18 de Novembro de 2009 - Quarta-Feira - N# 247

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18 de Novembro de 2009 - Quarta-Feira - N# 247
Energia Eólica
Clipping
18 de novembro de 2009 – Quarta-Feira – N# 247
Clipping
Energia Eólica tem o objetivo de reunir dados e informações relevantes ao setor de energia eólica,
transformando-os em conhecimento, contextualizando-os e disponibilizando-os para a prática de Inteligência
Competitiva nas empresas.
Ceará tem 118 projetos para leilão de eólica
Guto Castro Neto – Diário do Nordeste – Fortaleza / CE – 17/11/2009
Brisa e Renovento
Portal PortoGente – 17/11/2009
Energia eólica: gerador é apresentado pelo Colégio Panambi
Vanessa Fetter – Folha das Máquinas – Panambi / RS – 17/11/2009
Grupo de trabalho vai propor normas sustentáveis para Copa de 2014 e Rio 2016
Laura Fonseca - Agência Senado – Brasília / DF – 17/11/2009
Publicidade e preços altos invadem mercado da sustentabilidade
Kate Galbraith – The New York Times – 17/11/2009
Os desafios para desenvolver a energia eólica no Brasil
ABEEólica – Carbono Brasil – 17/11/2009
REpower installs final turbine at Alpha Ventus
Renewable Energy World – Hamburgo / ALE – 17/11/2009
Clipping Energia Eólica – página 1/8
Leilão
Ceará tem 118 projetos para leilão de eólica
Guto Castro Neto – Diário do Nordeste – Fortaleza / CE – 17/11/2009
O Ceará é o segundo estado com maior número de projetos cadastrados para o primeiro leilão de energia
eólica do Brasil, que será realizado no dia 14 de dezembro. Com 118 empreendimentos inscritos, fica atrás
apenas do Rio Grande do Norte, com 134. No último dia 11, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
divulgou o edital do leilão, que tem prazo inicial para suprimento energético a partir de 1º de julho de 2012.
O leilão será exclusivamente voltado para contratação de fonte eólica e será realizado na modalidade de
reserva, que se caracteriza pela contratação de um volume de energia além do que seria necessário para
atender à demanda do mercado total do País. Os Contratos de Energia de Reserva (CER) terão duração de 20
anos e serão celebrados entre os agentes vencedores e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
(CCEE) e o preço máximo para submissão de lances é de R$ 189 por megawatts/hora (MW/h). As empresas
cearenses interessadas no leilão, somadas, têm potencial para gerar 2.743 MW. Apenas os estados do Rio
Grande do Sul, com 2.894 MW e do Rio Grande do Norte, com 4.745 MW, apresentam projetos com maior
capacidade de geração de energia eólica.
Habilitações
Na última semana deste mês, segundo informou a assessoria de comunicação da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), serão divulgadas as empresas que terão habilitações técnicas aprovadas. Na fase seguinte,
os participantes não outorgados deverão depositar garantia no valor de 1% do empreendimento, enquanto os
outorgados deverão desembolsar R$ 20 mil por lote.
A EPE recebeu 441 projetos, de 11 estados das regiões Nordeste, Sul e Sudeste, com capacidade para gerar
um total de 13.341 MW. A importância do leilão pode ser medida na comparação desse potencial com o que
Itaipu produz, 14 mil MW.
O leilão seguirá o modelo de inversão de fases, com habilitação posterior para as usinas vencedoras. Foi
definido um conjunto tarifário alternativo de TSUT (Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão).
Confiabilidade
De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), a nova fonte de energia permitirá aumentar a
confiabilidade do sistema de oferta e energia do País.
Na avaliação de Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE, o grande número de interessados em investir na
geração eólica permite antever uma forte competição no leilão, que propiciará contratação de energia a
preços atrativos para o consumidor.
"O sucesso do leilão está garantido, na medida em que o interesse dos empreendedores superou as
expectativas até do mais otimista dos analistas. Basta constatar que o total de capacidade inscrita equivale a
cerca de dez usinas nucleares como a de Angra 3", destaca.
Energia Eólica
Brisa e Renovento
Portal PortoGente – 17/11/2009
Brisa
A Espanha quer entrar no mercado brasileiro de energia eólica. Mas antes o País precisa de um marco
regulatório que dê confiança aos investidores. O aviso é de José Luis Ruiz Navarro, secretário da Comissão
Permanente da Indústria, Turismo e Comércio do Congresso dos Deputados da Espanha, que participou da
“Jornada Técnica Brasil Espanha - Um marco de apoio para o desenvolvimento da energia eólica no Brasil”,
realizado nesta segunda-feira (16), em São Paulo.
Clipping Energia Eólica – página 2/8
Renovento...
É o nome da proposta de regime tributário específico para a indústria eólica, elaborada pela Associação
Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). O setor quer a desoneração tributária para toda a cadeia produtiva,
incluindo prestadores de serviços ligados à execução dos parques eólicos.
Aerogerador
Energia eólica: gerador é apresentado pelo Colégio Panambi
Vanessa Fetter – Folha das Máquinas – Panambi / RS – 17/11/2009
O gerador eólico desenvolvido pelo Colégio Evangélico Panambi, Metalúrgica Fratelli e Grupo de Energia
de Potência da UFSM foi apresentado à comunidade na última sexta-feira (13) à tarde.
O ato de acionamento oficial do gerador e de inauguração do Centro Laboratorial de Energia Eólica do CEP
foi realizado com a presença de autoridades e lideranças de diversos setores, como o secretário de Ciência e
Tecnologia Artur Lorentz.
O projeto nasceu em 1998 - ocasião em que ocorreram as pesquisas preliminares e produção de pequenos
modelos. Coordenador da pesquisa, o professor Ari Roque Adams enfatiza que o novo aerogerador permite
geração de energia elétrica a partir de um local onde haja vento e consegue injetar esta energia em uma rede
de transmissão.
A parte mecânica do projeto ficou a cargo da equipe de professores, técnicos e alunos do colégio.
O aerogerador contou com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e contrapartidas da
Fratelli e CEP. Empresas de Panambi prestaram apoio substancial para que a torre fosse instalada.
Energia Sustentável
Grupo de trabalho vai propor normas sustentáveis para Copa de 2014 e Rio
2016
Laura Fonseca - Agência Senado – Brasília / DF – 17/11/2009
A Comissão do Meio Ambiente e Defesa do Consumidor (CMA) aprovou nesta terça-feira (17) a criação de
um grupo de trabalho para elaborar normas com padrões sustentáveis e ambientalmente adequados para
obras e serviços públicos relacionados à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016.
Pelo requerimento do presidente da CMA, senador Renato Casagrande (PSB-ES), o grupo deverá ser
coordenado pelo consultor do Senado, Hipólito Gadelha Remígio, e integrado pelos presidentes das
Associações Brasileiras de Energia Alternativa e Meio Ambiente (Abeama), de Empresas de Energia
Renovável (Abeer) de Energia Eólica (Abeeolica) e de Refrigeração, Ar condicionado, Ventilação e
Aquecimento (Abrava). Além deles, fará parte do grupo o especialista em energia renovável, Celso de
Oliveira.
Serão convidados a participar do grupo de trabalho, representantes dos Ministérios do Meio Ambiente,
Minas e Energia, Indústria e Comércio, Ciência e Tecnologia, bem como da Eletrobrás, Eletronorte,
Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Universidades de São Paulo (USP) e de Brasília (UnB).
A iniciativa faz parte dos esforços do Senado no sentido de acompanhar de perto as obras que serão
executadas para os dois megaeventos esportivos. Uma rede de fiscalização está sendo montada
envolvendo diferentes órgãos do Legislativo, nas três esferas de governo, e o Ministério Público para
fornecer em tempo real na internet todas as informações sobre contratos e gastos feitos para melhorar a
infraestrutura das cidades. A ideia é envolver também a população no controle do dinheiro público investido
nos eventos.
Clipping Energia Eólica – página 3/8
Energia Sustentável
Publicidade e preços altos invadem mercado da sustentabilidade
Kate Galbraith – The New York Times – 17/11/2009
As solicitações têm enchido a caixa de e-mail das pessoas: pague um pouco mais pela eletricidade gerada
por energia eólica, 100% limpa. Ou, de acordo com panfletos, compre “certificados de energia verde” para
compensar suas emissões de gases estufa.
Quase um milhão de consumidores de força elétrica adquiriu esse tipo de pagamento voluntariamente, e a o
tanto de eletricidade fornecido desta forma quase triplicou desde 2005, em meio à crescente preocupação
sobre as mudanças climáticas e a segurança na energia. Mas os participantes são uma minoria distinta, com
uma taxa de aquisição de cerca de apenas 2% dos planos das prestadoras de serviço.
A baixa aquisição levanta uma questão: se a grande maioria dos americanos é a favor de apoiar o governo
por energia limpa, como sugerem as pesquisas, por que tantas pessoas estão relutantes em assinar tais planos
quando veem o preço extra que terão de pagar?
Uma das razões é que as pessoas consideram o preço adicional a ser pago alto demais. A energia solar e
eólica geralmente custa mais do que a energia gerada por combustíveis fósseis. Enquanto muitas pessoas
apoiam o princípio da energia alternativa, elas pessoalmente não querem gastar centenas de dólares a mais
por eletricidade, especialmente na situação econômica atual.
Mas na cabeça de algumas pessoas, há outro motivo: será que esses programas realmente resultam em mais
criações de projetos de energia renovável? O governo se ateve à questão, e disse que é difícil tirar uma
conclusão geral. Os especialistas dizem acreditar que os programas de energia verde funcionam melhor que
os outros.
“É um assunto polêmico. Não é um mercado de tamanho único”, disse Lori Bird, analista sênior do
Laboratório Nacional de Energia renovável no Colorado e co-autor do relatório sobre mercados de energia
verdade, publicado em setembro.
Ao menos um grande programa já teve problemas com os reguladores. No ano passado, o programa de
energia verde da Florida Power and Light, chamado Sunshine Energy, foi fechado pelo Conselho de Serviços
Públicos do Estado após uma auditoria descobrir que os centros de energia solar prometidos estavam muito
aquém do cronograma. Havia mais de 38 mil consumidores e então o sexto maior do país, de acordo com o
laboratório de energia renovável.
A auditoria também descobriu que a vasta maioria dos pagamentos feitos por proprietários foram
direcionados para a administração e marketing.
“Nenhuma pessoa sensata teria contribuído com o programa Sunshine Energy se soubessem que
aproximadamente 76,4% das contribuições seriam gastas com despesas de administração e marketing ao
invés de energia renovável”, escreveu Nathan Skop, integrante do Conselho de Serviços Públicos da Flórida,
em um comunicado sobre a decisão do fechamento.
Eric Silagy, vice-presidente de desenvolvimento da Florida Power and Light, disse em uma entrevista que o
programa havia excedido os objetivos da energia renovável. “Sim, gastamos mais dinheiro na educação dos
consumidores, mas não sei como o projeto poderia ser feito de outra forma”, disse.
De acordo com o relatório do laboratório nacional, no geral uma média de 19% do dinheiro que as
prestadoras de serviços arrecadam com esses programas voluntários vai para promoção e marketing, e os
números das prestadoras menores costumam ser bem maiores.
Clipping Energia Eólica – página 4/8
Cerca de um quarto das empresas do ramo no país fornecem programas de energia verde, e a forma como
eles são estruturados variam. Na prática, nenhuma prestadora grande fornece 100% de energia renovável
para nenhum cliente, porque a eletricidade de todos os tipos de fontes – carvão mineral, eólica, painéis
solares – se associam em seus diversos fios. As companhias estão essencialmente coletando dinheiro extra, o
qual eles prometem usar para dar apoio ao desenvolvimento da energia renovável, uma jogada que os
consumidores consideram bem convincente.
“Está em questão o que é bom para o planeta”, disse Mark Renfrow, proprietário de Dalas que começou a
pagar cerca de US$ 26 a mais por mês para sua fornecedora de eletricidade, a Direct Energy, pelo
fornecimento de 100% de energia eólica.
Tipicamente, os preços adicionais influenciam nos equipamentos das fazendas eólicas e solares por meio da
compra e venda de certificados de energia renovável. Muitas delas fornecem esses certificados, que servem
para agregar um valor em dinheiro aos benefícios ambientais associados à energia renovável.
Por exemplo, o departamento de energia verde de uma empresa como a Con Edison, de Nova York, deve
vender esse produto para seus clientes e então comprar certificados para essa quantidade de energia no
mercado aberto. Defensores da energia limpa argumentam que esses pagamentos ajudam a construir novos
centros, apesar de saberem que outros fatores, como financiamento bancário, têm papéis mais importantes.
Paul Copleman, porta-voz da Iberdrola Renewables, uma grande fomentadora do ramo, qualificou o sistema
de pagamentos voluntários “como um componente essencial para o financiamento das fazendas eólicas”,
apesar de dizer que nenhum projeto da Iberdrola em particular tenha sido construído para suprir essa
demanda voluntária.
“Não estipulamos no começo do processo de desenvolvimento uma determinação para construir um projeto
que suprisse o mercado voluntário especificamente”, disse Copleman por e-mail. “Mas sua presença
proporciona flexibilidade e ajuda a melhorar projetos econômicos”.
Bob Harmon, chefe do gabinete de inovação da Bonneville Environmental Foundation, grupo sem fins
lucrativos de Oregon que administra os pagamentos voluntários de fazendas eólicas e solares, disse que os
projetos nos quais ele trabalhou, tipicamente, aumentaram a receita em cerca de 17% por causa desse tipo de
pagamento. Além disso, ele acrescentou que essa quantidade representou um salto na margem de lucro da
empresa, o suficiente para fazer a diferença na decisão de se um projeto deveria ou não seguir adiante. “Esse
mercado está dando certo, está prosperando, é bom e deveria ser expandido”, disse Harmon.
Mas alguns defensores dos consumidores de eletricidade argumentam que os pagamentos fazem pouca
diferença. Matthew Freedman, integrante da equipe de advogados da Utility Reform Network, grupo de
advocacia voltado para o contribuinte na Califórnia, disse que a natureza de curto prazo desses
compromissos voluntários com a energia verde significa que eles serão não terão sentido nos projetos de
longo prazo como os de fazendas solares e eólicas.
“Poucas evidências sugerem que as aquisições dos clientes resultem em quaisquer novas contribuições ao
poder renovável”, disse Freedman.
Os serviços da cidade de Palo Alto, Califórnia, têm a maior porcentagem de alistamento no país, com 21%
da participação dos consumidores, de acordo com um estudo do laboratório do governo.
Mas para muitos grupos, mesmo aqueles defensores da sustentabilidade, o alto preço da energia limpa deixou
as pessoas pensativas e hesitantes. No começo deste ano, o governo da cidade de Durango, no Colorado,
parou de comprar energia renovável de sua fornecedora, economizando US$ 45 mil por ano. A eletricidade
limpa custava 40% a mais – e o administrador da cidade, Ron Leblanc, ficou irritado porque parte desse
pagamento foi usada para colocar painéis solares em uma escola de outra cidade.
Clipping Energia Eólica – página 5/8
“Pagar um valor adicional para investir em uma comunidade a 28 km de distância foi uma ofensa para
muitos de nós”, disse, acrescentando que Durando estava explorando outras opções para desenvolver energia
limpa localmente.
No Texas, a Austin Energy é a concessionária que mais fornece energia verde no país, comprando
eletricidade de fazendas eólicas no leste do Texas. Mas o apetite de seus clientes por energia renovável
diminuiu com o aumento dos preços.
No começo deste ano, ela pretendia vender apenas 1% da carga de energia eólica que fornecia aos
consumidores – sem dúvida porque o programa necessitaria cobrar mais US$ 58 por mês pelo fornecimento
de energia a uma casa de uma família americana comum. Isso é bem mais do que nos anos anteriores, o que é
resultado de uma combinação de fatores, como o congestionamento das linhas de transmissão no Texas.
Desde então, a concessionária de energia têm cortado os preços, e Roger Duncan, gerente-geral da empresa,
disse que a Austin Energy deve começar a mudar seu programa para que os custos da energia verde nos
projetos futuros sejam distribuídos entre todos os consumidores – e não apenas aqueles que pagam valores
extras voluntariamente.
“Se vamos fazer uma transição para a energia renovável”, disse Duncan, “você não pode depender de uma
pequena porcentagem de consumidores para realizá-la”.
Energia Eólica
Os desafios para desenvolver a energia eólica no Brasil
ABEEólica – Carbono Brasil – 17/11/2009
Tanto a indústria de equipamentos quanto os operadores de energia eólica da Espanha têm interesse em
investir no Brasil,
Em encontro de representantes do governo e iniciativa privada da Espanha e do setor de eólica no Brasil,
representantes da Espanha dizem que investimentos mais constantes nesta área dependem apenas da
definição de marco regulatório
Tanto a indústria de equipamentos quanto os operadores de energia eólica da Espanha têm interesse em
investir no Brasil, visto o grande potencial eólico do País, mas a condição para que isso aconteça é a
definição de um marco regulatório seguro, que dê confiança aos investidores no longo prazo, a exemplo do
que ocorreu na Espanha no ano 2002.
A declaração é de José Luis Ruiz Navarro, secretário da Comissão Permanente da Indústria, Turismo e
Comércio, do Congresso dos Deputados da Espanha, que participou nesta segunda-feira (16), em São Paulo,
da “Jornada Técnica Brasil Espanha - Um marco de apoio para o desenvolvimento da energia eólica no
Brasil”.
O encontro, promovido pela ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), AEE (Associación
Empresarial Eólica), da Espanha, e GWEC (Global Wind Energy Council) reuniu cerca de 60 pessoas, entre
representantes do setor privado, do governo e parlamentares dos dois países.
“O Brasil tem um grande potencial e condições favoráveis para a geração eólica, e a Espanha tem empresas
líderes nesse setor, tanto no setor de geração quanto na fabricação de equipamentos, que podem investir no
mercado brasileiro e contribuir para o desenvolvimento da eólica”, afirmou Navarro. Para isso, contudo, é
fundamental a definição de um programa de implantação da eólica no Brasil, que contemple um marco
regulatório e a definição de metas, entre outros pontos, assim como foi feito na Espanha e na China – país
mais pujante hoje na implantação de projetos de eólica justamente por ter definido essas questões.
Clipping Energia Eólica – página 6/8
Ramón Fiestas, diretor do conselho da divisão latino-americana da GWEC ((Global Wind Energy Council),
reiterou que “há enormes oportunidades de investimento no Brasil e elas já estão identificadas, mas é preciso
eliminar a insegurança regulatória e criar um mercado livre para o desenvolvimento dos projetos”. Em
termos do marco regulatório, Fiestas ressaltou que isto deve se materializar com a adoção de metas concretas
para as energias renováveis no longo prazo e a decisão política de cumprir esses objetivos.
Sob o aspecto regulatório, o desafio é definir essas metas, quem irá controlá-las de forma regulamentada,
quais outros planos são necessários, quais as ações de apoio e fomento – por exemplo, apoio direto aos
preços, aos investimentos e benefícios fiscais, além de apoio à pesquisa. É preciso também definir quais são
as autoridades que vão intervir na atividade (em todos os âmbitos), quais os investimentos em infraestrutura
e transporte que serão necessários para viabilizar a atividade, bem como as medidas de cooperação para a
indústria se estabelecer, a forma de remuneração, a atualização desses mecanismos e a durabilidade da sua
aplicação.
“Os investidores precisam ter confiança nos mecanismos adotados, o que requer um planejamento setorial e
industrial, um plano completo”, afirmou o diretor da GWEC, ao ressaltar que a experiência internacional
aponta o apoio aos preços como modelo mais eficaz para o desenvolvimento da energia eólica.
O deputado Rodrigo Rocha Loures, presidente da Comissão de Energias Renováveis da Câmara dos
Deputados, ressaltou que o projeto de lei que cria a Política Nacional de Energias Renováveis, elaborado
pela Câmara e em tramitação no Senado, é o primeiro passo do Brasil para definição de um marco legal e
regulatório para as energias renováveis, incluindo a eólica. Ele ressaltou que o plano propõe metas que o
governo brasileiro terá de seguir e a criação de um fundo para incentivar a pesquisa e o desenvolvimento,
cujos recursos virão dos combustíveis fósseis. “O grande mérito do trabalho da comissão foi a pressão
política para que o governo passasse a dialogar com o Congresso e a sociedade sobre este tema”, afirmou
Loures.
O presidente da ABEEólica, Lauro Fiúza Jr., anfitrião do evento, contou que, para promover uma maior
competitividade da energia eólica, atrair investimentos e garantir a criação de uma indústria eólica sólida no
Brasil, grupos de Trabalho de associados da ABEEólica e a consultoria Baker Tilly Brasil realizaram, em
parceria, uma ampla proposta de regime tributário específico, denominada “Renovento”. O programa propõe
a desoneração tributária para toda a cadeia produtiva eólica, incluindo prestadores de serviços ligados à
execução dos parques eólicos.
De acordo com Fiuza Jr., o Renovento deverá dar um forte impulso ao programa de longo prazo reivindicado
pela entidade e batizado de Programa 10.10, cujo objetivo é garantir a instalação de 10 mil MW ao longo de
10 anos (um MW por ano). Pela proposta, o custo do investimento pode cair 30% com isenção tributária e
abrir espaço, inclusive, para a energia eólica ir para o mercado livre, disputando espaço com a hidrelétrica.
“Com a implementação do Renovento, será possível atrair mais investidores eólicos para a criação de um
setor sólido, oferecendo ao mesmo tempo tarifas mais competitivas ao consumidor de eletricidade, além da
maior garantia da segurança energética para o País”, ressaltou Fiúza Junior.
O presidente da ABEEólica ressaltou o potencial brasileiro de geração de eólica de 143 mil MW – volume
este que, segundo novas pesquisas realizadas a partir da medição de ventos de até 100 metros de altura, pode
chegar até 300 mil MW. “Temos de repensar o sistema de abastecimento elétrico nacional, que, na
contramão do que o mundo está fazendo, reduziu a participação das energias renováveis de 85% para 80% e
elevou a participação das térmicas”, afirmou o executivo da ABEEólica, ao ressaltar a importância da
complementaridade da eólica para a matriz energética brasileira.
“O Brasil tem hoje geração de 105 mil MW de energia elétrica, suficiente para atender o consumo, mas os
problemas ocorrem devido à grande extensão da rede – como se verificou no recente apagão –, e aí seria
muito importante utilizar a energia eólica e a bioeletricidade para distribuir melhor essa energia”, defendeu
Lauro Fiúza Jr, ao acrescentar que cada região do País tem um perfil de geração que deveria ser considerado
e estimulado. Na região Norte, predomina a energia hidrelétrica; no Centro-Oeste, a bioeletricidade somada
Clipping Energia Eólica – página 7/8
às PCHs; na costa do Nordeste e na região Sul, o grande potencial é de eólica. “Isso pode trazer um grande
equilíbrio ao sistema”, afirmou.
Por outro lado, o Brasil tem competitividade para fabricação de equipamentos. O presidente da ABEEólica
lembrou que hoje os fabricantes de turbinas já estão instalados no País e, inclusive, exportam para outros
países, e que o segundo maior fabricante de pás eólicas também está instalado no Brasil e exporta 100% da
produção.
A decisão do governo brasileiro de criar um leilão específico, segundo Lauro Fiúza Jr., deu uma importante
sinalização para o setor, e a resposta foi o cadastramento de 441 projetos para o leilão, o que, caso sejam
viabilizados no futuro com a realização de leilões anuais, irão somar um total de 13.341 MW de capacidade
instalada. Contudo, o governo fixou o preço teto do leilão de R$ 189, o que é um valor bem abaixo do
necessário para viabilizar os projetos. “O governo quer comprar energia a preço europeu, mas aqui o
investidor precisa gastar 60% a mais, além de ter um custo financeiro também muito superior”, observou
Fiúza Jr., ao acrescentar que, se o Brasil quer crescer e se transformar em uma grande nação, precisa ter
energia farta, segura e distribuí-la de modo a minimizar os problemas técnicos, e para isso é importante ter
fontes complementares como a eólica.
Expansão
REpower installs final turbine at Alpha Ventus
Renewable Energy World – Hamburgo / ALE – 17/11/2009
REpower Systems AG this week erected the last of a total of six REpower 5M wind turbines for the alpha
ventus offshore test field. Alpha ventus is located 45 kilometers north of the island of Borkum and was built
by a consortium of companies including EWE, E.ON, and Vattenfall.
It took only a few weeks to erect the six REpower wind turbines, each with a rated output of 5 megawatts
(MW) and a height of 155 meters from sea level to the tip of the turbine blade.
"Despite the partly adverse weather conditions of the last few weeks, this turbine construction project went
quickly and smoothly – due to the experience that we gained from similar wind turbine construction projects,
such as the Thornton Bank offshore wind farm," said Norbert Giese, director of offshore projects at REpower
Systems AG.
Unlike the construction of the Belgian offshore wind farm Thornton Bank, REpower worked with a larger
transport jack-up barge this time so that one complete turbine – made up of rotor star, nacelle, and two tower
components – could be shipped to the location at a time. Each of the six turbines constructed at alpha ventus
is slated to supply the electricity grid with around 18 million kilowatt hours (kWh) of power per year.
Clipping Energia Eólica – página 8/8