manuscritos antigos da bíblia
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manuscritos antigos da bíblia
MANUSCRITOS ANTIGOS DA BÍBLIA, ONDE ESTÃO? Antigo manuscrito da Bíblia estará disponível na internet Cópia das Escrituras em grego tem mais de 1.600 anos e poderá ser vista de graça na web. Codex Sinaiticus é um dos mais velhos volumes com livros do Antigo e Novo Testamento. Mais de 1.600 anos depois de ser escrita em grego, uma das cópias mais antigas da Bíblia se tornará globalmente acessível via internet pela primeira vez nesta semana. A partir de quinta-feira, partes da Codex Sinaiticus, que contém o Novo Testamento mais velho e completo, estarão disponíveis na web, afirmou a Universidade de Leipzig (Alemanha), um dos quatro conservadores do texto antigo. Páginas do Codex Sinaiticus, escritas em grego (Foto: Reprodução) Imagens em alta resolução do Evangelho de Marcos, diversos livros do Velho Testamento e observações dos trabalhos feitos ao longo de séculos estarão em www.codex-sinaiticus.net, num primeiro passo para a publicação online integral do manuscrito até julho próximo. Ulrich Johannes Schneider, diretor da Biblioteca da Universidade de Leipzig, afirmou que a publicação online do Codex permitirá que qualquer um estude uma peça "fundamental" para os cristãos. Alguns textos estarão disponíveis com traduções em inglês e alemão, acrescentou. Especialistas acreditam que o documento, datado de aproximadamente do ano 350, possa ser a cópia mais antiga conhecida da Bíblia, junto com o Codex Vaticanus, outra versão antiga da Bíblia, afirmou Schneider. "Acho que é fantástico que graças à tecnologia agora podemos tornar acessíveis os artefatos culturais mais antigos -- aqueles que de tão preciosos não poderiam ser vistos por ninguém -- numa qualidade realmente alta", explicou Schneider. Texto em pedra fala de ressurreição do Messias décadas antes de Jesus Arqueólogos estudam obra apocalíptica atribuída ao anjo Gabriel, do século I a.C. Se interpretação for correta, esperança sobre Salvador ressuscitado era judaica. Da France Presse Uma misteriosa placa de pedra que parece datar do século I antes de Cristo pode vir a mudar a percepção sobre as origens do cristianismo e revelar que os judeus, antes mesmo de Jesus Cristo, já acreditavam na chegada de um Messias que morreria e ressuscitaria após três dias. Leia mais notícias da série Ciência da Fé Isso é o que afirma o pesquisador Israel Knohl, assegurando que sua análise de um texto hebraico escrito nesse pedaço de rocha "poderá mudar a visão que temos do personagem histórico Jesus". "Esse texto pode constituir o elo perdido entre o judaísmo e o cristianismo, à medida que insere na tradição judaica a crença cristã na ressurreição de um messias", afirma o professor de estudos bíblicos da Universidade Hebraica de Jerusalém. A peça se encontra em mãos de um colecionador, David Jeselsohn, que vive em Zurique, na Suíça, e que declarou tê-la comprado em Londres, de um antiquário jordaniano. A peça procederia da margem leste do Mar Morto, na Jordânia. O texto em hebraico, de natureza apocalíptica, apresenta a "revelação de que o arcanjo Gabriel vai despertar o Príncipe dos Príncipes três dias depois de sua morte". O texto está escrito, com tinta sobre a pedra, em 87 linhas, e algumas letras ou palavras inteiras foram apagadas pelo tempo. A análise de Knohl consiste essencialmente em decodificar a linha 80, onde figuram os termos "três dias mais tarde" seguidos por uma palavra meio apagada que, segundo o professor, significa "vive". A paleógrafa (especialista em escritas antigas) Ada Yardeni é mais prudente no que se refere à palavra "vive". "A leitura do professor é plausível, apesar de a ortografia utilizada ser raríssima", afirma Yardeni, que publicou a primeira descrição da placa em 2007, na revista de história e arqueologia israelense "Cathedra". Outros pesquisadores também preferem não tirar conclusões tão radicais do texto descoberto e, inclusive, alguns duvidam de sua autenticidade. Por sua parte, o arqueólogo israelense Yuval Goren, especialista em descoberta de falsificações, afirma não ter "detectado nenhum indício de falsificação no texto da pedra". "No entanto, minha análise não se aplicou à tinta", enfatiza o diretor do departamento de arqueologia e culturas antigas da Universidade de Tel Aviv. Uma arqueóloga que pediu para não ser identificada expressou suas dúvidas sobre a autenticidade da peça. "Estranho" "É muito estranho que um texto tenha sido escrito com tinta em uma placa de pedra e tenha ficado conservado até nossos dias. Para ter certeza de que não se trata de uma falsificação, seria preciso saber em que circunstâncias e onde exatamente a pedra foi descoberta, o que não é o caso", acrescentou. O professor Knohl deve apresentar nesta terça-feira (8) sua interpretação em um encontro em Jerusalém por ocasião do 60º aniversário da descoberta dos Manuscritos do Mar Morto. "Se essa descrição messiânica está realmente lá, isso vai contribuir para desenvolver uma reavaliação da visão popular e da visão acadêmica de Jesus Cristo", comentou o jornal "New York Times". "Isso sugere que a história de Sua morte e ressurreição não era inédita, mas parte de uma reconhecida tradição judaica da época". Os principais manuscritos da Bíblia Referiremos-nos aos manuscritos como cópias totais ou parciais da Bíblia. Recebem seu nome dependendo do lugar, quem fez a descoberta, ou conhecendo-se os escritores da cópia. O estudo destes manuscritos é importante para conhecermos parte do processo que levou a Bíblia até nossos dias. Vamos dividir nosso estudo entre os manuscritos do Antigo e Novo Testamentos. Manuscritos do Antigo Testamento Temos três cópias ou traduções importantes do Antigo Testamento: Septuaginta (LXX) - Septuaginta é o nome de uma suposta versão da Bíblia hebraica para o grego koiné (grego popular), que teria sido traduzida entre o terceiro e o primeiro século a.C. em Alexandria. A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta (ou Septuaginta, palavra latina que significa setenta, ou ainda LXX), pois setenta e dois rabinos trabalharam nela e, segundo a lenda, teriam completado a tradução em setenta e dois dias. O caso é que a versão grega é uma realidade inegável e foi bem acolhida pelos judeus alexandrinos, que logo a difundiu pelas nações onde o grego era falado. A Septuaginta foi usada como base para diversas traduções da Bíblia. Ela tornou-se o Antigo Testamento da Igreja e foi altamente estimada pelos cristãos primitivos, de modo que muitos escritores declararam-na inspirada. Os cristãos recorriam à ela constantemente em suas controvérsias com os judeus; estes logo reconheceram suas imperfeições e, finalmente, a rejeitaram em favor do texto hebraico ou de traduções mais literais. Vulgata - A Vulgata é uma tradução para o latim da Bíblia, escrita em meados do século IV por Jerônimo, a pedido de Dâmaso (Bispo de Roma). Nos seus primeiros séculos, a Igreja serviu-se sobretudo da língua grega. Foi nesta língua que foi escrito todo o Novo Testamento, incluindo a Carta aos Romanos, bem como muitos escritos cristãos de séculos seguintes. No século IV, o biblista Jerônimo traduz pelo menos o Antigo Testamento para o latim. Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia que traduziu o Antigo Testamento diretamente do hebraico e não da tradução Septuaginta. O nome vem da frase versio vulgata, isto é “versão dos vulgares”, e foi escrito em um latim cotidiano. Texto massorético - Texto Massorético (“MT”) é um texto em hebraico do Tanakh. Inclui a Torá, os Profetas e Escritos. Conhecido como Bíblia Hebraica ou Tanakh, foi utilizado como base em várias traduções protestantes do Antigo Testamento. Em torno do século VI, um grupo de competentes escribas judeus teve por missão reunir os textos considerados inspirados por Deus, utilizados pela comunidade hebraica, em um único escrito. Este grupo recebeu o nome de “Escola de Massorá”. Os “massoretas” escreveram a Bíblia de Massorá, examinando e comparando todos os manuscritos bíblicos conhecidos à época. O resultado deste trabalho ficou conhecido posteriormente como o “Texto Massorético”. O termo “massorá” provém na língua hebraica de mesorah e indica “tradição”. Portanto, massoreta era alguém que tinha por missão a guarda e preservação da tradição. Os Códices (Códex) A origem da palavra vem de caules (caudex) = códice (códex). Na igreja primitiva dos séculos II e III, as Escrituras eram executadas em material barato como o papiro, daí não terem sido tão bem preservados quanto os rolos hebraicos encontrados nos sítios arqueológicos. Ainda eram usados os rolos. A partir do século IV o suporte de papiro foi substituído por cascas de árvores, prensadas e misturadas à goma, técnica desenvolvida pelos ítalos. E ao invés de enroladas as folhas eram sobrepostas umas às outras e costuradas, da mesma forma dos livros atuais. Para proteger a obra, era colocada uma capa de madeira, que depois foi substituída por couro. Manuscritos do Novo Testamento Códice Alexandrino - Também conhecido como manuscrito ‘A’, pertence à primeira metade do século V. Este códice contém a Septuaginta e grande parte do Novo Testamento. Este é um dos mais completos manuscritos gregos antigos da Bíblia. Este manuscrito recebe o nome de Alexandria, lugar onde se acredita que ele foi originalmente escrito. Códice Vaticano - O Códice Vaticano, também conhecido como Manuscrito ‘B’, pertence ao século IV. Foi considerado por estudiosos como o melhor manuscrito grego do Novo Testamento. É um dos manuscritos mais antigos da Bíblia, sendo inclusive ligeiramente mais antigo que o Códice Sinaítico. Ele é um dos manuscritos unciais, isto é, escritos em letras gregas maiúsculas. Códice Sinaítico - O Códice Sinaiticus, também conhecido como Manuscrito ‘Aleph’ (primeiro algarismo do alfabeto hebraico), é um dos mais importantes manuscritos gregos já descobertos, pois além de ser um dos mais antigos (século IV), e o único códice que contém o Novo Testamento inteiro. Atualmente acha-se no Museu Britânico. Juntamente com o Codice Vaticano, é um dos mais importantes manuscritos gregos para a referência textual da Bíblia, além do texto da Septuaginta. Códice Efraimita - Originou-se em Alexandria, por volta de 354. Foi levado à Itália em 1500. Catarina de Médici, italiana, mãe e esposa de reis franceses o comprou em 1533. Após sua morte foi colocado na Biblioteca nacional de Paris, onde está até hoje. Falta a este códice a maior parte do Antigo Testamento, contendo partes de Jó, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos cânticos e dois livros apócrifos – Sabedoria de Salomão e Eclesiástico. Ao Novo testamento faltam 2 Tessalonicenses, 2 João e parte de outros livros. Códice Beza - Também chamado Códice de Cambridge, foi transcrito em 450 ou 550. É o manuscrito bilíngue mais antigo que se conhece do Novo Testamento, escrito em grego e em latim, na região geral do sul da Gália (França) ou do norte da Itália. Foi descoberto em 1562 por Teodoro Beza, teólogo francês, no Mosteiro de Santo Irineu, em Lion, na França. Em 1581 Beza deu-o à Universidade de Cambridge. Contém os quatro evangelhos, Atos e 3João 11—15, com variações tiradas de outros manuscritos, nele indicadas. Há muitas omissões no texto, tendo permanecido apenas o texto latino de 3 João 11—15. Códice Washington - Data do século IV ou início do V. Charles F. Freer, em 1906, o havia adquirido de um negociante do Cairo, no Egito. Esse manuscrito contém os quatro evangelhos, porções das epístolas de Paulo (exceto Romanos), Hebreus, Deuteronômio, Josué e Salmos. A ordem dos evangelhos é: Mateus, João, Lucas e Marcos. Marcos contém o final mais longo (Mc 16.9-20); entretanto, acrescenta uma inserção após o versículo 14. É um códice volumoso, feito de velino. Traduções para o português Idade Média - A primeira tradução que se tem notícia é a do rei Dinis de Portugal. É uma tradução dos 20 primeiros capítulos de Gênesis, a partir da Vulgata. Em 1505, a rainha Leonor ordena a tradução de Atos dos Apóstolos e as Epístolas de Tiago, Pedro, João e Judas. O padre Antônio Ribeiro dos Santos é responsável por traduções dos Evangelhos de Mateus e Marcos. Em 1529, é publicada em Lisboa uma tradução dos Salmos feita por Gomez de Santofímia, que teve uma 2ª edição em 1535. João Ferreira de Almeida - A tradução feita por João Ferreira de Almeida é considerada um marco na história da Bíblia em português porque foi a primeira tradução do Novo Testamento a partir das línguas originais. Aos 17, traduziu o Novo Testamento do latim, da versão de Theodore Beza, além de ter se apoiado nas versões italiana, francesa e espanhola. Aos 35 anos, iniciou a tradução a partir de obras escritas no idioma original. A tradução do Novo Testamento ficou pronta em 1676. O texto foi enviado para a Holanda para revisão. O processo de revisão durou 5 anos, sendo publicado em 1681. O próprio Almeida revisou o texto durante dez anos, sendo publicado após a sua morte, em 1693. A tradução completa, após muitas revisões, foi publicada em dois volumes, um 1748. Traduções do Brasil Traduções parciais – A primeira tradução realizada no Brasil foi feita pelo bispo Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré. Era um Novo Testamento traduzido a partir da Vulgata. O imperador D. Pedro II era um profundo admirador da cultura judaica. Após aprender o hebraico, que era a sua língua favorita, traduziu partes da Bíblia, como o livro de Neemias, além de partes do Antigo Testamento para o latim. Traduções completas – A Almeida Revista e Corrigida foi a primeira Bíblia a ser impressa no Brasil, em 1948.Está em circulação a revisão de 1995. A Versão Revisada foi publicada em 1967, pela Imprensa Bíblica Brasileira e pela Juerp. Em 1988 é publicada a Bíblia na Linguagem de Hoje, caracterizada por ter uma linguagem popular e tradução flexível. Muitos eruditos vêem uma excessiva utilização de linguagem popular, que pode comprometer a fidelidade com o texto original. Devido a esses problemas, essa tradução passou por um grande processo de revisão, que resultou na Nova Tradução na Linguagem de Hoje, em 2000. Em 2006 é publicada a Bíblia Hebraica. É o primeiro Tanakh completo publicado em português, desde 1553. Leia mais em: Os principais manuscritos da Bíblia http://milhoranza.com/2009/09/08/manuscritos-dabiblia/#ixzz2iScDa0zU Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives Follow us: @milhoranza on Twitter | milhoranza on Facebook Origem da Bíblia FONTE: http://www.vivos.com.br/ OS ORIGINAIS Grego, hebraico e aramaico foram os idiomas utilizados para escrever os originais das Escrituras Sagradas. O Antigo Testamento foi escrito em hebraico. Apenas alguns poucos textos foram escritos em aramaico. O Novo Testamento foi escrito originalmente em grego, que era a língua mais utilizada na época. Os originais da Bíblia são a base para a elaboração de uma tradução confiável das Escrituras. Porém, não existe nenhuma versão original de manuscrito da Bíblia, mas sim cópias de cópias de cópias. Todos os autógrafos, isto é, os livros originais, como foram escritos pelos seus autores, se perderam. As edições do Antigo Testamento hebraico e do Novo Testamento grego se baseiam nas melhores e mais antigas cópias que existem e que foram encontradas graças às descobertas arqueológicas. Para a tradução do Antigo Testamento, a Comissão de Tradução da SBB usa a Bíblia Stuttgartensia, publicada pela Sociedade Bíblica Alemã. Já para o Novo Testamento é utilizado The Greek New Testament, editado pelas Sociedades Bíblicas Unidas. Essas são as melhores edições dos textos hebraicos e gregos que existem hoje, disponíveis para tradutores. O ANTIGO TESTAMENTO EM HEBRAICO Muitos séculos antes de Cristo, escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo hebreu mantiveram registros de sua história e de seu relacionamento com Deus. Estes registros tinham grande significado e importância em suas vidas e, por isso, foram copiados muitas e muitas vezes e passados de geração em geração. Com o passar do tempo, esses relatos sagrados foram reunidos em coleções conhecidas por A Lei, Os Profetas e As Escrituras. Esses três grandes conjuntos de livros, em especial o terceiro, não foram finalizados antes do Concílio Judaico de Jamnia, que ocorreu por volta de 95 d.C. A Lei continha os primeiros cinco livros da nossa Bíblia. Já Os Profetas, incluíam Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze Profetas Menores, Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis. E As Escrituras reuniam o grande livro de poesia, os Salmos, além de Provérbios, Jó, Ester, Cantares de Salomão, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemias e 1 e 2 Crônicas. Os livros do Antigo Testamento foram escritos em longos pergaminhos confeccionados em pele de cabra e copiados cuidadosamente pelos escribas. Geralmente, cada um desses livros era escrito em um pergaminho separado, embora A Lei freqüentemente fosse copiada em dois grandes pergaminhos. O texto era escrito em hebraico - da direita para a esquerda - e, apenas alguns capítulos, em dialeto aramaico. Hoje se tem conhecimento de que o pergaminho de Isaías é o mais remoto trecho do Antigo Testamento em hebraico. Estima-se que foi escrito durante o Século II a.C. e se assemelha muito ao pergaminho utilizado por Jesus na Sinagoga, em Nazaré. Foi descoberto em 1947, juntamente com outros documentos em uma caverna próxima ao Mar Morto. O NOVO TESTAMENTO EM GREGO Os primeiros manuscritos do Novo Testamento que chegaram até nós são algumas das cartas do Apóstolo Paulo destinadas a pequenos grupos de pessoas de diversos povoados que acreditavam no Evangelho por ele pregado. A formação desses grupos marca o início da igreja cristã. As cartas de Paulo eram recebidas e preservadas com todo o cuidado. Não tardou para que esses manuscritos fossem solicitados por outras pessoas. Dessa forma, começaram a ser largamente copiados e as cartas de Paulo passaram a ter grande circulação. A necessidade de ensinar novos convertidos e o desejo de relatar o testemunho dos primeiros discípulos em relação à vida e aos ensinamentos de Cristo resultaram na escrita dos Evangelhos que, na medida em que as igrejas cresciam e se espalhavam, passaram a ser muito solicitados. Outras cartas, exortações, sermões e manuscritos cristãos similares também começaram a circular. O mais antigo fragmento do Novo Testamento hoje conhecido é um pequeno pedaço de papiro escrito no início do Século II d.C. Nele estão contidas algumas palavras de João 18.31-33, além de outras referentes aos versículos 37 e 38. Nos últimos cem anos descobriu-se uma quantidade considerável de papiros contendo o Novo Testamento e o texto em grego do Antigo Testamento. OUTROS MANUSCRITOS Além dos livros que compõem o nosso atual Novo Testamento, havia outros que circularam nos primeiros séculos da era cristã, como as Cartas de Clemente, o Evangelho de Pedro, o Pastor de Hermas, e o Didache (ou Ensinamento dos Doze Apóstolos). Durante muitos anos, embora os evangelhos e as cartas de Paulo fossem aceitos de forma geral, não foi feita nenhuma tentativa de determinar quais dos muitos manuscritos eram realmente autorizados. Entretanto, gradualmente, o julgamento das igrejas, orientado pelo Espírito de Deus, reuniu a coleção das Escrituras que constituíam um relato mais fiel sobre a vida e ensinamentos de Jesus. No Século IV d.C. foi estabelecido entre os concílios das igrejas um acordo comum e o Novo Testamento foi constituído. Os dois manuscritos mais antigos da Bíblia em grego podem ter sido escritos naquela ocasião - o grande Codex Sinaiticus e o Codex Vaticanus. Estes dois inestimáveis manuscritos contêm quase a totalidade da Bíblia em grego. Ao todo temos aproximadamente vinte manuscritos do Novo Testamento escritos nos primeiros cinco séculos. Quando Teodósio proclamou e impôs o cristianismo como única religião oficial no Império Romano no final do Século IV, surgiu uma demanda nova e mais ampla por boas cópias de livros do Novo Testamento. É possível que o grande historiador Eusébio de Cesaréia (263 - 340) tenha conseguido demonstrar ao imperador o quanto os livros dos cristãos já estavam danificados e usados, porque o imperador encomendou 50 cópias para as igrejas de Constantinopla. Provavelmente, esta tenha sido a primeira vez que o Antigo e o Novo Testamentos foram apresentados em um único volume, agora denominado Bíblia. HISTÓRIA DAS TRADUÇÕES A Bíblia - o livro mais lido, traduzido e distribuído do mundo -, desde as suas origens, foi considerada sagrada e de grande importância. E, como tal, deveria ser conhecida e compreendida por toda a humanidade. A necessidade de difundir seus ensinamentos através dos tempos e entre os mais variados povos, resultou em inúmeras traduções para os mais variados idiomas e dialetos. Hoje é possível encontrar a Bíblia, completa ou em porções, em mais de 2.000 línguas diferentes. A PRIMEIRA TRADUÇÃO Estima-se que a primeira tradução foi elaborada entre 200 a 300 anos antes de Cristo. Como os judeus que viviam no Egito não compreendiam a língua hebraica, o Antigo Testamento foi traduzido para o grego. Porém, não eram apenas os judeus que viviam no estrangeiro que tinham dificuldade de ler o original em hebraico: com o cativeiro da Babilônia, os judeus da Palestina também já não falavam mais o hebraico. Denominada Septuaginta (ou Tradução dos Setenta), esta primeira tradução foi realizada por 70 sábios e contém sete livros que não fazem parte da coleção hebraica; pois não estavam incluídos quando o cânon (ou lista oficial) do Antigo Testamento foi estabelecido por exegetas israelitas no final do Século I d.C. A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia. Eles são chamados apócrifos ou deuterocanônicos e encontram-se presentes nas Bíblias de algumas igrejas. Esta tradução do Antigo Testamento foi utilizada em sinagogas de todas as regiões do Mediterrâneo e representou um instrumento fundamental nos esforços empreendidos pelos primeiros discípulos de Jesus na propagação dos ensinamentos de Deus. OUTRAS TRADUÇÕES Outras traduções começaram a ser realizadas por cristãos novos nas línguas copta (Egito), etíope (Etiópia), siríaca (norte da Palestina) e em latim - a mais importante de todas as línguas pela sua ampla utilização no Ocidente. Por haver tantas versões parciais e insatisfatórias em latim, no ano 382 d.C, o bispo de Roma nomeou o grande exegeta Jerônimo para fazer uma tradução oficial das Escrituras. Com o objetivo de realizar uma tradução de qualidade e fiel aos originais, Jerônimo foi à Palestina, onde viveu durante 20 anos. Estudou hebraico com rabinos famosos e examinou todos os manuscritos que conseguiu localizar. Sua tradução tornou-se conhecida como "Vulgata", ou seja, escrita na língua de pessoas comuns ("vulgus"). Embora não tenha sido imediatamente aceita, tornou-se o texto oficial do cristianismo ocidental. Neste formato, a Bíblia difundiu-se por todas as regiões do Mediterrâneo, alcançando até o Norte da Europa. Na Europa, os cristãos entraram em conflito com os invasores godos e hunos, que destruíram uma grande parte da civilização romana. Em mosteiros, nos quais alguns homens se refugiaram da turbulência causada por guerras constantes, o texto bíblico foi preservado por muitos séculos, especialmente a Bíblia em latim na versão de Jerônimo. Não se sabe quando e como a Bíblia chegou até as Ilhas Britânicas. Missionários levaram o evangelho para Irlanda, Escócia e Inglaterra, e não há dúvida de que havia cristãos nos exércitos romanos que lá estiveram no segundo e terceiro séculos. Provavelmente a tradução mais antiga na língua do povo desta região é a do Venerável Bede. Relata-se que, no momento de sua morte, em 735, ele estava ditando uma tradução do Evangelho de João; entretanto, nenhuma de suas traduções chegou até nós. Aos poucos as traduções de passagens e de livros inteiros foram surgindo. AS PRIMEIRAS ESCRITURAS IMPRESSAS Na Alemanha, em meados do Século 15, um ourives chamado Johannes Gutemberg desenvolveu a arte de fundir tipos metálicos móveis. O primeiro livro de grande porte produzido por sua prensa foi a Bíblia em latim. Cópias impressas decoradas a mão passaram a competir com os mais belos manuscritos. Esta nova arte foi utilizada para imprimir Bíblias em seis línguas antes de 1500 - alemão, italiano, francês, tcheco, holandês e catalão; e em outras seis línguas até meados do século 16 - espanhol, dinamarquês, inglês, sueco, húngaro, islandês, polonês e finlandês. Finalmente as Escrituras realmente podiam ser lidas na língua destes povos. Mas essas traduções ainda estavam vinculadas ao texto em latim. No início do século 16, manuscritos de textos em grego e hebraico, preservados nas igrejas orientais, começaram a chegar à Europa ocidental. Havia pessoas eruditas que podiam auxiliar os sacerdotes ocidentais a ler e apreciar tais manuscritos. Uma pessoa de grande destaque durante este novo período de estudo e aprendizado foi Erasmo de Roterdã. Ele passou alguns anos atuando como professor na Universidade de Cambridge, Inglaterra. Em 1516, sua edição do Novo Testamento em grego foi publicada com seu próprio paralelo da tradução em latim. Assim, pela primeira vez estudiosos da Europa ocidental puderam ter acesso ao Novo Testamento na língua original, embora, infelizmente, os manuscritos fornecidos a Erasmo fossem de origem relativamente recente e, portanto, não eram completamente confiáveis. DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS Várias foram as descobertas arqueológicas que proporcionaram o melhor entendimento das Escrituras Sagradas. Os manuscritos mais antigos que existem de trechos do Antigo Testamento datam de 850 d.C. Existem, porém, partes menores bem mais antigas como o Papiro Nash do segundo século da era cristã. Mas sem dúvida a maior descoberta ocorreu em 1947, quando um pastor beduíno, que buscava uma cabra perdida de seu rebanho, encontrou por acaso os Manuscritos do Mar Morto, na região de Jericó. Durante nove anos vários documentos foram encontrados nas cavernas de Qumrân, no Mar Morto, constituindo-se nos mais antigos fragmentos da Bíblia hebraica que se têm notícias. Escondidos ali pela tribo judaica dos essênios no Século I, nos 800 pergaminhos, escritos entre 250 a.C. a 100 d.C., aparecem comentários teológicos e descrições da vida religiosa deste povo, revelando aspectos até então considerados exclusivos do cristianismo. Estes documentos tiveram grande impacto na visão da Bíblia, pois fornecem espantosa confirmação da fidelidade dos textos massoréticos aos originais. O estudo da cerâmica dos jarros e a datação por carbono 14 estabelecem que os documentos foram produzidos entre 168 a.C. e 233 d.C. Destaca-se, entre estes documentos, uma cópia quase completa do livro de Isaías, feita cerca de cem anos antes do nascimento de Cristo. Especialistas compararam o texto dessa cópia com o texto-padrão do Antigo Testamento hebraico (o manuscrito chamado Codex Leningradense, de 1008 d.C.) e descobriram que as diferenças entre ambos eram mínimas. Outros manuscritos também foram encontrados neste mesmo local, como o do profeta Isaías, fragmentos de um texto do profeta Samuel, textos de profetas menores, parte do livro de Levítico e um targum (paráfrase) de Jó. As descobertas arqueológicas, como a dos manuscritos do Mar Morto e outras mais recentes, continuam a fornecer novos dados aos tradutores da Bíblia. Elas têm ajudado a resolver várias questões a respeito de palavras e termos hebraicos e gregos, cujo sentido não era absolutamente claro. Antes disso, os tradutores se baseavam em manuscritos mais "novos", ou seja, em cópias produzidas em datas mais distantes da origem dos textos bíblicos. ORIGEM DO DIA DA BÍBLIA O Dia da Bíblia surgiu em 1549, na Grã-Bretanha, quando o Bispo Cranmer, incluiu no livro de orações do Rei Eduardo VI um dia especial para que a população intercedesse em favor da leitura do Livro Sagrado. A data escolhida foi o segundo domingo do Advento - celebrado nos quatro domingos que antecedem o Natal. Foi assim que o segundo domingo de dezembro tornou-se o Dia da Bíblia. No Brasil, o Dia da Bíblia passou a ser celebrado em 1850, com a chegada, da Europa e dos Estados Unidos, dos primeiros missionários evangélicos que aqui vieram semear a Palavra de Deus. Durante o período do Império, a liberdade religiosa aos cultos protestantes era muito restrita, o que impedia que se manifestassem publicamente. Por volta de 1880, esta situação foi se modificando e o movimento evangélico, juntamente com o Dia da Bíblia, se popularizando. Pouco a pouco, as diversas denominações evangélicas institucionalizaram a tradição do Dia da Bíblia, que ganhou ainda mais força com a fundação da Sociedade Bíblica do Brasil, em junho de 1948. Em dezembro deste mesmo ano, houve uma das primeiras manifestações públicas do Dia da Bíblia, em São Paulo, no Monumento do Ipiranga. Hoje, o dia dedicado às Escrituras Sagradas é comemorado em cerca de 60 países, sendo que em alguns, a data é celebrada no segundo Domingo de setembro, numa referência ao trabalho do tradutor Jerônimo, na Vulgata, conhecida tradução da Bíblia para o latim. As comemorações do segundo domingo de dezembro mobilizam, todos os anos, milhões de cristãos em todo o País. Fonte: iLúmina - A Bíblia do século XXI Manuscritos da Bíblia de mil anos é encontrado entre 29 rolos de pergaminhos no Afeganistão janeiro 10, 2013 Por (nome do autor) inforgospel.com · Deixe um Comentário Arquivado em: Informações Gerais A Biblioteca Nacional de Israel adquiriu 29 rolos de pergaminhos datados de mais de mil anos contendo entre eles manuscritos com comentários do Livro profético de Isaías. Os arqueólogos afirmam ser a mais importante descoberta nos últimos 100 anos. Confira e comente… Arqueólogos israelenses descobriram uma grande coleção de manuscritos antigos judeus de mais de 1.000 anos atrás,no leste do Afeganistão. A Biblioteca Nacional de Israel confirmou a descoberta e a compra dos 29 rolos de pergaminhos. Acredita-se que são várias centenas de manuscritos. Supostamente é a descoberta mais importante dos últimos 100 anos, desde 1896, quando uma sinagoga egípcia descobriu 100 mil manuscritos bíblicos antigos. Atualmente, a maioria desses manuscritos está nas mãos de comerciantes europeus. De acordo com especialistas israelenses só se percebeu a importância destes documentos após vários comerciantes após vários contatos deles oferendo para nos vender. Os 29 pergaminhos adquirido por Israel chegaram ao país na semana passada, como resultado de mais de um ano de negociações. A Biblioteca se recusa a comentar sobre o montante da transação, mas perceber que esta é apenas uma primeira compra e que haverá mais no futuro próximo. Segundo os cientistas, nos tempos medievais da região foi um importante centro cultural e econômico.Um valor adicionado da descoberta é que é a primeira evidência física que no Afeganistão antiga era uma grande comunidade judaica. Os documentos foram encontrados por agricultores locais em uma caverna na fronteira com o Irã, numa região que hoje é um reduto dos talibãs. Os pergaminhos contem cartas e contratos civis em hebraico, aramaico, árabe e persa, e textos religiosos, por exemplo, e entre a descoberta estão comentários do Livro de Isaías, o primeiro dos livros proféticos do Tanach (Antigo Testamento dos cristãos). Devido ao ambiente seco na caverna, os manuscritos puderam ser mantidos em estado de conservação muito bom, muito parecido como acontece com as cavernas de Qumran perto do Mar Morto. post inforgospel.com.br – com informação AcontecerCristiano – 09/01/13 Tags: bíblia, gospel http://blogs.odiario.com/inforgospel/
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