropriação de conhecimentos tendo por base uma política econômica que deveria privilegiar o bem estar do homem. Assim para que essa amplitude de conhecimentos e informações se concretize no educando faz-se necessário que esse trabalho seja realizado através, de pesquisas, debates, observações, montagem de maquetes, realização de experiências e comprovação das mesmas ,montagens de plano de aula, aula prática relatório das atividades desenvolvidas em sala e fora dela. Estabelecer relações entre o que é conhecido e as novas idéias, entre o comum e diferente, entre o particular e o geral, definir contrapontos entre muitos elementos no universo do conhecimento. O ensino de ciências será realizado através do desenvolvimento de posturas e valores pertinentes às relações entre os seres humanos, o conhecimento e o ambiente, contribuindo para a compreensão da realidade. A observação, a experimentação, a comparação, o estabelecimento de relações entre fatos ou fenômenos, a leitura e escrita de textos informativos, a organização de informações por meio de desenhos, tabelas, gráficos, esquemas e textos, a proposição de suposições, o confronto entre a suposição e a solução de problemas são procedimentos que deverão ser trabalhados a fim de possibilitar a aprendizagem. É importante que os alunos se apropriem do conhecimento cientifico e desenvolvam uma autonomia no pensar e no agir, entendendo que cada um, a seu modo e com determinado papel, está envolvido na construção de uma compreensão dos fenômenos naturais e suas transformações, na formação de atitudes e valores humanos. Caberá ao professor incentivar as atitudes de curiosidades, de respeito à diversidade de opiniões, à persistência na busca e compreensão das informações, às provas obtidas por meio de investigações, de valorização da vida em sua diversidade, de preservação do ambiente, de apreço e respeito à individualidade.A reflexão acerca da educação inclusiva e seus desafios aos educadores provoca o surgimento de uma vasta gama de expectativas a respeito da efetivação, na prática do ideal de uma escola pública de qualidade, que acolha todos os alunos, envolvendo a organização do processo de aprendizagem por meio da flexibilidade e adaptações curriculares (conteúdos, métodos, avaliação), considerando seus conhecimentos prévios, suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social. Entende-se que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoas efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente em condições semelhantes aos demais. No ensino de Metodologia do Ensino de cências se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Quando pensamos em avaliação vemos a possibilidade de mudança dos processos avaliativos norteados por teorias pedagógicas não criticas. É um desafio porque exige fundamentalmente a compreensão teórica dos princípios curriculares que embasam a proposta do curso, e uma outra prática pedagógica. Prática aqui entendida, não como ação cotidiana, mecânica e repetitiva, porém como práxis. Devemos levar em conta que a avaliação deve contemplar aspectos qualitativos e não quantitativos e principalmente deve auxiliar o educando a desenvolver capacidades e habilidades, assim a avaliação não se resume apenas em dar avaliações ou atribuir notas ou conceito fazendo com que a nossa metodologia para a avaliação deva ser entendida como prática para refletir sobre ela e transformá-la em uma nova prática. Assim devemos levar em conta todo o esforço do aluno para a realização das atividades, em sala e fora da sala, suas capacidades em grupo. O processo de avaliação dar-se-á através de debates, trabalhos escritos, seminários, avaliações escritas e trabalho extraclasse. Ainda quando falamos em avaliação na disciplina de Metodologia do Ensino de Ciências devemos levar em conta as dificuldades de aprendizagem e comportamento para alguns alunos, sendo ainda alguns portadores de deficiência, assim faz-se necessário à avaliação dentro das habilidades nas quais os educandos mais se destacam, considerando seus limites e potencialidades dentro da aprendizagem, fazendo assim com que todos realmente sejam inclusos no processo de avaliação. Assim a escola deverá ser prepositiva, em relação a concepção assumida em seu Projeto Político Pedagógico , possibilitando aos alunos a capacidade de pensar criticamente a realidade a partir dela , construir explicações possíveis estabelecendo relações que lhes dêem a condição de atuar política e produtivamente de modo a transformar a realidade , assumindo uma avaliação formativa , inclusiva , que não legitime o autoritarismo e, integrada as práticas pedagógicas , que priorize a especificidade dos processos formativos do aluno . Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações regular e especial. F-BIBLIOGRAFIA: CAMPOS, Maria Cristina DA Cunha. Didática de Ciências: O ensino e aprendizagem como investigação – São Paulo: FTD. 1999. Revista Pedagógica Pátio, nº28 novembro 2003 /janeiro 2004 – Ministério da Educação FNDE. Revista Professor nº1. Outubro 2003- Ministério da Educação. Revista Ciências Hoje, 2ª Edição, Ministério da Educação –FNDE. Delizoicov, Demétrio - Ensino de Ciências Editora Cortez, 2002. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DE ARTE - ENSINO MÉDIO INTEGRADO A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: O papel da arte na formação humana, como conhecimento, como trabalho, como expressão; Estudos das diferentes concepções de arte; conhecimento, trabalho e expressão e sua relação com o ensino; estudo das tendências pedagógicas – Escola Tradicional, Nova e Tecnicista – com ênfase nos marcos históricos e culturais do ensino da arte no Brasil. Conhecimento teórico e prático dos elementos formais e de composição das artes visuais, da musica, da dança e do teatro e sua contribuição na formação dos sentidos humanos desde a Educação Infantil e anos iniciais – abordagens metodológicas para o ensino de artes. As atividades artísticas na escola: fazer e apreciar a produção artística. As atividades artísticas com instrumental para a educação infantil e anos iniciais. B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: - Possibilitar ao aluno o conhecimento dos diferentes meios de expressão e compreender a Arte na sua vida e na escola enquanto forma de representação das visões de mundo, sempre renovando a maneira de interpretar a realidade por meio da música, teatro, dança e pintura; - Possibilitar no aluno um novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar da realidade além das aparências com a criação de uma nova realidade, o imaginário, bem como a ampliação das possibilidades de fruição e expressão artística; - Compreender como o ensino da arte no Brasil vem se processando ao longo da história, como são constituídas as práticas pedagógicas e artísticas nos seus diversos momentos; - Desenvolver uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal, relacionando a própria produção com a de outros, valorizando e respeitando a diversidade de cada um; - Propiciar a compreensão sobre a importância da arte na formação humana, desenvolvendo o conhecimento crítico de diferentes interpretações das artes visuais a fim de avaliar os trabalhos da humanidade; C – CONTEÚDOS: Tendências Pedagógicas: com ênfase nos marcos históricos e culturais do ensino da Arte no Brasil; Escola Tradicional; Escola Nova; Escola Tecnicista. Conhecimento teórico e prático dos elementos formais e de composição: Artes Visuais; Artes visuais como produto cultural e histórico; Em caminhamento metodológico para o ensino das artes visuais; Arte Culta e Popular (folclore); Cultura afro-brasileira; A expressividade infantil; Desenvolvimento do desenho infantil; Critérios de avaliação em artes visuais. Música; Dramatizações – músicas, paródias; Sons atuais e em extinção (afro-brasileiro); Composições infantis; Improvisações musicais; Conhecimento das dimensões de criação, apreciação e comunicação com instrumental para a Educação Infantil e anos iniciais. Dança; Coreografias improvisadas; Coreografia original (afro-brasileira); Espaço; Ações; Dinâmica/ritmo. Teatro; Expressão gestual; Expressão vocal; Representação teatral direta e indireta; Improvisação cênica; Dramatização. D – METODOLOGIA DA DISCIPLINA: A metodologia utilizada deverá fornecer aos educandos possibilidades de compartilharem descobertas, idéias, sentimentos, atitudes ao permitir a observação de diversos pontos de vista, estabelecendo relação entre o individual e o coletivo desenvolvendo a socialização. Dessa forma o encaminhamento metodológico da disciplina se fará através de leituras, discussões de textos variados, pesquisas, atuações em teatros, danças, musicas na escola de formação e campo de estudo, desenvolvimento e técnicas e aplicação das mesmas nas várias instituições de ensino leitura informativa para redimensionar posicionamentos e a postura profissional, coleta de material didático para analise e intervenção, participação em projetos artísticos desenvolvidos no município, acompanhamento de crianças para observar o desenvolvimento da expressividade, análise de músicas, composições e improvisações. No ensino de Metodologia do Ensino de Arte se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECIFICOS DA DISCIPLINA: A avaliação da aprendizagem deverá ser integrada aos pressupostos da proposta pedagógica, considerando o aluno como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre o conhecimento apreendido e o mundo do trabalho, que diferencia da avaliação concebida numa matriz teórica tradicional e positivista. Para tanto se deve situar inicialmente a sociedade na qual está inserida a escola, para que possamos compreender e contextualizar melhor as suas práticas avaliativas estabelecendo relações com estas mesmas práticas. As ações que se revestem deste caráter se explicitam quando o professor considera o aluno como indivíduo que pode e deve, com o seu próprio esforço, buscar as suas alternativas de aprendizagem de vida. A avaliação escolar não deverá considerar o aluno como um indivíduo, mas como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre os modos como o homem produz a sua existência e o mundo através do conhecimento. A escola deverá ser propositiva, em relação a concepção assumida em seu Projeto Político Pedagógico, incentivando nos alunos a capacidade de pensar criticamente a realidade e a partir dela, construir explicações possíveis, estabelecendo relações que lhes dê a condição de atuar política e produtivamente de modo a transformar a realidade; assumindo uma avaliação formativa, inclusiva, que não legitime o autoritarismo e, integrada às práticas pedagógicas, que priorize a especificidade dos processos formativos dos alunos. Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações a regular e a especial. Portanto, na disciplina de Metodologia do Ensino de Arte, o aluno será avaliado através de pesquisa, apresentação de trabalhos orais e escritos, análise e discussão de textos, realidade observada nas escolas que ofertem ensino de 1ª a 4ª série e educação infantil, avaliação escrita, contextualização de métodos de ensino, atividades práticas e criatividade; F –REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: FERRAZ, Maria Heloisa Corrêa de Toledo, Fusari, Maria de Resende. Metodologia do Ensino de Arte – São Paulo: Cortez, 1993. MARTINS, Miriam Celeste, Picosque, Gisa, Guerra, M. Tereza Teles. Didática do Ensino de Arte – São Paulo: FTD, 1998. PILAR, Analice Dutra. Fazendo Artes na Alfabetização. Porto Alegre: Kuarup, 1987. AZEVEDO, Ricardo. Meu livro de folclore. São Paulo: Ática, 1997. MARTINS, Miriam Celeste Ferreira Dias. Didática da Arte. São Paulo: FTD, 1998. REZENDE e FUSARI, Maria. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez, 2002. LIBÂNIO, José Carlos. Democratização da Escola pública – A pedagogia críticosocial dos conteúdos. São Paulo. Edições Loyola, 2002. Diretrizes Curriculares do Curso de Formação de Docentes - SEED/2006. DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA - ENSINO MÉDIO INTEGRADO A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: O entendimento que cada pessoa tem sobre a educação Física irá ao encontro dos interesses ou propósitos de quem a utiliza. Ao observarmos a história da Educação Física, em especial no Brasil, verificamos que ela se desenvolveu conforme os interesses das classes dominantes. Atualmente, as novas concepções da Educação Física escolar destacam o aluno como um todo integrado. A criança é vista como um ser historicamente situado, dona de um saber que é importante para sua vida em sociedade. Para Gallardo et alli (1998), a criança deve aprender a viver em sociedade e para isso é necessário que ela internalize os elementos da cultura corporal ou motora que são relevantes para seu grupo social, como também as normas de convívio presentes nos diferentes grupos sociais dos quais participa. A Educação Física escolar tem valor inestimável oferecendo à criança a oportunidade de vivenciar diferentes formas de organização, a criação de normas para a realização de tarefas ou atividades e a descoberta de formas cooperativas e participativas de ação, possibilitando a transformação da criança e de seu meio. Além disso, a Educação Física escolar possui objetivos e conteúdos próprios e necessários ao desenvolvimento do potencial motor de cada criança. Para que esses objetivos sejam alcançados, é necessário superar o senso comum de que o tempo pedagógico das aulas de educação física se resume à quadra ou ao pátio e, mais grave, ao tempo para a recreação, para as vivências corporais e para o brincar descompromissado (dos objetivos educacionais). Dessa forma, devemos entender que a educação física trata da cultura corporal de movimentos numa perspectiva histórico-crítica, deixando de lado o conceito de movimento humano. Nesta perspectiva, a disciplina de Metodologia de Ensino de Educação Física, deve proporcionar subsídios para seus alunos, afim de que estes possam reconhecer e valorizar a importância da disciplina de Educação Física no desenvolvimento da criança, desde a educação infantil até as séries iniciais do ensino fundamental. Desta forma, os conteúdos da cultura corporal, bem como os aspectos relacionados ao desenvolvimento motor da criança, além das teorias de aprendizagem motora devem ser elementos integrantes da proposta curricular. Além disso, os conteúdos devem preparar os jovens para uma participação política mais efetiva no que se refere à organizações dos espaços e recursos públicos de prática de esporte, ginástica, dança, luta, jogos populares, entre outros. Preparar os alunos para terem iniciativa pessoal para criar, planejar ou buscar orientação para suas próprias práticas corporais. Deve também, preparar o futuro professor para que possam planejar as práticas corporais de seus alunos. B - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: - Contribuir de forma significativa na formação geral e profissional do educando, estimulando sua criatividade, expressividade e senso crítico; - Oportunizar a prática de planejar e executar sua aptidão de ministrar aulas de Educação Física; - Apresentar o papel e a importância da Educação Física no processo educacional, especificamente na educação infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental; C- CONTEÚDOS: A Educação Física como componente curricular: O movimento humano e sua relação com o desenvolvimento dos domínios motor, cognitivo e afetivo-social do ser humano; Desenvolvimento motor e aprendizagem motora: A cultura corporal de movimentos: ação e reflexão; A criança e a cultura corporal de movimentos: o resgate do lúdico e a expressão da criatividade; D- METODOLOGIA DA DISCIPLINA: Todos os conteúdos a serem desenvolvidos, terão aulas teóricas e práticas, a fim de proporcionar uma maior compreensão por parte dos alunos. Deverão também, ser realizados trabalhos de pesquisa em grupo e/ou individual, utilizando recursos audiovisuais, materiais alternativos, entre outros. Além disso, os alunos terão a oportunidade de realizar atividades diretamente com as crianças, podendo desenvolver a relação teoria e prática. A metodologia deve também, oportunizar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente, em condições semelhantes aos demais. No ensino de Metodologia do Ensino de Educação Física se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA: A avaliação da aprendizagem na disciplina Metodologia de Ensino de Educação Física será um processo contínuo, permanente cumulativo, onde o professor estará organizando e reorganizando o seu trabalho nas diversas manifestações, levando os alunos a refletirem e se posicionar criticamente com o intuito de construir uma relação com o mundo. Na avaliação das aulas práticas deverá ser observada a participação, a desenvoltura e a evolução dos alunos em cada atividade, verificando sua individualidade e necessidade. Poderão também ser avaliados através de avaliações escritas, trabalhos de pesquisa e apresentações. Na avaliação do aluno incluso, não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na sua aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas “educações”: a regular e a especial. F- BIBLIOGRAFIA: Caderno Pedagógico de Atividades Rítmicas. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Estado da Educação-PR, 1984. NANNI, Dionísia. Dança – Educação: pré-escola à universidade. Rio de Janeiro : Sprint, 1995. Organização de competições-torneios e campeonatos. 21ª ed. Rio de Janeiro : Sprint, 2003. VALADARES, Solange & ARAÚJO, Rogéria. Educação Física no cotidiano escolar. Belo Horizonte : FAPI, 1999. ECKERT, Helen M. Desenvolvimento motor. 3ª ed. São Paulo : Manole, 1993. GALLARDO, Jorge Sérgio Pérez et alli. Didática de Educação Física: a criança em movimento-jogo, prazer e transformação. São Paulo : FTD, 1998. GUERRA, Marlene. Recreação e lazer. Porto Alegre : Sagra, 1982. Linguagens, códigos e suas tecnologias/Secretaria de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. FERREIRA NETO, Carlos Alberto. Motricidade e jogo na infância. Rio de Janeiro: Sprint, 1995. SANTOS, Luiz Silva. Educação, Educação Física, Capoeira. Maringá: Fundação Universidade Estadual de Maringá, 1990. MAGILL, Richard A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São Paulo : Edgard Blücher, 1984. GUERRA, Marlene. Recreação e lazer. Porto Alegre : Sagra, 1982. GALLAHUE, David L.; OZMUN, John C. Compreendendo o Desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo :Phorte, 2001. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 DISCIPLINA: PRÁTICA DE FORMAÇÃO (ESTÁGIO SUPERVISIONADO) – ENSINO MÉDIO INTEGRADO A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: Partindo do pressuposto de que a educação profissional, enquanto processo de formação humana, refere-se ao desenvolvimento da pessoa como um todo, não podendo, ficar restrita a dimensão lógico-formal ou as funções ocupacionais do trabalho. A disciplina de Prática de Formação (estágio supervisionado) é um elemento curricular do curso de formação de professores responsável por assegurar a unidade teoria e prática desta formação. Devendo ser entendido como elemento decisivo no que diz respeito à qualidade de ensino. Possibilitando através dessa disciplina, estabelecer um elemento articulador da relação teoria e prática na formação dos profissionais da educação. Definindo-se assim, que tipo de professor pretende formar e para qual escola. De acordo com Saviani “é a educação que determina os saberes que entram na formação do educador”, tendo a escola que considerar a sua função social e dimensão política no contexto dessa sociedade capitalista. Sendo a educação, entendida como um fenômeno próprio dos seres humanos, que se constituem no processo de produção de sua existência. A medida que esta produção se dá no processo de adaptação da natureza ao próprio homem, agir sobre ela e promover sua transformação, uma vez que esta ação intencional é definida como trabalho. E para isso, explica Saviani, a educação situa-se ma categoria do trabalho e "ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho não material uma vez que diz respeito às atividades em que o produto não se separa do ato de produção. Ou seja, a aula (produto do trabalho do professor) é produzida e consumida ao mesmo tempo. A aula se realiza no momento exato do seu consumo, pelo aluno. Neste sentido Saviani devem integrar-se no processo de formação do educador cinco saberes: Saber Atitudinal compreende o domínio dos comportamentos e vivencias consideradas adequadas ao trabalho educativo; Saber Crítico Contextual:expressa a compreensão das condições sóciohistóricas que determinam a tarefa educativa; Saberes Específicos:correspondem às disciplinas que integram os currículos escolares e finalmente o Saber Didático- Curricular: corresponde o entendimento da dinâmica do trabalho pedagógico. O estágio supervisionado é o elemento por meio do qual se pretende estabelecer a relação teoria e prática na formação do educador, sendo necessário estar pautado numa reflexão que discuta o fazer pedagógico em todas as suas dimensões: o que ensinar, como ensinar, para quem ensinar e para que ensinar. De acordo com a compreensão de Vasquez (1977. P.233), a teoria e a prática deve ser concebida como uma dimensão de um mesmo processo unitário que se efetivam através de uma dinâmica, em que a teoria orienta a ação, entendida como transformação da realidade, e esta, por sua vez, pode reorientar a própria teoria, fazendo-a avançar e progredir. O curso de formação não é apenas uma prática docente, mas deve ser a teoria sobre a prática, ou seja, uma reflexão sobre e a partir da realidade da escola. Nessa perspectiva, pretende-se instrumentalizar o aluno do curso de formação de professores na construção de sua práxis pedagógica. Pois, como já dizia Marx, não basta conhecer e interpretar o mundo de forma teórica, mas sim transformá-lo. No entanto para que este processo se efetive é necessário organizar a disciplina de estágio supervisionado de maneira que estabeleça uma relação teoria e prática, possibilitando a construção de uma práxis pedagógica, por parte do futuro profissional que está em processo de formação. Sendo uma práxis pedagógica comprometida com a transformação necessária para a efetivação do papel da escola no atual contexto social, econômico e político em que a escola está inserida, o método sobre o qual podemos pensar a organização do estágio é o método dialético-materialista, o qual Gadotti (2001, p. 79), destaca um tríplice movimento: “de crítica, de construção do conhecimento novo, e da nova síntese no plano do conhecimento e da ação”. Este movimento caracterizaria o método, “ao mesmo tempo como uma postura, um método de investigação e uma práxis”. Para Frigotto (2001), estabelecer relações sobre uma dada realidade a partir de uma abordagem materialista histórico dialética, implica compreender, esta abordagem nas suas diferentes dimensões: enquanto postura, método e práxis. Buscando verificar as manifestações do objeto e compreender concretamente este fenômeno; a partir de um determinado sentido, objetivo: a compreensão e transformação desta realidade. Se entendermos práxis a partir da perspectiva de Vasquez, como uma atitude transformadora, não deixando de ser uma interpretação científica, pois não há práxis como atividade puramente material. Sem a finalidade de produção de conhecimentos que caracterize a atividade teórica. Enfim, uma pesquisa que se proponha a explicar o mundo criticamente, precisa desenvolver uma explicação, que se coloque ela mesma, no terreno da práxis revolucionária, que tenha um sentido histórico, social, político e técnico. Portanto, buscamos mostrar que o estágio supervisionado é um elemento articulador da relação teoria e prática, devendo ser pensado na perspectiva da formação de profissionais da educação, sendo capaz de partir de uma análise rigorosa do contexto em que o sistema educacional está inserido, construindo conhecimentos novos que possam explicar e indicar alternativas para construção de uma práxis pedagógica que vá ao encontro das necessidades de uma educação de qualidade. B- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: - Possibilitar, ao aluno do Curso Normal, uma aproximação com o "ofício de professor". - Propiciar contato com situações - problemas no âmbito de algumas modalidades específicas educacionais, como: Educação do Campo, Educação Indígena, Educação Especial, EJA, assim como as atividades extra-escolares desenvolvidas por ONG's e outras Instituições. - Proporcionar meios ao futuro professor para conhecimento e reflexão sobre as fases de desenvolvimento da criança, a constituição das famílias e suas modificações na sociedade atual. - Instrumentalizar o futuro professor para atuar na Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental. - Promover ação docente garantindo que os alunos contextualizem os conteúdos desenvolvidos nas aulas, através das disciplinas com a prática social, e também vivenciem as práticas pedagógicas nas escolas de 1ª a 4ª série dos anos iniciais. - Garantir ao futuro professor, através da Prática de Formação, a oportunidade de desenvolver de fato a práxis pedagógica e educativa, a partir das teorias estudadas durante o Curso. C -CONTEÚDOS Os sentidos e significados do trabalho do professor/educador: A natureza do trabalho do professor. O papel do professor/educador. A diferença do trabalho de educar em relação a outros tipos de Trabalho. O trabalho considerado produtivo e o trabalho considerado intelectual e a relação entre os dois. As dificuldades existentes para se mensurar as tarefas do educador. O produto do trabalho do professor. As consequências específicas do professor em relação às atividades no seu processo criativo. Pluralidade Cultural, as diversidades, as desigualdades e a Educação: Como se operam as desigualdades sociais na esfera da educação. As diferenças de classe, gênero, etnia, religião, estética, entre outras que se manifestam nos centros de educação infantil, nas escolas e nos diferentes espaços de educação formal e informal. A relação das estruturas sociais reproduzidas e às vezes alimentadas no espaço educacional com o trabalho do professor. O papel do professor e as especificidades de seu trabalho diante das desigualdades. O papel da escola na socialização dos conhecimentos disponíveis no sentido da compreensão e superação das desigualdades entre as classes sociais, entre os gêneros, entre as etnias. Condicionantes da infância e da família no Brasil e a organização da educação infantil. Desenvolvimento do comportamento social da criança As etapas do desenvolvimento em termos físicos e psicológicos. O papel e a influência da família e da escola na socialização. O processo de socialização. O desenvolvimento cognitivo. Política Nacional de Educação da Criança de 0 a 6 anos. A Educação Infantil e a nova L.D.B. Família... O que está acontecendo com ela? Estágio de observação e participação em instituições que ofertam ensino a Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental. Artes, brinquedos, crianças e a educação infantil nas diferentes instituições. O grupo de brinquedo. O brinquedo e os jogos. Os grupos infantis. Estágios de observação e participação nas diferentes instituições de ensino. Confecção de brinquedos com material reciclável e exposição. Análise critica do Referencial Nacional Curricular de Educação Infantil. Análise do trabalho pedagógico na Educação Infantil e Séries iniciais do Ensino Fundamental. Intervenção metodológica na superação das metodologias utilizadas na Educação Infantil e Séries iniciais do Ensino Fundamental. Manejo de Classe. Confecção de material didático. Análise do material didático utilizado pelo professor. Práticas pedagógicas. Manejo de classe; Recursos didáticos; Conteúdos curriculares de 1ª a 4ª série; Fundamentos teóricos-metodológicos da pesquisa. Ação docente; Reflexão sobre a práxis pedagógica educativa; Contextualização entre os conteúdos desenvolvidos na escola de formação com a de Campo de estudo. D- METODOLOGIA DA DISCIPLINA: Possibilitar o aprofundamento sobre o que é o trabalho do professor nos Centros de Educação Infantil e nas Escolas do Ensino Fundamental.Aproximando-os da realidade, através de pesquisas, reflexões teórico-metodológicas mais consistentes, pesquisa de campo, observação e participação em instituições próximas dos alunos como: Centros de Educação Infantil, Escolas do Ensino Fundamental, instituições voltadas para portadores de deficiência física, mental, visual, auditivo entre outros. E, caso existam nas proximidades Educação Indígena, Educação de Jovens e Adultos, Educação no Campo. Observação, reflexão sobre os condicionantes da infância e da família no Brasil e os fundamentos de Educação Infantil, resultando em pesquisas e observação, quanto às concepções de infância, família e educação. Análise das artes, brinquedos, jogos, sua utilização nas diferentes instituições educativas, elaboração de inventários, exposição de materiais confeccionados durante a pesquisa. Ação docente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, através de práticas pedagógicas, em que os futuros professores poderão contextualizar e vivenciar os conteúdos desenvolvidos nas aulas e disciplinas que fundamentam o curso. Dessa forma será possibilitado ao aluno, além da ação docente, a elaboração de materiais didáticos, seleção adequada dos mesmos, o desenvolvimento de metodologias adequadas para um bom desempenho. Análise critica de propostas pedagógicas, livros, materiais didáticos e sua relação com o processo de ensino aprendizagem. A reflexão sobre a educação inclusiva desafios e expectativas a respeito da efetivação, na prática de um ideal de uma escola pública de qualidade, que acolhe todos os alunos, envolvendo a organização do processo de aprendizagem por meio da flexibilização e adaptações curriculares (de conteúdos, métodos, avaliação). Proporcionando ao futuro professor uma visão em que a escola deve oportunizar aos alunos inclusos direitos de efetivação a igualdade de oportunidades independente se apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais. No ensino de Prática de Formação ( Estágio Supervisionado ) se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência. E -CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA: A avaliação da aprendizagem deverá ser integrada aos pressupostos da proposta pedagógica, considerando o aluno como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre o conhecimento apreendido e o mundo do trabalho, que diferencia da avaliação concebida numa matriz teórica tradicional e positivista. Para tanto se deve situar inicialmente a sociedade na qual está inserida a escola, para que possamos compreender e contextualizar melhor as suas práticas avaliativas estabelecendo relações com estas mesmas práticas. As ações que se revestem deste caráter se explicitam quando o professor considera o aluno como indivíduo que pode e deve, com o seu próprio esforço, buscar as suas alternativas de aprendizagem, de vida, de empregabilidade, visando sempre o mercado de trabalho. A avaliação escolar não deverá considerar o aluno como um indivíduo, mas como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre os modos como o homem produz a sua existência e o mundo do trabalho através do conhecimento. A escola deverá ser propositiva, em relação a concepção assumida em seu Projeto Político Pedagógico, incentivando nos alunos a capacidade de pensar criticamente a realidade e a partir dela, construir explicações possíveis, estabelecendo relações que lhes dê a condição de atuar política e produtivamente de modo a transformar a realidade; assumindo uma avaliação formativa, inclusiva, que não legitime o autoritarismo e, integrada às práticas pedagógicas, que priorize a especificidade dos processos formativos dos alunos. Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas educações a regular e a especial. Assim, a avaliação será concebida como um processo contínuo e como parte integrante do trabalho educativo, estará presente em todas bases de execução do plano de ação. Através de trabalhos de pesquisa, debates, expressão oral e escrita dos temas elaborados, estágios de observação e participação, prática docente, confecções de materiais didáticos, análise de textos, pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica, projetos, seminários entre outros. F- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CANDAU, Vera Maria. O bom professor e a sua prática. Campinas – SP: Papirus, 1995. AGUIAR, Márcia Ângela. Institutos superiores de Educação na nova LDB. In: BRZEZINSKI, Iria (org.). LDB Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo: Cortez, 1997 p. 459-472. ANTUNES, Ricardo. Adeus ao Trabalho? Ensaio sobre as Metamorfoses e a Centralidade do Mundo do Trabalho. 2.& ed. São Paulo: Cortez, 1995. MARX, K Manuscritos econômicos - 1984 IN: MARX. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1974. NUNES, Andréa do R. Caldas; TROJAN Rose Meri; TAVARES, Tais Moura. Análise da Implantação da Proposta Curricular do Curso de Magistério da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, no período de 1990 a 1994: Relatório de Pesquisa realizada nos anos de 1993 a 1995. Curitiba: UFPR; Setor de Educação; Departamento de Planejamento e Administração Escolar, 1995. PARANÁ. SEED.DESG. Diretrizes Curriculares para Habilitação Magistério. Curitiba, 1979. PARANÁ. SEED.DESG. Proposta Curricular da Habilitação Magistério. 2.a ed. Série Cadernos do Ensino de 2.° Grau - 9 e 10. Curitiba, 1993. PARANÁ. SEED.DESG.Educação, Trabalho e Cidadania. Série Cadernos do Ensino de 2.° Grau - 2. Curitiba, 1991. PARANÁ.FUNDEPAR. Magistério para as Séries Iniciais do Ensino de 1.° Grau. Anais de Seminário. Curitiba: SEED-PR, 1983 (Organizadora: Diretora da FUNDEPAR, Prof.a L;r Anna Wachowicz). PARANÁ.FUNDEPAR. O Ensino Normal no Paraná e os Recursos para o Desenvolvimento. Curitiba, 1969. PIMENTA, Selma Garrrido (org.). Didática e formação de professores: percursos e perspectivas no Brasil e em Portugal. São Paulo: Cartez, 1997. SAVIANI, Demerval. A pedagogia histórico-critica e a prática escolar. IN: SA VIANI, Demerval. Escola e Democracia. 268 ed São Paulo Cortez. 199: BRASIL. MEC. CEB. Resolução CEB n.o 2, de 19 de Abril de 1999. Institui diretrizes Curriculares para a Formação de Docentes da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na modalidade Normal. BRASIL. MEC. CNE. Parecer n. ° CES 970/99, Curso Normal superior e da Habilitação para Magistério em Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental nos cursos de Pedagogia, aprovado em 09/11/1999. BRASIL. MEC. Conselho Nacional de Educação. Resolução n.o 2, dispões sobre os programas especiais de formação pedagógica de docentes, 26 de junho de 1997. DOU, 15/07/1997. BRZEZINSKI, Iria. A formação e a Carreira de Profissionais da Educação na LDB 9.394/96: possibilidades e perplexidades. In: BRZEZINSKI, Iria (org.). LDB Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo: Cortez, 1997 p. 141158 FRIGOTTO, Gaudêncio. A produtividade da escola improdutiva. São Paulo: Cortez, 1984. FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e formação humana: ajuste neoconservador e alternativa democrática. IN: GENTILLI, P. e SILVA, Tadeu da. Neoliberalismo, qualidade total e educação. Visões Críticas. Petrópolis: Vozes, 1995. GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico-crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2002. SILVA, lIeizi L. F. Reforma ou Contra-reforma no sistema de ensino do estado do Paraná? Uma análise da meta da igualdade social nas políticas educacionais dos anos 90. 1998, Dissertação (Mestrado em Educação), Faculdade de Educação da USP. VIEIRA, Sofia Lerche. Estado e Política de Formação de Magistério. Texto apresentado no GT de Estado e Política Educacional na 20.8 Reunião Anual da ANPED, Caxambu, MG, 24 à 28 de Setembro de 1997. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. WALLON, Henry. A evolução psicológica da criança. São Paulo: m. Fontes, 1981. VAZQUEZ, Adolfo Sánchez. Filosofia da práxis. 48 ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1977. NOGUEIRA, Maria Alice. Educação, saber, produção em Marx e Engels.São Paulo: Cortez Editora, 1990. ALVES, Nilda (org.) Formação de professores: pensar e fazer. São Paulo: Cortez Editora, 1996. SILVA, Tomaz Tadeu da (org.) Trabalho, educação e prática social: por uma teoria da formação humana. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de Docentes – SEED/2006 BOCK, Ana Mercês Bahia. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia/ Ana Mercês Bahia Bock, Odair Furtado, Maria de Lurdes Trassi Teixeira. - 13.Ed. - São Paulo: Saraiva, 2002. LDB interpretada: diversos olhares se entrecruzam/Iria Brezezinski (organizadora) – 9. Ed. –São Paulo: Cortez, 2005. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA -LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA CELEM - ESPANHOL O ensino de língua estrangeira no Brasil teve início com a prática do ensino de Língua Portuguesa, pela Igreja Católica no século XVI. Baseado em textos sagrados, tinha como objetivo cristianizar os pagãos. No entanto, até meados da década de 90, seu objetivo estava longe de permitir acesso à informação. Ao se apropriar de uma nova língua, o aluno não se apropriava também dos seus bens culturais. A preocupação evidente era assimilar os aspectos gramaticais necessários. Após a publicação da LDB, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna passou a se constituir um componente curricular obrigatório a partir da quinta série do Ensino Fundamental. Desta forma, o ensino da LEM deve assegurar ao aluno do Ensino Fundamental e Médio a formação necessária ao exercício da cidadania. Nesta perspectiva, encontramos no âmbito da LDB, as Línguas Estrangeiras Modernas recuperando, de alguma forma, a importância que durante muito tempo lhes foi negada. Consideradas, muitas vezes e de maneira injustificada, como disciplina pouco relevante, elas adquirem, agora, a configuração de disciplina tão importante como qualquer outra do currículo, do ponto de vista da formação do indivíduo. Em consonância com a LDB as Diretrizes Curriculares Estaduais para Línguas Estrangeiras do Estado do Paraná, (2008: 15), propõe “ que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que se vive.” Desse modo, dentro da perspectiva de língua como discurso, ensinar línguas estrangeiras é ensinar procedimentos interpretativos determinados por culturas outras que não a cultura da língua materna; aprender uma língua estrangeira é, por sua vez, aprender procedimentos interpretativos de construção de sentidos, de percepções de mundo diferenciadas. Nessa linha de pensamento, deixa de ter sentido o ensino de línguas que almeja apenas o conhecimento metalingüístico e o domínio consciente de regras gramaticais que permitem, quando muito, alcançar resultados simplesmente medianos em exames escritos. Esse tipo de ensino, que acaba por tornar-se uma simples repetição, ano após ano, dos mesmos conteúdos, cede lugar, na perspectiva atual, a uma modalidade de aprendizagem significativa que tem como princípio geral levar o aluno a comunicar-se de maneira adequada em diferentes situações da vida cotidiana. Portanto, o conhecimento de ao menos uma Língua Estrangeira é hoje um requisito para o exercício de uma cidadania plena, não apenas para os alunos em fase escolar, mas para toda a comunidade. No entanto, mesmo as distâncias físicas sendo encurtadas pelo uso das tecnologias, é fato que as distâncias sociais vêem aumentando, e é preciso pensar na construção de alternativas concretas que levem à iniciativas de democratização em todos os níveis, tendo como principal ferramenta a educação. O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental e Médio insere-se em um contexto social de uma comunidade com nível sócio-econômico variando de médio a baixo. A maioria dos pais e jovens trabalham no corte de cana, uma das únicas possibilidades de emprego na região. As famílias demonstram ter preocupação com os valores morais e éticos desejando que seus filhos possam ser conscientizados sobre estas questões, como também almejam que tenham oportunidades diferentes de ensino/aprendizagem que eles não tiveram. A comunidade, devido à carência econômica e impossibilidades de acesso aos bens culturais, necessitam de oportunidades para a superação da desigualdade de acesso ao conhecimento, que é um aspecto relevante quando falamos de uma realidade tão excludente quanto à desta cidade. Os professores e funcionários da escola estão sempre em busca de formação, o que nem sempre é possível e, para eles o aprendizado de uma outra língua da comunidade global torna-se uma qualificação básica, tanto para sua carreira acadêmica quanto profissional. Nesta perspectiva pretende-se, ao oferecer o curso de Língua Espanhola, superar esta falta de oportunidade para educandos, professores, funcionários e membros da comunidade, bem como ampliar o universo de ofertas e possibilidades, oferecendo-lhes condições para que isso seja efetivado. 2. OBJETIVOS - Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita; - Vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; - Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,passíveis de transformações na prática social; - Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; - Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país - Fazer uso da língua alvo em situações significativas e relevantes, de modo a promover a inclusão social do aluno na sociedade. 3.CONTEÚDOS Os conteúdos devem estabelecer uma relação direta com a realidade da comunidade escolar, aplicabilidade dos conhecimentos e oportunidades de ascensão social. Para tanto, utilizamos os seguintes: 3.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL A língua é discurso e discurso é uma prática social. Diante dessa realidade,as diretrizes curriculares do Estado do Paraná, com fundamentos teóricos metodológicos na área do discurso como prática social, contribuem para uma melhor compreensão da sociedade em que vivemos, bem como de suas práticas letradas,levando à conscientização de como os textos auxiliam as pessoas na realização de tarefas profissionais e cotidianas. Cientes desses processos, as pessoas tornam-se mais capazes de desenvolver uma consciência crítica e, a partir daí, transformar-se em cidadãos ativos e modificadores das suas realidades. 3.2 CONTEÚDOS BÁSICOS Leitura -Interpretação observando conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto. -Linguagem não verbal; -Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários. -Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto. -Realização de leitura não linear dos diversos textos. Oralidade -variedade lingüísticas -Intencionalidade do Texto -Exemplo de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países; -Elementos extra-lingüísticos: gestos, pausas. Escrita -Adequação ao gênero: -elementos formais e marcas lingüísticas; -Clareza de idéias. -Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão. -paragrafação; Análise Lingüística Coesão e coerência -Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas; substantivos,preposições, verbos, concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do texto. -Pontuação e seus efeitos de sentido no texto. -Acentuação -Vocabulário. Gêneros discursivos Carta, bilhete, textos midiáticos, textos informativos (cultura Espanhola), música, poesia, jornal, diálogos, receitas, propagandas, rótulos, folhetos, charges, tiras, lendas,piadas, provérbios, fotos, gráficos, quadrinhos, filmes,jornal, entre outros. 4. METODOLOGIA A metodologia deve valorizar a construção do conhecimento a partir da interação com diferentes sujeitos e situações, que permitam ao aluno atribuir significados a diferentes ações, diálogos, vivências e conteúdos. Para a construção do conhecimento, o sujeito é ativo, para Vigotsky, este mesmo sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque constitui conhecimentos e se constitui a partir de relações intra e interpessoais. Desta forma, o discurso como prática social será a ferramenta mais importante desta opção didático-metodológica. Assim na Prática de Leitura de texto serão utilizados diferentes gêneros: carta, bilhete, e-mail, textos informativos (cultura Espanhola), música, poesia, jornal, diálogos, receitas, propagandas e rótulos, bem como materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos, filmes,jornal,mensagens,computador,internet....) com fins de interpretação de textos. Para análise dos textos serão levadas em consideração a complexidade dos mesmos e as relações dialógicas. Questões que levem o aluno a interpretar e compreender o texto, utilizando-se a interpretação e tradução de pequenos textos, fazendo-se a observação do conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto serão fundamentais para que o aluno possa conhecer e utilizar a Língua Espanhola como instrumento de acesso à informações,podendo fazer a intertextualidade e inferências sobre informações implícitas. Na prática da Oralidade serão feitas análise dos recursos próprios da oralidade, através de diálogos, na apresentação de textos produzidos pelos alunos e seleção de discursos de outros como: entrevistas, cenas de desenhos, reportagem. Outro recurso a ser utilizado será a dramatização, pois através deste recurso o aluno pode perceber que não basta apenas falar, precisa-se saber como falar em determinada situação, além disso,com a dramatização o aluno adquire auto-confiança para que possa assumir a palavra diante de outras pessoas com a segurança necessária para se fazer ouvir. Na prática da Escrita, sabendo-se que para a sociedade atual não basta que o indivíduo reconheça e reproduza os signos que formam a palavra, pois isoladas e fora de contexto não bastam, será necessário que o aluno seja capaz de, não somente compreender e interpretar textos mas criativa e crítica. Para isso será necessário uma discussão produzi-los de forma sobre o tema a ser produzido, leituras de textos sobre o tema para se chegar à produção textual. Após este trabalho é preciso que seja feita a Reestruturação e reescrita do texto. Na prática da Análise Linguística serão realizados estudos dos conhecimentos lingüísticos a partir de gêneros selecionados para leitura ou escrita de textos produzidos pelos alunos, observando-se as dificuldades apresentadas pela turma. Os alunos e professor farão leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua. Os textos serão analisados visando reflexão e transformação. No ensino de língua Estrangeira Moderna (ESPANHOL) se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência 5. AVALIAÇÃO A avaliação deverá centrar-se na dinâmica das relações que se estabelecem no espaço da comunidade, da escola e da sala de aula. Será levado em consideração a capacidade de participar, desafiar, investigar, contribuir com o grupos somando com o outro, criticando, tomando decisões, desenvolvendo comportamento. A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino/ aprendizagem, levando em conta critérios como o diálogo, a negociação e o uso de instrumentos avaliativos adequados às finalidades do curso, sendo eles: Leitura compreensiva de texto, projeto de pesquisa bibliográfica, produção de texto,palestra ou apresentação oral, experimentação, projeto de pesquisa de campo, relatório, seminário, debate, atividades com textos literários, atividades a partir de recursos audiovisuais, trabalhos em grupo, questões discursivas, questões objetivas. Estes instrumentos irão se articular as avaliações diagnóstica, continua, formativa e somativa . A avaliação, enfim, se constituirá em instrumento eficaz para o fazer pedagógico, pois ao expressar os níveis de desenvolvimento dos alunos, oferece uma visão importante sobre a qualidade deste ensino: valores, habilidades, hábitos e conhecimentos conscientemente internalizados. A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressas em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero) e serão considerados aprovados, os alunos que apresentarem freqüência mínima de 75% do total de horas letivas e média final igual ou superior a 6,0 ( seis vírgula zero). Além disso, será oportunizado ao aluno a recuperação. A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Os resultados da recuperação deverão ser incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar. REFERÊNCIAS BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília, 1996 CALDART, Roseli Salete. Por Uma Educação do Campo: traços de uma identidade em construção. In.: Por Uma Educação do Campo: Identidade e Políticas Públicas. V. 4. Brasília, 2002, p. 25-36. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: Educação do Campo – Curitiba – SEED, 2005 PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação.Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. 1992. ... PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro Brasileira e Africana – Curitiba – SEED, 2005/2008. PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. Editora Ática, 3ª ed. SP. 2004 VALENTE, Ana Lúcia. Educação e Diversidade Cultural: Um desafio da Atualidade. Editora Moderna. SP, 1999 VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Org.). Projeto Político Pedagógico da Escola: Uma Construção Possível. Editora Papirus, 20ª ed. Campinas – SP 1995. VYGOTSKY. L.S. Pensamento e linguagem. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989. WEISS, Donald H., 1936 – Como se relacionar bem no trabalho/ Donald H. Weiss: tradução Reinaldo Guarany. – São Paulo: Nobel, 1994. http://pessoal.educacional.com.br/up/50280001/2902237/O%20Ensino%20de%20 L%C3%ADnguas%20Estrangeiras.pdf ... PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro Brasileira e Africana – Curitiba – SEED, 2005/2008. PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. Editora Ática, 3ª ed. SP. 2004 VALENTE, Ana Lúcia. Educação e Diversidade Cultural: Um desafio da Atualidade. Editora Moderna. SP, 1999 VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Org.). Projeto Político Pedagógico da Escola: Uma Construção Possível. Editora Papirus, 20ª ed. Campinas – SP 1995. VYGOTSKY. L.S. Pensamento e linguagem. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989. WEISS, Donald H., 1936 – Como se relacionar bem no trabalho/ Donald H. Weiss: tradução Reinaldo Guarany. – São Paulo: Nobel, 1994.http://pessoal.educacional.com.br/up/50280001/2902237/O%20Ensino%20d e%20L%C3%ADnguas%20Estrangeiras.pdf http://www.naya.org.ar/congreso2002/ponencias/cristiana_tramonte2.htm PARECER Nº 01/2010 FÊNIX, 11 DE NOVEMBRO DE 2010 DO DIRETOR DO COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL ENCAMINHA À COORDENADORA DA EQUIPE PEDAGÓGICA DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO DE CAMPO MOURÃO, MARIA CRISTINA DE LIMA POLIZER, PARECER DE APROVAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR. Informamos que, após análise e acompanhamento dos dados solicitados pela Equipe Disciplinar do NRE, no que se refere às sugestões e correções de cada disciplina, a direção e a equipe pedagógica deste estabelecimento, é de Parecer Favorável a aprovação da Proposta Pedagógica, atendendo as orientações emanadas da SEED/NRE. ATA DE APROVAÇÃO DE APROVAÇÃO Ata da Reunião Plenária para aprovação do Projeto Político-Pedagógico, realizada no dia seis de dezembro do ano de dois mil e dez no Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – EFMN Às vinte horas e trinta minutos do dia seis de dezembro do ano de dois mil e dez, atendendo convocação da Diretora Ana Carolina Casalvara dos Santos, reuniramse os membros da Comunidade Escolar para realizar análise e aprovação final do Projeto Político Pedagógico. A Diretora iniciou a reunião ressaltando a importância da participação de todos os segmentos do processo educativo para construir uma visão global da realidade e dos compromissos coletivos, continuou esclarecendo que o mesmo alicerça o trabalho pedagógico escolar enquanto processo de construção contínua, pois é através do mesmo que se faz possível direcionarmos as ações dos educadores e dos educandos no decorrer do trabalho educativo e isto implica o esforço coletivo e participativo. Logo após a Diretora explicou que foram feitas alterações no mesmo, portanto fez-se necessário nova análise e discussão. Diante da exposição feita todos concordaram com as mudanças realizadas e concluíram que por ser uma construção coletiva o mesmo articula a prática da participação e elimina o individualismo, buscando desta forma uma gestão escolar democrática e assim promover o sucesso escolar. A seguir em votação o Projeto Político-Pedagógico foi aprovado por unanimidade. Agradecendo a participação de todos deu-se por encerrada a reunião e nada mais havendo a tratar, eu Rosilene Candido de Azevedo, professora pedagoga lavrei a presente ata que será assinada por mim e por todos os presentes. Em tempo: onde se lê Comunidade Escolar, leia-se Conselho Escolar Cópia fiel do livro ata página 47 ATO DE APROVAÇÃO DO NRE
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