Time for Action
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Time for Action
Um grande passo para o futuro da aviação no Brasil - Carlos Ebner, Diretor da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) no Brasil Publicado em 25 de agosto de 2012 em jornal 'Correio Braziliense' Na semana passada, a tocha olímpica foi simbolicamente passada do Reino Unido para o Brasil, que sediará a Olimpíada de 2016, bem como a Copa do Mundo em 2014. Sem dúvida o Brasil será o centro das atenções, assim como o setor de aviação. Será certamente uma oportunidade para mostrar o calor e a hospitalidade do povo brasileiro, mas não deixa de ser um grande desafio acomodar dezenas de milhares de novos visitantes, que chegarão quase na totalidade ao País por via aérea. E o problema não será a falta de voos. Mais de 62 mil voos internacionais partem do Brasil anualmente. Dentro do País são operados cerca de 1 milhão de voos. Infelizmente, o Brasil está pagando um preço alto pela falta de investimento em aeroportos durante muitos anos. O País foi classificado como 93º no Índice de Competitividade do Turismo na qualidade de infraestrutura de transporte aéreo, durante o Fórum Econômico Mundial. Apenas a Rússia está abaixo do Brasil nessa importante métrica entre os países em desenvolvimento do Brics (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul). O impacto negativo pode ser visto diariamente pelos passageiros que utilizam linhas longas e instalações aeroportuárias superlotadas. Isso também é um fardo para as companhias aéreas. Encargos e altas taxas de embarque tornam as viagens aéreas mais caras do que realmente deveriam ser. Uma pena severa para a economia e uma surpresa desagradável para os fãs de esporte que pretendem assistir à Olimpíada e à Copa do Mundo. E a política de paridade de importação de preços para combustível de aviação chega a pesar US$ 800 milhões ao ano para as empresas, de acordo com a última análise de custo de transporte de mercadorias e viagens. De acordo com um estudo realizado pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, sigla em inglês) e a Oxford Economics, o segmento de transporte aéreo doméstico no Brasil gera aproximadamente 940 mil empregos diretos e indiretos e contribui com R$ 42 bilhões ou 1,3% do PIB do País. Essa é apenas uma pequena amostra. Cerca de 68 milhões de passageiros viajaram dentro do Brasil no ano passado. Com o crescimento do poder de compra da população, no futuro o País transportará muito mais gente, como ocorre nos Estados Unidos, e esse número poderá chegar a 430 milhões por ano. O governo reconhece que o setor privado pode ser um veículo para a entrega das melhorias necessárias de forma mais rápida e eficiente. A privatização dos aeroportos de Cumbica (Guarulhos-SP), Congonhas (São Paulo-SP) e Viracopos (Campinas-SP) este ano arrecadou US$ 12 bilhões em taxas de concessão, valor quatro vezes maior do que o requerido em lance minimo. Agora, temos de assegurar que os investidores percebam seus interesses de longo prazo com um modelo de negócio que suporte o crescimento do tráfego e os ganhos de eficiência das companhias aéreas. O papel do regulador é crucial, com tomada de decisões independentes que levem em consideração os interesses de crescimento econômico facilitado pela aviação. Hoje os líderes dos setores público e privado da aviação estão reunidos em Brasília para o primeiro Aviation Day, evento organizado pela IATA, pela Associação de Transporte Aéreo da América Latina e Caribe (ALTA, sigla em inglês), pela Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (Jurcaib) e pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA). Serão abordados temas como infraestrutura aeroportuária e serviço de tráfego aéreo, segurança, compromisso da aviação com o meio ambiente, além dos direitos e deveres dos passageiros e das companhias aéreas. Os grandes benefícios que se obtêm quando os governos abraçam a aviação como um motor para o crescimento e o progresso são demonstrados diariamente em outros países do Brics. Uma ação conjunta pode ajudar a resolver as deficiências do Brasil. Trabalhando juntos podemos garantir que nossa indústria de aviação seja dinâmica e rica em património e tradição. O Aviation Day Brasil é um importante passo para que isso ocorra.
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