sensibilidade e juventude pela intercooperação - ocb-go

Transcrição

sensibilidade e juventude pela intercooperação - ocb-go
Ano I nº06
JORNAL DO SISTEMA OCB/SESCOOP-GO
Nov/Dez 2006
SENSIBILIDADE E JUVENTUDE PELA
INTERCOOPERAÇÃO
Aprendizado e emoção no III Encontro Goiano
de Jovens e Mulheres Cooperativistas
A terceira edição do Encontro Goiano de Jovens e cooperativismo goiano. Muita reflexão, trabalhos em
Mulheres Cooperativistas reuniu 300 participantes g r u p o e d e m o n s t r a ç ã o s u r p r e s a d e
no Taiyo Thermas Hotel, em Caldas Novas. responsabilidade social emociou a todos.
Realizado de 23 a 25 de outubro, o evento deu
mostras do atual estágio de participação e
PÁGINA 04 E 05
integração da juventude e das mulheres no
Assembléia Geral
da OCB-GO aprova
nova tabela sindical
e orçamento para 2007
XV SUECO
Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e
Tocantins debateu os problemas que cercam a
intercooper ação entr e os r amos do
cooperativismo.
PÁGINA 06
PÁGINA 08
o
vism
erati
op
do co
A casa
Vida nova pós ministério
Roberto Rodrigues conta em entrevista que nova matriz
energética e literatura são os assuntos que o movem
depois que deixou o governo federal.
l e um
a
t
a
N
z
Feli
repleto
o
v
o
N
Ano
ações
z
i
l
a
e
r
de
Anto
PÁGINA 07
lia
va g
Cha
nio dente
si
Pre
EDITORIAL
Sem fechar para balanço
E assim chegamos ao fim de mais um ano
de muito trabalho. O saldo para nossas
cooperativas não foi dos melhores,
diferente do que foi para o conjunto do
cooperativismo goiano. Essa assincronia
entre ramos de produção e prestação de
serviços não é difícil de entender. No
campo, as quedas foram grandes, só
perdendo para os embates políticos que
travamos para evitar que o rombo fosse
maior. Na cidade, ainda que em algumas
os efeitos das perdas agropecuárias
tenham sido sensíveis, o ramo de crédito
cresceu a olhos vistos e tem um balanço
positivo a exibir. Esse pêndulo de perde
daqui e compensa dali foi o que marcou
este 2006 de Copa do Mundo (também de
decepção) e eleições para nós, brasileiros
cooperativistas.
Assim, mesmo sem soltar rojões, temos
algo a comemorar neste ano. 2006 marcou
uma etapa de reestruturação da OCB-GO
buscando meios de fazer mais e melhor
para nossas cooperativas. Unificamos a
gestão da OCB-GO e do SESCOOP/GO
num sistema integrado, o que trouxe mais
agilidade e qualidade nos serviços que
prestamos. Ampliamos o quadro funcional
das assessorias e demos início ao censo
do cooperativismo goiano, o maior e
melhor levantamento de dados já
realizado no setor. É um processo que está
apenas se iniciando e temos certeza de
que nos trará muitos frutos pela frente. São
ações que chegaram junto com o
cinqüentenário da OCB-GO, data mais do
que especial para todos nós. Tempo de
comemorar, mas também de refletir sobre
o presente e continuar somando esforços
para seguir trilhando o caminho do
fortalecimento do cooperativismo no
estado e no Brasil.
Desafios não nos faltarão nos próximos 12
meses. 2007 será o ano em que questões
fundamentais ao nosso futuro estarão em
jogo. Falamos da votação da reforma da lei
cooperativista em Brasília, da
regulamentação do cooperativismo de
Redação e Edição:
Edson Wander
Jornalista responsável
(Mtb 31.158/SP)
Diagramação e Ilustração:
Bruno Neiva
Assessor de Comunicação do
Sistema OCB/SESCOOP-GO
EXPEDIENTE
trabalho, da extensão da compensação
tributária (PIS/Cofins) a todos os ramos
cooperativistas. No âmbito interno,
estaremos também aprofundando as
discussões por nossa maior integração
entre as federações, confederações e os
diferentes ramos que aglutinamos. É uma
discussão que já vem acontecendo em
Goiás, como fizemos em todos os
grandes eventos realizados este ano,
culminando no III Encontro de Jovens e
Mulheres Cooperativistas e no XV
Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste
e Tocantins, assuntos destacados nas
próximas páginas.
Ressaltamos também nesta edição o belo
exemplo que vem dando a cidade de
Rubiataba e região, onde o
cooperativismo cresce de forma
ordenada e segura a partir da criação da
lei própria do cooperativismo, feito raro
até em nível de Brasil. Nosso
Cooperjovem também se move pra frente
e avante com novas adesões e queremos
aqui agradecer mais uma vez aos líderes
cooperativistas que prestigiaram nossa
última assembléia e aprovaram as contas
do sindicato para o próximo ano. Mais
uma demonstração de confiança que nos
enche de orgulho e de preocupação em
fazer o impossível para não decepcionálos. É hora de avaliarmos o realizado e
projetar novas etapas, mas sem fechar
para balanço. Um feliz natal a todos e que
tenhamos um 2007 bem diferente do ano
que se finda.
Boa leitura
Antonio Chavaglia é presidente do
Sistema OCB/SESCOOP-GO.
Sindicato e Organização das
Cooperativas Brasileiras no
Estado de Goiás
Av. Deputado Jamel Cecílio, 3427
Jardim Goiás CEP: 74810-100 Goiânia-Goiás
Fone: (62) 3281-2633
Fax: (62) 3281-6755
CNPJ: 01.269.612/0001-47
e-mail: [email protected]
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
EFETIVOS
Antonio Chavaglia - Presidente
Antonio Carlos Borges
Carlos Rubens Soares
Lajose Alves Godinho
João Ferreira da Rocha Figueira
Sizenando da Silva Campos
Haroldo Max de Souza
Marcos Mariath Rangel
Divino Vandomar R. de Jesus
CONSELHO FISCAL
EFETIVOS
Welber D'Assis Macedo e Silva
Victor Iacovelo Filho
Regis Silva Manata
SUPLENTES
Anádio Rosa Ribeiro
Otávio D`Abadia Silva Pinto
Euclécio Dionízio de Mendonça
SUPERINTENDENTE
Valéria Mendes Elias
SESCOOP/GO
Serviço Nacional de Aprendizagem do
Cooperativismo no Estado de Goiás
Av. Deputado Jamel Cecílio, 3427 Jardim Goiás
CEP: 74810-100 Goiânia-Goiás
Fone: (62) 3281-8975
Fax: (62) 3541-6796
CNPJ: 07.012.268/0001-92
e-mail:[email protected]
Site: http://www.sescoopgo.org.br
CONSELHO ADMINISTRATIVO
EFETIVOS
Antonio Chavaglia - Presidente
Antonio Carlos Borges
José Abel Ximenes
Paulo Carneiro Junqueira
Celso Orlando Rosa
Distribuição: Publicação dirigida às cooperativas e
entidades ligadas direta ou indiretamente ao
cooperativismo no estado de Goiás.
Os artigos publicados são de inteira
responsabilidade de seus autores, não
correspondendo necessariamente à opinião do
Sistema OCB/SESCOOP-GO. Permitida a
reprodução total ou parcial dos textos deste jornal,
desde que citada a fonte.
Fotografias:
Arquivo Sistema OCB/SESCOOP-GO
e divulgação das fontes
Revisão :
Juslene Moreira Braga
Este jornal é editado com a participação do
Ministério da Agricultura Pecuária e
Abastecimento através do CONVÊNIO/CV/CR/TP
420013200500102
SUPLENTES
João Gonçalves Vilela
Adalcino Francisco dos Santos
Antonio Moraes Resende
Iran Chuquer
CONSELHO FISCAL
EFETIVOS
Welber D'Assis Macedo e Silva
Altran Gomes da Silva
Ariomar Rezende Vilela
SUPLENTES
Astrogildo Gonçalves Peixoto
Haroldo Max de Sousa
Romeu Natal Alves Andrade
SUPERINTENDENTE
Valéria Mendes Elias
02
Com lei municipal, cooperativismo avança na
região de Rubiataba e investe na educação
O cooperativismo em Rubiataba vive um momento
especial. Com suas bases fincadas há mais de 30
anos, o cooperativismo na região do Vale do São
Patrício chega agora a uma pujança que continua
apontando para um futuro ainda mais promissor.
Com o crescimento no número de cooperativas, as
lideranças conseguiram aprovar a lei municipal
cooperativista da cidade e dá um passo importante
rumo à formação cooperativista com a entrada do
Sicoob local no programa Cooperjovem, que leva
ensinamentos de cidadania cooperativista às salas
de aula da rede pública de ensino.
Segundo o presidente do Sicoob Rubiataba,
Vanderval José Ribeiro, o crescimento do
cooperativismo na cidade deriva de uma
confluência de fatores ligados ao surgimento e
expansão das primeiras cooperativas da região.
Ele lista numa linha histórica a constituição de
cooperativas que vão dos ramos de agronegócio
ao crédito. “Tivemos também fortes experiências
no cooperativismo familiar e até educacional, com a
criação da Cooperativa de Ensino Superior de
Rubiataba (Cesur), que acabou não dando certo e
se tornando uma empresa privada”, conta Ribeiro.
O pioneirismo desse processo ele credita à
Cooperativa Agropecuária de Rubiataba
(Cooperagro), criada em 1971. No ano seguinte,
nascia outra grande cooperativa na cidade: a
Cooperativa Agroindustrial de Rubiataba (CooperRubi).
Com o crescimento do cooperativismo, as
lideranças buscaram cada vez mais o apoio do
poder público local, o que desaguou na aprovação
da primeira lei municipal cooperativista de Goiás.
“Foi um processo de mobilização das lideranças
cooperativistas porque os recursos que
conseguíamos para o setor no orçamento do
município acabavam não sendo efetivamente
aplicados As verbas eram sempre desviadas para
outros fins. A lei veio para acabar com isso”,
relembra o presidente do Sicoob Rubiataba. Com
apoio dos vereadores e do próprio prefeito José
Luiz Fernandes, a promulgação da lei nº 1.095 se
deu em abril de 2005, dois meses depois da
assinatura da lei estadual do cooperativismo
O SESCOOP/GO é um dos apoiadores do projeto,
que conta com parcerias firmadas também com
as secretarias estadual e municipal de Educação,
a Faculdade de Ciências e Educação de Rubiataba
(Facer), as cooperativas Sicoob Rubiataba,
Cooperagro, Cooper-Rubi e a Central de
Associações de Pequenos Produtores Rurais de
Em Seminário, cooperativistas debatem desafios e comemoram conquistas
goiano (Lei nº 15.109/2005).
Vanderval Ribeiro avalia que o surgimento da lei foi
importante para impulsionar outros projetos de
maior fôlego do setor cooperativista rubiatabense,
com o Cooperjovem, iniciado nos últimos dois
meses. Batizado de “Formação de Formadores da
Cultura Cooperativista: uma ação multiplicadora no
ensino fundamental de Rubiataba”, o projeto deve
atingir 59 professores e 2.357 alunos do ensino
fundamental e médio das redes estadual e
municipal de Rubiataba. Até uma escola indígena
está prevista para integrar o projeto (Escola
Carretão, da aldeia dos tapuias .
Rubiataba. Para o fechamento do programa, em
outubro de 2007, está prevista a realização da
Feira Municipal de Cooperativismo de Rubiataba.
“É um processo que para nós não tem mais volta.
Daqui para frente agora é continuar crescendo
para outros níveis educacionais e sensibilizar
cada vez mais nossa população da importância
do sistema cooperativista para nossa cidade e
região”, finalizou o presidente do Sicoob
Rubiataba, que é odontólogo e produtor rural
com cursos de especialização em gestão
cooperativista.
Sicoob Rubiataba e Comiva devem integrar o Cooperjovem
As coordenadoras do Cooperjovem em
Mineiros com os alunos
O programa que leva educação cooperativista às
escolas públicas, o Cooperjovem, deve ganhar mais
dois reforços importantes em Goiás. O Sicoob
Rubiataba e a Cooperativa Mista Agropecuária do
Vale do Araguaia (Comiva, de Mineiros) aguardam
confirmação do Sescoop para apadrinhar escolas
em suas respectivas cidades. Pelo SESCOOP/GO,
os projetos já receberam parecer favorável. O
Sicoob Rubiataba deve "adotar" várias escolas do
município . Em Mineiros, a Comiva acompanhará o
desenvolvimento das atividades do programa na
Escola Municipal Padre Maximino Alvarez
Gutierrez. A escola é de ensino fundamental e
atende a 420 alunos em turmas do infantil a 4ª
série, informa Tatiane Marques Santeiro Moraes,
que deverá ser a coordenadora da cooperativa no
programa. Tatiane conta que a idéia de adotar a
escola começou na última edição do Intercooop, os
Jogos Intercooperativos de Goiás, realizado em
agosto passado em Rio Verde. Nas atividades de
abertura dos jogos, Lenilda Silva Brito Rezende,
coordenadora da escola Padre Maximino (e
esposa de cooperado da Comiva), viu uma
apresentação de alunos que já participam do
programa em Rio Verde e se interessou em levar
a idéia a Mineiros. Em contato constante com a
Comiva, Lenilda e Tatiane conseguiram carta
branca da direção da cooperativa para levar a
idéia adiante. As futuras coordenadoras de
ambos os lados já se reuniram com a direção da
escola, representantes da Secretaria Municipal
de Educação e com a prefeita de Mineiros, que
prometeu o apoio necessário ao início do
programa na cidade. "Mineiros possui mais de
20 escolas públicas, mas queremos começar aos
poucos para avançar com segurança. Este
programa será muito importante tanto para a
escola quanto para a Comiva, daí a importância
de realizá-lo com consistência", afirmou Tatiane.
03
Encontro congregou 300 jovens e mulheres
cooperativistas goianos em Caldas Novas
Foi um misto de descontração e reflexão. A
terceira edição do Encontro Goiano de Jovens e
Mulheres Cooperativistas reuniu 300 pessoas no
Taiyo Thermas Hotel, em Caldas Novas. Realizado
de 23 a 25 de outubro, o evento deu mostras do
atual estágio de participação e integração da
juventude e das mulheres no cooperativismo
goiano. Organizados em comitivas, os participantes
chegaram no hotel por volta das 14 horas de
segunda-feira (23) em ônibus, vindos de várias
cidades goianas. Alguns dos par ticipantes
estiveram nas edições anteriores do encontro e
fizeram coro à maioria que saiu de Caldas elogiando
a organização e as atividades realizadas.
Na aber tura, o presidente do Sistema
OCB/SESCOOP-GO Antonio Chavaglia agradeceu a
expressiva participação e enfatizou o caráter
didático do evento. “Fazemos o planejamento com
um ano de antecedência de um evento como este
com o objetivo de trazer conhecimentos que
possam ser aplicados depois nas nossas
cooperativas. Quando encontramos essa
dedicação de vocês, isso muito nos orgulha. Espero
que possamos fazer um bom trabalho e que todos
possam sair daqui com conhecimentos novos para o
seu dia-a-dia”, disse Chavaglia à platéia que lotou o
auditório do hotel. O evento fechou as comemorações
do cinqüentenário da OCB-GO e foi mais uma
realização do Sistema OCB/SESCOOP-GO com apoio
do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa).
Na composição da mesa de abertura estiveram ainda
Marcos Mariath Rangel, gerente executivo de
cooperativismo da Secretaria Estadual de
Planejamento (Seplan), que representou o
governador Alcides Rodrigues, a vice-prefeita de
Caldas Novas, Silvânia Fernandes, Ariomar Rezende
Vilela, presidente da Cooperativa Mista Agropecuária
do Vale do Araguaia (Comiva) e Valéria Mendes Elias,
superintendente do Sistema OCB/SESCOOP-GO. A
abertura oficial, depois da palestra A Magia do
Cooperativismo proferida por Dalmir Sant´Anna, foi
seguida de um jantar com música ao vivo.
Acima e ao lado : Imagens das várias atividades do encontro que mostrou a força
das mulheres e jovens do cooperativismo goiano
04
Responsabilidade social cooperativista
Com palestras de cunho motivacional, juntando
o lúdico à reflexão sobre a vida e o trabalho
cooperado, o III Encontro Goiano de Jovens e
Mulheres Cooperativistas ampliou os temas
abordados em relação aos anos anteriores. Na
noite de abertura, o publicitário Dalmir Sant´Anna
prendeu a atenção de todos ao falar do
cooperativismo de forma “mágica”. Usando
truques típicos dos mágicos, o palestrante
abordou a dualidade de ganhar ou perder nas
relações sociais e de trabalho.
Durante quase duas horas, Dalmir Sant´Anna
falou de forma divertida e interativa procurando
fixar três aspectos que ele considera importantes
no desenvolvimento das cooperativas e de
qualquer empresa: treinamento constante,
criatividade e espírito de equipe. Para Sant´Anna,
a vida nos reserva situações de uma dualidade até
curiosa. “O bem e o mal possuem o mesmo
número de letras, assim como verdade e mentira,
tudo e nada, sim e não”, repetiu Sant´Anna várias
vezes durante sua preleção.
Na manhã do dia 24, Ney Guimarães começou o
ciclo de palestras tratando do tema “Coopervida
– Formação Humana na Linha da Motivação e
Sensibilização”.
Na segunda parte, com João Carlos e Indakéia
Marisol, da Coopernet Consultora, veio a parte
mais prática do evento, com um trabalho vivencial
que surpreendeu a todos no final. Depois de
abordarem o tema “Cooperativismo, Família e
Emoção à vista : Paulo Romanhol, presidente do Lar São Francisco de Assis,
acompanhado de duas senhoras atendidas pela entidade no evento
Negócios: Uma Combinação”, os palestrantes
dividiram a turma em 10 grupos para um exercício
de constituição de cooperativas.
Na apresentação das diferentes cooperativas
criadas, na manhã do dia 25, a Cooperplay
(cooperativa criada para “vender” o material
didático usado nas palestras) deu um exemplo de
responsabilidade social que sensibilizou a todas as
outras cooperativas. O grupo se mobilizou e
conseguiu contactar na cidade a entidade Lar São
Francisco de Assis, um asilo para idosos
existente há 52 anos. O grupo levou o presidente
da entidade, Paulo Romanhol, acompanhado de
duas senhoras atendidas pela instituição. A
iniciativa comoveu a todos e rendeu R$ 711, 95
em doações para o Lar São Francisco. O
encerramento se deu com a palestra do
professor da Universidade Unimed, José da Paz
Cury, com o tema “Cooperação: O Resgate de
uma Cultura Revolucionando os Negócios”.
Os palestrantes em sequência : Dalmir Santana, Ney Guimarães, João Carlos e Indakéia e José da Paz Cury.
Flagrantes cooperativistas
Bem na fita
Um mural de fotos da empresa contratada para
registrar as imagens do evento virou sensação
nos intervalos. Todo mundo queria ver se tinha se
saído bem no clique e o mural virou ponto de
disputado.
O fofo
Bruno Neiva, assessor de comunicação do Sistema
OCB/SESCOOP-GO, virou alvo de brincadeiras
durante todo o evento depois que foi “assediado”
por um dos hóspedes (masculino...) do hotel com a
alcunha de “o fofo”.
Olha a onça...
Os operadores de vídeo do evento acabaram
roubando atenção da platéia na apresentação
final do trabalho vivencial, na manhã do dia 25.
Os rapazes esqueceram imagens da fauna
brasileira no vídeo e muita gente só quis saber da
onça que passeava no vídeo. Até que o instrutor
João Carlos sacou e pediu o “off” do cine-onça.
05
SUECO discutiu a fundo a intercooperação
XV SUECO
Com participação de cerca de 400 pessoas, o XV
Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins
debateu a fundo os problemas que cercam a
intercooperação entre os diversos ramos do
cooperativismo na região e no Brasil. O evento foi
realizado de 2 a 4 de novembro no Centro de
Convenções do Hotel DiRoma, em Caldas Novas.
Além de líderes das Unimeds da região,
participaram do evento o presidente da OCB-GO
Antonio Chavaglia, o presidente da OCB Márcio
Lopes de Freitas, o fundador do Sistema Unimed
(Edmundo Castilho) e o ex-ministro Roberto
Rodrigues, que proferiu a palestra-magna do
evento: “Integração Através da Intercooperação”.
Além da palestra de Rodrigues, outro ponto alto do
encontro foi a mesa redonda que reuniu dirigentes
das várias entidades cooperativistas participantes
para debater a “Intercooperação entre os diversos
ramos do cooperativismo”. Com mediação de
Roberto Rodrigues, o debate contou com as
participações de Antonio Chavaglia (OCB-GO), Luiz
Antonio Fregonesi (diretor da Federação das
Unimeds de Goiás/TO), João Batista Caetano
(diretor de Integração Cooperativista da Unimed
do Brasil), Márcio Lopes de Freitas (OCB), Denise
Damiam (Unicred do Brasil), José Abel Ximenes
(presidente da Federação das Unimeds de
Goiás/TO) e Fabrício Modesto (vice-presidente
Sicoob). Todos deram suas razões para as
dificuldades enfr entadas pelo sistema
cooperativista regional e brasileiro para efetivar a
intercooperação.
Para Antonio Chavaglia, presidente do Sistema
OCB/SESCOOP-GO, para fazer uma integração real
é preciso alertar os presidentes de cooperativas
da importância de fazê-lo. Reforçando a colocação
de Chavaglia, o ex-ministro Roberto Rodrigues
colocou que a intercooperação é um fator que
ajuda no aumento de renda do cooperado e na
gestão da cooperativa e sugeriu ao presidente da
OCB, Márcio Lopes de Freitas, a profissionalização
desse busca no país, por exemplo, com a
contratação de profissionais que possam trabalhar
essa questão pela OCB junto às cooperativas do
país. Em resposta Freitas disse que o Sescoop
passe a trabalhar o assunto. Para ele, o problema
da intercooperação é “econômico e estrutural”.
“A intercooperação funciona quando o
cooperado está convencido e atendido com
resultados financeiros, que é a razão de ser da
cooperativa”, disse o presidente da OCB.
Para João Batista Caetano, diretor de Integração
Cooperativista da Unimed do Brasil também
presidente da Unimed de Belo Horizonte (MG), o
problema da intercooperação no sistema é de
ordem política. “Acho que falta é interesse dos
dirigentes, deixarem de vaidades e trabalhar pela
maior integração”, sugeriu. “É medo de mudar”,
sugeriu Denise Damiam, do conselho
administrativo da Unicred do Brasil e também da
Unicred-BH. Denise acha que projetos de
intercooperação só acontecem “quando um vai
lá, faz e dá certo”. Fabrício Modesto (vicepresidente Sicoob) também acha que
profissionalismo e planejamento no setor é que
pode mudar o quadro de falta de intercooperação
entre os diversos ramos no Brasil.
Estande do Sistema foi vitrine e ponto de
encontros cooperativistas
Durante todo o XV Simpósio das Unimeds do
Centro-Oeste e Tocantins (SUECO), em Caldas
Novas, o Sistema OCB/SESCOOP-GO montou um
estande que serviu de vitrine e ponto de referência
no evento para contatos e intercooperação
cooperativista. O estande expôs gratuitamente
produtos e serviços de cinco cooperativas
goianas: Complem, Comigo, Comiva, Coetagri e
Multicooper. No estande com 18 metros
quadrados de espaço, a equipe do Sistema manteve
uma TV de plasma de 42” que veiculou vídeos de
realizações do Sistema OCB/SESCOOP-GO e vídeos
institucionais das cooperativas participantes. A
exposição teve ainda degustação de produtos,
exibição de embalagens, folders e outros materiais
publicitários das cooperativas. O encontro foi
fechado no sábado (4/11) com show-baile com a
Banda Ciclone e a dupla Chrystian e Ralf.
Fachada da estande do Sistema
OCB/SESCOOP-GO no evento
Antonio Chavaglia acompanhado de
Marcos Mariath, Márcio Lopes de Freitas
(OCB), Valéria Mendes e
Roberto Rodrigues
Cooperativas participantes do estande
do cooperativismo no
06
XV SUECO
ENTREVISTA
Cinco questões para Roberto Rodrigues
Agroenergia e literatura ocupam vida pós-ministério
Ele não deixa de ser chamado de ministro, talvez pelo pouco tempo em que deixou o cargo. Mas, por certo, a
consideração permanece pela reverência ao cargo e pela história dele no setor agropecuário. Aonde vai, Roberto
Rodrigues ainda é chamado de ministro, apesar de ter deixado a pasta federal da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento há cinco meses. “Ainda sou chamado de ministro especialmente em São Paulo”, diz sem pingo de
vaidade. O “ministro” deixou o ministério, mas, como sempre, segue às voltas com estratégicas questões agrárias
para o País. Assumiu há pouco a presidência de um conselho de agronegócio da Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (Fiesp) criado pensando nele. Mantém ainda mais alguns cargos em organismos acadêmicos
e de mercado voltados ao setor, mas o que passa a ocupar a vida desse engenheiro agrônomo e produtor rural
paulista respeitado mundialmente é o desenvolvimento de uma nova matriz energética no Brasil e literatura, como
contou o ex-ministro nessa entrevista, na oportunidade em que veio a Goiás para participar do XV Simpósio das
Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins, em Caldas Novas. Rodrigues falou da chegada da agroenergia e dos livros
que prepara, incluindo a estréia na literatura. “Estou escrevendo um romance que vai misturar algo de Guimarães
Rosa e Mario Vargas Llosa”, disse. Confira os principais trechos da entrevista:
respeito.
1 - O relator da reforma da Lei Cooperativista, o
senador goiano Demóstenes Torres, disse que a nova
lei do setor só não foi votada por causa das eleições.
O senhor acredita que ela saia no novo mandato do
Congresso ? E será de fato benéfica para o
cooperativismo brasileiro?
Não acho que o projeto não tenha sido votado por causa
das eleições e sim por radicalismo de alguns senadores.
Acho que a relatoria da reforma está em muito boas
mãos, o senador é um homem que tem conhecimento de
causa e sensibilidade sobre o assunto e confio na
aprovação dessa reforma neste novo mandato dos
senadores. A discussão que havia travado em alguns
pontos avançou muito no final, mesmo porque o
governo amadureceu muito com relação ao
cooperativismo e acho que o presidente Lula apóia
integralmente o setor. De forma que não creio haver
mais sobressaltos nessa discussão e a reforma da lei
trará avanços significativos ao cooperativismo
brasileiro.
2 – O segundo mandato do presidente Lula será
melhor para o agronegócio brasileiro? Arriscaria um
palpite do nome do próximo ministro da Agricultura?
O governo avançou muito e acho que reconheceu que a
crise na agricultura era um fato e não uma mera
reclamação partidária como se enxergava em alguns
setores do próprio governo. Ajudaram nessa
reavaliação casos emblemáticos como o do Rio Grande
do Sul, onde houve quebra de vários setores sem
vínculos diretos com o setor agrícola. Tivemos lá casos
de escolas que fecharam por falta de alunos,
conseqüência direta da crise, comércio demitindo, lojas
de todo tipo fechando suas portas. Então eu me sinto
com o dever cumprindo de ter alertado e defendido o
tempo todo que a crise não era algo fabricado e acho
que o novo mandato do presidente Lula terá um outro
quadro no setor agrícola e se quiser poderá avançar
muito mais. Agora, com relação ao novo ministro eu não
arriscaria nenhum palpite, sei de boatos de nomes que
saem na imprensa, mas não tenho palpite nenhum a
3 – Há estudos indicando que o Brasil deve liderar
nos próximos anos a produção mundial de
alimentos. Isso significa dominar também o
comércio mundial do setor? Que gargalos precisam
ser vencidos para o país conquistar esta posição?
O Brasil pode e deve atingir rapidamente esse patamar,
mas temos de fato alguns gargalos a vencer. Primeiro
eu diria que temos que atacar os problemas da
pesquisa agropecuária e defesa sanitária. Já
avançamos muito, mas pesquisa é algo que requer
constantes investimentos, atualizações, mesmo porque
você tem os outros países concorrentes que não param
de investir nessa área. Depois temos o problema da
logística, não dá mais para competir carregando soja
em caminhões a quilômetros de distância até o porto
mais próximo, os outros países usam arrojados
sistemas intermodais com os quais fica difícil competir.
Quarto é o respeito a contratos, tivemos vários
problemas nessa área que são dificílimos de reverter,
de maturação longa e danosa ao país e por último
temos que tratar de organizar nossas cadeias
produtivas de forma a agregar valor aos nossos
produtos. Ninguém vai vencer no mercado internacional
vendendo matéria-prima, precisamos aproveitar esse
crescimento da economia agrícola brasileira e dar mais
substância aos nossos produtos. Acho que sem investir
nesses pontos dificilmente vamos conseguir liderar o
mercado mundial de alimentos, mas temos uma
conjuntura a nosso favor, basta fazermos a lição de
casa.
4 – O mundo deve adotar no futuro próximo uma
nova matriz energética com o biodiesel. Como o
Brasil pode se aproveitar desse novo boom
econômico?
É algo que vai me mover nos próximos anos. Acredito
que é onde Brasil tem mais possibilidades de se tornar
líder de uma nova era econômica, social e política. Isso é
muito mais importante do que imaginamos, é a
possibilidade de o país mostrar ao mundo como
trocar a energia fóssil por uma nova, limpa,
r enovável, economicamente equânime e
ambientalmente responsável. Temos tudo para
liderar esse processo com terra cultivável em
abundância, pesquisa de ponta, gente trabalhadora
e crescente inserção no comercio internacional. Será
de fato uma revolução e já me preparo para
participar disso profundamente em estudos e
palestras no Brasil e exterior. Assumi há pouco o
Comitê da Cadeia Produtiva do Agronegócio da Fiesp
[Federação das Indústrias do Estado de São Paulo]
com essa missão: levar essa discussão do
desenvolvimento da agroenergia no Brasil e no
mundo.
5 – O senhor deixou o governo com a intenção de
se voltar à família e a projetos pessoais como
escrever livros. Sobre o que pretende escrever?
Mais de 30 anos de participação nas discussões
sobre agricultura me renderam cerca de 450 artigos
escritos. Depois de anos, os amigos me sugeriram
compilar essa produção que perfaz aí três décadas
de documentação das questões que envolvem a
agricultura brasileira. Muitos brincam comigo
dizendo que eu tenho uma memória de elefante,
então é isso o que estou fazendo, juntando um pouco
desses textos, atualizando e reescrevendo algumas
coisas para dar origem a dois livros, coisa que já está
em andamento. Um terceiro livro será minha
experiência na literatura com um romance que vai
misturar algo de Guimarães Rosa e Mario Vargas
Llosa. Vou contar a história de quatro profissionais
amigos (um médico, um engenheiro agrônomo, um
agricultor e um sitiante) que se juntam numa mesa de
truco e entre goles de bebida vão desvelando a
participação deles num crime. É uma história que
deve ter como pano de fundo o desenvolvimento do
interior de São Paulo. Vamos ver o que sai, mas não
tenho pressa para isso.
Obrigado pela entrevista.
07
Chavaglia é reconduzido
Assembléia Geral da
à direção da Fecoop
Centro-Oeste/Tocantins
OCB-GO aprova contas
e tabela sindical para 2007
Reunidos na tarde do dia 22 na sede do Sistema
OCB/SESCOOP-GO, líderes cooperativistas goianos
apreciaram e votaram favoráveis ao plano
orçamentário para 2007 e à correção da tabela de
contribuição sindical da OCB-GO. Na apresentação
da proposta de correção da tabela de contribuição
sindical, o presidente Antonio Chavaglia informou
que o assunto já vem sendo objeto de discussão na
OCB em Brasília, nas federações e na
como da indústria (CNI) e do comércio (CNC). “A
base de cálculo da tabela é determinada pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”, lembrou
a superintendente. Na seqüência, o presidente
Chavaglia colocou em discussão também a proposta
orçamentária do sindicato para o ano que vem.
Depois de algumas questões dos participantes, o
presidente solicitou à assembléia a indicação de três
integrantes para formar a comissão de votação.
Planos: Antonio Chavaglia (ao centro) comanda a Assembléia cooperativista
Confederação Nacional do Cooperativismo com a
orientação de se estabelecer um alinhamento nas
correções. “A Fecoop CO/TO já tem sua tabela
pronta, tirada de acordo com que vem sendo
adotado pelas organizações estaduais que a
integram. E dessas, a menor tabela é a nossa. A
proposta é que nos enquadremos num patamar
mínimo em relação a todos os outros estados”,
explicou o presidente. A superintendente do
Sistema, Valéria Mendes Elias, mostrou um
histórico da tabela sindical, comparando-a com a
tabela de sindicatos cooperativistas de outros
estados e também de outros sindicatos classistas,
Na urna: O presidente da Cooperbelgo,
João Batista da Paixão Jr., deposita seu voto
Em Assembléia Geral Ordinária realizada no
último dia 1º de dezembro em Goiânia, o
presidente do Sistema OCB/SESCOOP-GO foi
reconduzido à presidência da Federação dos
Sindicatos das Cooperativas do Distrito Federal
e dos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul e Tocantins (Fecoop CentroOeste/TO). Na pauta da assembléia, além da
eleição da nova diretoria, foram discutidos e
votados a eleição dos delegados
representantes da Fecoop Centro-Oeste/TO
junto a outras instâncias do cooperativismo,
como a Confederação Nacional (CNCoop), a
tabela de contribuição sindical para 2007 (que
será a mesma adotada pela CNCoop), o
orçamento da entidade para 2007 e outros
assuntos de interesse da federação. A
composição da nova diretoria para o período
2007-2010 contará ainda com Celso Ramos
Regis (da OCB-MS) na vice-presidência para
assuntos financeiros, Roberto Marazi (OCDF) na
vice-presidência para assuntos administrativos,
Ruiter Luiz Andrade Pádua (OCB-TO) na vicepresidência para assuntos sindicais e Onofre
Cezário de Souza Filho na vice-presidência para
assuntos cooperativos. Para o Conselho Fiscal
foram eleitos como membros efetivos Antonio
Carlos Borges (OCB-GO), Celso Ronaldo
Ragunozzi Figueira (OCB-MS) e Haroldo Toti
(OCDF) e na suplência ficaram Haroldo Max de
Sousa (OCB-GO), Pedrinho Luiz Zanola (OCBMT) e Antonio Joel Leopoldino (OCB-TO).
Foram sugeridos e acatados os nomes de Ariomar
Rezende Vilela (Comiva), João Gonçalves Vilela
(Cagel) e João Batista da Paixão Junior
(Cooperbelgo). A apuração da votação secreta
revelou aprovação da assembléia às duas principais
discussões da pauta. A nova tabela sindical
aprovada será registrada em cartório e publicada
posteriormente, como determina o estatuto da
OCB-GO. Sobre a proposta de orçamento da
entidade para o ano que vem, Chavaglia destacou
que os valores praticamente repetem o executado
neste ano e que a OCB-GO está mantendo a política Dirigentes cooperativistas do centro-oeste
ao final da reunião em que reelegeram
de evitar correções das contribuições das
Antonio Chavaglia para mais quatro
cooperativas, o que sendo feito há seis anos. “Acho
anos a frente da Fecoop regional
que [o orçamento] está bem distribuído. Temos feito
de tudo para realizar a planilha orçada e o conselho
fiscal tem acompanhado”, complementou Chavaglia
Participe
lembrando as últimas iniciativas do Conselho de
Administração para cortar custos. “Investimos em VEM AÍ O I FÓRUM GOIANO
novos sistemas de ar condicionado e telefonia que já DE PRESIDENTES E DIRETORES
nos geraram cerca de 60% de economia”,
COOPERATIVISTAS
arrematou o presidente.
FEVEREIRO/2007
08