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1763 - ABRANCHES (Joaquim Candido).- ALBUM MICAELENSE. Ponta Delgada. 1869. In-4.º de XIV-138 págs. E. 350 € Álbum ilustrado com 35 litografias impressas à parte representando monumentos e vistas da Ilha, entre as quais um mapa da ilha de S. Miguel, uma “Vista da Cidade de Ponta Delgada tirada da plataforma da doca” em folha desdobrável e «Trajos micaelenses». Preâmbulo de Francisco Maria Supico. Das muito interessantes matérias tratadas salientamos: Administração e governo;; Antigos paquetes;; Biblioteca Publica;; Café Central - incêndio e reconstrução;; Cemitério católico - israelita - protestante;; Charco da Madeira;; Cidade de Ponta Delgada - descrição moderna, e noticias históricas;; Colégio dos jesuítas;; Conventos de S. João, Santo André, dos Franciscanos, de S. Clara, Igrejas de Belém, da Conceição, da Esperança, de S. Pedro, Santo Agostinho;; Cultura e consumo do tabaco;; Descobrimento da Ilha de S. Miguel;; Doca de Ponta Delgada;; Épocas notáveis do comércio;; Ermitério das Furnas;; Estabelecimentos pios e de caridade;; Fábricas de telha, velas, louça branca, destilação;; Fajã de Baixo e sua igreja;; Fajã de Cima - como os moradores pedem esmolas para a construção de sua igreja;; Festa da Pombinha;; Governo Eclesiástico de S. Miguel;; Hospedarias e casas de pasto;; Ilhéu de Vila Franca;; Iluminação pública de Ponta Delgada;; Insectos - nomenclatura;; Introdução de camelos;; Jardim do sr. José do Canto;; Liceu de Ponta Delgada;; Máquinas a vapor;; Matriz de Ponta Delgada;; Matas - árvores principais que a constituem;; Mercado publico;; Misericórdia de Ponta Delgada;; Palácio do barão de Fonte Bella;; Jardim de J. Jácome Corrêa;; Palacete do barão de Santa Cruz;; Publicações periódicas;; Ruínas de S. José da Relva;; Sete Cidades - descrição deste vale;; Sociedades recreativas;; Teatro Michaelense;; Trajos;; Trens de aluguer e carreiras de onibus;; Tremores de Terra;; Vale das Caldeiras - descrição do mesmo - águas termais - antiga fábrica de pedra hume;; etc. etc. Encadernação antiga com lombada de pele. 4 MANUEL FERREIRA 34018 - AINDA. uma folha de poesia ilustrada. [Coimbra. 15 de Janeiro de 1958. Composto e Impresso na Gráfica do Vouga — Aveiro]. Fólio de 4 págs. B. 75 € Raríssima folha de Poesia, dirigida por André Ala dos Reis e editada por A. da Costa Pereira. Direcção artística de Gaspar Albino. Com linóleos de Augusta Mota. O nome de Alberto Pimenta naturalmente sobressai nesta folha de Poesia, onde também colaboraram Fernando Subtil, Augusto Mota, Gaspar Albino, André Ala dos Reis e António Simões. 34202 - ALTURA. Cadernos de Poesia. [Direcção de Maya Vilaça]. [Enciclopédia Portuguesa, Limitada - Pôrto/Coimbra. Fevereiro de 1945]. [N.º 2: CADERNOS DE POESIA. [Altura - Tip. da Enciclopédia Portuguesa, L.ª Pôrto. Maio de 1945]. 2 opusc. In-8.º B. 40 € Invulgar publicação especialmente quando completa. Entre a colaboração destacam-se os nomes de José Régio [O Pego], Saúl Dias [Duas Poesias - Nevoeiro - Marinheiro Defunto - Disfarce de um Canto Pagão] Carlos Queiroz [Canção Depressa - Certeza], Pedro Homem de Mello [Bodas Vermelhas]. O primeiro número conta com a colaboração de Duarte de Montalegre, Carlos Macedo, Gomes de Andrade, Manuel Vicente, Maya Vilaça, Noël de Arriaga, e Silva Maya. O segundo, sob o título Cadernos de Poesia, com os nomes de Amândio Cesar, António Pereira, António de Sousa, Campos de Figueiredo, Carlos Queiroz, Carmo Vaz, José Moreira, José Palla e Carmo, José Régio, Lorenzo di Poppa, Manuel Terroso, Miguel Trigueiros, Pedro Homem de Mello, Raínho e Saúl Dias. 31953 - ANDRADE (Eugénio de).- OS AFLUENTES DO SILÊNCIO. 3.ª edição aumentada. Editorial Inova. Porto [1974]. In-4.º de 183-VII págs. B. 125 € Volume sexto da «Obra de Eugénio de Andrade» publicada pela Editorial Inova, numa muito cuidada edição. PRIMOROSA TIRAGEM ESPECIAL DE 200 EXEMPLARES IMPRESSOS EM PAPEL DAMIER, NUMERADOS E ASSINADOS PELO AUTOR E COM SOBRECAPA REPRODUZINDO UM DESENHO DE MANUEL PINTO, EXCLUSIVAMENTE DESTINADO A ESTA TIRAGEM. 31951 - ANDRADE (Eugénio de).- OBSCURO DOMÍNIO. Editorial Inova Limitada. [Lisboa. 1971]. In-8.º de 133-XXIII págs. B. 125 € Primeira e cuidada edição, ilustrada com um desenho de José Rodrigues e fotografias de Armando Alves, integrada na estimada colecção “As Mãos e os Frutos”. O EXEMPLAR APRESENTADO PERTENCE Á ESMERADÍSSIMA E MUITO BELA TIRAGEM ESPECIAL DE 200 EXEMPLARES, NUMERADOS E ASSINADOS PELO AUTOR E IMPRESSOS SOBRE PAPEL ‘DAMIER’. A sobrecapa feita para esta tiragem, reproduz ainda um desenho de José Rodrigues 33491 - ANDRESEN (Sophia de Mello Breyner).- SETE / LIVROS / SETE RETRATOS / E UM DESENHO / & / DEZ TEXTOS MAIS UM / PARA SOPHIA. [Edições ASA. 2005. Dim. exteriores da caixa: 24,5x30,5 cm]. E. 150 € Muito cuidada edição de homenagem a Sophia de Mello Breyner, coordenada por José da Cruz Santos e graficamente dirigida por Armando Alves. De luxuosa apresentação gráfica, a edição é composta por sete livros de Sophia, todos com a chancela da «Colecção pequeno formato» e assim constituída: «Esplendor do Mundo», com uma pintura de Amadeo de Souza Cardoso; «Desde a Orla do Mar», com uma pintura de .../... MANUEL FERREIRA 5 Noronha da Costa; «Mitos e Deuses», com um desenho de Goya; «Rostos», com um desenho de Arpad Szenes; «Habitação do Tempo», com uma pintura de Carpaccio; «A Pátria dentro da Pátria», com um desenho de Júlio Resende; «Arte Poética», com uma pintura de Maria Helena Vieira da Silva. Em folhas soltas e em brochura à parte colada no interior da pasta da frente da encadernação, com o título «SETE RETRATOS E UM DESENHO & DEZ TEXTOS MAIS UM PARA SOPHIA», o editor reuniu poemas de António Ramos Rosa, João Cabral de Melo Neto, Jorge de Sena, José Zarco da Câmara, Manuel Gusmão, Maria Andresen de Sousa, Ruy Cinatti, Vasco Graça Moura, Vinicius de Morais, Yvette Centeno e, em prosa, PARADISO, UM POUCO DE HERBERTO HELDER. Impressas em papel de escolhida qualidade e superior gramagem, o portfólio apresenta ainda sete reproduções com desenhos de Sophia, da autoria de Almada Negreiros, Arpad Szenes, Jorge Pinheiro, Júlio, Júlio Resende, Menez e Rogério Ribeiro. EDIÇÃO LIMITADA A 600 EXEMPLARES NUMERADOS E ASSINADOS PELO COORDENADOR DA EDIÇÃO, DOS QUAIS, 100 FORA DO MERCADO. 34149 - ANNUARIO DA SOCIEDADE DOS ARCHITECTOS PORTUGUEZES. (Associação de Classe). Anno I. 1905 [a annos V-VI. 1909-1910]. 6 números em 5 fascículos. In-4.º B. 150 € Publicação ilustrada, com interesse para a história do associativismo profissional e da arquitectura em Portugal. No final, cada fascículo apresenta uma vasta secção publicitária. Colecção bastante invulgar, especialmente quando completa. 2531 - ANTHERO DE QUENTAL. In Memoriam. Porto. Mathieu Lugan, editor. 1896. [Typographia Occidental]. In-4.º de 527-III-XCVI-XXXI-IX págs. E. 150 € Valiosa, interessante e procurada espécie bibliográfica anteriana, colaborada por distintos escritores da época, dos quais apresenta a respectiva assinatura em facsimile: Alberto Sampaio, Vasconcelos Abreu, Adolfo Coelho, Oliveira Martins, Manuel Arriaga, Luís de Magalhães, J. de Magalhães Lima, Sousa Martins, Carolina Michaëlis de Vasconcelos, Guerra Junqueiro, Eça de Queirós, Joaquim de Vasconcelos, João de Deus e outros. Com um excelente «Esboço Genealogico» de Antero por Ernesto do Canto, antecedido do «Brazão dos Quentaes», um «Ensaio de Bibliographia Antheriana» por Joaquim de Araújo e ainda um considerável número de cartas de Antero. Da edição constam dois retratos do poeta, retratos que faltam em muitos exemplares. EXEMPLAR DE UMA TIRAGEM ESPECIAL NÃO DECLARADA, ASSENTE SOBRE PAPEL DE ESCOLHIDA QUALIDADE E SUPERIOR GRAMAGEM. Encadernação com lombada e cantos de pele, decorada com nervuras e ferros dourados. Carminado à cabeça e com as restantes margens grosadas, conserva as capas da brochura. 12312 - ANUÁRIO DA NOBREZA DE PORTUGAL. 1950 - 1964. Braga. [Oficinas Gráficas da Livraria Cruz]. 2 vols. In-8.º gr. de 668-V e 1075-II págs. E. 400 € Da Comissão de Redacção deste valioso e estimado «Anuário» constam os nomes de Domingos de Araújo Afonso, Conde de Campo Belo, Eugénio de Andrea da Cunha e Freitas, Jorge Moser, José Pereira de Lima, Manuel de Sampayo da Cunha Pimentel Pereira Leitão, Marquês de São Payo, Ruy Dique Travassos Valdez, Helena Cardoso de Macedo e Menezes, Armando de Sacadura Falcão, Joaquim Henrique Castelino de Aguiar e Mira, José Benard Guedes Salgado e Luís de Bivar Leão Pimentel de Sousa Guerra. Edição cuidada, em finíssimo papel e com brasões estampados a cores e metais e outros a negro nas páginas de texto. Encadernações editoriais em percalina, respectivamente azul e vermelha. 33734 - ver pág. 7 MANUEL FERREIRA 7 8058 - ANNUARIO DA SOCIEDADE NACIONAL CAMONEANA. 1º Anno - 1881. Porto. Sociedade Nacional Camoneana, Editora. 1881. In-8.º gr. de 317-II págs. E. 75 € Muito rara edição em papel de linho, de notável execução gráfica como todas as que saíram daquela oficina portuense. Entre a vasta colaboração colaboração distinguimos: «Traducção em Árabe de algumas estrophes dos Lusiadas» [J. Pereira Leite Neto];; «A Marinha Portugueza na Era das Conquistas» [Oliveira Martins];; «A primeira produção poetica de Camões que foi impressa» [Tito de Noronha];; «Discurso apologetico sobre a visão do Indo e Ganges que o grande Luiz de Camões representou em o Canto IV dos Lusiadas a El-Rei D. Manuel» [João Franco Barreto];; «Bibliographia Camoneana» [Wilhelm Storck];; etc. Com tudo quanto foi publicado. Encadernação da época com lombada de pele decorada a ouro e com nervuras. 34072 - ARAGÃO (António).- MAIS EXACTAMENTE P(R)O(BL)EMAS. [Composto e impresso na Tipografia Minerva. Funchal. 1968]. In-8º gr. oblongo de 44 págs. B. 100 € Obra surrealista de muito original apresentação gráfica, em papel de duas cores, tendo intercaladas várias folhas com desenhos e texto de diferentes dimensões. Integrada na «Colecção Pedras Brancas», provavelmente de muito reduzida tiragem. Capa da brochura em papel de embrulho, com um oval recortado. 33734 - BANDARRA (Gonçalo Anes de).- Prophecias de Gonçalo Anes Bandarra tiradas do Comento / que a ellas fez o P.e Antonio Vieyra com o tit.º seg.te / Esperanças de Portugal 5º Imperio do Mundo / prª e segdª vida del Rey D. Joam o 4º de Portugal. Dim. 20 x 31 cm. 69 ff. B. 350 € Uma das muitas cópias manuscritas das famosas profecias que envolveram o Padre António Vieira num célebre processo instaurado pelo Tribunal da Inquisição, cópia esta do século XVIII, com interesse comparativo, porquanto são muitas as variantes existentes de cópia para cópia. Exemplar com uma mancha de água na parte inferior do manuscrito, não impeditiva da leitura do texto. (ver gravura na pág. 6) 14753 - BANDEIRA (Sá da) [Visconde de].- FACTOS E CONSIDERAÇÕES RELATIVAS AOS DIREITOS DE PORTUGAL SOBRE OS TERRITORIOS DE MOLEMBO, CABINDA E AMBRIZ e mais logares da Costa Occidental d'Africa situada entre o 5.º grau 12 minutos e o 8.º grau de latitude austral, pelo... Lisboa. Imprensa Nacional. 1855. In-8.º gr. de 63-V págs. E. 60 € Com três estampas desdobráveis, muito raras: «Planta Topographica do Paiz do Marquez do Mosullo, e do Bombe seu Aliado (...) Conquistados pelas Armas Portuguezas no anno de 1790 e de 1791: e das mais terras alem do Rio Loge na sua Margem septentrional adonde chegou o Exercito»;; «Planta da Fortaleza de N. S. da Nazareth e S. João de Loge;; e seu Prospecto visto do lado do Sul»;; «Planta de Ambriz», todas executadas pelo Capitão Félix Xavier Pinheiro de Lacerda. Modestamente encadernado, conserva a capa da brochura. 24930 BARREIROS (Fortunato José).PRINCIPIOS GERAES DE CASTRAMETAÇÃO, applicados ao acampamento das Tropas Portuguezas: escriptos para uso dos alumnos da Escola do Exercito. Lisboa. Na Typografia da Academia. 1838. In-8.º de VII-I-128 págs. B. 40 € Interessante livro sobre a arte militar, ilustrado com um quadro impresso em folha desdobrável do «Pessoal, animal, boccas de fogo e viaturas das Baterias de Artilheria de campanha». Muito invulgar. Exemplar em brochura, intacto de margens e por abrir. 33575 - ver pág. 9 MANUEL FERREIRA 9 34195 - BARROS (Leitão de).- O LIVRO DE OURO DAS CONSERVAS PORTUGUESAS DE PEIXE. Editado pelo Instituto Português de Conservas de Peixe. Lisboa. Ano de 1938. In-fólio de 56 págs. inums. B. 100 € Interessante monografia sobre as conservas portuguesas de peixe, organizada e dirigida por Leitão de Barros e com colaboração literária de Gustavo de Matos Sequeira, Leitão de Barros, Raul Brandão, Baltasar Coelho, José de Bragança, Sousa Costa, Castelo de Morais, Henrique Parreira, Charles Lepierre, Ricardo Jorge, Teixeira de Abreu e Luís de Azevedo Coutinho. Ilustrações a negro e a cores de Raquel Roque Gameiro Ottolini, Martins Barata, Sousa Lopes e Eduardo Malta, além de excelentes reproduções fotográficas monocromáticas. Capa da brochura impressa em relevo sobre papel dourado, com pequenos defeitos marginais. 33575 - BERNARDES (Manuel).- LUZ, E CALOR. // OBRA ESPIRITUAL // Para os que trataõ do exercicio de virtudes, & caminho // de perfeição, // DIVIDIDA EM DUAS PARTES. // Na Primeira se procura communicar ao entendimento LUZ de // muitas verdades importantes, por meyo de Doutrinas, Sen- // tenças, Industrias, & Dictames espirituaes. // Na Segunda se procura communicar á vontade CALOR do Amor // de Deos, por meyo de Exhortações, Exemplos, Meditações, // Colloquios, & Jaculatorias. // ESCRITA // Pelo P. MANOEL BERNARDEZ, // ... // [ornamento tipográfico] // LISBOA, // Na Officina de MIGUEL DESLANDES, // ... // Anno M.DC. XCVI. In-4.º de XX-584-II-XIV págs. E. 300 € Na Bibliografia das obras impressas em Portugal no século XVII [1.º vol. a págs. 260/261] foram registadas três edições ou variantes, todas supostamente impressas em 1696 na Oficina de Miguel Deslandes, correspondendo o nosso exemplar ao descrito sob o n.º 106. Maria Teresa Payan Martins, na obra «Livros clandestinos e contrafacções em Portugal no século XVIII» esclarece com pormenor e erudição a razão destas variantes: “Compulsámos exemplares desta obra, com as mesmas indicações tipográficas, que diferem, significativamente, da espécie acima descrita [edição princeps]. A análise comparativa das duas edições torna patente as diferenças que as distinguem quanto a caracteres tipográficos e material iconográfico utilizados, pelo que cremos poder concluir que Luz e Calor foi objecto de contrafacção. (...) “Não é possível fixar com exactidão a data em que foi impresso fraudulentamente este livro do Padre Manuel Bernardes, mas a listagem das diferentes edições conhecidas desta obra, de que não consta a Terceira edição, permite-nos aventar a hipótese de a sua estampagem ter ocorrido entre 1724 e 1758, isto é, dentro do mesmo período cronológico em que foram reproduzidas as edições-falsas de Nova Floresta. (...)”. O exemplar que aqui descrito apresenta um retrato do autor na folha de anterrosto, assinado Hieronymus Rossi Sculp que não vimos descrito na bibliografia consultada. [por ex.: Barbosa Machado, Innocêncio, Samodães, Pinto de Matos ou Bibliografia Geral de Manoel dos Santos]. Segundo Ernesto Soares no Dicionário de Iconografia Portuguesa, este retrato aparece “ilustrando diversas obras do retratado”. Encadernação contemporânea em inteira de pele, um pouco cansada. (ver gravura na pág. 8) 25669 - BESSA-LUÍS (Agustina).- BANCO PORTUGUÊS DO ATLÂNTICO. (1919/1969). [Litografia Nacional. Porto. 1969]. In-4.º de 247-VI págs. E. 80 € Biografia de Arthur Cupertino de Miranda e história do Banco de que foi fundador, em magnífica e luxuosa edição totalmente executada sobre papel couché, sob a orientação gráfica de Armando Alves e direcção literária e iconográfica de Agustina Bessa Luís. As peças iconográficas reproduzem retratos, documentos, parte do património artístico do banco, etc. EXEMPLAR DA TIRAGEM COM ENCADERNAÇÃO INTEIRA DE PELE E ESTOJO DE TELA. 10 MANUEL FERREIRA 33574 - BETTENCOURT (Jacinto de - Luis Filipe de).- SUBSIDIOS PARA A HISTORIA GENEALOGICA INSULANA. Lisboa. Livraria Ferin. MCMXI. In-4.º gr. de 30-8 págs. B. 60 € As 30 páginas ocupam-se apenas dos “Andrades da Ilha de S. Miguel e as últimas oito, de menor formato, tratam exclusivamente dos «Tavares». Raríssima edição de 100 exemplares, tirados em separata do «Tombo Histórico Genealogico de Portugal». 8488 - BIBLIOGRAPHIA PORTUGUEZA E ESTRANGEIRA. Publicação Mensal. Porto. Ernesto Chardron - Editor. 1879-1883. [Typ. de Antonio José da Silva Teixeira e Typ. de A. F. de Vasconcellos]. 4 anos. In-8.º gr. (Com 12 números cada ano) E. em 2 vols. 750 € Publicação valiosa e muito estimada. Insere colaboração dos mais notáveis escritores da época, sendo a mais abundante e apreciada a de Camilo Castelo Branco, colaboração que Henrique Marques descreve pormenorizadamente na sua «Bibliographia Camilliana». Colecção completa com os 48 números publicados, conservando todos as respectivas capas de brochura, pormenor importante nesta revista porquanto nelas se anunciam as mais destacadas obras literárias então vindas a público. Encadernações da época com lombadas de pele. Conserva as capas da brochura e está só ligeiramente aparado. 34203 - BOCAGE. PIPAROTES LITTERARIOS. 1.º Anno. 1.º d’Agosto. N.º 1: 1865 [Porto: Typ. de Manoel José Pereira] a [2.ª Serie. Redactor - Urbano Loureiro. N.º 6: 1867]. 17 números B. 250 € Publicado no Porto, este muito raro quinzenário é composto por duas séries respectivamente constituídas por 11 e 6 números. Quase um ano as divide no que diz respeito à sua publicação, tendo a primeira série o seu último número publicado em 4 de Janeiro de 1866 e o primeiro da segunda, agora com a identificação dos seu redactor [Urbano Loureiro], datado 16 de Fevereiro de 1867. O último numero publicado vem datado de 1.º de Maio de 1867. Contemporâneo de Camilo, logo no seu primeiro número este periódico abre uma contundente secção intitulada «LETTRAS GORDAS - Camillo Castello-Branco», que leva o seu redactor a justificar mais tarde, já no n.º 10 de Dezembro de 1865: “Sabemos, por o ouvirmos dizer, que não é recebida com boa sombra, por algumas pessoas, a nossa folha, quando acerta de se occupar do Snr. Camillo Castello Branco. Paciencia! Fallaremos do nosso primeiro romancista, quando mais não seja senão para alegrar os pequenitos e insignificantes com os quaes não os emparelhamos, porém com elles muito folgam de se emparelhar. (...)”. Entre outra colaboração que faz crítica aos literatos do seu tempo destacamos os artigos: Almanach de Lembranças Luso Brasileiro para 1866; As Solidões e o Porto Elegante; Lições de critica transcendente, por M. Pinheiro Chagas; Cartas ao snr. Francisco Julio Caldas Aulete; 1865: O Porto Litterato; Periódicos recreativos — O Lisbonense — O Lyceu. A título informativo referimos que também no ano de 1867 Urbano Loureiro publicou o periódico «BOCAGE. Annuario de Cacholetas» de que apenas se publicou o 1.º ano. 1799 - BOLETIM INTERNACIONAL DE BIBLIOGRAFIA LUSO-BRASILEIRA. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa. 1960-1973. 14 vols. In-4.º com 4 números por volume. B. 150 € Notável publicação de bibliografia portuguesa e brasileira antiga e moderna, dirigida por Luís de Matos e colaborada por muitas das maiores autoridades em estudos bibliográficos portugueses e estrangeiros. Com inúmeros facsímiles de frontispícios, páginas, estampas, manuscritos, etc. Colecção completa, já hoje bastante invulgar. MANUEL FERREIRA 11 34260 - [BOTO (António) (Trad.)] — KIPLING (Rudyard).- SE. De Rudyard Kipling. Em versos portugueses de António Botto. MCMXLIV, Feira do Livro. 1 folha [Dim. 17 x 25 cm]. 35 € Invulgar folheto deste famoso poema do Rudyard Kipiling (Prémio Nobel de Literatura de 1907), pela primeira vez publicado em 1910 no livro «Rewards and Fairies». Das inúmeras traduções que mereceu este poema, registamos apenas as de língua portuguesa que apuramos terem sido publicadas: António Botto, Félix Bermudes [atleta natural do Porto, nascido em 1874, foi presidente do Sport Lisboa e Benfica, fundador da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, primeira designação da Sociedade Portuguesa de Autores], Monteiro Lobato e Vitor Vaz da Silva. Folha volante que serviu de oferta da Editorial Minerva aos seus clientes e amigos, hoje bastante rara. 10425 - BRAGA (Alberto Vieira).- DE GUIMARAES: TRADIÇÕES E USANÇAS POPULARES. (Da Terra, do Trabalho, da Mulher, do Amor, do Casamento, da Morte, do Céu, - Vária.). I. Espozende. Livraria Espozendense Editora. 1924. In-8.º de 473-V págs. B. 80 € De entre os seus curiosos capítulos damos relevo aos seguintes: «Orações e Ensalmos», «Mouros, Diabos, Bruxos, Bruxaria e Males Ruins», «Medicina Popular e Cautelas Supersticiosas» e «Adágios e Dizeres Populares». Da «Colecção Silva Vieira», de que sempre se fizeram reduzidas tiragens. Primeiro e cremos que único volume publicado, já que também do «Catálogo da Exposição Bibliográfica de Autores Vimaranenses realizada na Soc. Martins Sarmento» organizado por Alberto Braga e Mário Cardoso, só consta o primeiro. 7677 - BRAGA (Guilherme).- ECCOS DE ALJUBARROTA. Porto. Typographia Lusitana. 1868. In-8.º de 40 págs. E. 25 € Versos de exaltação patriótica, os primeiros publicados em volume por Guilherme Braga, poeta portuense nascido em 1843. Encadernação com a lombada em pele, nova. Com as capas da brochura preservadas. 9022 - [BRANCO (Camilo Castelo) (Trad.)] — CHATEAUBRIAND.- O GÉNIO DO CHRISTIANISMO. Traducção de Camillo Castello Branco, revista por Augusto Soromenho, ornada de dez gravuras em aço. Porto, Em Casa de Cruz Coutinho - Editor. 1860. 2 vols. In-4.º de XI-I-418 e IV-424 págs. E. 100 € Primeira edição desta muito atribulada tradução — conforme recorda António Cabral no «Dicionário de Camilo Castelo Branco», só parcialmente traduzida por Camilo Castelo Branco. Pode ler-se no citado Dicionário o excerto de uma carta de Camilo em resposta a uma outra de Castilho: “Tinha eu traduzido o primeiro tomo e alguns capítulos do segundo, quando saí do Porto há sete anos com a D. Ana Plácido. Não pude continuar a tradução, apesar do Cruz Coutinho editor. Este alarve, irado contra mim, convidou o guarda-barreiras Soromenho a continuar a versão do 2.º volume;; e, no propósito de vingar-se humilhando-me, deu-me como revisor e corrector da minha tradução a besta constante no frontispício. (...)” Edição muito cuidada e invulgar, ilustrada com 10 primorosas gravuras impressas em separado em papel mais encorpado. Bonitas encadernações com as lombadas em chagrin singelamente decoradas a ouro e com nervuras. Com falta das capas da brochura. 33580 - CADERNOS DA MONTANHA. Poesia 1. 1965. [Composto e impresso nas Oficinas da «Gazeta do Sul» no Montijo. Junho - 1965]. In-4.º de 47-I págs. B. 120 € Poesias de Araújo Moreira, Ernesto Pinto, Josué da Silva, Marques Portela e Martinho Marques. É provavelmente o único número publicado com este título, único referido por Daniel Pires no seu «Dicionário da Imprensa Periódica Literária Portuguesa do Século XX». 12 MANUEL FERREIRA 32631 - CADERNOS DO TÂMEGA. Revista Semestral de Cultura. Director, António José Queirós. Edições do Tâmega. Amarante. 1989-1995. 14 números In-4.º B. 300 € Nesta excelente revista, cuja publicação finda com o nº 14, colaboraram António Cabral, António José Queirós, António Ramos Rosa, E. de Melo e Castro, Xosé Lois García, Teixeira de Pascoaes, Agustina Bessa-Luís, Alberto Carneiro, Casimiro de Brito, Mário Cláudio, Manuel Alegre, Natália Correia, Eugénio de Andrade, José Blanc de Portugal, Egito Gonçalves, Octávio Lixa Filgueiras, António Nobre, Manuel Laranjeira, Fernando Guimarães, Federico García Lorca, Almada Negreiros, João Rui de Sousa, José Bento, José Jorge Letria, Sophia de Mello Breyner Andresen, Urbano Tavares Rodrigues, Ramiro Teixeira, António Nobre, Augusto Nobre, Alberto de Oliveira, Fiama Hasse Pais Brandão, Jacinto do Prado Coelho, Ana Hatherly, Maria Ondina Braga, António Botto, Al Berto, Dalila Pereira da Costa, Gastão Cruz, José Augusto Seabra, Vitorino Nemésio, Alfredo Ribeiro dos Santos, Fernando Echevarría, Paulo Samuel, António Cardoso, Eduardo Teixeira Pinto, Joaquim de Montezuma de Carvalho e muitos outros, portugueses e estrangeiros;; Desenhos e pinturas de Álvaro Siza Vieira, Amadeo de Sousa-Cardoso, Vieira da Silva, Acácio Lino, Armando Alves, Domingos Sequeira, Henrique Pousão, João Vasconcelos, Teixeira de Pascoaes, João Cutileiro, Zulmiro de Carvalho, D'Assumpção, Emerenciano, Júlio Resende, Graça Martins, António Sampaio, António Carneiro, etc. De assinalar, com destaque para Teixeira de Pascoaes, que é inédita quase toda a colaboração literária e artística. Edição limitada a 500 exemplares. 33788 - CALEPINO (Ambrosio).-~DICTIONARIVM // VNDECIM LIN- // GVARVM, // IAM POSTREMO // ACCVRATA EMENDATIONE, ATQVE INFINITORVM // LOCORVM AVGMENTATIONE, COLLECTIS EX BONORVM AVTO- // rum monumentis,certis & expressis syllabarum quantitatis notis, omnium q´ ;; vo- // (...) // Respondent autem LATINIS ‘vocabulis, // HEBRAICA, BELGICA, // GRÆCA, HISPANICA, // GALLICA, POLONICA, // ITALICA, UNGARICAS, // GERMANICA, ANGLICA. // ONOMASTICVM // (...) // [Gravura alegórica com marca de SEBASTIAN HENRIC PETRI] // CVM GRATIA ET PRIVILEGIO IMPERATORIO. // BASILEÆ. [Cólofon: Basilæ, Per Sebastianvm Henricpetri: Anno Salvtis Nostree recuperate CI C I C XCIIX. Mense Septembri.]. In-fólio de VIII-302-II págs. E. 2000 € Pela primeira vez impresso em 1502, o Dicionário de Calepino foi ao longo dos séculos XVI a XVIII, objecto de múltiplas reedições e profundas alterações. Entre estas a mais notável é sem dúvida a do seu percurso poliglota que terá começado na edição de Antuérpia de 1545, quando a este dicionário se acrescentou o alemão, o flamengo e o francês. A edição que agora descrevemos, a mais completa entre as publicadas no século XVI, integra, para além das línguas latina, alemã, flamenga e francesa, a italiana, espanhola, hebraica, inglêsa, polaca e húngara. Sem dúvida um verdadeiro monumento da lexicografia vernácula europeia e um dos mais importantes instrumentos da consciência plurilingue europeia, Encadernação heráldica contemporânea, em tábuas forradas a pergaminho cuidadosamente gravado a frio nas pastas e com fechos de latão, entretanto restaurados. Com defeitos que não comprometem a solidez da encadernação, perfeitamente compreensíveis tomando em consideração a sua idade (picos de traça e pequenos restauros na pasta posterior). Com algumas assinaturas de posse, também da época. 32253 - CALIBAN. Coordenação: J. P. Grabato Dias + Rui Knopfli. Edição dos coordenadores. Impresso na Tipografia Litografia Globo, lda. Lourenço Marques. 1971 [e 1972]. 4 números em 3 cadernos In-8.º gr. B. 300 € Rara publicação moçambicana de poesia e crítica, completa, sendo duplo o último número. .../... MANUEL FERREIRA 13 Colaboradores moçambicanos: Eugénio Lisboa, Francisco de Sousa Neves, João Bettencourt da Câmara, José Craveirinha, Jorge Viegas, Lindo Hlongo, Orlando Mendes, Rui Knopfli, Rui Nogar;; Colaboradores portugueses: Fonseca Amaral, Glória de Sant’Anna, J. P. Grabato Dias, Leite de Vasconcelos, Lourenço de Carvalho e Sebastião Alba. 2567 - CÂNDIDO (António) [1850-1922].- EM AMARANTE. (Discursos). - Lisboa. 1909. [Typ. da Parceria Antonio Maria Pereira]. In-4.º de VI-64 págs. B. 35 € Discursos proferidos por ocasião do centenário da defesa da ponte de Amarante durante a Guerra Peninsular e da inauguração do «Azylo Antonio Candido». Edição em excelente papel e muito cuidada. Exemplar com grandes margens e em bom papel, cremos que de uma tiragem especial. Com uma dedicatória do autor. 12142 - CÂNDIDO (António) [1850-1922].- ORAÇÃO FUNEBRE QUE NAS EXEQUIAS DE ALEXANDRE HERCULANO mandadas celebrar pelo Corpo Commercial do Porto recitou na Egreja da Lapa da mesma Cidade no dia 13 de Novembro de 1877 Antonio Candido Ribeiro da Costa. Coimbra. 1877. In-8.º gr. de 43-I págs. B. 25 € Alguns panegiristas e críticos dão ao autor, di-lo Henrique Perdigão, «as honras, não de príncipe da moderna oratória portuguesa, mas sim da moderna oratória peninsular.» “D’ora em diante, sempre que se fizer o elogio d’esta cidade, logo depois de se dizer que ella operou a redempção politica de Portugal e labuta, sem treguas, nos propositos da sua redempção economica, deve accrescentar-se: e foi, em todo o paiz, a primeira que sagrou publicas homenagens e dedicou solemnissimos obsequios á memória de Alexandre Herculano!”. 34145 - CÂNDIDO (António) [1850-1922].- PRINCIPIOS E QUESTÕES DE PHILOSOPHIA POLITICA. I. Condições scientificas do Direito de Suffragio. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1878. In-4.º de IV-190-II págs. E. 40 € António Cândido é o nome por que ficou conhecido António Cândido Ribeiro da Costa, tal como neste livro vem identificado. Natural de Amarante viria afirmar-se como um dos maiores oradores que Portugal conta até hoje. Este é o seu primeiro trabalho publicado, muito raro, aparecido três anos depois da data da sua formatura. A segunda parte, «Lista múltipla e voto nominal» apareceria apenas em 1881. Encadernação da época, simples e um tanto danificada. 6477 - CANTI (Tilde).- O MÓVEL NO BRASIL. Origens, Evolução e Características. Rio de Janeiro. [Candido Guinli de Paula Machado. 1980.] In-4.º gr. de 340 págs. E. 300 € Diz João Hermes Pereira de Araújo no prefácio a esta obra que «O Móvel no Brasil - Origens, Evolução e Características, magnificamente ilustrado, apresenta a evolução de nosso mobiliário desde o séc. XVI até princípios do séc. XIX, ligando-a ao estágio por que passou o mobiliário em Portugal, assinalando as influências dos estilos, inclusive, de outros países que sobre ele se exerceram, as características distintivas de nossa trastaria segundo as diferentes regiões do país»;; «(...) pode-se dizer que o ensaio de Tilde de Canti é o estudo mais completo que, sobre o assunto se escreveu no Brasil, mais completo e mais minucioso. Terá, assim, posição de relevo permanente na Bibliografia da história de nossas artes plásticas». Trata-se de facto, de um trabalho verdadeiramente notável e exaustivo, importante também para o estudo do mobiliário português, aqui especialmente estudado nos capítulos I e V. Edição de invulgar qualidade gráfica, em papel couché, com mais de 300 fotogravuras a negro e a cores reproduzindo os mais notáveis exemplares estudados e ainda LXX «pranchas» com minuciosos desenhos de pormenores. Tiragem total limitada a 1250 exemplares numerados há muito esgotados e já bastante procurados. Encadernação editorial e capa de resguardo policromada. 14 MANUEL FERREIRA 3899 - CAPELLO (H.) & IVENS (R.).- DE ANGOLA Á CONTRA-COSTA. Descripção de uma viagem atravez do Continente Africano, comprehendendo narrativas diversas, aventuras e importantes descobertas... Lisboa. Imprensa Nacional. 1886. 2 vols. In-4º peq. de XXVII-448 e XIII-490 págs. E. 400 € Uma das mais conceituadas e apreciadas obras de toda a nossa bibliografia africana de viagens, numa esmerada e muito nítida edição, impressa em excelente papel e enriquecida com numerosas gravuras talhadas em madeira e impressas nas páginas do texto e em separado, além de diversos mapas em folhas desdobráveis. Belas encadernações editoriais gravadas a negro e vermelho, com um desenhos alegóricos na lombada e nas pastas. 33740 - [CÓPIA DE UMA INTERESSANTE CARTA DO SÉCULO XVIII, EM CASTELHANO, EM DEFESA DO PADRE ANTÓNIO VIEIRA]. 'Carta a [Rescoto?] Tam vert~usi Patavino. / Escrita por Dom Fulano de tal, desçendiente de Adan / vezino del Mundo, y Hespañol Ciudadano. Offrecida al Can / dido, ó al negro Leitor, pª que se la embie, si le conoçe: O Lea / com attencion lo que en ella se dize, si le quíre conocer.' Dim. Dim. 21 x 31 cm. 30 ff. 250 € Depois do que acima se transcreve vem um longo texto em castelhano que se inicia da seguinte forma: «Aunque vm. no sabe quien le saluda, despues de tanta individuacion de mi persona, sepa que le hablo mas claro, que vm. lo haze en su Anagramma. Porque las vozes, con que me encubro, y digo quien soy, todas son significativas al mismo tiempo, que me disfrasan.» 32254 - Carta de Comenda da Rebaldeyra, da Ordem de Santiago, passada por D. José a favor de Fernando da Costa de Atayde Freyre, «da mesma Ordem pelos respeitos declarados no Alvará nella encorporado da qual rezerva S. Mag.de os cahidos para as despezas das Armadas na forma do Breve de Sua Santidade vencidos de seis de Janeyro de mil sete centos trinta e nove, e Sua Santidade dispensou com elle Fernando de Atayde Freyre na falta dos serviços de Africa como asima se declara». Dim. 64 x 45 cm. 150 € Carta datada de «Lisboa quinze de Outubro de mil sete centos sincoenta e sete annos.», assinada El Rey sobre uma grande folha de fino pergaminho dobrada em duas faces manuscrita em toda a sua extensão. Com vestígios do selo pendente 33733 - [CARTA DE MERCÊ DO PRÍNCIPE REGENTE D. JOÃO, DATADA DE 1793]. «Carta por que V. Mag.de Ha por bem fazer mercê ao Conde de Rezende do Cargo de Prezidente do Conselho Ultramarino, por tempo de tres annos». Dim. 21,5 x 33,5 cm. 250 € Carta de Mercê do Principe Regente D. João dada ao Conde de Rezende [José Luis de Castro, 2.º Conde de Rezende ], datada do Palácio da Ajuda, «aos vinte e seis dias do Mez de Janeiro, Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de Mil setecentos noventa e tres». José Luis de Castro, desempenhou o cargo de Almirante de Portugal e de Vice-Rei do Brasil entre 1790 e 1801. Manuscrito em fino pergaminho com quatro páginas, assinada «O Principe» e com o seu selo pendente em chumbo, selos que raramente se encontram juntos aos documentos a que respeitam. 32686 - CARVALHO (José Liberato Freire de).- ENSAIO HISTORICO-POLITICO SOBRE A CONSTITUIÇÃO E GOVERNO DO REINO DE PORTUGAL;; onde se mostra ser aquelle reino, desde a sua origem, uma monarquia representativa: e que o absolutismo, a superstição, e a influencia da Inglaterra são as causas da sua actual decadencia. Lisboa, Na Imprensa Nevesiana. 1843. In-8.º gr. de 419-I págs. E. 80 € .../... MANUEL FERREIRA 15 Obra de relevante importância histórica, publicada pela primeira vez em Paris, aquando da emigração do autor em Londres entre 1829 e 1830. O autor, cónego regrante de Santo Agostinho até 1808, influenciado pelas teses de Rousseau e Condorcet definiu-se como liberal radical, traduziu Condillac e foi membro da maçonaria, onde privou com Bocage. Refugiado em Inglaterra fundou o Investigador Português em Inglaterra e O Campeão Português ou o Amigo do Rei e do Povo. Regressado a Portugal em 1820 assume a defesa de uma federação liberal com a Espanha, criticando o facto de nos termos tornado uma colónia do Brasil. Deputado às constituintes, foi desterrado para Coimbra após a Vilafrancada. Com o Setembrismo foi nomeado administrador da Imprensa Nacional. Segunda edição, «mais correcta e augmentada». Encadernação com a lombada de pele, não contemporânea. Com um restauro no anterrosto e frontispício. 4814 - CASTELO BRANCO (Camilo).- AVENTURAS DE BAZILIO FERNANDES ENXERTADO. Lisboa. Livraria de Antonio Maria Pereira. 1863. [Imprensa de J. G. de Sousa Neves]. In-8.º de 235-I págs. E. 60 € «Dicionário de Camilo Castelo Branco», de Alexandre Cabral: «Romance histórico e moralizante, Aventuras de Basílio Fernandes Enxertado (...) descreve o itinerário das conquistas galantes do filho de um merceeiro abastado, José Fernandes, de alcunha «o Enxertado», que se apaixona pela filha de um despachante da Alfândega. (...) A intriga, porém, transcende largamente a estrita esfera de sentimentalismo lorpa e canhestro de um dos pretendentes: Basílio Fernandes Enxertado. Pelo contrário, é a crónica social, em estilo mordente, da burguesia portuense de meados do século XIX: os seus hábitos, ambições e comportamentos, na base de extravagantes códigos de honra. (...)” Primeira edição, estimada e bastante rara. Encadernação contemporânea de pele inteira, decorada com ferros a ouro na lombada. Com falta das capas da brochura. 11768 - CASTELO BRANCO (Camilo).- A MULHER FATAL. Lisboa. Livraria de Campos Junior - Editor. [Imprensa de J. G. de Sousa Neves. S.d. - 1870]. In-8.º de 228-IV págs. E. 100 € «Dicionário de Camilo Castelo Branco», por Alexandre Cabral: “A Mulher Fatal é simultaneamente um romance passional e um romance de costumes. De facto, a narrativa das sucessivas experiências amorosas do protagonista, Carlos Pereira (brasileiro de origem), serve para descrever a cadeia de aventuras sentimentais do herói e, ao mesmo tempo, os hábitos, usos, costumes e comportamentos codificados pela sociedade em várias regiões do País”. Um dos mais estimados romances de Camilo, baseado, segundo Henrique Marques, em factos autênticos, como autêntica era a sua principal protagonista. Primeira e muito rara edição, com o raríssimo retrato fotográfico de Camilo, ass. “Phot. F. A. Gomes”. Encadernação não contemporânea com lombada de pele decorada com nervuras e ferros gravados a ouro. Carminado à cabeça e com falta das capas da brochura. 7709 - CASTELO BRANCO (Camilo).- UM LIVRO. (vinheta decorativa). Porto. 1854. Typographia de J. A. de Freitas Junior, Rua das Flores n.os 250 a 253. In-8.º de 204 págs. E. 80 € Edição primitiva deste interessante e valioso livro de versos. Alexandre Cabral diz no seu «Dicionário de Camilo Castelo Branco» que “Um Livro representa o encerramento da ambição camiliana de se projectar como um grande poeta (continuando todavia a poesia). Camilo depositava grandes esperanças no êxito desta obra, constituída em grande percentagem por poemetos, tendo acoplado no final o romancinho Agonia de Vinte Dias, estampado em 1853 no Portuense com o título Agonia de Vinte Dias” Encadernação modesta. Com as margens integrais, mas com falta das capas da brochura. 16 MANUEL FERREIRA 33970 - [CASTILHO (António Feliciano de) (Trad.)] — MOLIÈRE.- TARTUFO. Comedia vertida livremente e accomodada ao portuguez- Seguida de um parecer pelo Ill.mo Ex.mo. Sr. José da Silva Mendes Leal. Por ordem e na Typographia da Academia Real das Sciencias de Lisboa. 1870. In-8.º de XX-IV-233-I págs. E. 40 € Comédia traduzida por António Feliciano de Castilho e incluída na série «Theatro de Molière». Dedicatória autógrafa de Castilho a Joaquim Pedro Celestino Soares, autor dos «QUADROS NAVAES OU COLLECÇÃO DOS FOLHETINS MARITIMOS NO PATRIOTA». Encadernação da época, com a lombada danificada. 13107 - CASTRO (Padre Estevão de).- BREVE // APPARELHO, E MODO // facil pera ajudar a bem mor- // rer hum Christão. // Com a recopilação da materia de // testamentos, & penitencia; varias // Oraço~e s devotas, tiradas da Es- // criptura Sagrada, & do Ritual Romano de N. S. P. /&/ Paulo V. // Composto pelo Padre Estevão de Cas- // tro, Sacerdote professo da Companhia // de Iesu. Acrescentado nesta segun- // da impressão pello mesmo Autor. // ––– // EM EVORA. // Com todas as licenças necessarias. // Na Officina da Universidade. // Anno 1672. In-8.º de XXIV-336 págs. E. 200 € Pela primeira vez dada à estampa em 1621, esta muito popular e curiosa obra do jesuíta Estevão de Castro é especialmente estimada “pela correcção de sua linguagem, e limpeza de phrase”. Embora no frontispício venha a indicação de segunda impressão, sabemos que para além da edição princeps, a obra foi reimpressa em 1627, 1637 (ou 1639) e 1670, sendo esta portanto, salvo erro, a quinta ou sexta da ordem geral. Consultadas as principais fontes bibliográficas [Innocêncio, Pinto de Matos, Sommervogel, Gil do Monte, Gusmão C. Arouca, etc.] verificamos a existência de duas impressões distintas, datadas de 1672 e com a indicação de terem sido impressas na Officina da Universidade de Évora. Confrontadas estas edições, constatamos evidentes diferenças, quer no frontispício, nos caracteres tipográficos ou nos elementos iconográficos utilizados. Também os erros de paginação distinguem as diferentes edições. Por tudo isso julgamos tratar-se num dos casos de edição clandestina ou contrafacção da edição original. Encadernação em pergaminho, da época. 33787 - CASTRO (Padre Estevão de).- BREVE // APPARELHO, E MODO // facil para ajudar a bem mor- // rer hum Christaõ. // Com a recopilaçaõ da materia de // testamentos, & penitencia;; varias // Oraço~ es devotas, tiradas da Es- // criptura Sagrada, & do Ritu- // al Romano de N. S. P. /&/ Paulo V. // Composto pelo Padre Estevaõ de Cas- // tro, Sacerdote professo da Companhia // de JESU. Acresc~ entado nesta seg~u- // da impressaõ pelo mesmo Autor. // ––– // EVORA. // Com todas as licenças necessarias. // Na Officina da Universidade. // Anno 1672. In-8.º de XXIV-336 págs. E. 200 € Pela primeira vez dada à estampa em 1621, esta muito popular e curiosa obra do jesuíta Estevão de Castro é especialmente estimada “pela correcção de sua linguagem, e limpeza de phrase”. Embora no frontispício venha a indicação de segunda impressão, sabemos que para além da edição princeps, a obra foi reimpressa em 1627, 1637 (ou 1639) e 1670, sendo esta portanto, salvo erro, a quinta ou sexta da ordem geral. Consultadas as principais fontes bibliográficas [Innocêncio, Pinto de Matos, Sommervogel, Gil do Monte, Gusmão C. Arouca, etc.] verificamos a existência de duas impressões distintas, datadas de 1672 e com a indicação de terem sido impressas na Officina da Universidade de Évora. Confrontadas estas edições, constatamos evidentes diferenças, quer no frontispício, nos caracteres tipográficos ou nos elementos iconográficos utilizados. Também os erros de paginação distinguem as diferentes edições. Por tudo isso julgamos tratar-se num dos casos de edição clandestina ou contrafacção da edição original. Encadernação em pergaminho, da época, com a lombada manuscrita com o nome do autor. Conserva o ex-libris da Biblioteca de Victor d’Avila Perez. MANUEL FERREIRA 17 3406 - CASTRO (Eugénio de).- PER UMBRAM... Lisboa. Imprensa Nacional. 1887. 5 vols. In-4.º gr. de XVI págs. inums. por cada volume. E. em 1. 1500 € A capa da brochura apresenta o seguinte título: “SONETOS DE EUGENIO DE CASTRO. PER UMBRAM... Nocturno - A Despedida - Estrella Confidente - Depois”. Uma das mais raras se não a mais rara obra de Eugénio de Castro. TIRAGEM ESPECIAL DE 10 EXEMPLARES, de alto valor e raridade: “D’esta EDIÇÃO DE BIBLIOPHILOS tiraram-se sómente dez colecções de cinco exemplares, sendo: Um exemplar sobre papel do Japão: Um exemplar sobre papel Whatman;; Um exemplar sobre cartão allemão;; Um exemplar sobre cartolina Rosa;; Um exemplar sobre papel Renascença. Cada collecção, numerada de 1 a 10, é acompanhada de uma folha em cartão, illustrada, contendo o nome do possuidor”. EXEMPLAR EXTREMAMENTE RARO, por apresentar a colecção completa, ou seja, o mesmo livro repetido nas cinco diferentes qualidades de papel acima descritos e com a referida “Folha em cartão illustrada por M. Gustavo Bordallo Pinheiro”, tendo manuscrito nº 3 e o nome de Aníbal Fernandes Tomás. Magnífica encadernação inteira de pele vermelha, com dizeres dourados na lombada, um ferro decorativo e filetes também a ouro em ambas as pastas;; com um pequeno defeito na lombada. Ex-libris de Américo Chaves de Almeida. 34118 - CASTRO (Ferreira de).- ALDEMIR MARTINS. [Sob o patrocínio da Embaixada do Brasil. Sociedade Nacional de Belas Artes. Lisboa. 1961]. In-4.º peq. B. 35 € Invulgar catálogo ilustrado com a reprodução de desenhos e litografias deste original artista cearense, com apresentação de Ferreira de Castro e orientação gráfica de Tóssan. 34148 - CATALOGO DA EXPOSIÇÃO DE PINTURA DE ARTHUR LOUREIRO na Sociedade Nacional de Belas-Artes de Lisboa. Fevereiro de 1920. [S.l.] In-8.º de 32-XX págs. B. 40 € Catálogo bastante invulgar, valorizado com um extenso texto de Braz Burity intitulado «Notas Artistico-Biograficas». As últimas XX págs. reproduzem trabalhos do prestigiado artista, dos quais destacamos Death of Burks, 1.ª medalha na Exposição de Londres em 1889;; O Senhor da Pedra (Miramar);; A Senhora da Guia (Azurara);; Mosteiro de Leça do Balio. 7314 - CENSUAL DO CABIDO DA SÉ DO PORTO. Códice membranáceo existente na Biblioteca do Porto. Porto. Imprensa Portuguesa. 1924. In-fólio de XXIV-679-I págs. B. 60 € É a primeira edição do valiosíssimo códice gótico coligido por João da Guarda, considerado como um dos quatro cartulários mais importantes do país, de notável importância para a nossa história civil e eclesiástica. A publicação do 'Censual' é antecedida de longa introdução de João Grave, ao tempo Bibliotecário-mór da Biblioteca Pública Municipal do Porto. Capa da brochura imperfeita. 33780 - CENTENARIO DO BOM JESUS. 1 de Junho de 1784 - Proprietario Francisco Pastor. Director Julio de Menezes - 1 de Junho de 1884. [Typographia da Empreza Litteraria Kuso-Brazileira. Lisboa]. In-fólio de 16 págs. B. 35 € Raro número único, com interesse para a bibliografia bracarense. Colaboração literária em prosa e verso, pela ordem indicada na primeira página, com todas as assinaturas facsimiladas: Cardeal .../... 18 MANUEL FERREIRA Patriarca de Lisboa;; António, Arcebispo Primaz;; Antonio, Arcebispo de Mitylene, Alfredo Elviro dos Santos, Júlio Celestino da Silva, J. F. Garcia Diniz, F. J. Patrício, Camilo Castelo Branco, Ferreira Lobo, Pereira Caldas, F. Guimarães Fonseca, Cristovam Ayres, Fernandes Costa, Pedro dos Reis, Castor Ami, Marcelino Mesquita, Guiomar Torrezão, Barros Lobo (Beldemónio), Júlio César Machado, José Maria Provanza, Fernando Caldeira, Romualdo A. Espino, Alberto Pimentel, José M. Asensio, Luis Breton y Vedra, D. António da Costa, Pinheiro Chagas, Nicolas de Goyri, João de Deus, Visconde de Seabra, Sérgio de Castro, Servando A. de Diós e L. A. Palmeirim. Colaborador artístico Carlos Relvas. Com cinco gravuras abertas em madeira por Pastor, representando a da portada, segundo uma fotografia de Carlos Relvas, uma figura feminina trajando à minhota. Embora com defeitos nas margens conserva as capas da brochura. 19727 - CERVANTES SAAVEDRA (D. Miguel de).- O ENGENHOSO FIDALGO DOM QUICHOTE DE LA MANCHA. Traductores Viscondes de Castilho e de Azevedo [e M. Pinheiro Chagas]. Com os desenhos de Gustavo Doré gravados por H. Pisan. Porto. Imprensa da Companhia Litteraria. MDCCCLXXVI-M DCCC LXXVIII. 2 vols. In-fólio máx. de XXXIV-II-415-I e IV-502-II págs. E. 25 € Edição verdadeiramente monumental e primeira portuguesa com as admiráveis ilustrações do genial artista que foi Gustavo Doré, ilustrações que se apresentam estampadas à parte em muito branco e encorpado papel, apresentando ainda muitas outras gravuras e vinhetas do mesmo artista disseminadas pelas páginas do texto. Frontispícios estampados a negro e vermelho. “Se Lisboa foi a primeira terra do mundo que reimprimiu D. Quixote, seria o Porto a que o reimprimiria em mais esplêndida e mais honrosa edição”, são palavras de Manuel Pinheiro Chagas no muito importante e erudito prefácio a esta edição. Belas encadernações editoriais, cuidadosamente decoradas a negro, prata e ouro. 6512 - CLARO (António).- O PELOURINHO. Critica da nossa Historia politica desde 1817 a 1904. Primeiro volume - 1817 a 1850. Porto. Livraria Depositaria de J. Figueirinhas Junior. 1904. In-8º gr. de XIX-519-V págs. B. 40 € “Procurei ser exacto. Os meus esforços visaram a exhibir, com verdade, as personalidades politicas do paiz mais em voga nos ultimos oitenta e sete annos [30 anos, uma vez que o segundo volume não chegou a ser publicado], e por algumas das quaes tive certa veneração, quando confiado singularmente na tradição, toda ella refalsada e espactaculosa, as suppuz dotadas do caracter, da energia e da sagacidade dos grandes vultos dos tempos luminosos da História das nações.” Obra com interesse para a história do século XIX em Portugal, desde o reinado de D. João VI até 1850, ano que precedeu a queda de Costa Cabral e dos governos de inspiração setembrista. Obra com interesse também pelas muitas notas e documentação apresentadas pelo autor. 33782 - COELHO (Henrique Trindade).- FERRO EM BRAZA. Lisboa. Livraria Ferreira - Editores. 1913. In-8.º gr. de 237-III págs. B. 35 € Livro de crónicas “lançadas à margem de dois mêses d’história do nosso Paiz”. Alguns capítulos: «A opinião pública» [O Café Martinho, a política e a opinião pública];; «Um projecto de contribuição sumptuaria» [Impostos e justiça fiscal];; «A Imprensa»;; «Uma matinée a bordo do “Benjamin Constant”» [Diplomacia Luso-brasileira];; «Theatro Nacional»;; «O Jogo» [Regulamentação], «Leis de assistencia»;; «Iniciativas»;; [Instrucção];; «Finanças Públicas»;; «Um incidente» [Política internacional];; «Dois Partidos» [Os independentes e o Partido de João Bonança];; «Defêsa Nacional»;; [República];; «A Sociedade Elegante»;; «Os animatographos»;; «Madame Frivolidade»;; [Moda];; «Os folhetos do senhor Malheiro Dias» [O estado actual da causa monarquica];; «Arte para creanças» [Afonso Lopes Vieira e «Bartholomeu Marinheiro»;; «Ratos no Senado»;; «Crises» [Política nacional];; etc. MANUEL FERREIRA 19 33924 - COLECÇÃO DOS DOCUMENTOS OFICIAES RELATIVOS AOS ULTIMOS ACONTECIMENTOS DAS ILHAS DOS AÇORES, Dedicada á leal e brava guarnição das mesmas ilhas. Angr. Na Imprensa do Governo. 1831 [Aliás 1875]. In-4.º de 44 págs. C. 25 € Martins de Carvalho, «Diccionario Bibliographico Militar Portuguez»: «Contem em resumo a descripção dos principaes acontecimentos;; as proclamações, ordens do dia, officios e mais peças officiaes, etc. que dizem respeito áquelles gloriosos successos;; a carta de S. M. o duque de Bragança, dirigida ao conde de Villa Flor;; relações nominaes dos officiaes, officiaes inferiores e cadetes das tropas do usurpador que foram feitos prisioneiros;; relações de mortos e feridos das tropas leaes e das do usurpador e os inventarios dos trens de guerra.» Cartonagem da época. 31855 - CORRÊA (José Augusto).- CIDADES DE PORTUGAL. Lisboa. Livraria Classica Editora. 1907. In-8.º gr. de 606-II págs. E. 75 € «Descripção de monumentos, curiosidades, historia e apreciação das 29 cidades do continente, com 28 brazões. Guia indispensavel aos viajantes (...)». Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Covilhã, Elvas, Évora, Faro, Figueira da Foz, Guarda, Guimarães, Lagos, Lamego, Leiria, Lisboa, Miranda do Douro, Penafiel, Pinhel, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Silves, Tavira, Tomar, Viana do Castelo, Viseu. Livro estimado e pouco frequente. Encadernação com lombada e cantos de pele, decorada com ferros a ouro, nervuras e dizeres. Carminado à cabeça e com as capas da brochura conservadas. OPÚSCULO COM INTERESSE PARA A HISTÓRIA DA PRIMEIRA INVASÃO FRANCESA, LIMITADO A APENAS 20 EXEMPLARES 34189 - COUTINHO (Domingos António de Sousa).- LES QUATRE COÏNCIDENCES DE DATES. A Paris, de L’Imprimerie de Firmin Didot. 1819. In-8.º de 23-I págs. B. 100 € Obra de Domingos António de Sousa Coutinho, transmontano natural de Chaves, 1º Conde e 1º Marquês do Funchal, publicada sem o nome do autor, mas referida por Barbier no seu «Dictionnaires des Ouvrages Anonymes»: “Cette brochure, tirée á 20 exemplaires seulement, par les soins de M.me la comtesse de Souza (avant comtesse de Flahaut), a été faite par le comte DE FUNCHAL, ambassadeur de Portugal en Angleterre. Elle est relative aux négociations du lord comte de Lauderdale à Paris, en 1807, et à l’avis que le prince de Bénévent (le prince de Talleyrand) avait donné au chevalier de Lima, ambassadeur de S. M. T. F. à Paris, de la destination de l’armée de la Gironde, sous les ordres du général Junot, depuis duc d’Abrantes, et du projet d’invasion du Portugal. (Voy. Montvéran, «Histoire critique et raisonnée de la situation de l’Angleterre, etc.», t. IV, p. 251 et 252, et p. 393) Cette brochure avait d’abord été attribuée à don J.-M. Souza-Botelho”. O autor, sob patrocínio da Coroa Real Portuguesa então no Rio de Janeiro, lançou em Londres o periódico «O Investigador Português em Inglaterra» (1811-1818), para combater o «Correio Braziliense» editado por Hipólito José da Costa. Com um reforço de papel junto à costura. 15989 - COUTINHO (Gago).- RELATORIO DA VIAGEM AEREA LISBOA-RIO DE JANEIRO. Lisboa. MCMXXII. [Imprensa Libanio da Silva]. In-4.º gr. de 66 págs. B. 30 € Número especial da «Revista Aeronáutica», órgão do Aero Club de Portugal, de grande formato, .../... 20 MANUEL FERREIRA impresso a negro e vermelho. Este volume representa um padrão levantado ao vôo de Gago Coutinho e Sacadura Cabral, acontecimento que «representou e representará sempre, um feito de tão alto valor e saber que o mundo inteiro o admirou com o mais justificado assombro.» O Relatório, assinado no fim por Gago Coutinho, trata circunstanciadamente de todos os aspectos da viagem e apresenta-se documentado com muitas fotografias impressas em separado, coladas nas páginas do texto e em folhas à parte. 592 - COUTO (Ribeiro).- PROVÍNCIA. MCMXXXIII. Edições “Presença”. Coimbra. In-4.º peq. de 104-VIII págs. B. 150 € Primeira edição de um dos importantes livros de Ribeiro Couto, de que se imprimiram apenas 523 exemplares, dados a público com a chancela da «Presença», com 6 ilustrações de Sotero Cosme impressas em folhas à parte. Capa da brochura ilustrada com um desenho do ilustrador, impressa a duas cores. 34218 - CUNHA (Alfredo da).- CAMILLO CASTELLO BRANCO, JORNALISTA. Casa Ventura Abrantes. Lisboa. MCMXXV. In-fólio de II-44-II págs. B. 50 € Edição de 100 exemplares fora do mercado, em separata do «In Memoriam de Camilo». Com estampas nas páginas de texto. VALORIZADO COM DEDICATÓRIA DO AUTOR. 34122 - DEFINIÇÕES, // E // ESTATUTOS // DOS // CAVALLEIROS, E FREIRES // DA ORDEM DE NOSSO SENHOR // JESUS CHRISTO, // COM A HISTORIA DA ORIGEM, E // principio della, // OFFERECIDOS // AO MUITO ALTO, E PODEROSO REY // D. JOÃO V. // NOSSO SENHOR. // ... // LISBOA, // NA OFFICINA DE MIGUEL MANESCAL DA COSTA, // Impressor do Santo Officio. // Anno M. DCC. XLVI. In-4.º gr. de LXVIII págs. inums. prels. e 194-II nums. E. 150 € Cremos tratar-se da quinta edição dos Estatutos dos Cavaleiros e Freires da Ordem de Cristo, pela primeira vez publicados em 1628. Edição da apurada execução gráfica, com o frontispício impresso a vermelho e negro. Tem, em quatro das folhas inumeradas, impressas a vermelho, as cruzes para a roupeta e capa dos noviços e dos professos da Ordem de Cristo. Segue-se uma folha encimada por uma xilogravura alegórica aos poderes temporal e espiritual com as armas de Portugal colocadas no centro, onde Frei Fernando de Moraes, Prior Geral da Ordem, justifica a reimpressão destes Estatutos. A edição apresenta ainda o respectivo «PROLOGO» onde se transcrevem as Bulas da Fundação da Ordem e da união do seu Mestrado à Coroa, o «INDEX DOS TITULOS», os ESTATUTOS e no final o «INDEX ALFABETICO DE TODAS AS COUSAS, QUE contém este Livro» seguido das respectivas «LICENÇAS». Obra com interesse para a história do convento de Tomar, cabeça da Ordem de Cristo. Encadernação contemporânea em pergaminho, no seu estado original. 33908 - DIAS (Urbano de Mendonça).- HISTÓRIA DO VALE DAS FURNAS. Emp. Tip. Ltd. de Vila-franca do Campo. 1936. [S. Miguel]. In-8.º gr. de 158-II págs. E. 120 € Estimada e muito invulgar monografia madeirense, com numerosas estampas fotográficas e desenhos colados em folhas próprias. Encadernação inteira de pele, de modesta execução, com dourados na lombada e pastas. Conserva as capas da brochura e as margens intactas. MANUEL FERREIRA 21 28636 - DICTIONNAIRE // PORTATIF // DE CUISINE, // D'OFFICE, // ET DE DISTILLATION, //...// NOUVELLE ÉDITION, // Revue, très-corrigée, & enrichie d'un grand nombre // d'Articles refaits en entier. // A PARIS, // Chez LOTTIN le jeune, Libraire... // ... // M.DCC.LXXII. In-8. º gr. de IV-XIV-II-372-367-I págs. E. 300 € Raro livro de culinária «Contenant la maniere de préparer toutes sortes de viandes, de volailles, de gibier, de poissons, de légumes, de fruits, &c. «La façon de faire toutes sortes de gelées, de pâtes, de pastilles, de gâteaux, de tourtes, de pâtés, vermichel, macaronis, &c. «Et de composer toutes sortes de liqueurs, de ratafiats, de syrops, de glaces, d'essences, &c. «Ouvrage également utile aux Chefs d'Office & de Cuisine les plus habiles, & aux Cuisinieres qui ne sont employées que pour des Tables bourgeoises. «On y a joint des Observations médicinales qui font connoître la propriété de chaque Aliment, relativement à la Santé, & qui indiquent les mets les plus convenables à chaque Tempérament.» Vicaire, na sua importante «Bibliographie Gastronomique» diz que «Cet ouvrage anonyme est assez complete.» Este dicionário apareceu como complemento ao «Dictionnaire domestique portatif», tendo sido pela primeira vez publicado em 1762;; segundo o mesmo bibliógrafo «Il a paru comme étant l'œuvre d'une «Société de gens de lettres» et Barbier, qui le cite dans son Dictionnaire des anonymes, en atribue la paternité à Aubert de la Chesnaye des Bois, Jean Gouilin et Auguste Roux. «Il se pourrait que le Dictionnaire portatif de Cuisine fût également l'œuvre de ces trois auteurs ou de l'un d'eux seulement, mais nous n'avons trouvé, à ce sujet, aucun renseignement précis qui nous permette d'être affirmatif.» Encadernação inteira de pele, da época, com a lombada decorada com ferros a ouro em casas fechadas. De salientar o perfeito estado de conservação do exemplar, facto raro em livros destinados a constante manuseio. 34207 - DIOGO CÃO. Revista ilustrada de assuntos históricos. Primeira Série [a quarta série]. Luanda. Director, Reddactor, Administrador, Editor e Proprietário Padre Manuel Ruela Pombo. (Missionário secular português e antiquário amador). M.CM.XXXI-M. CM.XXXII [a 1937]. In-8.º gr. de 320;; 320;; 320 e 320 págs. E. 80 € Rara publicação, com interesse para a história da presença portuguesa em Angola, suas fortalezas, governadores, monumentos e arquivos, medicina, história natural, história eclesiástica, etc. Do índice destacamos: Os Portugueses em Angola;; As fortalezas de Luanda;; Catálogo dos Governadores de Angola;; Monumentos e Arquivos;; Ciência Tropical;; História Natural de Angola;; Medicina indígena [Caderno de Afonso Mendes;; Relação de Joaquim José da Silva];; História Eclesiástica [O Padroado religioso: Tomar - Funchal - S. Tomé e Congo - Congo e Angola - Brasil;; Os Frades Franciscanos em Angola;; O Bispo Soveral;; O Bispo D. Luís de Brito Homem];; Os Holandeses em Angola (1641-1648);; A tentação do Mar;; As lutas liberais em Angola;; História Militar de Angola ;; Guerras Angolanas. Encadernações modestas em tecido. 34201 - DIONÍSIO (Sant'Anna). ENIGMAS HELÉNICOS. Seara Nova. 1969. [Neogravura, Lda]. In-8.º peq. de 29-III págs. B. 25 € Publicação bastante invulgar, ilustrada com dois desenhos. Capítulos: «Pedagogia Acromática dos Gregos»;; «A Condenação de Sócrates». Edição especial, em bom papel, por numerar. Dedicatória do autor ao poeta Alberto de Serpa. 22 MANUEL FERREIRA 33743 - [PADRE ANTÓNIO VIEIRA, PROFECIAS DE BANDARRA E A INQUISIÇÃO]. DOM JOZÉ, POR GRAÇA // de Deus Rey de Portugal &c. Fa- // ço saber a todos, que este Edital // virem, que no Meu Tribunal da // Real Meza Censoria declararaõ al- // gumas Pessoas tementes a Deos, e zelozas do Meu Real Serviço, e do // socego publico: Que depois que no // § 346, e nos seguintes até o § 357 da Parte Primeira // da Deducçaõ Chonologica, e Analytica do Procurador // da Minha Coroa se lhes havia feito manifesta a doloza // simulaçaõ, com que Antonio Vieira da Companhia de- // nominada de Jezus, e seus Socios maquinaraõ (entre // outras supersticiozas profecias) as que introduziraõ de- // baixo do Nome de Gonçalo Annes Bandarra;; pesua- // dindo-as compostas no Reynado do Senhor Rey Dom // Joaõ III, quando na verdade tinhaõ sido maquinadas // depois da Acclamaçaõ do Senhor Rey Dom Joaõ o IV. // para com elles lizonjearem a Corte, e adquirirem sé- // quito nella, e no Reyno, que illudiraõ: e depois de se // haver condemnado a impostura das referidas profecias // pela Sentença proferida em Dezembro de 1667 no Tri- // bunal da Fé contra o sobredito Antonio Vieira, fora // constante a todas as Pessoas instruidas, que elle tivera // a inaudita temeridade de maquinar contra a dita Sen- // tença de Inquiziçaõ, e contra o publico socego (em // abono da antiguidade, e credito, que naõ tinhaõ, nem // podiaõ ter aquellas suppostas profecias) hum Papel por // elle intitullado = Carta Apologetica escrita por el Pa- // dre Antonio Vieira de la Compañia de Jezus, al Pa- // dre Jacome Iquazafigo de la misma Compañia, y Pro- // vincial de la Provincia de Andaluzia, en 30 de Abril // de' 1686 = Formando para assumpto della a invero- // simil idéa, de que o seu Provincial de Andaluzia ain- // da no anno de 1686 ignorava em Sevilha o exito do // Processo delle Antonio Vieira, que se havia sentencea- // do neste Reyno dezanove annos antes em Dezembro // de 1667 (...). [Dado nesta Cidade de Lisboa aos 19 do mez de Junho do anno do Nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de 1768. Eu Jozé Bernardo da Gama, e Attaide, Secretario do mesmo Tribunal o fiz escrever, e sobscrevi. Na Officina de Antonio Rodrigues Galhardo, Impressor, e Livreiro da Real Meza Censoria]. In-4º gr. de 7-I págs. B. 150 € Tem no fim a seguinte Declaração com as assinaturas impressas de João José de Lima Viana e Joaquim José de Avelar: «Executou-se a pena de fogo, a que foraõ condemnados os Livros = Carta Apologetica = e = Vida do Çapateiro Santo Simaõ Gomes =, na Praça do Commercio no dia de Terça feira quatorze de Junho, sendo prezente á execuçaõ o Bacharel João Jozé de Lima Vianna, Corregedor do Bairro da Rua Nova. E em fé da verdade passei esta, que comigo assignou o dito Ministro. Lisboa, 14. de Junho de 1768.» Peça importante para a história do célebre processo que opôs o Padre António Vieira à Inquisição, de que apenas transcrevemos uma pequena parte. 34170 - DUCLOS (Charles Pinot).- CONSIDERATIONS SUR LES MŒURS DE CE SIECLE. Suivies de trois Mémoires lus dans diférentes assemblées de l`Académie Royale des Inscriptions & Belles-Lettres, sur des sujets intéressans. (...) A LONDRES, Chez Dodsley. M.DCC.LXIX. In.-8.º de VI-342 págs. E. 65 € Obra de grande sucesso no seu tempo, pela primeira vez publicada em 1751. “En effet, depuis que cet Ouvrage est sorti de la plume de son illustre Auteur, il ne s’est point passé d’année qu’il n’ait été réimprimé, soit en France, soit en Hollande;; & le nombre prodigieux d’exemplaires qui s’en sont répandus, m’eût empêché d’en publier une édition nouvelle.” Do índice: Sur les mœurs en général;; Sur l’éducation & les préjugés;; Sur la politesse & sur les louanges;; Sur la probité, la vertu & l’honneur;; Sur la réputation, la célébrité, la renommée & la consideration;; Sur les grands seigneurs;; Sur le crédit;; Sur les gens à la mode;; Sur le ridicule, la singularité & l’affectation;; Sur les gens de fortune;; Sur les gens de lettres;; Sur la manie du .../... MANUEL FERREIRA 23 bel esprit;; Sur le rapport de l’esprit & du caractere;; Sur l’estime & le respect;; Sur le prix réel des chofes;; Sur la reconnaissance & sur l’ingratitude;; Discours de M. Duclos à l’Académie Françoise, lorsqu’il y fut reçu le Jeudi 26 Janvier 1747;; Réponse de M. l’Abbé-Comte de Bernis, directeur de l’Académie Françoise, à M. Duclos;; Mémoires Académiques, &c. Encadernação contemporânea inteira de pele, cuidadosamente lavrada a ouro na lombada. 24088 - DURO (José).- FEL. (97-98). 1898. Empreza Litteraria Lisbonense. Libanio & Cunha - Editores. Lisboa. In-8.º de 90-VI págs. B. 300 € Primeira e muito rara edição do principal livro do autor, poeta nascido em Portalegre e fortemente influenciado por Baudelaire, António Nobre e Cesário Verde. Escreveu Raul Rêgo que «O Fel não é poesia que emparceire com a de António Nobre, muito menos com a de Cesário Verde;; mas dir-se-ia que o seu grito de desespero é dos três poetas o mais angustioso, o «mais sem remédio»». Capa da brochura com uma mancha e alguma sujidade. Extensa dedicatória manuscrita pela mãe do poeta para José Nicolau Raposo Botelho, “Oficial general da arma de Infantaria, último ministro da guerra da Monarquia, lente da Escola do Exército, director do Real Colégio Militar, vogal do Supremo Conselho da Defesa Nacional, publicista militar e científico, director da Revista Militar. (...)” [in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira]. 30036 - ECHOS DA REVOLUÇÃO. O 14 de Maio e a consolidação da Republica Portugueza. Prefaciado pelo eminente escriptor e jornalista, devotado republicano e patriota Dr. Magalhães Lima. Empreza de Publicações Populares. [Lisboa]. 1915. In-8.º de VIII-152 págs. E. 60 € Interessante subsídio para a história da Revolução contra a ditadura de Pimenta de Castro, maioritariamente chefiada pelos maçons Norton de Matos, Sá Cardoso, Freitas Ribeiro e A. Mario da Silva. Edição publicada sem o nome do autor, amplamente ilustrada com a reprodução de fotografias impressas nas páginas do texto e em folhas de papel couché. Encadernação com lombada de pele. Por aparar e com a capa da brochura alegoricamente ilustrada a cores. 34175 - ESCOBAR (Fr. António de).- O HEROE // PORTUGUEZ // VIDA, PROEZAS, VICTORIAS, VIRTUDES, // e morte do Excellentissimo Senhor // D. NUNO ALVARES // PEREIRA, // Condestavel de Portugal, // TRONCO DOS SEUS SERENISSIMOS REYS, // e de toda a grandeza da Europa, Religioso de // N. Senhora do Carmo, e Fundador do seu // Convento de Lisboa. // Escrito pelo // P. Fr. ANTONIO DE ESCOBAR;; // Diffinidor Apostolico da Ordem de N. Senhora do Carmo, // Confessor da Esperãça de Bèja, e Coronista da sua Religiaõ, e novamente traduzido da lingua Castelhana // no Idioma Portuguez por // BERNARDO JOZÉ LEMOS CASTELBRANCO. // Offerecido ao M. R. P. M. // Fr. FILIPPE DE SANTA THEREZA, //... // LISBOA: // Na Officina de Pedro Ferreira, Impressor da Au- // gustissima Rainha N. S. e impresso à sua custa. 1744. In-8.º de XVI-178-VI págs. E. 120 € António de Escobar, irmão de Álvaro Escobar Roubam, natural de Coimbra, foi Prior dos Conventos da Vidigueira e de Évora, Confessor das Religiosas do Convento de Beja e de Custodio e Definidor da Província. Barbosa Machado diz ainda que “Sendo Chronista desta Província, e tendo composto a mayor parte da sua Historia se perdeo infelizmente na irrupçaõ que fizeraõ os Castelhanos no Convento de Evora onde assistia, no anno de 1663. Pela primeira vez publicada em castelhano em 1670, “Esta obra he applaudida pela sua erudiçaõ, e elevado estilo escreve Fr. Manoel de Sá nas Mem. Histor. dos Escrit. Portug. do .../... 24 MANUEL FERREIRA Carm. pag. 29. Foy segunda vez impressa com o nome supposto de Salanio Lusitano com este titulo Discursos politicos, y militares en la vida del Conde D. Nuño Alvares Pereira (...)”. Reimpressão contra cuja publicação protestou o autor, queixando-se “de que le había sido robada por el Franciscano Fr. Francisco de Salas.” [Garcia Peres, Catálogo razonado...]. O último grupo de páginas é constituído pelo protesto, intitulado Apologia do autor contra o furto, que lhe fizeraõ deste Heroe, onde o autor relata as “muytas tempestades” e contratempos que atrasaram a publicação da Obra, as circunstancias do roubo, as testemunhas oculares [”Neste tempo o viraõ a Senhora Duqueza de Maqueda, seu Tio o Senhor D. Antonio de Lancastro, a Senhora Condeça de Faro, o Senhor Conde de Unhão, o P. Antonio Vieira, a quem o mostrou meu Mestre o P. Ignacio Mascarenhas, a mayor parte dos Religiosos deste Convento. e outras muytas pessoas.], dando finalmente notícia do aparecimento, “na Rua nova”, do livro impresso em Saragoça [Çaragoça, por Juan Ibar, 1670], atribuindo o furto ao P. Francisco Salas, franciscano da provincia das Ilhas. Livro bastante curioso e invulgar, com interesse para a história do Santo Condestável [canonizado em 2009 pelo Papa Bento XVI] e patrono da infantaria portuguesa. Encadernação inteira em pele, da época, com ferros a ouro na lombada bastante delidos. 34014 - O ESPECTRO DE JUVENAL. Redactores: Gomes Leal, Guilherme d’Azevedo, Luciano Cordeiro, Magalhães Lima, Silva Pinto. Lisboa. Imprensa de J. G. de Sousa Neves. 1872-1873. 5 opúsculos In-4.º em 1 vol. E. 100 € É a colecção completa desta rara publicação, onde pontificaram, manifestamente críticos, os autores indicados. Encadernação inteira de tela branca gravada a seco e vermelho na pasta da frente, a negro na lombada, com as capas da brochura preservadas e as margens intactas. 33798 - EXPOSIÇÃO DOS ARTISTAS MODERNOS INDEPENDENTES NAS SALAS DA CASA QUINTÃO. Rua Ivens, 32 / Lisboa. de 15 a 30 de Junho de 1936. Catálogo / Convite. In-8.º de VIII págs. B. 150 € Raríssimo catálogo da importante exposição organizada pelos «Amigos da Arte Moderna» na Casa Quintão (Chiado, Lisboa), que contou com a participação de Sarah Affonso, Almada Negreiros, Mário Eloy, W. S. Haiter, Júlio dos Reis Pereira, António Pedro, Hein Semke, Arpad Szenes, Geza Szobel, Arlindo Vicente e Vieira da Silva. “Durante a Exposição, realizar-se-á uma série de conferências, recitais e leituras, da qual se podem anunciar já as seguintes: A ciência da simpatia e Elogio da ingenuidade ou as desventuras da esperteza saloia, por José de Almada Negreiros;; Iniciação na Pintura, por Antonio Pedro;; O ismo talvez definitivo, por Dutra Faria, com a leitura do «Manifesto do Dimensionismo», por Antonio Pedro, delegado português do movimento;; Acusam os artistas de gostar dos cavalos brancos, por Mário Eloy;; Sur l’Art moderne, por Arpad Szenes;; A arte do romance e Valor das escolas em arte (sua grandeza e miséria), por João Gaspar Simões;; Génio e virtude da arte moderna, por Fernando Amado;; Recital de Poesias Modernas, por Manuela Porto.” Exposição dedicada a Amadeo de Souza Cardoso, Santa-Ritta Pintor, Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa, onde António Pedro expôs pela primeira vez os seus primeiros quadros a óleo. [ver: PORTUGUESE CULTURAL STUDIES 5 Spring 2013;; José-Augusto França, «António Pedro Pintor]. 4438 - FERNANDES (Manuel).- LIVRO DE TRAÇAS DE CARPINTARIA. Programa Nacional de Edições Comemorativas dos Descobrimentos Portugueses. Lisboa. 1989. In-fólio de III-III-140-I ff. E. 200 € Magnífica publicação facsimilada, onde com pormenor e rigor gráfico se reproduz “o mais .../... 4013 - ver pág. 26 26 MANUEL FERREIRA completo e minucioso códice sobre a morfologia e construção de navios que se situam entre os séculos XVI e XVII.” “Trata-se de um regimento de construção escrito em 1616, de mais de duas dezenas de navios de várias categorias, exemplar único pertencente à Biblioteca da Ajuda, um verdadeiro tratado manuscrito sobre a construção naval daquela época, de valor arqueológico superior às melhores obras congéneres estrangeiras”. Edição impressa em papel vergê especialmente fabricado para esta edição pela Companhia do Papel de Porto de Cavaleiros, S.A. Encadernação editorial executada por Paulino Ferreira & Filhos, Lda. 4884 - FERREIRA (Alberto).- BOM SENSO E BOM GOSTO. (Questão Coimbrã). Textos integrais da polémica. Recolha, notas e bibliografia por Maria José Marinho. Portugália Editora. Lisboa. [1966-1970]. 4 vols. In-8.º gr. B. 60 € Primeira edição colectiva da famosa e extensa polémica literária, em que intervieram nomes célebres da literatura portuguesa do século XIX, merecendo especial realce os nomes de Camilo, Antero e Castilho. As peças que compõem a polémica aparecem antecedidas de um desenvolvido trabalho de Alberto Ferreira intitulado «Perspectiva do Romantismo». Com reproduções de numerosos retratos e fac-símiles de portadas dos folhetos pertencentes à polémica. Obra integrada na «Colecção Portugália». 2987 - FERREIRA (Vergílio).- APELO DA NOITE. Romance. (Com um Posfácio do autor). Portugália Editora. [Lisboa. 1963]. In-8.º de 258-XVIII págs. B. 75 € É a primeira edição deste estimado romance de um dos mais queridos prosadores portugueses, romance que, “pelo seu carácter predominantemente ético e dramático e pela ligação com uma realidade imediata, diverge dos últimos livros do escritor, que se fixam numa dimensão trágica mediata e metafísica”. COM DEDICATÓRIA DO AUTOR A ILSE LOSA. 4013 - FERREIRA (Vergílio).- ESTRELA POLAR. Romance. Portugália Editora. [Lisboa. S.d. - 1962]. In-8.º de 316-IV págs. B. 100 € “Dois temas se cruzam neste novo livro de Vergílio Ferreira: o da verdade e o da comunhão humana. Pelo primeiro, este romance associa-se a Mudança;; pelo segundo, continua Aparição. Em Estrela Polar existe, porém, uma novidade em relação àquelas duas obras: a narrativa desenvolve-se num plano em que o real e o irreal se intercomunicam. (...)” Edição original deste importante romance, desde logo esgotado e frequentemente reeditado. Capa ilustrada por Câmara Leme. EXEMPLAR VALORIZADO COM INTERESSANTE DEDICATÓRIA DO AUTOR. (ver gravura na pág. 25) 31864 - FIGUEIREDO (Jaime de).- ILHA DE GONÇALO VELHO. Da Descoberta até ao Aeroporto! 1954. C. de Oliveira, Limitada (Editores). Lisboa. In-8.º gr. de 205-XV págs. B. 35 € «Em «Ilha de Gonçalo Velho» [Ilha de Santa Maria] evoca-se a vida da terra e da grei — a sua história e paisagem, tradições e costumes, riquezas e produções, que deram fisionomia, tão pitoresca e inconfundível a esse pequeno mundo insular. Antes, era uma ilha isolada, por vezes esquecida, de cariz medieval! Na Vila, as mulheres vestiam capote e capucho... Na Serra, os homens usavam jaleca e carapuça... Era curioso o seu linguajar cheio de arcaísmo - um delicioso retábulo de remoto século XV. (...)» Com numerosas ilustrações em folhas à parte. 4940 - ver pág. 28 4941 - ver pág. 28 28 MANUEL FERREIRA 4940 - FONSECA (Branquinho da).- MAR COALHADO. [Coimbra. Imprensa da Universidade - 1932]. In-4.º de 31-I págs. B. 80 € Original e rara edição de um dos primeiros livros do autor, ilustrado com um auto-retrato. Capa da brochura de invulgar apresentação gráfica, de marcada influência Presencista. (ver gravura na pág. 27) 4941 - FONSECA (Branquinho da).- A POSIÇÃO DE GUERRA. [Composto e impresso na tipografia da «atlântida»... Coimbra. [S.d. - 1931]. In-4.º de 15-I págs. B. 150 € «Posição de Guerra» é não só uma das mais raras e representativas peças de teatro de Branquinho da Fonseca, mas também uma das apreciadas edições «Presença», revista de que o autor foi fundador e director. Com um desenho de José Régio, impresso em página inteira. Primeira edição. Capa da brochura impressa a duas cores, com a modernidade gráfica que a revista «Presença» imprimia em todas as suas publicações. Exemplar por abrir. (ver gravura na pág. 27) 21589 - FORAL DA VILA DE OEIRAS DADO PELA MAGESTADE DE EL REI FIDELISSIMO DOM JOSE O PRIMEIRO // NOSSO SÑOR // NO ANNO // de 1760. In-fólio de XXX págs. inums. E. 30 € Perfeita reprodução do original manuscrito, apresentando o frontispício exuberantemente decorado a cores com uma moldura com motivos florais, encimado pelo brasão de armas real, seguindo- se-lhe uma outra folha com um brasão de armas cremos que do Conde de Oeiras, encimado pela respectiva coroa;; o texto aparece esmaltado de numerosas letras artisticamente caligrafadas. Publicado sem qualquer referência aos seus promotores nem data de impressão, recente, sendo, portanto, a reprodução pura e simples deste foral setecentista, documento importante sob o ponto de vista histórico e artístico. Encadernação inteira de material sintético a imitar veludo vermelho. 34131 - FREITAS (Eugénio de Andrea da Cunha e) e outros.- CARVALHOS DE BASTO. A descendência de Martim Pires de Carvalho, Cavaleiro de Basto. Porto. 1977-2010. 10 vols. + 3 de Índices. In-4.º gr. B. 1000 € Obra da mais relevante importância entre todos os trabalhos de investigação genealógica realizados entre nós, minuciosamente estudado e documentado, em que, além de Eugénio de Andréa da Cunha e Freitas, têm lugar de assinalável importância Maurício António Fernandes, Nuno M. Ferraz de Andrade, Francisco J. de Abreu Maia e Castro e A. Duarte P. P. Rebelo de Carvalho, cujos nomes se acham inscritos no frontispício dos respectivos volumes. Com reproduções de brasões d'armas e outros símbolos heráldicos, além de inúmeros desenhos reproduzindo aspectos de casas nobres. Texto de apresentação assinado por Eugénio de Andrea da Cunha e Freitas: «Em 1937, pouco depois que vim para o Porto, comecei a investigar a família de minha avó paterna, originária desta cidade. Este trabalho prolongou-se por vários anos - praticamente não se interrompendo até ao presente - e tomou inesperada extensão, abrangendo, tanto nas linhas ascendentes como nas colaterais, um muito elevado número de famílias de Entre Douro e Minho, ramificadas pelas demais províncias e até pelas Ilhas. «Nunca, no entanto, pensara divulgá-lo em letra de imprensa, por ser unicamente fruto da curiosidade, melhor, daquele vício que se nos infiltra no sangue. «Eu sou um desses desgraçados» , confessa algures o grande Camilo. «Há pouco, alguns genealogistas amigos — outros «desgraçados» —, a quem confiei os quatro volumes manuscritos que constituem este título de «CARVALHOS DE BASTO», acharam-lhe algum interesse e quiseram publicá-lo. Anuí prontamente a tão gentil desejo. «Mas era preciso actualizar muitas linhas genealógicas, completar muitas outras que apenas .../... 19813 - ver pág. 30 30 MANUEL FERREIRA estavam esboçadas. Tomaram eles a seu cargo tão pesada tarefa. Esse trabalho pertence-lhes e será devidamente anotada no texto a sua autoria. Foi a única exigência minha, porque, nesse particular, a obra me não pertence. «Além dos editores [referidos, como acima se disse, nos frontispícios], é justo, desde já, mencionar D. Maria Adelaide Cardoso de Meneses Pereira de Morais, dr. Manuel Artur Norton, Abílio Pacheco de Carvalho e o engº João Gomes de Abreu e Lima. «O agradecimento que lhes é devido, abrange também, é claro, todos aqueles que se dignaram fornecer, a mim e a eles, as indicações pedidas ou facultaram consulta de seus arquivos particulares.» Edição restrita, numerada e assinada, cujos fascículos ou volumes em boa parte estão já esgotados. 33724 - GALVEIAS [D. FRANCISCO DE ALMEIDA DE MELLO E CASTRO] (6.º Conde das).- .CARTA PARA O PRÍNCIPE REGENTE, datada de «Rio de Janeiro 11 de Outubro de 1811». Dim. 22.5 x 35,5 cm. 200 € Carta original do 6.º Conde das Galveias para o Príncipe Regente, no Rio de Janeiro, sobre a restituição à Princesa D. Carlota Joaquina de uns papeis que «continhaõ humas Instruçoens dadas pelo Doutor Saturnino Pêna, e assignadas pelo Governador Elio» e que «a pezar do mais escrupulozo, e cuidado exame, que fiz nas minhas gavetas, naõ foi possivel apparecer», (...) dizendo no fim: «Esperando á manhãa ter a incomparavel satisfaçaõ de beijar as Reaes Maõs de V. A. R. pelo Plauzivel motivo do Faustissimo Dia de Annos de S. A. R. O Principe da Beira.» 9108 - GARCIA (Alberto).- SANTO ANTÓNIO DO COUSSO. Estudo Monográfico. Edições Gama. Lisboa. 1948. In-4.º peq. de 324-I págs. B. 30 € Vasta monografia do Couço, freguesia pertencente ao distrito de Santarém que confina com os concelhos de Mora, Montemor-o-Novo e Ponte de Sôr. Publicação ilustrada com numerosas fotogravuras em folhas à parte e duas plantas desdobráveis. 19813 - GARRETT (J. B. Almeida).- O RETRATO DE VENUS, Poema por J. B. da Silva Leitão d'Almeida Garrett. Coimbra, na Imprensa da Universidade. Anno I. [1821]. In-8.º de 156-II págs. E. 600 € No livro «Algumas Horas na Minha Livraria», Martins de Carvalho dedica extenso capítulo a esta muito invulgar edição Garrettiana, dizendo: “ (...) Logo que sahiu á luz O Retrato de Venus levantaram-se muitas reclamações contra elle, principalmente da parte do partido absolutista. (...)” a que Garrett respondeu no periódico O Portuguez Constitucional Regenerado. “Não obstou isso a que em Coimbra, o promotor fiscal, em cumprimento da lei de liberdade de imprensa, (...) chamasse á responsabilidade Almeida Garrett”, tendo no entanto sido absolvido o réu. Restaurado o Absolutismo, o Poema, a par de outras publicações, foi proibido pelo patriarca de Lisboa, D. Carlos da Cunha. Exemplar da primeira e mais estimada edição. Com a folha de «Advertência», nas duas páginas inumeradas finais, folha que falta em grande parte dos exemplares. De págs. 95 em diante decorre o «Ensaio sobre a Historia da Pintura». Encadernação antiga, inteira de pele, com pequenos defeitos. (ver gravura na pág. 29) 34184 - [DESAFIO PARA DUELO]. GAVIÃO (Manuel Lobo Da Mesquita).- CARTA datada de «Lisboa em 20 de Janeiro de 1844» [Dim. 20,5 x 25,5 cm.] 80 € Muito curiosa carta desafiando o destinatário, cujo nome não é referido, para duelo: «Depois do que se passou entre nós exijo de V. Exª uma satisfação e o portador vai encarregado de .../... MANUEL FERREIRA 31 tratar com a pessoa que V. Exª lhe indicar». O signatário, político nascido nos princípios do século XIX, descendia de uma ilustre família minhota e morreu assassinado em 1849, por questões familiares, segundo parece. Militou nas fileiras de exército liberal, tendo-se batido no cerco do Porto;; foi deputado em 1842 e depois da restauração da Carta Constitucional aderiu ao partido cartista;; publicou vários livros, o último dos quais em 1849, ano da sua morte, intitulado «Colecção de documentos inéditos para a história da guerra civil no ano de 1847». 34167 - GENEALOGIA DO III CONDE DA FEIRA. Estudos de Vasco Graça Moura e Maria José Mexia Bigotte Chorão. Seguidos de reprodução da notícia feita por Afonso de Dornelas, Árvores Genealógicas do III Conde da Feira e dos seus principais parentes, in «Elucidário Nobiliarchico», 2 vol., n.º 1, 1928, Lisboa. Lisboa 1998. 300 € Magnífica edição fac-similar de uma das jóias da iluminura portuguesa do século XVI, “reprodução fidelíssima de um documento histórico, genealógico e artístico da maior importância (...). EDIÇÃO LIMITADA A APENAS 500 EXEMPLARES NUMERADOS E ASSINADOS POR D. MANUEL DE BRAGANÇA, LUXUOSAMENTE ENCADERNADA EM IMITAÇÃO DE VELUDO VERMELHO E ACONDICIONADA EM ESTOJO DE TELA DE CUIDADA EXECUÇÃO. 34236 - GERMEN. Revista mensal de cultura geral, científica, literária e artística. Orgão da Associação Profissional dos Estudantes de Medicina. Propriedade do Grupo Editorial «Germen». Redactores principais: Fernando Ferreira Teixeira, Adelino Souza Araujo, António Brás Regueiro. Porto. (...) Ano Primeiro - Janeiro 1932 - Primeiro N.º, Século XX. [e: Ano primeiro. Numero segundo. fevereiro-março 1932. Directores: Almerindo Lessa, Anibal Pereira da Silva, Antonio Moura Monteiro]. 2 numeros. In-4.º de XXXII e II-52-VIII págs. B. 75€ Entre os artigos publicados nesta muito invulgar publicação, destacamos: Mulheres Frias; Amai Muito: Gertai Pouco [Almerindo Lessa]; O Jazigo de Julio Dinis [Hernâni Monteiro]; O Problema do Hospital Escolar [Carlos Ramalhão]; Impressões rápidas duma primavera em Itália; O Expresso Vertigem [Abel Salazar] (com um auto-retrato]; Verdadeiro Metodo de estudar [J. A. Pires de Lima]; A ultima exposição do “Grupo Silva Porto” no Salão Silva Porto [Kaguez]; Esboços criticos sobre arte cinematográfica [Alberto Carlos], O problema do Hospital Escolar e em geral das construções sanitárias e escolares [entrevista a Francisco Gentil, ilustrada com uma perspectiva do Instituto Português do Cancro — hoje Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil]; Fragmento duma palestra sobre «A Psicanálise na Arte e na Medicina» [José Fernandes]. O segundo numero é acompanhado de uma separata intitulada: "Alguns biologistas mundiais (croquis feitos em Liége, pelo prof. Salazar)". 11071 - GIRÃO (Júlio Ferreira).- DESENVOLVIMENTO E EXPANSÃO DA MONARCHIA PORTUGUEZA. Porto. Typ. de A. J. da Silva Teixeira. MDCCCXCVII. In-4.º gr. de IV-353-I págs. E. 60 € Trabalho dividido em quatro partes: «Formação do reino de Portugal e sua desligação de Castella», «Os Algarves d'além-mar», «As Indias» e «Alcacer-Quibir». Encadernação imperfeita, com lombada de pele, decorada a ouro, com nervuras e rótulo. Só aparado à cabeça e com as capas da brochura conservadas. Com vestígios de acidez, próprios da qualidade do papel. 32 MANUEL FERREIRA 5817 - GRAAL. Director: António Manuel Couto Viana. Director-artístico António Vaz Pereira. [Empresa Nacional de Publicidade. Lisboa. 1956-1957]. 4 números In-4.º com o total de 410 págs. B. 70 € Importante publicação periódica da década de 50, dirigida por António Manuel Couto Viana e António Vaz Pereira. Fundada em 1956 foi, conforme diz Daniel Pires no Diccionário da Imprensa Periódica, “o corolário lógico da aventura que Távola Redonda constituiu.” Entre a sua vasta colaboração, destacam-se os nomes de Agustina Bessa Luís, António Quadros, António Salvado, David Mourão-Ferreira, Eduíno de Jesus, Ester de Lemos, Fernando Guedes, Fernando de Paços, Goulart Nogueira, Herberto Helder, Jacinto do Prado Coelho, João Palma- Ferreira, José Blanc de Portugal, Luiz de Macedo, Maria de Lourdes Belchior, Maria Manuela Couto Viana, Matilde Rosa Araújo, Natércia Freire, Ruy Cinatti, Tomaz Kim, Urbano Tavares Rodrigues, Vítor Matos e Sá, etc. Ilustrada por bons artistas nas páginas do texto e em folhas à parte dos quais destacamos: António Vaz Pereira, René Bértholo, Júlio Gil, Marcelo de Morais e Manuel Cargaleiro. Colecção completa. 34071 - GRIFO. Antologia de inéditos organizada e editada pelos autores. [Grafilarte-Artes Gráficas, Lda. Águeda. 1970]. In-8.º gr de 204-IV págs. B. 75 € Publicação surrealista, com os seguintes colaboradores: António Barahona da Fonseca, António José Forte, Eduardo Valente da Fonseca, Ernesto Sampaio, João Rodrigues (dois desenhos), Manuel de Castro, Maria Helena Barreiro, Pedro Oom, Ricarte-Dácio e Virgílio Martinho. Realização gráfica de Vítor Silva Tavares. Antologia várias vezes referida por Maria de Fátima Marinho no seu livro «O Surrealismo em Portugal». 34084 - GUIMARÃES (António Pinheiro).- ANJO NOSSO. [Cooperativa do Povo Portuense». Porto. 1957]. In-4.º de LII págs. inums. B. 30 € Livro de poesia cujo título com evidência se liga à dedicatória impressa: «Para o meu filho que há-de vir, para a minha mulher.» Edição de 150 exemplares, todos fora do mercado. EXEMPLAR VALORIZADO COM DEDICATÓRIA DO POETA AO TAMBÉM POETA ALBERTO DE SERPA. Capa da brochura ilustrada com um desenho de Siza Vieira. 34087 - GUIMARÃES (António Pinheiro).- A CIDADE LONGÍNQUA. Porto. 1959. [«Cooperativa do Povo Portuense»]. In-4.º de LXXX págs. inums. B. 30 € Edição cuidada, em tiragem de 300 exemplares. Livro de poesia com um desenho, capa e arranjo gráfico de Siza Vieira. COM DEDICATÓRIA AUTÓGRAFA DO POETA A ALBERTO DE SERPA. 34086 - GUIMARÃES (António Pinheiro).- A LIBERDADE É UMA JANELA ABERTA. Porto. 1958. [«Cooperativa do Povo Portuense»]. In-4º de XLVIII págs. inums. B. 30 € Tiragem confinada a 150 exemplares, todos destinados a oferta. COM DEDICATÓRIA DO AUTOR A ALBERTO DE SERPA. Capa e edição realizadas pelos arquitectos António Sérgio Maciel Menéres e Álvaro Siza Vieira. 34090 - GUIMARÃES (António Pinheiro).- ROXO. Porto. 1965. [«Cooperativa do Povo Portuense]. In-4º de LVI págs. inums. B. 200 € .../... MANUEL FERREIRA 33 TIRAGEM RESTRITA A 20 EXEMPLARES NUMERADOS E ASSINADOS PELO AUTOR, COM QUATRO PINTURAS ORIGINAIS: DUAS DE JOÃO TEIXEIRA DE VASCONCELOS E DUAS DE JOÃO VIEIRA. EXEMPLAR DEDICADO AO TAMBÉM POETA ALBERTO DE SERPA. 34270 - HABITANTES DO DISTRICTO DE BRAGA. [Governo Civil de Braga 6 de Julho de 1846]. Folha com 29,5 x 42 cm. 120 € Raríssima folha volante assinada por Francisco Lopes d’Azevedo Velho da Fonseca, então Governador Civil do Braga, publicada no ano em que ocorreu a Revolução de Maria da Fonte, sublevação que mais tarde se propagou ao país e provocou a substituição do governo de Costa Cabral, a 20 de Maio de 1846. Com esta folha procurou o Governador Civil unir a população de Braga junto de Sua Magestade e do seu Governo. “O movimento nobre e generozo, que fizestes, e que concorreu poderosamente para a quéda de hum Ministerio déspota e odiado precisa finalmente de se tornar huma realidade, o Governo de Sua Magestade não pode levar a effeito as saudaveis medidas, que tem adoptado para a felicidade da Nação sem que os povos obedeçam ás leis e ás authoridades (...)”. Segue o documento com referência ao combate dos conspiradores: “Huma guerrilha ousou no sitio das Neves do Districto de Viana levantar esse grito infausto, que renova nossas antigas dissenções fratrecidas [sic] , grito, que a grande maioria dos Portuguezes reprova (...) se em outro tempo homens honestos, e de probidade poderão servir com honra a nossa velha monarquia, nenhum hoje deixa de reconhecer, que o principe desterrado já não representa senão um partido fraccionado, e perdido, estranho ao seculo em que vive (...) A RAINHA A SENHORA D. MARIA II. e a Carta Constitucional da Monarchias são hoje a ancora sagrada (...) Os desgraçados, que se desmascararão já soffreram o merecido castigo;; uma força do Regimento N.º 3 de Infanteria, reunida a outra força de leaes paisanos armados os atacou nas freguezias de Deocriste e Deão, e tendo deixado alguns mortos, os restos correm fugitivos e dispersos pelos montes desta Provincia.” (...). “Habitantes do Districto de Braga! não vos deixeis illudir. Reflecti que se o fizerdes sereis os desgraçados instrumentos dos Cabralistas: reflecti que são elles quem vos instigão;; os que procurão precipitar-vos no abismo, e os que depois de vos haverem fustigado com o açoute do despotismo, tentão agora vingar-se de vòs arrastando-vos desgraçadamente á anarchia. (...)”. 3018 - HATHERLY (Ana).- UM RITMO PERDIDO. Poemas. Lisboa. 1958. In-8.º gr. de 75-V págs. B. 100 € Primeiro livro de Ana Hatherly, figura de incontornável presença na literatura e nas artes da vanguarda portuguesa. COM DEDICATÓRIA DA AUTORA. 10176 - HELDER (Herberto).- O AMOR EM VISITA. Contraponto. [Gráfica Sintrense, Lda. S.d. - 1958?]. In-4.º de 14-II págs. B. 600 € Edição original da primeira e muito rara publicação poética independente do autor, em rara tiragem numerada e assinada pelo poeta. Na opinião de Fernanda Frazão e Maria Filomena Boavida no seu «Pequeno Dicionário de Autores de Língua Portuguesa», Herberto Helder “é, sem dúvida, o poeta mais importante da sua geração e a mais curiosa e intrigante personalidade do nosso experimentalismo.” MANUALMENTE NUMERADO E ASSINADO PELO AUTOR E COM UMA PEQUENA ASSINATURA DE POSSE NO VERSO DA CAPA, DATADA DO ANO DA SUA PUBLICAÇÃO. Com vestígios de acidez, próprios da qualidade do papel. 34 MANUEL FERREIRA 31983 - HELDER (Herberto).- FLASH. [Edição de autor. Lisboa. Tipografia Ideal, Calçada de S. Francisco. 1980]. In-8.º de B. 1500 € Raríssima publicação do autor, fora do mercado, limitada apenas a 250 exemplares. De composição manual executada pelo artista-tipógrafo João Apolinário Ramos, a edição teve a orientação gráfica de Vitor Silva Tavares e vem acompanhada de uma ilustração «Hors-texte» de Cruzeiro Seixas. EXEMPLAR PERSONALIZADO COM UMA INTERESSANTE DEDICATÓRIA DO POETA A ILSE LOSA. 17346 - HERCULANO (Alexandre).- CARTAS AO MUITO REVERENDO EM CHRISTO PADRE FRANCISCO RECREIO, Socio Effectivo da Academia Real das Sciencias de Lisboa, Bibliothecario da mesma Academia, Auctor do Elogio Necrologico, da Justa Desaffronta em Defesa, e de Varias Obras Ineditas. Por um Moribundo. Lisboa. Typ. de Castro & Irmão. MDCCCL. In-8.º de 16 págs. B. 30 € Publicação bastante invulgar, dada sob pseudónimo Por um Moribundo, mas com o nome do seu autor impresso na última página. A integrar na célebre bibliografia sobre a polémica questão «Eu e o Clero», como resposta ao ataque feito pelos mais conservadores àquela que viria a ser a sua mais célebre obra, a «História de Portugal». 8669 - HISTÓRIA DA TAUROMAQUIA. Técnica e Evolução Artística do Toureio. Artis. Lisboa. [Editora Gráfica Portuguesa. 1951-1953]. 2 vols. In-4.º gr. de 380-I e 452-II págs. E. 500 € São autores desta excelente obra Jayme Duarte de Almeida, Rogério Perez, Leopoldo Nunes e Fernando Batista, nomes dos mais autorizados em assuntos tauromáquicos, sendo esta a mais completa obra no género. Edição muito cuidada, documentada com inúmeras estampas impressas a negro e a cores nas páginas de texto e em separado. Belas encadernações inteiras de pele, com ferros originais aplicados a ouro nas lombadas e nas pastas. Com as margens por aparar e as capas da brochura preservadas. 34013 - Historia verdad.ra he seria por (?) da Silva / homem cego de boa conversação, Muzico / Poeta;; a dois fidalgos amigos hum per nome / D. Antonio e outro D. Francisco. Dim. 14,5 x 19,5 cm. 17 ff. inums. E. no mesmo volume: ——— Entre Mez De Las Flores. [No fim: Autor o (?) Antº Luiz]. VI ff. inums.;; ——— [Seis sonetos. Autores: Antonio de Almeida, José Pereira de Lacerda [Deputado do Santo Ofício], Nuno Mascarenhas de Brito [Deputado do Santo Ofício], António da Silva Pimentel, Teresa Antónia Eugénia Maldonado Pereira «em S. Clara de Evora» e Antonio de Oliveira de Azevedo; «Ao R.do Seb.am Barretto Machado sendo o assumpto a rua, em q. mora, e o glorioso nome, q. tem, lhe consagra hum seu particular amigo esta Sylva», não assinada. 200 € Curioso conjunto de escritos manuscritos do século XVII ou XVIII. O «Entremez» está escrito em língua castelhana. Pasta em pergaminho mole, com vestígios de atilhos. 33960 - ver pág. 36 36 MANUEL FERREIRA 34169 - HOMERO.- L'ODISSEA DI OMERO Transportata in Ottava Rima. DA MONSIGNOR BALÌ GREGORIO REDI ARETINO Accademico della Crusca [gravura alegórica] TORINO Appo, Francesco Prato Libraji in Dora Grossa. 2 vols. In-8.º de II-IV- 277-VII e II-IV-246 págs. E 60 € Cuidada edição, impressa nos finais do século XVIII. Encadernações de pele inteira, decoradas com nervuras e ferros gravados a ouro. 25741 - INSTITUIÇAÕ // DA // COMPANHIA GERAL // DO // GRAÕ PARÁ, // E MARANHAÕ. // LISBOA. // Na Officina de MIGUEL RODRIGUES, // Impressor do Eminentissimo Senhor Cardial Patriarca. // M. DCC. LV. In-4º gr. de 20 págs. Desenc. 60 € Ao alto do fronstispício tem uma gravura em madeira com as armas reais ladeadas de duas figuras e outros elementos decorativos. Documento de importância fundamental para o estudo e história das relações comerciais dos «Homens de negocio da Praça de Lisboa, em seu nome, e dos mais Vassallos de V. Magestade, moradores neste Reino», datado de 7 de Junho de 1755, a que se segue, nas duas últimas páginas, o Alvará real confirmando aqueles Estatutos e respectivos privilégios, entre os quais o de conceder à Companhia licença «para fabricar os navios, que quizer fazer, assim mercantes, como de guerra em qualquer outra parte das Marinhas desta Cidade, e Reino, e nas Capitanías do Graõ Pará, e Maranhaõ;; e para o corte das madeiras pedindo licença para cortar as que lhe forem necessarias, e dando-se-lhe com todo o favor, e brevidade com preferencia a todas as obras, que naõ forem da fabrica de V. Magestade» e também o de «mandar tocar caixa, e levantar a gente do mar, e guerra, que lhe for necessaria (...) a todo o tempo que lhe convier (...).» 34151 - JOBERT (Louis).- LA SCIENCE // DES // MÉDAILLES, // POUR // L’INSTRUCTION DE CEUX, // principalement // QUI COMMENCENT A S’APPLIQUER // A LA // CONOISSANCE // DES MÉDAILLES ANTIQUES, // ET MODERNES. // NOUVELLE EDITION // REVUE, CORRIGÉE, // & augmentée considerablement // Par l’Auteur. // A PARIS, // Chez JEAN BOUDOT... // M.DCC.XV. 2 vols. In-8.º de XXVIII-264 e 265 a 452 (aliás 532) -XXVI págs. E. em 1. 200 € Obra interessantíssima e rara, publicada anónima. Com uma portada alegórica e onze gravuras em folhas desdobráveis, abertas em chapa de cobre, representando ambas as faces de numerosas medalhas. Com um belo ex-libris heráldico, antigo, da “Ex Bibliotheca Raschkiana”, ass. Küchelbecker fc.” e outro, também heráldico, da Biblioteca Mazziotti Salema Garção. Bonita encadernação inteira em pele, da época, com imperfeições. 33960 - JOLY (Le Pére Joseph-Romain).- LA GÉOGRAPHIE SACRÉE, // ET // LES MONUMENTS // DE L’HISTOIRE SAINTE. // —— // LETTRES // Du P.’ JOSEPH- ROMAIN JOLY, de Saint-Claude, Capucin, // De l’Académie des Arcades de Rome. // AVEC DES PLANCHES ET DES CARTES GEOGRAPHIQUES. // NOUVELLE ÉDITION. // (...) // A PARIS, // Chez ALEXANDRE JOMBERT, JEUNE, Libraire... // M. DCC. LXXXIV. In-4.º de IX-III-389-III págs. E. 2500 € EDIÇÃO BASTANTE RARA, ILUSTRADA COM XXVI GRAVURAS ABERTAS EM CHAPA DE COBRE COM MOTIVOS MONUMENTAIS, GEOGRÁFICOS E DA HISTÓRIA NATURAL ENTRE OS HEBREUS. Segunda edição, “augmentée d’une Table Géographique de tous les lieux dont il est fait mention dans la Bible, & de l’Histoire Naturelle de l’Écriture-Sainte;; enrichie d’un grand nombre de Planches.”;; no final, acompanhada de um importante e muito útil «Dictionnaire de la Géographie Sacrée, Oú l’on trouve la notice des Peuples, des Provinces, des Villes, des Mers, des Lacs, des .../... 8683 - ver pág. 38 38 MANUEL FERREIRA Rivieres, des Montagnes dont il est fait mention dans l’ancien & le nouveau Testaments.” Entre as XXVI gravuras que compôem a edição, XXI são desdobráveis, e têm a seguinte ordem: I. Mont Arat ou s’arreta l’Arche de Noé;; Tour de Babel;; Ninive;; Babylone;; II. Carte des Pays frequentés par les Patriarches;; III. Route des Israelites depuis leur depart de l’Egypte jusqu’au Passage du Jourdain;; IV. La Marche des Israelites dans le Desert;; V. Sem título (gravura com objectos e lugares sagrados da Tribo de Israel), VI. Lieu ou l’on préparoit les victimes;; Instruments de musique des Hebreux;; VII. Carte de la Terre de Chanaan, avant les conquêtes de Josué.;; VIII. Carte de la Palestine selon le Partage des Douze Tribus;; IX. Temple de Salomon (I);; X. Temple de Salomon (II);; XI. Plan du Temple de Jerusalém;; XII. Carte de la Palestine depuis la Captivité de Babylone;; XIII. Carte des Provinces Ecclesiastiques de la Palestine;; XIV. Jerusalem Moderne;; XV. Plan de Jerusalem;; XVI. Carte de l’Europe et de l’Asie Mineure, suivant l’Histoire Sainte, depuis les Machabées. As gravuras XVII a XXI reproduzem plantas da flora hebraica, sendo as gravuras XXII a XXVI dedicadas à respectiva fauna. O autor, de naturalidade francesa, nasceu em 1715, tendo a sua morte ocorrido em Paris em 1805. Ordenado Capuchinho no convento de Pontarlier, dedicou-se à poesia, literatura, ciência e história. Da sua original, curiosa e muito interessante obra, registamos entre outras: Le Diable cosmopolite, Paris, 1760;; Lettres sur les spectacles, Paris, 1762;; Histoire de la prédication, Paris, 1767;; Conférences pour servir à l’instruction du peuple, Paris, 1771;; Dictionnaire de la morale philosophique, Paris, 1772;; Aventures de Mathurin Bonice, premier habitant de l’ile de l’Esclavage, premier ministre du roi Zanfara, Paris, 1783;; l’Egyptiade ou Voyage de saint François d’Assise à la cour du roi d’Egypte, Paris, 1786;; l’Ancienne géographie universelle comparée à la nouvelle, Paris, 1801. [Grand Dictionnaire Universel du XIX Siécle]. Encadernação contemporânea de pele, com nervuras e ferros gravados a ouro na lombada. (ver gravura na pág. 35) 8683 - KRONHAUSEN (Phyllis e Eberhard).- EX-LIBRIS ERÓTICOS. Edições Sérgio Guimarães. [Queluz. 1976]. In-8.º gr. de 213-I págs. E. 80 € “Nestes casos [dos ex-libris], as estampas continham desenhos eróticos, adequados à natureza do livro. Tal como os autores dos próprios livros, os artistas que executavam as estampas eróticas individualizadas preferiam normalmente — o que não era surpreendente – manter-se no anonimato. Contudo, muitas delas foram feitas por artistas e pintores cujos trabalhos de natureza diferente adornam os grandes museus e cujos nomes são bem conhecidos no mundo artístico.” Colectânea de 200 ex-libris explicitamente eróticos, desenhados ou gravados por artistas notáveis de vários países. Original encadernação de pele inteira, interpretativa da obra que encerra e da autoria do bibliófilo Rogélio Barros Durão. (ver gravura na pág. 37) 10202 - KSADO.- ESTAMPAS COMPOSTELANAS POR KSADO. [Gráficas Villaroca. Madrid. S.d.]. In-4.º peq. de VIII págs.;; 56 fotografias e outras tantas folhas com a respectiva descrição. B. 40 € Com um texto introdutório de Salvador Cabeza de León, a que se segue um interessante conjunto de 56 fotografias com aspectos dos monumentos e ruas de Santiago de Compostela. Primeira edição. Capa da brochura em papel imitação de pergaminho, com manchas próprias da sua qualidade. 34193 - [LEITÃO (António José de Lima) (Trad.)] — RACINE.- IPHIGENIA. Tragédia de João Racine. Traduzida em verso portuguez, e offerecida como uma prova da mais sincera gratidão ao Ill.mo e Ex.mo Senhor Cypriano Ribeiro Freire... Rio de Janeiro. Na Impressão Règia. 1816. In-8º gr. de VIII-53-I págs. E. 80 € .../... MANUEL FERREIRA 39 O tradutor, algarvio natural de Lagos, foi destacado médico e cirurgião, tendo exercido, além de outros importantes cargos, o de «Physico Mòr da Capitania de Moçambique». Inocêncio regista em seu nome vasta bibliografia nos campos da medicina, política e poesia. Raro folheto impresso na Impressão Régia do Rio de Janeiro. Encadernação com lombada de pele, decorada a ouro, com rótulos e nervuras. 34165 - LEITURA NOVA DE DOM MANUEL I. Introduções de Maria José Mexia Bigotte Chorão e Sylvie Deswarte-Rosa. Arquivo Nacional da Torre do Tombo - Edições Inapa. Lisboa. 1997. 2 vols. In-fólio máximo. E. 800 € Edição verdadeiramente monumental e modelar constituída por dois volumes: o primeiro comporta o Prefácio do Prof. Martim de Albuquerque e os notáveis estudos introdutórios da Dra. Maria José Bigotte Chorão e da Prof. Doutora Sylvie Deswarte-Rosa;; o segundo volume é constituído por 43 estampas reproduzindo os frontispícios dos Livros da “Leitura Nova”, preciosos exemplares da iluminura portuguesa do século XVI. EXEMPLAR DA TIRAGEM ESPECIAL LIMITADA A 75 EXEMPLARES NUMERADOS E ASSINADOS, “que se guardam numa caixa de protecção forrada a tela. (...)”. A tiragem total foi limitada a penas a 675 exemplares. 2405 - LIMA (Fernando de Castro Pires de).- SIMBOLISMO CRISTÃO NA CANTIGA POPULAR. Com a colaboração artística do Prof. Cláudio Basto. Portucalense Editora, S.A.R.L. Pôrto. 1941. In-4.º de 88-XXIV págs. B. 40 € Muito interessante estudo etnográfico, publicado na «Biblioteca Histórica e Etnográfica Portuguesa». Com ilustrações em separado. Tiragem limitada a 490 exemplares numerados. 11892 - LIMA (Henrique de Campos Ferreira).- JOAQUIM MACHADO DE CASTRO, ESCULTOR CONIMBRICENSE. Notícia Biográfica e Compilação dos seus escritos dispersos. Coimbra. Imprensa da Universidade. 1925. In-4.º de XXXVII-I-408-II págs. B. 50 € Um dos mais estimados volumes da colecção «Subsídios para a História da Arte Portuguesa» e um dos bons trabalhos da bibliografia artística coimbrã. Ilustrado com numerosas estampas impressas em folhas de papel couché. TIRAGEM ESPECIAL DE 120 EXEMPLARES EM PAPEL DE LINHO, NUMERADOS E RUBRICADOS. 2408 - LIMA (J. A. Pires de) & LIMA (F. de C. Pires de).- CONTRIBUÏÇÃO PARA O ESTUDO DO ROMANCEIRO MINHOTO. (Com a colaboração artística do Professor Cláudio Carneyro). Portucalense Editora, S.A.R.L. Pôrto. 1943. In-4.º de 142-II págs. B. 30 € Edição integrada na «Biblioteca Histórica e Etnográfica Portuguesa». Com a transcrição musical de algumas das canções de que se ocupa. 32383 - LIMA (João António Bezerra de).- QUATRO ODES DE... Coimbra: Na Real Officina da Universidade, Anno de M.DCC.LXXIII. In-8.º gr. de 40 págs. C. 60 € Sobre o autor refere Innocêncio a obra «Os Estrangeiro no Lima» de Manuel Gomes Bezerra de Lima, irmão de João António, natural de Santa Maria de Arcozelo [Ponte de Lima]. Acerca das Odes, diz o mesmo bibliógrafo que “Filinto Elysio fazia d’estas odes, e de outras que parece não chegaram a imprimir-se, um conceito assás desfavorável para o auctor d’ellas. (...) “«D’elle [Bezerra] contam, que convidando varios amigos para lhe ouvirem recitar, quando muito .../... 1552 - ver pág. 41 MANUEL FERREIRA 41 esfalfado parou em meio para humedecer a gaita da garganta com um copo de agua, achou-os todos a roncar!»”. As odes são dirigidas a D. José, Marquês de Pombal, Rainha Santa Isabel e a D. João de Almada e Melo. Com curiosidades notas históricas e genealógicas. Raro. Cartonagem de recente manufactura revestida com papel marmoreado. 1552 - LIMA (Luis Caetano de).- GEOGRAFIA // HISTORICA // DE TODOS OS ESTADOS SOBERANOS // DE EUROPA, // Com as mudanças, que houve nos seus Dominios, // ESPECIALMENTE PELOS TRATADOS DE UTRECHT, RASTAD, BADEN // da Barreira, da Quadruple Alliança, de Hannover, e de Sevilha;; e com as Ge- // nealogias das Casas reynantes, e outras muy principaes, // DEDICADA // Á SACRA, REAL, AUGUSTA MAGESTADE DELREY // D. JOAÕ V. // NOSSO SENHOR. // (...) // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Officina de JOSEPH ANTONIO DA SYLVA, // Impressor da Academia Real. // M.DCC.XXXIV [M.DCC.XXXVI]. 2 vols. In-fólio peq. de XX-562-II e IV-722-II págs. E. 1200 € Magnífica edição em papel de linho, decorada com vinhetas, letras ornamentais de fantasia e outras gravuras ou mapas de página inteira;; frontispícios impressos a negro e vermelho, decorados com uma vinheta alegórica que representa um homem alado e as Armas de Portugal;; portadas impressas com uma estampa alegórica aberta a buril em chapa de cobre assinada Fran. Vieira Luzitano invent. e escul. Lisboa. 1728. Desta obra apenas foram publicados dois volumes, ambos relativos a Portugal. O primeiro volume abre com «Geografia Historica de Portugal. Tratado da Geografia Astronómica» onde o autor expõe noções de cosmografia e geografia, os principais sistemas de representação do Universo, latitude e longitude, etc. As ilustrações que acompanham este tratado são de delicada execução, insertas no texto e de tamanho variável, na maior parte de autoria anónima, excepto quatro, assinadas por Granpré, sendo uma delas de página inteira e intitulada «Esfera Artificial». A págs. 183 inicia-se a segunda parte intitulada «Geografia Historica de Portugal. Em que se descrevem as suas provincias, cidades, e Villas principaes (...)». Antecedendo este capítulo, em página plena, a obra é ilustrada com um mapa de Portugal ornamentado no topo por uma esfera armilar, e na base, pelas armas de Portugal, intitulado «Reyno de Portugal», assinado e datado de Granpré Fecit Lisboa 1729 et Ex. Trata-se da primeira representação cartográfica de Portugal impressa em território nacional. No topo da página que dá início a este capítulo, vem ainda uma pequena e interessante gravura que representa a Praça do Comércio em Lisboa, ainda antes do Terramoto de 1755 e que foi assinada L. Simonneau. O segundo volume em continuação da segunda parte, é totalmente dedicado à descrição das Províncias de Portugal e documentado com seis mapas regionais relativos a cada uma das seis províncias em que então o país se dividia, todos assinados por Granpré: «PROVINCIA DE ENTRE DOURO E MINHO»;; «PROVINCIA DE TRAS OS MONTES»;; «PROVINCIA DA BEIRA»;; «PROVINCIA DA ESTREMADURA»;; «PROVINCIA DO ALENTEJO»;; e «REYNO DO ALGARVE». No capítulo dedicado à descrição da Província do Alentejo, foram insertas ainda mais quatro plantas do mesmo gravador com a representação das seguintes praças-fortes: «MOURA»;; «OLIVENÇA»;; «CAMPO MAYOR»;; «ARONCHES». O autor, Luis Caetano de Lima, foi clérigo regular teatino, membro fundador da Academia Real de História, cronista da Casa de Bragança e académico da Liturgia Pontifícia de Coimbra. Profundo conhecedor das linguas grega, latina ou hebraica, dominava com desenvoltura o francês e o italiano, tendo chegado a publicar manuais para estudantes portugueses desses dois idiomas. Por várias vezes esteve em comissões políticas e diplomáticas em Roma, Paris, Londres, Haia. Como confessor, acompanhou em 1695, a Paris, o 2.º marquês de Cascais, D. Luís Álvares de Castro e em 1713, o conde de Tarouca, D. João Gomes da Silva que negociou as pazes de Utrecht. .../... 42 MANUEL FERREIRA Ernesto Soares refere na obra «Gravura Artística sôbre metal», que Grandpré, foi gravador ao serviço de D. João V e que fez parte do “grupo de artistas estrangeiros burilistas, de influência francesa ou flamenga, de 1720 a 1755”, que muito contribuíram para o desenvolvimento desta arte em Portugal. Para além das gravuras utilizadas na edição que apresentamos, Grandpré, também conhecido por Carlos de Grandprez, é autor do mapa manuscrito intitulado «Mappa geral dos Reynos de Portugal e dos Algarves divididos pelas suas Provincias...», datado de Lisboa, 1730, assim como da «Carta topográfica do Patriarcado de Lisboa Occidental e Arcebispado Oriental». Encadernações da época, com pequenos defeitos. O miolo dos volumes apresenta acidificação própria da qualidade do papel. (ver gravura na pág. 40) 7843 - LISBOA (Irene).- 13 CONTARELOS que IRENE escreveu e ILDA ilustrou para a gente nova. [Livraria Sá da Costa. Lisboa. S.d. - 1926?]. In-8.º de VIII-171-III págs. B. 50 € Primeiro e mais raro livro de Irene Lisboa, uma das mais singulares figuras da literatura feminina portuguesa. Segundo Ramos de Almeida, «Seja qual for o critério de escolha usado para seleccionar os dez maiores escritores vivos, o nome de Irene Lisboa tem de ficar entre eles, tal o poder, a plasticidade, a economia, a beleza do seu estilo, tal o significado humanístico da sua obra.” 34080 - [CELORICO DE BASTO. MANUSCRITO]. Liuro primeiro dos Emprazam. tos dos Reguengos e Direitos Reais da villa de Celorico de Basto. Dim. 24 x 35 cm. 292 ff. E. 4000 € Como todos os tombos de Emprazamentos, também este tem muito interesse para a história da região pelas inúmeras referências feitas a nomes de pessoas, lugares, freguesias e propriedades. O corpo principal do volume, em papel de linho, foi manuscrito provavelmente no século XVIII e por uma só mão. O ângulo superior das últimas folhas foram atingidos por uma mancha de água que parcialmente impossibilita a sua leitura. Encadernação inteira de pele, da época, com correia e fivela metálica. 34115 - LOZANO (Cristóbal).- EL REY PENITENTE, // DAVID // ARREPENTIDO. // HISTORIA SAGRADA, // AUTORIZADA. // CON LUGARES DE ESCRITURA, // MORALES, E EXEMPLOS. // CONSAGRADA // AL REY DE TODOS LOS REYES, // JESU-CHRISTO // SEñOR NUESTRO. // SACALA NUEVAMENTE A LUZ // EL DOCTOR DON CHRISTOVAL LOZANO // ... // Añadense en esta impression muchas, y peregrinas Historias. // Con Privilegio: En Madrid, Por Francisco del Hierro, // Impressor, Año de 1716. In-8.º gr. de XVI-338-275-IX págs. E. 250 € Frontispício adornado com uma moldura constituída por pequenas vinhetas em madeira. Uma das várias edições que desta obra foram publicadas, edição que Palau não incluiu no Manual del Libreo Hispanoamericano apesar da longa bibliografia que dedica à obra e ao autor. Lozano, poeta e escritor espanhol natural de Hellín, foi famoso no seu tempo pelos lugares que ocupou mas também pelos livros que escreveu e de que se fizeram numerosas edições. A Enciclopédia Vniversal Ilvstrada Europeo-Americana, de Espasa, tem uma extensa rubrica a Cristóbal Lozano, que chegou a ser, em 1658, «capellán de Su Majestad en la capilla de los Reyes Nuevos de la catedral de Toledo.» Encadernação inteira de carneira, à antiga, com dourados na lombada e ferros a frio nas pastas. Com um restauro, sem perda de texto, na folha correspondente às págs. 129-130. MANUEL FERREIRA 43 34208 - M. (D. J. J. da S. P. de).- HISTORIA // GEORGIANA, // OU // A CONSTANCIA. // NOVELLA, // ESCRITA, E OFFERECIDA // ÁS // SENHORAS PORTUGUEZAS, // POR // HUMA SUA NACIONAL, // E // SUBDICADA // AO // SENHOR // JOÃO LUIZ DE OLIVEIRA, // NEGOCIANTE DA PRAÇA // DE LISBOA. // LISBOA. M. DCCC. // NA TYPOGRAFIA SILVIANA. In-8.º de VIII-344 págs. E. 75 € Obra curiosa e rara, cuja autoria não nos foi possível desvendar, para além de ser a dedicatória assinada D. J. J. da S. P. de M. e esta corresponder às iniciais do nome de uma mulher. “A Peregrina Historia dos amantes sucessos de Torum-Chá, e Zemira he a agradavel offerenda, que submissamente dedico ás Senhoras Portuguezas. Esta Obra (que para a escrever appliquei tão sómente o escasso tempo que me permittia para descanso o pezado governo de huma casa) (...) “Obra, tal qual se vê, assim sahio a primeira vez das minhas mãos;; sem que tivesse tempo para a rever, o que junto a ser a primeira producção literaria de huma idéa feminil, (...) “Se esta Novella alcançar hum bom acolhimento do Público, em sinal do meu reconhecimento o brindarei com algumas outras Obras, que reservava para meu entretenimento, e que publicarei obsequiosa á benignidade, com que esta fôr recebida.” Encadernação inteira em pele, da época. 34190 - M. (J. A.).- O SEBASTIANISTA FURIOSO CONTRA O LIVRO INTITULADO OS SEBASTIANISTAS: Por J. A. M. Dado á luz Por hum remendão Litterario, que ouvio, e apartou a bulha Sebastica. Lisboa, Na Impressão Regia. 1810. [no final: Seu A. Manoel Antonio da Fonseca. Como Editor Antonio Eloy.]. In-8.º peq. de 34-II págs. B. 40 € Invulgar opúsculo pertencente à polémica conhecida por «Guerra Sebástica», este defensor das ideias liberais e dos pedreiros-livres, contra o famoso livro de José Agostinho de Macedo. “De um modo geral, é no retomar da origem fabulosa e fantástica do império português, assinalada pelo milagre de Ourique, que se alicerça a esperança de um desfecho glorioso para a crise de 1807. A lenda de Ourique, que servira de suporte à visão profética da Restauração de 1640, volta a ser evocada, porque se acredita na possibilidade de um segundo D. Sebastião.” [In História de Portugal, José Mattoso, Vol V, págs. 32]. Recentemente empastado. 34135 - MACHADO (F. S. de Lacerda).- DOS QUE POVOARAM O NORTE DA JURISDIÇÃO DAS LAGES. (Ilha do Pico). Noticia historica e genealogica. 1916. Typ. da Emprêza Litteraria e Typographica. Porto. In-8.º gr. de 82-II págs. B. 30 € Estudo histórico-genealógico de provável reduzida tiragem, de importância para a bibliografia açoriana. Impresso em papel bastante encorpado, de escolhida qualidade e com a reprodução de uma fotografia do Convento da Vila de S. Roque, colada em folha própria. Com dedicatória do autor a Armando de Matos. 32776 - [MAÇONARIA]. CARTA-CIRCULAR dirigida «Aos maçons do G.'. Or.'. Lus.'. Sup.'. Cons.'. da Maç.'. Portugueza envia o Gr.'. Mestr.'. Int.'. S.'. F.'. U.'. [Assinatura manusrita de «Gomes Freire» e datada Traç.'. no vall.'. de Lisboa qoa 7 de Junho de 1899]. Carta com IV págs. B. 200 € Primeiro parágrafo deste curioso documento que tem a ver com a renúncia de Bernardino Machado do lugar de Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano: «Ao assumir, em conformidade da constituição, os poderes do grão mestrado pela renuncia do nosso Sap.'. Gr.'. Mestr.'., Dr. Bernardino Machado, é do meu dever dirigir-me a vós, expondo-vos a maneira como procurarei desempenhar as altas funcções do cargo em que me encontro, por aquelle lamentavel facto, investido interinamente.» Muito raro. Com uma assinatura de Gomes Freire sobre um carimbo do Soberano Grande Inspector-Geral. 44 MANUEL FERREIRA 26540 - MADEIRA. The Pearl of the Atlantic, Lisbon. Printing Office of the Annuario Commercial. 1914. In-4.º oblongo B. 60 € Volume de propaganda turística da ilha da Madeira, impresso a duas cores, em papel couché, ilustrado com desenhos decorativos de Cândido da Silva e numerosas fotogravuras com paisagens, edifícios, usos e costumes e retratos de personagens históricos. Textos de J. I. de Brito Rebelo e A. F. Jardim. Publicação do primeiro quartel do século XX, muito invulgar e importante para as colecções madeirenses. Capa da brochura um pouco manchada, ilustrada a cores com os seguintes dizeres: «The Modern Eden - Madeira. An Ideal Winter Resort. Wine, Frvits, Embroidery». 34081 - MANSO (Joaquim).- O PÓRTICO E A NAVE. (Conferências). Ática / 1943. [Tipografia da Emprêsa Nacional de Publicidade. Lisboa]. In-4.º de 356-IV págs. B. 40 € Edição de cuidado apuro gráfico ilustrada por Almada Negreiros. De tiragem limitada a 550 exemplares impressos sobre escolhido papel inglês, composta e impressa nas oficinas da Tipografia da Emprêsa Nacional de Publicidade sob a direcção artística de Luiz de Montalvor. A capa e os fotolitos que ilustram a edição, foram executado na Litografia Nacional. Conferências sobre Guilherme de Faria, Ramalho, Antero, Raul Brandão, «O Pensamento e a Arte Moderna», «Romantismo», «Dante na Literatura Portuguesa», Dostoiewski, etc. 27028 - MANTERO (Francisco).- A MÃO D'OBRA EM S. THOMÉ E PRINCIPE. Lisboa. Editor: O Auctor. Composto e impresso na Typ. do Annuario Commercial. 1910. In-fólio de 200-XIV págs. E. 80 € Obra minuciosamente trabalhada e de grande importância para a história daquela antiga colónia africana portuguesa, com mapas desdobráveis das duas ilhas, mapas estatísticos, gráficos também em folhas desdobráveis, muitos retratos e inúmeras reproduções de gravuras antigas e numerosas fotogravuras impressas em folhas à parte. Com os seguintes capítulos: I. Breve noticia historico- agricola;; II. Condições da producção e trabalho na actualidade;; III. Centros d'origem dos trabalhadores;; IV. Engajamento dos trabalhadores;; V. A campanha ingleza e as relações economicas de S. Thomé e Principe;; VI. Conclusão;; Post-scriptum - O livro de Mr. Cadbury;; Carta do Principe Alfred de Loewenstein;; Questionario e respostas;; Sentença do tribunal de Freetown absolvendo da accusação de trafico de escravatura o brigue portuguez Ovarense: Conferencia de 28 de novembro de 1907 entre Cadbury, Burtt e a commissão delegada dos agricultores de S. Thomé e Principe;; Alguns artigos do coronel Wyllie defendendo Portugal;; Cartas do agente de emigração em Quelimane ás direcções da Companhia da Ilha do Principe e da Sociedade d'Agricultura Colonial. Modestamente encadernado. Com dedicatória do autor ao Conde de Penha Garcia, então presidente da Câmara dos Senhores Deputados. 33704 - [MANUSCITO SEISCENTISTA — PARÓDIA AO PRIMEIRO CANTO DE «OS LUSÍADAS»]. PRIMEIRO CANTO // DOS LVSIADAS. // A BVRLESCA. [S.d. - 16..]. Dim. 22,5 x 16,5 cm. XXVIII ff. inums. B. 1500 € Alberto Pimentel, «Poemas Herói-Cómicos Portugueses», 1922, p. 90-92: «Consagrada a importância literária e política da epopeia de Camões, natural parecia que surgissem desde logo tentativas de imitação ou paródia, pelo sentimento de admiração que impele os espíritos para o rastro luminoso das obras notáveis, e ainda pela ambição de lucros ou celebridade. «Quanto a imitações - entendendo por esta palavra a escolha do mesmo assunto no mesmo género com um propósito de rivalidade - apenas temos a mencionar o Oriente do padre José .../... MANUEL FERREIRA 45 Agostinho de Macedo, que não preencheu os intuitos audaciosos do seu autor. «Pelo que respeita a paródias, a mais antiga de que temos notícia é a que Soares Toscano e outros escritores atribuem a quatro estudantes da Universidade de Évora e colocam no ano de 1589. «Contudo, a própria grandeza monumental dos Lusíadas poderá explicar talvez o número relativamente deminuto de imitações ou paródias que teem aparecido. «Êsses quatro estudantes seriam Manuel do Vale, Manuel Luís Freire, principal colaborador, Bartolomeu Varela e Luís Mendes de Vasconcelos, que contribuiu apenas com um verso. «Todos êstes estudantes eram alunos de teologia e dos mais ortodoxos. «Durante dois meses saiam da cidade pela porta de Machede e iam juntos esconder-se num ferragial, onde em segredo compunham a paródia aos Lusíadas, que não abrangeu mais que o canto primeiro, e que foi muito festejada quando se tornou conhecida. O padre Ferrer, jesuita castelhano, chegou a dizer que seria esta paródia a melhor obra que nunca saira nem vira, se não fosse tão suja. «Pelo que a Companhia não terá que ufanar-se de haver sido mãe espiritual do padre Ferrer. «Diz-se que a paródia anda alterada por emendas da lavra de vários copistas ou leitores. «Mas uma das cópias parece merecer maior fé, porque pertenceu a um dos autores, o licenciado Bartolomeu Varela, e depois ao chantre da Sé de Évora - Manuel Severim de Faria. É esta cópia a que foi reproduzida em Lisboa no ano de 1880 num folheto de 36 páginas. «O assunto da paródia funda-se na bebedice de alguns eborenses então mais notoriamente pinguleiros. (...) «Os autores da paródia não se preocuparam tanto com a coerência do texto como com a oportunidade das alusões pessoais que lhes iam lembrando. (...)» Esta paródia ao canto primeiro dos Lusíadas conservou-se inédita até 1845, ano em que foi impressa no 1º número da Miscellanea histoica e litteraria, do Pôrto;; e daí foi reproduzida no folheto de 1880. (...)» Também Henrique de Campos Ferreira Lima se ocupa das paródias feitas a «Os Lusíadas» no seu trabalho «As paródias na Literatura Portuguesa», 1931, p. 29 e seguintes, mencionando desde logo o trabalho de Alberto Pimentel. Acerca da primeira edição independente e contrariando a afirmação daquele autor, reproduz o frontispício duma edição de 1845, que Pimentel referia como tendo sido publicada apenas na «Miscellanea», dizendo peremptoriamente Ferreira Lima: «Esta paródia havia saido antes na Miscellanea histórica e litteraria, revista portuense de 1845». Alberto Pimentel transcreve a primeira estrofe do poema publicado, diferente do texto do nosso exemplar manuscito, o que deixa supor que muitas outras diferenças em ambas as versões apresentarão. Assim, transcrevemos a de Pimental e a seguir a do nosso exemplar: «Borrachos, borrachões assignalados, / Que de Alcochête junto a Villa Franca, / Por mares nunca d'antes navegados / Passaram inda alem de Peramanca: / Em pagodes e ceias esforçados, Mais do que permitte a gente branca, / Em Evora cidade se alojaram, Onde pipas e quartos despejaram.» Transcrição do nosso manuscito: «As Armas, E os Borrachões assinalados / que de Alcochette, junto a Villa Franca / por baçellos nunca de outrem vendimados / passaraõ inda alem de Peramanca, / e em Pagodes, e Ceias esforçados, / mais do ~ q se permitte a gente branca, / Em Euora Cidade se alojarão, / Onde pipas e quartos despejarão». Manuscrito sem dúvida da segunda metade do século XVII, em cuidada e muito legível caligrafia. O mesmo caderno, com caligrafia do mesmo punho e contendo XVI ff. inums, sendo a última branca, contém o seguinte texto em prosa de Quevedo y Villegas (1580-1645): LA PERINOLA // Por D. Franº de Queuedo y Villegas. // Contra el Para todos del D.or Juan peres de Montaluan. Célebre sátira do grande polígrafo, político e poeta espanhol Francisco Gómez de Quevedo y Villegas, escrita contra a obra «Para Todos» de Juan Perez de Montalbán, «á pesar de que este escritor elogiaba en su dicho libro á nuestro poeta. Mas esta enemiga contra el aturdido .../... 33084 ver pág. 47 MANUEL FERREIRA 47 licenciado discipulo de Lope de Vega, parece que nació de haberle hecho su padre el librero de la calle de los Milaneses, de Madrid, unas ediciones clandestinas, por cuyo desahogo salió el desaprensivo mercador castigado por los tribunales. Quevedo sentió aquella ofensa tan en el alma, aunque quedó harto desagraviado, que no quiso perdonar en el hijo las faltas del padre (...)», segundo se lê na Grande Enciclopédia Espasa-Calpe. Conjunto valioso, com especial interesse para nós, pela Paródia camoniana que contém. 33084 - [MANUSCRITO DO SÉCULO XVIII OU INÍCIO DO XIX, SOBRE VARIADÍSSIMOS ASSUNTOS DE NATUREZA CONVENTUAL, ECLESIÁSTICA E CIVIL COM A TRANSCRIÇÃO INTEGRAL DE MUITOS ALVARÁS, CARTAS RÉGIAS, BULAS, ACORDÃOS, CARTAS, ETC.]. Dim. 23 x 34,5 cm. 477-I págs. E. 5000 € Trata-se muito provavelmente de um Livro de Tombo conventual portuense, sem título, perfeitamente caligrafado e todo da mesma mão, verdadeiro manancial de informações sobre a vida eclesiástica, conventual e civil, estando o último documento datado de 1803. Com um completíssimo índice dos assuntos e documentos inclusos, com 266 entradas, de que extractámos algumas: «Os Donatos, e os Irmãos da Terceira Ordem, q vivem em Communidade, em algum Oratorio, com authoridade do Papa, ou do Prelado, gozaõ da Immunidade da Igr.ª»;; «Naõ se pode comprar, nem receber de penhor prata, e ornam.tos de Igr.as, ou Most.ros (...)»;; «Das Barregans dos Clerigos, e de outros Religiozos»;; «Do q. entra em Mostr.º, ou tira Freira, ou dorme com ella, o a recolhe em caza»;; Alvará de D. Filipe «em que ha por bem q a Missa q se disser no Altar da Relaçaõ da Caza do Porto, se diga por hum Religiozo da Ordem de S. Franc. co do Mostrº da mesma Cid.e em 5 de Julho de 1585»;; Carta de D. Filipe «a Camara da Cid.e do Porto, em q estranha se desse concentim.to pª se fundar o Mostr.º de Saõ Bento dos Frades sem ordem sua (...)»;; «Sentença q as Religiozas de Stª Clara desta Cid.e [do Porto] alcançaraõ contra os Beneficiados, e Coreiros da Sé, pª estes naõ fazerem Officios, nem cantarem Missa no seu Most.º, sem licença (...)»;; Lei de D. Filipe «em q ha por bem, q as pessoas q entrando em Mostr.os de Freiras de Religiaõ, quebrantasse a clauzura dellas, e cometesse ou provasse q cometeraõ alguma couza ilicita com ellas, sejaõ prezas, e morraõ morte natural, e pague 200 cruzados ao dito Mostrº, pela afronta q nisso recebeo»;; Decreto de Filipe II «para se fundar duas, ou 3 cazas nestes Reinos dos P.es Carmelitas Descalços, e huma dellas nesta Cid.e do Porto»;; «Protesto q fez o Notario Apostolico Filippe Jacome no Mostrº de S.ta Clara desta Cid.e, por parte do Pob. Chantre, e Coreiros da Sé da mesma, por razaõ de hum Religiozo da Communidade Saõ Fran.co dizer a Missa de hum Officio q se fes no dito Mostrº, naõ dando prehimencia a dita Coraria pª a dizer»;; Patente «em q foi eleito Commissario G.al Nacional. e Indias Orientaes de Portugal Fr. Martinho de Alencastro da Prov.ª da Arrabida (...)»;; «Reprezentaçaõ das Comarcas do Reino, Ecclesiasticos, e Religiosos, do q toca a cada qual de hum milhaõ e 70 mil cruzados, q se prenderaõ em Cortes pª sustento da Guerra d'ElRey D. Joaõ IV.;; Alvará de D. João IV «em q se determina, q as Justiças Seculares assistissem aos Prelados, e seus Vizitadores, no q toca as vizitas, e fazendo queixa no Paço sobre a reformaçaõ de costumes, se lhe defira sem outra informçaõ»;; Alvará de D. João IV «pª q os Meirinhos nomeados pelos Prelados do Reino, possaõ trazer varas brancas, reccorrendo pª este effeito ao Dezembargador do Paço»;; Alvará de D. João IV «em q ordena, q nenhum Religiozo escreva em testam.to, pelo qual se deixe ao seu Mostrº Legado, ou herança, e q pelo mesmo cazo fique a dispoziçaõ do tal testam.to nesta parte nulla»;; Decreto de D. João IV «q manda dar ajuda de braço Secular ao Prov.al de Saõ Domingos pª vizitar o Conv.to de Bemfica, q lhe impedia o Prior delle»;; Carta de D. Pedro II ao Minrº. Prov.al Fr. An.to de S.to Tomáz, ordenando q nos Conv.tos de Freiras assistaõ Confessores de boa vida, costumes, e idades;; e as Abbadeças tenhaõ em naõ permitir grades senaõ pª parentes em gráo conhecido. Patente do Min.ro Pro.val em q tambem noticia o falecim.to d'ElRey D. Affonso VI»;; «Pastoral de Sebastiaõ An.tº Panará, Arcebispo de Damasco, e Nuncio deste Reino, pª q os Prelados com pena d'excumunhaõ maior naõ dem licença a algum subdito pª sahir dos Conv.tos pelas ruas só sem companheiros da .../... 48 MANUEL FERREIRA mesma Religiaõ, sob pena de serem castigados na forma da mesma Pastoral»;; Decreto de D. Pedro II «em q manda declarar, q naõ he necessario Decreto seu pª se buscarem nas Igr.as, e Conv.tos, os delinquentes pelas Justiças, quando entenderem, q lhe naõ vale a Immunidade, pª o q se lhes naõ deve fazer rezistencia, ou por-lhes impedim.to»;; Decreto de Inocêncio XII «em q perdoa por este vez aos Padres Apostatas, e fugitivos, recolhendo-se aos seus Conv.tos, os daquem Monte dentro de 6 mezes», etc.;; Decreto do mesmo Papa: «Dos Frades incurrigiveis, e dos q se devem lançar fora»;; «(...) tambem intima o Decreto da Sagrada Congregaçaõ, q, extingue a muzica do canto de orgaõ em todos os Conv.tos, tanto dentro, como fora delles, e da mesma forma o canto chaõ fora dos Conv.tos, por qualquer outra cauza q naõ seja Officio de defuntos, e q. estes se poderaõ fazer indo a Communidade. (...) Manda q todos os Donatos, q naõ tiverem Patente, e naõ estiverem aplicados ao serviço commum do Conv.to, se lhe dispa o habito, e nenhum Religiozo possa ter Donato, ou Mosso particular, na forma dos Estatutos, q só concede ao Prov.al, q possa ter hum Donato. Manda aos guardiaens, e Prezidentes, q naõ dem licença a Religiozo pª hir fora sem companheiro, nem lha dê pª pernoitar por mais q até 8 dias, e naõ a daraõ pª fora do seu destricto, e prohibe aos Prelados, e Subditos dos Conv.tos do Riba Tejo o hir a Lx.ª, sem licença sua in inscriptis»;; «Proposta Se a Ordem Terceira de Saõ Fran.co he Ecclesiastica, ou Secular? Se os Terceiros vivem em commum Collegialm.te com os 3 votos esenciaes, como os Religiozos Terceiros, he a dita Ordem verdadeiram.te Ecclesiastica, e gozaõ do Privilegio de foro: porem se os Terceiros naõ vivem em communidade, mas em suas cazas, conservando o proprio, sem os 3 votos, neste cazo saõ meram.te Seculares, e naõ gozam do Privilegio do foro»;; «Decreto de D. Miguel Angelo Arcebispo de Tarso, e Nuncio deste Reino ao Minrº Prov.al Fr. Damiaõ da Cruz, em q ordena a todos os Religiozos de hum, e outro Sexo, se abstenhaõ de receber tabaco nos seus Conv.tos, ou seja pª ocultar, e reter em fraude dos direitos Reaes, ou pª moer, vender, ou fazer vender, ainda q seja aos mesmos Regulares (...)»;; Provisão do mesmo Arcebispo «em q manda a todos os Prelados, e Preladas, q na quinta feira maior, depois d' expor o Sacram.to, naõ entreghuem as chaves do sacrario a pessoas seculares, pª as trazerem ao pescoço pendoradas, pelo Triduo seguinte ao dito dia»;; «Decreto da Sagrada Congregaçaõ dos Bispos, e Regulares em q se declara por valido o Capitulo Provincial de Alemquer, e por nullo o de Coimbra, dando faculdade a D. Miguel Angelo (...) p.ª absolver, e dispensar na irregularidade, em q estavaõ os desobedientes ao verdadeiro Minrº Prov.al Fr. Fran.co do Espirito Stº (...) Carta Pastoral do Nuncio, em q delega a sua authoridade aos Arcebispos, e Bispos, a saber, de Braga, Porto, Coimbra, Leiria, Vizeu, Guarda, Miranda, e Lamego, ao Vigrº da Vara de Buarcos, ao Prior de Portugal, ao Vigrº da Vara de Gouvea, ao Vigrº Geral de Guim.es, ao Abbade de Villa Nova da Cerveira, ao Prior de Saõ Joaõ de Villa de Conde, ao Vigrº da Vara de Trancoso, ao Vigrº G.al da Guarda, ao Vigº G.al da Vara da Covilhã, ao Prior de Famelicaõ, ao Vigrº G.al de Abrantes, e ao Vigrº da Vara de Bragança, pª absolver os Religiozos q estavaõ separados da obediencia do verdadeiro Min.º Prov.al»;; «Decreto de D. Miguel Angelo (...) em q reabelita pª confessar, e pregar os Religiozos levantados do Capitulo de Coimbra, declarando porem, q ainda ficaõ privados de vóz activa, e passiva, e incursos nas mesmas penas q lhes foraõ cominadas»;; Carta de D. Pedro II ao Chanceler da Relação do Porto «em q ordena, q o Aggravo q ha de interpor o Prior, e Conego de Saõ Vicente de fora da Cid.e de Lx.ª sobre a prezentaçaõ da Igrª de Stª Lucrecia, do Arcebispado de Braga, se naõ tome conhecim.to delle no Juizo da Coroa desta Relaçaõ, mas sim se remeta logo pª a Relaçaõ da Corte»;; «Avizo d'ElReyD. Joaõ V. ao Minrº Prov.al Fr. Pedro do Cenaculo, pª proceder contra os Religiosos do Convento da Ponte de Coimbra, q se tem levantado, e negado a obediencia ao Prelado, e os castigue segundo as Constituiçoens»;; Carta de D. João V. ao Bispo do Porto D. Tomás de Almeida «por supplica de seu Proc.or o Dr. Fran.co Ferreira da Silva Abbade da Igrª de Saõ Verissimo de Balbom, ha por bem revogar a Provizaõ q se expedio pelo Dezembargo do Paço (...) p.ª q naõ tenha pratica, ou observancia alguma sobre a materia dos Sufragios, q se deviaõ fazer pelas almas dos q morressem com testam.to, ou abintestados, e por q necessitaõ de remedio as violencias, q alguns Parocos obraõ com os seus freguezes: encomenda q castiguem .../... MANUEL FERREIRA 49 os Parocos , q excedem os emolum.tos dos Sufragios, e funeraes dos defuntos observando os uzos, e costumes q forem juntos, e estiverem legitimam.te consentidos, e approvados na Diocese Pastoral do Bispo com as penas nella declaradas»;; «Avizo d'ElRey D. Joaõ V. ao Bispo G.or da Relaçaõ do Porto, pª o Pro.cor da Coroa naõ responder aos Aggravos q se interpozeraõ pª o dito Juizo, do Prior da Bemposta, do P. Fr. Joaõ da Magdalena, Prov.al da Terceira Ordem, ou de algumas Religiozas do Conv.to da Madre de Deos de Sá, da Villa de Aueiro»;; «Carta d'ElRey D. Joaõ V. ao Chanceler da Relaçaõ do Porto, pª q o Juiz da Coroa naõ tome conhecim. to do Recurso q interpezeraõ os Priores dos Conegos Regrantes de Sto. Agostinho, pª serem conservados nos seus lugares por tempo de 3 annos, por Sua Santidade commeter ao Auditor da Legacia, a Jurisdiçaõ de conhecer, e lhe naõ receber asua Appellaçaõ no effeito suspensivo»;; «Carta de Vicente de Bichi Arcebispo de Laudicéa e Nuncio deste Reinos, ao Minrº Prov.al Fr. Joaõ das Chagas, revogando por ordem do Papa Clemente XI. os Indultos de trazerem os Leigos Coroa Clerical aberta: os das Conventualidades perpetuas;; o d'estarem fora dos Conv.tos com titulo de habito retento» (...);; «Provim.to q fez o Dezembargador dos Aggravos mais antigo, Corregedor do Crime, Servindo de Chanceler da Relaçaõ do Porto, pª Capellaõ da dita Relaçaõ ao Pe. Antº Gomes Lobato, por estar suspenso o Capellaõ proprietario Religiozo da Saõ Fran. co desta Cid.e, pelas temporalidades q se procederaõ contra os Religiozos do mesmo Conv.to»;; «Acordaõ do Juizo da Coroa da Relaçaõ do Porto a favor da Abbadeça do Con,to de Stª Clara de Amarante D. Lourenço dos Martyres, pª q o G.am do Conv.to da Conceiçao de Matozinhos Fr. An.to do Espirito S.to (?) da opressaõ, e violencia, com q. depôs a dita Abbadeça do cargo, pª q tinha sido eleita pela sua Communidade. e lhe levante a suspensaõ a q procedeo, por ordem do Minrº Prov.al Fr. Joaõ das Chagas, e a reponha no dito Abbadeçado»;; «Patente do Minrº Prov.al Fr. Ignacio de Sta. Maria, em q manda q tocando a silencio o guardem, naõ levantando a voz, nem gritando, e no mais tempo tenhaõ a porta da cella aberta, e patente a quantos passaõ. Fora da Caza da Barbaria e dias de (?), nenhum faça a barba, salvo algum velho e doente;; Os Sacristaens tanhaõ alguns pentes na Sacristia pª se pentear os Religiozos, e estarem com decencia no Altar. (...) Naõ tragam çapatos com bicos, nem com os dedos adiante cubertos, e de nenhuma sorte com botoens nelles, como tambem nos colarinhos das tunicas, q sejaõ de ilhós, e q naõ apareçaõ fora do Capello;; e cortem as caudas dos habitos, q fiquem só tocando no chaõ, cozaõ todas as aberturas superfluas, e naõ tenhaõ outro talho mais que de pés com cabeça, e só com vergotes (?) que pedir a corpulencia. Os guardiaens mandem buscar sayal (?) da Covilhã de 7 palmos com os linhoes , e (?) d'arte, limpos, e de lãas escolhidas, e naõ churras, nem sarapilheiras»;; «Avizo d'ElRey D. Joaõ V. ao Vigrº Prov.al Fr. M.el da Piedade, em q he servido, q os Religiozos q tiverem correspondencias illicitas nos Conv.tos das Freiras, façaõ hum termo de naõ hir mais ao Mostrº de N. nem á sua Igrª, nem a outro algum Mostrº, ou Ig.ª de Freiras, nem tenha trato communicaçaõ, ou correspondencia por si, ou por outra pessoa com Freiras, nem com pessoas, q se ache recolhidas em Mostrº, nem parem defronte de qualquer Mostrº de Freiras, nem pª les faça sinal, ou asseno, nem ainda passe pelo dito Mostrº de N. com as penas nelle declaradas.»;; «Avizo d'ElRey D. Joaõ V. ao Chanceler da Relaçaõ do Porto, em q ordena, sejaõ prezos os Ecclesiasticos, q tirarem prezos das maõs dos Officiaes, e os levem a seus Prelados Seculares, ou Regulares da parte de Sua Mag.de, q os castiguem com as penas q por direito merecem, e q lhes dê conta de como os Prelados procedem com os cumplices»;; «Avizo d'ElRey D. Joaõ V.ao Vigrº Prov.al Fr. M.el da Piedade, em q ordena, q os Religiozos, e Religiozas, especialm.te os do Conv.to de Vialonga, estaõ vendendo tabaco dezencaminhado, e pª evitar este damno castigue os culpados»;; «Breve do Papa Benedicto XIII. ao Patriarca de Lx.ª D. Thomáz de Almeida, pª fazer publicar, e executar o Interdito posto pelo Vizitador Reformador Fr. An.to da Purificaçaõ á Igr.ª, e Mostrº de Sta. Clara de Lx.ª Oriental, q o Cabido, e Conegos da Igrª Metropolitana de Lxª Oriental se arrojaraõ, peloVigr.º Capitular da mesma Igr.ª estando vaga a Sua Cadeira Archiepiscopal, a declarar por nullo o Interdito, naõ lhe competindo, denunciando o Vizitador Reformador incurso em pena d'excomunhaõ, em publicar Declaratorias fixar na Cid.e de Lx.ª Oriental;; e manda ao Patriarca proceder contra o Cabido, Conegos, e Vigr.º Capitular, .../... 50 MANUEL FERREIRA e seus Minis.os, e áquelles q no Mostrº depois de ser posto o Interdito, celebraraõ Missas, ou Divinos Officios, ou outros violadores do Interdicto, como foi direito, removida qualquer appellaçaõ, com as penas condignas pela qualidade, e gravidade de cada respectiva aos seus delictos»;; Aviso do Papa Benedito XIII ao Visitador Reformador Fr. António da Purificação, «em q lhe concede as faculdades pª a reforma, e quando naõ ache em o Mostr.º Religioza acta, e idonea pª Abbadeça, o poder elege-la, e tirar de outro Mostr.º, e q naõ possa lançar habitos a outras Freiras do Mostr.º de Sta. Clara até q naõ sejam executados os Decretos da reforma, sob pena de nullidade»;; Aviso do mesmo Papa a D. Tomás de Almeida «para assistir com vigor, a necessidade do Vizitador Reformador Fr. An.to da Purificaçaõ, pª que possa restabelecer a Regular (?) Disciplina na Pro.ª de Portugal, e particularm.te nas Freiras assim dentro, como fora de Lxª, e pª q chame o Vigrº Capitular, ou Deaõ do dito Cabido, e aquelles Min.os da Igr.ª de Lx.ª Oriental, q souber estar mais culpados, e lhe faça huma seria, e severa reprehençaõ do grave excesso q cometeraõ contra os Decretos, e procedim.tos da vizita, e q de bem prompta execuçaõ ás Patentes de Confessores, e Pregadores, expedidas aos seus subditos pelo mesmo Vizitador Reformador»;; «Sentença do Definitorio contra o Corista Estudante (?) Fr. An.to dos Serafins, por culpa de descompor a hum Porteiro do termo de Basto, dando-lhe com hum páo publicam.te, a fim de q pudesse fugir-lhe (como com effeito fugio) hum homem q o tal Porteiro levava prezo. Atendendo ao tempo q esteve prezo: condemnado em hum outavario de açoutes, e mudado pª Santarem, e naõ hirá a dita terra por tempo de 2 annos»;; «Patente do Min.º G.al Fr. Joaõ do Sotto, ao Commissario Vizitador Fr. An.to da Piedade, em q manda proceder judicialm.te contra os Guardiaens da Filiaçaõ Caraças, pelo averbarem de suspeito, e appelarem, como perturbador da páz, até os declarar incursos nas penas, e censuras da Bulla do Papa Gregorio XIII. e de tudo o mais q houver lugar de direito, e as leis ordenaõ;; e suspenda da Cadeira de Theologia a Fr. Filippe da Conceiçaõ, rezidente no Con.to de Lxª, e lhe assine moradia em outro bem distante de Lxª , por convir assim a paz da Prov.ª»;; «Patente do Minrº Prov.al Fr. M.el de Saõ Caetano, em q manda, q os Pregadores q pertenderem privilegio de Jubilados, tenhaõ 25 annos completos d'exercicio, e 12 (quando menos) desses nas Cazas de Pulpitos ordinarios. Os Noviços q se aceitarem pª o Coro, sendo filhos de Pays macanicos [sic], saibaõ ao menos canto chaõ, ou sejaõ Organistas ou bons Cantores»;; Aviso de D. João V ao Provincial Fr. Manuel de São Caetano «em q manda faça obviar, e castigar os Religiozos, e Religiozas da Provª do Minho, q cultivaõ tabaco»;; «Patente do Minrº Prov.al Fr. M.el de Saõ Caetano, em q faz saber, q ElRey D. Joaõ V. foi servido mandar quizesse repartir pelos Con. tos da Villa de Amarante, Religiozos capazes, q façaõ o Officio de Missionarios, e q a mesma providencia desse dos Con.tos de Tráz-os-Montes, e Beira, e assim manda, e pede a todos os Pregadores, q se acharem com forças, talento e inclinaçaõ pª Missionarios lho participem pª lhes dar Patente e assinar debito»;; «Patente circular do Minrº Prov.al Fr. Fernando da Soledade pª os Religiozos, em q manda, na Sacristia, e tranzito della pª a Igr.ª, naõ levantem a vóz, nem tenhaõ praticas;; e se algum Secular tiver negocio com o Sacristaõ, este o leve pª lugar onde lhe possa responder. O Sacerdote q por achaque naõ poder chegar com o joelho a terra, quando na Missa adorar o S.mo Sacram.to, o (?) naõ consinta q celebre em publico, mas em Capella , no interior do Con.to. O Hebdomadario, Cantores, e Acolitos, se hajaõ com silencio. Naõ só na Igrª, e no Coro, mas quando no Coro ou sacristia caminhaõ pelo elle (?) No ante Coro naõ tenham conversaçoens, nem a porta do Coro beijem o chaõ empedindo a passagem aos q vaõ entrando. (...) Os Pregadores nos 6 Con.tos principaes, q saõ os de Lx.ª, Porto, Santarem, Alemquer, Coimbra, e Guim.es, frequentem os Pulpitos ao menos em as Domingas do anno, q naõ forem impedidas;; nos da Guarda, Covilhã, Conceiçaõ de Matozinhos, Bragança, Villa de Conde, e Thomar, tambem pode haver 2 Sermoens cada mez. (...) naõ andem a cavallo sem necessidade, e licença de seu Prelado, nem acompanhem as Freiras, q vaõ ás caldas, q os levem seus Pays, e Irmaõs, ou pessoas capazes. Os guardiaens naõ consintaõ, q nos seus Con.tos entrem pessoas a venderem livros, ou outras couzas, nem a comprar cera, ou outra couza, e nos ajustes das calecarias, e vestearias, naõ seja por menos preço do ordinario, por q os .../... MANUEL FERREIRA 51 Subditos, pª lhe fazerem a obra a seu gosto, acabaõ de inteirar o preço com dinheiro, ou pecunia, donde nasce a relaxaçaõ nos habitos, e alparcas (...) e falando com mulher, naõ se demore mais q o tempo de dar hum recado, ou resposta. (...) Nos Hospicios naõ podem entrar mulheres, nem pernoitar Religiozo, senaõ por cauza de gerais confiçoens de toda a Communidade. (...) Os Religiozos velhos naõ consintaõ, q Corista se assente na sua prezença, fora dos actos da Communidade, q o permitem. (...) Quando sahirem a Procissoens, enterros, e outros actos semelhantes se portem com modestia, silencio, moderaçaõ na vista, compoziçaõ no corpo, e sedudeza no semblante, e os Prelados vendo na Communidade alguns com praticas, rizos, ou outra semelhante indecencia os castiguem. No refeitorio naõ inclinem o corpo todo sobre a meza pª comer, e quando escarrar, ou cuspir, ha de ser pª huma ilharga, e naõ pª diante, por q he defeito escarrar por sima da meza. (...) Na caza em q se fazem as barbas naõ cóntem couza q pertença a Religiozos, ou a Religiaõ, nem ainda ao Mundo, nem profira mais palavras do q as precizas afim de fazer a barba» (e amplas recomendações acerca das roupas, calçado, chapéus, etc.);; «Patente circular do Minrº Prov.al Fr. Fernando da Soledade pª as Religiozas em q manda q as Abadeças naõ aceitem Pertendente alguma, nem ajustem o dote, sem informaçaõ da sua vida, e costumes, e naõ recebam Noviças Supranumerarias sem dote dobrado, nem as pode aceitar pª satisfazerem dividas, ou dinheiros q se emprestaraõ ao Mostr.º, só depois de pagar as dividas, se deve aceitar o dote. (...) O vestido, [das noviças] calçado deve ser a qualidade, a côr e a extenção dos habitos, nos quaes saõ prohibidas;; da mesma sorte as toalhas com goma, e crespas: os veos lustrozos, o ouro, prata, sedas, fitas e outros adornos abominaveis ás Religiozas. (...) Para se entrar na Clauzura ha de haver necessidade urgente nos Officiaes pª fazer, ou reparar edificios, homens carregados com provim.tos pª a Communidade, o Medico, Cirurgiaõ, e Sangrador, os Horteloens, e outros creados, em ministerios q naõ podem fazer as serventes, e naõ he necessidade pª entrar homens, com o q pode levar as serventes, nem Armadores, nem pª consertar o Orgaõ levar moço pª levantar os folles, nem meninas, ou meninos. (...) Se alguma Religioza for a banhos, ou caldas, ha de ser acompanhada de seu Pay, ou Irmaõs, e naõ os tendo ha de ser hum de conhecida virtude, e nunca Religiozo da Ordem, ainda q seja Irmaõ, por q naõ tem necessidade pª hir a cavallo (...)»;; Carta de D. Joaõ V. ao Chanceler da Relaçaõ do Porto, «em q ordena Se naõ proceda na execuçaõ do Assento q se tomou ao Dezembargador do Paço sobre o Recurso q interpos o Abbade de Paço de Sousa no Juizo da Coroa.»;; «Pastoral circular do Arcebispo de Braga D. Jozé, em q manda, q na Cid.e, e Villas do Arcebispado, os Ecclesiasticos uzem de capa, e loba, ou abbatina tullar de baeta preta, crepe, ou lemiste e de outra qualquer fabrica de lã, mas naõ de seda, nem com chapas nos cabeçoens. Nas jornadas uzem de cazacas, ou roupetas da mesma cor, ou de outra honesta algum tanto mais curtas;; sem canhoens, bolsos, e pregas. Nos lugares publicos naõ uzem de outros vestidos, q se encubra o habito Clerical. Nos chapeos naõ uzem de prezilha, mas com fita, ou prezilha singela. Naõ tragam polvilhos, pentes no cabelo, fitas nas camizas, pedras falsas, ou verdadeiras nas fivellas dos çapatos;; nem uzem de cabeleiras, ou perucas sem sua licença, nem uzem de compoziçoes afectadas no cabelo. (...) Nenhum Ecclesiastico, ou Secular ande de noite tocando viola, ou outro instrum.to, nem vá a Seroens, fiadas, espadeladas, e outros ajuntam. tos de mulheres. O Ecclesiastico de Ordens sacras, e Beneficiados, posto q as naõ tenhaõ, naõ se sirvaõ de criada, ou escrava q padeça infamia na honra, nem de mulher de boa fama de menos de 50 annos de idade, ainda q sejaõ filhas, ou mulheres de criados seus, excepto quando na caza houver mais familia feminina, como May, Irmãs, ou parenta dentro no segundo gráo, estas se poderaõ servir de moças de menos de 50 annos de idade, sendo de boa fama. (...) Naõ ouçaõ de confissaõ a mulher em caza, nem de noite, nem nos Coros, Sacristias, Capellas, ou Ermidas, mas só nas Igr.as, estando as portas abertas, e pelos ralos dos confessionarios. (...) quando houver confissoens, naõ escolhaõ os penitentes, chamando a huns, e excluindo a outros em urgente necessidade. (...) Num dia cada mez, e em todos os Domingos, e dias S.tos da Quaresma de tarde dado o sinal com o sino, expliquem assim aos meninos, como aos de mais idade a Doutrina Christã, e obriguem a seus freguezes q mandem huma pessoa da cada caza, .../... 52 MANUEL FERREIRA e ás mulheres q tem officio de parteiras, a forma, e intençaõ, com q nos cazos de necessidade se ha administrar o Sacram.to do Baptismo. (...) Os Parocos vigiem com zelo sobre a Santificaçaõ dos Domingos, e dias S.tos de preceito, assim nos montes, e aldeas, como na Cid.e, e Villas do Arcebispado, pª q naõ trabalhem huns em suas fazendas, e outros vendendo em suas logeas, excepto nos cazos de necessidade, q permite o trabalho servil nos taes dias. (...) Com pretexto de politica funeral, faltaõ ao preceito da Missa, as viuvas anojadas, e mais pessoas femininas m.to tempo depois do falecim.to de seus maridos, Pays, e parentes proximos: Os Parocos passados 10 dias depois da morte dos taes parentes, perguntem pelas ditas nas Estaçoens, e se depois dos 10 dias faltarem ao preceito da Missa, as evitem dos Officios Divinos, e passadas as 3 admoestaçoens, as publiquem por excomungadas. Os Mestres da Capella, e os q levantaõ compasso nas muzicas naõ consintaõ q entre as solemnidades da Igrª se cantem papeis em vulgar, nem d'estilo afeminado, mas som.te Sagrados, e pertencentes aos Officios Divinos, q na mesma festividade se celebraõ: nenhum homem se detenha nas portas das Igr.as, nem se ponha parado na entrada dellas (...) nem junto das pias d'agoa benta. Nenhuma mulher da Cid.e, e Villas do Arcebispado saya de noite a ver luminarias pelas ruas, nem as Igr.as, ou Ermidas a fazer as suas devoçoens, nem a correr as Estaçoens da Via sacra, ou S.tos Passos, nem acompanhar o Sagrado Viatico, E só lhes permite, q vaõ, e assistaõ nas Igr.as nas noites do Natal, Quinta, e Sexta feira da Semana S.ta, e no Sabado S.to, quando ficar o Snr. no Sepulcro até Domingo. Manda aos Parocos, q havendo nas suas freguezias romarias a que chamaõ Votos, q vaõ homens e mulheres fazer, e cumprir a outros lugares distantes, aonde algumas vezes pernoitaõ, os satisfaçaõ em alguma Capella, ou Ermida das mesmas freguezias, e naõ havendo, os satisfaçaõ na freguezia mais proxima, e os ha por commutados com declaraçaõ, q se recolhaõ no mesmo dia a suas cazas, antes do sol posto. (...) Prohibe o uzo das mascaras, q naõ forem precizam.te necessarias ás figuras, de q se compozerem os passos, e bailes, e tambem as comedias, e Entremezes q em algumas freguezias se fazem nas festividades de alguns S.tos. (...) Ninguem venda pastilhas, confeitos, amendoas, ou doces as portas das Igr.as, nem em parte alguma publica, desde quinta feira Maior até a Sexta feira ao meio dia»;; Carta de D. Joaõ V. «ao Chanceler da Relaçaõ do Porto, pª remeter a Secretaria d'Estado dos Negocios do Reino os autos originaes de todos os Recursos, q pª o Juizo da Coroa se interpozeraõ, das Justiças Ecclesiasticas de Braga»;; «Sentença do Juizo da Coroa, em q naõ dá provim.to aos Parocos do Arcebispado de Braga nos §§. 10, 15, e 2 da Pastoral circular do Arcebispo D. Jozé de 20 de Maio de 1742. e deferindo aos Recorrentes Seculares, e Regulares nos §§. 15, 25, 27 e 2 da mesma Pastoral, procedeo o Recorrido com excesso da sua Jurisdiçaõ, e uzurpaçaõ da Real, em q recomenda naõ contra os Recorrentes leigos da Jurisdiçaõ Secular, com as penas impostas na sua Pastoral (...) e dezista da violencia q faz aos Ecclesiasticos na parte em q vaõ providos.»;; Aviso de D. Joaõ V. «ao Chanceler da Relaçaõ do Porto, pª mandar notificar o Provizor deste Bispado, e mais pessoas nelle nomeados, pª sahirem do dito Bispado até mercê de Sua Mag. de»;; Aviso de D. Joaõ V. ao mesmo Chanceler, «pª fazer decedir na Coroa o Recurso do Provizor do Bispado do Porto M.el da Costa Velho, q interpos Diogo Alves Peixoto, ha mais de hum anno»;; «Sentença do Juizo da Coroa a favor do G.am, e Discretos do Conv.to de Lxª. pª q o Auditor da Nunciatura dezista da violencia q faz aos Recorrentes, pª receberem o Noviço expulso Jozé Alv. da Silva (...)»;; «(...) nos Coros se deve uzar o canto chaõ por q he prohibido o de muzicas, rabecas, e outros instrm.tos. As Abbadeças naõ dem grades pª Mestres de fora, pª ensinar, nem consintaõ q nellas se cante, ou toque de algum modo. Evitem-se as conversaçoens com pessoas de fora na grade da Igr.ª, excepto os Principes da Igrª, Prelados e os confessores ordinarios, no q pertence ao culto Divino. (...) No dia em q commungarem naõ fallem na roda, ou grade, senaõ em caso urgentissimo. (...) naõ haja cães nos Mostr.os, pela inquietaçaõ q cauza com os seus latidos. Prohibe a factura dos doces, e mezidas (?) especialm.te no tempo q medea desde os S.tos até a festa dos Reys, e tambem a entrada de meninos, e meninas nas Clauzuras. As Religiozas q se valem de pessoas de respeito, pª obrigarem os Prelados a fazerem o q naõ devem, tem pena de recluzaõ por tempo de hum anno na caza da penitencia. (...) Sejaõ .../... MANUEL FERREIRA 53 moderadas, sem ostentaçaõ de armaçoens, nem multiplicidade de cera, nem estrondo de instrum. tos, especialmente de muzicas de fora, nem tambem as kalendas no Coro debaixo, excepto a do Natal. (...) Naõ podem uzar de ouro, ou prata, nem de vestidos com seda, e m.to menos de relogios. Os prezentes de valor saõ prohibidos, só podem dar alguma couza de menos custo, em satisfaçaõ de algum serviço honesto. (...) Desterrem de si todos os adornos profanos, vestindo, e tomando como ordenaõ os Estatutos, os habitos sejaõ todos uniformes de cor parda d'estamenha. (...) Naõ he necessidade urgente entrar homens na Clauzura, com o q podem levar as criadas;; q vivem no Most.ro, nem armadores, nem o q ha de consertar o Orgaõ levar moço q, lhe levante os foles (...)»;; Provisão de D. Joaõ V. «ao Chanceler da Relaçaõ do Porto, por Supplica do G.am Fr. M.el da Epifania, e mais Religiozos do Conv.to do Porto, em q ha por bem, q faça logo despedir o Collegio, e Collegiaes do Hospicio dos Religiozos da Provª da Soledade, visto serem transgressores da Licença q se lhes concedeo licença, e q exemine o edificio com individuaçaõ, o estado em q se acha o mesmo (...)»;; «Conta q deu o Corregedor de Santarem o D.or Jozé Alberto Leitaõ a ElRey D. Joaõ V. sobre o excesso com q já antecedentem.te se haviaõ portado as Religiozas de Stª Clara da Villa de Santarem, embaraçando escandalozam.te a leitura da Patente Secular do Min.º Prov.al Fr. Faustino de S.ta Roza»;; «Patente do Minr.º G.al D. Pedro Joaõ de Molina ao Minrº Prov.al Fr. Antº de S.ta Maria dos Anjos Melgaço, em q lhe dá faculdade, pª q todos os Religiozos q abandonarem o seu estado, e continuarem em relaxaçaõ ou no modo de viver, os desterre da Prov.ª, e os remeta privados de vóz activa, e passiva pª a Prov.ª de Saõ Thome da India Oriental»;; Aviso de D. José ao Chanceler da Relação do Porto em que ordena «naõ permitir q Clerigo, ou Religiozo algum, naõ sendo natural d'America embarque pª ella, nem ainda com Officio de capellaens dos Navios, sem particular licença do mesmo Sn.or, nem tambem deixe embarcar Religiozos Barbadinhos pª as Missoens d' America, ou pª alguns dos seus Dominios»;; Carta de D. D. José ao Desembargador Bernardo Duarte de Figueiredo, Corregedor do Crime, «q serve de Chanceler da Relaçaõ do Porto, em q he servido ao Juiz da Coroa naõ admita recurso algum interposto pelos Religiozos de Saõ Domingos, as Religiozas da mesma Ordem do Mostr.º de Corpus Christi de Villa nova de Gaya, a respeito d'eximirem-se as ditas Religiozas da Jurisdiçaõ do Ordinario.»;; «Breve do Papa Benedito XIV, por Supplica d'ElRey D. Jozé I concedeo ao Patriarca de Lx.ª D. Jozé M.el a supressão, uniaõ, e encorporaçaõ de todos os Mostr.os de Freiras, tanto da Corte de Lxª. como de todo o Reino, q por arruinados, ou por faltas de rendas, ou por nimiam.te individadas, naõ poder subsistir;; e pª q em todos os Mostr.os de Freiras deste Reyno se observe nos estabelecim.tos dos dotes , aquella forma de consignaçaõ de tenças annuas, q sobreviva no Mostr.º de Nossa Sn.ra da Luz.»;; «Resposta do Chronista Fr. M.el de Saõ Damazo, a carta do M.e de Ceremonias do Conv.to do Porto D. Bernardo de St.ª Maria Roza, sobre o estarem os Religiozos no Coro alternadam.te em pé, e assentados á Psalmodia cantada»;; «Relaçaõ abreviada da Republica q os Religiozos Jezuitas das Prov.as de Portugal, e Hespanha estabeleceraõ nos Dominios Ultramarinos das suas Monarchias, e da guerra q nellas se tem movido, e sustentado contra os Exercitos Hespanhoes, e Portuguezes, formadas pelos registos das Secretarias dos 2 respectivos Principaes Commissarios, e Plenipotenciarios, e por outros Docum.tos authenticos». [Sobre as lutas ocasionadas pelos Limites no Sul do Brasil];; «Pontos principaes a q se reduzem os abuzos com q os Religiozos da Companhia de Jesus tem uzurpado os Dominios d'America Portugueza, e Hespanhola»;; «Relaçaõ abreviada dos ultimos feitos, e procedim.tos dos Religiozos Jezuitas de Portugal, e das intrigas q os mesmos maquinaraõ na Corte de Lxª, escrita por hum Minrº bem informado da mesma Corte rezidente em Madrid»;; «Avizo d'ElRey D, Jozé I. ao Minrº Prov.al Fr. Jozé de Sta. Anna X.er, em q he servido q nos Conv.tos, e cazas Religiozas se naõ recolhaõ Contrabandos, nem os Contrabandistas q os fizerem. E nos cazos de contravençaõ possaõ os Conv.os, e cazas Religiozas onde se recolherem, serem buscados (...) cazos nos quaes os Ecclesiasticos q houverem dado favor aos ditos crimes nos seus Claustros, seraõ pela primeira vez exterminados 40 legoas fora ds lugares em q os taes cazos succederem: pela segunda vez removidos pª a distancia de 80 legoas (...) e pela terceira seraõ lançados fora destes Reinos .../... 54 MANUEL FERREIRA como incorrigiveis»;; «Provizaõ do Bispo de Miranda D. Fr. Aleixo de Miranda Henriques, em q ha por bem conceder aos Religiozos do Conv.to de Saõ Fran.co de Bragança, o poderem pregar, e confessar nos 2 Conv.tos de Religiozas de Saõ Bento, e S.ta Clara da mesma Cid.e levantando a prohibiçaõ posta pelo seu antecessor D. Fr. Joaõ da Cruz, no anno de 1757»;; «Carta d'ElRey D. Jozé Ao Minrº Prov.al Fr. Jozé de Sta. Anna X.er, pª ordenar q em todos os Conv.tos da Provincia se cante o Te Deum Laudamus, em acçaõ de graças pelas suas melhoras do Barbaro atentado de 3 de Setembro de 1758 contra a sua vida»;; «Erros impios, e sediciosos, q os Religiozos da Companhia de Jezus ensinaraõ aos Réos Joze Mascarenhas, q foi Duque de Aveiro, e seus socios, e pertenderaõ espalhar nos Povos destes Reinos»;; «Carta dÉlRey D. Jozé 1. a Pedro Glz. Cordeiro Prª Chanceler da Caza da Supp.am, q nella serve de Regedor, pª fazer pôr em sequestro geral todos os bens moveis, e de raiz, rendas ordinarias, e pensoens, q os Religiozos Jezuitas possuirem em 9 de Janeiro de 1759»;; «Ley d'ElRey D. Jozé 1. por q he por bem exterminar, proscrever, e mandar expulsar dos seus Reinos, e Dominios, os Regulares da Companhia denominada de Jezus, e prohibir q com elles se tenha qualquer communicaçaõ verbal, ou por escrito pelos justissimos, e urgentissimos motivos na dita Ley declarados, e debaixo das penas nella declaradas (...)»;; Aviso de D. José «ao Cardeal Accioli deste Reino, pª sahir da Corte de Lx.ª no termo de 4 dias por naõ pôr luminarias nas 3 noites successivas ao matrimono celebrado entre a Princeza do Brazil, e o Infante D. Pedro no dia 6 de Junho»;; «Alvará d'ElRey D. Jozé 1. por q conformando-se com o parecer dos Minr.os do seu Conselho, e Dezembago he servido, q os bens livres sem encargos pios q os Regulares da Companhia denominada de Jezus expulsos destes Reinos (...) sejaõ logo como bens vacantes encorporados no seu Fisco, e Camara Real (...)»;; «Carta d'ElRey D. Jozé 1. ao Minrº Prov.al Fr. Jozé de Stª Maria Medina, em q participa o nascim.to do Principe da Beira com bom successo da Princeza sua filha D. Maria, e q esta felicidade se ha de celebrar com aquellas demonstraçoens de alegria, q saõ do costume em semelhantes occazioens (...)»;; «Edital de D. Miguel d'Anunciaçaõ Bispo de Coimbra em q suspende de confessar a todos os Religiozos de Saõ Francisco dos Conv.tos do seu Bispado, menos os exceptuados no mesmo Edital, e os q tiverem licença actual sua, lha aprezentem dentro de 10 dias»;; «Carta d'ElRey D. Jozé 1. ao G.or da Relaçaõ do Porto em q he servido se remeta o Aggravo q no Juizo da Coroa pendia entre partes o D. Prior da Collegiada de Guim.es, com os Clerigos da Irmandade da Saõ Pedro da dita Villa, pª a Caza da Supp.am»: Lei de D. José criando uma Mesa de Censores para exame, aprovação e reprovação «dos Livros, e Papeis introduzidos, e q de novo se houverem de introduzir, compor, e imprimir nestes Reinos, e seus Dominios»;; Provisão de D. José «por q ha por bem prohibir a hyppocrisia, e fanatismo, e q os Religiozos Eremitas calçados de Stº Agostinho, se naõ destingaõ no vestido, calçado, tonçura, nem se chamem Jacobeos, Beatos, e Reformados, e os q até agora uzaraõ das ditas denominaçoens seraõ inhabens por todos os gráos de dentro, e fora da Ordem, e de todas as Prelarias maiores, e menores»;; Provisão de D. José «por q ha por bem excluir da Universidade de Coimbra os Religiozos chamados Jacobeos, Beatos, e Reformados dos Conegos Regrantes de Sto. Agostinho, os da Ordem dos Eremitas calçados de Sto. Agostinho, e os da Congregaçaõ de Saõ Bento, e pª q sejaõ riscados dos livros da mesma Universidade dos gráos de Doutores, e de Mestres Theologos»;; Edital de D. José mandando «declarar por falso, temerario, escandaloso, infame, e sedicioso, o livro intitulado;; Sur la destruction de Jesuites de France, e como tal manda seja lacerado, e queimado pelo executor d'alta Justiça na Praça do Commercio em 23 de Fevereiro de 1769»;; Breve de Clemente XIV suprimindo «os Mostr.os dos Conegos Regrantes de Sto. Agostinho de Portugal nelle declarados, e os seus rendim.tos se uniraõ, e applicaraõ ao Real Conv.to de Mafra de Padroado Real, agora concedido, e assinados aos mesmos Conegos Regrantes»;; «Carta da Rainha D. Marianna Victoria ao Vigr.º Vizitador Prov.al Fr. Luiz de Sta. Clara Povoa, em q participa o nascim.to de huma Infanta, com bom successo da Princeza do Brazil D. Maria sua filha, e esta felicidade deve ser celebrada com todas as demonstraçoens de applauzo, e acçaõ de graças, q saõ do costume, em occazioens semelhantes»;; «Patente do Minrº Prov.al Fr. M.el dos Cherubins, em q faz saber q o G.am de Lx.ª, Commissario Prov.al do .../... MANUEL FERREIRA 55 Riba-Tejo Fr. Guilherme de Saõ Caetano, lhe communicou (...) para elle, e os Prelados Maiores de outras Religioens chamados pelo Secretario d'Estado Marinho de Mello, pª lhe intimar, q a Rainha D. Maria 1. determina mandar vir da Italia alguns Missionarios Barbadinhos, pª serem transportados ao Reino de Angola, a pregar, e ensinar áquelles o Evangelho de Jezus Christo, mas como a sementeira era grande preciza, q de cada Provª deste Reino, quizessem tambem hir alguns Religiozos cathaquizar, e instruir aquela gente bruta (...)»;; «Carta do Minrº Prov.al Fr. M.el dos Cherubins ao G.am do Conv.to do Porto Fr. Joaõ da Soledade, em q certifica a todos conferido os Privilegios de Definidores habituaes, se naquele Stº exercicio completar o tempo de 12 annos com precedencia huns aos outros»;; «Carta da Rainha D. Maria 1. ao G.or da Relaçao do Porto, em q he servida, q em todos os litigios q se tem movido entre os Religiozos da Prov.ª da Soledade, pª impedir a fundaçaõ do Hospicio Regular na Cid.e do Porto aos outros Religiozos da Provª. da Conceiçaõ, se ponha perpetuo silencio, e lhe ordena nomeie hum Dezembargador pª. repellir qualquer oppoziçaõ, q se pertenda fazer a referida fundaçaõ»;; Carta da rainha D. Maria a Fr. João de Santa Teresa de Jesus participando «os matrimonios do Infante D. Joaõ seu filho, com a Infanta D. Carlota Joaquina filha do Principe das Asturias, e a da Infanta D. Mariana Victoria sua filha, com o Infante de Hespanha D. Gabriel filho do Rey Catholico seu Irmaõ e Tio;; e ha por bem q peça a Deos com as suas oraçoens, e de seus subditos, q abençoe os sobreditos Matrimonios»;; «Avizo da Rainha D. Maria 1. ao Abbade G.al da Congregaçaõ de Saõ Jeronimo, em q he servida a informe do numero dos Mostr.os da sua Congregaçaõ, onde saõ cituados. o numero das Cellas: quaes saõ as suas rendas, se tem algumas ordinarias, ou Capellas, e quaes saõ as suas dividas activas, e passivas, q numero de religiozos havia antes das ordens geraes prohibitivas dos Noviços, e qual era o seu numero total, q numero de Noviços tem professados depois da prohibiçaõ por virtude de licenças, e de q numero de Religiozos se compoem actualm.te (...)»;; «Decreto da Rainha D. Maria 1. em q he servida estabelecer huma Junta do exame e do estado actual, e Melhoram.to temporal das Ordens Regulares, com hum Prezidente, e 6 Deputados, ouvindo os Prelados como podem ser melhorados de maneira, q os Religiozos, e Religiozas achem as commodidades de q necessitaõ, e sobre a uniaõ, ou suppressaõ de alguns Mostr.os, ou Conv.tos q por falta de meios pª se sustentarem, ou por cituados em lugares incommodos, nocivos, ou remotos, se devaõ unir a outros, ou de todo supprimir (...)»;; «Sentença do Juizo da Coroa a favor dos Padeiros, e Pescadores, q interpozeraõ do Bispo do Porto D. Fr. Joaõ Rafael de Mendonça;; os primeiros reccorrentes por cozerem paõ nos dias S.tos, os segundos por falta de Missa a hora conveniente. Mandaõ se passe carta pela qual a mesma Sn.ra recomenda ao Bispo Recurrido dezista da violencia q pratica com os Recurrentes, e q admoestando-os, e conduzindo-se na conformidade do q fica exposto, naõ faça uzo da cominaçaõ, ou applicaçaõ da excommunhaõ nos termos indicados, e deixe livre a celebraçaõ das Missas nas Igr.as, ou Capellas aprovadas q mais comodas forem aos segundos Recurrentes, pª as poderem ouvir antes de nascer o sol, segundo a exigencia de suas pescarias, e navegaçaõ sugeitas as inconstancias do tempo, e do Mar, alem das variaçoes dos Mares»;; Aviso da Rainha D. Maria ao Chanceler da Relação do Porto para que «faça remeter a Secretria d'Estado no estado em q se acharem os Autos de Recurso interposto pelos Padeiros, e Pescadores de Avintes, contra o Bispo da Diocese D. Fr. Joaõ Rafael de Mendonça (...)»;; «Sentença do Juizo da Coroa a favor do Pro.cor da Provª dos Eremitas calçados de Sto. Agostinho recolhido no carcere do Conv.to da Graça, a ordem do Prelado Maior, sem embargo da rezistencia do Reo, a quem no acto foi aprehendida a faca de ponta q se acha appensa (...)»;; «Sentença da Relaçaõ do Porto a favor da Communidade do Conv.to de Saõ Fran.co da Cid.e, sobre os defuntos q se depozitaõ na Capella da Ordem Terceira da mesma Cid.e pª se darem a sepultura no dia seguinte»;; «Sentença do Definitorio dos autos a q procedeo por Denunciaçaõ o Promotor da Justiça Ecclesiastica, o Vigrº G.al do Bispado de Vizeu, contra o leigo Fr. Joaõ de Sta. Tereza Cardozo, os quaes foraõ remetidos por despacho do referido Juiz, com o Reo, pª se proceder contra elle pelas culpas de viver publicam.te amancebado, sem ouvir Missa nos dias Santificados, investindo a toda a qualidade de mulheres. Armado de hum traçado, duas pistolas, e duas facas .../... 56 MANUEL FERREIRA de ponta, era hum publico ladraõ, salteador de caminhos, sahindo a elles a roubar aos q passavaõ e onde os encontrava. Condemnado na pena de 5 annos de carcere formal, completos os quaes ficará fora delle no mesmo Conv.to do Porto, reduzido ao estado de Noviço por hum anno, exercendo todos oa actos servis, em q se empregaõ os mesmos Noviços, e a q com hum baraço ao pescoço ouça a intimaçaõ da Sentença em plena Communidade, jejuará a paõ e agua no Refeitorio sentado em terra, com a mesma insignia ao pescoço, nas segundas, e sextas feiras de cada mez no primeiro anno, q estiver encarcerado, e no fim da meza se lhe dará huma disciplina ordinaria. Naõ estará por tempo de 10 annos na Cid.e de Vizeu, e terras do mesmo Bispado, nem poderá morar pelos mesmos annos, em algum dos Conv.tos da Prov.ª da Beira»;; «Patente do Minrº Prov.al Fr. Pedro de Jezus Maria, em q determina, q enquanto durar a prezente necessidade da guerra, cada dia no fim das Vesperas, e Laudes se reze em todos os Coros a Antifona das Segundas de todos os S.tos, O quam glorioum miseris &a. com seu verso e oraçaõ (...)»;; «Avizo da Rainha D. Maria I. pª o Chanceler da Relaçaõ do Porto fazer intimar á Confraria dos Terceiros Trinitarios, q naõ procedaõ a obra projectada, e q em nada se innove alem do estado actual em q a sua capella se acha, sem q em couza alguma se altere a posse em q se acha o Hospicio, e Enfermaria dos Religiozos de Sto. An.to de Valle da Piedade»;; «Carta da Rainha D. Maria 1. aos Bispos, em q a necessidade das dispoziçoens, e providencias, sendo em beneficio de todos, tanto seculares, como Ecclesiasticos, obriga a todos em geral pª concorrerem com todas as suas forças, pª estes necessarios fins, e m.to especialm.te os Ecclesiasticos Seculares, e Regulares, por naõ sofrerem os perigos da guerra, q os Seculares experimentaõ: He igualmente necessario, q todos os Ecclesiasticos Seculares, e Regulares das vossas Dioceses a boa vontade com q devem ajudar á conservaçaõ, e defeza, encarregando-vos da cobrança de todo o referido subsidio»;; «Alvará com força de Ley da Rainha D. Maria I. pelo qual he servida Annular, e cassar as Exempçoens de Pagam.tos de Sizas, ficando-se entendendo, q todos os vassallos dos 3 Estados Ecclesiastico, Nobreza, e Povo, o devem pagar das compras q celebrarem»;; Carta do Intendente da Polícia Pina Manique ao Provincial Fr. José de Santa Angela de Fulgino «em q o manda prevenir, q passa ordens aos seus Commissarios da Policia desembaraçar os ajuntam.tos nos Cafés (permitidos som.te pª tomar alguma refeiçaõ, ou refresco) pª q faça conduzir em Custodia a hum dos Camarotes da cadea a qualquer Religiozo q for encontrado nos Theatros publicos, nas cazas de pasto, Bilhar, e paseo publico, onde ficaõ sentados entretendo-se em conversaçoens pouco decorozas a seu caracter, e habito, e q por hum(a) carta civil avize ao Prelado Maior, ou a quem estiver prezedindo ao Conv.to a q o tal religiozo pertencer. Roga q se nos Conv.tos de Lx.ª, Coimbra, e Porto, houver alguns subditos de conhecida relazaçaõ, os faça transportar a Conv.tos ermos, com recomendaçaõ aos Prelados locaes pª corrigirem, até darem provas de reforma (...)»;; Pastoral do Arcebispo de Braga D. Fr. Caetano Brandão em que «manda q na Cid.e e Villas do Arcebispado os Ecclesiasticos uzem de capa, e loba de baeta preta, crepe, ou lemiste, (...) mas naõ de seda. Nos lugares menos populares uzaraõ de garnachas da mesma cór, ou de outra honesta algum tanto mais curta. E pª andar a cavallo permite as cazacas mais compridas q as dos Seculares. Naõ tragam polvilhos, nem pentes no cabello nem fitas nas camizas [e outros costumes];; Aviso do Príncipe Regente D. João «ao Minr.º Prov.al Fr. Jozé de Sta. Angela de Fulgino, em q he servido faça inventarios, e pezar todas as Pratas das Igr.as da sua Ordem, e naquelles lugares a q possa extender-se a Sua Jurisdiçaõ, e as faça recolher ao Mostrº de Sta. Cruz de Coimbra, Thomar, ou Palmella, escolhendo destes Mostr.os o q mais comodo lhe for, e faça remeter ao Real Erario o inventario das mesmas Pratas»;; «Alvará do Principe Regente D. Joaõ por q ha por bem ordenar q no Juizo da Coroa se regeitem in limine os recursos, q se interpozerem da Meza da Consciencia e Ordem, sobre os objectos de arrecadaçaõ, Administraçaõ dos Bens das Ordens especificadas no Alvará de 2 de Junho de 1614», etc. Encadernação da época, em pele, sem dizeres e com alguns defeitos, estando as folhas em perfeitíssimo estado de conservação. (ver gravura na pág. 46) 34211 - ver pág. 58 58 MANUEL FERREIRA 33986 - MATOS (A. Campos).- SEXO E SENSUALIDADE EM EÇA DE QUEIROZ. Ilustrações de Rui Campos Matos. 2012. In-4.0 de 62-II págs. B. 15 € “Este ensaio é uma incursão pormenorizada, numa área das mais originais e ricas da narrativa queiroziana, a da sexualidade, que inclui uma boa parte do seu mundo onírico fantástico.” Edição ilustrada a negro e a cores, limitada a 200 exemplares assinados pelo autor. 6640 - MATOS (Armando de).- BRASONÁRIO DE PORTUGAL. Livraria Fernando Machado. MCMXL-MCMXLIII. [Tip. Porto Médico Lda.]. 2 vols. In-4.º de 240-IV e 199-I-CIII-III págs. além de 112 ff. para o primeiro e 96 para o segundo, folhas onde vêm impressos os brasões. E. 300 € Obra de fundamental importância para o estudo da genealogia e heráldica portuguesas, numa magnífica e muito esmerada edição executada sobre bom papel e ilustrada com 1870 brasões desenhados por Gouveia Portuense, luxuosamente impressos a cores e metais. Devido à sua limitada tiragem os exemplares desta valiosa obra poucas vezes aparecem no mercado. Os volumes, com as capas de brochura conservadas, estão revestidos das excelentes encadernações editoriais, em inteira de carneira, com ferros dourados nas lombadas e pastas. 34211 - MEIRELES (Cecília).- SOLOMBRA. Livros de Portugal. Rio de Janeiro. [Êste livro acabou-se de imprimir em Outubro de 1963 na Casa Portuguesa de Lisboa para a Editôra Livros de Portugal, S.S. do Rio de Janeiro]. In-4.º de 63-III págs. B. 75 € Luxuosa edição de um dos livros e o último publicado em vida de um dos maiores nomes da Literatura Brasileira contemporânea, livro que ostenta quatro belas reproduções monocrómicas de pinturas de Júlio Pomar. (ver gravura na pág 57) 6284 - MELO (Adelino das Neves e).- MUSICAS E CANÇÕES POPULARES, Colligidas da tradição por... Lisboa. Imprensa Nacional. 1872. In-8.º gr. de 245 págs. E. 40 € Invulgar cancioneiro, cujas canções, na sua maioria, vem acompanhada das respectivas partituras. Cantigas de Coimbra, do Minho, de Trás-os-Montes, dos Açores e Cantigas de berço. Encadernação da época, com pequenas imperfeições. 28732 - MELO (D. António José de).- REGULAMENTO PRA O MANEJO E EXERCICIO DE FOGO com a carabina e espingarda de 14mm transformadas. Modelos de 1872. Lisboa. Imprensa Nacional. 1872. In-8.º peq. de 24 págs. B. 30 € Tem no fim uma litografia em folha desdobrável de grandes dimensões [43 x 30 cm.] representando as «Espingarda e carabina do systema Suider-Barnett» e as peças suas componentes. O «Diccionario Bibliographico Militar Portuguez», de Martins de Carvalho, regista várias obras do autor, omitindo esta. Capa da brochura com uma mancha no canto superior direito. 34091 - MELLO (D. Roboredo de Sampaio e).- FAMILIA E DIVORCIO. Lisboa. Livraria Clássica Editora. 1906. In-8.º gr. de 414-II págs. B. 35 € Este volumoso trabalho foi escrito «com o fim de esclarecermos muitos espiritos, ainda obsecados pelos erros e preconceitos tradiccionaes», demonstrando que «em face da Ethnographia e da Historia, a familia e o casamento são instituições puramente humanas que nada têm de divino e de sobrenatural;; que têm variado com os tempos, com os meios e com as diversas raças e que hão-de variar e evolucionar no futuro, afim de poderem satisfazer ás constantes aspirações para .../... MANUEL FERREIRA 59 uma maior felicidade e mais completa egualdade de direitos que preocupam sempre o espirito do homem e da mulher.» O autor já em 1900 havia apresentado ao Parlamento um projecto de lei para o estabelecimento do divórcio. Importante para a bibliografia feminista e republicana portuguesa. 14512 - MENDES (Manuel).- ROTEIRO SENTIMENTAL. Sociedade de Expansão Cultural [e Seara Nova]. Lisboa. [1964-1967]. 3 vols. In-8º B. 100 € Primeira edição das três obras que formam a trilogia, trabalho dos mais importantes da bibliografia do autor, cujos títulos são os seguintes: «Douro», «A Sul do Tejo» e «Os Ofícios». Muito invulgar. 34271 - A MODERNA EDADE. Revista quinzenal illustrada - Actualidades, sciencia, litteratura e arte. Director e editor: Joaquim Aroso. Porto. 1906. 5 números In-fólio B. 75 € Rara revista de que desconhecemos se outros números foram publicados, constam textos assinados por Alpha, Atílio Barbiera, Conan Doyle, Th. Huxley, Joaquim Aroso e José Teixeira Rego. O último número traz um artigo sobre «A Egreja de Matosinhos», de Joaquim Aroso, com fotogravura do seu riquíssimo altar-mor. A correspondência literária devia ser dirigida a Joaquim Aroso, Rua de Álvaro de Castelões, Matosinhos;; a Administração e tipografia situava-se na Rua de Santo Ildefonso, 11 a 15, Porto. Não consta do catálogo de periódicos da Biblioteca Nacional, ou das Publicações Periódicas Portuguesas existentes na Biblioteca G. da Universidade de Coimbra. 34215 - MONTEIRO (Campos).- O LIVRO, O MELHOR DOS AMIGOS. Conferência realizada, para encerramento da «Semana do Livro», no salão nobre do Ateneu Comercial do Pôrto... 1931. Casa Editora de A. Figueirinhas, Lda. Porto. In-8.º de 44-IV págs. E. 22 € EXEMPLAR PERSONALIZADO COM CURIOSA DEDICATÓRIA DIRIGIDA A BERTINO DACIANO, como recordação do Primeiro Prémio Escolar distribuído pela primeira vez na Freguesia de S. Félix da Marinha. Bonita encadernação em percalina, gravada a ouro na pasta da frente. 2157 - NASCIMENTO (João Cabral do).- ESTAMPAS ANTIGAS DA MADEIRA. Païsagem - Costumes - Traje - Edifícios - Marinhas. Introdução e texto de... Edição do Club Rotário do Funchal. M.CM.XXXV. [Tipografia Pôrto Médico, Lda. Porto]. In-4.º gr. de 95-I págs. B. 100 € Boa edição em papel couché, profusamente ilustrada com reproduções de gravuras e litografias, algumas das quais raríssimas. «(...) êste livro ficará como um testemunho de dezenas de artistas, mostrando, a quem quiser saber, como foi esta ilha noutras eras, como viviam os habitantes outrora e como os turistas antigos ocupavam bem os seus ócios em elevadas preocupações de espírito, legando-nos obras de arte que, sem serem dum Rembrandt ou dum Daumier, constituem no entanto o enlêvo dos coleccionadores.» Para além da descrição das colecções iconográficas dedicadas à Ilha da Madeira [Picken, Bulwer, Pitt Springett, Selleny, Harcourt, Gellatly, Dillon, Innes e Eckersberg], o autor apresenta os seguintes capítulos: Estampas avulsas e Livros ilustrados. Capa da brochura com vestígios de acidez. 32461 - NAVARRO (António Rebordão) & RAMOS (Dinis de).- INTERVENÇÃO. Poemas de... [Tip. Coimbra Editora, Lda. Coimbra. S.d.]. In-4.º de IV págs. inums. B. 75 € Edição decerto muito restrita, com dois poemas de cada um dos poetas acima referidos. VALORIZADO COM DEDICATÓRIA DOS AUTORES. Exemplar vincado e com um rasgão. 60 MANUEL FERREIRA 2872 - NEGREIROS (José de Almada).- MATERNIDADE. 26 Desenhos de Almada Negreiros. Texto de Ernesto de Sousa. Direcção gráfica de Armando Alves. Imprensa Nacional - Casa da Moeda. 1982. In-fólio B. 500 € Edição verdadeiramente magnífica desta preciosa colecção de 26 desenhos inéditos de Almada Negreiros, todos subordinados ao tema Maternidade, antecedidos de um importante estudo de Ernesto de Sousa. EXEMPLAR DA ESGOTADÍSSIMA E VALIOSA TIRAGEM ESPECIAL NUMERADA DE 220, NO FORMATO 42x31 CM., EM PAPEL SUPERIOR, COM TODAS AS FOLHAS SOLTAS CONSERVADAS NA SUA PASTA PRÓPRIA. 5046 - NEMÉSIO (Vitorino).- CAATINGA E TERRA CAÍDA. Viagens no Nordeste e no Amazonas. Livraria Bertrand. [Lisboa. S.d.]. In-8.º de 357-I págs. B. 30 € “Estes cadernos de viagem ao Nordeste e ao Amazonas completam, com um fio romanesco e um impressionismo flagrante de fauna, flora e gentes, largamente informado de cidades, engenhos, fazendas de gado, postos e cocais do «aranhol», o largo itenerário de O Segredo de Ouro Preto, que na bibliografia mineira figura bem ao lado do Guia de Manuel Bandeira e do Romanceiro da Inconfidência de Cecília Meireles, como Caatinga e Terra Caída se pode aproximar do Guia Sentimental do Recife de Gylberto Freire e dos melhores roteiros amazónicos.” Primeira edição. Com reproduções fotográficas impressas à parte. 5049 - NEMÉSIO (Vitorino).- ERA DO ÁTOMO CRISE DO HOMEM. Livraria Bertrand. Amadora. [1976]. In-8.º de 145-III págs. B. 25 € Integrado na «Colecção Ciências Sociais e Humanas». Primeira edição. 5050 - NEMÉSIO (Vitorino).- JORNAL DO OBSERVADOR. Verbo. [1974]. In-4.º de 439-VII págs. B. 25 € «Mais um punhado de crónicas - notas de viagem, artigos, pequenos ensaios - que reúno, já agora sob o expresso título de Jornal. Jornal do Observador [...] porque estas crónicas foram integralmente insertas no magazine que com esse título se publicou semanalmente em Lisboa...» 5494 - NEMÉSIO (Vitorino).- LIMITE DE IDADE. Poemas. [Editorial Estúdios Cor. Lisboa. 1972]. In-8.º gr. de 126-VI págs. B. 60 € Livro de versos bastante invulgar, fazendo parte desta primeira edição um disco de 45 r.p.m. intitulado «O autor fala do livro», disco que também contém alguns poemas ditos pelo poeta. 6283 - NEMÉSIO (Vitorino).- VIAGENS AO PÉ DA PORTA. Editorial Pórtico. Lisboa. [1967?]. In-8.º gr. de 205-I págs. B. 60 € “É um livro feito dos papéis avulsos de uma longa colaboração na Rádio e na Imprensa periódica, em cujo impressionismo pude contudo guardar a liberdade interior da reflexão e da poesia.” Primeira edição colectiva, a juntar às colecções de viagens por Portugal [do índice transcrevemos: Dunas de Mira, Minho, Trás-os-Montes, Beira Alta, Madeira, O Cavalo e a Serra, Tovim, Páscoa na Aldeia, Outono no Buçaco, Alcobaça e Batalha, Valença, Vale do Vouga, São Miguel de Seide, etc.) Edição ilustrada com desenhos de Julio Gil impressos em plena página. MANUEL FERREIRA 61 34168 - NETO (João Cabral de Melo).- O RIO ou relação da viagem que faz o Capibaribe de sua nascente à cidade do Recife. Serigrafias de Fayga Ostrower. Fontana. Rio 1974. In- fólio de 68-IV págs. + 4 serigrafias. E. 500 € “A iniciativa desta edição especial de O RIO pertence ao bibliófilo paulista José Mindlin, amigo do Poeta. Sua participação, entretanto foi além da iniciativa que data de meados de 1972. “Há muitos anos familiarizado com o livro, que coleciona como um erudito interessado no documento histórico e no objeto de arte, José Mindlin escolheu o papel, o Ilustrador e deu valiosas sugestões sobre imposição, encadernação e composição em tipos da família Bodoni, à vista do seu exemplar da Jerusalém Libertada impresso em Parma, pelo próprio Giambattista Bodoni. “Os editores teriam lembrado a preferência de João Cabral por aquela família de tipos quando, diplomata em Barcelona, imprimia na sua prensa manual os famosos exemplares da série O livro inconsútil, hoje raridades bibliográficas. Coube, portanto, aos editores, acatarem a especializada colaboração de José Mindlin no projecto gráfico, que foi complementado com os necessários pormenores técnicos.” Esmerada edição limitada a apenas 100 exemplares numerados e assinados pelo Autor, acompanhados de 4 serigrafias (também numeradas e assinadas) de Fayga Ostrower, executadas no atelier de Dionísio Del Santo. Edição concebida em folhas soltas, acondicionada em pasta e caixa executada no atelier de Gabriel Marti Lafontana, sob a orientação de Guita Mindlin. 34147 - NETO (Joaquim Maria).- O LESTE DO TERRITÓRIO BRACARENSE. [Torres Vedras. 1975]. In-8.º gr. de II-371-I págs. B. 50 € Estudo com grande importância para a história e a arqueologia do nordeste da Península, ilustrado com numerosos mapas integrados nas páginas de texto. 34177 - NEVES (José Acursio das).- ENTRETENIMENTOS COSMOLOGICOS, GEOGRAPHICOS E HISTORICOS. Lisboa: Na Impressão Regia. 1826. In-8.º de VIII-382-II págs. E. 50 € Muito curiosa e invulgar publicação de divulgação científica, onde o autor, conservador e miguelista, notabilíssimo economista e percursor do industrialismo em Portugal, divulga o conhecimento das ciências da astronomia e da geologia. Único volume publicado. Destacamos entre os muito interessantes capítulos: Geografia dos Vulcões;; Dos vulcões das Ilhas dos Açores;; Das ilhas formadas por vulcões, e da pertendida terra Atlantica;; Notícia de alguns terramotos mais notáveis;; Das pedras meteoricas, ferro, e outras substancias, que cahem da atmosfera;; Catálogo das quedas de pedras, ferro, e outras materias meteóricas;; Considerações geraes sobre os fluidos, que rodêão a parte solida do globo terrestre. Com carimbos da Associação Académica do Porto dissolvida por decreto de 24 de Novembro de 1932 – que declarava extinção de todas as agremiações académicas em Portugal. Encadernação da época, inteira de pele. 34204 - NEVES (Jose Acúrsio das).- HISTORIA GERAL DA INVASÃO DOS FRANCEZES EM PORTUGAL, E DA RESTAURAÇÃO DESTE REINO, Escrita por... Lisboa. M.DCCCX- MDCCCXI. 5 vols. In-8.º peq. de 345-I;; 302;; 373-I;; 363-I;; 319-I págs. E. 250 € É bastante curiosa a nota deixada por Innocêncio no Diccionário Bibliográfico acerca desta Obra: “Não podendo superar as difficuldades inherentes por via de regra á composição de uma historia contemporanea, e derivadas umas vezes da falta de informações exactas dos factos, outras da necessidade de poupar melindres e caprichos pessoaes da parte d’aquelles que se dão por offendidos com a verdade;; consta que esta obra trouxera alguns dissabores, e que molestado com as censuras de uns, e com as queixas de outros, tomára o partido de abrir mão da empreza, .../... 62 MANUEL FERREIRA deixando-a incompleta. A edição porém exhauriu-se, a ponto de que hoje apparecem raramente á venda alguns exemplares. Publicada entre 1810 e 1811, isto é, em plena terceira invasão francesa, esta monumental história deu origem a acesas polémicas, das quais se sobressai a mantida com o tenente general Francisco de Borja Garção Stockler que viria a ser capitão-general do Açores. Publicação bastante invulgar, não referida por Magalhães Sepúlveda no «Dicionário Bibliografico da Guerra Peninsular». Encadernações da época, em pele inteira, com ferros e rótulos gravados a ouro nas lombadas. Com pequenos defeitos. 14863 - NEVES (José Acúrsio das).- NOÇÕES HISTORICAS, ECONOMICAS, E ADMINISTRATIVAS SOBRE A PRODUCÇÃO, E MANUFACTURA DAS SEDAS EM PORTUGAL, e particularmente a Real Fabrica do Suburbio do Rato, e suas annexas. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno 1827. In-8.º de VII-I-405-III págs. E. 200 € Única e rara edição deste muito estimado trabalho, importante para o estudo da industrialização em Portugal, em particular da produção e manufactura das sedas, apresentando a transcrição de diversos documentos antigos. Trata também da «Fabrica de Chapeos do Pombal», da «fábrica de cutelaria», aulas de estuques, «fábricas de pentes, caixas de papellão, vernizes, relogios, e outros objectos», dos «Estabelecimentos de cerralheria, e de limas em Lisboa, e Pernes», da «Fabrica da louça» do Rato, fábricas de «botões, fundição, e obras vasadas de diversos metaes», das «Fabricas de tapessaria, e de charões», etc. Bonita encadernação inteira de pele, com a lombada trabalhada com ferros dourados em casas fechadas e com nervuras. Com anotações manuscritas no verso do frontispício. 5881 - A NOBREZA NA RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL. Documentação inédita de seus feitos. Lisboa. MCMXL-MCMXLI. 2 vols. In-4.º gr. de VIII-IV-236-II e VIII-172-II págs. E. em 1 vol. 120 € Nestes volumes aparecem os grandes nomes da Restauração de Portugal, relatos dos seus feitos, retratos, facsimiles de documentos, brasões d'armas, árvores genealógicas, etc. Obra importantíssima para a História da Restauração de 1640, numa muito rara edição que constou de 500 exemplares para o 1º volume e 300 para o 2º. Encadernação com a lombada e os cantos de pele, decorada a ouro e a seco, com nervuras e rótulos. Conserva as capas da brochura de ambos os volumes. 34019 - NOVA RENASCENÇA. Revista trimestral de Cultura. Propriedade da Associação Cultural «Nova Renascença». Porto. 1980-1999. 73 números In-4.º B. 300 € Revista de altíssimo lugar na vida intelectual portuguesa das décadas de 80 e 90 inspirada na Renascença Portuguesa, cujo número inaugural revela, para além de um Manifesto por uma «Nova Renascença», colaboração de Agostinho da Silva, António Salgado Júnior, Sant’Anna Dionísio, (todos eles antigos alunos de Leonardo de Coimbra);; Textos de Albano Martins, Dalila Pereira da Costa, Dora Ferreira da Silva, Fernando Echevarria, Jacinto de Magalhães, João de Araújo Correia, Jorge de Sena, J. Augusto Seabra, Júlio Resende, Nelson de Araújo, Norma Tasca, Salvato Trigo e Teixeira de Pascoaes. Para além destes nomes cimeiros da cultura portuguesa, ao longo de cerca de duas décadas colaboraram ou foram publicados entre muitos outros, textos de Afonso Botelho, Albano Martins, Alberto Serpa, Alfredo Ribeiro dos Santos, Almada Negreiros, António Osório, António Quadros, António Ramos Rosa, Armando Martins Janeira, Daniel Serrão, Diogo Alcoforado, Eduardo Lourenço, Eugénio Lisboa, Fernando Guimarães, Fernando Pessoa, Jaime Cortesão, João Alves das Neves, João Cabral de Melo Neto, João Rui de Sousa, José Jorge Letria, José Régio, Lima .../... MANUEL FERREIRA 63 de Freitas, Luísa Dacosta, Manuel Poppe, Maria Aliete Galhoz, Maria Alzira Seixo, Mário de Sá-Carneiro, Matilde Rosa Araújo, Mónica Baldaque, Octávio Lixa Filgueiras, Orlando Vitorino, Raul Leal, Roberto Carneiro, Rui Cinatti, Saúl Dias, Vitorino Magalhães Godinho, etc. Alguns são números especiais dedicados a um só tema, alguns dos quais duplos, triplos ou quádruplos: [Homenagem a Roland Barthes, Homenagem a Leonardo Coimbra, Portugueses no Mundo, Portugal e o Oriente, Nos 75 Anos da Renascença Portuguesa, Centenário do Nascimento de Fernando Pessoa, Homenagem a Jorge de Sena, Homenagem a António Salgado Júnior, Do Simbolismo aos Simbolismos, Número dedicado à Diarística, Centenário do 31 de Janeiro, Sant’Anna Dionísio - In Memoriam, IV Centenário da Morte de S. João da Cruz, Literatura Brasileira, O Trágico Comunista]. Colecção completa. 25495 - NOVAIS (Faustino Xavier de).- NOVAS POESIAS. Precedidas d’um Juizo Critico de Camillo Castello Branco. Porto. Livraria Chardron, Editor. 1881. In-8.º gr. de 307-I págs. E. 35 € É interessantíssimo o «Juizo Critico» de Camilo que abre este estimado livro, cujo autor, poeta satírico portuense, foi bastante aplaudido no seu tempo. Segunda edição, muito cuidada. Encadernação com lombada de pele, gravada a ouro com ferros ao gosto romântico. Com as margens integrais e as capas da brochura conservadas. 32895 - NOVELA PARA TODOS. Edição da Sociedade Comercial Portuguesa de Publicações e Telegrafia Lda. Lisboa. 1929. 7 Novelas. In-4.º B. 70 € Colecção completa, integrando colaboração de Américo Durão, Armando Ferreira, Artur Inês, Assis Esperança, Augusto Ferreira Gomes, Aurora Jardim, Bourbon e Meneses, Campos Monteiro, Castelo de Morais, César de Frias, Cristiano Lima, Diana de Lis, Eduardo Frias, Fidelino de Figueiredo, Jaime de Balsemão, José Agostinho, Laura Chaves, Mário Domingues, Nogueira de Brito, Norberto de Araújo, Olga Alves Guerra, Reporter X (pseudónimo de Reinaldo Ferreira), Rosa Silvestre (pseudónimo de Maria Lamas), Sara Beirão, Sousa Costa e Virgínia Lopes de Mendonça, entre outros, portugueses e sobretudo espanhóis, com destaque para José Francés, José Más, Palácio Valdés, R. Cansinos-Assens e Ramon Gomez de la Serna. Ilustrações de Armindo, Carlos Botelho, Iberino dos Santos, Roberto Nobre, etc. 34210 - OLINTO (Antônio).- NAGASAKI. 1956. Livraria José Olympio Editôra. Rio de Janeiro. In-4.º de 75-III págs. B. 30 € Primeira edição de um dos primeiros e mais invulgares livros de poesia deste desatacado poeta e prosador brasileiro com vasta obra publicada, apreciado com louvor por críticos brasileiros e estrangeiros. Capa e ilustrações de plena página de Levy Menezes. EXEMPLAR PERSONALISADO COM DEDICATÓRIA DO POETA AO TAMBÉM POETA ALBERTO DE SERPA. Com a capa da brochura um pouco marcada por acção da luz solar. 19506 - OLIVEIRA (Arnaldo Henriques de).- CATÁLOGO DA IMPORTANTÍSSIMA BIBLIOTECA QUE PERTENCEU AO MUITO ILUSTRE CONDE DA FOLGOSA. Prefaciado pelo distinto bibliófilo Dr. Alberto Navarro (Visconde da Trindade). Lisboa. 1962. In-8.º gr. de XVI-438-II págs. B. 25 € Catálogo de uma das importantes bibliotecas particulares leiloadas por Arnaldo Henriques de Oliveira, de onde se destacam entre outras obras de grande valor e raridade, a importante colecção de livros de Genealogia e Heráldica. Também o prefácio de Alberto Navarro merece menção pelo enquadramento que faz, a propósito desta biblioteca, do seu coleccionador, dos bibliófilos, dos amigos e do seu tempo. 33692 - ver pág. 65 MANUEL FERREIRA 65 9134 - OLIVEIRA (Arnaldo Henriques de).- CATÁLOGO DA MAGNÍFICA E VALIOSA BIBLIOTECA FORMADA PELO ILUSTRE BIBLIÓFILO CONIMBRICENSE CANDIDO AUGUSTO NAZARETH. Prefaciada pelo distinto publicista Dr. Octaviano Sá. Lisboa. Antiga Livraria Manuel dos Santos. 1949. In-8.º gr. de VIII-581-I págs. B. 125 € Catálogo verdadeiramente precioso, justamente designado pelo seu autor como «Subsídios para uma bibliografia coimbrã e das obras impressas na Imprensa da Universidade de Coimbra». TIRAGEM ESPECIAL LIMITADA A 50 EXEMPLARES IMPRESSOS EM PAPEL SUPERIOR, COM MARGENS DESENCONTRADAS E DE GRANDE FORMATO, ASSINADOS E NUMERADOS PELO ORGANIZADOR DO LEILÃO. 19507 - OLIVEIRA (Ernesto Veiga de).- FESTIVIDADES CÍCLICAS EM PORTUGAL. Publicações Dom Quixote. Lisboa. 1984. In-4.º de 357-III págs. B. 25 € «De há muito se impunha a reunião em volume do conjunto de textos que, nas décadas de 50 e 60, Ernesto Veiga de Oliveira dedicou ao estudo etnográfico das festividades cíclicas portuguesas.» Obra profusamente ilustrada, integrada na excelente colecção «Portugal de Perto». 33692 - [JOGOS OLÍMPICOS DE 1936]. DIE OLYMPISCHEN SPIELE 1936. In Berlin und Garmisch-Partenkirchen. Herausgegeben vom Cigaretten-Bilderdienst Altona-Bahrenfeld. [1936]. 2 vols. In-4.º gr. de 127-I e 165-III págs. E. 1500 € Interessantíssimo documento e muito rara publicação referente aos Jogos Olímpicos de 1936, realizados em Berlim durante o período ‘nazi’ e considerados os ‘Jogos Olímpicos’ até então, de maior grandiosidade, mais bem realizados e os primeiros a serem objecto de forte propaganda política. Edição luxuosa ilustrada com inúmeras provas fotográficas originais de excelente qualidade (entre as quais, algumas extraídas do filme «Olympia» de Leni Riefenstahl) , coleccionáveis, legendadas no verso de forma a serem coladas nos lugares que lhes foram previamente destinados, reproduzindo retratos de atletas e outros, caricaturas e aspectos das provas das diferentes modalidades desportivas. Tem ainda algumas estampas a cores reproduzidas a partir de pinturas originais, bandeiras a cores de todos os países participantes, mapas, plantas, etc. Ambos os volumes, separadamente dedicados aos Jogos de Verão e aos de Inverno, apresentam uma fotogravura de Hitler, presidindo aos respectivos Jogos da XI Olimpíada. Encadernações editoriais em tecido azul gravadas a ouro e a negro. Embora com vestígios de fita cola, conserva as muito raras sobrecapas de papel. (ver grvur na pág. 64) 5103 - ORTIGÃO (Ramalho).- O CULTO DA ARTE EM PORTUGAL. Segunda edição. Livrarias Aillaud e Bertrand. Lisboa. [S.d.] In-8º de 196 págs. E. 25 € Esmerada edição, ilustrada com um retrato do autor. Bonita encadernação editorial, semelhante à encadernação utilizada pelo mesmo editor na publicação das «Farpas». 6332 - ORTIGÃO (Ramalho).- A HOLLANDA. Porto. Magalhães & Moniz - Editores. [S.d. - 1883. Lisboa. Typographia da Academia Real das Sciencias]. In-4.º de XIII-360 págs. E. 50 € Uma das obras que mais prestigiaram o grande prosador português e aquela “ em que a sua prosa adquiriu, num estilo cheio de elegância e de colorido, o máximo poder descritivo”. Do índice: As Origens, Primeiros aspectos, Campos e Aldeias, As Cidades, As Casas e os Indivíduos, As Colonias, A Arte, A Cultura intelectual. Primeira edição portuguesa, bastante invulgar. Encadernação original. 66 MANUEL FERREIRA 1651 - ORTIGÃO (Ramalho) & QUEIROZ (Eça de).- AS FARPAS. Lisboa. David Corazzi - Editor. 1887-1888. [Typ. das Horas Romanticas. A partir do 7.º volume: Lisboa. Companhia Nacional Editora. 1889-1891]. 11+2+1 vols. In-8.º gr. E. 400 € Segunda edição, impressa sobre papel de excelente qualidade, a mais bela e cuidada de quantas até hoje se publicaram. Os dois últimos volumes são constituídos por «Uma Campanha Alegre», sendo particularmente difícil de obter o último destes volumes; juntamos «Ultimas Farpas», das Livraria Francisco Alves e Aillaud e Bertrand, 1917, de menor formato mas com igual encadernação. Belas encadernações editoriais, com ferros a ouro, a negro e vermelho. 5717 - OSÓRIO (João de Castro).- ORDENAÇÃO CRÍTICA DOS AUTORES & OBRAS ESSENCIAIS DA LITERATURA PORTUGUESA. Lisboa. 1947. In-8.º gr. de 123-II págs. E. 50 € Trabalho bibliográfico e crítico de apreciável interesse, ilustrado com facsímiles de frontispícios de livros antigos e modernos. Boa encadernação com lombada de pele gravada a ouro e com nervuras. Carminado à cabeça e com as capas da brochura conservadas. 33957 - PACHECO (Fernando Assis).- CATALABANZA QUILOLO E VOLTA. Centelha. Coimbra. 1976. In-8.º de 74-VI págs. B. 120 € “Catalabanza, Quilolo e Volta é basicamente a versão original de um título que publiquei em Maio de 1972, Câu Kiên: um Resumo, tirado a 500 exemplares para ofertas.” Integrado na colecção «Poesia — Nosso Tempo». COM DEDICATÓRIA DO AUTOR. Capa da brochura ilustrada com um retrato de Assis Pacheco. 33958 - PACHECO (Fernando Assis).- MEMORIAS DO CONTENCIOSO E OUTROS POEMAS. [erva daninha. 1980]. In-4.º de 56 págs. B. 120 € Tiragem limitada a 500 exemplares. AMISTOSA E MUITO CURIOSA DEDICATÓRIA DE ASSIS PACHECO. Com pequenas correcções manuscritas, provavelmente do autor. 33953 - PACHECO (Fernando Assis).- NAUSICAAH! Lisboa. 1984. [Composto e impresso em: J. J. Magalhães]. In-8.º de 8 págs. B. 120 € “Dado aos meus cunhados Paula e António Pedro no dia do seu casamento, à falta de melhor prenda. Esta Nausicas, inútil explicar, não existiu: somente a imaginação dela, maliciosa, relido Homero entre os perfumes da beladona e das laranjeiras em Pardilhó. Porém tudo cabe na puizia, que é um bordão dos tímidos.” Tirado ao duplicador, em edição de 300 exemplares fora do mercado. Integrado nos «Cadernos da Musa Irregular». AMISTOSA DEDICATÓRIA DO AUTOR. 33954 - PACHECO (Fernando Assis).- A PROFISSÃO DOMINANTE. Lisboa. 1982. [Composto e impresso em: J. J. Magalhães]. In-8.º de 8 págs. B. 120 € “Desta plaquete tiraram-se 300 exemplares destinados pelo autor a ofertas no Natal de 1982. A dedicatória é para alguns amigos: Afonso Praça, Rogério Rodrigues, Pedro Rafael dos Santos, .../... MANUEL FERREIRA 67 António Mega Ferreira, todos da profissão e representando aqui as redacções por onde foi crescendo a Musa Irregular.” Edição constitutiva dos «Cadernos da Musa Irregular», impressa ao duplicador e de muito limitada tiragem. CURIOSA DEDICATÓRIA DO AUTOR. 33956 - PACHECO (Fernando Assis). SIQUER ESTE REFUGIO. Lisboa, 1976. Heptágono. [Composto e impresso em: J. J. Magalhães]. In-8.º de 8 págs. B. 120 € “Este livro, quinto do autor, foi tirado no Natal de 1976 em 300 exemplares para oferecer. Vai dedicado a Maria do Carmo e António da Cruz Barbosa.” Terceiro opúsculo da colecção Reportório de Cegos. DEDICATÓRIA DO AUTOR: “Andam por aqui umas memórias comuns, o resto não passa de perplexidades, medos, risos frouxos do seu amigo.” 33952 - PACHECO (Fernando Assis).- VARIAÇÕES EM SOUSA. Lisboa. 1984. In-8.º de 8 págs. B. 120 € “Esta edição de 300 exemplares destinados a ofertas celebra os 74 anos do dr. José M. V. de Assis Pacheco, meu pai. Aqui encontrará ele, filtrados pelos anos, os mitos de que se alimentava seu filho na adolescência, máquina difícil, sempre em risco de empenar. Valha Não Sei Quem, eis que ele ao mesmo tempo fazia por salvar-se! Vao a folhinha também dedicada à memória de António Leitão de Figueiredo”. Raríssima plaquete, impressa ao duplicador, provavelmente destinada apenas a ofertas. COM DEDICATÓRIA DO AUTOR. “Gostará você disto? Mande dizer alguma coisa ao Assis!”. 546 - PACHECO (Luiz).- CARTA-SINCERA A JOSÉ GOMES FERREIRA. Nota do Autor por causa da Província. A Antologia em 1958. [Editora Gráfica Portuguesa. Lisboa]. In-8.º de 40-IV págs. B. 60 € “Tomando a seu cargo publicar esta Carta-Sincera, e numa colecção onde me sinto muito honrado de estar, o meu terrível inimigo Mário Cesariny de Vasconcelos coloca-me, talvez propositadamente, numa situação arrevezada, porque de sobra conheço a força das vindictas que o amor-proprio ferido sugere e porque, a cinco anos de vista, encontro nela coisas que fazem rir da minha seriedade de então — mas não é a primeira vez que isso me acontece e o pavor do ridículo não se dá bem comigo. (...)” Texto publicado na colecção surrealista «A Antologia em 1958», de muito reduzida tiragem. 33019 - PACHECO (Luiz).- OS DOUTORES, A SALVAÇÃO E O MENINO. Vos Estis Sal Terrae. HISTÓRIA ANTIGA CONTADA À MANEIRA DA BÍBLIA POR LUIZ PACHECO. [Imprensa Africana, Lda. 100 ex. 30-7-955 — Edição do Autor]. In-4.º de 7 ff. policopiadas. B. 400 € Rara publicação policopiada, com capa própria, impressa nas suas três folhas em forma de tríptico. Do texto impresso na capa transcrevemos o seu início: “Dos romances de Camilo dizia o Eça que neles não havia uma árvore;; dos romances dos nossos neo-realistas se pode dizer que neles não aparece um padre. Ora ignorar a existencia do padre na vida portuguesa, mòrmente nos meios rurais onde a acção da maior parte desses romances se situa, é coisa grave, porque revela esta coisa mais grave ainda, gravíssima: que um escritor desconhece a realidade com que trabalha e cria, logo escreverá de cór, por espírito de imitação, por formulário, ou como será? Eça de Queiroz, que as novas mocidades afectam desprezar, por superioridade parece, escrevia .../... 68 MANUEL FERREIRA lá longe, em Inglaterra, em Paris, mas sabia do que falava. E se o problema religioso não é posto na sua obra, pelo menos a nossa realidade católica está lá para quem a queira ver: caricaturada, por vezes (Eça escrevia para a Revolução...), mas está. (...)”. Pela primeira vez publicado in «Bloco» mas com título diferente (História Antiga e Conhecida), este texto foi incluído em «Crítica de Circunstância» e mais tarde, em 2002, com título ligeiramente adaptado (Os Doutores, a Salvação e o Menino Jesus. Conto de Natal), foi reeditado pela Oficina do Livro. A edição que apresentamos, é a primeira edição independente, limitada a 100 exemplares numerados e assinados por Luiz Pacheco. Dedicatória do autor a “companheira dos tempos do «BLOCO»”. Capa da brochura um pouco manchada na margem direita. 34224 - PACHECO (Luiz).- TEXTOS DE GUERRILHA. Ler, Editora. Lisboa. 1979-1981. 2 vols. In-8.º de 128 e 158-II págs. B. 60 € Baptista-Bastos: “Pode-se ou não gostar, de Pacheco;; pode-se estimar ou odiar Pacheco — não se pode é ignorá-lo. Este sátiro de três ao vintém, libertino de extracção caseira;; redutor da vulgaridade e da grosseria, alcoólico, intriguista maior, retirante de todos os sítios, lítera do séc. XIX, ressurrecto em truculência, saltimbanco, incongruente, inconsequente — faz da literatura um meio de vida e desta um universo próprio. Luiz Pacheco é meu amigo, mas eu não acredito no diabo. (...)”. Prefácio de José João Louro, poema prefacial de José Correia Tavares e carta- posfácio de Paulo Eduardo Pacheco. 3658 - PAIS (Armando da Silva).- O BARREIRO ANTIGO E MODERNO. - As outras Terras do Concelho. Edição da Câmara Municipal do Barreiro. 1963. In-4.º peq. de 465-XV págs. B. 25 € Monografia importante para a história do concelho do Barreiro, ilustrada com numerosas fotogravuras intercaladas nas páginas de texto, além de um brasão de armas impresso em separado a cores e metal. Dos assuntos tratados destacamos: O lugar do Barreiro elevado a Vila;; os seus Donatários;; a antiga Casa da Câmara;; a Igreja Matriz de Santa Cruz;; monarcas da 2.ª dinastia no Barreiro;; a Santa Casa da Misericórdia e sua Capela;; o Barreiro em 1571;; a extinta ermida de Santa Bárbara;; o culto de N.ª S.ª do Rosário e sua Igreja;; a concessão do Breve de Indulgências — A capela de N.ª Senhora do Rosário do Barreiro iguais às da Basílica de S. João de Latrão em Roma (Ano de 1789);; notícia do Terramoto de 1755 e dos seus efeitos no Barreiro;; a extinta Igreja de S. Francisco;; os antigos poços públicos;; os vinhos do Concelho;; praia e a vida piscatória;; os cais e os moinhos de água e de vento;; da rua de Palhais à rua D. Manuel I;; o asilo de D. Pedro V;; os caminhos de ferro;; a inauguração da gare marítima em 1884;; o Barreiro nos títulos de Nobreza;; a primeira associação de socorros mútuos;; os primeiros edifícios de escolas primárias oficiais (1870-2878);; uma visita do Rei D. Luís ao Barreiro;; as mais antigas Sociedades Recreativas;; Barreiro, antiga terra de touradas;; antigas profissões e a indústria corticeira;; os primeiros teatros;; os mercados;; o Barreiro na Implantação da República;; jornais, revistas e vultos notáveis Barreirenses;; D. João III no Lavradio;; o 1.º conde do Lavradio;; o Lavradio nos títulos de nobreza;; as mais antigas quintas do Lavradio;; a mais antiga colectividade lavradiense;; a Igreja de N.ª S.ª da Graça;; o convento de N.ª S.ª dos Prazeres;; a Telha e o seu glorioso passado;; Vale do Zebro e os estabelecimentos dos fornos;; Santo António da Charneca;; a antiga povoação de Coina, etc. etc. 9421 - PAIS (Armando da Silva).- O BARREIRO CONTEMPORÂNEO. Edição da Câmara Municipal do Barreiro. A grande e progressiva vila industrial. [III volume e Miscelânea (Factos e Figuras do Barreiro de várias épocas)]. 1965-1971. 3 vols. In-8.º gr. B. 60 € Trabalho monográfico exaustivo, ilustrado com inúmeras fotogravuras nas páginas de texto. Capa da brochura do 2.º volume imperfeita. 34199 - ver pág. 70 70 MANUEL FERREIRA 17456 - PAIVA (António da Costa).- APHORISMOS DE MEDICINA E CIRURGIA PRACTICAS. Porto. Na Typographia Commercial Portuense. 1837. In-8.º gr. de XXV-I- 205-I págs. E. 60 € «O meio de remover todos estes inconvenientes [referidos no volume] será, depois de haver estudado os livros de medicina e cirurgia antigos e modernos, e de haver comparado miudamente as doutrinas de huns com as dos outros, e apoz frequente e variada pratica, extrahir o que he realmente util nessas collecçoens immensas. Assim em breve volume se reunirá huma grande multidão de verdades, sem que fiquem como sepultadas no meio de dissertaçoens inuteis;; e foi isto o que tentei na presente publicação». Muito curioso e invulgar. Encadernação recente com larga lombada de pele gravada a ouro. Com as margens intactas 34199 - [PESSOA (Fernando)] — POE (Edgar).- O BAILE DAS CHAMAS. Tradução de Carlos Sequeira. Desenhos de Martins Barata. Edições Delta. Lisboa. [Tip. Beleza. S. d. - 1925?]. In-8.º peq. de 30-II págs. B. 100 € Original de Edgar Allan Poe integrado na colecção «Novelas & Contos», procurado pelos coleccionadores da obra de Fernando Pessoa por trazer uma breve biografia do autor escrita pelo poeta, biografia que viria a repetir-se noutro voluminho da mesma colecção: «William Wilson». Muito raro. Capa da brochura ilustrada com um desenho de Martins Barata. (ver gravura na pag. 69) 9807 - PIMENTEL (Alberto).- MEMORIAS DO TEMPO DE CAMILLO. A. A. 1913. Magalhães & Moniz, Lda. - Editores. Porto. In-8.º de 270-II págs. B. 30 € Interessantíssimo livro de memórias, por cujas páginas perpassam grandes vultos das letras e das artes da época, dos quais se destacam os nomes Ana Plácido Pinheiro Alves, Ernesto Bieter, Director da Revista Contemporânea de Portugal e Brazil e Júlio César Machado. Ilustrado. 7114 - PINHEIRO (Chaby).- MEMORIAS DE CHABY. Transcritas e coordenadas por Tomaz Ribeiro Colaço e Raúl dos Santos Braga. 1938. Editora Gráfica Portuguesa, Limitada. Lisboa. In-4º peq. de 220-III págs. E. 40 € Memórias de um dos maiores actores portugueses de todos os tempos, constituindo, por si só, importante fonte para a história do Teatro português das primeiras décadas deste século. Com numerosas fotografias do actor em algumas das suas mais notáveis criações. Edição numerada e rubricada, limitada a dois mil exemplares. Encadernação com lombada e cantos de pele, decorada com ferros gravados a ouro e com nervuras. Carminado à cabeça e com as capas da brochura conservadas. 26607 - PINTO (Joaquim Caetano).- RESENDE. Monografia do seu Concelho. Braga. 1982. [Barbosa & Xavier, Limitada. Braga]. In-4.º de 643-V págs. B. 50 € Exaustiva monografia do concelho de Resende, tratando todos os aspectos que lhe respeitam, desde a sua mais remota antiguidade até ao estudo de cada uma das suas freguesias, passando pelos seus costumes e lendas, linguajar e cantares populares, monumentos, águas termais, biografias de personalidades ilustres, vida monástica, etc. Com numerosas ilustrações. 7474 - PINTO (Maria Helena Mendes) & PINTO (Victor Mendes).- AS MISERICÓRDIAS DO ALGARVE. Ministério da Saúde e Assistência. Lisboa. 1968. In-4.º gr. de 392-II págs. B. 40 € Importante trabalho de inventariação do riquíssimo património artístico de que são detentoras as 21 Misericórdias do Algarve, numa excelente edição ilustrada com centenas de reproduções fotográficas em folhas à parte. MANUEL FERREIRA 71 33913 - PISSURLENCAR (Panduranga).- XIVAJI MAHARAJA COM SANGUE PORTUGUÊS?! Saquelim - Goa - (India). 1922. Imprenso [sic] na Tip. - Mahssagar - Ribandar. In-8.º gr. de 38-II págs. B. 50 € Resposta a uma brochura de José Joaquim Fragoso, neto e bisneto de algarvios nascidos em Lagos, em que estes «se propõe provar que o inclito fundador do império marata é filho de amores ilicitos de Gizabai com um certo fidalgo português de nome D. Manuel de Minezes» [sic], tese que Pissurlencar refuta. Muito rara e curiosa edição denotando a rudimentaridade da tipografia portuguesa na Índia já no fim do primeiro quartel do século XX. 12964 - PITTA (Sebastião da Rocha).- HISTORIA DA AMERICA PORTUGUEZA, desde o anno de mil e quinhentos do seu Descobrimento até o de mil e setecentos e vinte e quatro. Composta por... Fidalgo da Casa de Sua Magestade, Cavalleiro professo da Ordem de Christo, Coronel do Regimento da Infanteria da Cidade da Bahia... Segunda edição, Revista e annotada por J. G. Goes. Lisboa. Editor - Francisco Arthur da Silva. M.DCCC.LXXX. In-4.º gr. de XXVIII-404 págs. E. 125 € Trata-se, apesar de apontadas inexactidões, de um valioso repositório de notícias para a História do Brasil, com importantes esclarecimentos acerca das incursões francesa e holandesa, dando excelentes notícias biográficas de brasileiros notáveis, demonstrando notáveis conhecimentos relativos à história natural, agricultura, indústria, comércio, geografia, estatística e história política do seu tempo, etc. Esta é a segunda edição da obra, acrescentada com seis interessantes gravuras abertas em madeira e um mapa do Brasil em folha dupla. O autor, brasileiro da cidade da Bahia, nasceu em 1660 e a primeira edição da sua obra data de 1730. Boa encadernação de recente manufactura, com larga lombada de pele, ferros gravados a ouro, rótulos e nervuras. Carminado à cabeça e com as restantes margens integrais. Com restauros nas capas da brochura, folhas preliminares e no «Mapa do Brazil». 34269 - I EXPOSIÇÃO DOS ALUNOS DA ESCOLA SUPERIOR DE BELAS ARTES DO PORTO. Porto 16 maio 59 e. s. b. a. p. Lisboa 31 maio s. n. l. [s.l. de impressão]. In-8.º gr. oblongo de LXII págs. inums. B. 40 € Importante catálogo para a história da Escola Superior de Belas Artes do Porto e das artes plásticas em Portugal. Com ilustrações impressas sobre papel couché e o texto sobre papel reciclado. Textos de Carlos Ramos;; Dórdio Gomes e Barata Feyo, naquele tempo professores da E.S.B.A.P. Alunos participantes: Arquitectura: Alcino Soutinho e Augusto Amaral, Álvaro Ciza [sic] Vieira, Benito Lousan e Ferreira de Oliveira;; Pintura: Alice Sousa, Ângelo de Sousa, António Bronze, Armando Alves, Diva Barrias, Fifo, Helder Pacheco, Jorge Pinheiro, Laureano Guedes, Luís Demée, Manuel de Francesco, Manuel Pinto, Maria Antónia Marinho Leite, Flor Campino, Maria José Rebelo e Martha Telles;; Escultura: Aida Furtado, Amândio de Sousa, Carlos Pádua, Chartes [sic] Almeida, Ilídio Fontes, João Barata Feyo, José Grade, José Rodrigues, Lino, Lúcia Maia, Maria Clara Meneres, Rogério Mendes de Azevedo, Vítor Marques e Fifo;; em Desenho, a única modalidade que não apresenta texto: Ângelo de Sousa, António Bronze, Diogo Alcoforado, Gabriel Magalhães, Helder Pacheco, Jorge Pinheiro, José Grade, Laureano Guedes, Lino, Manuel de Francesco, Manuel Pinto e Helena Pina. Capa da brochura de Ângelo de Sousa. 33968 - QUADROS (António João de).- ENSAIO LITTERARIO. O Odio do Homem e a Justiça de Deus. Parafrase da Biblia por... [composição tipográfica decorativa]. 1865. Benaulim na typographia da SENTINELLA DA LIBERDADE. In-8.º de 76-II págs. E. 150 € .../... 72 MANUEL FERREIRA Conforme Innocêncio informa, o autor, que supõe ser goês, colaborou na «Sentinella da Liberdade» e tem artigos na «Illustração goana». Publicação bastante rara, impressa na pequena cidade de Benaulim, situada a sul de Margão, em Goa. Encadernação com lombada de pele decorada a ouro e com nervuras. Com as margens intactas e as capas da brochura conservadas. 3991 - QUEIROZ (Eça de).- FOLHAS SOLTAS. Palestina - Alta Síria - Sir Galahad - Os Santos. 1966. Porto. In-8.º de 204 págs. B. 22 € Publicação póstuma, organizada com base nos apontamentos de Eça de Queiroz durante a viagem que fez com o Conde de Resende ao próximo Oriente, onde assistiram à inauguração do Canal do Suez. 10616 - QUEIROZ (Eça de).- OS MAIAS. Episódios da vida romântica. De acordo com a primeira edição de 1888. Ilustrações de Bernardo Marques. Fixação do texto e notas de Helena Cidade Moura. 1971. [Edição Livros do Brasil»]. 2 vols. In-4.º de 387-II e 352-II págs. B. 60 € Trata-se da mais bela edição até hoje publicada de uma das obras mais marcantes de toda a bibliografia do autor. Edição executada sob a responsabilidade gráfica do Pintor Fernando de Azevedo, sobre excelente papel e ilustrada com lindíssimas ilustrações a negro e a cores, todas impressas em folhas à parte e especialmente executadas por Bernardo Marques para esta edição. Edição acondicionada em estojo próprio, gravado a ouro. 34002 - QUEIRÓS (Eça de).- O MANDARIM. Livraria Internacional de Ernesto Chardron, Editor. Porto e Braga. 1880. [Porto. Typ. de A. J. da Silva Teixeira]. In-8.º de IV-181-III págs. E. 125 € Exemplar da raríssima e valiosa primeira edição, em excelente papel e com o frontispício e o anterrosto impresso a duas cores. “Novela de carácter fantasista que Eça escreveu durante umas férias em Angers, para o Diário de Portugal, como substituição de um compromisso que não pôde cumprir, o da entrega do manuscrito d’Os Maias que se comprometera a publicar nesse mesmo periódico. Veio assim O Mandarim compensar a falta do prometido romance, tendo sido publicado entre 7 e 18-7-1880. A 1ª edição em volume, do editor do Porto Ernesto Chradron, apresenta um texto de maior extensão do que a 1ª versão”, segundo esclarece A. Campos Matos. Encadernação não contemporânea, com lombada e cantos de pele, decorada a ouro, com rótulos e nervuras. Levemente aparado e com falta das capas da brochura. 3992 - QUEIRÓS (Eça de).- O MANDARIM. Ilustrações de Rachel Roque Gameiro. Porto. Livraria Chardron. 1927. In-4.º de XI-II-123-I págs. E. 30 € Bela e cuidada edição, ilustrada com uma fotografia de Eça de Queiroz por Guedes de Oliveira. As ilustrações de Rachel Roque Gameiro são impressas no texto e em separado, sendo estas últimas a cores. Encadernação original gravada a seco e a ouro. Conserva a sobrecapa original de papel, ilustrada a cores com uma das ilustrações de Rachel Roque Gameiro utilizadas no interior do volume. 8602 - QUEIROZ (Eça de).- O PRIMO BAZILIO. Episodio domestico. Ilustrações de Alberto de Sousa. Porto. Livraria Chardron... 1927. In-4.º de 463-I págs. E. 30 € As ilustrações de Alberto de Sousa, a negro e a cores nas páginas do texto e em folhas à parte, fazem desta edição uma das mais belas até hoje feitas deste notável romance de Eça de Queiroz. Retrato do romancista reproduzido de um cliché original do jornalista e fotógrafo Guedes de Oliveira. Encadernação original gravada a seco e a ouro. Conserva a sobrecapa original de papel, ilustrada a cores por Alberto de Sousa. MANUEL FERREIRA 73 74 - QUEIRÓS (Eça de).- A TRAGÉDIA DA RUA DAS FLORES. Fixação do texto e notas de João Medina e A. Campos Matos. Moraes Editores - Lisboa. 1980. In-4.º de 468-IV págs. B. 25 € Primeira edição deste até então desconhecido romance de Eça, «rascunho centenário, porventura sem qualquer leitura posterior»;; «Pronunciando-se sobre este romance que ficaria quase que eternamente esquecido na arca familiar, Eça dizia que era «o melhor e mais interessante que tenho escrito até hoje»», segundo palavras de João Medina e Campos Matos no seu extenso e importante prefácio. 563 - [QUENTAL (Antero de) (Trad.)] — POE (Edgar).- A ENTREVISTA. Versão de Anthero de Quental. Coimbra. Typ. de M. Reis Gomes. 1900. In-8.º de 35-I págs. E. 150 € Raríssima edição, limitada a apenas 25 exemplares. Com um pequeno prefácio de Antero de Quental. Encadernação inteira de pele com as pastas circundadas por um filete, tendo na da frente o respectivo título e nome do autor. Com as capas da brochura conservadas;; uma mancha de água e um ex-libris colado na folha de anterrosto. 33197 - RAZÃO (A).- Revista Litteraria. Redactor, H. A. Salgado: Administrador, L. D’Aguiar. Anno I - 1883 - Maio 1 - Porto - Número 1. [ao nº 4 - Junho 15, 1883]. 4 números. In-4.º peq. de 32 págs. B. 150 € Muito interessante e raro jornal republicano de que apenas foram publicados 4 números. Para além da vasta colaboração de Heliodoro Salgado, Maçon natural de Santo Tirso iniciado em 1890 com o nome simbólico de Lutero na loja Obreiros do Trabalho de Lisboa, este periódico contou com a colaboração de Leite de Vasconcelos, Sampaio Bruno (?), Antero de Quental, Alves Mendes, Xavier de Carvalho, Ernesto Pires, Hamilton d’Araújo, Guilherme de Azevedo, Teixeira Bastos, etc. 33114 - REAL COLISEU PORTUENSE. Domingo 30 de Agosto, às 4 e meia da tarde Grandiosa e Excepcional Tourada em beneficio das Victimas de 31 de Janeiro. (...) Typografia Gandra. Entre-paredes, Porto - 30. [S.d.] 1 folha com cerca de 33 x 43 cm. 1500 € Cartaz de grande beleza e raridade, impresso a 6 cores sobre delicado papel japonês com motivos orientais a circundar o anúncio de uma «Grandiosa e Excepcional Tourada em benefício das Victimas de 31 de Janeiro». A título de curiosidade, o Real Coliseu Portuense situava-se junto à actual Rotunda da Boavista, foi inaugurado em 1889 e demolido em 1895. Foi a maior e mais imponente praça de touros da cidade do Porto;; acolhia cerca de 8.000 espectadores, possuía 2 restaurantes, camarotes, bancadas, salão de bilhares, cafés e quiosques de venda de jornais, além de dispor de iluminação eléctrica. 5105 - REDOL (Alves).- NASCI COM PASSAPORTE DE TURISTA. Contos. Livraria Portugália. Lisboa. 1940. In-8.º de 127-I págs. B. 55 € Dos primeiros e um dos mais raros livros de Alves Redol, um dos mais significativos representantes do neo-realismo em Portugal. Nesta obra, aborda o autor o tema do anti-semitismo nazi, que na época atingia os limites daquela que viria a ser a maior catástrofe da Segunda Guerra Mundial. Capa da brochura ilustrada por Júlio Goes. 4667 - RÉGIO (José).- BIOGRAFIA. Segunda edição, refundida e muito aumentada com novos sonetos e um prefácio. Arménio Amado - Editor. [Porto. 1939]. In-8.º de 76-IV págs. B. 100 € Edição indispensável aos coleccionadores das primeiras edições de José Régio, porquanto aqui vêm publicados sonetos inéditos, como inédito é o prefácio que os antecede. EXEMPLAR PERSONALIZADO COM DEDICATÓRIA DO AUTOR. 74 MANUEL FERREIRA 33800 - RÉGIO (José).- EXPOSIÇÃO DOS PINTORES DO DISTRITO DE PORTALEGRE. Maio — Junho — 1950. [Oficinas Gráficas de Silvino H. da Silva]. In-4.º quadrado de IV-XVIII págs. B. 30 € Catálogo bastante invulgar, ilustrado com reproduções de pinturas de Abel Santos, Arsénio Ressurreição, Benvindo Ceia, João Tavares, João Barata, Martins Barata, Miguel Barrías, Renato Torres e Ventura Porfírio. Texto de apresentação de José Régio. Capa da brochura com vestígios de humidade. 3193 - RÉGIO (José).- FADO. 2.ª edição. Com ilustrações de Stuart Carvalhais. Portugália Editora. Lisboa. [1957]. In-8.º gr. de 157-VII págs. B. 100 € Edição de esmerado cuidado gráfico, a segunda, agora publicada com seis desenhos do notável artista que foi Stuart Carvalhais. A edição original, dada a lume em 1941, contou com a colaboração plástica de «Júlio», irmão do Poeta. EXEMPLAR PERSONALIZADO COM ASSINATURA DO POETA. 4209 - RÉGIO (José).- FILHO DO HOMEM. Versos. Portugália Editora. Lisboa. [1961]. In-8.º gr. de 79-V págs. B. 100 € Exemplar da edição original, esmeradamente impressa em papel de boa qualidade. Capa da brochura ilustrada por Tóssan. EXEMPLAR PERSONALIZADO COM A ASSINATURA DO POETA. 16171 - RÉGIO (José).- PRIMEIRO VOLUME DE TEATRO. Jacob e o Anjo, mistério em três actos, um prólogo e um epílogo. Três máscaras, fantasia dramática em um acto. Post-Fácio. [Porto. Imprensa Portuguesa. 1940]. In-4.º de 163-III págs. B. 300 € É a primeira edição destas importantes peças de teatro, livro que teve muito restrita tiragem. Capa da brochura preservada, com uma bela ilustração de Júlio. COM UMA ASSINATURA NA FOLHA DE GUARDA, DO ESCRITOR JOSÉ OSÓRIO DE OLIVEIRA, jornalista, ensaísta e ficcionista, conhecedor e divulgador das literaturas caboverdeana, angolana e moçambicana, em cujas colónias viveu por longo tempo. 34139 - RÉGIO (José).- O RECURSO AO MEDO. [Edição do Movimento Democrático Português. Comissão Concelhia de Vila do Conde - 1974. Tip. Minerva. Vila do Conde]. In-4.º de IV págs. B. 100 € Nota prévia: «José Régio escreveu este notável artigo durante a campanha eleitoral do general Norton de Matos para a Presidência da República, em 1949. Era o primeiro de uma série que prometera para o jornal «República». Aí foi apenas publicado um, de tal maneira cortado e desfigurado pela Censura, que se tornou verdadeiramente incompreensível. O que agora se reproduz não apareceu nas colunas do diário oposicionista por a Censura se recusar a tomar conhecimento dele! O grande escritor, por tudo isso, desistiu do projecto. «Sobreviveu «Recurso ao Medo», porque foi publicado num opúsculo, pelos serviços de Imprensa do candidato democrático. É uma brilhante peça política, cuja força reside, não na violência das palavras, mas na análise psicológica, certeira e funda, da manipulação que fazem do medo de todos os regimes ditatoriais e totalitários, de tal modo que, na «Declaração dos Direitos do Homem» das Nações Unidas, figura com toda a legitimidade o direito da liberdade contra o medo. «O grande escritor e democrata vila-condense, na complexa e vasta mensagem que nos legou em toda a sua obra, deixa-nos a lição do que pode ser o «recurso ao medo» a que recorrem .../... 33205 - ver pag. 76 76 MANUEL FERREIRA todos os que, sem escrúpulo, tentam violar o homem no mais íntimo da sua personalidade para a consecução de fins que são a negação da liberdade e da democracia.» Raríssima edição em papel vermelho, cuja tiragem foi apenas de 500 exemplares, de que poucos devem ter sobrevivido. 34102 - REGULAMENTO GERAL DA CONSTRUÇÃO URBANA PARA A CIDADE DE LISBOA. 3.ª Edição. Lisboa. Tipografia Municipal. 1936. In-8.º de 213-I págs. E. 50 € Interessante elemento para a história urbana da cidade de Lisboa. Invulgar. Encadernação antiga de pele inteira. 32452 - REIS (Pedro Batalha).- MOEDAS DE TORO. Estudo das moedas d'El-Rei D. Afonso V que têm as Armas de Portugal, Castela e Leão. Lisboa. MCMXXXV. In-8.º gr. de 118-II págs. B. 50 € Segunda edição, cuidada e de limitada tiragem, ilustrada com várias estampas impressas em separado. 33205 - [MANUSCRITO SOBRE OS AÇORES]. 'Rellasaõ / Das 9 Ilhas dos Asores / e das / Cidades, Villas, e Lugares, / que Cada huma d'ellas contem / com / Os Fogos pertencentes a cada Freg.ª / 1752. Dim. 22 x 35 cm. 24 ff. 1000 € Depois da referida Relação, o caderno tem a seguir uma Carta de Manuel de Matos Pinto de Carvalho que diz o seguinte: «(...) pus na prezença do Ill.mo e Ex.mo Snr Francisco Xavier de Mendonça hum papel, com alguas informaçoens, respectivas ao augmento da Faz.da Real, e desordens concideraveis do seu Exped.e nas Ilas dos Açores;; e porq. no decurso de 5 annos q nellas exercitei o Cargo de Provedor da mesma Faz.da, pude adquirir hum conhecimento pratico de muitas circunstancias uteis, p. o augmento dellas, sendo V. Exª servido de ouvir-me terei a honra de expor, o q observei. Lxª 14 de Agosto de 1766';; segue-se uma Noticia da Fortificaçaõ de toda a Ilha 3ª em número de 32, com 308 peças de fogo;; uma folha assinada por Manuel de Matos Pinto de Carvalho, enumerando alvarás reais datados de 1567 a 1707 sobre a fortificação da Ilha;; por fim vem uma extensa «Reprezentaçaõ» de 13 ff. do mesmo Pinto de Carvalho que no seu início diz: «Com o mais profundo resp.to chega aos pes de V. Exª esta reprezentaçaõ, pª q. achando nella materia digna da sua efficaz Providencia, experimentem tambem as Ilhas dos Açores os effeitos da mesma, geralm.te benefica a todo este Reino, e suas Conquistas. «Desde o descobrim.to das Ilhas naõ tiveraõ estas plena Provid.ª, sem embargo da sua grande fertilid.e, abundancia de Agoas, situaçaõ e clima;; frustrandose, athe o prezente, estas dispoziçoens, naturalm.te, pela atençaõ do Comercio, e da sua Agricultura. «E devendo ser o Erario Regio hum dos mais instantes motivos, pª a promptidaõ de hua seria, e bem advertida Providencia, he certo, q. a naõ teve, athe o prez.te: porque nas mais Ilhas, excede a sua despeza a receita. Esta verd.e se fará mais evid.e pelo calculo, e inspecçaõ das Folhas das suas Feitorias, e Almoxarifados, attentas as mais despezas incertas da obrigaçaõ Regia, de quaze recurrente quantia: pois nellas se acham carregadas as porçoens dos rendimentos das Alfandegas, e Dizimos, de que, tam som.te se, compoem o Erario (...)» à margem deste importante texto tem, entre outras, as seguintes chamadas à margem: «Todo o Comercio das Ilhas he passivo»;; «Moeda Hespanhola»;; «Não tem tarifas»;; «Nao tem foraes»;; «Nao se devem arrendar as d.tas Alfandegas»;; «Dizimos, e Agricultura perdida»;; «Meyos pª a restaurar»;; «Nao se devem arrematar os Dizimos senao os da terra;; «Rendas do Marq. de Castelo Rodrigo nao devem taõ bem arrematar-se»;; «Moinhos»;; «Trigo applicado ao pão de munição dos soldados (...)»;; «Estado da Ilha Terceira»;; «Manufacturas»;; «Presidio militar»;; «Destacamentos pª as Ilhas»;; «Impoziçoens pª o Castello»;; «Grande Castello e suas commodidades»;; «Regim.to novo pª o governo do dito Castelo»;; «Falta de madeyras pª o reparo das pessas e provid.ª pª as formular»;; «Fornecim.tos q devem ir pª as moniçoens de guerra do Castello»;; «Irregular pagam. to pelas sovras da Ilha da Madeira»;; «Necessid. de acodir ao cais, e a loja (?) nobre do General .../... MANUEL FERREIRA 77 e providencias necessarias pª o exped.e d'Alfandega»;; «Administração da Justiça no estado prezente»;; «Necessidade (?) o castigo dos delenquentes em cazos maiores»;; «Necessid.e de selleiro publico - ou terreiro como o de Lxª (...)»;; «Hospitaes»;; «Igrejas, e necessidade de occorrer a ellas»;; capítulos especiais para todas as Ilhas;; o manuscrito termina com: «Em observancia da recomendaçaõ de V. S.ª sobre a averiguaçaõ das pessoas que nas Ilhas desfrutaõ rendimentos, no espasso que me facilitou a brevid.e indaguei, o que a V. Sª manifesto, protestando a minha obediencia para a mayor exacçaõ que o tempo me primitir, e a minha delig.ca alcançar», sendo referidos os nomes e as rendas do Conde de Castelo Melhor, Marquês de valença, Duque de Lafões, «Fulano de Mello e Albuquerque», Maquinez, «Hum Fidalgo de Alenquer», Conde da Ribeira, Conde de Soure, D. Pedro Manoel de Melo, Marquês de Castelo Rodrigo, Duque de Aveiro, etc. Documento de grande curiosidade e interesse, decerto produzido a mando do Marquês de Pombal e a ele dirigido. (ver gravura na pag. 75) 33741 - [SOBRE O PADRE ANTÓNIO VEIRA E CONTRA O TRIBUNAL DO SANTO OFÍCIO]. Resposta a h~ua Carta do P.e Vieyra, ou a hum papel / q com ella vinha, por hum seo Am.º Dim. 21 x 31 cm. 11 ff. 250 € Cópia manuscrita do séc. XVIII, cujo início se transcreve: «Perguntaisme o q entendo sobre este papel, q me mandasteis;; e pelo q me dizeis, infiro vos fez abater as azas;; porem a mim me fez endurecer mais o coraçaõ contra esta perfida gente, vendo a astucia diabolica, q sempre nelles experimentamos, taõ paleada, e disfarçada com capa de tanto zello, e pias exclamaçoens, pª nos persuadir a sua innocencia concebendo mau conceyto de hum Tribunal taõ puro, como o do S.to Officio;; Aonde conhecemos tantos, e taõ grandes varoens taõ assinalados assim em Letras como em virtudes: e prezumem estes, q com as suas fingidas razoens, e falsidades nos faram mudar de parecer contra a experiencia taõ larga, q temos assi da sua mald.e como daquelle justiss.º Tribunal.». 3197 - REVISTA DE EX-LIBRIS PORTUGUEZES. Director: Conde de Castro & Solla. [a partir do 5.º volume foi dirigida por H. de C. Ferreira Lima]. Proprietário-Editor: A. J. Tavares. 1916-1927. Typ. da Empr. Litteraria e Typographica. Porto. 6 vols. In-8.º gr. de IV-195-I;; IV-198;; IV-200;; 201-I;; 201-III e 192-IV págs. E. em 3 vols. 800 € Valiosa e muito estimada publicação, das mais apreciadas de quantas no seu género até hoje se tem feito em Portugal. Além de centenas de reproduções de ex-libris, super-libros e facsímiles de assinaturas, a obra conta com magníficos trabalhos assinados por alguns dos mais notáveis tratadistas portugueses da especialidade: Conde de Castro e Solla, António Baião, António Sardinha, D. António Pedro de São Paio, Archer de Lima, Francisco de Sousa e Holstein, H. de C. Ferreira Lima, João Lúcio de Azevedo, Frazão de Vasconcelos, Júlio Dias da Costa, Martinho da Fonseca, Matias Lima, A. Forjaz de Sampaio, Conde de Azevedo, Conde da Folgosa, Fidelino de Figueiredo, etc., etc. Segunda das publicações portuguesas consagradas ao ex-librismo, de grande importância não só para o estudo da genealogia e heráldica portuguesas, mas também por ser subsídio de alto relevo para o estudo da bibliofilia em Portugal e das suas bibliotecas. Edição restrita a 200 exemplares numerados e assinados pelo editor e pelo Conde de Castro e Solla, director da revista. Encadernações com as lombadas e os cantos de chagrin, cuidadosamente decoradas com ferros gravados a ouro e com nervuras. Carminado à cabeça e com as capas da brochura conservadas. 34261 - REVISTA PORTUGUESA DE HISTÓRIA DO LIVRO. Director: Manuel Cadafaz de Matos. Edições Távola Redonda. Lisboa. 1998-2014. 34 números em 29 vols. In-4.º B. 450 € Importante e erudita revista publicada pelo Centro de Estudos de História do Livro e da Edição, que se afirma como indispensável instrumento de consulta para a história do livro. Com a colaboração dos maiores especialistas contemporâneos portugueses e estrangeiros. 78 MANUEL FERREIRA 6344 - RIBEIRO (Aquilino).- OEIRAS. Imprensa Portugal-Brasil. Lisboa. 1940. In-8.º gr. de 103-I págs. B. 100 € Primeira edição desta valiosa monografia de Oeiras, onde Aquilino viveu durante alguns anos, aparecendo o seu nome apenas no colofon. É este, porventura, o mais raro livro de Aquilino. 32150 - RIBEIRO (José Rodrigues).- DICIONÁRIO COROGRÁFICO DOS AÇORES. Secretaria Regional da Educação e Cultura. Angra do Heroísmo. 1979. [Oficinas Gráficas da Livraria Cruz. Braga]. In-4.º de VIII-321-III págs. E. 75 € É o segundo e o mais completo trabalho da especialidade consagrado ao arquipélago dos Açores. Encadernação editorial. 33887 - RITO ESCOCEZ ANTIGO E ACEITO. Grau de Aprendiz. Lisboa. 1921. [Tipografia do Gremio Lusitano]. In-8.º gr. de 108-II págs. B. 50 € Regras de circulação privada, publicadas pelo Grande Oriente Lusitano Unido da Maçonaria Portuguesa. 26727 - RODRÍGUEZ CAMPOMANES (Pedro).- DISCURSO // SOBRE EL FOMENTO // DE LA // INDUSTRIA // POPULAR. // DE ORDEN DE S.M.Y DEL SONSEJO. // MADRID. En la Imprenta de D. ANTONIO // DE SANCHA. M.DCC.LXXIV. In-8º de X págs. prels. inums. sendo as duas últ. brancas e cxcviii nums. E. 400 € Primeira, raríssima e valiosa obra de Pedro Rodríguez, Conde de Campomanes, diplomata, homem de Estado, escritor e influente economista espanhol natural das Astúrias (1723-1803), foi «Fundador de las Sociedades Económicas de Amigos del país y una de las personalidades más distinguidas de la política española de su época», segundo extractámos da extensa rubrica que lhe é consagrada na grande «Enciclopedia Universal Ilustrada Europeo-Americana» de Espasa-Calpe, rubrica que inclui a sua longa bibliografia, entre a qual se encontra a obra aqui anunciada. O autor foi contemporâneo de Sempere y Guarinos: Apenas se encontrará obra alguna, que en tan corto volumen comprenda tanto numero de principios y máximas, las mas importantes para el adelantamiento de la industria nacional, y de la felicidad pública». A obra, importantíssima para a história do fomento da indústria popular, consta de 21 interessantes capítulos, dos quais referimos os seguintes: «Las manufacturas menores de seda son proporcionadas para las mugeres, y sin distraer hombre ninguno del campo, ocuparán los brazos actualmente ociosos»;; «Las fábricas de lino y cañamo son más sencillas, y menos costosas que las de lana y seda: tienen mayor consumo, y son mas á apropósito para emplear le gente pobre, y las mugeres y niñas»;; «El algodon suple por el lienzo, y aun por la lana y seda: admite todo género de mezcla, y produce mucha variedad de manufacturas baratas y usuales»;; «Las fábricas bastas y populares ocupan al pueblo comun;; son mas útiles que las finas, y deben preferirse á ellas»;; «Para promover la industria deben aprovecharse muchos géneros ó primeras materias, que estan abandonadas: ha de fomentarse el estudio de la historia natural, y establecerse premios para los que averigüen, y demuestren el uso de las plantas útiles á las fabricas»;; «Estado actual de las provincias de España en quanto á industrias;; y algunos abusos que deben remediarse»;; «El arte de la tintoreria es necesario para el adelantamiento y perfeccion de las fábricas. Son necesarios maestros en las capitales de las provincias, que la enseñen. Personas que deben aplicarse á esta enseñanza. Los ingredientes para tintoreria deben estar libres de direchos»;; «Se pierde mucha industria en los delinqüentes condenados á presidio. Medios para hacerlos útiles dentro del mismo presidio, y para que contribuyan á industria popular», etc. Encadernação inteira de pele, da época, com ferros dourados na lombada. Pequeno corte de traça junto à costura que apenas ofende as págs. clix a clxxviii. 5551 - ver pág. 80 80 MANUEL FERREIRA 34001 - SÁ-CARNEIRO (Mario de) & outros.- ALMANACH DOS PALCOS E SALAS PARA 1911. (23º anno de publicação). Illustrado com os retratos de Delphina Victor, Emilia d Oliveira, Ernesto Rodrigues e Antonio Cardoso, Acompanhados de artigos biographicos por Arnaldo Leite, Leandro Navarro. Felix Bemudes [sic] e Xavier da Silva. (...). Editor — Arnaldo Bordalo. Lisboa - 1910. In-8.º de 100-IV págs. B. 150 € Almanaque bastante invulgar e procurado, porquanto nele colaboraram Mário de Sá-Carneiro com o monólogo «BEIJOS» e Manuel Laranjeira com o prólogo dramatico «... AMANHû. Entre mais vasta colaboração literária destacamos ainda os nomes de Albertina Paraizo, Alice Moderno, Guiomar Torrezão, Mercedes Blasco, Alfredo da Cunha, André Brun, Arnaldo Leite, Domingos Monteiro, Felix Bermudes, Guedes d’Oliveira, Júlio Brandão e Maximiano Ricca. Reproduções de clichés fotográficos de Eurico de Carvalho [Delphina Victor];; Carlos Vasques [Ernesto Rodrigues];; photographia Fernandes [Emilia d Oliveira] e photographia Paris [Antonio Cardoso]. EXEMPLAR COM DEDICATÓRIA A CAMPOS MONTEIRO, PERTENCENTE A UMA EDIÇÃO ESPECIAL NUMERADA. Capa da brochura com marcas de acidez. 5551 - SÁ-CARNEIRO (Mário de).- DISPERSÃO. Doze poemas. Edições «Presença». 1939. [Tipografia da «Atlântida». Coimbra]. In-4.º de 70-II págs. B. 100 € Segunda edição, bastante rara, editada pelas muito apreciadas e inconfundíveis edições «Presença» em tiragem limitada a 558 exemplares numerados. Capa da brochura ilustrada com um desenho de «Júlio». (ver gravura na pág. 79) 34120 - SADE (Marquês de).- A FILOSOFIA NA ALCOVA. Tradução de Helder Henrique. Prefácios de David Mourão-Ferreira e Luís Pacheco. Edição de Fernando Ribeiro de Mello. [1966. Composto e impresso na E. P. S. - Montijo]. In-8.º gr. de 215-I págs. B. 40 € Edição integral desta obra clássica da literatura libertina, integrada na colecção «Afrodite», com capa e 7 ilustrações de João Rodrigues impressas em folhas à parte. Em rótulo assinado pelo Editor e colado na folha de guarda pode ler-se: «Aviso aos Ex.mos Livreiros. Tratando-se de uma obra cujo significado cultural só pode ser devidamente apreendido por pessoas de sólida e amadurecida formação, roga-se aos Ex.mos livreiros o maior cuidado na venda deste livro, de modo que ela seja rigorosamente interdita a menores. E mais se pede: que igualmente transmitam esta recomendação a todas as pessoas que adquiram a obra.» A edição mereceu por parte da Polícia Judiciária um processo onde foram arguidos, para além do editor, António Manuel Calado Trindade (tradutor);; Herberto Helder (cumplice), Luiz Pacheco (prefaciador) e João Rodrigues (ilustrador). Segundo informação recolhida no blog da editora Afrodite: “Herberto Helder estava inicialmente encarregue da tradução, mas este entregou-a ao jovem António Manuel Calado Trindade. Por decisão do editor, a tradução é atribuída ao pseudónimo Helder Henrique.” Prefácios de David-Mourão Ferreira (Contra Sade) e Luis Pacheco (O Sade Aqui Entre Nós, dedicado a Natália Correia). 2045 - SALVINI (G. R.).- CANCIONEIRO MUSICAL PORTUGUEZ. Porto. 1929. [Porto. Typographia Costa Carregal]. In-4.º gr. de XV-I-239-I págs. B. 50 € Álbum muito interessante, com numerosas peças para piano e canto. As letras são de alguns dos mais estimados poetas de então, contando-se entre eles, Junqueiro, João de Deus, Alexandre Braga e João de Lemos. De págs. 140 a 145 insere uma música com letra de Camilo Castelo Branco, «Queres a Flor?». Edição de 650 exemplares numerados e assinados por Júlio Romanoff Salvini, filho do autor. Capa ilustrada a cores, com um retrato de Salvini impresso no frontispício e visto através de um oval recortado. MANUEL FERREIRA 81 34275 - SANTOS (Abílio-José).- LIDANÇA. linóleos de maria augusta. [edição do autor. composição e impressão gráficos reunidos, lda. 1968]. 1 folha dobrada com 3 vincos. ou 16 págs. B. 40 € Edição restrita, de apurado cuidado gráfico e impressa sobre papel reciclado. COM DEDICATÓRIA DO POETA E DA ILUSTRADORA DIRIGIDA A ILSE LOSA. 23481 - S. JOÃO DA PESQUEIRA (Visconde de).- PALAZZOLA. (Um convento portuguez na Italia). Porto. Officinas do Commercio do Porto. 1904. In-fólio de XX-271-V págs. E. 200,00 € Valiosa e ampla monografia do convento português de Palazzola, antecedido de notícias históricas sobre o lugar onde o mesmo está implantado, convento este que foi restaurado por Frei José Maria da Fonseca e Évora, religioso franciscano, nascido em Évora e depois Bispo do Porto, cidade onde faleceu em 1752, devendo-se-lhe, entre outros altos serviços, a reconstrução desde os alicerces do convento de que este volume trata. O autor, 3º Visconde de S. João da Pesqueira, de seu nome Luís Maria de Sousa Vaía Rebelo de Morais, reuniu neste trabalho todas as informações que pôde encontrar para a reconstituição da história e da arquitectura daquele importante monumento, materializado nesta cuidada edição inteiramente estampada sobre papel couché e prodigamente ilustrada com documentos iconográficos antigos e fotográficos. Tiragem confinada a 200 exemplares, muito invulgares no mercado. Exemplar valorizado com dedicatória autógrafa do autor. Excelente encadernação à amador, nova, com ferros e título gravados a ouro na lombada. Com as capas da brochura conservadas, e inteiramente por aparar. 13348 - SÃO TOMÁS (Frei Alberto de).- VIRTUDES DE ALGUMAS PLANTAS DA ILHA DE TIMOR. Estudos de Frei Francisco Leite de Faria... e do Engenheiro José d'Orey... Prefácio de Alberto Iria, Director do Arquivo Histórico Ultramarino. Ministério do Ultramar. Lisboa. 1969. In-fólio de 39-I págs. 65 ff. e IV págs. B. 40 € Belíssimo códice de Frei Alberto de São Tomás, escrito e desenhado provavelmente depois de Fevereiro de 1788, cujo título original é o seguinte: «Virtudes de Algumas Plantas, Folhas, Frutas, Cascas e Raizes de differentes Arvores e Arbustos da Ilha de Timor». Disse Luís de Pina que o original é composto de «Magníficas estampas aguareladas que acompanham cada planta, tam rigorosas e tècnicamente tam bem executadas que só por si merecem particular registo. As figuras substituem perfeitamente as plantas naturais! É um belo pequeno herbário cuja posse se deve ao cuidado, digno de todo o elogio, do Director da I Exposição Colonial Portuguesa, capitão Henrique Galvão. Adquiriu-o em Moçambique, oferecendo-o ao Arquivo Colonial de Lisboa». A edição reproduz na sua integralidade e cores o belo trabalho de Frei Alberto de São Tomás, documento importante para o conhecimento da Flora timorense. 30441 - SAUNIER (Claudius).- TRAITÉ D’HORLOGERIE MODERNE THÉORIQUE ET PRATIQUE. Troisième édition, revue, augmentée, Dite Édition C. Detouche. Paris. Revue Chronologique. 1887. 2 vols. In-4.º gr. de VIII-944 págs. e 20 estampas E. 250 € Obra de referência bibliográfica da relojoaria do século XIX, ilustrada com 100 figuras intercaladas no texto e, em volume à parte, 20 estampas a cores mostrando em pormenor as peças e o funcionamento de diversos modelos, constituindo, por isso, elemento fundamental para relojoeiros restauradores. Encadernações novas, com as lombadas em pele. 82 MANUEL FERREIRA 34280 - A SEMANA MUSICAL. Directora Oliva Guerra. Editor e proprietario: Ayres de Carvalho. Lisboa. 1923-1924. 52 números In-fólio E. 80 € Publicação especialmente constituída por partituras musicais de compositores portugueses e estrangeiros, sendo referidos apenas os nomes dos primeiros: Luís de Freitas Branco, Raul Portela, Fernandes Fão, Maria Adelaide Lima Cruz, Soeiro da Costa, Lima Fragoso, Fausto Neves, Matta Júnior, A. R. Gomes, Cláudio Carneiro, Manuel Ribeiro, Estefânia Cabreira, Jaime Câmara, Ivo Cruz, Armando Leça e Mário de Sampaio Ribeiro, entre outros. Colecção completa de «A Semana Musical», depois continuada pela «Revista Musical». Capas ilustradas por Bernardo Marques, Stuart Carvalhais, M. Calvet e Amarelhe. Encadernação modesta. 9411 - SENA (Jorge de).- ESTUDOS DE HISTÓRIA E DE CULTURA. (1ª Série). Volume I. Edição da Revista Ocidente - Lisboa, 1963. In-4.º de 621-III págs. E. 60 € Colectânea de estudos respeitantes a D. Afonso Henriques, D. Filipa de Lencastre, Painéis de Nuno Gonçalves, Inês de Castro, Fernão Lopes, Camões, D. Pedro I, D. Sebastião, etc. Primeiro e único volume publicado. Invulgar. Boa encadernação à amador, com lombada e cantos de pele, dourados e nervuras. Carminado à cabeça e com as capas da brochura conservadas. Exemplar personalizado com uma assinatura do autor. 34133 - SENA (Jorge de).- O SANGUE DE ÁTIS. [Lisboa. 1965]. In-8.º gr. de 88 págs. B. 50 € Importante trabalho baseado na Poesia na Obra de François Mauriac. Rara separata da revista «O Tempo e o Modo». 34166 - SEPÚLVEDA (Luis).- O VELHO QUE LIA ROMANCES DE AMOR. Traduzido do Espanhol (Chile) por Pedro Tamen. Ilustrações de Pedro Proença. Asa Literatura. [Porto. 2002?]. In-fólio de 110-II págs. E. 75 € Muito bela e luxuosa edição do célebre romance do escritor chileno Luis Sepúlveda, comemorativa do 10.º aniversário da primeira edição portuguesa, com ilustrações a cores de Pedro Proença e impresso em papel de escolhida qualidade. TIRAGEM NUMERADA E ASSINADA PELO AUTOR, LIMITADA A 2000 EXEMPLARES Encadernação dos editores, com sobrecapa ilustrada e estojo editorial também estampado a cores. 11228 - SEQUEIRA (Eduardo).- GUIA DO NATURALISTA, COLLECCIONADOR, PREPARADOR E CONSERVADOR. Porto. Livraria - Cruz Coutinho - Editora. 1887. In-8.º gr. de VIII-128 págs. B. 250 € Curioso trabalho sobre a arte de conservar as espécies zoológicas e botânicas, descrevendo a forma de as capturar, descarnar, lavar, pintar e envernizar, montar, etc. Com um capítulo sobre ninhos e ovos. Numerosas gravuras nas páginas de texto representando espécies e instrumentos usados no seu tratamento e sete folhas à parte contendo exemplares verdadeiros de musgos, fetos, líquenes, algas, etc., folhas estas que muitas vezes já não apresentam esses exemplares, dada a dificuldade da sua conservação. COM DEDICATÓRIA DO AUTOR. Capa da brochura com algumas manchas de sujidade. 9416 - SILVA (António Manuel Policarpo da).- O PIOLHO VIAJANTE, divididas as viagens em mil e uma carapuças. Ortografia actualizada, prefácio, glossário e notas por João Palma-Ferreira. Lisboa. Estúdios Cor. 1973. In-4.º de 313-I págs. E. 50 € Interessantíssima obra satírica, de grande importância para o conhecimento da sociedade .../... MANUEL FERREIRA 83 portuguesa dos primeiros anos do século passado, excelentemente estudada por João Palma- -Ferreira no extenso prefácio a esta boa edição, que, além do texto integral da obra, apresenta um vasto conjunto de estampas a negro e a cores, nas páginas do texto e em separado, reproduzindo costumes da época. Encadernação editorial de pele, com ferros dourados e a seco na lombada e na pasta da frente. 33242 - SILVA (João Gomes da) [Conde de Tarouca].- [POESIAS MANUSCRITAS]. Sem data. Dim. aprox. 22,5 x 17,5 cm. 350 € São 58 de 61 ff. manuscritas de ambos os lados, estando as três últimas em branco, com caligrafia setecentista, perfeitamente legível. O Autor destas poesias é João Gomes da Silva, Conde de Tarouca por casamento e Vilar Maior / Alegrete por linhagem. Referido, entre outros, por Barbosa Machado e Inocêncio Francisco da Silva. João Gomes da Silva, nascido em Lisboa em 1671, foi Ministro plenipotenciário de Portugal ao congresso de Utrecht, Académico da Academia Real da História, autor com vários títulos publicados, etc. O já referido Barbosa Machado, na bibliografia registada em nome deste autor, refere, em manuscrito, as suas «Obras Poeticas», «que comprehendem mais de 200 Sonetos a varios assumptos Academicos com outras Poezias Lyricas serias, e jocosas. 4. M.S.». Este bibliógrafo dissipa todas as dúvidas acerca da autoria destas poesias, porquanto transcreve o seguinte soneto, também incluído neste conjunto, com variantes relativamente ao que transcreve: «Queimandose o palacio do Conde de Tarouca conformouse este com a sua disgráça. Soneto. Vorãz incendio, horrivel instromento / Do estrago: nam me aflijas: determino, / Tolerándo a inclemencia do destino / Disputarte o podero no sofrimento. Cruél, ou brándo arrebatado, ou lento;; / Erras por indulgente, ou por indigno;; / Se offendes por castigo: hés muy benigno, / Se offendes como acázo és muy violento. / Náda me altéra o gólpe exorbitante / Que em mim ser venturozo, ou disgracádo / Produzio sempre effeito similhante. / Mais me temo a mim mesmo, que ao meo fádo: / Receio tanto o excesso no Constante, / Que degenére o firme do obstinádo». Cremos que o original apresentado foi caligrafado por, pelo menos, duas mãos, estando algumas das poesias repetidas. 34028 - SILVA (Joaquim Norberto de Sousa e).- BRASILEIRAS CELEBRES. Rio de Janeiro. Livraria de B. L. Garnier. Paris. 1862. In-8º de VIII-232 págs. B. 80 € Livro interessante e invulgar, com os seguintes capítulos: BRASILEIRAS CELEBRES;; INTRODUCÇÕ HISTORICA. A colonia. O reino. O imperio. I. AMOR E FÉ. - Paraguaçu ou Catharina Alves. - Maria Barbara. - Damiana da Cunha e os Cayapós. II. ARMAS E VIRTUDES. - A guerra brasilica. - As senhoras Pernambucanas em Tejucupapo.- Dona Clara Camarão.- Dona Maria de Souza.- Dona Rosa de Siqueira.- Dona Maria Ursula. III.- RELIGIÃO E VOCAÇÃO.- Josepha de San José.- A beata Joanna de Gusmão.- A Irmã Germana. IV. GENIO E GLORIA.- Dona Rita Joanna de Souza.- Dona Angela do Amaval, a musa cega.- Dona Grata Hermelinda, a philosophinha.- Dona Delphina da Cunha, a poetiza. V. POESIA E AMOR.- A conjuração mineira.- Os poetas de Villa Rica.- Dona Maria Dorothéa ou a Marilia de Dirceu.- Dona Barbara Heliodora. VI. PATRIA E INDEPENDENCIA.- As Senhoras Bahianas durante a guerra.- Joanna Angelica, a freira martyr.- Dona Maria de Jesus, a guerreira. - As senhoras Paulistanas. EPILOGO.- LOUVOR E CRITICA.- As Senhoras Brasileiras, e os viajantes estrangeiros.- Douctor Valdez y Pallacios.- Max Radiguet.- Eugène Delessert.- Arsène Isabel. Com falta das capas da brochura originais, mas revestido de bonito papel azul, impresso a ouro com motivos decorativos. 6079 - SILVA (Maria Madalena de Cagigal e).- A ARTE INDO-PORTUGUESA. Edições Excelsior. [Lisboa. 1966]. In-fólio de 374-II págs. B. 350 € É o mais completo trabalho acerca da arte indo-portuguesa, impresso em bom papel e largamente documentado com estampas a cores e a preto e branco, reproduzindo os mais representativos e variados objectos dessa mesma arte. Tiragem total limitada a 1000 exemplares. 84 MANUEL FERREIRA 34259 - SIMÕES (Manuel) & CABRAL (Luís).- IMAGENS CAMILIANAS. Comissão Nacional das Comemorações Camilianas. Porto 1991. [Execução Gráfica: Jódique/Artes Gráficas. 91]. In-4.º gr. de XII págs. de texto e 62 estampas. B. 50 € Álbum de excelente qualidade gráfica reunindo no estojo para ele especialmente feito um valioso conjunto de 62 folhas soltas com espécimes iconográficos de Camilo e de seus familiares, amigos, documentos manuscritos, vistas do Porto, edifícios, etc., a negro e a cores, reproduzidos a partir de originais fotográficos e outros. Destes destacamos os trabalhos de Bordalo Pinheiro, José de Brito, Dórdio Gomes, Artur Bual. 34162 - SKAPINAKIS (Nikias).- 5 IMAGENS PARA NEMÉSIO. (Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Lisboa. 1983). In-fólio de I folha e 5 estampas. E. 350 € A primeira das duas páginas de texto contém um poema de Vitorino Nemésio, a que se seguem, em folhas soltas, cinco lindíssimas serigrafias policromadas feitas a partir de guaches originais de Nikias Skapinakis. EDIÇÃO LIMITADA A 200 EXEMPLARES NUMERADOS E ASSINADOS POR NIKIAS SKAPINAKIS NO VERSO DAS SERIGRAFIAS. Bela pasta editorial gravada a duas cores, com a reprodução de um guache policromado colado na face anterior. 34150 - SOARES (Celestino).- CALIFORNIA AND THE PORTUGUESE. How the portuguese helped to build up California. A monograph written for the Golden gate International Exposition on San Francisco Bay 1929, by... SPN Books Lisbon 1939. In-8º gr. de 69-I págs. E. 50 € Edição cuidada, ilustrada com desenhos de Jorge Barradas e boas fotogravuras em folhas à parte, tendo ainda, em folha desdobrável de grandes dimensões [57x44 cm], um mapa-mundo da era de quinhentos, a cores, desenhado por Celestino Soares. Encadernação inteira de pele, com ferros e nervuras na lombada. Com as capas da brochura preservadas. 9905 - SOUSA (Frei Luís de) & SANTA CATARINA (Frei Lucas de).- PRIMEIRA [A QUARTA] PARTE DA HISTORIA DE S. DOMINGOS, particular do Reino e Conquistas de Portugal, por Fr. Luis de Cacegas da mesma Ordem e Provincia, e Chronista d'ella. Reformada em estilo e ordem, e amplificada em successos, e particularidades por Fr. Luis de Sousa, filho do Convento de Bemfica. Terceira edição. Lisboa. Typ. do Panorama. M DCCC LXVI. 6 vols. In-8.º gr. E. em 3. 200 € Crónica de alto merecimento histórico e literário, clássico muito estimado e bastante invulgar nesta terceira edição. A quarta parte, intitulada «Chronista da Ordem dos Prégadores, e Académico da Academia Real», foi redigida por Frei Lucas de Santa Catarina. Encadernações da época de pele inteira. 13649 - TAVARES (Maria José Pimenta Ferro).- OS JUDEUS EM PORTUGAL NO SECULO XV. Universidade Nova de Lisboa. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas [1982] [e Instituto Nacional de Investigação Científica. Lisboa. 1984]. 2 vols. In-4.º de 535-I e VI-III-III-907-XXXV págs. B. 60 € Obra de grande profundidade e reconhecida probidade, assente sobre o estudo de uma enorme .../... 12541 - ver pág. 86 86 MANUEL FERREIRA massa de documentação antiga, de que se destacam todos os livros que constituem as chancelarias de D. João I, D. João II, «continuando ainda pelos primeiros anos do reinado de D. Manuel I», conforme declara a autora na «Nota Prévia» inserta no primeiro volume. A obra constituiu a Dissertação de Doutoramento em História, apresentada pela autora na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, em tiragem de 3000 exemplares para o primeiro volume e de 1000 para o segundo, sendo este de dimensões maiores do que o primeiro. 1179 - TOMÁS (Manuel Fernandes).- REPERTORIO GERAL, OU INDICE ALPHABETICO DAS LEIS EXTRAVAGANTES DO REINO DE PORTUGAL, Publicadas depois das Ordenações, Comprehendendo tambem algumas anteriores que se achão em observancia: ordenado pelo Desembargador... Segunda edição correcta, e augmentada. Coimbra. Na Imprensa da Universidade. 1843. 2 vols. In-4.º gr. de IV-VIII-316 e IV-372 págs. E. 150 € Elemento de primordial importância para o estudo da história do Direito em Portugal que decorre entre a publicação das Ordenações de 1603 ou Filipinas a 1819. Segunda edição, preferível à edição original publicada entre 1815 e 1819, porquanto «naquella primeira edição saísse elle [o Repertorio] incompleto;; que não é de esperar que obras de tal natureza possão fazer-se de um jacto, e levar-se desde logo ao ponto de perfeição de que são susceptiveis, Por isso só em nova edição se poderião emendar os defeitos, preencher as faltas, e rectificar as imperfeições, que não podião deixar de escapar naquelle primeiro, com quanto bem trabalhado, ensaio.» “Existindo porém em nosso poder [do editor], escriptas de seu proprio punho [do autor], as addições, correcções, e rectificações, que já havia redigido, e que são ainda em não pequeno numero;; e sendo aliás tão vivamente desejada dos cultores da nossa Jurisprudencia, tanto no estudo theorico, como na pratica forense, e até no exercicio dos Cargos administrativos, uma nova edição desta Obra, tão necessaria e indispensavel em cada um dos referidos empregos, quanto hoje rara e dificil de encontrar no commercio: tivemos que fariamos util serviço, reproduzindo o mesmo Reportorio em nova e mais commoda edição incluindo no lugar competente, e com numeração repetida os novos artigos, e addicionando nos antigos os augmentos e correcções, que se achão escriptas de letra de seu A. no exemplar de seu uso que possuimos, ficando assim propriamente esta Obra no estado, em que elle a deixou.” Encadernações com as lombadas em pele, da época. Com as capas da brochura conservadas. 2470 - TORGA (Miguel).- BICHOS. Contos. 3ª edição revista. Coimbra. 1943. [Composto e impresso nas oficinas da «Atlântida»]. In-8.º de 127-I págs. B. 200 € Invulgar edição de «Bichos», um dos mais lidos e reeditados livros de Miguel Torga. EXEMPLAR PERSONALIZADO PELO AUTOR COM DEDICATÓRIA AO POETA EUGÉNIO DE ANDRADE. 12541 - TORGA (Miguel).- PENAS DO PURGATÓRIO. Poemas. Coimbra. [Oficinas da «Coimbra Editora, Ldª»]. 1954. In-8.º de 64 págs. B. 200 € Exemplar da edição original, logo esgotada, tendo sido publicada a segunda ainda no ano de 1954. Superiormente valorizado pela dedicatória que apresenta de Miguel Torga para o também poeta Alberto de Serpa. (ver gravura na pág. 85) 31520 - TORGA (Miguel).- QUERIDOS CONDISCÍPULOS: Há em Panoias, nos meus sítios, um grande santuário pagão que a sombra das carvalheiras cobre de melancolia. (...) [S.l.n.d.] In-4.º de IV págs. inums. B. 75 € Raríssimo texto de agradecimento, dactilografado e policopiado, escrito por ocasião de uma .../... MANUEL FERREIRA 87 homenagem que ao Poeta foi prestada (segundo uma nota manuscrita no exemplar da Biblioteca de Laureano de Barros “por ocasião da inauguração de uma placa numa casa onde estudou em Coimbra”), começando o autor por se referir às inscrições do santuário de Panoias, para que serviram e ao estado de abandono a que foram votadas, terminando: «Por isso, o meu grande problema de ora em diante não é o de saldar a dívida que contraio neste momento para convosco: é pagar-vos os juros com o máximo de beleza que consiga arrancar da pena rebelde que a natureza me deu.” — Miguel Torga. 34234 - TRATADO DE COMMERCIO E NAVEGAÇÃO ENTRE SUA MAGESTADE A RAINHA DE PORTUGAL E DOS ALGARVES E SUA MAGESTADE A RAINHA DO REINO-UNIDO DA GRAM-BRETANHA E IRLANDA, ASSIGNADO EM LISBOA PELOS RESPECTIVOS PLENIPOTENCIARIOS EM 3 DE JULHO DE 1842. [Brazão com as Armas de Portugal]. Lisboa. Na Imprensa Nacional. 1842. In-4.º de 16 págs. B. 75 € Publicação de grande importância para o estudo das relações comerciais luso-britânicas, em cujo tratado Portugal aceita que as Marinhas de ambas as partes tenham o direito de visitar navios suspeitos e que comissões mistas sejam formadas para julgamento dos transgressores. Neste tratado foram nomeados diplomatas plenipotenciários o Duque de Palmela e o Barão Howard de Walden, Frederik Ellis. 34233 - TRATADO // PARA // A COMPLETA ABOLIÇÃO // DO // TRAFICO DA ESCRAVATURA // ENTRE // SUA MAGESTADE // A // RAINHA DE PORTUGAL E DOS ALGARVES // E // SUA MAGESTADE // A // RAINHA DO REINO-UNIDO DA GRAM-BRETANHA E IRLANDA, // ASSIGNADO EM LISBOA // PELOS // RESPECTIVOS PLENIPOTENCIARIOS // EM 3 DE JULHO DE 1842. // [Brazão de Armas de Portugal[ // LISBOA // NA IMPRENSA NACIONAL. // 1842. In-4.º de 41-I págs. B. 200 € Rara edição do tratado celebrado entre D. Maria II e Vitória de Inglaterra, para a completa abolição do tráfico da escravatura, tratado que permitia à Royal Navy a inspecção dos navios com bandeira portuguesa. 5603 - VALENTE (Vasco).- PORCELANA ARTÍSTICA PORTUGUESA. Porto. 1949. [Imprensa Moderna, Limitada]. In-4.º gr. de 111-I págs. B. 100 € Monografia de arte fundamental para o estudo da porcelana artística portuguesa, enriquecida com numerosas estampas impressas em papel couché reproduzindo muitas das espécies estudadas. Está ainda documentada com numerosas reproduções de marcas e respectiva identificação. Trabalho galardoado com o Prémio José Figueiredo e considerado por Manuel de Figueiredo como «definitivo e de grande importância para a História das Belas Artes em Portugal, num dos seus «capítulos» menos bem estudados até agora, e, seguramente, dos mais interessantes para os coleccionadores de objectos de arte.” 34153 - VASCONCELOS (Mário Cesariny de).- AS MÃOS NA AGUA, A CABEÇA NO MAR. A Phala. [Edição do autor. Jan.- 1972. Tipografia Peres]. In-8.º gr. de 192-IV págs. B. 50 € Primeira e rara edição desta importante recolha de textos dispersos, na sua maior parte de grande raridade, sobre Vieira da Silva, Fernando Pessoa, Rimbaud, Verlaine, Eurico Gonçalves, Nerval, Swift, António Maria Lisboa, Dádá, Octavio Paz, Breton, Camilo Pessanha, Kandinsky, Eduardo Viana, Ezra Pound, Apollinaire, Jorge de Sena, Szenes, Buñuel, Cruzeiro Seixas, Dali, Mário Henrique Leiria, etc. 88 MANUEL FERREIRA 12072 - VASCONCELOS (Mário Cesariny de).- PLANISFÉRIO E OUTROS POEMAS. Guimarães Editores. [1961. Lisboa]. In-4.º de 74-II págs. B. 75 € Primeira edição de um dos primeiros livros do autor, integrado na «Colecção Poesia e Verdade». 34094 - VELHA (Cândido da).- CORPORÁLIA. Angola. [Imprex. Sá da Bandeira. 1972]. In-8.º gr. de 45-III págs. B. 50 € Livro de poesia impresso em Angola, provavelmente de muito reduzida tiragem. Cândido Manuel de Oliveira da Velha, natural de Ilhavo [Aveiro], poeta, contista e jornalista foi um dos organizadores dos cadernos «Atitude», colaborou em diversos jornais, entre os quais «Cultura II» (continuadora da revista «Mensagem» extinta pela Polícia Política do Governo Colonial), «Jornal de Angola», «A Província de Angola», «Notícias de Angola», «Brasília do Sul» e «Suplemento Literário» de Minas Gerais (Brasil). A sua obra figura em diversas antologias poéticas («Kazuela I», «Breve África», «No Reino de Caliban. Antologia Panorâmica da Poesia Africana de Expressão Portuguesa», «Antologia da Poesia Pré-Angolana» e na «Antologia do Mar na Poesia Africana de Língua Portuguesa do Século XX»), tendo sido distinguida com o 1.º Prémio de Poesia da Associação dos Naturais de Angola (ANANGOLA) pelo seu livro «Poemas do Apocalipse» e com o Prémio «Mota Veiga» com o livro «As Idades da Pedra». Expressiva dedicatória autógrafa a Alfredo Guisado. 33742 - [CÓPIA SETECENTISTA DE UMA IMPORTANTE CARTA MANUSCRITA]. VIEIRA (Padre António).- Carta / do R.mo P.e Antonio Vieira / Ao Ex.mo Conde de Cast.º / Melhor. Dim. 21 x 31 cm. 61 ff. B. 350 € Primeiro parágrafo desta extensa e importante carta do Padre António Vieira, relacionada com o Processo de que foi vítima por parte do Tribunal da Inquisição: «Naõ pode Sñor negarse an.al simpatia dos astros, a quem m.tos chamaõ parentesco do Coraçaõ, e tanto mais poderozo este q o do sangue, q correndo hum pelas veyas por donde o encaminhou a natureza, o outro se entranha dentro das mesmas arterias porq por esta parte o encaminhou sempre o amor: deste parentesco se naõ pòde livrar ainda o q hé taõ nobre como as estrellas, porq as mesmas estrellas o inclinaõ, ou violentaõ, e pòde bem ser, q o mesmo q nos grandes hé violencia forçoza, seja nos humildes inclinaçaõ suave, porq os grandes humilhaõsse no amor, e os humildes melhoraõ se no objecto.» 33732 - [MANUSCRITO]. VIEIRA (Padre António).- Defeza do Liuro intitolado 5º Imperio q. hê / juntam.te a segunda Apollogia do Liuro Clauis Pro / phetarum de Regno christi, q. o Pe. Antº Vrª offere- / ceu aos Snres. Inquizidores estando prezo. / Resposta das propoziçois Censuradas, e na ultima / p.te deste rezumo vay recopilada a Vida do dº Pe. Dim. 20,5 x 29 cm. 28 ff. 400 € Cópia manuscrita do século XVII ou XVIII, não datada nem assinada, pertencente à questão levantada pelo tratado do Padre António Vieira intitulado «Quinto Império do Mundo, Esperanças de Portugal» que culminaria com o seu julgamento e prisão nos cárceres da Inquisição de Coimbra. 8427 - VIEIRA (Padre António).- HISTORIA // DO // FUTURO.// LIVRO // ANTEPRIMEYRO // PROLOGOMENO A TODA A HISTO- // ria do Futuro, em que se declara o fim, & se // provaõ os fundamentos della. // Materia, Verdade, & Utilidades da Historia // do Futuro. // ESCRITA PELO PADRE // ANTONIO VIEYRA // da Companhia .../... 33736 - ver pág. 90 90 MANUEL FERREIRA de JESUS, Prèga- // dor de S. Magestade. // [gravura em madeira com emblema da Companhia de Jesus] // LISBOA OCCIDENTAL, // Na Officina de ANTONIO PEDROZO GALRAM. // Com todas as licenças neccessarias. Anno de 1718. In-8.º gr. de XXXVI págs. prels. inums. e 379 nums., mais uma em branco final. E. 500 € Primeira e muito rara edição de uma das importantes obras do Padre António Vieira. “O Livro Anteprimeiro da História do Futuro é uma espécie de prólogo explicativo da História do Futuro, ou seja do grande sonho vieiriano de um Quinto Império consumado pela acção de um rei português. Foi redigido durante a primeira metade do ano de 1665, na sequência da preparação que Vieira fazia da sua defesa perante o Santo Ofício.” [in «Catálogo da Exposição — Padre António Vieira, 1608-1697» organizado na Biblioteca Nacional, em 1997]. José dos Santos fez minuciosa descrição desta edição, no Catálogo da Livraria dos Condes de Azevedo e de Samodães. Encadernação inteira de carneira, com ferros fundidos a ouro, rótulos e nervuras na lombada. 33736 - VIEIRA (Padre António).- Petiçaõ do P.e Antonio Vieyra feyta ao Tribunal do Santo officio de Coimbra. Dim. 21,5 x 31 cm. 16 ff. B. 300 € Cópia manuscrita do século XVIII de uma das mais importantes peças do Processo instaurado pela Santa Inquisição ao Padre António Vieira a propósito das Profecias de Bandarra e do Quinto Império. (ver gravura na pag. 89) 33738 - [PADRE ANTÓNIO VEIRA]. Vieyra. Informaçaõ da Sua Cauza dos Cardeaes, q. estavã em Roma. / Informatyionis pro Cauza P. Antonnii Vieyra Soc. Ies. Dim. 21 x 31 cm. 10 ff. B. 150 € Cópia manuscrita do século XVIII, em latim, referente ao Processo que lhe foi movido pelo Santo Ofício da Inquisição. 27290 - VILLANUEVA (Jaime) [aliás VILLANUEVA (Joaquin Lorenzo].- VIAGE LITERARIO Á LAS IGLESIAS DE ESPAÑA. Le publica con algunas observaciones Don Joaquin Lorenzo Villanueva. Madrid en la Imprenta Real [Imprenta de Oliveres antes de Estévan e Imprenta de La Academia de la Historia]. 1803-1852. 22 vols. In-8.º de XIV-264-II;; 256-II;; IV-340;; VI- 342;; E. em 11. 2500 € Obra verdadeiramente monumental e de grande interesse para o estudo do culto, do direito e da arte católica ibérica;; dos seus rituais, dos clérigos e das suas catedrais, conventos e mosteiros, sínodos, hagiografia, das Bulas, dos códices e manuscritos, das bibliotecas, da música, da pintura e da literatura, das relíquias, arqueologia, festas e procissões, da arte tumular, das cerimónias fúnebres, etc. etc. Do Prólogo: “Los viages literarios, tan justamente promovidos en nuestros dias por lo mucho que contribuyen al fomento de las ciencias útiles á la sociedad, tienen una especial recomendacion para los pueblos católicos, quando se dirigem á extender el conocimiento de la disciplina eclesiástica, y á ilustrar en todo ó en parte los ritos y práticas religiosas de la santa iglesia. Loable es el ansia de los antiquarios y de los artistas por descubrir los tesoros ocultos de la antigüidad profana, que dan luz á la historia, extension á las ciencias, modelos y estímulos á las bellas artes. Pero aun lo es mas la de los fieles ilustrados, porque se publiquen los tesoros literarios de la religion, cuyos intereses son de un órden superior, y transcendentales á objetos mas dignos.” Colecção completa, assim constituída: Madrid, Imprenta Real, 1803 a 1806: I e II vol. — Iglesias de Játiva y Valencia;; III e IV vol. — Iglesias de Segorbe. Cartujas de Valde. Cristo, Portaceli, y Monasterios de Nuestra Señora de la Murta y Benifazá. Memorias eclesiásticas de Peñiscola;; V vol. - Iglesia de Tortosa;; .../... 27290 - ver pág. 90 92 MANUEL FERREIRA Valencia, Imprenta de Oliveres antes de Estévan, 1821: VI vol. - . Iglesia de Vique;; VII vol. — Continuaçión de Iglesia de Vique. Viaje a Montserrate, monasterio de Santa Cecilia de Montserrate. Iglesia de Manresa y monasterio de San Benito de Bages. Viaje al monasterio del Estany;; VIII vol. — Monasterio de Santa Maria de Ripoll. Viage a San Juan de las Abadesas. Monasterio de San Pedro de la Portella. Casa de Puig en Berga. Monasterio de Serrateix. Viaje a Cardona. Memorias de sus iglesias. IX vol. — Noticias de Cervera y su parroquia. Viage a Solsona y a su iglesia. Villa de Ager y su iglesia. Urgel y su iglesia. X vol. — Continuaçión de la Iglesia de Urgel;; Madrid, Imprenta de La Academia de la Historia, 1850 a 1852: XI vol. — Continuaçión da la Iglesia de Urgel;; XII vol. — Concluye la Iglesia de Urgel. Noticia de las colegiatas de Castellbó, Orgaña e Trem e dos Monasterios de Gerri e Santa Maria del Mar. Historia del monasterio de Beqpuig de las Avbellanas. Iglesia de Gerona;; XIII vol. — Continuaçión de la Iglesia de Gerona;; XIV vol. — Concluye de la Iglesia de Gerona. Colegiata de San Felix. Noticia de los monasterios de San Salvador de Breda, San Pedro de Cercada, Santa Maria de Amer, Santa Maria de Rosas e San Estevan de Bañolas;; XV vol. — Monasterios de San Feliù de Guixols. Santa Maria de Ulla, Empurias, Vilabertran e San Pedro de Roda. Besalú, noticia de su colegiata y de los condes que gobernaron como principes. San Pedro de Camprodón, fundación de su monasterio. Noticias de la antigua Sede de Ictosa, Tolba e Falç. Historia de la Iglesia de Roda;; XVI vol. — Iglesia, Universidad y otras noticias de Lérida;; XVII vol. — Continuaçión de la Iglesia de Lérida. Historia de los monasterios de Lavax e de Alaon o de la O. Iglesia de Barcelona;; XVIII vol. — Continuaçión de las Iglesias de Barcelona y noticias de su universidad, bibliotecas públicas, academias, escuelas, museos, baños publicos del siglo XII, conventos e archivos;; XIX vol. — Viaje a la Murta. Montalegre, San Miguel del Fay, Tarrasa, San Cugat del Vallés, Valdebron. Notícias de la Iglesia de Tarragona;; XX vol. — Terminacion de la Iglesia de Tarragona, Viaje al monasterio de Santas Cruzes, a Poblet, a Scala Dei e Escornalbou;; XXI vol. — Viaje a Mallorca. Memorias históricas de esta isla. Su Iglesia, bibliotecas e antiguidades;; XXII vol. — Continuaçión da Viaje a Mallorca. Bibliotecas de Palma. Edição registada por Vincent Salvá no «A Catalogue of Spanish and Portuguese Books...», sob os n.ºs 2249 e 4199. No primeiro, publicado em 1826, diz: “If Mr. J. Vollanueva had bequeathed nothing to posterity but the present work, the literary world would have reason to deplore his premature death. To the endowments of an accurate historian and a learned and laborious antiquarian and bibliographer, he united the art of writing his language with that facility and purity, which are only to be acquired by an attentive perusal and study of our best models. (...);; sob o n.º 4199 e no ano de 1829: “The Viage literario of Señor Villanueva is one of the most important works which have been of late published in Spain. The beauty of its language and style, and the soundness of its doctrines, are calculated to afford great instruction and amusement to the reader. With the erudite researches after the most ancient monuments relating to ecclesiastical affairs to be found only in the archieves, are happily interwoven many curious notices on points of history, the belles lettres and the fine arts, wich were either totally unknown, or known only to the few. The author had besides the fortunate opportunity of expressing his sentiments with perfect freedom in the five last volumes, which were printed during the constitutional government. This circunstance however makes the said volumes very difficult to be found at present.” Também D. Pedro Salvá y Mallen no «Catálogo de la Biblioteca de Salvá» refere a edição, com detalhe. Palau no «Manual del Librero Hispoanoamericano» salienta: “(...) Esta obra es importantísima para Cataluña, puesto que todos los datos son de primera mano y conserva multitud de informaciones sobre antigüedades y libros desaparecidos. (...)”. São muito raros e valiosos os exemplares da primeira edição como o que apresentamos. Confrontando este exemplar com a descrição feita por Palau, estão em falta as gravuras [2+4+2+2] pertencentes aos volumes I, II, IV e V. Tem no entanto as seguintes [1+2+1+1] nos .../... MANUEL FERREIRA 93 volumes XII, XVIII, XX e XXII, não descritas pelo bibliófilo no «Manual del Librero Hispoanoamericano». Quanto à paginação das folhas preliminares encontramos as seguintes discrepancias: O vol. VI, apresenta XII págs. prels. em vez das VIII descritas;; O vol. X, em vez das XIV prels. apresenta XVI [erro ?];; O vol. XII, em vez das XIV prels. apresenta apenas IV [erro ?];; O vol XV apresenta IV preliminares que não constam na Manual de Palau. Encadernações da época, em pele inteira, decoradas nas lombadas a ouro e com rótulos. (ver gravura na pág. 91) 2841 - VITERBO (F. M. de Sousa).- A ARMARIA EM PORTUGAL. Noticia documentada dos fabricantes de armas brancas que exerceram a sua profissão em Portugal. Lisboa. Por ordem e na Typographia da Academia. 1907. In-Fólio de VI-176 págs. ——— A ARMARIA EM PORTUGAL. Segunda serie - Noticia documentada dos fabricantes de armas de arremesso e de fogo, bésteiros, viroteiros, arcabuzeiros, espingardeiros, etc., que exerceram a sua industria no nosso paiz. Lisboa. Por ordem e na Typographia da Academia. 1908. In-4.º gr. de VI-187-I págs. E. em 2 vols. 200 € Trabalho de alto mérito e ainda hoje um dos mais completos que sobre tal assunto se escreveu entre nós, onde se encontram registados e tratados mais de 400 fabricantes de armas brancas e de fogo, do século XIV ao século XVIII. O autor faz acompanhar o seu trabalho de farta documentação, inédita na sua maioria. Obra completa, muito rara e valiosa, pois a sua tiragem foi confinada a 100 únicos exemplares, em separata da «Historia e Memorias da Academia Real das Sciencias de Lisboa». Encadernações com cantos e lombadas em pele, só de leve aparados à cabeça e com as capas da brochura conservadas. 34254 - WALTON (William).- A EXPEDIÇÃO DE DOM PEDRO OU A NEUTRALIDADE EM DISFARCE POR GUILHERME WALTON, AUTHOR DE OUTROS OPUSCULOS MUI BEM ACREDITADOS SOBRE A ACTUAL QUESTÃO PORTUGUEZA. (...) — LISBOA: 1832. NA TYP. DE JOSÉ BAPTISTA MORANDO. Rua dos Calafates N.º 114, 2.º andar. In-8.º gr. de 49-I págs. B. 80 € Rara e muito interessante publicação com interesse para o estudo da Questão Portuguesa e da suposta neutralidade de Inglaterra perante a disputa pelo trono entre os descendentes da família real portuguesa. Também com interesse para a história dos preparativos para o desembarque da armada liberal no areal da Arnosa de Pampelido e da entrada de D. Pedro na cidade do Porto. “Uma expedição premeditada, composta de diversas embarcações de guerra, de quantidade de artilheria e outras provizões de guerra, assim como d’um corpo consideravel de marinheiros e soldados foi disposta em nossos Pórtos desde principios d’Outubro até fins de Dezembro de 1831, com o manifesto projecto de commetter hostilidades sobre os Dominios de Portugal, e quando se achou prompta para sahir ao mar, consentio-se que deixasse nossas praias sem se adoptar nenhuma medida de prevenção apezar da notoriedade do cazo, e da urgencia das appelações postas em acção para este efeito, (...). 34161 - ZÖLLNER (Frank).- LEONARDO DA VINCI. 1452-1519. Obra Completa de Pintura e Desenho. Taschen. Köln... [Printed in Italy. 2004]. In-fólio de 695-I págs. E. 120 € Monumental edição, dedicada à pintura e aos desenhos de Leonardo da Vinci, com 663 reproduções a cores impressas sobre papel da escolhida qualidade. Sem dúvida um dos mais completos livros até hoje publicados sobre a obra deste genial pintor, escultor, arquitecto, engenheiro e cientista italiano. .../... 94 MANUEL FERREIRA Na primeira parte o autor desenvolve o seu trabalho em torno da vida de Leonardo, baseando-se nas suas cartas, contratos, diário e outros manuscritos;; a segunda parte compreende um catálogo raisoné da sua obra pictórica conhecida;; a terceira e última foi integralmente dedicada aos seus desenhos, apresentados segundo diversas áreas temáticas: arquitectura, técnicas, anatomia, figuras, proporção, cartografia, etc. Edição impressa em folhas de grandes dimensões [29,5 x 43.5 cm], profusamente ilustrada a cores com a reprodução de muitas das suas Obras, e detalhes de pormenor que permitem a análise das obras ao mais ínfimo pormenor. Encadernação editorial e sobrecapa ilustrada a cores, protegidas por caixa em cartão dos editores. 32130 - ZURARA (Gomes Eanes de).- CHRONICA // DO // DESCOBRIMENTO E CONQUISTA // DE GUINÉ // ESCRITA // POR MANDADO DE ELREI D. AFFONSO V, // SOB A DIRECÇÃO SCIENTIFICA, E SEGUNDO AS INTRUCÇÕES DO ILLUSTRE INFANTE D. HENRIQUE // PELO CHRONISTA (...) // FIELMENTE TRASLADADA DO MANUSCRITO ORIGINAL CONTEMPORANEO, QUE SE CONSERVA NA BIBLIOTHECA REAL // DE PARIZ, E DADA PELA PRIMEIRA VEZ Á LUZ PER DILIGENCIA // DO VISCONDE DA CARREIRA, // ... // PRECEDIDA // DE UMA INTRODUCÇÃO, E ILLUSTRADA COM ALGUMAS NOTAS, // PELO VISCONDE DE SANTAREM, // (...) // E SEGUIDA D'UM GLOSSARIO DAS PALAVRAS E PHRASES ANTIQUADAS // E OBSOLETAS. // PARIZ. // PUBLICADA POR J. P. AILLAUD. // MDCCCXLI. In-4.º de XXV-I-474-I págs. E. 700 € Primeira edição da «Chronica do Descobrimento da Guiné», peça fundamental da bibliografia henriquina. De grande esmero tipográfico, a edição é ilustrada com um belo retrato litográfico do Infante extraído do original manuscrito, a reprodução fac-similada da Carta que Gomez eanes dazurara (...) escreveo ao Snor Rey quando lhe envyou este livro e de dois mapas com a costa africana impressos em folhas de grandes dimensões. Edição rara e valiosa. Segundo Duarte Leite, autor da obra «Acêrca da Crónica da Guiné», esta Crónica quatrocentista; «É a única obra contemporânea do infante D. Henrique, onde se relatam as navegações dos primeiros dezasseis anos da sua magna emprêsa africana. Esta singularidade, acrescida de que também é a única do século onde se descrevem as feições corporais e os predicados morais do preclaro Infante, confere-lhe inestimável preço, não sem o precalço de deixar sem verificação a maioria dos seus assêrtos, como sejam escassas as fontes documentais aonde buscá-la». Encadernação antiga com a lombada de pele, um pouco desgastada.