Oídio do cajueiro - Embrapa Agroindústria Tropical
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Oídio do cajueiro - Embrapa Agroindústria Tropical
RECOMENDAÇÃO EMERGENCIAL DE CONTROLE Pulverizar as plantas preventivamente ou no início do ataque, empregando qualquer produto comercial a base apenas de enxofre, repetindo as aplicações com intervalos de 7 dias até a completa formação dos frutos. A dose deve ser de 500 g-600 g/100 L de água e o volume da calda de 800 L a 1.000 L/ha. O intervalo de reentrada de pessoas em áreas tratadas deve ser de 1 dia. Não associar óleos minerais ao produto ou calda. Se utilizar pulverizador costalmotorizado, providenciar uma boa cobertura das plantas. Manter a calda sob agitação constante e utilizá-la no mesmo dia da preparação. Recomenda-se o uso de equipamento de proteção individual. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro Nacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Rua Dra. Sara Mesquita 2270 Pici 60511-110 Fortaleza - Ceará Telefone (0xx85) 3391.7100 Fax (0xx85) 3391.7109 www.cnpat.embrapa.br Informações Setor de Gestão da Prospecção e Avaliação de Tecnologias (SIPT) Fone: (85) 3391-7140 [email protected] Equipe Técnica Francisco Marto Pinto Viana, José Emilson Cardoso, Marlon Vagner Valentim, Francisco das Chagas Oliveira Freire Crédito das fotos: Francisco Marto Pinto Viana e José Emilson Cardoso Outubro de 2011 - Tiragem: 3.000 OÍDIO DO CAJUEIRO Uma Ameaça à Cajucultura Oídio do cajueiro Doença até pouco tempo considerada secundária para a cultura do cajueiro no Nordeste brasileiro, o oídio (Oidium anacardii) vem provocando severas perdas para a cultura nesses últimos anos. Perdas que podem ocorrer tanto na produção de castanhas como de pseudofrutos, ou em ambas. Prejuízos têm sido relatados por pequenos, médios e grandes produtores e exportadores ligados à cadeia produtiva da fruta, exigindo uma medida emergencial que atenda às necessidades de controle da doença, de modo que a cajucultura nacional não seja ainda mais prejudicada do que vem sendo nesses últimos anos pelo agravamento de algumas doenças e surgimento de outras doenças, ainda que sem importância econômica. O fungo queima as flores e a ráquis, e toda a inflorescência pode apresentar o pó acinzentado, o que lhe confere um aspecto escurecido (Figura C). Os maturis atacados apresentam partes cobertas por esse pó (Figura Desquerda), refletindo o ataque sofrido na região. Já as castanhas verdes ou maduras atacadas têm uma camada externa corticosa amarronzada (Figura Ddireita), decorrente do ataque sofrido. C D Sintomas da doença Os sintomas podem ser verificados em quase toda a parte aérea da planta, como folhas, flores, pedúnculo e castanhas. As folhas maduras afetadas apresentam em sua face superior um pó branco (Figura A) ou acinzentado, constituído das estruturas reprodutivas do patógeno, que se situa ao longo das nervuras, mas que pode estar espalhado por toda a superfície. Folhas jovens afetadas têm o mesmo pó e podem, ainda, sofrer deformações (Figura B). A B A superfície do pedúnculo jovem atacado torna-se grosseira, denotando a ação do patógeno, enquanto o pseudofruto maduro apresenta manchas corticosas, cicatrizes (Figura E) ou rachaduras que expõem um tecido de coloração esbranquiçada que é a polpa cicatrizada (Figura F). No fruto maduro atacado, às vezes pode ocorrer abundante produção de espuma, a qual é resultante da ação de leveduras fermentativas. As plantas no viveiro também podem ser atacadas, o que pode resultar em mudas de má qualidade. E F