Informação, Cultura e Livre Expressão
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Peregrino IMPRESSO Informação, Cultura e Livre Expressão www.jperegrino.com.br RibeirãoRibeirão Preto Preto - SP --SP Ano VIIV- -Nº 1,00 - Ano Nº 1 41-- Maio/2005 Setembro/2003- -R$ R$ 1,00 Antroposofia Os três EUS ou as três mentes do homem O primeiro setênio é fundamental, pois é quando as forças vitais estão trabalhando profundamente no corpo infantil, que multiplica em muitas vezes seu tamanho inicial... Página 6 Há uma conexão entre a Mente Consciente e a Mente Inconsciente, e o fluxo de energia e informação fluem nos dois sentidos. Há também uma conexão entre... Página 4 Peregrino 2 Ribeirão Preto - SP - Maio/2005 Informação, Cultura e Livre Expressão Editorial Karol Wojtyla foi assunto primeiro nas manchetes de jornal. Seu longo papado terminou de forma impressionante.Tudo já foi dito a respeito. Já temos novo papa. Novo momento iniciase para a católica igreja. Porém, João Paulo II ficará em nossa mente para sempre. Sua imagem de dor nos lembrará o que realmente significa abdicar do ego e encarnar a própria missão na Terra. O homem forte, atlético e de sorriso algo maroto que assumira o papado em 1978, símbolo de vigor, termina seu reinado reduzido fisicamente, porém um gigante em espírito. Seu rosto na janela depauperado, sua necessidade de trazer a mensagem divina até seu último momento, toca todos nós. Nós que estamos acostumados a reverenciar as boas formas, a juventude a beleza, que fingimos ser eternos fomos capazes de encarar aquele homem de inteireza, capazes de entender que vida e morte andam juntas, fomos capazes de encarar seu rosto e seu sacrifício como exercício do sagrado. Mariza Helena [email protected] Fotografias com Poesias Exposição de 19 fotógrafos do grupo amigos da fotografia de Santos, com textos poéticos de Antonio Carlos Tórtoro, presidente da ARL – Academia Ribeirãopretana de Letras e, da ARE – Academia Ribeirãopretana de Educação, nas 35 fotos expostas. A exposição é no centro Cultural Campos Elíseos e ali ficará até o dia 25 de maio. São fotos de 30x40, em PB e colorido. Essa exposição paralela é mais uma que faz parte da programação da XIV Bienal de Arte Fotográfica Brasileira - Cores a realizar-se em Ribeirão Preto, a partir de 7 de maio, num trabalho dos Amigos da Fotografia de Ribeirão Preto. CAPA www.apbp.com.br Reprodução de Pintura Original Tarde tranqüíla – Luís Lorenzo Navarro Original pintado com a boca. Livre Expressão Abbemus Papa Está aí o novo Papa para nos apontar as pegadas de Jesus. Amigos: Quem não quiser vir, não venha, embora sejam todos chamados. Quem não quiser ouvir, não ouça, embora a voz de Deus falará por ele Quem não quiser seguir, não siga, mas o caminho será apontado Acreditamos nisso desde que Jesus conferiu a Pedro sua igreja, dando a ele a missão da sua continuidade sobre a terra Quando disse a ele: “Tu és pedra”... sabia das limitações da alma humana, da sua origem no pó, da humildade e ignorância do discípulo Pedro, o mais simples deles e completou: “e sobre essa pedra edificarei a minha igreja” Sabia que com o tempo poderia transformar segundo seu desejo, aquelas almas rudes mas incontaminadas; ignorantes mas entusiastas; levando-as até Si, modelando-as para fixar nelas uma beleza eterna. Entre os simples o mais simples – Pedro. Ainda disse : “as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Tudo que ligardes na terra será ligado no céu...” Dava-lhe assim o poder da decisão pela Graça do Espírito Santo. Hoje temos um novo papa O novo Pedro é um grande teólogo. Com qualidades indiscutíveis, idade madura, amável, sorriso franco. - Que Deus vos ilumine papa Bento XVI. Vossa sabedoria unida à humildade de Pedro, sejam sempre presentes em vosso reinado para a Maior Glória de Deus. Colaboração: J.Yanni Acadêmica da ALARP [email protected] Ratzinger Que terá levado o Cardeal Ratzinger a escolher o nome pontifical de Bento XVI? Terá sido uma admiração por seu antecessor no nome, o papa Bento XV? Será que a biografia deste papa poderá apontar a linha de pontificado do novo Papa? Quem foi o Papa Bento XV? Colhemos na obra de Richard P. Mcbrien, “Os Papas”, editada pelas Edições Loyola, as informações que seguem: O Papa Bento XV encontrou na Igreja um movimento, chamado de antimodernista, que se opunha ao ecumenismo, aos estudos bíblicos modernos e à teologia com bases históricas. Chegou-se até a formar uma rede secreta de espionagem, o Sodalitium Pianum, para denunciar supostos heréticos. O antecessor de Bento XV, Pio X, tinha-no como seu braço direito na luta antimodernista. Assumindo o papado, no entanto, sua primeira encíclica, Ad beatissimi Apostolorum ([“No limiar] dos beatíssimos apóstolos”) foi de condenação, não do modernismo católico de então, mas do fanatismo dos católicos ultraconservadores e do denuncismo imperante entre estes. Outra realização de Bento XV foi a codificação de cânones ou leis da Igreja Católica Romana, promulgada originalmente por ele, em 1917, e revista por João Paulo II, em 1983. Um terceiro ponto alto do pontificado de Bento XV ficou por conta de seu empenho pela paz mundial. Escreveu a encíclica Pacem, Dei munus pulcherrimum (“Paz, a mais bela obra de Deus”), que pleiteava a reconciliação internacional depois da Primeira Grande Guerra (23 de maio de 1920). Colaboração: Ernani Valter Ribeiro [email protected] JPeregrino Comunicação Visual Ltda. Peregrino - 1ª edição - Maio / 2000 Direção José Roberto Ruiz - MTb 36.952 Redatora Mariza Helena R. Facci Ruiz [email protected] WebDesign Francisco Guilherme R. Ruiz Impressão Gráfica Spaço As idéias emitidas em artigos, matérias ou anúncios publicitários, são de responsabilidade de seus autores e, não são expressão oficial do informativo, salvo indicação explícita neste sentido. Endereço para correspondência: Av. Guilhermina Cunha Coelho, 350 A6 - City Ribeirão - Ribeirão Preto - SP 14021-520 - Telefone: (0**16) 621 9225 / 9992 3408 Site: www.jperegrino.com.br / e-mail: [email protected] Temas Abordados Arte (Música, Pintura, Escultura, Arquitetura, Cinema), Ecologia, Misticismo, Ciência, Filosofia, Psicologia, História, Mitologia, Museus, Povos, Países e Costumes, Saúde, Literatura e outros que se enquadrem na filosofia de nosso periódico. JPeregrino (16) 621 9225 / Comunicação Visual Ltda. 9992 3408 e-mail: [email protected] Peregrino Ribeirão Preto - SP - Maio/2005 Problemas Quase todas as pessoas reclamam dos problemas que aparecem diante de si. O que na verdade pode ser muito lícito; problemas nos dizem que algo não andou conforme tínhamos planejado e que as mesmas ações já incorporadas por nós mesmos não serão válidas para resolução. Algo novo deve viver para fazer frente àquele problema. 3 Informação, Cultura e Livre Expressão Quando tudo vai bem, tudo nos confirma e algo dentro de nós relaxa e continua agindo dentro de um mesmo padrão. Porém quando o problema chega, ele nos pede novos padrões, ele nos pede criatividade, pede paciência para suportar a frustração, pede sapiência para entender o problema em si, pede a ação adequada para que o problema seja resolvido e quando tudo isso é finalmente conquistado traz para a pessoa que solucionou o problema um delicioso gosto de vitória e de segurança, e este passa a ser um padrão de comportamento incorporado. Desta forma, nossos problemas são nossos grandes mestres e atuam como indicadores de onde e como devemos atuar. Porém para isto devemos estar atentos nesta conversa que a vida nos propicia. Porque problemas com raízes repetitivas são lições não aprendidas. Flamingo A ficha do bicho Nome popular: Flamingo, ganso-cor-de-rosa Nome científico: Phoenicopterus ruber Onde vive: Do Pará para o norte, até a Flórida Quanto mede: 1 metro Habitat: Lagoas O que come: Minicrustáceos, larvas de mosca, vermes. Reprodução: Um ovo, choca 30 dias. O flamingo já foi descrito como um ganso espetado no alto de duas longas pernas e realmente o animal é estranho, com as patas de dedos muito longos, para não afundar na lama, as pernas fininhas e compridas, o corpo rosa quase vermelho e um bico grosso, torto para baixo e com uma espécie de rede do lado de dentro. Para comer, o flamingo enfia o bico na água rasa das lagoas, até enchê-lo de água e usa a língua como uma bomba, para empurrar a água contra as barbatanas que filtram os bichinhos, os quais o flamingo engole em seguida. Essas barbatanas e a maneira de filtrar o alimento são extremamente Problemas novos nos capacitam com novas qualidades, problemas repetitivos nos mostram onde ainda não alcançamos as qualidades que a vida nos solicita. As várias etapas das soluções dos problemas são desenvolvidas e aprimoradas ao longo do nosso próprio desenvolvimento durante a vida. Quando iniciamos a vida, lidamos com um corpo frágil e totalmente dependente, com uma consciência ausente que bem lentamente ingressa na corporalidade. Nosso primeiro problema é organizar nossos movimentos caóticos. A organização começa na cabeça em direção aos membros. Com muita persistência e agüentando muito bem as frustrações, ao fim do primeiro ano nos colocamos de pé superando a gravidade e andamos conquistando o espaço, mais esforços e no fim do segundo ano conseguimos falar, no terceiro ano traçamos o árduo caminho em direção ao pensamento, e ao fim deste terceiro ano damos prova de autopercepção falando a palavra EU. Conquistamos nossa humanidade nestes três anos. Conquistas válidas pelo restante da vida. Depois mais e mais superações até nos tornarmos adultos. Podemos perceber então que o problema do problema, não é ele em si, mas quando ele se repete mostrando uma metamorfose não incorporada. Os problemas são os degraus que nos impulsionam para cima em nosso desenvolvimento. Pena não levarmos para a vida adulta a garra de superação de problemas que temos em nossa tenra infância. Marina Fernandes Calache [email protected] semelhantes às das baleias que se alimentam de plâncton, e os ornitólogos acham curioso como dois animais tão diferentes evoluíram de uma forma quase idêntica no que se refere à nutrição. O ninho dessa ave parece um penico de barro, bem alto, onde a fêmea põe um ovo só. É um ninho tão estranho que foi desenhado numa rocha do Rio Grande do Norte pelos índios que lá viviam há 5 mil anos, mas no Brasil o flamingo só se reproduz no Amapá e três dias depois de o filhote ter nascido ele já abandona o ninho e passa a andar atrás dos pais, procurando comida. Quando o flamingo se alimenta na natureza, ingere muitas algas ricas em carotenóides, o que lhe dá a cor avermelhada, mas, logo que é levado para o cativeiro e passa a receber alimentação artificial, começa a desbotar. Fonte: 100 Animais Brasileiros publicados no Estadão de Luiz Roberto de Souza Queiroz. Peregrino 4 Informação, Cultura e Livre Expressão Os três EUS ou as três mentes do homem Conexão: Cada uma das mentes está conectada à outra por meio da energia de força da vida, chamada, no sistema havaiano, Mana. O quarto elemento nesta equação. As três mentes do homem Observe o desenho, note as conexões: há uma conexão entre a Mente Consciente e a Mente Inconsciente, e o fluxo de energia e informação fluem nos dois sentidos. Há também uma conexão entre a Mente Inconsciente e a Consciente Superior, e informação e energia fluem nos dois sentidos. Mas não há conexão direta entre a Mente Consciente e a Consciente Superior. Portanto, a Mente Consciente Superior comunica-se através de um jorro de energia fina como chuva. Uma canção antiga diz: “Li ta I’o o ka’auhelemoa la” “Eu estremeço; minha pele se arrepia; o I’o chega até mim pela contínua queda da chuva fina”. A Ka’auhelemoa é bem conhecida no Havaí – é aquela chuva fina com pequenas gotas que explodem das montanhas, e quando o alcança, você a sente, mas quando você toca sua pele, ela não está molhada. Conexões AKA: Portanto, Mana é o meio pelo qual as três mentes dos homens se comunicam entre si, mas o Mana necessita fluir através de alguma coisa. Imagine um pedaço de tubo cirúrgico – um pequeno tubo. Os tubos são feitos de uma substância etérica chamada AKA. AKA: Sombra. De essência espiritual. Portanto, Aka é uma substância etérica, e funciona como um meio de transmissão de Mana. Ela gruda e, conecta e permanece conectada com qualquer coisa que toquemos. O cordão Aka parece-se com pequenos tubos que são ocos, através dos quais o Mana passa. As expressões externas: Em nosso diagrama há também três nomes que são usados para expressar as mentes externamente: Ku, Lono e Kane. Na sua forma externa, estas três poderiam ser representadas por um Tiki (madeira de entalhar) uma vez que os antigos havaianos não tinham papel para escrever. As Tikis entalhadas na ilha do Havaí, Distrito de Kona (Imagens do Templo de Kona) têm as seguintes características: KU: Representa a Mente Inconsciente. Tem uma “touca” pequena para significar que a Mente Inconsciente não tem muita imaginação, com cordões alcançando o chão simbolizando que tem contato total com o físico. Os olhos parcialmente abertos significam que tem algum contato com o mundo exterior. LONO: Representa a Mente Consciente. Tem um “cocar” comprido simbolizando que a Mente Consciente tem uma imaginação criativa elevada, mas não tem olhos ou seja não contata com o mundo exterior. KANE: Representa a Mente Consciente Superior. O Eu Superior poderia ser representado por uma pedra em pé não escavada, visto que o homem não pode colocar forma para o sem forma. O que é interessante é que Ku, Lono e Kane são também nomes dos três dos quatro maiores deuses no sistema Locais de Circulação Bibliotecas, Livrarias, Bancas de Jornais, Lojas de Produtos Naturais, Academias, Farmácias Homeopáticas, Fitoterápicas e de Manipulação, Profissionais Liberais (Médicos, Psicólogos, Engenheiros, Arquitetos, Advogados, etc..., Terapeutas, USP, UNIP e UNAERP). www.jperegrino.com.br havaiano. Por que isto é assim? Por que são os nomes desses principais deuses havaianos o mesmo nome dos três eus? A razão é uma das mais importantes pressuposições do sistema mágico Huna – a Lei da Correspondência (como afirmada pelo Kahuna Kapihe em Kona, em 1850), que é “E iho ana o luna. E pii ana o lalo”, que implica, “Que o que está acima é igual ao que está embaixo, e o que está embaixo é igual ao que está em cima”. Finalmente o que isto significa é que, de forma total, você não é diferente do universo. Portanto, se você e o universo são um só o Eu Superior, Kane, é o mesmo do criador, Kane. Lono, como uma representação da Mente Consciente é também o Deus do conhecimento, intelecto, e celebração. Ku, como representante da Mente Inconsciente é também o deus do físico, das emoções, e da guerra e do conflito. KANALOA: O quarto mais importante deus no sistema havaiano antigo era chamado de Kanaloa. Ele era o deus dos Oceanos (palavra código para Mana), e da cura, e é citado na canção antiga, Pule Hee: “E Kanaloa, ke akua o ka hee ... E ka hee o kai uli”. “Por favor ouça oh Kanaloa, deus da luz de cura, deus da mudança e cura ... Através do fluxo da fonte ... deixa o Mana fluir”. Nota: Estamos publicando matérias sobre a Psicofilosofia Huna desde nossa edição de janeiro, que poderão ser acessadas através de nosso site – www.jperegrino.com.br. Tradução e adaptação livre de José Roberto Ruiz e Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz Em nossa próxima edição – os quatro corpos. Fonte: Huna.com Ribeirão Preto - SP - Maio/2005 FALAR BEM... Prezado Leitor, nesta coluna, espero poder esclarecer algumas dúvidas a respeito da Língua Portuguesa. 1 - É do universo feminino termos a observação mais detalhada sobre as situações da vida... Imaginem duas moças em uma festa... __ Maria está “elegantíssima”!!! E o Português também!!! Elegantíssimo(a) é uma palavra que podemos usar sempre, em qualquer contexto, em qualquer nível de linguagem. E elegantérrimo???? Certos setores da imprensa, principalmente ligados à moda e ao colunismo social, passaram a usar liberalmente o sufixo érrimo, criando formas como chiquérrimo, elegantérrimo, carésimo... Não tenho nada contra essas palavras; as palavras como os seres humanos, têm o direito de existir, mesmo que não sejam lá boa coisa.... Por favor, prezado leitor, elegantérrimo só no salão de beleza, na conversa entre amigos!!! 2 - O jogo de futebol feminino estava ótimo... bem disputado entre os times, mas a “ÁRBITRA” cometeu um erro... Mas não o cometeu na Língua Portuguesa!!! Sempre se usou árbitra (feminino) e árbitro (masculino) para os juízes de futebol. Juiz é muito mais usado, principalmente na “garganta”das torcidas (como utilizam juíza se for sexo feminino). 3 - Ela escutou: — Pedro tem vários “alugueres” para receber. Pura erudição... Está correta a palavra no plural. A escolha é livre; o importante é não misturar uma forma com a outra: ou ALUGUEL, ALUGUÉIS, ou ALUGUER, ALUGUERES. P.S.: Podemos usar, também, a forma clássica ALUGUER, que é preferida no Português Europeu. Quanto ao uso, mera questão de gosto!!! Para anunciar ou assinar o Peregrino ligue: (16) 621 9225 / 9992 3408 Colaboração: Renata C. Sborgia Advogada e Profª de Português e Inglês [email protected] Peregrino Ribeirão Preto - SP - Maio/2005 A cura pela natureza Tratado Geral do Chá (*) Ele deve ser cozido em vasilha de vidro refratário ou esmalte. Não deve ser guardado para o dia seguinte. E, além disso, pode ser feito de vários modos. Conhecendo esses segredos você tira o máximo proveito do chá, este caseiro, barato e santo remédio. AÇAFRÃO Ótimo no tratamento de asma, coqueluche, cálculos biliares, males do fígado e bexiga. No uso dessa planta é aconselhável o chá em infusão. ANGÉLICA Usam-se todas as partes da planta para o chá em infusão que combate dores de cabeça, ataques de bronquite, reumatismo, tétano, rouquidão e várias formas de disenteria. Também é indicado para dores nas costas, quando deve ser aplicado em compressas. BARBATIMÃO As cascas cozidas são um ótimo remédio para a blenorragia, as diarréias e as hemorragias. Maceradas e transformadas em pó, podem ser aplicadas em feridas externas. Conheça as plantas Antúrio (Anthurium andraeanum) (*) O chá cozido das folhas atua nas infecções da garganta. CALÊNDULA O chá em infusão, feito das flores, é indicado para o tratamento das úlceras duodenais. As folhas maceradas são eficazes na cicatrização de feridas. ABAFAMENTO Leve ao fogo uma panelinha com água. Quando estiver fervendo, acrescente a erva. Deixe ferver por mais 5 minutos. Apague o fogo, tampe a panela e deixe descansar por 5 minutos. INFUSÃO Coloque a erva numa vasilha. Despeje água fervente sobre a erva. Deixe descansar por 10 minutos, coe e sirva. COZIMENTO Cozinhe as ervas em água fria por 20 minutos. Este chá é ideal para as plantas que não possuem perfume e não perdem suas propriedades quando cozidas. As ervas devem ficar de molho em água fria por 15 horas. BATATA-DOCE O segredo das ervas Alcaçuz (Glycyrrchia glaba; Periandra dulcis) (*) Veio da Europa e da Ásia esta plantinha cujas raízes são utilizadas no fabrico de balas e caramelos 5 Informação, Cultura e Livre Expressão saborosos. O que pouca gente sabe é que, por seu efeito diurético, ela promove a limpeza do organismo. Além disso, suas outras propriedades terapêuticas são valiosas, e promovem o equilíbrio da saúde. Parte utilizada: Raiz. Ajuda a tratar de: Afecções das vias respiratórias, congestão do fígado, coriza, dificuldades respiratórias, má digestão, mau hálito, náuseas, prisão de ventre, problemas nas cordas vocais, tosse. Este antúrio é uma planta curiosa. A parte vermelha de sua ‘flor” é uma bráctea, ou seja, uma folha modificada. Quando a gente a toca, sente que sua superfície tem consistência igual a das outras folhas verdes, e, como elas, parece ter sido encerada. A verdadeira flor do antúrio é a espiguinha amarelada. Ela contém dezenas de flores minúsculas, e as produz o ano todo. Luz: Média a alta intensidade, próxima a uma janela de face norte ou leste. Doze ou mais horas de luminosidade estimulam a floração. Temperatura: 18 a 26ºC, tolerando até 13ºC. Adubação: A cada três meses ou mensalmente se você usar adubo solúvel em água. Propagação: Divisão de touceiras. Cuidados especiais: Regue diariamente se usar pedregulhos na mistura de terra do vaso. Problemas comuns: Se a planta não der flor, coloque-a num local mais iluminado. O Segredo das frutas Máscaras amaciantes - Banana (*) Amasse bem uma banana nanica e duas fatias de babosa fresca (polpa branca), até que o creme adquira consistência pastosa. Aplique nas mãos, pés, joelhos e cotovelos. Depois de uma hora, retire com água fria abundante. Este creme também é ótimo para queimaduras de sol. (*) Fonte: Flora – Essencial – Um guia prático para a saúde e beleza. Justiça Adélia Prado Nos tinha à roda ao peito aos cachorros diferente da moradora de posses que ia à missa de carro e a quem os meninos não puxavam a saia. Mas muito mais bonita era nossa mãe. Para anunciar ligue: (16) 621 9225 / 9992 3408 Peregrino 6 Informação, Cultura e Livre Expressão Antroposofia Dicas de saúde Aqui vão algumas dicas para quem quer viver mais e melhor! Cuide bem desse precioso recurso que é a sua saúde. O primeiro setênio é fundamental, pois é quando as forças vitais estão trabalhando profundamente no corpo infantil, que multiplica em muitas vezes seu tamanho inicial, desde o nascimento. Assim, a primeira dica é adotar o aleitamento materno. O leite materno, além de ser o mais específico e equilibrado, contém as forças etéricas protetoras da mãe e reforça o vínculo de afeto tão essencial nessa fase. Em torno dos sete anos as forças vitais se metamorfoseiam em forças do pensar e a criança fica pronta para um aprendizado lógico. Devemos evitar que essas forças sejam desviadas de seu trabalho sobre o corpo nos primeiros anos de vida, antecipando a intelectualização das crianças. Uma alfabetização precoce ou dirigida erroneamente desvia as forças etéricas do corpo para o “pensar”. Como conseqüência, futuramente podemos ter adultos desvitalizados e que adoecem facilmente. Durante o primeiro setênio é importante sentir que o mundo é bom: calor, nutrição, favorecer o desenvolvimento neuropsicomotor através de brinquedos pedagógicos, de histórias, muitas brincadeiras e fantasias. Assim, tudo que pudermos fazer para proteger e fortalecer essas forças vitais durante o começo da vida significará um trabalho preventivo para a saúde até o último setênio. Ritmo: Nosso corpo vital ou etérico, a nossa parte planta precisa de ritmo. É importante criar ritmos diários, semanais e até anuais, equilibrando o sono necessário com as atividades diurnas, o trabalho com os períodos de descanso e lazer, os períodos de trabalho externo com períodos de atividades em casa. O nosso sistema rítmico trabalha forçado e pode adoecer quando vivemos de maneira caótica e acelerada. Calor: Procure conservar o calor do corpo, especialmente nos pés, abdome, pescoço e costas. O nosso Eu atua através do calor corporal ativando nosso sistema imunológico, o funcionamento hormonal e metabólico. Mesmo vivendo em um país tropical como o Brasil, precisamos observar esse cuidado com a saúde, especialmente com roupas que expõem muito o corpo. Sabe-se hoje que o calor corporal é um grande aliado na prevenção do câncer e de muitas outras doenças crônicas. Faça escalda-pés com água bem aquecida, quando sentir que eles estão muito frios ou coloque uma bolsa com água aquecida sobre a região do abdome antes de dormir. Movimentos: Nós precisamos de movimento tanto quanto de sono ou boa alimentação. O ideal é buscar atividades que respeitem nossa constituição física, idade e gosto pessoal, sem sobrecarregar o aparelho músculo-esquelético e o sistema cardiorespiratório. Uma orientação especializada pode ser necessária. Caminhar é um ótimo exercício, mas outras atividades também podem e devem estar presentes, como nadar e dançar. O intuito aqui não é a busca neurótica da sociedade contemporânea por “manter a forma”, mas sim, vivenciar o prazer do movimento natural para o corpo. Se essas atividades podem ser desfrutadas próximo à natureza, como praças, parques, praias ou campo, melhor ainda. Alimentação: Procure fazer as refeições sempre nos mesmos horários, variando o cardápio para evitar a monotonia alimentar. O corpo etérico da Terra nos presenteou com uma enorme variedade de legumes, verduras, cereais e frutos. A planta também é trimembrada em raiz (neurossensorial), folhas (rítmico) e frutos/flores (metabólico). Dê preferência aos produtos orgânicos ou biodinâmicos. Coma carnes e enlatados com moderação. Hoje já conhecemos amplamente os malefícios provocados por agrotóxicos, hormônios e medicamentos adicionados aos produtos animais. O nosso estômago não tem relógio, mas nosso corpo tem um ritmo próprio, conhecido como “circadiano”, que regula o pico de atividade de cada órgão. Assim, a nossa vesícula biliar está mais ativa pela manhã, até as três horas da tarde - nesse período, ela ajudará na digestão de alimentos “mais pesados”, ricos em gorduras. Em contrapartida, o fígado está mais Ribeirão Preto - SP - Maio/2005 ativo depois das três da tarde, quando assimilará melhor os alimentos doces. com as pessoas queridas ou de contemplação da natureza também alimentam o nosso coração. Cultivo do sentir através de relações harmoniosas e de atividades artísticas: o nosso sistema rítmico, especialmente o nosso coração anímico, precisa ser alimentado com bons sentimentos acerca da vida (esperança, confiança, tranqüilidade, solidariedade e alegria) para que possa manter nossa saúde em equilíbrio. Precisamos exercitar nossa criatividade e vivenciar a beleza da vida, freqüentemente possível através de atividades artísticas (música, pintura, desenho e trabalhos manuais). Momentos simples de troca afetiva como o que passamos Cultivo da vida espiritual: nosso Eu, nossa parcela mais sutil e individual, precisa ser alimentada, tanto quanto nosso corpo. Algumas pessoas encontram o caminho para essa relação com a sua essência espiritual através de uma vivência religiosa regular ou de meditações. Para outras pessoas, a contemplação da natureza, a música ou as artes plásticas são também formas de alimentar o espírito. Para orientações individualizadas procure o seu médico. Fonte: www.medicinantroposofica.com.br Ribeirão Preto - SP - Maio/2005 Peregrino 7 Informação, Cultura e Livre Expressão Urano O inovador que quer melhorar o mundo unca como agora foi tão oportuno tecermos algumas considerações sobre a atuação de Urano no desenvolvimento material e espiritual da humanidade. Todos os dias as manchetes de jornal se enchem de notícias alentadoras sobre as mais recentes descobertas da ciência e a abertura de novas possibilidades de solução de velhos problemas de nossa vida na Terra, função específica de Urano. No entanto, como tudo o que é novo, essas mesmas notícias ao mesmo tempo em que causam maravilhamento, também criam ansiedade pelas questões inusitadas que propõem. Vejamos, então, o conceito astrológico de Urano. Dos transpessoais, Urano é o de mais fácil e mais simples compreensão para os nossos tempos. No artigo passado comentei que os planetas transpessoais são como sinalizações para onde deve caminhar a evolução da humanidade como um todo. Então, Urano nos acena com o Ideal do Mundo Perfeito. Não há dúvidas de que este é um arquétipo muito antigo (aliás, como todos os arquétipos) que vive no anseio dos seres humanos, sem que ainda tenha se realizado. Lembremos as passagens da Bíblia que falam do Paraíso, de Canaã “onde escorre leite e mel”, da chegada do Reino de Deus, entendido ainda como a instalação de um tempo de justiça e paz na terra, só para citar as idéias que perpassam o imaginário ocidental. Por que ansiamos tanto por um mundo melhor? Porque aspiramos à segurança, tanto física, material, como emocional. Urano, assim como Saturno e Vênus, procura se cercar de condições que criem segurança. Mas, ao contrário de Saturno que se aferra ao já conhecido, às normas, hábitos e padrões considerados aceitáveis para a maioria, Urano busca avançar para o novo, para o ainda não descoberto, procurando melhorar as condições de vida no planeta para nos assegurar uma existência mais plena e, portanto, mais segura. Urano age regido pelo princípio da necessidade. Há necessidade de meios mais rápidos de transporte? Alguém inventa o carro, o trem, o avião. Há necessidade de nos comunicarmos mais eficientemente e de maneira global? Inventa-se o computador. De curar doenças? Descobrem-se as células-tronco. De plantas resistentes? Olhem aí os transgênicos. É preciso uma nova ordem política? Ou econômica? Com certeza, esperemos mudanças sociais e governos mudam de mão. E assim vai... Como Mercúrio, Urano não se preocupa com a moralidade ou com a ética, mas com o conhecimento puro. Ele não poupa esforços para alcançar novos conhecimentos e espera que surjam impedimentos, resistências e contratempos. Sua tarefa é, pouco a pouco, afastar estas resistências e anunciar a manifestação de novos âmbitos de conhecimento. Pessoas fortemente uranianas, aquelas que, como Einstein, têm Urano destacado no mapa, são capazes de mudar o mundo com a sua percepção de uma outra realidade ainda desconhecida. Esta é a função de Urano: envolver-se com o conhecimento puro, a ciência, as invenções, a técnica, o progresso. Estranha tarefa para um planeta transpessoal, que cuida da espiritualidade! Mas, pensemos: “Urano simboliza o poder do espírito independente que transpassa as fronteiras usuais do pensamento e penetra no âmbito transpessoal, passando do pensamento mundano ao universal. Com Urano podemos alcançar pontos de vista nos quais a motivação não é a mera vontade de sobreviver, mas a vontade de abarcar (e compreender) o Grande Todo”. (Psicologia astrológica - Os planetas – Bruno e Louise Huber). De fato, quanto mais buscamos o conhecimento do mundo físico, mais nos aproximamos das maravilhas da Criação, inserimonos num nível cósmico e percebemos que somos parte de um Universo, uma parte minúscula, é verdade, mas mesmo assim responsáveis pela conservação da harmonia do Todo. Sem esta compreensão, poderemos cair na tentação de considerar justificável toda e qualquer aplicação do conhecimento, sem a menor consideração pela pessoa humana ou pela segurança ambiental. Ficaria justificado o emprego da técnica, seja ela qual for, desde que atenda aos interesses de nações, ou indivíduos, que detêm o poder e o conhecimento do uso destas inovações, mesmo que com isso se viole o direito de outros indivíduos ou nações menos desenvolvidas. Nos tempos atuais há a extrema necessidade de, a par das descobertas evidentemente bemvindas, nos ocuparmos com uma nova disciplina, a bioética. Haveria, então, lugar para refletirmos maduramente sobre todas as formas de uma boa morte (eutanásia, distanásia e ortotanásia), os transgênicos, a biodiversidade, a ecologia, o efeito estufa, a transposição do rio São Francisco, os impactos ambientais, as células-tronco, o genoma e todos os etceteras criados pela ação de Urano. Que a Luz ilumine nossas mentes! No artigo do mês que vem falaremos sobre Urano no campo das idéias, da intuição e da meditação. Colaboração: Regina Martins Astrologia para o Autoconhecimento Tel.: (16) 3023 2187 Peregrino 8 Informação, Cultura e Livre Expressão “Conhece a ti mesmo” “Quem conhece os outros é inteligente. Quem conhece a si mesmo é iluminado. (Tao Te King - Lao Tzu) O ensinamento acima, apesar de sua idade muito avançada, mantémse sempre atual. Por quê? Porque o homem está sempre em constante mutação. Hoje não somos a mesma pessoa que fomos ontem. Absorvemos mais informações, trabalhamos, conversamos uns com os outros, aprendemos de diversas formas e nos modificamos, crescemos. Este é o destino do ser humano: crescer. Aqueles que entendem isso, partem para uma busca sagrada de tentar cada vez mais se entender. Estudam, escutam, conversam, lêem, experimentam, fazem de tudo para adquirir mais e mais conhecimentos acerca de si mesmos. Tentam entender porque agem e reagem de tal maneira. Porque certas coisas os levam às lágrimas e outras a sorrisos. Porque muitas palavras doem em si e em outras pessoas não. Porque estão casados com estas pessoas e não com outras. Porque sentem vazio, incompreensão, inadequação. Porque, porque, porque.... Um homem inteligente é aquele que faz perguntas e não aquele que simplesmente aceita os fatos sem tentar entendê-los. A partir do momento que inúmeras perguntas surgem em nossa mente, é o momento de iniciar a jornada do autoconhecimento. Vale tudo para este fim: livros, palestras, terapia, aulas, grupos de estudo, cursos, ...qualquer coisa que expanda seus horizontes, que faça ver mais adiante. O cotidiano coloca-nos um tampão nos olhos, só conseguimos ver até poucos metros à nossa frente, não mais que isso. Para você se conhecer, precisará enxergar a vida de maneira mais ampla. Conheça quem está perto, mas conheça-se primeiro. Olhe para os lados, e olhe para dentro de si mesmo. Temos a tendência a tomar conta de todo mundo, menos de nós mesmos. Entender e atender a tudo e a todos, menos a nós mesmos. Para sermos os melhores amigos, pais, irmãos, cônjuges, devemos primeiro ser melhores como pessoa. Devemos sempre, a todo instante, ter o impulso da melhora. Deve ser um esforço contínuo, sem tréguas. Mas...não seria bem mais fácil deixarmos nossa vida como está? Mudar dá muito trabalho... Esta pode ser a sua opção, ok. Mas saiba que se você não aprender por amor, certamente vai aprender pela dor. Quando precisamos crescer, parece que a vida nos dá um tremendo chute no traseiro e nos joga lá pra frente, no caminho que deveríamos estar percorrendo. Sentimo-nos confusos, atordoados pelos acontecimentos, e demoramos um bom tempo para compreender a lição. Ao passo que se a pessoa estivesse mais consciente de si mesma, com as idéias mais ampliadas, sofreria o baque sim, mas rapidamente conseguiria perceber o que a vida estava querendo lhe mostrar e daria a volta por cima rapidinho, conseguindo tirar destes acontecimentos mais conhecimento a respeito de si mesmo. Como sempre, a opção está em suas mãos. Colaboração: Maria de Fátima Hiss Olivares Psicóloga Clínica [email protected] Ribeirão Preto - SP - Maio/2005 UM ENCONTRO CONSIGO MESMO Nosso corpo é a casa da verdade. Dentro de nós habita um Eu que muitas vezes passa desapercebido, negligenciado, esquecido. Lá de dentro vêm todas as informações que precisamos para orientar nossas vidas, mas que passa por uma triagem particular da nossa mente: nossos medos, nossos condicionamentos, referências de valores, referências culturais e familiares, crenças profundas enraizadas no subconsciente. “Não sei o que está acontecendo comigo”, diz a paciente para o psiquiatra. Ela sabe. “Não sei se gosto mesmo da minha namorada”, diz um amigo para outro. Ele sabe. “Não sei se quero continuar com a vida que tenho”, pensamos em silêncio. Sabemos, sim. Sabemos tudo o que sentimos porque algo dentro de nós grita. Tentamos abafar esse grito com conversas tolas, elucubrações, televisão, shopping centers, cigarros, namoros virtuais, álcool, excesso de atividades etc..., mas não importa... Apesar de buscarmos uma verdade “fora” que se encaixe nos nossos planos, esses métodos serão infrutíferos. A verdade já está “dentro”, a verdade se impõe, fala mais alto que nós, ela grita. Sabemos se amamos ou não alguém, mesmo que esteja escrito que é um amor que não serve, que nos rejeita, um amor que não vai resultar em nada. Costumamos desviar esse amor para outro amor: um amor aceitável, fácil, sereno. Podemos dar todas as provas ao mundo de que não amamos uma pessoa e amamos outra, mas sabemos, lá dentro, quem é que está no controle. A verdade grita. Provoca febre, salta aos olhos, desenvolve úlceras, artrites, hérnias, dores na coluna e uma série de somatizações. Nosso corpo é a casa da verdade. Lá de dentro vêm todas as informações que passarão por uma triagem particular: algumas verdades a gente deixa sair, outras a gente aprisiona e finge esquecer. Mas há uma verdade única: ninguém tem dúvida sobre si mesmo. Podemos passar anos nos dedicando a um emprego sabendo que ele não nos traz recompensa emocional. Podemos conviver com uma pessoa mesmo sabendo que ela não merece confiança. Fazemos essas escolhas por serem mais sensatas ou práticas, mas nem sempre elas estão de acordo com os gritos de dentro, aquelas vozes que dizem: “vá por este caminho, se preferir, mas você nasceu para o caminho oposto”. Até mesmo a felicidade, tão propagada, pode ser uma opção contrária ao que intimamente desejamos. Você cumpre o ritual todinho, faz tudo como o esperado, e é feliz. E o grito lá dentro: “mas você não queria ser feliz, queria viver” ! “Eu não sei se teria coragem de jogar tudo para o alto”. Sabe. “Eu não sei por que sou assim”. Sabe. Renato Gabarra Botter Terapeuta Corporal [email protected] Ribeirão Preto - SP - Maio/2005 Peregrino 9 Informação, Cultura e Livre Expressão BALANÇO MOSTARDA Antonio Ruffino Netto (*) Brassica nigra, Brassica juncea e Brassica hirta Silêncio... dentro de um tempo que passa e não passa nele estar sem cronograma, sem pressa. Auto-história revelar livro da própria vida ler e sentir murmúrio das lógicas, pensamentos zumbido emocional, sentimentos e entre eles buscar equilíbrio procura essa às vezes (des)equilibrada em diferentes momentos: nas perspectivas/sonhos/ esperanças que se foram... ou naqueles que virão. Discernir: parte da vitalidade que jorrou, perdida se foi e saber das potencialidades que restam ainda a serem executadas... porvir. Os buracos d’alma... vazios que não se preencheram de vida ficaram à mercê das expectativas e então descobrir: os buracos fazem parte do projeto da existência. Aprender, com eles preencher a cotidiana experiência, estabelecer novo pacto de convivência. Menor dor, novos rumos, novos horizontes, viver preenchido e preencher... AMOR. (*) Pertence a ARL, ARE Existem vários tipos de mostardas, a negra (B. nigra), a branca (B. hirta) e a de folhas (B. juncea). A mostarda de folhas é uma hortaliça que é consumida na forma de refogados, e às vezes até mesmo em saladas, quando as folhas estiverem novas. Não vamos nos deter nesta espécie, e sim vamos dar enfoque as outras duas espécies, as que são utilizadas para o preparo da famosa mostarda, aquele creme geralmente de cor amarelada que colocamos no delicioso cachorro-quente com a saborosíssima salsicha tipo Viena. Foram os romanos os que primeiro souberam aproveitar as delícias destas sementes. Eles faziam um pó com as sementes e o colocavam no vinho, e chamavam a esta bebida de mustum ardens, que significava suco ou mosto ardido. Daí a origem do nome mostarda. Praticamente o mercado consome as duas espécies, tanto a negra quanto a branca, sendo que algumas regiões européias se caracterizam mais pelo uso de uma ou de outra. A mostarda branca chega a atingir até 1,2 m de altura, já a preta pode chegar até a 3 m, o que dificulta ou praticamente impede a colheita mecânica. Desta forma os próprios agricultores preferem o plantio da branca. As folhas são bem grandes, principalmente as primeiras folhas lançadas, chegando até a parecer com as folhas de brócolis ou de couve. As flores são amarelas grandes, e depois de secas começam a surgir os frutos, do tipo síliquas onde estão depositadas as sementes. As sementes são negras ou brancas, mas este branco é na verdade de uma cor parda, que às vezes fica até muito escura. A mostarda é encontrada vegetando espontaneamente na Europa Central e Meridional. Para alguns autores sua origem está mais para o leste europeu, incluindo até alguns países asiáticos. A mostarda é rica em óleos, tanto essenciais quanto fixos. Também possui muscilagem e a mostarda preta apresenta uma substância chamada de sinapina, possuindo a capacidade de atrair um maior fluxo sangüíneo no local onde foi aplicada. A mostarda branca normalmente é utilizada para prisão de ventre e como purgante. De manhã comer 1 a 2 colheres de sementes de mostarda inteiras ou levemente trituradas. Coma e vá observando, pois em casos de intestino muito preso pode às vezes até complicar. Já a mostarda preta é muito utilizada em cataplasmas para dores musculares, inclusive com resultados excelentes em casos de inflamação do nervo ciático, devido a sinapina. Misture a mostarda preta em pó com água morna, em torno de 40º C, e aplique no local dolorido. Mas antes aplique um filme de azeite sobre a pele. Deixe a cataplasma por cerca de 10 minutos. No início deverá doer um pouco, mas depois a dor vai melhorando. Não use água muito quente, e não deixe por muito tempo a mostarda em contato com a pele, pois pode queimá-la. A mostarda preta é mais picante, ou mais pungente que a branca, portanto cuidado ao usar a preta. Normalmente as duas espécies são utilizadas para preparo de molhos, conservas e saladas. A mostarda branca recém moída fica muito gostosa na maionese caseira. Cozinhe dois ovos, retire suas gemas e coloque-as em um prato. Adicione uma gema crua (cuidado com a procedência deste ovo, pois pode ter problemas com a bactéria do gênero Salmonella). Amasse bem, e quando estiver formada uma emulsão vá adicionando azeite e misturando bem. De vez em quando adicione umas gotas de limão ou vinagre. O vinagre deixa a maionese mais mole, enquanto o óleo deixa mais consistente. Vá adicionando os dois até chegar na quantidade que você desejar. Nunca bata no liqüidificador, e sim na mão. Coloque sal, pimenta do reino, orégano e mostarda em pó. Cuidado com a quantidade de mostarda, pois se exagerar poderá ficar com um gosto amargo. Não use mostarda em pó muito velha, por ser rica em óleo ela rança rapidamente. Em saladas de um modo geral pode-se adicionar a mostarda tanto em pó quanto em grãos, fica muito saboroso. E é destes grãos que se preparam os molhos de mostarda. Existe uma variação muito grande na forma de se preparar estes molhos, e cada região se especializou em uma determinada característica. Existe a mostarda do tipo Dijon que é feita com a mostarda preta, vinho branco e especiarias; a mostarda de Bordeaux, que é mais escura, tendendo ao marrom. Mas de uma forma geral cozinha-se as sementes em vinagre ou vinho, amassa-se e tempera–se a massa com condimentos. Pode-se deixar aquela película que envolve a semente ou retirá-la, dando origem a um molho mais fino. Ademar Menezes Jr Eng. Agrônomo – Especializado em Plantas Medicinais [email protected] Para anunciar ligue (16) 621 9225 / 9992 3408 Peregrino 10 Ribeirão Preto - SP - Maio/2005 Informação, Cultura e Livre Expressão ESPERANTO: CONCORRÊNCIA ZERO Recentemente, durante a aula inaugural de um curso de Esperanto no Centro Cultural da USP, em São Carlos, indaguei dos alunos qual seria o maior concorrente do Esperanto. Todos responderam que é a língua inglesa. Em seguida perguntei pelo segundo maior concorrente, e a maioria respondeu o espanhol. Perguntado sobre o terceiro, muitos disseram ser o francês. E aí causei uma grande surpresa ao contestá-los, dizendo que o Esperanto tem concorrência zero, entre as principais línguas do mundo. E por que o Esperanto não tem concorrente algum entre tais línguas? Desde a sua criação, o Esperanto foi concebido para funcionar como segunda língua de todos os povos. Ao ainda menino Zamenhof, que vivia numa região onde se falavam vários idiomas, muito incomodava a ocorrência de desavenças decorrentes do desconhecimento da língua do “vizinho”. E assim, quando aquele jovenzinho começava a imaginar um idioma neutro, para viabilizar a comunicação entre povos com línguas maternas diferentes, já estava presente o ideal da compreensão mútua entre os homens. Ao Esperanto é inerente o conceito da convivência pacífica, da fraternidade, da amizade verdadeira. Alguma outra língua tem característica similar? Não, nenhum concorrente. Posso testemunhar com vários exemplos sobre essa marca registrada do Esperanto. Quando fui realizar um estágio de um ano, em Nantes, na França, o grupo esperantista local acolheu-me de uma forma extraordinária. Recepcionaram-me no aeroporto de Paris, hospedaram-me enquanto procurava uma moradia (minha família chegaria um mês depois), e até me emprestaram quase toda a mobília para o apartamento alugado. Mas, sobretudo, me foi de muita valia o fato de me oferecerem prontamente a sua amizade. Recém-chegado a um país estrangeiro, pela primeira vez, já contava com muitos amigos, o que se traduzia em diversos convites para visita, almoço ou jantar, passeios na região, etc... O que eu havia feito para merecer tudo isso? Nada. Apenas me apresentara como esperantista. Em Guadalajara, no México, o meu hospedeiro esperantista, contatado previamente, foi me buscar no aeroporto. Ao chegar em sua casa, reparei que todos estavam muito bem vestidos. Logo me disseram que estavam de saída para a festa de casamento de alguém muito importante. E me convidaram para ir também. Imaginando que, caso aceitasse, iria atrasá-los, pela necessidade de um banho, trocar de roupa e até passar a roupa, amassada que deveria estar na mala, aleguei cansaço da viagem e declinei do convite. Então eles se foram todos, mas antes me mostraram o quarto, o banheiro e a cozinha, indicando-me a geladeira e colocando-me à vontade para me servir do que quisesse. Muitas horas depois, de madrugada, estava dormindo, quando ouvi barulho e deduzi que estavam chegando de volta. Já imaginaram tamanha confiança? Receber em casa um estrangeiro que acabara de conhecer, entregar-lhe a chave e deixá-lo sozinho por várias horas? O detalhe diferencial é que esse estrangeiro fala o Esperanto. Só isso. Na Alemanha, um casal de esperantistas aceitou me hospedar. Eles já moravam juntos há algum tempo, sem se casar. Mas estavam planejando um jantar, num restaurante, para convidar os amigos e comemorar a união. Quando chegou meu pedido de hospedagem, eles responderam afirmativamente, mas também me convidaram para fazer uma pequena palestra, durante o jantar. Obviamente em Esperanto. Com um pequeno detalhe: a data do jantar seria alterada para que coincidisse com minha estada entre eles. Fantástico, não? Isso só ocorre com grandes amigos. E, pelo fato de sermos esperantistas, já éramos grandes amigos, mesmo antes de nos conhecermos. Outra característica marcante do Esperanto é que se trata do idioma mais democrático do mundo. Com o Esperanto, não há privilégios. Todos o tem como segunda língua. No meio esperantista internacional, ninguém usa a sua língua materna, exceto os casos interessantes de crianças que aprendem o Esperanto desde o “berço”. É a mais pura democracia, no campo da comunicação lingüística. Ninguém tem a vantagem de usar sua língua materna na conversação com estrangeiros. Por esse aspecto também o Esperanto não tem concorrente entre as línguas mais faladas. Finalmente, o uso do Esperanto em países estrangeiros nos dá uma incomparável sensação de igualdade. Nós não nos sentimos estrangeiros ao nos comunicar em Esperanto, fora do nosso país. Mas, sobretudo, nós não somos recebidos e tratados como estrangeiros. Por quê? Apenas porque somos esperantistas. Alguma outra língua pode nos proporcionar uma sensação dessa? De modo algum. Essa igualdade no plano pessoal e individual pode ser estendida para as relações entre nações. Por ser neutro, o Esperanto não provoca nenhuma espécie de supremacia cultural de determinado povo. Ao contrário, valoriza as culturas nacionais e contribui para a nãoextinção de idiomas nacionais ou locais. Enquanto cada povo criou sua língua (e deve conservá-la), o Esperanto criou o seu povo. Por tudo isso, pode-se afirmar, sem nenhuma dúvida, que o Esperanto tem concorrência zero. Colaboração: José Carlos Cintra Professor Titular do Departamento de Geotecnia da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo (www.eesc.usp.br/sgs). É professor na graduação e na pósgraduação, faz pesquisa em geotecnia, e tem quatro livros publicados. Esperantista, ministra curso de Esperanto no Centro Cultural da USP de São Carlos. [email protected] PEREGRINO - EDIÇÕES ANTERIORES Estão disponíveis em nosso site, para download as edições de 2.003 e 2.004 do PEREGRINO no formato PDF, além de arquivos no formato ZIP sobre Mitologia, Filosofia, Recursos Literários, Psicofilosofia Huna; Curso, Gramática e Dicionário de Esperanto, tudo GRATUITAMENTE. APROVEITE Assinatura do Peregrino 06 meses - R$15,00 / 12 meses - R$30,00 Através dos telefones (0**16) 621 9225 / 9992 3408, pelo e-mail: [email protected], ou deposite no Banco Itaú - Ag. 0332 - Conta: 74194-1 e envie o comprovante do depósito juntamente com seus dados para Av. Guilhermina Cunha Coelho, 350 A6 - Ribeirão Preto - SP CEP: 14021-520. Peregrino Ribeirão Preto - SP - Maio/2005 11 Informação, Cultura e Livre Expressão Pintor Odilon Redon (1840 – 1916), pintor e artista gráfico simbolista francês. Durante boa parte de sua carreira, usou apenas as cores preta e branca os desenhos a carvão e litografias. Desenvolveu um repertório de objetos estranhos, entre eles insetos e plantas com cabeças humanas, sendo influenciado pela literatura de Edgar Allen Poe. Velho homem de asas Amaj Pensoj kaj Nenia Despera Sento - Elza Fernandes Pereira Per cxi tiu dua esperanta libro la auxtorino plu regalas la esperantistaron, prezentante belan kaj zorge prilaboritan lerno-materialon por progresintaj aux memlenantoj. Editora Oportuno Tel.: (11) 6155 7978 / 6297 1400 www.editoraoportuno.com.br A aranha que chora O Sorriso do Mestre – Jan Val Ellam Há pelo menos dois mil anos o homem vem atribuindo todo tipo de características ao Mestre dos Mestres, a partir dos Evangelhos. No entanto, através dos depoimentos de Cleofas, tio de Jesus, e de José, seu pai terreno, é que vamos encontrar seu maior registro de amor, compaixão e grandeza: o seu sorriso. Este é o livro que vai tocar sua alma para sempre. Zian Editora Ltda. Tel.: (11) 3999 0169 www.zianeditora.com.br Novos Haicais - Hazel de São Francisco O mais recente trabalho da escritora paulista Hazel de São Francisco “Haicais Maturidade”. O livro traz uma coletânea de 100 haicais, com os quais a autora faz uma homenagem aos 100 anos de imigração japonesa. Editora Oportuno Tel.: (11) 6155 7978 / 6297 1400 www.editoraoportuno.com.br João-não-é-bobo Um rei tinha três filhos e era chegada sua hora de morrer. Nas estórias de fadas os reis normalmente sabem quando vão morrer e não se preocupam. Chegou, chegou. Pois, é chegado o momento do rei. Algo há com que ele se preocupa. Precisa passar o reino para um de seus filhos. Dos três qual escolher? Tomada de decisão difícil! O terceiro filho é meio bobão, vive no mundo da lua. Seu nome é João Bobo. O rei pensa que João Bobo não é um bom candidato, porém se ele quiser ser justo deve incluí-lo na sucessão. Ele chama os rapazes e diz que dará a sucessão do trono a quem lhe trouxer o mais lindo tapete. Sopra três plumas e diz-lhes para irem na direção em que elas voarem. Uma voa para o oriente, a outra para o ocidente. A terceira sobe e cai no chão. É a pluma do tal de João. Ele se senta no último degrau da escada onde está pousada a pluma. Está cabisbaixo e acredita ser um péssimo candidato. De repente vê ao lado da pluma um alçapão. Ele o levanta e depara-se com uma escada. Desce, e lá embaixo, bem embaixo, está uma sapa grande e gorda rodeada de sapinhos. Conta a ela sua estória e ela lhe entrega o mais lindo tapete já visto nos quatro cantos do mundo. Os irmãos trazem tapetes rústicos e João Bobo ganha deles. Os príncipes pedem novas provas e João Bobo vai ganhando todas com a ajuda da sapa.Traz o anel mais belo, a mulher mais bela e acaba por ser eleito o melhor. Este é um conto de fadas muito interessante. Podemos pensar no velho rei como uma metáfora para os conteúdos dentro de nós que já não nos servem mais. É hora de ir embora, porém nem todos temos a facilidade que o rei tem para morrer e muito menos para passar as rédeas de nosso castelo para as mãos de outros. Quando dizemos outros estamos falando de uma parte estabelecida entre o que o meu mundo externo vai trazendo como experiência e o meu eu interior. Eu observo, associo e trago tudo para dentro de mim. Percebo então que é preciso mudar. É preciso dar lugar a um modo de pensar novo, a um jovem modo de ser. No princípio estabelece-se uma confusão: De tudo o que aprendi, de todas as coisas que me foram apresentadas, qual melhor me servirá? Qual cuidará melhor deste castelo precioso que sou eu mesma? A tarefa é de discernimento. Dos filhos que me habitam qual estará mais apto a cuidarme? Os dois primeiros príncipes saem pelo mundo. Eles acham que vão vencer o irmão tolo. Enxergam apenas o que os olhos físicos podem alcançar. A beleza real, aquela que transcende um simples olhar não os tocou. Eles não se permitiram perceber. Ademais agem por impulso. Já que julgam sem refletir, subestimam o irmão mais novo. Trazem um tapete feio e tosco, um anel feito de madeira, camponesas rudes. O propósito é apenas o de cumprir as tarefas. As portas que levam ao tesouro não se abriram e jamais se abrirão para eles. João Bobo é diferente. Ele pára, reconhece a dificuldade, pede ajuda e a aceita. Permite-se ficar à mercê de algo que não compreende. Ele vê o alçapão e pode abri-lo e entrar em contato com um mundo rico e mágico que vai ajudá-lo a viver no real e no palpável, algo digno de ser vivido. Ele trará o tapete mais bem tecido, o anel do mais puro ouro, a mais bela esposa e também a mais flexível. João Bobo tornar-se-á o filho escolhido. Quando chegar a hora de nossos reis morrerem a quem elegeremos como sucessores? Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz Terapeuta Floral Practitioner pela Dr. Edward Bach Foundation, escritora e membro da UBE [email protected] Peregrino 12 Informação, Cultura e Livre Expressão Ribeirão Preto - SP - Maio/2005 Estudo das inteligências múltiplas (continuação) Reduzir a inteligência às capacidades intelectuais, é um grande erro. Ninguém pode ser marginalizado ou ridicularizado por não demonstrar habilidades em resolver cálculos ou gramática. A grande contribuição de Gardner* para a atualidade faz toda diferença numa época em que a cultura e a instrução ainda sobrepõem-se à EDUCAÇÃO, que é o único e real caminho para a transformação do homem e, conseqüentemente do mundo. Jaspe Verde Trauma emocional recente Quando não choramos, nossos órgãos internos derramam lágrimas por nós. Essa é uma forma muito poética de descrevermos o processo de psicossomatização (doenças físicas geradas pelo desequilíbrio psi-cológico). A angústia é aquela dor ou peso no peito, com dificuldade de chorar plenamente, às vezes ruminando as situações que a gerou. É uma mistura de muita raiva com muita tristeza, não raramente regada com decepção e uma pitada de frustração. Essa receita, muito comum em nossos dias, é a responsável por inúmeros casos de depressão situacional. Todas as vezes justificamos esse estado de paralisia de vida Acompanhando o desempenho profissional de pessoas que haviam sido alunos fracos, Gardner se surpreendeu com o sucesso obtido pela maioria deles. O pesquisador concluiu que as normas convencionais de avaliação nas escolas se baseiam apenas na concepção vigente na nossa cultura, limitada à valorização das competências lógico-matemática e lingüística. As pesquisas demonstraram, porém, que as demais capacidades também são produto de processos mentais, ampliando o conceito de inteligência que, em sua opinião pode ser definida como a “capacidade de resolver ou elaborar produtos valorizados em um ambiente cultural ou comunitário”, como artes plásticas, música, nas situações ou pessoas. Mas os atingidos somos nós mesmos. Jaspe verde possibilita não ser instalada ou petrificada a angústia, cuidando de nossas feridas, como curativo milagroso, para que não virem cicatrizes ou se contaminem se tornando pústulas fétidas. Seja por perda afetiva, seja por decepção, frustração ou qualquer choque emocional, Jaspe verde limpa antes que se instale. Dr. Osvaldo Coimbra Junior Sintonizador do Sistema de elixires Cristais de Oz Médico Radiestesista Holístico. [email protected] esportes, dança, aptidão para cuidar da natureza, liderança, comunicação, etc... Inteligência Lógico-Matemática A inteligência lógico-matemática é mais freqüentemente associada ao que chamamos de “pensamento científico”. É ativada em situações que requerem a solução de problemas ou em que se enfrentem desafios novos. Esta inteligência também implica na capacidade de reconhecer padrões, trabalhar com símbolos abstratos como números e formas geométricas e a discernir relações e/ou ver conexões entre informações separadas e distintas. Para ativar essa inteligência Pratique o pensamento analítico, comparando e contrastando dois objetos. Por exemplo: cinco características de uma máquina de escrever, cinco de um computador e cinco que os dois objetos tenham em comum. Elabore uma explicação convincente e racional para algo totalmente absurdo. Por exemplo: Os benefícios do basquete quadrado. Participe de um projeto que requeira o uso de um “método específico”. Por e xemplo: Se você não for cozinheiro, tente fazer um bolo a partir do zero, seguindo uma receita. Exercícios para crianças Compare valores e conceitos matemáticos simples. Trabalhe verbalmente alternativas do tipo “muito”, “pouco”, “grande”, “pequeno”. Estimule-as a ordenar objetos maiores e menores. Proponha jogo dos setes erros. Ensine-as a jogar dominó. Brinque com tangran (jogo de figuras geométricas). Ajude-as a entender as horas. *Gardner: Psicólogo da Universidade de Harvard, que elaborou a Teoria das Inteligências Múltiplas. Denilde A. M. Lourenço Pedagoga, Psicopedagoga Diretora do Centro Psicopedagógico Arco-Íris [email protected]
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