Edição nº1
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Chocolate ANO 26 - AGO.| SET. 2006 Como a Cargill está presente neste alimento nutritivo e delicioso 1 Nova revista 3 i o mensagem Comércio internacional 4 Biblioteca em Santarém responsabilidade 6 s u m a r entre vista Gorduras Trans inovacao Futuro do Complexo Soja inovacao Chocolate A N O 2 6 - N º - 1 A G O ./ S E T . 2 0 0 6 consumo Embalagens com a pal av r a Biocombustíveis visao global Gripe aviária directions Notícias Cargill destaques Innovation Day personagens 8 10 11 14 16 18 21 23 Revista Cargill é uma publicação bimestral editada pelo Departamento de Assuntos Corporativos e dirigida aos funcionários, clientes e fornecedores da Cargill – Av. Morumbi, 8.234 – CEP 04703-002 – São Paulo – Tel.: (11) 5099-3311 – www.cargill.com.br - Direção Editorial: Afonso Champi – Coordenação Editorial e Jornalista Responsável: Lúcia Pinheiro (MTb 18.755) – Comitê Editorial: Andrea Anjos, Ana Fernandes, César Infante, Débora Sesti, Erick Ascenção, Felipe Rodrigues, Gonzalo Garcia, Kátia Huertas, Lisandra Faria, Luciane Reis, Marcello Moreira, Neusa Duarte, Patrícia Garcia, Renata Holzer, Sônia Matangrano, Vera Duarte, Valmir Tambelini, Vitor Ideriba e Walter Tommasi – Colaboração: Gabriela Guerra – Projeto gráfico e Editoração: Oz Design - www.ozdesign.com.br – Produção Editorial: LF Comunicações – Redação: Fernanda Pancheri, Lucia Fontes e Luiz Laerte Fontes – Foto Capa: Keystone. A Revista Cargill não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em entrevistas. Para comentários ou sugestões sobre a Revista, envie seu e-mail para [email protected] ou pelo telefone 5099-3220. e t i s e r p o d m e g n O nome “Cargill” foi a escolha natural para identificar a nova publicação, permitindo a imediata associação com a empresa e com o histórico aqui revisitado. O projeto editorial contempla temas que permitem aos nossos leitores ter uma compreensão geral de assuntos que estão na pauta do dia de nossos negócios, como é o caso das seções Visão Global e Entrevista. Há ainda espaço dedicado à Responsabilidade socioambiental, um dos pontos centrais das medidas de desempenho da nossa Visão Corporativa. Um dos pilares que também sustenta esta mesma Visão – a Inovação – está representado em uma seção dedicada ao tema. Foi previsto espaço para que o funcionário possa ser Personagem, levando até os leitores um pouco da nossa experiência e realizações. Isso e muito mais poderá ser visto nas páginas que se seguem, por meio de um projeto gráfico atual e leve. Esperamos que tenha uma agradável leitura e aproveite a oportunidade para enviar seus comentários sobre esta nova publicação que é feita para você. a A criação deste novo veículo marca uma nova etapa na história e evolução de nossas publicações, que começou com a Revista Seta, primeiro veículo interno da empresa, criado em outubro de 1980. Depois, já na década de 90, com seu nome alterado para Revista Cargill, passou a incluir nossos parceiros em sua distribuição. Mais tarde, quase ao final dos anos 90, a Revista foi reformulada e direcionada exclusivamente aos clientes da indústria alimentícia, abrindo espaço, internamente, para a revista Gente Cargill. Deste conjunto de publicações fez parte ainda a revista Agro Cargill, que levou, por sete anos, informações de qualidade e prestação de serviço para a cadeia agrícola. s A revista, com um novo projeto editorial e gráfico, representa o esforço para estabelecer um canal que contribua para a formação da imagem da Cargill e suas empresas e para o correto entendimento de seus negócios, posicionamento e atributos. Sua contribuição também será importante para intensificar a ligação emocional e a credibilidade da companhia com seus públicos. d e n É com satisfação que apresentamos a primeira edição da nova revista corporativa da Cargill. Após profunda avaliação de nossas publicações externas e interna, tornou-se clara a necessidade de buscar maior realinhamento desses veículos de comunicação com a Missão e Valores da empresa. Para tanto, foi concebido um novo padrão que proporciona uma visão ampla e consistente não só de toda a cadeia em que a Cargill atua, mas também dos diferentes elos que são estabelecidos com nossos funcionários, clientes, fornecedores e comunidade em geral. e Muito obrigado, Foto: Rogério Pallata m Sergio Barroso 3 O Embaixador Rubens Antonio Barbosa fala sobre os desafios e oportunidades no comércio exterior e n t r e v i s t a Foto: Divulgação A cultura de exportação é um processo em mudança Ao aposentar-se em 2004, depois de 42 anos de atuação como diplomata, Rubens Antonio Barbosa acumulava uma vasta experiência internacional em política e economia. Na ocasião, era Embaixador do Brasil em Washington, onde estava desde julho de 1999. Antes disso, ocupou cargos como Secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Subsecretário-geral de Integração, Comércio Exterior e Assuntos Econômicos do Ministério de Relações Exteriores e Coordenador da Seção Brasileira do Grupo Mercosul. Assim que se desligou do poder público, criou uma empresa de consultoria em São Paulo especializada em negócios no exterior. Nesta entrevista, Rubens Barbosa dá sua opinião sobre avanços, dificuldades e expectativas para o comércio exterior brasileiro. que poderíamos obter com relação à China. Ainda não conseguimos achar formas para ampliar nossa relação comercial com aquele país. Acredito que o comércio internacional tenderá, ainda por algum tempo, a se expandir, porém, não com taxas semelhantes às dos últimos quatro anos. Já percebemos uma desaceleração do crescimento da exportação porque a economia mundial começa a dar sinais de fadiga. Revista Cargill - Como o senhor vê as barreiras tarifárias e não-tarifárias? Rubens Barbosa: As barreiras tarifárias tradicionais já não são significativas. O que é mais importante hoje são as barreiras não-tarifárias e algumas barreiras tarifárias novas, muito sofisticadas. Há também normas técnicas que impedem e vão impedir, no futuro, o crescimento do comércio. É uma pena a falta de avanços na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), reunião entre ministros de vários países que visava discutir a eliminação de barreiras tarifárias e não-tarifárias. Revista Cargill - Quais fatores contribuíram para o crescimento do comercio exterior nos últimos anos? Rubens Barbosa: O que ajudou o Brasil a dar esse salto quantitativo foi o dinamismo recente da economia internacional. Países como Estados Unidos, Japão, China e os da Europa cresceram muito. A China surgiu com uma alta demanda e serviu de impulso para o comércio internacional. O salto das exportações também foi estimulado pelo alto preço das commodities. Para o Brasil, os resultados poderiam ser ainda melhores se não fosse o que se convencionou chamar de custo Brasil, que onera demais o setor produtivo. Revista Cargill - Como superar isso? Rubens Barbosa: Um caminho é a atuação multilateral em Doha, quando a negociação for retomada. Outro caminho é o dos acordos bilaterais, que será uma tendência a partir de agora. Também é necessário recorrer ao mecanismo de solução de controvérsia da OMC. Os países que fizerem isso devem continuar obtendo êxito. Ainda com relação às barreiras, tanto o Brasil pode se municiar dos mesmos instrumentos que os outros países usam para barrar produtos brasileiros, quanto nós temos que nos organizar para enfrentar as barreiras lá fora. Revista Cargill - A demanda chinesa deve continuar? Rubens Barbosa: Penso que sim, pelo menos nos próximos anos. Porém, não estamos aproveitando tudo 4 Percebo um movimento nesse sentido. Há escritórios de advocacia se especializando em mecanismos de solução de controvérsia. Revista Cargill - Há uma consciência da importância do comércio internacional? Rubens Barbosa: A grande abertura da economia brasileira com o exterior começou apenas em 1990. A cultura de exportação é ainda um processo em mudança. Mas já existem empresas voltadas somente para o comércio exterior. O governo tem que fazer sua parte, enquanto o empresário brasileiro, sobretudo dessas empresas que começam a olhar para o mercado externo, precisa ganhar um grau mais aprimorado de informação. Revista Cargill - Há uma pressão com relação à certificações? Rubens Barbosa: Essa questão da certificação sanitária é um grande problema. O Brasil não tem acordo fitossanitário com os principais países do mundo e nesse aspecto há um trabalho que precisa ser desenvolvido. Todos os problemas sanitários precisam ser atacados. Além disso, dentro do governo, os setores que cuidam dessas questões necessitam de reforços. Hoje as certificações são muito importantes porque, se você quer exportar, deve cumprir essas normas. O Brasil tem potencial para se tornar o celeiro do mundo. Revista Cargill - O produtor rural tem consciência dessa necessidade? Rubens Barbosa: Considero que está havendo algum avanço, mas temos notícias, por exemplo, de pecuaristas que não aplicam vacinas. É necessário um esforço de esclarecimentos para que todos apliquem as boas práticas em suas atividades. O Ministério da Agricultura avançou muito, mas, como os próprios ministros reconhecem, ainda não é suficiente. O Brasil tem a possibilidade de se transformar em um grande produtor agrícola para o mundo. Assim como a China tem a capacidade de se transformar em um grande produtor de bens de consumo para o mundo, o Brasil tem a mesma capacidade na área agrícola. Revista Cargill - Essas empresas deveriam organizar-se em associações? Rubens Barbosa: Elas precisam, antes, se organizar internamente. Devem criar um departamento de comércio exterior e obter assessoria especializada. Ou seja, as empresas precisam se conscientizar de que é necessário apoio técnico para exportar. Não se pode ir para o exterior sem um mínimo de informação sobre o país para onde se quer exportar. No caso de empresas pequenas e médias que queiram ir para o exterior, o importante é fazer como as empresas italianas: elas formam consórcios e ganham volume para poder exportar. Revista Cargill - De um modo geral, o produtor tem se empenhado em atender normas internacionais? Rubens Barbosa: Há avanços. Sabemos, porém, que as informações não chegam com a mesma facilidade em todas as regiões do País. Considero que a Embrapa, o Ministério da Agricultura e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior têm um importante trabalho de esclarecimento a fazer. Isso permitirá a continuação do aumento das nossas exportações. Revista Cargill - Na área de alimentos, qual o futuro do Brasil? Rubens Barbosa: O Brasil tem potencial para se tornar o celeiro do mundo. Temos 60 milhões de hectares de terras ocupadas na produção agrícola. Os Estados Unidos têm 90 milhões de hectares. Mas lá não há espaço para crescer, enquanto o Brasil dispõe ainda de outros 90 milhões de hectares. Para aproveitar esse potencial, temos que ter uma estratégia, uma política. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), por exemplo, apresentará uma proposta aos candidatos à presidência da República. A entidade considera que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) deveria estar vinculada diretamente ao presidente da República. Ou seja, a Camex precisa ser fortalecida e ter um responsável com delegação explícita do nosso presidente. Com isso, podemos tornar o comércio exterior, de fato, como uma das principais variáveis para o crescimento e desenvolvimento do Brasil. ● Revista Cargill - Quais mercados o empresário deveria focar mais? Rubens Barbosa: Apesar dos bons resultados nos últimos anos, acredito que a estratégia comercial seguida não foi a melhor. Dar prioridade aos países em desenvolvimento produz resultados comerciais limitados. O grosso do mercado externo brasileiro está nos países maiores, mais desenvolvidos. Minha opinião é que os empresários brasileiros, neste momento, deveriam concentrar-se nesses mercados maiores. 5 e a b i l i d a d Fonte para o conhecimento r e s p o n s Nova estrutura: informatização e funcionários treinados Revitalização da Biblioteca beneficia toda a comunidade N o último dia 22 de junho, quando Santarém, no Estado do Pará, comemorou 345 anos de existência, a Fundação Cargill, em parceria com a unidade da Cargill em Santarém e a prefeitura da cidade, inaugurou a Biblioteca Pública Paulo Rodrigues dos Santos. Ao todo, foram seis meses de obras e investimentos da ordem de R$ 400 mil, parte doada pela Cargill Foundation, dos Estados Unidos. O antigo prédio da Biblioteca agora conta com novos livros, estrutura informatizada e funcionários treinados. Denise Cantarelli, coordenadora da Fundação Cargill no Brasil, explica que o projeto começou oficialmente em junho de 2005, com a visita e o diagnóstico social da cidade. Ela diz: “A escolha pela Biblioteca partiu de uma análise realizada na região que identificou a necessidade de novos livros e uma estrutura para atender a comunidade.” Antenor Giovannini, gerente comercial da unidade da Cargill em Santarém, também concorda com a escolha, uma vez que uma Biblioteca contribui para o enriquecimento da comunidade. A Fundação Cargill desenvolveu o projeto para a revitalização da Biblioteca e o apresentou à prefeitura da cidade, que aprovou e apoiou a iniciativa. Com o início das obras, começou o processo de seleção dos títulos do acervo. Além da compra de 2 mil novos livros, a Fundação buscou parceria com editoras e conseguiu a doação de outros 200 livros. Treinamento de funcionários e professores facilita a utilização Profissionais especializados também entraram em ação para capacitar tecnicamente a equipe de 14 funcionários da antiga Biblioteca e mais 300 professores e diretores de escolas. Para facilitar o acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais, construíram-se rampas e banheiro exclusivo. 6 Fotos: Arquivo Cargill Revitalização da Biblioteca em Santarém inclui novo acervo de obras e estrutura para atendimento à comunidade Foco principal é o público infanto-juvenil Acervo da biblioteca recebe mais de 2 mil novos livros A cidade de Santarém possui hoje 439 escolas municipais, totalizando quase 49 mil alunos do Ensino Fundamental. Segundo Giovannini, os benefícios proporcionados pelo novo espaço serão expressivos. Por ser uma biblioteca pública e a única da região, toda a comunidade será beneficiada. Apesar do foco principal ser o público infanto-juvenil, foi planejado um espaço para atingir outras faixas etárias e o maior número de pessoas possível. “O projeto envolvendo a Biblioteca Pública Paulo Rodrigues dos Santos é uma extensão dos investimentos da Cargill na nossa comunidade. Ele se estende além do Terminal Portuário e chega às pessoas e à força de trabalho, que são a chave do futuro desenvolvimento de Santarém. O incentivo da Cargill para a revitalização da Biblioteca está relacionado com o nosso interesse em alimentar o potencial das pessoas. Bibliotecas são um recurso vital e central em qualquer comunidade e são extremamente importantes para ajudar as pessoas – jovens ou idosas – a ter acesso a ferramentas e fontes necessárias para completar os estudos com êxito, competir na economia global e obter sucesso na vida.” Entre os fatores que devem impulsionar o uso da Biblioteca estão o acesso à Internet e a sala multifuncional. O espaço, inicialmente projetado para se tornar uma brinquedoteca, foi equipado com livros infantis, um pequeno palco para apresentações e teatros de fantoche, um camarim, jogos educativos, televisor, vídeocassete e telão. A expectativa é que a sala também seja explorada para reuniões, apresentações, encontros e seminários. Entre os patrocinadores do projeto, estão a Cargill Foundation, as Unidades de Negócio Complexo Soja e de Gerenciamento de Risco, e a área de Portos da empresa. Além desses investidores, o projeto contou com importantes parcerias, como a do Expresso Araçatuba, que colaborou com todo o transporte de mobiliário e livros de São Paulo para Santarém. Editoras e distribuidoras renomadas fizeram doações e concederam melhores condições na compra de livros. Na parte de treinamento, a ULBRA (Universidade Luterana do Brasil) concedeu treinamento de informática para todos os funcionários da Biblioteca. ● A cerimônia de inauguração contou com a presença da prefeita da cidade, Maria do Carmo Martins; Mark Murphy, diretor-executivo da Cargill Foundation; Hermes Anghinoni, diretor de Portos da Cargill; Denise Cantarelli, coordenadora da Fundação Cargill; e Valdir Bertolino, representando o Complexo Soja e a Diretoria da Fundação Cargill. Durante o evento, Murphy afirmou: 7 Foto: Arquivo Cargill 8 i n o v a c a o Novas soluções em gorduras Indústria reduz percentual de gorduras trans em alimentos e antecipa-se à mudança na legislação D esde o início de agosto, todo produto alimentício que contém gorduras trans é obrigado a informar o consumidor, na tabela nutricional presente no rótulo, a quantidade existente. As gorduras trans são um tipo específico de gordura formada naturalmente no rúmen (parte do estômago dos animais ruminantes) e, também, durante o processo de hidrogenação industrial que transforma óleos vegetais líquidos em gordura sólida à temperatura ambiente. No entanto, nem toda gordura hidrogenada é trans. O nome trans vem da ligação química que parte da gordura passa a apresentar depois da hidrogenação. Por melhorar a consistência de vários produtos (recheios de biscoitos e bolos, por exemplo), a hidrogenação é muito utilizada pela indústria alimentícia. senso sobre qual o valor máximo de gordura trans que pode ser consumido sem riscos para a saúde. Por isso, sua recomendação é “o menor consumo possível”. A Unidade de Negócio Cargill Foods Brasil é uma das principais fornecedoras de óleos e gorduras para a indústria alimentícia e rapidamente se mobilizou para oferecer aos seus clientes alternativas de gorduras com baixo teor de trans. Marcos Guirardelo, gerente de Pesquisa & Desenvolvimento da Unidade, explica: “Além do know-how adquirido com nosso trabalho no Brasil, podemos também utilizar o conhecimento e experiência de nossos centros de pesquisas em outros países.” Dentre as soluções de gorduras baixo trans já colocadas à disposição da indústria pela Cargill, estão: ❚ formulação de gorduras com matérias-primas vegetais naturalmente mais sólidas, caso do óleo de palma; ❚ separação das frações líquidas das sólidas de óleos vegetais (chamada de fracionamento). A gordura baixo trans é produzida a partir das frações sólidas; e ❚ interesterificação, meio pelo qual se provoca reações de várias gorduras diferentes, sob condições controladas, para a obtenção de um produto final apropriado. Ela é parte da dieta humana há muito tempo. De alguns anos para cá, porém, repetidos estudos científicos indicam que seu consumo excessivo pode aumentar o colesterol total e o LDL – chamado de colesterol ruim – das pessoas, fatores que podem oferecer riscos para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Diante da crescente preocupação com uma vida saudável, tornou-se uma tendência mundial a busca de soluções que reduzam o percentual de gordura trans na fabricação dos alimentos. No Brasil, a indústria tem procurado alternativas para modificar seus produtos utilizando gorduras com baixo trans, ou sem a presença de trans. Na nova legislação, a informação sobre a quantidade de gordura trans deverá ser incluída no rótulo. Antonia Aquino, gerente de produtos especiais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão do Ministério da Saúde, explica que não existe um con- Segundo Guirardelo, a opção pelas gorduras baixo trans será cada vez mais intensa. Uma vantagem que a Cargill oferece são seus Centros de Aplicação e Desenvolvimento em Mairinque (SP) e Itumbiara (GO): “Nossos laboratórios têm plena condição de trabalhar junto com os clientes no desenvolvimento de produtos baixo trans. Existem soluções já testadas que podem ter aplicação imediata pelas indústrias”, informa. Inclusive, explica Guirardello, diversos clientes passaram a comprar da Cargill exclusivamente gordura baixo trans. ● 9 Melhoria no atendimento e foco no cliente são a base do novo modelo de gestão que mobiliza os funcionários do Complexo Soja D epois de dois anos de estudos e trabalho, o Complexo Soja da Cargill lançou, para seus mais de 3 mil funcionários, o programa Futuro do Complexo Soja. No dia 29 de junho, os funcionários, em 22 localidades diferentes, se reuniram para conhecer o projeto. Inicialmente, acompanharam a mensagem do líder do Complexo Soja, José Luiz Glaser, no vídeo Construção do nosso futuro. Em seguida, 26 gestores apresentaram o projeto em detalhes e responderam dúvidas dos funcionários. Marcela Marangoni, coordenadora de logística júnior da fábrica de Rio Verde (GO), saiu entusiasmada do encontro: “Dá para perceber uma mudança de cultura. Os funcionários se sentem motivados a trabalhar pela Cargill num mercado cada vez mais competitivo e fico feliz em fazer parte do futuro da empresa.” Supervisor comercial em Três Lagoas (MS), Luís Chelatka, também vê com otimismo as mudanças: “Vamos olhar o cliente com maior atenção e oferecer a ele um atendimento de produtos e serviços mais amplo e eficiente.” “Ser uma Unidade de Negócio inovadora, que cria e oferece produtos e serviços diferenciados, gerando prosperidade aos clientes, à Cargill e seus funcionários” é a missão do Complexo Soja, que se apóia nos pilares: foco no cliente, trabalho em equipe, funcionários bem capacitados, responsabilidade por resultados, comunicação, modelo de liderança e inovação, utilizando-se um novo modelo de gestão. O Futuro do Complexo Soja surgiu pela necessidade de reestruturar o modelo de negócio e preparar a unidade para responder adequadamente às demandas de mercado. Durante os últimos dois anos, seis grupos de trabalho estudaram as mudanças a serem implantadas e os resultados para os clientes começarão a aparecer já nos próximos meses. i n o v a c a o De olho no futuro A capacitação dos funcionários da área comercial começou em agosto Glaser afirmou em sua apresentação que, para atender melhor os clientes, os funcionários têm mais autonomia, e o modelo de gestão passa a contar com células descentralizadas com maior poder de decisão. Para a capacitação dos funcionários haverá um programa de seis módulos, que envolve, inicialmente, as equipes comerciais. Neusa Duarte, gerente de Recursos Humanos da Unidade de Negócio, explica: “O treinamento das equipes comerciais trará uma forma diferenciada de atender os clientes. Trabalharemos também na capacitação das estruturas administrativas e operacionais com o mesmo enfoque porque, agora, o atendimento aos clientes será feito em células de decisão descentralizadas.” Foto: Roger Spock Glaser: novo modelo confere mais autonomia no atendimento ao cliente Ao fazer o balanço dos benefícios do programa, Ricardo Nascimbeni, gerente de Logística, aponta: “Para nossos clientes, menor tempo de resposta para suas demandas; novas alternativas de negócio, e, no caso de compradores de farelo e óleo refinado, especificações de produtos mais alinhadas às suas necessidades. Em relação aos funcionários, passam a trabalhar com maior autonomia, terão conhecimento mais diversificado e maior possibilidade de desenvolvimento profissional.”● 10 C m u Foto: Steve Nierdof c o n s É longo o caminho que começa com o fruto do cacaueiro, uma árvore delicada, sensível a choques de temperatura e que se desenvolve melhor à sombra de árvores maiores, até chegar ao chocolate. A Cargill está presente em todas as fases desse segmento, dando apoio ao produtor, fabricando pó de cacau e ajudando a desenvolver produtos em parceria com a indústria alimentícia. o olocar um pedaço de chocolate na boca e deixá-lo derreter suavemente provoca um prazer inigualável. Raros são os alimentos que trazem sensação tão agradável. Não sem motivo, o fruto que dá origem ao chocolate, o cacau, tem o nome botânico de Theobroma cacao, “alimento dos deuses”. Origem de uma paixão Foto: Arquivo Cargill Vem das amêndoas do cacau um dos alimentos mais apreciados do mundo A fábrica da Unidade de Negócio de Cacau localiza-se na cidade de Ilhéus, na Bahia — Estado que responde por 80% da produção nacional de cacau —, e tem capacidade instalada para processar 85 mil toneladas de amêndoas — ou sementes — por ano. “Somos reconhecidos pelo mercado como o maior produtor da América do Sul e também o de melhor qualidade”, destaca Eliana Ianez, gerente comercial da Unidade. 11 o n s u m o Fotos: Steve Nierdof Na fazenda — O cacau tem uma safra principal e uma temporã, às vezes não muito bem definidas em relação aos seus volumes e períodos. O fruto possui um número variável de amêndoas e, depois de colhido, recebe um corte na casca para a retirada das amêndoas. Em seguida, elas são colocadas em cochos de madeira, de 3 a 5 dias, para o processo de fermentação. O gerente de produção da fábrica de Ilhéus, Nasser Naufal, explica: “A fermentação é importante para as amêndoas desenvolverem as substâncias que atribuem cor e sabor ao chocolate. É necessário mexer o conteúdo do cocho regularmente, o que proporciona um resultado mais homogêneo.” c Depois de fermentadas, as amêndoas são colocadas em um tablado de madeira e levadas ao sol para secar. Esse processo demora de 4 a 5 dias e pode ser feito, também, com o uso de secadores à lenha. Neste caso, o prazo é menor, porém a amêndoa pode ficar com cheiro de fumaça, em caso de problemas nos secadores, o que representará perda para o produtor na hora da venda. A chegada na fábrica — Sacas com 60 quilos são o padrão de comercialização das amêndoas. Assim que o cacau chega à fábrica passa por análise e classificação. A análise envolve 100 amêndoas retiradas de cada saca. Elas são cortadas no sentido longitudinal para verificação da qualidade da fermentação, presença de mofo e estrias internas. Quando a amêndoa não foi bem fermentada, a parte interna fica lisa e recebe o nome de amêndoa ardósia. Concluídas as análises, as sacas são classificadas conforme a quantidade de problemas encontrados. “Também medimos a umidade média e analisamos o material que chega junto com as amêndoas, sujidades e pedras, por exemplo”, afirma Naufal. A sujeira é retirada e as amêndoas passam por secagem. Liquor: primeiro ingrediente derivado do processamento industrial das amêndoas de cacau A fábrica de Ilhéus recebe regularmente auditores de empresas clientes Início da produção — O processamento industrial tem início com a descascagem das amêndoas. A parte interna da amêndoa, livre das cascas, chama-se nib e é com ele que será feito o liquor (ou massa) de cacau. Os nibs são alcalinizados, esterilizados, torrados e moídos. Neste momento, o produto muda da forma sólida para a pastosa e recebe o nome de liquor. A fábrica de Ilhéus conta com dois gerentes de produção. Nasser Naufal cuida do processamento até este momento. Daí para frente, até a conclusão da produção, o gerente é o Flávio Pimenta. Pimenta explica: “O liquor é usado para a produção de barras ou tabletes de chocolate, e a Cargill oferece produtos diferenciados, com variedade de pH e cor, por exemplo.” 12 Tipos e aplicações Do liquor saem o pó de cacau e a manteiga de cacau. Prensas hidráulicas empurram o líquido pastoso através de uma tela filtrante e separam a manteiga dos sólidos. A parte sólida, chamada torta de cacau, é moída para gerar o pó. Por ser um produto muito delicado, o pó precisa ser armazenado em locais apropriados, com temperatura e umidade relativa controladas. A fábrica de Ilhéus da Cargill, inclusive, é a única a possuir, no Brasil, armazéns climatizados para o pó de cacau. Liquor, manteiga e pó de cacau são utilizados em diferentes tipos de produtos. “Cada cliente possui um conceito e precisa de um produto que corresponda ao que a receita exige”, afirma Nasser Naufal. A Cargill oferece uma ampla variedade de opções. Além dos produtos chamados taylor made – feitos sob medida -, a empresa comercializa cinco diferentes tipos de liquor, três tipos de manteiga e a linha Spectrum Line de pós. Segurança — Durante todo o processamento, são realizadas avaliações constantes de amostras para verificações microbiológicas do ambiente, do processo e do produto final. Eventuais anormalidades são rapidamente detectadas, o que permite ações corretivas imediatas. No programa de Segurança Alimentar Cargill, o sistema HACCP (sigla, em português, para Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) está totalmente implementado, integrado à Norma ISO 9000 e inserido no programa de gestão da qualidade. Liquor – O liquor é usado na fabricação de chocolates e coberturas em barras ou tabletes. O controle do sabor e do pH nos diferentes tipos ocorre a partir de mudanças no grau de torrefação e alcalinidade da amêndoa. “Na torrefação, é possível mudar os parâmetros para dar um sabor mais forte ou mais leve”, explica Eliana Ianez. Os certificados de análise enviados aos clientes, acompanhando os produtos adquiridos, são reconhecidamente confiáveis, o que pode dispensar os custos de novas análises. Segundo Eliana Ianez, a fábrica de Ilhéus recebe regularmente auditores de empresas clientes e os resultados dessas auditorias são sempre positivos. Inclusive, desde 1999, a empresa é auditada pelo American Institute of Bakery (AIB), dos Estados Unidos, que tem padrões desenvolvidos, como uma ferramenta que avalie os processos e riscos associados à segurança do produto. A Cargill, em todos os anos, recebeu da AIB a classificação “excelente”. Manteiga – Além de ser utilizada na fabricação do chocolate e coberturas em barras e tabletes, a manteiga é matéria-prima da indústria cosmética, para a fabricação de cremes, xampus, condicionadores, batons e protetores labiais. A Cargill produz três versões de manteiga de cacau: a natural; a desodorizada, submetida a tratamento especial para se obter um produto sem sabor ou odor; e a desodorizada hard, que resiste a temperaturas mais altas na estocagem. Pó de Cacau – É utilizado em vários produtos: bolos, biscoitos, brownies, bombons, achocolatados, sorvetes, sobremesas lácteas etc. A linha Spectrum Line atende essa diversificação de demanda, oferecendo pós com diferentes sabores e tonalidades. “Os pós mudam com relação à cor, pH, finura e sabor”, informa Flávio Pimenta. Os clientes da Unidade de Negócio de Cacau têm acesso a informações e serviços adicionais. Dependendo da necessidade, a empresa propõe a realização de reuniões de trabalho e compartilha dados de mercado para ajudar na tomada de decisões. O apoio da Cargill inclui ainda a assistência técnica: “Sempre que o produtor precisa de qualquer ajuda em relação ao cacau, aos ajustes em equipamento, ou mesmo para o produto desenvolvido pelo cliente, a Cargill está presente e presta a assistência necessária”, afirma Eliana. Foto: Arquivo Cargill Observando as necessidades dos clientes, a Cargill desenvolveu a linha de pós Spectrum Line. Ela conta com 20 opções, com cores intensas ou suaves, sabores encorpados ou leves. A linha possiblita que a indústria alimentícia encontre o ingrediente certo para seus objetivos de produção e de marketing. ● 13 Fotos: Gettyimages a r v a l a p a m Criatividade e tecnologia fazem das embalagens um instrumento essencial na conquista de consumidores N c o O poder das embalagens ão importa se é de plástico, vidro, metal, papel brilhante ou papelão. A influência das embalagens na hora da venda é indiscutível. Para o consumidor, ela representa a primeira impressão do produto, sendo uma poderosa ferramenta de diferenciação em um mercado cada vez mais competitivo. A indústria alimentícia sabe desse poder e investe em criatividade e tecnologia para oferecer alternativas cada vez mais inovadoras. Pesquisa realizada pelo Comitê de Estudos Estratégicos da Associação Brasileira de Embalagens (Abre) revela que, para a maioria dos consumidores, a embalagem representa o próprio produto, ou seja, se uma embalagem está em bom estado, o comprador julga que o produto que ela contém também estará. De acordo o diretor econômico da Associação Brasileira da Indústria Alimentícia (Abia), Décio Ribeiro, ao entrar em uma loja ou supermercado, o consumidor é ‘bombardeado’ por uma série de exposições visuais e o impacto da embalagem pode definir a venda. “Apesar de estar à procura de um produto com propriedades alimentares específicas, o poder de comunicação da embalagem pode definir a venda. O consumidor compra basicamente com os olhos”, afirma. Embalagens de plástico: 32,2% de participação nas receitas obtidas pelo setor Isabella Salibe, gerente de marketing da Associação Brasileira de Embalagens (Abre), destaca, de acordo com estudo realizado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), que mais de 85% das compras são feitas por impulso, ou seja, no ponto-de-venda. “Isso comprova o poder da embalagem em atrair as pessoas”, diz. 14 Embalagens de plástico e papelão lideram as receitas do setor A indústria brasileira de embalagem está em sintonia com o que acontece nos cinco continentes. “Temos disponíveis no Brasil as mais avançadas tecnologias mundiais do segmento. O desafio agora é implantá-las e fazer com que a embalagem seja, cada vez mais, vista como fator estratégico pelas empresas”, afirma Isabella. Na avaliação da especialista, é preciso mudar a idéia de que embalagem representa mais custo para as empresas. Pelo contrário, pode significar investimento. “O aprimoramento e adequação ao mercado a que se destina gera resultados e não gastos”, ressalta. A indústria de embalagem no Brasil apresentou uma receita líquida de vendas de R$ 31,338 bilhões em 2005, R$ 2,492 bilhões a mais do que em 2004. Deste total, segundo estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro para a Abre, a maior parcela, de 32,2%, ficou com as embalagens de plástico, seguidas por papelão (30,9%) e embalagens metálicas (21,2%). Embalagens de papel, vidro e madeira responderam por 7,4%, 6,2% e 2,1%, respectivamente, das receitas registradas no período. No mundo atual, segundo Paulo Sérgio Peres, presidente da Abre e da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), os fabricantes de embalagens precisam estar adequados tecnologicamente para continuar no mercado. Isso significa que quem não inovar não será competitivo. “Temos que nos capacitar para entender e atender as necessidades do consumidor final. A embalagem deve ser para ele um facilitador do consumo do produto que está sendo comprado”, afirma. ”Uma embalagem de sucesso é aquela apropriada para o seu consumidor e seu nicho de mercado”, acrescenta Isabella. No setor de alimentos, especificamente, o fator essencial é a segurança do produto. Ribeiro destaca que a função da embalagem é condicionar o alimento e garantir o que se chama de “tempo de vida do alimento na gôndola”. Nesse sentido, há uma série de regras, definidas pela legislação brasileira, que devem ser seguidas pelas indústrias. “Tudo precisa estar de acordo com as especificações”, afirma. Vários testes são feitos antes que uma embalagem vá para o mercado. “A proteção adequada dos alimentos é fundamental para a indústria, lembrando que o consumidor associa a embalagem ao próprio produto”, afirma. Segurança da embalagem é essencial no setor de alimentos A produção física de embalagens, por sua vez, registrou queda de 1,26% no ano passado. As exportações apresentaram crescimento de 4,3% em relação ao ano anterior e o nível de emprego aumentou em cerca de 5%, com a geração de 7.500 postos de trabalho. No final de 2005, de acordo com informações do Ministério do Trabalho, o setor empregava 170.917 pessoas com carteira assinada. A necessidade de tecnologia e a criatividade não afetam apenas o setor de alimentos. Todos os segmentos da cadeia de embalagens precisam de inovação. “Não é possível afirmar que o setor alimentício, por exemplo, recebe inovações mais constantes. É preciso considerar que sua fatia de mercado é maior, o que o torna um grande consumidor de embalagens”, afirma Peres. O presidente da Abre classifica como “modesto” o desempenho do setor no ano passado e explica que o resultado tem uma forte ligação com a variação do PIB (Produro Interno Bruto) e da produção industrial do país. Para 2006, com a possível melhora da economia, as expectativas para o setor também são mais favoráveis. Peres acredita que fatores sazonais como Copa do Mundo e eleições presidenciais ajudam nesse contexto. Porém, ele alerta que a turbulência política, a gripe aviária e, principalmente, a alta taxa de juros e o Real valorizado poderão atenuar um possível bom desempenho econômico do setor. ● No que se refere ao design, o mercado brasileiro também é reconhecido mundialmente. Em 2005, mais de 15 embalagens brasileiras receberam prêmios internacionais. Entre elas, nove foram premiadas no WorldStar, a mais importante premiação para o setor de embalagem no mundo. 15 l a o b Brasil é referência em biocombustível l C a o g Foto: Arquivo Cargill om o preço do petróleo alto, suas reservas diminuindo e uma crescente preocupação com o meio ambiente, a busca por fontes de energias alternativas e renováveis é cada vez maior. Nisso, o Brasil sai na frente. Pioneiro e líder na produção de álcool combustível, o País tem, no mercado de biocombustível, a grande chance de se tornar uma potência. v i s Biocombustíveis têm origem em culturas energéticas ou resíduos naturais. O etanol, álcool produzido a partir da fermentação de hidratos de carbono (da canade-açúcar, por exemplo), é o mais conhecido e utilizado. Já o biodiesel, derivado de culturas energéticas de oleaginosas, como por exemplo soja e girassol, começou a ganhar força e incentivos recentemente. No Brasil, há várias espécies vegetais que podem ser utilizadas para a produção de biodiesel, como mamona, dendê (palma), babaçu, amendoim, pinhão manso, entre outras. Há ainda grande potencial para utilização dos resíduos de cana-de-açúcar para gerar energia De acordo com dados da Datagro, consultoria especializada nas áreas de açúcar e álcool, o Brasil responde atualmente por 36% da produção e 53% do comércio mundial de biocombustíveis. Nos últimos dois anos, a produção brasileira de etanol subiu de 15,4 bilhões de litros para 16,75 bilhões de litros. Além de atender a demanda interna, o total produzido gera um excedente da ordem de 3,2 bilhões de litros, direcionado ao mercado externo. “Nós somos o maior participante desse mercado e o biodiesel deve contribuir para aumentar a nossa presença”, afirma Plínio Mário Nastari, diretor-presidente da Datagro. Combustíveis produzidos a partir de culturas energéticas ou resíduos naturais são a grande aposta para substituir o combustível fóssil Pelas estimativas da consultoria, entre 2013 e 2014, a produção de biocombustível no Brasil deverá chegar a 34 bilhões de litros ao ano (incluindo o biodiesel). Desse total, o volume direcionado ao mercado 16 externo deve ficar em 5,9 bilhões de litros. Para o biodiesel, especificamente, a expectativa é que, em 2007, o total produzido pelo país fique em 800 milhões de litros. “Hoje ainda não existe um mercado mundial de biodiesel”, destaca Nastari. cia, o aumento do uso de biocombustíveis consegue reduzir a emissão de gases poluentes e causadores do efeito estufa, melhorar a performance dos veículos, favorecer o desenvolvimento da economia rural protegendo o solo e o ecossistema. O etanol produzido pela cana-de-açúcar, por exemplo, reduz em quase 90% as emissões de gases causadores do efeito estufa. Vários fatores favorecem a manutenção do Brasil no topo do ranking dos países produtores de biocombustíveis. Além de grande extensão de terras férteis ainda não cultivadas, o País atingiu um grau de desenvolvimento tecnológico considerado o mais avançado do mundo nesse segmento. “Existe ainda um potencial grande para a utilização dos resíduos da cana-de-açúcar para gerar energia, o que ainda é pouco aproveitado”, acrescenta Nastari. Benefícios incluem desde a redução de gases poluentes à melhora da performance dos veículos De olho nesse mercado, muitos países procuram adotar políticas que podem resultar no aumento do uso do biocombustível nas próximas décadas. No mercado brasileiro, há um incentivo a mais para a produção de biodiesel. O combustível foi introduzido na matriz energética brasileira em 13 de janeiro de 2005. A Lei nº 11.097 estabeleceu a obrigatoriedade da adição de um percentual mínimo de biodiesel ao óleo diesel comercializado ao consumidor, em todo o território nacional. Três anos após a publicação da lei, esse percentual deverá ser de 2%, subindo para 5% dentro de oito anos. A importância do assunto é tamanha que, recentemente, a Agência Internacional de Energia (AIE), com sede em Paris, na França, elaborou um estudo especificamente sobre o tema, chamado Biocombustíveis para Transporte – Uma Perspectiva Internacional. De acordo com o documento, em poucas décadas os biocombustíveis utilizados para transporte poderão atender parte substancial da demanda por petróleo. Segundo a Agên- O novo combustível também poderá ser utilizado na geração de energia elétrica em comunidades isoladas, principalmente na região Norte, substituindo o óleo diesel em usinas termelétricas. Em alguns Estados, como Minas Gerais e Pará, já é possível abastecer os veículos com óleo B2, diesel com 2% de biodiesel. “O biodiesel será bem-sucedido desde que capture o interesse de empresas agrícolas”, alerta Nastari. ● Cargill investe em açúcar e álcool Com a negociação, a Cargill forma uma joint venture com a Canagril, associação de produtores com participação de 37% no capital social da Cevasa. A capacidade de processamento anual da Cevasa é de 1,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, o que gera cerca de 125 milhões de litros de álcool. A matéria-prima utilizada pela empresa é fornecida pela Canagril. Há uma tendência mundial por combustível renovável. A Cargill tem investido no desenvolvimento e expansão do mercado de biocombustíveis em diversos países. A atuação da empresa no setor começou em 1992. Considerando as atuais atividades e os projetos em andamento, a Cargill tem cerca de meio bilhão de dólares investido no mercado de biocombústivel ao redor do mundo. Os principais investimentos estão na Europa e nos Estados Unidos. A decisão é também oportuna para a estratégia global da Cargill, no que diz respeito às fontes de energia renovável. “A Cargill analisou a importante e crescente indústria sucroalcooleira no Brasil durante algum tempo. Tornar-se mais ativa é o passo lógico para expandirmos nossos negócios em açúcar e álcool e participarmos no crescimento desse promissor segmento”, comenta Sergio Barroso, presidente da Cargill no Brasil. No Brasil, a Cargill anunciou, recentemente, a primeira aquisição de uma usina. Isso aconteceu em junho, quando a empresa adquiriu a totalidade das ações da Maubisa Agrícola e, com isso, passou a deter 63% do capital da Central Energética Vale do Sapucaí Ltda (Cevasa), com usina localizada na cidade de Patrocínio Paulista (SP). 17 Segurança através do entendimento Dave Larson* s n Foto: Arquivo Cargill d i r e c t i o As devidas medidas sanitárias e bons métodos de cozimento protegem a família contra eventuais riscos provocados por aves infectadas pela gripe aviária N ão faltam na imprensa matérias sobre a gripe aviária. Muitas falam de um possível cenário, no qual o vírus sofre uma mutação e passa a infectar humanos. Isso preocupa a todos. Embora seja necessário nos prepararmos para essa possibilidade, é pouco provável que isso venha a ocorrer de fato. Também deveríamos nos preocupar com respostas indevidas e temores desnecessários. Este tipo de atitude simplesmente desvia a atenção da resolução dos problemas. O primeiro passo de uma resposta eficaz deve ser o entendimento da situação. No ano de 2004, houve uma intensa agitação na mídia com relação à encefalopatia espongiforme bovina (BSE), mais conhecida como doença da vaca louca. Algumas semanas após surgirem os primeiros casos, conversei com o Dr. Will Hueston, diretor do Centro de Saúde Animal e Segurança Alimentar da Universidade de Minnesota. Discutimos o problema no programa The Cattle Show (O Show do Gado), transmitido através de uma rede de satélites a mais de 28 milhões de domicílios na América do Norte. O programa teve enorme repercussão entre os telespectadores. Muitos afirmaram que aquela tinha sido a primeira vez que haviam obtido uma explicação clara sobre a BSE. Ao simplesmente informar os fatos, pudemos esclarecer aos produtores pecuários de que eles não estavam agravando o problema. Então, quais são os fatos a respeito da gripe aviária? Em primeiro lugar, como o próprio nome diz, é uma doença de aves. Não é transmitida com facilidade de aves para humanos. Embora o vírus denominado H5N1 já seja conhecido há cerca de 10 anos, sabe-se que menos de 200 pessoas ficaram enfermas. A grande maioria delas tinha contato muito próximo com aves de quintal e não tomava as precauções sanitárias básicas e necessárias. Infelizmente, perto de metade delas faleceu em razão da doença. 18 Citarei o Dr. Hueston: “Felizmente, esta gripe aviária não é transmitida com facilidade de aves para humanos. Se você não tiver contato direto com aves enfermas, o risco de contrair este tipo de gripe aviária é praticamente zero.” sobre os negócios da Cargill. Alguns consumidores ficarão preocupados e deixarão de comer aves. Já observamos uma queda considerável na demanda por aves na Europa. Indo além de nossos negócios de processamento de aves, uma menor demanda por aves afetará nosso negócio de nutrição animal, e até mesmo nosso comércio mundial de grãos. Os produtores rurais que nos abastecem serão afetados, assim como muitos de nossos clientes. Por algum tempo, enfrentaremos alguns transtornos econômicos. Mas, na forma de uma gripe de aves, esse vírus é letal a aves domésticas. Sem a devida biossegurança, a gripe aviária pode espalhar-se rapidamente entre pássaros e aves de criação. Bandos infectados, em sua maioria, são praticamente dizimados em 36 horas. Educação e esclarecimento podem ajudar a aliviar esses efeitos. A Cargill está ajudando a esclarecer fornecedores, clientes e autoridades governamentais ao redor do mundo. Na China, funcionários da Cargill Nutrição Animal, por exemplo, instruíram dezenas de milhares de produtores rurais sobre como preservar a segurança de suas aves. Especialistas em biossegurança da Cargill ofereceram assessoria em países como Moçambique. Trabalhamos em conjunto com o McDonald’s e patrocinamos uma conferência internacional em Bangcoc sobre o controle da gripe aviária no Sudoeste Asiático. Isso quer dizer que carne de aves não é segura? Não. Em primeiro lugar, em razão de as aves selvagens serem responsáveis por disseminar o vírus, as aves em quintais e ambientes externos são as mais vulneráveis. A moderna avicultura cria aves em ambientes internos – em parte para não expô-las a aves selvagens. Utilizando um vasto conjunto de salvaguardas sanitárias, nosso negócio de aves na Tailândia mostrou que é possível evitar infecção ao mesmo tempo que trabalhamos em meio a um surto. É possível que as criações comerciais de aves em países como os Estados Unidos, Canadá e Brasil estejam protegidas, mesmo se chegar a gripe aviária através de aves selvagens. A situação, provavelmente, piorará antes de melhorar. Após 10 anos de confinamento na Ásia, o vírus já se espalhou rapidamente pela Rússia, Europa Oriental, Europa Ocidental, Oriente Médio e África em menos de um ano. Acredito que seja apenas uma questão de tempo antes que a gripe aviária se torne um problema mundial. E se criações comerciais de aves forem infectadas? O setor avícola – com a contribuição da Cargill na definição dos caminhos – já desenvolveu e utiliza vários testes para evitar que aves infectadas sejam processadas, ou mesmo que aves infectadas cheguem aos abatedouros. O próprio fato de o vírus ser tão letal a aves domésticas torna praticamente impossível que animais infectados não sejam rapidamente detectados. Criações comerciais têm grande valor, e a saúde das aves é monitorada diariamente. Mas, insistindo, e se a carne de aves infectadas de alguma forma chegar aos supermercados? As devidas medidas sanitárias e bons métodos de cozimento protegerão sua família. As aves devem ser preparadas utilizando os mesmos cuidados empregados atualmente: mãos devem ser lavadas, superfícies devem ser limpas, pratos e utensílios que tenham entrado em contato com aves cruas não devem ser reutilizados sem serem lavados, e a carne das aves deve ser cozida a uma temperatura mínima de 70oC. O calor mata esse vírus. Não há o que temer. Podemos nos valer de medidas de segurança alimentar e biossegurança para proteger nossas instalações; ainda assim, a gripe aviária terá um impacto econômico 19 s Em um momento de crise, a Cargill terá responsabilidades especiais. Nosso profundo conhecimento em biossegurança e cadeia de produção de alimentos será vital. Nosso objetivo corporativo – ser o líder mundial em alimentação – terá uma importância maior ainda. Utilizando o modelo da ameaça da gripe aviária, estamos nos tornando uma organização com mais conhecimento, mais previdente e melhor preparada. Esse entendimento inclui a possibilidade – remota, acredito – de o vírus aviário sofrer uma mutação, tornando-se um vírus humano. Não obstante, estamos nos preparando para situações que acreditávamos impensáveis. Os preparativos nos tornarão uma organização mais forte, não importando se a ameaça estará na forma de pandemias humanas, ataques terroristas ou outros horrores. Tudo começa quando transformamos informação em entendimento e, depois, entendimento em ação. ● *Dave Larson é vice-presidente executivo e integra a Equipe de Liderança mundial da Cargill (Cargill Leadership Team). A seção “Directions” traz artigos escritos pela Equipe de Liderança mundial da Cargill e são dirigidos aos funcionários da companhia. Esta seção é publicada bimestralmente na revista Cargill News International, com distribuição para todas as unidades da empresa no mundo. d i r e c t i o n A Cargill já está tomando passos para aprimorar seu próprio entendimento do problema. Uma força-tarefa mundial especial tem assegurado que nossas operações estejam bem protegidas e que possamos entender o impacto econômico dessa doença. As pessoas que integram essa força-tarefa serão os maiores especialistas do assunto na Cargill, e parte de suas atribuições é oferecer entendimento a funcionários ao redor do mundo. Gripe aviária é tema de edição especial de Cargill News A edição de maio - junho da revista Cargill News International trouxe um encarte especial de 20 páginas, The Facts About Avian Influenza, com informações sobre a gripe aviária. Foi a forma que a matriz da Cargill, nos Estados Unidos, escolheu para esclarecer dúvidas dos funcionários e mostrar que a empresa está atenta aos riscos da doença. O artigo destas páginas, escrito por Dave Larson, vice-presidente executivo da Cargill, abre o encarte especial. A publicação também trouxe um pôster composto por três partes. De forma objetiva, o material explica como a doença se espalha, seus riscos, tratamentos, informa sobre vacinação e dá dicas para uma alimentação segura. O pôster foi traduzido em diversos idiomas pelas Unidades de Negócio da Cargill no mundo. No Brasil, a versão em português foi afixada nos Jornais de Parede – espécie de mural – nas principais unidades da Cargill no Brasil. A atenção da Cargill em relação à gripe aviária levou à criação, no segundo trimestre de 2005, de uma força-tarefa global para observar e avaliar como a gripe aviária, ou uma possível mutação do vírus, afetaria a empresa, seus funcionários, clientes e fornecedores. A força-tarefa procurou estabelecer uma base para gerar segurança em todas as regiões em que a empresa opera e, para dar suporte a essas atividades, criou um grupo de especialistas da Cargill em segurança alimentar, recursos humanos, legislação, saúde e segurança do trabalho. Com essa ação, a empresa reitera que a educação e a informação são os melhores caminhos para oferecer a melhor proteção possível contra o vírus da gripe aviária. 20 N O promotor de vendas Marcos Antônio Lima e o vendedor Valmir Aparecido Marco, da Seara, conseguiram dobrar as vendas da empresa na rede Atacadão, em Dourados, no Mato Grosso do Sul. O gerente regional da Seara, Sandro Oliveira, explica que o trabalho foi desenvolvido para alavancar as vendas de salames e lingüiça calabresa, incentivando a venda casada. “Os produtos foram colocados em pontos estratégicos dentro da loja, como ao lado de vinhos, queijos e feijão preto”, diz. O resultado foi tão bom que ainda é praticado na loja. O líder do setor de frios da unidade do Atacadão em Dourados, Antônio Fernandes, lembra que a estratégia foi desenvolvida conjuntamente entre o promotor de vendas e o supermercado. “Essa parceria é muito boa e importante. Nós só temos a ganhar. Além disso, o atendimento do promotor é um dos melhores da minha área”, afirma. e u q a t s e O presidente da Cargill no Brasil, Sergio Barroso, participou, em 20 de junho, de um painel de debates da Conferência Internacional 2006 – Empresas e Responsabilidade Social, promovida pelo Instituto Ethos, em 20 de junho, de 2006. Na ocasião, foram apresentadas as perspectivas dos setores de mineração, papel e celulose, agronegócio e governo sobre a questão amazônica. d P ara informar o consumidor sobre hábitos de vida saudáveis, a Purilev elaborou ações específicas para o Óleo de Canola Purilev e os Molhos para Saladas Purilev Light. A estratégia envolveu visitas de nutricionistas a academias, clínicas de saúde, faculdades, restaurantes, centros empresariais, supermercados, parques e lojas de hortifrútis, locais em que os consumidores puderam realizar testes relacionados à sua saúde, além de concorrerem a brindes. Como parte do plano de comunicação, foram veiculados dois anúncios alternados em revistas dirigidas ao público-alvo (uma destas peças você confere na última página). o mês de junho, Comissão Européia aprovou a aquisição das operações de ingredientes alimentícios da Degussa pela Cargill. Com a decisão, as duas empresas puderam dar prosseguimento às transferências financeiras e legais para completar a negociação. No Brasil, o investimento inclui uma unidade industrial no município de Cosmópolis (SP), que está em operação desde abril. s N este ano, a Linha Light da Seara ganhou um novo produto: o Presunto de Peito de Frango, ideal para lanches, saladas e tábuas de frios. O presunto apresenta sabor leve e suave, assim como os outros produtos da linha que atende às exigências de saudabilidade e qualidade de vida. O Cargill Cares Volunteer Award deste ano recebeu 51 indicações para o prêmio. Foram 44 ganhadores em todo o mundo, dentre eles 33 voluntários individuais, 9 grupos de funcionários e 2 aposentados pela empresa. Cada voluntário receberá $1,000 dólares para doar à insituição que apóia. O ganhador do Brasil foi André Luís da Silva, de Três Lagoas (MS), que apóia a instituição Clube Rotaract Três Lagoas. om o apoio da Cargill Foundation, Mosaic Fertilizantes e Complexo Soja, a Fundação Cargill coordenará o projeto da construção de uma sala cirúrgica no Hospital do Câncer de Rio Verde (GO). O projeto, que conta com o importante apoio de voluntários da empresa, inclui a doação dos equipamentos e mobiliário hospitalares. A sua inauguração esta prevista até o final deste ano. 21 O Terminal de Exportação de Açúcar do Guarujá (TEAG), joint venture com o Grupo Crystalsev, coordenou o maior carregamento de açúcar realizado no mundo. A embarcação Doric Challenge (foto) chegou ao porto no dia 26 de maio, vinda de Taranto, na Itália, e partiu quatro dias depois levando 69 mil toneladas de açúcar. Fotos: Arquivo Cargill A C Agribrands Purina do Brasil Ltda passou a chamar-se Cargill Nutrição Animal Ltda. - Purina. A mudança segue a estratégia da Cargill de integrar e intensificar os negócios de nutrição animal nas regiões em que atua. A marca Purina continuará a ser utilizada no mercado como denominação de produto. N o primeiro semestre deste ano, a Cargill participou da Semana Técnica da Onduladeira, organizada pela unidade Rio Verde (GO) do Grupo Orsa, que atua em celulose, papel e embalagens. Na ocasião, o vendedor técnico da área de Amidos Industriais da Cargill, Donizete Rodrigues, ministrou a palestra Fabricação de Cola. A Cargill, ao lado de outras processadoras e exportadoras de soja líderes no Brasil, anunciou, no mês de julho, um acordo pioneiro destinado a refrear o desmatamento na Amazônia. O ponto central do acordo é o compromisso de não comprar soja de terras no bioma Amazônia que forem desmatadas após 24 de julho de 2006, começando com a safra que será plantada em outubro de 2006. A intenção da moratória é aliviar a pressão do desenvolvimento na Amazônia trazida pela soja. Durante os dois anos da moratória, a indústria se compromete a trabalhar com uma ampla gama de interessados para criar soluções de longo prazo que ajudam a preservar a integridade desse ecossistema complexo. O escritório e os armazéns para recebimento de algodão e pluma da Unidade de Negócio de Algodão da Cargill, em Rondonópolis (MT), já estão em funcionamento. O líder da plataforma Frank Sims, o presidente Gary Taylor, o vicepresidente Jerry Marshall, o gerente para América Latina Nelson Ayala e o controller Charles Rankins estiveram na unidade para conhecer alguns produtores e locais de armazenagem. Também estiveram em visita ao Escritório Central da Cargill, em São Paulo (foto), onde se reuniram com o presidente da empresa Sergio Barroso, o líder da Unidade de Negócio no Brasil, Odair Brito e a controller Roberta Minetto. ✽ Com cerca de US$ 60 milhões em investimentos, a Cargill inaugurou uma nova fábrica de esmagamento de grãos em Nantong, na China. A unidade, que será o maior investimento da Cargill na indústria de óleo vegetais do país, terá capacidade de esmagamento de 5 mil toneladas por dia. A construção da fábrica demorou 15 meses. Além de atender a demanda chinesa, a produção da fábrica de Nantong também servirá de base de exportação para países vizinhos. ✽ A Cargill anunciou no mês de julho que planeja expandir, até meados de 2007, sua unidade de processamento de canola na cidade de Clavet, localizada na província de Saskatchewan no Canadá. Esta iniciativa segue a estratégia da Cargill de aumentar a demanda mundial em óleo vegetal. As obras serão iniciadas em 2006 e aumentarão a produção de canola em até 3 mil toneladas. o d n u m Universidade do Estado de Iowa, nos Estados Unidos, a se preparar para o rápido crescimento da indústria de biorrenováveis, a Cargill investiu US$ 600 mil na criação da escola Inicial em Bioeconomia. Localizado no epicentro da produção de etanol, biodiesel e biomassa, e com uma rica tradição em pesquisas, o Estado de Iowa está muito bem posicionado para prover líderes e capital humano necessários para o emergente mercado de biorrenováveis. o ✽ Para ajudar os estudantes da l unidade para processamento de cacau em Gana, na África Ocidental. Localizada no Porto de Tema, a unidade produzirá liquor, manteiga e pó de cacau. Inicialmente, a capacidade de processamento será de 60 mil toneladas, podendo aumentar para 120 mil toneladas. A construção começará nos próximos meses e a expectativa é que a nova unidade inicie as operações no final de 2007. e s e u q a t s e d A Cargill desenvolveu, no mês de maio, diversas ações de marketing integradas para aumentar os volumes de venda e aumentar visibilidade da marca Liza. A estratégia incluiu tanto promoções no ponto-de-venda, como merchandising e vinhetas na televisão. Especificamente para a Maionese Liza, houve a compra de espaços e ações de degustação. Liza Milho também ganhou ação específica: na compra de dois produtos, a consumidora recebia um pote plástico como brinde. As redes de televisão selecionadas para as ações foram a Rede Record e Rede TV, que além do uso do merchandising, transmitiram comerciais 10 e 15 segundos. ✽ A Cargill construirá uma avançada p A Seara firmou, no início deste ano, parceira com a empresa Caturipy para tornar ainda mais cremoso e saboroso o Prato Pronto Congelado Peito de Frango ao molho branco, disponível em embalagem de 500 gramas (foto). Para servir, é necessário apenas aquecer em forno convencional ou microondas. Um dia diferente Ana Pontes, gerente de assistência técnica da Cargill, participou do encontro e foi convidada a contar, aqui, sua experiência: O evento reuniu pessoas de diversas áreas e com visões diferentes sobre os produtos da Cargill. Foi essa diversidade de perfis que contribuiu para a geração de tantas idéias inovadoras. Eu, particularmente, tenho contato com o mercado de alimentos, mas não com o consumidor final. Os clientes que atendo fabricam produtos alimentícios. O Innovation Day fez com que eu tivesse contato com outras áreas, principalmente com marketing de consumo, e esse contato me ajudou a entender melhor as necessidades dos meus clientes. Na parte da manhã, os participantes ouviram palestras de um publicitário e de um chef de cozinha sobre criatividade e revisaram os principais conceitos das marcas da empresa. Em clima descontraído, participaram de uma dinâmica culinária, ajudando a preparar o almoço, e, à tarde, formaram grupos para brainstorms (reuniões em que cada participante tem liberdade total em dar suas idéias). Tatiana Bradaschia, da área de Pesquisa & Desenvolvimento, da Unidade de Negócio Cargill Foods Brasil, comenta que ao todo surgiram 280 idéias para novos produtos, que serão avaliadas visando futuros lançamentos. De modo mais abrangente, trazendo os conceitos para as atividades gerais da Cargill, percebemos que, para lançarmos um produto inovador, há necessidade de organização interna, tempo e formatos certos. É a nossa organização e nosso trabalho que vão gerar produtos que conquistam e atendem à expectativa dos consumidores. ● ” 23 n e e p Outra importante definição transmitida durante as atividades foi a diferença entre idéia criativa e inovadora. A criativa fica apenas na área do pensamento, ou seja, é só uma idéia. A inovadora é a criatividade posta em prática e que engloba muito mais que a criação de um produto. r s o Especificamente sobre a atividade culinária programada, percebemos, na prática, que para a elaboração de uma refeição, há muitos cuidados envolvidos, desde a escolha do cardápio à montagem do prato. O mesmo vale para a concepção de novos produtos. om base nos pilares que sustentam a visão estratégica da Cargill, a equipe de marketing da Unidade de Negócio Cargill Foods Brasil promoveu em maio a Innovation Day, dinâmica com palestras, apresentações, atividades culinárias e discussões em grupos. O evento contou com 35 participantes, de diferentes áreas da empresa (Assuntos Corporativos, Produção, Recursos Humanos, Seara, dentre outras). Os principais objetivos foram reforçar a cultura da inovação e identificar novas oportunidades para as marcas da Cargill. As atividades foram desenvolvidas dentro do contexto das tendências mundiais para a área de alimentos, tendo sempre como foco as necessidades e anseios dos consumidores e clientes. n a C g Cargill Foods organizou dinâmica que incentiva a inovação s “ Foi a primeira vez que participei de uma dinâmica no formato do Innovation Day e achei a experiência muito interessante. As diferentes formas de se trabalhar a criatividade foi a mensagem mais marcante do evento. As palestras, uma com um diretor de agência de publicidade e outra com o chef de cozinha, nos mostraram que o processo de inovação não é só inspiração. É necessária uma base, vários estudos, enfim, um amplo trabalho para se chegar a uma idéia inovadora. Criação não é só inspiração. Ela depende também de preparação.
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