piloto cyborg - Login

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piloto cyborg - Login
PILOTO CYBORG:
O HOMEM
DE MUITOS
MILHÕES
DE DÓLARES.
Ana Maria Vieira
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 318 de 1014 - - - - - - - - - -
OBJETIVO
•
Perceber as grandes máquinas híbridas, constituídas de peças e
humanos e, no caso da Aviação, de pilotos e avião.
•
Propor uma reflexão, levantar questões e estabelecer possibilidades
de interação com pesquisadores de diferentes áreas, tais como,
psicologia, comunicação, engenharia e ciências jurídicas,
contribuindo para o debate do futuro que prevê, por exemplo, um
piloto cujas funções neurais vinculam-se diretamente ao computador
de bordo. O computador pode decidir assumir o voo, se considerar
necessário.
•
Questionar a atribuição de culpa aos pilotos ou a “falha humana”,
uma vez que pilotos e aeronaves são elementos híbridos.
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INTRODUÇÃO
• A ideia de acoplar o homem à sua máquina
voadora não é novidade. Antes da
construção do primeiro avião, vários
inventores criaram suas próprias asas,
feitas de penas e madeira leve anexadas
aos braços, e saltavam do alto de torres
para testar sua capacidade de voar.
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INTRODUÇÃO
• Os resultados foram desastrosos.
• No século XV, Leonardo da Vinci elaborou
projetos para a construção de um ornitóptero (do
grego: ornitho, ave + pteron, asa). As asas
batiam, propulsionadas pelos braços e pernas do
homem.
• Estes inventos voadores mostram os primeiros
híbridos de homem e máquina, ou seja, as
primeiras tentativas de acoplar o homem à
máquina voadora transformando-os em um só
elemento.
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INTRODUÇÃO
•
Pilotar um avião moderno, é uma tarefa na qual máquina e Humanos estão integrados
formando uma matriz biotecnológica de resolução de problemas.
problemas.
•
O comandante = gerenciador de sistemas
•
“Cockpit cognitivo" - permite que os pilotos operem certos sistemas de controle por
atividade neural e o seu estado físico é monitorado pelo computador através de
leituras de ondas cerebrais, de suor nas palmas da mão e dos olhos que pode assumir
o controle no caso de uma emergência.
•
Gravar a atividade cerebral de um piloto para personalizar a cabine para as
necessidades do indivíduo em tempo real, desde a escolha do órgão sensorial menos
sobrecarregados para comunicar a informações priorizando e eliminando distrações.
•
Estimulação magnética transcraniana (TMS) para suprimir ou melhorar as funções
cerebrais individuais (atingir o cérebro de forma dirigida, através de pulsos magnéticos
sobre o crânio, os quais, atravessando os tecidos, geram uma fraca corrente elétrica
capaz de provocar alterações na atividade das células nervosas )
•
O cérebro e o corpo do piloto estão cada vez mais entremeados no tecido do sistema
de controle do cockpit. interface-cérebro-máquina-cérebro
•
Isso levanta uma série questionamentos éticos, tanto sobre os direitos do piloto como
os de quem, na realidade, será responsável pelas ações em combate
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Sistemas eletrônicos epidérmicos são capazes de
colar na pele de soldados por mais de 24 horas.
(Imagem cortesia de J. Rogers, Universidade
de Illinois.)
No futuro o soldado será “embalado” com
sensores, capazes de identificar o calor
circundante de uma ferida.
Autotratamento - dispositivos para redução da dor
e estanque do sangramento mantêm o piloto
voando, apesar de ferido. Eletrodos são ativados
no cérebro para obliterar e anular a dor.
O piloto não precisa falar, O COMPUTADOR
transmitirá informações, de quem ele é, o tempo
de descida, qual é a gravidade estimada do
ferimento, etc.
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INTRODUÇÃO
• A potencial consequência dessa mudança é
que as funções de comando significativas serão
desempenhadas por máquinas que funcionam,
não como um assistente, mas como um tomador
de decisão e executor - o que é conhecido como
“machine command”.
• Os efeitos negativos desta perda de controle
podem gerar mais do que apenas uma
diminuição de ego, que pode resultar na falta de
participação, ou seja, em uma retirada sensorial.
• Overtrust syndrom - pensar que informações não
relacionadas à automação são menos críveis.
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PILOTOS E AUTOMAÇÃO
Taylor, Finnies e Hoy simularam um cenário de combate em
que um computador fornecia pistas sobre a intenção do
inimigo. Pistas foram seguidas, mesmo em conflito com a
evidência de que as informações estavam erradas.
• Conejo e Wickens - voo simulado durante o qual os
pilotos deveriam atingir alvos em solo utilizando pistas
automatizadas.
• Os pilotos se mostravam bastante propensos a serem
enganados pela máquina e escolherem um “falso alvo”,
apesar de a posição e a identidade do verdadeiro alvo
estarem claramente visíveis na tela.
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TEORIA DO HOMEM HÍBRIDO
• Pense no Google e imagine este recurso com seu próprio
buscando notas que você mesmo
arquivo pessoal
inseriu, situação que você passou, treinos no simulador.
Imagens projetadas imagens diretamente na retina do
piloto com um laser de baixa potência (virtual retina
display) sem prejudicar a visão dos pilotos.
• Computação ubíqua - tornar a interação piloto
computador invisível, ou seja, integrar a informática com
as ações e comportamentos naturais dos pilotos. Não
invisível como se não pudesse ver, mas, sim de uma
forma que nem percebam que estão dando comandos a
um computador, mas como se tivessem conversando.
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HOMEM HÍBRIDO
•
F-35’s Helmet Mounted Display System: Fornece informações essenciais
do voo: HUD virtual no visor , combinando toda a informação proveniente de
sensores do avião, juntamente com imagens alimentadas por um conjunto de
câmeras montadas em superfícies exteriores do jato que o sistema fornece
ao piloto como uma visão semelhante ao raio-X imaginário. O piloto pode ver
em todas as direções, e através de qualquer superfície não importa para
onde o piloto vire a cabeça.
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HOMEM HÍBRIDO
• "Você não está voando - o computador faz o voo. Você se senta em
uma poltrona, por assim dizer, e gerencia o espaço de batalha,
gerencia todas as entradas que estão chegando de quilômetros de
distância na tela do capacete na frente de seus olhos”.
• “O poder de precisão é incrível, e a capacidade de coleta de
informações é enorme, você se torna um ser que tudo vê.
• "É assustador quando você pensa sobre isso - como tudo se torna
mais tecnológica, há cada vez menos do elemento humano voando, e
algumas pessoas podem não perceber que estão fazendo a transição
de um jogo de vídeo game em sua sala de estar para um grande jogo
de vídeo em um conflito”.
• “A diferença é que na vida real, simplesmente não há botão de reset".
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CYBORGS
• Em sua obra “Jamais fomos modernos", Bruno Latour (1999)
pretende abandonar o mundo das representações de objetos e
sujeitos e chegar aos "quase-objetos" ou "quase-sujeitos", ou seja,
aos híbridos. É preciso perceber as grandes máquinas híbridas
constituídas entre objetos e humanos.
• Cyborgs são, portanto, a essência desta transcendência da barreira
homem-máquina.
• Os cyborgs são a representação física da "mecanização" do homem
e a "humanização" das máquinas.
• O cyborg é uma experiência militar possibilitada pela interação com a
tecnologia.
• Um exemplo ficcional que ajuda a compreender esta ideia: A série
americana, dos anos 70 - CYBORG: The Six Million Dollar Man .
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CYBORGS
• O Curiosamente o acidente da abertura do
seriado é uma filmagem original da NASA
de um acidente em 1967 com o piloto
Bruce Peterson em um avião Northrop M2F2. Felizmente, Peterson estava protegido
pela estrutura do M2-F2 e conseguiu
sobreviver ao acidente apesar de ter
perdido um olho (NASA, 1996)
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CYBORGS
Depois vieram outros cyborgs famosos como: Robocop, O exterminador
do futuro, Soldado Universal, Iron Men, Cyborg Soldier, dentre outros
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CYBORGS
• A constituição de cyborgs produz mudanças políticas na
concepção do mundo e na ação do Estado (Gray, 2002).
• Um exemplo é a questão da guerra, na qual os soldados
não são mais humanos lutando contra humanos, mas
cyborgs
tecnologicamente
avançados,
tendo
superioridade bélica aquele que possui a melhor e
mais produtiva simbiose (Defense Advanced Research
Projects Agency , DARPA).
• A fusão da Biologia e da Computação para criar
soldados cyborgs tem sido prioridade na DARPA
desde 2002.
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OS PILOTOS CYBORGS
• Programa de Tecnologia de Interface Neural - DARPA – Programa
Micro Bio Informação: integrar os pilotos militares a computadores
de aviões, direta ou remotamente. Transmitir sons ou imagens
diretamente para o cérebro dos soldados.
• “Estamos desenvolvendo projetos para processamento de microchips
que podem ser implantados abaixo do crânio e manipulados
remotamente.” Rudolph afirma ter testado um chip que pode, muito
em breve, ser usado em campo (Alan S. Rudolph chefe do projeto)
• Este programa tem como objetivo controlar a capacidade humana em
situações complexas, através do envio de comandos de controle à
aeronave e esta também podem enviar informações para o cérebro.
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 338 de 1014 - - - - - - - - - -
OS PILOTOS CYBORGS
• Em um workshop do exército os militares
dos EUA mostraram-se abertos para os
“implantes neurofuncionais”.
• Alguns soldados presentes
levantaram
problemas éticos importantes que foram
rebatidos com argumentos que alguns
destes conceitos já são usados na
medicina (por exemplo, em pacientes
paralisados).
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 339 de 1014 - - - - - - - - - -
OS PILOTOS CYBORGS
• O piloto militar de ontem entrava em
combate somente com a máquina e as
armas.
• O piloto militar de hoje é reforçado pela
tecnologia.
• O piloto de amanhã será um cyborg, um
organismo cibernético, reforçado por tudo o
que a tecnologia tem para oferecer.
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OS PILOTOS CYBORGS
• Scanners cerebrais de Eletroencefalografia (EEG), o
que lhes permite monitorar o estado mental de um piloto e
confirmar se ele realmente está se concentrando no voo.
• Eles ajustam os scanners ao capacete do piloto de caça
graças a um avanço na miniaturização de chips.
• Se o piloto não perceber o aviso luminoso, adormecer,
ficar inconsciente ou entrar em pânico, os sensores vão
detectar a situação e retransmiti-la para a base.
• Teoricamente, alguém no solo poderia, então, intervir e
colocar o avião no piloto automático.
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 341 de 1014 - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 342 de 1014 - - - - - - - - - -
OS PILOTOS CYBORGS
• Pierre Lévy - Propõe dar um fim à
polarização entre humanos e máquinas,
escapando das oposições fáceis que
colocam, de um lado, os humanos, a carne,
e, de outro, as máquinas, o metal, o silício.
• Ao se conectar à aeronave, o piloto passa
a fazer parte da máquina e vice-versa.
Tornam-se um elemento híbrido de
organismo e máquina, ou seja, um cyborg.
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 343 de 1014 - - - - - - - - - -
Chinook helicopter disaster - computer
software failure or pilot error?
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.
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•
O Chinook ZD576 transportava 25 pessoas, dentre elas, oficiais de
inteligência, quando caiu sobre o Mull of Kintyre, em 2 de Junho de 1994.
Os pilotos Tenente Jonathan Tapper e Tenente Richard Cook foram
considerados culpados, sob a alegação de negligência crassa, em
inquérito da RAF (Royal Air Force)
A frota do Chinook Mark 2 vinha apresentando generalizadas e repetidas
falhas causadas pelo software.
Quando o um software de segurança-crítica do computador falha ou
apresenta problemas de codificação ou de design que contribuem para um
incidente importante, dificilmente encontram-se traços físicos relacionados à
deficiência do software.
Somente o fabricante pode compreender suficientemente bem seu sistema
para identificar eventuais falhas na sua concepção, codificação ou testes.
Os fabricantes geralmente possuem grandes recursos à sua disposição
para provar que seu equipamento não foi responsável por um acidente.
Portanto, o elo mais fraco após um desastre particularmente fatal será
sempre dos operadores - especialmente se estes já estão mortos.
Até hoje nenhum fabricante foi implicado em uma grande catástrofe
relacionada a software.
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 344 de 1014 - - - - - - - - - -
Chinook MK2
•
Perrow (1999) aponta seu ceticismo quanto à classificação das causas dos
acidentes aéreos em “erro do piloto”, pois reconhece que a expressão
engloba convenientemente todos os percalços cuja verdadeira causa é
incerta, complexa ou “embaraçosa” para a organização.
•
É uma forma alternativa de dizer “culpem a vítima”, ao invés de culpar todos
os envolvidos, todos que contribuíram com o acidente não realizando sua
função corretamente.
•
Em julho de 2011, o Secretário da Defesa Liam Fox pediu desculpas às
famílias dos dois pilotos da RAF e um novo relatório inocentou os pilotos
envolvidos no acidente de 1994.
•
Depreende-se daí que a perda do Chinook ZD576 é muito mais do que um
acidente de helicóptero.
•
Aceitar o veredicto contra os pilotos é aceitar que é razoável culpar os
operadores quando o software contribuiu para o acidente.
softwares sofisticados, que visam evitar o erro humano, podem induzir
o ser humano ao erro.
•
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Chinook MK2
• Pedido de desculpas
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 346 de 1014 - - - - - - - - - -
Chinook MK2
• À luz da teoria homem híbrido que tem de ser analisado são as
relações humanos e não-humanos que estavam acoplados e se
propunham a levar a cabo uma missão. Algumas dessas relações
não se mantiveram estáveis, e a missão fracassou.
• Se antes formavam um único bloco este desaparece e é substituído
por ações pontuadas.
• No relatório o mais importantes foi o comportamento dos pilotos,
situadas pouco antes do desfecho do acidente. Esses
comportamentos foram descritos e discutidos como “negligentes”,
partindo do pressuposto que a ação correta era previamente
conhecida pelos operadores que optaram por não usá-la, como
resultado de uma escolha consciente, originada pela personalidade
indisciplinada ou desatenta.
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 347 de 1014 - - - - - - - - - -
Aeronaves não tripuladas
•
"Fatores humanos não foi integrado no design original dos VANTs. Como resultado, o percentual de
grandes acidentes causados ​por "fatores humanos é, ironicamente, maior para os VANTs do que
para aviões tripulados” (Coronel Dougherty comandante de operações de VANTs falando na
conferência da Association for Unmanned Vehicle Systems International (AUVSI) em Vegas).
•
Dougherty prosseguiu, pedindo aos designers “Um melhor estudo para manter a sanidade."
•
Relatórios de acidentes do Pentágono revelam que acidentes em aviões não tripulados ocorrerem
porque nem todas as circunstâncias podem ser preditas (ZUCCHINO, 2011).
•
A incapacidade de antecipar todas as possíveis contingências conduz a situações na qual o sistema
se comporta de forma como ele foi projetado mas não da maneira que se espera.
•
Inúmeros fatores podem afetar a informação cognitiva da aeronave robô como: estímulos externos,
variações no ambiente operacional, falhas de software, falsos estímulos, e qualquer situação nova e
inesperada. Sem nenhum ser humano no circuito para ajudar a interpretar os dados, raciocinar
sobre estes dados, e decidir como responder, o entendimento da situação fica ainda mais
complicado (WEISS, 2011)
•
Precisamos trabalhar em conjunto com as demais áreas como éticas, legais , técnicas e fatores
humanos para enfrentar, por exemplo, um disparo inadvertido, discriminação do alvo errado e a
possibilidade de o inimigo a tomar o controle do sistema não tripulado.
•
Ronald C. Arkin, diretor do Mobile Robot Laboratory at Georgia Tech está procurando maneiras de
imbuir nos VANTs uma sensação de "ética" e até mesmo uma "consciência" artificial para que
possam seguir às regras internacionais de guerra transformando essas aeronaves robôs em
quase humanos. Localizar o alvo destruir as armas mas não as pessoas.
•
Teremos então a humanização das máquinas.
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 348 de 1014 - - - - - - - - - -
O futuro prevê pilotos que serão capazes de
conduzir seus aviões pelo pensamento
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 349 de 1014 - - - - - - - - - -
RESPONSABILIDADE PRESSUPÕE A
LIBERDADE DE AGIR.
• Por acaso os pilotos mantiveram seus
dedos pecaminosos fora dos controles?
(membro do Conselho de Administração da
Airbus em fevereiro de 1990, quando lhe foi
comunicado sobre a queda de um A 320 da
Indian Airlines SCHMIDT, 2000)
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 350 de 1014 - - - - - - - - - -
RESPONSABILIDADE PRESSUPÕE A
LIBERDADE DE AGIR.
• Vimos que a tecnologia está no caminho de
privar o piloto de sua capacidade de decisão e,
em última instância, do controle da aeronave.
• Do ponto de vista legal, isso é motivo de grande
preocupação e, portanto, não pode ficar sem
solução.
• A Convenção de Chicago de 1944 determina: “O
piloto em comando deverá ser responsável pela
operação e segurança do avião e pela segurança
de todas as pessoas a bordo durante o voo.”
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 351 de 1014 - - - - - - - - - -
RESPONSABILIDADE PRESSUPÕE A
LIBERDADE DE AGIR.
• Muitas vezes, porém, o sistema é tão complexo que só pode ser
dominado com muita dificuldade.
• Nesses casos, as possibilidades de se tomar medidas responsáveis
são bastante limitadas.
• A capacidade de exercer a responsabilidade pressupõe a liberdade e
a oportunidade de agir.
•
No entanto, se o piloto for incapaz de agir ele não poderá continuar a
ser onerado com esta responsabilidade.
• Normalmente, a abordagem de uso incorreto ou negligente do
equipamento é utilizada para mitigar a
responsabilidade dos
fabricantes.
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 352 de 1014 - - - - - - - - - -
RESPONSABILIDADE PRESSUPÕE A
LIBERDADE DE AGIR.
• Outros afirmam que o fato de responsabilizar os
produtores por todos os danos causados pelo
seu software colocaria muitos fabricantes fora
do mercado e reduziria a criatividade da indústria
de software, sufocando assim o progresso
tecnológico (MARTI, 2011).
• Em um simpósio de segurança de voo da ICAO,
Etienne Tarnowski, representante da Airbus,
expressou a opinião de que "o piloto, como o
goleiro, é responsável pela operação segura das
aeronaves em todas as circunstâncias”
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 353 de 1014 - - - - - - - - - -
RESPONSABILIDADE PRESSUPÕE A
LIBERDADE DE AGIR.
• O goleiro só entra em ação quando a equipe,
especialmente da defesa (neste caso, o
computador), não conseguiu fazer o seu trabalho
no campo de jogo.
• O homem deve continuar controlando a máquina,
não deve ser permitido à máquina controlar o
homem.
• Somente desta forma o piloto continuará a
exercer e assumir suas responsabilidades.
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 354 de 1014 - - - - - - - - - -
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 355 de 1014 - - - - - - - - - -
CONCLUSÕES
•
A conclusão aponta para a necessidade de uma coexistência
equilibrada entre o homem e suas máquinas voadoras
superinteligentes, aprimorando-se, cada vez mais, o treinamento e,
consequentemente, aperfeiçoando o relacionamento entre humanos
e máquinas, tornando, deste modo, possível lidar com tecnologias
complexas e, simultaneamente, manter níveis elevados de
segurança. Do contrário, é provável que as futuras aeronaves
pressuponham os pilotos como uma espécie que ainda precisa
evoluir.
•
É preciso haver um equilíbrio entre o poder da tecnologia e o
humano.
•
O conceito de "piloto em comando" (pilot
(pilot in command)
command) está se
transformando em "piloto em comando parcial" e evoluindo para
“piloto sem comando”
comando”. E portanto devemos rever “erro do piloto”
piloto”
•
O sonho de a tecnologia funcionar perfeitamente é tão ilusório como a
crença na infalibilidade do ser humano.
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 356 de 1014 - - - - - - - - - -
RECOMENDAÇÕES
• Para enfrentar os novos desafios científicos, o treinamento necessita de uma
transformação radical. A convergência das disciplinas, anteriormente separadas
em áreas como Humanas, Biológicas e Exatas, é inevitável quando se pretende
formar indivíduos que compreendam, em profundidade, os vários campos da
Ciência e sejam capazes de, inteligentemente, trabalhar para integrar, com
eficiência, tecnologia, ética, corpo humano e saúde mental.
• Uma formação que integre o cognitivo, o afetivo e o psicomotor.
• Cognitiva -resultante do armazenamento organizado na mente do ser que
aprende. A afetiva - resulta de experiências e sinais internos, tais como, prazer,
satisfação, dor e ansiedade. Psicomotora - envolve respostas musculares
adquiridas por meio de treino e prática.
• A aeronave deve ser adaptada para servir como uma ferramenta controlável
e ​útil para o ser humano, e não o oposto.
• As novas tecnologias, sem dúvida, serão revolucionárias, mas, deverão ser
regidas sempre pelo respeito, ética e priorizando o bem-estar, a segurança
e a dignidade dos seres humanos.
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 357 de 1014 - - - - - - - - - -
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OBRIGADA PELA ATENÇÃO!
[email protected]
TEL: XX 11 99975 7004
- - - - - - - - - - Anais do 6º Simpósio de Segurança de Voo (SSV 2013) – Direitos Reservados - Página 359 de 1014 - - - - - - - - - -