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Ano IV – Agosto 2014 – Nº 4 – R$ 10,00 www.tecnologiadoconcreto.com.br Sumário 3 4Entidades 6Editorial Guia da Tecnologia do Concreto 8 Aditivos para Concreto Grace Viapol Weber Vedacit MC Bauchemie Basf 16Andaimes Layher Andaimes Urbe 29Autobetoneiras e Betoneiras SITI Convicta 34Bombas de Concreto Schwing Putzmeister 38Central Dosadora Liebherr RCO Destaques Conteúdo editorial reproduzido da revista O Empreiteiro 15 Tecnologia do Concreto Investir mais é o caminho para a maior expansão dos pré-moldados 20Tecnologia do Concreto Em busca da mistura que dê vida útil e resistência excepcional 22Pré-Moldados Tecnologia alcança etapa avançada e amplia uso 24Túneis 46Concreto Ecocreto Supremo 50Desmoldantes Denver 52Drenagem ACO 53Equipamentos Gama Cobra 54Ferramentas Husqvarna 56Fôrmas Ulma Atex Astra BubbleDeck 68Impermeabilização Netherland 70Juntas Uniontech Jeene 72Máquinas para blocos e artefatos de concreto Martin Moinho Storrer 78Máquinas e implementos Comingersoll 80Misturadores CIBI Teka 84Piso de concreto Arevale 86Pisos e revestimento Weber Floor Rad NS Brazil 89Pontes Rolantes WCH 85Pré-fabricado Vollert 90Pré-moldados Leonardi 96Central Dosadora RCO 26Ponte Fundações enfrentam correnteza com velocidade de até 4 m/s 35Equipamentos Formas de aço moldam pilares na Transolímpica Robô alemão trabalha na obra do metrô no Rio de Janeiro 60Construção Industrial Shopping em Vitória da conquista (BA) usa forma deslizante para concretar laje 40Ponte Estrutura combina balanços sucessivos com sistema de estais 58Pré-Moldados Estaleiro na Bahia a um passo de começar fabricação de sondas 62Tecnologia Trecho Leste do Rodoanel emprega cantitraveller para transpor várzea do Tietê 91Projeto Estrutural As obras e os calculistas homenageados pela ousadia da criatividade Diretor Editorial Joseph Young Publicidade: Ernesto Rossi Jr. (Gerente comercial), Diagramação Cotta Produções Gráficas [email protected] Conteúdo Editorial: Revista O Empreiteiro Henrique Schwartz Neto (Coordenador), José Ferreira, Marcia Caracciolo, Regina Oliveira e Wanderlei Melo Circulação e Distribuição circulaçã[email protected] Rua Pais Leme, 136 – Conj. 1005 Pinheiros – CEP: 05424-010 São Paulo – SP – Brasil Telefone: 11 3895-8590 Esta publicação é parte integrante da edição nº 533 - Agosto de 2014 da revista O Empreiteiro [email protected] www.tecnologiadoconcreto.com.br Entidades Criada há 13 anos, Abcic difunde e valoriza a construção industrializada Criada em outubro de 2001, a Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (ABCIC) nasceu com o propósito de difundir e qualificar as estruturas de concreto pré-fabricadas destinadas a estruturas, fachadas e fundações. Apoiada desde o princípio pela ABCP - Associação Brasileira de Cimento Portland, a ABCIC, que atualmente congrega 100 empresas, tem se notabilizado por um contínuo trabalho de valorização do pré-moldado, além de auxiliar na ampliação e modernização dos sistemas de construção industrializada, vencendo diversos desafios ao longo desse tempo. Uma das primeiras iniciativas da entidade, logo após ser constituída, foi a criação, em 2003, do Selo de Excelência Abcic. Programa desenvolvido para atestar a conformidade aos padrões de tecnologia, qualidade, segurança, meio ambiente e desempenho das empresas de pré-fabricados, o Selo conta com auditorias do IFBQ - Instituto Falcão Bauer de Qualidade e é hoje um importante diferencial de competitividade para o segmento, além de ser um guia das melhores práticas empresariais. Aliado ao constante aprimoramento do Selo, a Abcic vem trabalhando com afinco na atualização das normas técnicas ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que estabelecem os requisitos e critérios de desempenho para as estruturas e estacas pré-moldadas de concreto. Nesse contexto, destaca-se uma série de parcerias estabelecidas com instituto de pesquisa, órgãos certificadores, entidades governamentais e centros universitários. Ganhou importância também o aprofundamento das relações com organismos internacionais ligadas ao concreto, sobretudo o excelente relacionamento mantido com a fib - Federação Internacional do Concreto. Outra ação desenvolvida pela entidade tem sido a de organizar cursos, seminários, workshops e palestras para formar, aperfeiçoar, qualificar e levar conhecimento técnico para profissionais, executivos e empresários do segmento. Além disso, a associação sempre incentiva as escolas de Engenharia e Arquitetura no trabalho de aproximação do mundo acadêmico com as empresas. Uma das iniciativas nessa direção é o Prêmio Obra do Ano em Pré-Fabricado, criado para prestigiar empresas e profissionais do segmento. Para conseguir realizar todas essas ações, a Abcic está estruturada em comitês, a saber: de Estacas Pré-fabricadas, Habitacional, de Segurança do Trabalho, de Pesquisas e Desenvolvimento, Tributário, além do subcomitê Habitacional de Interesse Social. Para uma melhor gestão, recentemente foi constituído o Conselho Estratégico, encarregado de formular as ações que são colocadas em prática pela presidência executiva e diretores. Todas as ações realizadas são suportadas por divulgação em livros, manuais, artigos técnicos, o Anuário Abcic e, este ano, foi editada a revista Industrializar em Concreto, publicação quadrimestral que concentra as principais informações sobre o segmento. Entidade Sindical Patronal, registrada no Ministério do Trabalho, com sede no município de Jacareí/SP, em atividade desde 1993, vem atuando na coordenação, proteção e representação legal da categoria econômica das empresas de extração de areia no estado de São Paulo. Suas empresas associadas respondem por 90% do total da produção de areia no estado. Entidade Patronal, atuante desde 1974 na defesa dos interesses do setor de mineração de pedra britada no Estado de São Paulo. 166 empresas filiadas. O Estado de São Paulo é responsável por 29% da produção nacional e responde por 27% no consumo. Destinação de consumo: 34% obras de infraestrutura e civis; 12% usinas de asfalto e pavimentação, 13% blocos / pré-moldados / artefatos de cimento; 31% para concreteiras e 10% outros fins. Ibracon Instituto Brasileiro do Concreto É uma associação técnico-científica cujo compromisso é defender a engenharia divulgando as conquistas da tecnologia do concreto e seus sistemas construtivos. Fundado em 1972, como organização técnico-científica nacional, de caráter associativo e sem fins lucrativos, para proporcionar aos profissionais e intervenientes do setor construtivo nacional informações e conhecimentos sobre a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação sobre a tecnologia ABTC – Associação Brasileira dos Fabricantes de Tubos de Concreto criada em 2001 com o objetivo de reunir as empresas envolvidas direta e indiretamente no setor de tubos e aduelas de concreto para o aprimoramento técnico e qualitativo do processo produtivo no país. Em sua constante busca pelo fortalecimento do mercado de forma sustentável, desenvolveu, por meio de equipe técnica graduada, ferramentas e softwares importantes, aprimorando os produtos com qualidade, contribuindo para o surgimento de pesquisas e métodos de produção inovadores. Durante esses anos, a ABTC vem ganhando respeito, confiança e notoriedade entre o mercado consumidor, por meio do oferecimento gratuito de palestras, cursos, materiais e informações técnicas, como fruto do investimento de nossos associados para a melhoria do setor de saneamento no do concreto e de seus sistemas construtivos. Com este fim, promove cursos de especialização, edita publicações técnicas, incentiva e apoia a formação de Comitês Técnicos, certifica profissionais do setor construtivo e organiza eventos técnicos. O IBRACON organiza anualmente o Congresso Brasileiro do Concreto, maior evento técnico-científico nacional sobre a tecnologia do concreto e seus sistemas construtivos, que objetiva reunir a comunidade técnica e científica nacional e estrangeira para debater e conhecer mais sobre as pesquisas, os desenvolvimentos e as inovações relacionadas ao concreto e seus materiais constituintes, à análise e ao projeto estrutural, às metodologias construtivas, à gestão e normalização técnica e outros temas correlatos. Missão Criar, divulgar e defender o correto conhecimento sobre materiais, projeto, construção, uso e manutenção de obras de concreto, desenvolvendo seu mercado, articulando seus agentes e agindo em benefício dos consumidores e da sociedade em harmonia com o meio ambiente. Brasil. Disponibiliza gratuitamente também, aos consumidores dessas peças, modelos de licitação de tubos e aduelas, software de determinação de classe de resistência de tubos de concreto, entre outros materiais técnicos de autoria da própria Associação. Acesse: www.abtc.com.br/site/downloads.php e confira! Av. Torres de Oliveira, 76 CEP: 05347-902 SÃO PAULO/SP Tel: (11) 3763-3637 www.abtc.com.br Skype: abtc.atendimento Editorial 6 Em busca do concreto “eterno” A revista O Empreiteiro lançou há alguns meses o site www. tecnologiadoconcreto com a ambição de se tornar o one stop shopping para os principais materiais, processos e equipamentos para se produzir um concreto de alta qualidade. O Guia de Tecnologia do Concreto que ora apresentamos é uma amostragem do conteúdo desse site, com uma tiragem extra a ser distribuída aos visitantes do Concreteshow 2014. Além do guia de produtos e serviços para concreto propriamente dito, reunimos na parte editorial algumas temas de interesse dos leitores profissionais de construção, tais como as pesquisas em busca do concreto de altíssima resistência e durabilidade, que já pode ser produzido—mas a que custo? Já se fala até em concreto com aditivos que podem gerar um processo de auto-reparação quando danificado. O uso de pré-moldados encontrou um campo fértil quando as obras das arenas esportivas da Copa do Mundo 2014 tinham que seguir cronogramas apertados. O mesmo ocorreu na construção dos novos terminais dos aeroportos. Esse sucesso apenas ratifica o que já era sobejamente conhecido nas obras industriais do setor privado, onde os pré-moldados sempre mostraram as vantagens de qualidade e prazo de execução. Os túneis rodoviários ou ferroviarios cujas gigantescas seções são concretadas em dique seco, depois conduzidas por rebocadores até o local onde ficarão submersas sob lamina dágua, é outro tema presente. Essa tecnologia será adotada pela primeira vez no túnel do Guarujá, SP, que assim passará a fazer parte de diversas obras do gênero hoje em curso no mundo. Mas é nas pontes e viadutos onde o uso do concreto é clássico. Uma ponte sobre o rio Madeira que precisou vencer sua poderosa correnteza(carregada de toras) , outra estrutura estaiada sobre o rio Tietê, em Barueri, SP, e um viaduto de 8,8 km no Rodoanel Leste--montado com elementos pre-moldados-- são exemplos recentes da engenharia do concreto que o País dominou há muitas décadas. E aqui temos que lembrar do pioneiro Emilio Baumgart. Que ergueu o prédio do jornal A Noite no Rio de Janeiro, em concreto armado. 7 Aditivos para Concreto 8 Ficha Técnica Empresa Grace Brasil Ltda. Endereço Av. Paraná, 4690, Cajuru do Sul, Sorocaba, SP, 18105-000 Telefone (15) 3235-4700 Site www.grace.com E-mail Produto Aplicações do produto [email protected] Mira™ "A linha MIRA™ é uma linha de aditivos redutores de água polifuncional, desenvolvida como aditivo redutor de água de alta eficiência especialmente formulado para utilização em altos teores com a propriedade de não promover importantes retardos no tempo de início de pega. MIRA™ pode ser usado com uma ampla gama de dosificações, que permitem obter elevadíssima capacidade plastificante. É adequado as seguintes aplicações: • concreto dosado em central; • concretos normais bombeáveis ou convencionais ou concretos leves; • pré-moldados e pré-fabricados. MIRA é também indicado para uso em concretos para pisos industriais e pavimentos. Aditivos para Concreto 10 Ficha Técnica Produto Fibras para concreto TUF-Strand Empresa Viapol Telefone (11) 2107-3404 Site www.viapol.com.br Pisos industriais; Pavimentos Rodoviários; Concreto projetado; Aplicações do produto Steel-decks; Aplicações em overlays; Capeamentos de compressão; Estruturas pré-moldadas de concreto/argamassa. Capacidade e Fator de Forma: 74; Resistência à tração: 600 - 650 Mpa; Desempenho Módulo de elasticidade: 9,5 Gpa Dimensões / Peso 51 mm Dados para Transporte Caixa com 5 sacos de 2,27 kg Observações As fibras estruturais TUF-STRAND-SF, compostas por um blend de polipropileno/polietileno, são patenteadas e podem ser utilizadas em uma variedade de aplicações para substituir com sucesso as fibras de aço e as telas soldadas. A TUF-STRAND-SF foi desenvolvida para proporcionar maior ancoragem na matriz, garantindo reforço tridimensional ao concreto, ganho de resistência pós-fissuração, resistência ao impacto, à fadiga e controle das fi ssuras de retração. TUF-STRAND-SF cumpre com as principais normas de especificação e desempenho e suas dosagens podem variar de 1,8 a 12 kg/m³, dependendo dos requisitos de cada projeto. Pisos e revestimentos 11 Ficha Técnica Empresa Weber Saint-Gobain Endereço Via de Acesso João de Góes, 2127 Telefone (11) 2196-8000 Site www.weber.com.br Produto Fast Set Aplicações do produto Microconcreto para reparos rápidos e reforços emergenciais em pisos, pavimentos e estruturas Usos - Reparos localizados emergenciais de pisos, lajes, vigas e elementos de concreto em geral - Uso comum em pavimentos, pontes, pistas de aeroportos e pisos industriais de concreto -Obras especiais de reparos emergenciais em companhias de água e esgoto, emissários, entre outros Vantagens - Liberação para uso em 2 horas - Altas resistências mecânicas iniciais e finais e elevada durabilidade - Apresenta retração compensada e ótima aderência à substratos de concreto - Elevada durabilidade - Fácil de utilizar Embalagem 25 kg Cor Cinza Validade 6 meses Estocagem Manter em local seco, ventilado e na embalagem original lacrada Dados écnicos "Propriedades e características Massa unitária: Relação água/materiais secos: 0,12 Tempo em aberto para aplicação: 15 minutos Tempo de liberação para uso: 2 horas Teor de cloretos: Isento” Desempenho "Resistência à compressão às 2 horas (NBR 7215): 20 MPa Resistência à compressão às 24 horas (NBR 7215): 30 MPa Resistência à compressão aos 7 dias (NBR 7215): 40 MPa” Aditivos para Concreto 12 Ficha Técnica Produto Manta asfáltica vedacit fibra de vidro Empresa VEDACIT Telefone (11) 2902-5553 Site www.vedacit.com.br Descrição A MANTA ASFÁLTICA VEDACIT FIBRA DE VIDRO é elaborada à base de asfaltos modificados armados com estruturante de fibra de vidro. Aplicações do produto -Lajes transitáveis planas ou inclinadas em geral com proteção mecânicasobre a manta; - Áreas internas, pisos de cozinhas, banheiros, áreas de serviço, porões, terraços e sacadas. Embalagens 3 mm - Rolo 10 m² -Tipo II C 4 mm - Rolo 10 m² - Tipo II C Dimensões / Peso Comprimento (22 cm) / Largura (22 cm) / Altura (100 cm) Peso Líquido (40.5 kg) / Peso Bruto (40.5 kg) OBSERVAÇÕES Para áreas de até 50 m², recomenda-se usar a espessura de 3 mm; para áreas de até 100 m², a espessua de 4 mm. Aditivos para Concreto 13 Ficha Técnica Produto MC-PowerFlow 2141 Empresa MC-Bauchemie Brasil Telefone (11) 4158.9158 Site www.mc-bauchemie.com.br E-mail [email protected] Aplicações do produto Concreto de alto desempenho de manutenção expandida Embalagem Tambor de 210 kg e Granel Cor Marrom Validade 12 meses a partir da data de fabricação Estocagem Reservatório e os tambores em local coberto Dados Técnicos Densidade = 1,05 g/cm3; Dosagem recomendada = 0,2 a 5,0% sobre o peso do cimento Desempenho Permite grande dispersão dos graos de cimento e manutenção expandida para os concretos de alto desempenho OBSERVAÇÕES Produto a base de éter policarboxilato Aditivos para Concreto 14 Ficha Técnica Produto MasterGlenium Empresa BASF Telefone (11) 3043-2000 Site E-mail Aplicações do produto www.basf.com.br [email protected] A linha de produtos MasterGlenium disponibilizada pela BASF inclui aditivos hiperplastificantes especialmente formulados para aplicações em que seja necessário reduções de água elevadas, manutenção de slump, resistências iniciais superiores e alta durabilidade. Os hiperplastificantes são aditivos desenvolvidos para obter uma taxa de redução de água acima de 40%. Concretos tratados com estes hiperplastificantes apresentam características como alta resistência inicial, maior facilidade no lançamento, mínima exsudação. Os aditivos da linha MasterGlenium são aditivos à base de éter policarboxilato modificado. Devido à sua química diferenciada, conseguem resultados significativamente superiores aos superplastificantes à base de naftaleno e melamina. A tecnologia consiste em um poderoso dispersante que adicionalmente aumenta a eficiência da hidratação do cimento. 15 Andaimes 16 Ficha Técnica Produto Balancim Manivela - Andaime Suspenso Empresa Andaimes Urbe Telefone (11) 2236-7000 Aplicações do produto Reforma, pintura, aplicação de texturas e acabamentos, lavagem, instalação de tubulações, colocação de caixilhos e vidros. Capacidade e Desempenho Capacidade de carga do Balancim Manivela varia de 447 kg a 308 kg (de acordo com tamanho da plataforma) Combustível / Energia Acionado por rotação manual da manivela. Também disponível modelo com motor elétrico. Segurança Cabos de segurança com trava automática. Piso metálico antiderrapante, guarda-corpo e rodapé incorporado de acordo com NR-18. Fixações por ganchos, vigas, afastadores, contra-pesos e trilhos. Montagens sobre a laje ou sobre cavaletes metálicos. Dimensões / Peso Comprimentos de 1,5 m até 8,0 m. Largura de 0,8 m (outras medidas sob encomenda). Comandos e controle Acionamento manual direto no guincho. Também disponível modelo com motor elétrico. Dados para Transporte A Andaimes Urbe oferece transporte para entrega e retirada de seus equipamentos. OBSERVAÇÕES Este equipamento deve ser montado por profissional capacitado e sob supervisão de profissional legalmente licenciado. 18 Ficha Técnica Tecnologia do Concreto 20 Em busca da mistura que dê vida útil e resistência excepcional O concreto eterno é uma questão de tecnologia e de custo. Há pesquisas correntes em vários países em torno do assunto, inclusive no Irã Por que o Irã estaria desenvolvendo concretos de alta resistência? O país encontra-se numa região sísmica e o material também tem aplicação militar, para proteger suas unidades que processam o urânio enriquecido — motivo das sanções internacionais ao país. O chamado concreto de resistência ultraelevada (CRUE) é feito com cimento, areia e agregados, mais aditivos como quartzo em pó, partículas metálicas e fibras. O Ductal, um concreto ultrarresistente disponível comercialmente na França, tem resistência e possui maior flexibilidade e vida útil. Alterar a estrutura molecular do cimento pode ser um dos caminhos, bem como o uso de nanopartículas para melhorar a estrutura do concreto. A equipe de Ali Nazari, na Universidade Islâmica de Azad, em Saveh, Irã, publicou diversas pesquisas sobre o uso de óxidos de ferro, alumínio, zircônia, titânio e cobre. Embora os testes tenham sido realizados com amostras de pequenas dimensões, essas nanopartículas podem gerar concretos quatro vezes mais resistentes do que o Ductal. Outra pesquisa mostrou em 1995 que a adição de fibras de polímero aumentou pouco a resistência à compressão do concreto, mas este suporta impactos sete vezes maiores. Ductal é uma tecnologia patenteada pela Lafarge e Bouygues para produzir concretos de elevada resistência mecânica, de até 200 MPa, resistência à flexão acima de 40 MPa, durabilidade excepcional, resistentes à abrasão e agentes químicos e ambientais (congelamento, água salina etc.). Este tipo de concreto permite construir estruturas mais esbeltas e complexas, com manutenção mínima. As empresas não informaram a faixa de custo desse concreto, nem detalhes técnicos. Robô inspeciona estruturas A revista Engineering News Record, parceira editorial da revista O Empreiteiro, informou recentemente que muitas das 104 usinas nucleares dos Estados Unidos estão atingindo a metade da sua vida de projeto e o mesmo acontece com um grande número de barragens. Um robô sobre esteiras, fabricado pela International Climbing Machines, de Nova York, e customizado pela Elec- 21 tric Power Research Institute (EPRI), fez uma inspeção na estrutura da hidrelétrica de Robert Moses, em Niagara, no mesmo estado. Normalmente, este trabalho de inspeção sobre a integridade estrutural da barragem demanda a montagem de escoramentos para acesso dos técnicos, que também podem usar rapel. No entanto, o robô mecanizado automatiza esse trabalho. Um dispositivo elétrico cria uma câmara de vácuo entre as esteiras e mantém o robô na parede vertical. As esteiras de espuma sustentam o vácuo e transportam cerca de 20 kg de sensores, passando por cima de porcas, parafusos e concreto projetado. O EPRI e diversas universidades equiparam o robô com sistemas de avaliação não destrutiva. No teste de Niagara, um sensor sônico foi empregado para verificar a delaminação do concreto, através de “conexão aérea”— não há contato físico com a estrutura. O teste foi em parte financiado pela New York Power Authority, que vai usar os dados da varredura para orientar eventuais reparos da barragem. Nos testes futuros, o robô será equipado com outros sensores para aferir o estado da armadura do concreto e o nível de umidade na parede — uma roda química fará o primeiro trabalho enquanto uma antena de micro-ondas efetuará o outro. A ideia é fazer o robô seguir uma rota pré-programada 24 horas por dia, reduzindo o prazo da inspeção. Torre eólica de concreto alcança 100 m de altura Na montagem da planta eólica de Pioneer Grove, no condado de Cedar, Iowa, a empresa Acciona Windpower construiu torres de concreto de 100 m, na sua primeira aplicação nos Estados Unidos. A empresa de origem espanhola informou que esta solução já foi adotada em mais de 80 torres eólicas em outros países. Nesta obra, a torre sustenta uma turbina de 3 MW, a maior até hoje instalada em torre de concreto com essa altura. A torre de concreto foi pré-fabricada em seções numa planta. Ela foi montada ao lado de uma torre metálica de 92 m, com ambas suportando turbinas de 3 MW. Charles Hanskat, consultor de engenharia civil, afirmou à revista Engineering News Record que o concreto suporta maiores forças laterais e dinâmicas do que o aço nestas condições. Passando de 100 m de altura, o aço ultrapassa seu limite de eficiência estrutural e de custo neste tipo de torre, sujeito a constantes cargas dinâmicas. A tendência atual é de se construir turbinas mais possantes e pesadas, para produzir energia eólica com maior eficiência, que demanda também torres maiores. Pré-moldados 22 Tecnologia alcança etapa avançada e amplia uso Supermercados, shopping centers, centros de convenções, plantas industriais, estádios para a Copa, aeroportos. A tecnologia dos pré-fabricados de concreto tem papel decisivo para cumprimento dos prazos As razões para o atual desenvolvimento, na aplicação das peças pré-fabricadas de concreto, são muitas. Mas podem ser resumidas, dentre outras, em cinco: 1. As peças pré-fabricadas de concreto reduzem o prazo das construções; 2. Têm custo e qualidade sob controle e, portanto, podem ser garantidas; 3. Oferecem possibilidades de protensão em pista, o que comprovadamente revela favorável custo/benefício em relação a outros sistemas; 4. Permitem a construção de lajes alveolares de concreto; e 5. Permitem que estruturas sejam projetadas com grandes vãos e sobrecargas. Ronaldo Franco, da T&A Pré-fabricados em São Paulo, diz que a versatilidade da tecnologia e os avanços que ela já obteve naqueles e nos mais diversos segmentos da infraestrutura têm permitido que ela seja escolhida para a construção de estruturas de obras aeroportuárias. “Tanto é”, informa ele, “que ainda recentemente a nossa empresa concluiu três obras em aeroportos”. A primeira foi no aeroporto de Sorocaba (SP), com a construção do hangar Jet Center destinado à manutenção e fretamento de jatos executivos. As demais resultaram dos projetos para ampliação do Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro, em Guarulhos (SP). “Participamos da construção de parte do novo terminal de passageiros (TPS3) e da ampliação do free shop DutyFree, no atual terminal de passageiros.” Ele acrescenta que, para aquelas três obras, a empresa forneceu a estrutura completa, composta de pilares, vigas e lajes alveolares. Elas absorveram cerca de 2.000 t de cimento, 5.200 m³ de concreto e 600 t de aço. A ampliação daquele aeroporto contou com projeto de cálculo estrutural a cargo da empresa espanhola Engecorps. Ela foi contratada diretamente pela Concessionária Aeroporto Internacional de Guarulhos S. A. e tem o respaldo dos escritórios nacionais Grupo Técnico de Projeto e Zamarion e Millen Consultores. As estruturas pré-fabricadas foram dimensionadas para uma resistência de 50 MPa e são compostas de pilares cujo comprimento varia de 6 m a 22 m. As peças de maior comprimento foram fornecidas em dois segmentos, o que facilitou o processo de 23 transporte e montagem. As vigas têm de 9 m a 18 m de comprimento e são protendidas. A protensão foi obtida em pista mediante o processo de pré-tensão. As lajes alveolares foram dimensionadas para suportar o peso de todos os equipamentos previstos, a movimentação de bagagens e a circulação de passageiros. O sistema de ligação entre pilares e vigas foi concebido nos moldes de uma estrutura pré-fabricada no canteiro. Ele é composto de elementos metálicos embutidos nas peças pré-fabricadas e soldados em seguida. Para o hangar Jet Center, no aeroporto de Sorocaba, foi concebida uma estrutura de concreto com fck de 50 Mpa, com peças armadas e protendidas. O projeto foi desenvolvido pelo escritório Pedreira de Freitas, contratado pela T&A Pré-fabricados. Ronaldo Franco informa também que a capacidade de produção da T&A na unidade de São Paulo, em Itu, é de aproximadamente 5.000 m³ de concreto. Ali são produzidos pilares, vigas armadas e protendidas, lajes alveolares protendidas, painéis alveolares e maciços, telhas de concreto e estacas protendidas e centrifugadas. Ele assinala também que um dos mais interessantes desafios da empresa foi a execução de vigas protendidas com 16 m de comprimento. Por causa do grande vão e carga, as vigas deveriam ser protendidas com pretensão em pista, com a complementação de pós-tensão na fábrica. “As peças chegaram a pesar 30 t cada e tiveram que ser transportadas e montadas com equipamentos especiais de alta capacidade”, afirma ele. Ronaldo ressalta que o ganho do ponto de vista de tempo na utilização de sistemas pré-fabricados de concreto é muito grande em relação, comparativamente, a estruturas convencionais. “Tanto assim”, acentua ele, “que nas obras de Guarulhos conseguimos diminuir os prazos de construção em aproximadamente 50%”. Ele reitera que a urgência para aumentar a infraestrutura de mobilidade brasileira, por causa dos eventos esportivos de 2014 e 2016, poderá frustrar-se caso a opção recaísse em outro processo, e não na tecnologia dos pré-fabricados de concreto. Túneis 24 Os maiores túneis pré-moldados do mundo Os túneis imersos são raros. Poucos são construídos a cada ano no mundo. Eles consistem de extensas galerias, executados em seções muitas vezes com mais de 100 m de largura, e são transportados sobre a água até a posição em que serão imersos até o fundo para, posteriormente, transformarem-se em passagem subterrânea. Tais estruturas são construídas, em sua maior parte, de concreto armado, com as peças montadas em terra firme e depois unidas dentro da água. “Enquanto pontes são mais baratas de se fazer, túneis imersos são normalmente construídos em locais onde pontes não seriam possíveis de ser erguidas, por causa das condições do solo ou restrições de espaço às margens, ou ainda necessidade de grande área de navegação na superfície”, explica Jonathan Baber, diretor de projeto da Mott MacDonald e coautor do livro Túneis Imersos. Em certas condições, túneis imersos podem ser mais baratos do que outros métodos. “Se estiver cruzando um rio entre 0,5 km e 1 km de extensão, um túnel imerso provavelmente terá custo competitivo comparado com o túnel perfurado por causa do custo do TBM (tunnel boring machine)”, conta Baber. O primeiro túnel imerso foi construído em Boston em 1894. O túnel Michigan Central Railway liga Detroit, nos Estados Unidos, a Windsor, em Ontário, no Canadá, embaixo do rio Detroit, e foi o primeiro túnel imerso para passagem de veículos - ele foi inaugurado em 1910. Já o primeiro túnel imerso da Europa foi aberto em Roterdã, na Holanda, em 1942. Os holandeses são um dos maiores construtores de túneis imersos do mundo. De acordo com Baber, que também preside o grupo de túneis imersos da Associação Internacional de Túneis, a Holanda possui as condições ideais para a implementação desse tipo de estrutura. O túnel imerso Busan-Geoje, na Coreia do Sul, é um dos projetos mais ousados nesse segmento. A firma holandesa Strukton Immersion Projects é responsável pela flutuação, transporte e imersão das seções desse túnel. “O maior desafio foram as ondas. Elas influenciaram durante o trabalho de imersão”, afirma Peter van Westendorp, gerente de projeto da Strukton. “Nós usamos duas plataformas flutuantes e quatro rebocadores para transportar as seções do túnel de 3,2 km do local de construção em terra firme até o site. Nós tínhamos que viajar com as peças durante a noite. Isso levava 10 horas. Na segunda noite fazíamos a imersão, que levava 16 horas cada uma”. Um outro procedimento nesta obra foi o uso pela Strukton de um submarino. “A imersão era muito profunda. Nós tínhamos todos os tipos de equipamento dentro do túnel, que eram remotamente controlados, como 25 câmeras para acompanhar os trabalhos e medidores de nível. No entanto, se os sistemas falhassem, nós teríamos que trabalhar dentro dos túneis submersos. Nossos técnicos ficaram em um submarino, mas os sistemas funcionaram bem. Assim, nós não tivemos que usá-lo”, relata Westendorp. Mais recentemente, a Strukton trabalhou em um túnel submerso em Amsterdã, na Holanda. O projeto envolvia a construção de uma nova estação de metrô embaixo da estação central da cidade e uma nova linha de metrô, todas embaixo d’água. Um novo túnel imerso está sendo construído na China. O complexo viário Hong Kong-Zhuhai-Macao tem 50 km de extensão e consiste de três pontes estaiadas, duas ilhas artificiais e 6,7 km de túnel imerso (quando ficar pronto, este será o túnel imerso mais longo construído no mundo). A obra deverá ser completada em 2016. Um túnel entre a Alemanha e a Dinamarca atualmente está em fase de projeto e, quando concluído em 2021, deverá ser o mais extenso do mundo. A Fehmarn Belt Fixed Link propôs um túnel imerso de 18 km entre a ilha de Fehmarn, na Alemanha, e a ilha de Lolland, na Dinamarca, que terá em seu percurso estrada para veículos e uma linha de trem. A estrutura diminuirá sobremaneira o tempo de viagem entre Hamburgo e Copenhague. A obra está orçada em US$ 7 bilhões. A Fehmarn, dona do projeto, pré-qualificou nove consórcios para participar da licitação dos quatro maiores contratos do projeto: galeria norte, galeria sul, acessos e rampas, e dragagem. O leilão deve acontecer em 2014 e as obras serão iniciadas em 2015. No Brasil A primeira iniciativa no Brasil de túnel imerso ligará os bairros de Outeirinhos, em Santos, a Vicente de Carvalho, no Guarujá, em São Paulo. A empresa holandesa Royal Haskoning DHV presta consultoria ao projeto executivo da obra. Orçada em R$ 1,3 bilhão, a obra está prevista de ficar pronta em 2016. A Dersa é responsável pelo projeto. A opção pelo túnel imerso foi comparada à construção de uma ponte ligando as duas cidades sobre o canal que dá acesso ao porto de Santos, com altura mínima de 85 m. No entanto, uma base aérea próxima, no Guarujá, limita edificações em até 75 m. A melhor opção então passou a ser o túnel imerso. A estrutura terá 900 m de extensão e respeitará uma profundidade mínima de 21 m, compatível com o projeto de aprofundamento do canal do porto. Ele terá três faixas em cada sentido, com espaço também para o futuro prolongamento de ramal de VLT (veículo leve sobre trilhos) em construção na Baixada Santista. Ponte 26 Fundações enfrentam correnteza com velocidade de até 4 m/s Nada foi fácil nessa obra, que hoje está praticamente concluída. A velocidade da correnteza, que chegou a levar a camisa metálica de um tubulão, e a instalação de dolfins de concreto, para proteger os pilares, revelam apenas algumas das dificuldades enfrentadas A ponte, na altura do km 18 da BR-319 – rodovia inaugurada em 1973 para ligar Manaus (AM) a Porto Velho (RO) - tem grande importância regional do ponto de vista social e econômico. Permitirá que a população da margem esquerda, onde fica o município de Humaitá, seja mais bem atendida pelos serviços públicos que estão predominantemente na margem direita, em Porto Velho. E obviamente encurtará o percurso entre as capitais do Amazonas e Rondônia, uma vez que dispensará o uso tradicional das balsas que cruzam o rio transportando mercadorias, motos, carros, caminhões e pedestres. A travessia, portanto, que atualmente, dependendo das condições do tempo e do horário, demora de uma a três horas para ser realizada, poderá ser feita em poucos minutos, tão logo a ponte seja aberta ao tráfego. A construção da obra é uma reivindicação antiga. Vinha sendo defendida desde os tempos do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), que foi substituído pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável pela licitação e contratação das obras. Estas foram executadas pelo consórcio Aterpa M. Martins (líder) e Emsa, com gerenciamento, supervisão e fiscalização do Grupo Falcão Bauer e projeto executivo a cargo do escritório V. Garambone Projetos e Consultoria, do Rio de Janeiro. O engenheiro Eduardo Araújo, diretor da Aterpa M. Martins, diz que o projeto para a construção data do ano 2000. A empresa gerenciadora, por intermédio da engenheira Vera Bauer, diretora do Grupo Falcão Bauer, e do engenheiro Antonio Carlos de Fazio, gerente da divisão de gerenciamento, supervisão e fiscalização do mesmo grupo, lembram que as obras começaram no dia 24 de março de 2010. Naquele ano foram feitas as sondagens e realizados os preparativos para o desvio das balsas no trecho das obras. Nessa época foram iniciados os serviços de fundações, que acabaram con- 27 cluídos em 2011. Em 2012 foi executado o trecho em balanço sucessivo e o acesso do lado do município de Humaitá, além de assentadas as vigas do trecho convencional. Hoje a obra está com 98,26% dos serviços concluídos. O diretor da Aterpa reafirma ter sido necessário enfrentar, no trecho em questão, correnteza que registra velocidade de até 4 m/s e cuja vazão às vezes chega a 45 mil m³/s ; a profundidade, que na época das cheias é da ordem de até 36 m e a profusa quantidade de materiais, sobretudo troncos de árvores “que desciam rodopiando e constituíam um permanente risco adicional”. Além disso, havia a logística. Máquinas, equipamentos e materiais teriam de chegar, em sua maior parte, de outras regiões, com um agravante: “No caso do cimento, tivemos de concorrer com as barragens — Santo Antônio e Jirau — que durante todo o tempo tiveram a prioridade no fornecimento”. No pico das obras, a construção concentrou um contingente da ordem de 600 pessoas. No total, durante os três anos de duração dos trabalhos, foram contratados aproximadamente 1.500 trabalhadores. Das fundações aos balanços sucessivos A ponte, com 987 m de extensão, incluindo aí os encontros, e com 12 m de largura, tem duas faixas de tráfego e gabarito de navegação de 30 m. Foi projetada com concreto armado possuindo 16 apoios. Os pilares foram concretados com o emprego de formas trepante e deslizante. Dos 17 vãos, 14 têm 45 m de extensão e foram executados com vigas protendidas e três em balanço sucessivo. O vão central, com 165 m de extensão, foi feito com aduelas de 3 m a 4,50 m de comprimento e, os adjacentes, com 90 m cada. A projeção do vão de 30 m considerou a ocorrência da maior cheia do rio. O engenheiro Eduardo Araújo diz que, em linhas gerais, a construção avançou assim: • Infraestrutura (fundação): foram cravadas 92 estacas em solo ou em rocha e, 32, fabricadas no canteiro. Estas utilizaram camisa metálica. A perfuração ocorreu com lâmina d´água de até 35 m. Para as operações da cravação o consórcio utilizou perfuratrizes telescópicas, apoiadas sobre balsas. Já as camisas metálicas foram executadas com chapa de 12,5 mm em aço, calandradas no canteiro e cravadas com o uso de martelos hidráulicos e pneumáticos. • Mesoestrutura (pilares e viga travessa). Trecho convencional: pilares em concreto armado com seção de 2,60 m x 5 m vazado com paredes de espessura de 25 cm, com alturas que variaram de 3 a 23 m. Foi utilizado o sistema de forma deslizante nos pilares com altura superior a 6 m. Sobre os pilares foi executada uma viga travessa em concreto armado com altura de 1,50 m. O trecho em balanço sucessivo foi construído com pilares de concreto armado com de seção de 1,20 m x 7 m e altura média de 18,50 m. Sobre os pilares, o topo de concreto armado tem 8 m de altura. • Superestrutura (vigas e lajes superiores). O trecho convencional foi exe- 28 cutado in loco com vigas de concreto armado e protendidas, altura de 2,30 m e comprimento de aproximadamente 43 m, apoiadas sobre a viga travesssa. A extensão total do trecho convencional é de 630 m (14 vãos de 45 m). Sobre as vigas foi feita uma laje com concreto armado de 12 m de largura. • Balanço sucessivo. Esse trecho foi executado com aduelas de concreto armado protendido com altura inicial de 8 m. O comprimento varia de 3 m a 4,25 m. As aduelas de fecho central foram executadas com 7 m de comprimento e 3,30 m de altura, enquanto as aduelas do chamado fechamento extremo foram executadas com 11 m de comprimento e 3,30 m de altura. A extensão total do trecho em balanço é de 345 m, com vão central de 165 m. A proteção dos pilares A empresa gerenciadora informa que foi preciso fazer mudanças no projeto inicial, tanto para melhorar as condições de emprego das técnicas construtivas quanto para obtenção de velocidade na execução. Uma das medidas adotadas foi a construção dos dolfins de concreto, incluídos como item importantes no projeto, em razão da necessidade de se conferir proteção aos pilares da ponte. É que pelas águas do Madeira passa tudo. A força e a alta velocidade das correntezas podem arremessar, contra a estrutura da ponte, grossos troncos de árvores e outros elementos. Os dolfins de concreto foram concebidos e executados como anteparos contra impactos dessa natureza. Simultaneamente – e por conta de dificuldades dessa ordem – em nenhum momento as obras deixaram de contar com apoio náutico, com a presença, por exemplo, de empresas especializadas, tais como a New Sub-Serviços Aquáticos - Mergulhares e Aruanã Serviços Navais – Consultoria Naval. Embora a ponte esteja praticamente pronta, a entrega ainda não acontece. E isso, vem gerando críticas locais e até em Brasília. De um lado se informa que ela ainda não foi concluída, porque falta reassentar as famílias que moram junto aos encontros, no lado de Humaitá. De outro, dizem que a entrega ainda não aconteceu, por causa do que chamam “máfia das balsas”, que insiste em brigar contra o progresso. De qualquer modo, aventa-se que a solução, para a inauguração oficial da obra, está próxima. Sobretudo, porque a população não suporta esperar mais. Ficha técnica Ponte sobre o Rio Madeira Local: Porto Velho (RO) Contratante: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Consórcio construtor: Aterpa M. Martins/Emsa Projeto executivo: V. Garambone Projetos e Consultoria Autobetoneiras & Betoneiras 29 Bomba de Concreto 34 Ficha Técnica Produto Schwing S43SX Empresa Schwing Stetter Telefone (11) 2236-7000 Aplicações do produto Auto Bomba para Concreto com mastro para Distribuição Capacidade e Desempenho Alcance vertical de 42,3 m e Capacidade de Bombeamento de 140m³/h Motor / Potência Caixa de Transferência Combustível / Energia Diesel Recursos Adicionais Mastros de 5 seções com abertura em RZ Dimensões / Peso LxAxC - (2500 x 3900 x 11540 mm) - Peso 21,94 ton Comandos e controle Sistema de Comando VECTOR c/ Controle Remoto OBSERVAÇÕES "SCHWING redefine os padrões em Auto Bombas para Concreto com Mastro da classe 40 metros. A combinação de 5 seções do mastro com a abertura em sistema RZ, estabilização SUPER X com pés de apoio curvados e design exclusivo do pedestal em super estrutura com peso reduzido fez deste equipamento um sucesso nas obras de todo o mundo, tanto em bombeamentos em grandes cidades quanto em grandes canteiros de obras. Equipamentos 35 Formas de aço moldam pilares na Transolímpica Um novo equipamento foi desenvolvido pela SH para atender a demanda de clientes que antes utilizavam adaptações e formas de madeira para construir pilares circulares. O material vem sendo aplicado na obra da Transolímpica, um dos maiores projetos de mobilidade urbana para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. A obra, que pretende reduzir o tempo de viagem entre os bairros de Deodoro e Barra da Tijuca de 1h50 para 40 minutos, contém uma grande quantidade de viadutos e utiliza em sua execução a forma para pilar circular SH composta de aço estrutural e um anel para apoiar as formas entre as etapas. A alternativa é aplicada em pilares com 100 cm, 120 cm e 150 cm de diâmetro e alturas de 25 cm, 50 cm, 100 cm e 150 cm. A medida equivale à necessidade deste projeto, mas, segundo a SH, pode ser fabricada em diversos tamanhos para locação. Em parceria com o Consórcio Construtor Transolímpica, a empresa está fornecendo para cinco trechos do projeto em diferentes pontos da cidade. Dos 23 km de extensão, o consórcio está atendendo 20 km. Além da forma, as obras recebem a aplicação do Concreform SH, Torre de Carga LTT e escada modular. São cerca de 145 t de equipamentos da fabricante na obra. A SH participa do projeto desde janeiro de 2013. O prazo estimado para o fim das intervenções nos cinco trechos pela SH é de 12 meses. Robô alemão trabalha na obra do metrô no Rio de Janeiro Um robô alemão vem sendo responsável pela concretagem do túnel recém-escavado pelo Consórcio Construtor Rio Barra nas obras da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro (Barra da Tijuca – Ipanema), no trecho entre a Barra e a Gávea. Ao todo, a Linha 4 terá 16 km de extensão e seis estações. Depois de inaugurada, vai transportar 300 mil pessoas por dia e retirar cerca de dois mil carros por hora das ruas, nos horários de maior circulação de veículos. Segundo o consórcio, desde maio a construção do túnel de São Conrado em direção à Gávea e Barra da Tijuca está mais limpa e rápida. O consórcio neste trecho adquiriu um robô Putzmeister, fornecido pela empresa alemã que possui mais de 50 anos de experiência no desenvolvimento de soluções para o bombeamento e transporte de concreto. O robô projeta 20 m³ por hora, o equivalente a três caminhões de concreto, o dobro do método até então utilizado naquela frente. Braços mecânicos operados por controle remoto fazem o papel do mangoteiro, operário que segura e direciona a saída do concreto que dá sustentação ao túnel em construção. Central Dosadora 38 Ficha Técnica Produto Central Dosadora TDA 100 Empresa LIEBHERR Telefone (11) 2221-3519 Site www.liebherr.com.br Aplicações do produto Concreteiras e pré-fabricados Capacidade e Desempenho 100m3/h - real Motor / Potência 60kw Combustível / Energia 380v ou 440v; 60 Hz Recursos Adicionais 2 x 100t de cimento/ 3 x 17m3 agregados Dimensões / Peso Diversos (de acordo com o layout) Comandos e controle Litronic MPS III - Standart Dados para Transporte Depende da configuração OBSERVAÇÕES Funcionamento com sensor de umidade e exaustor de pó no ponto de carga. Várias opções de layout e configurações. Ponte 40 Estrutura combina balanços sucessivos com sistema de estais Projetada pela Enescil e executada pela Jofege, nova ponte em Barueri (SP) transpõe o rio Tietê com 435 m de comprimento Um rio negro de poluição por baixo, Aldeia de Barueri de um lado, Alphaville de outro. E a ponte futurista. O analista de sistemas Chan, descendente de chineses, vai caminhando pela lateral da ponte, que também ganhou nome de oriental: Akira Hashimoto. Vem a pé desde a estação Antônio João, Linha 8-Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), do lado da Aldeia, com destino a uma empresa de informática em Alphaville. O automóvel da mulher foi ao conserto, “aí, quem dança sou eu”, e tomou emprestado o auto dele. Por isso palmilha esta tarde de outubro sob o sol inclemente, o céu azul. Um bafo quente nos arremessa nas narinas, durante a travessia, o fartum nauseabundo que trescala do rio, o Tietê, tão poluído e triste. A modernidade da engenharia de pontes pelo alto, o atraso do saneamento urbano por baixo. “Antes da ponte era ruim demais. Tinha de ir até lá embaixo para poder chegar”, elogia Chan, bamboleando pelo caminho. “Mas o trânsito local, do outro lado, piorou muito”, contextualiza. A ponte estaiada Akira Hashimoto, que liga a avenida General de Divisão Pedro Rodrigues da Silva, do lado da Aldeia de Barueri, à Estrada da Aldeinha, em Alphaville, custou R$ 60,618 milhões nas contas da prefeitura local, que pagou pela obra. Foi inaugurada no dia 30 de setembro último, depois de três anos, de idas e vindas na prefeitura, revisões no projeto, o abandono de alças de acesso e de saída. Há 12 anos ali, o vizinho Carlão, do Restaurante do Carlão e da Nádia, ao lado da ponte, diz confiar: “A 41 tendência agora é melhorar”. Esse sujeito de pele morena, olhos negros e tranquilos, cabelo começando a rarear no cocuruto vai contando, por detrás do balcão de cachaças coloridas colocadas dentro de potes de vidro, azul, amarela, que a chegada da iluminação pública à rua, com a vinda da ponte, é vantagem. Do outro lado da ponte, no portão de entrada do canteiro de apoio montado pela construtora, o vigia Carlos Roberto Camargo se diz satisfeito: “Todos nós temos participação nessa obra”. Tem razão o homem sorridente e queimado de sol, os afluentes da idade no entorno dos olhos, o uniforme claro: está ali, contribuindo, há dois anos e seis meses, desde quando a ponte ainda era só uma rampa pequena. “À noite que ela é bonita. Toda iluminada. É lilás aqui nas laterais, e clara por cima. Dá para ver lá de longe, da Castello [rodovia Castello Branco, que atravessa o município]. Cartão-postal de Barueri.” Do telefone celular ele vai mostrando o resultado da sua admiração, em fotos noturnas. Município rico, pobre trânsito Foto: Divulgação Prefeitura de Barueri Barueri, com população estimada hoje em 256 mil habitantes pelo IBGE, é o município que sedia e movimenta a questão: um dos mais ricos da Grande São Paulo e do País, riqueza advinda sobretudo do polo administrativo e comercial situado no bairro planejado de Alphaville, onde grandes empresas vieram montar escritórios, atraídas por incentivos fiscais. Há também na cidade polo da estatal Petrobras, que ali recebe, armazena e distribui derivados de petróleo e álcool, atividades que transferem ao município um punhado de royalties do petróleo. Barueri, conforme pesquisa do IBGE com base em dados econômicos de 2010, é o décimo sexto município mais rico do Brasil, com Produto Interno Bruto de R$ 27,752 bilhões. Desempenho que o coloca à frente inclusive de algumas capitais, como Vitória (ES) e Goiânia (GO). A nova ponte promete aliviar, embora parcialmente, um problema que se agrava ano a ano no município: o de mobilidade urbana. Segundo dados de julho do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), 146.254 veículos (91.357 automóveis) estavam registrados O projeto original previa alça de entrada (ao centro, à em Barueri.Dez anos atrás, esquerda) e de saída (ao fundo, à direita) da ponte em 2003, havia ali um total de 59.327 veículos registrados, um crescimento, portanto, de 146% da frota. O município também ostenta um curioso dado: o número de gente ocupada ali supera o número de habitantes Ponte 42 (264 mil contra 256 mil). O fato se reflete, naturalmente, no expressivo volume de veículos que pelo município circula todos os dias. Nas contas do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran) de Barueri, transitam, pelas vias da cidade, média de 350 mil a 400 mil veículos de segunda a sexta-feira. Em 2010, esse volume era de 177 mil veículos. Significa, portanto, que, em apenas três anos, o número de veículos que trafegam por Barueri cresceu mais de 100%. Eis o contexto da obra. 435 m de extensão, quatro faixas Executada pela construtora Jofege, conforme projeto estrutural da Enescil, a ponte estaiada de Barueri se estende por 435 m, com tabuleiro de 21,8 m para duas faixas de rolagem em cada sentido da via e passeios para pedestres nos dois lados. O gabarito de navegação possível ali é de 14 m de altura. O trecho estaiado se alonga por 250 m, com três vãos (74 m, lado Aldeia; 123 m, vão central; e 52 m, lado Alphaville). O trecho convencional corresponde a cerca de 185 m de extensão. A ponte se eleva com dois mastros assimétricos, de 48,7 m (do lado da Aldeia de Barueri) e de 37,25 m (do lado de Alphaville), medidos a partir do bloco do mastro. “Os mastros são diferentes em distâncias diferentes a ser vencidas”, pontua Claudio Watanabe, da Enescil, projetista-calculista da ponte. De cada lado do mastro maior se espicham 11 estais; e das laterais do mastro menor, sete, totalizando 36 estais. O mastro do lado da Os cortes das seções. Projeto Aldeia se apoia sobre um bloco estrutural da Enescil de 14,4 m x 10,8 m x 4,5 m de altura com 108 estacas-raiz. O mastro do lado Alphaville se firma sobre um bloco de 13,2 m x 8,9 m x 4,2 m de altura com 77 estacas-raiz. O mastro no lado da Aldeia é fixo, ao passo que o mastro no lado de Alphaville é móvel. A flexibilidade de um dos Esquema de elevação geral da ponte. 43 mastros visa a minimizar o fenômeno da dilatação do conjunto pelo calor. Não há mirantes nos mastros. Obra que avança no ar, e de surpresas que brotam no chão. Assim foi na fase inicial, de terraplenagem e fundação, com 19.590 m3 escavados. Gilmar Lundgren, engenheiro da Jofege e gerente de contrato da ponte, lembra que foi preciso alteração no plano de cravar as estacas-raiz (de 41 cm de diâmetro cada) no solo, a uma profundidade média de 30 m. Havia, do lado da Aldeia de Barueri, um tronco coletor da rede da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Para não correr o risco de perfurá-lo, foram cravadas estacas dos dois lados do coletor e lançado vigamento por cima, para proteger, e, só depois, dar sequência à obra, com a colocação dos pilares. A presença do rio Cotia, afluente do rio Tietê, também do lado da Aldeia, obrigou o projeto estrutural a seguir por sobre as águas. Daí o acesso desse lado ser mais longo. São três diferentes métodos combinados na construção do trecho convencional da ponte, isto é, com escoramento: na primeira etapa da ponte, de 35 m, no acesso do lado Aldeia, são utilizadas vigas longitudinais pré-moldadas protendidas de 36,09 m; na seção imediatamente posterior a essa, de cerca de 100 m, a opção foi por vigas transversais pré-moldadas protendidas de 22,20 m. Esse trecho corre sobre o rio Cotia, transpondo o vão. No outro lado da ponte, no acesso de 48 m, optou-se por vigas longitudinais pré-moldadas armadas de 12 m. Balanços sucessivos O trecho estaiado da Akira Hashimoto foi erigido com a técnica de balanços sucessivos. Uma aduela (caixa de concreto) vai se apoiando na outra e avançando pelo ar. Lança-se o concreto, ocorre a cura e recomeça a concretagem. Nesse caixão central de concreto vão sendo fixadas, mediante tirantes, treliças pré-moldadas de concreto armado, que vão receber por cima as pré-lajes e a laje da ponte. É assim que a ponte vai se alargando, para a formação de seu tabuleiro bojudo. Houve inovação nessa fase, segundo a Mills, empresa contratada para fornecer uma série de formas para execução de peças de concreto e equipamentos de apoio, que assumiu também a operação dos carros do balanço sucessivo. Quem sublinha a revisão de rota é o vice-presidente de operações da Mills, Erik Wright Barstad: “Graças à criatividade do nosso corpo de técnicos e engenheiros, conseguimos viabilizar, com o projetista e o cliente, uma mudança no método executivo das aduelas: após a sua concretagem, caminhávamos com a treliça e em seguida instalavam-se os estais na aduela concretada”. Quer dizer, a ponte foi ultrapassando o vão de forma coordenada. Ponte 44 Execução pelo método de balanço sucessivo teve participação decisiva da Mills Gilmar Lundgren, da Jofege, valoriza o fato de ter sido instalada, contígua à obra, uma central de apoio, de onde saiu boa parte das peças de concreto moldadas no lugar, como as 1.032 pré-lajes da estrutura, e local de escritórios, banheiros e refeitório. “Isso nos ajudou muito.” A Jofege também cuidou do fornecimento do concreto (8.800 m3 executados), produzido na unidade da empresa próxima dali, na vizinha Osasco (SP). O pico dos trabalhos, nas contas de Gilmar, empregou 150 trabalhadores, 90% deles próprios. Maior obra que já realizou, a ponte estaiada de Barueri entra no currículo de Gilmar por seu potencial de desencadear processos construtivos. “A cada etapa que se executa se vai criando uma linha de produção. A primeira aduela, a primeira treliça. Depois, é só seguir a tendência da primeira”, ensina. “A cada avanço, a estrutura se movimenta, e de forma controlada”, observa. Tensionamento equilibrado Todos os serviços relacionados ao estaiamento e à protensão dessa obra de arte especial estiveram a cargo da Alga Brasil, com a presença, no canteiro, de um engenheiro e de quatro técnicos da empresa, e a colaboração de ajudantes da Jofege. Artur Scheidt, engenheiro da Alga Brasil, explica que uma etapa decisiva para o sucesso de edificações do gênero é a distribuição equilibrada das cargas nos estais e, mais sensivelmente, nas cordoalhas que compõem os estais (no projeto, são 38 a 65 cordoalhas por estai). Na obra, a Alga utilizou sistema próprio, chamado 45 Alga AL 200 de Equitensão. “Ele equipara todas as tensões em todas as cordoalhas de um mesmo estai através de uma referência inicial. Dessa forma, temos a certeza de não sobrecarregar uma ou outra cordoalha, pois todas estão com a mesma tensão de trabalho”, demonstra Scheidt. O engenheiro destaca também o uso de sistema desenvolvido internamente para posicionar o PEAD (polietileno de alta densidade, bainha amarela que recobre toda a extensão do estai, para protegê-lo do tempo) antes de passar as cordoalhas, com cabo de aço, anéis de aço CA-50 e um tirfor (guincho manual portátil de cabo passante). “Com isso eliminamos o problema da exagerada deformação do PEAD antes da enfiação e tensionamento da primeira cordoalha de cada estai, evitando que ele ficasse fora de posição.” Além de cumprir certa função estética, e de status, o estaiamento também contribui para a diminuição da altura da estrutura da ponte, explica Claudio Watanabe, da Enescil, uma vez que suporta parte do peso do conjunto. “Sem os estais seria preciso um caixão muito mais alto. Com eles, vencemos vão maior com altura de estrutura menor. E com redução do comprimento das alças de acesso”, valoriza. Uma ponte tem sempre a função nobre de ligar um lado ao outro lado, de juntar o que está separado, compreensivamente. Ponte é diálogo. Lá no centro dela, do alto, em meio aos estais, observo em silêncio, debruçado sobre a grade protetora, o rio negro, movendo-se, borbulhando misteriosamente, será que algo vai emergir? Eu fico olhando o leito negro, detidamente, com a expectativa de descobrir os seus mistérios, os mistérios da vida. Será que o Chan, lá do começo dessa história, é versado em Confúcio e Lao-tsé e sabe a língua das águas? Ei, Chan, volte aqui!... Ficha técnica Construção da Ponte Estaiada Akira Hashimoto • Local: Barueri (Grande São Paulo) • Construção: Jofege • Projeto estrutural: Enescil • Protensão e estaiamento: Alga Brasil • Aparelhos de apoio metálico e junta elastomérica de grande movimentação: Alga Brasil • Fundações: Geosonda • Sondagens: EMSOL e SPT • Controle tecnológico: Fat’s • Topografia: Planimétrica • Aparelhos de apoio de neoprene: Neoprex • Juntas de dilatação: Jeene • Concreto e asfalto: Jofege Concreto 46 Ficha Técnica Empresa Ecocreto do Brasil Endereço Av. Dos Bandeirantes, 2088 Telefone (11) 2925.7085 Site www.ecocreto.eco.br E-mail [email protected] Produto Ecocreto concreto permeável Aplicações do produto Estacionamentos, Ruas, Calçadas, Pátios de Carga, Pavimentação no Geral Capacidade e Desempenho Até 50 MpA Recursos Adicionais Pode ser feito em diversas cores Dados para Transporte Entregue e Instalado pela empresa OBSERVAÇÕES Novo conceito em pavimentação, concreto 100% permeável, ótimo para projetos de reutilização de água. Concreto 48 Ficha Técnica Produto Cimento CP V-ARI Supremo Empresa Supremo Cimento Telefone (47) 3242-2128 Site www.supremocimento.com.br Descrição Cimento Portland de Alta Resistência Inicial. Aplicações Pré-moldados de concreto, artefatos, argamassas em geral. Norma brasileira NBR 5733/1991 Características Elevada resistência inicial e rápido tempo de pega. Cor Cinza Embalagem Sacos de 50 kg ou a granel. Site www.supremocimento.com.br OBSERVAÇÕES O CP V-ARI Supremo é um cimento de alta resistência inicial, seu desempenho supera as recomendações técnicas da NBR 5733/1991. Utilizado em situações que exijam desforma rápida, é o cimento ideal para indústrias de artefatos e pré-moldados de concreto. 49 Desmoldante 50 Ficha Técnica Produto Denver Desforma / Denver Desmoldante / Denver Desmoldante SM ECO Empresa Denver Impermeabilizantes Ind. E Comércio Ltda Telefone 55 (11) 4741-6000 Site OBSERVAÇÕES www.denverimper.com.br Linha totalmente atóxica, biodegradável e baixo COV Drenagem 52 Ficha Técnica Produto Aco Monoblock® Empresa ACO Telefone (12) 3209-5055 Site Dimensões / Peso OBSERVAÇÕES www.acodrenagem.com.br Diversos tamanhos, de acordo com a vazão necessária. Canal e grelha monolíticos de Concreto Polímero, com superfície de baixa rugosidade e a seção transversal em forma de V que maximizam a capacidade hidráulica e aumentam o efeito de autolimpeza do canal. Por ser fabricado em uma única peça de Concreto Polímero, o canal ACO Monoblock® oferece elevada resistência à maioria dos produtos químicos, além de ser totalmente antifurto, já que não possui grelha móvel de ferro fundido Equipamentos 53 Ficha Técnica Produto Dumper 850 AC Dumper 850 - E Empresa GAMA COBRA Telefone (11) 2167-5650 Email [email protected] Aplicações do produto Transporte de materiais: concreto, argamassa, áridos (areia,brita) etc. Capacidade e Desempenho AC capacidade: 2 T./caçamba:850L/Pá 300kg caçamba:850L Motor / Potência Motor Agrale 13 ou 15 HP A 2.500/2.700 RPM Combustível / Energia Combustível: Diesel Recursos Adicionais Tração: Dianteira Dimensões / Peso C 2.575mm; L 1.640mm; A 1.990; Peso E: 820KG; Peso AC: 900KG Comandos e controle Transmissão: Dianteira 5 velocidades + Ré E 2 T./ Ferramentas 54 Ficha Técnica Empresa Telefone Site Produto Husqvarna do Brasil (11) 2133-4800 www.husqvarna.com.br Politriz Husqvarna PG 450 Aplicações do produto Desbaste, nivelamento e polimento de pisos de concreto Capacidade e Desempenho Planetário triplo com 450mm de diâmetro Motor / Potência Combustível / Energia Recursos Adicionais Motor 60Hz, 3hp de potência, 2,3kW Elétrica 220V, Monofásica Pode ser utilizada a seco ou úmido Dimensões / Peso Compacta e fácil de transportar. 109 kg Comandos e controle Controle manual Dados para Transporte Desmontável e dobrável, pode ser transportada em um carro convencional Tecnologia do Concreto 55 Investir mais é o caminho para a maior expansão dos pré-moldados “Não existe dificuldade nova no País. Ocorre que as coisas não acontecem. E o grande problema brasileiro continua a ser o baixíssimo nível do investimento”. A análise, sucinta, é feita pelo empresário Hélio Dourado. E não é aleatória. Resulta da experiência da empresa Premo, fundada há 56 anos por seu pai, Renato Dourado. Ela se encontra instalada em Vespasiano, a 30 km de Belo Horizonte (MG), em área de 100 mil m². Na época em que planejou a criação da empresa, o fundador, presente nas atividades empresariais até começo dos anos 1990, iniciou um trabalho paciente, sistemático, que sabia ser duradouro, destinado a romper com processos construtivos convencionais e mostrar que os pré-moldados sinalizavam com novos rumos para a construção industrializada. Hélio, lembrando a trajetória da Premo — e do seu pai — informa que as primeiras estruturas pré-fabricadas, de maior peso, de responsabilidade da empresa, foram os galpões da Centrais de Abastecimento (Ceasa) na região metropolitana de BH. “Antes disso, a empresa já havia construído outras obras. Mas vamos nos fixar naquelas que significaram datas-marco para nós”, afirma o empresário. Ele destaca como uma das obras de referência, na trajetória da Premo, a construção do deck parking da primeira ampliação do BH Shopping, em 1985, quando foram executados 30 mil m² com elementos pré-fabricados, em apenas 90 dias. Desde aquela época a participação da empresa continua a ser mais consistente no segmento da indústria e comércio, com soluções que ele considera “clássicas”. E, clássicas, em seu entendimento, por constituírem soluções destinadas a centros de distribuição, edificações para fins de ensino, supermercados e hotéis, dentre outros empreendimentos, sobretudo os shopping centers. “Incluímos em nossos fornecimentos aqueles para infraestrutura urbana e viária, tais como passarelas, postos de pedágio, viadutos, terminais de trens e ônibus, além do Premohab, concebido como solução integrada, e 100% industrializada, para habitações”. Contudo, a trajetória não tem sido fácil, conforme continua o empresário: “Atualmente o mercado está muito disputado. Mesmo com o nosso know-how de 56 anos, e depois de termos conquistado a liderança setorial em Minas Gerais, precisamos prosseguir muito atentos às demandas e às inovações. Mas contamos com um time de funcionários muito competente. Acreditamos que, em termos de Brasil, as dificuldades de mercado sejam semelhantes às do mercado mineiro. Em algumas regiões, como o Rio de Janeiro, Goiás e estados do Nordeste, há negócios acontecendo. O Sul anda mais retraído e São Paulo sempre mantém um volume de oferta de obras acima da média nacional.” Considerando, então, as peculiaridades desse mercado, como expandir os pré-moldados? Hélio Dourado diz: “Já passamos por tantas dificuldades que eu não citaria nenhuma saída específica. É que não há dificuldade nova. O grande problema nosso continua a ser o nível baixíssimo de investimento no País”. Ele considera que não há no Brasil um ambiente empresarial saudável. E critica: “Nós vemos muito movimento, ruas cheias de carros, estradas também. Há dificuldade para a contratação de mão de obra. Mas tudo isso parece um filme. O que constatamos, no entanto, é que há muito barulho por nada. No fundo, podemos resumir tudo isso numa palavra só: improdutividade.” Fôrmas 56 Ficha Técnica Produto Estruturas MK Empresa ULMA Telefone (11) 3883-1300 Email [email protected] Características Sistema desenvolvido para execução de estruturas com grande capacidade de carga, em obras de construção pesada. Formado por vigas de aço especiais de alta resistência (até 36 toneladas por poste), que unidas entre si podem configurar diversas modulações de estruturas de suporte, tais como treliças, carros de ala e carros para túneis, entre outras soluções para execução de pontes, viadutos, túneis, usinas, lajes, vigas entre outras necessidades de estruturas em obra. Aplicações do produto Treliças, Carros para Túneis, Carros para Pontes, Fôrmas, Escoramentos, Consoles Trepantes e Estruturas Especiais em obra. Capacidade e Desempenho 36 kN - por poste Vantagens Versatilidade por resolver diversas estruturas em obra Facilidade de Montagem Alta capacidade de carga” OBSERVAÇÕES Por ser um sistema modular de grande versatilidade, sua aplicação pode ser estudada para qualquer necessidade de estruturas em obras. Pré-moldados 58 Estaleiro na Bahia a um passo de começar fabricação de sondas Embora a unidade de Paraguaçu só venha a ser inaugurada em março de 2015, já a partir de maio próximo ela deverá começar a construir sondas para o pré-sal. Opção pela solução pré-fabricada da principal estrutura considerou prazo e durabilidade, dentre outras vantagens Projeto estrutural, reconhecido e divulgado durante a 7ª edição do evento Destaques, da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), que optou pelo emprego de peças pré-fabricadas, em vez de componentes metálicos, na construção da principal estrutura do estaleiro, ajudou na programação para cumprimento do prazo e na possibilidade de se obter outras vantagens, sobretudo quanto à durabilidade. A Enseada Indústria Naval, empresa formada pela Odebrecht, OAS, UTC e KHI (Kawasaki Heavy Industries Ltd), com sede no município baiano de Maragogipe, informa que os investimentos no Estaleiro da Bahia são da ordem de R$ 2,6 bilhões. Segundo ela, trata-se do maior aporte de capital privado realizado na Bahia, na última década. A área ocupada pela unidade é de 1,6 milhão de m². A empresa tem como cliente em Maragogipe e a Sete Brasil, uma companhia de investimentos especializada em gestão de portfólio de ativos voltados para o segmento de petróleo e gás na área off hore no Brasil. Um dos seus objetivos é construir seis sondas de perfuração do pré-sal para a Petrobras. O estaleiro, quando em plena atividade, deverá processar 36 mil t de aço/ano trabalhando em regime de turno único. Isso lhe permitirá, segundo a empresa, “ampla margem de produção, para fabricação, até simultânea, de diferentes tipos de embarcações, como sondas e os chamados FPSOs - unidades flutuantes de armazenamento e transferência de petróleo”. Atualmente, no estaleiro, é a seguinte a situação das obras, iniciadas há um ano e nove meses: encontra-se concluída a construção do primeiro cais, que tem capacidade para atracação de embarcações com até 210 m de comprimento e área total de 5,2 mil m² e as diversas equipes estão terminando a obra da oficina de corte e tratamento de chapas de aço. No conjunto, 60% das obras são consideradas prontas. O projeto estrutural O engenheiro George Maranhão, que tem escritório em Natal (RN), homenageado por conta do projeto estrutural do estaleiro no evento da Abece, 59 por indicação da empresa T&A, diz que as empresas Odebrecht, OAS, UTC e Kawasaki já dispunham de um projeto que previa o emprego de componentes metálicos para a construção da estrutura principal. “Contudo”, afirma ele, “decidimos apresentar projeto com uma solução pré-fabricada. Vimos que esta tecnologia revelava algumas vantagens em relação àquelas do projeto inicialmente apresentado. Além de durabilidade maior, entendíamos que a nossa opção se mostrava também altamente competitiva do ponto de vista financeiro. E, esta competitividade, se dava na escolha do sistema estrutural em treliça (pilares e vigas de cobertura)”. Outras vantagens que ele relaciona, para justificar a escolha da pré-fabricação, são as seguintes: elevada relação rigidez/peso das peças; as peças poderiam ser fabricadas em partes, de modo a se obter redução do peso próprio para facilitar o transporte e, posteriormente, a montagem. Além disso, os espaços entre os banzos e diagonais poderiam ser usados para a passagem das instalações diversas. No conjunto, tudo seria facilitado. Os pilares treliçados, com mais de 35 m, seriam divididos em três partes para posterior ligação. E treliças com vãos superiores a 40 m também poderiam ser divididas em três partes. A conexão se faria, depois, por meio de protensão aderente superior — uma solução que, caso não seja inédita, seguramente é apontada como incomum no Brasil, nas palavras do engenheiro. Ele informa que realizou pesquisas e encontrou citações de obras realizadas de modo semelhante na Europa, depois da Guerra Mundial. Quanto à durabilidade, George Maranhão dá uma explicação adicional. Diz que a pré-fabricação leva a uma estrutura mais durável, porque torna possível a adoção de maior critério ao longo de todo o processo de execução das peças e permite todos os cuidados inerentes ao sistema, recorrendo-se ao emprego de concretos da ordem de 80 MPa de resistência, embora o projeto previsse resistência de 50 MPa. Pré-fabricação e montagem A empresa T&A, que vem operando em diversas obras, sobretudo no Nordeste, foi a empresa contratada para a pré-fabricação e montagem da estrutura principal, que tem 67.465 m² de área construída. O projeto estrutural previu a pré-fabricação de pilares treliçados de concreto armado e treliças de cobertura com pós-tensão, além das vigas de seção “l” protendidas para apoio das pontes rolantes. No processo de construção da estrutura, os pilares são montados sequenciadamente no canteiro. A decisão, para a confecção das peças maiores em partes, a serem montadas in loco, facilitou o planejamento da logística. O transporte foi feito utilizando-se carretas especiais. Guindastes com capacidade para até 220 t e plataformas elevatórias de até 40 m foram utilizados nas operações para descarregar, carregar e posicionar as peças na montagem da estrutura. Construção Industrial 60 Shopping em Vitória da Conquista (BA) usa forma deslizante para concretar laje Área pode ser concretada em menos de 2h, com menor emprego de mão de obra Uma técnica no Brasil promete tornar mais rápida a execução e reduzir o custo da mão de obra de grandes concretagens de lajes em empreendimentos comerciais e industriais. Trata-se do emprego de formas deslizantes no processo de enchimento da laje, que dispensa a montagem e a desmontagem de torres a cada trecho. Após o ciclo de concretagem, uma nova área pode ser concretada em no máximo 2h após o reposicionamento do equipamento. A forma é puxada por um cabo acoplado a um motor e desliza suavemente por meio de roletes fixados nos pilares que apoiam a forma. De acordo com a SH Formas, empresa que aplica a técnica no Brasil, a obra do Shopping Vila Velha, o maior centro de compras do Espírito Santo, foi a primeira a utilizar o equipamento da SH no Brasil. Segundo a empresa, a forma da SH alcançou um ciclo de concretagem de seis dias, em média, em um pano de laje de 1.260 m². O reposicionamento do equipamento levou em média 1h20 para ser concluído e iniciar um novo trecho. O Boulevard Shopping Vitória da Conquista, que está sendo erguido na cidade de mesmo nome, no oeste baiano, tem entrega prevista para maio do ano que vem. As fundações do shopping começaram em outubro do ano passado. O engenheiro responsável pelo empreendimento, Eduardo Freire de Carvalho Olivieri, conta que as obras civis tiveram início em janeiro, com a primeira laje sendo entregue em 22 de fevereiro. Olivieri lembra que foi conhecer de perto no Espírito Santo o novo sistema de concretagem do Shopping Vila Velha e ficou satisfeito com os resultados. “Foram 180 mil m² de laje executados em oito meses e meio, com 28 pessoas e 28 mesas”, ressalta. Olivieri diz que atualmente 170 operários trabalham na obra do Boulevard Shopping Vitória da Conquista. “Se fôssemos utilizar o método convencional de concretagem seriam necessárias mais de 300 pessoas se atropelando no canteiro de obras”, calcula. A redução da mão de obra e a rapidez na execução são as principais vantagens apontadas 61 pelo engenheiro sênior da SH que acompanha todo o processo de utilização das formas deslizantes da empresa na obra do shopping, Irapuan Ramos. “A economia na mão de obra chega a 30%”, ressalta. Ramos também destaca que o trabalho no canteiro de obras fica mais limpo, com escoramento bem menor do que o sistema convencional exige. “Com menos material na obra, ganha-se mais espaço, mais controle e, com menos peças, diminui-se o extravio, furto e danos ao material”, enfatiza o representante da SH. Segundo ele, com a técnica, também “há economia até no frete”. A nova técnica de concretagem com o uso da forma deslizante requer que a laje seja protendida. A obra do Boulevard Shopping Vitória da Conquista receberá o equivalente a 400 km de cordoalha engraxada, com 280 t de peso, para a protensão dos 45 mil m² de estrutura de concreto. Serão gastos 11 mil m³ de concreto, com espessura média global de 0,24 cm. As lajes estarão preparadas para mil kg de sobrecarga. Olivieri destaca que o novo sistema simplifica a estrutura. “Desenformamos a cada sete dias e desarmamos de uma só vez.” Segundo ele, o sistema também vai permitir uma outra ousadia. “Serão 300 m de comprimento de laje sem nenhuma junta de dilatação”, garante. Ficha Técnica Boulevard Shopping Vitória da Conquista Cálculo Estrutural: MCA Estrutura Projeto de Instalação: W Consult Ar-condicionado: Interplan Protensão: DS Tech Projeto Arquitetônico: HB&A / Jean Gaston Escoramento: SH Formas Fundação: Geoforte / Geostar Concreto: Comix / Cimpor Topografia: Leve Top Projeto Geométrico: Toprojet Controle Tecnológico: Lacrose Rodovia 62 Trecho Leste emprega cantitraveller para transpor várzea do Tietê Viaduto de 8,8 km e túneis paralelos de 1.080 m constituem as etapas mais complexas da obra As obras para colocar em operação o Rodoanel Leste em março do ano que vem seguem em ritmo acelerado. O trecho, que fará ligação mais rápida do aeroporto de Guarulhos e das rodovias Dutra e Ayrton Senna ao Sistema Anchieta/Imigrantes - e por consequência ao porto de Santos - obteve as últimas licenças ambientais para concluir o percurso de 43,8 km de extensão. A construção, iniciada em março de 2011, está sendo conduzida pela Concessionária SPMAR, composta do Infra Bertin (95%; grupo que pertence à construtora Contern, que é a empresa responsável pelas obras) e da construtora Toniolo, Busnello (5%). A SPMAR já administra o Rodoanel Sul. Pelo contrato assinado com o Governo do Estado de São Paulo, o ganhador da concessão do trecho Sul (de 57 km) também seria responsável pela construção e operação do trecho Leste, por um período de 35 anos. Pelo projeto, a rodovia, com três faixas de rolamento em cada sentido, terá 64 obras de arte e 16,4 km de pontes. Trabalham hoje na construção do Rodoanel Leste 5.200 operários. O custo total do projeto é de R$ 3,2 bilhões, incluindo obra, desapropriações e iniciativas ambientais. Trafegarão pelo local 48 mil veículos/dia. Cerca de 1 mil desapropriações, sob responsabilidade do estado, ainda estão sendo feitas ao longo do trecho, que passa pelos municípios de Arujá, Itaquaquecetuba, Mauá, Poá, Ribeirão Pires e Suzano. Encontro Leve Estruturado Há 51 frentes de trabalho no Rodoanel Leste. Uma das mais importantes é a de construção do chamado Encontro Leve Estruturado, um viaduto de 8,8 km, o mais longo da rodovia, sobre as várzeas dos rios Tietê e Guaió. A estrutura, para dar mais velocidade de execução e menos impacto ambiental, está sendo executada com o auxílio de um cantitraveller - comumente utilizado em obras de porto. O equipamento, de 25 m de largura e 30 m de comprimento, com uma estrutura metálica pesando 130 t, ser- 63 ve de gabarito para cravação de estacas e avança apoiado sobre as já cravadas por ele para atingir o posicionamento para executar as estacas seguintes. O equipamento está sendo utilizado pela primeira vez no Brasil para construção de estrada. Um guindaste de capacidade de 180 t apoiado sobre a estrutura faz o içamento das estacas para cravação, além de fazer o lançamento das vigas da pista por onde também se desloca o cantitraveller. O uso do equipamento permite a diminuição expressiva da supressão vegetal (algo em torno de 90%, de acordo com a construtora), sem precisar fazer fundações e abrir caminhos de serviço. No entanto, com a necessidade de dar mais agilidade à obra, um guindaste de capacidade de 180 t posicionado em terra acompanha o avanço da obra e dá apoio aos trabalhos. Por semana, o avanço médio com o uso do cantitraveller no Encontro Leve Estruturado tem sido de 60 m. A construtora avalia que, se fosse adotado o sistema convencional de construção do viaduto, a obra avançaria 40 m por semana. As informações são dos engenheiros André Galetti e Marcelo Garcia de Lima e do supervisor de produção Nivaldo Alves Moreira. O viaduto será pavimentado com CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente), mas a base e sub-base são de concreto. Um cimbramento móvel foi usado para colocação das vigas. A opção pela construção do viaduto também foi influenciada pelo custo. Pelo sistema convencional, seriam necessárias drenagem, escavações ou aterros para a execução dos blocos de fundação, para depois posicionar os pilares e a superestrutura. O solo turfoso (típico de área de várzea) teria que ser removido também, exigindo intervenção ainda maior. Calcula-se que a terraplenagem da área, se fosse feita nessas condições, atingiria 4,5 milhões m³. Optou-se então por um longo viaduto naquela seção da estrada. A implementação do viaduto exigiu, por outro lado, o uso muito maior de vigas e estacas, representando 183 mil m³ de concreto e 22 mil t de aço. Fábrica de pré-moldados A fábrica de pré-moldados, de cerca de 30 mil m² e com 550 operários, em Suzano, mesmo local de funcionamento do canteiro central de obras, produz as peças que estão sendo lançadas no Rodoanel Leste. Seis guindastes de pórtico completos Demag, com amplitude de 18 m, são usados na fábrica para elevação e transporte dos materiais, sendo quatro de 32 t de capacidade e dois de 16 t. A produção no total alcançará 8.200 vigas, com média de 12,2 m cada e 30 t de peso. Já a produção de estacas será de 2.900 unidades no total. São dois tipos de estacas produzidas: estrela e circular. Elas medem em média12 m e pesam 3,5 t. Fôrmas 64 Ficha Técnica Produto Fôrma Atex Empresa ATEX Telefone 0800 979 36 11 Email [email protected] Aplicações do produto Utilizado para moldar o concreto formando assim um vazio entre nervuras ou barras que suportam o vão e a carga especificada com um cobrimento ou capa para cada situação. Recursos Adicionais Design que facilita a montagem e retirada, após a concretagem. Dimensões / Peso ATEX660 - 660mm X 630mm X 160mm / 3,600Kg Fôrmas 66 Ficha Técnica Produto Forma para Laje Nervurada Empresa ASTRA Telefone 0800-165-051 Site www.astra-sa.com.br Aplicações do produto Formas para confecção de lajes tipo nervurada Dimensões / Peso Familias de 60x60x15; 61x61x18; 61x61x21; 61x61x26; 65x65x21; 80x80x20; 80x80x25; 80x80x30 Fôrmas 67 Ficha Técnica Empresa BubbleDeck Brasil Ltda. Endereço SRTVS, Quadra 701, Bloco O, n° 110 - Salas 221 e 222 - Brasília/DF Site www.bubbledeck.com.br E-mail [email protected] Produto Tecnologia da Construção Civil (Painéis Pré-moldados ou Módulos Pré-Armados) Aplicações do produto Sistema Construtivo Aplicado em Lajes de Edificações em Geral. Capacidade e Desempenho Industrialização de Obras, Redução de Material e Ganho de Eficiência. Recursos Adicionais Ganhos de Velocidade e Sustentabilidade em Obras. Dimensões / Peso Dimensionado de acordo com a obra, limitando-se ao transporte rodoviário quando não possível fabricar no próprio canteiro de obra. Dados para Transporte Carretas Comum. OBSERVAÇÕES "BUBBLEDECK é um sistema construtivo de origem dinamarquesa composto pela incorporação de esferas plásticas nas lajes de concreto. As esferas ocupam uma zona de concreto sem prejudicar o desempenho estrutural. Apresenta os mesmos princípios estruturais de uma laje maciça convencional, trabalhando nas duas direções, mas com até 35% de redução do seu peso próprio. Impermeabilização 68 Ficha Técnica Produto Radcon Formula #7 Empresa NETHERLAND Telefone (41) 3551-1493 Email [email protected] Aplicações do produto Impermeabilização e proteção de estruturas em concreto armado Capacidade e Desempenho 100% Estanqueidade e proteção Recursos Adicionais Rapidez, confiabilidade, garantia Dimensões / Peso Tambores de 200 litros Dados para Transporte OBSERVAÇÕES Seguro para o transporte Sistema de impermeabilização flexível, aplicado como spray diretamente ao concreto curado, sem necessidade de regularizações ou proteção mecânica, que forma barreira sob a superfície, sem alterar as características do substrato. 69 Juntas 70 Ficha Técnica Produto Juntas Empresa Uniontech Telefone (11) 2215-1313 Email [email protected] Aplicações do produto Pontes, viadutos, aeroportos, portos, edificios, fabricas, etc Recursos Adicionais Os perfiz säo aplicados com resinas epóxidicas Dimensões / Peso 0,05mm até 150,00mm Juntas 71 Ficha Técnica Produto Perfis Elastoméricos para vedação de juntas de dilatação em estrutura de concreto e aço conforme Norma NBR 12.624. Argamassa Polimérica-ARE 41 C para execução dos Lábios Poliméricos (reforço de bordas). Adesivo epoxídico ADE 52. Perfis especiais para vedação de juntas de dilatação com altas pressões hidrostáticas. Empresa Jeene Juntas E Impermeabilizações Ltda Telefone (11) 3765.0001 Site Aplicações do produto Dimensões / Peso www.jeene.com.br Pontes, Viadutos, Passarelas, Barragens, Reservatórios, Edificações em Geral, Aeroportos, etc. 0,4 mm a 150,00 mm Máquinas para blocos e artefatos de concreto 72 Ficha Técnica Empresa Martin Engineering Endereço Rua Estácio de Sá, 2104 • Campinas/SP Telefone 55 (19) 3709-7200 Site www.martin-eng.com.br E-mail [email protected] Produto Vibradores Industriais Aplicações do produto Calhas vibratórias, peneiras vibratórias, moegas, chutes Capacidade e Desempenho Conforme aplicação Motor / Potência Conforme aplicação Combustível / Energia Elétrico, hidráulico ou pneumático Recursos Adicionais Opção à prova de explosão Dimensões / Peso Conforme aplicação. Comandos e controle Conforme aplicação Dados para Transporte N/A Máquinas para blocos e artefatos de concreto 74 Ficha Técnica Empresa Moinho Comercial Importadora e Exportadora LTDA Endereço Av Ana Costa, 374 - Cj. 51 Telefone (13) 3877.9923 Site www.moinho.com E-mail [email protected] Produto Pavimentadora de Intertravados (H-88 e T-11) Aplicações do produto Máquina de assentar intertravado Capacidade e Desempenho Suporta até 700 kg (H-88) e 400 kg (T-11) Motor / Potência Lombardini - 25 KW / 34 HP (H-88) e 16,5 KW / 22,4 HP (T-11) Combustível / Energia Diesel Recursos Adicionais Cabine fechada, rádio, aquecedor. Dimensões / Peso 1300 kg (H-88) e 1100 kg (T-11) Comandos e controle Pedal e Joystick Dados para Transporte Munck / Plataforma OBSERVAÇÕES Lider nacional em pavimentação mecanizada. Máquinas e implementos 78 Ficha Técnica Produto Mini Carregadeira Bobcat Empresa Comingersoll do Brasil Veiculos Automotores Telefone (15) 3225-3000 Site www.comingersoll.com.br Modelo S-450 Capacidade de carga operacional 608 kg Altura máxima de descarga até pino 2.781mm Largura com caçamba 1.575mm Altura da cabine 1.976mm Peso de Operação 2.240kg Misturadores 80 Ficha Técnica Produto Misturadores Empresa CIBI Telefone (12) 3627-4000 Email [email protected] Aplicações do produto Produção de concreto Capacidade e Desempenho De 100 l a 9000 l Motor / Potência Variável Combustível / Energia Energia elétrica Recursos Adicionais Nomo/bi/tri-planetário , turbo e duplo eixo horizontal Dimensões / Peso Variável Comandos e controle Automatizados Dados para Transporte Variável Misturadores 82 Ficha Técnica Produto Misturadores e Sensores de umidade de concreto Empresa TEKA Telefone (11) 4119-3464 Email [email protected] Aplicações do produto Produção de artefatos de cimento e grandes obras. Capacidade e Desempenho De 250 litros até 6.000 litros Motor / Potência Conforme demanda Combustível / Energia Energia Elétrica OBSERVAÇÕES A TEKA oferece seus misturadores conforme demanda de projeto, e procura adequar sempre seus produtos com a aplicação destinada, fazendo também retrofittings e adequação de plantas para receber os misturadores. Dados para Transporte Variável Piso de Concreto 84 Ficha Técnica Produto Piso intertravado de concreto Modelo Stockholm Empresa AREVALE Telefone (12) 3686-1177 Site www.arevale.com.br Aplicações do produto Pátios indústriais, estacionamentos, ruas, portos Capacidade e Desempenho Tráfego pesado, alta durabilidade e custo-benefício Dimensões / Peso 116,5 x 220,5 x 80 mm aprox. 3,80 kg/ peça Dados para Transporte Embalado e Paletizado “Facilidade de execução - Resistente - Durabilidade OBSERVAÇÕES - Aspecto VisualCusto competitivo - Manutenção fácil Reutilização e Reciclegem Superfície Antiderrapante” Equipamentos para Indústria de Pré-fabricados de Concreto 85 Ficha Técnica Produto Equipamentos e Máquinas para a indústria de pré-fabricados de concreto Empresa Vollert V Telefone (31) 3567-2021 Email Aplicações do produto [email protected] Fabricação de Pré-fabricados de concreto : paredes, lajes, pré-moldados construtivos, dormentes de concreto protendido. Oferecemos soluções para a produção de pré-fabricados de concreto planos e estruturais : mesas basculantes de alto desempenho e baterias de moldagem para a produção estacionária, sistemas de moldagem para a produção de paredes e lajes, ou formas para moldagens especiais de colunas, vigas, escadas pré-fabricadas e dormentes. Os fluxos de processos otimizados e novos métodos de produção, com técnicas de circulação sofisticadas, associadas aos sistemas de comando e controle inteligentes, propiciam etapas de trabalho mais racionais, reduzem o uso de material e de mão de obra e tem como resultado produtos pré-fabricados de alta qualidade. Elaboramos conceitos de instalação feitos sob medida: desde as primeiras simulações em 3D e modelos de cálculo, até o design completo de sua fábrica, prevendo as expansões futuras. Aditivos para Concreto 86 Ficha Técnica Empresa Weber Saint-Gobain Endereço Via de Acesso João de Goes, 2127 - Jandira -SP Telefone (11) 2196-8000 Site www.weber.com.br Produto weber.floor rad Aplicações do produto Contrapiso autonivelante de alto desempnho para regularização e nivelamento de pisos industriais, pátios logísticos e estacionamentos Embalagem 20 Kg Cor Cinza Validade 9 meses Estocagem Manter em local seco, ventilado e na embalagem original lacrada Dados Técnicos - Utilizado como solução reparadora em piso de concreto de áreas industriais, logísticas, e estacionamentos - Altas resistências mecânicas iniciais e finais - Liberação em 24 horas para pinturas e revestimentos - Elevada durabilidade - Sistema de aplicação bombeável de alta produtividade Desempenho Resistência aderência 28 dias : ≥ 1MPa // resistência a compressão 28 dias ≥ 30MPa // liberação da área após 24 horas // Consumo 1,7kg/mm/m² Observações 8/18/20148/18/20148/18/2014 Pisos e revestimentos 88 Ficha Técnica Produto Pisos e Revestimentos monolíticos Empresa NS Brazil Telefone (11) 4066-8040 Site Aplicações do produto Capacidade e Desempenho www.nsbrazil.com.br Realizada através de equipes terceirizadas, credenciadas NS Brazil. Os revestimentos NS Brazil são RADs (revestimentos de alto desempenho) De forma geral, possuem resistência química, térmica e Recursos Adicionais mecânica (variável de acordo com o sistema especificado), são de fácil limpeza, alta durabilidade, fácil manutenção e possuem características de impermeabilização. Dimensões / Peso Os produtos são vendidos em kits, cujas embalagens e pesos variam de acordo com o sistema especificado. Pontes Rolantes 89 Ficha Técnica Produto Pontes e pórticos rolantes Empresa Weiler Telefone (19) 3522-5903 Site www.weiler.com.br Aplicações do produto Elevação e movimentação de cargas. Capacidade e Desempenho 05 a 40 Toneladas. Motor / Potência Sistema de tração direta através de redutores acoplados ao eixo. Combustível / Energia Eletricidade. Recursos Adicionais Controle de movimentos bruscos através de inversores de frequencia (opcional). Dimensões / Peso Varia de acordo com os Vãos de trabalho, podendo ser até 40m. Comandos e controle Comandos através de botoeira pendente ou controle remoto. Dados para Transporte Varia de acordo com o equipamento adquirido. OBSERVAÇÕES Os equipamentos são produzidos seguindo rigorosos padrões de qualidade, atendendo as Normas Técnicas: NBR 8400 , NBR 5410 e NR 12. Pré-moldados 90 Ficha Técnica Produto Pré-fabricados Empresa LEONARDI Telefone (11) 4416-5200 Email Descrição [email protected] A Leonardi pré-fabricados desenvolve e executa soluções construtivas industrializadas em concreto, produzindo elementos estruturais tais como: pilares, vigas, lajes alveolares e painéis de fachada para obras dos mais diversos segmentos: shopping centers, condomínios logísticos e industriais, centros comerciais, infraestrutura e outros. Atualmente o parque fabril está instalado numa área de 300 mil m² na cidade de Atibaia/SP. Conta com softwares de última geração com tecnologia BIM (Building Information Modeling) para geração dos projetos em 3 dimensões, integrados ao sistema de cálculo estrutural e aos planejamentos de produção, transporte e montagem. Com mais de 2.600 obras realizadas, os resultados comprovam a qualidade dos produtos, serviços e principalmente, o comprometimento com os clientes. Projeto Estrutural 91 As obras e os calculistas homenageados pela ousadia da criatividade O evento Destaques, da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), expôs soluções encontradas pelos profissionais da Engenharia — para obras diferenciadas O evento, em sua 7ª edição, ocorreu em São Paulo e homenageou 11 profissionais. Foi organizado e patrocinado pela entidade, mas coube às empresas ArcelorMittal, Atex, Brasfond, TQS Informática e T&A a indicação dos homenageados. A finalidade é reconhecer e valorizar o engenheiro estrutural. O troféu deste ano foi entregue in memoriam ao engenheiro Arthur Luiz Pitta, falecido em abril último. Ele é considerado um ícone da engenharia estrutural brasileira pelas obras que projetou, sobretudo em Brasília e em São Paulo (SP). As obras objeto dos Destaques Abece 2013 são as que se seguem. Obra (Rio de Janeiro - RJ) Ponte Estaiada da Barra da Tijuca - Indicação: Arcelor Mittal Com 400 m de extensão, a ponte estaiada será usada pelo BRT da Transcarioca, corredor que vai ligar a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim. É construída sobre o canal que liga as lagoas de Jacarepaguá e da Tijuca. Juntas, formam importante complexo hidrográfico da cidade. Com quatro pistas, sendo duas exclusivas para o BRT da Transcarioca, a ponte estaiada da Barra terá 45 m de altura. O novo marco será utilizado por motoristas que se deslocarem para a Barra da Tijuca ou para o Recreio dos Bandeirantes a partir de Jacarepaguá, na Zona Oeste, ou da Linha Amarela, que liga bairros da Zona Norte e da Zona Oeste. A construção da ponte estaiada inclui também um trevo rodoviário, que terá alças para retorno em seus dois lados. Profissionais homenageados: • João Luis Casagrande - Engenheiro civil formado pela Universidade Santa Úrsula, foi responsável técnico por mais de 500 projetos estruturais incluindo o projeto da nova arquibancada do Estádio do Maracanã, do complexo Transcarioca (lote 1) no Rio de Janeiro e da nova estação Uruguai do Metrô do Rio de Janeiro, dentre outros. Atua Projeto Estrutural 92 com projetos de grandes estruturas no Brasil e Exterior. Atualmente, é responsável técnico pelo projeto estrutural do Velódromo, Basquete e das duas arenas de lutas para os Jogos Olímpicos 2016, quatro das cinco arenas definitivas do novo Parque Olímpico na Barra da Tijuca. • Jeferson Wilson Peconik - Engenheiro civil formado pela Universidade Federal de Minas Gerais, com pós-graduação em Finanças e Gerenciamento em Telecomunicações. Atuou em grandes projetos com desafio logístico como a urbanização dos Igarapés de Manaus; a implantação de redes de energia elétrica para mais de 50 mil consumidores distribuídos em 376 municípios de Minas Gerais pelo programa Luz para Todos; na execução de um dos maiores contratos mundiais em termos de sites de telefonia celular implantados nos estados de MG, RJ e ES, totalizando mais de 2.500 sites; na implantação e manutenção de redes externas de telefonia fixa na cidade do RJ, compreendendo a instalação de mais de 7.700 km de cabos aéreos e subterrâneos, dentre outros. Atualmente, é o responsável pelo contrato de construção da Transcarioca, da Barra da Tijuca à Penha. Obra: Museu da Imagem e do Som (MIS), Rio de Janeiro (RJ) - Indicação: Atex Com 9,8 mil m2 de área construída, o prédio será dividido em oito pavimentos, além de hall de entrada, subsolo e terraço, e seis níveis expográficos. O terraço do prédio funcionará como um mirante, democratizando a vista da orla de Copacabana. O escritório norte-americano Diller Scofidio + Renfro é autor do projeto arquitetônico do museu. No Rio, o escritório do arquiteto Luiz Eduardo Índio da Costa dá suporte ao desenvolvimento e à execução do projeto de arquitetura e coordena os projetos complementares. O cuidado e a preocupação com o meio ambiente permeiam todas as fases do projeto, desde a demolição do prédio que ocupava originalmente o terreno onde está sendo construída a nova sede do museu, na avenida Atlântica. Profissionais homenageados: • Suely Bacchereti Bueno - Engenheira civil formada pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, iniciou-se profissionalmente na área de estruturas na empresa Roberto Rossi Zuccolo. Atualmente, é diretora do Escritório Técnico Julio Kassoy e Mario Franco, atuando na área de estruturas de edifícios altos e obras especiais de concreto 93 armado e protendido, além de ser presidente da Abece. • Jardel Olivatto - Engenheiro civil pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, com pós-graduação - MBA em Gerenciamento de Projetos (FGV-Botafogo), é gestor/coordenador de obras da construtora Rio Verde Engenharia e Construções. Principais prêmios conquistados nas obras gerenciadas: Museu da Imagem e do Som (MIS) - Rio de Janeiro-RJ: Prêmio Milton Vargas na categoria “Obra de Fundações de 2012”; (Nov/2012); Liotécnica Tecnologia em Alimentos - Embu das Artes-SP: Prêmios Anapre e Golden Trowel de Planicidade e Nivelamento de Pisos de Concreto pelos “maiores índices FF e FL registrados até 2009”. Obra - Estação Brooklin - Lote 3 da Linha 5 da Companhia do Metropolitano de São Paulo - Indicação: Brasfond A Estação Brooklin faz parte dos oito lotes de prolongamento da Linha 5 - Lilás, entre o Largo Treze e Chácara Klabin, em São Paulo. É constituída por três poços de ventilação, um poço e dois túneis singelos. Profissionais homenageados: • Fernando Leyser Gonçalves - Engenheiro civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e mestre em engenharia de solos - área de túneis - título da dissertação: O concreto projetado reforçado com fibras de aço como revestimento de túneis - 2001. Concrete Field Testing Technician – Grade I – ACI (American Concrete Institute) – Guayaquil – 2004. • Osvaldemar Marchetti - Engenheiro civil pela Escola Politécnica de Universidade de São Paulo, foi engenheiro chefe de Divisão na Nigéria, participando dos trabalhos de implantação de centrais telefônicas - Plano Nacional de Telecomunicações – pela Promint Nigéria Limited. Trabalhou na Líbia, de 1984 a 1986, como consultor de estruturas para o Great Man Made Riber Project, e em diversas empresas nacionais como engenheiro estrutural. Atualmente é sócio-diretor da Estra Engenharia e Participações. 94 • Piergiorgio Grasso - Engenheiro civil pela Universidade Politécnica de Torino (Itália). É fundador, engenheiro diretor e presidente da Geodata, fundada em 1984, da qual é responsável pela concepção e construção de mais de 3.500 km de túneis e instalações subterrâneas para uma ampla gama de utilizações na Itália e no exterior. É vice-presidente da Societá Italiana Gallerie e da ITA-CET (International Tunnelling Association). Publicou mais de 150 artigos sobre engenharia geotécnica e túneis e é coautor de dois livros. Obra: CEO - Corporate Executive Office - Península - Barra da Tijuca (Rio de Janeiro - RJ) - Indicação: TQS Informática São quatro torres, duas das quais de concreto protendido, com 15 m e 20 m de vão livre e duas de concreto convencional, mais os embasamentos, num total de 150.000 m2 de área construída. Profissionais homenageados: • Navarro Adler - Engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da Universidade da Bahia, titular da Navarro Adler Projetos Estruturais. Entre os diversos projetos que desenvolveu, destacam-se o Estádio Vivaldo Lima, em Manaus; o conjunto da Suframa (cálculo em casca); os cinco reservatórios de abastecimento de água da cidade de Manaus e centenas de edifícios. Por 30 anos (hoje aposentado) foi engenheiro da Prefeitura do Rio de Janeiro, exercendo vários cargos de chefia. Ao mesmo tempo supervisionava seu escritório de cálculo. • Cesar da Silva Pinto – Engenheiro civil pela Escola de Engenharia da Universidade Federal Fluminense, mestre em engenharia civil na área de concentração de produção civil com ênfase em planejamento e execução de estrutura pela mesma universidade. Sócio titular da empresa CSP Projetos e Consultoria S/C, que presta serviços de Consultoria e Verificação de Projetos Estruturais, atividade desenvolvida a partir de 1996. Obra: Estaleiro Enseada do Paraguaçu (Maragogipe - BA) - Indicação: T&A A obra está localizada na foz do rio Paraguaçu e tem cerca de 1,6 milhão de m2. O estaleiro vai processar 36 mil t de aço/ano para fabricação de diferentes tipos de embarcações, como sondas de perfuração offshore e unidades flutuantes de armazenamento e transferência de 95 petróleo, os chamados FPSO. A estrutura principal do estaleiro é formada por pilares treliçados de concreto armado, treliças de cobertura com pós-tensão. As vigas de seção ‘I’ protendidas servem de apoio para as pontes rolantes. Profissionais homenageados • George Maranhão - Formado pela Universidade Federal do Rio Grande no Norte (UFRN) em engenharia civil, dedica-se à engenharia de estruturas. Obteve o título de Mestre em Engenharia de Estruturas pela Universidade de São Paulo em 2001. Foi Professor na UFRN e na UnP (Universidade Potiguar) na área de estruturas. Recebeu a Menção Honrosa no VI Prêmio Talento Engenharia Estrutural, em 2008, pela realização do projeto estrutural do Edifício Residencial Estrela do Atlântico, na cidade de Natal/RN. Tem vários artigos publicados. Atualmente, está à frente da George Maranhão Engenharia e Consultoria Estrutural S/S, escritório especializado em Engenharia Estrutural que, desde 2001, desenvolve projetos de estruturas, consultorias e laudos técnicos na área. • Francisco Haroldo Gadelha Júnior - Engenheiro civil pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Em 1997 assumiu a direção comercial da T&A Pré-Fabricados, tendo participado, nesta função, do desenvolvimento de diversos projetos, dos quais destacam-se: Tergram - Terminal de grãos do Porto do Mucuripe – CE; Universidade Universo, no Recife (PE); o Fafen - Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados; Estaleiro Atlântico Sul; IMPSA, o PTA; Centro de Eventos do Estado do Ceará; Galpão de Sulfatos - galpão semelhante à Fafen; o CAIS IV - vigas do pátio, Estaleiro Paraguaçu. Central Dosadora 96 INOVABILIDADE, SEMPRE. Ficha Técnica Produto Central Dosadora de Concreto Móvel - NOMAD D-40 Empresa RCO Telefone Site (19) 3673-9393 www.rco.ind.br Por ser móvel, a maior aplicação é em canteiros de obras de Construtoras e Concreteiras, porém se analisado os custos, demonstra ser uma aplicação viável em substituição às Centrais Fixas. 40 m³/h Central 40KVA / 50 A* (variável conforme versão e opcionais) 380 VAC / 60 Hz / 3~. Como opcional, 440 V ou 220 V Balança de aditivos, balança de água 1500 litros, paredes para rampa da balança de agregados, cobertura para transportador, sistema para abatimento de pó, caixa para contenção de aditivos, sistema de lubrificação centralizado, cabine de operação, passadiço de manutenção. Variável. Operada de forma manual através de painel de comando ou automatizada via software instalado em computador. 01 carreta podendo variar de acordo com a versão e opcionais. Simples e rápida na montagem, consiste em solução inovadora RCO para o mercado brasileiro. Sai totalmente pré-montada da RCO, com todas as interligações elétricas, hidráulicas e pneumáticas já prontas e além disso não necessita de obras de fundação ou elevação, apenas de terreno nivelado e compactado. Por não possuir chassi e rodas, tem o melhor custo-benefício do mercado, permitindo o transporte em carretas comuns. Para a máxima mobilidade, pode ser utilizada em conjunto com os Silos Horizontais Móveis RCO, que também não necessitam de fundações de concreto e permitem as mesmas características móveis das centrais Nomad RCO. Além disso, sua montagem pode ser feita em apenas 7 horas, perfeita para quem necessita de agilidade na instalação. Aplicações do produto Capacidade e Desempenho Motor / Potência Combustível / Energia Recursos Adicionais Dimensões / Peso Comandos e controle Dados para Transporte Observações 97 98 Índice por anúnciante 500 GRANDES DA CONSTRUÇÃO....69 ATEX........................................................65 GTC 2015......................................3ª CAPA CIBI..........................................................81 COMINGERSOLL...................................79 CONVICTA..................................... 32 e 33 DENVER.................................................51 ECOCRETO............................................47 GRACE......................................................9 GTA............................................................7 GTC.........................................................49 LAYHER..................................................17 LIEBHERR..............................................39 Índice por Produto MARTIN...................................................73 MC BAUCHIEMIE.......................... 4ª capa Memória da Engenharia Brasileira........55 MOINHO..................................................75 PUTZMEISTER............................. 36 e 37 RCO.........................................................97 SITI.................................................. 30 e 31 STORRER......................................76 E 77 ULMA.......................................................57 URBE.......................................................19 WEBER.......................................... 2ª capa WEBER FLOORRAD.............................87 WORKSHOP 2015.................................83 Aditivo para Concreto ........................................................................................... 8 Andaimes .......................................................................................................................18 Bomba de Concreto.................................................................................................34 Central Dosadora .............................................................................................38, 96 Concreto .....................................................................................................................46 Desmoldante...............................................................................................................50 Drenagem......................................................................................................................52 Equipamentos..............................................................................................................53 Ferramentas................................................................................................................54 Fôrmas............................................................................................................................56 Impermeabilização....................................................................................................68 Juntas..............................................................................................................................70 Máquinas para blocos e artefatos de concreto....................................72 Máquinas e Implementos.......................................................................................78 Misturadores.............................................................................................................80 Piso de concreto......................................................................................................84 Pré-Fabricados...........................................................................................................85 Pisos e revestimentos...........................................................................................86 Pontes rolantes.......................................................................................................89 Pré-moldados.............................................................................................................90
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