Edição de Setembro e Outubro de 2011
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Edição de Setembro e Outubro de 2011
OLEIROS www.jornaldeoleiros.com Director e Fundador Paulino B. Fernandes · Ano 2, Nº 18, Setembro/Outubro de 2011 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bimestral Jornal de Influente na região do Pinhal Interior Sul, Beira Interior Sul e Cova da Beira 2.º Aniversário UM PROJECTO consolidado Foi aqui no belo resturante COELHO DA ROCHA em Campo de Ourique, de outro grande Oleirense onde muitas vezes nos reunimos para discutir o futuro. O José António Martins, o João Ramos o Luis Mateus e eu próprio. Também no Centro Cultural de Belém incluindo aí a Maria da Conceição Rocha, e o Fernando Caldeira da Silva, mas sempre concertados e em sintonia com “outras Figuras basilares do projecto” como a Inês Martins, a Ana Neves, a Soraia Tomaz, o António Romão de Matos, o António Mendes, a Catia Afonso, a Joana Rodrigues, o Fernando Dias, o Miguel Marques, a Maria dos Reis Fernandes, o Fernando Carvalho a Ivone Roque Luis Fernandes, a Maria Alda Barata Salgueiro, o Lopes Marcelo, o Artur Brás, o Carlos Marques de Almeida, o António Justo, o António Moreira, o Serafim Marques, o Augusto de Matos, o Carlos N. de Carvalho e, evidentemente, com a Manuela Marques nossa Presidente do Conselho Editorial. Aqui terçámos armas: Vamos fazer mais páginas: Quem paga? Vamos colocar artigos mais pequenos mesmo que truncados: Jamais, nem pensar; Vamos colocar mais fotos: vamos sempre que possível; Vamos dar mais notícias do Concelho: Sem dúvida, o mais possível. Hoje sômos um jornal muito respeitado, indepen- Editorial Paulino B. Fernandes página 2 “De olho na Educação” Dra. Manuela Marques página 2 O Norte da Europa não... Dr. António Justo página 10 dente e não dependente, salvo da vontade dos nossos Leitores e Amigos. Foi sempre o que fui lembrando, este é um projecto Editorial dedicado à cultura da região, à sua promoção, à canalização de meios para a região, ao aproveitamento de Quadros válidos que hoje estão dispersos. Não sômos um projecto político e não o seremos sob a minha Direcção. E isso é claro entre todos, mau grado cada um possa e até deva ter projectos pessoais e políticos. Desejo que neste dia 15 de Outubro estejamos rodea- dos de Amigos, que seja um dia de FESTA e afirmação. Faltarão alguns que tanto recordamos e tanta falta nos fazem. Em homenagem, prosseguiremos o nosso caminho. n Director Agricultura a troco... Dr. António Moreira página 10 Páginas Especiais página 9 e 13 LOURANTUNES, Lda Telefone /Fax: 272 682 464 Telemóveis: 966092649 e 964785156 Pedro Santana Lopes é o novo Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Após recusar vários cargos no exterior, aceitou sem salário esta importante missão num momento de grande responsabilidade social. Um aplauso a Pedro Santana Lopes. 2 Jornal de OLEIROS 2011 SETEMBRO/OUTUBRO De “Olho” na Educação EDITORIAL Professores bem recebidos em Álvaro, a «Olhar o Zêzere» Manuela Marques Festejamos o 2º Aniversário seguramente rodeados de muitos Amigos. 15 de Outubro de 2011 será um dia bom, marcante, mesmo notável. Fazêmo-lo num momento de crise acentuada em Portugal mas não só, contraditória também, onde são visíveis sinais incontornáveis de desorientação, medidas pouco mobilizadoras causadoras de constrangimentos vários. Mas é o nosso 2º Aniversário o que nestes dias mais nos empolga. Vai nascendo o Grupo Económico, já com dois jornais com edições em papel e em online, vai nascer a Editora Povo de Portugal e o Director possui uma participação em directo numa das maiores rádios de portugueses no mundo que faz cadeia com vários países, nomeadamente o Canadá, a França, a Alemanha e os EUA evidentemente, além da África do Sul, onde às 5ª feiras pelas 16 horas de Portugal, estare- mos em directo. Não é de somenos para quem nasceu com a crise. Aos Colaboradores iniciais vieram juntar-se outros muito qualificados e que ampliaram muito a penetração do Jornal. O Jornal cresceu, tornou-se referência obrigatória - mérito da Equipa que aqui saúdo. O ano que aí vêm é de luta pelos jornais, mas, também pelo país. Vão desencadear-se as grandes batalhas “pelas nossas Câmaras, Freguesias e nelas estaremos empenhados fortemente - politicamente - se necessário. Libertos de peias partidárias que não possuimos e de que não dependemos, lutaremos pelo que fôr justo e exequível, com realismo. Podem contar com a nossa independência. n Director Email: [email protected]. –Cabeleireiro–Manicure–Pedicure– –Depilação–Unhas de Gel– Praça da República - Oleiros www..gloss-cabeleireico.com Telefone 272 682 50 FAÇA A SUA ASSINATURA No dia seis de Setembro, o Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade recebeu o grupo de professores que estará à frente dos destinos académicos dos alunos do nosso concelho. Depois de uma reunião geral na escola sede do Agrupamento, partiram todos em busca dos segredos desvendados e por desvendar da (antiga vila) aldeia de Álvaro. O Lagar da Casa Museu da Gaspalha foi um dos primeiros alvos da visita que o senhor presidente da junta de freguesia de Álvaro preparou para os docentes. Primeiramente, o mimo passou pela receção junto à interceção que leva à Gaspalha, para que ninguém perdesse o norte ao lugar bafejado de cheiros deliciosos de mato e flores silvestres e estendeu-se depois ao saborosíssimo porto, caseiro, que naquela Casa Museu fez as delícias de todos. Ali se preservam largas memórias das gentes passadas e de seus afazeres singelos, telúricos, mas de suma importância para a sobrevivência de outros tempos. Posteriormente, subiu-se o monte, em direção a Álvaro, esse recanto que o Zêzere teima em embelezar e cortar a respiração a todo aquele que, no alto da igreja, vê aquela paisagem indescritível de natureza, em zéfiros quentes de um verão que teimou não ser tão estival quanto se desejara. A Igreja da Misericórdia também foi canto privilegiado de visita pela sua provisão de paramentos, painéis, mortalhas e outros objetos afins de um lugar sagrado, de culto, de todos quantos naquela porta batem e bateram para encontrar o conforto do espírito e da alma perturbada ou tão somente orar pelos seus semelhantes, numa busca infindável de paz e sabedoria celeste. O tempo gastou-se por aquelas paragens, e parece não existir...nas pedras da calçada, nas ruas sóbrias e varonis calcorreadas, outrora, por homens de enxada na mão, por crianças de sacola a tiracolo, por lavadeiras, pessoas simples e, agora, por tão poucos que teimam em não abandonar aquele perfeito planalto ou dizem que ali nasceram, ali morrerão... Depois de apreciada a paisagem, de todo aquele possível paraíso terreno, «olhar o Zêzere» impunha-se junto ao rio a convidar a aromas e sabores deliciosos que uma natureza tão verdadeira e plena de ar puro O Seu Jornal de Oleiros à distância de um CLIC Clic em: www.jornaldeoleiros.com Acompanhe-nos diáriamente e promova junto de Amigos Apoie o Seu jornal. Ficha nesta edição na pag 14 propicia. Seguiu-se, então, o jantar, tão bem servido, oferecido pela Câmara Municipal de Oleiros que há muito considera esta iniciativa do Agrupamento uma forma de aproximar os docentes da restante comunidade, para que conheçam a realidade do concelho e se unam aos esforços de fomentar o desenvolvimento do mesmo. Mais uma vez se esqueceu o tempo em conversas amenas de uma tarde de quase fim de verão para que os novos professores conhecessem os de cá e estes conhecessem os dalém, um além mais perto ou mais longínquo em terras de todos nós. Iguarias, bem regadas, esperavam no restaurante Olhar o Zêzere, à beira rio, num convívio caloroso, do qual fizeram parte as entidades já referenciadas. E tudo decorreu com a normalidade de um jantar entre gente que se entende, que partilha muitas alegrias e muitos dissabores, que luta diariamente para impor um ensino de qualidade, que viaja todos os dias daquém e dalém para vislumbrar um olhar de curiosidade num rosto pequeno de aprendiz, ávido de saber, de aprender e que vê no seu professor a forma carinhosa e altruísta, digna e responsável com que transmite cultura, tradições, letras, números, o saber ser e o saber estar para que um dia os pequenos, já crescidos, saibam fazer e inventar... Seguiram-se os discursos da praxe. A Diretora pronunciou-se em agradecimentos a todos quantos proporcionaram aquele dia a nós docentes e desejou-nos um ano auspicioso. O mesmo desejou o Presidente da Câmara Municipal e acrescentou que o apoio daquela instituição não esmo- Escreva-nos também para: [email protected] recerá, reafirmando a sua luta pela educação e pelas crianças do concelho de Oleiros. Por fim, a direção do Agrupamento ofereceu uma lembrança simbólica aos presentes e ouviu-se por entre os docentes, que pela primeira vez chegam à nossa Escola, «Nunca fui recebido assim em nenhum outro lugar». E por isto, nem que seja só um a dizê-lo, vale a pena todo o esforço que se faz anos e anos, sempre remando contra uma maré que se vai engrossando e que parece nos irá tragar num futuro próximo... Basta que um repare e mude o rumo dos acontecimentos, como um efeito borboleta, para que tudo esteja no seu devido lugar, como casa arrumada, arejada, livre de pó bafiento e asfixiante! Contudo, nada parece mudar e ainda não veio aquele que vai olhar em frente e agarrar o leme firmemente contra a corrente que teimosamente nos quer engolir. E vamos continuar na mesma, com um rumo de incertezas, sem saber o que verdadeiramente se passa neste país e quão má e gravíssima é a situação de todos os portugueses, com os governantes a “taparem o sol com a peneira”...E corte aqui, corte ali, este ano, para o ano, nos próximos largos anos...e tudo parece infrutífero e sentimo-nos como numa trincheira à espera que a bomba rebente! Aqui, em Oleiros, foi assim o nosso dia...e alegra-me saber que é nos lugares esquecidos pela Pólis que os docentes sabem o que é ser bem recebido, sabem o que é um gesto verdadeiro e justo. Bom ano para todos nós professores e para os nossos alunos. n atenção de algumas coisas tendo por base exactamente os números dos Censos. O quadro dos resultados para a zona a que pertencemos e por ela 3 Jornal de OLEIROS lutamos – Zona do Pinhal Interior Sul – apresenta resultados que todos já esperávamos mas que alguns políticos fingiam não ser assim. 2011 SETEMBRO/OUTUBRO Desertificação? Cada vez somos menos No conjunto dos concelhos só Castelo Branco ganhou habitantes (+325) e Vila de Rei (+95). Idanha-a-Nova é o que perde mais em percentagem (17,69), mas em número de pessoas é o da Covilhã que mais perde (-2.735 com -5,02%). É claro que, estes números lidos sem a conjugação entre o número de habitantes que tinham e os que agora têm, podem indicar para leituras algo distorcidas. O quadro mais pormenorizado aqui fica, por ordem alfabética: Dr. Luís Mateus conjugação entre o número de habitantes que tinham e os que agora têm, podem indicar para leituras algo distorcidas. O quadro mais pormenorizado aqui fica, por ordem alfabética: Os Censos 2011 aí estão disponíveis para todas as análises, comparações, estatísticas para decisões, números muitas vezes chocantes, outros surpreendentes, mas aí estão eles e a serem já base para imensas abordagens políticas, jornalísticas, programadores, decisores. Quantos somos? Quem somos? Como vivemos? Quais foram os comportamentos, em termos de migração, dos portugueses? Por falta de espaço neste número limito-me a ser mais um dos que chama a atenção de algumas coisas tendo por base exactamente os números dos Censos. O quadro dos resultados para a zona a que pertencemos e por ela lutamos – Zona do Pinhal Interior Sul – apresenta resultados que todos já esperávamos mas que alguns políticos fingiam não ser assim. No conjunto dos concelhos só Castelo Branco ganhou habitantes (+325) e Vila de Rei (+95). Idanhaa-Nova é o que perde mais em percentagem (-17,69), mas em número de pessoas é o da Covilhã que mais perde (-2.735 com -5,02%). É claro que, estes números lidos sem a Em dez anos foi isto. Perdemos. Perdemos nós por aqui e perdeu o país porque, nem os fundos que há anos chegaram a Portugal para o seu desenvolvimento não foi aplicado estrategicamente e com visão de futuro. Gastámos muito em festas cerimónias, formação sem nexo, subsídios quase inexplicáveis, criação do sentimento de que a “cunha” continua e continuará e quem não é da cor nos meios mais pequenos é estar do outro lado, as suas ideias não interessam. A preferência pelo partidarismo, o amiguismo, e outros ismos vão sendo a descrença – que os verdadeiros políticos não gostam quem falemos – da nossa democracia. Já li várias intervenções para o problema da “desertificação” seja combatido. Se unam esforços. Se reúnam génios. Se estudem as soluções para alterar este ritmo avas- CONCELHOS Belmonte Castelo Branco Covilhã Fundão Idanha-a-Nova Oleiros Penamacor Proença-a-Nova Sertã Vila de Rei Vila Velha de Ródão TOTAL ------------- Em 2001 TOTAL 7 592 55 708 54 505 31 482 11 659 6 677 6 658 9 610 16 720 3 354 4 098 208 063 VARIAÇÃO -787 +325 -2735 -2310 -2062 -975 -1006 -1347 -793 +95 -519 -10,37% 0,58% -5,02% -7,34% -17,69% -14,60% -15,11% -14,02% -4,74% 2,83% -12,66% Em 2011 TOTAL 6 805 56 033 51 770 29 172 9 597 5 702 5 652 8 263 15 927 3 449 3 579 195 949 salador. Mas… na agenda política os autarcas dos nossos concelhos nâmicas ultrapassadas, com rotide muitos anos. Háoexceções? têm de ter projetos âncora, nós têm depornasaqui não próximos temposPerdemos. Ementrará dez nos anos foi isto. Perdemos e perdeu país este enorme problema. Porque a entre eles terem lideranças a pen- Há! E felizmente boas. Mas, como porque, nem os nafundos que anose os chegaram Portugal para o seudo o Presidente da concelhia maishá alargado outros não adizia “crise” não deixa. Porque troika sar PSD da Sertã no Comarca da Sertã considerarem o seu concelho como está o contrário: matar freguesias, desenvolvimento não foi aplicado estrategicamente e com visão de futuro. talvez (improvável) concelhos e já uma quinta (ou quintal). E isto, “Sem tibiezas é urgente repensar Gastámos muito em festas cerimónias, formaçãoque semo nexo, subsídios INTERIOR e agir semquase demora. retira o reconhecimento caminhamos para as Câmaras mo- não tenho por alguns desses autarcas. O despovoamento não tem de ser nocolores. inexplicáveis, criação do sentimento de que a “cunha” continua e continuará Neste momento considero que Mas outras “governam” com di- uma fatalidade”. n Recebi há dias um e-mail que considero interessante e também oportuno. Dizia assim: A Presidenta foi Estudanta?! Alda Barata Salgueiro (Este artigo não segue o novo acordo ortográfico) No português existem os particípios activos derivativos verbais. Por exemplo: o particípio activo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante……Qual é o particípio activo do verbo ser? O particípio activo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade. Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a acção que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos -ante, -ente ou -inte. Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE e não “presidenta”, independentemente do sexo que tenha. Diz-se capela ardente e não capela ardenta; diz-se estudante e não “estudanta”; diz-se paciente e não “pacienta”. Um bom exemplo de erro grosseiro seria: -A candidata a presidenta comporta-se como uma adolescenta que imagina ter virado eleganta A Inês Barata, jovem promissora, boa estudante, premiada diversas vezes, foi vítima de brutal assassínio e sepultada em Oleiros no pretérito dia 30 de Agôsto. A Seus Pais Cecília Barata e a Dinis apresentamos as mais sentidas condolências. Jornal de Oleiros - Direcção para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta». Apesar de humorística, esta reflexão trata de um assunto sério, direi mesmo muito sério. As línguas evoluem como os seres vivos, mas também como os seres vivos não devem perder o ADN que as caracteriza. Esta necessidade de afirmação femininista não tem qualquer mérito, ou antes, contribui sim, como uma menos valia para a causa feminina, porque é atrevidamente ignorante. Os substantivos e os adjectivos designados uniformes, devem manter-se uniformes porque não transportam qualquer equívoco, mesmo para designar entidades que desempenham cargos por mais prestigiados que sejam, pois o artigo definido que os antecede Maria Odete Santos, de 81, residente no Estreito, tendo exercido durante largos anos a profissão de professora, faleceu no passado dia 8 de Setembro. À sua filha, Dra. Maria do Céu Garcia (com Cartório de Notária frente ao El Corte Inglês), netos e restante família, apresentamos as mais sentidas condolências. Jornal de Oleiros - Direcção define, por natureza, o seu género: o intendente, a intendente; o residente a residente. Senhora arquitecta Helena Roseta, a senhora doutora Assunção Esteves não é a presidenta da Assembleia da República, ela é a Presidente da Assembleia da República. Depois desta afronta, espero que o senhor Prof. Aníbal Cavaco Silva não deseje passar a ser designado por: o presidento de todos os portugueses! n 4 Jornal de OLEIROS 2011 SETEMBRO/OUTUBRO Avaliação internacional do Geopark Naturtejo passa por Oleiros O Geopark Naturtejo da Meseta Meridional recebeu uma missão decisiva da Rede Europeia de Geoparques, sob os auspícios da UNESCO, que veio reavaliar o estatuto internacional alcançado em 2006, servindo de suporte de análise à votação da permanência do Geopark Naturtejo nas redes Europeia e Global de Geoparques para o quadriénio 2012-2015. Após mais de dois meses de auditoria aos instrumentos de gestão do Geopark Naturtejo e conservação do seu património geológico, Pablo Rivas Palomo, coordenador do Geoparque Cabo de Gata-Níjar (Espanha), Reserva da Biosfera da UNESCO, e Marie-Luise Frey, directora de Messel Pit (Alemanha), Património Mundial da UNESCO, estiveram no terreno a avaliar o trabalho desenvolvido pela Naturtejo - EIM, ao longo dos últimos 5 anos, em conjunto com os seus municípios fundadores e os seus parceiros privados. Os dois especialistas percorreram a região para confirmar a evolução do plano de acção definido para o território Geopark Naturtejo, analisando o grau de protecção e valorização patrimonial, o sucesso das parcerias públicas e privadas, a qualidade das actividades educativas desenvolvidas pela Naturtejo com as escolas, municípios e parceiros privados e a implantação de uma estratégia turística de base sustentável. Com o objectivo de abordar os diferentes pontos de análise, a Naturtejo preparou um rigoroso programa de visita ao Geopark. Saliente-se que, no decorrer do programa, os avaliadores atravessaram grande parte do território e visitaram os principais geomonumentos, unidades de alojamento e de restauração, empresas de animação turística, espaços museológicos, culturais e postos de turismo, contactando as pessoas nas suas áreas de responsabilidade, na rua ou em festivais de cariz popular. Em Oleiros, a comitiva passou pelo Posto de Turismo e pela Casa S. Torcato-Moradal, tendo sido muito bem recebidos pelo Vereador da Câmara Municipal de Oleiros, Vitor Antunes, pelo representante dos parceiros privados da Naturtejo, João Paulo Ribeiro da Pirotecnia Oleirense e pela responsável pela comunicação deste município, Inês Martins. Os avaliadores puderam fazer uma visita guiada ao excelente posto de turismo e centro de exposições, verdadeiro exemplo no território do Geopark, através das entusiasmantes explicações de Inês Martins. Ficaram a conhecer a nova estratégia Oleiros/Geopark de integração dos produtos turísticos de Oleiros, numa única marca – A Rota das Montanhas -, à qual se alia uma nova abordagem de marketing dos produtos tradicionais – Produtos da Montanha – que se encontram disponíveis para venda neste Posto de Turismo, tais como os Geodoces, os tropeços, a aguardente de medronho ou o artesanato em linho, madeira ou xisto. Este Posto de Turismo é ainda pioneiro na criação de um espaço internacional de divulgação do Geopark Naturtejo e dos restantes 42 geoparques existentes na Europa, para os seus visitantes. Os avaliadores foram muito bem acolhidos pela família Bártolo na Casa S. Torcato-Moradal, a primeira Casa Naturtejo. Em fase de crescimento, com a construção de 5 novos quartos e apostando numa hospitalidade familiar rodeada dos aromas da aldeia, o S. Torcato-Moradal reforçou a oferta do Geopark Naturtejo, tornandose ponto de partida para a descoberta do valioso património geológico e botânico da Serra do Moradal. Aqui, e em jantar de despedida, os avaliadores da Rede Europeia de Geoparques e restante comitiva puderam experimentar algumas das maravilhas da gastronomia local em ambiente de genuína hospitalidade, assim como comprovar o conforto do silêncio numa noite muito bem passada em S. Torcato. O sucesso que se espera desta missão para o futuro do Geopark Naturtejo da Meseta Meridional dependeu fundamentalmente do trabalho realizado e dos projectos implementados nos últimos 5 anos, da demonstração do sentido de união e pertença sempre presentes no dia-a-dia deste território, do entusiasmo das suas gentes e de cada um de nós e da qualidade da informação disponibilizada nos municípios e pelas entidades por onde a missão passou. No dia 15 Setembro serão conhecidos os resultados da avaliação do Geopark Naturtejo pela Comissão de Coordenação da Rede Europeia de Geoparques e UNESCO, que se irá reunir no Geopark Gea Norvegica, em Larvik, Noruega. n Carlos Neto de Carvalho e Joana Rodrigues Oferta &ŽƌŵĂƟǀĂͮ 2011/12 ƵƌƐŽƐWƌŽĮƐƐŝŽŶĂŝƐ[nível 4] ;ƵƉůĂĐĞƌƟĮĐĂĕĆŽ͕ĞƋƵŝǀĂůġŶĐŝĂĂŽϭϮǑĂŶŽͿ ƵƌƐŽWƌŽĮƐƐŝŽŶĂůĚĞdĠĐŶŝĐŽĚĞZĞƐƚĂƵƌĂĕĆŽ ͲsĂƌŝĂŶƚĞƐĚĞŽnjŝŶŚĂͬWĂƐƚĞůĂƌŝĂͮZĞƐƚĂƵƌĂŶƚĞͬĂƌ ƵƌƐŽWƌŽĮƐƐŝŽŶĂůĚĞdĠĐŶŝĐŽĚĞŶĞƌŐŝĂƐZĞŶŽǀĄǀĞŝƐ ͲsĂƌŝĂŶƚĞĚĞŶĞƌŐŝĂ^ŽůĂƌ ƵƌƐŽWƌŽĮƐƐŝŽŶĂůĚĞdĠĐŶŝĐŽĚĞ'ĞƐƚĆŽĚĞƋƵŝƉĂŵĞŶƚŽƐ/ŶĨŽƌŵĄƟĐŽƐ ƵƌƐŽWƌŽĮƐƐŝŽŶĂůĚĞdĠĐŶŝĐŽĚĞŽŶƐƚƌƵĕĆŽŝǀŝů ͲsĂƌŝĂŶƚĞƐĚĞĞƐĞŶŚŽͮŽŶĚƵĕĆŽĚĞKďƌĂͮdŽƉŽŐƌĂĮĂ ƵƌƐŽWƌŽĮƐƐŝŽŶĂůĚĞdĠĐŶŝĐŽĚĞŽŵƵŶŝĐĂĕĆŽ͕DĂƌŬĞƟŶŐ͕ZĞůĂĕƁĞƐWƷďůŝĐĂƐĞWƵďůŝĐŝĚĂĚĞ ƵƌƐŽWƌŽĮƐƐŝŽŶĂůĚĞdĠĐŶŝĐŽĚĞ'ĞƐƚĆŽ ƵƌƐŽWƌŽĮƐƐŝŽŶĂůĚĞdĠĐŶŝĐŽĚĞůĞĐƚƌſŶŝĐĂĞdĞůĞĐŽŵƵŶŝĐĂĕƁĞƐ Cursos de Educação e Formação para Jovens [nível 2] ;ƵƉůĂĐĞƌƟĮĐĂĕĆŽ͕ĞƋƵŝǀĂůġŶĐŝĂĂŽϵǑĂŶŽͿ ůĞĐƚƌŝĐŝƐƚĂĚĞ/ŶƐƚĂůĂĕƁĞƐ ŽnjŝŶŚĞŝƌŽ Cursos de Educação e Formação de Adultos [nível 4] ;ƵƉůĂĐĞƌƟĮĐĂĕĆŽ͕ĞƋƵŝǀĂůġŶĐŝĂĂŽϭϮǑĂŶŽͿ ĐĕĆŽĚƵĐĂƟǀĂ ŽnjŝŶŚĂͬWĂƐƚĞůĂƌŝĂ Cursos de Educação e Formação de Adultos [nível 2] ;ƵƉůĂĐĞƌƟĮĐĂĕĆŽ͕ĞƋƵŝǀĂůġŶĐŝĂĂŽϵǑĂŶŽͿ ůĞĐƚƌŝĐŝƐƚĂĚĞ/ŶƐƚĂůĂĕƁĞƐ ^ĞƌƌĂůŚĞŝƌŽŝǀŝů Cursos de Especialização Tecnológica [nível 5] Condução de Obra /ŶƐƚĂůĂĕĆŽĞDĂŶƵƚĞŶĕĆŽĚĞZĞĚĞƐĞ^ŝƐƚĞŵĂƐ/ŶĨŽƌŵĄƟĐŽƐ Construção e Administração de Websites EŽƚĂ͗ĂŽĂďƌŝŐŽĚŽƉƌŽƚŽĐŽůŽĐŽŵŽ/ŶƐƟƚƵƚŽWŽůŝƚĠĐŶŝĐŽĚĞ>ĞŝƌŝĂ͕͞KĨƵŶĐŝŽŶĂŵĞŶƚŽ ĚĞĐƵƌƐŽƐĚĞĞƐƉĞĐŝĂůŝnjĂĕĆŽƚĞĐŶŽůſŐŝĐĂŶĞƐƚĂůŽĐĂůŝĚĂĚĞĞƐƚĄĚĞƉĞŶĚĞŶƚĞĚĞĂƵƚŽƌŝnjĂĕĆŽ ĞƐƉĞĐşĮĐĂĂĐŽŶĐĞĚĞƌƉĞůĂŝƌĞĐĕĆŽ'ĞƌĂůĚŽŶƐŝŶŽ^ƵƉĞƌŝŽƌ͘͟ Apoios: Alimentação Alojamento Transportes Aulas de Apoio ƐƚĄŐŝŽƐWƌŽĮƐƐŝŽŶĂŝƐ ĐƟǀŝĚĂĚĞƐdžƚƌĂĐƵƌƌŝĐƵůĂƌĞƐ;ŶĂƚĂĕĆŽ͕ĨƵƚƐĂů͕ĚĂŶĕĂ͕ĨŽƚŽŐƌĂĮĂĞddͿ͘ “Qualificar é Crescer” Contactos: email. [email protected] | Tlf. 236486341 2011 SETEMBRO/OUTUBRO Jornal de OLEIROS ruralidades Inês Martins Empreendedorismo em espaço rural, precisa-se! Todos os territórios, em particular os espaços rurais, necessitam que haja empreendedorismo para que ocorra a sua revitalização. Consultando no dicionário o significado do verbo “empreender”, este consiste em “tomar a resolução de fazer uma coisa (de certo vulto) e começá-la: empreender um trabalho”. Na verdade, estão aqui subjacentes as noções de trabalho e de iniciativa, seja esta última de natureza pública ou privada. É este espírito de iniciativa, gerador de riqueza e emprego, que dinamiza os territórios e aumenta a sua capacidade de atracção. Só desta forma se consegue fixar pessoas em territórios de baixa densidade populacional, sendo este um factor preponderante para a revitalização das economias locais. Acarinhar as empresas empreendedoras existentes numa região, as quais em muito têm contribuído para a fixação de recursos humanos, é fundamental para garantir a vitalidade do território. Na maioria dos casos, estas têm feito um esforço heróico, e muitas vezes altruísta, para se manterem em certos locais do interior, criando algo diferente, dedicando todo o tempo e trabalho necessários e assumindo todos os riscos correspondentes, em prol do acréscimo de riqueza e valor das regiões. Por outro lado, a fixação de novas empresas, com inovadores modelos de desenvolvimento, poderá contribuir para a afirmação de uma renovada identidade do território. O aparecimento de novos produtos, muitos deles possuidores de valor acrescentado, será um importante vector de valorização dos territórios, os quais surgem desta forma regenerados e com uma nova imagem. Do mesmo modo, a existência de novos empreendimentos pode potenciar a atracção de recursos humanos e consequentemente, de população, tão necessária nestes territórios de baixa densidade. Concluindo, o conceito de empreen- Contabilidade . Salários . IRS/IRC . Pocal Rua Cabo da Devesa, 6160-412 Oleiros email: [email protected] • Telefone 272 682 795 Agência de Oleiros Praça do Município, 30 Telefone 272680000 - Fax 272680007 dedorismo (que foi utilizado pela primeira vez em 1950, tendo sofrido um longo processo de evolução), é hoje em dia consensualmente considerado pela sociedade como principal promotor do desenvolvimento económico e social de um determinado território. O papel do empreendedor consiste em identificar oportunidades, agarrá-las e encontrar os recursos necessários para as transformar num negócio lucrativo. Tendo como referência os espaços rurais, o processo assume contornos específicos, quer no que diz respeito às oportunidades existentes, como no que se refere aos riscos inerentes. Face ao contexto que vivemos actualmente, forçosamente marcado por novos desafios, o futuro terá de passar pela regeneração do interior e nesse sentido, é fundamental uma dose considerável de empreendedorismo, num processo que tem tanto de gratificante como de urgente. n 5 Em 15 de Outubro de 2009 nascia o Jornal de Oleiros A data era intencional, havia Eleições em 12 e o Projecto não era meramente político. Recordo aliás a conversa prévia com o Senhor Comendador José Santos Marques, nosso Presidente, que também a recordará. Foi uma grande decisão, uma paixão que nasceu e se mantém, ajudada a construir por muitos Amigos a quem aqui agradeço pessoalmente. n 6 Jornal de OLEIROS 2011 SETEMBRO/OUTUBRO O FAROL Pensamentos de Verão Nota: O presente texto não segue as regras do novo acordo ortográfico António Graça O Verão é a estação do ano mais desejada, uma vez que com ela chega o habitual ( por enquanto) período de férias, no qual, quem trabalhou o ano inteiro, procura recuperar forças e recarregar as baterias para o período de 12 meses que se segue, e, quem nada fez durante o ano, continua mais uns dias sem nada fazer, mas, desta vez, com uma justificação consistente. É também no Verão que “ o sol bate forte nas cabeças” , parecendo por vezes alterar o funcionamento dos neurónios a ele expostos. Essa alteração é mais notória no caso das chamadas figuras públicas, uma vez que os seus actos e afirmações são mais divulgados. Desse fenómeno, daremos em seguida alguns exemplos: O Álvaro O Álvaro, que é como gosta de ser tratado o actual ministro da Economia, teve a original ideia de sugerir a criação de portagens no IC19 e no IC2, as principais vias de entrada na cidade de Lisboa, usando como argumento que isso já é feito em várias cidades da Europa. Oh Álvaro, o senhor veio do Canadá e a mudança das temperaturas frias para as nossas fez-lhe mal. Para começar, diremos que o hábito de querer comparar-nos com o que se passa na Europa quando se trata de medidas a tomar, normalmente negativas, é desonesto, uma vez que Portugal pertence à Europa por mero acidente geográfico, pouco mais tendo em comum com os restantes países europeus. Depois, tanto quanto sabemos, apenas duas cidades europeias têm esse sistema, Estocolmo e Londres. Finalmente, com a situação criada com as medidas de austeridade, criar-se-ia, com essa atitude um detonador para forte agitação social, que o chefe do seu governo não deseja. dia menos dia, a pertencer ao grupo dos mais desfavorecidos. Homem rico homem pobre Um dos casos ultimamente mais falados nos órgãos de comunicação é o caso dos ENVC, que consideramos um caso emblemático do desperdício das potencialidades nacionais, senão vejamos: Os ENVC têm uma história de 67 anos no ramo da construção naval. São um dos maiores estaleiros de construção naval da Europa Ocidental, têm pessoal altamente qualificado, equipamentos tecnicamente actualizados e instalações adequadas e bem localizadas. Ao longo dos seus 67 anos de vida, foram ali construídos mais de duzentos navios de diversos tipos e aplicações, desde navios mercantes a navios de pesca, e até navios de guerra. Porquê então a situação a que se chegou? Salvo melhor opinião, é um caso de má gestão. Um estaleiro de construção naval, é uma empresa como outra qualquer, tem de ter uma estratégia comercial activa, produtos inovadores, capacidade de resposta, procurar novos mercados, etc., não pode viver de negócios virtuais com qualquer estagiário para ditador sul-americano, cuja palavra vale o que vale, nem pode ser administrado por uma administração passiva. Os últimos administradores, que custavam cada um 110.000€ por Portugal, pelo caminho que as medidas para combater o deficit nos levam, corre o risco de se transformar, dentro em breve, num local onde só existem ricos e pobres. De facto, nas últimas semanas, verificámos como é difícil e pouco conveniente cobrar mais impostos aos ricos. Houve até um deles, que tem uma fortuna avaliada em 2,6 mil milhões de euros, que veio logo dizer, desavergonhadamente, que não é rico, mas sim um simples assalariado. Ora, como a trabalhar ninguém enriquece, donde vieram os tais 2,6 milhões de euros? Por outro lado, criou-se a moda de, sempre que são decretados aumentos de serviços ou taxas, criar um regime especial para os chamados mais desprotegidos. Não estamos a querer duvidar da necessidade de proteger determinados extractos da população, mas também sabemos que há muita gente que, não declarando os rendimentos que aufere se enquadra nos tais desprotegidos, e vive à grande, recebendo, para além dos rendimentos não declarados da sua actividade, todos os subsídios que consegue caçar. A não haver uma inversão da tendência actual de recessão da economia, passaremos todos , os portugueses da classe média, mais ENVC (Estaleiros Navais de Viana do Castelo) ano à empresa, não trouxeram, em um ano do seu mandato, nenhum negócio para os estaleiros, decerto ficaram quietinhos nos seus gabinetes à espera que as encomendas caíssem do céu. Também não se percebe a razão porque se foi buscar um administrador a Espanha, ao qual se pagam as deslocações semanais a casa. Em Portugal há pessoas com profundos conhecimentos do sector e competência superior para ocupar o lugar. Olhos nos olhos O Jornal de Oleiros e O Farol, pautam a sua orientação pela Independência e pela Frontalidade. Foi nessa linha que O Farol foi um activo crítico do governo de Sócrates, e os factos vieram, infelizmente, a dar-nos razão. Será esse o mesmo tipo de actuação que seguiremos com o actual governo, ou com quaisquer outros poderes instituídos ou com aspirações a virem a sê-lo. Nesse sentido, parece-nos oportuno deixar aqui algumas perguntas a que o Sr,. Primeiro-Ministro deveria responder aos portugueses “olhos nos olhos”. Como dissemos anteriormente, parece-nos que a maioria dos portugueses entende que o estado a que o país foi conduzido implicaria a adopção de medidas difíceis, o que parece ser difícil de entender é o seguinte: -Todos os dias surgem notícias de casos de gestão ruinosa dos bens públicos. Não são apuradas responsabilidades pelo sucedido? - Porque é que são sempre os mes- mos a fazer os sacrifícios, os que vivem do seu salário ou reforma, e outros não contribuem com nada, falamos dos rendimentos de capital dos beneficiários de dividendos, de mais-valias, etc.? - Porque é que nos são pedidos sacrifícios para ajudar os bancos, quando estes não ajudam ninguém e andaram anos e anos a ter lucros fabulosos, recorrendo a todos os artifícios fiscais para pagarem o mínimo possível de impostos? Esta ajuda, feita com o sacrifício dos portugueses, deveria ter uma contrapartida, por parte dos bancos. Por exemplo, estes, ficarem impedidos de cobrar “spreads” superiores à taxa de referência dos créditos que contratam. Hoje há bancos a cobrar o dobro, é agiotagem Será o Senhor Primeiro-Ministro capaz de dar, olhos nos olhos dos portugueses, respostas satisfatórias a estas questões. -A propósito de bancos, pode explicar-nos as razões da oferta, em condiçõesruinosas para o país, dos despojos do BPN ao banco angolano, ou melhor, ao grupo Amorim e a Isabel dos Santos, sendo voz corrente que o senhor Amorim tem uma dívida ao mesmo banco que é mais de 50 vezes superior ao valor pelo qual ele lhe foi vendido? - Finalmente, entende o senhor Primeiro-Ministro, em perfeita consciência, que as medidas que têm vindo a ser tomadas, vão contribuir para a sustentabilidade da nossa economia, ou não estaremos nós a sujeitar-nos à aplicação de medidas que já provaram a sua ineficácia?. Até breve! n IPN recebe distinção BIC Business Innovation Centre O Instituto Pedro Nunes (IPN), organismo da Universidade de Coimbra (UC), acaba de obter o “selo” de qualidade de BIC - Business Innovation Centre. Os BIC são centros de apoio à criação de empresas que seguem um modelo europeu e estão integrados na EBN - European Business & Innovation Centres Network. A sua missão é contribuir para a criação de novas gerações de Pequenas e Médias Empresas (PME’s) inovadoras e para o desenvolvimento e modernização das empresas existentes. Os critérios de avaliação estão organizados em critérios que vão desde a coerência da missão do BIC e capacidade de concretizar objectivos relacionados com inovação e empreendedorismo, até à qualidade dos serviços prestados nessa área e os resultados históricos obtidos. O IPN, devido aos seus resultados, obteve a classificação máxima em todos os critérios. A equipa multidisciplinar do IPN que engloba o Departamento de Inovação, a Incubadora de empresas e a nova “aceleradora” de empresas será a responsável por este novo BIC. Esta equipa, alicerçada na rede europeia na EBN - European Business & Innovation Centres Network, «poderá agora estender o seu leque de serviços de apoio a empresas de base tecnológica, facilitando a internacionalização e a instalação em novos mercado, através das relações privilegiadas com os restantes 150 BIC’s e mais de 2.000 profissionais de inovação, cerca de 4.000 empresas incubadas e mais 11.000 empresas associadas», afirma o responsável do Departamento de Valorização do Conhecimento e Inovação do IPN, Carlos Cerqueira. Sobre o IPN: Criado em 1991 por iniciativa da Universidade de Coimbra, o Instituto Pedro Nunes (IPN) - Associação para a Inovação e Desenvolvimento em Ciência e Tecnologia - tem como missão contribuir para a transformação do tecido empresarial e das organizações em geral, promovendo uma cultura de inovação, qualidade, rigor e empreendedorismo, assente num sólido relacionamento universidade/empresa e actuando em três frentes que se reforçam e complementam: Investigação e desenvolvimento tecnológico, consultadoria e serviços especializados, Incubação de ideias e empresas e Formação especializada e divulgação de ciência e tecnologia. n Coimbra, 6 de Setembro de 2011 Cristina Pinto Assessoria de Imprensa - Universidade de Coimbra 91 7575022 | 96 7654006 2011 SETEMBRO/OUTUBRO Jornal de OLEIROS 7 CRÓNICAS DE LISBOA BPN = Buraco Pago (por) Nós Serafim Marques Economista Há decisões cujo resultado final não foi o desejado, pois este só se conhecerá depois de decidida uma das opções que pudessem existir. Foi o caso da opção da nacionalização, por parte do governo PS, do BPN – Banco Português de Negócios, quando foram detectadas irregularidades, em vez da opção de o deixar falir. Foi o medo de contágio aos outros bancos portugueses, com efeitos imprevisíveis e podendo mesmo gerar uma “banca rota”, face ao exemplo que tinha acontecido com a falência banco Lehman Brothers dos USA, onde esta teve reflexos graves em todo o sistema financeiro mundial. Sabemos agora, que aquela decisão gerou um enorme buraco nas contas públicas e, consequentemente, nos nossos impostos, isto é, o buraco vai ser pago por nós. Grave, diria mesmo muito grave e por isso o caso está em processo de justiça, terão sido as irregularidades cometidas pelos seus responsáveis e o falhanço das instituições reguladoras e fiscalizadoras (BdP - Banco de Portugal, etc, cujo governador foi “premiado” com a Vice-Presidência do BCE, lavando as mãos como Pilatos) que deveriam ter auditado todo o processo de gestão do banco, ligações pessoais e institucionais e não o fizeram. Alegaram que cumpriram a lei existente, mas face à visibilidade de determinados sintomas, agiram e ou pediram reforço das leis? O autor destas linhas, que nunca teve qualquer ligação ao banco, nem como cliente, teve contactos profissionais, por parte de dois quadros duma agência local do banco, a aliciarem-nos (à empresa) para a abertura de conta e o início de negócios entre as duas partes. Isto aconteceu no início de 2003 e, nessa abordagem e face às condições oferecidas, a nossa percepção era de que algo de estranho se poderia passar naquela instituição, tipo Dona Branca de má memória para muitos portugueses, principalmente para os mais gananciosos e os mais aflitos, pois é este o padrão de clientes que aderem a este tipo de negócios, no qual e obviamente não se incluem todos os clientes do BPN. Felizmente, não aderimos e à pergunta de como poderia o banco oferecer aquelas altas taxas de juros passivas (sobre os depósitos), responderam-nos que também o banco cobravam taxas altas dos empréstimos (taxas activas) aos seus clientes. Insistimos, perguntando, que tipo de clientes eram e a resposta foi de que eram aqueles que (já) não conseguiam obter empréstimos nas outras instituições bancárias, pelo que aceitavam pagar essa taxas de juro altas. Para bom entendedor....., mas, pelos vistos, o BdP não desconfiou destas opções e das consequências destas práticas. Foi este o monstro ou polvo (por causa de outra ligações de negócios) que o Estado nacionalizou e que (nós) temos vindo a sustentar e que agora o governo (PSD) tinha que tomar uma das duas opções de que dispunha, pois o anterior governo não o fez quando deveria, evitando o crescimento do buraco: vender o BPN ou extingui-lo, neste caso com riscos de contágio aos outros bancos.Tomou a primeira opção, mas levantou uma onda de confusões quanto ao valor negociado e também quanto ao parceiro comprador escolhido (o angolano BIC). Esta não é uma matéria facilmente tratável pela nossa imprensa generalista, pela complexidade e valores integrantes no balanço do banco, mas o assunto tem sido relatado de forma pouco clara, para não dizer mesmo envenenadora da opinião pública, pois não será facilmente entendido pelo povo e leigos nestas matérias, mas é este que recebe as mensagens da imprensa e depois fica desconfortável com esta engenharia financeira vs sacrifícios que lhe são exigidos. Por exemplo, dizer que o Estado vai vender por quarenta milhões de euros, mas terá que injectar quinhentos e cinquenta milhões no BPN é muito confuso, se não for dito que este último valor (bem maior do que o da venda) corresponde à tomada de créditos que serão transferidos para o Estado e que sem esta limpeza do balanço do banco, este não seria viável e não satisfaria as exigências do sistema bancário, definidas pelo BdP, pelo que a solução teria que ser a extinção, com custos maiores para todos nós. Disseram ainda e a oposição questionou que um outro concorrente ofereceu cem milhões de euros pelo banco, mas foi preterido! Contudo e acreditemos que o governo está a defender os interesses do país, nem sempre neste tipo de negócios, quem dá mais pode ser o melhor parceiro, porque pode haver outras variáveis em jogo. Talvez se entenda melhor este negócio, se pensarmos que muitas vezes se vendem empresas por um euro, significando isso que o comprador assume o património (neste caso de valor negativo) e as responsabilidades dessa empresa e mantendo-a em actividade, de modo a evitar outras consequências se fosse à falência. É isto que se passa com o BPN onde a extinção do banco teria mais custos (directos e indirectos) para todos nós. Infelizmente, não apenas para os portugueses, o sistema financeiro (nacional e internacional) continua com fragilidades de supervisão e regulação ao seu poder de criar moeda virtual e, por isso, as crises acabam por serem cíclicas, reflectindo-se na economia real e na vida de todos. Mas se nos USA, por exemplo, os culpados são condenados, no nossos país nunca há responsáveis por estes factos e “a culpa morrerá sempre solteira”?. Triste sina a nossa! n Agricultura a troco de um prato de lentilhas... Dr. António Moreira No suplemento de Economia do jornal “Expresso”, alusivo ao estudo actual da nossa agricultura, na edição do dia 20.08.2011, vem um artigo da autoria do ex-ministro da agricultura, Dr. Arlindo Cunha, com o seguinte título: “A agricultura portuguesa e a PAC: De casamento forçado a relação respeitosa”, em que, em resumo, considera que não vendemos os campos por um prato de lentilhas (SIC). Com todo o respeito que nos merece o Senhor Dr. Arlindo Cunha, de cuja boa-fé e sentido de serviço público não duvidamos, não podemos deixar de discordar desta sua opinião, pelo estado que consideramos, não só um autêntico desastre nacional, a que chegou a nossa agricultura, assim como as nossas pescas, mas também um verdadeiro crime contra a nossa economia e a nossa soberania, e que é o seguinte: Mais de 2.000.000 (dois milhões) de hectares dos nossos campos totalmente abandonados. Mais de 220.000 agricultores a receberem subsídios, para não produzirem, deixando os seus prédios rústicos ao abandono. Das 17.997 embarcações de pesca em 1986, passou a 8.492 embarcações em 2010 (Cfr. declarações da Senhor Secretário de Estado do Mar, em 31.07.2011), apesar de termos a maior ZEE (zona económica exclusiva) de toda a União Europeia. Todos os dias saem do país dezenas de milhões de euros para comprar alimentos no estrangeiro que podiam, e deviam, ser produzidos dentro das nossas fronteiras, na sua esmagadora maioria. Consequências: Termos de importar, em especial dos nossos parceiros comunitários, mais de 80% dos bens alimentares de que necessitamos para alimentar o nosso povo, desde alhos da China, batatas e frutas de Espanha, da França e do Chile, cebolas da Bolívia, cereais da América e da Rússia, carnes da Argentina e do Brasil, etc. etc. etc. Termos de importar mais de 60% do pescado que consumimos, apesar da nossa imensa ZEE. Os campos assim abandonados enchem-se de mato, sendo alvos fáceis dos incêndios florestais, que todos os anos devoram mais de 100.000 hectares de florestas e custam, ao erário público, mais de 100.000.000 (cem milhões) de euros, anualmente no seu combate e prevenção. As aldeias de todo o interior ficaram abandonadas, sem população jovem, sem postos de trabalho, fechando todos os anos centenas de escolas por falta de alunos. A desertificação e consequente despovoamento do nosso interior, sendo já o nosso País, o segundo mais desertificado de toda a UE, logo a seguir a Itália, que nos levará a um desastre ambiental de consequências dramáticas. A economia, no chamado sector primário, agricultura e pescas, deixou praticamente de funcionar, não absorvendo mão de obra, que não soubemos qualificar oportunamente, não cria postos de trabalho, não gera receitas fiscais, nem consegue aliviar a nossa gigantesca dívida soberana, nem a nossa Segurança Social, o que é gravíssimo. E não menos grave é a perda considerável de uma parte da nossa soberania, já que a nossa vida colectiva depende, em larga escala, dos nossos fornecedores de alimentos e dos nossos credores internacionais. O que é também preocupante é que se nos anos de 1970/80 a nossa agricultura e as nossas pescas so- friam de um atraso de décadas, em relação aos restantes países da então CEE, hoje esse atraso é mais acentuado ainda, já que as gerações de agricultores e pescadores de então, foram abandonando as suas actividades e os seus postos de trabalho sem que, nos mesmos, fossem substituídos pelas gerações seguintes. A continuarmos nesta perigosa caminhada, fácil se torna concluir que a economia do nosso País não se aguentará por muito mais tempo a pagar juros elevadíssimos (7% a 8% em média) da nossa gigantesca dívida soberana, quando o seu crescimento é nulo, quando não negativo Pelo que é tempo de nos começarmos a questionar das reais vantagens da nossa integração europeia e da real coesão económica social e da solidariedade entre os Estados Membros, por todos assumidas, entre outros, pelo artigo 2º do Tratado de Roma. n 8 Jornal de OLEIROS 2011 SETEMBRO/OUTUBRO ACONTECEU EM OLEIROS Liga dos Amigos da Amieira Celebrou mais um aniversário com sala cheia. Grande noite Convívio anual na Póvoa da Ribeira, 27 de Agosto de 2011 Realizou-se no passado sábado o tradicional convívio da Associação da Póvoa da Ribeira, que se revelou como um dos mais participados de sempre, tendo juntado mais de 150 pessoas. São de destacar as presenças do vereador da Câmara Municipal de Oleiros, Sr. Vitor Antunes, vários presidentes de Juntas de Freguesia e Associações do concelho. Póvoa da Ribeira, caminhada O encontro constou de um almoço cultural, constituído por ementa com pratos tradicionais da região, passeio pedestre e campeonato de Grandioso XV FESTIL organizado pela “ARCO” sueca durante a tarde, e jantar com animação, que viria a prolongar-se pela noite dentro. Tratou-se de um excelente dia de confraternização, extremamente animado, que mobiliza cada ano mais gente, nomeadamente jovens, facto que merece realce. n * Agradecemos o apoio do no nosso Muito Amigo e Colaborador Fernando Carvalho. Roqueiro promoveu a sua festa anual Festa estupenda a que assistimos com gôsto. O Rancho de Oleiros actuou como sempre com enorme sucesso e deixamos uma imagem de parte da Comissão de Festas. n Centro Cultural de Oleiros Director do nosso Jornal na www.radiocomunidadeusa.com em todo o mundo Fizémos uma muito merecida reportagem no nosso Online às Amigas do Centro Cultural de Oleiros. Elas bem a merecem, APLAUSOS para o Vosso trabalho. n Todas as 5ªs feiras pelas 16 horas de Portugal, Paulino Fernandes é o Convidado de Nelson Leite, Presidente daquela conceituada e muito ou- vida Estação que trabalha em cadeia com o Canadá, Brasil e Europa. . Fará os destaques da semana na Sua óptica e de tudo o que tem interesse para as nossas Comunidades, principalmente os exemplos de afirmação positiva em Portugal ou no exterior - a não perder. n 2011 SETEMBRO/OUTUBRO Jornal de OLEIROS Importantes Instituições Concelhias - As Freguesias Álvaro amieira cambas estreito isna oleiros madeirã mosteiro orvalho sobral sarnadas s. simão vilar do barroco 9 10 Jornal de OLEIROS 2011 SETEMBRO/OUTUBRO O Norte da Europa não se quer responsabilizar pela Carência do Sul entre o Fundo de Resgate Euro e a Criação de Títulos-Euro António Justo O pacote de resgate é uma medida provisória para salvar, do risco da bancarrota, economias fracas da zona euro. Países, como a Finlândia, que não querem ver o seu empréstimo reduzido a fundo perdido, exigem garantias para o seu próximo empréstimos de emergência à Grécia. Torpedeia assim as intenções dos parceiros europeus. Estes não têm tido coragem para enfrentar os problemas inerentes à criação do Euro. Têm-se limitado a circundar o problema como o gato à volta do leite quente. Também a ampliação do fundo de resgate (EFSF/ESM), agora em negociação, não é mais que a tentativa de adiar soluções, além de se revelar ineficiente para os próximos candidatos (Espanha e Itália). Títulos do tesouro da EU serão a melhor maneira de se criar um instrumento equilibrador de diferentes economias e, ao mesmo tempo, fomentador de regiões com estruturas deficitárias. Isto terá como consequência maior inflação e o enfraquecimento do Euro, o que não agrada às economias fortes interessadas num Euro forte e estável. Com a criação de títulos EU (Euro) toda a Comunidade seria chamada a contas. Os países mais ricos passariam a ser os credores (assumindo o risco) e ao mesmo tempo co-financiadores dos juros dos países com défices estruturais. Isto impediria os especuladores globais de levarem os países endividados à ruina com juros astronómicos e obrigaria os países fortes a deslocar empresas para a periferia. Os países fortes receiam que os países devedores, com a introdução de Títulos a nível de EU, deixariam de ter pressão para evitar fazer dívidas. O preço da EU e do Euro traz consigo a solidariedade dos mais ricos para com os mais pobres exigindo aqueles, em contrapartida, mais disciplina destes. As tácticas dilatórias de países nórdicos, como a Alemanha, só serão compreendidas em sociedades disciplinadas e habituadas à estabilidade económica e social; tal não se dá nas sociedades latinas, o que explica animosidades entre as nações latinas e as nórdicas. Aqui não se poderá esperar justiça equitativa. Quem trabalha e tem mais produtividade terá que pagar mais! Para se salvar a EU e o Euro, os países fortes não têm outra alternativa senão aceitar Títulos-Euro ou fazer transferência de dinheiro e bens para os países da periferia. Quem suporta a maior carga são e serão os alemães. Se quiserem estabilidade na EU terão que a pagar ou optar por adequarem os seus costumes aos latinos, o que corresponderia a um empobrecimento da Europa. A distribuição da carga na união monetária traz consigo mais centralismo e mais dirigismo dado que quem paga quer receber algo em troca. O Sul terá mais dinheiro na algibeira mas mais presença de nórdicos na direcção dos destinos da EU. A situação é tão complicada e as economias do norte e do sul são tão diferentes que, neste processo, numa primeira fase, só poderá haver descontentes dum lado e do outro. O maior problema estará na perda de independência nacional e na destruição dos diferentes biótopos culturais europeus. Tudo cada vez mais igual, tudo em serviço de Mamon. O descontentamento já chegou aos andares superiores dos Estados Ontem, o presidente da RFA, Christian Wulff, homem reserva- do, criticou o Banco Central Europeu (EZB) por ter comprado títulos (bonds) de alguns Estados. O Artigo 123 do tratado sobre o modo de trabalhar da EU proíbe, para assegurar a independência do Banco Central, o EZB de comprar títulos de dívidas. Wulff critica também a política dos governos: “O pecado contra a geração jovem tem que acabar”. O desenvolvimento faz lembrar um jogo de dominó: “Primeiro os bancos salvaram outros bancos e depois os Estados salvaram os bancos, depois uma comunidade de Estados salva alguns Estados. Quem salva no fim os salvadores?” A política não se deve deixar “conduzir (como puxados) na argola do seu nariz, por gerentes de bancos, por agências Rating ou por Media voláteis”. A política tem actuado como um acossado. De facto não tem defendido as aquisições da economia social de mercado, como protectora da necessária solidariedade, nem impede a ganância anti-social dos jogadores globais. Todas as iniciativas, como o plano de resgate do euro para tornar a zona euro resistente às especulações tem deixado todos descontentes. A Europa e os europeus encontram-se a saque. A repartição da dívida por todos os Estados da zona euro através de obrigações-euro constitui um sapo difícil de engolir especialmente para a Alemanha. A queda do euro ou a exclusão de países da zona euro teriam consequências sociais irreparáveis para a estabilidade europeia. Será óbvia a cooperação na política económica e fiscal. Para defender o espaço económico europeu não chega defender o Euro, é urgente uma política de transferência de riqueza para os países pobres ou através de Euro-Bonds (títulos) assumir a responsabilidade das dívidas dos países mais carentes. Doutro modo estes serão impossibilitados de equilibrar os seus orçamentos estatais, por terem de pagar juros usurários a especuladores sem escrúpulos. Todos terão de participar na solidariedade: países, bancos, credores, contribuintes e não contribuintes. A situação é demasiado problemática para nos fecharmos em nacionalismos ou em receitas simplistas. n [email protected] www.antonio-justo.eu 11 de Setembro (português) tão terrível... Recordamos o imenso trabalho dos Bombeiros, das populações e especialmente das vítimas nunca determinadas - SEC Estado José Cesário faz bem ao estar presente No dia 11 de setembro de 1985, teve lugar um dos mais trágicos acidentes ferroviarios portugueses entre o comboio Sud Express com mais de 400 Emigrantes sendo a sua grande maioria naturais do Norte do País, abrangendo os distritos de Viseu, Coimbra, Aveiro, até Viana, Braga e Vila Real. O grande desastre das Beiras... Iam a caminho de Paris, no regresso das férias em Portugal. O Sud Express embateu frontalmente com um outro comboio regional proveniente de Vilar Formoso e com destino a Coimbra, que também transportava cerca de 200 pessoas. Foi um erro humano que provocou cerca de uma centena de mortos (números ainda por confirmar!) e cerca de 300 feridos. Este ano vai ter lugar mais uma cerimónia para lembrar que “o primeiro 11 de setembro no mundo, infelizmente portugues” diz Augusto Sá, familiar de vìtimas do acidente e que desde sempre se tem batido pela memória de quem padeceu carbonizado e das respectivas famílias. A homenagem vai acontecer no mesmo local onde ocorreu o acidente, em Alcafache, Moimenta de Maceira Dão, na estrada nacional 234, entre Nelas e o concelho de Mangualde. Em 2002, Augusto Sá fundou a Associacao dos Emigrantes de Sta. Maria de Vaìlega-Ovar e comecou por realizar todos os anos uma homenagem ás vitimas “e extensivamente a todo o corpo de socorrismo envolvido no acidente”.”Um monumento que aí tinha sido erguido em 1986, estava encoberto pelo silvado. “A partir dessa data nunca mais foi o mesmo. Agora já tem uma nova cara” diz Augusto Sá Foi posteriormente colocado um painel com 432 azulejos com uma resenha histórica recordando como foi o acidente. Entretanto, as relacões entre os dirigentes da associacão degradaramse, mas Augusto Sá não abandonou a ideia e as cerimónias do proximo dia 11 de setembro vão ser organizadas pela “COMAFA”, a Comissão Organizadora do Movimento do Acidente Ferroviaìrio de Alcafache, “composta por antigos diretores, sócios e amigos” da Associacão dos Emigrantes de Sta Maria de Vaìlega, no Concelho de Ovar. Augusto Sá costuma levar dois autocarros com “pessoas ligadas com a Comunidade emigrante, onde inclui familiares de quase todos os falecidos”. Mas convidou também o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, o ex-Presidente da República, General Ramalho Eanes, o Presidente da Camara de Mangualde, Deputados, e o Presidente do Conselho de Administracão da Refer, e várias outras personalidades. Do programa constam a deposicão de coroas de flores junto ao monumento, a projecão de uma retrospetiva de 15 minutos sobre o acidente e uma missa campal. Os organizadores querem impli- car “quem viveu esses dias tristes na remocão dos escombros e na descoberta de restos mortais” explica Augusto Sá, indicando que convidou todas as corporacões de bombeiros da região. “Existem muitos vivos que apresentam muitas lesões corporais e até mentais que vão estar presentes nas cerimónias. Nos seus mais diretos familiares, o seu sangue que era vermelho, tornou-se mais preto, que por muito possa fazer nas suas preces ainda hoje teima em não voltar à sua cor normal”. * Recordamos o acidente, estava no Carregal do Sal...é a homenagem possível aos Bombeiros que tanto vi sofrer naquela noite, às populações e, especialmente às vítimas. Já pouco recordamos daquela noite, da falta de meios de socorro da imprevisibilidade de um acidente daqueles ali, mas existiu. n 2011 SETEMBRO/OUTUBRO Jornal de OLEIROS ECONOMIA política Desacordos na Coligação O novo aumento de impostos, nomeadamente em sede de IRS e de IRC, aprovado e anunciado esta semana pelo Governo, está a suscitar algum incómodo junto do parceiro de coligação do PSD. As medidas do Executivo. pacíficas no Conselho de Ministros, foram discutidas ontem na reunião do grupo parlamentar do CDS e, ao que apurámos levaram alguns deputados a manifestar o seu desacordo e protesto. A principal razão prende-se com o facto de este agravamento das cargas fiscais ser «completamente contraditório» com tudo aquilo que o partido - e até o parceiro de coligação - andou a defender durante a campanha para as eleições de 5 de Junho. «Estas medidas não vão ao encontro do que defendemos na campanha. Bem pelo contrário», lamentou ao SOL um deputado centrista, que não esconde a sua preocupação, bem como a de outros colegas de bancada, com as contradições do Governo. Ainda assim, os deputados do CDS mantêm a expectativa de que estas medidas mais duras marquem apenas uma primeira fase e que dentro de pouco tempo a carga fiscal possa ser aliviada. n VILA DE REI Vila de Rei recebe novos CET’s O Município de Vila de Rei, em parceria com os Institutos Politécnicos de Portalegre e de Leiria, vai receber, no ano lectivo de 2011/2012, novos Cursos de Especialização Tecnológica. Desta forma, os interessados nos CET’s de Contabilidade e de Condução de Obra, do Instituto Politécnico de Portalegre, devem realizar a sua inscrição na Câmara Municipal de Vila de Rei até ao dia 10 de Setembro. Por outro lado, os interessados no CET de Serviço Social e Desenvolvimento Comunitário, do Instituto Politécnico de Leiria, devem realizar a Manifestação de Interesse no site do IPL, através do link http://www.ipleiria.pt/portal/ ipleiria?p_id=141313. As inscrições deverão também ser efectuadas directamente no site daquele instituto. n Um país inviável? Subida é transversal a todos os países periféricos. "Yields" nos prazos mais curtos avançam mais de 100 pontos base em Portugal. Os juros das obrigações gregas estão a disparar no mercado secundário e já tocaram num novo máximo desde, pelo menos, a entrada no euro ao alcançarem os 46%, com o anúncio de que a recessão na Grécia vai ser mais profunda do que inicialmente prevista em 2011. As "yields" dos títulos a dois anos estão a ganhar 357 pontos base (3,57 pontos percentuais) e seguem nos 46,5%. No fecho de ontem, estavam nos 42,9%. O avanço significativo é transversal a todos os prazos, subindo mais de 100 pontos base também nas maturidades a três e quatro anos. A cinco anos, o juro está em 22,16%, ao passo que a dez anos se situa nos 18,18%. O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, indicou que a recessão helénica será próxima de 5% no presente ano, o que é pior do que as previsões iniciais, isto numa altura em que terminou ontem a revisão trimestral das contas públicas da troika naquele país. É esta a razão que está a dinamizar os juros pedidos pelos investidores no mercado de dívida secundário, o mercado em que os privados trocam títulos obrigacionistas entre si. Esta informação está não só a dinamizar os juros gregos mas também os dos países periféricos. As "yields" exigidas pelos investidores para as obrigações portuguesas ganham igualmente terreno e avançam 46 pontos base para 12,33% no prazo a dois anos. Nos prazos mais curtos, o avanço nos juros é superior a 10 pontos base. Na Irlanda, o aumento dos juros das obrigações com maturidades mais reduzidas é acima de 30 pon- tos base, embora todos permaneçam abaixo de 10%. Itália e Espanha não escapam à forte subida dos retornos exigidos pelos investidores para deterem dívida dos países periféricos. O movimento sinaliza uma maior pressão sobre os títulos, com o adensar da desconfiança face à consolidação orçamental dos países intervencionados pela troika. Pelo contrário, os juros das obrigações alemãs estão a perder terreno. O recuo das "bunds" sinaliza uma maior procura por estes títulos, o que mostra que os investidores se estão a refugiar nas obrigações germânicas em detrimento das periféricas. n Dr. António Moreira, nosso Colaborador fez entrega de petição na A.R. Educação O PSD, antes das eleições, já tinha criticado o monstro burocrático do Ministério da Educação, defendendo o fim das direcções regionais, mas estas vinham previstas no programa de Governo, o que gerou algumas críticas. O ministro Nuno Crato decidiu iniciar a “reestruturação” administrativa do Ministério da Educação que passará, desde já, pela extinção das Direcções Regionais de Educação (DRE). O Governo cumpre assim com aquilo que o PSD já defendia antes das eleições. “O Ministério da Educação e Ciência está a dar início ao processo de reestruturação e simplificação administrativa. Neste processo, uma medida central é a extinção das Direcções Regionais de Educação (DRE) e sua substituição por estruturas simplificadas”, lê-se no comunicado do Ministério da Educação e Ciência (MEC) enviado às redacções. “Esta medida tem como principais objectivos facilitar a comunicação directa entre as escolas e o Ministério da Educação e Ciência, aumentar progressivamente a autonomia das escolas e reduzir os custos da Administração Pública, diminuindo o número de direcções superiores”, continua. Os dirigentes interinos tomam posse já a partir de hoje e “irão garantir o normal funcionamento destas estruturas até que o processo esteja finalizado”, o que terá que acontecer “até ao fim de 2012, altura em que a transição estará completa”, esclarece o ministério. O orçamento para o funcionamento das cinco direcções regionais é, este ano, de 5,5 milhões de euros. Os sindicatos também já defenderam o fim das mesmas. n 11 PETIÇÃO. SALÁRIOS, BÓNUS E PRÉMIOS DOS GESTORES PÚBLICOS No passado dia 30.08.2011, no âmbito da apreciação desta Petição, foi recebida, na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, na Assembleia da República, uma Delegação dos peticionários, para cumprimento do n.º 1 do art.º 21º da Lei do Direito de Petição. Fomos recebidos pelos Senhores Deputados Afonso Oliveira, Carlos Silva, e João Almeida que, com toda a cordialidade e elegância, ouviram detalhadamente as nossas motivações. Entregámos a esta Comissão o anexo requerimento para que, se assim o entendessem, tomassem uma iniciativa legislativa, na sequência do já requerido, a todos os Grupos Parlamentares da Assembleia da República no dia 22 de Julho de 2010. O Primeiro Signatário António Martins Moreira Advogado 12 Jornal de OLEIROS 2011 SETEMBRO/OUTUBRO APOIE OS BOMBEIROS DE OLEIROS Faça-se Sócio Carne de qualidade Praça do Município . Oleiros Telefone 962567362 Vilar Cimeiro - 6160-211 Madeirã Tlm: (+351) 968.632.907 email: [email protected] 39º 56’ O” N-8º 4’ O” W www.vilardoscondes.com Bar Calado: [email protected] Estr. Nac. 238, Alverca, Oleiros Telefone 936 355 742 (Frente à zona indústrial) e-mail: [email protected] Telef.: 272 688 058 Agora com pagamento de facturas domésticas e carregamento de telemóveis Direcção Técnica: Dra Maria Odete da Conceição Guerra Rua dos Bombeiros Voluntários - Oleiros Telefone 272 681 015 . Fax 272 681 016 Sobre Seguros, Mediação de Seguros, Lda Portela, nº 6, 6160-401 Oleiros email: [email protected] Telefone 272 682 090 - Fax 272 682 088 2011 SETEMBRO/OUTUBRO Jornal de OLEIROS OLEIROS www.jornaldeoleiros.com Director Paulino B. Fernandes 13 · Ano 2, Nº18, Outubro de 2011 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bimestral Jornal de INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA 2º ANIVERSÁRIO DO JORNAL DE OLEIROS HOMENAGEM 1º edição do Jornal de Oleiros Paulino B. Fernandes Director e Fundador Inês Martins Ivone Roque Fernandes Maria C. Rocha Manuela Marques Presidente do Conselho Editorial António Mendes Fernando Dias Carlos Marques de Almeida Luís Mateus Presidente Cons. de Fundadores António Graça Serafim Marques Carlos N Carvalho António Moreira Lurdes Breda Silvino Potêncio Augusto Matos Fernando Caldeira da Silva Miguel Silva Costa Marques Fernando Carvalho Joana Rodrigues Ana Neves António da Cunha Justo Magistrado João Ramos 1º Presidente do Conselho Editorial António Romão Matos Maria Alda B. Salgueiro EDITORIAL No final de Agôsto de 2009, numa entrevista efectuada ao Presidente José Santos Marques para o Jornal Povo de Portugal, nasceu a ideia de fazer o JORNAL DE OLEIROS. A ideia avançou com a ajuda e incentivo de muitos Amigos e em 15 de Outubro de 2009 nasceu o nosso Jornal, cuja 1ª capa aqui exibimos ao lado do título. Nascemos no início da crise que a todos veio atin- gindo, mas, fômos avançando e hoje celebramos o 2º aniversário. O país não abandonou a crise, pelo contrário, mas, sempre com os Amigos e defendendo árduamente a nossa região e a nossa cultura, continuamos a avançar e, esta edição de aniversário, sairá inclusivé com mais páginas. A todos quero agradecer, desta forma simples, mas para memória futura. Mesmo os que já partiram, mas nos acompanham seguramente, a esses em especial, um enorme abraço de saudade. Paulino B. Fernandes Director e Fundador email: [email protected] 14 Jornal de OLEIROS 2011 SETEMBRO/OUTUBRO Nós e os Outros Ana Neves [email protected] Durante a Feira do Pinhal, no âmbito da actuação do artista Emanuel, vieram à nossa vila jornalistas do Expresso, a fim de concluírem uma reportagem que decorria há algum tempo. Como leitora regular daquele semanário, comprei a edição do dia 27 de Agosto. Ao ler o artigo em causa, fiquei perplexa. Deslocaram-se da capital profissionais deste jornal de referência, acompanhando o artista por todo o país, para falarem apenas no seu aspecto retocado, nas bailarinas pouco vestidas, na música considerada “pimba” e no público que, segundo eles, de cerveja numa mão e cigarro na outra, gritava vulgaridades. É inacreditável que não haja preocupação em fazer serviço público nestas reportagens e deslocações. Não houve sensibilidade para mostrar o que somos, exibido naquele certame através das nossas danças e cantares, do nosso folclore, da filarmónica, da gastronomia e dos stands das nossas freguesias que mostravam as belezas e o melhor de cada uma, num país cada vez mais descaracterizado. Não houve também referência aos bons espectáculos destes dias de festa, muitos deles com a qualidade do melhor que se faz no país, onde um público interessado interagiu em convívio. Nem tão pouco referiram o magnífico espectáculo pirotécnico, ao mais alto nível internacional, feito por Oleirenses e apresentado nas maiores capitais do Mundo, onde conquista prémios. Nada disso interessou aos jornalistas, porque vem de terras do interior que esperaram décadas por novas estradas e onde, segundo eles, apenas existem analfabetos e gente inculta, boa para ser caricaturada. Pensam alguns que a cultura e o saber são exclusivos dos habitantes da capital… Indiferente a tudo isto, Santa Margarida, bem ornamentada, percorreu as ruas da vila, numa procissão onde há uma dignidade e um silêncio que dá gosto sentir. Mais uma vez, num bonito apontamento etnográfico, o Rancho Folclórico contribuiu para a sua dignificação, transportando as singelas fogaças que vêm de outros tempos. A Filarmónica, por seu lado, tocou as músicas de sempre que gostamos de ouvir. Muitos dos seus talentosos executantes interpretam actualmente os mesmos temas, e nalguns casos com os mesmos instrumentos, dos seus pais e avós. Nas varandas e nas ruas, houve olhares húmidos que contemplavam a imagem da Virgem Mártir que continua jovem e bonita, fazendo recordar outras festas, sem ausências que fazem sofrer… Estamos no segundo aniversário do Jornal de Oleiros. Este serve, essencialmente, para divulgar o que é nosso e que outros ignoram. É essencial a colaboração de todos para que cresça sempre em qualidade. Parabéns ao seu Director e a todos os que com ele têm colaborado. n ronda pelo distrito Ferreira do Zêzere A Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere vai financiar a aquisição dos livros escolares dos alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico do concelho, recomendados pelo Agrupamento de Escolas local. Apesar das restrições orçamentais impostas à administração local, a autarquia de Ferreira do Zêzere deliberou por unanimidade voltar, este ano, mais uma vez a comparticipar os manuais escolares dos alunos do 1º ciclo, aliviando assim as famílias de uma carga financeira que, todos os anos, se torna um peso difícil de suportar para uma grande parte dos agregados familiares. Segundo o presidente da Câmara, Dr. Jacinto Lopes, esta é uma forma de “garantir que todas as crianças recebem os manuais sem que as famílias tenham de fazer grandes sacrifícios nesta altura de crise, sendo a melhor forma da Câmara investir na educação e desenvolvimento daqueles que serão os adultos e profissionais de amanhã.” O apoio na totalidade dos manuais escolares deste nível de ensino será feito mediante apresentação de cópia das facturas em nome do educando e do preenchimento da respectiva ficha de comparticipação, até 15 de Outubro de 2011. No ano lectivo de 2010/2011, a autarquia também pagou os manuais escolares aos alunos do 1º ciclo, numa medida que muito auxiliou a população do concelho. n Proença-a-Nova Câmara vai atribuir 50 nomes de ruas em diferentes locais do Concelho a Personalidades locais,a aproveitando para renovar a toponímia da cidade destacando vultos que se distinguiram. n Florestas Secretário de Estado da Agricultura visita AATM em Mirandela O Secretário de Estado da Agricultura, Eng.º José Diogo de Albuquerque, visitou esta terça-feira, 6 de Setembro, a Associação de Agricultores de Trás-os-Montes (AATM), Balcão Verde de Mirandela, para acompanhar o desenvolvimento do plano de revisão de parcelas declaradas no Pedido Único 2011. A AATM está ligada à CONFAGRI encontrando-se a desenvolver a tarefa com 23 técnicos acreditados para o efeito. O Secretártio de Estado constatou localmente o empenho dos técnicos, bem como a qualidade e rigor do trabalho em curso. O Presidente da AATM, Sr. Dinis Alves Cordeiro, considerou esta tarefa exigente e de grande responsabilidade, mas essencial para a manutenção das ajudas aos agricultores da região de Trás-osMontes. Esteve ainda presente a Sr.ª Presidente do IFAP, Dr.ª Ana Paulino, que mais uma vez reconheceu o trabalho que está ser desenvolvido pelas organizações de agricultores, e em particular as organizações a colaborar com a CONFAGRI. A Secretária Geral Adjunta da CONFAGRI, Eng.ª Maria Antónia Figueiredo, referiu que esta tarefa é, acima de tudo, a única esperança para evitar a redução das ajudas aos agricultores nacionais, sendo encarada com espírito de Missão. n Um estudo sobre as actividades económicas de Oleiros As principais actividades económicas do nosso concelho são a indústria e os serviços, mas a agricultura, a silvicultura e o comércio também são importantes. Em Oleiros, há zonas industriais onde estão localizadas as várias fábricas do concelho. As serrações de Oleiros, Milrico, Orvalho e Roqueiro são as fábricas que empregam maior número de trabalhadores. A existência de muita matéria prima explica o facto de haver muitas indústrias ligadas à madeira. A par desta actividade, a exploração florestal também é muito importante porque fornece os materiais para transformação nas fábricas. Há muitas pessoas que trabalham no corte de pinheiros, na limpeza de matos (desmoita) e na plantação de árvores (eucaliptos e pinheiros). Outra indústria importante é a Pirotecnia Oleirense que emprega cerca de 40 trabalhadores. Nesta fábrica, são produzidos artefactos pirotécnicos, como, por exemplo, balonas, vulcões, foguetes e candelas. A “Steiff”, mais conhecida por Fábrica dos Bonecos, emprega cerca de 90 operários, na sua maioria mulheres. Esta unidade fabril produz bonecos de peluche que são exportados para a Alemanha. Para além destas, há ainda uma fábrica de lenha (“NovaLenha”), uma fábrica de mármores, destilarias, uma padaria, várias oficinas de serralharia e os Parques Eólicos. A agricultura, embora não sendo a actividade principal, ocupa quase todas as pessoas desta região. Depois de saírem do emprego, as pes- soas cultivam as hortas para terem legumes e hortaliças frescas. Outras produções agrícolas são também as batatas, o azeite e as frutas, das quais se destacam a castanha e o medronho. A criação de animais aparece quase sempre ligada à agricultura. Há pequenas explorações familiares, onde se criam habitualmente animais de capoeira, cabras, ovelhas e porcos. Há ainda algumas pessoas que “criam bácoro” e fazem a respectiva matança no Inverno. No concelho, existem muitos serviços que empregam um grande número de pessoas. Um dos serviços que tem mais funcionários é a Câmara Municipal. Os serviços mais utilizados são o Centro de Saúde, os Bombeiros, a G.N.R e as Escolas. O comércio na nossa região é fraco porque a população é pouca. A venda de produtos faz-se no “Minipreço”, nas mercearias e nas várias lojas tradicionais espalhadas pelo concelho. O mercado das terças-feiras traz muita gente à vila para fazer as suas compras. O turismo começa a ter alguma importância nesta região. Os turistas vêm visitar as nossas lindas paisagens, pescar nos nossos rios e ribeiras, comer o afamado Cabrito Estonado e os Maranhos e vêm também refrescar-se nas nossas piscinas fluviais. No estudo que fizemos sobre as actividades produtivas da nossa região, percebemos que há pouca população activa. Nas aldeias, há muitas pessoas idosas, já reformadas. Outras pessoas vão trabalhar para o estrangeiro ou para diferentes localidades portuguesas. n Trabalho elaborado pela Turma do 4º ano da E.B.1 de Oleiros 2011 SETEMBRO/OUTUBRO Jornal de OLEIROS desporto “ARCO” um ano que será marcante O “ARCO”, sob a direcção de RAMIRO ROQUE tem vindo a criar as estruturas e hábitos que conduzirão aos grandes êxitos que esperamos e não só no Futebol, na PESCA DESPORTIVA também. Aqui deixamos as fotos da Equipa, do Capitão, do Treinador e do Adjunto, em conjunto com o público que se espera e as instalações disponíveis de grande qualidade, teremos muitos muitos momentos de celebração que acompanharemos de perto. n Onde pode encontrar o Seu Jornal de Oleiros CONTACTOS ÚTEIS • Jornal de Oleiros - 922 013 273 • Agrupamento de Escolas do concelho de Oleiros – 272 680 110 • Bombeiros Voluntários de Oleiros – 272 680 170 • Centro de Saúde – 272 680 160 • Correios – 272 680 180 • G.N.R – 272 682 311 • LISBOA - Papelaria Tabacaria Sampaio Rua Reinaldo dos Santos, 12-C 1500-505 Lisboa • Jardins da Parede - Papelaria Tabacaria Resumos Diários Av. das Tílias, nº 136, Lj B • OLEIROS - Papelaria JARDIM • ESTREITO - Café “O LAPACHEIRO” Estreito - 6100 Oleiros Farmácias .• PROENÇA-A-NOVA - Da Idalina de Jesus Avenida do Colégio, nº 1 6150-410 Proença-a-Nova • Estreito – 272 654 265 • Farmácia – Oleiros – 272 681 015 • Farmácia – Orvalho – 272 746 136 - Tabacaria do Centro Largo do Rossio 6150-410 Proença-a-Nova Postos de Abastecimento • CASTELO BRANCO - Quiosque da Cláudia Zona Industrial, lote P-6 C Loja nº 4, Edifício Intermarché 6000 Castelo Branco • Galp (Oleiros) – 272 682 832 • Galp (Ameixoeira) – 272 654 037 • Galp (Oleiros) – 272 682 274 • António Pires Ramos (Orvalho) – 272 746 157 • CERNACHE DO BONJARDIM - Papelaria Boa Nova Mercado Municipal BAJA PROENÇA- OLEIROS Miguel Barbosa foi segundo em Proença-a-Nova Miguel Barbosa garantiu hoje o segundo lugar absoluto na Baja TT Proença-a-Nova e, com este resultado, obteve mais uma pontuação máxima para o Campeonato de Portugal Vodafone de Todo-o-Terreno, dilatando de forma expressiva o seu avanço para os mais directos rivais na competição. O piloto da BP Ultimate/Vodafone Team tinha como meta repetir o triunfo à geral, mas a verdade é que esta não era uma prova talhada para as características do seu Mitsubishi Racing Lancer . A manhã não correu de feição ao piloto da BP Ultimate/Vodafone Team que chegou ao final dos primeiros 143 quilómetros, com um atraso de pouco mais de um minuto para Rui Sousa. Miguel Barbosa imprimiu um ritmo forte, mas com uma margem de segurança considerável “tudo porque a pista é muito estreita e, sinceramente, preferi acautelar-me do que correr o risco de deitar tudo a perder. A verdade é que este traçado é, tal como eu previa, muito traiçoeiro e um deslize, por pequeno que seja, paga-se caro.” Mesmo ciente de que o seu principal rival na prova não lhe tiraria 15 • AMEIXOEIRA - BIG bar Estação de Serviço, Estª Nacional 238, Ameixoeira 6 100 Oleiros Infra-Estruturas • COVILHÃ - Pedro Luz Rua General Humberto Delgado Quiosque - 6200-014 Covilhã • Câmara Municipal – 272 680 130 • Piscinas Municipais/ /Ginásio – 272 681 062 • Posto de Turismo/Espaço net – 272 681 008 • Casa da Cultura/ /Biblioteca – 272 680 230 • Campo de Futebol – 272 681 026 • Pavilhão Gimnodesportivo (Oleiros) – 272 682 890 • Pedrogão Grande - Papelaria 100 Riscos Lg. do Encontro, 47-A • VILA VELHA DE RÓDÃO - Galp na A23 nos dois sentidos • SERTÃ - Papelaria Paulino & Irmão Av. Gonçalo Rodrigues Caldeira, 46-A Cupão de Assinatura a hipótese de somar a pontuação máxima em termos de campeonato Rui Sousa não se encontra inscrito na competição - Barbosa queria mostrar mais e assim o fez. Na segunda passagem pelo Sector Selectivo entrou forte e logo nos primeiros 43 quilómetros (1º Controlo de Passagem) recuperou nada mais nada menos que 36 segundos. Porém, as dificuldades sentidas durante a manhã não desapareceram e, percebendo que correria demasiados riscos, Miguel Barbosa optou por garantir o segundo lugar final e os 25 pontos para o campeonato, que lhe garantem uma confortável liderança na competição e fortes possibilidades de vir a festejar o seu quarto título de Todo-o-Terreno (depois das conquistas de 2003, 2005 e 2007) já dentro de Ficha técnica www.jornaldeoleiros.com 15 dias em Idanha-a-Nova, ou seja uma jornada antes do final do campeonato. “Entrámos bem na segunda metade da corrida e estávamos a recuperar, mas, já depois do CP1, não consegui evitar uma saída de pista que, mesmo não me tendo custado muito tempo, acabou por funcionar como uma espécie de aviso... para não arriscar! Acabei por abrandar um pouco ritmo e, assim, assegurar a pontuação máxima, que me permite ganhar um fôlego ainda maior em termos de campeonato. Pessoalmente gostava mais de ter ganho a corrida, mas chegar ao título é mais importante e esse objectivo está agora muito próximo...” esclareceu Miguel Barbosa no final da prova. n Desejo receber em minha casa, mensalmente, o Jornal de Oleiros Ano 2011 q Nacional 10,00€ q Apoio (valor livre) q Europa 20,00€ Nome....................................................................................................... Morada.................................................................................................... Localidade..................................... Código Postal .......... - ..................... Contr. nº. ...................................... Telefone ....................................... Data ......./............./................... Novo ...... Renovação............. Nº. Assinante................................... Quero pagar por: Numerário q Cheque q para o endereço abaixo Transferência bancária q para o NIB: 0045 4111 4023 172359 643 para o IBAN: PT50- 0045 4111 4023 172359643 Ass........................................................................................................... ______________________________________________________________ Enviar para: Rua 9 de Abril, 531, 1º Dtº, 2765-543 S. Pedro do Estoril E-mail: [email protected] Telefone: (00351) 922 013 273 Director: Paulino B. Fernandes • Fundador: Paulino B. Fernandes • Registo legal: ERC nº 125 751 • Proprietário: Paulino B. Fernandes • Periodicidade: Mensal • Sede: Rua 9 de Abril, 531, 1º Dtº., 2765-543 S. Pedro do Estoril • www.jornaldeoleiros.com • email da redacção: [email protected] • Telefone: 922 013 273 • Site: www.jornaldeoleiros.com • Tiragem: 5 000 exemplares • Redacção: Oleiros • Distribuição: Massiva através dos CTT nas residências e postos de venda • Colaboradores: João H. Santos Ramos, Fernanda Ramos, Inês Martins, António Mendes, Manuela Marques, António Romão de Matos, Rui Pedro Brás, Ana Maria Neves, Ivone Roque, Hugo Francisco, António Moreira, Miguel Marques, Soraia Tomaz, Augusto Matos, António Lopes Graça, Cristina Ferreira de Matos, Cátia Afonso, Ana Faria, Carlos N de Carvalho, Nelson Leite- New Jersey - EUA • Correspondentes: Silvino Potêncio (Natal, Brasil) • Fernando Caldeira da Silva (África Austral) • Correspondente em Castelo Branco: Rui Manuel Almeida Nunes (www.ruianunes.no.sapo.pt) • Catarina Fernandes (Lisboa) • Fotografia: Rute Antunes, email: [email protected] • Vale do Souto (Mosteiro): Sílvia Martins, email: silvia.patricia77@ hotmail.com • Paginação e Impressão: Coraze, Oliveira de Azeméis 16 Jornal de OLEIROS 2011 SETEMBRO/OUTUBRO Pirotecnia oleirense - uma empresa que nos orgulha Na noite de encerramento da 17.ª Edição da Competição Internacional Les Grands Feux Loto - Québec, o Grupo Luso Pirotecnia foi eleito como o Grande Vencedor. O espectáculo JUKEBOX impressionou tanto o júri, como o público, que escolheu a firma portuguesa para receber as honras da competição. Foi à frente dos espectáculos da Espanha, Rússia, México e Itália que o espectáculo ficou, recolhendo os seguintes comentários do presidente do júri : ‘’Seduziu com uma utilização única o recinto, sublinhando as características do Parc de la Chute Montmorency, como nunca tinha sido feito e uma banda sonora dinâmica, colorida e favorita que nos levou num universo festivo deixando todos os membros do júri a bater o pé e a exclamar ‘’wow’’! Podemos então dizer que a missão foi positivamente cumprida pela equipa artística de JUKEBOX constituída pelo Sr. Pedro Gonçalves, no design pirotécnico, e Sr. Vitor Machado e Sra. Mélanie Cagnon na concepção da banda sonora. Pedro Gonçalves leva assim para Portugal o 1º Troféu de Ouro da sua jovem carreira. Um futuro promissor vislumbra jovem designer da Luso. A Luso Pirotecnia também já apresentou este espectáculo “JUKEBOX” no Japão e espera a decisão do júri no final do corrente mês de Agosto. Neste momento, a equipa prepara a Seul em Outubro de 2011. Vejamos se a Ásia também será seduzida. Para mais informaçõe consulte o nosso website em www.lusopirotecnia.com n WINNER CERIMONY - em ordem esquerda, direita - Sr. Jacques Dupuis Director Geral Grands Feux Loto-Québec, Mélanie Cagnon - Directora dos Mercados Internacioanais Luso Pirotecnia, Sr. André Fortier - presidente do Juri. TEAM LUSO - em ordem esquerda, direita - Hugo Nunes, Mélanie Cagnon, Joaquim Melo, Francisco Gonçalves e Pedro Gonçalves LISE PAQUET Rua do Ramalhal, Lj 2, r/c esq, 6160-418 Oleiros Telefones 272688023/925228223 Fax 272688024 E-mail: [email protected] Especialidades: Exame de Densitometria Óssea, Exames Auditivos, Electrocardiograma, Fisioterapia, Massagem facial e Corporal, Medicina Dentária, Podologia, Hidrotox, Acupunctura, Terapia da Fala, Psicologia Clínica Consultas Médicas de Clínica Geral ( Dra. Graça Veiga e Dr. Carlos David), Fisiatria (Dr. João Saraiva), Pediatria (Dra. Almerinda Silva ), Ginecologia/Obstetrícia (Dr. Luis Abreu - Maternidade Bissaya Barreto/Coimbra ), Oftalmologia (Dr. Pedro Nunes) e Analises Clínicas Acordos com, ADSE, PT, Médis, Multicare, Mondial Assistance, CGD, Clinicard, Fidelidade, Mundial, Império Bonança
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