Indicadores de Produtividade e Gestão do Call Center copy

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Indicadores de Produtividade e Gestão do Call Center copy
INDICADORES DE PRODUTIVIDADE E GESTÃO DO CALL CENTER
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
PRINCIPAIS INDICADORES
COMO USAR OS INDICADORES
CONCLUSÃO
© Todos os direitos reservados à Teclan Ltda. É proibida a reprodução, total ou parcial, deste conteúdo sem a prévia autorização por escrito.
INDICADORES DE PRODUTIVIDADE E GESTÃO DO CALL CENTER
Apresentação
O mercado de contact center é um segmento altamente competitivo e complexo, que
exige alto nível de especialização e controle. Afinal, tratam-se de serviços de missão
crítica, visto que interagem diretamente com o cliente. Com tantos players, prestar um
bom serviço é essencial e fator crítico de sucesso para continuidade do negócio. Além
disso, os administradores precisam garantir a sustentabilidade do negócio, equilibrando
investimento e lucratividade para gerar ROI (Retorno sobre o Investimento). Para que
isso seja possível, torna-se imprescindível a adoção de indicadores de produtividade e
gestão que traduzam o sucesso ou os desvios das operações. Através desses indicadores, analisados individualmente e por meio de referência cruzada, é possível identificar
claramente as variáveis de causa e efeito que impactam diretamente nas operações e
nos seus resultados.
Os recursos tecnológicos atuais contribuem em muito, capturando e disponibilizando
uma série de indicadores de produtividade e gestão, também conhecidos pela sigla em
Inglês KPIs (Key Performance Indicators). Com tantos indicadores em mãos, quais priorizar? Quais são relevantes para a sua operação? O que eles lhe dizem sobre a produtividade e qualidade das operações de seu contact center?
Para contribuir para uma visão clara e eficaz dos indicadores de produtividade e gestão,
a equipe do Blog da Teclan preparou este guia. Tão importante quanto a capacidade da
solução de tecnologia em coletar e produzir tais indicadores é saber analisá-los, isoladamente e em conjunto, identificar resultantes de causa e efeito, ponderá-los e aplicar as
ações que se fizerem necessárias.
Esperamos que este e-book ajude você a melhorar os resultados
e implantar melhores práticas no seu contact center. Boa leitura!
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PRINCIPAIS INDICADORES
A seguir apresentamos uma tabela com KPIs mais populares entre os contact centers, organizados em ordem
alfabética, detalhando sua aplicação em operações ativas e/ou receptivas. Logo após a tabela, detalhamos
os indicadores, sua aplicação e como interagem com outras variáveis do contact center. Entre a grafia em
inglês ou português, optamos pelo termo mais comumente utilizado no Brasil, seguido da tradução, se for o
caso. Dentro de alguns textos, inserimos hiperlinks para nosso blog, referenciando textos com mais detalhes
sobre o assunto. Ao clicar em um dos indicadores abaixo, você é direcionado para a descrição do indicador.
Tabela de KPIs mais utilizados em contact centers, por operações ativas e receptivas:
KPI
Operação Ativa
Operação Receptiva
Absenteísmo
Aderência à Escala
Agent Utilization
Agent Workload
Best Time to Call (BTC)
Consumo do Mailing
Chamadas Desistentes
Chamadas Derivadas para Atendimento Personalizado
Chamadas por Agente por Hora
Contato com a Pessoa Certa (CPC)
Custo por Chamada
First Call Resolution (FCR)
Forecast
Forecasting Accuracy
Hold Time
Live Call
Montante de Valores Recuperados
Nível de Serviço
Retenção na Unidade de Resposta Audível (URA)
Satisfação dos Agentes
Satisfação dos Clientes
Talk Time
Taxa de Abandono
Taxa de Conversão
Taxa de Ocupação
Taxa de Transferência (Transfer Rate)
Tempo de Espera (Wait Time)
Tempo Médio de Espera
Tempo de Pausas
Tempo de Pós-Atendimento (Wrap Time ou After Call Work)
Tempo Médio de Atendimento
Tempo Médio de Retenção na URA
Turnover
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Detalhamento dos KPIs mais utilizados em contact centers e sua aplicação:
Legenda relacionada aos indicadores
A
Operação Ativa
Quanto maior o valor do indicador, melhor para o seu call center
R
Operação Receptiva
Quanto menor o valor do indicador, melhor para o seu call center
Ativa e Receptiva
Cobrança
Televendas
SAC
Absenteísmo: representa o percentual de ausências sobre o total de agentes escalados para
trabalhar no período. Altas taxas de absenteísmo tornam difícil a gestão eficiente das escalas
no contact center, causando grande impacto na performance da operação. Afetam os níveis de
serviço, taxa de abandono de chamada e média do tempo de resposta. O alto absenteísmo pode
ser reflexo de gestão de RH e de baixos níveis de satisfação. Por isso, este indicador deve ter o
acompanhamento também do setor de recursos humanos. Aliando ações de controle e gestão,
é possível mapear os problemas e corrigir os erros. Veja mais dicas para evitar o absenteísmo
no nosso post sobre o assunto. Quanto menor o absenteísmo, melhor.
Aderência à Escala: a escala prevê a quantidade de agentes que precisam estar logados em um
período de tempo, a fim de garantir os níveis de serviço desejados e também de evitar “gorduras”, ou seja, provendo uma equipe bem dimensionada. A aderência indica qual a percentagem
desta previsão que está sendo cumprida. Quanto maior, melhor.
Agent Utilization: é um importante indicador de produtividade dos agentes, pois representa o
percentual de tempo em que o agente está atendendo ou realizando chamadas, dividido pelo
total de horas trabalhadas. Quanto maior o percentual do Agent Utilization, menor o custo por
chamada. No entanto, é válido saber que taxas extremamente altas de utilização dos agentes
podem implicar em alto turnover, ou seja, é necessário avaliar o nível ideal de acordo com as
características de cada operação.
É comum vermos uma confusão entre os indicadores Taxa de Ocupação e Agent Utilization. Eles
são relacionados, porém diferentes. Veja o exemplo de um SAC: os agentes podem estar todos
logados e prontos para atendimento (alta taxa de ocupação), mas poucas chamadas entrantes
(baixos índices de Agent Utilization). Quanto maior, melhor.
Agent Workload: Indicador importantíssimo em operações ativas. Indica o tempo médio em
que o agente se dedica, em uma hora, a falar com os contatos do mailing. Quanto maior, melhor
– afinal, se um operador fala com mais pessoas, sua produtividade é maior, assim como suas
chances de conversão.
A
A
A
Best Time to Call (BTC, “melhor horário para ligar”): indicação do melhor horário para realização de chamadas ativas. As ligações devem ser feitas na hora mais propícia para o
cliente/consumidor atendê-las – fator representado pelo indicador BTC. É importante associar
o BTC ao tipo de telefone cadastrado no mailing. Por exemplo: ao ligar para um telefone residencial, dar preferência para discagem em horário fora do expediente comercial - e a recíproca
é verdadeira.
Consumo do Mailing: o volume do mailing é a quantidade de contatos previstos para a serem
contatados em uma campanha ativa. Acompanhar o consumo do mailing durante a realização
da campanha (on flight) é importante para avaliar o desempenho e eficácia da operação. Neste
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caso vale salientar que a qualidade do mailing, os horários de discagem e a qualidade da tecnologia que suporta a operação, entre outros fatores, interferem diretamente na taxa de consumo
do mailing.
Chamadas Desistentes: a desistência ocorre quando alguém desliga o telefone antes de ser
atendido pelo contact center. Elevadas taxas desse indicador podem representar problemas
como mau dimensionamento da central (poucos agentes para atendimento da demanda) e
problemas de navegação na URA. Aqui, quanto menor a taxa de desistência, melhor.
Chamadas Derivadas para Atendimento Personalizado: Indicador que apresenta a percentagem de clientes que utilizaram a URA, mas que não conseguiram finalizar seu atendimento nela,
ou seja, precisaram ser transferidos para uma agente. Este indicador está diretamente relacionado à eficiência e à qualidade da URA, que depende de seu planejamento sob a luz do atendimento das necessidades do público-alvo, linguagem, lógica de navegação, entre outras características. Quanto menor, melhor. Índices alto neste indicador, afetam diretamente os indicadores
de Aderência e Forecast.
Chamadas por Agente por Hora: como o próprio nome descreve, aqui se mede o número de
ligações realizadas (geradas ou atendidas) pelo agente, dividido pelo número de horas em que
ele esteve alocado naquela campanha. Nas operações ativas, quanto maior este KPI, melhor.
Nas operações receptivas, deve-se buscar uma distribuição linear entre os agentes.
A
Contato com a Pessoa Certa (CPC): percentual, dentre as chamadas atendidas em uma campanha ativa, no qual se conseguiu falar com a pessoa que é o objetivo da ligação, conforme mostramos no nosso post sobre indicadores. Quanto maior o CPC, melhor, pois maior a eficácia da
campanha.
Custo por Chamada: representa quanto custa uma ligação para o contact center. Seu cálculo é
realizado dividindo-se o custo total pelo volume de chamadas da operação. É muito utilizado
pelas centrais a fim de acompanhar sua evolução ao longo do tempo e uma excelente maneira
de avaliar a relação custo x benefício das operações. É também utilizado para comparar um
contact center ou site com outro, para efeitos de benchmarking. No entanto, não há uma prática
única no mercado. Atenção especial deve ser dada quanto às variáveis que compõem a estrutura do custo total. Em geral, considera-se custos de RH, telefonia, infraestrutura física e tecnologia do contact center.
R
First Call Resolution: é o percentual de chamadas resolvidas no primeiro contato, ou seja, sem
que haja necessidade do cliente ligar novamente ou do agente retornar a ligação. Pode ser
tratada como uma medida indireta de performance do agente – quanto maior o índice de FCR,
melhor a capacidade do agente em resolver a demanda do cliente. O First Call Resolution é uma
boa medida de qualidade do atendimento prestado pelo contact center, uma vez que está diretamente relacionado aos índices de satisfação dos clientes. Quanto maior, melhor.
Forecast: este é um indicador aplicado em dimensionamento de agentes. Nas operações receptivas, ele indica a previsão de chamadas a serem recebidas por período. O ideal é que seja
previsto para cada 15 ou 30 minutos, proporcionando uma melhor aderência da escala de agentes à demanda do contact center. O Forecast em operações receptivas utiliza informações históricas de tempo médio de atendimento e volume de chamadas, além de outros indicadores
adicionais alinhados com o serviço em questão.
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O Forecast pode ser aplicado também a operações ativas e blended. Neste caso, devem ser
considerados dados como o tempo médio de atendimento e chamadas por agente por hora
(com base no histórico) e também o tamanho do mailing para determinada campanha. Além
disso, para um forecast mais acurado, é possível considerar, com base nos dados históricos,
quais os dias da semana de melhor resultado e os horários que apresentam maiores taxa de
conversão, e associá-los também ao skill dos agentes. De posse desses dados, as escalas podem
ser elaboradas alocando uma equipe maior para dias e horários propensos a gerar melhores
resultados para a campanha.
Forecasting Accuracy: O Forecasting Accuracy identifica o grau de assertividade do Forecast.
Ou seja, quanto mais próximo de 100%, maior será a assertividade do dimensionamento dos
agentes necessários. Quanto maior, melhor.
Hold Time: é o tempo em que o cliente fica em espera, colocado pelo agente, enquanto realiza
determinada operação ou consulta. Quanto menor, melhor, pois se ganha em produtividade e
em satisfação do cliente do outro lado da linha.
A
A
Live Calls: tipicamente utilizado em campanhas ativas com discagem preditiva. Representa a
quantidade de ligações que o agente recebeu do discador preditivo (atendidas - cliente em
linha) em uma hora. Quanto maior, melhor.
Montante de Valores Recuperados: indicador importantíssimo no segmento de cobrança.
Muitos gestores consideram apenas este indicador na hora de mensurar resultados. Porém, ele
depende da estratégia traçada no início da campanha, do Acordo de Nível de Serviço, da qualidade do mailing, da qualidade da tecnologia empregada, do estágio da cobrança, enfim, de uma
série de fatores que variam de campanha para campanha. Conhecer o montante é fundamental
para avaliar, por exemplo, se o investimento feito no contact center é adequado, mas não deve
ser o único fator a ser levado em conta. Se você quer mais informações sobre a área de recuperação de valores devidos, baixe gratuitamente nosso e-book a respeito do assunto: Gestão de
contact center de cobrança.
Nível de Serviço: indicador de qualidade do atendimento no qual se leva em conta o número de
ligações atendidas em um determinado período de tempo considerado aceitável (ex. 80% das
ligações devem ser atendidas em até 30 segundos). Esse indicador é usado por muitas organizações contratantes para estabelecer um nível mínimo de atendimento esperado: o acordo de
nível de serviço (SLA – Service Level Agreement). Quanto maior o nível de serviço, melhor.
Retenção na Unidade de Resposta Audível (URA): A retenção na URA representa o percentual
de ligações que foram atendidas por completo na URA, sem necessidade de repasse a um atendente. Como o custo por chamada da URA é menor que do atendimento realizado pelos agentes,
é interessante aprimorar o atendimento automático, investindo em melhores fluxos e em
humanização de URA, auxiliando a aumentar o seu índice de retenção. Quanto maior, melhor.
Satisfação dos Agentes: além da contratante e do cliente, o agente é fator crítico de sucesso
para a eficácia do contact center. A aplicação de pesquisas de satisfação, o envolvimento do
setor de Recursos Humanos, a adoção de práticas motivacionais auxiliarão na diminuição do
turn over e na obtenção de melhores resultados. Quanto maior, melhor
Satisfação dos Clientes: este indicador é um excelente balizador da qualidade do serviço prestado pelo contact center. Representa o percentual de clientes que estão satisfeitos ou muito
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satisfeitos com o atendimento. A definição de um valor mínimo de satisfação aceitável depende
do objetivo da central e do perfil do seu segmento de atuação. Atualmente, há inúmeras maneiras de medir o nível de satisfação dos clientes, tais como: questionários aplicados de forma
automatizada pela URA, follow-up através de agentes, e-mails, SMS, dentre outros recursos.
Vale dizer que este indicador é diretamente impactado pelo FCR e pela qualidade do atendimento prestado. Quanto maior, melhor
Talk Time: é o tempo de conversação do agente com o cliente em uma chamada, desde a saudação até o desligamento. Determinar se um Talk Time está apropriado varia muito de acordo com
o tipo de operação (ativa ou receptiva), o objetivo da campanha (cobrança, venda, composição
de cadastro, etc.) e a complexidade do contato. No entanto, em qualquer tipo de operação, os
gestores devem buscar aumentar esse tempo e otimizá-lo, de forma que seja utilizado de
maneira assertiva pelos agentes. Isso pode ser obtido através de treinamento em abordagem e
conhecimento sobre o produto/serviço que está sendo tratado. Os gestores devem acompanhar
constantemente este indicador, detectar os valores fora do padrão e tomar ações de melhoria,
como a redefinição do roteiro, identificação da necessidade de redimensionamento da quantidade de PAs, adoção de discador mais eficiente, etc. Quanto maior o Talk Time, melhor o desempenho da operação.
Taxa de Abandono: é uma métrica muito utilizada no segmento de contact centers. Nas operações receptivas, representa o percentual de chamadas que foram abandonadas pelos clientes
antes do seu atendimento sobre o total de chamadas recebidas pelo contact center. Com a utilização de novos canais de comunicação, muitas centrais tem incorporado nesse cálculo as
chamadas de URA e Chat. Altas taxas de abandono, em geral, representam problemas de mau
dimensionamento do staff, que acarretam longos tempos de espera. No entanto, essa não é uma
proporção direta, uma vez que a tolerância do cliente em esperar pelo atendimento depende de
uma série de circunstâncias fora do controle do contact center. A taxa de abandono, em operações receptivas, está relacionada com indicadores como o Tempo Médio de Fila e Utilização do
Agente. Quanto menor a taxa de abandono, melhor.
Nas operações ativas, é comum vermos a utilização do indicador Taxa de Abandono aplicado à
discagem preditiva. Neste caso, representa o percentual de chamadas geradas pelo discador
preditivo que foi atendido pelo cliente, mas encerrada pelo discador preditivo por não haver
agente disponível para atendimento. Ou seja, o discador preditivo gera chamadas antes dos
agentes estarem disponíveis, predizendo que, no momento em que o cliente atender a chamada, já haverá um agente livre para dar continuidade ao atendimento (é assim que o discador
preditivo gera grandes ganhos em produtividade). No entanto, se não houver um agente para
atender esta chamada, então o discador comanda o encerramento da chamada – e ela entra no
índice de Taxa de Abandono. Na Europa e EUA, por regulamentação, as taxas de abandono
devem estar entre 3-5%, para proteger o cliente e também os custos de telefonia da operação.
Leia mais em nosso post sobre como a Tecnologia gera economia: algoritmo preditivo e o custo
de telefonia. Quanto menor este índice, melhor.
A
Taxa de Conversão: é um indicador fundamental para avaliar o sucesso de uma campanha
ativa. No caso de uma operação de televendas, por exemplo, ele aponta qual o percentual de
vendas efetivamente fechadas sobre o total de contatos efetuados. Quanto maior, melhor.
Taxa de Ocupação: percentual que representa o tempo em que o agente está em atendimento
ou pronto para um próximo atendimento (recebimento ou realização de chamada), dividido
pelo total de horas trabalhadas (excluindo pausas). É uma medida indireta de produtividade:
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altas taxas de ocupação indicam que os agentes estão prontos ou em atendimento na maior
parte do tempo. Também indica se as escalas dos agentes estão sendo bem gerenciadas: altas
taxas de ocupação representam ambientes disciplinados. Quanto maior, melhor.
R
Taxa de Transferência (Transfer Rate): este indicador refere-se ao percentual de chamadas que
precisam ser transferidas para que os clientes tenham sua demanda atendida. Altas taxas de
transferência impactam negativamente na satisfação dos clientes e indicam a necessidade de
melhorar a performance dos agentes, capacitando-os a solucionar sozinhos as demandas. Este
indicador aplica-se a atendimentos por telefone, bem como chat e email. Quanto menor,
melhor.
Tempo de Espera (Wait Time): nas operações receptivas, é o tempo que os clientes esperam
para ter sua chamada atendida, ou seja, é o Tempo de Fila. Antes de mais nada, é preciso lembrar que, para alguns tipos de serviços, o cliente deve ser atendido em, no máximo, um minuto
– uma exigência feita pela Lei do SAC. Além das restrições legais, um alto tempo de espera gera
uma percepção negativa ao consumidor (que fica impaciente com a demora). Quanto menor o
tempo de espera, melhor é o desempenho da operação.
Nas operações ativas, o Wait Time é associado à utilização de discadores preditivos e representa o tempo de espera do atendente por uma nova chamada. Um bom discador preditivo atua
com baixos índices de Wait Time, contribuindo com ganhos de produtividade dos agentes e,
consequentemente, maiores índices de Talk Time. Quanto menor o Wait Time, melhor.
R
Tempo Médio de Espera: também chamado de Tempo médio de Fila, Average Speed of Answer
(ASA) ou Average Time to Answer (ATA), representa o tempo total que os clientes esperam em
fila, dividido pelo total de chamadas atendidas. Este é um indicador aplicado ao acompanhamento do nível de serviço de operações receptivas e relacionado a outros índices como taxa de
abandono e utilização do agente. Em operações onde o volume de chamadas é muito grande e
o tempo de fila tende a zero, pode ser uma boa prática alterar o cálculo utilizando como fator
de divisão apenas a quantidade de chamadas que realmente tiveram algum tempo de fila.
Assim será possível identificar situações que merecem atenção do gestor, como picos de fila.
Esse acompanhamento é especialmente importante para operações regulamentadas por
normas como a Lei do SAC. Quanto menor, melhor.
Tempo de Pausas: tempos de afastamento do operador da PA, como treinamento, descanso
obrigatório, etc. É importante acompanhar e gerenciar os tempos dos agentes de forma a evitar
que a equipe se ausente num mesmo horário, prejudicando a operação. Também temos que
lembrar que algumas operações são regidas por normas, como por exemplo, a NR17, que determina quanto tempo um agente deve ter de descanso (pausa) durante o seu período de trabalho.
Tempo de Pós-Atendimento (Wrap Time ou After Call Work): é o tempo gasto pelo agente após
a finalização de um atendimento e até que inicie o próximo. É um tempo que faz parte da
conclusão do atendimento realizado e, por isso, não pode ser considerado improdutivo. No
entanto, deve ser gerenciado de acordo com a operação em questão. É importante que o gestor
acompanhe este indicador, observando índices fora da média e orientando os agentes para que
otimizem as ações realizadas após o atendimento. Também é possível contar com o suporte da
tecnologia para parametrizar um tempo máximo de Wrap, agilizando o resultado das campanhas. Quanto menor, melhor.
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Tempo Médio de Atendimento – TMA (ou Average Handle Time – AHT): este é um dos principais
indicadores monitorados pela gestão de contact centers. Representa o tempo médio de Talk +
Wrap, ou seja, o tempo médio que os agentes dispendem falando com o cliente e finalizando o
atendimento. Serve de parâmetro tanto para avaliar a produtividade quanto para realizar o
dimensionamento das equipes do contact center. É importante dizer que o TMA varia muito de
acordo com o perfil de cada operação e seu público-alvo. Quanto menor, melhor.
Tempo Médio de Retenção na URA: Tempo médio de interação dos clientes com a URA. Este
tempo é importante para acompanhar o dimensionamento de recursos de URA, tais como quantidade de canais, licenças de Text to Speech - TTS, licenças de Reconhecedor de Voz, etc.
Turnover: aponta a rotatividade dos operadores na central. Cabe destacar que, para muitas
empresas, o turnover está internalizado, já que, no dia a dia delas, é natural perder colaboradores. Porém, essa rotatividade deve ser encarada como uma fonte de custos, visto que implica
na realização de novas contratações, treinamentos, etc. Veja dicas para reduzir o turnover no
nosso post sobre o assunto. Quanto menor, melhor.
COMO USAR OS INDICADORES
Apresentamos acima os principais indicadores de produtividade e gestão para contact centers.
No entanto, é importante salientar que os indicadores mais significativos e que devem ser
monitorados, dependem do perfil da operação e dos objetivos do contact center.
As soluções tecnológicas atuais, desde sistemas de telefonia a discadores e URAs, por exemplo,
são capazes de contribuir com ferramentas gerenciais completas (relatórios e gráficos, online e
históricos, de agentes e de campanhas, etc). No entanto, é preciso aplicar tais ferramentas
gerenciais de acordo com o perfil de cada operação, tirando proveito dessas informações para
melhorar a gestão e os resultados do negócio.
As métricas contam a história da sua operação. É importante analisar o passado e acompanhar
a performance atual de perto. Além de ter o histórico como balizador, considere também
padrões de mercado de operações com perfis similares às suas. Lembre-se, ainda, de estar
atento e respeitar a legislação vigente, que em muitos casos vem determinando novos parâmetros para contact centers, como a Lei do SAC, por exemplo.
É importante ter uma lista de KPIs de verificação obrigatória diária, semanal e mensal, e o
suporte tecnológico para acompanhar o desempenho das campanhas e dos agentes, se possível
online e com alertas quando um indicador estiver abaixo da meta.
Agora, além de medir, é importante gerenciar. Assim, com os KPIs relevantes ao seu negócio em
mãos, conte com bons profissionais na gestão das suas operações. Saber quanto seus agentes
tem atingido de TMA e quanto está seu Wait Time são importantes, mas qual o impacto da
variação do TMA no último mês nos seus custos? Quais ações poderão e serão tomadas? O
acompanhamento das métricas é fundamental para decisões pró-ativas, pois sinalizam que
ações precisam ser tomadas.
Lembre-se sempre:
1. Defina os KPIs importantes para suas operações;
2. Acompanhe-os;
3. Gerencie-os sob a luz dos seus objetivos de negócio.
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CONCLUSÃO
Como mostramos anteriormente, coletar e interpretar indicadores pode ser decisivo para o posicionamento do seu contact center no mercado.
Quanto melhor a gestão, melhores os resultados
das suas operações. Recomendamos que a sua
central defina, acompanhe e gerencie os KPIs
que se aplicam às suas operações. Quanto mais
completa for sua gestão, melhor para o seu negócio.
Para facilitar a gestão, é fundamental contar com
boas ferramentas tecnológicas que coletem e
apresentem os resultados dos indicadores de
forma organizada e de simples leitura. Ela
também deve contar com recursos de visualização em tempo real, conhecidos como on flight, e
históricos. Na hora de escolher uma solução, leve
em conta esse aspecto e veja se o software está
aberto para atualizações e a customizações de
relatórios gerenciais.
Se você busca mais informações sobre KPIs e
tecnologia para o contact center, recomendamos
a leitura dos nossos materiais educativos sobre o
mercado de contact center. Além disso, você
pode acompanhar as novidades sobre este mercado no nosso blog: http://blog.teclan.com.br.
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