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Juntos, somos mais fortes Estamos atuando em seu benefício: de servidor para servidor SINDJUS em ação Sindicato organizado é sindicato forte Artigo Trabalho escravo no Judiciário gaúcho Lutar é Preciso Edição 187 – Junho | Julho de 2013 – www.sindjus.com.br Categoria aprova proposta salarial do TJ Em assembleia, servidores estabeleceram 1º de maio como data aceitável para PL da data-base EXPEDIENTE Publicação do Sindicato dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul Rua Quatro Jacós, 26, Porto Alegre RS - CEP 90150-010 Fone |Fax (51) 3224.3730 www.sindjus.com.br sindjus@sindjus. com.br ouvidoria@sindjus. com.br Diretoria Executiva: Marco Aurelio Ricciardi Weber, Davi Pio da Silva dos Santos, Eclaíza Luongo do Nascimento, Paulo Cezar de Almeida Berny, Fabiano Marranghello Zalazar, Edson José Busatto, Rosângela de Fátima Soares Lurent, Geovana Zamperetti Nicoletto, Carmen Nadia Pereira Rosso, Adalberto Paulo Klock Arte e diagramação: Jornalista Responsável: Elaine Barcellos de Araújo (MTb 10.569) EDITORIAL Nem um minuto a mais “Quando alguém compreende que é contrário à sua dignidade de homem obedecer a leis injustas, nenhuma tirania pode escravizá-lo” Mahatma Gandhi Estava demorando. Décadas de descaso, em tantas nações ricas e desenvolvidas e corrupção, desvios dantescos de recursos que tanto nos têm feito falta. destinados às áreas sociais; piora na saúde, Assim é conosco, aqui no Judiciário. É um na educação, na segurança pública; trans- reflexo do que ocorre na sociedade como um ferência das responsabilidades essenciais todo. Há quanto tempo se espera por mudo Estado, por meio de serviços públicos danças? Há quanto tempo é necessária uma delegados; aos cidadãos, impostos eleva- conscientização efetiva da nossa verdadeira díssimos, taxas e tributos importância? Há quanto temHá quanto tempo extorsivos sem qualquer conpo precisamos de alguém que traprestação. nos desperte para uma consciprecisamos de Esse era o quadro e esse ência coletiva e forte, ao invés alguém que nos ainda é o quadro de um Brasil desperte para uma de uma divisão frágil e subjeque se pretende alçar, em bretiva, onde se disputam substiconsciência coleti- tuições, onde se trabalha além ve, ao Primeiro Mundo. Falta va e forte, ao invés da conta, sacrificando saúde, muito! Falta ética, falta vergonha, falta nacionalismo. Os jofamília, casamento, sem nada de uma divisão vens estudantes despertaram, receber. Em nome de quê? frágil e subjetiva, foram às ruas, estão gritando, Seria das contas penduradas? onde se disputam berrando por mudanças há Da falta de perspectivas e da substituições, onde devida valorização? muito esperadas. Mas e as instituições? Es- se trabalha além da Esse questionamento é sas vão mal, estão apodrecipara você, servidor. Essas conta, sacrificando das, e não é de hoje. Para elas, breves palavras querem fazêsaúde, família, dois caminhos, dois remédios -lo lembrar que o SINDJUS casamento, sem sociais, duas alternativas. Ou está ao seu lado, não só para nada receber. Em derrubam-nas, tijolo por tijolo, lutar por seu vencimento, por nome de quê? e as reerguem dos escombros suas conquistas enquanto caarejados e depurados, ou as retegoria, mas também pela sua formam; tal qual um velho teatro, um velho dignidade pessoal. E essa dignidade passa estádio, uma velha mansão, dando espaço pela consciência plena da força que, juntos, a um lugar moderno, adequado, saudável e todos têm. acessível a todos. Passemos-lhes o verniz das Em breve lançaremos uma campanha mudanças, o verniz da indignação social e da denominada “Nem um Minuto a Mais”, um vontade do povo. compromisso que assumimos ainda na greve Esperamos demais. Resta-nos agora a do ano passado, e que vamos cumprir com expectativa de que essa espera não tenha esse instrumento de conscientização pessoal sido em vão, bem como não se esvaiam es- e funcional em grande escala. sas manifestações por todo o Brasil, não se dissipe a vontade de mudar, não se esmaeMarco Aurelio Ricciardi Weber ça esse sentimento nacionalista, presente Coordenador Geral Categoria aprova proposta salarial do TJ Salário A proximadamente 200 servidores da Justiça gaúcha estiveram reunidos na tarde da última sexta-feira, 19/07, em assembleia geral. Na pauta da reunião estava a campanha salarial como ponto principal, além de assuntos gerais. Presentes no evento, prestigiando a categoria, estavam os diretores do Simpe RS, do Sindispge, do Centro de Auditores Públicos Externos do TCE (Ceape) e da Associação dos Servidores do TCE do RS (ASTC). O Sindjus apresentou a proposta da administração do Tribunal de Justiça, que na última reunião de negociação manteve o reajuste de 7,16%, parcelado em três vezes, todavia garantindo o encaminhamento do projeto de lei relativo à data-base. A categoria votou, e a maioria foi favorável à campanha salarial do TJ. Um pequeno percentual dos presentes foi contra a proposta, além de um número insignificante que se absteve. Ainda, ficou estabelecido que 1º de maio é a data aceitável para o projeto de lei relativo a data-base dos servidores do Judiciário, texto que ainda deverá ser apresentado pela presidência do TJ, acompanhado pelo Sindicato e apreciado pela categoria. Também foi determinante a principal bandeira de luta, entre tantas, eleita pelos trabalhadores para o segundo semestre: o calendário de reposição das perdas históricas, além da oposição aos PL 251, 252 e 255, que tratam da criação de 112 cargos de CC’s e FG’s no Poder Judiciário e 30 cargos de desembargadores no Tribunal de Justiça, além da automaticidade dos subsídios da magistratura. A categoria entende que a prioridade para a sociedade rio-grandense é hoje o 1ª parcela do reajuste de 7,16% poderá ser paga em folha suplementar primeiro grau de jurisdição, que possui 1623 cargos vagos de servidores e 151 cargos vagos de juiz de direito substituto. No último dia 17/07, a executiva do Sindjus esteve reunida com a direção do TJ, que se comprometeu a apresentar à Assembleia Legislativa do Estado, o projeto de lei com o reajuste de 7,16% em três vezes - julho, setembro e outubro - devendo, de forma conjunta, remeter o projeto de data-base. Agora, o próximo passo é aguardar a apreciação do projeto da data-base pelo Órgão Especial do Tribunal, ainda neste mês. Também nessa reunião, o desembargador Guinther Spode, relator do projeto e presidente do Conselho de Política Salarial, afirmou que o seu parecer é favorável. Segundo informou a administração do TJ, os dois Projetos de Lei devem seguir para o Legislativo nos primeiros dias de agosto, com garantia do Judiciário no sentido de que, tão pronto aprovados, será paga a primeira parcela, retroativa a julho, em folha suplementar. Por fim, as entidades sindicais e associativas presentes firmaram posição de que deve ser criado um grande bloco intersindical, envolvendo as categorias, às quais subordinam-se a percentuais de reposição salarial sempre em índices similares. A ideia é buscar a solução de problemas conjunturais comuns, fortalecendo-se assim a luta conjunta do funcionalismo público gaúcho. Trabalho Escravo no Judiciário Gaúcho Vamos abolir de vez essa vergonha Rosângela de Fátima Soares Lurent Secretária de Política e Formação Sindical A escravidão é perseguida e punida severamente no Brasil. Acabar com a mão de obra é prioridade nacional. Cada foco descoberto merece divulgação especial da mídia. Os juízes e Tribunais se esmeram em sentenças emocionantes. No entanto ela acontece dentro da casa da Justiça do Estado gaúcho e todos se fazem de bobos ou de desentendidos. Define-se trabalho escravo, na atualidade, como sendo o ato de se obrigar alguém a trabalhar por imposição patronal, sem a correspondente contribuição pecuniária ou indenização dos direitos concernentes e sem os devidos intervalos para repouso. O serviço de plantão do Poder Judiciário é realizado também desta forma, sem remu- neração, sem compensação digna e sem intervalo para repouso. O plantonista da semana leva para casa, todos os dias, no final do expediente, um telefone celular que o TJ disponibiliza. Após trabalhar oito ou nove árduas horas no cartório, segue para casa com o telefone do plantão e fica à disposição das polícias civil e militar, do Ministério Público, dos advogados, do Conselho Tutelar e de quem mais precisar. Nas comarcas onde a criminalidade é grande o tal telefone pode tocar a noite inteira, pois cada vez que um meliante é preso em flagrante ou mediante mandado de prisão a polícia avisa o plan- tonista. Os flagrantes também são recebidos durante a noite pelo plantonista, bem como outros processos da área cível e da Infância e Juventude. Ao receber qualquer expediente o plantonista fará contato com o Juiz plantonista, dirigindo-se, na prática, após à casa do magistrado ou, algumas vezes ao Forum, onde expedirá todos os documentos pertinentes. No dia seguinte todos os expedientes recebidos durante a noite serão entregues na Distribuição do Foro onde recebem um número e são encaminhados para os cartórios correspondentes. O servidor plantonista da semana é obrigado a estar no Forum todos os dias no horário de expediente, cumprindo normalmente o expediente, como se tivesse tido uma agradável noite de sono. É impossível folgar por haver trabalhado à noite, pois a remuneração pelo trabalho noturno e do final de semana inteiro é de apenas um dia de folga, que fica a critério do juiz quando conceder. Portanto não há como recuperar as noites trabalhadas. O final de semana que se constitui de dias e noites inteiras de trabalho, não é remunerado nem compensado com folga. É trabalho escravo mesmo. a remuneração pelo trabalho noturno e do final de semana inteiro é de apenas um dia de folga Nos finais de semana e feriados o plantonista da semana não pode se ausentar de casa senão para ir ao Forum ou a casa do magistrado, para tratar de questões afetas ao plantão. O transporte às suas expensas, para os quais usará seu carro ou pagará táxi sem nenhum retorno financeiro, já que o Tribunal não disponibiliza verba para condução nem viatura. A maioria das comarcas envolve nos plantões servidores dos cargos de escrivão, oficial ajudante, contador/distribuidor e escreventes, mas algumas somente admitem nos plantões servidores dos cargos de escrivão e oficiais ajudantes. Não há uma determinação do Tribunal neste sentido e fica a cargo dos juízes de cada comarca disciplinar os injustos plantões. Em comarcas grandes e com elevada criminalidade como Alvorada e outras, os plantões são feitos somente pelos escrivães e oficiais ajudantes. Imaginem, agora, quantos plantões estes servidores farão por ano! Por outro lado como fica a situação dos oficiais escreventes e dos distribuidores/contadores que são obrigados a fazer plantões? Oficiais escreventes não têm fé pública, alguns recentemente empossados e com pouca experiência, moram longe dos Foros e dos bairros onde vivem os Juízes e ganham pouco, mesmo assim ficam com a enorme responsabilidade de atender aos plantões e responder por qualquer erro ou atraso no atendimento. E o que dizer dos distribuidores/contadores que não trabalham com processos a não ser para distribuir e fazer con- tas e cálculos. Assim, de inopino, são obrigados a, nas sagradas horas de folga, trabalhar em área desconhecida como analisar um flagrante para descobrir se os requisitos básicos estão presentes, se os fatos realmente se passaram na comarca, se o suspeito tem antecedentes ou é primário, etc. ou então cumprir processos das mais diversas áreas, cada um com sua peculiaridade que só quem labora todos os dias sabe como fazer, e ainda com o agravante de ser em horário que exige medidas diferenciadas. Somente na Capital há uma Vara especializada em plantões. Os servidores da Vara especializada compensam as horas noturnas trabalhando 24 horas e folgando 72 horas. Não faz muitos anos foi criado no Estado O Juizado especial Cível, cujos servidores que atuam à noite, algumas horas apenas, recebem um adicional de 20% sobre o salário. Para a criação dos juizados Especiais o TJ teve imediata solução, remunerar o trabalho noturno, mas para os plantões perpetuou o uso da mão de obra escrava. Afinal para que mu- dar? Ninguém reclama e quem reclama sofre “uns assédios morais e umas sindicâncias administrativas” e já cala a boca com medo de perder o emprego. Há uma tradição já estabelecida dentro do Poder Judiciário de que os plantões são serviços gratuitos prestados pelos servidores que são, cruelmente, coagidos a fazer e prestar um serviço rápido e eficiente, sob pena de serem responsabilizados por qualquer prejuízo sofrido pelas partes. Baseado na resolução nº 71/2009 e na decisão do CNJ de que aos servidores do Judiciário Estadual do RS aplica-se como regime estatutário a Lei Complementar 10.098/1994, restando, portanto, revogado o antigo Estatuto dos Servidores da Justiça (Lei. 5.256/66), decisão esta que transitou em julgado administrativo, o Sindjus|RS exigirá do TJ o seu imediato cumprimento, a fim de remunerar os plantões. Juntos, somos mais fortes Mídias Sociais Estamos atuando em seu benefício: de servidor para servidor Você sabe por que existem sindicatos? Por que uma entidade de classe é a única ferramenta de luta por valorização profissional e melhores condições de trabalho que uma categoria dispõe. Para isso, um grupo de servidores, colegas seus, estão reunidos e atuando no movimento sindical. Mas a sua participação é muito importante nesse processo. É por isso que temos um convite para fazer: Venha unir-se a nós! Faça parte dos filiados do Sindjus e usufrua de todos os benefícios que a instituição pode lhe proporcionar. Juntos, somos mais fortes para defender os interesses do trabalhador do Judiciário gaúcho. Somente a adesão maciça dos servidores poderá devolver a dignidade e o respeito, tanto no âmbito emocional quanto financeiro. Também queremos que participe das decisões, comparecendo nas assembleias, votando e opinando. Filie-se ao Sindjus e contribua com 1% de seu vencimento básico, que será descontado diretamente na folha de pagamento. Você estará ajudando a fortalecer o movimento sindical, que busca seus próprios direitos. Preencha a ficha cadastral e envie por e-mail: [email protected]. Se preferir, ligue e informe-se com a Rosângela, Carmen ou Geovana, da Secretaria de Política e Formação Sindical – (51) 3224.2452. O Sindjus|RS entrou na onda das mídias sociais e agora possui uma página oficial no Facebook e um canal no Youtube. Se você também participa desses dois meios de comunicação e divulgação, una-se a nós. Já estamos compartilhando notícias, ações, eventos, reuniões e publicando avisos aos colegas que estão aderindo a estas duas redes. Curta nossa fanpage no Facebook. O endereço é www.facebook.com/sindjusrs. E no Youtube você confere a atuação sindical, em vídeos, por este link: http://migre. me/fgFzL. Ouvidoria Mais um instrumento de comunicação com o servidor está disponível. É o e-mail da Ouvidoria, um canal direto com a coordenação geral do Sindicato. Pelo endereço eletrônico [email protected], você poderá sugerir, criticar, denunciar e até solicitar informações. Sua demanda será encaminhada ao setor responsável e o atendimento monitorado, até a finalização do processo. S I N D I C AT O DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL COM O SERVIRDOR E PELO SERVIDOR FICHA DE SINDICALIZAÇÃO/RECADASTRAMENTO DADOS PESSOAIS ( ) Novo sócio ( ) Recadastramento Nome:________________________________________________________________________________ Sexo: ( ) F ( ) M Data de Nascimento:____/____/_____ RG:___________________________________ Camiseta tamanho: ( ) GG ( ) G ( ) M ( ) P Endereço:_____________________________________________________________________________ Complemento _____________________ Bairro:______________________________________________ CEP: ___________________________ Cidade: ______________________________________________ Telefones com DD:______________________________________________________________________ Email particular: _______________________________________________________________________ Escolaridade: ( ) fundamental ( ) médio ( ) superior ( ) pós-graduado Dados profissionais: Email TJ:_____________________________________________________________________________ Comarca:______________________________________ Cartório:_______________________________ Admissão (data):______________________ ID:_____________________________________________ Cargo: _______________________ letra:________ Função: ___________________________________ Regime jurídico: ( ) Estatutário ( ) CLT ( ) CC Solicito a minha inclusão no quadro de associados do Sindicato dos Servidores da Justiça do RS – SINDJUS|RS, autorizando, desde já, o desconto da mensalidade sindical em minha folha de pagamento, no valor de 1% sobre o valor básico do meu cargo. Data:____/____/______ _________________________________________________ Assinatura do (a) filiado (a) SINDJUS em ação Sindicato organizado é sindicato forte P aralisações, reuniões, convênios, participação em movimentos sociais, apoio a entidades de classes, negociações, debate político, integração, inclusão de redes sociais, reestruturação do NAP, denúncias, assessoria jurídica. Essas e muitas outras ações foram desenvolvidas nos primeiros 30 dias de gestão. Temos estabelecido relações fraternas com as demais entidades sindicais. Ao mesmo tempo, delas colhemos os aspectos positivos que podem e devem contribuir com a nossa meta de tornar o Sindjus organizado, e sindicato organizado é sindicato forte. Com simplicidade e objetividade, atuamos com diversos setores em funcionamento, realmente. Não vivemos de fachada, em nome de uma falsa idéia de colegiado. O Sindjus, hoje, se divide em setores distintos: Político, Jurídico, Financeiro e de Relações Sindicais e Externas, cabendo a cada um deles deliberar sobre questões próprias. Isso confere agilidade e dinamismo ao movimento sindical. É dessa forma que, nesse curto espaço de tempo, já conquistamos vários benefícios aos servidores. Firmamos parceria com empresas como a Vivo, a Panvel, a Caixa, a Unimed, entre outras. Em um mês realizamos o que não foi feito em décadas. Basta ver as notícias no site (www.sindjus.com.br) e vamos fazer muito mais. É uma nova ideia de sindicato, ampla, com visão multilateral, não somente voltadas às questões básicas salariais e de trabalho. Mas também aos benefícios e conscientização da categoria quanto a sua real importância nesse contexto todo.
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