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08:17 ABERTURA: JURO REAGE HOJE AO COPOM; EXTERIOR CALMO, MAS SEM
EUROPA
São Paulo, 25 - O Brasil volta do feriado nesta segunda-feira, mas boa parte da Europa ainda
repousa hoje, enxugando a liquidez dos negócios. Essa pausa no exterior favorece os ajustes
dos investidores domésticos após a decisão do Copom, anunciada na quarta-feira à noite, de
reduzir o ritmo de alta da Selic para apenas 0,25 ponto porcentual. Dois integrantes do Banco
Central, contudo, votaram pelo aumento de 0,50 pp. A indicação, no comunicado, de que a
implementação da política monetária se dará por um período suficientemente prolongado
deixa aberta a possibilidade de novos apertos e novas medidas macroprudenciais. Já nos
EUA o prazo para os estímulos econômicos está perto do fim e as atenções se voltam não
apenas para a reunião do Federal Reserve, que começa amanhã, mas também para a
primeira coletiva de imprensa que o presidente da instituição, Ben Bernanke, concede logo
após o anúncio da decisão sobre os juros, na quarta-feira. Em meio a tudo isso, permanece o
debate em torno da estratégia ultrafrouxa do BC norte-americano e sobre o timing do processo
de normalização monetária. À espera desses eventos, o dólar perde força, o que beneficia o
euro e também as commodities. Em Nova York, a safra de balanços continua dando um tom
positivo às bolsas.
Focus, balança e dívida pública são destaques hoje; semana tem dados de crédito e ata
do Copom - O Banco Central divulga, às 8h30, o relatório semanal de mercado Focus, com
projeções de cerca de 80 analistas do mercado para uma série de indicadores, como inflação,
câmbio e juros. Às 11 horas, serão divulgados os números da balança comercial de 18 a 24 de
abril e no começo da tarde, às 14h30, sai o relatório da dívida pública de março. Os destaques
da semana são os números de crédito de março, que o Banco Central divulga na quarta-feira
(27) e ata do Copom, na quinta-feira (28). Outros dados relevantes serão divulgados ao longo
da semana: nota do setor externo do BC (amanhã, 26); IPC-Fipe da terceira quadrissemana
de abril (quarta, 27); IGP-M de abril e resultado primário do governo central (quinta, 28) e
resultado primário do setor público consolidado (sexta, 29).
Mercado de juros reage hoje à decisão do Copom de elevar Selic em 0,25 ponto
porcentual - Os juros futuros devem reabrir hoje reagindo à decisão do Copom de reduzir o
ritmo de aperto da Selic para 0,25 ponto porcentual, levando a taxa a 12%. Esta era a aposta
majoritária na curva a termo, mas como também havia posições montadas na expectativa de
aumento de 0,50 ponto, analistas acreditam que haverá transferência de prêmios dos
contratos curtos para os longos. A surpresa do Copom ficou com o placar dividido (5 votos
pela alta de 0,25 pp, 2 votos pela dose maior, de 0,50 pp) e o comunicado mais longo do que
o previsto. O texto ressaltou em que o comitê entende que "a implementação de ajustes das
condições monetários por um período suficientemente prolongado é a estratégia mais
adequada para garantir a convergência da inflação para a meta em 2012". Ou seja, a decisão
de quarta-feira deixa aberto o espaço para novas altas de juros e ainda reforça a expectativa
de novas medidas de contenção do consumo.
PIB, balanços e Bernanke são destaques na semana nos EUA - Os destaques econômicos
nos EUA esta semana começam pela reunião de política monetária do Federal Reserve,
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amanhã. A decisão será anunciada na quarta-feira, seguida de uma coletiva de imprensa
concedida pelo presidente da instituição, Ben Bernanke. Entre os indicadores, saem números
sobre as vendas e preços de moradias, a confiança do consumidor, a atividade industrial, além
do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre. Na safra de balanços, 180 empresas que
fazem parte do S&P 500 divulgam seus resultados.
EXTERIOR AINDA EM RITMO LENTO
Futuros de NY sobem - Os índices futuros de Nova York mantêm o mesmo tom positivo
apresentado ao final da semana passada, quando a safra de balanços impulsionou as bolsas
na quinta-feira. O feriado na Europa, contudo, pode limitar o volume financeiro, assim como a
expectativa pela entrevista coletiva que Bernanke concede após a decisão de política
monetária do Fed, na quarta-feira. Às 8h10, o futuro do S&P 500 subia 0,26% e o futuro do
Nasdaq 100 avançava o mesmo, 0,26%.
Dólar mais fraco, de olho em Bernanke - O euro e a libra ganhavam terreno ante o dólar
nesta manhã, apesar de a maioria dos mercados europeus estar fechada hoje. A moeda
norte-americana também estava pressionada ante as divisas asiáticas, exceto em relação ao
iene, com os investidores à espera do comunicado do Fed sobre os juros e a coletiva de
imprensa sem precedente de Bernanke.
Petróleo avança - A fraqueza do dólar embala o petróleo, que é beneficiado ainda pelas
crescentes incertezas geopolíticas no mundo árabe, com o Iêmen agora no foco. Já os metais
básicos caem, em meio aos receios de Pequim manter uma política de aperto monetário além
do previsto. Às 8h12, o contrato futuro do petróleo WTI com vencimento em junho subia
0,42%, a US$ 112,76 por barril na Nymex eletrônica.
Ouro bate recorde - Os metais preciosos iniciaram a semana escalando novos topos
históricos, em meio às renovadas tensões no Oriente Médio e norte da África e ao fantasma
da inflação. O ouro seguia firme acima de US$ 1.500 por onça-troy e bateu a máxima a US$
1.519,20 por onça-troy, após rumores de que a China pode usar suas reservas internacionais
de US$ 3 trilhões para lançar um fundo ligado a commodities e moedas e absorver a liquidez
excessiva. Já a prata flertava a marca de US$ 50 por onça-troy, negociada nos maiores níveis
desde 1980.
Bolsas de Tóquio e da Ásia fecham em baixa - A Bolsa de Tóquio fechou em baixa de
0,1%, na sessão mais esvaziada de giro de negócios do ano e antes da divulgação dos
balanços das principais companhias japonesas. Nos demais mercados da Ásia, a Bolsa de
Xangai cedeu 1,5%, diante da expectativa de que o BC chinês possa elevar novamente os
juros para conter a inflação. Na Índia, os bancos subiram, após o Banco Central (RBI)
determinar que os credores não precisarão deixar reservado dinheiro suficiente para cobrir
eventuais perdas com empréstimos ruins. A Bolsa de Mumbai, contudo, cedeu 0,20% Não
houve negociações em Hong Kong e na Austrália, por causa de feriados.
China reconhece que será difícil inflação ficar na meta - O avanço da inflação medida pelo
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índice de preços ao consumidor (CPI) na China deve ficar entre 4,9% e 5,1% no segundo
trimestre deste ano, e pouco abaixo de 5% no segundo semestre, divulgou ontem a agência
de notícias Xinhua, citando Xu Lianzhong, oficial da Comissão Nacional de Desenvolvimento e
Reforma do departamento de supervisão de preços do país. Segundo ele, será "relativamente
difícil" atingir a meta do governo de 4% para o CPI acumulado em 2011.
Ásia cria joint venture do setor automotivo no Brasil - A empresa sul-coreana de peças
automotivas Mando afirmou que vai firmar uma joint venture de US$ 15 milhões com a
parceria japonesa KYB para construir um empresa de autopeças no Brasil e entrar no
mercado automobilístico da América Latina. A joint venture vai produzir e fornecer
amortecedores para a Hyundai, General Motors, Nissan e Honda, que tem operações no País.
(Olívia Bulla)
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