18 de Março de 2010 - Quinta-Feira - N# 320
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18 de Março de 2010 - Quinta-Feira - N# 320
Energia Eólica Clipping 18 de março de 2010 – Quinta-Feira – N# 320 Clipping Energia Eólica tem o objetivo de reunir dados e informações relevantes ao setor de energia eólica, transformando-os em conhecimento, contextualizando-os e disponibilizando-os para a prática de Inteligência Competitiva nas empresas. Rio Grande dá mais um passo para a implantação do parque eólico Tatiane Fernandes – Jornal Agora – Rio Grande / RS – 17/03/2010 Statoil aposta em renováveis Rodrigo Polito – Portal EnergiaHoje – 17/03/2010 Energy Forum Nordeste discute projetos de energia para a região Portal Aqui Acontece – 17/03/2010 Demanda por energia estimula investimentos DCI – 17/03/2010 Expansão Rio Grande dá mais um passo para a implantação do parque eólico Tatiane Fernandes – Jornal Agora – Rio Grande / RS – 17/03/2010 Foi iniciada ontem a instalação da quinta torre de medição anemométrica na região de Rio Grande. Situada há quase 30 quilômetros da BR-392, pelo Corredor do Pinheiro, na Fazenda Caçapava, a estrutura empenhou um investimento de quase R$ 1,5 milhão. Medindo 84 metros de altura, a torre possui três anemômetros (que indicam a velocidade dos ventos), dois medidores de indicação de ventos (birutas), medidores de umidade, pressão e temperatura e duas placas solares - que alimentam as baterias de sinalização e a unidade de computadores que transmite todos os dados simultaneamente pela Internet. A instalação da torre deve estar concluída até o fim da tarde de hoje, e amanhã a estrutura será inaugurada oficialmente com as presenças do prefeito Fábio Branco e autoridades da região. As outras quatro torres anemométricas já instaladas na região estão situadas na Pecuária Curupira, Torotama, Senandes e Cabanha Canaã. São estruturas semelhantes que possuem a mesma função desta última torre, e juntas marcam o começo da implantação do projeto de criação do parque eólico no Município, através de um consórcio entre as empresas Epcor, MML Energia e DGE. Conforme o diretor da Epcor, Nilo Quaresma Jr, Rio Grande possui um potencial eólico muito grande, no entanto, para a criação de um parque eólico, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) exige que a capacidade da área seja comprovada. Nesse sentido, cada torre deve realizar as medições dos ventos por, no mínimo, um ano, para que seja demonstrada a estimativa de produção de energia durante todas as estações. Nilo explicou que a opção por fazer o consórcio entre as empresas para a criação do parque nesta região surgiu de estudos feitos através de rastreamento por satélite que indicaram Rio Grande como um local onde Clipping Energia Eólica – página 1/4 os ventos têm grande intensidade e frequência. Além disso, também foi feito um estudo sobre o terreno. De acordo com Nilo, relevos mais planos e abertos, como os da região da fazenda Caçapava, são mais propícios para a criação do empreendimento. A partir dos estudos, as empresas resolveram investir no projeto que irá gerar energia limpa, renovável e sem impacto ambiental, beneficiando não só o Município, mas também o Estado. O projeto Após a instalação das torres e a aprovação da Aneel, o consórcio pretende participar da rodada de leilão federal de energia elétrica ainda no segundo semestre deste ano, quando serão oferecidos pelas empresas 200 megawatts. Se conseguirem vender a energia ao governo, eles irão investir na instalação de cerca de 100 aerogeradores, implantando o projeto de geração de energia. A estimativa é de que sejam implantados 25 aerogeradores a cada 1000 hectares, com espaçamentos de cerca de um quilômetro entre um gerador e outro. Conforme o engenheiro Gualter Tomé, da MML Energia, cada aerogerador deve medir 100 metros de altura e 100 metros de diâmetro e possuir capacidade para gerar entre 1,5 a 3 megawatts de energia. Com isso, cada 1000 hectares de parque eólico poderá gerar até 75 megawatts. Tomé adiantou ainda que, após a aprovação no leilão, o parque deve levar de 24 a 30 meses para ser concluído. A distribuição da energia elétrica gerada deverá ficar sob a responsabilidade da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e será entregue ao Sistema Interligado Nacional (SIN), através da subestação da Vila da Quinta. Energia Renovável Statoil aposta em renováveis Rodrigo Polito – Portal EnergiaHoje – 17/03/2010 A tradicional petroleira norueguesa Statoil vai ampliar a aposta na área de energias renováveis. A estratégia da empresa é aproveitar a experiência em exploração e produção de petróleo em alto mar para criar valor e ser competitiva na geração de energia a partir de parques eólicos offshore. “Temos uma considerável experiência que pode ser usada no setor eólico offshore. Além disso, temos experiência em comercialização de energia, o que tornará possível precificar o valor da energia elétrica que produzirmos”, disse a vice-presidente de Tecnologia e Novas Energias da Statoil, Margareth Ovrum. O plano da norueguesa está calcado na meta da União Europeia de chegar a 2020 com 20% da matriz energética composta por fontes renováveis. A expectativa é que metade dessa fatia seja ocupada por energia eólica. Por isso, num primeiro momento, a companhia está concentrando os negócios no Reino Unido. Mas planeja atuar também no restante da Europa e nos Estados Unidos. A executiva não mencionou planos para a área no Brasil. Neste mês, a Statoil, em parceria com a Statkraf, gigante europeia de energia renovável, iniciou a construção de um parque eólico offshore na costa leste do Reino Unido. O empreendimento terá 88 turbinas e está previsto para entrar em operação em 2011. Forum Energy Forum Nordeste discute projetos de energia para a região Portal Aqui Acontece – 17/03/2010 Os investimentos em projetos de energia no nordeste estarão em debate na primeira edição do Energy Forum Nordeste, encontro marcado para os dias 13 e 14 de abril, em Recife. Executivos dos governos de Alagoas, Ceará, Pernambuco e Piauí, além de representantes da Câmara dos Deputados, SUDENE, grandes empresas e associações, falarão sobre as políticas de incentivo para o setor e trarão ainda detalhes sobre projetos de geração a partir de fontes renováveis. Completa a programação um workshop sobre gestão de riscos nos contratos de comercialização de energia. Clipping Energia Eólica – página 2/4 Um dos destaques Energy Forum Nordeste será o painel de abertura que reunirá diversos executivos de governos da região. O tema será o desenvolvimento energético do nordeste e estarão presentes o secretárioadjunto de Minas e Energia de Alagoas, Geoberto Espírito Santo, o coordenador geral de relações institucionais do Piauí, Sérgio Vilela, o secretário de desenvolvimento econômico de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho, e o coordenador de energia do Ceará, Renato Ribeiro. Também participa do encontro o deputado federal Fernando Ferro (PT-PE). Outro painel trará a visão dos empreendedores em hidreletricidade, temeletricidade, energia eólica, energia solar, energia nuclear e cogeração. Participarão dos debates o assessor da presidência da Eletronuclear, Carlos Mariz, o presidente executivo da Brennand Energia, Mozart Araújo, o diretor da APMPE e do Grupo Guascor, James Mattos, e o diretor presidente da Chesf, Dilton Oliveira. Em pauta, os desafios na viabilização de novos negócios, definição de tecnologia e eficiência energética. Também serão analisados os investimentos em usinas de médio porte e PCHs, o fomento de novos negócios em energia eólica e a expansão dos projetos de biomassa. Indústria Demanda por energia estimula investimentos DCI – 17/03/2010 A indústria especializada na fabricação de bens de capital para a geração de energia - tanto as fabricantes geradores para setores como a construção civil, a hotelaria, varejo e segmento residencial até as que desenvolvem equipamento de grande porte voltados à hidroelétricas, por exemplo, - estão otimistas com o mercado brasileiro e planejam instalar novas plantas no Brasil, por conta da demanda ascendente prevista para os próximos anos. A Cummins Power Generation, por exemplo, apresentou desempenho satisfatório por aqui, quando em 2009 registrou faturamento de US$ 86,5 milhões no Brasil, um salto aproximado de 12%, em relação ao que foi visto no ano anterior. Para 2010, a perspectiva é de um crescimento de, pelo menos, 10% nos negócios. Segundo analisou ontem, Fausto Ferrari, diretor da divisão Cummins Power Generation para o Cone Sul, o fato da crise econômica não ter afetado o Brasil como os outros países, favoreceu os negócios por aqui. Nos próximos anos, o executivo acredita que a demanda deve acelerar. "O aquecimento no setor de infraestrutura por conta do PAC [Plano de Aceleração do Crescimento], aliado à futura realização da Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 vão trazer oportunidade ao setor", analisou o diretor. Ele inclui, que especialmente, as obras do PAC e a Copa, já começam a gerar demanda, a exemplo do aumento no aluguel de grupos de geradores. Ferrari revelou ainda, na ocasião em que apresentou os resultados do segmento de energia da Cummins, que a perspectiva positiva impulsionará o resgate de antigos planos do grupo. "Entre 2009 e 2010 estaremos retomando a análise dos investimentos para instalação de uma nova planta para a produção de geradores do Brasil, planos que haviam sido adiados por conta da crise ", comentou. Neste ano, as apostas para aquecer os negócios da Cummins Generation, além dos geradores voltados às obras de infraestrutura, também estarão voltadas a outros setores, como o marítimo, com produtos destinados à embarcações marítimas, o segmento industrial, unidades móveis de transmissão, as telecomunicações e a área residencial. Responsável por fornecer sistemas completos de geração de energia para demandas de diversos portes, a Cummins Power Generation apresentou em 2009 uma participação de 28% de market share no mercado interno, com maior expansão nas Regiões Centro-Oeste e Nordeste. Na área do fornecimento para outras montadoras de grupos de geradores ficou com 35% do mercado. Rondônia Também de olho nas oportunidades que surgem dentro do setor de energia brasileiro, a Alstom Brasil Clipping Energia Eólica – página 3/4 se prepara para dar conta dos contratos atuais e futuros. Um dos exemplos é a abertura hoje (18), da fábrica na região de Porto Velho (RO), resultado de uma parceria com a Bardella - empresa nacional de bens de capital com engenharia sob encomenda - para a construção da Indústria Metalúrgica e Mecânica da Amazônia (IMMA). "Esta unidade começa operando com a produção 100% voltada para os hidromecanismos de Santo Antônio", contou recentemente ao DCI, Marcos Costa, vice-presidente de Power da Alstom Brasil. A parceria com a Bardella tem o objetivo de subsidiar os projetos de hidroeletricidade da Região Norte do Brasil, por meio do fornecimento de equipamentos hidromecânicos e de levantamento. Com investimento de R$ 90 milhões, a fábrica conta com 253 mil m² de área total e 33 mil m² de área construída. Equipada com máquinas operatrizes, área de caldeiraria, jato de granalha e pintura, a unidade terá capacidade de levantamento de 130 toneladas e produção de 12 mil toneladas por ano. A indústria conta atualmente com 400 funcionários na primeira indústria de bens de capital da região Norte do País. A cerimônia de inauguração contará com a presença do Ministro das Minas e Energias, Edison Lobão; do governador do Estado de Rondônia, Ivo Cassol; e do prefeito de Porto Velho, Roberto Eduardo Sobrinho Costa explicou que a nova planta, não só atenderá a demanda de equipamento da Usina de Santo Antônio, como também possibilitará o atendimento à novos contratos que podem entrar nos próximos meses. "2009 foi mais tranqüilo, mas agora estamos prevendo um novo volume de projetos que vão entrar no mercado", contou o executivo. O projeto da usina hidroelétrica de Belo Monte, que deve ter a data do leilão marcada nesta semana, também está na mira da empresa que considera esta uma das principais oportunidades do ano. "Pretendemos apresentar propostas aos diversos consórcios concorrentes." Outro foco de negócios para a Alstom é o fornecimento de equipamentos para segmento de energia eólica, no qual a empresa chegou a assinar um protocolo de intenções com o governo da Bahia para a instalação de uma fábrica na região. "Estamos avaliando a escolha do terreno e esperamos tomar uma decisão logo", projetou Costa. A ideia da companhia é iniciar a construção na segunda metade do ano, para inauguração da unidade em 2011. A Alstom contabiliza mais de 35% do market share em geração de energia e calcula participar de pelo menos 50% da capacidade instalada do País nas hidrelétricas. Hoje a empresa tem cerca de 60% dos negócios voltados ao setor de energia, sendo que o restante está focado na área de transporte sobre trilhos. Fabricantes de geradores de energia estão investindo em novas fábricas para atender à alta demanda. A Alstom inaugura hoje uma planta em Rondônia, e a Cummins também estuda investir em nova fábrica. Clipping Energia Eólica – página 4/4