CADERNO de Resumos - ISSN 2358
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CADERNO de Resumos - ISSN 2358
CADERNO DE RESUMOS Orgs: Maria Afonsina Ferreira Matos Renata dos Santos Rocha Publicações CEL/UESB Jequié-BA 2014 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA UESB Paulo Roberto Pinto Santos Reitor Fábio Félix Ferreira Vice-Reitor Talamira Taita Rodrigues Brito Pró-Reitora de Graduação Alexilda de Oliveira Souza Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Maria Madalena Neta Pró-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários Adriano Rodrigues Brandão Correia Pró-Reitor de Administração e Recursos Humanos Luciano Alves Costa Prefeito de Campus de Jequié Francislene Cerqueira Alves Diretora do Departamento de Ciências Humanas e Letras Marco Salviano Bispo Queiroz Coordenador do Colegiado do Curso de Letras Sônia Maria Teixeira de Matos Coordenadora de Extensão/Jequié Nádia Machado Aragão Assessora Especial da Reitoria/Jequié Bruno Ferreira dos Santos Assessor Acadêmico/Jequié CENTRO DE ESTUDOS DA LEITURA- CEL EQUIPE DE TRABALHO Profª. Drª. Maria Afonsina Ferreira Matos Coordenação Acadêmica Profª. Drª. Maria Luzia Braga Landim Coordenação Administrativa Profª. Esp. Josenir Hayne Gomes Coordenação Editorial Profª. Ms. Elane Nardotto Rios Cabral Coordenação de Pesquisa Profª. Esp. Gizelen Santana Pinheiro Coordenação de Projetos e Relatórios Profª. Dr.ª Adriana Maria de Abreu Barbosa Grupo de Estudo em Teorias do Discurso- GETED Profª. Esp. Selma Melo Silva Santos Grupo de Pesquisa e Extensão e Lobato- GPEL Profº. Esp. Luciano Chaves Sampaio Núcleo de Imagem e Leitura Antonio Bobbio Maria Codina Bruno Ferreira de Matos Profª. Ms. Cristiane Ghidetti Caetité Leonardo Mendes Menezes Maria Célia da Silva Cruz Comissão de Revisão e Tradução Graziele Marinho Argolo Bruna Menezes Santos Bolsistas de Iniciação Científica Jr. Ana Lúcia de Jesus Santos Jeane de Oliveira Cruz Estagiárias Copyrigth © 2014 Maria Afonsina Ferreira Matos; Renata dos Santos Rocha. Publicações CEL/UESB (http://www.celeitura.com.br) Coordenação Editorial: Josenir Hayne Gomes Coordenadora do projeto: Renata dos Santos Rocha ([email protected] ) Co-coordenador do projeto: Edmila Silva de Oliveira ([email protected]) Revisão: Leonardo Mendes Menezes ([email protected]) Projeto de capa: Renata dos Santos Rocha ([email protected]) Supervisão de Arte e Diagramação: Gráfica Aquarela FICHA CATALOGRÁFICA M433c MATOS, Maria Afonsina Ferreira. (Org.) Caderno de resumos: Ciclo de palestras e seminários, o teatro encenando a vida – 2014. Organização Profa. Dra. Maria Afonsina Ferreira Matos e Renata dos Santos Rocha. Jequié-Bahia: Centro de estudos da leitura, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-Jequié, 2014. 32p. ilust.( Publicação anual CEL/UESB – Jequié). ISSN 2358-5102 1. História do Teatro/Dramaturgia.2. Leitura e arte-produtos acadêmicos/Jequié 3. Publicações-Centro estudos da Leitura, CEL Jequié. 4. MATOS, Maria Afonsina Ferreira (Org.) 5. ROCHA, Renata dos Santos (Org.). I. Título. II. UESB- Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - Centro de Estudos da Leitura CEL. 028.5 Correspondências para:CEL/UESB – a/c Josenir Hayne Gomes ou Maria Afonsina F. Matos Av. José Moreira Bairro Jequiezinho Sobrinho, S/Nº (Sala Anexa à Biblioteca Jequié/BA/Brasil–CEP:45.206-510.Emails: [email protected]; [email protected]; Jorge Amado) SUMÁRIO APRESENTAÇÃO............................................................................................. 05 23/04/14 - Solenidade de Abertura e Palestra: O Edifício do Teatro Grego......................................................................08 28/04/14 - Seminário: Tragédia Grega – o “métron” em questão.............................................. 09 30/04/14 - Seminário: Ésquilo - o teatro das catástrofes inevitáveis..........................................10 05/05/14 - Seminário: Sófocles – o teatro da “hamartía” / maldição do sangue....................... 11 07/05/14 - Seminário: Eurípides – o teatro do homem comum...................................................12 12/05/14 – Seminário: A Comédia Antiga – o teatro da sátira mordaz.......................................13 14/05/14 - Seminário: Aristófanes – o teatro de debate literário, político e social.....................14 19/05/14- Seminário: A Comédia Nova (Néa) - da “pólis” à família.........................................15 19/05/14- Seminário: Menandro: a comédia bem comportada..................................................16 21/05/14 Palestra: O Teatro Romano – da tradução literal de gregos a iniciativas de criação própria....................................................................................................17 26/05/14 Seminário: O Clássico Drama Francês – Molière, Racine e Marivaux....................18 O4/06/14 Seminário: Teatro Americano: do “vaudeville” a Arthur Miller.............................19 30/06/14: Palestra: Teatro Português: Autores, Peças & Cias...............................................20 07/07/14 Seminário: O Teatro no Brasil: da tradição jesuítica à produção coletiva...............21 31/07/14 Apresentação da Peça Teatral de Shakespeare: “Sonho de uma Noite de verão”..............................................................22 APRESENTAÇÃO Sonhar um sonho impossível. ... essa é a minha busca. Fernando Pessoa, em: D. Quixote Sonhar o impossível... Esse foi o nosso começo... Turma superlotada... olhares curiosos... a perplexidade do novo... A Civilização grega sugia do imponderável... Só de um filme ou outro, um evento ou personagem, na voz de Beatriz Duarte ou Mileide Fernandes, viam deuses e heróis compor a cena teatral de uma disciplina sobre a origem e a história do drama. O mais era apenas fascínio encantado pelo estranho... Um convite se fez projeto... as mãos se deram em grupos e o sentido se iluminou: Release, folders, cartazes, banners, faixas, entrevistas em rádio.... Face, mural... Listas de Presenças, Ofícios... Uma doação de material aqui, outra ali... Um espaço, microfone, datashow... O Ciclo de Palestras e Seminários – o teatro encenando a vida ganhou cor nas mãos da Turma de Teoria da Literatura V, do Curso de Letras/Noturno. Tudo preparado: lá veio D. Helade Heroica (Grécia Antiga) nos contar sobre o “Edifício de Teatro Grego”... O desejo desperto e esperto alimentou a vontade de partilha... Buscamos parcerias. O Instituto Federal da Bahia – IFBA/Jequié abriu as portas para a “Tragédia Grega” que lá esteve para colocar “o métron em questão” e abrir o caminho para as Catástrofes de “Esquilo”; a hamartía de “Sófocles” e o teatro profano de “Eurípides”... O trágico ganhou voz e vez entre os secundaristas de cursos técnicos... e graduandos de Medicina. Já, o Colégio Estadual Luiz Viana Filho preferiu o riso e nos acolheu com a “Comédia Antiga” na “sátira mordaz” de “Aristófanes”, formando um coro de estudantes e professores interessados pelo saber a mais...sobre os clássicos... Voltamos à UESB para uma um viagem panorâmica da “Comédia Nova” e drama bem comportado de “Menandro” ao Teatro no Brasil, passando por Plauto e Terencio em Roma – guiados pela Prof.ª Rosangela Cardoso; cumprimentando o Clássico Drama de Molière, Racine e Marivaux em França; apreciando de longe o “Teatro Espanhol no Século de Ouro”, sob as lentes do Prof. Sótero Medrado; fazendo uma parada rápida no “Teatro Americano – do „vaudeville‟ a Artur Miller”; aportando estrategicamente por duas horas no “Teatro Português” com a Profª Alda Souza e desembarcando, finalmente, na dramaturgia brasileira – da tradição jesuítica à produção coletiva... Para festejar o término e sucesso da viagem, Shakespeare foi convocado. Como num “Sonho de uma Noite de Verão”, tudo aconteceu: ensaios divertidos, medo da encenação, vontade de acertar... e a superação final no palco... Não nos conhecíamos em cena... Vitória absoluta do desejo de ir além... Como num “Sonho de uma Noite de Verão”, tudo começou e terminou: a responsabilidade do assumir a parte dentro do todo nasceu em cada um e o prazer de realizar ganhou aumento a cada obstáculo... Dessa forma, o conhecimento ganhou o “status” do significado, dentro e fora da Universidade, o saber-se mais desagrilhoou vontades adormecidas pela anemia cultural do nosso tempo e desencobriu habilidades desconhecidas até então... Este Caderno de Resumos é a “coroa de Hera” para os alunos de Teoria da Literatura V (2014-1) - vencedores na batalha pela busca de significado no fazer acadêmico e é, para seus leitores, um brinde à saúde da produção de saberes... Boa Leitura! Jequié/BA, Inverno/2014. Maria Afonsina Ferreira Matos -Professora de Teoria da Literatura V/UESB SOLENIDADE DE ABERTURA/UESB 8 RESUMO PALESTRA DE ABERTURA O EDIFÍCIO DO TEATRO GREGO Profª PhD. Maria Afonsina Ferreira Matos – CEL/UESB Queilla Costa Santos – Graduanda/Monitora/UESB RESUMO: Aborda aspectos gerais do teatro na Grécia Antiga, considerando-o não apenas em sua arquitetura, mas também enquanto edificação de valores. Assim, apresenta uma leitura prospectiva sobre sua história, estrutura, principais características, maquinismos e indumentárias, dando ênfase às suas condições de realização, num período que compreende os Séculos V e IV a. C., na Helade heroica. Nesse sentido, destaca, nesse teatro: o fundamento religioso, o compromisso com os problemas do homem universal e propósito de contribuir para a construção de uma “areté” (ideal de excelência humana), ou seja, a obediência a princípios educativos para a formação do cidadão digno de sua pólis. Além disso, pontua informações relevantes sobre o cenário, os “efeitos especiais” daquela época, os festivais de teatro como acontecimentos cívicos, os procedimentos preparatórios (aprovação do Arconte, patrocínio do Corego, subsídio governamental para os espectadores) e executórios (julgamento das peças pelo júri de pessoas comuns, a premiação com bodes, vinho > coroa de Hera, dinheiro...), a construção físicas dos prédios e a função de seus compartimentos (orquestra, altar/tímele, teatro/plateia, skéne, proscênio, páradoi...), os maquinismos (equiclema, mekhané, escada de caronte, anapiesma), as máscaras e seu papel revelador... Tudo isso no intento de contribuir para a produção e partilha de conhecimentos a propósito da história do Teatro. PALAVRAS CHAVES: Teatro Grego; Arquitetura das Construções; Fundamentos das Produções Teatrais; Condições de Realização. 9 RESUMO DOS SEMINÁRIOS E PALESTRAS IFBA/Jequié – CEGLVF - UESB A TRAGÉDIA GREGA – O “MÉTRON” EM QUESTÃO José Luiz Souza de Jesus, Renata dos Santos Rocha -Graduandos em Letras/UESB RESUMO: A tragédia grega parte da concepção do equilíbrio, da harmonia e simetria, defende que cada pessoa tem uma medida certa, “o métron”. Sua principal função era a de ensinar pessoas a buscar sua medida e provocar, por meio da compaixão e do temor, a purificação dos sentimentos. Os principais componentes da tragédia arcaica eram um prólogo, que explicava a historia previamente; o cântico de entrada do coro; o relato dos mensageiros na trágica virada do destino; e o lamento das vítimas. Segundo Aristóteles, deveria cumprir três condições especiais: possuir personagens de elevada condição (heróis, reis, deuses), ser contada em linguagem elevada e digna, e ter um final triste com destruição ou loucura de alguns das personagens, sacrificados por seu orgulho ao tentar se rebelar contra as forças do destino. O momento mais importante de representação das tragédias ocorria durante as grandes dionisíacas - festival que acontecia na primavera em honra de Dioniso. Nesse festival, os tragediógrafos concorriam a um prêmio. A literatura grega reúne três grandes tragediógrafos, cujos trabalhos ainda existem: Ésquilo, Sófocles e Eurípides. No entanto, apesar da abundante produção na antiguidade, a maior parte das tragédias gregas não sobreviveu até os dias de hoje. PALAVRAS CHAVES: Tragédia; Caráter Aristotélicas; Festivais, Tragediógrafos. Educativo; Estrutura; Condições 10 ÉSQUILO - O TEATRO DAS CATÁSTROFES INEVITÁVEIS. Alana Santos Souza Maria Beatriz Duarte Miranda Jaqueline Souza de Jesus -Graduandas em Letras/UESB RESUMO: Estudo sobre Ésquilo - um importante poeta e dramaturgo da Grécia Antiga. Destacou-se na produção de tragédias, sendo considerado o fundador deste estilo poético. Nasceu na cidade grega de Elêusis em 525 a.C. e faleceu em 456 a.C. na cidade de Gela na Sicília. A tradição afirma que Ésquilo lutou contra os invasores persas em Maratona, Salamina e Plateias, o que explica várias peças de cariz militarista. Seus êxitos repetidos, o tornaram apreciado pelo povo como nenhum outro tinha sido. Escreveu mais de 90 tragédias, das quais apenas 7 chegaram completas até hoje. Logo após sua morte, os atenienses decretaram que suas peças fossem representadas com financiamento do Estado. Seu túmulo tornou-se lugar de peregrinação e, em meados do século 4 a.C., sua estátua foi colocada no teatro de Dioniso, em Atenas. Uma de suas obras dialogou com a invasão persa à Grécia, ocorrida durante sua vida. Essa peça, “Os Persas”, continua sendo uma grande fonte de informação sobre esse período da história grega. A guerra teve tamanha importância para os gregos e para o autor que, na ocasião de sua morte, seu epitáfio celebrava sua participação na vitória grega em Maratona, e não seu estrondoso sucesso como dramaturgo. Atribui-se a Ésquilo, a criação da máscara e do coturno. As máscaras enormes, usadas pelos atores, serviam para que todo o anfiteatro pudesse contemplar a sua expressão e o coturno para lhes aumentar a proporção do corpo. Para alguns autores, ele introduziu em cena um terceiro ator falante. Nas suas tragédias, o destino paira como sombra invencível, acima dos homens e dos deuses, imprimindo na vida a estigma cruel da fatalidade. Segundo a lenda, Ésquilo morreu com o crânio fraturado por uma tartaruga que uma águia lhe teria deixado cair sobre a cabeça. Esta lenda tem, porém, todo o caráter duma alegoria. Com efeito, a maioria das tragédias possui as qualidades homéricas no ímpeto de suas passagens narrativas e na estatura heroica dos caracteres. O enredo é simples e a ação estática, o estilo é elevado e grandioso, às vezes bombástico e sempre elegante. Suas Principais obras são: “Sete Contra Tebas”, “As Suplicantes”, “Prometeu Acorrentado”,“Os Persas” e a trilogia “Oréstia” – formada por “Agamêmnon”, “As Coéforas” e “As Eumênides”. PALAVRAS CHAVES: Drama Esquiliano; História; Destino; Heroísmo; Peças. 11 SÓFOCLES – O TEATRO DA “HAMARTÍA” / MALDIÇÃO DO SANGUE. Ingrid Braga Souza Ivana Meira Silva de Carvalho Sâmia Lima Alves - Graduandas em Letras/UESB RESUMO: Aborda os principais elementos que compõem a vida e a obra do dramaturgo Sófocles em paralelo com a forte presença das suas produções na atualidade. Ressalta o contexto histórico em que o ateniense viveu, num período que compreende o século V a.C., época do governo de Péricles. Nesse mesmo momento, onde aflora o período de ouro em Atenas, Sófocles faz parte, juntamente com Ésquilo e Eurípides do trio de grandes poetas dramáticos da Grécia Antiga, obtendo o maior número de vitórias nos concursos dramáticos de Atenas. É destacada a estreita vinculação de Sófocles com a pólis, refletida, não apenas nas suas obras literárias, como no seu desempenho em cargos públicos e nos seus serviços prestados em culto a Atená. Com ênfase nas peculiaridades das suas produções, alguns pontos merecem destaque: a concepção teatral inovadora de Sófocles ao elevar o número de atores de dois para três com o objetivo de agilizar a ação da tragédia ao mesmo tempo em que reduzia a participação do coro; a criação do periaktoi, prismas de três faces pintadas para ambientar o fundo de cena. Quanto à estrutura interna dos enredos, normalmente eram escritos de forma simples e elegante, retomando as origens mitológicas, onde na maioria das vezes o destino da vida do homem era dominado pelos deuses, ou seja, afetada por motivos superiores. Tais homens eram nobres, pertencentes à realeza e dotados de elevados atributos; os tipos de sofrimentos trágicos ocorriam por excesso de paixão ou por um acontecimento acidental. Das cento e vinte peças que escreveu, até nós chegaram apenas sete, entre as quais Antígona (-422/-421) e Édipo Rei (-429/-425) merecem importante ressalva por se ajustarem ao eixo que engloba o conceito aristotélico da “hamartya”- a maldição familiar contraída a partir das sucessivas faltas cometidas ao longo de uma genealogia, a exemplo da maldição dos Labdáceos que fundamenta a tragédia de Édipo e Antígona. Dialogando com tempos atuais, a produção sofocliana está presente em algumas releituras das suas obras: no teatro contemporâneo, desenhos animados, quadrinhos, filmes e telenovelas, sem falar na influência para a psicanálise freudiana na elaboração do conceito do Complexo de Édipo. PALAVRAS CHAVES: Vida e drama de Sófocles; Características das produções Sofoclianas; Releituras das obras. 12 EURÍPIDES – O TEATRO DO HOMEM COMUM. Mileide Machado Fernandes Jamille Almeida Santos Caroline Souza Silva -Graduandas em Letras/UESB RESUMO: Estudo sobre a vida e as obras de Eurípides, antigo dramaturgo grego, que nasceu em 485 a.C. na ilha grega de Salamina e morreu em 406 a.C. na cidade de Pela (Macedônia). Apresenta uma perspectiva leitura sobre suas obras, à época em que foram escritas e o impacto das mesmas sobre o público, já que o dramaturgo descrevia a vida das mulheres da sociedade em vivia. É surpreendente ver no conjunto de sua dramaturgia, que, naquela época, ele se destacou como um dos primeiros feministas da história. Das suas dezessete peças que sobrevirem até nossos dias, doze têm nomes femininos como título e treze são protagonizadas por mulheres. É preciso ainda considerar que, entre as inovações que seu teatro propôs, Eurípides foi um dos primeiros a descrever os conflitos internos dos indivíduos, colocando a desmedida como produto das paixões, dos afetos humanos. Sua obra se constitui, sem dúvida alguma, no protótipo do moderno drama realista e psicológico. Ele mostrou, em suas peças, que o homem tem direito sobre si e suas ações, e colocou os deuses em segundo plano. Seu distanciamento do teatro religioso o faz anunciar o drama satírico com o recurso “deus ex maquina”. Um exemplo de suas obras é a popular historia de Medeia, mulher que se tornou conhecida pela crueldade de matar os próprios filhos em vingança ao marido - Jasão - que a rejeitara. Eurípides não tinha a mesma preocupação com o destino e os seus personagens não eram heróis, como os inspirados pelas obras de Homero. Jasão, por exemplo, é um anti-herói. O dramaturgo do teatro “sem fé” buscou a sua maneira, mostrar os homens como ele realmente são, ou seja, quase sempre cruéis e fracos. PALAVRAS CHAVES: Eurípides; Drama psicológico e realista; Medeia; Feminismo. 13 A COMÉDIA ANTIGA – O TEATRO DA SÁTIRA MORDAZ. Edmila Silva de Oliveira Caroline Aguiar Costa Tatiana Costa da Silva -Graduandas em Letras/UESB RESUMO: Aborda o surgimento do Teatro na Grécia Antiga, bem como sua relação com as festas dionisíacas. Apresenta-se dividido em três partes, a saber: a Tragédia, a Comédia Antiga e a Comédia Nova. Comédia vem do grego Komoidía (komos – procissão), sendo que o cômico é concebido como elemento que explicita certa inferioridade do ser humano. As críticas eram voltadas para as instituições políticas de um modo geral, sobretudo a corrupção dos políticos, os abusos de autoridade e as peça de teatro. A Comédia Antiga é encenada pela primeira vez no século V, mais precisamente no ano 468 a.C. em Atenas. Ela era o último acontecimento das festas dionisíacas, que se encerravam com a apresentação da tragédia vencedora. Um dos principais autores representantes da Comédia Antiga foi Aristófanes – autor de “As Vespas”, “Lisístrata” e “A assembleia de mulheres”. Além dele, autores como Crates, Cratino e Eupolis também se destacaram com suas obras. Trata da relação entre a tragédia e a comédia, destacando pontos como as temáticas das peças, o coro, o júri, atores, entre outros. Apresenta a estrutura da Comédia Antiga, composta por Prólogo, Párodo, Agón, Parábase e Êxodo, destacando a questão das indumentárias e das máscaras, os quais tinham grande relevância nas peças, por representar o grotesco e o ridículo das personagens. Finaliza abordando o declínio da Comédia Antiga, bem como deixa claro que novas formas de Comédia ainda estão por vir nos séculos que seguem. PALAVRAS CHAVES: Teatro grego; Comédia Antiga; Crítica; Estrutura: Comediógrafos. 14 ARISTÓFANES – O TEATRO DE DEBATE LITERÁRIO, POLÍTICO E SOCIAL Sanny Moura Santos Mariana Neves Lima Ana Paula Fróes Fraga Graduandos em Letras/UESB RESUMO: Dramaturgo grego, considerado o maior representante da comédia antiga, compôs um total de 40 (quarenta) obras cômicas. Sendo seu propósito fazer o público rir e criticar as instituições políticas e intelectuais de Atenas daquela época, escrachando tudo e todos. Suas sátiras atingem as raias do escândalo, valendose até da palavra de baixo calão para chocar. Atacou Eurípides, Péricles, ridicularizou os sofistas, por julgá-los responsáveis pela decadência intelectual, moral, religiosa e física da juventude ateniense. Aristófanes pregava uma unificação de todos os gregos, pois queria um país progressista. Sua comédia herdou elementos da tragédia, apropriando-se das máscaras e músicas. Pela sua obra, compreende-se que é homem de grande cultura literária e artística, e que menospreza a ignorância e atos rudes. O poeta desenvolve a ação cômica, às vezes, tão raquítica e abstrata no ponto de partida, mas segue com uma facilidade, riqueza, simplicidade e poder de convicção que impressiona. Aristófanes, geralmente, não pinta as suas personagens com cores realistas, mas fazendo delas verdadeiras caricaturas. Arranca dessas faces deformadas o traço dominante, que mais lhe convém. Sua arte coloca certa lógica na incoerência e certa verossimilhança na fantasia. Foi autor de obras, como: Lisístrata, As Vespas, As Rãs, As Nuvens... PALAVRAS CHAVES: Aristófanes; Humor Escrachado; Crítica Social Severa; Caricatura; Peças. 15 A COMÉDIA NOVA (NÉA) - DA “PÓLIS” À FAMÍLIA Elizeu Silva Souza Nicole de Santana Cerqueira Marília de Souza Sanches Graduandos em Letras/UESB RESUMO: Aborda as características da comédia Nova, sua origem e composição. Nasce de proposta de criação de uma “mesótes” aristotélica - classe média resultante do casamento entre ricos e pobres. Após a dominação de Esparta sobre Atenas, surgiu a comédia nova, consequência do desaparecimento do ideal patriótico, o qual era a força motriz da comédia antiga. A pólis, cidade-estado, não era mais valorizada, a temática da NÉA era a vida privada, o amor, os prazeres e as intrigas que havia na família. Os autores procuram utilizar uma linguagem menos pejorativa, estudar as emoções do ser humano. Além disso, abordam informações relevantes sobre sua estrutura: o prólogo, um monólogo confiado a um dos atores, a uma divindade ou a uma personagem abstrata; a quantidade de atores, três como norma e quatro quando a peça o exigisse; a métrica – o Trímetro Iâmbico; as indumentárias eram parecidas com os trajes usados na vida real, excetos as cores, que permanecem como heranças da comédia antiga. Porém, o coro é reduzido a quatro coreutas, e sua participação é mínima, apenas nos intervalos entre os atos. A rubrica, pequeno corte do coro, marcava as fases constituídas da ação. Eram utilizados quarenta modelos diferentes de máscaras, as quais representavam as personagens tipos tradicionais (camponeses, jovens, escravos astutos, prostitutas, etc.). Atualmente, observamos as características da comédia nova na dramaturgia, por exemplo, nos filmes “Lisbela e o prisioneiro”, “O auto da compadecida”, e outros que abordam temas relacionados ao homem em suas relações familiares. . PALAVRAS CHAVES: Comédia Nova; Teatro das Relações Familiares; Estrutura; Recursos Cênicos 16 MENANDRO: A COMÉDIA BEM COMPORTADA Kelvia Rocha da Silva Santos Genivaldo de Jesus Souza Rogéria Santos Passos -Graduandos em Letras/UESB RESUMO: Menandro, poeta cômico ateniense, nascido cerca de 342 a.C. _ 291a.C., oriundo de uma família rica, era discípulo de Teofrasto Alexis, recebeu uma boa educação, foi considerado o principal autor da comédia nova. Viveu na época de Demétrio de Farelo, período da supremacia macedônica na Grécia um representante típico da rica burguesia. Menandro escreveu centenas de peças e venceu 8 concursos de comédias, sendo um autor significativo da Néa. Sua primeira peça foi “Cólera” (“Orge”) 321 a.C. Por muito tempo só se conheceu fragmentos de suas peças recuperadas tardiamente em 1957/ 58 foi descoberta, no papiro egípcio do séc. III a.C. uma comédia integral, “O Rabugento” ou “Misantropo” (“Dyskolos”)- 317 a.C. publicado em 1958/ 59. A Néa de Menandro é um finíssimo estudo de caracteres, uma pintura dos costumes, um retrato da sociedade elegante em que viveu. Pode ser classificada com “Stataria” (peça de ação lenta, poucos incidentes, sucessão das cena dispostas convenientemente e manipuladas com economia e simplicidade, onde ele injeta colorido de sentimentos ingênuos e apaixonados). Põe em cena o homem: suas paixões e arrebatamentos afetivos, caracteres violentos, mas indulgentes e capazes de perdão. A linguagem é adaptada à condição social das personagens, refletindo bem a sociedade da época (séc. IV a.C.). Entre os autores principais, coloca vários personagens secundários: escravos, parasitas, cozinheiros, soldados, fanfarrões, cortesãs e flautistas. Não apenas de criação de tipos, seus atores representam também traços e atrativos de natureza humana acentuados seu estilo paratático, junta a ironia cômica ao humor da farsa, deixando de lado as gírias, palavras de baixo calão e a pornografia - recursos tão caros ao seu antecessor, Aristófanes. PALAVRAS CHAVES: Menandro; Obras; Estudo de Caracteres; Teatro de Costumes; O Misantropo. 17 O TEATRO ROMANO: DA TRADUÇÃO LITERAL DOS GREGOS A INICIATIVAS DE CRIAÇÃO PRÓPRIA Profª Esp. Rosângela Fagundes Ferreira Cardoso – DCHL/UESB RESUMO: Muitos gêneros fizeram parte do Teatro Romano, misturando influencias etruscas, gregas e de caráter satírico itálicas muito semelhante ao teatro grego. Os Romanos tinham uma forma embrionária de representar até entrarem em contato com a Grécia: e esse significou a morte do primitivo teatro romano que imediatamente passou a imitar e de fato copiar as tragédias e comedias gregas. Primeiro traduzem as peças (séc. III AC), depois os estrangeiros moradores de Roma e mesmos os romanos começaram a escrever, criando com temas de interesse do povo ou traduzindo as peças gregas para o latim. O Apogeu deste teatro se dá no séc. II-III com Plauto e Terencio. Tanto a Comédia e a tragédia romana insistiam no horror e na violência no palco quando representada, mantinham muita preocupação com a moral, discursos elaborados; existiam diferenças até no aspecto formal (em atos, no coro etc.). No final da republica, o povo perde o interesse pelo teatro tradicional, espetáculos como, luta de gladiadores, corridas de carro, a criação de gêneros mais simples, a pantomina (somente um ator representava uma peça simples onde o publico reconhecia com facilidade por que eram gestos acompanhados por músicos e satirizava tipos sociais de forma mesmo obscena) levaram quase ao seu abandono. No período imperial, na parte do oriente, as representações continuaram peças de autores da nova comédia, como Menandro; no ocidente, varias tentativas de Sêneca de ressuscitar o teatro tradicional, não foram adiante. O gosto do publico mudara pelos espetáculos citados acima. O povo latino menos instruído, frequentador assíduo, tinha dificuldades de compreender peças complexas, e preferia espetáculos simples que apelassem para os sentidos. Com a vinda da igreja, e esta viu com maus olhos os gêneros artísticos que se referiam a deuses pagãos ou criticavam-na abertamente nos seus espetáculos de mimo. Foi um momento de perseguição ao teatro, pois a religião considerava imorais as representações de cenas licenciosas e a nudez. A referência de uma peça de teatro em Roma foi no séc. VI. Depois disso, só se ouve falar dos artistas de teatro pelas proibições sucessivas e sermões que se referem ao mimo como espalhador de imoralidade. Os romanos construíram vários teatros, mas em grande parte nas pequenas cidades e utilizavam estes para diversos fins. Dedicar-se ao teatro não era visto com bons olhos; geralmente os atores eram escravos raramente as mulheres representavam. Dos imperadores que nutriam paixão pelo teatro o mais conhecido era Nero. Ele gostava de espetáculos de mimo e representava ele mesmo. Alguns imperadores ordenavam que os espetáculos tornassem realistas: se o personagem era morto, substituía o ator por um condenado à morte e esta acontecia de fato. Embora, não muito cultivado ou mesmo valorizado, o Teatro Romano influenciou grandes autores e deixou um legado de textos presentes, mesmo que fracionados, nos teatro da atualidade. PALAVRAS CHAVES: Tetro de Plauto; Terencio; Espetáculo dos Sentidos; Perseguição Religiosa; Espetáculos Realistas. 18 O CLÁSSICO DRAMA FRANCÊS – MOLIÈRE, RACINE E MARIVAUX Karine Fróes da Silva Duiliane Gomes Rodrigues -Graduandas em Letras/UESB RESUMO: Aborda a história e autores de referência do Drama Clássico Francês. Sem as raízes popularescas dos teatros espanhol e inglês da mesma época, dialoga com a Commedia dell'Arte italiana e espanhola, excedendo-as para agradar seu público letrado e orientado por rigorosas regras de conduta da sociedade: a Corte de Versailhes e a cidade de Paris. Como o público alvo era humanista, abarcou moldes tidos como antigos. Todavia, a influência espanhola ainda prevalece no Venceslas e Saint Genest de Rotrou, porém devidamente moldada. Corneille modificou vários enredos conferidos de autores espanhóis, complementados pelas normas religiosas dos jesuítas e pela política maquiavelistas, vestidos de romanos antigos. Racine troca o jesuitismo pela psicologia religiosa do Jansenismo e a política romana pelo erotismo grego. No mesmo momento Molière, movido a principio pela Commedia dell'Arte italiana e pelas lembranças escolares de Terêncio, inventa a fina comédia de sociedade, psicológica e satírica. Racine e Molière foram tão respeitados dentro do caráter dramático selecionado, que não foram superados. A tragédia francesa, após Racine, congela-se em procedimentos vazios, inúteis. Crébillon ainda arriscaria revivê-las pela iniciação de horrores físicos ao modo de Sêneca. Na comédia, Regnard não foi longe de farsas alegres, Dancourt e o romancista Le Sage aperfeiçoaram a sátira, não contra determinados tipos psicológicos, mas contra classes da sociedade. O declínio do teatro clássico francês foi adiada por Marivaux e Voltaire. Racine, o trágico, não tinha cultivado muito habilidade pela comicidade (Les Plaideurs); Molière, o cômico, foi pela severidade dos preceitos evitados de aperfeiçoar a tragédia (Le Misanthofe). Contudo, Marivaux colocou na fina comédia de costumes a psicologia erótica de Racine e inventou um novo gênero. Voltaire ampliou o estilo trágico francês pelo desígnio dos enredos orientais e medievais, com a máxima preocupação com particularizes arqueológicos e geográficos, e pela disposição filosófico-política; o que lhe falta é a adequada tragicidade. A intenção revolucionária infiltrou-se também na comédia: a de Beaumarchais colaborou para a queda de Ancien Règime; o teatro clássico não sobreviveu à Revolução Francesa. PALAVRAS CHAVES: TRAGÉDIA Raciniana; Psicologia Religiosa; Erotismo Grego; Comédia de Molière; Elegância; Sátira. 19 TEATRO AMERICANO: DO “VAUDEVILLE” A ARTHUR MILLER Ana Lúcia de Jesus Santos Lara Fernanda dos Santos Tamiles Cajé e Santos -Graduandas em Letras/UESB RESUMO: Apresenta a história do Teatro Norte-Americano, desde seu início, a partir da construção de um teatro no ano de 1715 em Williamsburg. Entretanto, há uma suposta ideia de que o teatro nos Estados Unidos começou com a chegada de uma companhia de artistas de Lewis Hallom em Williamsburg no ano de 1752. Aborda de forma geral o “vaudeville”, estilo comum adotado no teatro entre o final do século XIX até o início do século XX. O teatro, nos Estados Unidos, é baseado na tradição ocidental, em grande parte emprestado dos estilos de performance que prevaleciam na Europa. O “vaudeville” influenciou na produção de rádio e televisão no país, e teve tamanha aceitação que deixou marcas também nas produções cinematográficas. Discorre sobre alguns grandes dramaturgos norte-americanos em especial Arthur Miller, autor das peças “Caixeiro Viajante” e “As Feiticeiras de Salem”. Além de todas essas abordagens, faz uma análise do contexto histórico pelo qual os Estados Unidos passavam e a importância do mesmo na evolução do teatro norte-americano. PALAVRAS Dramaturgos. CHAVES: Teatro Norte-Americano; História; Características; 20 TEATRO PORTUGUÊS: AUTORES, PEÇAS E CIAS Alda Fátima de Souza - UESB Professora Auxiliar, Artista Circense e Pesquisadora. RESUMO: O resumo “Teatro Português: autores, peças e cias” refere-se à palestra proferida no dia 30 de junho de 2014, no Seminário CAP da UESB, dentro da programação do Ciclo de Palestras: Teatro Encenando a Vida – 2014-1. A apresentação oral possibilitou a reflexão sobre o fazer teatral realizado em Portugal no período compreendido entre a Idade Média e os dias atuais. Ao longo da exposição, foi possível perceber o início das representações teatrais através dos “arremedilhos”; a obra do Cancioneiro Geral de Anrique Mota - que teve forte influência na elaboração das obras dramatúrgicas de Gil Vicente já na Renascença; as formas teatrais mais comuns entre a Idade Média e Renascimento em Portugal: Tropos, Milagres, Mistérios, Farsas, Alegorias ou Moralidades encenadas, muitas vezes, nos chamados “pátios de comédia”. O teatro português humanista, que a partir do drama histórico valorizava personalidades nacionais, tal como tragédia “Castro”, inspirada em Inês de Castro. A forte influência do Romantismo no teatro português, até a criação dos grupos experimentais no século XX. A reorganização teatral em Portugal ao longo dos séculos XX e XXI, através das políticas culturais voltadas para o teatro. Desta forma, durante a exposição, os estilos dramatúrgicos foram relacionados com a literatura ao longo destes períodos, bem como as diversas transformações do espaço cênico onde aconteciam as representações teatrais. Foram estabelecidas relações entre acontecimentos políticos nos citados períodos, evidenciando a influência destes no fazer teatral em Portugal. A partir desta exposição, pretende-se contribuir com os estudos dos alunos do curso de Letras, Teatro e demais interessados em artes cênicas. PALAVRAS-CHAVES: Teatro Português; Literatura; Dramaturgia; Encenação. 21 O TEATRO NO BRASIL: DA TRADIÇÃO JESUÍTICA A PRODUÇÃO COLETIVA Diana Souza Cruz, Fernanda dos Santos Souza Leiliana de Jesus, Luma Santos Souza Gilcleide dos Santos Souza -Graduandas em Letras/UESB RESUMO: O objetivo principal desse trabalho é mostrar o processo da construção identitária do teatro brasileiro, apontando os diferentes processos por que o mesmo passou em diferentes contextos históricos: do teatro dos jesuítas sec. XVI à produção coletiva. O teatro brasileiro surgiu quando Portugal começou a fazer do Brasil sua colônia (Século XVI). Os Jesuítas, com o intuito de catequizar os índios, trouxeram não só a nova religião católica, mas também uma cultura diferente, em que se incluía a literatura e o teatro religiosos. A vinda da família real para o Brasil, em 1808, impulsionou também a vida cultural do país com incentivos em vários setores, dentre eles, o teatro que ganhou espaços e técnicas de inspiração europeia. D. João VI, no decreto de 28 de maio de 1810, reconhecia a necessidade da construção de "teatros decentes". Tempos depois, nos períodos romântico e realista, o teatro brasileiro vê despontar dramaturgos, como: Martins Pena, França Júnior... Na sequência histórica, o Modernismo, com seu espírito renovador, abalou também as estruturas propostas pelos dramaturgos românticos e realistas, abrindo caminho para uma qualidade considerável, tanto no que se refere à dramaturgia, quanto na organização de grupos, construção de casas de espetáculo e produção técnica. A partir dos anos 60, o teatro brasileiro, sem liberdade de expressão, passou por um forte período de censura e repressão, promovidas pela ditadura militar, mas conseguiu resistir e chegar até a produção coletiva – onde tudo é feito pelos integrantes dos grupos: da produção das peças ao espetáculo teatral. Além do contexto histórico, o presente trabalho ressalta a importância de alguns dos maiores e melhores teatros brasileiros, alguns dos principais atores e dramaturgos e aborda obras marcantes da cronologia teatral no Brasil, a exemplo de: “O Noviço” (Martins Pena), “Vestido de Noiva” (Nelson Rodrigues), “O Rico Avarento” (Ariano Suassuna), “Ópera do Malandro” ( Chico Buarque), “A Partilha” ( Miguel Falabela)... entre outras. PALAVRAS CHAVES: Catequese; Filiação Europeia; Emancipação; Movimentos; Autores; Peças. 22 PEÇA TEATRAL RESUMO DA PEÇA: SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO 'Sonho de uma noite de Verão' é uma obra de Shakespeare que nos conta a história de seres mitológicos e fantásticos da antiga Grécia. A história começa quando Egeu quer obrigar a sua filha Hérmia a casar com Demétrio, um homem que ela não ama. Demétrio era o ex-namorado de Helena, a sua melhor amiga e que esta ainda amava Demétrio e, por outro lado, Hérmia era apaixonada por Lisandro. Contudo, Hérmia e Lisandro, impedidos de casar por Egeu e ameaçados de morte pela lei ateniense, decidem fugir pela floresta. Confiando em Helena e para lhe dar esperança na sua relação com Demétrio, Lisandro e Hérmia contam-lhe que se preparam para fugir para a floresta. Mas Helena, pensando que poderá recuperar o amor de Demétrio e para lhe provar a sua fidelidade, decide contar-lhe sobre a fuga de Lisandro e Hérmia e juntos vão procurá-los na floresta. Nessa floresta habitavam seres mitológicos e fantásticos tais como fadas e duendes. Lá habitavam também Titânia, rainha das fadas e o seu marido Oberon, rei dos elfos. Como Titânia e Oberon estavam em guerra porque Titânia não queria entregar a Oberon um órfão indiano para lhe servir de pajem, Oberon ordenou ao elfo Puck que fosse colher amores-perfeitos e que, quando Titânia estivesse a dormir, pusesse o liquido dessa flor nos seus olhos e assim, quando Titânia acordasse se apaixonaria eternamente pela primeira pessoa que lhe surgisse. Contudo, Oberon viu Demétrio tratar mal Helena e ordenou a Puck que também fizesse o 'feitiço' com Demétrio. O problema é que Puck se enganou e enfeitiçou Lisandro em lugar de Demétrio. Quando acordou, Lisandro esqueceu Hérmia e apaixonou-se por Helena, a pessoa que viu. Mais tarde, Puck enfeitiçou Demétrio que também se apaixonou por Helena. Quando Titânia acordou, a primeira pessoa que viu foi o tecelão, que estava na floresta com Marmelo, o carpinteiro, o marceneiro, o consertador de foles, o funileiro, o alfaiate, todas a ensaiar uma peça de teatro para apresentar no casamento de Teseu com Hipólita, a rainha das Amazonas. Para corrigir todo este engano, Oberon ordenou a Puck que quando os quatro apaixonados adormecesem fizesse com que se apaixonassem pelas pessoas certas. No final, a Hérmia casou com o Lisandro e Demétrio com a Helena, e Oberon e Titânia fizeram as pazes. Puck, que foi quem mais se divertiu com todas estas confusões que ele próprio provocou, afirma que tudo aquilo não passou de um 'sonho de uma noite de verão'. 23 FICHA TÉCNICA: Peça: Sonho de uma Noite de Verão – William Shakespeare (adaptação) Direção: Profª Maria Afonsina Ferreira Matos e José Luiz Souza de Jesus Assistente de Direção: Queilla Costa Santos Sonorização: Lara Fernanda dos Santos Nascimento; Sâmia Lima Alves, Maria Beatriz Duarte Miranda, Queilla Costa Santos Cenário: Jaqueline Souza de Jesus Figurino: Maria Beatriz Duarte Miranda Caroline de Souza Silva Mileide Machado Fernandes Iluminação: Karine Fróes da Silva Divulgação: Diana Souza Cruz Leliana de Jesus Genivaldo de Jesus Souza Gilcleide dos Santos Souza. Personagens: Teseu: Sanny Moura Santos Hipólita: Jamille Almeida Santos Filóstrato: Elizeu Silva Souza Egeu: Rogéria Santos Passos Hérmia: Renata dos Santos Rocha Lisandro: Kélvia Rocha da Silva Santos Demétrio: Luma Santos Souza Helena: Alana Santos Souza Marmelo: Nicole de Santana Cerqueira Fundilhos: Caroline Aguiar Costa Flauta: Marília de Souza Sanches Focinho: Eronilson Erick Costa Santiago Faminto: Ana Paula Fróes Fraga Aconchego: Elizeu Silva Souza Lua: Tamiles Cajé e Santos Oberon: José Luiz Souza de Jesus 24 Titânea: Ana Lucia de Jesus Santos Puck: Mariana Neves Lima Fadas da corte de Titânea: Grão de Mostarda: Ivana Meira Silva de Carvalho Flor de Ervilha: Tatiana Costa da Silva Fada e Teia de Aranha: Edmila Silva de Oliveira Libelulinha: Fernanda dos Santos Souza Damas da Corte: Mileide Machado Fernandes Diana Souza Cruz Promoção: ESTALE/CEL/UESB Realização: Graduandos do Curso de Letras – Turma de Teoria da Lit. V/Noturno Apoio cultural: Prefeitura de Campus/UESB – Jequié Publicação submetida a Conselho Editorial, tendo como pareceristas: - Porfª Dra. Maria Luzia Braga Landim – UESB - Profª Ms Jerusa da Silva Gonçalves Almeida -UESB - Profª Dra. Adriana Maria de Abreu Barbosa – UESB 25 FOTOS: 26 27 CENAS DE BASTIDORES 28 ENSAIOS 29 EQUIPE DE TRABALHO Orientação: Profª PhD. Maria Afonsina Ferreira Matos Duiliane Gomes Rodrigues COORDENAÇÃO Sanny Moura Santos Edmila Silva de Oliveira Nicole de S. Cerqueira Mariana Neves Lima Marília de S. Sanches Mileide M. Fernandes Tamiles Cajé e Santo Queilla Costa Santos Kélvia Rocha S. Santos PATROCÍNIO Kelvia Rocha da S. Santos SECRETARIA Ana Paula Fróes Fraga Ana Lúcia de J. Santos Genivaldo de J. Souza Ingrid Braga Souza Gilcleide dos S. Souza Ivana Meira S. de Carvalho Kelvia Rocha da S. Santos Samia Lima Alves Caroline S. Silva Lara Fernanda dos Santos Rogéria Santos Passos Elizeu Silva Souza EDITORIAL Renata dos S. Rocha Jaqueline S. de Jesus DIVULGAÇÃO Luma Santos Souza Caroline Aguiar Costa Maria Beatriz D. Miranda Jamille Almeida Santos Alana Santos Souza Tatiana C. da Silva Fernanda dos S. Souza MONITORES: Leiliana de Jesus (Graduandosem Diana Souza Cruz Letras/UESB) Fernanda Castro Duarte INFRAESTRUTURA Tailane Santos de Santana José Luís Souza de Jesus Elisane Santos Pimentel Karine Fróes da Silva Filipe Pereira Almeida Ruthinea Fonseca Matos 30 AGRADECIMENTOS: Somar em nome da partilha... Nesse sentido, multiplicar é dividir... Mãos generosas sabem apostar no outro e se estendem em nome de um sonho: realizar... Mãos generosas se entrelaçam à vontade de vitória sobre o mesmo de sempre... Parcerias de desejo reinventam o proposto, alargam possibilidades... O Apoio se torna cultura, aumentando o sentido de gestar... A Doação... coloca uma realidade latente em plano de acontecimento. Enfim, um evento se faz corpo, apesar de imprevisível no início... Alunos de Letras se avizinham de alguns poucos companheiros de expectativas e sensibilidade artística... O Ciclo de Palestras e Seminários – o teatro encenando a vida se desenha nas páginas de um tempo roto - roído de paixão acadêmica. O impossível e urgente, aliados, se edificaram na certeza de que é preciso ser grato aos pares de uma histórica jornada... Assim, a Turma de Teoria da Literatura V/Curso de Letras/UESB-Jequié agradece: AOS PARCEIROS: Instituto Federal da Bahia – IFBA/Jequié Colégio Estadual Luíz Viana Filho – Jequié/BA O APOIO CULTURAL DE: Prefeitura de Campus – PCJ/UESB/Jequié Coordenação de Extensão – COEX/UESB/Jequié AOS DOADORES DE RECURSOS MATERIAIS: *Jequié/BA: Gráfica Aquarela Ltda., Realce Presentes, Açougue Panca , Vereador Pé Roxo, Eunice Confecções. * Jaguaquara/BA: Câmara de Vereadores, Gráfica Vale Verde; Jaguaquara Variedades, Loja Miscelânea , Laços e Festas. *Itiruçu/BA: Stik Variedades. 31