Projeto Político Pedagógico - COLÉGIO ESTADUAL HUGO SIMAS
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Projeto Político Pedagógico - COLÉGIO ESTADUAL HUGO SIMAS
COLÉGIO ESTADUAL HUGO SIMAS - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Modalidade de Ensino: FUNDAMENTAL, MÉDIO e EDUCAÇÃO ESPECIAL Direção Geral: João Batista Raminelli Direção Auxiliar: Ricardo Faria Coppi Carolina Guerreiro Leme 1 Sumário 1 Organização do Estabelecimento de Ensino.................................................................. 06 1.1 Justificativa................................................................................................................ 07 1.2 Histórico ................................................................................................................... 08 1.3 Mantenedora ............................................................................................................15 1.4 Oferta e organização curricular..................................................................................15 1.5 Organograma ............................................................................................................16 1.6 Perfil da comunidade escolar ....................................................................................17 1.7 Recursos humanos .................................................................................................. 20 1.8 Merenda Escolar....................................................................................................... 22 1.9 Biblioteca................................................................................................................... 22 1.10 Cantina Escolar........................................................................................................ 23 2 Regime de funcionamento ............................................................................................. 24 2.1 Oferta de ensino ....................................................................................................... 25 2.2 Matriz Curricular ........................................................................................................ 26 2.3 Calendário ................................................................................................................. 26 3. Condições físicas e materiais .......................................................................................... 28 3.1 Espaço físico ............................................................................................................. 29 3.2 Recursos materiais ................................................................................................... 30 4. Gestão Escolar ................................................................................................................. 33 4.1 Gestão Democrática .................................................................................................. 35 4.2. APMF......................................................................................................................... 34 4.3 Conselho Escolar ....................................................................................................... 36 4.4 Grêmio Estudantil........................................................................................................ 36 4.5 Representantes de Sala ............................................................................................. 37 5. Formação Continuada dos Profissionais .......................................................................... 38 5.1 PDE............................................................................................................................. 39 5.2 Profuncionário ............................................................................................................ 40 6. Avaliação, Classificação, Promoção.................................................................................. 42 6.1 Avaliação .................................................................................................................... 43 6.1.1 Critérios de Avaliação.......................................................................................... 44 2 6.2 Promoção.................................................................................................................... 46 6.3 Classificação............................................................................................................... 47 6.4 Reclassificação........................................................................................................... 48 6.5 Recuperação de Estudos............................................................................................ 49 6.6 Conselho de Classe.................................................................................................... 51 6.7 Registros e arquivos escolares................................................................................... 52 7. Programas e Atividades..................................................................................................... 53 7.1 Sala de Apoio à Aprendizagem .................................................................................. 54 7.2 Programa de Atividade Complementar Curricular em Contraturno............................ 54 7.3 PIBID .......................................................................................................................... 55 7.4 Brigada Escolar........................................................................................................... 55 7.5 Fanfarra Escolar ......................................................................................................... 56 7.6 CELEM ....................................................................................................................... 56 8. Princípios Legais e Didático Pedagógicos ........................................................................ 57 8.1 Objetivos .................................................................................................................... 58 8.2 Filosofia do Colégio..................................................................................................... 59 8.3 Metodologia................................................................................................................. 60 8.4 Concepções ............................................................................................................... 62 8.4.1 Homem ............................................................................................................. 62 8.4.2 Sociedade ........................................................................................................ 62 8.4.3 Escola .............................................................................................................. .63 8.4.4 Educação ......................................................................................................... 64 8.4.5 Cultura .............................................................................................................. 64 8.4.6 Conhecimento .................................................................................................. 65 8.4.7 Infância ............................................................................................................. 65 8.4.8 Adolescência..................................................................................................... 66 8.4.9 Cidadão/Cidadania............................................................................................ 67 8.4.10 Currículo ......................................................................................................... 68 8.4.11 Ensino e aprendizagem ................................................................................. 70 8.4.12 Avaliação .........................................................................................................71 8.5 Articulação entre anos iniciais e segundo segmento do Ens. Fundam........................72 8.6 Articulação entre Ens. Fundamental e Ensino Médio.................................................. 73 8.7 Educação Inclusiva...................................................................................................... 74 8.7.1 Educação Especial............................................................................................ 75 8.7.2 Diversidade Sexual .......................................................................................... 77 3 8.8 Estágio Curricular Não Obrigatório............................................................................ 78 8.9 Equipe Multidisciplinar............................................................................................... 81 9 Proposta Curricular – Ensino Fundamental – 6º ao 9º ano ......................................... 82 9.1 Arte .......................................................................................................................... 83 9.2 Ciências .................................................................................................................... 96 9.3 Educação Física........................................................................................................103 9.4 Geografia..................................................................................................................109 9.5 História .....................................................................................................................118 9.6 Língua Portuguesa....................................................................................................121 9.7 Matemática ...............................................................................................................136 9.8 Língua Estrangeira Moderna – Inglês ......................................................................144 9.9 Ensino Religioso ..................................................................................................... 150 10 . Proposta Curricular – Ensino Médio.............................................................................157 10.1 Arte ...............................................................................................................158 10.2 Biologia .........................................................................................................164 10.3 Educação Física .......................................................................................... 168 10.4 Filosofia ....................................................................................................... 171 10.5 Física ............................................................................................................175 10.6 Geografia ......................................................................................................181 10.7 História ......................................................................................................... 190 10.8 Língua Portuguesa ...................................................................................... 196 10.9 Matemática .................................................................................................. 203 10.10 Química ....................................................................................................... 209 10.11 Sociologia .................................................................................................... 217 10.12 Língua Estrangeira Moderna – Inglês .......................................................... 221 11 Proposta Pedagógica Curricular – Educação Especial ............................................... 228 12 Plano de Ação.............................................................................................................. 245 12.1 Plano de Ação da Escola ............................................................................ 246 12.2 Plano de Ação da Direção ........................................................................... 249 12.3 Plano de Ação da Equipe Pedagógica ........................................................ 252 12.4 Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar ................................................... 253 12.5 Plano de Ação da Biblioteca ....................................................................... 255 13 Avaliação Institucional ................................................................................................. 256 14 Referências ................................................................................................................. 258 4 15 Anexos ......................................................................................................................... 260 Matriz Curricular do Ensino Fundamental –manhã ........................................................ 261 Matriz Curricular do Ensino Fundamental –tarde ........................................................... 262 Matriz Curricular do Ensino Fundamental –noite ........................................................... 263 Matriz Curricular do Ensino Médio – manhã .................................................................. 264 Matriz Curricular do Ensino Médio – noite ..................................................................... 265 CELEM - Língua Espanhola .......................................................................................... 266 CELEM - Língua Francesa ............................................................................................ 280 CELEM - Língua Inglesa ............................................................................................... 291 Sala de Apoio à Aprendizagem – Português ................................................................. 306 Sala de Apoio à Aprendizagem – Matemática ............................................................... 312 PIBID Química ............................................................................................................... 318 PIBID Sociologia ............................................................................................................ 319 PIBID História ................................................................................................................. 320 PIBID Física ................................................................................................................... 321 Projeto Teatro das Culturas ........................................................................................... 323 Ginástica Rítmica ........................................................................................................... 326 Taekwondo ..................................................................................................................... 329 5 1. ORGANIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO 6 1.1 Justificativa Vivemos em uma sociedade de grande dinamismo e marcada por grandes transformações, na qual um novo perfil de sociedade e de profissionais está se delineando. Sabendo que a escola é um dos componentes da sociedade, é com sua ajuda que as pessoas se preparam para atuar nesta sociedade. Assim, é necessário que todas as ações educativas sejam planejadas e estejam adequadas à sociedade na qual a escola encontra-se inserida. É através do Projeto Político Pedagógico, construído e embasado na identidade de nossa comunidade escolar, que o conjunto de ações que irá direcionar a prática, será estruturado. “Se a vida sofre mudanças, também a escola deve mudar.” A partir dessa compreensão, nos propomos como comunidade escolar, à realização de um Projeto Político Pedagógico que contemple a melhoria da qualidade de ensino, pela satisfação das expectativas de nossos alunos como singularidade humana, como cidadãos autônomos, produtivos e solidários. Tomando por base os preceitos constitucionais e legais, bem como a visão de uma educação crítica e emancipadora, o Colégio Hugo Simas, propõe e apresenta o seu Projeto Político Pedagógico, com vistas a apresentar um planejamento global de sua ação educativa. Para tanto, foram reunidos direção, equipe pedagógica, corpo docente, funcionários, representante de pais, alunos e comunidade, no sentido de elaborar este documento, considerando que o mesmo não se encerra em um momento, mas está em permanente processo de construção, reconstrução, revisão e atualização frente aos fatos que envolvem o ambiente escolar. Segundo Vasconcellos (1995, p.143), este documento é: (...) um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica, científica, e, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ação de todos os agentes da escola. 7 Assim compreendido, apresentamos o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Hugo Simas – Ensino Fundamental e Médio, para o ano de 2012. 1.2 Histórico Em meados de 1936, quando o Estado do Paraná era governado pelo interventor Manoel Ribas, Raul de Carvalho, agrimensor, funcionário da Colonizadora Beltrão, foi encarregado de demarcar a localização dos alicerces do Grupo Escolar de Londrina, a primeira escola estadual da comunidade que na época era liderada pelo prefeito Dr. Willie da Fonseca Brabazon Davids. O engenheiro encarregado da obra foi o Dr. Alexandre Gutierrez Beltrão. Primeiramente foram construídas duas salas de aula, parte administrativa e dois sanitários, mas devido à demanda de alunos, o governo ampliou mais duas salas de aula. Com o nome de Grupo Escolar de Londrina, a escola passou a funcionar em 14 de julho de 1937, tendo como primeiro diretor o professor Antenor Henrique Monteiro, que a dirigiu até 18 de fevereiro de 1939, quando 587 alunos foram matriculados. As professoras Mercedes Camargo Martins e Genny Wolf Alves de Camargo passaram a lecionar no Grupo Escolar, recém-construído, vindas da escolinha que até então funcionava onde hoje é o Edifício Júlio Fuganti. O primeiro professor a assinar termo de posse e exercício da nova escola foi o Juiz Minervino de Oliveira, transferido de Santo Antonio da Platina. O professor João Beltezak Junior, o segundo diretor, atuou de fevereiro a agosto de 1939. A escola já contava com 780 alunos. Em 25 de fevereiro do mesmo ano, foi fundado o Centro de Professores que recebeu o nome de "Júlia Wanderley", a primeira professora do Paraná. Criou-se a Biblioteca dos Professores com o mesmo nome. Em 9 de abril de 1939, foi fundado o "Centro Infantil "Olavo Bilac" que deu o nome à "Biblioteca Infantil Olavo Bilac". Em agosto do mesmo ano (1939), foi empossado o novo diretor, professor Aristeu Costa Pinto, que ficou na direção até fins do ano letivo de 1940 e em 04 de 8 fevereiro de 1941, tomou posse a nova diretora, professora Mercedes Camargo Martins Madureira, que permaneceu na direção até 13 de março de 1971. Em 29 de julho de 1941 começou a funcionar a Cooperativa Escolar "Duque de Caxias Ltda", atual Cooperativa Escolar Dr. Hugo Simas Ltda". Outras conquistas foram sendo acrescentadas, revelando a luta de pais, professores e alunos para a melhoria da condição de ensino: Cantina Escolar; registro da biblioteca "Júlia Wanderley" dos professores sob o nº 222, Club Tuins do Norte; Club Agrícola entre outros. Pelo decreto nº 12261/41, publicado no Diário Oficial nº 2773/41 de 5 de dezembro de 1941. O interventor Federal do Estado do Paraná, Senhor Manoel Ribas, tendo em vista os relevantes e inestimáveis serviços prestados ao Estado pelo saudoso Desembargador Hugo Gutierrez Simas, resolve dar a denominação de "Hugo Simas" ao Grupo Escolar da cidade de Londrina, como preito de gratidão ao povo paranaense. A escola contava então com 1200 alunos distribuídos em vinte e sete turmas que funcionavam em três períodos. Em 22 de setembro de 1944, com a presença do corpo docente do estabelecimento, pais de alunos e diretoria, tratou-se da fundação da Associação de Pais e Mestres. Em 1967 foi criado o "Jardim de Infância" que funcionava com seis turmas e Pré-escolar. Nesse ano criou-se o "Parquinho Infantil" no pátio da escola, destinado às crianças do “Jardim". No dia 26 de abril de 1969, foi introduzido no currículo o "xadrez", tendo como professor o enxadrista Ricardo Sampaio. No ano de 1958, passou a funcionar no mesmo prédio do Grupo Escolar Hugo Simas a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e a Faculdade de Direito de Londrina que emprestou suas salas até que pudessem ter seu próprio espaço físico. Assim o Grupo Escolar passou a ocupar somente nove salas, com suas vagas reduzidas para 1200 alunos. Foi o início da ocupação e partilha do terreno até então ocupado somente pelo Grupo Escolar Hugo Simas. No ano de 1960, o prédio da escola foi ampliado ganhando duas novas alas de salas de aulas e sanitários. 9 Em 31 de julho de 1971, assume a direção da escola a professora Adnir Maria Rossi Tacha que a conduz até outubro de 1973. A gestão da professora Adnir preparou arduamente a escola para o que viria a seguir: em 1972, iniciou-se as atividades de Ensino Supletivo de 1º Grau, de 1ª à 4ª séries, pela Resolução 1847/72 e a instalação de turmas do Ensino Regular de 5ª à 8ª séries, fato que ocorreu durante a gestão da professora Nadir Scucuglia que assumiu a direção em outubro de 1973 até agosto de 1979. Assim a escola, em 1973, passa a compor a Unidade Integrada do Instituto Estadual de Londrina, através do Decreto nº 1375/75, publicado no Diário Oficial nº 208, de 30 de dezembro de 1975, ficou autorizado a funcionar a Escola Estadual "Hugo Simas" Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau resultante da reorganização do Grupo Escolar Hugo Simas. Em 1976, portanto, acompanhando a reforma do Ensino, o estabelecimento passou a denominar-se escola "Hugo Simas" funcionando também com turmas de 5ª a 8ª séries. A escolinha de Artes foi muito atuante nessa época sob a direção da professora Lourdes Aparecida Jozzolino, artista plástica de renome. Assumiu a direção da Escola em agosto de 1979 a fevereiro de 1981 a professora Rosane Pacheco Monteiro, em sua gestão, entre outras coisas, foi criada a Escola Noturna de 5ª a 8ª séries, antiga reivindicação, pois só funcionava o supletivo. Em fevereiro de 1981, assume a direção a professora Irene Ortiz que a coordena até agosto de 1982, ao mesmo tempo dirigindo a Escola Dr. Gabriel Carneiro Martins. Nessa época, pela Resolução nº 383/82, foi reconhecido o curso de 1º Grau Regular da Escola Hugo Simas - Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau. A professora Adélia Dias Castelã Ribeiro, assumiu a direção da escola em outubro de 1982, deixando-a em 31 de dezembro de 1987, sempre visando uma escola ativa, dinâmica e democrática conforme suas palavras. Entre muitas atividades, destacou-se o trabalho feito com a Fanfarra da escola que através de campanhas foi muito bem equipada e também a "Bandinha Rítmica" (1ª a 4ª series) e a criação do "Laboratório Augusto Ruschi', Clube de Ciências. Nesse período, através da Resolução nº 203/83, o estabelecimento mudou a nomenclatura, passando a denominar-se Escola Estadual Hugo Simas - Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo. 10 A data comemorativa do aniversário do Colégio Estadual Hugo Simas é no dia 23 de outubro, dia do nascimento do Patrono Dr. Hugo Gutierrez Simas. O Cinquentenário da escola foi comemorado nesta gestão reunindo professores de todas as épocas da escola e da comunidade de Londrina, para homenagear a "Escola Hugo Simas" que contava no ano de 1987 com 2000 alunos matriculados, sempre lutando através da APM e comunidade em geral para recuperar a totalidade do terreno que lhe pertencia. No dia 1º de janeiro de 1988 até 31 de dezembro de 1997, assume a direção a professora Jeanete Gomes de Albuquerque. Nesta gestão, em 1995, foi instituído o 2º Grau que passou a integrar o agora Colégio Estadual "Hugo Simas" - Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo e 2º Grau Regular. Nesse período, através da Resolução nº 3368/89 de 07/12/89, é autorizado funcionamento do Centro de Atendimento Especializado na Área de Deficiência Visual. Em 1991, através da Resolução nº 2292/91 de 12/07/91, é autorizado o funcionamento de Centro de Atendimento Especializado, Área de Deficiência Auditiva. No mesmo ano, implanta-se Classe Especial para alunos Deficientes Mentais, aprovadas pela Resolução nº 3371/91 de 09/10/91. Em 1992, através da Resolução nº 473/92 de 13/02/92, institui-se a Área de Deficiência Mental no mesmo Centro de Atendimento Especializado. A Resolução nº 4003/92 autorizou a implantação do 2º Grau como curso de Educação Geral. Pela Resolução nº 2624/93 de 12 de maio de 1993, é concedida autorização para o funcionamento do Ensino de 2º Grau - Educação Geral - Área de Concentração: Administração e o Estabelecimento passaram a denominar-se Colégio Estadual "Hugo Simas" - Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo e 2º Grau Regular. Em 1994, através do Parecer nº 687/94 de 29/11/94, foi autorizado o Programa de Escolaridade Regular com Atendimento Especializado na área de Deficiência Auditiva (PERAE). Foi reconhecido o curso de 2°Grau - Educação Geral pela Resolução nº 77/97. 11 Através da Resolução nº 1493/17, cessou o curso de Suplência de Educação Geral - Fase I a partir de 1996 e altera a denominação do estabelecimento para Colégio Estadual Hugo Simas - Ensino de 1º e 2º Graus. A professora Ubiracy Creusa Lobo Moreira Silva, assume a direção da escola em 1° janeiro de 1998 a 31 de dezembro de 2001. Nessa época a Resolução nº 3120/98 alterou a nomenclatura do estabelecimento para Colégio Estadual Hugo Simas - Ensino Fundamental e Médio. Durante a sua gestão, no ano de 2001, iniciou-se a tão sonhada reforma do prédio. Em 1º de janeiro de 2002, assume a direção o professor Alceu Martins de Albuquerque Filho com a escola ainda em reforma, sendo esta concluída em 2002. A reinauguração foi ao dia 01 de agosto de 2002, após um trabalho de restauração e construção. O professor Wilson Roberto Dejato da Rocha tomou posse no dia 1º de janeiro de 2006 como o diretor geral e deixou o cargo em 24 de junho de 2006. A partir do dia 24 de junho de 2006, assume a direção o professor Fernando Munhoz Neri, deixando o cargo em 24 de julho de 2014. Através da Resolução nº 2270/2011 de 16/08/2011, foi renovada a Autorização de Funcionamento do Centro de Atendimento Especial Surdocegueira. Em 2013, a Resolução nº 4055 de 02/10 e a Resolução nº 4252 de 15/10, renovam o Reconhecimento de Curso do Ensino Médio e do Curso do Ensino Fundamental (6/9 anos). Em 2 de abril de 2014, assume a Direção o professor João Batista Raminelli. Pedra fundamental 12 Planta da construção Primeira Turma - Construção do colégio ao fundo Construção do Colégio, 1937 13 Foto aérea – anos 70 14 Foto aérea – 2010 1.3 Mantenedora O Colégio Estadual Hugo Simas, enquanto Instituição de Ensino Público, é mantido pelo Governo do Estado do Paraná, através de seus representantes instituídos na forma da lei. 1.4 Oferta e organização curricular O Colégio Estadual Hugo Simas - Ensino Fundamental e Médio, oferece as modalidades: Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), Ensino Médio e Atendimento à Educação Especial. 15 1.5 Organograma Conselho Escolar Grêmio Estudantil APMF Direção Equipe Administrativa Equipe Pedagógica ALUNO Funcionários Professores Comunidade Pais 16 1.6 Perfil da comunidade escolar O Colégio é localizado na área central de Londrina e recebe alunos das suas imediações e de várias regiões da cidade. Esse perfil da comunidade escolar exige um atendimento diferenciado ao aluno, visto que grande parte depende de transporte escolar e somente podem deslocar-se ao colégio no horário de aulas. A matrícula prioriza o georreferenciamento, buscando atender a demanda dos alunos da região central e oriundos de colégios que não contemplam o Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano e Ensino Médio. No Ensino Médio matutino, alguns alunos trabalham ou fazem estágio após o horário escolar. No terceiro ano do Ensino Médio, alguns fazem curso prévestibular ou outros cursos. O Ensino Fundamental e Médio noturno é composto por alunos trabalhadores, advindos também de diversas regiões da cidade, considerando que trabalham nas proximidades do Colégio e, após o trabalho vem para a escola. É ofertado ensino especial a deficientes auditiv0s e visuais. A escola possui salas de atendimento e profissionais especializados para o trabalho. A inclusão é realizada por meio da inserção de alunos portadores de necessidades especiais nas atividades regulares. A escola foi reformada e os acessos foram melhorados para melhor atender a esses alunos. Também é respeitada e contemplada a diversidade e a pluralidade principalmente através dos trabalhos realizados pela Equipe Multidisciplinar. Aos alunos do 6º e 9º anos, é ofertada a Sala de Apoio à Aprendizagem no contraturno, no intuito de proporcionar a superação das dificuldades de aprendizagem e recuperação das defasagens de conteúdo e aprendizagem. Alguns problemas comuns ao meio escolar e meio social afetam o Colégio, tais como a segurança, as drogas e outros. Buscando amenizar esses problemas, o colégio realiza reuniões com a comunidade escolar. Nestas reuniões, sugestões são apontadas e são convocadas assembleias com os pais, professores e funcionários e representantes do Colegiado Escolar para a discussão de medidas a serem adotadas com o intuito de ofertar maior segurança aos alunos, considerando que esta é uma reivindicação e uma preocupação dos pais. Foram colocadas grades de proteção, instaladas câmeras de segurança por todo o Colégio e catracas 17 eletrônicas. Durante o ano letivo são realizadas palestras de conscientização com os alunos, sobre métodos contraceptivos, gravidez na adolescência, drogas, tabagismo, uso indiscriminado de álcool, profissionalização, orientação profissional entre outros temas. São realizadas, bimestralmente, reuniões para a devolutiva dos resultados da aprendizagem do aluno, com a entrega de boletins. Nessas reuniões os professores colocam-se à disposição dos pais para expor metodologias e formas de trabalho realizadas em sala. O colégio tem realizado ainda, no decorrer do ano letivo, projetos de trabalho que promovam a integração e o envolvimento do aluno em atividades culturais, esportivas e artísticas. No segundo semestre do ano letivo é realizada a Semana de Integração Escola/Comunidade. A semana, prevista em calendário escolar, ocorre concomitantemente nos três períodos, envolvendo a comunidade escolar com atividades diferenciadas como gincana cultural, apresentações de música, dança, participação em jogos, oficinas, palestras, entre outras. Todas essas ações visam promover a valorização da cultura, do esporte, do respeito à diversidade e às formas de manifestações culturais. Buscam ainda, envolver a comunidade e desenvolver no aluno formas sadias de vida, despertando maior interesse pela educação e pelo bem estar social. O número médio de filhos por família está em torno de três, sendo que os mesmos moram com os pais. Geralmente, os irmãos frequentam o mesmo colégio, sendo comum os pais terem mais de um filho como aluno do colégio. Quanto ao grau de escolaridade do pai e da mãe, são semelhantes, prevalecendo como maior a formação, o Ensino Médio completo. Cerca de 30% dos pais completaram esse nível de ensino. Já, o índice de pais com curso superior completo, é bem menor, permanecendo por volta dos 13%. Apesar do maior índice de formação dos pais, se restringir ao nível médio, os mesmos expressam em suas visitas à escola, o reconhecimento da necessidade de formação como condição necessária à melhoria das condições de vida e o desejo da continuidade de estudos dos filhos. Os pais confiantes esperam que a escola forneça subsídios para a continuidade de estudos dos filhos, além da formação necessária à vida pública e ao mundo do trabalho. 18 A renda familiar das famílias que compõem a comunidade escolar varia entre o inferior a um salário mínimo até mais de dez salários mínimos. No entanto, concentra-se entre mais de um e até cinco salários mínimos. Nesse grupo, mais da metade, cerca de 57% dos pais trabalham, sendo que em média, 31% dos lares somente o pai trabalha e em 8% somente a mãe. Apesar da renda familiar permanecer em nível inferior a cinco salários, cerca de 65% das famílias possuem computador em casa e 85% possuem celular. Dessa forma, mais da metade dos alunos demonstram conhecer, dominar e utilizar o computador como fonte de informação, diversão e comunicação. Porém, o número de alunos que exploram o computador como ferramenta de estudo e pesquisa é bem inferior a esse percentual, sendo inexpressivo. O computador ainda é utilizado e valorizado apenas como lazer. A grande maioria dos alunos utiliza o transporte público como meio de locomoção à escola. Fazem uso do passe ou cartão de passe escolar. Apesar de o transporte ser utilizado por grande parte dos alunos, essa não é a maior preocupação entre os pais. Segundo eles, a maior preocupação é a violência, sendo seguida das drogas, falta de segurança, educação, desemprego, saúde, falta de estrutura familiar e moradia. As formas de violência ocasionadas por fatores diversos, como as drogas, por exemplo, conduzem os pais a exigirem da escola, maior segurança. As catracas eletrônicas em funcionamento, foram decididas pelos pais em assembleia, bem como a instalação de câmeras de vídeo, e instalação de grades no Colégio. Essas medidas perpassam o envolvimento da APMF e da comunidade escolar como um todo. Outras medidas são salutares na proteção dos alunos, tais como o incentivo e envolvimento da Patrulha Escolar. As taxas de aprovação, reprovação e abandono do Ensino Fundamental e Médio constam no quadro a seguir: APROVAÇÃO ANO 2009 Ensino Fundamental 91,70% REPROVAÇÃO ABANDONO Ensino Médio Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Fundamental Ensino Médio 76,20% 7,90% 12,70% 0,20% 11,00% 19 2010 86,94% 77,37% 10,95% 17,42% 2,09% 5,20% 2011 79,48% 83,20% 16,30% 16,80% 4,22% 0% 2012 85,67% 83,79% 11,31% 12,70% 3,02% 3,51% 2013 79,60% 79,40% 16,30% 15,50% 4,20% 5,10% 1.7 Recursos Humanos Atualmente a direção deste estabelecimento de ensino conta com um diretor geral e dois diretores auxiliares, atendendo os três períodos. A equipe pedagógica do colégio atende com cinco pedagogas no período matutino, quatro pedagogas no período vespertino e três pedagogas no período noturno. A equipe pedagógica desenvolve atividades relativas à função de coordenação dos cursos, atendimento aos pais e aos alunos, assessoria aos professores nas atividades de condução da aula, metodologia, avaliação, disciplina e planejamento; auxilia a direção em problemas diversos, comunica os pais do rendimento dos filhos, e outros acontecimentos que fogem da rotina escolar; participa de reuniões e atividades culturais promovidas pela escola; atua como mediadora entre alunos/professores; organiza as reuniões de Conselho de Classe; repassa aos pais os resultados dos Conselhos de Classe relativos a cada aluno; promove o entrosamento entre a comunidade escolar e outras atividades; é o elo de ligação entre o Conselho Tutelar e o Colégio; participa de reuniões e cursos de formação continuada. 20 Fazem parte do quadro de professores 130 profissionais, entre concursados e de contrato temporário. Desses, 12 professores atuam no Ensino Especial. A maioria dos professores da escola são pós-graduados em sua área de atuação. O colégio conta com agentes educacionais cujo grau de instrução varia de Ensino Fundamental completo à Pós-Graduação, exercendo as funções especificadas nos quadros abaixo: AGENTES EDUCACIONAIS I Nº de Funcionários Vinculo / Função Atuação 01 QFEB PORTARIA 01 PEAD INSPETOR DE ALUNOS 01 READ PORTARIA 01 QFEB COZINHA 01 READ COZINHA 01 PEAD SERVIÇÕS GERAIS 03 CLAD SERVIÇÕS GERAIS 03 QFEB SERVIÇÕS GERAIS 04 READ SERVIÇÕS GERAIS AGENTES EDUCACIONAIS II Nº de Funcionários Vinculo / Função Atuação 01 QFEB SECRETARIA GERAL 01 QFEB BIBLIOTECA 01 QFEB XEROX 01 QFEB FINANCEIRO 01 QFEB PROTOCOLO 01 QFEB RECURSOS HUMANOS 06 QFEB DOCUMENTADORES 21 1.8 Merenda escolar O fornecimento dos gêneros alimentícios à escola ocorre regularmente entre 3 a 5 distribuições anuais, através do Programa Alimentação Escolar da SEED, havendo a necessidade de complementação através de recursos financeiros da Associação de Pais Mestres e Funcionários (APMF) e do Projeto Escola. Os recursos enviados através desse projeto são para a aquisição de produtos “in natura”, como frutas e hortaliças. 1.9 Biblioteca A biblioteca escolar conta com uma funcionária do setor administrativo e três professoras readaptadas que atuam como bibliotecárias, sendo estas as responsáveis pela organização, acompanhamento dos alunos durante as horas de estudo e/ou pesquisa e zelo pelo acervo bibliográfico. A biblioteca funciona nos três períodos de atendimento, de segunda à sextafeira e atende a alunos e professores, proporcionando oportunidade de uso do acervo bibliográfico, tanto no turno de estudo ou trabalho, bem como em turno alternado como nos casos de pesquisa bibliográfica. No caso dos alunos virem em turno alternado para estudo ou pesquisa, realiza-se o agendamento do horário, pois professores de outras disciplinas, além da disciplina de Língua Portuguesa, utilizam a biblioteca para pesquisas e trabalhos em grupo. O acervo literário informatizado e para empréstimo conta com 7333 livros (atualização em setembro de 2014). Estas obras são disponibilizadas aos usuários visando o enriquecimento do conhecimento e como fonte de pesquisa ou apenas leitura. Os demais itens do acervo – livros para consulta no local ou empréstimo quando necessário, segundo o levantamento realizado em 2012contam com 487 livros didáticos, 632 diversos, 730 livros da biblioteca do professor, 192 DVDs e 259 enciclopédias e dicionários. 22 1.10 Cantina Escolar A cantina escolar é administrada pela APMF juntamente com a Direção e possui autorização de funcionamento emitida pelo Núcleo Regional de Educação de Londrina. A autorização para o funcionamento é renovada anualmente. A cantina segue o disposto na Legislação vigente: Lei Estadual nº 1.054/92 - dispõe sobre o funcionamento de Cantinas Comerciais nos Estabelecimentos da Rede Oficial de Ensino. Resolução nº 2.969/92-SEED - aprova o Regulamento das Cantinas Comerciais dos Estabelecimentos da Rede Estadual. Lei Estadual nº 14.423/04 - dispõe que os serviços de lanches nas unidades educacionais públicas e privadas deva obedecer a padrões de qualidade nutricional e de vida, indispensáveis à saúde dos alunos. Lei Estadual nº 14.855/05 - dispõe sobre padrões técnicos de qualidade nutricional, a serem seguidos pelas lanchonetes e similares, instaladas nas escolas de ensino fundamental e médio, particulares e da rede pública. 23 2. REGIME DE FUNCIONAMENTO 24 2.1 Oferta de Ensino A tabela a seguir apresenta a previsão das turmas e as matrículas para o ano de 2015 distribuídas nos três turnos de funcionamento da escola. Matrículas para 2015 Curso Ensino Fundamental 6º ao 9º ano Ensino Médio Centro de Atendimento Especializado - Área de Surdez Centro de Atendimento Especializado Surdocegueira Centro de Atendimento Especializado - D.V. Série Turno Matrículas 6º ano Tarde 175 7º ano Tarde 105 8º ano Tarde 140 8º ano Noite 35 9º ano Manhã 70 9º ano Tarde 140 9º ano Noite 70 1º Manhã 240 1º Noite 80 2º Manhã 200 2º Noite 80 3º Manhã 200 3º Noite 80 Manhã 9 CAE Tarde 8 CAE Manhã Tarde Manhã 3 2 17 CAE Tarde 17 25 CELEM – Espanhol Básico Noite 80 CELEM – Aprimoramento Noite 40 CELEM – Francês Básico Noite 80 CELEM – Aprimoramento Noite Espanhol Francês CELEM – Inglês Básico 2.2 40 Noite 120 Matriz Curricular As matrizes curriculares deste estabelecimento de ensino atendem à Instrução nº 021/2010 - SUED/SEED. A organização curricular é composta pelas disciplinas da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada, observando o princípio de equidade, uma vez que não há fundamento legal ou científico que sustente o privilégio de uma disciplina sobre a outra, o que se deduz da leitura das Diretrizes Curriculares do Paraná. O Ensino Fundamental (6º a 9º ano) é ofertado em 4 anos, 3.200 horas, distribuídos em 200 dias letivos e 800 horas anuais. O Ensino Médio é ofertado em 3 anos, 2400 horas, 200 dias letivos e 800 horas anuais. 2.3 Calendário Escolar O calendário escolar é elaborado anualmente, atendendo ao disposto na legislação vigente e Instrução específica da SEED. Após a apreciação e aprovação do Conselho Escolar, é encaminhando ao NRE para homologação. Além dos duzentos (200) dias letivos, estão previstos: grupos de estudos, reuniões semestrais com toda a comunidade escolar, reuniões pedagógicas para 26 análise dos resultados, avaliação do trabalho desenvolvido, proposições de intervenções visando a melhoria da qualidade da educação ofertada. As alterações no calendário escolar, eventualmente necessárias por motivos relevantes, são encaminhadas ao NRE em tempo hábil para as providências cabíveis. 27 3. CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS 28 3.1 Espaço Físico Parte Externa: Pátio Pátio Coberto/Quadra de Vôlei Quadra Poli Esportiva com alambrado (coberta) Quadra de Volei e Futebol de Salão (descoberta) Jardim Estacionamento BLOCO 1 (construção nova) Pavimento Inferior: Cozinha 02 salas de depósito da cozinha Refeitório Laboratório de Informática 02 banheiros para alunos e funcionários (feminino e masculino) Sala de Educação Física Pavimento Térreo: 09 salas de aula 02 salas da Equipe Pedagógica 01 sala de apoio pedagógico 02 banheiros para alunos (feminino e masculino) Pavimento Superior: 10 salas de aula 01 despensa com tanque 01 sala da Equipe Pedagógica 02 banheiros para alunos BLOCO 2 (Prédio restaurado) 29 Pavimento Inferior: Residência do caseiro Depósito de materiais Laboratório de Experimentação Artística Laboratório de Física/ Química/ Biologia Sala de equipamentos da fanfarra Depósito de materiais de limpeza e ferramentas Pavimento Térreo: Auditório com 88 lugares, camarim e banheiro Biblioteca Copa 02 Banheiros para professores Sala dos Professores Sala da Direção Geral Sala do Relógio Ponto/ Sinal Secretaria Sala de Xerox Sala da Direção Auxiliar Sala de Recursos / Multifuncional – Área Surdez Sala de Recursos/ Multifuncional - Área 02 Banheiros para alunos Cantina Comercial Sala de Apoio à Aprendizagem Sala de Atendimento – CAE/Surdocegueira e Múltipla Deficiência Sensorial 3.2 Recursos Materiais O Colégio dispõe de ambientes especializados para o ensino de determinadas disciplinas. Alguns recursos materiais ficam disponíveis em ambiente 30 comuns, outros se encontram instalados em ambiente específicos, podendo ser utilizados por todos os professores e alunos. O Colégio possui: Relógio-ponto digital; Sinal eletrônico com dois amplificadores ligados à rede de som; Câmeras de segurança; 01 aparelho Datashow; Estrutura de rede sem fio; 22 TVs Pendrive nas salas de aula; Uma TV de 42 polegadas e 1 aparelho de DVD no auditório. O laboratório de ciências é equipado com: 1 TV de 20 polegadas com adaptador para microscópio; equipamentos para o ensino de ciências, bem como produtos não permanentes para os experimentos; 1 centrífuga; 1 videoscópio; 6 microscópios. O auditório possui: 2 aparelhos de ar condicionado split; mesas de som; 3 caixas acústicas; amplificadores. Os computadores disponíveis na escola atualmente são distribuídos da seguinte forma: 3 na secretaria; 1 na biblioteca; 4 no CAE - DV; 21 na sala de informática (20 desses são do PR Digital); A sala de fotocópias possui: 31 2 copiadoras; 2 máquinas de xerox. A secretaria, além dos computadores, possui: 1 máquina de xerox; 4 impressoras a laser; 2 impressoras jato de tinta 1 aparelho de ar condicionado split 32 4. GESTÃO ESCOLAR 33 4.1 Gestão Democrática Construir um ambiente democrático na educação, passa obrigatoriamente pela democratização da gestão, que deve ter como parâmetro uma escola que oportunize o diálogo, a reflexão, a valorização dos professores, funcionários e instrumentalização e apoio quando necessário. Um espaço só se torna verdadeiramente democrático quando há lugar para todos, sem exceção e não só deve ser garantido o espaço, mas a permanência, as relações interpessoais e o avanço escolar de todos os alunos. A gestão democrática conduz principalmente o repensar da estrutura da escola, tendo em vista que a socialização das relações propicia a prática da participação coletiva, favorecendo a reciprocidade, a solidariedade e a autonomia, que vivenciadas atenuam o individualismo e eliminam a exploração e a opressão dos envolvidos no processo. A sociedade atual propaga uma educação que assegure a aprendizagem significativa, voltada à formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, providos de capacidade para atuar com competência, ética e responsabilidade. Espera-se da escola, a formação voltada ao atendimento das necessidades individuais, sociais, políticas e econômicas. Para que essa formação se concretize é necessário possibilitar que a escola realize uma gestão democrática, visto que não há como formar cidadãos, atuantes e reflexivos frente a uma gestão autoritária. A Gestão democrática contempla os envolvidos nas atividades, perpassando a superação do simples fazer e chegando ao âmbito das decisões. Gestão Escolar é o processo que rege o funcionamento geral do Colégio, compreende a tomada de decisões conjunta no planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas envolvendo a participação da Comunidade escolar. Desejamos uma escola reflexiva, concebida como uma organização que continuamente se pensa a si própria, na sua missão social e na sua organização, e confronta-se com o desenrolar da sua atividade em um processo heurístico simultaneamente avaliativo e formativo. Nessa escola, acredita-se que formar é organizar contextos de aprendizagem, exigentes e estimulantes, isto é, ambientes 34 formativos que favoreçam o cultivo de atividades saudáveis e o desabrochar das capacidades de cada um com vistas ao desenvolvimento das competências que lhes permitam viver em sociedade, ou seja, nela conviver e intervir em interação com os outros cidadãos. (Isabel Alarcão, 2001, p.11). A Comunidade Escolar é o conjunto constituído pelos profissionais da educação, pais ou responsáveis, funcionários e alunos que atuam na ação educativa da escola. A Gestão Escolar Democrática, como decorrência do princípio constitucional da democracia e coletividade, terá como órgão máximo de direção o Conselho Escolar. O diretor exerce importante função administrativa, porém participa nas questões pedagógicas juntamente com os professores e comunidade escolar. Compartilha funções e decisões importantes com a comunidade escolar, ouvindo e participando ativamente sempre com a parceria do Conselho Escolar. A busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla participação dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões/ações administrativas e pedagógicas ali desenvolvidas. A gestão democrática exige a compreensão em profundidade dos problemas propostos pela prática pedagógica. Ela visa romper com a separação entre concepção e execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática. Busca resgatar o controle do processo e do produto do trabalho pelos educadores. 4.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) é um órgão colegiado com estatuto próprio registrado em cartório e aprovado pelo Estado que funciona com diretoria eleita pela comunidade, com mandato de dois anos. Seus membros são: pais, professores e funcionários. 35 A APMF tem por finalidade, além dos descritos no estatuto, prestar assistência aos educadores, professores e funcionários, assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar de acordo com o Projeto Político Pedagógico. 4.3 Conselho Escolar Normatizado por estatuto próprio, o Conselho Escolar é o órgão máximo dentro da escola e é formado de modo paritário, sendo que 50% dos conselheiros são formados por profissionais da escola e os outros 50% são formados pela comunidade atendida. Este é um órgão fiscalizador fazendo cumprir o descrito no Projeto Político Pedagógico da escola. O Conselho Escolar atua diretamente com o Diretor do Colégio, que é membro nato do Conselho e exerce a função de Presidente. A situação ideal envolvendo o Conselho é que ele represente todos da comunidade escolar de forma democrática. O Conselho Escolar reunir-se-á ordinariamente, sempre que necessário: Por convocação de seu presidente; Por solicitação da maioria simples de seus membros através de Requerimento dirigido ao Presidente do Conselho, especificando o motivo da convocação. 4.4 Grêmio Estudantil O Grêmio Estudantil é formado apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e esportivas, sem caráter político-partidário, religioso ou racial, e, sem fins lucrativos. 36 A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio estão estabelecidas em seu Estatuto, aprovado em Assembleia Geral do corpo discente do estabelecimento de ensino, obedecendo à legislação pertinente. O Grêmio Estudantil do Colégio Estadual Hugo Simas será reativado no ano de 2015, havendo processo eleitoral, com auxílio de aluno do PIBID de Ciências Sociais. 4.5 Representantes de Sala Os representantes de sala também formam um órgão colegiado e isso está indicado no organograma. Este órgão tem como função discutir, avaliar e organizar questões pertinentes que ocorrem dentro de sala de aula, referentes ao processo de ensino-aprendizagem e promoção dos alunos. Hoje, sua atuação está restrita à organização de atividades pedagógicas dentro de sala. Propõe-se a elaboração de um documento que regularize a atuação dos representantes, sendo que eles devem levar as discussões ocorridas dentro de sala para discussão no Conselho de Classe. 37 5. FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS 38 A escola realiza a formação continuada conforme a orientação da Secretaria de Estado da Educação. São organizados ainda, encontros e cursos com professores das universidades locais. Durante o ano letivo, são realizados aos sábados, encontros envolvendo professores de uma mesma área, com intuito de discutir conteúdos, metodologias, avaliação e pressupostos da disciplina. Para os encontros, o NRE repassa orientações da SEED e textos como fundamentação teórica. Os professores socializam os conteúdos discutidos e analisados nos encontros, repassando aos professores não participantes. A hora – atividade é um benefício concedido ao professor, como espaço para estudos e leitura, bem como para planejamento e organização das atividades didáticas. É organizado dentro do horário semanal do professor, cumpridas na escola e assessorada pela Equipe Pedagógica. A formação continuada dos funcionários e demais pessoas que participam dos órgãos colegiados da escola é organizada e ofertada pela Secretaria de Estado da Educação. 5.1 PDE O PDE é uma política pública que estabelece o diálogo entre os professores da educação superior e os da educação básica, através de atividades teóricopráticas orientadas, tendo como resultado a produção de conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar da escola pública paranaense. O Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, integrado às atividades da formação continuada em educação, disciplina a promoção do professor para o nível III da carreira, conforme previsto no "Plano de carreira do magistério estadual", Lei complementar nº 103, de 15 de março de 2004. O objetivo do PDE é proporcionar aos professores da rede pública estadual subsídios teórico-metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais sistematizadas, e que resultem em redimensionamento de sua prática. A orientação pedagógica está fundamentada nos princípios educacionais da SEED e nas diretrizes curriculares da SEED. 39 O PDE se destina aos professores do quadro próprio do magistério (QPM), que se encontram nível II, classe 8, da tabela de vencimentos do plano de carreira. O Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE oferece cursos e atividades nas modalidades presencial e a distância e disponibiliza apoio logístico e meios tecnológicos para o funcionamento do programa. O professor que ingressa no PDE tem garantido o direito a afastamento remunerado de 100% de sua carga horária efetiva no primeiro ano e de 25% no segundo ano do programa. Este afastamento é regulamentado pela Resolução 1670/2009. A titulação dos cursos de mestrado e/ou doutorado será aproveitada para a obtenção da certificação do PDE, nos termos da Lei complementar nº 103/04, art. 11, inciso IV. 5.2 Profuncionário O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB) fortalece e amplia no ano de 2008 o Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores (Profuncionário). Esse programa do Governo Federal tem como objetivo desenvolver ações capazes de criar estruturas promotoras da valorização, visando contribuir para reverter a dívida histórica do Estado brasileiro com o segmento de funcionários da educação. O MEC propôs ao Conselho Nacional de Educação (CNE) a inclusão nas atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio de uma área específica de educação, não só para a aquisição das competências necessárias para o bom desenvolvimento das atividades educacionais, mas também como instrumento importante para a construção da identidade dos funcionários da educação e sua valorização. Em atenção à solicitação do MEC, o Conselho Nacional de Educação optou por incorporar às Diretrizes Curriculares Nacionais uma 21ª Área Profissional: a de Serviços de Apoio Escolar, com habilitações em Gestão Escolar, Alimentação Escolar, Multimeios Didáticos, Meio Ambiente e Manutenção da Infra-Estrutura Escolar. 40 O parecer CNE/CEB nº 16/2005, aprovado em 03/08/2005 e homologado pelo Ministério da Educação em 26/10/2005, contribuiu efetivamente para a realização do Profuncionário – Curso Técnico de Formação para os Funcionários da Educação e busca unir as dimensões técnicas e pedagógicas imprescindíveis para a formação humana, comprometida ética e profissionalmente, com a construção de uma educação de qualidade para todos. A implantação do Profuncionário consolida-se desde 2006 em regime de colaboração com os sistemas de ensino e com a participação de entidades como o CONSED, a Undime, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e os Conselhos Estaduais de Educação (CEE). Entende-se, no Profuncionário, que a formação técnica consiste em um conjunto de atividades teórico-práticas, investigativas e reflexivas. Sendo que, tais atividades apontam para a aquisição e construção crítica de conhecimentos, habilidades e valores que podem contribuir para que o funcionário da educação se torne educador competente e se qualifique como pessoa, como cidadão e como gestor de um determinado espaço escolar, definido pelo novo perfil profissional, segundo a proposta político-pedagógica já apresentada. Sendo assim, o espaço escolar é o local propício onde o cursista do Profuncionário irá realizar a sua Prática Profissional Supervisionada (estágio), tendo que cumprir um total de 300 horas (50% da carga horária no local de trabalho e os outros 50% em outro estabelecimento de ensino de sua preferência). 41 6. AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO 42 6.1 Avaliação A escola tem buscado desenvolver uma proposta de avaliação pautada nos princípios da avaliação formativa, propiciando o acompanhamento da aprendizagem do aluno e primando pela prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Atendendo as exigências do sistema educacional e, em conformidade com a LDB 9394/96 e com as diretrizes do estado do Paraná, cuja média para aprovação é 6,0 (seis), a verificação do desenvolvimento escolar é realizada de forma contínua e cumulativa do desempenho do aluno. No Ensino Fundamental e Médio, a avaliação é bimestral, sendo divulgados os resultados aos pais, por meio de boletim. A nota final é obtida pela média aritmética dos bimestres. A promoção do aluno é realizada por meio de avaliação somatória, expressa por média aritmética, aferida de forma bimestral. A somatória das médias bimestrais é dividida por quatro, devendo ser alcançado a média 6.0 (seis) para aprovação. Nos casos de baixo rendimento, é assegurado ao aluno estudo de recuperação, realizados de forma paralela. A recuperação concomitante tem como centro a aprendizagem do aluno, visando a recuperar o conteúdo não aprendido e a nota. É de autonomia do professor, no exercício da docência, buscar formas diversificadas e adequadas para realizar a recuperação, considerando a metodologia trabalhada em sala de aula, bem como a especificidade do conteúdo. Compreendendo que a avaliação contínua, proporciona o acompanhamento da aprendizagem do aluno, a recuperação realizada durante o período letivo, propicia a revisão dos conteúdos e da aprendizagem do aluno. É concedida ao aluno que não alcança média anual a oportunidade de aprovação mediante Conselho de Classe Final, sendo analisado individualmente o rendimento e condições de prosseguimento dos estudos. Para isso, é realizado, ao final do ano letivo, um Conselho de Classe com função de analisar e discutir individualmente o rendimento anual de cada aluno, utilizando como parâmetro a comparação da aprendizagem do aluno consigo mesmo. 43 6.1.1 Critérios de Avaliação A avaliação situa-se no centro da ação educativa. Consiste no levantamento de informações úteis à regulação do processo ensino-aprendizagem. Trata-se de um processo contínuo, em que o professor verifica o rendimento de seus alunos, e, a partir daí, redimensiona sua ação pedagógica, buscando auxiliar os alunos no desenvolvimento de sua aprendizagem e também atendendo o projeto educativo proposto. Neste sentido a ação avaliativa deve ser “[...] reflexiva e desafiadora, do educador em termos de contribuir, elucidar, favorecer a troca de idéias entre e com seus alunos, num movimento de superação do saber transmitido a uma produção de saber enriquecido, construído a partir da compreensão dos fenômenos estudados.” (HOFFMANN, 1991). Em seu aspecto estrutural, a avaliação obedece a ordenação e sequência do processo ensino-aprendizagem, sendo orientada pela Proposta Pedagógica Curricular das disciplinas e pelo Plano de Trabalho Docente. O processo de avaliação é entendido como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor busca verificar se os objetivos propostos foram atingidos, servindo para o diagnóstico, acompanhamento e aperfeiçoamento do processo ensinoaprendizagem. O professor faz o acompanhamento do aluno por meio de trabalhos em sala de aula e/ou atividades extraclasse, podendo utilizar-se de instrumentos e técnicas variadas, como testes de aproveitamento orais e escritos, tarefas específicas, trabalhos de produção e criação (individuais ou em grupos), observações espontâneas ou dirigidas, debates, discussões, relatórios, provas objetiva ou dissertativa, seminários, exposições, atividades experimentais, pesquisa de campo, apresentações orais, atividades a partir de recursos audiovisuais, auto avaliação, etc. É vedada a avaliação em que os alunos são submetidos a uma só oportunidade de aferição. Os critérios de avaliação são determinados de acordo com cada instrumento avaliativo adotado pelo professor. Estão diretamente ligados à intencionalidade do ensino de um conteúdo e servem de base para que o professor possa identificar o 44 nível de aprendizagem dos alunos. Exemplo: em um seminário poderão ser adotados os seguintes critérios: - Conhecimento e adequação do conteúdo ao tema proposto; - Argumentos selecionados; - Adequação da linguagem; - Sequência lógica e clareza na apresentação; - Produção e uso de recursos. Na avaliação do aproveitamento escolar preponderaram os aspectos qualitativos da aprendizagem, priorizando a atividade crítica, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal, em detrimento à cobrança de memorização dos conteúdos. A avaliação se traduz num trabalho cooperativo entre direção, equipe pedagógica e corpo docente, na identificação dos problemas que interferem no processo ensino-aprendizagem, para dar-lhes a solução adequada. Em síntese, para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa deve ser contínua, permanente e cumulativa, considerando-se os resultados obtidos durante o período bimestral, num processo contínuo, cujo resultado final expresse a totalidade do aproveitamento escolar. O resultado do processo de avaliação é expresso por meio de notas, numa escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). A nota bimestral resulta da somatória dos valores atribuídos, no mínimo, a dois instrumentos de avaliação, preferentemente diferentes, a critério dos professores de cada disciplina. Os resultados bimestrais são comunicados aos pais ou responsáveis através de boletins em reuniões para as quais os pais/mães e/ou responsáveis são convocados. Ao final de cada semestre letivo, há um registro de avaliação em documentação própria, para comunicação aos pais ou responsáveis pelo aluno, indicando a situação escolar e as providências cabíveis. O professor faz acompanhamento do aluno por meio de trabalhos em sala de aula e atividades extraclasse, registrando seus progressos e dificuldades, podendo utilizar-se de instrumentos específicos de avaliação para subsidiar a avaliação da aprendizagem dos educandos. 45 Os instrumentos acima citados subsidiam, bimestralmente, a comunicação aos pais e/ou responsáveis pelo aluno, indicando-lhes a situação escolar do mesmo e as providências cabíveis. O rendimento mínimo exigido pela escola para a continuidade dos estudos é a nota 6,0 (seis vírgula zero) por área de estudo ou disciplina para os Anos Finais do Ensino Fundamental, para o Ensino Médio e a frequência mínima exigida é de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo. A disciplina de Ensino Religioso é de matrícula facultativa para o aluno e não há registro de nota ou menção na documentação escolar, não sendo, portanto, objeto de retenção. Aos educandos dispensados das aulas práticas de Educação Física, o docente responsável em conjunto com os professores pedagogos apresenta instrumentos apropriados para verificação do rendimento escolar. Ao mesmo tempo estes educandos deverão obrigatoriamente assistir as aulas, cumprindo com as atividades escritas determinadas pelo professor, com exceção daqueles que se encontram impossibilitados de locomover-se até o local de atividade física. Estes permanecem em local apropriado fazendo as atividades escritas determinadas pelo professor. 6.2 Promoção A Promoção resulta da combinação do resultado do aproveitamento escolar do aluno, expresso na forma de escala de notas 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero) e da apuração da assiduidade. Após a apuração dos resultados finais de aproveitamento e frequência serão definidas as situações de aprovação e reprovação dos educandos conforme estabelecido a seguir. I – É promovido ao ano subsequente o aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, obtida por meio de “MÉDIA ARITIMÉTICA”, sendo assim calculada: 46 Média Anual (MA) = (1ºB) + (2ºB) + (3ºB) + (4ºB) = 6,0 II – Permanece retido no ano o aluno que apresentar: a) Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária do período letivo; b) Média Anual Inferior a 6,0 (seis vírgula zero); Os educandos que apresentarem frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo e média final inferior a 6,0 (seis virgula zero), independente do número de disciplinas, mesmo após Recuperação de Estudos Paralela, são submetidos à análise do Conselho de Classe Final, que possui autonomia e defina sua aprovação/retenção. Encerrado o processo de avaliação, o estabelecimento registra no histórico escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado. 6.3 Classificação A Classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o estabelecimento adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade, experiências e desenvolvimentos adquiridos por meios formais ou informais, podendo ser realizada: Por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, o ano ou fase anterior, na própria escola; Por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem; Independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o aluno no ano, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais. A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem e exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais: Organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para efetivar o processo; 47 Proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe pedagógica; Comunicar o aluno e/ou o responsável a respeito do processo a ser iniciado, para obter o respectivo consentimento; Arquivar Atas, provas trabalhos ou outros instrumentos utilizados; Registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno. 6.4 Reclassificação A reclassificação é um processo pedagógico que se concretiza por meio da avaliação do aluno matriculado e com frequência no ano/disciplina(s) sob a responsabilidade do estabelecimento de ensino que, considerando as normas curriculares, encaminha o aluno à etapa de estudos/carga horária da(s) disciplina(s) compatível com a experiência e desempenho escolar demonstrados, independentemente do que registre o seu Histórico Escolar. O processo de reclassificação pode ser aplicado como verificação da possibilidade de avanço em qualquer ano/carga horária da(s) disciplina(s) do nível da Educação Básica, quando devidamente demonstrado pelo aluno, sendo vedada a reclassificação para conclusão do Ensino Médio. O estabelecimento de ensino, quando constatar possibilidade de avanço de aprendizagem, apresentado por aluno devidamente matriculado e com frequência na série/ano/disciplina(s), deverá notificar o Núcleo Regional de Educação para que este proceda orientação e acompanhamento quanto aos preceitos legais, éticos e das normas que o fundamentam. Os alunos, quando maiores de idade, ou seus responsáveis podem solicitar reclassificação, facultando à escola aprová-lo. Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões, referente ao processo de reclassificação, anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno. O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem. 48 O resultado do processo de reclassificação é registrado em Ata e integrará a Pasta Individual do aluno. O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à Secretaria de Estado da Educação. A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada. 6.5 Recuperação de Estudos A recuperação de estudos é um direito do aluno que apresenta aproveitamento insuficiente nas disciplina, durante o processo de ensino dos conteúdos. No decorrer do período letivo os educandos cujos instrumentos de avaliação demonstrarem rendimento escolar com nota abaixo da média mínima estabelecida pelo Sistema Estadual de Educação, será proporcionada Recuperação de Estudos de forma paralela ou concomitante. A recuperação diz respeito ao processo de ensino. Assim, como o conteúdo está diretamente ligado a esse processo, pressupõe-se a recuperação dos conteúdos e de notas, conforme delibera a legislação. O ponto de partida para o trabalho do professor é o saber que o aluno já possui e, não o que ele ainda não se apropriou. Dessa forma, utilizando metodologias diferenciadas, o professor oportunizará ao aluno superar as defasagens e apropriar-se dos conhecimentos necessários a sua formação. A Recuperação de Estudos visa a contribuir para que os educandos atinjam os objetivos propostos pelas disciplinas, sendo indispensável a oportunidade de nova avaliação e revisão da aferição da nota atribuída. Compreendemos ainda, a necessidade que essa recuperação seja paralela, como prevista nas normas regimentais. Após a recuperação, propomos a revisão dos resultados anteriormente anotados nos registros escolares, como estímulo ao compromisso com o processo. Dessa forma, o professor considera a aprendizagem do aluno no decorrer do processo e, para aferição da média bimestral entre a somatória das avaliações anteriores e a nota da Recuperação de Estudos, prevalecerá a maior. 49 Todos os educandos que desejarem, poderão submeter-se ao instrumento de avaliação da Recuperação de Estudos, independentemente de suas notas anteriores, como prevê a legislação. O colégio proporciona recuperação de estudos, preferencialmente concomitante ao período letivo, assegurando as condições pedagógicas definidas no Projeto Político Pedagógico e legislação vigente. Assim, a recuperação durante o ano letivo é considerada para efeito de documentação escolar. Para efetivação do processo de recuperação dos conteúdos que integrarão a recuperação de estudos, os professores, apoiados pelos/as professores/as pedagogos/as, durante o período letivo regular, registram os seguintes procedimentos/instrumentos, inscrevendo-os no livro de Registro de Classe; solicitação aos educandos, durante as aulas em que for possível, para que manifestem suas dúvidas sobre o conteúdo abordado, dirimindo-as no momento mesmo de sua manifestação; produção escrita após o término dos conteúdos das unidades, na qual os educandos deverão explicitar suas dúvidas e/ou resolver questões pertinentes àqueles conteúdos; avaliações regulares utilizadas para verificação da aprendizagem; outras formas devidamente inscritas no Livro de Registro de Classe. A Recuperação de Estudos ocorre, no turno, na sala e na aula ao qual o aluno pertence, sendo realizada: I – durante as aulas regulares, concomitantemente ao conteúdo ministrado, sempre que: houver manifestação verbal de dúvidas pelos educandos procedimentos/instrumentos de avaliação detectarem dificuldades de aprendizagem. II – em períodos subsequentes ao final das Unidades Programáticas; III – em períodos subsequentes às avaliações regulares de determinado conteúdo; Os instrumentos de avaliação da recuperação de estudos são centrados nos conteúdos cujas dificuldades ficaram evidenciadas por meio dos procedimentos/instrumentos de avaliação anteriores utilizados pelos professores. Os 50 procedimentos/instrumentos não se aplicam aos conteúdos/atividades aas quais os alunos já demonstraram rendimento adequado. 6.6 Conselho de Classe O Conselho de Classe compõe o processo avaliativo da escola, sendo realizadas reuniões bimestrais, por turmas. O conselho de classe é participativo com o envolvimento do aluno representante da turma. Antecedendo ao conselho, o aluno representante e a turma será orientada pela pedagoga ou professor conselheiro da turma, a realizar o perfil da turma nas disciplinas. Esses dados serão conduzidos à reunião de conselho de classe pelo aluno ou de forma escrita a ser apresentada pelo pedagogo responsável. Nas reuniões de conselho de classe, é realizado um levantamento das dificuldades. Após ouvidas as considerações dos alunos, os professores expõem as formas de trabalho que têm apresentado bons resultados e são apresentadas sugestões de ações para inserção na sala de aula. No Conselho de Classe busca-se traçar o perfil da turma, destacando os aspectos positivos e negativos. Também é realizada a análise do rendimento do aluno e de seus aspectos comportamentais. A análise individual é pautada na comparação do aluno consigo mesmo. Essa análise fundamenta o Conselho de Classe Final que é realizado ao final do ano letivo, de forma deliberativa, propiciando a aprovação do aluno por Conselho de Classe. As reuniões de Conselho de Classe não são apenas momentos de socialização dos problemas e dificuldades, mas espaço para análise, discussão e apresentação de propostas de intervenção, tomando por base a realidade da turma. São discutidos aspectos relativos à turma no coletivo e por aluno, individualmente. Também são propostas ações para toda a sala, que perpassam também pela ação da equipe pedagógica, pela direção, agentes educacionais, alunos, pais e comunidade em geral. As reuniões de conselho de classe são registradas em ata. Após o conselho de classe é realizada uma devolutiva às turmas, com as considerações gerais. Os encaminhamentos apontados ao trabalho com aluno individual, são tratados em particular com o aluno e ou pai ou responsável. As ações 51 relativas à sala de aula, são trados diretamente pelo professor da disciplina com a turma. 6.7 Registros e Arquivos Escolares A escrituração e o arquivamento de documentos escolares têm como finalidade assegurar, em qualquer tempo, a verificação da identificação de cada aluno, a regularidade de seus estudos e a autenticidade de sua vida escolar. Os atos escolares, para efeito de registro e arquivamento, são escriturados em livros e fichas padronizadas, observando-se os Regulamentos e disposições legais aplicáveis. Os livros de escrituração escolar contêm termos de abertura e encerramento, imprescindíveis à identificação e comprovação dos atos que se registrarem, datas e assinaturas que os autentiquem, assegurando, em qualquer tempo, a identidade do aluno, regularidade e autenticidade de sua vida escolar. 52 7. PROGRAMAS E ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES 53 7.1 Sala de Apoio à Aprendizagem Em 2004, para atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental, a Secretaria da Educação criou o programa Salas de Apoio à Aprendizagem. Nossa escola atende o disposto na Resolução nº 2772/11 – GS/SEED e a Instrução nº 07/11 SUED/SEED, ofertando a Sala de Apoio à Aprendizagem a alunos de 6º ano e 9º anos, sendo estes indicados pelos professores. Os alunos que frequentam a Sala de Apoio à Aprendizagem são indicados por seus professores e frequentam a sala até superarem as dificuldades, possibilitando a inserção de outros alunos na vaga. As aulas acontecem no contraturno, duas vezes por semana, com aulas de Língua Portuguesa e de Matemática. 7.2 Programa de Atividade Complementar Curricular em Contraturno Com a necessidade de se ampliar tempos, espaços e oportunidades educativas para os alunos da rede estadual de ensino, a Secretaria de Estado da Educação instituiu o Programa de Atividade Complementar Curricular em Contraturno. O objetivo é o empoderamento educacional dos sujeitos envolvidos através do contato com os conhecimentos e os equipamentos sociais e culturais existentes na escola ou no território em que ela está situada. Esse programa constitui-se de atividades integradas ao Currículo Escolar, que oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do aluno. O atendimento do programa é para alunos que se encontram em situação de vulnerabilidade social, bem como para as necessidades socioeducacionais, considerando o contexto social descrito no Projeto Político Pedagógico da Escola e o baixo IDEB. A oferta das Atividades Complementares Curriculares em Contraturno foi regulamentada na Resolução n. 1.690/2011 e na Instrução n. 007/2012- SEED/SUED. Atividades curriculares complementares em contraturno em andamento: 54 Arte Pública no Contexto Cultural e Educacional Vôlei Taekwondo 7.3 PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência O PIBID é um Programa do Ministério da Educação, gerenciado pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), cujo objetivo maior é o incentivo à formação de professores para a Educação Básica e a elevação da qualidade da escola pública. Sendo um programa de iniciação à docência, os participantes são alunos dos cursos de Licenciatura que, inseridos no cotidiano de escolas da rede pública, planejam e participam de experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar, e que buscam a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem. Os projetos devem promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola. A escola conta com equipes de diversas áreas do conhecimento formadas por estudantes de graduação dos cursos de: Ciências, Química, Física, Sociologia e História. 7.4 Programa Brigada Escolar: Defesa Civil na Escola O Programa Brigadas Escolares – Defesa Civil na Escola é uma parceria da Secretaria de Estado da Educação e da Casa Militar da Governadoria – Divisão de Defesa Civil. Tem por objetivo promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar para ações preventivas e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou causados pelo homem, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas para garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um segundo momento, que tais temas cheguem a um grande contingente da população civil do Estado do Paraná. 55 7.4 Fanfarra Escolar O objetivo do projeto é envolver alunos e comunidade nesta forma de expressão artística e ser um complemento à formação integral do cidadão e do profissional. O projeto atende alunos no horário intermediário. Na prática dos ensaios e das aulas que são ministradas em três encontros semanais, a música conduz os alunos ao exercício do trabalho em equipe, à disciplina consciente, à superação de desafios, à persistência, ao planejamento e ao desenvolvimento das múltiplas inteligências. Utilizando a linguagem da fanfarra, não apenas como um mecanismo de manifestação cívica, o projeto visa ser ainda um instrumento de integração cultural e social. 7.5 CELEM A oferta do CELEM – Língua Espanhola, Língua Francesa e Língua Inglesa neste Estabelecimento de Ensino, atende o disposto na Resolução nº 3904/2008 – SEED e a Instrução Normativa nº 019/2008 - SUED/SEED, que regulamenta o funcionamento de cursos de Línguas Estrangeiras Modernas. A oferta de ensino extracurricular, plurilinguista e gratuita do Curso Básico de Espanhol, do Curso Básico de Língua Francesa e do Curso Básico de Língua Inglesa é destinada aos alunos da Rede Estadual de Educação Básica, matriculados no Ensino Fundamental (anos finais) e no Ensino Médio. Esta oferta é estendida aos professores e funcionários que estejam no efetivo exercício de suas funções em estabelecimentos de ensino na Rede Pública Estadual de Educação Básica, SEED e NRE, num total de até 10% das vagas sobre o número máximo de alunos por turma. A comunidade poderá usufruir dos cursos, num total de até 30% das vagas sobre o número máximo de alunos por turma, desde que comprovada a conclusão dos anos iniciais do Ensino Fundamental. 56 8 PRINCÍPIOS LEGAIS E DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS 57 8.1 Objetivos A ação pedagógica desenvolvida na escola tem como objetivo a formação integral dos jovens, crianças e adolescentes que constituem sua comunidade escolar. Assim, a educação é ofertada com vistas à formação de cidadãos críticos, conscientes e sujeito de direitos e deveres, conforme preconiza a Constituição Federal de 1988 e fortalece o Estatuto da Criança e do. A educação realizada na escola abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana e no trabalho, bem como nas manifestações culturais. Os preceitos constitucionais são resguardados aos cidadãos, segundo o artigo 206, que apresenta os seguintes princípios: I – Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e coexistência e instituições públicas e privadas de ensino; IV – gratuidade de ensino em estabelecimentos oficiais; V – valorização dos profissionais do ensino; VI – gestão democrática do ensino público; VII – garantia de padrão de qualidade. O Colégio Hugo Simas tem como meta a formação do cidadão e o atendimento à comunidade escolar, assegurando o direito à gratuidade de ensino, as condições de igualdade de acesso e permanência, o respeito ao pluralismo de ideias, a liberdade de ensino, a pesquisa e divulgação das ideias, a valorização dos profissionais da educação, a gestão democrática e o padrão de qualidade de ensino, previstos na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9394/96). Enquanto instituição de ensino público, preconiza como dever do Estado a garantia da educação básica obrigatória e gratuita, organizada de forma intencional e sistemática, tendo como mantenedor o Estado do Paraná, nos seus representantes apresentados na forma da lei. 58 Ainda em atendimento a LDB 9394/96, visa a valorização das experiências dos alunos fora da escola, ou seja, extraescolar e a vinculação da educação ofertada nesse ambiente escolar como trabalho, e as práticas sociais. A ação coletiva e refletida realizada na escola, tem como filosofia conduzir o educando à inserção no mundo do trabalho e na vida pública, possibilitando-lhe condições para o desenvolvimento pleno da cidadania e a formação do ser humano. Assim, tem como propósito: Preparar o aluno para agir com autonomia, solidariedade e responsabilidade, desenvolvendo a autoestima e conduzindo à construção de um projeto de vida que considere o bem-estar pessoal e da comunidade. Desenvolver a capacidade do aluno em se comunicar, interagir, participar e decidir em grupo, cooperando, respeitando o outro, compreendendo a interdependência entre os seres humanos e a necessidade de partilhar em projetos coletivos. Preparar o aluno para o ingresso no mundo do trabalho tendo como foco a formação pessoal, o desenvolvimento das aptidões, o comportamento social, o trabalho em equipe, a capacidade de decidir, tomar iniciativa, partilhar decisões e atuar em grupo. Formar o aluno para o domínio da leitura, da escritura, da expressão oral, do cálculo e da solução de problemas; para o despertar da curiosidade intelectual, do senso crítico, da compreensão do real e da capacidade de discernir e formar as bases que permitirão ao indivíduo continuar aprendendo ao longo de toda a vida. 8.2 Filosofia do Colégio A filosofia do Colégio Estadual Hugo Simas é expressa em sua proposta pedagógica e no seu currículo. A proposta curricular elaborada conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (L.D.B. nº 9394/96) para os anos iniciais e finais do ensino fundamental, ensino médio e as Diretrizes para Educação no Estado do Paraná, embutem mudanças na estrutura e funcionamento da Escola. Esta necessita preparar as crianças e jovens para a vida, formando cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade na sociedade, de forma democrática. Deve 59 buscar um conjunto de práticas planejadas com o intuito de contribuir para a apropriação do conteúdo, pelos alunos de maneira crítica e construtiva, possibilitando que sejam capazes de interferir na realidade a fim de transformá-la. 8.3 Metodologia A metodologia proposta tem sua base na concepção crítica de educação. Tem como respaldo os pressupostos defendidos por educadores da atualidade que compreendem a educação como transformadora. Os conteúdos ganham vida, tornando-se dinâmicos. São trabalhados contemplando a realidade do aluno e a possibilidade de uso no contexto social. O conteúdo e a metodologia são compreendidos como elementos, nos quais a coerência deve ser mantida. O conhecimento é o ponto de partida, nas diversas áreas. A estratégia de ensino possibilita a apreensão do conhecimento e é realizada em conformidade com as especificidades de cada área do conhecimento. A escola atende às Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, que adotam o currículo centrado em uma proposta por disciplina de ensino. Segundo as diretrizes, o conhecimento produzido e seus determinantes políticos, econômicos, sociais e ideológicos, quando relacionados à história das disciplinas escolares e às teorias da aprendizagem, oferecem ao professor a possibilidade de fundamentação para discussões curriculares mais aprofundadas e alteração de sua prática pedagógica, conduzindo à organização do trabalho pedagógico a partir dos conteúdos estruturante de cada disciplina. O professor é reconhecido como um conhecedor do conteúdo, mas, é também um mediador entre o conhecimento e o aluno. Respeita e valoriza o ser humano e busca humanizar as relações desenvolvidas no contexto escolar. É ainda um conhecedor das atividades pedagógicas. Envolvem-se em cursos, encontros e outras atividades que visam a fundamentar a ação pedagógica. A equipe pedagógica acompanha e assessora o professor nas atividades pedagógicas, amparando-o na gestão da sala de aula e no processo de avaliação. De posse do conhecimento e com o suporte necessário, o professor propicia diferentes formas de interação da criança e do jovem com o conhecimento. Os procedimentos metodológicos são variados e as estratégias inovadoras. 60 As aulas ultrapassam o acompanhamento do livro didático e envolvem o aluno em pesquisas na internet, em livros e revista e jornais, de campo com os pais e comunidade; trabalhos em grupo na sala e extraclasse; experimentos; atividades variadas em laboratórios; excursões; visitas técnicas; uso de viso e televisão; apresentações e outros. Sempre buscando novos caminhos e a melhoria da qualidade de ensino, os professores têm desenvolvido, dentre outras, as seguintes atividades em seu dia-adia: dinâmicas de grupo, valorizando a relação humana e buscando resgatar autoestima; atividades individuais, envolvendo pesquisas bibliográficas em livros e Internet e outras fontes; dinamização na utilização de recursos como vídeo, jornal, revistas, aparelhos de som e outros; atividades em grupo com monitoria; atividades fora da sala com pesquisa de campo, visitas, palestras e participação em eventos promovidos por outras instituições, porém em conformidade com a formação do aluno; atividades na quadra e fora da escola, envolvendo o esporte, competições e jogos em geral; excursões a cinemas, exposição, fábricas, entidades e outros locais, em conformidade com os objetivos e conteúdos trabalhados nas diversas áreas do conhecimento; projetos interdisciplinares dentro do período ou séries, bem como entre períodos e outras escolas; aulas práticas no laboratório de Informática, laboratório de Biologia, Química e Física; participação em projetos e programas da comunidade. O esporte também é contemplado não somente nas aulas de educação física, mas envolve outras atividades e outras áreas do conhecimento em uma proposta interdisciplinar. Como organização, é realizado um planejamento em conjunto, sendo socializados por todos os professores. 61 A equipe pedagógica e a direção inserem-se nas atividades, proporcionando condições para realização das atividades diferenciadas. 8.4 Concepções 8.4.1 Homem O homem é um ser concreto, situado no tempo e no espaço. Está inserido em um contexto histórico, ou seja, sócio-econômico-cultural-político. Dessa forma, torna-se sujeito da educação, uma vez que a mesma deve promover o próprio indivíduo e não propor forma de ajustá-lo à sociedade existente. O homem da sociedade atual necessita envolver-se em seu contexto, visando a transformar sociedade, tomando por base as necessidades do grupo. Somente um homem consciente, pode transformar o mundo que o cerca. Nesse cenário, a escola desenvolve papel importante na formação do homem para atuar no seu universo, visto que a sociedade hoje, exige um cidadão crítico, participativo, consciente de seu papel e com autonomia para decidir suas próprias escolhas. 8.4.2 Sociedade Vivemos hoje em uma sociedade informatizada e globalizada, na qual as informações são transmitidas rapidamente. O avanço tecnológico, produzido pelo uso de computadores nas empresas, bancos, mercados, cinemas, telecomunicações e em todos os campos da sociedade, têm modificado a forma de agir e pensar do ser humano, fazendo brotar uma nova sociedade, a que chamamos de sociedade do conhecimento. Esta requer novas competências, exigindo um indivíduo atuante, pensante, pesquisador e com autonomia intelectual. Nessa sociedade, não cabe mais o homem alienado, dono de uma consciência ingênua, que não se compromete com o seu mundo real e possui um pensamento que reflete o pensamento e expressões de uma classe dominante. A 62 sociedade atual exige cidadãos que promovam dinamismo, removendo o caráter estático da sociedade. As transformações são lentas. Ocorrem por meio do exercício da democracia. Esta se inicia em ambientes educacionais, como a escola. A democracia autêntica pressupõe que os indivíduos sejam coparticipantes do poder, em forma de cogestão. Dessa forma, compete à escola, na condição de instituição responsável pela formação do indivíduo, formar cidadãos para atuar e transformar a sociedade, exercendo seu papel social dentro do grupo. Não há receitas ou modelos a serem seguidos pela escola que tenha como anseio enveredar na formação de cidadãos críticos e participativos. Mas, com certeza, é preciso valorizar a formação humana em detrimento da formação técnica. 8.4.3 Escola A escola, enquanto instituição educativa não pode permanecer alheia as condicionantes sociais que a envolve, considerando promove a socialização do indivíduo. Ensinar implica em investir em um processo de conscientização, sendo necessário construir um currículo que possibilite esse processo. A escola necessita propiciar ao aluno um currículo escolar que contemple conteúdos vivos, dinâmicos, indissociáveis da realidade. A escola é parte integrante da sociedade, sendo influenciada por ela, ao mesmo tempo em que a influência. O trabalho na escola deve ser pautado na elaboração de projetos que possibilitem o estreitamento da relação escola-comunidade, envolvendo alunos, pais professores, funcionários e comunidade em geral. Deve, ainda, investir em novas formas de avaliar, bem como em propostas metodológicas inovadoras, visando a proporcionar a aprendizagem significativa do aluno. Assim, a escola torna-se intencional, sistemática e organizada para atender a criança, o adolescente e o jovem de forma diferenciada da família e de outras instituições. Cabe à escola a função de ensinar, visto que é instituição social criada com esse fim. 63 8.4.4 Educação A educação na sociedade atual necessita ir além de uma postura de redenção ou reprodução da sociedade. Necessita atuar como mediação de um projeto social que busca transformar a sociedade. Impregnada de determinantes sociais, políticos e culturais, a educação possui um papel ativo na sociedade. Assim, precisa ser desenvolvida de forma crítica, no sentido de formar cidadão críticos que pensem, que criem, que produzam em função das necessidades do grupo e que busquem o conhecimento. Assim, não há neutralidade na educação, visto que a mesma implica em escolha. Escolher um caminho é um ato político imerso em um contexto sóciocultural. Precisa-se colocar a educação a serviço da democratização da sociedade. Somente um ensino democrático pode conduzir à democratização social. 8.4.5 Cultura O termo “cultura” tem sido ampliado desde a antiguidade até nossos dias. Segundo Holanda (2000), “cultura é o conjunto complexos dos códigos e padrões que regulam a ação humana individual e coletiva, tal como se desenvolvem em uma sociedade ou grupo específico, e que se manifestam em praticamente todos os aspectos da vida: modos de sobrevivência, normas de comportamento, crenças, instituições, valores espirituais, criações materiais etc.”. A cultura envolve as características humanas que são aprendidas no convívio em sociedade, sendo importante para sua preservação e desenvolvimento, a comunicação e a cooperação que ocorrem entre os indivíduos. Regula também, a ação humana do indivíduo e do coletivo, pois compreende um conjunto de códigos e padrões que estabelecem e delimitam limites. Dessa forma a cultura está presente no cotidiano das pessoas, bem como nos valores e normas partilhados socialmente. As instituições sociais, tais como a família, a escola, a igreja e outras, enfatizam o caráter socializador da cultura. A cultura não é nata, mas aprendida no convívio social. Compete a escola participar do processo de socialização da cultura. 64 A escola, enquanto instituição do saber, participa na produção e difusão da cultura e também repassa a cultura popular. Cabe a escola, assumir seu papel enquanto instituição nesse processo. Dessa forma, não podemos nos omitir frente ao papel socializador que a escola possui, assumindo o compromisso de difundir a cultura erudita, respeitando e valorizando a cultura popular como expressão do nosso povo, na certeza de atender à diversidade cultural que nos envolve. 8.4.6 Conhecimento A sociedade atual também é conhecida como a sociedade do conhecimento, pois as informações são produzidas e difundidas rapidamente. A velocidade com que as informações são veiculadas impulsiona a construção e reconstrução do conhecimento, compreendendo-o como algo que não é pronto ou acabado, mas construído diariamente nas relações sociais e com a natureza. O conhecimento até então entendido como verdade absoluta, cede lugar à construção sedimentada no contexto histórico-político-social-cultural. Compreendendo que o conhecimento precisa ser construído e não repassado, cabe à escola, a reorganização do seu papel, no sentido de proporcionar ao indivíduo essa reconstrução. Para isso, a postura tradicional e reprodutora, precisa ser substituída por uma postura crítica de ensino, na qual o aluno participa ativamente, pensa, cria e constrói seu próprio conhecimento. 8.4.7 Infância Nos dicionários de Língua Portuguesa, infância é definida como “período de crescimento humano que abrange desde o nascimento até a puberdade”. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), considera a infância, como o período que vai do nascimento aos doze anos. No entanto, a concepção de infância, vai além da simples definição. O conceito que cada sociedade tem de infância é produto de sua evolução histórica, ou seja, os significados e as valorizações não ocorrem de forma igual em todas as sociedades, mas são construídas e modificadas de acordo com a organização de cada sociedade. 65 No Brasil, o conceito de infância começou a sofrer alterações no início do século XX, quando começou ser aceita a ideia que a criança possui necessidades próprias que precisam ser levadas em consideração. É, a partir da segunda metade desse século que a concepção de criança assume novos contornos, impulsionada por vários fatores que intensificaram os estudos na área, tais como, as mudanças no papel da mulher na sociedade, a ampliação do número de mulheres que participam no mercado de trabalho, o crescimento das cidades e a concentração da população nos grandes centros, as transformações ocorridas na estrutura familiar e outros. O conceito de infância modifica-se, passando a criança a ser vista como um ser ativo e participativo, reconhecendo-a como cidadã. Nesse contexto, passa a ser necessário reconhecer o caráter educacional da educação infantil. Esse reconhecimento já foi contemplado com a implantação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB n 9394/96 que estabeleceu a estabeleceu como primeira etapa da educação básica e assegurou que essa educação fosse realizada com base no critério de faixa etária, ou seja, em creches até os três anos e em pré-escolas dos quatro aos seis anos. Partindo dessas premissas, a escola de ensino fundamental necessita promover formas de articulação da criança que advém da educação infantil, bem como promover formas de articulação na passagem do quinto para o sexto anos do ensino fundamental de nove anos. O conhecimento necessário ao educador infantil perpassa pela competência pedagógica que inclui gestão, planejamento, avaliação, conteúdos, organização dos espaços e situações de aprendizagens. 8.4.8 Adolescência Adolescência deriva de “Adolecere”, uma palavra latina que significa crescer, desenvolver-se, tornar-se jovem” (BECKER, 1994, p. 8). Dessa forma, atualmente a adolescência é considerada uma fase de transição entre a infância e a idade adulta, na qual o adolescente não é considerado não é considerado nem adulto e nem criança. Ocorre por volta, dos 12 anos até a segunda década de vida. O Estatuto da Criança e do Adolescente, considera, em seu art. 12, a adolescência a fase 66 compreendida entre doze e dezoito anos de idade. É caracterizada por mudanças nos aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais e marcam os campos intelectual e afetivo. As mudanças estendem-se ao desenvolvimento social e pessoal, pelo qual o adolescente vai descobrindo a si mesmo e aos outros, construindo sua personalidade e os seus projetos de vida pessoal. Nessa fase, o adolescente vivencia conquistas como a incursão de um novo papel, que modifica sua posição frente ao mundo e que também o influencia em outros planos da vida dele. Nessa fase, as glândulas produzem importantes hormônios que convergem para O amadurecimento sexual e promovem a capacidade de reprodução. A adolescência é um período de inquestionável importância para as pessoas e para a escola, em especial, pelas modificações ocorridas no caráter social. Há um aumento da importância do grupo de amigos. Os adolescentes temendo não serem aceitos e valorizados pelos amigos, procuram agir de acordo com o que faz a maioria, a fim processo de identificação com o grupo e seus componentes. Assim, acentua-se a tendência à imitação e identificação. O grupo influencia a forma de se vestir, de falar, de agir, até mesmo os gostos. Do ponto de vista psicológico, adquirem uma nova e superior forma de pensamento. Concebem os acontecimentos ao seu redor, de forma diferenciada de como faziam até então. O pensamento passa a ser caracterizado por uma maior autonomia e precisão de seu raciocínio, caracterizando o pelo surgimento e desenvolvimento das operações formais, descrito por Piaget. 8.4.9 Cidadão/Cidadania O termo cidadania tem muitas conotações. Preliminarmente poderíamos entender que ser cidadão é ter assegurado o direito à participação social de modo consciente – o que, por sua vez, só é possível quando o ser humano tem garantido o direito ao trabalho. Em outras palavras, a cidadania aqui definida não possui o mesmo sentido que lhe é atribuído pela concepção liberal, na qual a noção vinculase à criação dos meios que assegurem ao indivíduo o direito à propriedade. Pelo contrário, admitimos que o exercício da cidadania ocorre quando os indivíduos têm acesso às riquezas sociais que, através do trabalho, ajudam a construir. Isso não 67 significa por outro lado, entender a cidadania como direito a uma profissionalização na escola secundária, nem mesmo como preparo ao vestibular. Bem diferente disso, o direito ao trabalho deve ser entendido como possibilidade de o indivíduo compreender as relações sociais que organizam essa atividade em nossa sociedade brasileira contemporânea. De tal modo que essa compreensão contribua nas formulações que esse indivíduo elabora para participar das riquezas sociais. (MEKSENAS, Paulo. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1993). Para que possamos ser educadores afinados com o nosso tempo, temos que tomar parte no processo pedagógico, sendo um dos agentes decisivos na sua autoria. É sempre bom lembrar que “as exigências das relações entre cidadania e democracia não se situam apenas no plano dos princípios abstratos, mas ao contrário, implicam práticas e situações bem concretas, pois essas é que tecem a vida real das pessoas”. (SEVERINO, 1994). 8.4.10 Currículo O currículo é um campo polêmico, permeado de ideologia, cultura e relações de poder. Refere-se a uma realidade histórica, cultural e socialmente determinada, refletidos em procedimentos didáticos administrativos que condicionam sua prática e teorização. Sua elaboração é um processo complexo que envolve fatores lógicos, epistemológicos, intelectuais e determinantes sociais, como o poder, interesses, conflitos simbólicos e culturais, propósitos de dominação dirigidos por fatores ligados à classe, raça, etnia e gênero. Porém, como toda atividade pedagógica, o currículo se fundamenta em pressupostos de natureza filosófica, tornando evidente a visão de mundo dos envolvidos, visto que, como afirma Sacristán (1999, p. 61) “é a ligação entre a cultura e a sociedade exterior à escola e à educação”. O currículo evidencia o pensar e a ideologia da sociedade a qual a escola está inserida, sendo estes, refletidos no ambiente escolar. Assim, o currículo é desenvolvido na escola em de três níveis: formal, real e oculto. O currículo formal refere-se ao currículo estabelecido pelos sistemas de ensino e é expresso em diretrizes curriculares, objetivos e conteúdos das áreas. O currículo real é o que se materializa dentro da escola, ou seja, o que acontece no 68 cotidiano. O currículo oculto refere-se ao que não aparece no planejamento, mas é aprendido diariamente em meio às práticas, atitudes, comportamentos, gestos percepções que vigoram no meio social e escolar. Estes três níveis têm coexistido na escola durante toda sua história, embora o conceito de currículo tenha evoluído através dos tempos, passando de uma postura tradicional, com caráter técnico-prescritiva, a uma postura crítica e libertadora. Num processo de evolução, o currículo tem convivido com várias abordagens, dentre as quais podemos citar o acadêmico, o humanístico, o tecnológico e o reconstrucionista social. O currículo tem o conhecimento como núcleo de educação. Valoriza a transmissão de conhecimentos cabendo à escola desenvolver o raciocínio dos alunos para uso das ideias e processos mais proveitosos ao seu progresso. O currículo valoriza o indivíduo como ser dotado de uma identidade pessoal que precisa ser descoberta, construída e ensinada, cabendo à educação, por meio do currículo, propiciar experiências que desenvolvam a consciência para a libertação e a auto realização. No currículo tecnológico, a educação consiste na transmissão, comportamentos éticos, práticas sociais e habilidades que conduzam ao controle social. O professor é detentor do saber, cabendo a ele planejar, programar e controlar o processo educativo. O aluno é um ser passivo a quem resta absorver a eficiência técnica e alcançar os objetivos que lhe foram propostos. O currículo reconstrucionista social concebe homem e mundo de forma interativa. O homem, por meio da reflexão, adquire consciência crítica para assumirse e ser sujeito do seu próprio destino. Compete à educação o papel de agente social, com função de promover mudança, com vistas à transformação social. O processo de ensino e aprendizagem deve constituir-se em uma prática social que conduza à emancipação. Assim compreendido, o currículo não fornece receitas prontas. O aluno participa ativamente do processo de ensino e aprendizagem. O modo de ensino é visto como dialógico e prático, requerendo um professor reflexivo que instiga e fertiliza as ideias. Volta-se à prática, à reconstrução do conhecimento. Compreende o homem pós-moderno como resultante das múltiplas culturas, ou seja, multicultural. 69 O currículo desenvolvido na escola busca contemplar os três níveis: legal, real e oculto. A proposta curricular é realizada em atendimento à LDB 9394/96, e às diretrizes apresentadas nas Diretrizes Curriculares Estaduais e no Currículo Básico do Estado do Paraná. Busca contemplar a realidade do aluno, sendo constituído de conteúdos científicos, técnicos e gerais, necessários à formação do ser humano e do cidadão, desenvolvidos de forma crítica e ativa, trabalhados em ações metodológicas que envolvam o aluno em procedimentos de trabalhos, pesquisa, atividades extraclasse e outras que se adequem à realidade. Juntamente com os aspectos legais e reais, são trabalhados valores, hábitos, atitudes e outros aspectos que envolvam a formação do conhecimento e humana. Com vistas a consolidar à filosofia da escola como única, os professores, juntamente com a equipe pedagógica, conversam, discutem trocam ideias e experiências. Envolvem-se em projetos e atividades conjuntas, no sentido de ofertar um ensino que perpasse pelo trânsito dos saberes, realizando a transdisciplinaridade que tem projetos como elo integrador do currículo. Da mesma forma, a metodologia e a avaliação são discutidas e pensadas de forma coletiva, envolvendo atividades individuais e em grupos, trabalhos entre séries, turmas e turnos. O planejamento anual é realizado no início do período letivo, propondo a integração entre as áreas. Porém, a flexibilidade prevalece, visando a possibilitar a adaptação curricular. Os professores realizam o plano de ação docente, efetuando o planejamento anual. A matriz curricular contempla a base nacional comum e a parte diversificada, conforme as orientações da legislação. 8.4.11 Ensino e Aprendizagem O fim político da ação educativa é o acesso e permanência do aluno na escola. Porém, isso não basta ao processo de democratização social. É preciso propor um currículo que garanta aprendizagem satisfatória e significativa dos conteúdos científicos e culturais. 70 A criança tem hoje um acesso facilitado aos meios de comunicação e de informação, bem como aos recursos tecnológicos. O aluno quando chega à escola, já tem uma leitura de mundo a sua volta. A escola, para esse aluno, representa uma forma de ampliar seus conhecimentos, agregando-lhe novas aprendizagens. A escola não pode permanecer alheia à leitura do aluno. A sociedade solicita que a escola possibilite que a criança desenvolva uma aprendizagem que amplie seus conhecimentos e lhe fundamente para a vida pública e para o mundo do trabalho. Nesse contexto, não há lugar para um modelo de escola reprodutora, na qual a aprendizagem ocorra de maneira mecânica e passiva. É preciso inserir a criança no curso de sua aprendizagem de forma ativa. É preciso um ensino ativo, no qual o aluno participe, busque, pesquise, deseje aprender e aprenda a aprender. A aprendizagem ativa é construída na interação do educando com os conteúdos socioculturais. Um ensino que proporcione uma aprendizagem significativa necessita envolver ao aluno em ações, nas quais ele participa ativamente, construindo seu conhecimento e compreendendo a realidade. O aluno aprende nas relações que desenvolve com o conhecimento. O professor auxilia o aluno a aprender, mas não transfere a aprendizagem a ele. O que faz, é posicionar-se ante a criança, buscando modificar as condições de sua aprendizagem, é propiciar situações para que esta ocorra, é ajudar no desenvolvimento desse processo. 8.4.12 Avaliação A avaliação da aprendizagem constitui um dos pilares do processo de ensino e aprendizagem, considerando que possibilita o acompanhamento do aluno e do processo educacional como um todo. No final do século XX, houve uma intensificação dos estudos na área da avaliação, propiciando avanços que culminaram na implantação e implementação de propostas de avaliação em larga escala. Houve ainda, um aumento de eventos, como congressos, encontros, seminários e curso nos quais tem sido discutido incessantemente a avaliação da aprendizagem do aluno. Este cenário trouxe repercussões na escola, influenciando mais o discurso que a prática do professor. 71 Na busca pela construção do conhecimento, a avaliação vem sendo discutida e modificada no ambiente escolar, rumando para uma avaliação mais justa e igualitária, voltada a um ensino mais democrático, atendendo os princípios da LDBEN 9394/96. Na escola a avaliação é concebida como investigação da prática pedagógica, sendo compreendida em uma dimensão formadora. Os dados coletados pelos instrumentos de avaliação têm como fim subsidiar reflexões sobre o processo de ensino e aprendizagem, promovendo o acompanhamento do processo e o redirecionamento da prática pedagógica. A avaliação é compreendida como um projeto intencional que necessita ser contemplado no planejamento, com vistas a propiciar a reflexão e tomada de decisões acerca do processo de ensino e aprendizagem. 8.5 Articulação entre anos iniciais e segundo segmento do Ensino Fundamental No colégio, o aluno de sexto ano é egresso, em sua maioria, de escolas municipais, oriundos de diversas regiões da cidade. Faz-se necessário promover a integração da criança na escola e nos anos finais do ensino fundamental, promovendo o acolhimento e a inserção do aluno no processo de ensino e aprendizagem. A passagem dos anos iniciais para o sexto ano do ensino fundamental, ocorre quando o aluno ainda é criança. Porém, é marcada por mudanças na condução do ensino. Nos anos iniciais, o aluno é assistido por um professor. No sexto ano, o aluno deixa de ser assistido por um professor que o atende em nas diversas disciplinas e passa a ser atendido por um professor por disciplina. Para articular os anos iniciais e anos finais do ensino fundamental, bem como atender o aluno em suas necessidades, o colégio busca desenvolver ações de integração desse aluno nas salas de aula e no colégio como um todo. Assim, a articulação ocorre por meio de ações específicas realizadas pela escola e pela comunidade escolar no geral. No colégio, direção, equipe pedagógica, professores, funcionários se organizam e se unem para incluir o aluno nas atividades diárias da escola. 72 Nas primeiras semanas de aula é realizada a avaliação diagnóstica em todas as turmas. A partir dos dados levantados na avaliação, equipe pedagógica, direção e professores se reúnem-se a fim de replanejar o plano proposto inicialmente, de apontar ações e construir caminhos para suprir as necessidades e superar as defasagens. Em sala de aula, os professores procuram realizar atividades em grupo onde os alunos ficam sob sua orientação, além de fazer o acompanhamento individualizado dos mesmos. O colégio oferta ainda a Sala de Apoio à Aprendizagem para alunos do sexto e nono anos do Ensino Fundamental, em contraturno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. O programa é destinado aos alunos que apresentam dificuldades ou baixo rendimento escolar. Esse levantamento é realizado durante o aluno letivo pelos professores e por meio dos resultados avaliação diagnóstica. Considerando a importância da participação da família no processo de ensino e aprendizagem, as ações são estendidas aos pais, com a realização de reuniões, a fim de discutir a situação escolar dos filhos, expor as necessidades, dificuldades, propor ações e alternativas para melhorias. Essas reuniões tem o propósito de firmar compromisso entre a escola e os pais, tendo em vista o acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem do aluno. 8.6 Articulação entre Ensino Fundamental e Ensino Médio A passagem do aluno do Ensino Fundamental para o Ensino Médio ocorre no período que coincide com o fim da infância e início da adolescência. Nesse sentido, faz-se necessário a organização da escola para atender esse adolescente. Buscando articular o Ensino Fundamental e Médio, são traçadas ações pela comunidade escolar a serem desenvolvidas por toda comunidade escolar. Nas situações de ensino e aprendizagem, as ações centram-se mais nas atividades realizadas pelos professores e equipe pedagógica. Com esse segmento, são realizadas reuniões com o grupo e com os pais e alunos. É aplicada avaliação diagnóstica no início do ano letivo. Os resultados são discutidos. São apresentados procedimentos para recuperar o aluno e superar as defasagens, minimizando o impacto da divisão entre o ensino fundamental e médio. 73 A equipe pedagógica realiza acompanhamento individualizado ao aluno e assistência ao estudo e aprendizagem, envolvendo os pais e professores, a partir da indicação dos professores, sobre o rendimento escolar ou adaptação do aluno aos estudos no Ensino Médio. Considerando que as ações devem ser preventivas e não devem ocorrer somente no Ensino Médio, o colégio oferta Sala de Apoio à Aprendizagem para alunos que apresentam dificuldades ou baixo rendimento escolar no nono ano do Ensino Fundamental, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. O levantamento para encaminhamento dos alunos é realizado durante o ano letivo, pelos professores e por meio dos resultados da avaliação diagnóstica. 8.7 Educação Inclusiva "A filosofia da inclusão defende uma educação eficaz para todos, sustentada em que as escolas, enquanto comunidades educativas, devem satisfazer as necessidades de todos os alunos, sejam quais forem as suas características pessoais, psicológicas ou sociais (com independência de ter ou não deficiência). Trata-se de estabelecer os alicerces para que a escola possa educar com êxito a diversidade de seu alunado e colaborar com a erradicação da ampla desigualdade e injustiça social." (SANCHEZ, 2005) A inclusão educacional apoia-se em princípios que visam à aceitação das diferenças individuais, à valorização da contribuição de cada pessoa, à aprendizagem através da cooperação e à convivência dentro da diversidade humana. Dessa forma, o papel da escola consiste em favorecer que cada um, de forma livre e autônoma, reconheça nos demais a mesma esfera de direito que exige para si. Neste âmbito, a prática da inclusão social baseia-se em princípios como: consideração das diferenças individuais, valorização de cada pessoa, convivência dentro da diversidade humana e aprendizagem por meio da cooperação. Tendo em vista o exposto acima, consideramos também aqueles que são excluídos socialmente e não somente alunos com deficiências. Sendo assim, a educação inclusiva abrange também alunos acometidos de alguma doença ou impossibilidade, alunos oriundos de populações nômades e etnias, além dos alunos em situação de risco, entre outros. 74 Um dos princípios norteadores das ações da SEED é a perspectiva da inclusão de todos os alunos. As diretrizes curriculares, após debates realizados por profissionais da educação, apresentam uma linha condutora da universalização ao acesso à escola pública e gratuita para todos. A inclusão na escola pressupõe ainda, um compromisso técnico e político dos governantes, dos pais, familiares, professores, profissionais, todos os membros da sociedade. O processo requer planejamento e mudanças sistêmicas políticoadministrativas na gestão educacional, que envolvem desde a alocação de recursos governamentais até a flexibilização de currículos. Na educação, incluir significa transformar o sistema educacional, de forma a organizar os recursos necessários para alcançar os objetivos e as metas para uma educação de qualidade que se estenda a todos os cidadãos, atendendo suas necessidades. Assim compreendida, a inclusão é tratada no Colégio como um processo que se efetiva pela: Presença do aluno na escola enquanto sujeito como direito de estar na escola junto aos demais colegas de sua faixa etária e na sua comunidade; Participação, o relacionamento livre de preconceito e discriminação, em ambiente acessível para que realmente todos participem das atividades escolares, com um currículo aberto e flexível e a construção de conhecimentos, assegurando ao aluno estar na escola regular, participando, aprendendo e se desenvolvendo. Para isso, adota um conjunto de princípios, como a valorização da diversidade como elemento enriquecedor do desenvolvimento pessoal e social, o desenvolvimento de currículos amplos que possibilitem a aprendizagem e participação de todos o respeito às diferentes formas de aprender, o atendimento às necessidades educacionais dos alunos, a acessibilidade física e nas comunicações e o trabalho colaborativo na escola. 8.7.1 Educação Especial A inclusão visa a atender a Constituição Federal de 1988, que em seu artigo 208, parágrafo III, preconiza que é dever do Estado garantir o atendimento 75 especializado aos portadores de deficiência física, bem como a LDBEN 9394/96, em seu capítulo V. No entanto, o processo de inclusão no Colégio visa a respeitar o direito humano de igualdade, proporcionando as condições necessárias para que todos os indivíduos tenham a acesso à escola e que todos, por meio dos encaminhamentos metodológicos necessários e adequados, possam ter condições iguais de desenvolvimento. Conforme estabelece a LDBEN 9394/94, o atendimento educacional é feito em classes regulares de ensino, bem como em salas com que atendam as condições específicas do aluno, tais como salas de atendimento ao deficiente visual e sala de atendimento ao deficiente auditivo. Ainda, em atendimento à referida lei, o Colégio dispõe de serviço de apoio especializado a esses alunos, participando de projetos promovidos pela comunidade e pelo Estado e, contando com professores especialistas na área. As atividades realizadas no colégio, buscam envolver esses alunos, participando de uma formação mais justa e igualitária a todos. Também é proposto no currículo, o trabalho com discussões acerca da inclusão e da diversidade humana, como intuito de formar cidadãos capazes de tratar com naturalidade e normalidade as questões da pluralidade cultural e da inclusão. A Educação Especial aponta novas modalidades de ensino, em caráter pedagógico ligado à educação escolar e ao ensino público. Estabelece-se, também, de forma inovadora, a ampliação de sua oferta no sistema, contemplando desde a Educação Infantil até os mais elevados níveis de Ensino Superior. A partir dessa concepção, fica evidente que há muitos alunos que apresentam problemas ou dificuldades de aprendizagem, por razões inerentes à sua complicação física, limitações sensoriais ou déficits intelectuais. Assim, o insucesso na escola revela que não são apenas os alunos portadores de necessidades especiais que apresentam necessidades referentes ao processo de aprendizagem e que devem ser beneficiados com recursos humanos, técnicos, tecnológicos ou materiais diferenciados que promoverão a sua inclusão. 76 Para o atendimento ao aluno com necessidades educacionais especiais, são ofertados os serviços de apoio educacional especializado que constituem a rede de Apoio da Educação Especial do Estado do Paraná. São sistematizados por áreas de atendimento, fundamentos teóricometodológicos que nortearão a prática, nas escolas onde estiverem alunos matriculados que apresentem deficiências, altas habilidades, superdotação e condutas típicas (Síndromes e quadros psicológicos e neurológicos). Os serviços e apoios especializados destinam-se ao atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais decorrentes: Deficiências: mental, visual, física-neuromotora e surdez, Condutas típicas de síndrome e quadros neurológicos, psicológicos; Certas habilidades/ superdotação. O Serviço de Apoio Pedagógico Especializado realiza-se no contexto da sala de aula ou em contraturno, por meio de oferta de recursos humanos, técnicos, tecnológicos, físicos e materiais, têm por objetivo possibilitar o acesso e a complementação do currículo ao aluno. Para atuação nesse serviço, o Colégio conta com professores especializados, com habilitação em Educação Especial, considerando que essa é uma exigência da legislação. Dentro das condições reais, disponibiliza atendimento aos alunos em função das necessidades individuais, reconhecendo que a escola tem como fim desenvolver as capacidades acadêmicas, cognitivas, afetivoemocionais e sociais, e o desenvolvimento pessoal de todos os educandos. Porém, algumas dificuldades ainda são apontadas por professores e funcionários na condução do processo de inclusão, tais como: a falta de formação especializada e acompanhamento para os professores e funcionários, remetendo somente aos formados na área e aos experientes, a função de suprir essa lacuna da educação; necessidade de formação para atender às especificidades; necessidade de incluir essa formação nos currículos de formação do professor e outros. 8.7.2 Diversidade Sexual Considerando importante a necessidade de combater o preconceito e evitar ações homofóbicas, que limita a vida com dignidade e que impõe dificuldades, o 77 Colégio atende o disposto no Parecer nº 01/09-CP/CEE, o Parecer 04/09 do Ministério Público do Paraná e a Instrução Conjunta 02/2010-SEED/SUED/DAE. Dado o descompasso que acompanha o registro nos documentos escolares, ante a identidade de gênero não correspondente ao sexo, o aluno ou a aluno travesti ou transexual, maior de 18 anos, que fizer seu requerimento por escrito solicitando a inclusão de seu nome social nos documentos escolares, terá esse direito garantido. 8.8 Estágio Curricular Não Obrigatório No Colégio Estadual Hugo Simas a modalidade de Estágio Curricular não obrigatório é ofertada para alunos do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio. Para que as atividades do estágio extracurricular não obrigatório ocorram, faz-se necessário o estabelecimento de direitos e deveres dos sujeitos envolvidos: Agente de integração (intermediário), Unidade de Ensino (escola de ensino regular), Instituição Concedente (unidade sede do estágio) e o Estagiário ( aluno). O estágio dos estudantes, ainda que vise a preparação para o trabalho produtivo, vai além da formação articulada para o mercado de trabalho, constitui-se em atividade complementar à formação acadêmica e/ou profissional realizada por livre escolha do educando. O estágio deverá estar em consonância com os objetivos gerais do Projeto Político Pedagógico desta instituição de Ensino e atender os objetivos pressupostos nessa proposta curricular dos níveis de ensino, conforme Legislação vigente. Para que o estágio possibilite ao educando a conquista de sua emancipação socioeconômica e política através da aquisição de conhecimentos que permitam a atuação do educando no mundo do trabalho a formação do sujeito deve ser contemplada pelas diferentes disciplinas em prol da aquisição pelo aluno de subsídios teóricos historicamente construídos que possam ser integrados a prática do Estágio e permitam a utilização do estágio para além da escola, para a formação integral do sujeito. A legislação referente ao Estágio Curricular dispõe na Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96: 78 Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para a realização dos estágios dos alunos regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua jurisdição. O Estágio Curricular segue as orientações contidas na LDBEN 9394/96, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, instituída pela Resolução CNE/CEB Nº 03 de 26 de junho de 1998 que estabelece: Art. 4º. As propostas pedagógicas das escolas e os currículos constantes dessas propostas incluirão competências básicas, conteúdos e formas de tratamento dos conteúdos, previstos pelas finalidades do Ensino Médio estabelecidas pela lei: IV – domínio dos princípios e fundamentos científico-tecnológicos que presidem a produção moderna de bens, serviços e conhecimentos, tanto em seus produtos com em seus processos, de modo a ser capaz relacionar a teria com a prática e o desenvolvimento da flexibilidade para novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores. E culmina em 2008, com a Lei 11.788 de 25 de Setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 10 de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis no 6.494, de 7 de setembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 60 da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. A Lei 11.788 dispõe: Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais de Ensino Fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. § 1º O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando. § 2º O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. 79 Art. 2º O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso. § 1º Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. § 2º Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. Como descrito acima, o Estágio Curricular não obrigatório ofertado pelo Colégio Estadual Hugo Simas, tem sua base legal na LDBEN nº 9394/96, na DCNEM de 1998 e na Lei 11.788 de 25 de Setembro de 2008, além de estar regulamentado pelo PPP e Regimento Interno da Instituição. Quanto a Unidade de Ensino faz necessário o cumprimento dos seguintes itens: I – Acompanhar as práticas de estágios desenvolvidos pelo aluno, de forma não-presencial através de relatórios emitidos semestralmente pela Unidade Concedente; II – Informar aos professores das turmas que tiveram alunos que realizam estágios não-obrigatórios para que os professores possam contribuir com a relação teoria-prática; III – Observar e registrar junto com o aluno a relevância do estágio para a sua formação para o mundo de trabalho. Quanto a Unidade Concedente/ Agente de Integração se faz necessário o cumprimento dos seguintes itens: I – Firmar termo de compromisso (três vias); II – Plano de estágio constando às atividades desenvolvidas pelo estagiário; III – Vinculação das atividades com o campo de formação acadêmico/ profissional; IV – Vinculação a uma situação real de trabalho; V – Adoção de horário de Estágio que não coincida com o horário de aulas; VI – O aluno não pode ter vínculo empregatício com a instituição que pretende estabelecer o vínculo com estagiário; VII – O estágio não pode exceder a (dois) anos; 80 VIII – Estabelecer termo de compromisso entre as instancias envolvidas e zelar pó seu cumprimento; IX – Emitir relatório semestral das atividades de desempenho do estagiário e enviar à unidade de ensino. Quanto ao papel do aluno estagiário se faz necessário o cumprimento dos seguintes itens: I - Cumprir as normas estabelecidas no termo de compromisso firmado com a unidade concedente; II - Estabelecer horário do Estágio de acordo com as orientações da Unidade desde que não interfiram no período escolar; III - Desta forma fica estabelecido os itens que devem ser cumpridos e os responsáveis para sua execução na modalidade de Estágio Curricular nãoobrigatório. 8.9 Equipe Multidisciplinar A Equipe Multidisciplinar foi organizada no Colégio, atendendo ao disposto na Lei nº 10.639/03, Parecer do CNE/CP nº 03/04; Resolução do CNE/CP nº 01/04; Deliberação nº 04/2006 do CEE/PR e a Instrução nº 017/2006 – SUED / SEED. Para tratar da Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena. É formada por um pedagogo, um representante dos funcionários, dois professores da área de Ciências Humanas, dois professores da área das Ciências Exatas, e um professor da área das Ciências Biológicas. O objetivo do trabalho da Equipe Multidisciplinar é despertar nos educandos e na comunidade escolar o respeito pela diversidade e ao mesmo tempo reconhecer a importância da contribuição dos povos africanos, indígenas e asiáticos para a colonização e desenvolvimento do nosso país. O embasamento teórico que sustenta as ações tem como ponto de partida o Caderno Temático – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e o volume II dos Cadernos Temáticos Desafios Educacionais Contemporâneos – Educando Para as Relações Étnico-Raciais II. 81 9 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL – 6º AO 9º ANO 82 9.1 ARTE Concepção da Disciplina O trabalho com a Arte propõe o conhecimento estético e a arte como linguagem e forma de expressão. A Arte, compreendida como produção, expressa a cultura por meio de manifestações materiais e imateriais. O seu papel na educação visa a propiciar uma aproximação e uma reflexão sobre a diversidade manifestações culturais. A Arte necessita considerar às várias dimensões da cultura, sem privilegiar a produção, dita popular ou erudita, considerando toda manifestação artística como produção cultural; os conjuntos de elementos que compõem as diferentes linguagens serão abordados, a partir de diferentes produções artísticas, conforme o nível de compreensão dos educadores; a Arte como forma de comunicação e como veículo transmissor da cultura e de bagagem cultural do indivíduo; valorização individual e coletiva e tornar o sujeito capaz de compreender, condizer e colaborar para a manutenção ou transformação da sociedade. Objetivos Instrumentalizar o aluno com o conjunto de saberes em Arte, que permitam utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações culturais. Educar o aluno esteticamente nas linguagens: música, teatro, dança e artes visuais. Conteúdos 6º ANO MÚSICA CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Altura Elementos formais Duração 83 Timbre Intensidade Densidade Composição Ritmo Melodia Escalas: - diatônica, - pentatônica, - cromática, Movimentos e períodos - improvisação Greco-Romana Oriental Ocidental Africana ARTES VISUAIS CONTEUDOS ESTRUTURANTES Elementos formais Composição Movimentos e períodos CONTEÚDOS BÁSICOS Ponto. Linha. Textura. Forma. Superfície. Volume. Cor. Luz. Bidimensional. Figurativa. Geométrica, simétrica. Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura 84 Gêneros: cenas da mitologia ... Arte Greco-Romana. Arte Africana. Arte Oriental. Arte Pré-Histórica. TEATRO CONTEÚDO ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Personagens: expressões Elementos formais corporais, vocais, gestuais e faciais. Ação. Espaço. Enredo, roteiro, espaço cênico e Composição adereços. Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, improvisação, manipulação, máscara... Movimentos e períodos Gênero: tragédia, comédia e circo. Grego-Romana. Teatro Oriental. Teatro Medieval.l Renascimento. DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Elementos formais CONTEÚDOS BÁSICOS Movimento Corporal. Tempo. Espaço. 85 Composição Kinesfera, Eixo, Ponto de Apoio, Movimentos articulares, fluxo (livre e interrompido). Rápido e lento. Formatação, Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto). Movimentos e períodos Dimensões (pequeno e grande). Ténica: improvisação . Gênero: Circulo. Pré-história. Greco-Romana. Renascimento. Dança Clássica. 7º ANO MÚSICA CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Altura. Duração. Timbre. Elementos formais Intensidade. Densidade. Ritmo. Melodia. Escalas. Gêneros: folclórico, indígena, popular e 86 Composição étnico. Ténicas: vocal, instrumental e mista improvisação. Movimentos e Música popular e étnica (ocidental e períodos oriental). ARTES VISUAIS CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Elementos formais Composição Movimentos e Períodos Ponto. Linha. Forma. Textura. Superfície. Volume. Cor. Luz. Proporção. Tridimensional. Figura e fundo. Abstrata. Perspectiva. Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura. Gênero: Paisagem. Retrato, natureza morta. Arte indígena. Arte popular. Brasileira e paranaense. 87 Renascimento. Barroco. TEATRO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICO Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais. Elementos formais Ação. Espaço. Composição Representação, leitura dramática e cenografia. Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: rua e arena e caracterização. Movimentos e períodos Comédia Dell`arte. Teatro popular. Brasileiro e paranaense. Teatro africano. DANÇA CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Elementos formais Movimento Corporal. Tempo. Espaço. Ponto de Apoio, Rotação, Coreografia, Salto e Queda, Peso (leve e pesado) Fluxo (livre, interrompido e conduzido). 88 Composição Lento, rápido e moderado. Níveis (alto, médio e baixo) Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica. Movimentos e períodos Dança Popular. Brasileira. Paranaense. Africana. Indígena. 8º ANO ARTES VISUAIS CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Elementos formais Composição Movimentos e períodos Linha. Forma. Textura. Superfície. Volume. Cor. Luz. Semelhanças. Contrastes. Ritmo Visual. Estilização. Deformação. Técnicas: desenho, fotografia, áudio visual e mista. Indústria Cultural. Arte no século XX. Arte contemporânea. 89 MÚSICA CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Altura. Duração. Elementos formais Timbre. Intensidade. Densidade. Ritmo. Melodia. Composição Harmonia. Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista. Indústria Cultural. Eletrônica. Movimentos e períodos Minimalista. Rap, Rock, Técno. TEATRO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais. Elementos formais Ação. Espaço. Representação no Cinema e Mídias. Texto Gramático. Maquiagem. Sonoplastia. Composição Roteiro. 90 Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica... Indústria Cultural. Realismo. Movimento e período Expressionismo. Cinema Novo. DANÇA CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Movimento Corporal. Elementos formais Tempo. Espaço. Giro, Rolamento, Saltos. Composição Aceleração e desaceleração. Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação, Coreografia, Sonoplastia, Gênero: Indústria Cultural e espetáculo. Hip Hop. Musicais. Movimentos e Períodos Expressionismo. Indústria Cultura. Dança Moderna. 9º ANO MÚSICA CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS 91 Altura. Duração. Elementos formais Timbre. Intensidade. Densidade. Ritmo. Melodia. Composição Harmonia. Técnicas: vocal, instrumental e mista. Gêneros: popular, folclórico e étnico. Movimentos e períodos Música Engajada. Música Popular Brasileira. Música Contemporânea. ARTES VISUAIS CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Elementos formais Composição Linha. Forma. Textura. Superfície. Volume. Cor. Luz. Bidimensional. Tridimensional. Figura fundo. Ritmo visual. Técnica: pintura, grafite, performance... 92 Gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano... Movimentos e períodos Realismo. Vanguardas. Muralismo a arte latino-americana. Hip Hop. TEATRO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Personagem. Expressões corporais, vocais, gestuais Elementos formais e faciais. Ação. Espaço. Técnicas: Monólog, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Forum ... Composição Movimentos e períodos Dramaturgia. Cenografia. Sonoplastia. Iluminação. Figurino. Teatro Engajado. Teatro do Oprimido. Teatro Pobre. Teatro do Absurdo. Vanguardas. 93 DANÇA CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Movimento Corporal. Elementos formais Tempo. Espaço. Kinesfera, Ponto de Apoio, Peso, Fluxo, Quedas, Composição Saltos, Giros, Rolamentos, Extensão (perto e longe). Coreografia, Deslocamento. Gênero: Performance e moderna. Vanguardas Danças Modernas. Movimentos e períodos Dança Contemporânea. Metodologia A metodologia no ensino de Arte envolve atividades diferenciadas, em conformidade com o conteúdo trabalhado. Serão trabalhadas exposições orais com a participação do aluno. Com as Artes Plásticas e Visuais serão realizadas atividades com composição, citações, apresentações, debates, textos, exposição de trabalhos, exposição oral, viagem cultural, discussão em grupo, improvisação através de linguagem não-verbal, ensaio de pequenos trechos teatrais, dramatização de peças de cantores conhecidos ou não, expressão através de gestos, palavras cenas diversas, apresentação de peças criadas pelos próprios alunos. Serão realizadas ainda, atividades que conduzam à identificação dos elementos plásticos e produções artísticas, análise dos elementos da composição nas diferentes formas de produção artísticas, pesquisa de materiais utilizados na composição e produções artísticas utilizando elementos plásticos e formas de composição pesquisadas. 94 Com a música, serão desenvolvidas atividades envolvendo audição e análise de diversas composições musicais, criação de sonoplastia, movimento, ritmo, experiências sonoras e visuais, canto. Comparação das diferentes formas e gêneros musicais. Com o teatro, serão realizadas atividades com organização da representação teatral, improvisação, identificação dos elementos do teatro e sua realização, conhecimento do corpo e sua expressividade através de jogos, elaboração de textos, confecção de figurinos e sonoplastia. Avaliação A avaliação no ensino de Arte processa-se de forma diferenciada, considerando as especificidades da área. Para avaliar, serão utilizados: trabalhos em grupo, discussão, análises, tendo o cotidiano como ponto de partida; atividades envolvendo análise e discussão de vídeos e CD’s; dinâmicas de grupo; apresentações, pesquisas, seminários, trabalhos práticos, relatórios, composições, montagem de peças teatrais e outros. Será considerado ainda a participação e o envolvimento do aluno nas atividades práticas e nos trabalhos. Referências BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991. BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – Arte. Brasília: MEC / SEF. DUARTE JUNIOR, J. F. Fundamentos Estéticos da Educação. Campinas, SP: Papirus, 1995. FERRAZ, M., FUSARI, M. R. Metodologia do Ensino de Arte. São Paulo: Cortez, 1993. 95 FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar,1979. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Texto elaborado pelos participantes dos encontros de formação continuada / Orientações Curriculares. Curitiba: SEED / DEM, 2003 / 2005.Mimeo. _________. Departamento de Ensino de primeiro grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED / DEPG, 1992. PEIXOTO. M. I. Arte e grande público: a distância a ser extinta. Campinas, SP: Autores Associados, 2003. PENNA, M. (coord.). É este o ensino de arte que queremos? Uma análise das propostas dos parâmetros curriculares. João Pessoa: Editora Universitária A CHILA/PPGE, 2001. PILLAR, A. D. (org.). A educação do olhar e o ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 1999. ROSSI, M. H. W. Imagens que falam: leitura da arte na escola. Porto Alegre: Mediação, 2003 DCE – Diretrizes Curriculares da Educação Básica. 2008. 9.2 CIÊNCIAS Concepção da Disciplina A proposta de Ciências tem como pressuposto teórico a intenção de contribuir com a formação de indivíduos autônomos, com uma visão ampla de mundo, capazes de nele intervir, na transformação de sua realidade como cidadãos competentes, informados e críticos. A estrutura de área do ensino de Ciências está organizada sobre as concepções e práticas educativas que reúnem noções, conceitos e habilidades para a aquisição de conhecimento científico e tecnológico Esses conhecimentos se relacionam aos fenômenos naturais explicados por uma concepção de Ciências que se constrói e reconstrói num processo histórico, e que não é neutra, pois sofre influências sociais, políticas, econômicas e culturais estando sujeita a acumulação e rupturas. Os alunos deverão perceber nos 96 conhecimentos científicos a relação existente entre Ciências, Tecnologias e Sociedade. Os recortes de conteúdos dos conhecimentos científicos foram selecionados e organizados de modo articulado, permitindo uma visão global de natureza, explicada pelos seus diversos ramos: Astronomia, Biologia, Física, Geologia Química. Os educandos poderão, assim, compreender as causas e os efeitos dos fenômenos sobre Universo, espaço, tempo, matéria, energia, equilíbrio, transformação e vida, no enfoque dos quatro eixos temáticos: Terra e Universo, Vida e Ambiente, Ser Humano e Saúde e Tecnologia e Sociedade. Os Temas Transversais perpassam os conteúdos de acordo com abordagem relacionada à ética, à saúde, ao meio ambiente, à pluralidade cultural, ao trabalho e consumo e à orientação sexual. Os conteúdos aqui tratados possibilitam uma flexibilização, conforme as características e as necessidades da clientela escolar, como também permitem ser ajustados à proposta pedagógica que a escola pratica. Objetivos Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente; Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimento e uma atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política e cultural; Identificar relações entre conhecimentos científicos, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas; Compreender a saúde pessoal, pessoal, social e ambiental com bens individuais e coletivos q eu devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes; 97 Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidas no aprendizado escolar; Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados com energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida; Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para coleta, comparação entre explicações, organização e discussão de fatos e informações; Valorizar o trabalho em grupo e ser capaz de agir crítica e cooperativamente para a construção coletiva do conhecimento. Conteúdos 6º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Universo. Sistema Solar. Movimentos terrestres. Movimentos celestes. Astros. Constituição da matéria. Sistemas biológicos Níveis de organização. Energia Formas de energia. Conversão de energia. Transmissão de energia. Astronomia Matéria 98 Biodiversidade Organização dos seres vivos. Ecossistemas. Evolução dos seres vivos. 7º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Astros. Astronomia Matéria Sistemas Biológicos Movimentos terrestres. Movimentos celestes. Constituição da matéria. Célula. Morfologia e fisiologia dos seres vivos. Energia Biodiversidade Formas de energia. Transmissão de energia. Origem da vida. Organização dos seres vivos. Sistemática. 99 8º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Astronomia Origem e evolução do Universo. Matéria Constituição da matéria. Célula. Sistemas Biológicos Morfologia e fisiologia dos seres vivos. Energia Formas de energia. Biodiversidade Evolução dos seres vivos. 9º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Astronomia Matéria CONTEÚDOS BÁSICOS Astros. Gravitação universal. Propriedades da matéria. 100 Morfologia e fisiologia dos seres vivos. Mecanismos de herança genética. Formas de energia. Conservação de energia. Interações ecológicas. Sistemas Biológicos Energia Biodiversidade Metodologia O professor pode ampliar ou adequar os assuntos de acordo com a heterogeneidade dos alunos, considerando as especificidades regionais do país, a problemática local, acontecimentos da comunidade ou fatos episódicos em destaque na mídia. As atividades de Ciências serão elaboradas considerando a mobilização dos conhecimentos a partir de vivência, cultura e tradição dos educandos. Visam instigalos a revelar os conhecimentos prévios, propiciando gerar situações de conflito cognitivo entre os saberes do senso comum e a apropriação das noções e dos conceitos científicos, contribuindo com a reorganização de ideias e a construção significativa do conhecimento. As atividades foram pensadas com o intuito de incentivar os diálogo não apenas entre alunos como também entre alunos e professor, favorecendo a troca de experiências, o debate e a socialização dos resultados e das conclusões. As atividades possibilitam que os alunos ampliem os conhecimentos para além da sala de aula, sugerindo a busca de informações em fontes variadas; a investigação de problemas e de simulações; a pesquisa; o estudo do meio; a utilização de vários recursos didáticos como jogos, fotos, vídeos, etc. 101 Ao realizar as atividades, os alunos estarão sistematizando seus conhecimentos por meio das habilidades de observação, de experimentação, de comparação, de estabelecimento de relações, e na solução de problemas investigativos, próprios da natureza da Ciência, contribuindo com a formação de cidadãos críticos e participativos sobre o meio social em que vivem. Avaliação A avaliação não é mais considerada um momento final do processo de ensino. Uma conotação mais abrangente tem sido concebida. A avaliação deve fornecer ao professor informações sobre o que foi apreendido pelos alunos. Ela possibilita verificar se seus objetivos foram alcançados e informa ao aluno sobre seu desempenho, avanço e dificuldades. O desenvolvimento das capacidades do aluno deve estar relacionado à aprendizagem de todos os conteúdos (conceituais, procedimentais e atitudinais); para tanto, diversos instrumentos serão utilizados para que se possa avaliar cada um deles. Os critérios de avaliação precisam ser bem claros para ambos os lados, professor aluno. Esses critérios, somente tornam claras as expectativas de aprendizagem e apontam as experiências educativas tidas como essenciais para o desenvolvimento e socialização dos alunos. Nem todos os conteúdos trabalhados ao longo de um determinado ciclo são expressos nos critérios, somente os fundamentais e necessários à aprendizagem do próximo ciclo. Não se deve considerar a prova como única forma de avaliação, pois esta deve ter uma conotação mais abrangente. São várias as formas possíveis para avaliar o aluno: prova escrita, prova oral, trabalhos realizados em casa ou em classe, trabalhos em grupos, participação, entre outras. É importante que o professor comente, reveja e registre todos os aspectos relevantes de diferentes trabalhos realizados, apontando erros, que também fazem parte do processo ensino-aprendizagem. O erro deve ser devidamente tratado e trabalhado pelo professor, permitindo ao aluno ter consciência de seu desempenho ao longo do processo de aprendizagem. O erro também aponta para eventuais necessidades de modificações no planejamento. 102 Essa analise conjunta do que foi produzido ao longo do processo escolar é muito importante para o professor e aluno. A auto avaliação faz parte desse contexto e leva o aluno a uma reflexão critica de suas atitudes, pois o estimula a refletir sobre seu próprio desempenho. Referências BORTOLOZZO, Silvia. Projeto educação para o século XXI. Silvia Bortolozzo, Suzana Maluhy – 1ª ed. – São Paulo: Moderna, 2002. BRASIL, Ministério da Educação e Cultura; Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais de Ciências. Brasília: MEC – SEF. GOWDAK, Demétrio. Coleção Ciências, novo pensar. Demétrio Gowdak, Eduardo Martins. São Paulo: FTD, 2002. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Ensino de primeiro grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED / DEPG, 1992. DCE – Diretrizes Curriculares da Educação Básica – 2008. 9.3 EDUCAÇÃO FÍSICA Concepção da Disciplina O trabalho é uma atividade inerente do ser humano. Para exercer o labor, o indivíduo necessita conhecer seu corpo, dominá-lo e aprender como tratá-lo. É preciso ter clareza da importância da educação física como componente obrigatório do currículo escolar, tendo em vista à saúde e o bem estar físico, considerando que, ao chegar à vida adulta, o aluno tenha consciência, entendimento e gosto pela atividade física. Na organização de critérios para organização do ensino de educação física nas escolas, devem ser considerados alguns pressupostos teóricos e 103 metodológicos, tais como os aspectos sócio cognitivos, a visão do aluno como sujeito da aprendizagem, a realização de aulas diversificadas, a compreensão do saber como forma superadora e as aulas como espaço da diversidade. Dessa forma, o ensino da educação física na escola, necessita ser desenvolvida de forma crítica, partindo de pressupostos de uma pedagogia libertadora, compreendida dentro de uma prática social, como uma disciplina de intervenção social. Nesse contexto, o professor precisa se perceber situado num contexto socialmente construído e estabelecido. Necessita assumir uma postura crítica e de agente do processo de ensino e aprendizagem que, através da instrumentalização, apresenta ao aluno a contraposição do saber produzido e do senso comum, no sentido de provocar a catarse e, consequentemente, a reelaboração do conhecimento. Objetivos A Educação Física escolar tem como objetivo conduzir o aluno a refletir sobre a cultura corporal. Assim contribui para a afirmação dos interesses de classes das camadas populares, na medida em que se desenvolve uma reflexão pedagógica sobre os valores como solidariedade, substituindo o individualismo. Busca enfatizar a liberdade de expressão dos movimentos e a emancipação como superação da dominação e submissão do homem. Visa ainda educar o aluno por meio do movimento, contemplando as dimensões sociais, afetivas, emocional etc. Conteúdos 6º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Esportes Coletivos. Individuais. 104 Jogos e brincadeiras Dança Ginástica Lutas Jogos e brincadeiras populares. Brincadeiras de cantigas de roda. Jogos de tabuleiro. Jogos cooperativos. Danças folclóricas. Danças de rua. Danças criativas. Ginástica rítmica. Ginástica circense. Ginástica geral. Lutas de aproximação. Capoeira. 7º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Esporte Jogos e brincadeira Coletivos. Individuais. Jogos e brincadeiras populares. Brincadeiras e cantigas de roda. Jogos de tabuleiro. 105 Dança Ginástica Lutas Jogos cooperativos. Danças folclóricas. Danças de rua. Danças criativas. Danças circulares. Ginástica rítmica. Ginástica circense. Ginástica geral. Lutas de aproximação. Capoeira. 8º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Esporte Jogos e brincadeira Dança Ginástica Lutas Coletivos. Radicais. Jogos e brincadeiras populares. Jogos de tabuleiro. Jogos dramáticos. Jogos cooperativos. Danças criativas. Danças circulares. Ginástica rítmica. Ginástica circense. Ginástica geral. Lutas com instrumento mediador. Capoeira. 106 9º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Esporte Jogos e brincadeiras Dança Ginástica Lutas Coletivos. Radicais. Jogos de tabuleiro. Jogos dramáticos. Jogos cooperativos. Danças criativas. Danças circulares. Ginástica Rítmica. Ginástica Geral. Lutas com instrumento mediador. Capoeira. Metodologia O trabalho com a Educação Física Escolar busca contemplar várias competências, de forma que todos os alunos sejam incluídos e as diferenças individuais sejam superadas, resultando em oportunidades para trocas e enriquecimento do próprio trabalho. O trabalho com a Educação Física Escolar será realizado com atividades teóricas em sala de aula e práticas realizadas nas quadras, envolvendo conteúdos do esporte, jogos, ginástica, atividades rítmicas e expressivas. Será incentivada a participação em campeonatos e jogos escolares. 107 As aulas serão utilizadas como motivação da valorização das atividades físicas e participação do aluno em atividades que visam o bem estar físico, psíquico e mental. Serão promovidas atividades esportivas, tais como campeonatos internos em várias modalidades esportivas, bem como artísticas, envolvendo apresentação de dança e ginástica. Avaliação A avaliação será realizada de forma contínua, por meio da observação direta do aluno nas atividades programadas. A auto avaliação será utilizada como componente da avaliação, no intuito do aluno se auto avaliar e se conhecer. Os critérios da avaliação primam pela valorização da participação e envolvimento do aluno nas atividades, em detrimento dos resultados alcançados. Em atividades teóricas, serão ainda envolvidas provas, trabalhos, atividades extraclasses e outras. Referências BRASIL, Ministério da Educação e Cultura; Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física. Brasília: MEC – SEF. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Ensino de primeiro grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED / DEPG, 1992. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental: Educação física. Curitiba: SEED, 2006. 108 9.4 GEOGRAFIA Concepção da Disciplina Tanto a Geografia tradicional como a Geografia marxista ortodoxa, negligenciou a relação do homem com a natureza em sua dimensão sensível de percepção do mundo. O cientificismo positivista da Geografia tradicional, por negar ao homem a possibilidade de um conhecimento que passasse pela subjetividade do imaginário. O marxismo ortodoxo, por tachar de idealismo alienante qualquer explicação subjetiva e afetiva da relação da sociedade com a natureza. O ensino da Geografia pode levar os alunos a compreenderem de forma mais ampla a realidade, possibilitando que nela interfiram de maneira mais consciente e propositiva. Para tanto, porém é preciso que eles adquiram conhecimentos, dominem categorias, conceitos e procedimentos básicos com os quais este campo de conhecimento opera e constitui suas teorias e explicações, de modo a poder não apenas compreender as relações socioculturais e o funcionamento da natureza às quais historicamente pertencem, mas também conhecer e saber utilizar uma forma singular de pensar sobre a realidade: o conhecimento geográfico. A divisão da Geografia em campos de conhecimento da sociedade e da natureza tem propiciado um aprofundamento temático de seus objetivos de estudo. Essa divisão é necessária, como recurso didático, para distinguir os elementos sociais ou naturais, mas é também artificial, na medida em que o objetivo da geografia é explicar e compreender as relações entre sociedade e a natureza e como ocorre a apropriação desta por aquela. Na busca dessa abordagem relacional, a geografia tem que trabalhar com diferentes noções espaciais e temporais, bem como com os fenômenos sociais, culturais e naturais que são características de cada paisagem, para permitir uma compreensão processual e dinâmica de sua constituição. Abordagens atuais da Geografia têm buscado práticas pedagógicas que permitam apresentar aos alunos, os diferentes aspectos de um mesmo fenômeno, em diferentes momentos da escolaridade, de modo que os alunos possam construir compreensões novas e mais complexas a seu respeito. 109 A Geografia precisa ser entendida com disciplina que diz respeito a investigação temática do espaço, que busca desenvolver um raciocínio geográfico que auxilie a compreensão de mundo privilegiando sua dimensão espacial. É fundamental que o espaço vivido pelo aluno continue sendo o ponto de partida a esta realidade local e deve se relacionar com o contexto global, tarefa esta a ser desenvolvida durante toda a escolaridade. O ensino da Geografia deve possibilitar a compreensão de sua posição no conjunto das relações da sociedade com a natureza e que suas relações individuais ou coletivas tem consequências. Busca a conduzir o aluno a desenvolver a capacidade de identificar e refletir sobre diferentes aspectos da realidade, compreendendo a relação sociedade-natureza. Essas práticas envolvem procedimentos de problematização, observação, observação, registro, documentação, representação e pesquisa dos fenômenos, culturais ou naturais que compõem a paisagem e os espaço geográfico na busca e formulação de hipóteses e explicações das relações, permanências e favorecendo a transformações que aí se encontram em interação. Objetivos Conhecer o mundo atual e sua diversidade, compreensão de como as paisagens, os lugares e os territórios se constrói; Identificar e avaliar as ações dos homens e suas consequências em diferentes espaços e tempos de modo que construa referenciais que possibilitem uma participação propositiva e reativa nas questões socioambientais locais; Conhecer o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo que compreenda o papel das sociedades na construção do território, da paisagem e do lugar; Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos estudados em suas dinâmicas e interações; Compreender que a melhoria nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços tecnológicos e transformações socioculturais são conquistas ainda não usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-las; 110 Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da geografia para compreender a paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção, identificando suas relações, problemas e contradições; Orientá-los a compreender a importância das diferentes linguagens na leitura da paisagem, desde as imagens, música e leitura de dados e documentos de diferentes fontes de informação, de modo que interprete, analise e relacione informações sobre o espaço; Saber utilizar a linguagem geográfica para obter informações e representar a espacialidade dos fenômenos geográficos; Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sócio diversidade, reconhecendo-os como direitos dos povos e dos indivíduos e como elementos de fortalecimento da democracia; Avaliar as ações dos homens em sociedade e possibilitar uma participação prepositiva e reativa nas múltiplas questões socioambientais. Conteúdos 6º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. Dinâmica da natureza e sua alteração pelo Dimensão econômica do espaço emprego de tecnologias de exportação e produção. geográfico A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. Dimensão Política do espaço geográfico A distribuição espacial das atividades produtivas e reorganização do espaço geográfico. 111 As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista. Dimensão cultural e demográfica do A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores espaço geográfico estatísticos da população. A mobilidade ´populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural. Dimensão sócioambiental do espaço geográfico As diversas regionalizações do espaço geográfico. 7º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS A formação. Mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologia de exploração Dimensão econômica do espaço e produção. geográfico As diversas regionalizações do espaço brasileiro. Dimensão política do espaço As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural. geográfico A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Movimentos migratórios e suas 112 Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico motivações. O espaço rural e a modernização da agricultura. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica Dimensão socioambiental do espaço dos espaços urbanos e a urbanização. geográfico A distribuição espacial das atividades produtivas, a reorganização do espaço geográfico. A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações. 8º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS As diversas regionalizações do espaço geográfico. A formação, mobilidade das fronteiras e a Dimensão econômica do espaço reconfiguração dos territórios do continente americano. geográfico A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado. O comércio em suas implicações sócio espaciais. A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. 113 A distribuição espacial das atividades produtivas, a reorganização do espaço geográfico. Dimensão política do espaço geográfico As relações entre o campo e cidade na sociedade capitalista. O espaço rural e a modernização da agricultura. Dimensão cultural e demográfica do A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores espaço geográfico estatísticos da população. Os movimentos migratórios e suas motivações. diversidade cultural. Dimensão socioambiental do espaço geográfico As manifestações sócio espaciais da Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. 9º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS As diversas regionalizações do espaço geográfico. supranacionais e o papel do estado. Dimensão econômica do espaço geográfico A nova ordem mundial, os territórios A revolução técnico-científico- informacional e os novos arranjos no 114 espaço da produção. O comércio mundial e as implicações sócio espaciais. Dimensão política do espaço geográfico A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural. Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações. A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a reorganização do espaço geográfico. Dimensão sócio ambiental do espaço geográfico A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial. Metodologia Qualquer que seja a concepção de aprendizagem e opção de ensino, estas deverão estar voltadas à formação plena do educando. A sala de aula é um universo bastante complexo. Muitos são os fatores que estão interagindo no seu interior, desde o campo da afetividade entre os alunos e 115 deles com a escola e o professor, o nível de maturidade e individualidade de cada um dos alunos, assim, como o nível de conhecimentos prévios que cada um carrega consigo, a natureza do espaço físico e dos materiais e recursos didáticos usados na sala de aula, até eventuais acontecimentos inusitados que poderão ocorrer com alunos e seus familiares e com o seu cotidiano fora da escola. Tomando por base essa realidade, propõe-se a seguinte metodologia: Desenvolvimento de um clima de aceitação e respeito mútuo, em que o erro seja encarado como desafio para o aprimoramento dos conhecimentos e construção da personalidade e que todos sintam seguros e confiante para pedirem ajuda; A organização da aula deve estimular a ação individualizada do aluno para que possa desenvolver sua potencialidade criadora, mas que, também esteja aberto a compartilhar com o outro suas experiências vividas na escola e fora dela; Oferecimento de oportunidades, por meio das tarefas organizadas para a aula, da expressão de variados pontos de vista, permitindo ao aluno um posicionamento autônomo, fortalecendo a autoestima, pela atribuição de significação à produção própria e ao trabalho intelectual; As aulas são organizadas em propostas de ensino pautadas nos avanços obtidos com as propostas teóricas e metodológicas da geografia crítica e da geografia humanista que coloca o saber geográfico como algo construído, guardando em si uma intencionalidade que deve ser desvendada. Essa postura diante do ensino de geografia permite a possibilidade de um ensino no qual o aluno possa interagir com sua individualidade e criatividade, não somente para compreender, mas também para construir seu saber. Serão utilizados procedimentos de ensino como análise de informações, por meio de recursos visuais, tais como gráficos, mapas, tabelas, cartazes e outros. Produção de textos, análises, conclusões e opiniões fundamentadas teoricamente. Pesquisas através de leituras de textos, livros didáticos, revistas, jornais e Internet. Utilização de recursos audiovisuais como filmes e documentários, telejornais, músicas e outros. Promoção de debates em sala, a partir de temas atuais e polêmicos. Desenvolvimento de trabalhos de campo para observação in loco. 116 Avaliação Serão avaliadas as conquistas dos alunos, em uma perspectiva de continuidade de continuidade de seus estudos. A avaliação é planejada priorizando os seus conhecimentos contextualizados e estabelecendo critérios procedimentos atitudinais e operacionalização de conceitos. A avaliação acontece de forma contínua, de modo que o professor posa sempre repensar sua prática pedagógica e retomar o processo de ensino e aprendizagem, sempre que necessário. Para isso, são observados os avanços obtidos pelos alunos. Na avaliação serão utilizadas provas escritas, debates, pesquisas bibliográficas, trabalhos individuais e em grupo, além da participação em sala de aula. Referências BRASIL, Ministério da Educação e Cultura; Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia. Brasília: MEC – SEF. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Ensino de primeiro grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED / DEPG, 1992. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental: Geografia. Curitiba: SEED, 2006. IBEP. Caderno do futuro: Geografia – 5ª, 6ª 7ª e 8ª séries. 117 9.5 HISTÓRIA Concepção da Disciplina Busca-se com o ensino de história que o aluno adquira consciência que a esta é construída por historiadores. Assim, apresenta a visão do historiador que a escreveu. Se escrita por outro historiador, poderia se apresentada de modo diferente. É importante no ensino de história, partir do caminha mais simples para o mais complexo e contextualizar os fatos históricos, com vistas a proporcionar ao aluno a compreensão do presente pelo conhecimento do passado. A história é um conhecimento formado em constante construção. Propicia a construção de elementos fundamentais para o pensamento reflexivo. Visa a possibilitar que o aluno compreenda os conceitos históricos básicos a partir da problematização e da relação com o seu cotidiano. Objetivos Entender o significado da história; Construir e ampliar a noção de tempo e espaço necessário para entender os diversos momentos históricos; Conhecer e analisar o passado de vários povos e sociedades antigas, compreendendo suas características, sua formação e sua organização social; Compreender a importância de conhecer as sociedades de outrora para a formação e organização da sociedade atual; Compreender a organização e a relação dos grupos sociais nos determinados períodos históricos; Analisar os fatos sociais de cada época e suas implicações na atualidade; Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de textos, aprendendo a observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais; 118 Refletir sobre a atuação do indivíduo nas suas relações pessoais com o grupo de convívio, suas afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de compromisso com classes, grupos sociais e culturais; Situar-se na sociedade contemporânea, para melhor compreendê-la, comparando problemáticas atuais e de outros momentos históricos. Conteúdos 6º ANO Os diferentes sujeitos, suas culturas, suas histórias. CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Relações de trabalho experiência humana no tempo. Relações de poder Relações culturais A Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo. As culturas locais e a cultura comum. 7º ANO A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbana e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Relações de Trabalho As relações de propriedade. A constituição histórica do mundo do campo e do mundo Relações de Poder da cidade. Relações Culturais As relações entre o campo e a cidade. 119 Conflitos e resistência produção e cultural campo/cidade. 8º ANO O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Relações de Trabalho Relações de Poder História das relações da humanidade com o trabalho. O trabalho e a vida em sociedade. O trabalho e as contradições da modernidade. Relações Culturais Os trabalhadores e as conquistas de direito. 9º ANO Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das Instituições Sociais CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Relações de trabalho A constituição das instituições culturais. Relações de Poder A formação do estado. Relações culturais Sujeito, guerras e revoluções. Metodologia 120 Aulas expositivas dialogadas; realização de atividades em sala, tarefas extraclasse, trabalhos de pesquisa, análise de textos. Serão utilizados recursos variados, além do livro didático, vídeos, textos complementares e outros. Avaliação A avaliação será realizada de forma descritiva e objetiva, por meio de provas e atividades, tais como: apresentação de trabalhos, tarefas, exercícios em sala, atividades em grupo na sala, interpretação de mapas, documentos históricos, produções narrativas históricas e outros. Será realizada avaliação diagnóstica no início do período, buscando situar professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem. Também a avaliação Será realizada de forma contínua com acompanhamento do aluno durante o período letivo. A recuperação paralela será utilizada como forma de proporcionar ao aluno a apropriação dos conteúdos ainda não aprendidos. Referências SCHIMIDT, Mario Furley. Nova história crítica. São Paulo: Nova Geração, 2002. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Orientações Curriculares. Departamento de Ensino Fundamental / História. SEED: jul/2006. ________. Diretrizes curriculares de História para o Ensino Fundamental. SEED: 2008 9.6 LÍNGUA PORTUGUESA Concepção da Disciplina O ensino da leitura na escola visa a formar cidadãos capazes de ler o mundo, produzir discursos orais e escritos, adequados a diferentes situações enunciativas, compreendendo o que está escrito e o que está subentendido, selecionar conteúdos da leitura, compreender as mensagens, inferir interpretações e 121 antecipar significados nos mais variados gêneros de textos. É formar aquele mobilizando tudo o que sabe sobre a língua: o sistema da escrita, as características do gênero, o suporte ou portador do texto, o assunto ou tópico, o contexto, o autor e sua época etc., para buscar entender o que está escrito e se comunicar. Objetivos Buscar fluência na comunicação oral, escrita e na leitura; Aprimorar o domínio da oralidade, leitura e escrita; Praticar a leitura, desenvolvendo hábito de ler. Interpretar textos e opinar criticamente sobre os mesmos; Comunicar-se fluentemente pela linguagem oral e escrita, na forma padrão da língua portuguesa. Conteúdos 6º ANO CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS ABORDAGEM TEÓRICO- BÁSICOS METODOLÓGICO GÊNEROS DISCURSIVOS LEITURA Para o trabalho das práticas de leitura, •Práticas de leitura de textos de escrita, oralidade e análise linguística diferentes gêneros; serão adotados como conteúdos básicos •Questionamentos que possibilitem os gêneros discursivos conforme suas inferências sobre o texto; esferas sociais de circulação. Caberá ao •Encaminhamento de discussões sobre: professor fazer a seleção de gêneros, tema, intenções, intertextualidade; nas diferentes esferas, de acordo com o •Contextualização da produção: Projeto Político Pedagógico, com a suporte/fonte, interlocutores, finalidade, Proposta Pedagógica Curricular, com o época; Plano Trabalho Docente, ou seja, em •Utilização de textos verbais diversos conformidade com as características da que dialoguem com não-verbais, como 122 escola e com o nível de complexidade gráficos, adequado a cada uma das séries. fotos, imagens, mapas, e outros; *Vide relação dos gêneros ao final deste • Relação do tema com o contexto atual; •Socialização das ideias dos alunos documento. sobre o texto. ESCRITA • Produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Ampliação de leituras sobre o tema e o LEITURA gênero proposto; • Tema do texto; • Acompanhamento da produção de • Interlocutor; texto; • Finalidade; • Encaminhamento de reescrita textual: • Argumentos do texto; revisão dos argumentos/das ideias, dos • Discurso direto e indireto; elementos que compõem o gênero (por • Elementos composicionais do gênero; exemplo: • Léxico; aventura, observar se há o narrador, • Marcas linguísticas: coesão, coerência, quem se são for os uma narrativa personagens, de tempo, função das classes gramaticais no texto, espaço, se o texto remete a uma pontuação, recursos gráficos (como aventura, etc.); aspas, travessão, negrito), figuras de • linguagem. Análise da produção textual – coerência e coesão, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Na reescrita, reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ESCRITA • Contexto de produção; ORALIDADE • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Apresentações de textos produzidos 123 • Informatividade; pelos alunos; • Argumentatividade; • Orientação sobre o contexto social de • Discurso direto e indireto; uso do gênero oral selecionado; • Elementos composicionais do gênero; • • Divisão do texto em parágrafos; marcas linguísticas típicas da oralidade Apresentações que explorem as • Marcas linguísticas: coesão, coerência, em seu uso formal e informal; função das classes gramaticais no texto, • Estímulo à contação de histórias de pontuação, recursos gráficos (como diferentes gêneros, utilizando-se dos aspas, travessão, negrito), figuras de recursos extralinguísticos, como linguagem; entonação, pausas, expressão facial e • Processo de formação de palavras; outros; • Acentuação gráfica; • Seleção de discursos de outros para • Ortografia; análise dos recursos da oralidade, como • Concordância verbal/nominal. cenas de desenhos, programas infantojuvenis, entrevistas, reportagem, entre ORALIDADE outros. • Tema do texto; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; •Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 124 7º ANO CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS ABORDAGEM TEÓRICO- BÁSICOS METODOLÓGICO GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, as diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a LEITURA Proposta Pedagógica Curricular, com o -Propiciar práticas de leitura de textos de Plano Trabalho Docente, ou seja, em diferentes gêneros, ampliando também o conformidade com as características da léxico; escola e com o nível de complexidade •Considerar os conhecimentos prévios adequado a cada uma das séries. dos alunos; *Vide relação dos gêneros ao final • deste documento. possibilitem inferências sobre o texto; Formular questionamentos que •Encaminhar discussões sobre: tema e LEITURA intenções; •Tema do texto; •Contextualizar • Interlocutor; fonte, interlocutores, finalidade, época; • Finalidade do texto; •Utilizar textos verbais diversos que •Argumentos do texto; dialoguem •Contexto de produção; gráficos, fotos, imagens, mapas,e outros; • Intertextualidade; •Relacionar o tema com o contexto atual, • Informações explícitas e implícitas; com as diferentes possibilidades de •Discurso direto e indireto; sentido (ambiguidade) e com outros •Elementos composicionais do gênero; textos; •Repetição proposital de palavras; •Oportunizar a socialização das ideias a com produção: não-verbais, suporte/ como 125 • Léxico; dos alunos sobre o texto. •Ambiguidade; •Marcas linguísticas: coesão, coerência, ESCRITA função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como •Planejar a produção textual a partir: da aspas, travessão, negrito), figuras de delimitação do tema, do interlocutor, do linguagem. gênero, da finalidade; •Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; •Acompanhar a produção do texto; •Encaminhe a reescrita textual: ESCRITA Revisão dos argumentos/das idéias, dos •Contexto de produção; elementos que compõem o gênero (por •Interlocutor; exemplo: •Finalidade do texto; enigma, observar se há o narrador, •Informatividade; quem •Discurso direto e indireto; espaço, se o texto remete a um mistério, •Elementos composicionais do gênero; etc.); •Marcas linguísticas: coesão, coerência, •Analise se a produção textual está função das classes gramaticais no texto, coerente e coesa, se há continuidade pontuação, recursos gráficos se são for os uma narrativa personagens, de tempo, (como temática, se atende à finalidade, se a aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem está adequada ao contexto; linguagem; •Conduza na reescrita, a uma reflexão •Processo de formação de palavras; dos •Acentuação gráfica; estruturais e normativos. elementos discursivos, textuais, •Ortografia; •Concordância verbal/nominal. ORALIDADE ORALIDADE •Tema do texto; •Organizar • Finalidade; produzidos pelos alunos; •Papel do locutor e interlocutor; •Propor reflexões sobre os argumentos •Elementos extralinguísticos: entonação, utilizados nas exposições orais dos apresentações de textos 126 pausas, gestos, etc; alunos; •Adequação do discurso ao gênero; •Orientar sobre o contexto social de uso •Turnos de fala; do gênero oral selecionado; •Variações linguísticas; •Preparar apresentações que explorem •Marcas linguísticas: coesão, coerência, as gírias, repetição; oralidade em seu uso formal e informal; •Semântica. •Estimular contação de histórias de marcas linguísticas típicas da diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros. •Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infantojuvenis, entrevistas, reportagem, entre outros. 8º ANO CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS ABORDAGEM TEÓRICO- BÁSICOS METODOLÓGICO GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. LEITURA LEITURA Conteúdo temático; •Propiciar práticas de leitura de textos de • Interlocutor; diferentes gêneros; • Intencionalidade do texto; •Considerar os conhecimentos prévios •Argumentos do texto; dos alunos; 127 •Contexto de produção; • Formular •Intertextualidade; possibilitem inferências sobre o texto; •Vozes sociais presentes no texto; •Encaminhar •Elementos composicionais do gênero; sobre: questionamentos discussões tema, finalidade, •Relação de causa e consequência entre intertextualidade, as partes e elementos do texto; e que reflexões intenções, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade; •Marcas linguísticas: coesão, coerência, •Contextualizar a produção: função das classes gramaticais no texto, suporte/fonte, interlocutores, finalidade, pontuação, recursos gráficos (como época; aspas, travessão, negrito); •Utilizar textos verbais diversos que •Semântica: dialoguem - operadores argumentativos; gráficos, - ambiguidade; outros; - sentido figurado; •Relacionar o tema com o contexto atual; com fotos, não-verbais, imagens, como mapas, e - expressões que denotam ironia e •Oportunizar a socialização das idéias humor no texto. dos alunos sobre o texto; • Instigar a identificação e reflexão dos sentidos de palavras e/ou expressões ESCRITA figuradas, bem como de expressões que •Conteúdo temático; denotam ironia e humor; •Interlocutor; •Promover a percepção de recursos •Intencionalidade do texto; utilizados •Informatividade; consequência •Contexto de produção; elementos do texto. para determinar entre as causa partes e e •Intertextualidade; •Vozes sociais presentes no texto; ESCRITA •Elementos composicionais do gênero; •Planejar a produção textual a partir: da •Relação de causa e consequência entre delimitação do tema, do interlocutor, do as partes e elementos do texto; gênero, da finalidade; •Marcas linguísticas: coesão, coerência, •Estimular a ampliação de leituras sobre função das classes gramaticais no texto, o tema e o gênero propostos; pontuação, recursos gráficos aspas, travessão, negrito; como •Acompanhar a produção do texto; •Analisar se a produção textual está 128 • Concordância verbal e nominal; •Papel sintático e estilístico coerente e coesa, se há continuidade dos temática, se atende à finalidade, se a pronomes na organização, retomadas e linguagem está adequada ao contexto; sequenciação do texto; •Estimule o uso de figuras de linguagem •Semântica: no texto; - operadores argumentativos; • Incentive a utilização de recursos de - ambiguidade; causa e consequência entre as partes e - significado das palavras; elementos do texto; - sentido figurado; •Proporcionar o entendimento do papel - expressões que denotam ironia e sintático e estilístico dos pronomes na humor no texto. organização, retomadas e sequenciação do texto; •Encaminhar a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma notícia, observar se o fato relatado é relevante, se apresenta dados coerentes, se a linguagem é própria do suporte (ex. jornal), se traz vozes de autoridade, etc.). •Conduzir, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE ORALIDADE •Conteúdo temático; • Finalidade; •Organizar •Argumentos; produzidos pelos alunos levando em •Papel do locutor e interlocutor; consideração apresentações •Elementos extralinguísticos: entonação, informatividade, a: de textos aceitabilidade, situacionalidade e expressões facial, corporal e gestual, finalidade do texto; pausas ...; •Propor reflexões sobre os argumentos •Adequação do discurso ao gênero; utilizados nas exposições orais dos 129 •Turnos de fala; •Variações alunos, e sobre a utilização dos recursos linguísticas (lexicais, de causa e consequência entre as partes semânticas, prosódicas, entre outras); e elementos do texto; •Marcas linguísticas: coesão, coerência, •Orientar sobre o contexto social de uso gírias, repetição; do gênero oral selecionado; •Elementos semânticos; •Preparar apresentações que explorem •Adequação da fala ao contexto (uso de as conectivos, gírias, repetições, etc); marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; •Diferenças e semelhanças entre o •Estimular contação de histórias de discurso oral e o escrito. diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Propiciar análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas; •Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infantojuvenis, entrevistas, reportagem, entre outros. 9º ANO CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS ABORDAGEM TEÓRICO- BÁSICOS METODOLÓGICO GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística 130 serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. LEITURA LEITURA •Conteúdo temático; •Propiciar práticas de leitura de textos de •Interlocutor; diferentes gêneros; •Intencionalidade do texto; •Considerar os conhecimentos prévios •argumentos do texto; dos alunos; •Contexto de produção; •Formular •Intertextualidade; possibilitem inferências sobre o texto; •Discurso ideológico presente no texto;; •Encaminhar •Vozes sociais presentes no texto; sobre: •Elementos composicionais do gênero; intertextualidade, questionamentos discussões tema, e finalidade, que reflexões intenções, aceitabilidade, •Relação de causa e consequência entre informatividade, situacionalidade, as partes e elementos do texto; temporalidade, vozes sociais e ideologia; •Partículas conectivas do texto; •Proporcionar análises para estabelecer •Progressão referencial no texto; a referência textual; •Marcas linguísticas: coesão, coerência, •Contextualizar a produção: função das classes gramaticais no texto, suporte/fonte, interlocutores, finalidade, pontuação, recursos gráficos como época; aspas, travessão, negrito; •Utilizar textos verbais diversos que •Semântica: dialoguem - operadores argumentativos; gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; - polissemia; •Relacionar o tema com o contexto atual; com não-verbais, como - expressões que denotam ironia e •Oportunizar a socialização das ideias humor no texto. dos alunos sobre o texto; •Instigar o entendimento/reflexão das palavras em sentido figurado; •Estimular leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; •Incentivar a percepção dos recursos 131 utilizados para consequência determinar entre as causa partes e e elementos do texto; •Conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas. ESCRITA ESCRITA •Conteúdo temático; •Planejar a produção textual a partir: da •Interlocutor; delimitação •Intencionalidade do texto; finalidade, intenções, intertextualidade, •Informatividade; aceitabilidade, •Contexto de produção; situacionalidade, •Intertextualidade; ideologia; •Vozes sociais presentes no texto; •Proporcione •Elementos composicionais do gênero; palavras e expressões para estabelecer tema, do interlocutor, informatividade, o temporalidade uso e adequado de •Relação de causa e consequência entre a referência textual; as partes e elementos do texto; •Estimular a ampliação de leituras sobre •Partículas conectivas do texto; o tema e o gênero proposto; •Progressão referencial no texto; •Acompanhar a produção do texto; •Marcas linguísticas: coesão, coerência, •Analisar se a produção textual está função das classes gramaticais no texto, coerente e coesa, se há continuidade pontuação, recursos gráficos como temática, se atende à finalidade, se a aspas, travessão, negrito, etc.; linguagem está adequada ao contexto; •Sintaxe de concordância; •Estimule •Sintaxe de regência; expressões no sentido conotativo e •Processo de formação de palavras; denotativo, bem como de expressões •Vícios de linguagem; que denotam ironia e humor; figuras de •Semântica: linguagem no texto; - operadores argumentativos; • Incentivar a utilização de recursos de - modalizadores; causa e consequência entre as partes e - polissemia. elementos do texto; o uso de palavras e/ou •Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas; 132 •Encaminhar a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma crônica, verificar se a temática está relacionada ao cotidiano, se há relações estabelecidas entre os personagens, o local, o tempo em que a história acontece, etc.); •Conduzir, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE ORALIDADE •Conteúdo temático ; •Organizar •Finalidade; produzidos pelos alunos levando em •Argumentos; consideração •Papel do locutor e interlocutor; informatividade, apresentações a: de textos aceitabilidade, situacionalidade •Elementos extralinguísticos: entonação, finalidade do texto; expressões facial, corporal e gestual, •Propor reflexões sobre os argumentos pausas ...; utilizados nas exposições orais dos •Adequação do discurso ao gênero; alunos, e sobre a utilização dos recursos •Turnos de fala; de causa e consequência entre as partes •Variações linguísticas (lexicais, e elementos do texto; semânticas, prosódicas entre outras); •Orientar sobre o contexto social de uso •Marcas linguísticas: coesão, coerência, do gênero oral selecionado; gírias, repetição, conectivos; •Preparar apresentações que explorem •Semântica; as •Adequação da fala ao contexto (uso de oralidade em seu uso formal e informal; conectivos, gírias, repetições, etc.); •Estimular contação de histórias de marcas linguísticas típicas da •Diferenças e semelhanças entre o diferentes gêneros, utilizando-se dos discurso oral e o escrito. recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; 133 •Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infantojuvenis, entrevistas, reportagem entre outros. Avaliação A avaliação será realizada por meio de: Apresentação de leitura e compreensão de textos coerentes e coesos. Produção de textos, nos quais serão observados os gêneros previstos para o ciclo, considerando as especificidades das condições de produção (textos escritos). Produção de textos orais e escritos como: narração, conto, crônica, fato, notícia, capítulo de uma obra. Escrita de textos, utilizando os padrões da escrita e observando regularidades linguísticas e ortográficas; Exposição de trabalhos, participação nas atividades de teatro e outras. Referências BRASIL. Secretaria de Ensino fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997. CAGLIARI, L. C. Alfabetização e lingüística. São Paulo: Scipione, 1989. FERREIRO, E.; PALACIO, M. G. Os processos de leitura e escrita. Porto Alegre: Artes Médias, 1987. FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médias, 1985. GERALDI, J. W. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997. NASPOLINI, A. T. Didática do português: tijolo pó tijolo: leitura e produção escrita. São Paulo: FTD, 1996. 134 PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Ensino de primeiro grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED / DEPG, 1992. VYGOTSKY, L. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1984. DCE – Diretrizes Curriculares da Educação Básica. 2008. 135 9.7 MATEMÁTICA Concepção da Disciplina No contexto atual em que vivemos em que o desenvolvimento tecnológico acompanha nosso dia-a-dia, a matemática ocupa um papel importante, pois é na construção desse campo de ação reflexiva que se abre espaço para um discurso voltado tanto para o cognitivo como para a relevância social do ensino da matemática. Pensar na educação matemática implica pensar na busca de transformações que intencionam minimizar problemas de ordem social, pensar nos aspectos pedagógicos e cognitivos da produção do conhecimento matemático, bem como os aspectos sociais envolvidos, constituindo-se um ato político. Conceber a matemática e sua prática pedagógica implicam na proposição de teorias e metodologias que possibilitem ao aluno, a compreensão de conceitos, dando-lhes significados e a condição de estabelecerem relações com experiências anteriormente vivenciadas. Assim, o ensino da Matemática, tal como se pretende, exige pensar na formação de um professor-investigador da prática docente. Isso requer uma atitude de questionamento frente a certas concepções pedagógicas historicamente difundidas, bem com a própria concepção que se tem do ato de conhecer. Essa aponta para a necessidade de se pensar na formação contínua de um professorinvestigador, capaz de compreender o elo indissociável entre a prática e a reflexão sobre essa prática. A reflexão é uma qualidade de extrema necessidade ao professor, sobre tudo quando adota uma atitude de busca mais rigorosa de pesquisa, de avaliação e de aperfeiçoamento permanente. Pressupostos teóricos Através do conhecimento matemático, o homem quantifica, mede organiza e geometria as informações, possibilitando ao aluno uma melhor compreensão das diversas situações de seu cotidiano. Dessa forma, o conhecimento matemático objetiva que o aluno tenha condições para superar o senso comum. 136 A alfabetização matemática tem como função desenvolver a consciência crítica, provocando alterações de concepção e atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais. O conhecimento matemático, quando significativo para o aluno, contribui para o desenvolvimento do senso crítico, na medida que proporciona as condições necessárias para uma análise, mais profunda das informações da realidade que o cerca, na medida que esse conhecimento se relaciona com as demais áreas do conhecimento. Existe uma grande necessidade de fazer a relação entre a teoria e a prática, valorizando os conhecimentos que o aluno traz de sua vivência e, a partir dos saberes já acumulados do aluno, promover a difusão do conhecimento matemático já sistematizado. Sistematizar o conhecimento matemático é papel da escola, junto com outras áreas do conhecimento. Esta ciência ajuda a humanidade a pensar sobre a vida, revendo a história para compreender o presente e pensar o futuro. Objetivos Desenvolver a matemática enquanto campo de investigação e de produção de conhecimento-natureza científica e melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da matemática. Desenvolver a capacidade de observação do espaço, visando compreender, descrever e representar de forma organizada o mundo físico; Retomar e ampliar os conhecimentos e habilidades de cálculos e resolvêlos; Reconhecer e construir conceitos matemáticos; Desenvolver a capacidade de analisar, comparar, conceituar, abstrair e generalizar; Resolver situações-problema do cotidiano, usando o conhecimento matemático; Construir uma imagem da matemática como algo agradável e prazeroso, desmistificando o mito da genialidade; Desenvolver técnicas e habilidades para resolução de exercícios; 137 Adquirir conhecimentos básicos, a fim de possibilitar sua integração na sociedade na sociedade em que vive; Desenvolver a capacidade de julgamento e o horário de concisão e rigor. Conteúdos SÉRIE/ ANO 6º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Números e Álgebra Grandezas e Medidas Geometrias Tratamento da Informação CONTEÚDOS BÁSICOS Sistema de numeração; Números Naturais; Múltiplos e divisores; Potenciação e radiciação; Números fracionários; Números decimais Medidas de comprimento; Medidas de massa; Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de tempo; Medidas ângulos; Sistema monetário. Geometria Plana; Geometria Espacial. Dados, tabelas e gráficos; Porcentagem. 138 SÉRIE/ ANO 7º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Números Inteiros; NÚMEROS E Números Racionais; ÁLGEBRA Equações e Inequações do 1º grau; Razão e proporção; Regra de três simples. Medidas de temperatura; Medidas de ângulos. Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometrias não-euclidianas. GRANDEZAS E MEDIDAS GEOMETRIAS TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Pesquisa Estatística; Média Aritmética; Moda e mediana; Juros simples. 139 SÉRIE/ ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Números Racionais e Irracionais; Sistemas de Equações do 1º grau; Números e Álgebras Potências; Monômios e Polinômios; Produtos Notáveis. 8º ANO Grandezas e medidas Medidas de comprimento; Medidas de área; Medidas de volume; Medidas ângulos. Geometrias Tratamento da Informação Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias não-euclidianas. Gráfico e Informação; População e amostra. 140 SÉRIE/ ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS Números Reais; Propriedades dos Radicais; Equação do 2º grau; Números e Álgebras Teorema de Pitágoras; Equações Irracionais; Regra de Três Composta. Grandezas e Medidas Relações Métricas no Triângulo Retângulo; Trigonometria Retângulo; no Triângulo 9º ANO Funções Geometrias Tratamento Informação Noção Intuitiva de Função Afim; Noção Intuitiva Quadrática. Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometria Não-Euclidianas. de Função da Noções de Análise Combinatória; Noções de Probabilidade; Estatística; Juros Compostos. 141 Metodologia Os temas são abordados por meio de uma linguagem simples, mas preciso, estabelecendo um diálogo com o aluno, permitindo que ele progrida sem dificuldades. São acompanhados por atividades que surgem ao longo dos conteúdos propostos, objetivando a integração entre o saber e o fazer. É indicado o uso de materiais concretos para visualização do aluno, a construção e a generalização de conceitos e aprendizado significativo. No decorrer da contextualização dos conteúdos, solicita-se a discussão dos resultados, resolução de exercícios individuais e em grupos, para troca de conhecimentos. Abordagem de problemas que envolvam cálculos aplicados no dia-a-dia. Apresentação de ilustrações, fotos com atividades realizadas com exercícios, desafios, auto avaliação. Atividades envolvendo a história dos números e tabelas. Exercícios de revisão e fixação. Leitura, jogos, malhas quadriculadas e atividades diversas. As particularidades de cada assunto são exploradas, exigindo do aluno uma solução mais criativa e favorecendo o desenvolvimento do raciocínio, da estimativa e da percepção. Avaliação A avaliação deve ser parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, servindo como instrumento de diagnóstico e oferecendo elementos para uma revisão da postura de todos os envolvidos nesse processo. Serão utilizados como instrumentos de avaliação: provas, relatórios, trabalhos em grupos e individuais. Serão realizadas atividades em sala, com participação do aluno, nas quais ele pode expressar seu conhecimento e suas dificuldades. Essas atividades visam a oferecer informações sobre o desenvolvimento de cada aluno em particular e do grupo, bem como informar sobre as dificuldades na resolução de problemas, em utilizar a linguagem matemática adequadamente para aspectos no seu cotidiano. A participação em sala será avaliada através da arguição, apresentação de explicações das atividades e argumentações orais. A avaliação será de forma contínua, na qual o professor repensa a prática e intervém no processo pedagógico. Será realizada observação direta do desempenho 142 do aluno e turma, com função de apreender dados que possibilitem a intervenção necessária. Referências MIGUEL, A., MIORIN, M. A história na educação matemática: propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. ANDRINI, Álvaro; ZAMPIRO, Maria José de V. Novo praticando a matemática. São Paulo: Brasil, 2002. IMENES, Lelis. Matemática. São Paulo: Scipione, 1997. DCE – Diretrizes Curriculares da Educação Básica – 2008 143 9.8 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS Justificativa O estudo de LEM – (inglês) deve prever, sobretudo, o desenvolvimento do aluno no sentido de compreender que num universo globalizado e de informação o conhecimento de uma língua estrangeira pode propiciar um maior acesso aos aspectos culturais, científicos, do trabalho que permeiam sociedades diversas com suas propriedades e características peculiares. Objetivos No estudo da LEM o aluno deve ser conduzido e/ou orientado a compreender fatores que justificam o aprendizado dessa e sua utilização como mecanismo de formação que venha a contribuir para sua vida em sociedade. Conteúdos O conteúdo estruturante de língua estrangeira moderna é o discurso enquanto prática social, efetivado por meio dos gêneros discursivos, as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita. Os conteúdos serão desdobrados a partir de textos (verbais e não verbais) de diferentes tipos. Portanto, os textos escolhidos para o trabalho pedagógico definirão os conteúdos linguístico-discursivos a serem trabalhados, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana, publicitária, científica, escolar, imprensa, política, etc. 144 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Discurso Análise linguística: elementos de coesão e coerência, incluindo os conteúdos relacionados aos aspectos semânticos e léxicos. Conteúdos relacionados à norma padrão, concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal e tempos verbais. Gêneros discursivos: jornalísticos, charges, cartas, receitas, cartoons, informativos, literários, etc. Interdiscurso: condições de produção, o contexto físico, o contexto sócio subjetivo. Intertextualidade: relação entre textos, referências, alusões, epígrafes, paródias, etc. Estilística: figuras de linguagem. Oralidade Leitura Escrita Diversidade cultural: Aspectos contextuais do texto oral; Intencionalidade dos textos; trabalho com maneira global e não texto visando fragmentada; provocar reflexão, contato com o transformação; diversos gêneros textuais; adequar o entendimento do aluno conhecimento linguagem oral em sobre o funcionamento adquirido à norma situações dos padrão; Adequação da de comunicação, conforme elementos linguísticos / gramaticais as instâncias de uso compreensão do texto de do texto; importância dos elementos Diferenças léxicas, marcadores de discurso; discursivas utilização dos recursos da linguagem; coesivos coesivos. e e provocar outras leituras; que a abordagem histórica sintáticas caracterizam a fala em relação aos textos formal e informal. literários; 145 Partindo dessas reflexões os conteúdos específicos selecionados para cada série poderão ser retomados a cada momento em que se faça necessário, porém terão um grau sequencial de aprofundamento, assim distribuídos: CONTEÚDOS BÁSICOS cumprimentos formais e informais pronomes pessoais; pronomes demonstrativos; artigos definidos; números cardinais e ordinais; aprendizado de vocabulário diverso envolvendo cores, animais, profissões, matérias escolares, meios de transporte e de comunicação, alimentação, Emprego do verbo haver (there to be) Perguntar e informar sobre horas Uso de preposições E Emprego do verbo ser / estar (to be) I R É 6º ANO membros da família, materiais escolares, dias da semana e meses do ano. Uso do verbo to have Uso do verbo there to be Uso de preposições para perguntar e informar endereços Plural de substantivos Emprego de pronomes adjetivos; Uso de quantitativos how much, how many Caso genitivo Numerais Vocabulário diversificado = nomes de lugares públicos Partes da casa e mobília, utensílios domésticos; Uso do imperativo através de textos de gêneros diversos como indicações E I R É de trânsito, receitas culinárias entre outros. S 7º ANO CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS BÁSICOS 146 Presente simples para relatar fatos que ocorrem no dia-a-dia Emprego de advérbios de frequência Uso de auxiliares do / does Uso do verbo can para descrever habilidades Fazer descrição de pessoas usando vocabulário relacionado Noções de futuro Emprego de verbos regulares e irregulares Uso dos auxiliares did / didn´t Uso de palavras interrogativas Emprego de pronomes reflexivos Preposições de tempo e lugar Uso do futuro simples (will) Comparativos de adjetivos curtos e longos Utilizar question-tags E I Uso do verbo to be, verbo there to be R É CONTEÚDOS BÁSICOS Emprego de passado simples para relatar fatos que já aconteceram S 9º ANO E I Imperativo = aplicar em situações diversas do cotidiano R É Presente contínuo para descrever fatos que estão ocorrendo S 8º ANO Encaminhamentos metodológicos Leitura Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros. Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos. Análise dos textos levando em consideração o conhecimento prévio dos alunos, a complexidade dos temas e as relações dialógicas. Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto. Reconhecimento do estilo próprio de diferentes gêneros. 147 Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época... Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto. Leitura de outros textos para a observação da intertextualidade. Oralidade Apresentação de textos produzidos pelos alunos. Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade como: entrevista, cenas de desenhos, reportagem. Análise sobre o contexto social do uso do gênero oral selecionado. Análise dos recursos próprios da oralidade em seu uso formal e informal. Dramatização de pequenos diálogos. Escrita Discussão sobre o tema a ser produzido. Leitura de textos sobre o tema. Produção textual. Revisão dos argumentos das ideias e dos elementos que compõem o gênero. (Re)estrutura e (re)escrita textual. Reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. Análise Linguística Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir de gêneros selecionados para leitura ou escrita e das dificuldades apresentadas pela turma. Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua. Avaliação A avaliação deve levar em conta toda e qualquer apropriação do conteúdo seja na fala, escrita, leitura e compreensão auditiva que leve o aluno a ser um cidadão crítico capaz de compreender e enfrentar os desafios. 148 É preciso considerar as diferentes naturezas de avaliação que se articulam com os objetivos específicos e conteúdos, respeitando as diferenças individuais. Espera-se diversidade nos formatos de avaliação de modo a oferecer diferentes oportunidades para que o aluno demonstre o seu crescimento cultural. Sendo assim podemos concluir que a avaliação deverá ocorrer de forma contínua, participativa e somatória, utilizando os seguintes critérios: Empenho do aluno na execução das atividades propostas dentro ou fora da sala de aula; Leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua condição de produção; informações explícitas no texto; Opiniões dos alunos a respeito do que foi lido e estudado. Conhecimento e utilização da língua estudada como instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais; Utilização adequada de discurso, de acordo com a situação de produção (formal / informal); Clareza nas ideias quando na produção de textos, atendendo as circunstâncias de produção proposta; Utilização adequada de recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes, etc.; Reconhecimento e ampliação de vocabulário. Retomada de conteúdos analisados que apresentem dificuldades, envolvendo temas com a mesma abordagem e verificação da aprendizagem quanto às ideias relevantes, reforçadas através de novas atividades quando necessário (feedback). Referências BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998. ______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais - ensino médio: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1999. SEED. Paraná . Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para a Educação Básica. Curitiba, 2008. 149 9.9 ENSINO RELIGIOSO Concepção da Disciplina A realidade histórica da diversidade religiosa que vivenciamos atualmente é bem diferente das últimas três décadas. Portanto, não podemos ignorar que a sociedade transforma-se com o conhecimento e prática social. Sendo assim o ensino religioso não pode ser desligado do contexto histórico e da interação do homem com o mundo. O ensino religioso deve estimular o aluno a compreender que as sociedades são inseridas no tempo e no espaço, através da diversidade religiosa, bem como, possibilitar a superação de uma visão discriminatória. O estuda da diversidade religiosa, como, historia deve ser feito de forma comunitária, critica, sem neutralidade, utilizando-se das contradições existentes na nossa sociedade. Como o processo de construção do conhecimento não é uma questão pronta e acabada, mas uma constante reelaboração perante as necessidades e problemas surgidos pelas relações dos homens, o professor precisa estar consciente que ensinar a pluralidade religiosa não significa simplesmente reproduzir a quantidade de conteúdos, mas sim possibilitar aos alunos a apropriação da cultura elaborada da melhor e mais competente forma possível. E na sua praxis assumir o papel de incentivador, investigador e participante da realidade na qual vive e trabalha. Enfim, diante do processo problemático e contraditório que vivemos entende-se que a pluralidade religiosa, construída por várias raças, culturas, religiões, permitam que todos sejam iguais, cada um com suas diferenças. Certamente, deveríamos, pela diversidade de nossa origem, pela convivência entre os diferentes, servir de exemplo para o mundo, aqui no Brasil, a intolerância religiosa não produz guerras, nem matanças. Entretanto, não podemos ignorar que muitas vezes, o preconceito existe e se manifesta pela humilhação imposta àquele que é “diferente”, outras vezes o preconceito se manifesta pela violência, No momento em que alguém é humilhado, discriminado, agredido devido á sua cor ou a sua crença, ele tem seus direitos constitucionais, seus direitos humanos violados, porém o Código Penal Brasileiro prevê punição para os criminosos. 150 O ensino religioso, como na história, tem de ser criado e recriado a partir da vivência e da experiência, mediadas pelas relações sociais, ou seja, toda a aprendizagem deve ancorar-se numa estrutura cognitiva formada por uma rede conceitual. É ela que fornecerá elementos para a compreensão. Pois o fato isolado mais importante que influencia a aprendizagem aquilo que o aprendiz já conhece. Objetivos O papel do ensino religioso é difundir e consolidar identidades no tempo, sejam étnicas, culturais, religiosas, de classes e grupos, de Estado e Nação. Fundamentalmente, têm sido recriadas as relações professor, aluno, conhecimento histórico e realidade social em benefício do fortalecimento do papel do ensino religioso na formação social e intelectual de indivíduos para que, de modo consciente e reflexivo, desenvolvam a compreensão de si mesmos, dos outros, da sua inserção em uma sociedade de “diferentes” e da responsabilidade de todos atuarem na construção de sociedades igualitárias e democráticas. A aproximação do Ensino Religioso com a História e com as demais Ciências Humanas conduziu ao estudo de povos de todos os continentes, redimensionando o papel histórico das populações. Orientou estudos sobre a diversidade de vivencias culturais, estimulou a preocupação com as diferentes religiões. A investigação histórica passou a considerar a importância da utilização de outras fontes documentais e da distinção entre a realidade e a representação da realidade expressa nas gravuras, desenhos, gráficos, mapas, pinturas, esculturas, fotografias, filmes e discursos orais e escritos. Aperfeiçoou, então, métodos para extrair informações de diferentes naturezas dos vários registros humanos já produzidos, reconhecendo que a comunicação entre os homens além de escrita, é oral, gestual, figurada, musical e rítmica e religiosa. O diálogo do Ensino religioso com a História com as demais Ciências Humanas tem favorecido, por outro lado, estudos de diferentes problemáticas contemporâneas em suas dimensões temporais. Por meio de trabalhos interdisciplinares, novos conteúdos, podem ser considerados em perspectivas históricas das religiões como no caso da apropriação, atuação, transformação e representação da natureza pelas culturas, a relação entre trabalho e tecnologia e das políticas públicas de saúde e praticas sociais, além da especificidade cultural e 151 religiosa de povos e das inter-relações, diversidade, pluralidade de valores, pratica sociais, memórias e historias de grupos étnicos, de sexo e idade. A consciência de que o conhecimento histórico religioso é sempre fruto de seu tempo sugere, também, outros trabalhos didáticos. As obras de cunho histórico religioso – textos historiográficos – artigos de jornais e revistas, livros didáticos – são estudados como versões históricas que não podem ser ensinadas como prontas e acabadas nem confundidas com a realidade vivida pelos homens no passado. Considera-se, por exemplo, a importância da identificação e da analise de valores, intencionalidades e contextos dos autores; a seleção dos eventos e a relevância histórica religiosa atribuída a eles; a escolha dos personagens que são valorizados como protagonistas das religiões narradas; e a estrutura temporal que organiza os eventos a que revela o tempo da problemática inicial e dos contextos históricos estudados. Trabalhos nessa linha possibilitam para o docente, entre outras coisas, reconhecer sua atuação na construção do saber religioso histórico escolar, na medida em que é ele quem seleciona, avalia e insere a obra em sua situação didática e, tal obra adquire significados a ser submetida aos novos interlocutores. Identificar relações sociais e religiosas do seu próprio grupo de convívio, na localidade, na região, e no país, e outras manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços; Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade das diversas religiões nos tempos; Reconhecer que o conhecimento religioso é parte de um conhecimento interdisciplinar; Compreender que as religiões individuais são partes integrantes de historias coletivas; Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas, religiosas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles, continuidades e descontinuidades, conflitos e contradições religiosas e sociais; Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis soluções, conhecendo formas político-institucionais e organizações da sociedade civil que possibilitem modos de atuação; 152 Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto, aprendendo a observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais; Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade religiosa e social, considerando critérios éticos; Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos como condição de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo-se o respeito às diferenças e a luta contra as desigualdades. Conteúdos 6º ANO I - RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa: - Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa. - Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão. - Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas. - Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado. II - LUGARES SAGRADOS Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais. - Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc. - Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc. III - TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas religiosas. - Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.) Exemplos: Vedas – Hinduísmos, Escrituras Bahá’is – Fé Bahá’i, Tradições Orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc. 153 IV - ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relação com o sagrado. - Fundadores e/ou líderes religiosos. - Estruturas hierárquicas. Exemplos de organizações religiosas mundiais e regionais: Budismo (Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao Tsé), etc. 7º ANO I - UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos: - Nos ritos; - Nos mitos; - No cotidiano. Exemplos: arquitetura religiosa, mantras, paramentos, objetos, etc. II - RITOS São práticas celebrativa das tradições/manisfestações religiosas, formadas por um conjunto e rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes. - Ritos de passagem; Mortuários; Propiciatórios; outros. Exemplos: dança (Xire) – candomblé, kiki (kaingang – ritual fúnebre), via sacra, festejo indígena de colheita, etc. III - FESTAS RELIGIOSAS 154 São eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos: confraternização, rememorização dos símbolos, períodos e datas importantes. - Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas. Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc. IV - VIDA E MORTE As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado. - O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas. - Reencarnação. - Ressurreição – ação de voltar à vida. - Além morte. - Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se tornam presentes. Metodologia A disciplina de Ensino Religioso, permite a compreensão da diversidade Religiosa das sociedades atuais e suas diversas problemáticas, a partir dos grupos religiosos e sociais, por meio de fontes escritas, orais, filmes, lendas,folclore, crenças incorporadas pelos grupos religiosos e sociais, livros, jornais, revistas, ícones, pintura, etc.. Avaliação A proposta de avaliação será diagnostica através de atividades em sala de aula e fora dela, quando necessário, sobre a aprendizagem e interesse de trazer informações para completar os conteúdos de história e das demais disciplinas, com a mudança de atitude ao resgate de valores à cidadania. Será apresentada proposta de atividades em grupo e individual para verificar se os objetivos estão atingidos. A pesquisa, ilustrações e apresentações será parte da avaliação. 155 A seleção de texto para pesquisa e formação de conceitos. A cada bimestre que terá atribuição de valores para todas atividades, formando uma nota através de somatória. Terá uma avaliação com um valor, caso as competências não forem atingidas, serão elaboradas atividades extra para recuperação. Referências SUÁREZ, Adolfo Semo – A Escolha Certa. Tatuí São Paulo: Editora Casa Publicadora Brasileira, 1ª edição, 2001. CARTILHA DA SEED 2006. ARRUDA, Jose Jobson de A.; PILLETI, Nelson. São Paulo: Editora Ática, 1996. COTRIM, Gilberto. Historia e consciência do mundo. São Paulo: 1994. ANTUNES, Celso. Manual de técnicas. Petrópolis, RJ: Vozes, 1990 RODRIGUES, Joelza Éster. Historia em Documento: Imagem e texto - Manual do Professor 5ª serie São Paulo: Editora FTD, 2002. 156 10 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO MÉDIO 157 10.1 ARTE Concepção da Disciplina A Arte está presente desde os primórdios da humanidade, sendo uma atividade fundamental do ser humano. É uma forma de trabalho criador e, este, pode ser transformado em ferramentas e, consequentemente em produção. Desde a época das cavernas, o homem cria e até produzia sua ferramenta com materiais rústicos, tais como ossos, pedras e madeiras, com os quais identificava sua crença, sonhos, sentimentos e necessidades. Na história da humanidade, em diferentes épocas e povos, pode se constatar a presença da arte em objetos de rituais, utilitários, artísticos, estéticos, sons, imagens, gestos e várias representações. Essas manifestações diferem de uma cultura para outra, nas formas de ver e sentir, conforme o nível econômico e social. Segundo Ostrawer deve-se valorizar, além da cultura erudita, as etnias e classes sociais, ou seja, uma integração entre o erudito e o popular. Assim, a proposta de ensino de Arte, tem como função, levar o aluno à apropriação dos conhecimentos estéticos, contextualizando-o e dando um significado à arte, dentro de um processo criador, transformando e adquirindo novas formas de ver e sentir o mundo. Segundo Kuenzer, não há um dizer único e universal sobre a arte e, portanto, estamos sempre na situação de ter de fazer várias opções teóricas para sustentar novas propostas curriculares e metodológicas. Assim, a disciplina de Arte no Ensino Médio, visa a entender o homem como um sujeito histórico, sistematizando três formas de interpretação da arte na sociedade: Ideológica, Arte com conhecimento e Arte como trabalho criador. Na Arte como ideologia, é fundamental trabalhar com os alunos, questões como: arte erudita ou estilista e arte popular, indústria cultural e cultura de massa e arte de cultura hegemônica e arte engajada. Na Arte como forma de conhecimento se expressa através de sua própria organização como: os elementos formais que constituem a música, artes plástica, visuais, danças e o teatro. Os conteúdos estruturantes da disciplina e suas articulações com as quatro áreas que contribuem para o ensino de Artes. Deve-se 158 também trabalhar com os alunos a diversidade cultural e as desigualdades sociais, as obras de arte produzidas pela humanidade em tempos e espaços diferentes, bem como, as manifestações artísticas que produzem significado de vida para eles, tanto na produção como na fruição. No trabalho com a Arte como trabalho criador, o aluno precisa passar pelo fazer artístico, pois o processo de criação lhe possibilita experiências diversas, auxiliando na formação de um ser pensante, sensível e atuante como ser humano que atribui significados, pois criando, ele se recria. Objetivos Instrumentalizar o aluno com o conjunto de saberes em Arte, que permitam utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações culturais. Educar o aluno esteticamente nas linguagens: música, teatro, dança e artes visuais. Promover a diversidade cultural através de estudos aos costumes das civilizações. Reconhecer, diferenciar e contextualizar os estilos e tendências estudadas tornando o aluno capaz de reconhecer e compará-las. Conhecer a História da Arte e reconhecer a obra de arte dentro do seu contexto histórico, político e social. Conteúdos 1º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS música, artes visuais, dança e Ponto,Linha,Forma,Textura, teatro: elementos Superfície, formais; Volume, Cor, Luz. composição; Teatro pobre; Teatro do oprimido e gêneros movimentos e período. teatrais; História da dança e da música. Bidimensional e Tridimensional, Figura e fundo, Figurativo, Abstrato, Semelhanças e 159 Contrastes, RitmoVisual. Gêneros teatrais; Gêneros musicais; Teatro representação: sonoplastia, cenografia; caracterização, adereços e figurinos; Leitura de obra. Bidimensional e Tridimensional, Figura e fundo, Figurativo, Abstrato, Semelhanças e contrastes, RitmoVisual. Gêneros teatrais; Gêneros musicais; Teatro representação: sonoplastia, cenografia; caracterização, adereços e figurinos. Arte Pré-histórica, Civilização Egípcia, Arte Mesopotâmica, Cultura Romana, Pré Arte Grega, Colombiana, Arte Arte Oriental, Arte Africana, Arte Romanica e Gótica. Teatro pobre; Teatro do oprimido e gêneros teatrais; História da dança e da música. 2º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Ponto, linha, superfície, textura, Música, teatro: artes visuais, elementos dança e volume, luz e cor. formais; Figurativo, Abstrato, Figura e fundo, Bi e composição; tridimensional, Semelhanças e contrastes, movimentos e período. Ritmo visual, Gêneros teatrais, Gêneros musicais. Teatro Representação, sonoplastia, 160 cenografia, caracterização, figurino e adereços. Fotografia. Renascimento; Barroco; Neoclássico; Romantismo; Realismo; Impressionismo; Pós impressionismo; Cubismo; Expressionismo; Fauvismo; Dadaísmo; Futurismo; Surrealismo; Op Art; Pop Art. História da fotografia. 3º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS música, artes visuais, dança e teatro: Ponto, linha, superfície, textura, elementos formais; composição; volume, luz e cor. movimentos e período. Movimento corporal: ponto de apoio, salto, queda, rotação. Formação, deslocamento, sonoplastia, coreografia, gêneros. Ritmo, melodia, harmonia, intervalo melódico, harmônico, tonal e modal, improvisação. Gêneros teatrais e musicais. Figurativo, abstrato, figura e fundo, tridimensional e bidimensional, semelhanças, contrastes, ritmo visual. Pré-história brasileira; cabraliana e holandesa no Brasileiro e Neoclassicismo Arte indígena; Pré- invasão Brasil; Barroco influência europeia; e romantismo 161 acadêmico no Brasil; Antecedentes e consequências da semana de Arte Moderna; Modernismo: Semana de Arte Moderna 1922; Movimentos artísticos nas décadas de 1930 e 1940; Bienais e as tendências contemporâneas. Metodologia A metodologia no ensino de Artes envolve atividades diferenciadas, em conformidade com o conteúdo trabalhado. Na História da Arte, será realizada expositiva didática, composição, citações, apresentações, debates, textos, exposição de trabalhos, exposição oral, viagem cultural, discussão em grupo, improvisação através de linguagem não-verbal, ensaio de pequenos trechos teatrais, dramatização de peças de cantores conhecidos ou não, expressão através de gestos, palavras cenas diversas, apresentação de peças criadas pelos próprios alunos. Com a música, serão desenvolvidas atividades envolvendo audição e análise de diversas composições musicais, criação de sonoplastia, movimento, ritmo, experiências sonoras e visuais, canto. Comparação das diferentes formas e gêneros musicais. Com o teatro, serão realizadas atividades com organização da representação teatral, improvisação, identificação dos elementos do teatro e sua realização, conhecimento do corpo e sua expressividade através de jogos, elaboração de textos, confecção de figurinos e sonoplastia. Com as Artes Plásticas e Visuais, serão desenvolvidas atividades que conduzam à identificação dos elementos plásticos e produções artísticas, análise dos elementos da composição nas diferentes formas de produção artísticas, 162 pesquisa de materiais utilizados na composição e produções artísticas utilizando elementos plásticos e formas de composição pesquisadas. Avaliação A avaliação no ensino de Arte processa-se de forma diferenciada, considerando as especificidades da área. Para avaliar, serão utilizados: Trabalhos em grupo, discussão, análises, tendo o cotidiano como ponto de partida; Atividades envolvendo análise e discussão de vídeos e CD’s; Dinâmicas de grupo; Apresentações, pesquisas, seminários, trabalhos práticos, relatórios, composições, montagem de peças teatrais e outros. Referências BARBOSA, A. M. B. A imagem do ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 1996. BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação do Ensino Médio. Parâmetros Curriculares Nacionais – Arte. Brasília: MEC / SEM. DUARTE JUNIOR, J. F. Fundamentos Estéticos da Educação. Campinas, SP: Papirus, 1995. ________ O Sentido dos Sentidos: a educação (do) sensível. Curitiba: Criar, 2001. FERRAZ, M., FUSARI, M. R. Metodologia do Ensino de Arte. São Paulo: Cortez, 1993. LOPONTE, L. G. O ensino da arte na nova LDB: resgate histórico e perspectivas. São Paulo: Perspectiva, 1996. PEIXOTO, M. I. Arte e grande público: a distância a ser extinta. Campinas, SP: Autroes Associados, 2003. PENNA, M. (coord.). É este o ensino de arte que queremos? Uma análise das propostas dos parâmetros curriculares. João Pessoa: Editora Universitária A CHILA/PPGE, 2001. PILLAR, A. D. (org.). A educação do olhar e o ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 1999. 163 ROSSI, M. H. W. Imagens que falam: leitura da arte na escola. Porto Alegre: Mediação, 2003. DCE. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. 2008. Livro Didático Público. 10.2 BIOLOGIA Concepção da Disciplina A Biologia estuda a vida e suas manifestações. Sob o ponto de vista biológico, a vida é um sistema organizado e integrado, capaz de auto-reprodução, que responde a estímulos do ambiente, interagindo com o mesmo, através de um ciclo de matéria e de um fluxo de energia. A explicação do surgimento e diversificação da vida do ponto de vista biológico e científico deve conviver com outros sistemas explicativos, seja de natureza filosófica ou religiosa. A disciplina de Biologia trabalhada na escola necessita conduzir o aluno à compreensão da ciência, já que desempenha um papel aglutinador de outras ciências como a Física e a Química, possibilitando a formação de uma visão holística que colabora para o desenvolvimento crítico e consciente do indivíduo. O conhecimento da Biologia, também conduzir a análise e reflexão de questões polêmicas relacionadas ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e ao uso de tecnologias que induzem a uma intervenção humana no ambiente, considerando a dinâmica dos ecossistemas e dos organismos. Objetivos Compreender a ciência como um processo de conhecimento. Compreender a ciência como uma atividade humana, histórica, associada aos aspectos de ordem social, econômica, política e cultural. Identificar relações entre conhecimento científico, produção tecnológica e condições de vida. 164 Compreender a natureza como uma rede de relações dinâmica, na qual o ser humano é parte integrante. Obter informações de dados através da observação, experimentação e leitura de textos conceituais, articulá-los e elaborar conceitos, bem como realizar generalizações. Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais e a partir dos elementos da Biologia. Conteúdos 1º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Organização dos seres vivos Características gerais dos seres vivos. Mecanismos Biológicos Níveis de organização dos seres vivos. Biodiversidade Implicação dos avanços biológicos Histórico as célula. Organização celular. Histologia. no fenômeno vida 165 2º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Classificação dos seres vivos. Organização dos seres vivos Estudo dos vírus. Mecanismos biológicos Os cinco reinos. Biodiversidade Anatomia e fisiologia animal. Avanços Biológicos 3º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Organização dos seres vivos Genética. Mecanismos biológicos Evolução. Biodiversidade Ecologia. Implicação dos avanços biológicos no fenômeno vida Metodologia Aulas expositivas dialogadas; Leitura de textos científicos: relação teoria-cotidiano; Montagem de textos realizados a partir da exibição de filmes e leituras complementares; Utilização de recursos visuais como fim de articular o conhecimento científico – tecnológico, numa perspectiva interdisciplinar; Seminários sobre temas atuais, visando o aprofundamento do assunto e o desenvolvimento da habilidade oral e crítica; Confecção de trabalhos, relacionando teoria e prática; 166 Retomada dos conteúdos e reformulações nas ações, com vistas a fixar o conteúdo. Avaliação Será o instrumento de referência dos objetivos propostos no processo de ensino e aprendizagem, no qual o aluno será avaliado pelos aspectos qualitativos, primando pela expressão dos conhecimentos adquiridos. A avaliação ocorrerá por meio de modalidades tais como: provas escritas, trabalhos, exercícios, confecção de trabalhos práticos e outros, conforme a peculiaridade do conteúdo. Será realizada recuperação paralela, durante as atividades diárias, com função de proporcionar a recuperação de conteúdos ainda não apropriados pelo aluno. Referências AMABIS, J. M. e MARTHO, G. R. Biologia. São Paulo: Modrna, 2004. CÉSAR, S. J. e SEZAR, S. Biologia. São Paulo: Saraiva, 2006. CHEIDA, E. Luiz. Biologia Integrada. Volume único. São Paulo: FTD, 2003. FAVARETTO, J. A. e MERCADANTE, C. Biologia. São Paulo: Moderna, 2005. LINHARES, S. e GEWANDSZNAJDER, F. Biologia. São Paulo: Ática, 2006. LOPES, S.e ROSSO, S. Biologia. São Paulo: Saraiva, 2006. MACHADO, S. Biologia – de olho no mundo do trabalho. São Paulo: Scipione, 2004. PAULINO, W.R. Biologia. São Paulo: Saraiva, 2005. PESSOA, F. Q. Biologia. São Paulo: Scipione, 2006. DCE. Diretrizes Curriculares da Escola Pública. 2008. Livro Didático Público. 167 10.3 EDUCAÇÃO FÍSICA Concepção da Disciplina Partindo de seu objeto de estudo e de ensino – que é a Cultura Corporal - a Educação Física, que transitou em diversas perspectivas teóricas - desde as mais reacionárias até as mais críticas - busca agora, vislumbrar um novo entendimento com relação ao movimento humano, esse como expressão de uma identidade corporal, como prática social e como uma forma do homem se relacionar com o mundo. Nesse sentido, a disciplina pretende buscar a formação de um sujeito mais crítico e reflexivo por meio da participação nas atividades desenvolvidas nas aulas, de modo consciente. Objetivos A ação pedagógica da Educação Física objetiva viabilizar aos alunos vivências das inúmeras manifestações ou práticas historicamente produzidas pela humanidade e exteriorizadas pela expressão corporal em jogos, danças, lutas, ginásticas e esportes, superando então dessa forma a visão fragmentada de homem (corpo/mente) transcendendo assim a simples dimensão motriz. Conteúdos ANO CONTEÚDO ESTRUTURANTE Esportes Jogos e brincadeiras 1º Ginástica Lutas Dança Sexualidade CONTEÚDO BÁSICO Coletivos, individuais e radicais Jogos de tabuleiro, jogos dramáticos e jogos cooperativos Artística/ olímpica, ginástica de academia e ginástica geral Lutas com aproximação, lutas que mantém a distância, lutas com instrumento mediador e capoeira Danças folclóricas, danças de salão e danças de rua Questões de gênero, doenças sexualmente 168 transmissíveis e educação sexual Esportes Ginástica Coletivos, individuais e radicais Jogos de tabuleiro, jogos dramáticos e jogos cooperativos Artística/ olímpica, ginástica de academia e ginástica geral Lutas com aproximação, lutas que mantém a distância, lutas com instrumento mediador e capoeira Danças folclóricas, danças de salão e danças de rua Questões de gênero, doenças sexualmente transmissíveis e educação sexual Geral, ginástica circense, ginástica de condicionamento físico, Esportes Esportes coletivos e individuais Jogos e brincadeiras 2º Ginástica Lutas Dança Sexualidade 3º Dança Jogos e brincadeiras Lutas Dança de salão Brincadeiras e cantigas de roda Capoeira Metodologia Propõe-se que o trabalho na disciplina de Educação Física seja organizado e reorganizado visando as diversas manifestações corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, da dança e das lutas, partindo sempre do levantamento se suas raízes históricas, concepções e evolução social. Assim, tanto os conteúdos básicos quanto específicos, além de elementos articuladores dos conteúdos estruturantes que enriquecem o processo pedagógico e ampliam os campos de discussão da disciplina. Então, através de aulas teóricas, práticas, expositivas, pesquisas e outros estudos, será ofertado o conteúdo sistematizado como intervenções durante o processo de ensino-aprendizagem, sempre buscando estimular a criatividade, a crítica e a superação de limites. 169 Avaliação A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem dos alunos devendo acontecer ao longo do processo de ensino-aprendizagem, sendo então contínua, diagnóstica e cumulativa, com vistas a identificar lacunas nesse processo, superando assim as dificuldades que possam ser constatadas. A avaliação não deve se caracterizar como mero instrumento para selecionar e classificar os alunos segundo suas destrezas motoras e qualidades físicas. Serão consideradas todas as possibilidades e tentativas do aluno em explicitar, compreender os conteúdos abordados, reconhecer sua capacidade de solucionar problemas. Referências BRACHT, Valter. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 1992. CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. Campinas: Papirus, 1991. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992. DAOLIO, J. Educação física escolar e o conceito de cultura. Campinas: Autores Associados, 2004. DARIDO, S. C. e RANGEL, I. C. A Educação física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. KUNZ, E. Didática da educação física 1. Ijuí: Ed. Inijuí, 2003. PARANÁ, Secretaria de Educação e Cultura do Estado.Diretrizes curriculares da educação física para o ensino médio, SEED: 2006 TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino da educação física na escola básica? Pensar a prática. Goiânia: 1998. DCE. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. 2008. Livro Didático Público. 170 10.4 FILOSOFIA Concepção da Disciplina “A escola cidadã, formadora do indivíduo autônomo, alimentase do discurso do outro, mas o reelabora (sic) para torná-lo seu, para que o outro não pense por mim, não fale por mim, como ocorre com o indivíduo alienado”. (MOACIR GADOTTI, 2004). O ensino de Filosofia no Colégio Estadual Hugo Simas segue as orientações tanto das Diretrizes Curriculares Estaduais de Filosofia, em relação aos conteúdos estruturantes, metodologia e avaliação. A tradição fixada como História da Filosofia é valorizada para que possa garantir o acesso dos estudantes do ensino médio aos procedimentos filosóficos. Segundo o professor de educação da USP Celso FAVARETTO esses procedimentos são: à produção da familiaridade com um modo de linguagem que articula fabricação de conceitos, argumentação, sistematicidade e significação. (p. 78, 1995). Esses procedimentos filosóficos não são possíveis sem acessos aos textos clássicos, tempo de leitura dos textos, aulas expositivas dialogadas dos conceitos filosóficos. Ao trazer os próprios pensadores e filósofos, a partir de suas produções, os textos, suas ideias e conceitos, para que sem muitos intermediários os alunos possam se apropriar dos conhecimentos produzidos historicamente, o que é possível através da leitura. Segundo SACRISTÁN: Ler é desenvolver a racionalidade, que é a dinâmica e é exercida no fato de raciocinar, enquanto se dialoga com e lido. (...) Ler é desdobrar-se em si mesmo a reflexão de outro que significa o escrito, seguindo um processo em que se entrelaçam os argumentos próprios com os de outros, criando uma trama mental ao relacionar os significados, isto é, as leituras. (p. 47, 1999). A leitura filosófica deve considerar sempre o contexto histórico em que surgiu o problema e que possibilitou a criação conceitual. Ao ter em vista os problemas filosóficos que implicam o conceito é proporcionado ao educando refletir, pensar e recriar o conceito a partir dos problemas de sua própria realidade. 171 A atividade filosófica não pode ser levada a cabo sem a leitura filosófica. A leitura é essencial, não é o texto que define a leitura filosófica. “Pode-se ler textos filosóficos sem filosofar e ler textos artísticos, jornalísticos, etc. Filosoficamente”(FAVARETTO, 1995 P. 81) (...) os alunos através da passagem pelos textos, conceitos e doutrina filosóficas, aprendem a “marcar o sentido de todas as palavras”, educando-se para a inteligibilidade”, pois onde os ingênuos só vêem fatos diversos, acontecimentos amontoados”, a filosofia permite discernir uma significação. (LEBRUN in Favaretto, 1995, p.79). A conquista da inteligibilidade pelos educandos passa pela leitura filosófica e o desenvolvimento do pensamento crítico não como simples discussões, “achismos” ou embates teóricos de posicionamentos contrários ou da solução dada pelo professor. A crítica pode ser avaliada pela capacidade dos alunos em formular questões e objeções de maneira organizada, estruturada (rigorosa) (FAVARETTO, 1995, P. 81). Objetivo Geral Partir da pré-compreensão do senso comum para alçar ao conhecimento com a rigorosidade conceitual que exige o trabalho filosófico. Desmistificar a realidade e buscar nas referências dos textos historicamente produzidos pelos pensadores, como antídoto à superstição e ao pré-conceito arraigados no cotidiano. Criar a consciência histórica nos educandos, para que seja percebido que, devido ao fato de sermos seres históricos, somos elementos ativos de transformação da sociedade. Objetivos Específicos Possibilitar a leitura em diversos registros e percepção dos conceitos aí implicados com o auxílio do docente. Realizar o trabalho do processo educacional de forma que, ao invés da mera passagem de conhecimento ou informação, haja o estímulo à reflexão e ao pensar de modo racional a própria realidade do aluno de ensino médio público. 172 Promover a possibilidade de re-criação dos conceitos estudados a partir da história da filosofia. No pressuposto teórico-metodológico a Filosofia, enquanto disciplina da Base Comum, a partir das Diretrizes Curriculares Estaduais tem o seu ensino entendido como: “O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação do estudante com os problemas suscitados, na busca de soluções nos textos filosóficos por meio da investigação, no trabalho direcionado à criação de conceitos”. Conteúdos Os conteúdos selecionados servirão como mediadores do ensino de Filosofia, proporcionando que o estudante do Ensino Médio, confronte as diferenças abordadas dadas ao mesmo problema filosófico. Segundo as Diretrizes, citadas acima, “num ambiente de investigação, análise e descobertas, pode-se garantir aos educandos a possibilidade de elaborar, de forma problematizadora, suas próprias questões e tentativas de respostas”. A Diretriz Curricular Estadual de Filosofia para a Educação Básica do Estado do Paraná propõem seis eixos estruturantes dentro dos quais são desenvolvidos conteúdos básicos e específicos que serão trabalhados ao longo dos três anos do Ensino Médio conforme a organização exposta a seguir. 1º ANO CONTEÚDO ESTRUTURANTE do 1º semestre: Mito e Filosofia Conteúdos básicos: - Mitologia grega: a magia, a força e o potencial explicativo; - A dimensões do mythos e do logos; - O nascimento da filosofia e a emancipação do logos em relação ao mythos; - Os pré-socráticos e o período cosmológico; - As principais características da filosofia nascente; - Sócrates e o período antropológico. CONTEÚDO ESTRUTURANTE do 2º semestre: Teoria do Conhecimento 173 Conteúdos Básicos: - O que é conhecimento? As indagações básicas sobre como conhecemos (o método), o que podemos conhecer e quais são os limites de nossa razão; - Relativismo, dogmatismo e ceticismo; - O embate entre racionalismo e empirismo; - O criticismo kantiano. 2º ANO CONTEÚDO ESTRUTURANTE do 1º semestre: Ética Conteúdos básicos: - O sentido de um discurso ético; quais são as perguntas elementares que a filosofia procura responder no que tange ao comportamento humano; - A questão da liberdade; - A autonomia moral do sujeito x a obediência a leis impostas exterior e anteriormente; - A aposta nos poderes da razão em dirigir a vontade humana: concepção, desenvolvimento e crise. CONTEÚDO ESTRUTURANTE do 2º semestre: Política Conteúdos Básicos: - Política: surgimento, organização, conflito, as relações de poder; - Da politização dos sujeitos à construção de uma sociedade pluralista; - A democracia: características, importância, fragilidades; - Do exercício do bem comum à política como luta pelo poder; - Jusnaturalismo e Contratualismo 3º ANO CONTEÚDO ESTRUTURANTE do 1º semestre: Filosofia da ciência Conteúdos básicos: - Bacon, o método experimental e a esperança na ciência que revolucionaria o Ocidente; - Do nascimento da ciência moderna à crise da ciência no séc. XX; - Problemas éticos e outros desafios trazidos pela ciência; 174 - Das diferenças entre o método das ciências naturais e o método das ciências humanas; - A autonomia das ciências humanas e os filósofos da suspeita no séc. XX. CONTEÚDO ESTRUTURANTE do 2º semestre: Estética Conteúdos Básicos: - O surgimento e as reinterpretações do conceito de mímesis; - O que é arte? O que nos permite reconhecê-la? Ela tem uma função? Sua natureza é eminentemente expressiva ou ela tem uma razão pedagógica de ser?; - As rupturas com a arte mimética a partir do séc. XVIII e o surgimento do conceito de estética; - Arte e sociedade, estética e política no contexto do séc. XX. Referências DELEUZE, G: GUATTARI, F. O que é Filosofia? Rio de Janeiro: ed. 34, 1992. GASPARIN, João Luiz. Uma didática Campinas/SP. Autores Associados, 2005. para pedagogia histórico-crítica. Os Pensadores – Vida e Obra. São Paulo: Abril Cultural, 1972 – 1973. DCE. Diretrizes Curriculares da Educação Básica, 2008. Livro Didático Público. 10.5 FÍSICA Concepção da Disciplina A Física tem como objetivo de estudo o universo em toda sua complexidade. Por isso, a disciplina de Física no Ensino Médio, propõe o estudo da natureza. Através do conhecimento Físico, o homem quantifica, mede e organiza as informações. O ensino da Física possibilita uma melhor compreensão da natureza a 175 sua volta, situando o aluno no seu cotidiano e conduzindo-o a superação do senso comum. No contexto atual, o desenvolvimento tecnológico, entre outros fatores, tem promovido mudanças. A Física ocupa um papel importante nesse contexto, pois é na construção desse campo de ação reflexiva que se abre espaço para um discurso voltado tanto para o cognitivo, quanto para a relevância social do ensino da Física. Os fundamentos físicos têm como função, desenvolver a consciência crítica, provocando alterações de concepção e atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais. Pensar no estudo da Física implica pensar, na busca de transformações que intencionam minimizar problemas de ordem social, nos aspectos pedagógicos e cognitivos da produção do conhecimento físico, como os aspectos sociais envolvidos, constituindo-se assim, um ato político. O conhecimento físico, quando significante par ao aluno, contribui para o desenvolvimento do senso crítico e proporciona condições para uma análise mais profunda das informações e da realidade que o cerca, na medida em que esse conhecimento se relaciona com os demais conhecimentos. Conceber a Física em sua ação pedagógica implica na proposição de teorias e metodologias que possibilitem ao aluno a compreensão de conceitos, atribuindolhes significados e possibilitando que o aluno faça relações com experiências anteriormente vivenciadas e com seu cotidiano. O ensino da Física exige que se estabeleça relação entre teoria e prática, valorizando os conhecimentos que o aluno traz de sua vivência e, a partir dos saberes acumulados, promova a difusão dos conhecimentos matemáticos já sistematizados. Assim, o ensino da Física, conduz à reflexão da formação do professor, no sentido de se formar o professor investigador da prática docente. Essa postura requer atitude de questionamento frente às concepções pedagógicas e ao ato de conhecer. Há a necessidade da compreensão do elo indissociável entre a prática e a reflexão sobre essa prática. A reflexão é uma qualidade de extrema necessidade ao professor, sobretudo quando adota uma atitude de busca sempre mais rigorosa de pesquisa, de avaliação e de aperfeiçoamento permanente. 176 Sistematizar o conhecimento físico é papel da escola, associando-o a outras áreas do conhecimento... Esta ciência ajuda a humanidade a pensar sobre a vida, revendo a história para compreender o presente e pensar o futuro. Objetivos Compreender enunciados que envolvam códigos e símbolos físicos. Compreender manuais de instalação e utilização de aparelhos; Utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas gráficas para Expressão do saber físico. Ser capaz de discriminar e traduzir as linguagens matemáticas e discursivas entre si; Expressar-se corretamente, utilizando a linguagem da física adequada e elementos de sua representação simbólica. Apresentar de forma clara e objetiva o conhecimento aprendido através de tal linguagem; Conhecer fontes de informações e formas de obter informações relevantes, sabendo interpretar notícias científicas; Elaborar sínteses ou esquemas estruturados dos temas físicos trabalhados; Desenvolver a capacidade de investigação física. Classificar, organizar, sistematizar. Identificar regularidades. Observar, estimar ordens de grandeza, compreender o conceito de medir, fazer hipóteses, testar; Conhecer e utilizar conceitos físicos. Relacionar grandezas, quantificar, identificar parâmetros relevantes. Compreender e utilizar leis e teorias físicas; Compreender a física presente no mundo vivencial nos equipamentos e procedimentos tecnológicos. Descobrir o “como funciona” os aparelhos; Construir e investigar situações problema, identificar situação, prever, avaliar, analisar previsões; Articular o conhecimento físico com o conhecimento de outras áreas do saber científico; Reconhecer a Física enquanto construção humana, aspectos de sua história e relações com o contexto cultural, social, político e econômico; Reconhecer o papel da Física no sistema produtivo, compreender a evolução dinâmica com a evolução do conhecimento científico; 177 Dimensionar a capacidade crescente do homem propiciada pela tecnologia; Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de expressão da cultura humana; Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que envolvam aspectos físicos e / ou tecnológicos relevantes. Conteúdos 1º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Grandezas e Notação Científica. Estudo dos Movimentos. Movimento Uniforme, Aceleração. Movimento Uniformemente Variado. Leis de Newton. Inércia: Lei de Newton. Movimento Força, massa e aceleração: segunda Lei de Newton. Ação e Reação: Terceira Lei de Newton. Algumas Aplicações da Lei de Newton. Forças. Trabalho de uma força. Potência e Rendimento. Energia e Trabalho. Energia Cinética. Energia Potencial: Gravitacional e Elástica. Conservação da Quantidade de Movimento. Estática: Equilíbrio. Hidrostática: Pressão e Empuxo. 178 2º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Temperatura e suas medidas. Dilatação Térmica. Calor e suas formas de transferência. Calor Sensível e Calor Latente. Trocas de Calor. Equação Fundamental da Calorimetria. Capacidade Térmica. Curvas de Aquecimento. Transmissão de Calor. Termodinâmica Lei de Boyle-Mariotte. Lei de Gay Lussac. Lei de CharlesEquação Geral dos Gases. Energia Interna. Trabalho em um sistema. Primeiro princípio da termodinâmica. Segundo princípio da termodinâmica. Ciclo de Carnot. 3º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Eletromagnitisno Grandezas Elétricas. Corrente Elétrica. Resistência Elétrica. 1ª. Lei de Ohm. 2ª. Lei de Ohm. Potência Dissipada. 179 Associação de Resistores. Associação em série. Associação em paralelo. Associação Mista. Medidores Elétricos. Geradores e Receptores. Lei de Ohm-Pouillet. Lei de Ohm Generalizada. Lei de Kirchhoff. Conceitos de Eletrostáticas. Tópicos de Física Quântica, Efeito Fotoelétrico e Dualidade onda partícula. Metodologia A metodologia no ensino de Física, enfatiza a participação do aluno, visando à construção do conhecimento. Essa participação deve ser orientada, tendo em vista os conceitos a serem construídos. Os temas são abordados por meio de uma linguagem simples, que estabelece um diálogo com o aluno, mas permita que ele prossiga sem dificuldades na construção do seu conhecimento físico. Os conteúdos são acompanhados por atividades que surgem ao longo do trabalho, com o fim de integrar o saber e o fazer. O professor assume a função de orientador da aprendizagem. Seu trabalho parte da colocação de um problema ou de uma situação problema, do qual decorre a discussão das idéias centrais, considerando os objetivos que se deseja atingir. São utilizados materiais concretos, para a visualização do aluno, a construção e generalização de conceitos, conduzindo a um aprendizado mais significativo. Esse trabalho é complementado com a discussão dos resultados, a resolução de exercícios individuais e em grupos, apresentação de ilustrações, fotos com atividades realizadas com exercícios, desafios, auto-avaliação, atividades envolvendo a história da Física e tabelas, bem como exercícios de revisão e fixação. 180 Por meio de discussão de uma situação problema, é mantido um diálogo entre professor-aluno e aluno-aluno. Assim se concretiza um processo de familiarização com conceitos físicos e outros, envolvidos com sua representação. O professor atua como elemento dinamizador das discussões e mediador entre o saber do aluno e o saber físico, regulador de um processo, no qual o aluno se percebe, cada vez mais, independente e responsável pelo seu conhecimento. Na aula expositiva, com participação do aluno, o professor alimenta o diálogo, expões tópicos teóricos e procede a explicações de exercícios. A aula é complementada com exercícios nos quais os alunos discutem estratégias de resolução e conferem os resultados. O professor acompanha os grupos em suas atividades, interfere, quando necessários, instiga, faz perguntas, destaca idéias fundamentais. Levanta as dificuldades e solicita monitoria entre alunos. Os exercícios são trabalhados no sentido de assegurar aos alunos, a reflexão e fixação da teoria e sua relação com a prática, possibilitando o desenvolvimento do raciocínio. A leitura de textos também é utilizada com o fim de propor o desenvolvimento da autonomia e da relação teoria e prática. Avaliação A avaliação é constante no processo. É proposta de forma que o aluno é solicitado o tempo todo a participar e a criar, pois uma prova não é capaz de demonstrar tudo que ele viveu, pensou e aprendeu. A avaliação é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem e serve como diagnóstico. É preciso que os instrumentos de avaliação utilizados pelo professor abranjam o mais amplamente possível o trabalho realizado, não se restringindo a um só momento ou a uma única forma de avaliar. Serão utilizados como instrumentos de avaliação: provas, relatórios, trabalhos em grupos e individuais, atividades de aula, entre outros. Serão realizadas atividades em sala, de forma que o aluno participe e expresse os conhecimentos adquiridos, bem como as dificuldades que apresenta, sendo acompanhados por observação direta do professor. Essas atividades visam a 181 informar a aprendizagem e as dificuldades na resolução de problemas e na utilização da linguagem física e matemática. A avaliação será realizada em conformidade com as especificidades do conteúdo ou atividade trabalhada, bem como com a metodologia. A observação contínua, as discussões, a produção de trabalhosproblemas ou relatórios de atividades e pesquisas, trabalhos em grupos, tarefas individuais e provas, constituem instrumentos a serem utilizados no processo de avaliação da aprendizagem do aluno. A participação em sala será avaliada por meio de argüição, apresentações de explicações das atividades e argumentações orais. Durante as atividades, será realizada observação direta do desempenho do aluno e da turma no geral, com função de levantar as necessidades e promover a intervenção necessária. Todos esses instrumentos de avaliação servem de base para o professor analisar os progressos e as dificuldades do aluno. A recuperação é realizada de forma paralela, ao longo do processo, no qual a observação é essencial para o processo de ensino e aprendizagem. Por meios destas, é detectada a necessidade de retomar os conteúdos no qual, o aluno ainda apresenta dificuldades e para verificar que conhecimentos, atitudes e habilidades, que o aluno já desenvolveu, tendo em vista a continuidade dos estudos. Referências BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCC + Ensino Médio. Ciências da Natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SENTEC, 2002. DCE. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. 2008 Livro Didático Público. 182 10.6 GEOGRAFIA Concepção da Disciplina O ensino da Geografia pode levar os alunos a compreenderem de forma mais ampla a realidade, possibilitando que nela interfiram de maneira mais consciente e propositiva. Para tanto, porém é preciso que eles adquiram conhecimentos, dominem categorias, conceitos e procedimentos básicos com os quais este campo de conhecimento opera e constitui suas teorias e explicações, de modo a poder não apenas compreender as relações socioculturais e o funcionamento da natureza às quais historicamente pertencem, mas também conhecer e saber utilizar uma forma singular de pensar sobre a realidade: o conhecimento geográfico. A divisão da Geografia em campos de conhecimento da sociedade e da natureza tem propiciado um aprofundamento temático de seus objetivos de estudo. Essa divisão é necessária, como recurso didático, para distinguir os elementos sociais ou naturais, mas é também artificial, na medida em que o objetivo da geografia é explicar e compreender as relações entre sociedade e a natureza e como ocorre a apropriação desta por aquela. Na busca dessa abordagem relacional, a geografia tem que trabalhar com diferentes noções espaciais e temporais, bem como com os fenômenos sociais, culturais e naturais que são características de cada paisagem, para permitir uma compreensão processual e dinâmica de sua constituição. Abordagens atuais da Geografia têm buscado práticas pedagógicas que permitam apresentar aos alunos, os diferentes aspectos de um mesmo fenômeno, em diferentes momentos da escolaridade, de modo que os alunos possam construir compreensões novas e mais complexas a seu respeito. A Geografia precisa ser entendida com disciplina que diz respeito a investigação temática do espaço, que busca desenvolver um raciocínio geográfico que auxilie a compreensão de mundo privilegiando sua dimensão espacial. É fundamental que o espaço vivido pelo aluno continue sendo o ponto de partida a esta realidade local e deve se relacionar com o contexto global, tarefa esta a ser desenvolvida durante toda a escolaridade. 183 O ensino da Geografia deve possibilitar a compreensão de sua posição no conjunto das relações da sociedade com a natureza e que suas relações individuais ou coletivas tem consequências. Busca a conduzir o aluno a desenvolver a capacidade de identificar e refletir sobre diferentes aspectos da realidade, compreendendo a relação sociedade-natureza. Essas práticas envolvem procedimentos de problematização, observação, observação, registro, documentação, representação e pesquisa dos fenômenos, culturais ou naturais que compõem a paisagem e os espaço geográfico na busca e formulação d e hipóteses e explicações das relações, permanências e transformações que aí se encontram em interação. As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização. Observar a dinâmica das estações do ano, conhecer o ciclo reprodutivo da natureza, a direção e a dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes marítimas, bem como as variações climáticas e a alternância entre período seco e período chuvoso, foi essencial aos primeiros povos agricultores. Esses conhecimentos permitiram às sociedades se relacionarem com a natureza e modificá-la em benefício próprio. A institucionalização da Geografia no Brasil, no entanto, se consolidou apenas a partir da década de 1930. Nesse contexto, as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos interesses políticos do Estado na perspectiva do nacionalismo econômico. Para efetivas as ações relacionadas com aqueles objetivos, tais como a exploração mineral, o desenvolvimento da indústria de base e as política sociais, fazia-se necessário um levantamento de dados demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais do país. Essa forma de abordagem do conhecimento geográfico perpetuou-se por boa parte do século XX, caracterizando-se, na escola, pelo caráter decorativo / enciclopedista, focado na descrição do espaço, na formação e fortalecimento do nacionalismo, tendo um papel significativo na consolidação do Estado Nacional brasileiro, principalmente nos períodos de governos autoritários. Essa corrente teórica e metodológica é conhecida como Geografia Tradicional. 184 As transformações históricas relacionadas aos modos de produção, após a Segunda Guerra Mundial, trouxeram mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais na Ordem Mundial que interferiram no pensamento geográfico sob diversos aspectos. Essas transformações ocorreram cada vez mais intensamente ao longo da segunda metade do século XX e originaram novos enforques par análise do espaço geográfico, além de reformulações no campo temático da Geografia. Do ponto de vista econômico e político, a internalização da economia e a instalação das empresas multinacionais em vários países do mundo alteraram as relações de produção e consumo, trazendo para as discussões geográficas assuntos ligados: a) à degradação da natureza em relação à intensa exploração dos recursos naturais e suas consequências para o equilíbrio ambiental do planeta; b) às desigualdades e injustiças da produção e organização do espaço geográfico no modo capitalista de produção em relação à experiência de organização sócio espacial do socialismo como uma das realidades geográficas do mundo bipolarizado. c) às questões culturais e demográficas mundiais afetadas pela internacionalização da economia e pelas relações econômica e política da dependência materializada, cada vez mais, nos espaços geográficos dos diferentes países. Objetivos Conhecer o mundo atual e sua diversidade, favorecendo a compreensão de como as paisagens, os lugares e os territórios se constrói. Identificar e avaliar as ações dos homens e suas consequências em diferentes espaços e tempos de modo que construa referenciais que possibilitem uma participação propositiva e reativa nas questões socioambientais locai. Conhecer o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo que compreenda o papel das sociedades na construção do território, da paisagem e do lugar: Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos estudados em suas dinâmicas e interações. 185 Compreender que a melhoria nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços tecnológicos e transformações socioculturais são conquistas ainda não usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-las. Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da geografia para compreender a paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção, identificando suas relações, problemas e contradições. Orientá-los a compreender a importância das diferentes linguagens na leitura da paisagem, desde as imagens, música e leitura de dados e documentos de diferentes fontes de informação, de modo que interprete, analisem e relacionem informações sobre o espaço. Saber utilizar a linguagem geográfica para obter informações e representar a espacialidade dos fenômenos geográficos. Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sócio diversidade, reconhecendo-os como direitos dos povos e dos indivíduos e como elementos de fortalecimento da democracia. Avaliar as ações dos homens em sociedade e possibilitar uma participação prepositiva e reativa nas múltiplas questões socioambientais. Conteúdos 1º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Dimensão Econômica do A linguagem da Geografia. espaço geográfico A Geografia da Natureza (geomorfologia e recursos minerais). Dimensão Cultural do Dinâmica Climática e ecossistemas espaço geográfico As esferas das águas. Tecnologias e recursos naturais. Agropecuária e comércio global de alimentos. Dimensão política do espaço geográfico 186 Dimensão Socioambiental Estratégias energéticas. do espaço geográfico 2º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Dimensão Cultural do Os conflitos e os caminhos para a paz. espaço geográfico A globalização e suas múltiplas faces. Características físicas, humanas, econômicas Dimensão política do espaço geográfico e culturais de alguns países. População mundial e do Brasil. Brasil, aspectos gerais e localização. Dimensão Socioambiental do espaço geográfico 3º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Dimensão econômica do espaço geográfico Formação, mobilidades das fronteiras e a reconstrução dos territórios. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. Dimensão Política do espaço geográfico A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente. A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e 187 os indicadores estatísticos. Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico Os movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural. O comércio e as implicações sócio espaciais. Dimensão Socioambiental do espaço geográfico As diversas regionalizações do espaço geográfico. As implicações sócio espaciais do processo de mundialização. A nova ordem mundial, os territórios supra nacionais e o papel do Estado. Metodologia Qualquer que seja a concepção de aprendizagem e opção de ensino, estas deverão estar voltadas à formação plena do educando. A sala de aula é um universo bastante complexo. Muitos são os fatores que estão interagindo no seu interior, desde o campo da afetividade entre os alunos e deles com a escola e o professor, o nível de maturidade e individualidade de cada um dos alunos, assim, como o nível de conhecimentos prévios que cada um carrega consigo, a natureza do espaço físico e dos materiais e recursos didáticos usados na sala de aula, até eventuais acontecimentos inusitados que poderão ocorrer com alunos e seus familiares e com o seu cotidiano fora da escola. Tomando por base essa realidade, propõe-se a seguinte metodologia: Desenvolvimento de um clima de aceitação e respeito mútuo, em que o erro seja encarado como desafio para o aprimoramento dos conhecimentos e construção da personalidade e que todos sintam seguros e confiantes para pedirem ajuda. A organização da aula deve estimular a ação individualizada do aluno para que possa desenvolver sua potencialidade criadora, mas que, também 188 esteja aberto a compartilhar com o outro suas experiências vividas na escola e fora dela. Oferecimento de oportunidades, por meio das tarefas organizadas para a aula, da expressão de variados pontos de vista, permitindo ao aluno um posicionamento autônomo, fortalecendo a auto-estima, pela atribuição de significação à produção própria e ao trabalho intelectual. As aulas são organizadas em propostas de ensino pautadas nos avanços obtidos com as propostas teóricas e metodológicas da geografia crítica e da geografia humanista que coloca o saber geográfico como algo construído, guardando em si uma intencionalidade que deve ser desvendada. Essa postura diante do ensino de geografia permite a possibilidade de um ensino no qual o aluno possa interagir com sua individualidade e criatividade, não somente para compreender, mas também para construir seu saber. Serão utilizados procedimentos de ensino como análise de informações, por meio de recursos visuais, tais como gráficos, mapas, tabelas, cartazes e outros. Produção de textos, análises, conclusões e opiniões fundamentadas teoricamente. Pesquisas através de leituras de textos, livros didáticos, revistas, jornais e Internet. Utilização de recursos audiovisuais como filmes e documentários, telejornais, músicas e outros. Promoção de debates em sala, a partir de temas atuais e polêmicos. Desenvolvimento de trabalhos de campo para observação in loco. Avaliação Serão avaliadas as conquistas dos alunos, em uma perspectiva de continuidade de continuidade de seus estudos. A avaliação é planejada priorizando os seus conhecimentos contextualizadas e estabelecendo critérios procedimentos atitudinais e operacionalização de conceitos. A avaliação acontece de forma contínua, de modo que o professor posa sempre repensar sua prática pedagógica e retomar o processo de ensino e aprendizagem, sempre que necessário. Para isso, são observados os avanços obtidos pelos alunos. Na avaliação serão utilizados provas escritas, debates, pesquisas bibliográficas, trabalhos individuais e em grupo, além da participação em sala de aula. 189 Referências AMORIN, Marcos de. TERRA, Lygia. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Editora Moderna. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares do Ensino Médio: Geografia. Curitiba: SEED, 2006. BRASIL, Ministério da Educação e Cultura; Secretaria do Ensino Médio. Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia. Brasília: MEC – SEM. Livro Didático Público. 10.7 HISTÓRIA Concepção da Disciplina O ensino da História no Brasil a partir da primeira metade do séc. XIX teve a preocupação de criar uma origem ou história da nação partindo da antiguidade clássica como berço do cristianismo, da formação das nações europeias, desde as primeiras monarquias à história política e biográfica moderna e contemporânea. O ensino enfatizava a história política de Portugal e sua relação com o Brasil. Ao longo da República Velha tendeu a se voltar mais para o estudo da história política europeia e brasileira, desconsiderando os movimentos de resistência popular. Nas décadas de 30 e 40 difundiu-se a tese da “democracia racial” expressa principalmente em programas e livros didáticos de ensino de História. Esta tese, proposta por alguns intérpretes da obra histórica de Gilberto Freire, difundia que na constituição sócio genética do povo brasileiro predominava a miscigenação e a ausência de preconceitos raciais e étnicos. Durante o pós-guerra (1945 – 1960) a disciplina de História passou a ser novamente objeto de debates quanto às suas finalidades e relevância na formação 190 política dos alunos, o ensino tendeu aos estudos históricos da economia brasileira, transmitindo, de forma reducionista e mecânica, a análise dos ciclos econômicos. A História factual, linear e política, herdada do séc. XIX, ainda se mantinha dominante. Com o início da ditadura militar, a partir de 1964, o ensino de História foi contido pela ideologia militar da ordem, do civismo e da segurança nacional, fruto do contexto maniqueísta da Guerra Fria. A partir da década de 70, o ensino da História foi preterido em nome da implementação da generalidade dos Estudos Sociais e de uma formação profissional superficial. A partir da década de 80, com o início do processo de redemocratização da sociedade brasileira, a disciplina de História procurou aproximar o ensino da investigação histórica com o universo de sala de aula. Posteriormente, até a década de 90 os debates em torno das reformas democráticas na área educacional, acabam estimulando propostas de revisões no ensino da História, contrárias às tendências eurocêntricas, factuais, cívicas e positivistas do tradicionalismo na área, propostas estas embasadas claramente na “pedagogia histórico-crítica dos conteúdos” desenvolvida por Demerval Saviani entre outros a partir de sua interpretação do materialismo histórico e dialético. Em 1966, foi aprovada a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 9394/96 que previa uma relativa autonomia na construção das diretrizes dos estados e municípios, entretanto os Parâmetros Curriculares Nacionais foram impostos ao sistema escolar por uma política baseada no ideário neoliberal e funcionalista. No que se refere especificamente à História, os PCNEM entravam em contradição ao tentar articular categorias, metodologias e documentos históricos com as competências e habilidades da área de ciências humanas entendendo a disciplina como um instrumento de interdisciplinaridade, sem uma história nem referenciais teóricos definidos causando o esvaziamento de seus conceitos e conteúdos. Propõe-se uma crítica e uma busca da superação em relação àquela interpretação da LDB, pois se entende que o conhecimento histórico é selecionado e construído na relação entre as experiências sociais dos sujeitos e as estruturas sócio históricas a partir da utilização rigorosa de conceitos historiográficos no processo de investigação que permitam compreender os espaços de atuação social 191 destes agentes históricos. Estimular a criação de novas significações ou sentidos no universo da disciplina de História, através da produção de narrativas históricas, por meio de um processo de politização dos sujeitos históricos e suas ações sociais em prol dos direitos humanos e contra miséria, a violência e a injustiça. Objetivos Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre elas; Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto, aprendendo a observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais; Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos dos grupos e dos povos como condição de efetivo fortalecimento da democracia, mantendo-se o respeito às diferenças e a luta contra as desigualdades; Refletir sobre a atuação do indivíduo nas suas relações pessoais com o grupo de convívio, suas afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de compromisso com classes, grupos sociais e culturais; Entender o tempo histórico como objeto da cultura, como criação de povos em diversos momentos e espaços; Situar-se na sociedade contemporânea para melhor compreendê-la, comparando problemáticas atuais e de outros momentos históricos. Conteúdos 1º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Relações de trabalho A construção da História as origens e o desenvolvimento da humanidade. 192 Relações de poder As grandes civilizações. Alta e Baixa Idade Média A consolidação das monarquias na Europa Moderna. Relações culturais O Renascimento Cultural e Científico A Expansão Ultramarina A Política Econômica dos Estados Nacionais Europeus. 2º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Os diferentes povos da América e a colonização europeia. Relações de trabalho Organização político-administrativa na América portuguesa. Relações de poder A era das revoluções. A Relações Culturais Inglaterra Absolutista e a Revolução Inglesa. A revolução industrial. Revoluções burguesas. A independência da América Espanhola e Portuguesa. Brasil – 1º. e 2º. Reinados. A América Latina no século XIX. 193 3º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Relações de trabalho Era de incertezas. Europa, 1914: 1ª. Grande Guerra Mundial. República Velha: Formação do Poder Político e Econômico. Relações de poder República Velha: Política e Contestação Social. Revolução Russa e a Europa no Período entre Guerras. A crise do capitalismo e seus efeitos no Brasil. Relações culturais Era Vargas: do Governo Provisório ao Golpe de Estado de 1937. Estado Novo. Urbanização e Trabalho no século XX. Os movimentos operários brasileiros no início do século XX. Trabalho e populismo na era Vargas. A reorganização dos movimentos sindicais no Brasil nos anos 70. A 2ª. Guerra Mundial – Economia e Sociedade no pós-guerra. Formação de blocos econômicos na nova divisão internacional a Guerra Fria. 194 Cidadania, movimentos sociais e questões étnicas a partir de 1960. As lutas pela conquista dos direitos civis nos E U A. A questão do negro e da violência urbana no Brasil atual. O período militar: modernização conservadora. Ricos e pobres no mundo globalizado. A desintegração da URSS a Globalização. Metodologia Propõe-se um trabalho baseado na pesquisa, uso de vídeos, filmes, palestras, jornais, revistas, leitura de textos, documentos, uso de mapas, charge. Avaliação Será diagnóstica, processual, formativa, contínua, privilegiando a aprendizagem como processo e não como produto. Avaliar diariamente, se possível, a participação e o esforço do aluno em sala de aula, trabalhos produzidos individualmente ou em grupos, atividades que indiquem capacidade de síntese e redação, identificar documentos. Interpretação de mapas e documentos históricos, apresentação de seminários. Referências BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: imprensa oficial, 2000. BRASIL, Secretaria de Ensino de Segundo Grau. Parâmetros curriculares Nacionais: História. Secretaria de Educação de Segundo Grau: Brasília, SESG, 1998. CERRI, Luiz Fernando. O ensino de História e a ditadura militar. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2003. 195 HORN, Geraldo Balduíno. O ensino de História: teoria, currículo e método. Curitiba: Livro de Areia, 2003. PARANÁ, SEED. Orientações curriculares de História. Curitiba, 2006. SCHMIDT, M. A. M. S. CAINELLI, Marlene. Ensinar História. 1.ed. São Paulo: Scipione, 2004. DCE. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. 2008. Livro Didático Público. 10.8. LÍNGUA PORTUGUESA Concepção da Disciplina Segundo Magda Soares a Língua Portuguesa é recente nas escolas, e passou a ser inserida nas últimas décadas do século XIX, depois do sistema de ensino já estar há muito tempo organizado. O ensino não formal antecedeu o ensino da língua materna. Sua criação teve função políticas, econômicas e sociais, geralmente vinculadas a uma pedagogia com função disciplinatória de organização de classe. Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal, tornou obrigatório o ensino de Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1871, foi criado no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português. O ensino manteve sua característica elitista até os meados do século XX, quando houve uma improvisada democratização, Segundo Magda Soares, a partir dessa democratização, ocorreu a multiplicação de alunos e, consequentemente, o correu um recrutamento mais amplo e menos seletivo de professores, intensificando o processo de depreciação da profissão docente. Decorreu daí, o achatamento de salários e a precariedade das condições de trabalho. 196 Através do tempo, intensificou-se o choque entre a linguagem fala e a escrita. A partir dos anos 80, os professores se mobilizaram em discussões pra repensar o ensino da língua materna na escola e o trabalho realizado em sala de aula. O panorama descrito acima necessita ser considerado no momento em que se pensa no ensino de língua portuguesa e literatura na escola, em decorrência das mudanças ocorridas no meio social e na percepção das inúmeras relações de poder constituídas no campo político-social. Torna-se necessário então, a readequação do currículo no sentido clássico de organização de conteúdos e adequação aos níveis de escolaridade, estabelecendo um vínculo na forma ampla para o exercício da cidadania. Objetivos Possibilitar aos educando o entendimento do poder configurado pelas diferentes práticas discursivas sociais; Visar o aprimoramento do domínio discursivo no âmbito da oralidade e da escrita; Permitir, aos alunos, a sua emancipação e autonomia em relação ao pensamento e as práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social; Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da linguagem verbal; Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua mate; na, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade; Aplicar as tecnologias de comunicação e da informação na escola, no trabalho em outros contextos relevantes da vida; Analisar os recursos da linguagem verbal, relacionando texto/contexto, mediante a natureza, organização, estrutura, de acordo com as condições de produção, recepção ( intensão, época, local, interlocutores participantes da criação e propagação das ideias e escolhas, tecnológicas disponíveis); Recuperar pelo estudo do texto literário, as formas instituídas de construção do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as classificações preservadas e divulgadas, no eixo temporal e espacial; 197 Articular as redes de diferenças e semelhanças entre língua oral e escrita e seus códigos sociais, contextuais e linguísticos. Conteúdos 1º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Discurso como prática social Leitura Leitura e interpretação textual. A linguagem literária. Figuras de linguagem. Tipologia textual: narração, Escrita descrição e dissertação. Oralidade Leitura de livros (didáticos e para-didáticos). Produção e interpretação (intertextualidade). Trovadorismo. Humanismo. Classicismo. O Quinhentismo Brasileiro. Barroco. Arcadismo. Ortografia. 2º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Tipografia textual: narração, descrição e dissertação. Discurso como prática social Coesão e coerência textual. Poesia. 198 Leitura Técnicas e modelos de carta comerciais. Escrita Produção e interpretação textual. Diferença entre resenha e resumo. Oralidade Intertextualidade. Leitura diversificada. Ortografia. Romantismo. Naturalismo. Parnasianismo. Gramática contextualizada. Realismo. 3º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Características dos autores e obras; Discurso como prática social Leituras de livros (vestibular ou outros). Produção textual e Interpretação; Leitura Tipologia textual. Técnicas e modelos de redação oficial. Escrita Técnicas de documentos comerciais. Diferença entre resumo e resenha. 199 Oralidade Parnasianismo. Simbolismo. Pré-modernismo. Vanguarda Europeia. Modernismo. Ortografia. Análise sintática como ferramenta de auxílio na interpretação textual. Concordância nominal e verbal. Regência nominal e verbal. Período composto por coordenação e subordinação. Metodologia Leitura silenciosa; Resolução das questões relativas ao vocabulário; Resolução de exercícios propostos individualmente e em grupos; Assistir a peças teatrais; Assistir a filmes; Em técnicas de produção de textos, comentar que os fatos apresentados estão dispostos em uma sequência lógica; Desenvolvimento de atividades em sala, nas quais os alunos participem de forma prática; Realização periódica de exercícios de fixação de conteúdo; Realização de exercícios com a participação ativa do aluno, possibilitando a expressão da opinião pessoal; Trabalho com textos que ofereçam relações de anterioridade, posterioridade e de causalidade na sequência do enredo. 200 Avaliação Considerando o processo dialógico e discursivo da linguagem, a avaliação contínua e diagnóstica, possibilita que a intervenção pedagógica aconteça de forma a informar professores e alunos, na reflexão e tomada de decisões. Na literatura, além da escrita, a oralidade será avaliada por meio de seminários, debates, troca de ideias, narração de histórias, produção de texto oral e dramatização. O aluno deverá ocupar o papel de avaliador de textos lidos e orais, tais como: textos orais de noticiários, entrevistas na mídia, sermões, discursos políticos, programas televisivos e de seus próprios textos orais. Considerando as diferenças sociais e de leituras do aluno, o mesmo deverá ser avaliado também na sua compreensão da leitura de textos. Na ortografia e gramática, a avaliação, ocorrerá por meio de: Atividades individuais; Atividades coletivas; Atividades em grupos; Testes de múltipla escolha; Arguição; Provas mistas; Avaliação de um item proposto; Produção de textos. Referências AMARAL, Emilia; FERREIRA, Mauro; LEITE, Ricardo; ANTÔNIO, Severino. Literatura, Gramática, Redação e Leitura. São Paulo: FTD, 1997. ANDRADE, Carlos A. Um novo movimento no ensino da língua portuguesa. In: FAZENDA, Ivani (org). A academia vai à escola. Campinas, SP: Papirus, 1995. BAGNO, Marcos. A norma culta – língua e poder na sociedade. São Paulo: Parábola, 2003. BAKHTIN, Mikhail. Estética e criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997. 201 BARROS, Diana Luz Pessoa. Contribuições de Bakhtin às teorias do texto e do discurso. In: FARACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de; TEZZA, Cristóvão (orgs). Diálogos com Bakhtin. Curitiba: Ed. Da UFPR, 2001. BATHES, Roland. Aula. São Paulo: Cultrix, 1989. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix, Mil Platôs – Capitalismo e Esquizofrenia. Trad. GUERRA NETTO, Aurélio; COSTA, Célia Pinto. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995. FARACO, Carlos Alberto. Área de linguagem: algumas contribuições para sua organização. In: KUENZER: Acácia (org). Ensino Médio – construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2002. FREDERICO, Enid Yatsuda.; OSABE, Haquira. PCNEM – Literatura. Análise crítica. In: MEC/SEB/Departamento de Políticas de ensino Médio. Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília: 2004. GARCIA, Wladimir Antônio da Costa. A Semiosis Literária e o Ensino. Texto inédito. (prelo). GERALDI, João W. Concepções de Linguagem ensino de Português. In: GERALDI, João W. (org). O texto na sala de aula. 2ª ed. São Paulo: Ática. 1997. KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ª ed. Campinas, SP: Pontes, 2000. LAJOLO, Marisa. O que é Literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982. NIETZSCHE, F. Aurora. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Reestruturação do Ensino de 2º Grau. Curitiba, 1998. PAZINI, Maria C. Oficinas de Texto: teoria e Prática. In: Proleitura, UNESPE/ UEM/ UEL, ano 5, n. 19, abril/1998. PERFEITO, Alba Maria. Concepções de Linguagem, Teorias Subjacentes e Ensino de Língua Portuguesa. In: Concepções de linguagem e ensino de língua portuguesa (Formação de Professores EAD 18). v.1 ed.1. Maringá: EDUCEM, 2004. p 27 – 79. PIVOVAR, Altair. Leitura e escrita: a captura de um objeto de ensino. Curitiba, 1999. Dissertação de Mestrado – UFPR. POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4. ed. Campinas, SP: Mercado das Letras, 1999. 202 ROJO, Roxane Helena Rodrigues. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. In: MEC/SEB/Departamento de políticas do Ensino Médio. Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília:2004. SOARES, Magda. Que professor de Português queremos formar? Boletim Abralin 25 (08/2001). Disponível em: http://www.unb.br/abrlin/index.php?id=8&boletim=25&tema=13 VILLALTA, Luiz Carlos. O que se faz e o que se lê: língua, instrução e leitura. In: SOUZA, Laura de Mello (org). História da vida privada no Brasil – Cotidiano e vida privada na América Portuguesa. São Paulo: companhia das Letras, 1997. YUNES, Eliana. Pelo Avesso: a leitura e o leitor. Revista de Letras. Curitiba: Editora da UFPR, 1995, nº 44, p. 185-196. DCE. Diretrizes Curriculares da Escola Pública. 2008. Livro Didático Público. 10.9 MATEMÁTICA Concepção da Disciplina No contexto atual em que vivemos em que o desenvolvimento tecnológico acompanha nosso dia-a-dia, a matemática ocupa um papel importante, pois é na construção desse campo de ação reflexiva que se abre espaço para um discurso voltado tanto para o cognitivo como para a relevância social do ensino da matemática. Pensar na educação matemática implica pensar na busca de transformações que intencionam minimizar problemas de ordem social, pensar nos aspectos pedagógicos e cognitivos da produção do conhecimento matemático, bem como os aspectos sociais envolvidos, constituindo-se um ato político. Conceber a matemática e sua prática pedagógica implicam na proposição de teorias e metodologias que possibilitem ao aluno, a compreensão de conceitos, dando-lhes significados e a condição de estabelecerem relações com experiências anteriormente vivenciadas. 203 Assim, o ensino da Matemática, tal como se pretende, exige pensar na formação de um professor-investigador da prática docente. Isso requer uma atitude de questionamento frente a certas concepções pedagógicas historicamente difundidas, bem com a própria concepção que se tem do ato de conhecer. Essa aponta para a necessidade de se pensar na formação contínua de um professorinvestigador, capaz de compreender o elo indissociável entre a prática e a reflexão sobre essa prática. A reflexão é uma qualidade de extrema necessidade ao professor, sobre tudo quando adota uma atitude de busca mais rigorosa de pesquisa, de avaliação e de aperfeiçoamento permanente. Fundamentos Teórico-Metodológicos As discussões entre estudiosos matemáticos do início do século XX procuravam trazer para a educação escolar um ensino de Matemática diferente daquele proveniente das engenharias que prescrevia métodos puramente sintéticos, pautados no vigor das demonstrações. Surgiram, então, proposições para um ensino baseado nas explorações indutivas e intuitivas, o que configurou o campo de estudo da Educação Matemática (SCHUBRING, 2003). A educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em que apenas o conhecimento de Matemática e a experiência do magistério não são considerados suficientes para atuação profissional (FIORENTINI & LORENZATO, 2001), pois envolve estudo dos fatores que influem, direta ou indiretamente, sobre os processos de ensino e de aprendizagem em Matemática (CARVALHO, 1991). A efetivação da proposta da Educação Matemática requer um professor interessado em desenvolver-se intelectual e profissionalmente e em refletir sobre sua prática para tornar-se um educador matemático e um pesquisador em contínua formação. Interessa-lhe, portanto, analisar criticamente os pressupostos ou as idéias que articulam a pesquisa ao currículo, a fim de potencializar meios para superar desafios pedagógicos. Nessa ação reflexiva, abre-se espaço para um discurso matemático voltado tanto para aspectos cognitivos, como para a relevância social do ensino da Matemática, quanto do seu fazer, do seu pensar e da sua construção histórica, buscando compreende-los (MEDEIROS, 1987). 204 Nas diretrizes assume-se a Educação matemática como campo de estudos que possibilita ao professor balizar sua ação docente, fundamentado numa ação crítica que conceba a Matemática como atividade humana em construção. Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias. Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de suas teorias, mas para que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade. É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para que o estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento e disciplina escolar. Conteúdos CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS ESTRUTURANTES Números Reais; NÚMEROS E ALGEBRA Números Complexos; Sistemas Lineares; Matrizes e Inequações Determinantes; exponenciais, Equações e logarítmicas e modulares; Polinômios. Medidas de massa; GRANDEZAS E MEDIDAS Medidas derivadas: área e volumes; Medidas de informática; Medidas de energia; Trigonometria: relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo e a trigonometria na circunferência. Geometria plana; GEOMETRIAS Geometria espacial; Geometria analítica; 205 Geometrias não euclidianas (noções básicas). Função afim; Função quadrática; FUNÇÕES Função polinomial; Função exponencial; Função logarítmica; Função trigonométrica; Função modular; Progressão aritmética; Progressão geométrica. Análise combinatória; TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO Binômio de Newton; Probabilidade; Estatística (noções básicas); Matemática Financeira (Noções básicas). Encaminhamentos Metodológicos Articular os conteúdos estruturantes com os conteúdos básicos em relação de interdependências que enriquecem o processo pedagógico de forma a abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em patamares distintos e sem vínculos. Por exemplo, ao trabalhar os conteúdos de geometria plana, vinculados ao Conteúdo Estruturante Geometrias, o professor pode buscar em números e álgebra, mas especificamente em equações, elementos para abordá-los. Os conteúdos serão abordados por meio de: resolução de problemas; história da matemática e investigações matemáticas, que são tendências metodológicas da Educação matemática. Em sala de aula, cotidianamente, os conteúdos serão tratados de maneira contextualizada e, sempre que possível, relacionados a outras disciplinas, por meio de aulas expositivas (pelo professor), podendo o aluno se manifestar sempre que desejar, no que tange às dúvidas relacionadas ao conteúdo trabalhado, a prérequisitos destes ou a quaisquer conteúdos ligados ao conteúdo em questão. 206 As dúvidas expostas pelos alunos serão trabalhadas para que sejam sanadas, no momento da aula, ou em momento oportuno. Sempre que possível, usaremos dramatização com os alunos, como maneira facilitadora de aprendizagem e/ou fixação; Oportunizaremos exercícios de reconhecimento, fixação e de aplicação, em sala ou como tarefas, que serão todas corrigidas no quadro detalhadamente; os exercícios solicitados para serem feitos em sala poderão ser “vistados” e, quando o forem, implicará que serão corrigidos individualmente nos cadernos, junto dos alunos em questão, ou então, serão levados à discussões coletivas analisando as diversas possibilidades do mesmo. A recuperação de conteúdos será feita durante todo o tempo, sempre que surgirem as dúvidas, com a retomada de quaisquer conteúdos de matemática que se fizerem necessários. Avaliação Como objetivo de superar tal prática considera-se que a avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele. Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de avaliação claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo ensinoaprendizagem, quando necessárias. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno (ABRANTES, 1994, p.15) Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno: comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004); compreende, por meio de leitura, o problema matemático; elabora um plano que possibilite a solução do problema; encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático; realiza o retrospecto da solução de um problema. 207 Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a: pesquisar acerca de conhecimento que possam auxiliar na solução dos problemas; elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las; perseverar numa busca de soluções, mesmo diante de dificuldades; socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada; argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA, 2006, p.29) Referências BARRETO FILHO, benigno. Matemática: aula por aula. Volume único. São Paulo: FTB, 2000. BOYER, C.B. História da Matemática. São Paulo: Edgard Bucher, 1996. CARAÇA, B. J. Conceitos Fundamentais da Matemática. 4. ed. Lisboa: Gradiva, 2002. DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas, São Paulo: Ática, 1989. GIOVANNI, José Ruy. Matemática Fundamental: uma nova abordagem. São Paulo: FTD, 2002. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990. DCE. Diretrizes Curriculares da Escola Básica, 2008. Livro Didático Público. 208 10.10 QUÍMICA Concepção da Disciplina A Química participa do desenvolvimento científico – tecnológico com contribuições específicas importantes, cujas decorrências têm alcance econômico, social e político. A Química transformou-se na grande vilã no final do século. Tal fato advém de informações veiculadas pelos meios de comunicação que, frequentemente, são superficiais, errôneas ou exageradamente técnicas, desconsiderando seu papel fundamental de ciência que permite a evolução do ser humano nos aspectos ambientais, econômicos, sociais, políticos, culturais, éticos, entre outros e que deve ser reconhecido com um ser que se relaciona, interage e modifica o meio em que vive positiva ou negativamente. Os saberes difundidos pela tradição cultural são fundamentados em um ponto de vista químico, científico ou baseado em crenças populares. Através desses saberes desenvolvem-se condições para a elaboração das teorias e das leis que regem as ciências. A Química é essencialmente dinâmica. Assim, o conhecimento químico não deve ser entendido como um conjunto de conhecimentos isolados e pontos acabados, mas sim uma construção da mente humana, em contínua mudança. O ensino de Química, no Ensino Médio, deve ser permeado pela História da Química, como parte do conhecimento socialmente produzido, possibilitando ao aluno a compreensão do processo de elaboração desse conhecimento, com seus avanços, erros e conflitos. O aprendizado de Química deve levar aos alunos à compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada, visto que, desta forma, as informações provenientes da tradição cultural, da mídia e da própria escola são julgadas por eles, com bases fundamentadas. O ensino de Química, em escala mundial, nestes últimos quarenta anos, objetivou a formação de futuros cientistas, de cidadãos mais conscientes e também o desenvolvimento de conhecimentos que sejam aplicados no sistema produtivo industrial e agrícola. No Brasil, apesar disso, muitos educadores ainda insistem em 209 abordar o ensino de Química priorizando-se as informações desligadas da realidade vivida pelos alunos e pelos professores. O aprendizado dos conhecimentos de Química, na escola, deve se fundamentar na importância que a Química tem na vivência, na realidade do aluno. Encaminhamentos Metodológicos A metodologia do ensino de Química, de acordo com a proposta pedagógica, deve prestigiar a participação efetiva do aluno na construção do conhecimento, através de um diálogo mediador. Além disso, é preciso que o ensino de Química contribua para uma visão mais ampla do conhecimento, possibilitando melhor compreensão do mundo físico e para a construção da cidadania. Deve-se colocar, em pauta, na sala de aula, conhecimentos socialmente relevantes que façam sentido e possam integrar à vida do aluno. Visando estes aspectos, o redimensionamento do conteúdo e da metodologia poderá ser feito dentro de duas perspectivas que se complementam: a que considera a vivência individual de cada aluno e a que considera o coletivo em sua interação com o mundo físico. O encaminhamento metodológico avalia como de fundamental importância, a apresentação ao aluno de fatos concretos, observáveis e mensuráveis, porque o conceito que os alunos trazem para a sala de aula advém, principalmente de sua leitura do mundo macroscópico. Dentro de tal óptica, podem ser encontradas também, as relações quantitativas de massa energia e tempo que existem nas transformações químicas. Outro recurso que deve ser considerado é a utilização de experimentos e as práticas realizadas em laboratórios para que o educando possa visualizar uma transformação química e assim a relacione com aspectos de sua vivência. O educador não deve se considerar como detentor do saber, apresentando todas as respostas para todas as questões. Ele deve levar o aluno à reflexão e estimulá-lo à busca de mais dados e informações. Bizzo (2002 p. 66), propõe que deve ser usado como um dos materiais de apoio, como outros que se fazem necessários, cabendo ao professor selecionar o melhor material disponível diante de sua própria realidade, onde as informações devem ser apresentadas de forma adequada à realidade dos alunos. 210 O educador ao trabalhar os conteúdos deve priorizar os essenciais, ou seja, aqueles que possam fazer parte da vivência do educando. Dessa forma, tais conteúdos constituem a sua identidade cultural e estimulam sua autonomia intelectual. A organização dos conteúdos não precisa obedecer à rígida sequência linear propostas no livro didático. Importante, porém, é a avaliação da relevância, da necessidade e da coerência dos mesmos para o processo educativo. O programa de Química para o Ensino Médio impõe escolhas criteriosas dos conteúdos, as quais podem considerar, por exemplo, a realidade e interesses regionais, sem perder, entretanto a visão integrada das regiões. Os conteúdos, considerados essenciais para a conclusão da disciplina de Química no Ensino Médio estão assim selecionados: O ensino desses conhecimentos exige que o educador sistematize as estratégias metodológicas, a partir da investigação dos conhecimentos informais que os educandos têm sobre a Química. O educador deve planejar o que será trabalhado dentro de cada um dos conteúdos já citados, o grau de aprofundamento e, procurar sempre a articulação entre os mesmos ou entre os tópicos de cada um. Os conteúdos devem ser organizados segundo a proposta da problematização, gerando a partir daí, um tema para contextualização. Os temas baseiam-se em fatos locais, regionais, nacionais ou mundiais, levando à reflexão sobre os acontecimentos que relacionam a Química com a vida, com o ambiente, com o trabalho e com as demais relações sociais. Conteúdos 1º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Introdução ao estudo da química Linguagem própria. Química experimental. Química pura e aplicada. Panorama histórico da química. 211 Matérias e substâncias Mudança de estado físico. Ponto de fusão e ebulição. Curva de aquecimento e resfriamento. Densidade. Fenômeno físico e químico. Substâncias puras e misturas. Fases e sistemas. Método de separação de mistura. Materiais de laboratório e segurança. Teoria atômica Tabela periódica Dalton. Rutherford. Bohr. Estrutura atômica. Partículas subatômicas. Distribuição eletrônica. Classificação, estrutura e propriedades periódicas. Ligações químicas Regra do oquiteto. Ligações iônica. Ligação covalente e dativa. Ligação metálica. Ácidos. Bases. Sais. Funções inorgânicas 212 Óxidos. Hidretos. 2º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Funções Inorgânicas: - Ácidos. - Bases. Química Sintética - Sais. - Óxidos. - Hidretos. Matéria e sua natureza Reações Químicas: - Classificação. - Síntese, análise, simples troca, dupla troca. - Balanceamento. - Tentativa e oxirredução. Soluções: - Concentrações. Biogeoquímica - Título: % de massa, % volume. - Gramas por litro (g/L). - Mol por litro (mol/L). - Molar. - Fração molar. * Diluição e titulação. 213 3º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Matéria e sua Natureza Biogeoquimica Química sintética Termoquímica. Representações das reações químicas. Reações exotérmicas endotérmicas. Diagramas das reações químicas. Variação de entalpia. Colometria. Equações termoquímicas. Princípios da termodinâmica. Lei de Hess. Entropia e energia livre. Alotropia. Estequiometria. Tabela periódica. Representações das reações químicas. Leis das reações químicas. Diagramas das reações químicas. Condições fundamentais para ocorrências de uma reação química. Fatores que interferem na velocidade das reações. Lei da velocidade das reações químicas. Tabela periódica. Equilibrios químicos 214 Matéria e sua natureza Biogeoquímica Química Sintética Representações das reações químicas. Reações químicas reversíveis. Concentração das soluções. Constante de equilíbrio. Deslocamento de equilíbrio. Tabela periódica. Eletroquímica Reações de óxi-redução. Propriedade dos metais. Migração de elétrons. Células eletroquímicas. Corrosão de matais. Química nuclear. Estrutura atômica. Energia nuclear. Isotopia. Emissão de partículas (radiação). Tempo de meia-vida do elemento radioativo. Matéria e sua natureza Datação de objetos antigos. Bomba atômica. Tabela periódica. 215 Avaliação O educador a partir da seleção, organização e aprofundamento dos conteúdos terá condições de desenvolver metodologias e, consequentemente, atividades e a avaliação do educando. A avaliação na disciplina de Química, na perspectiva que se propõe, vem mediar a práxis pedagógica, apresentando coerência com os objetivos propostos e com os encaminhamentos metodológicos, onde os erros e os acertos deverão servir como meio de reflexão e reavaliação da ação pedagógica como um todo. A valorização dos acertos é essencial. O erro deve ser considerado como ponto de partida para que o educando e o educador tenham compreensão e se mobilizem rumo ao conhecimento, construindo-o e caracterizando-o como essencial para a aprendizagem. O educador, ao avaliar, deve deixar de lado o autoritarismo e o conteudismo. A avaliação não deve ser um ato de punição, mas sim um meio eficaz para a reflexão, para a crítica, valorizando a diversidade e reconhecendo as diferenças, sempre voltada à formação da cidadania e, dessa forma, permitir o desenvolvimento de conhecimentos e valores que possam mediar a interação do indivíduo com o mundo. Referências PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino. Departamento de Ensino Médio. Reestruturação do Ensino Médio. Química. Curitiba: SEED/DESG, 1993. ROCHA, G. O. A pesquisa sobre Currículo no Brasil e a história das disciplinas escolares. In: Santos, E. H.; Gonçalves, L. A. O. (org.). Currículo e Políticas Públicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. VIDAL, B. História da Química. Lisboa: Edições 70, 1986. DCE. Diretrizes Curriculares da Educação Básica, 2008. Livro Didático Público. 216 10.11 SOCIOLOGIA Concepção da Disciplina A composição do currículo da disciplina no Ensino Médio vincula-se às teorias c críticas apresentadas nas Diretrizes Curriculares Estaduais, cuja concepção de educação está necessariamente condicionada ao formato disciplinar, ou seja a forma como o conhecimento é produzido, selecionado, difundido e apropriado em áreas que dialogam mas que constituem-se duas especificidades. Assim a Sociologia com seus conteúdos científicos próprios colabora em oferecer ao estudante... a formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade social econômica e política de seu tempo. 1º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS O processo de socialização. Instituições sociais: familiares, O processo de socialização e as instuíções sociais escolares, religiosas. Instituições de reinserções ( prisões, manicômios, educandários, asilos, etc.). Trabalho, produção e classes sociais O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades. Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais. Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas 217 contradições. Globalização e neoliberalismo. Relações de trabalho. Trabalho no Brasil. 2º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Formação e desenvolvimento do Estado Moderno. Democracia, autoritarismo, totalitaismo. Poder, política e ideologia Estado no Brasil. Conceito de poder. Conceito de ideologia. Conceito de denominação e legitimidade. As expressões da violência nas sociedades contemporâneas. Direitos: civis, políticos e sociais. Direitos humanos. Direitos, cidadania e movimentos Conceito de cidadania, sociais Movimentos sociais. Movimentos sociais no Brasil. A questão ambiental e os movimentos ambientalistas. A questão das ONG’S. 218 3º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades. Cultura e indústria cultural Diversidade cultural. Identidade. Indústria cultural. Meios de massa. Sociedade de consumo. Indústria cultural do Brasil. Questões de Gênero. Culturas afro-brasileiras e africanas. Culturas indígenas. Avaliação Estudar, apreender e ensinar sociologia exige posicionamento teóricometodológicos claros e concisos e também em posicionar-se a frente à realidade apresentada pelo conhecimento produzido. Não é uma questão de aplicação direta pragmática ou de ordem social, mas um “fazer avançar” ideias em relação aos fenômenos sócio históricos. São as explicações, as interpretações sobre o real que fornecem os instrumentos para o mundo ser transformado, recriado em novas bases. (DCE – Sociologia, 2008, p99). Deste modo, “Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em 219 debates, que acompanham os textos, que demonstrem a capacidade de articulação entre teoria e prática, dentre outras possibilidades. Várias podem ser as formas, desde que se tenha perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão. reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão oral ou escrita de sua percepção de mundo. Assim a avaliação em Sociologia busca servir como instrumento diagnóstico da situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos adequados para uma efetiva aprendizagem.” Referências Livro Didático Público. COSTA, C. Sociologia: Introdução à Ciência da Sociologia. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2002. DURKHEIN, Émile. 9ed.São Paulo: Ática, 200. 20-8p. (coleção grandes cientistas sociais). FERNANDES, Florestan (org.). Karl Marx e Frederich Engels – História 3 ed. São Paulo: Ática, 1989. 496 p. (Coleção grandes cientistas sociais, 36). IANNI, O. Sociedade Global. 8 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999. MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia. São Paulo. Editora Brasiliense, 1987. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio. IN. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná . 2006 QUITANEIRO, T: BARBOSA, M.L de O; OLIVEIRA, M.G. Um toque de clássicos. Belo Horizonte: Ed. UFGM, 2001. RODRIGUES, Alberto Tosi. Sociologia da Educação. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2000. SANTOS, Washington. Dicionário da Sociologia - 2ed. Belo Horizonte: Del Rey, 1995.288p. 220 10.12 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS Concepção da Disciplina A necessidade de apreender uma língua estrangeira, em especial a inglesa, surgiu devido a influência Econômica, política e cultural dos países de origem anglosaxônicas nos demais países. Nesse sentido, o desenvolvimento de uma língua não ocorre de maneira isolada das questões sociais de uma comunidade. Segundo as mais recentes pesquisas sobre linguagens, o processo de desenvolvimento de uma língua tem como intuito a percepção e a reflexão sobre o mundo, e tem a função de fazer com que o educando interaja na sociedade. Partindo desse conceito um trabalho eficiente com a Língua Inglesa pode ser desenvolvido na escola, através da identificação das características e interesses dos educandos, e ainda refletir sobre os costumes e maneiras de agir e interagir, as visões do seu próprio mundo, possibilitando maior entendimento de um mundo plural e de seu próprio papel com cidadão de seu país e do mundo. Objetivos Aprendizagem de conteúdos que ampliem as possibilidades de ser o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e novas maneiras de construírem sentidos no mundo; A capacidade de um contorno com a cultura do outro; Formar cidadãos críticos, reflexivos participantes em busca de mudança e progresso em que vive; Participação que lhes possibilitem estabelecer relações ente ações individuais e coletivas; Compreender que os significados são: sociais e historicamente construídos, e portanto, passíveis de transformação na prática social; Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural constando seus benefícios ao desenvolvimento cultural do país; O aluno deverá ser capaz de ler, interpretar textos e artigos, bem como melhorar seu vocabulário; 221 Desenvolver no aluno a capacidade de expor suas ideias e criar textos, parágrafos e diálogos a partir de um contexto já trabalhado. 1º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Os conteúdos específicos a serem desdobrados a partir dos conteúdos estruturantes (conhecimento que identificam e organizam os campos de estudo da LEM) serão estabelecidos com referência aos textos de diferentes tipos, contemplando seus elementos linguístico-discursivos: unidades linguísticas e temáticas. Para definição dos conteúdos é preciso levar em conta o princípio da continuidade, mantenha uma progressão entre séries. Deve-se, no ato da seleção de textos, analisar não só os elementos linguístico-discursivo, mas principalmente fins educativos adequados à faixa etária e contemplem os interesses dos alunos. É importante que os textos abordem os diversos tipos textuais e que apresentem diferentes graus de complexidade de estrutura linguística. A gramática estará subordinada ao uso que se faz da LEM, ou seja, as formas linguísticas de modo contextualizado. CONTEÚDOS BÁSICOS Review Vb To Be (present/past) Vb There To Be (present/past) Present Continuous Simple present (affirmative, negative and interrogative forms) Text Comprehension Imperative form Vocabulary Future & goig to Review Pronous (dem/subj/personal pronouns (subject & object) Will (affirmative, negative and interrogative forms) Text Comprehension Coutable & uncountable nouns, plural of nouns (many, much, little, few); Articles 222 Interrogative Words Simples past (regular verbs & irregular verbs) Numbers: Cardinal – ordinal Text Comprehension Modal Verbs Genitive Case Adverbs of frequency Possessive pronouns: possessive case of nouns Too/also Reflexive pronouns Have to 2º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Reading Writing Speaking lIstening CONTEÚDOS BÁSICOS Revisar verbo “to be” Passado do verbo ‘to be” Presente simples nas formas negativas, afirmativa e interrogativa Verbo Haver no presente e no passado Pronomes demonstrativos Artigos Texos para interpretação Música para “listening” Passado simples Verbos regulares e irregulares Pronomes |Possessivos Pronomes reflexivos Trabalhos e atividades extras 223 Vídeos e filmesMúsicas Presente contínuo Passado contínuo Comparativos Syperlativos Preposições Some, Any e compostos Futuro e condicional Presente Perfeito 3º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Discurso como prática social CONTEÚDOS BÁSICOS Leitura Conteúdo temático Interlocutor Finalidade do texto Informatividade Interxtualidade Escrita Marcas linguística Concordância verbal e nominal Semântica Significado das palavras Operadores argumentativos Figuras de Linguagem 224 Metodologia Leitura Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros. Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos. Análise dos textos levando em consideração o conhecimento prévio dos alunos, a complexidade dos temas e as relações dialógicas. Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto. Reconhecimento do estilo próprio de diferentes gêneros. Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época... Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto. Leitura de outros textos para a observação da intertextualidade. Oralidade Apresentação de textos produzidos pelos alunos. Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade como: entrevista, cenas de desenhos, reportagem. Análise sobre o contexto social do uso do gênero oral selecionado. Análise dos recursos próprios da oralidade em seu uso formal e informal. Dramatização de pequenos diálogos. Escrita Discussão sobre o tema a ser produzido. Leitura de textos sobre o tema. Produção textual. Revisão dos argumentos das ideias e dos elementos que compõem o gênero. (Re)estrutura e (re)escrita textual. Reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. 225 Análise Linguística Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir de gêneros selecionados para leitura ou escrita e das dificuldades apresentadas pela turma. Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua. Avaliação A avaliação deve levar em conta toda e qualquer apropriação do conteúdo seja na fala, escrita, leitura e compreensão auditiva que leve o aluno a ser um cidadão crítico capaz de compreender e enfrentar os desafios. É preciso considerar as diferentes naturezas de avaliação que se articulam com os objetivos específicos e conteúdos, respeitando as diferenças individuais. Espera-se diversidade nos formatos de avaliação de modo a oferecer diferentes oportunidades para que o aluno demonstre o seu crescimento cultural. Sendo assim podemos concluir que a avaliação deverá ocorrer de forma contínua, participativa e somatória, utilizando os seguintes critérios: Empenho do aluno na execução das atividades propostas dentro ou fora da sala de aula; Leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua condição de produção; informações explícitas no texto; Opiniões dos alunos a respeito do que foi lido e estudado. Conhecimento e utilização da língua estudada como instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais; Utilização adequada de discurso, de acordo com a situação de produção (formal / informal); Clareza nas ideias quando na produção de textos, atendendo as circunstâncias de produção proposta; Utilização adequada de recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes, etc.; Reconhecimento e ampliação de vocabulário. Retomada de conteúdos analisados que apresentem dificuldades, envolvendo temas com a mesma abordagem e verificação da aprendizagem quanto às ideias relevantes, reforçadas através de novas atividades quando necessário (feedback). 226 Referências LIBERAT, Wilson Antonio. Inglês Doorway – caderno de atividades, Ensino Médio. São Paulo, SP. FTD. 2007 Livro Didático Público MARQUES, Amadeu – On Stage 3. São Paulo. Ed. Ática. 2009 MARQUES, Amadeu, Prime. Volume único Ensino Médio. São Paulo, SP. Ed Palloti – 2007 MURPHY, Raymond – Essential Grammar in Use. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2003 SOUZA, Adriana. Leitura Instrumental em Língua Inglesa – Uma abordagem instrumental. São Paulo, SP. Disal. 2005 DCE. Diretrizes Curriculares da Educação Básica, 2008. 227 11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR EDUCAÇÃO ESPECIAL 228 AEE: CAE-DV– Centro de Atendimento Especializado na Área da Deficiência Visual (Sala de Recursos Multifuncional – Área da Deficiência Visual) AEE: CAES – Centro de Atendimento Especializado na Área da Surdez (Sala de Recursos Multifuncional – Área da Surdez) CAE – SURDOCEGUEIRA - Centro de Atendimento Especializado em Surdocegos e Múltiplos Deficientes Sensoriais Justificativa A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008, p. 15) define o Atendimento Educacional Especializado – AEE com função complementar e/ou suplementar à formação dos alunos, especificando que “O Atendimento Educacional Especializado tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas”. A organização de Centros de Atendimento Educacional Especializado fundamenta-se nos marcos legais, políticos e pedagógicos que orientam para a implementação de sistemas educacionais inclusivos: Decreto nº 6.949/2009, que ratifica a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência/ONU; Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), que estabelece diretrizes gerais da educação especial; Decreto nº 6.571/2008, que dispõe sobre o apoio da União e a política de financiamento do atendimento educacional especializado - AEE; Resolução CNE/CEB nº 4/2009, que institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado – AEE, na educação básica, de forma não substitutiva à escolarização. Segundo a Nota Técnica – SEESP/GAB/nº 11/2010, a oferta de serviçosapoios especializados na rede regular de ensino e escola básica e com modalidade de Educação Especial visa ao atendimento de alunos com 229 necessidades educacionais especiais, sendo que as atribuições do centro de AEE são: 1. Organizar o projeto político pedagógico para o Atendimento Educacional Especializado, tendo como base a formação e a experiência do corpo docente, os recursos e equipamentos específicos, o espaço físico e as condições de acessibilidade, de que dispõe; 2. Matricular, no centro do AEE, alunos matriculados em escolas comuns de ensino regular, que não tenham o AEE realizado em salas de recursos multifuncionais da própria escola ou de outra escola de ensino regular; 3. Registrar, no Censo Escolar MEC/INEP, os alunos matriculados no centro de AEE; 4. Ofertar o AEE, de acordo com convênio estabelecido, aos alunos público alvo da educação especial, de forma complementar as etapas e/ou modalidades de ensino definidas no projeto político pedagógico; 5. Construir o projeto político pedagógico - PPP considerando: a flexibilidade da organização do AEE, individual ou em pequenos grupos; a transversalidade da educação especial nas etapas e modalidades de ensino; as atividades a serem desenvolvidas conforme previsto no plano de AEE do aluno. 6. Efetivar a articulação pedagógica entre os professores do centro de AEE e os professores das salas de aula comuns do ensino regular, a fim de promover as condições de participação e aprendizagem dos alunos; 7. Colaborar com a rede pública de ensino na formação continuada de professores que atuam nas classes comuns, nas salas de recursos multifuncionais e centros de AEE; e apoiar a produção de materiais didáticos e pedagógicos acessíveis; 8. Estabelecer redes de apoio à formação docente, ao acesso a serviços e recursos, à inclusão profissional dos alunos, entre outros que contribuam na elaboração de estratégias pedagógicas e de acessibilidade; 9. Participar das ações Inter setoriais realizadas entre a escola comum e os demais serviços públicos de saúde, assistência social, trabalho e outros necessários para o desenvolvimento dos alunos, e as atribuições do Professor do Atendimento Educacional Especializado: 230 1. Elaborar, executar e avaliar o Plano de AEE do aluno, contemplando: a identificação das habilidades e necessidades educacionais específicas dos alunos; a definição e a organização das estratégias, serviços e recursos pedagógicos e de acessibilidade; o tipo de conforme as necessidades educacionais específicas dos alunos; e o cronograma do atendimento e a carga horária, individual ou em pequenos grupos. 2. Implementar, acompanhar e avaliar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade no AEE, na sala de aula comum e demais ambientes da escola. 3. Produzir materiais didáticos e pedagógicos acessíveis, considerando as necessidades educacionais específicas dos alunos e os desafios que vivencia este no ensino comum, a partir dos objetivos e atividades propostas no currículo. 4. Estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando a disponibilização dos serviços e recursos e o desenvolvimento de atividades para a participação e aprendizagem dos alunos nas atividades escolares. 5. Orientar os professores e as famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno deforma a ampliar suas habilidades, promovendo sua autonomia e participação. 6. Desenvolver atividades do AEE, de acordo com as necessidades educacionais específicas dos alunos, tais como: ensino da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS; para alunos Língua Portuguesa como técnicas língua com deficiência auditiva ou surdez; ensino da Informática acessível; ensino do sistema Braille; ensino do das segunda para a orientação e uso do soroban, ensino mobilidade; ensino da Comunicação Aumentativa e Alternativa - CAA; ensino do uso dos recursos de Tecnologia Assistida - TA; atividades de enriquecimento curricular para vida as autônoma altas e social; atividades de habilidades/superdotação; e atividades para o desenvolvimento das funções mentais superiores. A decisão sobre o encaminhamento de alunos para os atendimentos mencionados depende da análise dos resultados obtidos durante o processo de avaliação elaborado por profissionais especialistas das áreas: psicológica, 231 neurológica, psiquiátrica, oftalmológica, pedagógica, psicopedagógica, fonoaudiológica, especialistas, terapeuta ocupacional e outros que se fizerem necessários. Encaminhamentos metodológicos e recursos didáticos Dentro dos Centros de Atendimentos Especiais trabalha-se segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos (SEED), onde os alunos que frequentam o ensino regular estão condicionados a adoção de currículos abertos e flexíveis e ao efetivo funcionamento dos recursos e serviços de apoio pedagógico especializados, necessários para ao acesso ao currículo e a aprendizagem e participação dos alunos com necessidades educacionais especiais. Critérios de Avaliação Os centros de atendimento especializados não certificam o aluno, mesmo aqueles que frequentam somente o centro de atendimento e não frequentam o ensino regular, não obtém certificado de escolaridade, porém, são avaliados regularmente em seus atendimentos, de forma contínua, individualizada e permanente, respeitando o comprometimento e patologia de cada um. A decisão sobre o encaminhamento de alunos para os atendimentos mencionados depende da análise dos resultados obtidos durante o processo de avaliação elaborado por profissionais especialistas das áreas: psicológica, neurológica, psiquiátrica, oftalmológica, pedagógica, psicopedagogia, fonoaudiológica, especialistas, terapeuta ocupacional e outros que se fizerem necessários. AEE: CAE-DV– Centro de Atendimento Especializado na Área da Deficiência (Sala de Recursos Multifuncional – Área da Deficiência Visual) 232 ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR Aquisição do Sistema Braille; Aquisição do Sistema Soroban; Orientação e Mobilidade – OM; Práticas Educativas de Vida Independente – PEVI; Apoio pedagógico ao ensino regular; Desenvolvimento das Funções Mentais Superiores; Áreas do Desenvolvimento: Área Cognitiva (memória, percepção, abstração, atenção e linguagem); Área Psicomotora (lateralidade, estruturação espacial, orientação temporal, tônus, postura e equilíbrio, coordenação dinâmica manual; Área Afetiva Emocional (desejos, interesses, tendências, valores e emoções que integram todos os campos da vida. Serviço itinerante realizado na Escola do Ensino Regular ou Escolas Básicas na Modalidade da Educação Especial. Estimulação Essencial e Educação Infantil Especializada. AEE: CAES – Centro de Atendimento Especializado na Área da Surdez (Sala de Recursos Multifuncional I – Área da Surdez) O CAES – Centro de Atendimento Especializado na Área da Surdez (Sala de Recursos Multifuncional I – Área da Surdez) é um serviço de apoio pedagógico especializado para alunos surdos, que funciona em estabelecimento do ensino regular da Educação Básica, com oferta de Ensino Fundamental das redes: estadual, municipal e particular de ensino. Destina-se ao atendimento educacional de pessoas surdas que, em função da perda auditiva, comunica-se e interagem como o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura, principalmente pelo uso da LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais. O CAES apresenta como principal finalidade a garantia, em turno contrário ao da escolarização, do ensino da LIBRAS como L1 (Língua materna) e da Língua Portuguesa como L2 (segunda língua) para alunos surdos, obrigatoriamente desde a educação infantil, conforme é previsto no Decreto nº 5.626/2005. Poderá frequentar o Centro de Atendimento Especializado na Área da Surdez: 233 a) Alunos surdos, em faixa etária de zero a cinco anos, preferencialmente matriculados na Educação Infantil (creche ou pré-escola); b) Alunos surdos, a partir de seis anos, regularmente matriculados no Ensino Fundamental, Ensino Médio e/ou Educação de Jovens e Adultos. Para ingresso no CAES, os pais e/ou responsáveis pelo aluno deverão apresentar exame audiológico que comprove a surdez bilateral, parcial ou total de 41 decibéis (dB) ou mais. O atendimento no CAES deve ser realizado de acordo com agrupamento dos alunos organizados por meio de cronogramas seguidos de critérios de organização da SEED/DEEIN ou de forma individual, proporcionando: - momentos coletivos, envolvendo todos os alunos matriculados para promover a identificação com seus pares e a aprendizagem da LIBRAS, pela referência das crianças surdas com jovens e adultos com maior fluência linguística; - grupos formados pelo nível de conhecimento na língua portuguesa, independentemente de sua série de matrícula no ensino regular para o trabalho com práticas de letramento (ensino de português como segunda língua). ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais (língua materna) - Uso da língua de sinais na comunicação - Contato visual - Aspectos gramaticais da Libras - Expressões faciais - Alfabeto manual - Noções temporais - Exploração do espaço para indicar pessoas e objetos - Pronomes em LIBRAS - Vocabulário em LIBRAS (sinais básicos, classificadores, gramática) - Reprodução de narrativas em LIBRAS - Provérbios - Variações linguísticas e sociais - Iconicidade e Arbitrariedade (sinais icônicos e arbitrários) - Léxico na Língua de Sinais 234 - Datilologia - Parâmetros da Língua de Sinais: Configuração de mãos, ponto de articulação, movimento, orientação ou direcionalidade e expressão facial e/ou corporal - Estrutura Sintática - Fábulas em Libras - História de Surdos - Sistema Pronominal (pronomes: pessoais, demonstrativos, possessivos, interrogativos e indefinidos) - Verbos (direcionais, não direcionais) - Formação de palavras - Gênero masculino e feminino - Tipos de frases ( afirmativa, interrogativa, exclamativa, forma negativa ) - Classificadores ( tipos de classificadores ) - Divulgação da Cultura e Identidade Surda - Regras de sinais anafóricos e corporeidade: Shifting / Role play / 3D - Teatros, pantomimas, momentos poéticos, dramatização. Língua Portuguesa escrita (segunda língua) - Representação de situações vivenciadas ou dramatizadas por meio de desenhos - Linguagem não-verbal: reconhecimento de rótulos, símbolos, logotipos, etc. - Escrita de palavras e expressões reconhecendo os diferentes tipos de letras - Associação de diferentes materiais de leitura e sua função no contexto social - Hipóteses de leitura por meio de materiais escritos diversificados (gibis, jornais, revistas...) - Utilização do caderno (direção e ordem da escrita) - Estruturação de histórias em sequência lógica - Ampliação do vocabulário e reconhecimento dos diferentes gêneros textuais sociais por meio de práticas de Letramento 235 - Identificação e escrita das informações pessoais (nome, idade, data do nascimento, nome dos pais e familiares, endereço residencial, nome da escola e professora, cidade ...) - Ortografia - Artigos - Elementos de ligação (preposições, conjunções, pronomes relativos) - Gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural) - Verbos (tempo, modo e pessoa) - Organização sintática - Tipos de frases (afirmativas, negativas, exclamativas e interrogativas) - Identificação de gêneros textuais como fábula, história em quadrinhos, contos de fadas, piadas, poema visual, texto informativo, e-mail, reportagem, culinárias, gráfico e etc... - Pesquisas em internet, tablet, livros, etc - Elaboração de Projeto Bilíngue e de Práticas de Letramentos para os alunos surdos. - Apoio pedagógico aos conteúdos escolares. Matemática - Utilização de recursos visuais e de jogos diversificados para exploração e fixação dos conceitos matemáticos de acordo com os conteúdos trabalhados nas diferentes séries do ensino regular. Justificativa O CAES (Sala de Recursos Multifuncional I – Área da Surdez) destinase ao atendimento educacional de pessoas surdas que, em função da perda auditiva, comunicam-se e interagem com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura, principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. O ensino para os surdos exige, além de recursos educacionais complementares, atenção especial à sua diferença, concretizada com o uso da língua de sinais (LIBRAS) em todo o âmbito escolar e, ao mesmo tempo, requer 236 a preservação e o desvelamento de formas próprias de entender o mundo da cultura surda. Encaminhamentos metodológicos Tendo em vista a necessidade da utilização de recursos visuais juntamente com o uso da LIBRAS no processo de ensino/aprendizagem dos educandos surdos, o encaminhamento das aulas se dará da seguinte forma: * Apoio e valorização da pessoa surda, por meio de um planejamento condizente com a sua realidade, visando seu desenvolvimento acadêmico e pessoal. * Utilização de Práticas de Letramento, favorecendo ao aluno surdo a aprendizagem pela associação da linguagem verbal e não verbal, com a finalidade da constituição dos sentidos da escrita, apoiado na elaboração de um planejamento que contemple: contextualização visual do texto, exploração do conhecimento prévio do texto, identificação de elementos textuais e paratextuais, leitura individual e (re) elaboração escrita dos mesmos. * Planejamentos contendo metodologias diferenciadas, utilizando a contextualização de textos diversos, entre eles: fotografias, desenhos, caricaturas, cartazes, outdoors, folhetos, informativos, revistas, jornais, gibis, artes plásticas e cênicas, vídeos, filmes, entre outros gêneros textuais; * Utilização de jogos variados no ensino da matemática favorecendo o desenvolvimento do raciocínio, memória e atenção. O planejamento deve apresentar flexibilidade, pautando-se na vivência do aluno, seus novos interesses e necessidades apresentadas nas diferentes disciplinas escolares, principalmente no ensino da LIBRAS (L1) e da Língua Portuguesa como segunda língua para alunos surdos, obrigatoriamente desde a educação infantil, conforme prevê o Decreto Federal nº 5.626/2005: a oferta do atendimento aos alunos surdos matriculados nas diferentes etapas da Educação Básica (Educação infantil, Ensino Fundamental e Médio) ou na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, por meio da proposta da educação bilíngue – LIBRAS e Língua Portuguesa escrita, para o acesso ao conhecimento formal e à aprendizagem; a oferta do atendimento pedagógico especializado a todos os alunos surdos matriculados na Educação Básica e na Educação de Jovens e 237 Adultos do município, independentemente da rede de sua matrícula (municipal, estadual ou particular), considerando que a educação bilíngue constitui direito subjetivo do aluno surdo. Recursos didáticos - Textos sociais variados (jornais, revistas, panfletos, cartazes informativos, gibis, entre outros); - Utilização de recursos tecnológicos durante as práticas de letramento (Tv, aparelho DVD, retroprojetor, computador e internet) contemplando os recursos visuais; - Dicionário em LIBRAS e em Língua Portuguesa; - Livros de histórias e filmes em LIBRAS; - Materiais pedagógicos diversos (jogos matemáticos, jogos infantis, jogos em LIBRAS, etc. Instrumentos de avaliação Os alunos surdos serão avaliados no CAES (Sala de Recursos Multifuncional I – Área Surdez) pela produção escrita, produção ilustrada e em LIBRAS, em observação ao avanço acadêmico de cada aluno, em registro de relatório descritivo individual elaborado pelos professores especialista bilíngue e de LIBRAS, bimestral ou semestralmente, a respeito da apropriação dos conhecimentos proporcionados em Língua Portuguesa e em LIBRAS. Ao avaliar a produção escrita dos alunos surdos em Língua Portuguesa, deve-se levar em consideração que: O aluno tenha acesso ao dicionário de LIBRAS e de Língua Portuguesa; A avaliação do conhecimento utilize critérios compatíveis com as características inerentes a esses educandos; A maior relevância seja dada ao conteúdo (nível semântico), ao aspecto cognitivo de sua linguagem, coerência e sequência lógica das ideias; A forma de linguagem seja avaliada com mais flexibilidade, dando maior valor ao uso de termos da oração, como termos essenciais, termos complementares e, por último, os termos acessórios, não sendo por demais exigente no que diz respeito ao elemento coesivo. 238 Assim, ao avaliar o aluno surdo o professor não deve supervalorizar os erros da estrutura formal da Língua Portuguesa em detrimento do conteúdo. Não se trata de aceitar os erros, permitindo que o aluno neles permaneça, mas sim anotá-los para que sejam objeto de análise e estudo junto ao educando, a fim de que possa superar as suas dificuldades e dúvidas. A avaliação da aprendizagem do aluno surdo é ponto merecedor de profunda reflexão. Todos os profissionais envolvidos nesse processo deverão estar conscientes de que o mais importante é que todos os alunos consigam aplicar os conhecimentos adquiridos em seu dia a dia, de forma que esses conhecimentos possibilitem uma existência de qualidade e o pelo exercício da cidadania. CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO EM SURDOCEGOS E MÚLTIPLOS DEFICIENTES SENSORIAIS – CAE – SURDOCEGUEIRA Atividades de complementação curricular Aquisição do Sistema Braille; Aquisição do Sistema Soroban; Aquisição dos diversos sistemas de comunicação adaptado ao sujeito surdo cego; Atuação do profissional Guia Intérprete; Professor Instrutor Mediador permanente em sala de aula regular e no Atendimento Especializado; Orientação e Mobilidade – OM; Práticas Educativas de Vida Independente – PEVI; Apoio pedagógico ao ensino regular; Desenvolvimento das Funções Mentais Superiores; Áreas do Desenvolvimento: Área Cognitiva (memória, percepção, abstração, atenção e linguagem); Área Psicomotora (lateralidade, estruturação espacial, orientação temporal, tônus, postura e equilíbrio, coordenação dinâmica manual; Área Afetiva Emocional (desejos, interesses, tendências, valores e emoções que integram todos os campos da vida. 239 Serviço itinerante realizado na Escola do Ensino Regular ou Escolas Básicas na Modalidade da Educação Especial. Estimulação Essencial e Educação Infantil Especializada. O Colégio consagra grande responsabilidade com o processo educacional inclusivo de alunos que apresentam Necessidades Educacionais Especiais- NEEs. Atualmente o colégio conta com: 2 Professoras de Apoio à Comunicação Alternativa. Este é um profissional especializado, que atua no contexto da sala de aula, nos estabelecimentos de Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos, onde o apoio se fundamenta na mediação da comunicação entre o aluno, grupo social e o processo de ensino e aprendizagem, cujas formas de linguagem oral e escrita se diferenciam do convencionado. INSTRUÇÃO Nº 002/2012 – SUED/SEED 1 Professora de Apoio Educacional Especializado - TGD. Este é um profissional especialista na educação especial que atua no contexto escolar, nos estabelecimentos da Educação Básica e Educação de Jovens e Adultos, para atendimento a alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento. Tem como atribuições: implementar e assessorar ações conjuntas com o professor da classe comum, direção, equipe técnico– pedagógica e demais funcionários responsáveis pela dinâmica cotidiana das instituições de ensino, e ainda, atuar como agente de mediação entre aluno/conhecimento, aluno/aluno, professor/aluno, escola/família, aluno/família, aluno/saúde, entre outros e no que tange ao processo de inclusão como agente de mudanças e transformação. O trabalho pode ser desenvolvido em caráter intra-itinerante, dentro da própria instituição de ensino ou em caráter interitinerante, com ações em diferentes instituições de ensino. INSTRUÇÃO Nº 004 /2012 - SEED/SUED 2 Professoras Instrutora Mediadora que acompanham 2 alunas que apresentam a Surdocegueira. Tem como atribuições: O instrutor mediador deverá proporcionar o acesso à informação, ambientes e materiais, orientado pela equipe que dirige a escola e pelo professor, para que possa adequar e/ou 240 adaptar os conteúdos educacionais de acordo com o programa individual do aluno e as necessidades do mesmo. [...] tem conhecimento de um sistema alternativo e de formas individuais de comunicação do aluno que abrangem a recepção e a expressão, oferece informações conceituais e adicionais sobre o que ocorre ao redor do aluno para sua total compreensão. Sua função é estar sempre ao lado do aluno em todos os lugares que ele frequenta e se necessário preparar e adaptar materiais para que ele possa entender e participar das atividades, principalmente as escolares. Grupo Brasil (2008, p. 15): 2 Agentes Operacionais Auxiliar Operacional - Área de Concentração 3 (AC3) - Interação com o Educando Feminino e Masculino. Atribuições desse profissional na escola: Zelar pela segurança e bem-estar dos estudantes e professores com deficiência física neuromotora atentando para eventuais anormalidades e identificando as necessidades individuais; informar à chefia Imediata, quando identificar a necessidade de atendimento médico de urgência; atender adequadamente os estudantes e professores com deficiência física neuromotora que demandam apoio de locomoção, de higiene e de alimentação; auxiliar na locomoção dos estudantes e professores que fazem uso de cadeira de rodas, andadores, muletas e outros auxiliares de locomoção, viabilizando a acessibilidade e participação no ambiente escolar; auxiliar os estudantes e professores com deficiência física neuromotora quanto à alimentação durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de higiene e às correspondentes ao uso do banheiro; auxiliar o estudante ou professor na locomoção do início ao término do turno letivo, principalmente na chegada e saída do transporte escolar; garantir os cuidados necessários na entrada e saída dos estudantes e professores durante o intervalo do recreio e das aulas; higienizar e organizar as dependências de uso para eventuais trocas de fraldas, banhos e outras assepsias; coletar o lixo dos vários ambientes dando-lhe o correto destino; controlar o kit de higienização, preenchendo Solicitação de Aquisição ou Reposição; atender às normas de higiene no manuseio com o estudante e professor sob orientação destes, da família e/ou da Equipe Multiprofissional, podendo ser composta pelo Fonoaudiólogo, 241 Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional; auxiliar na organização e realização dos serviços de cozinha, orientando o pré-preparo, o preparo e a finalização de alimentos e bebidas, observando os cuidados e modo de alimentação individual e específica sob orientação dos próprios estudantes e professores, da família e/ou da Equipe Multiprofissional; acompanhar os estudantes educandos em atividades extracurriculares e extraclasse quando solicitado; identificar a necessidade do chamamento de emergência de médicos, bombeiros, policiais, quando necessário, comunicando o procedimento à chefia imediata; preencher relatórios relativos à sua rotina de trabalho; participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários ou outros encontros correlatos às funções exercidas ou sempre que convocado; agir como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção do ambiente físico, do meio ambiente e do patrimônio escolar; efetuar outras tarefas necessárias no estabelecimento de ensino, tais como: serviços de limpeza em geral, vigilância, manutenção e preparo de alimentos; observar, cumprir e utilizar normas e procedimentos de segurança; efetuar outras tarefas necessárias, correlatas às ora descritas. EDITAL Nº 47/2014 - GS/SEED Referências BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, 2008. Decreto 5626/2005 que regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. Instrução nº 002/2008 – SUED/SEED (Secretaria de Estado da Educação – Superintendência da Educação). FERNANDES, Eulália. Problemas linguísticos e cognitivos do surdo. Rio de Janeiro: AGIR, 1990. FERNANDES, Sueli. Surdez e linguagens: é possível o diálogo entre as diferenças? Curitiba,1998, Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Paraná. LANE, Harlan. A máscara da benevolência. A comunidade surda amordaçada. Lisboa: Instituto Piaget, 1992. 242 SACKS, Oliver. Vendo Vozes – Rio de Janeiro: Imago, 1990 Aspectos linguísticos da língua brasileira de sinais / Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Especial. - Curitiba : SEED/SUED/DEE, 1998. Felipe,Tanya A.LIBRAS em Contexto: curso básico, livro do professor instrutor/ Tanya A.Felipe, Myrna S. Monteiro - Brasília: Programa Nacional de Apoio à Educação dos Surdos, MEC: SEESP, 2001. 384 p..:IL. Dicionário da Língua Brasileira de Sinais. (versão 2.0 – 2005) DVD. Autores: Guilherme de Azambuja Lira e Tanya Amara Felipe de Souza. Aprenda LIBRAS com eficiência e rapidez. 2009 by Mãos Sinais. Eden Veloso / Valdeci Maia Filho. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira, Volume I: Sinais de A a L / Fernando Cesar Capovilla, Walkiria Duarte Raphael (editores); [ilustrações Silvana Marques] – 3. ed. 2001. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira, Volume I: Sinais de M a Z / Fernando Cesar Capovilla, Walkiria Duarte Raphael (editores); [ilustrações Silvana Marques] – 3. ed. 2001. Strobel, Karin. As imagens do outro sobre a cultura surda / Karin Strobel. 2. ed. rev. – Florianópolis : Ed. da UFSC, 2009. 133p. : il. - LIBRAS fundamental: livro didático de língua de sinais brasileira para crianças e adultos, surdos e ouvintes / Ana Regina Campello... [ET AL.]. - 1.ed. – Rio de Janeiro : LSB Vídeo, 2008. 166p.: il. Livro ilustrado de Língua Brasileira de Sinais: desvendando a comunicação usada pelas pessoas com surdez / Márcia Honora, Mary Lopes Esteves Frizanco – São Paulo: Ciranda Cultural, 2009. Livro ilustrado de Língua Brasileira de Sinais: desvendando a comunicação usada pelas pessoas com surdez / Márcia Honora, Mary Lopes Esteves Frizanco – São Paulo: Ciranda Cultural, 2010. Montanher, Heloir; Jesus, Jefferson Diego de; Fernandes, Sueli. / Letramento Em Libras. / Heloir Montanher, Jefferson Diego de Jesus, Sueli Fernandes. / 2º ed. – Curitiba? IESDE Brasil S.A., 2011. (Volume I – Livro do professor). Montanher, Heloir; Jesus, Jefferson Diego de; Fernandes, Sueli. / Letramento Em Libras. / Heloir Montanher, Jefferson Diego de Jesus, Sueli Fernandes. / 2º ed. – Curitiba? IESDE Brasil S.A., 2010. (Volume II – Livro do aluno). 322 p. Enciclopédia da Língua de Brasileira: O Mundo do Surdo em Libras / Fernando Cesar Capovilla, Walkiria Duarte Raphael (editores). – São Paulo : [fundação] 243 Vitae : Fapesp : Editora da Universidade de São Paulo, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2004. Novaes, Edmarcius Carvalho. Surdos: educação, direito e cidadania / Edmarcius Carvalho Novaes – Rio de Janeiro: Wak Ed., 2010. 188p. Gesser, Audrei, 1971 – LIBRAS? Que língua é essa? : crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda / Audrei Gesser; [prefácio de Pedro M. Garcez]. – São Paulo: Parábola Editorial, 2009. 244 12 PLANO DE AÇÃO 245 12.1 – Plano de Ação da Escola O Plano de Ação foi elaborado a partir do conhecimento e conscientização da realidade escolar, tendo como objetivo operacionalizar o trabalho a ser desenvolvido. DIMENSÃO Gestão Democrática PROBLEMAS/ DESAFIOS AÇÕES RECURSOS Informações fragmentadas entre setores da escola; Distanciamento entre professores e direção, falta de abertura e diálogo. Conhecer, ouvir e mediar às opiniões de forma democrática e responsável. Apresentar uma gestão baseada no diálogo. O nosso trabalho não consistirá só em gerir o colégio, mas fazer dele um local atraente para os alunos e, ao mesmo tempo, em estarmos próximos às famílias para que elas compreendam a importância da aquisição de conhecimentos, da escola e das interações sociais de seus filhos. Mídias adequadas e acessíveis, exposições em murais e convocação da comunidade com frequência para participar de reuniões. Abertura constante para o diálogo e reflexão. Oportunizar momentos para discussão e reflexão do grupo, como também promover momentos com professores Universitários, palestrantes, profissionais de outras áreas, tais como psicólogos, psicopedagogos, juízes, promotores e outros. CRONOGRAMA Bimestral ENVOLVIDOS Comunidade escolar METAS OU RESULTADOS ESPERADOS Facilitar o acesso à informação, incentivar a participação da comunidade na resolução dos problemas, oportunizar a participação efetiva dos docentes, equipe pedagógica e funcionários, para que tragam para o coletivo suas dúvidas, anseios e necessidades. A Gestão tem como objetivo consagrar o bom relacionamento com toda a comunidade escolar, canalizar o seu trabalho para ouvir, participar das Intervenções, não obstaculizar as mudanças necessárias que conduzirão a viabilizar um novo trabalho, após as discussões de toda comunidade escolar. 246 Avaliação Prática Pedagógica Estabelecer critérios, propiciar a autoavaliação, utilizar diferentes instrumentos para coletar informações. Pouca interação entre os Conhecimentos prévios para conhecimentos científicos e mais elaborados. Ter a equipe pedagógica mais próxima dos professores. Estabelecimento de critérios justos e democráticos com a intervenção da equipe pedagógica. Objetiva que a avaliação não seja um fim, mas, um processo, que deve sempre oportunizar o desenvolvimento do potencial do aluno. Convidar especialista para definir critérios avaliativos. Acesso a equipamentos de multimídia, equipe pedagógica e gestão escolar funcionando enquanto mediadores do processo. Durante Professor todo o ano es, equipe letivo pedagógic a, direção, agentes e alunos, ou seja, toda a comunida de escolar Realizar ações que visem a construção de um processo educativo de avaliação com a participação efetiva da equipe pedagógica. Oportunizar a avaliação também da escola como um todo e periodicamente. Oportunizar aos professores o conhecimento efetivo da Abordagem Histórico Cultural, (intitulado nos currículos estaduais e federais) para compreensão do papel do mediador e da valorização das potencialidades de cada aluno, e estilos de aprendizagem diferenciados. Incentivar a pesquisa para a construção de novos conhecimentos para a melhoria da qualidade, equidade e eficiência do ensino. Mídias adequadas, reuniões pedagógicas que atendam as necessidades específicas da escola, a busca de auxilio com as Universidades, para mediar orientações e auxiliar a escola para instrumentalizar os professores. Incorporação didática das novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) Durante o Professor ano letivo es, equipe pedagógic a, direção, agentes e alunos, ou seja, toda a comunida de escolar Realizar ações que visem à disseminação da proposta pedagógica bem como o seu cumprimento. 247 Acesso permanênc ia e sucesso Excesso de alunos na sala de aula; Melhorar a qualidade do contraturno e com mais oferta. Ambiente educativo Excesso de aluno por turma. Formação e condições de trabalho dos profissiona is da escola Ambiente físico escolar Mídias, reuniões, oportunidade de momentos para refletir e criar estratégias para solucionar os problemas (professores, direção, conselho escolar e equipe pedagógica) Será necessário respeitar as resoluções que tratam do numero Maximo de alunos por turma para que não haja prejuízo e na qualidade. Melhorar as relações de trabalho e as relações interpessoais por meio da mediação de conflitos e/ou através dos meios legais cabíveis. Adequar às condições de iluminação, ventilação, redução de ruídos externos, manutenção das salas de aula. Falta de espaço Readequar físico para ambiente que podermos estar ocioso. oportunizar condições de aumento do o Atendimento Educacional Especializado. Reuniões, palestras e convocações O todo ano Comunida de escolar Informações e Inicio do Comunida orientações que vem ano letivo de Escolar do núcleo e dados da escola Verba do Fundo Durante rotativo, PDDE e todo o ano outras verbas letivo. geradas pela APMF. Toda a comunida de escolar. Que consigamos alcançar as condições adequadas e justas de trabalho para os professores, alunos e funcionários. um Recurso necessário Início do Toda a possa para poder atender ano letivo. comunida a demanda que de escolar necessita de atendimento especializado. 248 12.2 Plano de Ação da Direção A gestão democrática contempla os envolvidos nas atividades perpassando a superação do simples fazer e chegando ao âmbito das decisões. Na Gestão democrática objetiva-se compreender a administração escolar, assim como reunir esforços coletivos para o implemento dos fins da educação, bem como a compreensão e aceitação do princípio de que a educação é um processo de emancipação humana. Compreendemos que o Plano Político pedagógico (PPP) deve ser elaborado através de construção coletiva e que além da formação deve haver o fortalecimento do conselho Escolar. A gestão democrática que propomos está vinculada aos mecanismos legais e institucionais e à coordenação de atitudes que propõem a participação social: no planejamento e elaboração de políticas educacionais; na tomada de decisões; na escolha do uso de recursos e prioridades de aquisição; na execução das resoluções colegiadas; nos períodos de avaliação da escola e da política educacional. Com a aplicação da política da universalização do ensino priorizaremos estabelecer como meta educacional a democratização do ingresso e a permanência do aluno na escola, assim como a garantia da qualidade social da educação. Dimensão da gestão democrática Uma Proposta de Gestão Escolar deve otimizar a busca da qualidade de ensino. Dentre as metas objetiva-se a participação da comunidade organizada e uma gestão democrática, onde se mantém uma linha de conduta no relacionamento com os alunos que expresse confiabilidade, coerência, segurança, traços que devem aliar-se à firmeza de atitudes dentro dos limites de prudência e respeito sincero, acompanhados de seus progressos e superação de suas dificuldades. Para que o educando desenvolva-se na sua totalidade, permitindo a prática e o exercício da verdadeira cidadania, priorizaremos os aspectos legais e fundamentais da educação, conforme preconiza a Lei 9394/96 da LDB. 249 Logo, o desenvolvimento das ações educativas será voltado à concretização desses objetivos, fazendo com que o Colégio Estadual Hugo Simas se firme como um lugar privilegiado para a construção do saber e da cidadania, possibilitando aos alunos um processo de inserção social, oferecendo-lhes instrumentos de compreensão entre a teoria e a prática para a apropriação do conhecimento e a interação e participação de toda a comunidade escolar no processo educacional. Pata tal, defendemos o trabalho coletivo com competência e seriedade, proporcionando alternativas educacionais, que possibilite ao aluno sua permanência e seu sucesso na escola. Temos como missão, priorizar ao colégio a qualidade de ensino, assim como também manter um bom relacionamento entre os alunos, professores, funcionários e comunidade escolar. Propomos como ação a continuidade da discussão em torno da: matriz curricular e da avaliação, consultando a instância do conselho escolar; da destinação da verba do PDDE (verba federal) consultando sempre a APMF como prática constante para a utilização deste dinheiro; a destinação na compra da complementação de merenda escolar. A consulta ao conselho escolar será recorrente no tocante às dificuldades e problemas que envolvam os alunos em situações de indisciplina, informação sobre a utilização da verba da escola, bem como quanto ao Fundo Rotativo e PDDE, projetos integrando a comunidade escolar para que o conselho possa estar opinando, mantendo parceria com as Universidades, pela busca de palestras sobre diversos temas que venham de encontro às necessidades da escola, da formação e reciclagem da prática educativa dos docentes, momentos para discussão e reflexão em grupo para tomada de decisões e intervenções. Buscaremos agir par ao fortalecimento do concelho escola como instância de discussões, reflexões e decisões importantes do Colégio. O mesmo aplica-se à APMF, na qual a direção objetiva trabalhar em sintonia de forma integrada, oportunizando maior interação entre a comunidade escolar, trazendo as famílias para dentro da escola, tornando os pais mais participativos do processo educacional, de seus filhos. Com isso, as famílias podem valorizar e compreender mais a escola. Trabalharemos em parceira com 250 a APMF, incentivando o uso de algumas verbas, próprias da APMF para complementação de merenda, reparos emergenciais, compra de materiais didáticos e pedagógicos e apoio a alunos carentes. Estaremos atentos e trabalharemos com o foco na qualidade das avaliações do (IDEB, SAEP e outras), incentivando os professores na busca constante pela capitação, pela busca de um lastro teórico que dê sustentação ao seu trabalho, para que resulte em melhoria de sua prática educativa. A direção também os auxiliam com recursos tecnológicos atualizados, acesso à internet e valorizando o potencial de cada professor e os apoiando em tudo o que for necessário. Dimensão da Avaliação A avaliação da escola procura compreender a aprendizagem do aluno como um processo, e não como um fim determinante. Ela acontece durante todo o ano letivo, em vários momentos, por meio de avaliações dinâmicas, dando oportunidades aos alunos se expressarem e demonstrarem a apropriação do conhecimento, independente do seu estilo de aprendizagem (Visual, Auditivo ou Cinestésico). Nessa dimensão, incentivaremos que a avaliação deva acontecer de forma constante, sendo oportunizado aos alunos expor o seu potencial. Zelaremos para que a avaliação do aluno seja realizada por meio de instrumentos diversificados e que seja realizada a recuperação paralela. Dimensão da Prática Pedagógica Enquanto equipe diretiva, buscaremos agir como mediadores do processo escolar, auxiliando as ações da equipe pedagógica e dos professores, oportunizando a reflexão da prática educativa coletiva, viabilizando a relação escola/família. Apoiaremos a equipe pedagógica no incentivo e instrumentalização constantemente dos docentes, a fim de que possam organizar suas aulas de forma sistematizadas por meio de atividades contextualizadas que estimulem o raciocínio, tendo como finalidade a aprendizagem interessante e significativa para os alunos. 251 As ações passam ainda pelo subsídio ao trabalho decente em todos seus aspectos, proporcionando condições de trabalho aos professores e de atendimento aos alunos, atendimento aos pais e aos alunos com necessidades especiais. Incentivaremos projetos, ações do PIBID, do PIBIC júnior, participação em olimpíadas, avaliações em larga escala, jogos escolares e outras atividades esportivas, bom como outras atividades que favoreçam o processo de ensino e aprendizagem. 12.3 – Plano de Ação da Equipe Pedagógica Além das atribuições inerentes à sua função, no ano de 2014, a equipe pedagógica pretende dar continuidade ao trabalho de apoio e assessoramento às esferas da comunidade escolar, priorizando: - O assessoramento pedagógico aos professores, enfatizando o trabalho em equipe e fortalecendo o envolvimento nas atividades do Projeto Político Pedagógico; - atendimento aos alunos, em todos os períodos de funcionamento do Colégio, com acompanhamento e encaminhamento aos pais e a outros setores da sociedade, se necessário; - dinamização de propostas para maior envolvimento dos pais no processo de aprendizagem; - incentivo à participação do professor na reelaboração do projeto político pedagógico; - dinamização de propostas de participação dos professores em atividades promovidas pela escola e pela comunidade; - incentivo aos professores para desenvolvimento de projetos interdisciplinares e encontros para troca de experiências e participação em projetos, festas e feiras culturais promovidas pela escola. - incentivo à participação em atividades e campanhas promovidas pela comunidade. - Organizar, sempre que possível, a hora atividade dos professores da mesma disciplina, no mesmo horário, favorecendo o encontro constante dos mesmos. 252 - incentivo aos professores e aos alunos para participação em maratonas, olimpíadas e outros eventos. - incentivo e assessoramento aos professores na dinamização e diversificação de metodologias e formas de avaliação. 12.4 - Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar Justificativa O trabalho da Equipe Multidisciplinar do Colégio Estadual Hugo Simas tem o objetivo de promover momentos de reflexão para os estudos da legislação (Instrução nº 010/2010 - Equipes Multidisciplinares para tratar da Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena) que ampara a criação destas Equipes, tratando-se de uma proposta para orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura AfroBrasileira, Africana e Indígena, ao longo do período letivo, ao mesmo tempo identificar situações de discriminação, racismo e preconceito que possam ocorrer no interior da escola. Este plano de ação propõe uma reflexão sobre a identidade cultural dos diferentes povos que contribuíram para o desenvolvimento de nossa nação, dentro de uma perspectiva de valorização e respeito às diversas culturas. A articulação das diversas áreas do conhecimento vem possibilitar esse trabalho contextual e tão necessário em nossa sociedade. Objetivos Realizar estudos da legislação que ampara a criação das Equipes Multidisciplinares. Conhecer em profundidade a Lei 10.639/03 alterada pela Lei 11645/08. Promover ações de enfrentamento ao preconceito, racismo e discriminação. 253 Disseminar no espaço escolar atitudes de valorização e respeito às diferentes etnias. Trabalhar junto aos docentes a necessidade de abordar a História da África: seu povo, sua rica cultura e sua contribuição ao mundo. Promover oficinas de resgate da cultura africana, com temas ainda a serem definidos no decorrer dos trabalhos. Buscar suprir a biblioteca da escola com títulos que tratam da cultura africana e indígena. Estabelecer relações entre passado e presente, discutindo mudanças e permanências nas relações sociais. Estabelecer uma ponte entre o conteúdo estudado e sua vida cotidiana por meio de estudos da história local. Encaminhamentos Os trabalhos da Equipe Multidisciplinar seguirão as orientações e determinações da mantenedora, tendo como fio condutor toda a legislação vigente. O estudo da legislação vigente faz-se necessário durante todo o ano letivo, mesmo que tenha sido estudado no ano interior, pois, sempre continuamos buscando novas respostas para o desenvolvimento das ações propostas. Buscaremos a participação de pessoas que possam proferir palestras sobre os temas estudados e realizar oficinas. Motivaremos os professores a trabalhar diversas atividades referente a temática, proporcionando a comunidade escolar o contato e a discussão sobre Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena. Essas atividades devem ser realizadas e apresentadas ao longo do ano letivo e para o mês de novembro, iremos na semana da consciência negra fazer uma discussão maior na escola com palestras, apresentações culturais, debates, exposições sobre o tema. 254 12.5 Plano de Ação da Biblioteca - Divulgar as normas de funcionamento da biblioteca. - Organizar o sistema de agendamento do uso da biblioteca para professores e alunos. - Produzir informações sobre assuntos diversos e expor no mural da biblioteca. Dando sempre destaque para livros e autores. - Desenvolver ações no sentido de conservação do acervo. - Disponibilizar livros de gêneros variados, de acordo com os gostos, interesses e faixa etária dos alunos. - Identificar novos públicos e adequar o acervo. - Utilizar a WEB e outras fontes de informação para buscar novos materiais de interesse dos alunos e professores. - Promover uma vez por ano a FEIRA DO LIVRO. 255 13. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 256 A Avaliação Institucional, sob a perspectiva democrática é o processo que busca avaliar a instituição de forma global, contemplando os vários elementos que a constituem em função de seu Projeto Político Pedagógico, a partir da participação e da reflexão coletiva, a fim de diagnosticar a realidade institucional e orientar a tomada de decisões. A Avaliação Institucional ocorre por meio de mecanismos criados pelo estabelecimento de ensino e/ou por meio de mecanismos criados pela Secretaria de Estado da Educação. Acontece anualmente, preferencialmente no fim do ano letivo, e subsidia a organização do Plano de Ação da Escola para o ano subsequente. 257 14. REFERÊNCIAS 258 PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua estrangeira Moderna. Curitiba. 2008 PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da educação. Instrução Normativa nº 019/2008. Centtro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Resolução nº 3904/2008. Centro de Línguas estrangeiras Modernas (CELEM).Curitiba 2008. CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva com os pingos nos "is". Portolo Alegre: 2004. Ed. Mediação. p 64-83. SÁNCHEZ, Pilar Arnaiza. Educação Inclusiva: um meio de construir escolas para todos no século XXI. in INCLUSÃO: REVISTA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL. Brasília. v. 1, n. 1, p. 7-18, 2005. Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações Gerais/elaboração: SEB/MEC e CEAD/FE/UnB. – Brasília: Universidade de Brasília, Centro de Educação a Distância, 2005. VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto Político Pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas: Papirus Editora, 1995. MEKSENAS, Paulo. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1993. Sites: www.mec.gov.br www.diaadiaeducacao.pr.gov.br www.cee.pr.gov.br 259 15. ANEXOS 260 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL NRE: 18 – LONDRINA MUNICIPIO: 1380 - LONDRINA ESTABELECIMENTO: 00060 - COLÉGIO ESTADUAL HUGO SIMAS - FUND. E MÉDIO ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4039 - ENSINO FUNDAMENTAL 6º/9ºANO TURNO: MANHÃ ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 - SIMULTÂNEA DISCIPLINAS/ANOS 6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO B. ARTE 2 2 2 2 N A C I O N A L CIÊNCIAS 3 4 4 3 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2 ENSINO RELIGIOSO* 1 1 - - GEOGRAFIA 4 3 3 4 HISTÓRIA 3 3 4 4 LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4 MATEMÁTICA 4 4 4 4 SUB-TOTAL 23 23 23 23 2 2 2 2 2 2 2 2 25 25 25 25 C O M U M P. D. L.E.M. – INGLÊS SUB-TOTAL TOTAL GERAL NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96 *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa. 261 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL NRE: 18 – LONDRINA MUNICIPIO: 1380 - LONDRINA ESTABELECIMENTO: 00060 - COLÉGIO ESTADUAL HUGO SIMAS - FUND. E MÉDIO ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4039 - ENSINO FUNDAMENTAL 6º/9ºANO TURNO:TARDE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 - SIMULTÂNEA DISCIPLINAS/ANOS 6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO B. ARTE 2 2 2 2 N A C I O N A L CIÊNCIAS 3 4 4 3 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2 ENSINO RELIGIOSO* 1 1 - - GEOGRAFIA 4 3 3 4 HISTÓRIA 3 3 4 4 LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4 MATEMÁTICA 4 4 4 4 SUB-TOTAL 23 23 23 23 2 2 2 2 2 2 2 2 25 25 25 25 C O M U M P. D. L.E.M. - INGLÊS SUB-TOTAL TOTAL GERAL NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96 *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa. 262 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL NRE: 18 – LONDRINA MUNICIPIO: 1380 - LONDRINA ESTABELECIMENTO: 00060 - COLÉGIO ESTADUAL HUGO SIMAS - FUND. E MÉDIO ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4039 - ENSINO FUNDAMENTAL 6º/9ºANO TURNO: NOITE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 - SIMULTÂNEA DISCIPLINAS/ANOS 6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO B. ARTE 2 2 2 2 N A C I O N A L CIÊNCIAS 3 4 4 3 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2 ENSINO RELIGIOSO* 1 1 - - GEOGRAFIA 4 4 3 4 HISTÓRIA 4 3 4 4 LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4 MATEMÁTICA 4 4 4 4 SUB-TOTAL 24 24 23 23 2 2 2 2 2 2 2 2 26 26 25 25 C O M U M P. D. L.E.M. – INGLÊS SUB-TOTAL TOTAL GERAL NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96 *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa. 263 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO NRE: 18 – LONDRINA MUNICIPIO: 1380 - LONDRINA ESTABELECIMENTO: 00060 - COLÉGIO ESTADUAL HUGO SIMAS - FUND. E MÉDIO ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 0009 - ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2015 - SIMULTÂNEA DISCIPLINAS/ANOS 1º ANO 2º ANO 3º ANO B A S E ARTE 2 2 2 BIOLOGIA 2 2 2 EDUC. FÍS. 2 2 2 N A C I O N A L FILOSOFIA 2 2 2 FÍSICA 2 2 2 GEOGRAFIA 2 2 2 HISTÓRIA 2 2 2 LÍNGUA PORTUGUESA 2 3 3 C O M U M MATEMÁTICA 3 2 2 QUÍMICA 2 2 2 SOCIOLOGIA 2 2 2 SUB-TOTAL L.E.M. - INGLÊS 23 2 23 2 23 2 L.E.M . - Espanhol * 4 4 4 SUB-TOTAL TOTAL GERAL 6 29 6 29 6 29 P. D. NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96 *Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM. 264 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO NRE: 18 – LONDRINA MUNICIPIO: 1380 - LONDRINA ESTABELECIMENTO: 00060 - COLÉGIO ESTADUAL HUGO SIMAS - FUND. E MÉDIO ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 0009 - ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2015 - SIMULTÂNEA DISCIPLINAS/ANOS 1º ANO 2º ANO 3º ANO B A S E ARTE 2 2 2 BIOLOGIA 2 2 2 EDUC. FÍS. 2 2 2 N A C I O N A L FILOSOFIA 2 2 2 FÍSICA 2 2 2 GEOGRAFIA 2 2 2 HISTÓRIA 2 2 2 LÍNGUA PORTUGUESA 2 3 3 C O M U M MATEMÁTICA 3 2 2 QUÍMICA 2 2 2 SOCIOLOGIA 2 2 2 SUB-TOTAL L.E.M. - INGLÊS 23 2 23 2 23 2 L.E.M . - Espanhol * 4 4 4 SUB-TOTAL TOTAL GERAL 6 29 6 29 6 29 P. D. NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96 *Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM. OBS: AS 3 PRIMEIRAS AULAS SERÃO DE 50 MINUTOS E AS 2 ÚLTIMAS DE 45 MINUTOS 265 PROPOSTA CURRICULAR PARA O CURSO DE APRIMORAMENTO EM LÍNGUA ESPANHOLA - CELEM Apresentação geral da disciplina O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da História. As propostas curriculares e as metodologias de ensino são instigadas a atender aos anseios e demandas sociais contemporâneos e a propiciar às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos. As Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira (pág:31) aponta que: na relação entre as abordagens de ensino, na estrutura do currículo e na sociedade, residem as causas da ascensão e do declínio do prestígio das línguas estrangeiras nas escolas. No final do século XIX e do início do século XX recebemos muitos imigrantes europeus. Esses criaram colônias e construíram escolas para seus filhos, centrando o ensino na língua e cultura de seus países de origem, com a finalidade de preservar suas culturas. A partir de meados da década de 1910, o ideal do nacionalismo passou a ter grande abrangência, expressando a busca e solidificação de novos padrões culturais. A partir do Estado Novo, a educação passou a representar um meio pelo qual o Brasil poderia atingir a modernidade, seguindo modelos de desenvolvimento e de industrialização dos Estados Unidos da América e dos países europeus. Estabeleceu-se o Método Direto para o ensino de Língua, devido à necessidade do ensino de habilidades orais, nas quais o ensino era em contato direto com a língua estrangeira a ser aprendida sem traduções e transferências para a língua materna do aluno, em contraposição ao Tradicional, que contemplava somente a escrita, pois a língua não era ensinada como instrumento de comunicação. 266 . Nessa época, o Francês apresentou ligeira vantagem sobre o Inglês; o Latim continuou sendo ofertado como língua clássica e o Espanhol iniciou como matéria obrigatória alternativa ao ensino do Alemão. A Língua Espanhola foi valorizada como Língua Estrangeira porque representava para o governo um modelo de patriotismo e respeito daquele povo às suas tradições e à história nacional. Assim, o ensino de Espanhol passou a ser incentivado no lugar dos idiomas Alemão, Japonês e Italiano, desprestigiados no Brasil, por causa da segunda Guerra, o ensino de Inglês continuou nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas transações comercias e o ensino de Francês foi mantido pela sua tradição curricular. Após a Segunda Guerra Mundial, se acentuou a dependência do Brasil em relação aos Estados Unidos, passando-se a valorizar ainda mais o ensino da língua inglesa. Neste período surgem os métodos áudio visuais e orais. Segundo esse método, a língua deve ser vista como um conjunto de hábitos a serem automatizados e não como um conjunto de regras a serem memorizadas. Já na década de 80 surge a abordagem comunicativa de ensino concentrando-se em aspectos instrumentais da língua, deixando aparentemente de lado a civilização e a cultura, tendo como enfoque a comunicação e seus contextos comunicativos. Durante boa parte do Governo Militar, houve desprestígio do ensino de Língua Estrangeira, sendo realizado pelos professores, organizados em associações, um movimento pelo retorno da pluralidade de oferta de Língua Estrangeira nas escolas públicas. A Secretaria de Estado da Educação criou, então, em 1986, os Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM), como forma de valorizar o plurilinguismo e a diversidade étnica que marca a história paranaense. Com o desenvolvimento desse trabalho surgiram novas tendências metodológicas contemplando os discursos sociais como fonte de significação para a aprendizagem e os diversos gêneros efetivados nas práticas discursivas, enfocando a cultura e a comunicação social. Desta forma, o curso de Aprimoramento neste estabelecimento propõe ampliar o ensino dos conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sociopragmáticos, oportunizando assim o discurso através da ampliação de 267 possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Significados sociais e historicamente construídos e passíveis de transformação social. Para subsidiar e efetivar o trabalho pedagógico atentar-se-á para a proposta da Diretrizes: ... que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.” (DCE, 2008, p.53) Público – Alvo O Curso de Aprimoramento em LEM será ofertado somente àqueles que já tenham concluído o Curso Básico de Espanhol e tenham interesse em aprimorar seus conhecimentos em Língua Espanhola. (alunos da Rede Pública Estadual de educação, matriculados no Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos. A oferta é estendida aos professores e funcionários que estejam no efetivo exercício de suas funções em estabelecimentos de ensino na rede Pública Estadual de Educação Básica, SEED e NRE., em um total de 10% das vagas sobre o número máximo de alunos por turma e a comunidade poderá usufruir do curso em um total de 30% das vagas sobre o total de alunos por turma, desde que comprovada a conclusão dos anos iniciais do Ensino Fundamental, de acordo com a Instrução 019/2008 SEED/SUED (pág. 2).) 268 Justificativa A língua estrangeira é um instrumento de comunicação entre os povos. E considerando que a língua espanhola é a língua oficial dos países vizinhos do Brasil e a língua em exercício profissional de países que formam o MERCOSUL, este curso assume funções de inserir cada vez mais o sujeito num contexto global, contribuindo para seu próprio desenvolvimento e o da comunidade. Sendo assim, esta disciplina reconhece que o aprendizado da língua estrangeira permite pensar criticamente sobre o papel da língua na sociedade, conhecer a diversidade linguística e cultural e seus benefícios para o desenvolvimento cultural do ser. Como já ofertamos o Curso Básico no CELEM, há um interesse e busca cada vez maior pelo curso de Aprimoramento, com o intuito de ampliação de conhecimentos na respectiva língua, visto que a mesma possibilita a comunicação, o desenvolvimento, a percepção crítica-social e a oportunidade de melhoria na perspectiva profissional. Tendo em vista a continuidade de aprendizagem ofertada no Curso Básico implantado no ano de 1986, pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná, que visa a garantia de formação cidadã e igualitária dos alunos, bem como possibilitar um trabalho adequado às Diretrizes Curriculares que objetiva a difusão e expressão da diversidade cultural e linguística para a formação de cidadãos, compreendemos a necessidade primordial de implantação do Curso de Aprimoramento de Língua Espanhola no CELEM, neste estabelecimento de ensino, com o objetivo de suprir a demanda dos alunos que expressaram o interesse em dar continuidade aos estudos, já iniciados em nível básico. Objetivos Gerais Proporcionar aos alunos concluintes do Curso Básico do CELEM a continuidade ao desenvolvimento dos conhecimentos em língua espanhola, voltados aos diferentes gêneros textuais, compreendidos como o resultado de práticas sociais de comunicação fundadoras de sentido. O aperfeiçoamento da leitura, escrita e oralidade, através dos gêneros 269 textuais pertinentes à cultura e língua espanhola, bem como o seu acervo histórico social será o principal objetivo para expansão da aprendizagem e estudo da cultura e língua espanhola. Conteúdo Estruturante O discurso como prática social no desenvolvimento da leitura, oralidade e escrita; Conteúdos Básicos ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS Esfera cotidiana de circulação: Esfera publicitária de circulação: Esfera produção de circulação: Esfera jornalística de circulação: -Bilhete -Anúncio -Bula -Carta pessoal -Cartazes -Embalagem -Anúncio classificado -Cartão felicitações -Comercial para radio -Placa -Artigo de opinião -Comercial para televisão -Regra de jogo -Carta ao leitor -Rótulo -Cartum -Instrução de jogo -Charge -Regra de jogo -Entrevista -Regulamento -Horóscopo -Cartão postal -Comunicado -Convite -Diário -Exposição oral -Letra de música -Receita culinária -Folder -Paródia -Placa -Propaganda -Notícia -Publicidade -Reportagem -Slogan -Sinopse de filme -Piada -Lista de compras -Tira -Telefonema Esfera jurídica de circulação: Esfera escolar de circulação: Esfera literária de circulação: Esfera midiática de circulação: -Ofício -Aula em vídeo -Autobiografia -Procuração -Cartaz -Biografia -Correio eletrônico (e-mail) 270 -Requerimento -Diálogo -Contos -Exposição oral -Crônica -Mapa -Fábula -Telejornal -Resumo -História em quadrinhos -Telenovela -Palestra -Resenha -Texto de opinião -Lendas -Mensagem de texto (SMS) -Videoclipe -Literatura de cordel -Peça de teatro -Poema -Romance Leitura - Identificação do tema, do argumento principal; - Leitura do texto, levando em consideração a sua condição de produção, o conteúdo temático, o recurso veiculado, a finalidade, a temporalidade, a intencionalidade informatividade e a referência textual; -Estudo dos elementos composicionais e propriedades estilísticas do gênero; - Análise dos textos levando em consideração a complexidade dos mesmos e as relações dialógicas; - Reconhecer o papel do locutor e interlocutor; - Localizar informações explícitas e implícitas no texto; - Aprimorar e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais, inferindo e ampliando o conhecimento de mundo. Oralidade -Tema do texto; -Conteúdo temático do texto; 271 -Aceitabilidade do texto; - Variedades linguísticas; - Intencionalidade do texto; - Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito; - Análise dos recursos próprios da oralidade; - Adequação da fala ao contexto ( uso de distintivos formais e informais); - Apresentar clareza de ideias; -Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos; - Adequação do discurso ao gênero; Escrita - Tema e conteúdo temático do texto; -Intertextualidade; - Produzir textos atendendo as circunstâncias de situação propostas; - Diferenciar e adequar a linguagem formal da informal; -Finalidade, informatividade, intencionalidade e situacionalidade do texto; -Observar valor estético e condições de produção. -Discurso direto e indireto -Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos próprios; - Elementos coesivos (conectivos) e marcadores do discurso responsáveis pela progressão textual, encadeamento de ideias e coerência do texto. - Léxico: repetição, conotação, denotação, formação das palavras e figuras de linguagem; -Expressões idiomáticas e gírias. -Utilizar o léxico de acordo com a linguagem do texto - Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas; 272 - Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); - Acentuação gráfica; Encaminhamentos metodológicos Os conteúdos específicos a serem desdobrados a partir do conteúdo estruturante serão estabelecidos com referência aos textos de diferentes tipos, destacando contexto de produção, elementos composicionais, estilísticos, semânticos e linguístico-discursivos, pois de acordo com as Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira, pág.61: O professor levará em conta que o objeto de estudo da Língua Estrangeira Moderna, a língua, pela sua complexidade e riqueza, permite o trabalho em sala de aula com os mais variados textos de diferentes gêneros. Nesta perspectiva, a proposta de construção de significados por meio do engajamento discursivo e não pela mera prática de estruturas linguísticas estará contemplada. O curso terá aulas que visem as práticas discursivas de leitura, oralidade e escrita de acordo com os diferentes gêneros textuais. A leitura silenciosa, expressiva, instrumental e compartilhada para a construção da aprendizagem e a troca de conhecimentos entre os alunos. Levando em consideração os conhecimentos prévios dos mesmos, a leitura com inferências e a contextualização destas de acordo com seus diferentes gêneros e finalidades. Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos. - Será pesquisada piadas em sites, revistas e jornais, com o objetivo de estudar e analisar o gênero piada, onde há coerência em sua circulação, qual a finalidade das mesmas, posteriormente os alunos escreverão piadas que já conhecem ou inventarão suas próprias piadas para outros alunos, da mesma turma, e também para algumas outras. 273 - Diversos Gêneros textuais (músicas, fábulas, peça de teatro e contos de fadas), incluindo paródias dos mesmos gêneros escolhidos pelos alunos. Após análise dos recursos pertencentes a estes textos, será realizada a produção escrita e apresentação explorando as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; -Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os diferentes gêneros trabalhados, usando recursos extralinguísticos (entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros). - Na esfera de circulação jornalística, será discutido textos com temas atuais, dentro dos gêneros entrevista, notícia, carta ao leitor, cartum, entre outros, oportunizando maior conhecimento de mundo e subsídios para o aluno ampliar e construir seu próprio conhecimento; - Estudo da localização de ocorrência de fatos pertinentes a temas atuais e porcentagem de casos recorrentes em diferentes localidades, através de mapas e gráficos. - Leitura de textos literários (romances, contos e crônicas) e estudo da biografia dos respectivos autores, inicialmente, com o trabalho de pré leitura por meio do levantamento do conhecimento prévio do aluno, em seguida, análise da obra literária com foco nos recursos linguísticos, semânticos e discursivos empregados pelo autor para construção de sentido. Posteriormente, os alunos apresentarão seminário os textos estudados. Os textos literários serão apresentados aos alunos de modo que provoquem reflexão e façam com que os percebam como uma prática social de um determinado contexto sociocultural particular. - Filmes, como Volver e Mar adentro, que podem oportunizar o estudo e análise do gênero sinopse, assim como embate sobre o tema e conhecimento de novas culturas e visões de mundo. -Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, telenovela, reportagem entre outros. 274 - Ofício, procuração e requerimento: Estudar os recursos (ferramentas) pertinentes a elaboração dos respectivos gêneros, produção escrita dos mesmos, e envio, pedindo benfeitorias ao diretor do colégio, assim como recebimento periódico de revista espanhola, para prática efetiva de ensino aprendizagem. Nessa perspectiva, o trabalho com a prática da oralidade contemplará também os fatores de textualidade recorrentes de variedades linguísticas, diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito, análise dos recursos próprios de oralidade, adequação da fala ao contexto (uso de recursos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições). Além da prática oral e leitura, trabalharemos com as produções escritas, de sínteses, resumos, relatos dos alunos, comentários, análises críticas, criação e elaboração de textos de diferentes gêneros, sempre levando em conta que a escrita deve ser vista como uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa. Diante dessa abordagem, o trabalho com a prática discursiva da escrita terá ênfase na produção e reconstrução dos mesmos através da reescrita, visando a coesão, a coerência e a utilização dos recursos gramaticais e linguísticos, possibilitando aos alunos aprendizagem significativa no ensino da língua espanhola. Para as práticas metodológicas desenvolvidas no decorrer no curso utilizaremos recursos como livro didático, livro paradidático dicionário, vídeo, rádio CD, DVD, internet, TV multimídia. Nesta proposta curricular, para cada texto escolhido verbal e/ou não verbal, alguns encaminhamentos metodológicos contemplará os seguintes itens: a) Gênero: estudar e analisar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Reconhecer os meios onde há a possibilidade de encontrarmos ou usarmos determinados gêneros e possibilidade de construção textual no respectivo gênero. b) Aspecto cultural/Interdiscurso: perceber a influência de outras culturas no texto, o contexto, quem escreveu, para quem, a intencionalidade e quais outras possibilidades de leituras poderão ser feitas a partir do texto apresentado. c) Perceber e ter oportunidade de uso da variedade linguística: formal ou 275 informal. d) Análise Linguística: dar sequência ao aprendizado do Nível Básico, aperfeiçoando o conhecimento e particularidades do idioma, de acordo às diferentes regiões, a fim de que o aluno aprenda as regras da norma culta, mas também reconheça as variantes linguísticas de diferentes países ou até mesmo de regiões do mesmo país. Para contemplar a Lei Federal nº 11.645/08 que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, neste Curso de Aprimoramento de Espanhol haverá oferta de ensino que inclua diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira a partir desses grupos étnicos como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, com objetivo de resgatar as suas contribuições nas áreas social, econômica e política pertinentes à história do Brasil. Avaliação Espera-se que o aluno: -Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal); ·Apresente suas ideias com clareza, coerência; ·Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos; ·Organize a sequência de sua fala; ·Respeite os turnos de fala; ·Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto; ·Exponha seus argumentos e compreenda os argumentos no discurso do outro; ·Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna); ·Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário. 276 As avaliações ocorrerão de maneira processual, diagnóstica e formativa, buscando como resultado a verificação da aprendizagem e uma reflexão, se necessário redirecionamento da prática pedagógica. Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas (DCE, 2008, p.31) Utilizar-se-á de avaliação oral e/ou escrita, através dos gêneros estudados como músicas, textos literários produção escrita, apresentação de seminários (com critérios pré-estabelecidos), tarefas, pesquisas, painéis, dramatização, cartazes, apresentação, teatro, etc, pois, a avaliação deve estar articulada com os objetivos e conteúdos definidos a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos estabelecidos nos documentos deste estabelecimento de ensino, como o Projeto Político Pedagógico, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente, documentos necessariamente fundamentados nas Diretrizes Curriculares Será proposto ao aluno atividades de reforço, retomada de conteúdo, pesquisas relatório sobre filmes e outros encaminhamentos que visam superação de possíveis dificuldades apresentadas. “A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna deve superar a concepção de mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos, visto que se configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanço dos alunos, a partir de suas produções. De fato, o envolvimento dos alunos na construção do significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações de aprendizagem. E de acordo com o Projeto Político Pedagógico disposto na instrução normativa CELEM/DEB/SEED, os registros destas avaliações seguirão o critério 277 de notas de 0,0 (zero) à 10,0 (dez) no final de cada bimestre, tendo como nota final necessária para a aprovação uma média igual ou superior a 6,0 (seis virgula zero), bem como a frequência de 75% durante o ano letivo. Recursos didáticos: -Livros didáticos e paradidáticos -Dicionários; -TV Multimídia; -TV Paulo Freire; -Portal dia-a-dia educação; -OAC (Objeto de Aprendizagem Colaborativa); -Revistas e jornais; -DVDs (músicas e filmes) -Cds (músicas) -Internet. Referências JORDÃO, C. M. O ensino de Línguas Estrangeiras – de código a discurso. In: KARWORSKI, A. M; VAZ BONI, V. de F. (orgs.) Tendências Contemporâneas no ensino de línguas. União da Vitória (PR): Kaygangue, 2006. P.26-32. MARCUSCHI, L. A. Gêneros Textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P,; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. Gêneros Textuais & Ensino. (orgs.) 2 ed. Rio de janeiro: Lucema, 2003.p.19 – 36. MARTIN, Ivan. Espanhol Série Novo Ensino Médio.Volume Único. São Paulo; Ática,2007. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua estrangeira Moderna. Curitiba. 2008 278 PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da educação. Instrução Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da educação. Instrução Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Resolução nº 3904/2008. Centro de Línguas estrangeiras Modernas (CELEM).Curitiba 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação. Livro Didático Público. Língua Estrangeira Moderna: Espanhol e Inglês / vários autores. 2 ed. Curitiba, 2006. REFERÊNCIAS CONTEÚDOS BÁSICOS – LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/celem/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=56 Acesso em 03/11/2010 http://www.clarin.com/ http://www.elpais.com/global/ http://www.lanacion.com.ar/ http://www.youtube.com/ Professores /Formação / E-mail Sandra Lopes da Silva – especialista – Letras Espanhol (UEL) [email protected] 279 Proposta Pedagógica Curricular para o Curso de Aprimoramento CELEM - LÍNGUA FRANCESA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A partir de 1809, com a assinatura de um decreto, D. João VI instituiu o ensino das disciplinas de francês e inglês. A abordagem metodológica destas línguas estrangeiras modernas era gramatical, na qual utilizavam a gramática como suporte para a tradução de textos e a aprendizagem da língua escrita como enfoque de trabalho. Este método foi utilizado até o início do século XX. No final dos anos 30 surge o intitulado “método direto” no qual tinha por objetivo o ensino da língua através de habilidades orais, nas quais o ensino era em contato direto com a língua estrangeira a ser aprendida sem traduções e transferências para a língua materna do aluno. Após a Segunda Guerra Mundial, o francês deixa de ser a língua de supremacia ensinada no país e passa-se a valorizar o ensino da língua inglesa devido o papel de destaque dos Estados Unidos dentre os países do exterior. Neste contexto surgem os métodos áudio visuais e orais, desenvolvidos pelos linguistas estruturalistas que concebiam a aprendizagem da língua através do conjunto de hábitos a serem automatizados e não memorizados. Por fim, por volta dos anos 80 surge a abordagem comunicativa de ensino concentrando-se em aspectos instrumentais da língua, deixando aparentemente de lado a civilização e a cultura, tendo como enfoque a comunicação e seus contextos comunicativos. Ao longo desta evolução no ensino de línguas Estrangeiras Modernas, o ensino de língua francesa acaba por perder seu prestígio e obrigatoriedade nas escolas brasileiras, tendo como disciplina obrigatória na grade curricular o ensino de inglês e em algumas escolas a opção e implantação do espanhol. 280 Atualmente, a Secretaria de Estado da Educação através do CELEM, fundado em 1986 como forma de respeitar a diversidade linguística existente no Estado, passou a ofertar oficialmente em todos as escolas do estado línguas estrangeiras modernas como o francês, alemão, japonês e etc. Com o desenvolvimento do trabalho surgiram novas tendências metodológicas baseadas no discurso como fonte de significação para a aprendizagem e na utilização de gêneros do discurso, enfocando a cultura e as relações de comunicação social. Para muitos leigos, o ensino da língua francesa já não possui a relevância dada ao mesmo antigamente, não obstante, a língua francesa continua sendo falada nos cinco continentes, tendo em torno de 264 milhões de falantes em 55 países diferentes. Dentre estes, 118 milhões de pessoas utilizam o idioma normalmente, 63 milhões ocasionalmente. Dentre os países francófanos, podese citar vários países do continente africano, dentre eles, Marrocos, Congo, Argélia; Da Ásia, Laos, Vietnã, Síria e etc; Da Europa França, Bélgica, Suíça e etc; Da América do Norte, Canadá ( Quebec), estado de Louisiana Estados Unidos; Da América Central e do Sul , Ilhas do Caribe ( Haiti) e Guiana Francesa. Além de ser falado de forma tão abrangente no mundo é uma das seis línguas oficiais da ONU, conjuntamente com o inglês é concebido como língua de trabalho, sendo indispensável para o campo de pesquisas científicas em universidades de todo o mundo. Tem relevância como língua de proficiência e obrigatoriedade para estudantes de pós – graduação (mestrado- Doutorado) nas principais universidades brasileiras. Público – Alvo Alunos concluintes do segundo ano do Curso Básico de Francês do ano de 2010 que apresentaram interesse em dar continuidade e aprimorar-se no estudo de língua francesa. 281 Justificativa A busca e interesse pelos cursos do CELEM tem aumentado significativamente, devido a necessidade que os alunos e comunidade encontram em aprimorar e ampliar seus conhecimentos em línguas estrangeiras modernas, visto que as mesmas possibilitam o desenvolvimento crítico- social dos mesmos e a possibilidade de ingresso no mercado de trabalho, bem como o auxílio para o desenvolvimento e formação social dos mesmos. Muitos alunos não possuem condições financeiras para estudarem em cursos particulares de línguas estrangeiras modernas. Tendo em vista a relevância deste trabalho implantado no ano de 1986, pela Secretaria de Estado do Governo do Paraná e a continuidade desta oferta de atividade extracurricular gratuita que visa a garantia de formação cidadã e igualitária dos alunos, bem como possibilitar um trabalho adequado às Diretrizes Curriculares que tem por objetivo a difusão e expressão da diversidade cultural e linguística para a formação dos alunos, compreendemos a necessidade primordial de implantação dos cursos de aprimoramento do CELEM ofertados para os níveis básicos neste estabelecimento de ensino. Bem como a garantia de continuidade do trabalho iniciado nesta escola para a formação e ampliação de conhecimentos da língua francesa aos nossos alunos. Haja vista, que muitos expressaram o interesse em continuar os estudos já iniciados em nível básico. Objetivo O objetivo do curso de aprimoramento é de oferecer e proporcionar aos alunos a continuidade ao desenvolvimento dos conhecimentos em língua francesa, voltados estes aos diferentes gêneros textuais, compreendidos como o resultado de práticas sociais de comunicação fundadoras de sentido. O aperfeiçoamento da leitura, escrita e oralidade, através dos gêneros textuais pertinentes à cultura e língua francesa, bem como as diferenças étnico - raciais presentes na sociedade moderna deste país e países de relação, seu 282 acervo histórico social serão os principais objetivos para expansão da aprendizagem e estudo da cultura e língua francesa. Conteúdo Estruturante Textos tendo em vista o discurso como prática social; Práticas de sentido entre os interlocutores; Representação das ideologias justificadas pelo seu uso em diferentes grupos sociais. Conteúdos Básicos Serão selecionados conteúdos com textos de diferentes gêneros e esferas sociais: Cotidiana Adivinhas Álbum de Família Bilhetes Carta Pessoal Cartão Cartão Postal Comunicado Convites Diário Exposição Oral Fotos Músicas Piadas Receitas Relatos de Experiências Vividas Literária Artística Autobiografia Biografias Contos Contos Contemporâneos Crônicas de Ficção Fábulas Fábulas Contemporâneas Histórias em Quadrinhos Lendas Literatura de Cordel Memórias Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Ficção Científica Narrativas de Humor Narrativas de Terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Poemas Romances Textos Dramáticos Científicos 283 Artigos Debate Palestra Pesquisas Relato Histórico Relatório Resumo Escolar Cartazes Debate Regrado Diálogo/Discussão Argumentativa Exposição Oral Pesquisas Relatório Relatos de Experiências Resenha Texto Argumentativo Texto de Opinião Política Carta de Emprego Carta de Reclamação Carta de Solicitação Debate Mesa Redonda Panfleto Imprensa Agenda Cultural Anúncio de Emprego Artigo de Opinião Carta ao Leitor Carta do Leitor Cartum Charge Classificados Crônica Jornalística Editorial Entrevista (oral e escrita) Horóscopo Infográfico Manchete Mapas Mesa Redonda Notícia Reportagens Sinopses de Filmes Tiras 284 Publicitária Anúncio Caricatura Cartazes Comercial para TV Folder Fotos Músicas Publicidade Comercial Publicidade Institucional Publicidade Oficial Midiática Desenho Animado E-mail Entrevista Filmes Leitura Objetivo de comunicação do texto; Finalidade do texto; Temporalidade; Referência textual; Relação autor - leitor; Tema; Ideias centrais; Recursos linguísticos; Conectivo, elementos de coesão e coerência, classes gramaticais no texto e sua função, pontuação, figuras de linguagem; Classes lexicais ( Léxico); 285 Escrita Tema do texto; Relação autor – leitor; Objetivo de comunicação; Intertextualidade; Temporalidade; Situacionalidade; Estrutura; Recursos lingüísticos; Elementos de coesão e coerência, conectores, classes gramaticais e sua adequação, função das mesmas dentro do texto, acentuação, pontuação, ortografia. Utilização do léxico e adequação do mesmo com relação à linguagem. Oralidade Entonação e recursos lingüísticos orais; Expressões faciais, gestuais; Pronúncia; Utilização das variantes linguísticas, discurso coloquial e formal; Coesão e coerência comunicativa (gírias, repetições de informações e conteúdos semânticos); Objetivo de comunicação e sua finalidade; Adequação da linguagem. 286 Metodologia O curso terá aulas que visam à prática da leitura em seus diferentes níveis, de acordo com os diferentes gêneros textuais. A leitura silenciosa, instrumental e compartilhada para a construção da aprendizagem e a troca de conhecimentos entre os alunos. Levando em consideração os conhecimentos prévios dos mesmos, a leitura com inferências e a contextualização destas leituras de acordo com seus diferentes gêneros e finalidades. Para a prática da oralidade serão organizadas apresentações das produções de textos dos alunos, bem como a apresentação de seminários, trabalhos, que visarão à prática oral dos alunos e a participação dos mesmos na construção de suas aprendizagens, de forma ativa. Serão estimuladas as atividades de recontar histórias, contos, filmes, e matérias de pesquisa que tenhamos trabalhado e lido. Desta forma, é preciso ensinar o aluno não só a ler e escrever em outra língua estrangeira, mas também instruí-lo a relacionar a língua às suas práticas sociais, através das práticas discursivas da oralidade, leitura e escrita a partir da seleção dos gêneros textuais. Com a pratica da oralidade, percebe-se a necessidade de trabalhar a língua falada oportunizando o aluno a perceber sua função social na qual o próprio aluno utilizará os diferentes gêneros de acordo com seus próprios interesses. Marcushi(2001) argumenta que: o trabalho com a oralidade pode, ainda, ressaltar a contribuição da fala na formação cultural e na preservação de tradições não escritas que persistem mesmo em culturas em que a escrita já entrou de forma singular para esclarecer aspectos relativos ao preconceito e à discriminação linguística, bem como suas formas de disseminação ( MARCUSCHI, 2001.P.83) 287 Além da prática oral e leitura, trabalharemos com as produções escritas, de sínteses, resumos, relatos dos alunos, comentários, análises críticas, criação e elaboração de textos opinativos, descritivos e de diferentes gêneros. Nestes textos será enfocada a intenção comunicativa (linguística, textual, discursiva e sociocultural), a reconstrução dos mesmos através da reescrita, visando a coesão, coerência, utilização dos recursos gramaticais e linguísticos necessários para que os mesmos alunos tornem-se hábeis comunicadores da língua francesa, tendo em vista que a comunicação sempre ocorre por meios de textos, pode-se dizer que o objetivo do ensino de LEM corresponde ao desenvolvimento da capacidades de produzir e compreender textos nas mais diversas situações de comunicação. Recursos Materiais: Livros didáticos e paradidáticos Diferentes textos fotocopiados; Cds (letras de música) textos autênticos de sites franceses; Material de áudio; DVD (Vídeos e filmes) TV Multimídia Laboratório com computadores. Avaliação Tendo em vista as orientações estabelecidas pelas diretrizes curriculares do ensino de línguas estrangeiras do estado do Paraná a avaliação terá por objetivo favorecer o processo de ensino e de aprendizagem, ou seja, nortear o 288 trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que se encontra no percurso pedagógico. Esta avaliação será continua e diagnóstica de acordo com o regimento interno da escola e o projeto político pedagógico da mesma. Será concebida como um processo de verdadeiro significado no qual subsidiará a construção da aprendizagem destes alunos. Serão efetuadas avaliações por meio de textos escritos, atividades de leitura, produções orais, seminários, pesquisas etc. Visando avaliar a participação do aluno, seu crescimento e desenvolvimento ao longo de sua formação. O registro destas avaliações seguirão o critério de notas de 0,0 à 10,0 no final de cada bimestre, tendo como nota final necessária para a aprovação uma média igual ou superior a 6,0 bem como a frequência de 75% durante o ano letivo. Nos casos de médias inferiores a 6,0 os alunos terão a possibilidade de intervenção e recuperação paralela, objetivando a sua aprendizagem e formação ao longo do ano. REFERÊNCIAS: BÉRARD, Evelyne. Grammaire utile de français – exercices. Paris:Hachette, 1992. BERARD, Evelyne;CANIER, Yves, LAVENNE, Christian. Tempo II- méthode de français.Paris:Paris: Didier/ Hatier,1998 .COUTINHO,Maria de Guadalupe Melo,SILVA Valda Generino. Lecture et Compréhension: pour une grammaire du texte écrit.João Pessoa: Manufatura,2002. GRÉGOIRE Maia,THIÉVENAZ Odile, FRANCO Elisabeth. progressive du français.Paris:CLE International,2002. Grammaire PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba,2008. 289 PEYTARD,J,MOIRAND,S.Discours français.Paris:hacchette,1992. ALMEIDA FILHO,J.C.de.O professor formação.Campinas: Pontes,1993 et de enseignement língua estrangeira du em sua CONTEÚDOS BÁSICOS-LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA, http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_200 9/out_2009/lem.pdf visitado em 15/09/2010 Sites: Jornais www.liberation.fr www.lemonde.fr www.lefigaro.fr Literatura www.etudes-literaires.com www.contesafricains.com Dicionários e intercâmbio www.lexilogos.com www.français facile.com 290 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CELEM - LÍNGUA INGLESA 1 - APRESENTAÇÃO Entende-se que o aprendizado de uma Língua Estrangeira e o aprimoramento dela estabelece aos envolvidos o uso da língua em situações significativas, construídas nas interações sociais. Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade diversa e complexa, de maneira a ampliar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa cognitiva. Segundo Bakthin (1988) é no espaço discursivo criado na relação entre o eu e o outro que os sujeitos se constituem socialmente. É no engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos e ao que somos. Daí a Língua Estrangeira apresentar-se como espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de construção da realidade. (apud DCE. 2008 p.223) Com isso, oferecer o estudo de uma Língua Estrangeira à sua comunidade escolar é permitir aos sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo. 2 – INTRODUÇÃO O inglês tornou-se uma língua global como resultado de dois fatores principais: a extensão do poder colonial britânico e a hegemonia dos Estados Unidos como poder econômico no século XX. Para se impor como língua global, um idioma deve adquirir um papel reconhecido no mundo todo. Esse papel é evidente nos países em que o inglês é falado como primeiro língua por grandes contingentes da população: Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá, Irlanda, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e vários países caribenhos. Mas é preciso que outras nações ao redor do mundo dêem a uma língua papel e funções especiais para que ela se torne uma língua global. Nesses locais, a língua inglesa é usada como meio de comunicação em um ou mais setores: na administração governamental, na Educação, no sistema judiciário, nos meios de comunicação de massa. O inglês é também o idioma mais ensinado como língua estrangeira ao redor do mundo. Estima-se que, na 291 atualidade, um quanto da população mundial (mais de 1,5 bilhões de pessoas) possuía algum conhecimento de inglês. Todos os dias nós convivemos com uma série de palavras em inglês, daí percebemos a importância e a influência que exerce sobre nossa cultura, por exemplo: jeans, shopping Center, pet shop, pen drive, notebook, laptop, internet, hot dog, design, e-mail, etc... No mercado de trabalho o inglês virou atributo essencial para a conquista das vagas de nível universitário. Somente o fato de saber, já é um diferencial em seu currículo. Com a globalização, muitos brasileiros têm ido ao exterior para estudos, negócios e férias. Da mesma forma muitos estrangeiros também têm vindo para o Brasil com as mesmas finalidades. Nestas horas qual a língua mais comum que usamos para nos comunicar? O inglês. 3 - OBJETIVOS GERAIS O ensino da LEM, através das suas Diretrizes Curriculares, propõe: Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita; Vivenciar, na aula de Língua Estrangeira - Inglês, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, possíveis de transformação na prática social; Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país. 4 - PÚBLICO ALVO A proposta de implantação do curso de Língua Inglesa no CELEM, no Colégio Estadual Hugo Simas, visa atender alunos matriculados no Colégio nas 292 modalidades do Ensino Fundamental (anos finais) e Ensino Médio, além de possibilitar a participação da comunidade escolar, através dos seus professores, funcionários, pais, entre outros. 5 - JUSTIFICATIVA Oportunizar a implantação da Língua Inglesa no CELEM do Colégio é uma das expectativas e anseios da comunidade escolar que há tempos reivindica por essa proposta. Ressaltamos a importância da Língua Inglesa como suporte valoroso e ponto de partida para o enriquecimento curricular do nosso aluno e valorização profissional da comunidade como um todo. Justifica-se também, a inclusão do aluno da rede pública de ensino à conhecimentos mais amplos da língua inglesa que irá oportunizar uma vida com maiores possibilidades de inserção no mercado de trabalho e capacitá-los para melhorar as chances em disputar uma vaga universitária. Com essa iniciativa, a escola procura cumprir o seu papel no sentido de garantir maiores conhecimentos e competências aos seus alunos de forma a garantir o enfrentamento aos desafios sociais, culturais e profissionais presentes nos dias atuais. 6 - CONTEÚDO ESTRUTURANTE É definido como Conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna, o Discurso como Prática Social. Desta forma, a língua será tratada de forma dinâmica, por meio da leitura, de oralidade e de escrita que são práticas que efetivam o discurso. (DCE.2008. p.231). 7 - CONTEÚDO BÁSICO 1º ano LEITURA: 293 Identificação do tema; Intertextualidade; Intencionalidade; Vozes sociais presentes no texto; Léxico; Coesão e coerência; Marcadores do discurso; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Discurso direto e indireto; Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; Recursos estilísticos (figuras de linguagem); Marcas lingüísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Variedade linguística. Acentuação gráfica; Ortografia. ESCRITA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade do texto; Intertextualidade; Condições de produção; Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); Vozes sociais presentes no texto; Vozes verbais; Discurso direto e indireto; Emprego do sentido denotativo e conotativa no texto; Léxico; Coesão e coerência; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Recursos estilísticos (figuras de linguagem); Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Variedade linguística. Ortografia; 294 Acentuação gráfica. ORALIDADE Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Vozes sociais presentes no texto; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; Adequação da fala ao contexto; Pronúncia. ANO 1 ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS Esfera cotidiana de circulação: Bilhete Carta pessoal Cartão felicitações Cartão postal Convite Letra de música Receita culinária Esfera publicitária de circulação: Anúncio Comercial para rádio Folder Paródia Placa Publicidade Comercial Slogan Esfera produção de circulação: Bula Embalagem Placa Regra de jogo Rótulo Esfera jornalística de circulação: Anúncio classificados Cartum Charge Entrevista Horóscopo Reportagem Sinopse de filme 295 Esfera artística de circulação: Autobiografia Biografia Esfera escolar de circulação: Cartaz Diálogo Exposição oral Mapa Resumo Esfera literária de circulação: Conto Crônica Fábula História em quadrinhos Poema Esfera midiática de circulação: Correio eletrônico (e-mail) Mensagem de texto (SMS) Telejornal Telenovela Videoclipe 2º Ano LEITURA: Identificação do tema; Intertextualidade; Intencionalidade; Vozes sociais presentes no texto; Léxico; Coesão e coerência; Marcadores do discurso; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Discurso direto e indireto; 296 Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; Recursos estilísticos (figuras de linguagem); Marcas lingüísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Variedade linguística. Acentuação gráfica; Ortografia. ESCRITA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade do texto; Intertextualidade; Condições de produção; Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); Vozes sociais presentes no texto; Vozes verbais; Discurso direto e indireto; Emprego do sentido denotativo e conotativa no texto; Léxico; Coesão e coerência; Funções das classes gramaticais no texto; Elementos semânticos; Recursos estilísticos (figuras de linguagem); Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Variedade linguística. Ortografia; Acentuação gráfica. ORALIDADE Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Vozes sociais presentes no texto; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; 297 Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; Adequação da fala ao contexto; Pronúncia. ANO 2 ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS Esfera cotidiana de circulação: Comunicado Curriculum Vitae Exposição oral Ficha de inscrição Lista de compras Piada Telefonema Esfera publicitária de circulação: Anúncio Comercial para televisão Folder Inscrições em muro Propaganda Publicidade Institucional Slogan Esfera produção de circulação: Instrução de montagem Instrução de uso Manual técnico Regulamento Esfera jornalística de circulação: Artigo de opinião Boletim do tempo Carta do leitor Entrevista Notícia Reportagem Esfera jurídica de circulação: Boletim de ocorrência Contrato Lei Ofício Procuração Requerimento 298 Esfera escolar de circulação: Aula em vídeo Ata de reunião Exposição oral Palestra Resenha Texto de opinião Esfera literária de circulação: Contação de história Conto Peça de teatro Romance Sarau de poema Esfera midiática de circulação: Aula virtual Conversação Chat Correio eletrônico (e-mail) Mensagem de texto (SMS) Videoclipe 8 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS As Diretrizes da Rede Pública Estadual do Paraná parte do entendimento de que as Línguas Estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados. (DCE.2008. p. 233). A partir do Discurso como Prática Social será trabalhada questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. A reflexão crítica acerca dos discursos que circulam em Língua Estrangeira Moderna somente é possível mediante o contato com textos verbais e não-verbais. Do mesmo modo, a produção de um texto se faz sempre a partir do contato com outros textos, que servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de expressão dos alunos. Para Antunes (apud DCE. 2008.p. 233), “[...] o texto não é a forma prioritária de se usar a língua. É a única forma. A forma necessária. Não tem outro [...]”. Desta forma, será proposta a abordagem de vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando sua composição, as informações presentes, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e depois disso, a gramática. 299 A aula de Língua Estrangeira Moderna será um espaço em que se desenvolverão atividades significativas, as quais visem explorar diferentes recursos e fontes, a fim de que o aluno vincule o que é estudado com o que o cerca. Para tanto, propõe-se que, o professor aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la. As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos os alunos dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua Estrangeira. Elas servirão como subsídio para a produção textual em Língua Estrangeira. Na abordagem de leitura discursiva, a inferência é um processo cognitivo relevante porque possibilita construir novos conhecimentos, a partir daqueles existentes na memória do leitor, os quais são ativados e relacionados às informações materializadas no texto. Com isso, as experiências dos alunos e o conhecimento de mundo serão valorizados. Desse modo, o professor desempenha um papel importante na leitura, já que, pela forma como encaminha o trabalho em sala de aula, os significados poderão ser mais ou menos problematizados, ou as possibilidades de construção de sentidos percebidas como mais ou menos significativas, como espaços para exercício de ação no mundo social ou submissão aos sentidos do outro. Nos trabalhos com a produção de textos na aula de Língua Estrangeira As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem discursiva a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações. Vale explicitar que, mesmo oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem implica e existe a necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal como ocorre na escrita e em Língua Materna. Também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo. Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É importante que o docente direcione as atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da produção e para quem se escreve, em situações reais de uso. É 300 preciso que, no contexto escolar, esse alguém seja definido como um sujeito sóciohistórico-ideológico, com quem o aluno vai produzir um diálogo imaginário, fundamental para a construção do seu texto e de sua coerência. Nesse sentido, a produção deve ter sempre um objetivo claro. Os trabalhos com a produção de textos na aula de Língua Estrangeira Moderna precisam ser concedidos como um processo dialógico ininterrupto, no qual se escreve sempre para alguém de quem se constrói uma representação. Conforme Bakhtin, “um discurso nasce de outros discursos e se produz para um outro sujeito, sendo que esse outro é construído imaginariamente pelo sujeito-autor” (apud DCE, 2008, p. 235). O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento, quando necessário, de procedimentos para construção de significados usados na Língua Estrangeira. Portanto, o trabalho com a análise linguística torna-se importante na medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas. Ela deve estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos alunos, a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos. Sendo assim, ao propor uma tarefa de escrita, é essencial que se disponibilize recursos pedagógicos, junto com a intervenção do próprio professor, Outro aspecto importante com relação ao ensino de Língua Estrangeira Moderna é que ele será, necessariamente, articulado com as demais disciplinas do currículo para relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa ter que desenvolver projetos com inúmeras disciplinas, mas fazer o aluno perceber que alguns conteúdos de disciplinas distintas podem estar relacionados com a Língua Estrangeira. Sugere-se que, para cada texto escolhido verbal e/ou não verbal, o professor poderá trabalhar levando em conta os intens abaixo: Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero; a) Aspecto Cultural/Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no texto, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras poderão ser feitas a partir do texto apresentado; b) Variedade Linguística: formal ou informal; c) Análise Linguística: será realizada de acordo com a série. Vale ressaltar a diferença entre o ensino de gramática e a prática da análise linguística: d) Atividades: Pesquisa: será proposta para o aluno, acerca do assunto abordado. Lembrando, aqui, que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o assunto, isso significa que poderá ser realizada não só 301 nos livros ou na internet. Uma conversa com pessoas mais experiente, uma entrevista, e assim por diante, também serão consideradas pesquisas. Discussão: conversar na sala de aula a respeito do assunto, valorizado as pesquisas feitas pelos alunos. Aprofundar e/ou conformar informações. Essa atividade poderá ser feita em Língua Materna. Produção de texto: o aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira, com a ajuda dos recursos disponíveis na sala de aula e a orientação do professor. Os conteúdos poderão ser retomados em todos os anos, porém em diferentes graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno. 9 – RECURSOS DIDÁTICOS Livros didáticos; Dicionários; Livros paradidáticos; Vídeos; DVD; CD – ROM Internet TV multimídia A elaboração de materiais pedagógicos estará pautada nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica e Projeto Político Pedagógico da escola permitindo a flexibilidade para organizar material de apoio que atenda os interesses dos alunos e diversidade cultural. 10 - AVALIAÇÃO A avaliação da aprendizagem está articulada às concepções e encaminhamentos apresentados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB 9394/96; Diretrizes Curriculares da Educação Básica da SEED/2008 e pelo Projeto Político Pedagógico da escola em questão. 302 Nessa perspectiva, objetiva-se subsidiar o processo de compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vista às mudanças necessárias para que o processo ensino e de aprendizagem se concretize. É importante, nesse processo, que o professor organize o seu trabalho de forma a considerar as mais diversas formas de avaliação com a finalidade de diagnosticar as dificuldades e assessorar na superação das mesmas, abrangendo: a) Avaliação de Aprendizagem Escrita- com referência nos conteúdos básicos da disciplina de LEM; b) Avaliação de Aprendizagem Oral- conhecimento e a valorização das variantes linguísticas (escolhas, estilos, criatividade e variação da língua) a partir dos conteúdos básicos de LEM; c) Atividades Avaliativas- trabalhos escritos e/ou em grupos com recursos para fixação dos conteúdos básicos a disciplina de LEM; d) Atividades Extraclasses- trabalhos de pesquisa, exercícios de caráter pratico, materiais de apoio e projetos interculturais resultantes dos conteúdos básicos da disciplina de LEM, de acordo com o Plano de Trabalho Docente. Em síntese, trata-se de um processo contínuo, em que o professor verifica o rendimento de seus alunos, e, a partir daí, redimensiona sua ação pedagógica, buscando auxiliar os alunos no desenvolvimento de sua aprendizagem e também atendendo o projeto educativo proposto. Nesse sentido, a ação avaliativa deve ser “[...] reflexiva e desafiadora, do educador em termos de contribuir, elucidar, favorecer a troca de idéias entre e com seus alunos, num movimento de superação do saber transmitido a uma produção de saber enriquecido, construído a partir da compreensão dos fenômenos estudados.” (Hoffmann, 1991, apud PPP 2012, p. 296) Quanto aos critérios de avaliação, o aluno, a leitura, será avaliado considerando : Realização de leitura compreensiva do texto; Localização de informações explícitas e implícitas no texto; Posicionamento argumentativo; Ampliação do horizonte de expectativas; Ampliação do léxico; Percepção do ambiente no qual circula o gênero; Identificação da ideia principal do texto; Análise das intenções do autor; 303 Identificação do tema; Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual. Na escrita a avaliação ocorrerá de forma a considerar: Expressão de ideias com clareza; Elaboração de textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal; Uso de recursos textuais intertextualidade, etc; como: coesão e coerência, informatividade, Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc; Emprego de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto. Na Oralidade, o aluno será avaliado considerando a: Pertinência do uso dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos; Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referencia textual; Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal); Apresentação de ideias com clareza; Compreensão de argumentos no discurso do outro; Exposição objetiva de argumentos; Organização da sequência da fala; Respeito aos turnos de fala; 304 Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna, etc.; Utilização consciente de expressões faciais corporais e gestuais, de pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos. O aluno terá recuperação paralela e concomitante, como mais uma oportunidade para rever o conteúdo e melhorar a sua nota. O resultado do processo de avaliação será expresso por meio de notas, numa escola de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). O rendimento mínimo exigido pelo colégio para a continuidade dos estudos é a nota 6,0 (seis vírgula zero) e a frequência mínima exigida é de 75% (setenta e cinco por cento) do total de carga horária do período letivo. (PPP. 2012, p. 299) 11 – REFERÊNCIAS CRISTOVÃO, Vera Lucia Lopes. Modelos didáticos de gênero: uma abordagem para o ensino de língua estrangeira. SEED. Curitiba. 2012. PARANÁ/SEED – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Língua Estrangeira Moderna – Curitiba-Pr,2008 _____________ - Portal Dia a Dia da Educação – www.diaadiaeducacao – acesso em: 14/02/2014 PPP – Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar. 2012 – Colégio Estadual Hugo Simas – Londrina-Pr SITE – www.labeurb.unicamp.br. O inglês na atualidade: uma língua global. Acesso em: 14.02.2014 SITE – www.kavitradutora.com.br. A importância do inglês. Acesso em: 14.02.2014. 305 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM- 6º ANO PORTUGUÊS PROPOSTA DE TRABALHO: Tendo em mãos a oportunidade de realizar um atendimento diferenciado aos alunos que apresentam baixo rendimento em sala de aula, as atividades desenvolvidas pela professora regente na Sala de Apoio, visam ao resgate da autoestima do aluno que percebe suas dificuldades e que muitas vezes ocasiona seu desinteresse em sala de aula. O trabalho desenvolvido terá o próprio aluno como ponto de partida. O ponto de chegada será a sua transformação ao atingir o sucesso. Estratégias que possibilitem a interação professor-aluno serão também desenvolvidas com o objetivo de torná-lo confiante para realizar as atividades propostas com autonomia. Na Sala de Apoio o ritmo de cada aluno será respeitado e as atividades propostas serão adequadas às suas dificuldades. CONTEÚDOS: 1) Expressão Oral : * Relato de fatos: - vivenciados; - lidos: ( gibis, textos, notícias, ...) 306 - ouvidos : ( histórias, textos, notícias, ....) - assistidos : ( filmes, notícias, histórias, ....) 2) Expressão Escrita: *Produção de textos: ( a partir de...) - histórias lidas; - gravura única; - gravura em sequência - um desenho; - história iniciada; - tema livre; - tema proposto; - título proposto; - personagem proposto; *Produção escrita de: - diálogos; - história em quadrinhos; - descrição simples; 3-) Leitura e interpretação : -textos narrativos / descritivos: - humorísticos; 307 - história em quadrinhos; - piadas; - tiras; - fábulas; - lendas; - anúncios; - propagandas; - notícias. 4) Análise Linguística - dificuldades ortográficas percebidas durante o processo de Expressão Escrita; - apresentação de elementos coesivos que devem ser aplicados durante o processo de Expressão Escrita;( conectivos da escrita que substituem palavras da linguagem oral ) - apresentação de palavras equivalentes que são utilizadas no processo de Expressão Escrita com intuito de evitar a repetição; (pronomes pessoais,demonstrativos, possessivos, etc) . - enriquecimento e ampliação do vocabulário, através de pesquisas em dicionário, contatos com textos, livros, etc. OBJETIVOS: Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise lingüística para expandir a compreensão das possibilidades de uso da linguagem, ampliando a capacidade de análise crítica e interpretação; 308 Utilizar a linguagem oral com eficácia, sabendo adequá-la a intenção e situações comunicativas que requeiram; Produzir, a partir da escrita, com criatividade utilizando-se das normas padrão de escrita referente a cada atividade executada, buscando a autonomia necessária para aperfeiçoar sua escrita; Identificar as idéias básicas e secundárias, estabelecendo relações entre os elementos do texto para compreender as situações problemáticas, identificar os fatos e tirar conclusões; Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de reflexão sobre a língua, expandindo as possibilidades de uso da linguagem e a capacidade de análise crítica no que se refere a valores e preconceito de classe, credo, gênero e etnia. METODOLOGIA: Os conteúdos serão desenvolvidos progressivamente, respeitando o ritmo de cada aluno. Para que seja possível este desenvolvimento, os conteúdos são apresentados em blocos. Cada um destes blocos é formado por atividades específicas relacionadas aos conteúdos. Os blocos são compostos por atividades referentes a : Expressão Oral → Estas atividades são desenvolvidas regularmente com questionamentos realizados pela professora, de acordo com a necessidade do momento,ou de acordo com algum acontecimento atual, ou apenas de ordem informal . Expressão Escrita → As propostas para as produções de texto são apresentadas sob orientações da professora . A cada produção, apenas um enfoque será desenvolvido ( merecerá correção), e o trabalho que refere-se a cada enfoque será norteado de acordo com a necessidade de cada aluno. 309 Sendo assim, não é possível prever, com exatidão, em qual momento ocorrerá o trabalho com cada um deles. A intervenção ocorrerá ao analisar qual enfoque apresenta maior relevância para o momento. Enfoques que receberão a intervenção da professora: - Correspondência ao tema proposto; - Seqüência lógica; - Paragrafação; - Segmentação e/ou fragmentação de palavras; - Uso de maiúsculas ; - Discurso direto( narração em 1ª ou 3ª pessoa) e discurso indireto; - Elementos coesivos ( oralidade x escrita) ; - Concordância verbal ; - Concordância nominal ; - Pontuação; - Ortografia. Leitura e Interpretação → A seleção de textos pertinentes a cada bloco apresentam unidade de sentido, unidade temática e unidade estrutural. São textos que permitem o trabalho de análise e reflexão, onde a cada bloco amplia-se o grau de dificuldade. Para que possa ser respeitado o ritmo de trabalho de cada aluno, os textos serão em número maior e serão rotativos (todos terão contatos com os mesmos textos, apenas não será ao mesmo tempo). O objetivo é proporcionar a possibilidade de terem contato com o maior número possível de textos, evidentemente que isso ocorrerá sempre respeitando o seu ritmo. A cada texto apresentado ocorrerá a leitura 310 silenciosa, a leitura para a professora (que não implica em ser o texto em sua íntegra) e a leitura da professora ( para que o aluno perceba entonação e ritmo). A professora orientará o aluno durante a realização das atividades e aplicará as intervenções necessárias. Porém buscará estratégias que visem à autonomia e auto-confiança do aluno. Análise Lingüística → Esta atividade será realizada sempre de acordo com a necessidade do aluno ao executar atividades de escrita. Poderão ser desenvolvidas oralmente ou em atividades específicas. OBSERVAÇÕES: O tempo aproximado, pré-estabelecido a cada bloco, será de 16h/a. O bloco seguinte será apresentado aos alunos que concluírem com adequação o bloco anterior, portanto o tempo de conclusão será de acordo com o progresso do aluno: o aluno que atinge os objetivos particulares a cada bloco, passa ao seguinte (aqui, pode ocorrer casos de alunos que atingem os objetivos mesmo antes de realizar todas atividades propostas ao bloco); o aluno que necessitar de mais tempo continuará. Se for preciso, outras atividades que correspondam às suas dificuldades serão elaboradas e aplicadas. AVALIAÇÃO: A avaliação será contínua e subsidiará a elaboração do bloco seguinte. Os aspectos de verificação de progresso estarão sempre relacionados ao desenvolvimento atingido pelo próprio aluno, ou seja, ele será seu parâmetro para a realização do diagnóstico. As atividades realizadas pelos alunos na Sala de Apoio estarão sempre à disposição dos professores regentes e da equipe pedagógica que poderão participar com críticas ou sugestões sobre o trabalho desenvolvido. 311 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – 6º ANO MATEMÁTICA PROPOSTA DE TRABALHO: Tendo em mãos a oportunidade de realizar um atendimento diferenciado aos alunos que apresentam baixo rendimento em sala de aula, as atividades desenvolvidas pela professora regente na Sala de Apoio, visam ao resgate da autoestima do aluno que percebe suas dificuldades e que muitas vezes ocasiona seu desinteresse em sala de aula. O trabalho desenvolvido terá o próprio aluno como ponto de partida. O ponto de chegada será a sua transformação ao atingir o sucesso. Estratégias que possibilitem a interação professor-aluno serão também desenvolvidas com o objetivo de torná-lo confiante para realizar as atividades propostas com autonomia. Na Sala de Apoio o ritmo de cada aluno será respeitado e as atividades propostas serão adequadas às suas dificuldades. CONTEÚDOS: 1) Sistema de Numeração Decimal : * Numeração; ( classe simples até classe de milhão) * Leitura e escrita; * Antecedente e sucessivo; * Composição e decomposição; * Séries numéricas; 312 * Classes e ordens; * Sinais ( = ,≠ , < , > ) ; * Valor absoluto e relativo ; * Par e ímpar; * Fração ; - inteiro com suas partes; - numerador e denominador ; - metade, terça parte, quarta parte,... - leitura e escrita ; 2) Operações com números naturais em situações- problema: * Adição com e sem reserva; * Subtração com e sem reserva; * Multiplicação com 1 algarismo no multiplicador; *Multiplicação com 2 algarismos no multiplicador; * Divisão com 1 algarismo no divisor ; * Divisão com 2 algarismos no divisor ; * Dobro, triplo, quádruplo, ... * Cálculo mental por 10 , 100 e 1000 . 3) Geometria : * Sólidos geométricos ; 313 * Formas planas; 4) Grandezas e medidas : * Sistema Monetário ; - reais e centavos ; - lucro e prejuízo. * Medidas de tempo : - dia, hora, minuto, segundo; - mês, bimestre, trimestre, semestre, ano; - quinquênio, década, século. * Medidas de comprimento: - metro; - quilômetro ; - centímetro; -milímetro; - perímetro; -área. * Medidas de massa : - quilo ; - grama. * Medidas de capacidade: - litro; 314 - mililitro . 5) Tratamento da Informação: * Leitura e interpretação de gráficos; * Construção de gráficos. OBJETIVOS: Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter do jogo intelectual, característico de matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas; Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio que auxiliem na resolução; Ampliar os procedimentos de cálculo – mental, escrito, exato e aproximado – pelo conhecimento de regularidades dos fatos fundamentais que auxiliem na antecipação e verificação de resultados; Utilizar procedimentos e instrumentos de medidas usuais, selecionando a mais adequada ao solucionar uma situação-problema; Adequar a utilização do S.N.D. ao realizar atividades que lhe são propostas. METODOLOGIA: Os conteúdos serão desenvolvidos progressivamente, respeitando o ritmo de cada aluno. 315 Para que seja possível este desenvolvimento, os conteúdos são apresentados em blocos. Cada um destes blocos é formado por atividades específicas relacionadas aos conteúdos. Os blocos são compostos por atividades referentes a: Sistema de Numeração Decimal → Serão selecionadas atividades específicas ao conteúdo proposto que possibilitem a ampliação e compreensão do S.N.D. para escrever, comparar, ordenar números naturais ( da classe simples à classe dos milhões), ler e compreender informações quantitativas e determinar o valor posicional e relativo dos algarismos ao trabalhar as diferentes ordens, bem como o conhecimento dos números fracionários e números decimais. Estas atividades serão apresentas num continuum crescente, de acordo com as necessidades do aluno. Operações com números naturais em situações-problema → As operações matemáticas serão trabalhadas em situações-problema direcionando o aluno a: associar a adição de números naturais à ideia de juntar; relacionar a subtração às noções de “tirar”, de “quanto falta”, ou “quanto tem a mais”; compreender a multiplicação como adição de parcelas iguais e utilizá-la em situações combinatórias; relacionar a divisão às ideias de repartir e “quantas vezes cabe”. Para possibilitar a efetivação neste processo de ensinoaprendizagem, a professora promoverá questionamentos que direcionem o aluno a ler, discutir e interpretar o texto matemático. A intervenção ocorrerá sempre que necessário, porém buscará estratégias que visem à autonomia e autoconfiança do aluno. Geometria → As atividades escolhidas para o desenvolvimento deste conteúdo têm a intenção de possibilitar ao aluno a capacidade de reconhecimento entre as figuras planas e sólidos geométricos. Grandezas e medidas → Serão trabalhadas em situações-problema e em atividades que possibilitem a compreensão adequada à do uso da medida mais situação proposta. A prioridade será dispensada apenas às medidas mais utilizadas em cada Sistema de Medidas. Tratamento da Informação → Este bloco é composto por atividades que permitem a leitura e interpretação de tabelas e gráficos simples. 316 OBSERVAÇÕES: O tempo aproximado, pré-estabelecido a cada bloco, será de 16h/a. O bloco seguinte será apresentado aos alunos que concluírem com adequação o bloco anterior, portanto o tempo de conclusão será de acordo com o progresso do aluno: o aluno que atinge os objetivos particulares a cada bloco, passa ao seguinte (aqui, pode ocorrer casos de alunos que atingem os objetivos mesmo antes de realizar todas atividades propostas ao bloco); o aluno que necessitar de mais tempo continuará. Se for preciso, outras atividades que correspondam às suas dificuldades serão elaboradas e aplicadas. As atividades pertinentes a cada bloco serão desenvolvidas com apoio de material concreto: material dourado, sucata, quadro posicional, blocos lógicos. Entretanto a professora terá como objetivo promover estratégias que possibilitem a suspensão deste material concreto, buscando promoção do aluno no que se refere a sua autonomia e capacidade de abstração. AVALIAÇÃO: A avaliação será contínua e subsidiará a elaboração do bloco seguinte. Os aspectos de verificação de progresso estarão sempre relacionados ao desenvolvimento atingido pelo próprio aluno, ou seja, ele será seu parâmetro para a realização do diagnóstico. As atividades realizadas pelos alunos na Sala de Apoio estarão sempre à disposição dos professores regentes e da equipe pedagógica que poderão participar com críticas ou sugestões sobre o trabalho desenvolvido. 317 PIBID - QUÍMICA O projeto de PIBID da disciplina de Química tem como objetivo, levar formação de professores em Química, promovendo ações de conhecimento teóricoprático, ou seja, a usarem o conhecimento adquirido na universidade também na formação de cidadãos críticos que venham a observar as mudanças na quais estão inseridos. Visa a formar professores capazes de refletir criticamente o papel da química num contexto mais abrangente na história socioeconômica e cultural nos dias atuais. Para tal, contempla a construção e reconstrução dos conceitos científicos observados nos contextos nos quais querem se focar, sejam eles: históricos, políticos, sociais e culturais de nosso país. O PIBID de Química conta com o apoio de alunos do curso de Licenciatura em Química da UTFPR – Campus de Londrina que desenvolvem ações com professores e alunos do colégio, com vista à melhoria na qualidade do ensino dessa disciplina. Promove ainda a aproximação dessa licenciatura com a escola básica e o envolvimento de alunos, professores da universidade e aluno e professores da rede básica. 318 PIBID – SOCIOLOGIA Professora responsável: Mariana O. Lopes Vieira. O PIBID de Sociologia teve início em 01/08/2014 com previsão para dois anos de funcionamento. Tem como ações: 1) Observação e intervenção nas aulas de Sociologia (atividades quinzenais): Elaboração de atividades, avaliações e intervenções nas aulas etc. Participação na organização de Cine debates: “Na Onda das Humanidades”. Participação na organização de conferências interdisciplinares – Conferência Estado e Sociedade. 2) Formação Continuada – aprofundamento de temas sociológicos – elaboração de oficinas, palestras de formação complementar: Oficinas de Sociologia brasileira; Oficinas de temas diversos relacionados à realidade do jovem como violência, questões de gênero, política etc. 3) Pesquisa sociológica sobre os sentidos da escola, do Ensino Médio e do ensino de Sociologia na Educação Básica Pesquisa realizada na escola, por meio de questionário específico. Colaboração do LENPES (Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de Sociologia) UEL e dos professores envolvidos no Pacto Pelo Fortalecimento do Ensino Médio na escola. 4) Jornada das Humanidades Participação na organização e elaboração de oficinas para s Semana de Integração Escola e Comunidade a ser realizada em outubro de 2014; Organização da Jornada de Humanidades 2015. 5) Organização do Grêmio Estudantil Preparação do estudo sobre Grêmio Estudantil – elaboração d oficinas para debate nas turmas do colégio; Organização da assembleia para constituição do grêmio. 319 PIBID - HISTÓRIA O PIBID da disciplina de História conta com 8 estagiários do curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual de Londrina, que desenvolvem atividades relativas à docência na disciplina, sendo orientados por um professor do seu curso de formação e assistidos ela professora Sandra Denipotti. Os trabalhos são desenvolvidos em: uma turma de 7º ano, duas turmas de 9º ano e uma turma de 2º anos do Ensino Médio. O trabalho iniciou-se com o tema: os 50 anos da ditadura militar em nossa cidade. Na sequência foi trabalhada a história local. Os estagiários fizeram a pesquisa e preparam material sobre os 80 anos de Londrina, com o título: "Comer, morar e divertir." Como atividades do PIBID, os estagiários, realizaram ainda, observações nas turmas, prepararam e aplicaram aulas oficinas sobre os temas apresentados. Todo o processo desde a observação, aplicação e análise foram registrados em forma de artigo a serem apresentados em um evento da ANPUH em Campo Mourão na primeira semana de outubro. 320 PIBID - FÍSICA O subprojeto Física 2009 no Colégio Estadual Hugo Simas é coordenado pelo professor João Batista Raminelli e conta com a participação de sete bolsistas, que se dividem em dois grupos de quatro pessoas. Dentre esses, um grupo é responsável pela parte experimental com a pesquisa e construção/aplicação de experimentos e o outro é responsável pela parte teórica, com a regência de aulas de reforço no período vespertino. O grupo desenvolve atividades para alunos do 1 º ao 3º ano do Ensino Médio. No ano de 2012 uns dos trabalhos desenvolvidos no colégio que merece uma atenção especial trata-se da construção de um experimento em parceria com a UTFPR, um trilho multifuncional para ensino de mecânica, onde pode ser realizado um total de oito experiências com o mesmo aparato, que são: movimento uniforme, movimento uniformemente variado, lançamento horizontal, lançamento oblíquo, forças de atrito num plano inclinado, dissipação de energia mecânica pela força de atrito, conservação do momento linear e conservação da energia em colisões. Esse experimento se destaca pela sua ampla aplicação e versatilidade. Também foram produzidos experimentos para alunos do 3º ano, onde podemos destacar o experimento sobre medida de resistência utilizando a tabela de cores e o multímetro e também o experimento de associação de resistores. Além da construção dos experimentos, os bolsistas desenvolvem pesquisas em livros e na internet para futuras construções e posteriores aplicações. Os próprios bolsistas preparam os roteiros experimentais que são compostos por algumas atividades que devem ser realizadas pelos alunos após os bolsistas juntamente com o professor supervisor demostrar o funcionamento de determinado experimento, com isso o aluno consegue relacionar a física teórica ministrada em sala com a parte prática trabalhada no laboratório. Semanalmente são realizadas aulas de contraturno para alunos de 1º à 3º ano do ensino médio, onde os bolsistas preparam com antecedência os conteúdos 321 que serão ministrados, os alunos tiram suas dúvidas sobre a matéria abordada e também ocorre a resolução de exercícios propostos pelo professor. Um fato interessante é que estas aulas são realizadas no período vespertino, ou seja, em um horário extracurricular dos alunos, mais mesmo assim eles comparecem e demostram interesse pelo projeto, e na participação do mesmo. No ano de 2012 o supervisor e os bolsistas participaram de alguns eventos, dentre eles o II encontro do PIBID/UEL e também o I Seminário Estadual PIBID do Paraná, onde puderam trocar experiências com outros bolsistas, supervisores e coordenadores de outros cursos. As metas do grupo vêm sendo alcançadas, e isso ocorre principalmente pela junção entre teoria e prática, onde os alunos conseguem compreender melhor os conteúdos trabalhados, devido à visualização prática. Consequentemente podemos notar uma melhora significativa em seu rendimento escolar. 322 Atividade de Complementação Curricular Título- Teatro das Culturas Município de Londrina NRE- Londrina Data da criação- 11/11/2013 Núcleo de Conhecimento- Expressivo Corporal Atividade- Artes Cênicas Período que a atividade será desenvolvida – Tarde Alunos Envolvidos- Ensino Médio 20 alunos Período de desenvolvimento-10/02/2014 a 16/12/2014 PROPOSTA PEDAGÓGICA 1- JUSTIFICATIVA É de suma importância o papel da escola nas atividades extracurriculares onde o aluno tem a oportunidade de criar, pesquisar, improvisar, questionar e desenvolver o senso crítico. Os alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual Hugo Simas já possuem algum conhecimento relacionado às Artes Cênicas já proporcionados no Ensino Fundamental e o referido projeto “O Teatro das Culturas” oportunizará a retomada e o aprofundamento dos conteúdos, técnicas, gêneros; movimentos e períodos do ensino de teatro viabilizando aos alunos a oportunidade de conhecer e transmitir, através de jogos e peças teatrais, questões étnico- sociais relacionados às culturas afro-brasileira, africana e outros gêneros teatrais. 2 - CONTEÚDOS Revisão dos conteúdos do Ensino Fundamental enfocando a história do teatro greco-romano, medieval e renascentista, Teatro Brasileiro e Paranaense, Gêneros teatrais, teatro popular, teatro de rua, africano, oprimido, invisível, másc aras, infantil, pobre, itinerante, mistério, interativo, ópera, elisabetano (Sh akespeare), Comédia Dell Arte, comédia , tragédia, pantomima individual e em grupo, criação de personagens, Função do teatro nos dias de hoje, montagem de cenários, produção de materiais usados em 323 cena, iluminação, sonoplastia, figurinos, textos teatrais, memorização, dire ção, montagem de espetáculos, apresentações teatrais, produção e divulgação ,Bertold Brech e Augusto Boal. 3 - OBJETIVOS Despertar o interesse do aluno às práticas extracurriculares, tendo o teatro como um exercício para o corpo e para a mente. Oportunizar ao aluno debater questões: étnicos raciais a autoestima e o trabalho em grupo. Perceber a organização e classificação das produções artísticas à partir das semelhanças e diferenças e principalmente respeitar as diferenças individuais. 4 – ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Apresentação do projeto TEATRO DAS CULTURAS para os alunos do Ensino Médio (como complementação curricular) o horário de aula ( manhã ) e specificando que o funcionamento será no período vespertino. Divulgação do projeto através de cartazes no mural do aluno. Inscrição dos interessados, preferencialmente os de situação de vulnera bilidade social. Reunião com os pais e alunos e consequentemente assinatura de um termo de compromisso para a frequência do referido projeto. Resultado da seleção dos inscritos no Programa. Os encontros serão no Auditório do colégio Hugo Simas no período da tarde, às terças e quintas feiras das 14:00 ás 16:00 horas. Reconhecimento do espaço cênico. Exposição dos conteúdos que serão trabalhados no Projeto (teatro): Revisão dos conteúdos de teatro aplicados no Ensino Fundamental, Teatro Brasileiro Teatro Paranaense, Glossário Teatral, Gêneros Teatrais, Função do Teat ro, Montagem Produção e Apresentação. Inicialmente com jogos teatrais e após textos de teatro seguindo a proposta, ou seja: questões relacionadas a étnico racial. Jogos teatrais (laboratório do riso, pantomima, jogos interativos, e outros) 324 As peças Teatrais serão discutidas, elaboradas ou adaptadas pelos próprios alunos, enfocando o tema Afro-Brasileiro (usos e costumes). Ensaios e apresentações no Colégio e outros espaços de pequenas peças. No final como encerramento do Projeto haverá um espetáculo de uma peça de melhor aceitação por parte dos alunos, procurando adaptar-se ao tema proposto. 5 – INFRAESTRUTURA Auditório do colégio com: Palco, Camarim, Banheiro, Cadeiras, TV, Vídeo e Data show. 6 - RESULTADOS ESPERADOS Espera-se que os alunos aprendam a respeitar e conviver com as diferentes etnias, culturas, necessidades sociais e educacionais do grupo e ao me smo tempo valorizando sua autoestima. Aumento da capacidade de inter pretação de textos teatrais, nas expressões: corporais, gestuais e na educação vocal. 7 - CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO Estar matriculado no Ensino Médio do Colégio Estadual Hugo Simas. Estar interessado em participar integralmente do Projeto de Teatro das Culturas (Viva Escola). Nos critérios de seleção priorizar os interessados que se encontram em situação de vulnerabilidade. Acompanhamento do Projeto por um profes sor de arte ou de outras disciplinas à critério da escola. 325 GINÁSTICA RÍTMICA: Iniciação e Treinamento Professora: THAÍS ANGÉLICA JUSTINO VIEIRA JUSTIFICATIVA: A Ginástica Rítmica (GR) é um esporte que encanta pessoas em todo o mundo (CAÇOLLA E LADEWIG, 2006), sendo considerado um dos mais belos da atualidade. É um esporte estimulante, apaixonante que cada vez mais adquire popularidade tanto ente espectadores quanto praticantes. Desenvolve beleza e graça em movimentos criativos. Possui uma forma artística do movimento corporal e proporciona prazer e satisfação estética (BODO - SCHIMID, 1985). Nesse sentido, Laffranchi (2001) aponta esse esporte como tendo seu lado arte, pois está sempre em busca do belo, por meio da criatividade e talento expressos nos movimentos corporais que juntamente ao virtuosismo técnico se desenvolvem, formando assim um harmonioso conjunto de ritmo e movimento. Uma das características mais marcantes da Ginástica Rítmica está na combinação de movimentos corporais aliada ao manuseio de aparelhos, que são a corda, o arco, a bola, as maças e a fita. É uma das poucas modalidades que permitem trabalhos coletivos e individuais. De acordo com Martins (1999) a Ginástica Rítmica é uma modalidade muito rica e dotada de grande versatilidade, pois envolve a coordenação motora, a lateralidade, a percepção espacial, como também, a postura, a consciência corporal e as qualidades físicas. Além disso, a prática desportiva também desperta para questões de disciplina, estética e respeito ao próximo. PÚBLICO ALVO Crianças e Adolescentes do sexo feminino, dos 9 (nove) aos 15 (quatorze) anos de idade. 326 OBJETIVOS: Oportunizar as alunas do Colégio Estadual Hugo Simas a prática da Ginástica Rítmica; Contribuição na formação física e consequentemente a elevação da saúde das praticantes; Oportunizar o aparecimento de novos talentos; Divulgar a modalidade; Participar de festivais, campeonatos e eventos promovidos pelas entidades responsáveis no Paraná. METODOLOGIA - O desenvolvimento dos conteúdos será por meio de aulas práticas, com ou sem aparelhos e com a utilização de músicas; - As avaliações das alunas serão realizadas através da participação das mesmas nas aulas, bem como o controle de frequência, com registro de conteúdos ministrados. - As aulas da Iniciação acontecerão regularmente duas vezes por semana (segunda e quarta-feira), com a duração de 1h15min cada encontro; - As aulas da Equipe de Treinamento acontecerão regularmente três vezes na semana com duração de 2h (segunda e quarta-feira) e 3h (sexta-feira); RECURSOS NECESSÁRIOS: Quadra; 5 Faixas de Carpê Aparelho de som – CD; Cordas, Arcos; Bolas, Maças e Fitas; Materiais alternativos; Pagamento taxa anual de vinculação com a FPRG; Pagamento para participar de cada campeonato (por categoria e ginasta); Viagem para campeonatos (Passagens, transporte, hospedagem e alimentação); Collant para competição. 327 PROGRAMAÇÃO DE EXECUÇÃO As aulas da Ginástica Rítmica acontecerão duas vezes na semana para iniciação e três vezes para a equipe de treinamento, dividido da seguinte forma: - Iniciação: Segunda e Quarta-Feira das 17h45min às 19h - Treinamento: Segunda e Quarta-Feira das 19h às 21h e Sexta-Feira das 18h às 21h. Iniciação: - JUNHO: Festival promovido por entidades de Londrina. - NOVEMBRO: Festival de encerramento do ano para familiares e amigos. Treinamento: - DURANTE O ANO: Campeonatos Paranaenses (Individual e Conjunto). CONTRIBUIÇÕES ESPERADAS: Participar de eventos realizados durante o ano, no caso, os Festivais e os Campeonatos; Descoberta de novos talentos; Ocupação sadia do tempo livre; Melhoria dos aspectos motores, cognitivos e sociais. REFERÊNCIAS BODO SCHMIDT, A. Gimnasia Ritmica Deportiva. Barcelona, Hispano Europeia. 1985. CAÇOLA, P. M.; LADEWIG, I. Avaliação da retenção de uma habilidade de salto da ginástica rítmica ensinada através da prática em partes e da prática como um todo. 2006. Dissertação (Mestrado em Exercício e Esporte) - Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2006. LAFFRANCHI, B. Treinamento desportivo aplicado à ginástica rítmica. Londrina: UNOPAR, 2001. MARTINS, Sissi. Ginástica Rítmica Desportiva: aprendendo passo a passo. Rio de Janeiro: Editora Shape, 1999. 328 O Taekwondo Como ferramenta de Saúde Durante os últimos anos, após se tornar o mais recente Esporte Olímpico, o taekwondo sofreu inúmeras adaptações e acabou se tornando a mais versátil arte marcial, com o maior número de praticantes no Mundo. Devido ao elevado índice de criatividade e constantes variações de movimentos, os quais podem conter a mais devastadora potência, como simplesmente serem utilizados como modeladores de beleza estética, manutenção cardiorrespiratória, ou simplesmente coreografia marcial. Sua mais recente variação é chamada de TAEFIT, a qual consiste em sequências ordenadas de movimentos marciais com acompanhamento musical, o qual pode ter diferentes intensidades, formando uma potente maneira de modelar e definir o corpo com aprendizado da defesa pessoal. Na educação infantil Uma das principais questões discutidas no meio educacional é a qualidade do ensino, ocorrendo este, nas salas de aula, escolinhas de esporte ou qualquer outro meio onde os processos de ensino e aprendizagem estejam presentes. Devemos levar em consideração vários aspectos no que diz respeito a diferenças de classes sociais, etnias, sexos, culturas, ritmos de aprendizagem e acima de tudo, sua individualidade. Nesta perspectiva de educação, ressaltamos o papel dos veículos de ensino como as academias e escolinhas de TAEKWONDO como local de vivencias de transformações dos alunos, pois, de acordo com o ponto de vista sócio- afetivo, os primeiros anos de aprendizado cultural da criança, ocorrem a criação da imagem positiva sociocultural, estimulando na vivencia em grupo, reconhecimento das diferenças e, respeito por elas. Do ponto de vista cognitivo, as escolinhas de Taekwondo criam a oportunidade do aluno de conhecer e desenvolver seus próprios conceitos através da observação, da vivencia, dos desafios que são e devam ser associados ao seu mundo real, aumentando suas percepções sensoriais espaciais, entendimento mental e compreensão das demais áreas estimuladas nas rotinas adaptadas ao ensino escolar. Do ponto de vista motor, as escolinhas de Taekwondo estimulam o desenvolvimento de habilidades motoras variadas, explorando movimentos, objetos e espaços físicos, estimulando a criação de bons hábitos além de um repertório de movimentos bilaterais amplos, com o objetivo do desenvolvimento das capacidades coordenativas como reação, ritmo, equilíbrio, acoplamento, diferenciação, mudança, e orientação. Outros conteúdos lúdicos como jogos, brincadeiras, são o resgate de antigas atividades vividas culturalmente, além de atividades livres que visam proporcionar a criatividade e autonomia motora dos alunos. Os conteúdos na educação infantil são tão ricos que independem da sofisticação dos materiais didáticos, dos espaços físicos adequados, etc. O conhecimento do professor que atua nesta área é o recurso essencial, para o desenvolvimento adequado dos alunos, respeitando as faixas etárias, adequando as atividades ao nível de desenvolvimento do aluno promovendo sua interação sem distinção de raça, sexo, e classe socioeconômica; promovendo as relações interpessoais, autoestima, autoconfiança. Dentre os pontos de responsabilidades do professor, o mais importante é não atribuir ao taekwondo apenas a forma de defesa pessoal ou arte marcial, mas sim uma prática que permita a vivencia de experiências motoras diversificadas, bem como a própria promoção da saúde e qualidade de vida. 329 Cada movimento no TAEKWONDO e projetado e adaptado e moldado cientificamente com um propósito especifico, e um instrutor hábil pode, consequentemente, desenvolver no estudante a certeza de que o sucesso é possível para qualquer um. A repetição constante ensina a paciência e o ajuda a superar todas as dificuldades. O poder gerado pelo seu corpo desenvolve a sua autoconfiança para enfrentar qualquer oponente, em qualquer situação, inclusive pedagógica, se utilizando da humildade, da sutileza, coordenação e exercícios fundamentais para desenvolverem a precisão e imaginação para qualquer finalidade, sendo que o constante treinamento permeia áreas do consciente e subconsciente do estudante. As crianças são naturalmente cheias de energias, e esta chega até aos limites do incontrolável. Sua atenção de dissipa rapidamente e podem se distrair facilmente, chegando ao ponto de algumas não conseguirem se relacionar perfeitamente com outras crianças de sua idade. As artes marciais levam as crianças a abrirem seus horizontes e quebrarem certos paradigmas, testando seus limites. Quais são seus objetivos Aperfeiçoamento das capacidades do cidadão, através do desenvolvimento de suas capacidades de disciplina, autocontrole, defesa pessoal, concentração, condicionamento físico, persistência, superação, respeito e sociabilização. Melhoria do bem estar do praticante através da pratica de exercícios físicos e mentais, associados a atividades lúdicas, visando o desenvolvimento de habilidades ainda não vivenciadas, fortalecendo assim o esporte como uma filosofia de vida que visa o equilíbrio vital do ser humano. Princípios do Taekwondo CORTESIA, para com os mais velhos e todas as pessoas do seu convívio. INTEGRIDADE, tendo um caráter ético em suas atitudes e convivência. PERSEVERANÇA, para nunca desistir e sempre tentar superar as dificuldades da vida AUTOCONTROLE, para manter-se lucido, organizar as ideias para vencer o inesperado ESPÍRITO INDÔMAVEL, para transpor qualquer obstáculo diante de si, sem medo. A filosofia do TAEKWONDO está baseada na ética, moral e normas espirituais, mediante as quais cada homem poderá viver juntamente e em harmonia. Para se ter um bom caminho durante toda a vida é necessário que dentro de cada pessoa exista uma filosofia positiva e uma boa condição física. 330 PROPOSTA O objetivo deste projeto é levar aos alunos desta instituição, exercícios físicos específicos e necessários para promover o condicionamento físico saudável, coordenação motora refinada, redução de massa corporal e melhoria significativa na qualidade de vida dos participantes das modalidades oferecidas. Inicialmente proporcionaremos aos alunos desta instituição o contato com o TAEKWONDO, arte marcial e esporte olímpico de contato, onde suas variações, trabalhadas de forma adequadas às características dos praticantes, promovem não somente o conhecimento das capacidades do indivíduo, mas através de suas variações ( TAEFIT, ALONGAMENTOS E EXERCICIOS LOCALIZADOS ) completam as rotinas de exercícios modernos mais praticados nas melhores academias do mundo, causando uma melhora imediata na resposta física, sensorial e motora onde os sentidos serão treinados e adestrados de forma gradativa, melhorando a reação do indivíduo em todos os quesitos necessários para efetuar suas rotinas diárias de trabalho. Desta forma, estaremos proporcionando aos alunos, a comodidade para praticarem dentro do ambiente escolar, atividades físicas relacionadas às artes marciais, proporcionando uma melhora significativa não só na qualidade de vida, mas também no convívio social entre alunos, familiares e amigos. As aulas poderão acontecer nas dependências da instituição ou em local apropriado de comum acordo para os participantes e instrutor, e terão a duração de 45min a 1:00hr de atividades. VOLNEY VIDOTTI Professor 1º dan Cref Pr 021.227 9927.8838 / 8424.8224 331