Edição de Novembro e Dezembro de 2014
Transcrição
"Não há Democracia sem imprensa livre" de o t i r Dist Branco lo e t s a C www.jornaldeoleiros.com Director e Fundador: Paulino B. Fernandes Director-Adjunto: José Lagiosa Ano 6, Nº 39, Novembro / Dezembro de 2014 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Mensal , aos dias 15 de cada mês Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira Correspondentes fixos em todas as sedes de Concelho do Distrito de Castelo Branco e Freguesias de Oleiros Edição de Natal Gisela Martins é a nova Presidente da JSD de Oleiros Homenagem ao Comendador José Santos Marques reúne 1200 pessoas Campo do Ventoso no Estreito foi inaugurado em 18 de Outubro José Sócrates detido preventivamente página 2 página ?? LAFA, Liga dos Amigos da Amieira realizou o Magusto * Editorial no Jornal de Vila de Rei Primeiro-Ministro visitou Oleiros Fixação de jovens no concelho é principal prioridade PLANET FERROVIA SECTOR IX LUSITÂNEA inaugurada no CCC em Castelo Branco Foto: Beira Baixa TV Primeiro-Ministro visitou a José Afonso & Filhos, SA página 4 página 3 O Hotel Santa Margarida, com 23 quartos e suites, foi inaugurado em Outubro de 2012 e está implantado num dos locais mais emblemáticos de Oleiros. O Restaurante “Callum” está aberto todos os dias, com serviço à carta, sendo possível aos almoços de domingo degustar um dos pratos mais típicos da região, o cabrito estonado. Organizamos refeições para empresas e famílias, para além de comemorações festivas alusivas a baptizados, casamentos ou outros eventos sociais. Entregue-nos a organização da festa e tratamos de tudo por si! O Restaurante Callum, “no Coração do Pinhal”, permite-lhe desfrutar de experiências gastronómicas únicas. Honre-nos com a sua visita! Hotel Santa Margarida Torna-Oleiros 6160-498 Oleiros | Tel: 272 680 010 | Fax: 272 680 019 | http://hotelsantamargarida.pt/pt | http://www.facebook.com/hotel.stamargarida GPS: 39.9157, -7.907 10 Jornal de OLEIROS 2014 NOVEMBRO / DEZEMBRO IDANHA-A-NOVA No âmbito da renovação dos Paços do Concelho Filarmónica Idanhense Apresentado novo espaço do Serviço de Atendimento ao Munícipe Banda apresenta tributo a António Variações A Câmara Municipal de Idanha-a-Nova apresentou este mês de novembro, um moderno e funcional espaço para o Serviço de Atendimento ao Munícipe, no âmbito das obras de beneficiação realizadas naquele edifício, nos últimos meses. A cerimónia de apresentação dos Paços do Concelho após a renovação, contou com a presença do executivo autárquico, colaboradores da autarquia, representantes de instituições do concelho e de largas dezenas de munícipes. O novo balcão de atendimento tem por objetivo “que os idanhenses possam ter aqui um espaço para colocar as suas questões, problemas e projetos de futuro, onde se sintam em casa e sejam atendidos por colaboradores da Câmara que dispõem de todas as condições para dar resposta às suas solicitações”, explicou Armindo Jacinto, presidente da Câmara de Idanha-aNova. A participação dos colaboradores da autarquia na idealização do espaço onde funciona o Serviço de Atendimento ao Munícipe, desde arquitetos a chefes de divisão dos diferentes serviços, foi outro dos aspetos realçados por Armindo Jacinto. Desta maneira, foi possível reduzir o investimento necessário à obra, ir ao encontro das reais necessidades dos munícipes e tornar mais eficiente o processo de modernização administrativa. A apresentação dos renovados Paços do Concelho foi assinalada com a inauguração da nova mostra da celebrada artista e arquiteta Cristina Rodrigues, com criações expostas no edifício da Câmara de Idanha-aNova e no Centro Cultural Raiano. A Filarmónica Idanhense vai estrear a sua nova produção, “Canções & Variações”, em dois concertos a realizar nos dias 7 e 8 de dezembro, no Centro Cultural Raiano, em Idanha-aNova. Trata-se de um tributo a António Variações construído inteiramente pela Filarmónica Idanhense com o apoio e a colaboração da família do cantor e compositor, num ano em que se assinala o 70º aniversário do seu nascimento e o 30º aniversário da sua morte. Em palco estarão cerca de 50 músicos amadores acompanhando as vozes de Jaime Ribeiro e Luís Ribeiro (irmãos de António Variações), Jaime Rafael (sobrinho de António Variações), Rui Aziago e Lena D’Água, artista que trabalhou de perto com António Variações durante a sua curta mas fulgurante carreira. Participam ainda o coro infantil Notas Soltas e a banda Freedom. O projeto foi apresentado à população numa sessão que decorreu no Fórum Cultural de Idanha-a-Nova, dia 9 de novembro, onde a Filarmó- nica Idanhense revelou ainda o registo da marca “Canções…”. Iniciado em 2010, o projeto “Canções…” conta já com vários concertos temáticos, sempre dedicados à música portuguesa, pelo que a Filarmónica Idanhense “entendeu reforçar a marca, registando-a e associando-lhe um vinho e jogos temáticos sobre o projeto e sobre o concelho de Idanha-a-Nova”, anunciou João Abrantes, presidente desta instituição centenária. “Canções da Beira”, “Canções de Abril” e “Canções... o Fado” são algumas das produções já realizadas dentro deste conceito inovador que agora pretende levar o novo “Canções & Variações” a percorrer o país. Familiares de António Variações estiveram presentes na sessão de apresentação dos concertos. Jaime Ribeiro, uma das vozes convidadas, afirmou que esta é a primeira vez que membros da família vão estar diretamente envolvidos num espetáculo de tributo ao irmão. Refira-se que esta é mais uma iniciativa que conta com a colaboração da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, no âmbito da política de apoio às instituições culturais que valorizam e promovem o concelho. A direção da Filarmónica Idanhense, que comemora este ano o seu 126º aniversário, anunciou para 2015 dois novos espetáculos: um de tributo ao cante alentejano e outro dedicado à obra do cantautor Jorge Palma. 2014 NOVEMBRO / DEZEMBRO Jornal de OLEIROS 11 Portugal; Meu Querido Portugal Joaquim Vitorino Meu querido Portugal, é um pensamento diário que assola todos queles que tiveram um dia que partir em busca de uma vida digna para si e os seus descendentes; deixando sempre em aberto a esperança que talvez um dia ainda que longínquo, poderem regressar à terra lusitana que os viram nascer e que tanto amam. Portugal foi sempre um país irrequieto e sonhador, aventureiro mas também sedentário; onde o regresso às origens foi sempre uma constante deste povo humilde, mas que é detentor de uma educação quase elevada ao limite; e também dotado de uma paciência, que muitas vezes resulta num entrave à sua realização pessoal e coletiva; porque raramente reage aos sacrifícios que lhes são infligidos por aqueles em que acreditaram que seriam os melhores, para encontrar as soluções adequadas para as suas aspirações pessoais e familiares; estando estas muito longe de serem correspondidas, não obstante terem existido condições mais que suficientes para o fazerem; e que resultou num frustrante vazio entre duas classes; a classe dominante que governa, e os governados que se vão afastando dos primeiros, porque já não lhes inspiram mais confiança. Portugal anda a navegar em águas turbulentas; o arrastão de pilhagem a que foi sujeito nos últimos anos, catapultou a Nação Portuguesa para uma pobreza prolongada e provavelmente sem retorno; tudo dependerá da conjetura internacional e da resposta e ânimo por parte dos portugueses, para contrariar a fatalidade que nos bateu à porta. Portugal foi impiedosamente atacado por “galracho” (erva-daninha) que corroeu o tecido económico português e se instalou na área financeira onde as fraudes na banca privada são uma constante, bloqueando qualquer saída para iniciarmos a recuperação; abrindo caminho a uma penosa etapa que nos conduza à dignidade deste povo que em tempos esteve no auge; e que já foi por duas vezes durante décadas o mais rico do Mundo. Os últimos anos foram repletos de acontecimentos negativos para os portugueses, o que lhes reserva o direito de colocar sob suspeita, todas as promessas que não têm à partida qualquer possibilidade de serem cumpridas; sendo preferível Um povo culto não deveria suportar a TV que tem Os Poderes contestados de Ontem reúnem-se modernamente nos Canais de TV António Justo [email protected] www.antonio-justo.eu Acabo de chegar de Portugal. Uma estadia, na Quinta Outeiro da Luz, muito rica em contactos e em experiências humanas confortantes. O brilho da gente e do clima contrasta com a negrura e a baixeza de muitos programas da TV. Os responsáveis da TV parecem ter a intenção de educar o povo para o mórbido para o acaçapado, quando a sua missão não deveria ser educar mas informar e instruir! É horripilante o nível das cadeias de TV. O povo continua a ser emburrecido com histórias emocionais de roubos, suicídios, assassínios e quejandas; tudo explorado até à exaustão duma lágrima que turva a inteligência. Notícias, que deveriam ter lugar apenas nos jornais locais, são exploradas pela TV na intenção de fomentar uma consciência ligada ao espírito coitadinho e a instintos primitivos; programas com moderadores, muitas vezes, sem nível, mas democráticos para que a estupidez também encontre representatividade nos canais virados para a sentimentalidade e a negatividade; enfim, uma cultura para mais engordar a plebe. Até o povo sensato parece não notar que está a ser encharcado com imagens e conversas baratas tendentes ao alheamento, numa perspectiva de lavagem do cérebro. Deixa-se levar e até gosta do sentimento satisfeito que o torna cada vez mais na mesma porque “com papas e bolos se enganam os tolos”. Quanto menos o povo consiga conectar mais facilmente será de levar! O mais lamentável é que a classe académica e gente bem pensante suportem a banalidade e não proteste contra. Um povo abandonado a feras vestidas de cordeiro. Quanto ao discurso político transmitido: uma miséria! Apenas discurso partidário para embalar o zépovinho! É rara a discussão política objectiva sobre temas e se tal a desoras; o que interessa são os ardinas políticos da praça e todo um enredo em torno do dito e do não dito: uma conversa fiada para desinformar. Cada partido apresenta-se como uma rampa de salvação vendo a do adversário como a rampa para o inferno. Cada qual com os seus dogmas e conversas intermináveis socorrendo-se da falta de informação factual e de argumentação concreta de um público à deriva, até porque só entende os cabeçalhos e os títulos das notícias. Conversa, só conversa! Porém, a conversa nunca é certa, se deixa espaço para reticências. Numa sociedade quer entupida/autossuficiente quer castigada, falta a informação e o interesse por ela, devido às instituições dos boys que tudo minam e dominam. Temos de deixar a ilusão de que alguém nos virá salvar. Nós é que temos de nos salvar. O povo português é de memória curta e muitas vezes infantil ao pensar que a alternativa, no tempo de eleições, vem de um outro partido. A República começou empestada de ideologias e oportunismos e continua fiel a esta tradição. A juventude abandona o país, permanece o hábito acomodado e autossatisfeito a continuar a má tradição. Boa noite Portugal! C M Y CM MY CY CMY K que antes de caminharmos cegamente para as urnas de voto, digam em concreto o que pensam fazer e o que têm para oferecer que seja melhor que os outros; e até mesmos os que nunca governaram, que digam o que fariam se lá estivessem; não se escondendo atrás da confortável posição de serem eternamente oposição para não perderem votos; a isto não se chama patriotismo. Portugal tem um estatuto de país de Grandes Navegadores; mas neste momento atravessa uma grave crise de carência de marinheiros; com os mares agitados e o leme quase quebrado, vai ser difícil a chegada a um bom porto, porque tarda em aparecer o “Homem do Leme” e os ventos alísios. Os olhos do Mundo estão postos em Portugal porque não compreendem os verdadeiros motivos, e o porquê dos portugueses deixarem cair a pique a sua gloriosa Nação em poucos anos, sem reagirem contra os destruidores que o fizeram em benefício próprio. No passado enfrentámos ocupações e guerras impostas, e lutámos em nome da Fé e Esperança nos cinco continentes; hoje assumimos uma posição AF MONTRA_148mmX210mm cv.pdf 1 18/09/14 de “mansinhos” para com aqueles que nos destruíram, o que constitui a maior afronta e falta de coragem; que as futuras gerações com toda a certeza não nos vão perdoar. A língua portuguesa é a quinta mais falada em todo o mundo, sendo das primeiras com a maior cobertura global, onde é ensinada em todos os cantos do planeta; o que constitui só por si, a nossa Universalidade como um povo. Nunca será de mais realçar o legado cultural e patrimonial que nos deixaram os “Grandes Vultos do Nosso Passado” a quem expresso aqui a minha humilde homenagem; sendo a Eles que dedico este meu artigo. À Memória de D. Afonso Henriques, D. João I, D. Nuno Álvares Pereira, D. João II, Infante D. Henrique, D. Manuel I, D. João IV, Vasco da Gama, Pedro Alvares Cabral, Bartolomeu Dias e Luís de Camões entre tantos outros que fizeram de Portugal uma Grande Nação; é por eles que temos que lutar para a levantar de novo; as futuras gerações não esperam menos de nós. **O Autor escreveu ao abrigo do novo acordo ortográfico. 15:31 12 Jornal de OLEIROS 2014 NOVEMBRO / DEZEMBRO O FAROL Insanidade é continuar sempre a fazer a mesma coisa e esperar que o resultado seja diferente (Einstein) António Graça O coelho ilusionista (fábula) O autor ignora o Novo Acordo (?) Ortográfico Ilusionismo (ou Prestidigitação) é a arte performativa que tem como objetivo entreter o público dando a ilusão de que algo impossível ou sobrenatural ocorreu. Os praticantes desta atividade designam-se por ilusionistas ou mágicos. O coelho tem tido, ao longo dos anos, alguma ligação com a actividade do ilusionismo. Uma clássica referência a um ilusionista é aquela que o apresenta como alguém que tira coelhos da cartola. Ora, num pequeno país chamado Lagutrop, havia um coelho que fazia, ele próprio, os truques de ilusionismo, dispensando a intervenção de um ilusionista competente. A grande especialidade deste láparo ilusionista eram os truques com números, em cuja manipulação, para convencer as plateias das ilusões que pretendia apresentar como realidades, era quase perfeito. Mas…, faltava-lhe o quase. É que o coelho considerava que a plateia era composta por espectadores ignorantes, ou, no mínimo distraídos, o que não correspondia à realidade, e quando algum espectador mais bem informado questionava a veracidade dos seus truques, logo o coelho se irritava e, num acesso de birra, desatava a apelidar o seu contestante de ignorante, preguiço- so, piegas, etc.. O coelho tinha, tal como é normal nesta actividade, uma partenaire, ou melhor, um partenaire, o vice-coelho e uma trupe de seguidores, cuja missão era a divulgação e a defesa da veracidade dos seus truques, fossem eles bons, maus ou péssimos. O azar do bicharoco ilusionista foi mesmo o de a trapaça dos seus espectáculos de magia ter sido facilmente desmontável, dada a fraca sustentabilidade dos truques apresentados, o que se devia concerteza à sua ignorância e incompetência para a função que praticava. Como a trupe e o partenaire não ajudavam muito à função, o pobre coelho ilusionista caiu em descrédito e começou a apresentar em cada actuação, uma dose de nervosismo, que se esforçava por disfarçar, o que conduziu a que, quando foi escolhido o cartaz para a época seguinte de espetáculos, ele foi, finalmente, substituído por um profissional competente. Moral da história: não se consegue enganar toda a gente sempre Austerität MACHT FREI Indivíduos ainda não identificados roubaram, há alguns dias, a placa que encimava o portão de entrada do campo de concentra- ção e extermínio nazi de Dachau, a norte de Munique. A referida placa tinha escrita a frase “Arbeit macht frei”, cuja tradução em português é “O trabalho liberta”, frase que seria uma espécie de boas-vindas e de esperança para as suas vítimas judaicas. Já o escrevi várias vezes e reafirmo que a chanceler alemã quer, pela via do sufoco económico, fazer aquilo que Adolfo Hitler não conseguiu pela força das armas. A frau Merkl e o seu ministro das finanças, cujo semblante me lembra um personagem do filme “A lista de Schindler”, insistem nas políticas de austeridade para os restantes países europeus, ameaçando com castigos aqueles que não seguirem as suas orientações, transmitidas através de uma enfraquecida e obediente cúpula da União Europeia. A continuarmos assim, os cidadãos dos países desobedientes arriscam-se a ter de pregar nas suas vestes algo que os identifique como tal, sendo, à entrada de cada país desobediente, colocada uma placa na qual se poderá ler “AUSTERITÄT MACHT FREI”, ou seja, em português, “A AUSTERIDADE LIBERTA”. Vêm aí os russos? Tem-se vindo a verificar recentemente uma acrescida actividade de meios aéreos e navais russos em espaços aéreos e ZEE de países da União Europeia. Este tipo e movimentações não é propriamente uma novidade, já que. na época da chamada guerra fria, era frequente a presença de meios soviéticos, particularmente de navios, ao largo da costa portuguesa, normalmente disfarçados de inofensivos navios de pesca, mas equipados com sofisticados sistemas de espionagem. Com o fim da guerra fria ( será que acabou mesmo?)esse tipo de actividade quase desapareceu, mais devido a dificuldades de reorganização pela Rússia das unidades militares da ex-União Soviética que ficaram sob o seu comando, do que por uma atitude de desanuviamento das relações com os países da NATO. E isto porque; -A Rússia nunca aceitou de bom grado o desmantelamento da antiga União Soviética e o enfraquecimento do seu poder ditatorial sobre as repúblicas que a compunham. - Ainda menos aceitou a aproximação às organizações do ocidente, como a NATO e a União Europeia, de algumas daquelas repúblicas. Os recentes acontecimentos provocados por movimentos ditos separatistas na Ucrânia, que não são mais que milícias russas sob as ordens de generais do exército de Moscovo, são uma prova clara disso. A presença de meios militares russos em espaços de países da U.E. é, para já, uma demonstração de força e de que o poder bélico da ex. união soviética está vivo, agora sob o comando efectivo da Rússia, e pronto a actuar a distâncias até aqui consideradas protegidas. O bombardeiro Tupolev 95, que foi detectado em espaços aéreos da U.E. é uma aeronave estratégica multi-funções, capaz de transportar ogivas nucleares a uma distância de 15.000 km da sua base. Vêm aí os russos? É uma pergunta para a qual a resposta aqui e agora é ainda não. Contudo se, na sequência destas acções dos russos se produzir algum incidente, tal como a colisão com um voo civil, que já esteve prestes a acontecer, ou o ataque a um destes Tupolev, na sequência da sua desobediência aos aparelhos da NATO que os interceptam, aí, as coisas complicam-se e apenas uma posição forte e coesa dos países ocidentais poderá evitar um incidente sério. Infelizmente do lado da União Europeia pouco se poderá esperar nesse sentido, dada a comprovada incapacidade dos seus recentes medíocres lideres em conseguir essa coesão. Até breve Afinal, o que é o Natal? Manuela Marques O tempo passa, urge, na pressa quotidiana de cada um de nós, dos nossos afazeres, da nossa caminhada pela vida e nem damos conta da sua passagem tão rápida, tão eficiente, tão indelével. Eis senão quando chega essa época natalícia que nos abre os corações, que nos relembra que o tempo importa, pela forma como passamos por ele, ou ele por nós. O Natal ocupa um espaço em nós, tão grande, que não cabe no pequeno ser que é cada ser humano no conjunto do universo. A sede de sabermos mais, de chegar mais longe, faz-nos ganhar tempo para o perder depois nas coisas mais insignificantes. Temos sede de rapidamente descobrir quem somos, de onde viemos, para onde vamos e, por isso, apressamonos a explorar o desconhecido ainda tão inexplorado, somos capazes de ir tão longe no espaço, e no entanto, tão perto de nós vive a dor e a miséria e não somos meramente capazes de as sanar! Contudo, é no Natal, cujo pelouro cultural e religioso, tão vincado nas civilizações, aflora a cada ser, em cada momento que se aproxima rapidamente, que nos lembramos que o nosso âmago grita pela urgência de amenizar o sofrimento. Afinal, o Natal é isso mesmo, uma tentativa de vivermos mais um ano na calma e tranquilidade dos nossos corações porque fizemos a diferença durante uns dias do ano, no silêncio espiritual e ritual, ou na correria e alegria do voluntariado. Façamos o que já nos é acostumado, que a meu ver já não é pouco e a humanidade necessi- ta seriamente, se não aumentar os seus valores, pelo menos mantê-los vivos e sãos. Desejo, vivamente, no silêncio do meu coração que cada um de nós possa sentir sempre esta belíssima época como um tempo jamais perdido, mas sim sempre renovado e melhorado. Um excelente Natal para todos os colaboradores, fundadores, órgãos dirigentes e, especialmente para os nossos leitores. Grupo de nascidos em 1963, cresce, amplia convívio Habitualmente, após a Missa, janta no Hotel de Santa Margarida e ouve a bela música do conjunto La Bohéme. O próximo ano já está marcado. 2014 NOVEMBRO / DEZEMBRO Jornal de OLEIROS Workshop sobre Medronheiro em Oleiros bastante participado Inserido no âmbito da 8.ª Mostra do Medronho e da Castanha, realizouse no passado dia 1 de novembro, na Casa da Cultura de Oleiros, o workshop “Medronheiro, uma janela de oportunidades”. Promovido pelo Município de Oleiros, o evento contou com a colaboração do Ministério da Agricultura – Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) e da Cooperativa Portuguesa do Medronho (CPM), tendo reunido a participação de 60 interessados, na sua maioria jovens oriundos de vários pontos do país. Ao longo dos trabalhos que se prolongaram por toda a manhã, com uma componente teórica e dois casos práticos, os participantes tiveram a oportunidade de se inteirarem sobre a fileira em causa. Assuntos como a importância da seleção e propagação de plantas na produção de medronho, 13 Grito de Revolta Maria dos Reis Loução Martins Fernandes a produção de aguardente e derivados, a importância do medronheiro na gestão florestal e na prevenção de incêndios, a constituição da Cooperativa Portuguesa do Medronho e o testemunho de um jovem agricultor instalado na região, foram abordados de uma forma interessante. A abrir a sessão esteve o Vice-presidente da Câmara Municipal, Victor Antunes. Na parte teórica, o painel de intervenientes era composto pela Prof.ª Filomena Gomes (ESAC) e Eng. João Gama (DRAPC). Após uma pausa para café, onde não faltaram os derivados do medronho, seguiram-se os casos práticos apresentados por Tiago Cristóvão, da CPM e Margarida Silva, representante de uma empresa do concelho, a Silvapa, Lda. – produtora de aguardente, licor e compota de medronho. A sessão foi bastante participada por todos os presentes, muitos dos quais jovens com ideias e projetos, que no final saíram mais elucidados sobre vários aspetos desta fileira. Campo do Ventoso no Estreito foi inaugurado em 18 de Outubro O Estreito e o Águias do Moradal beneficiam de uma nova infraestrutura melhorada substancialmente e inaugurada com pompa adequada. Parabéns ao Águias e ao Seu Presidente que foi justamente homenageado. Seria muito interessante tentar entender e analisar o que se passa nos tempos de hoje e comparar com os tempos de antigamente, que ficaram na história. Os mais diferentes povos de todo o mundo (China, India, Africa, Afeganistão, etc.), tiveram, desde sempre, as suas culturas e religiões muito próprias, cheias de cfaracterísticas muito pessoais e defendidas ao longo dos séculos... A vida continua e mudamse os tempos! A cultura tradicional opõese à cultura erudita, feita à custa do progresso, do estudo profundo e alongado da ciência. Está ligada à elite subordinada ao capital pelo factor de viabilizar a cultura que exige estudo, investigação, pesquisa, e evolução intelectual. O Homem sempre insatisfeito desbrava constantemente, o que fica aparen- temente para além do seu conhecimento, na ânsia oculta de descobrir o inacessível! Decobre a bomba atómica e armas nucleares! Em pleno século XXI, surge a guerra antre a Albânia, A Sérvia, a Bósnia e o Kosovo, motivada por diferentes etnias, religiões e valores políticos. Todo o mundo partilha de algum modo, nem que seja pela informação ou participação, do flagelo que se passa naquela parte da terra e, á medida que o tempo corre, assistimos ao longe como num filme, ao tombar de milhares de mortos inocentes, á destruição de cidades, famílias, povos, bnuma desumanidade constante! Pergunto: Será que o homem não sabe viver sem guerras, sem violência, sem destruição? ... E um grito de revolta tomba envolto no nevoeiro da manhã de Outono! 14 Jornal de OLEIROS 2014 NOVEMBRO / DEZEMBRO Município celebra protocolos com associações locais A Junta de Freguesia de Álvaro (Oleiros) deseja um Santo Natal Telefone: 272 674 267 email: [email protected] Cumprindo o Regime Jurídico das Autarquias Locais e de acordo com o deliberado em Reunião de Câmara do passado dia 26 de setembro, foram assinados no passado dia 30 de outubro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o protocolo de cooperação e os contratos programa de desenvolvimento desportivo entre o município e quatro associações locais: a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oleiros, a Associação Recreativa e Cultural de Oleiros, o Grupo Desportivo Águias do Moradal e a Casa do Benfica em Oleiros. Estas associações serão apoiadas através da transferência de verbas, por várias prestações ao longo do ano civil ou da época desportiva, num montante total de 200 mil euros. No primeiro caso, o protocolo de cooperação pretende apoiar uma associação de manifesto interesse público como a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oleiros, num montante de 60.000 euros, a pagar em doze prestações mensais iguais. Esta verba irá reforçar outros apoios concedidos pela autarquia à AHBVO, nomeadamente no que se refere às despesas inerentes ao funcionamento da Equipa de Intervenção Permanente (EIP) e à aquisição de um veículo florestal de combate a incêndios. Já no que se refere às três associações desportivas do concelho, foram assinados os contratos-programa de desenvolvimento desportivo entre estas e o município. Os contratos-programa visam o cumprimento de vários compromissos entre ambas as partes e representam a transferência de 60 mil euros, a pagar em oito prestações mensais, quer para a Associação Recreativa e Cultural de Oleiros, quer para o Grupo Desportivo Águias do Moradal e de 20 mil euros, a pagar em quatro prestações, à Casa do Benfica em Oleiros. João Antunes Nasceu em: 19/06/1932 Faleceu a : 14/10/2014 Natural de: Peso - Oleiros A família de João Antunes, agradece as carinhosas mensagens, o imenso carinho e o apoio que todos manifestaram neste momento doloroso. Obrigado a TODOS! * A Direcção do Jornal de Oleiros, apresenta condolências. 2014 NOVEMBRO / DEZEMBRO Jornal de OLEIROS 15 Semáforo Rua Estreita, s/n, 6185 - 179 Cambas (OLR) Telefone: 272 773 003 No Natal apoie o Banco Alimentar. O seu Consultor Imobiliário em Oleiros seja solidário António Nunes Consultor Imobiliário 925 663 258 E-mail: [email protected] DESTAQUES O BARBAS ® - Catedral O BARBAS ® - Tertúlia O BARBAS ® - Clube de Praia O BARBAS ® - Surf Academy T. 212 900 163 T. 212 913 089 T. 212 904 413 T. 927 008 626 Direcção Técnica: Dra Maria Odete da Conceição Guerra Rua dos Bombeiros Voluntários - Oleiros Telefone 272 681 015 . Fax 272 681 016 Praia do Barbas - Costa da Caparica Tel: 212 900 163 • Fax: 212 918 758 Ponto Vermelho Disc. Ondeando Cupão de Assinatura Tel.: 212 905 145 Av. 1º Maio, 36 Costa Caparica Tel.: 212 905 499 • TM: 969 870 434 Stª Marta de Corroios • Zona Industrial q Nacional q Europa Contabilidade . Salários . IRS/IRC . Pocal Rua Cabo da Devesa, 6160-412 Oleiros email: [email protected] • Telefone 272 682 795 Ficha técnica Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira www.jornaldeoleiros.com 15,00€ 25,00€ q Apoio (valor livre) Jornal de Oleiros seleccionado para Estudo sobre a Imprensa em Portugal O Centro de Estudos em Comunicação e Cultura da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa quer conhecer as percepções e opiniões dos jornalistas sobre as novas práticas de produção e distribuição da informação em Portugal. Os Investigadores, Drs. Nelson Ribeiro, Rogério Santos e Filipe Resende coordenam o Estudo em curso onde participa o Director do Jornal de Oleiros. Nome................................................................................................. Morda.................................................................................................... Localidade..................................Código Postal .......... - ..................... Contr. nº. ...................................... Telefone ................................... Data ......./............./................... Novo ...... Renovação............. Nº. Assinante................................... Quero pagar por: Numerário q Cheque q para o endereço abaixo Transferência bancária q para o NIB: 0045 4111 4023 172359 643 para o IBAN: PT50- 0045 4111 4023 172359643 Ass..................................................................................................... ___________________________________________________________ Enviar para: Rua 9 de Abril, 531, 1º Dtº, 2765-543 S. Pedro do Estoril E-mail: [email protected] CONTACTOS ÚTEIS • G.N.R – 272 682 311 Telefone: (00351) 922 013 273 • Câmara Municipal – 272 680 130 • Jornal de Oleiros - 922 013 273 • Agrupamento de Escolas do concelho de Oleiros – 272 680 110 • Bombeiros Voluntários de Oleiros – 272 680 170 • Centro de Saúde – 272 680 160 • Correios – 272 680 180 Director: Paulino B. Fernandes • Fundador: Paulino B. Fernandes • Director-Adjunto: José Lagiosa Presidente do Conselho Editorial: Dra Manuela Marques • Colaboradores Especializados: Eduardo Lyon de Castro (Vila de Rei) • Colaborador Especializado em Atletismo: Manuel Geraldes (Juíz Técnico da Associação de Atletismo de Castelo Branco) • Depósito Legal: 372094/14 • Registo legal: ERC nº 125 751 • Proprietário: Paulino B. Fernandes • Periodicidade: Mensal • Sede: Rua Dr. Barata Lima, 29, 6160 Oleiros • Editado por: Páginas de Motivação, Editora de Jornais, Unipessoal, Lda . Contribuinte nº 510 198 350 • www.jornaldeoleiros.com • email da redacção: [email protected] • Telefone: 922 013 273 • Site: www.jornaldeoleiros.com • Tiragem: 5 000 exemplares • Redacção: Oleiros • Distribuição: Massiva através dos CTT nas residências e postos de venda • Colaboradores: João H. Santos Ramos*, Maria Alda Barata Salgueiro, Fernanda Ramos, Inês Martins, António Mendes, Manuela Marques, António Romão de Matos, Ana Maria Neves, Ivone Roque, Hugo Francisco, António Moreira, Soraia Tomaz, Augusto Matos, António Lopes Graça, Cristina Ferreira de Matos, Cátia Afonso, Ana Faria, Carlos N de Carvalho, Vania Costa Ramos (Jurista), Maria Alzira Serrasqueiro • Fundão: Pedro Miguel Salvado • Luis Henriques • Correspondentes: Silvino Potêncio (Natal, Brasil) • Fernando Caldeira da Silva (África Austral) • Carla Rodrigues Mendes Chamiça Reboucinhas de Cima (Cambas-OLR), Álvaro (Oleiros), Ana Silva, email: [email protected] • Fundão: Pedro Miguel Salvado • Correspondente em Castelo Branco: José Lagiosa, email:[email protected]>; Proença-a-Nova: Magda Ribeiro, email:maguxamil@ hotmail.com; Zona Oeste: Joaquim Vitorino, email: [email protected] • Catarina Fernandes (Lisboa) • Idanha-a-Nova: Carmo Barroso, email: carmobarroso@ gmail.com • Paginação e Impressão: Coraze, Oliveira de Azeméis Tel.: 910252676 / 910253116 / 914602969 e-mail: [email protected] • Depósito Legal: 372094/14 * João Ramos, Magistrado, infelizmente falecido, foi o primeiro Presidente do Conselho Editorial do Jornal de Oleiros. 16 Jornal de OLEIROS 2014 NOVEMBRO / DEZEMBRO Semana Europeia da Prevenção de Resíduos Valnor organiza Jornadas Ecológicas para assinalar data A Valnor, empresa responsável pela recolha de resíduos urbanos de 25 municípios dos distritos de Portalegre, Castelo Branco e Santarém, organizou as Jornadas Ecológicas dedicadas ao tema “O Meio Ambiente e a Saúde Humana – prevenção na área de resíduos”, que decorreram, no Auditório da Casa da Cultura em Oleiros, no passado dia 14 de novembro. Estas jornadas, patrocinadas pela Câmara Municipal de Oleiros e com a participação de diversos parceiros de diferentes áreas de intervenção constituíram um enorme êxito, tanto pela grande adesão da população escolar, como pelas excelentes intervenções dos oradores em representação dos diversos parceiros da ação, professor Anselmo Gonçalves, do Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade, engenheiro Pedro Carteiro da Quercus, doutora Cláudia Simões em representação da Valnor, engenheira Filomena Fernandes da Câmara de Oleiros e enfermeira Paula Agostinho da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco. Presentes ainda Fernando Jorge, presidente da edilidade anfitriã, que se dirigiu a todos os presentes numa saudação muito especial de boas-vindas e José Lagiosa, diretor adjunto do Jornal de Oleiros (JO), que abordou numa breve análise o papel da comunicação social na divulgação e acompanhamento da temática ambiental inserida numa perspetiva da defesa do interior e as ações que o JO tem desenvolvido e projeta desenvolver nesse sentido, que publicamos em caixa. Esta foi uma ação interessantíssima, onde os palestrantes abordaram diversas perspetivas do tema proposto, cada uma entrelaçada com as áreas de proveniência de cada um deles. Foi gratificante constatar o interesse do auditório com intervenção de alguns jovens que colocaram diversas questões aos oradores que serviram para tornar o final destas jornadas ecológicas bastante vivo, demonstrando que a consciência e a disponibilidade para as questões do ambiente, dos resíduos e da preservação do planeta, estão cada vez mais presentes no quotidiano dos jovens. José Lagiosa saúda actividade da Valnor e dos participantes Permitam-me que saúde em primeiro lugar o Dr. Fernando Jorge, presidente da Câmara Municipal de Oleiros, o professor Anselmo Gonçalves do Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade, o Engenheiro Pedro Carteiro da Quercus, Doutora Claúdia Simões em representação da Valnor, Engenheira Filomena Fernandes da Câmara Municipal de Oleiros e a Senhora Enfermeira Paula Agostinho em representação da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco. Em segundo lugar dirigir a todos os presentes uma saudação muito especial do Diretor do Jornal de Oleiros, Paulino Fernandes, que delegou na minha pessoa a representação do nosso órgão de comunicação nestas Jornadas Ecológicas que assinalam a Semana Europeia de Prevenção de Resíduos, razões de força maior não permitiram a sua deslocação até aqui, no dia de hoje. Finalmente dois ou três apontamentos, em relação, ao papel dos órgãos de Comunicação Social na promoção e divulgação de eventos desta natureza, promocionais de boas práticas ambientais, papel que o Jornal de Oleiros tem desempenhado com, cada vez mais afinco e entusiasmo, a par de um profundo comprometimento com as batalhas pelo interior e pela região. E se este compromisso pode ser testemunhado no passado e no presente, declaramos aqui hoje que este nosso desígnio será acentuado no futuro. Nesse sentido continuaremos a estabelecer parcerias com as entidades, instituições e eventos que se revejam nestes mesmos objetivos, como foi o caso, em 2014, com o 2º Festival Literário de Castelo Branco, a 76ª Volta a Portugal em Bicicleta, a 7ª edição do Festival de Dança e Movimento contemporâneo ContraDança e como não podia deixar de ser com estas Jornadas Ecológicas dedicadas ao tema “O Meio Ambiente e a Saúde Humana – Prevenção na área dos resíduos”, que nos trouxeram até Oleiros. O Jornal de Oleiros está a preparar um conjunto de ações que visam a promoção e defesa do interior uma das quais se inicia já na próxima semana, a iniciativa “Os Deputados de Castelo Branco e o Jornal de Oleiros”, que visa um trabalho conjunto entre os representantes políticos do distrito na Assembleia da República e o nosso jornal, cujo resultado, esperamos seja, um contributo para fortalecer politicamente a região, junto de todos os decisores políticos a nível local, regional e nacional. Uma outra será o lançamento de um Manifesto em Defesa do Interior, que já está em fase de ultimação e para a qual contamos, já a solicitámos, com o apoio da Câmara Municipal de Oleiros. As questões do ambiente fazem parte, como não podia deixar de ser, dos compromissos e empenhamento do Jornal de Oleiros, em defesa do interior, razão que justifica não só a Parceria que fizemos a propósito desta ação de sensibilização da Valnor, como a nossa presença aqui. Desejo-vos então uma boa manhã de trabalho. 2 Jornal de OLEIROS EDITORIAL 2014 NOVEMBRO / DEZEMBRO Homenagem ao Comendador José Santos Marques reúne 1200 pessoas . Extraordinária adesão popular . Os Senhores Deputados queriam "amanhar-se" Termo muito usado por um povo que amo, algures numa região do nosso país, pode ser utilizado nesta despudorada atitude dos Deputados do PSD e do PS, "sob a batuta de dois velhos profissionais" da política Couto dos Santos e José Lello com o compadrio dos líderes das respectivas bancadas. Evidentemente que em ambos os Partidos há quem esteja contra, mas, na prática, devido a "obediência...e ou essa outra designação de carreirismo político que se chama disciplina partidária" acabariam por aprovar não fosse o empenho nas redes sociais. Criariam assim "empregos para a vida", mandando às malvas o que deveria ser SERVIÇO PÚBLICO à PÁTRIA (ainda que remunerado). Não entendem estes Deputados quanto se desprestigiam? Quanto mal fazem à classe que representam e à Democracia? Não. Queriam apenas garantir a sua sobrevivência financeira, esquecendo o povo que representam a viver dias inusitadamente maus, provavelmente sem retorno para a maioria. . Um Natal frio O descalabro de Portugal, a corrupção endémica que envergonha, os casos de polícia revoltantes dos BPN's, BES, GES, e outros, a "camarilha" dos Vistos Gold, uma política de empobrecimento, ajoelhados perante a Europa não solidária, os portugueses, muitos com fome, a dormir na rua, as crianças sem brinquedos ou sem aquecimento - este o NATAL de imensos portugueses. Não estamos em condições de imaginar um momento de felicidade, de abrandamento do sofrimento, de outras perspectivas mais positivas para o futuro. Lamentamos. Lamentável. ■ Paulino B. Fernandes Director Email: [email protected] Para chegar mais rápido aos nossos Leitores, vamos com a MRW O Comendador José Santos Marques, presidente da Câmara Municipal de Oleiros por cerca de 28 anos e atual presidente da Assembleia Municipal, foi homenageado no passado dia 14 de outubro, em Oleiros, pela população. O acontecimento reuniu a presença de cerca de 1.200 pessoas que não quiseram deixar de marcar presença naquele acontecimento. O Pavilhão Gimnodesportivo de Oleiros foi pequeno para acolher a multidão de pessoas que quiseram prestar a sua homenagem, entre as quais se encontrava o Primeiro-Ministro, Dr. Pedro Passos Coelho e muitas individualidades regionais e nacionais que também se quiseram associar a este tributo. A cerimónia, muito bem organizada por uma comissão de criada para o efeito, contou com a apresentação de um vídeo, dois momentos musicais de excelente qualidade, fase de discursos, apontamento pirotécnico, jantar e lançamento de um livro biográfico. Na ocasião, usaram da palavra Fernando Jorge, na qualidade de Presidente da Câmara Municipal de Oleiros; Victor Antunes, Vice-Presidente da Câmara Municipal, o qual discursou na qualidade de alguém que privou bem de perto com o homenageado, fazendo parte da sua vereação durante doze anos; Pedro Passos Coelho, Primeiro-Ministro que usou da palavra também na qualidade de Presidente do Partido Social Democrata e por último, o homenageado Comendador José Santos Marques. Numa cerimónia recheada de emoções, o atual Presidente da Câmara Municipal frisou que o Comendador José Santos Marques “ganhou a gratidão de toda a comunidade Oleirense, o respeito e a admiração destas gentes, ao dedicar a vida a uma missão de serviço comunitário”. Em nome dos Oleirenses e de uma forma bastante afirmativa, Victor Antunes recordou José Santos Marques como “a figura” que marcou os destinos do concelho nas últimas décadas. “Nos sucessivos mandatos em que o acompanhei, vi nele um exemplo notável de determinação e entrega à causa pública”, disse. O autarca referiu ainda que teve a “grata oportunidade de lidar com a sua verticalidade de caráter e integridade humana, associadas a um incansável apego e preocupação com as nossas gentes”. A terminar a sua intervenção, frisou ainda que “rigor e a exigência foram sempre as palavraschave do seu sucesso (…) contagiava-nos a todos diariamente pela forma como se batia pelos interesses, bem-estar e progresso do território e das suas gentes”. No uso da palavra, Pedro Passos Coelho enalteceu o trabalho de José Santos Marques, considerado por ele “um símbolo de um lote muito restrito de autarcas portugueses que muitas vezes tiveram de fazer obra no lugar do governo e sem deixar responsabilidades para os que vieram a seguir”. O governante referiu ainda que “se houvesse muitos “José Marques” o país não estaria certamente na situação em que está”. No final da sua intervenção, num tom bastante inspirado e personalizado, Passos Coelho focou ainda a entrega do homenageado à causa pública, realçando que este “ainda tem muito para dar à comunidade”. Usando da palavra de forma assertiva e com inevitável emoção, José Santos Marques agradeceu a todos os presentes por tão “memorável” reconhecimento. O homenageado não esqueceu todos aqueles que consigo colaboraram nas últimas décadas, “desde funcionários a vereadores, membros da Assembleia Municipal e das várias Juntas de Freguesia. Sem o empenho e dedicação de todos não tínhamos chegado a bom porto”. Em dois dos pontos altos do seu discurso, Santos Marques aproveitou a ocasião para agradecer publicamente à família todo o apoio ao longo dos anos e lembrou factos relevantes como o incêndio de 2003 que segundo o próprio “deixou marcas inesquecíveis e dolorosas em todos nós”. O Comendador referiu ainda que “hoje podemos orgulhar-nos de um concelho afirmativo, com qualidade de vida e muito bem apetrechado de infraestruturas, sempre a pensar no bem-estar e na atração e fixação de pessoas. Elas que sempre foram a minha principal prioridade…”. Santos Marques referiu ainda que “numa altura como a que vivemos, é fundamental unir esforços, quebrar preconceitos e não desperdiçar energias. Só assim se consegue garantir uma eficaz coesão e a tão desejada competitividade territorial”. Num discurso aplaudido de pé, o homenageado concluiu afirmando que “desde 1986, passaram-se 28 anos de entrega total à causa pública e posso dizervos que têm sido os mais gratificantes da minha vida” José Santos Marques afirmou ainda que podem continuar a contar consigo, que estará sempre presente e que traz Oleiros no coração. PAPELARIA JARDIM e-mail: [email protected] Telef.: 272 688 058 Agora com pagamento de facturas domésticas e carregamento de telemóveis Rua Dr. José de Carvalho, 5 - 6160-421 Oleiros Telefone 272 681 052 2014 NOVEMBRO / DEZEMBRO Jornal de OLEIROS Primeiro-Ministro visitou Oleiros O Primeiro-Ministro, Dr. Pedro Passos Coelho, esteve dia 14 de outubro, uma visita oficial a Oleiros. Após a receção em frente ao edifício dos Paços do Concelho, com a guarda d´honra dos Bombeiros Voluntários de Oleiros, a comitiva dirigiu-se para o Salão Nobre, onde teve lugar a Sessão Solene de Boas-Vindas. Na sua primeira visita oficial a Oleiros, o Primeiro-Ministro contactou com a população, visitou ainda duas empresas: José Afonso e Filhos e Pirotecnia Oleirense, descerrou uma lápide evocativa da visita situada num edifício de apoio recentemente construído no Jardim Municipal e participou na cerimónia de homenagem ao Comendador José Santos Marques, presidente da Câmara Municipal durante quase três décadas. Na ocasião, o governante abordou os problemas da natalidade e da desertificação e perante uma plateia repleta falou também sobre as chamadas assimetrias regionais referindo que “tem de haver instrumentos diferentes no tratamento dos diferentes territórios” e que é seu objetivo “aproximar mais os serviços das pessoas”. O Presidente da Câmara Municipal, Fernando Jorge na sua intervenção, referiu que é tempo de aproximar regiões mais desfavorecidas de outras mais favorecidas, no âmbito de uma coesão territorial e combate à desertificação. Augusto Fernandes Fernando Jorge e Pedro Passos Coelho (2º Presidente de Oleiros) Primeiro-Ministro visitou a Pirotecnia Oleirense O autarca focou a importância de “preservar a floresta do concelho, o nosso ouro, dedicandolhe tempo e recursos para a proteger”. Fernando Jorge referiu ainda o apoio à educação e ação social escolar, num investimento de cerca de seiscentos mil euros. A saúde foi outra das áreas abordadas pelo edil que focou uma medicina de proximidade, com unidades móveis de saúde e apostando em consultas de es- pecialidade. Recorde-se que naquele dia se iniciaram as consultas de Psiquiatria e Ortopedia no Centro de Saúde de Oleiros. A terminar a sua intervenção, o Presidente da Câmara apelou ao Primeiro-Ministro o seu apoio para sediar no concelho uma unidade na área da saúde mental, a qual representa uma carência a nível nacional e cujo projeto irá ser entregue ao Governo. Mandato entre 13 de Maio de 1946 e 14 de Março de 1949 “Casa da Comarca da Sertã no «Fim-de-Semana das Regiões» Entre 10 e 12 de Outubro, Lisboa recebeu mais uma edição do “Fim-de-semana das Regiões”, desta vez na Praça da Figueira. Organizada pela Associação das Casas Regionais em Lisboa (ACRL), com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, a iniciativa contou com a participação da quase totalidade das Casas associadas da ACRL, promovendo os diversos concelhos e regiões abrangidas. O artesanato, a gastronomia, bem com a dança e muita música, fizeram parte do vasto leque de eventos. A Casa da Comarca da Sertã participou com um expositor, no qual foram disponibilizados diversos produtos típicos dos municípios da região, bem como materiais de promoção turística dos concelhos de Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei. A gastronomia regional, onde se destacaram, naturalmente, os maranhos e o bucho, incluiu também a sopa de entulho, as filhós, os bolos de mel e de medronho, o pão-de-ló da Beira Baixa e as broas de mel, sem esquecer a aguardente de medronho. No que respeita à animação musical, o acordeonista e organista Gonçalo Barata, sócio com raízes familiares no concelho de Oleiros, representou a Casa da Comarca da Sertã, actuando no sábado à noite.” Artesão Bruno Silva Estreito - Oleiros Contactos: (00351) 939 356 668 email: [email protected] 3 4 Jornal de OLEIROS Magusto da LAFA momento imperdível A Amieira e a incontornável LAFA (Liga dos Amigos da Freguesia da Amieira) proporcional sempre momentos imperdíveis, de grande convívio. É um dia marcante sempre. Voltou a ser assim este ano e, curiosamente, sempre estão presentes outros Grupos, Associações, etc. Parabéns Presidente Goncalves. 2014 NOVEMBRO / DEZEMBRO ALBINATURA, LDA ! ! ! SUPLEMENTOS, MEDICAMENTOS NATURAIS e ALIMENTAÇÃO NATURAL / BIOLÓGIA ! (variada gama de alimentos sem Glúten)! GRANDE CAMPANHA DE NATAL, ESPECIALMENTE A PENSAR EM SI !! Resolvemos presenteá-lo nesta época, com uma inigualável campanha de PROMOÇÕES:! 15 % desconto em todos os suplementos medicamentos ! ! 5% naturais e cosmética! ! ! ! em toda a alimentação (excepto leite)! Temos ainda, várias novidades à sua Espera!! Visite-nos: Av. 1º de Maio, nº 51 - Castelo Branco (em frente ao PINGO DOCE)! Telefone: 272 322 028! PROMOÇÕES APENAS VÁLIDAS: 01/12/2014 a 15/01/2015 Em Sarnadas de S. Simão trabalha-se para o presente e futuro Nuno Marques, Presidente de Sarnadas de S. Simão, confrontado como todas as Freguesias deste país, especialmente as do interior, luta contra a falta de meios, mas não está na disposição de baixar os braços. Apesar desse facto incontornável, com o apoio da Câmara e os meios da Freguesia, já limpou este ano 85 kms de caminhos florestais e prioritários para a população. Apesar destes 85 kms, não está tudo feito e adianta ao nosso jornal que o próximo ano assinalará o restante nesta matéria. É obra. 2014 NOVEMBRO / DEZEMBRO Jornal de OLEIROS 5 PROENÇA-A-NOVA Artes plásticas do concelho em exposição Artistas locais criam grupo de trabalho para promover divulgação artística Magda Ribeiro Uma exposição coletiva de nove artistas plásticos do concelho de Proença-a-Nova poderá ser o embrião para um grupo de trabalho e reflexão sobre arte a nível local. O desafio foi lançado sábado, durante a inauguração da mostra patente durante os próximos dois meses na galeria municipal, por Helena Fernandes, uma das artistas representadas. Até final do ano deverá ser marcada a primeira reunião de uma futura rede que se pretende regular e focada na valorização da pintura, escultura e outras formas de expressão. Na inauguração, o vereador da Cultura, João Manso, destacou a qualidade dos trabalhos expostos e acentuou o interesse do Município em apoiar iniciativas que promovam a divulgação e o acesso da comunidade a áreas criativas. A par da galeria municipal, que pela centralidade tem vindo a impor-se como importante núcleo expositivo, também o auditório municipal acolhe mostras regulares. Alfredo Cardoso, Adélia Martins, Francisco Cabral, Helena Fernandes, João Jesus, Mário Dias, Mila Lopes, Paulo Santiago e Silvia Mathys são os autores que expõem na galeria, aberta todos os dias da semana. Pintura a óleo, desenho, tecelagem, escultura em mármore e ferro são algumas das técnicas utilizadas, numa diversidade de materiais e estilos. Também no sábado foi lançado o livro “Um bocadinho de algo”, da autoria de João Gabriel Bap- tista. Depois de o vereador João Manso ter feito referência ao “risco que é hoje escrever e editar um livro”, Eduardo Miguel, chefe do agrupamento local de escuteiros, fez uma viagem por excertos da obra, aliados a fotografias do autor. Editado pela Chiado Editora, que tem vindo a lançar cerca de 20 títulos por mês, “Um bocadinho de algo” reúne reflexões soltas sobre o dia-a-dia. “É o leitor que faz o livro, com a sua interpretação e forma de olhar para aquilo que lê”, considerou João Baptista. "AEBB" promoveu Seminário em Castelo Branco A INOVA Startup Proença esteve presente no Seminário Business Innovation, que decorreu no passado dia 15 em Castelo Branco, na AEBB - Associação Empresarial da Beira Baixa. A incubadora de empresas do concelho esteve presente em banca própria e foi também interveniente num dos painéis da manhã, tendo recebido um bom feedback acerca do seu modelo de negócio e das metodologias de incubação. Além da INOVA, estiveram igualmente presentes alguns dos seus incubados, nomeadamente a Andreia Gonçalves com o projeto “Branquinha - Produção de Cosmética Natural Baseada em Produtos Endógenos”, François Gonçalves e Milene Tavares com o projeto “Figos de Proença”, e a Filipa Franco e o Pedro Alves com o projeto “Alanco - Plantas Aromáticas e Medicinais”. Estes incubados tiveram a oportunidade de expor as suas ideias de negócio, também em banca própria, e de discuti-las com os vários participantes (alunos, empresários, agentes bancários, decisores de organismos públicos, entre outros). O Seminário foi uma iniciativa da AEBB (actual designação da ex-NERCAB) e teve por objectivo proporcionar um ambiente facilitador para a criação de parcerias entre os diversos agentes de inovação, nomeadamente os oriundos do sistema científico e tecnológico (Universidades, Politécnicos, Centros de Investigação), das incubadoras das associações empresariais, e das empresas (empresários e empreendedores). Ao longo deste dia, este seminário permitiu que pudessem ser apresentados e discutidos diversos projectos e ideias de negócio, mas também permitiu ficar a saber mais sobre o que estão a fazer diversas entidades em prol da inovação e do empreendedorismo, tais como incubadoras, banca, estabelecimentos de ensino superior, associações empresariais, etc. Requalificação urbana na Sobreira Formosa em 2015 Concurso para intervenção no Largo da Devesa e Rua do Comércio já foi lançado Em 2015 irá iniciar-se a requalificação do Largo da Devesa e da Rua do Comércio, na Sobreira Formosa. O concurso para a intervenção foi lançado esta semana, estando o prazo para entrega de propostas a decorrer até 4 de dezembro. As obras, com um prazo de 400 dias para execução, representam um investimento global superior a 700 mil euros e irão renovar o largo e uma das ruas mais emblemáticas do núcleo antigo. O projeto para o Largo da Devesa contempla três espaços principais. A zona de jardim, com os característicos plátanos, será pavimentada e equipada com novo mobiliário urbano. Um lago delimitado por um grande muro de alvenaria rústica de xisto e um novo palco com um pórtico em betão, assinalando a entrada no espaço, serão marcas fortes desta renovação. Na área de cota intermédia haverá uma zona de espetáculos caracterizada por um grande terreiro, limitado por dois taludes ajardinados sobre os quais se desenvolvem percursos pedonais. Quanto à plataforma de cota mais elevada, onde se localiza o infantário, será mantida, sendo criado um novo percurso pedonal de atravessamento. O antigo lavadouro será reformulado por completo, passando a estar dotado de instalações sanitárias e bar de apoio com esplanada, no piso superior. O xisto será mais uma vez a marca rústica do edifício. Inverter o processo de degradação e abandono da Rua do Comércio é um dos objetivos da requalificação, com reformulação dos pavimentos e criação de áreas destinadas a passeios. A pequena praça existente no cruzamento com a Rua Nuno Edifício Sta. Margarida, Lt 1, Lj 2, 6160-404 Oleiros Telefone 272 681 011. Fax 272 681 012 email: [email protected] Freguesia de Cambas (OLR) deseja excelente Natal Álvares será valorizada, estando prevista uma pérgula para o ulmeiro centenário. Substituição das instalações elétricas e telecomunicações e colocação de novo mobiliário urbano são outras vertentes contempladas no projeto. Freguesia de Cambas Rua do Castelo - Cambas - 6185-181 CAMBAS Telefone: 272 773 179 Email: [email protected] 6 Jornal de OLEIROS 2014 NOVEMBRO / DEZEMBRO cASTELO BRANCO Peças de grande porte representam planetas e satélites O desassossego que atravessa o espírito de Viktor Ferrando José Lagiosa Foi inaugurada no passado dia 15,uma exposição de Viktor Ferrando, no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCCB), que contou com a presença do escultor, da comissária da exposição Guida Maria Loureiro e do presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Luís Correia. Dá pelo nome de PLANET FERROVIA SECTOR IX LUSITÂNEA. É a primeira vez que Viktor Ferrando expõe o seu trabalho em Portugal. É uma mostra polémica, perturbante mas, talvez por isso mesmo, apetecível. O trabalho escultório de Ferrando é neofuturista, van- guardista, inspirado em planetas e satélites, desenvolvido a partir de materiais ferroviários em desuso que impressionam pelas dimensões e que não deixam, seguramente, ninguém indiferente. As peças de enorme porte encontram-se, as de maior dimensão, no espaço exterior do CCCCB, sendo que no interior se encontram instalações que pela sua composição, transmitem sentimentos de revolta, injustiça, pela degradação do planeta e do Homem, nas mais diversas abordagens: a pobreza, o silêncio cerebral ou a fragilidade humana perante a natureza e a dicotomia entre o Bem e o Mal. Na visita guiada, pelo escultor Viktor Ferrando e por Guida Maria Loureiro, comissária da exposição, com a comunicação social, ficou claro o desassossego que atravessa o espírito do artista, perante o caminho que o homem e o planeta prosseguem. A exposição que estará em Castelo Branco até 5 de abril de 2015, tem como “público-alvo as crianças e jovens em idade escolar, que pretendemos conquistar para este mundo fantástico onde se cruza a História e Ciência, realidade e ficção, passado e futuro”, salienta Luís Correia, presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco. Por seu lado Guida Maria Loureiro realçou “a excelência do staff do Centro de Cultura Contemporânea, ao nível do melhor que tenho visto quer a nível nacional quer internacional”. Já Viktor Ferrando diz que o CCCCB é “um espaço que surge das entranhas da terra, para oferecer ao mundo um ciclone de sensações culturais e, desde logo, um lar futurista para as minhas criações”. 2014 NOVEMBRO / DEZEMBRO Jornal de OLEIROS 7 cASTELO BRANCO Unidade de Saúde de Castelo Branco quer vincular grávidas à maternidade local A Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULS) quer vincular as grávidas da região à maternidade do Hospital Amato Lusitano (HAL), em vez de optarem por maternidades de outros hospitais, foi anunciado. O projeto de “Visita à Maternidade” vai ser brevemente instalado no HAL e tem como objetivo promover a vinculação da grávida à maternidade. “Com a implementação deste projeto, pretendemos diminuir o nível de ansiedade no momento da admissão e internamento [da grávida], para além de promover um melhor relacionamento da tríade mãe, bebé e pai”, refere a administração da ULS em comunicado. A administração da ULS explica ainda que constata frequentemente que as grávidas apresentam um considerável nível de ansiedade no momento da admissão, “independentemente do motivo que as levou a recorrer ao serviço e desconhecem a estrutura física e a sua orgânica”. Neste âmbito, o projeto quer promover “uma maior proximidade” da ULS com as grávidas da região, pois uma das preocupações dos casais, desde o início da gravidez, “é a escolha do local onde irão fazer a vigilância da gravidez e, paralelamente, a do local do nascimento”, refere o comunicado. INQUIETUDE *Coluna do Director-Adjunto Monte de S. Martinho “S. Martinho é para o Povo um curandeiro de febres intermitentes (…). O paciente vai em romaria à ermida do santo e oferece-lhe um pão de farinha de centeio e uma cabeça de alhos. Em seguida, o paciente retira trazendo a oferta, que entrega à primeira pessoa que encontra”. Escreveu o primeiro monógrafo de Castelo Branco António Roxo em 1890 Hoje venho lançar um desafio, depois de mais uma vez ter subido ao alto do Monte de S. Martinho, no passado dia 8 de novembro, integrado numa ação promovida pelo Laboratório Urbano pela Arte – LUPA. O monte de S. Martinho é, um lugar espetacular. Não só pela deslumbrante visão que temos a partir dele de toda a cidade de Castelo Branco mas também de toda paisagem que o circunda, envolvendo-o. Mas é muito mais que isso. Sabe-se lá que segredos, a sua capela oculta. Um olhar mais cuidado mostra-nos uma mistura de civilizações evidenciada quer por parte da sua arquitetura, quer por vestígios arqueológicos por ali encontrados e que em boa hora estão a salvo no Museu Tavares Proença Júnior. Sabe-se que S. Martinho foi um dos lugares de povoamento mais antigos da região, um local de cultos, um sítio de conjugação religiosa durante o período romano, um local onde se recitou o Alcorão e uma das primeiras capelas cristãs desta região albicastrense. Mas estas pistas vêm a propósito do total abandono a que está votado o monte, a capela e o conjunto arquitetónico que dá pelo nome de “antiga casa do guarda do monte”. É tempo de os albicastrenses acordarem para esta realidade e canalizarem esforços para a sua preservação, antes que seja tarde de mais. Reabilitar o que é de reabilitar, estudar o que tem de ser estudado, escavar e potenciar o encontrar de mais artefactos e vestígios arqueológicos de forma a conhecer melhor o que foi, o monte de S. Martinho, o que representa e o que acrescenta à história do atual burgo e preservar o que for para preservar. É assim que se vai construindo a história e as memórias de uma região. Assim haja vontade política. Carne de qualidade Praça do Município . Oleiros • Telefone 962567362 Sobre Seguros, Mediação de Seguros, Lda Portela, nº 6, 6160-401 Oleiros email: [email protected] Telefone 272 682 090 • Fax 272 682 088 8 Jornal de OLEIROS 2014 NOVEMBRO / DEZEMBRO Penamacor 8 de Dezembro é Dia de Cortejo de Tratores e Reboques Celebrar a tradição com castanhas e jeropiga O Madeiro ainda é tradição em Penamacor Academia Sénior de Penamacor comemora o S. Martinho Em Penamacor, a chegada do Madeiro tem data marcada e o ato assume foros de festividade. De facto, a 8 de Dezembro, a população acorre generosamente à rua para saudar o cortejo de tratores e reboques, em número que procura sempre bater o antecedente, onde os jovens do ano – outrora só os rapazes, agora também as raparigas – empoleirados nos troncos, atiram à rebatina os frutos do ramo de laranjeira que a praxe manda trazer, cantando acompanhados à concertina. Mas nem sempre as coisas se processaram de forma tão pacífica. Tempos houve em que encontrar lenha para o Madeiro era tarefa bem mais complicada. Dependentes da boa vontade das casas ricas locais, cujas ofertas ficavam aquém do desejado, os jovens viam-se na necessidade de roubar lenha, bois e carros, tudo a coberto da noite, para dar prova do brio da “Malta das sortes”. Assim se passava na generalidade das freguesias, onde a população ainda mantém o hábito de sair em peso à rua na noite da consoada. O Madeiro de Penamacor ganhou fama de ser o maior do país. Novembro é tempo de castanhas e jeropiga, diz a tradição do povo, um pouco por todo o país. Pois a Academia Sénior de Penamacor seguiu à risca esta tradição e celebrou, no dia 11 de novembro, o Dia de S. Martinho com o tradicional magusto, onde foram recriados antigos costumes e hábitos ancestrais. Comer castanhas e beber jeropiga fizeram parte da festa popular que está associada a uma lenda, a qual dizia que um soldado romano de nome Martinho, mais tarde conhecido como São Martinho, ao passar a cavalo por um mendigo quase nú, como não tinha nada para lhe dar, cortou a sua capa ao meio com a sua espada, estava um dia chuvoso e dizse que, nesse preciso momento, parou de chover, derivando daí a expressão, “Verão de São Martinho”. Para além da castanha, os alunos e professores juntaram à mesa a mais diversa doçaria confecionada pelos próprios e degustada numa tarde diferente que conjugou o sabor das castanhas assadas com o ritmo da animação. O primeiro magusto da Academia Sénior de Penamacor faz parte do plano de atividades e representa uma resposta aos desejos dos alunos e professores, permitindo a partilha de momentos únicos de animação e convívio. O primeiro ano lectivo da Academia Sénior de Penamacor que se tem vindo a consolidar na sociedade penamacorense como um espaço de dinamização e atividades de aprendizagem para com a população do concelho resulta de uma parceria entre a ADRACES e a Câmara Municipal de Penamacor. 2014 NOVEMBRO / DEZEMBRO Jornal de OLEIROS Orçamento com 10 milhões euros aprovado em Oleiros * Bancada da Oposição votou contra Tendo em conta a redução de receitas e não se prevendo qualquer venda de património, o Orçamento do Município de Oleiros para 2015 regista uma ligeira descida, traduzida numa redução de cerca de 9% em relação a 2014. Com uma dotação global de cerca de 10 milhões de euros, o orçamento para o próximo ano foi aprovado pelo executivo camarário, no passado dia 31 de outubro, por maioria, com 3 votos a favor e 2 votos contra dos vereadores da candidatura independente Mais Oleiros (António Mendes Dias e José Alípio Neves) * (posição do Dr A. Mendes Dias abaixo) e será agora submetido à Assembleia Municipal. A ampliação da Zona Industrial de Açude Pinto, com trabalhos de terraplanagem, regularização de lotes, infraestruturas e pavimentação, no valor de 200 mil euros, é uma das rúbricas inscritas no documento. Ao explicar as Grandes Opções do Plano, o presidente da Câmara, Fernando Marques Jorge, acentuou a continuidade em relação a anos anteriores no que respeita ao rigor dos valores apresentados, permitindo uma taxa de execução superior a 90%, como tem vindo a acontecer. O autarca sublinhou ainda que a grande prioridade e a aposta do atual executivo passa pelas questões sociais, pela educação e pela floresta (onde se enquadra a implementa- ção do sistema de videovigilância florestal). Nas atividades mais relevantes destaca-se o valor de cerca de 500 mil euros a transferir para as associações e juntas de freguesia, mediante a aplicação dos protocolos e acordos de execução celebrados. Uma das novidades inscritas neste documento é a previsão de cerca de 50 mil euros destinados aos incentivos financeiros municipais no âmbito da Operação de Reabilitação Urbana (ORU) de Oleiros. Fernando Jorge admite que “gostaria ainda de realizar algumas obras que considera fundamentais para benefício da população”. Apesar de admitir que o orçamento de 10 milhões “é baixo”, o autarca considera que é “100% realista”. * Ouvimos o líder da Oposição Era indispensável ouvir a posição de António Jorge Mendes Dias e José Alípio das Neves relativamente ao Orçamento de 2015 de que damos conta na nota abaixo Recordamos que António Jorge Mendes Dias e José Alípio das Neves foram eleitos pela plataforma de cidadãos Mais Concelho de Oleiros e neste Orçamento 2015 votaram contra a proposta, entendendo que a mesma não reflecte aquilo que consideraram que deveriam ser as opções do Município para o próximo ano. Fazem notar “Trata-se de um orçamento que, claramente, revela que as maiores preocupações do Município estão centradas na “divulgação”, “imagem” e “festas / feiras” e está claramente direccionado para duas obras que, nos dias que correm e em face do que são as nossas necessidades, não podem ser consideradas prioritárias; referimo-nos, em concreto, à requalificação das Devesas Altas e Museu da Montanha”. Ao nível dos grandes projectos, dizem “merecem particular discordância as propostas para as Devesas Altas - em que só para estudo e projecto são considerados, em termos de orçamento, mais de duzentos e cinquenta mil euros! “- estão em desacordo ainda com projecto Museu da Montanha, “…pois apesar de se considerar muito importante que Oleiros (ou melhor, o concelho de Oleiros) disponha de um museu, entende-se que as verbas consideradas são desproporcionadas em face do que é esta necessidade”. Consideram ainda…” incompreensíveis os valores considerados nos itens saneamento básico, no caso para a margem direita da Ribeira de Oleiros (Lameira, Torna, Santo António, etc) e substituição das condutas de abastecimento de água, ainda em fibro-cimento, que asseguram grande parte do abastecimento de água á vila de Oleiros; e, bem assim, a rubrica do saneamento para Ameixoeira, Retaxo e Roqueiro, na freguesia de Oleiros-Estreito, já que os montantes considerados não permitem conceber-se a efectivação destas infra-estruturas, cuja premência, a titulo de exemplo, é muito maior que a requalificação das Devesas Altas ou o Museu da Montanha”. Entendem,…“que são incompreensíveis os inúmeros itens “estudos e projectos”, quando o Município dispõe de um Gabinete Técnico que deveria assegurar uma grande parte dos “estudos e projectos” de que o Município precisa” e, …“são excessivos os valores orçamentados nas rubricas “divulgação” e, a este respeito entendem que a politica de comunicação do Município carece de ser revista. Tem presente que a divulgação do concelho e do que se faz é muito importante, mas a título de exemplo adiantam… “ que é possível conseguirem-se boas acções de divulgação com recursos escassos, referem as divulgações que tem sido feitas através de Associações - como são os casos dos eventos da Pinhal Total e Trilhos do Estreito - que com muito poucos recursos tem conseguido, a este nível, excelentes resultados”. Concluindo, afirmam… …”se há aspectos positivos no Orçamento – de que se destacam, claramente, a componente social e cultural do Orçamento, a rubrica destinada à implementação da videovigilância no combate aos fogos florestais e (finalmente!) a conclusão do processo da legalização da Zona Industrial do Açude Pinto – verifica-se que aqueles aspectos negativos referenciados, que não foram revistos em sede de discussão, se sobrepõem aos positivos considerados e, daí, o voto contra! “ FREGUESIA do ORVALHO Desejamos Festas Felizes Saúda 5º aniversário do Jornal de Oleiros Av. S. Sebastião, 6, Orvalho (OLR) Tlf: (00351) 272 746 399 WEB: http://www.jf-orvalho.com 9
Documentos relacionados
Edição de Setembro e Outubro de 2011
Jornal de OLEIROS lutamos – Zona do Pinhal Interior Sul – apresenta resultados que todos já esperávamos mas que alguns políticos fingiam não ser assim.
Leia maisEdição de Janeiro de 2010.
concelho de Oleiros, respigando para este jornal o que, a meu ver, merece evidência neste resumo de acções levadas a efeito pelas autarquias e outros agentes culturais e desportivos. Por motivos de...
Leia maisEdição de Abril de 2014
No âmbito de uma candidatura ao PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural), mais concretamente, à Ação 3.2.1 Conservação e Valorização do Património Rural, da Medida 3.2 – Melhoria da Qualidade de ...
Leia maisEdição de março e abril de 2015
"Não há Democracia sem imprensa livre" www.jornaldeoleiros.com Director e Fundador: Paulino B. Fernandes
Leia maisEdição de Novembro e Dezembro de 2011
em tournée - Cooperação entre Bibliotecas do Distrito A peça de teatro produzida pela equipa da Biblioteca Municipal de Oleiros (BMO) “Sementes Mágicas: o Medronho e a Castanha” acaba de se lançar ...
Leia mais