Ano 17 - Nº 136 mar/abr Baixar o arquivo

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www.cic-caxias.com.br
Ano 17 / nº 136
Março/Abril - 2009
Encontro histórico:
CIC reúne lideranças
empresariais e
de trabalhadores
para agir em favor
do emprego
Páginas 2, 8 e 9
2
Expediente / Editorial
Informações & Negócios
Palavra do
Presidente
Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul
Rua Ítalo Victor Bersani, 1134 - Caixa Postal 1334
Tel.: (54) 3218.8000 - Fax: (54) 3218.8048
95080-520 - Caxias do Sul - RS
e-mail: [email protected]
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CONSELHO EXECUTIVO
Presidente - Milton Corlatti
Vice-presidente de Indústria - Carlos Heinen
Vice-presidente do Comércio - Nelson Fábio Sbabo
Vice-presidente de Serviços - Fúlvia Stedile Angeli Gazola
DIRETORIAS
Patrimônio: Celestino Oscar Loro, Fabiano Ramos Toigo,
José Valtuir Almeida
Jurídica: Henry Luciano Maggi, Maurício Salomoni Gravina,
Zulmar Neves
Executiva:Victor Hugo Gauer
Comunicação e Marketing: Eloísa Venzon Francisco, Juçara Tonet
Dini, Julio Duso, Márcia Costa, Rony Lemos
Agronegócios: Evandro Lovatel, Ricardo Rizzi
Novas Tecnologias: Cristiano Paganin, Daniel Zanchi,
Osni Roberto Caron Filho
Negócios Internacionais: Claudemir Fernando Pereira,
Daniel Caravantes, Denise Focardi Cardoso Gallio, Gustavo Miotti,
Marcus D’Arrigo, Plínio Mioranza, Zeli Dambros
Desenvolvimento Sustentável: Diogo Fernando Boff,
Eliana Paula Zanol de Oliveira, Fabiane Mafessoni, Isabel Cristina
Corso, Jaime Lorandi, Jorge Benites, Maurien Randon Barbosa,
Sandro Angeli, Suzana Maria De Conto, Wilson Pioner
Política Urbana: Aldair Basotti, Everton de Boni Santos,
João Alberto Marchioro, Olivir Viezzer
Economia, Finanças e Estatística: Alexander Alves de Messias, Carlos Zignani, Cíntia Nara Daneluz, Herbert Karly, Mauro Corsetti
Infra-estrutura: Delmar Perizzolo, José Gustavo Bergonsi,
Paulo Magnani, Thiaraju Vieira Barbosa
Cultura: Arcângelo Zorzi Neto, Cláudia Sassi, Jéssica De Carli,
Mirtes Fabris Rodrigues,Valter Gomes Pinto
Política Turística: Eduardo Michelin, Geremias Rech,
Ivo Posser, Nestor De Carli
Desenvolvimento e Competitividade: Alexandre Baungartner,
Analice Carrer, Guilherme Fedrizzi, Gustavo Marques dos Santos,
Leonardo Siqueira Borges, Raul Adami
Política Empresarial: Antonio Carlo Cali, João Paulo Reginatto,
Leandro Mantovani, Osvaldo Voges, Rafaela Viecelli
Saúde: Alexandre Ernesto Gobatto, Asdrubal Falavigna,
Cláudia Poletto, Cleciane Sinsem, Fernando Meneguzzi,
Francisco Ferrer, Gilmar Vidal Madeira, José Baron,
Maria do Rosário Antoniazzi, Nayvaldo Almeida, Nelson Vicenzi,
Paula Ioris de Oliveira, Sandro Junqueira,Viviane Velho
Presidente do Conselho Superior: Marcus D’Arrigo
Presidente do Conselho Deliberativo: André Vanoni de Godoy
Presidentes de Sindicatos
Sind. de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares: Nestor De Carli
Sind. Emp. Serviços Contábeis: Marco Antônio Dal Pai
Sind. Emp. de Veículos de Carga: Octavino Pivotto
Sindilojas: Ivanir Gasparin
Sind. das Ind. de Fiação e Tecelagem: Gilson Tonet
Sind. das Ind. Met. Mec. Mat. Elét.: Oscar de Azevedo
Sind. das Ind. do Vestuário: Gilda Eluiza De Ross
Sind. das Ind. da Madeira: Serafim Gabriel Quissini
Sind. das Ind. da Construção Civil: Rafael Tregansin
Sind. da Construção Pesada e Terraplanagem: Jairo Dalfovo
Sind. das Ind. da Alimentação: José Cesa Neto
Sind. do Com. de Der. de Petróleo: Ademir Onzi
Sind. das Ind. Gráficas: Adair Ângelo Niquetti
Sind. do Com.Varej. de Gên. Aliment.:Valcir Scortegagna
Sind. das Ind. de Joalherias: Lauro Sebben
Sind. das Ind. de Material Plástico: Orlando Marin
Sind. das Ind. de Refeições Coletivas: Gilmar Gomes
Sind. dos Representantes Comerciais: Maria Cecília Pozza
Sind. Rural: Renato Antônio Formolo
Sind. Ind. do Vinho: Cristiane Passarin
CDL: José Quadros dos Santos
Informações e Negócios
Revista bimestral da Câmara de Indústria,
Comércio e Serviços de Caxias do Sul
Edição: Assessoria de Comunicação
Jornalista Responsável: Marta Sfreddo - MTb 6267
Projeto Gráfico: Ditta Comunicação Ltda.
Fotos: Objetiva Fotografias - Júlio Soares e Marina Granzotto
Impressão: CTP - Lorigraf Gráfica e Editora Ltda.
Tiragem: 1.500 exemplares
Para anunciar: (54) 3218.8007
A CIC de Caxias do Sul não se responsabiliza
pelo conteúdo dos textos assinados.
Milton Corlatti
Naturalmente que houve debate e con-
fronto de ideias. Porém, em uma mesa plural, com
opiniões diferentes em determinados pontos, mas
convergentes em outros, a primeira reunião serviu
para afinar e sintonizar os posicionamentos. Nem
a CIC tinha a pretensão de que tudo se resolvesse
Nos
em pouco mais de duas horas de encontro, em que
últimos 20 anos, e que não nos falhe
a manifestação dos pontos de vista das lideranças
a memória, nunca houve uma reunião como a que
presentes foi a prioridade. Todos tiveram a liberda-
foi realizada no dia 18 de fevereiro na CIC, em que
de de se expressar.
empresários e trabalhadores de todos os setores
da economia de Caxias do Sul sentaram em torno
tes dos Sindicatos Patronais e dos Trabalhadores,
de uma mesma mesa para dialogar. Não incluímos
porém, é de que a reunião foi positiva, inédita e,
aqui as negociações de dissídio coletivo, em que
por isso mesmo, um marco na história das relações
se reúnem somente as lideranças da categoria em
capital e trabalho em Caxias do Sul. A formação de
questão. Convocados para debater formas de com-
uma comissão foi o primeiro resultado desta ação.
bater os reflexos da crise, as lideranças deram uma
Quatro Sindicatos Patronais e quatro Sindicatos de
lição de cidadania. Preciso confessar que o número
Trabalhadores ficaram incumbidos de elaborar pro-
de pessoas que atendeu ao convite da CIC - quase
postas com o objetivo de preservar as empresas
50 lideranças empresariais e de trabalhadores - nos
e os empregos. O resultado deste trabalho deverá
surpreendeu.
chegar às mãos do presidente Lula, da governadora
Yeda Crusius e do prefeito José Ivo Sartori.
Nestes mesmos 20 anos, a história nos
O senso comum entre os representan-
mostra que houve três episódios de invasões de
Ao dimensionar a importância histórica
sindicalistas às dependências da CIC - nas gestões
deste acontecimento, a CIC pretende continuar
Aldenir Stumpf, Nelço Tesser e João Francisco Mül-
trabalhando com o mesmo entusiasmo que a
ler. A reunião de fevereiro foi, portanto, histórica,
motivou a agir no sentido de agregar empresários e
respeitosa de ambas as partes e o início de uma
trabalhadores em torno do objetivo de amenizar os
relação de construção de propostas conjuntas, com
efeitos da crise em outras situações que exijam a
firme disposição ao diálogo e à convergência.
defesa da nossa economia, para o bem de todos.
Copa 2014
Informações & Negócios
3
Caxias entrega Carta de Intenções
ao secretário Fortunati
Foto: Giovana Schmitt /CIC
O presidente
Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego,
Secretaria Municipal do
Meio Ambiente, Secretaria
Municipal do Planejamento,
Secretaria Municipal do
Trânsito, Transportes e Mobilidade / Aeroporto Regional, Secretaria Municipal do
Turismo, Serviço Autônomo
Municipal de Água e Esgoto
(Samae), Serviço Nacional
de Aprendizagem Comercial (Senac) - Seção Caxias
José Fortunatti e Milton Corlatti
do Sul, Serviço Nacional de
unem esforços por Caxias do Sul
Aprendizagem Industrial
(Senai) - Seção Caxias do Sul, Serviço Social da Indústria (Sesi) - Seção Caxias do Sul, Serviço Social do Transporte / Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte - Sest/Senat Seção Caxias do Sul, Sindicato de Hotéis,
Restaurantes, Bares e Similares da Região Uva e Vinho - Seção Caxias do
Sul, Sindicato do Comércio Varejista de Caxias do Sul, Sociedade Esportiva
e Recreativa (S.E.R.) Caxias e Universidade de Caxias do Sul.
da CIC, Milton Corlatti, assinou no
dia 2 de março a Carta de Intenções que oficializa o município de Caxias
do Sul à candidatura a Centro de Treinamento da Copa 2014. Também
assinaram a carta que foi entregue ao vice-prefeito de Porto Alegre e
secretário extraordinário da Copa de 2014, José Fortunati, o prefeito José
Ivo Sartori, o presidente da Câmara de Vereadores, Édio Elói Frizzo, o
presidente do Esporte Clube Juventude, Sérgio Florian, e o presidente da
S.E.R. Caxias, Osvaldo Voges.
O documento, que contém a proposta da cidade e seus atrativos, foi organizado por um Grupo de Trabalho composto por Associação
de Recursos Humanos da Serra Gaúcha, Câmara de Dirigentes Lojistas
(CDL), Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC),
Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, Caxias do Sul Convention & Visitors Bureau, Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca),
Conselho Municipal de Turismo (Comtur), Departamento Autônomo de
Estradas de Rodagem (Daer) - Seção Bento Gonçalves, Estação Rodoviária, Esporte Clube Juventude, Faculdade da Serra Gaúcha (FSG), Parceiros
Voluntários, Prefeitura de Caxias do Sul, Gabinete do Prefeito, Secretaria Municipal da Cultura, Secretaria Municipal da Educação, Secretaria
Municipal da Saúde, Secretaria Municipal da Segurança Pública e Proteção
Social, Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, Secretaria Municipal do
Comitê Executivo foi oficializado na CIC
R
Foto: Marcelo Pauli / Semtur
Comitê organiza documentação
euniões realizadas na CIC no mês de fevereiro definiram oficialmente o
grupo que formou o Comitê Executivo que teve como missão desenvolver um
caderno de encargos apresentando a cidade como candidata à subsede da Copa
de 2014.
A Prefeitura de Caxias do Sul, por meio das secretarias de Esporte e
Lazer, do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego e
do Turismo, coordena o Comitê, em parceria com a CIC e outras entidades e
instituições de diversos segmentos do município.
Entre as ações do comitê está a vinda a Caxias do Sul do vice-prefeito
de Porto Alegre e secretário Especial do Comitê da Copa 2014. José Fortunati
participou da reunião-almoço da CIC de 2 de março, quando falou sobre o
projeto de tornar Porto Alegre uma das sedes da Copa do Mundo e sobre as
chances de Caxias do Sul ser uma das subsedes.
4
Reunião-almoço
Informações & Negócios
Lideranças empresariais acreditam
na estabilização da economia
O cenário
internacional e nacional foi tema da
reunião-almoço de 16 de fevereiro. Uma opinião compartilhada entre os
participantes do painel foi a de que a economia começa a dar sinais de
estabilização, com expectativa de recuperação gradual no prazo de 60 dias.
Mas apesar de certo otimismo, ainda restam dúvidas sobre o resultado
efetivo das medidas anticrise adotadas pelo governo federal.
Coordenado pelo
presidente da CIC,
Milton Corlatti, e pelos
diretores de Economia,
Finanças e Estatística
Mauro Corsetti e
Alexander Messias, o
painel contou com a
participação do diretorAdelino Colombo
presidente das Lojas
Colombo, Adelino
Colombo; do diretor
Corporativo e de Relações
com Investidores da
Randon S.A Implementos e
Participações, Astor Schmitt;
do presidente do Sindicato
Astor Schmitt
das Indústrias de Material
Plástico do Nordeste
Gaúcho (Simplás),
Orlando Marin; do
presidente do Sindicato
Rural de Caxias do
Orlando Marin
Sul, Renato Formolo;
e do vice-presidente
do Sindicato
das Indústrias
Metalúrgicas,
Mecânicas e de
Material Elétrico
(Simecs), Getúlio
Fonseca.
Renato Formolo
Alexander Messias disse que
não tem como o Brasil ficar
blindado e não ser afetado pela
crise. O diretor da CIC também
enfatizou que o governo precisa
reduzir a taxa de juros o mais
rápido possível. Mauro
Corsetti, por sua
vez, afirmou que,
Getúlio Fonseca
caso se confirme
a expectativa do
governo federal de
elevar a arrecadação
de impostos em
16,5% neste ano, a
crise interna vai se
agravar.
Para Adelino Colombo, o momento é de grande desafio para
o comércio, especialmente pelo excesso de oferta, que pode chegar a
até três vezes mais do que a demanda. Como alternativa para superar
as dificuldades, o empresário sugeriu o corte de despesas, forte redução
dos estoques e remanejamento de funcionários, para evitar demissões.
Colombo anunciou que a empresa mantém inalterados todos os planos de
expansão para 2009, que incluem a abertura de lojas em cidades de maior
porte. “Mantemos a esperança de que o amanhã será bom, sou um otimista
por excelência”, declarou.
Depois de dizer que a economia brasileira desacelera de 15 de
dezembro até a Quarta-feira de Cinzas, Astor Schmitt projetou que os
números da atividade econômica em 2009 recuarão em relação a 2008, mas
serão comparáveis com os resultados de 2007. Por esta razão, considera
que o ano será positivo, já que o anterior precisa ser visto como ponto fora
da curva e que não se perpetuaria.
Para o diretor da Randon, o País vive um momento muito
especial e de apreensão, o que não impede de se olhar para frente. “A
sensação geral é de que o pior da crise financeira já passou”, disse. Segundo
ele, países emergentes, entre os quais o Brasil, deverão crescer entre 2% e
2,5%, enquanto as nações desenvolvidas terão desempenho de 1% a 1,5%.
Schmitt adiantou que a Randon está se adequando a este novo momento,
mas não está na mesa o fechamento de unidades nem a eliminação de
investimentos. “A situação exige solidariedade entre todos os estratos da
sociedade”, declarou.
Já Orlando Marin definiu o cenário do setor plástico como muito
difícil, o que está exigindo readequação da atividade, do mercado e dos
investimentos. Em menos de três meses, segundo o presidente do Simplás, o
setor perdeu todos os ganhos obtidos até setembro de 2008. Marin estima
que a produção do segmento voltado para o abastecimento das indústrias
em geral, responsável por 70% da receita do setor plástico de Caxias do
Sul, tenha tido uma redução média de 40%. Já as empresas que operam com
produtos para consumo final registraram queda de 20% a 30%.
Diante desse quadro, algumas empresas do setor se viram
forçadas a demitir até 50% dos seus funcionários. Segundo Marin, é
crescente a preocupação com a sobrevivência das empresas e com a
capacidade de cumprir com compromissos em dólar. Mas, apesar da
gravidade, o empresário disse que existem oportunidades para alguns
setores retomarem o crescimento. “Temos que ser otimistas e trabalhar”,
frisou.
Ao falar dos problemas que também afetam a agricultura, Renato
Formolo concentrou sua análise no setor vitivinícola, lembrando que 12
mil famílias vivem desta atividade hoje em Caxias do Sul. Ele revelou que
o setor busca alternativas para escapar dos efeitos da crise, entre os quais
está o projeto de implantação de uma concentradora de sucos e o combate
ao contrabando e adulterações no vinho.
Getúlio Fonseca revelou números do desempenho do setor
metalmecânico em 2008. Na evolução do quadro de funcionários, o saldo
foi de 1.961 trabalhadores em Caxias do Sul. O faturamento do setor
apresentou um índice de crescimento de 6,72%, somando mais de R$ 13
bilhões. Houve, porém, uma retração nas exportações da ordem de 10,22%
de janeiro a dezembro de 2008.
O vice-presidente do Simecs falou ainda das alternativas adotadas
pelas empresas do setor para enfrentar a crise, como a flexibilização da
jornada. Segundo ele, estas medidas deverão se estender até abril.
Reunião-almoço
Informações & Negócios
Frizzo: Comunidade deve
acompanhar trabalho legislativo
5
Frizzo fala dos desafios do
Legislativo Caxiense para 2009
As relações
da Câmara de Vereadores com a
comunidade e os projetos que a Mesa Diretora pretende implementar
em 2009 predominaram na palestra feita pelo presidente do Legislativo
caxiense, Edio Elói Frizzo, na reunião-almoço de 2 de março.
Ao falar sobre a importância da representatividade parlamentar, Frizzo
defendeu a ampliação do número de vereadores em Caxias do Sul, de 17
para 23, conforme projeto que tramita no Congresso Nacional. O vereador
lembrou que, atualmente, o Legislativo poderia usar 6% da receita líquida do
município, mas tem utilizado somente em torno 2,5%. “Caxias não teria o
menor problema de se adaptar à receita de 2%, conforme está previsto no
projeto da Câmara Federal, mesmo aumentando o número de vereadores”,
afirmou.
Edio Elói Frizzo destacou que a Câmara tem sido parceira das
entidades e sempre esteve ao lado da CIC nas principais demandas do
município, como foi com a conclusão da Rota do Sol. “Não será diferente
nas questões que estão em andamento, como o Aeroporto Regional, na
localidade de Vila Oliva, onde entramos em consenso com a CIC de que o
local era o mais indicado, e também no projeto do Trem Regional”, disse o
vereador.
O presidente da Câmara também elogiou a postura da entidade
quando travou a luta para impedir a emancipação de Ana Rech e Forqueta,
garantido a preservação da unidade territorial do município. Ele também
relatou a aprovação de projetos importantes na Legislatura anterior, como
a Lei das Zonas das Águas, delimitações dos bairros de Caxias e do Plano
Diretor Urbano, que expandiu as áreas de Zona Industriais. “Não é por falta
de área que algumas empresas estão saindo de Caxias, porque ampliamos
significativamente esses limites através do Plano Diretor”, destacou Frizzo.
Ele pediu que a comunidade acompanhe o trabalho parlamentar,
lembrando que as atividades não estão restritas à participação em plenário.
Segundo ele, a Câmara possui nove Comissões Permanentes, que tratam de
assuntos abrangentes e que requerem a dedicação integral dos vereadores.
Frizzo revelou que os desafios da atual Mesa Diretora para
o ano de 2009 são qualificar e implantar uma nova programação para a
TV Câmara, mostrando o trabalho parlamentar, bem como atividades
culturais e matérias de prestação de serviços à comunidade, ser parceira do
Movimento para Caxias ser subsede da Copa 2014 e buscar a qualificação
da gestão do Poder Legislativo, através da ISO 9001.
Também está nos planos do Legislativo criar uma parceria com
o Poder Executivo para revisar o Código Tributário Municipal, readequar
a Lei Orgânica, que, segundo Frizzo, já possui 40 emendas e precisa ser
reavaliada, além de revisar o Código de Obras do município, atualizando-o
de acordo com as novas legislações.
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Reunião-almoço
Informações & Negócios
Bernardete: a moda é um
fenômeno complexo
Stange: conhecer o consumidor
Especialista fala
sobre história e
evolução da moda
“Hoje
não basta apresentar um produto e dizer que é o
melhor, é preciso surpreender, renovar”. A opinião é da professora
do curso de Moda e Estilo da Universidade de Caxias do Sul (UCS)
Bernardete Venzon, que palestrou sobre o tema Moda: um diálogo
entre cultura e economia, na reunião-almoço de 9 de março. O
evento abriu a quarta edição do Integra Moda Serra Gaúcha e foi
alusivo ao Dia Internacional da Mulher.
Ao traçar um panorama da história da moda, especialmente
a partir de sua organização como indústria, em 1857, Bernardete
disse que a atividade exige muita qualificação de seus profissionais. “A
moda é um fenômeno complexo e torna-se indispensável um trabalho
interdisciplinar”, segundo a professora. Ela explicou que em 200 anos,
a moda passou de fenômeno sociocultural de elite para um fenômeno
cultural de massa.
De acordo com a palestrante, a moda representa o espírito
do tempo e é um dos indícios mais imediatos das mudanças sociais,
culturais, políticas e econômicas. “Pensar em moda é estar atento ao
que está acontecendo ao nosso redor”, afirmou.
O setor movimenta muito dinheiro nos principais centros
criadores. Somente na França, considerada o epicentro da moda,
representa hoje 25% do PIB. No Brasil, que produz 8,2 bilhões de
peças de vestuário/ano, a última edição do São Paulo Fashion Week
registrou negócios da ordem de R$ 1,5 bilhão. Realizado desde 1996,
o SPFW tornou-se o maior evento de moda da América Latina e o
quinto do mundo. Nesse cenário, o Rio Grande do Sul participa com
3,26% do PIB do setor têxtil, com 978 empresas e 55 mil pessoas
trabalhando na atividade.
O Integra Moda é uma iniciativa do Comitê de Estilo do
Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e Malharias da Região
Nordeste (Fitemasul), do Núcleo de Moda do Sindicato das Indústrias
do Vestuário e do Calçado do Nordeste Gaúcho (Sindivest) e do
curso de Moda e Estilo da UCS. A coordenação é do Polo de Moda da
Serra Gaúcha com o apoio do Sebrae/RS.
Relação entre
indústria e varejo
deve gerar mais valor
para o consumidor
“O estágio
do relacionamento entre indústria
e varejo no Brasil está distante do modelo mais colaborativo”. A
opinião é do consultor Lourival Stange, sócio-diretor da GS&MD, que
palestrou na reunião-almoço de 16 de março. Com o tema Trade
marketing: interesses conciliados entre indústria e varejo na crise e
fora dela, Stange afirmou que tanto indústria como varejo necessitam
aprimorar seus conhecimentos sobre o consumidor para gerar mais
valor.
A falta de confiança entre as partes, a divergência de
pontos de vista e a pressão por resultados de curto prazo podem,
segundo o consultor, estar no cerne desta falta de colaboração entre
a indústria e o varejo. Nesse sentido, alinhar objetivos e metas e fazer
com que a interdependência gere mais resultados para ambos e mais
valor para o consumidor são desafios que estão pela frente.
Para Stange a competição colaborativa entre indústria
e varejo passa pelo relacionamento mais estratégico, e não apenas
transacional, pela melhoria do processo de planejamento comum
e pela atuação em sinergia de marcas, lojas e produtos. “A maioria
das relações varejo-indústria ainda são pautadas por um estigma de
confronto, mas existe espaço para propostas de valor diferenciadas”,
alertou o palestrante.
Sindilojas - A reunião-almoço foi alusiva aos 55 anos do
Sindicato do Comércio Varejista de Caxias do Sul (Sindilojas), que
recebeu homenagens durante o evento pela comemoração, entre as
quais do presidente da CIC, Milton Corlatti.
Atuando com base territorial em Caxias do Sul, São Marcos, Flores
da Cunha, Antônio Prado e Nova Pádua, o Sindilojas representa
12 mil empresas na região, cerca de 10,9 mil no município sede.
Somente em Caxias do Sul, o setor emprega 21,9 mil funcionários. Já
os serviços contabilizam 43,6 mil trabalhadores. Hoje, o comércio e
serviços representam 46,42% da atividade econômica caxiense.
Informações & Negócios
Reunião-almoço
7
Paulo Tigre defende
menos discurso
e mais ação
Tigre: inovação e muito trabalho para superar a crise
Saber
o que pedir, como pedir e, principalmente, medir o tempo e
a velocidade com que uma medida de governo chega às empresas que dela
precisam para reagir à crise é o desafio das entidades empresariais diante
do cenário de crise. Este foi o tom da palestra do presidente da Federação
das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre, na
reunião-almoço de 23 de março. “Já pedimos tudo, agora temos de ser
ouvidos e fazer acontecer”, ressaltou Tigre.
Entre os principais reflexos da crise, o presidente da Fiergs citou a restrição
ao crédito, a queda nas exportações e o aumento do protecionismo. Paulo
Tigre acredita que estas condições vão exigir, cada vez mais, habilidade,
inovação e muito trabalho para lidar com a nova realidade do mercado.
“Trabalhar é a única maneira para sair da crise”, alertou Tigre.
Segundo o presidente da Fiergs, a crise já foi debatida exaustivamente e em
inúmeros fóruns, expondo a necessidade de se ter um foco para construir
propostas que fortaleçam as empresas e solidifiquem os postos de trabalho.
“Precisamos não só de garantias de emprego, mas de medidas para fazer
com que a economia cresça, afirmou”.
Para tanto, Paulo Tigre entende que a pressão das entidades empresariais
sobre o Congresso Nacional poderá gerar soluções que venham a
favorecer os setores da economia, colocando em prática projetos que
acertem os rumos da política econômica. Para ele, afora a redução do
IPI para a venda de veículos, pouco efetivamente foi feito para aplacar os
efeitos da crise. “Muito precisa e pode ser feito, beneficiando todas as
cadeias produtivas. Cada nível de governo pode fazer algo em favor da
empresa, o que repercutirá positivamente no trabalhador.” Citou, como
exemplo, o fato de a Lei da Pequena e Micro Empresa do Rio Grande do Sul
ter sido adotada, até agora, por somente quatro municípios, enquanto em
Minas Gerais o número já passa de 200.
Tigre também destacou como essencial a retomada do crédito e do
financiamento internacional para que a economia brasileira retome,
gradualmente, sua normalidade. Reconheceu que o financiamento tende
a ser mais complicado porque todos os países estão com problemas. Já o
crédito para estimular o consumo depende basicamente de ações efetivas
dos governos. “Assim como teve coragem de manter as taxas de juros nos
níveis mais elevados, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles,
deve ter a mesma posição e nos surpreender com juros bem menores do
que esperamos.”
Em sua manifestação, o presidente da CIC, Milton Corlatti, entregou a
Paulo Tigre uma cópia dos documentos que a entidade, juntamente com
os presidentes de Sindicatos Patronais e de Trabalhadores, elaborou para
encaminhar aos governos federal, estadual e municipal. Neles, empresários
e trabalhadores sugerem medidas para evitar o agravamento da crise. Tigre
afirmou que os documentos serão anexados aos pedidos da própria Fiergs
e terão o apoio da entidade para chegarem às mãos do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, aos ministros da área econômica e à governadora Yeda
Crusius.
Conjuntura
8
Encontro histórico na CIC marcou início de ações conjuntas
Sindicatos Patronais e de Trabalhadores
debatem medidas para
evitar acirramento da crise
Com
o objetivo de fortalecer as empresas e preservar os empregos, a CIC coordenou uma comissão formada por quatro Sindicatos
Patronais e quatro Sindicatos de Trabalhadores, encarregada de propor
medidas para evitar o acirramento da crise. A decisão foi resultado da
reunião realizada no dia 18 de fevereiro, na CIC, com a presença de
quase 50 pessoas, entre representantes das entidades empresariais e de
trabalhadores dos diferentes segmentos econômicos de Caxias do Sul.
Ao avaliar o encontro como histórico e positivo, o presidente da CIC, Milton Corlatti, disse que nos últimos 20 anos nunca houve
uma reunião na entidade em que empresários e trabalhadores de
todos os setores da economia de Caxias do Sul tenham se sentado em
torno de uma mesma mesa para debater e sugerir medidas de forma
conjunta. A partir do debate estabelecido, as lideranças entenderam
necessário encontrar encontrar alternativas de enfrentamento da crise,
evitando seus impactos na economia local. “A CIC continuará trabalhando no sentido de agregar empresários e trabalhadores em torno
do objetivo de preservar empresas e empregos”, ressaltou o presidente da entidade.
Informações & Negócios
9
Empresários e trabalhadores reivindicam
medidas nas três esferas de governo
Reunida
na CIC, a comissão de
Sindicatos Patronais e dos Trabalhadores deu
início à elaboração de uma proposta de enfrentamento da crise. No encontro realizado no dia
2 de março, o grupo concordou que a ação mais
imediata a ser tomada seria a de interpelar os
governos municipal, estadual e federal, solicitando
medidas em caráter de urgência para evitar os
impactos da desaceleração da atividade econômica.
Entre as medidas sugeridas está a moratória de 30% de todos os impostos municipais,
estaduais e federais pelo período de 90 dias, a
fundo perdido, a desoneração da folha de pagamento com redução de 50% da alíquota, também
durante 90 dias e a continuidade e aceleração
de obras de infraestrutura, com a finalidade de
incrementar a capacidade logística do País, e
indispensável fortalecimento da cadeia produtiva
brasileira. Os documentos foram encaminhados
à União, Estado e Município. “Diante do atual
cenário econômico, esperamos que os governos
acatem as proposições das nossas entidades, e o
façam com urgência, para impedir o agravamento
da situação”, ponderou o diretor executivo da
CIC,Victor Hugo Gauer.
Comissão de sindicatos trabalha na elaboração de propostas
Foto: Giovana Schmitt /CIC
Fiesp elogia manifestação da CIC sobre
rumos da política econômica
A presidência
da CIC
recebeu mensagem do presidente da Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),
elogiando e apoiando o pleito dirigido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que a entidade
reivindica medidas relativas à política econômica
nacional e rebatendo críticas feitas pelo governo
federal ao empresariado brasileiro. Na opinião de
Paulo Skaf, a preocupação manifestada pela CIC é
inteiramente procedente e vem ao encontro das
idéias defendidas pela Fiesp.
Paulo Skaf disse que, as medidas
adotadas pelo governo para atenuar os efeitos da
crise mundial no País não se mostram suficientes e que as respostas governamentais à crise
devem ser mais proporcionais às dimensões do
problema. O presidente da Fiesp também está
convencido de que as reuniões do Copom devem
ser quinzenais, de que a taxa básica de juros deve
ser reduzida para 8% ao ano, bem como os altos
spreads bancários.
Além disso, entende que é inviável a
continuidade de alguns problemas estruturais do
País e considera um dos mais graves a cultura
equivocada dos gastos públicos, cujo custeio
mais racional permitiria melhores condições para
socorrer a economia, tanto com o aumento dos
investimentos públicos quanto por meio da redução tributária mais ampla do que a anunciada.
10
Tecnologia
Informações & Negócios
Daniel Zanchi apresentou novidades do novo site
CIC lança novo
portal na web
Durante
a reunião-almoço de 23 de março, o diretor de
Novas Tecnologias Daniel Zanchi apresentou o novo portal da CIC na
internet. Segundo Zanchi, o site foi totalmente remodelado para ser um
canal de comunicação direto com os associados, diretorias e visitantes.
“O objetivo é fornecer as novidades relativas à atuação da CIC, informar
as atividades e projetos das Diretorias Departamentais, anunciar eventos
promovidos e apoiados pela entidade, indicadores econômicos e artigos
técnicos, além de ser um local onde possamos disponibilizar vídeos e fotos
sobre as ações já realizadas”, explicou Daniel Zanchi.
A nova concepção visual do portal da CIC reposiciona-o no cenário web
com uma linha de comunicação mais contemporânea. Prioriza a legibilidade
e a valorização do conteúdo, através de um padrão de diagramação que se
reproduz em todas as áreas do site, o que torna a experiência de navegação agradável para o visitante e proporciona leitura rápida e eficiente. A
nova interface também prevê a escalabilidade do projeto, com o crescimento de conteúdos e funcionalidades.
A arquitetura da informação recebeu atenção especial. Com
foco no usuário, todos os conteúdos foram reestruturados e redigidos de
forma que a CIC prestasse informações consistentes e atualizadas para
o visitante. Novas áreas de conteúdos foram criadas, como a Memória &
Identidade CIC, os serviços oferecidos pela casa e os projetos em andamento. Além da reformulação do calendário de cursos e eventos, locação
de salas, notícias, entre outros.
As diretorias também receberam uma área restrita que proporciona a troca de informações e colaboração através de conteúdos diversificados, como artigos, notícias, galerias de fotos e materiais para download.
Os gestores do novo portal possuem grande autonomia para o gerenciamento dos conteúdos, proporcionando agilidade na atualização das
informações e no atendimento às solicitações dos usuários.
O novo portal da CIC foi desenvolvido respeitando os padrões
web definidos pelo órgão mundial W3C (World Wide Web Consortium)
que define um conjunto de recomendações que asseguram alto nível tecnológico ao portal. A assinatura do projeto é da TUA Tecnologia.
Violência Zero
Informações & Negócios
11
Fórum realizado em dezembro deu início ao diagnóstico da violência em Caxias
Causas e soluções são apresentadas
no relatório do Fórum Caminhos
para a Violência Zero
“Pertencemos
a
uma sociedade com medo”. A afirmação é
do presidente da Parceiros Voluntários (PV)
de Caxias do Sul, Mário Sebben, durante a
apresentação à imprensa do relatório do
Fórum Caminhos para a Violência Zero, no dia
4 de março. O documento é resultado de um
processo desenvolvido a partir do Fórum, uma
iniciativa da CIC e PV, com a participação do
Poder Judiciário, Ministério Público Estadual,
Fundação de Assistência Social, secretarias municipais da Saúde, Educação e Segurança, Polícia
Civil, Brigada Militar, Instituto Fonte de Apoio,
Conselho Municipal dos Direitos da Criança
e do Adolescente e Conselho Municipal de
Assistência Social.
Juntas, estas e outras organizações
que desenvolvem projetos sociais promoveram
encontros com o objetivo de identificar as
causas da violência juvenil em Caxias do Sul,
propor soluções para o problema, unificar as
diversas ações de combate à criminalidade
já existentes no município e criar um grupo
permanente de discussão e acompanhamento.
Segundo Sebben, uma das constatações deste
trabalho é de que os delinqüentes são jovens
e reincidentes e que os primeiros sinais de
violência aparecem muito cedo. “A recuperação
é muito difícil, o melhor é prevenir”, afirmou.
A ideia do Fórum nasceu a partir da
percepção de que o trabalho das entidades que
buscam a redução da violência e a recuperação
de crianças e adolescentes em situação de
vulnerabilidade social na Serra gaúcha, embora
amplo e efetivo, não tem sido suficiente para
resolver o problema. A falta de comunicação,
articulação e coesão entre essas forças que
lutam pelo mesmo ideal é um dos fatores que
limitam suas ações, deixando brechas para o
aparecimento de novos transgressores. “Estamos fazendo mais do mesmo”, avalia Mário
Sebben.
O relatório contém uma relação de
causas sociais, econômicas, familiares, educacionais, culturais, comunitárias e jurídicas do
problema da violência juvenil em Caxias do
Sul e o apontamento de soluções para cada
uma das causas elencadas. O resultado deste
trabalho foi levado ao Programa de Prevenção
à Violência, do governo do Estado, cujo comitê
municipal foi lançado em 17 de março, na
Universidade de Caxias do Sul.
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12
Operação Verão Rota do Sol
Informações & Negócios
CIC, 5º CRB e operadores de serviços
médicos avaliam operação
durante veraneio
Os resultados
da 1ª Operação Verão Rota do Sol,
uma iniciativa coordenada pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços
de Caxias do Sul (CIC) e operadoras de serviços médicos da cidade,
foram apresentados à diretoria da CIC ao final da ação. De acordo com os
relatórios apresentados, no período de 19 de dezembro a 1º de março, as
operadoras Unimed Nordeste, Fátima Ecco-Salva, Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (Samu) e o 5º Comando Regional de Bombeiros (CRB)
prestaram atendimento a 49 pessoas, a maioria vítima de acidentes de
trânsito, porém não foram registradas mortes.
A operação instalou um posto avançado de resgate veicular e
atendimento pré-hospitalar no km 200 da rodovia RST-453 Rota do Sol,
na localidade de Lajeado Grande, em São Francisco de Paula. Foram 71
dias, em que as operadoras Unimed, Fátima Ecco Salva e Samu se revezaram em esquema de plantões nos fins de semana, enquanto o Corpo
de Bombeiros prestou atendimento 24 horas durante todo o veraneio.
A estimativa dos parceiros na operação é de que houve um ganho de até
uma hora no deslocamento dos feridos até o hospital. As operadoras de
saúde disponibilizaram equipes de profissionais plantonistas (médicos,
Operação trouxe maior segurança aos usuários
enfermeiros, técnicos em enfermagem e condutores), ambulância equipada
com rádio, materiais, equipamentos e medicamentos para atendimento
pré-hospitalar móvel.
Para o diretor-executivo da CIC,Victor Hugo Gauer, a presença
constante do 5º CRB e das operadoras de saúde nos finais de semana trouxe maior segurança e tranquilidade aos usuários da rodovia na
temporada de veraneio. Segundo Gauer, a ideia é retomar a operação no
próximo ano, aprimorando a infraestrutura para a permanência e o trabalho dos socorristas na Rota do Sol.
De acordo com o comandante do 5º CRB, tenente-coronel José
Francisco Barden da Rosa, os objetivos da operação foram plenamente
alcançados. “O 5ºCRB deve mantê-la no seu calendário de eventos e
solicitar ao Comando do Corpo de Bombeiros sua inclusão na Operação
Golfinho da Brigada Militar”, declarou.
A iniciativa também contou com a participação do Hospital
Pompéia, referência em urgência e emergência para encaminhamento dos
feridos, e com o apoio da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Caxias do Sul
(CDL), por meio da campanha Não quero morrer no trânsito.
Região
Informações & Negócios
13
Lideranças debateram temas como aeroporto e
trem regional e rótula para Flores da Cunha
Foto: Marina Granzotto / Objetiva
A CIC
CIC sedia encontro das entidades
empresariais da Região
sediou no dia 13 de março uma reunião entre as
entidades empresariais da Região. Participaram as CICs e ACIs de Bento
Gonçalves, São Marcos, Farroupilha, Flores da Cunha, Antônio Prado, Carlos
Barbosa, Garibaldi, Guaporé e Veranópolis. Na pauta do encontro, questões
como aeroporto e trem regional e a conclusão da rótula para Flores da
Cunha foram abordadas, com a presença do deputado federal Ruy Pauletti,
do deputado estadual Alberto Oliveira, do representante do deputado federal Pepe Vargas, Ansélio Brustolim, e de secretários municipais. De acordo
com o presidente da CIC, Milton Corlatti, a parceria entre as CICs e ACIs
surgiu da conscientização de que, embora as entidades desenvolvam com
competência o seu trabalho, o nível de sintonia necessita ser ampliado para
aumentar as conquistas da Região.
Sobre a rótula para Flores da Cunha, primeiro item da pauta, o
grupo aprovou um documento encaminhado por meio do deputado Alberto
Oliveira, com a assinatura das entidades empresariais presentes, à governadora Yeda Crusius solicitando a imediata conclusão das obras no cruzamento da RS-122 com a RST-453. O documento argumenta que a necessidade
e a urgência da obra são comprovadas pelos inúmeros acidentes que vêm
ocorrendo no local, muitos com vítimas fatais, além dos transtornos ocasionados pelos congestionamentos diários, prejudicando o trânsito de veículos,
a circulação de mercadorias e colocando em risco a vida de milhares de
pessoas que por ali passam todos os dias.
Em seguida, a diretoria de Política Urbana da CIC apresentou o
relatório do ‘Seminário Serra Gaúcha nos Trilhos’, realizado em agosto de
2008, falou do estágio atual do projeto e dos contatos já efetuados com os
ministérios responsáveis pelo Trem Regional.
De acordo com o vice-presidente de Comércio da CIC, Nelson
Sbabo, em relação a este assunto, o encontro serviu para consolidar a ideia
de a Região trabalhar em conjunto, para que, a partir de agora, cada município defina as áreas necessárias e os trechos pretendidos na implantação do
projeto. “O Trem Regional será pauta permanente dos próximos encontros
das ACISs e CICs”, afirmou Sbabo.
Sobre o aeroporto, os debates se concentraram em cima do
relatório da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), apresentado pelo deputado Ruy Pauletti. O documento recomenda que, conforme os resultados
do estudo técnico concluído em dezembro de 2008, o lugar que reúne as
melhores características para a construção de um novo aeroporto na região da Serra gaúcha é a localidade de Vila Oliva. O relatório ainda faz uma
avaliação do sítio de Mato Perso e relaciona as restrições para a instalação
de um aeroporto de grande porte naquele local, por já se encontrar razoavelmente ocupado. O tema gerou debate sobre as vantagens e desvantagens
da posição geográfica dos dois sítios aeroportuários. No entanto, todos
concordaram que a Região precisa de um aeroporto de porte internacional
para transporte de cargas e de passageiros e que seja um terminal alternativo aos aeroportos de Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba.
Também ficou acertado que as entidades empresariais, por
solicitação da presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços
(CICS) de Farroupilha, Nádia Emer Grasseli, deverão reivindicar ao governo
do Estado mais agilidade e rapidez na liberação do transporte de hortifrutigranjeiros que necessitam de licença especial para sair do Rio Grande do
Sul. Segundo Nádia, a morosidade na liberação das licenças está ocasionando prejuízos ao setor.
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14
Opinião
A nova
ortografia:
ajuda ou
atrapalha?
Foto: Daiane Nardino / UCS
Normelio Zanotto
Professor e perquisador da UCS,
doutor em Línguas Modernas.
Informações & Negócios
Em janeiro
seta, uma calcinha, ele pedem uma camisola,
de 2009,
ou cuequinhas. O nosso café da manhã é o
começou a vigorar a nova ortografia da língua
pequeno-almoço deles. Ao invés de entrar na
portuguesa. Até dezembro de 2012, valem as
fila eles entram na bicha. Etc. O que a reforma
duas ortografias. Nesses quatro anos, quem
faz é eliminar o trema, suprimir vários acentos,
fizer concurso, vestibular, etc. tanto pode es-
alterar quase por completo o emprego do hí-
crever pelas novas quanto pelas “velhas” regras
fen, além proceder a algumas outras mudanças
ortográficas.
de menor repercussão.
Será que os objetivos da reforma compensam
A reforma visa uniformizar o modo
de escrever o português nos oito países deno-
o alto custo decorrente das mudanças?
minados lusófonos, ou seja, que têm como lín-
gua oficial o idioma de Camões. São eles: Brasil,
elevado. Com a reforma, os livros das nossas
Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau,
bibliotecas, das nossas escolas passam a ser
São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor
“da velha ortografia”. Além de que os livros
Leste. Só que, por enquanto, somente o Brasil
de português, os dicionários, as gramáticas,
deu início ao novo modo de escrever. Portugal
os livros didáticos deverão ser obrigatoria-
prometeu implantar a reforma em seis anos.
mente reescritos. E quem já deixou a escola,
A unificação das escritas tem como objetivos
ou volta aos bancos escolares, ou ficará nessa
principais consolidar a língua portuguesa nos
confusão de não ter mais certeza de como e
fóruns internacionais e facilitar a circulação de
escreve agora, mesmo que as mudanças sejam
livros e de outros materiais impressos entre os
pequenas: somente 0,5% das palavras, no Brasil,
oito países.
e 1,6% em Portugal têm a ortografia alterada. É de se destacar que essa unificação
É consenso de que o custo é muito
A questão é: já que mexeram com
está longe de ser alcançada plenamente. Muitas
o abelheiro, porque não aproveitaram para
palavras vão continuar sendo escritas de forma
dar mais um passo no sentido da simplificar a
diferente, por também serem pronunciadas
nossa maneira de escrever o português? Mui-
de forma diferente. A reforma atinge somente
tas regras da ortografia são bizarras. Só para
a escrita. A pronúncia não aceita unificação
exemplificar com a acentuação gráfica: a partir
por decreto. Por isso os outros países vão
de agora, acentua-se painéis, mas não ideias.
pronunciar e escrever, por exemplo, António,
Acentua-se herói, mas não heroico. Acentua-se
fenómeno, académico, bebé, pónei, mandámos,
miúdo, mas não feiura.
etc., enquanto no Brasil vamos continuar
escrevendo à nossa maneira. É de se notar
Embora a ortografia seja somente um detalhe
também que essas diferenças ortográficas são
no conjunto da língua, se queremos produzir
menos perceptíveis que as diferenças léxicas,
um texto bem-escrito em todos os sentidos,
diferenças no uso de palavras. O que nós
temos de acertar também no emprego das
denominamos aeromoça, eles denominam
letras, dos acentos, das crases, dos hifens, etc.
hospedeira. Enquanto aqui se pede uma cami-
(Ah!, hífen é com acento, mas hifens não!!)
Mas enfim, não há como retroceder.
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Informações & Negócios
E
vários segmentos da economia. Os negócios da
Randon foram favorecidos pelo bom desempenho
da cadeia automotiva e do agronegócio, embora
no último trimestre de 2008 a empresa tenha
sentido os reflexos do recuo da demanda e dos
investimentos de quase todos os setores. Foram
registrados cancelamentos de pedidos na área de
implementos e ajustes nos programas de compras
das montadoras por conta da retração e do encarecimento do crédito.
Todos os segmentos de atuação das
Empresas Randon apresentaram desempenho
positivo em 2008. No conjunto das receitas, as
áreas de implementos rodoviários, ferroviários e
de veículos especiais tiveram uma participação de
48,73%, enquanto autopeças e sistemas contribuíram com 49,80% e serviços e outros com 1,47%
do faturamento.
m um ano impactado por cenários que oscilaram da expansão da economia ao agravamento
da crise financeira, a Randon S.A Implementos e
Participações encerrou o exercício de 2008 com
uma receita bruta total de R$ 4,6 bilhões, o que
representou um aumento de 26,6% em relação a
2007. A receita líquida consolidada foi de R$ 3,1
bilhões, um crescimento de 20,9% sobre o ano
anterior, enquanto o lucro líquido consolidado
chegou a R$ 231,1 milhões, 33,3% superior a 2007.
O lucro bruto no período chegou a R$
833,7 milhões, representando 27,2% da receita
líquida consolidada e um acréscimo de 24,2% em
relação ao ano anterior. O EBITDA de R$ 520,8
milhões teve um incremento de 34% em comparação ao exercício anterior. As exportações consolidadas totalizaram, em 2008, US$ 287 milhões,
22,1% superior ao ano anterior. Para o diretor
corporativo e de relações com investidores, Astor
Milton Schmitt, a expectativa para 2009 é de o ano
ainda traga bons resultados estimando em torno
de R$ 4,0 bilhões a receita bruta total e exportações ao redor dos US$ 240 milhões.
Focada em soluções voltadas ao
transporte de cargas e componentes correlacionados, o portfólio de produtos têm relação com
EXPORTAÇÕES - Seguindo a estratégia de
busca de novos mercados e de ampliação dos
canais de distribuição, a Randon conseguiu manter
o ritmo crescente de exportações. A redução de
custos, aumento da importação de insumos e os
ajustes nos preços externos foram os instrumentos utilizados pelos administradores para contrapor a valorização do real no primeiro semestre.
A
Febramec
será modelo de
responsabilidade
ambiental
DIVULGAÇÃO
Dinâmica Comunicação Empresarial
Jornalista Basílio Alberto Sartor
Fone: (54) 3025.3030 / (51) 9982.6159
e-mail: [email protected]
Feira Brasileira da Mecânica e Automação
Industrial (Febramec) está desenvolvendo um
projeto que deverá torná-la modelo de responsabilidade socioambiental para outras feiras
industriais no Rio Grande do Sul. A 15ª edição
do evento, de 10 a 14 de agosto de 2009, nos
pavilhões da Festa da Uva, em Caxias do Sul,
será realizada de forma a minimizar danos ao
meio ambiente e colaborar com sua preservação.
Através de um gerenciamento socioambiental, a 15ª Febramec reduzirá seu impacto
no meio ambiente, buscando o uso eficiente
de insumos, como água e energia elétrica, e o
manejo adequado de resíduos, com foco no
reaproveitamento de materiais. Além disso, será
neutra em emissões de gases do efeito estufa,
que serão compensadas por meio do plantio de
árvores nativas em área de preservação permanente em Caxias do Sul.
“Criamos o Prêmio Febramec Meio
Ambiente para valorizar indústrias que são ambientalmente responsáveis. Em 2008, promovemos o plantio de árvores nos pavilhões da Festa
da Uva para simbolizar nossa preocupação com
a natureza. Neste ano, estamos lançando um
15
Randon
obtém receita
bruta de
R$ 4,6 bilhões
em 2008
DIVULGAÇÃO
Fróes, Berlato Associados
Jornalista Margô Segat
Fone: (54) 3209.72314
e-mail: [email protected]
grande projeto de sustentabilidade que vai gerar
benefícios para toda a população da cidade”,
explica Lélis da Cunha, diretor da Febramec.
O projeto contempla ainda ações de
educação ambiental, tanto em escolas da rede
pública e privada quanto em empresas. O objetivo é explicar para estudantes e colaboradores
da indústria como a Febramec está cuidando do
meio ambiente e de que forma outros eventos
e organizações podem fazer o mesmo. Também
será gerado um relatório de todas as atividades,
que poderá servir de parâmetro para outras
feiras realizadas no Estado.
Prêmio:
A terceira edição do prêmio Febramec Meio
Ambiente está com inscrições abertas pelo
site www.febramec.com.br/premiofebramec.
O objetivo é dar reconhecimento público às
empresas nacionais, de todos os segmentos,
que desenvolvem projetos socioambientais nas
áreas de matéria-prima e resíduos sólidos, água
e efluentes, emissão atmosférica e energia. Em
2008, foram premiadas nove empresas, com
repercussão nacional. As inscrições são gratuitas
e seguem até 30 de abril.
Mosaico
16
Informações & Negócios
A
Câmara de Indústria, Comércio e Serviços
de Caxias do Sul (CIC) se agrega à divulgação da
Festa da Uva 2010 e passou a adotar o logotipo
do próximo evento em todos os seus formulários
de e-mail para comunicação interna e externa. Para as diretorias de Desenvolvimento Sustentável e de Comunicação e Marketing,
autoras da iniciativa, a ação é mais uma forma de
a entidade se associar à comunidade.
“Como entidade representativa da classe empresarial caxiense, a CIC demonstra seu espírito
comunitário ao usar seus canais de comunicação
para divulgar nossa maior festa”, afirmou o diretor de Comunicação e Marketing Rony Lemos.
A Festa da Uva 2010 acontece de 18
de fevereiro a 7 de março. O presidente da CIC,
Milton Corlatti, é um dos vice-presidentes e
diretor Social da próxima edição.
A
Milton
Corlatti
integra
Comissão
Comunitária
Prefeitura de Caxias e a Comissão da Festa
da Uva e Feiras Agroindustriais deram a largada na
noite de quarta (18) aos preparativos para a Festa da
Uva 2010. O prefeito José Ivo Sartori e o presidente
da Comissão da Festa, Gelson Palavro, acionaram um
cronômetro na Praça Dante Alighieri com a contagem regressiva para o evento, que ocorre de 18 de
fevereiro a 7 de março do ano que vem.
Após, no Teatro Municipal Pedro Parenti,
Palavro anunciou sua equipe. A Comissão Comunitária trabalhará, desde já, para organizar a festa máxima da cidade. “A novidade deste ano é a participação
do Caxias, do Juventude e da CIC e da CDL na
comissão. Também criamos a diretoria de Captação
de Recursos”, informou Palavro.
A Comissão Comunitária ficou composta por:
* Presidente: Gelson Palavro
* Vice-presidentes: Edson Néspolo (Prefeitura),
Isidoro Zorzi (UCS), Édio Elói Frizzo (Câmara de
Vereadores), Osvaldo Voges (S.E.R. Caxias), Sérgio
Florian (Esporte Clube Juventude), Milton Corlatti
(CIC) e o empresário Valter Gomes Pinto.
* Diretores: Paulo Poletto (Administrativo e Financeiro), Nestor Pistorello (Agricultura).
CIC já divulga
Festa da Uva
de 2010
Raimundo Demore (Alimentação), Antonio Feldmann
(Cultura),Vinicius De Tomasi Ribeiro (Desfiles),
Felipe Gremelmaier (Esporte e Lazer), José Quadros
dos Santos (Feiras e Exposições), Roberto Pereira
(Bilheteria), Jaison Barbosa dos Santos (Hospitalidade), Adiló Didomenico, Marcus Vinicius Caberlon,
Celso Empinotti, Roberto Louzada e Bruno Brunelli
(Infraestrutura), Julio Duso (Marketing), Jorge Benites (Marketing de Relacionamento), Edson Néspolo
(Relações Comunitárias), Milton Corlatti (Social) e
Carlos Búrigo (Captação de Recursos).
No anúncio da comissão, o prefeito José
Ivo Sartori ressaltou a pluralidade da comissão.
Segundo ele, “a busca por novas parcerias reforça o
caminho, pois não estamos sozinhos nessa empreitada. O conjunto de nomes é prova de que o trabalho
deve ser feito por muitas mãos que confiam no
desafio constante de se construir a Festa da Uva.
Essa equipe representa bem a sociedade em que
vivemos”, afirmou.
Sartori lembrou ainda que 2010 é o ano
das comemorações dos 120 anos do município; dos
100 anos da elevação do município à categoria de
cidade, fato que coincide com a chegada do trem a
Caxias; e dos 135 anos da imigração italiana.
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