Junho - Sindojus
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Junho - Sindojus
INFORMATIVO Sindicato dos Oficiais de Justiça Avaliadores do Estado de Minas Gerais Rua Mato Grosso, 539 - Conj. 601/603 Barro Preto - CEP 30.190-080 - BH - MG e-mail: [email protected] www.sindojusmg.org.br SINDOJUS MG “oculu veritas” Belo Horizonte • MG • Ano IV • Nº 8 • Junho de 2011 Categoria propõe valor único para todas as diligências Gil Carlos V ERBA INDENIZATÓRIA Unificação das verbas indenizatórias foi um dos três encaminhamentos aprovados pelos filiados na assembleia realizada em 4 de junho E m Assembleia Geral Extraordinária convocada pelo SINDOJUS/MG e realizada em 4 de junho, em Belo Horizonte, os oficiais de justiça avaliadores da Capital e do Interior que estiveram presentes aprovaram os seguintes encaminhamentos: 1 Ingresso de ação competente contra o artigo 147 do Provimento 161/2006 da Corregedoria Geral de Justiça; 2 Realização de Assembleia Conjunta com a participação dos três sindicatos representativos dos servidores do TJMG (SINDOJUS/MG, SINJUS e SERJUSMIG), para deliberar sobre a exigência do nível superior de escolaridade para ingresso no cargo de oficial de justiça; 3 Envio de requerimento ao TJMG pleiteando, provisoriamente, o pagamento das Verbas Indenizatórias no valor único de R$ 13,96, correspondente ao valor NESTA EDIÇÃO mínimo da Tabela D, da Lei 14.939/2003, na região urbana, acrescido de R$ 1,50, por quilômetro rodado, na zona rural, com a aplicação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para correção anual dos respectivos valores. A Tabela D, da Lei 14.939/2003, continuaria sendo aplicada como fonte de receita para cobertura das despesas de transporte para realização das diligências, sem prejuízo da ação ajuizada pelo SINDOJUS/MG, contra o Estado de Minas Gerais, que pleiteia a equiparação da Verba Indenizatória da Assistência Judiciária à referida Tabela. RETAS DO TJMsG2 a 6 C N O C S A ID D E M E Página RA D SINDICATOS À ESPE 2 O INFORMATIVO - Junho/2011 SINDOJUS MG “oculu veritas” EDITORIAL SINDOJUS/MG recebeu, em 18 de maio, de Geisa Rodrigues Rosa Cardoso, diretora, em substituição, da Secretaria de Padronização da 1ª Instância, Suporte ao Planejamento e à Ação Correicional (SEPAC), da Corregedoria Geral de Justiça, e-mail com cópia anexa da “Proposta elaborada pelo Grupo de Trabalho constituído pelas Portarias Conjuntas nº 196 e 199/2010”. O GT instituído por tais Portarias, da CGJ e do TJMG, tratou de estudos sobre ressarcimento dos atos praticados por oficiais de justiça, relacionados à entrega de mandados de prisão, a serem cumpridos por autoridades policiais, bem como de ofícios e outros expedientes diversos. A proposta, informou a representante da SEPAC, foi inserida na pauta da reunião do Comitê de Planejamento de Ação Correicional que estava agendada para 30 de maio. Ao final do documento, foram apresentadas as seguintes sugestões: 1) Inicialmente, deverão ser criados instrumentos estatísticos hábeis a identificar o impacto orçamentário que ocorrerá na despesa atualmente processada, em razão da eventual futura indenização pelo cumprimento de diligências relacionadas a processos judiciais, que ainda não são objeto de ressarcimento. Para tanto, deverá ser estabelecido um prazo, que poderá ser de 06 (seis) meses, em que todos os atos dos Oficiais de Justiça, originários de processo judicial, não remunerados e que As seguidas propostas esdrúxulas do TJMG para os oficiais de justiça dependam de deslocamento serão computados e levados a estudo no setor competente. 2) Somente após a identificação do impacto financeiro e a verificação de que a medida pleiteada mostra-se viável e pertinente, procederse-á ao planejamento e à disponibilização de recursos orçamentários suficientes para suportar o redimensionamento da demanda. Consequentemente, ocorrerá a alteração do ProvimentoConjunto 15/2010 e dos outros atos normativos que se entenderem necessários, com vistas a autorizar a expedição de mandados, estritamente em processos judiciais, para entrega de ofícios, alvarás, etc., fixando-se um valor mínimo para indenização, a exemplo daquele pago nas “diligências do juízo”. 3) Por fim, a normatização, padronização e orientação dos Juízes de Direito, Oficiais de Justiça e demais Servidores ficarão a cargo da Corregedoria Geral de Justiça, no que concerne à expedição ao objeto desses mandados, assim como os devidos ajustes na interface eletrônica do SISCOM/WINDOWS serão implementados pela DIRFOR. O documento foi assinado por dois juízes auxiliares da Corregedoria: Wilson Almeida Benevides, que foi o coordenador do Grupo de Trabalho, e Andréa Cristina de Miranda Costa, que também integrou o GT. Eles relatam que as sugestões apresentadas são as do Grupo de Trabalho “ Não há nenhum respeito da cúpula do Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais pelos servidores ” instituído pelas Portarias já mencionadas. O SINDOJUS/MG, no entanto, contesta tal informação. Afinal, nas reuniões do Grupo de Trabalho foram discutidas várias possibilidades de solução para o problema do não pagamento das diligências citadas. Pedidas as sugestões dos Sindicatos, o SINDOJUS/MG apresentou a dele, que não tem nada a ver com a relatada no documento. Terminado, em 18 de março, o prazo estipulado pela Portaria 196/2010 para conclusão dos trabalhos, o coordenador do Grupo de Trabalho não informou nada sobre os desdobramentos dos estudos, apesar da cobrança feita a ele pelo Sindicato, através de ofício. Ademais, o Sindicato também não concorda com as sugestões contidas no documento, por vários motivos. Primeiro, porque, como já foi mencionado, elas não contemplam as possibilidades levantadas nas reuniões do GT. Segundo, por não apresentarem nenhuma proposta concreta. Apenas empurra para mais seis meses a realização de estudos para análise do impacto orçamentário de eventual medida que venha determinar o pagamento das referidas diligências. Terceiro, porque nem define direito como ficará o ressarcimento aos oficiais de justiça, ao longo desses seis meses, das despesas de transporte para cumprimento de tais atos. Quarto, porque amplia ainda mais o prazo de seis meses para a normatização e padronização da indenização dessas diligências, e a orientação a respeito aos magistrados, oficiais de justiça e demais servidores. A postura dos representantes da Corregedoria e do Tribunal de Justiça no documento somente reforça tudo que o SINDOJUS/MG já expressou, em seu site e no Informativo SINDOJUS/MG, a respeito da forma de agir das duas Casas em relação aos servidores e, neste caso, aos oficiais de justiça. Ou seja, não há nenhum respeito da cúpula do Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais pelos servidores, nem interesse em atender ou, até mesmo, avaliar com seriedade as demandas apresentadas pelas categorias, através dos sindicatos. As negociações com o interlocutor especial da presidência do Tribunal, Luiz Carlos Gonçalo Elói, e com os representantes do órgão nos Grupos de Trabalho e Comissões, revelam-se, a cada dia que passa, mera perda de tempo, pura falácia. O presidente do Tribunal precisa ficar mais atento a tudo isso e procurar mudar essa postura. Os servidores já não conseguem mais (nem podem) absorver tantas perdas e prejuízos. Com o preço da gasolina beirando os R$ 3,00 o litro, os oficiais de justiça já estão cansados de pagar para trabalhar. Prejuízos e paciência têm limite. INFORMATIVO - Junho/2011 SINDOJUS MG “oculu veritas” 3 D ATA - BASE Anteprojeto da revisão salarial segue finalmente para a Corte Geografia e Estatística), apurado nos últimos 12 meses fechados em 1º de maio. Com isso, caso a proposta seja aprovada pela Corte e no Legislativo, o valor do PJ 01 passará a ser de R$ 866,35, retroativo a 1º de maio. Integraram o Grupo de Trabalho: pelos sindicatos, Cláudio Martins de Abreu (presidente do SINDOJUS/MG), Rui Viana da Silva (SERJUSMIG) e Robert Wagner França (SINJUS/MG); pelo TJMG, Renato Cardoso Soares (coordenador do GT), Luiz Carlos Gonçalo Elói, José Moreira Magalhães, Neuza das Mercês Rezende, Renato Lima Costa, José Calazans Campos Júnior e Frederico Braga Viana. Sejam bem-vindos, novos filiados • Wagner Luiz Bernardo (Barbacena) • Maísa de Oliveira Aquino Teodoro (Belo Horizonte) • Célio de Freitas Vieira, Edna Rocha Thomaz, Fabrício Bastos Teodoro, Flávia Resende Rocha, Iran Delfino de Sousa, Jaime Alves de Moura e Teodorak Neto EX P ED IE N TE (Monte Carmelo). SINDOJUS MG Publicação do Sindicato dos Oficiais de Justiça Avaliadores do Estado de Minas Gerais SINDOJUS-MG. Rua Mato Grosso, 539 • Conj. 601/603 • Barro Preto • CEP 30.190-080 Belo Horizonte - MG • Fones/Fax: (31)2514-0327/ 0347 • E-mail: [email protected] Site: www.sindojusmg.org.br Fotos: Gil Carlos No último dia 30, os integrantes do Grupo de Trabalho instituído para desenvolver estudos relativos à revisão anual dos vencimentos e proventos dos servidores do Poder Judiciário, finalmente, assinaram a proposta do índice da data-base a ser aplicado a partir de 1º de maio deste ano, que praticamente já havia sido fechada na reunião do primeiro dia de maio. A proposta, juntamente com a minuta do anteprojeto, segue agora para apreciação da Corte. Depois de aprovado, o anteprojeto será encaminhado para votação na Assembleia Legislativa. Conforme já adiantou o SINDOJUS/MG, o GT sugere um reajuste de 6,51%, mesmo índice do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Na reunião do dia 30 de maio, o GT fechou e assinou a proposta do índice da data-base a vigorar retroativamente a 1º de maio Estes são os Oficiais de Justiça Avaliadores que se filiaram em maio. Para se filiar, compareça à sede do SINDOJUS/MG, munido de cópias do termo de posse, do contracheque e do comprovante de endereço, mais duas fotos 3×4 recentes, ou envie-os ao Sindicato (Rua Mato Grosso, 539, Conj. 601/603, Barro Preto, CEP 30.190-080, Belo Horizonte, Minas Gerais), juntamente com o Requerimento de Filiação (devidamente preenchido) que se encontra disponível, para impressão, no site www.sindojusmg.org.br, “Sindicato”, “Filie-se”. Cláudio Martins de de Oliveira Campos; Diretor Financeiro: Núcleo de Assuntos Diretor de Núcleo Político: Marcus Vinícius de Souza Reis; Diretor de Núcleo de Comunicações: André dos Santos da Silva. CONSELHO DIRETOR - Diretor Administrativo: Francisco Guilherme da Silveira Bicalho; Diretora Administrativa Adjunta: Jovita Maria Alves; Diretor Jurídico: Ricardo Augusto de Andrade; Diretor de Núcleo dos Aposentados: Daniel Maia da Silva; Redação e revisão: Gil Carlos Dias e Daniela Freire (estagiária). Editor e Jornalista Responsável: Gil Carlos Dias – Reg. Mtb. MG 17059. Editoração: Técnica Composição e Arte Ltda - Tel.: (31) 3292-0217. Gráfica: Fumarc. Tiragem – 1.500 exemplares. DIRETORIA EXECUTIVA - Presidente: Abreu; Vice-Presidente: Roberto Márcio Secretária-Geral: Eneida Scussel Gripp; Samuel Gabriel Silva Oliveira; Diretor de Sindicais: Érlon Ângelo Cunha. CONSELHO FISCAL - José Lúcio de Oliveira, Marilene Trindade, Nivanilde Antunes Bahia, José Cirilo e José Augusto de Menezes Sobrinho. 4 INFORMATIVO - Junho/2011 SINDOJUS MG “oculu veritas” V ALE-A LIMENTAÇÃO Enorme defasagem Tribunal rejeita pedido de equiparação do benefício ao PJ 01 Já foi encaminhado ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Cláudio Costa, o relatório da comissão instituída pela Portaria 2539/2011 para elaboração de proposta de política de reajuste do vale-alimentação dos servidores da 1ª e 2ª Instâncias a ser implementada a partir de 2012. A proposta final foi fechada pelos integrantes da Comissão em reunião realizada no dia 12 de maio e aguarda decisão final da administração do TJMG. O relatório cita a proposta conjunta apresentada pelos três sindicatos, que previa a equiparação do benefício ao valor do PJ 01 a partir de janeiro de 2015, a contraproposta da equipe técnica de servidores do Tribunal, que rejeitava essa possibilidade, e a propos- Reunião do GT em que foi fechado o acordo em torno da proposta já enviada ao presidente do TJMG ta-final acordada com os sindicatos, além das considerações finais em que também sugere, a pedido dos sindicatos, “submeter ao Comitê Estratégico a política de reajustamento gradativo, a partir de 2013, até o atingimento de, no mínimo, 75% do padrão de vencimento PJ-01”, como valor de referência para o benefício. A comissão teve a seguinte constituição: pelos sindicatos, Érlon Angelo Cunha (diretor sindical do SINDOJUS/ MG), Renato Elias Celes Charchar (SINJUS) e Luiz Fernando Pereira Souza (SERJUSMIG); pelo Tribunal de Justiça, o coordenador, Renato de Lima Costa, Célia Margareth Oliveira Laranjo, José Calazans Campos Júnior e Pedro Jorge Fonseca. Estudo elaborado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), tomando como referência a variação do salário mínimo, do valor da cesta básica de Belo Horizonte (conforme pesquisa do Dieese) e do IPCA-IBGE (item alimentação fora do domicílio) entre 2008 e 2011, aponta uma defasagem alarmante do Vale-Alimentação dos servidores do Tribunal de Justiça no período. O benefício dos servidores (R$ 319,00, em 2008 e 2009; 330,00, em 2010; e R$ 352,00, em 2011) teve um aumento acumulado de apenas 14,29% nos últimos quatro anos, contra 43,42% do salário mínimo, 36,70% da cesta básica e 35,84% do índice do IBGE. Conforme conclui o estudo do Dieese, nesse período, o ValeAlimentação teve uma perda real acumulada de 20,31%, em relação ao salário mínimo, 16,39% em relação à cesta básica e 15,87% em relação ao IPCA. Aconteceu Oficiais de Justiça diplomados Nota de falecimentos ocorridos na Capital O SINDOJUS/MG cumprimenta os oficiais de justiça avaliadores Juliana Neves Lopes Rodrigues, da comarca de Belo Horizonte, que concluiu o curso de mestrado em Sociologia, pela UFMG, e Cássio Sousa de Assis, da comarca de Coronel Fabriciano, que finalizou sua graduação em Direito, pelo Unileste/MG (Centro Universitário do Leste de Minas). A ambos, que são também filiados à entida- Faleceram em maio, em Belo Horizonte, a senhora Ana de Jesus Teodoro e o senhor José Bento Cândido de Oliveira. A primeira, mãe do oficial de justiça avaliador Jorge Luiz Teodoro, e o segundo, pai do também oficial João Vítor Bento de Oliveira. Ambos os servidores são lotados na Central de Mandados da Capital. O corpo da mãe de Jorge de, os parabéns do Sindicato e os votos de muito sucesso. A monografia de Cássio Souza, intitulada “Oficialato de Justiça: Aspectos históricos e panorama legal no âmbito da primeira instância do poder judiciário do Estado de Minas Gerais”, está disponível no site do SINDOJUS/MG (www.sindojusmg.org.br), juntamente com nota publicada em 16/05/11. Luiz foi sepultado no dia 18, no cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte, enquanto o do pai de João Vítor, velado no Funeral House, também na Capital, foi cremado no dia 19, no cemitério Parque Renascer, em Contagem. Aos dois oficiais de justiça, e seus familiares, as condolências da diretoria e dos funcionários do SINDOJUS/MG. INFORMATIVO - Junho/2011 SINDOJUS MG “oculu veritas” P LANO DE 5 CARREIRA Por entenderem que a Comissão do Plano de Carreira – sem a participação de representantes dos sindicatos – não evoluiu muito nos estudos realizados e ainda apresentou à administração do TJMG uma proposta que fere os direitos dos servidores, o SINDOJUS/MG, SINJUS e SERJUSMIG entregaram, em 5 de maio, ao 2º vice-presidente do TJMG, desembargador Joaquim Herculano Rodrigues, que é também superintendente da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), ofício conjunto com três reivindicações a respeito do Plano de Carreira dos servidores do Judiciário estadual. O pedido para “que não seja processada nenhuma mudança no Plano de Carreiras antes que as promoções verticais em atraso sejam regularizadas” foi prontamente aceito pelo desembargador. Os outros dois pedi- Cedida por Patrícia Brum/SINJUS-MG Sindicatos cobram participação efetiva na definição das mudanças Sindicatos reunidos com o 2º vice-presidente do Tribunal, desembargador Joaquim Herculano Rodrigues dos, que ainda dependem da apreciação do presidente da Casa, desembargador Cláudio Costa, foram: primeiro, para que o Tribunal institua um Grupo de Trabalho com a efetiva participação dos sindicatos na discussão e elaboração do Plano, po- dendo expor verbalmente suas ideias e dirimir dúvidas pessoalmente, contribuindo para um resultado consensual e para a melhor compreensão (por vezes, aceitação) de ambas as partes; segundo, para que haja autonomia na elaboração das su- gestões de mudanças necessárias para a melhoria e modernização da política de pessoal, visando à qualidade dos serviços prestados pelo Judiciário, respeitando os devidos trâmites até a apreciação pela Corte Superior. (Fonte: SINJUS) E o SINDOJUS/MG quer explicações para o atraso das diligências do IEF Depois de receber reclamações de oficiais de justiça de diversas comarcas do estado, de que não tem havido o pagamento da verba indenizatória relativa ao cumprimento de mandados de interesse do Instituto Estadual de Floresta (IEF), e de que tais atrasos estariam ocorrendo porque um convênio possivelmente firmado entre o TJMG e o referido instituto teria sido cancelado, o SINDOJUS/MG protocolizou, em 5 de maio, no Tribunal, ofício solicitando esclarecimentos para algumas indagações a respeito. As perguntas foram as seguintes: 1º) Quais são os motivos pelos quais a referida verba não vem sendo paga? 2º) Qual é a veracidade acerca da existên- cia do convênio TJMG/ IEF que garantiria a parceria supracitada? 3º) Caso se confirmem tais rumores, como devemos proceder para recebermos a Verba Indenizatória atrasada e para continuarmos cumprindo os mandados do Instituto? Por fim, o Sindicato lembrou que, de acordo com o artigo 18 (parágrafos 8º e 10) da Lei Estadual nº 14.939/2003, o Poder Judiciário “assegurará” o pagamento da verba indenizatória de transporte aos oficiais de justiça, nos feitos dos órgãos da administração direta do Estado. Até o fechamento desta edição do Informativo SINDOJUS/MG, em 07/06, não houve qualquer resposta do Tribunal. 6 INFORMATIVO - Junho/2011 SINDOJUS MG “oculu veritas” E M E STUDO Sindicatos apresentarão proposta para o Prêmio por Produtividade Cedida por Patrícia Brum/SINJUS-MG E m mais uma reunião da comissão de estudos acerca do prêmio por produtividade no âmbito do TJMG e da Justiça Militar, realizada em 31 de maio, ficou definido que, em razão da aproximação do prazo-limite estabelecido pela Portaria nº 2538/2011 para conclusão dos trabalhos (30 de junho), o grupo iria propor um anteprojeto para instituição da gratificação nos dois tribunais. E em 7 de junho, o grupo voltou a se reunir para discutir a proposta dos sindicatos, que continuará sendo debatida. No relatório final a ser encaminhado à administração do Tribunal, a comissão sugerirá a designação imediata de um Grupo de Trabalho com a finalidade de Comissão quer que o Prêmio por Produtividade seja implantado no TJMG o mais rápido possível elaborar uma proposta de regulamentação da futura lei do Prêmio por Produtividade, via resolução do TJMG, para que o texto, nessa fase, não tenha mais que ser submetido ao Legislativo. Para os integrantes da comissão, o ideal é que esse GT tenha a participação dos mesmos membros do atual grupo, mais representantes da Corregedoria Geral de Justiça e dos setores financeiro e orçamentário do Tribunal de Justiça. Na comissão atual, o SINDOJUS/MG é representado pelo diretor jurídico Ricardo Augusto de Andrade. Nepotismo: desembargador doTJMG em apuros Em sessão de 24 de maio, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), acolhendo o voto do conselheiro-relator Jefferson Kravchychyn, decidiu, por unanimidade, determinar ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais que exonerasse, por prática de nepotismo, a servidora Leila Donizetti Freitas Santos Nunes, que trabalhava como assessora de seu ex-marido e desembargador, Elpídio Donizetti. A denúncia de nepotismo foi oferecida pelo SINJUS/MG, mas o CNJ apurou, ainda, que a nomeação se deu em troca do pagamento de pensão alimentícia. Conforme acordo de separação do casal, homologado por juíza da comarca de Nova Lima, se ela perdesse a função comissionada, o ex-marido teria que pagar, como pensão, o valor equivalente à diferença entre a FC e o cargo efetivo dela no próprio TJMG. Além da imediata exoneração da servidora, que recebia um salário de R$ 9,2 mil, o Conselho determinou, também, que fossem remetidas cópias dos autos à Corregedoria Nacional de Justiça, para as providências disciplinares cabíveis em relação ao desembargador e à servidora. Não obstante, em edição de 1º de junho, o jornal Estado de Minas publicou matéria informando que, quando era presidente da Anamages (Associação Nacional dos Magistrados Estaduais), o desembargador Elpídio Donizetti, que “criou” a entidade, procurou reforçar o caixa da associação descontando contribuições nos contracheques, sem autorização, de todos os magistrados. INFORMATIVO - Junho/2011 SINDOJUS MG “oculu veritas” QUESTÃO 7 DE DIREITO SINDOJUS/MG exige participação efetiva na elaboração do orçamento/2011 E m atendimento a ofício originário da Presidência do TJMG, o SINDOJUS/MG protocolizou naquele órgão, em 4 de maio, ofício indicando o diretor sindical Érlon Angelo Cunha para participar da “elaboração e da execução da proposta orçamentária de 2012”. No ofício, o Sindicato informou que, nas reuniões para tratar do assunto, o representante da entidade será acompanhado por um assessor do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que atende aos três sindicatos (SINDOJUS/MG, SINJUS e SERJUSMIG) em discussões sobre questões orçamentárias. Seguindo orientação do TJMG, em 30 de maio o diretor do SINDOJUS/ MG encaminhou ofício ao diretor da Seplag, Renato Cardoso Soares, com as seguintes propostas para inclusão no orçamento do Tribunal de Justiça para o ano de 2012: gastos despendidos pelos Oficiais de Justiça com manutenção de seus veículos, que são particulares, porém, à disposição do TJMG; 1) Regulamentação dos artigos 58 e 63 da LC 105/2008 e pagamento das diferenças salariais dela decorrentes; 4) Reembolso das despesas de pedágio para realização das diligências que requeiram o pagamento desse serviço; 2) Equiparação da Verba Indenizatória da Assistência Judiciária com a Tabela “D”, da Lei 14.939/2003, tendo em vista a grande defasagem do valor pago atualmente e os aumentos exorbitantes dos preços dos combustíveis e dos 5) Reembolso das despesas de travessia de rios e lagos para as diligências que requeiram o pagamento desse serviço; 3) Reembolso das despesas com diligências externas para entrega de ofícios e alvarás; 6) Reajuste do AuxílioCreche; 7) Reajuste do Vale-Alimentação; Câmara Municipal de Belo Horizonte homenageia oficial de justiça 9) Pagamento do Prêmio por Produtividade; 10) Aplicação da Resolução 88 do Conselho Nacional de Justiça. Ao final da mensagem, o diretor do Sindicato alertou que as sugestões elencadas pela entidade “não excluem a participação efetiva do representante deste sindicato na elaboração e na execução da prosposta orçamentária para o ano de 2012, conforme prevê o art. 2°, § 4°, da resolução n° 70/2009, do Conselho Nacional de Justiça”. Agenda Gil Carlos Em 11 de abril comemora-se, em Belo Horizonte, o Dia Municipal das Artes Marciais. Em abril deste ano, o oficial de justiça e professor de Kung-Fu e Muay Thai Hamilton Figueiredo Freire (na foto, à direita) recebeu, das mãos do vereador Ronaldo Gontijo, certificado do Legislativo da Capital homenageando-o em nome dos praticantes de Kung- Fu e Muay Thai, com o reconhecimento de que “as artes marciais são um retrato da cultura presente em nossa nação, reveladora de valores indispensáveis para uma vida plena e harmoniosa, como a disciplina, o respeito e a perseverança.” Lotado 8) Aquisição de veículo oficial para condução coercitiva de testemunhas faltosas; Até 28/06 - Exposição no Fórum Lafayette Exposição Arte(i)ficial, do artista plástico Marcos Palmeira, aberta a visitação pública, das 8h às 18h, na Galerial de Arte do Fórum Lafayette, em BH. 17/09 - 2º Churrasco do SINDOJUS/MG Comemorativo ao Dia do Oficial de Justiça (em 05/09) Local: Clube do Churrasqueiro, em Belo Horizonte na Central de Mandados da Capital, e filiado ao SINDOJUS/MG, Hamilton é também mestre e coordenador da Academia H. Ton, localizada na Avenida Pedro II, 3824, loja 01, bairro Caiçara, na Capital. Os telefones da academia são (031)3381-7676 e 9971-6548. 17/12 - 3º Baile do SINDOJUS/MG Boate do PIC/Cidade, em Belo Horizonte 8 INFORMATIVO - Junho/2011 SINDOJUS MG “oculu veritas” N OMEAÇÕES IRREGULARES DO TJMG SINDOJUS/MG contestará decisão monocrática de conselheiro do CNJ O SINDOJUS/MG protocolizou, em 29 de março, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Pedido de Providências requerendo, liminarmente, que o Conselho determinasse ao TJMG a exoneração imediata de todos os cidadãos designados para o cargo de Oficial Judiciário – especialidade Oficial de Justiça Avaliador – sem vínculo estatutário com o Tribunal mineiro. Requereu, também, o acolhimento do Pedido de Providências no sentido de determinar que o TJMG se abstenha de nomear/designar cidadãos sem vínculo estatutário para exercerem o mesmo cargo, e que encaminhe projeto de lei prevendo a efetivação das regras estabelecidas nos artigos 58 e 63 da Lei Complementar 105/2008. Requereu, ainda, a intima- ção do Ministério Público estadual, para que este tenha ciência das nomeações temerárias que vêm ocorrendo no âmbito do TJMG e adote os procedimentos judiciais cabíveis. No dia 12 de maio, o conselheiro-relator do CNJ decidiu pelo arquivamento do Pedido do Sindicato, sob a alegação de que a matéria já havia sido analisada pelo CNJ e está “judicializada” pelo próprio Sindicato, por meio do Mandado de Segurança nº 28015/2009, o que, no seu entender, impede o conhecimento desse procedimento. Quanto a esse argumento, o SINDOJUS/ MG esclarece que desistiu do referido Mandado de Segurança e comunicou isso ao conselheiro em documentação acostada nos autos, que, lamentavelmen- te, ele não leu ou não levou em consideração. O conselheiro alegou, ainda, que a Corte mineira já esclarecera possuir provisionamento para realização do concurso para 2011, estando atualmente promovendo estudos para, em breve, firmar o posicionamento definitivo quanto ao tema. Quanto a essa afirmação, o Sindicato lembra que, para se promover o concurso, primeiro se faz necessária a implementação do nível superior e da equivalência salarial, o que ainda não foi feito. Além disso, informa que não se tem notícia de nenhum estudo no TJMG para implementação dos artigos 58 e 63 da LC 105/2008. Por último, o conselheiro argumentou que a exoneração dos referidos contratados, requerida pelo Sindicato, pode acarretar enormes prejuízos aos jurisdicionados, uma vez que, diante da carência de servidores para o exercício da função, comprometeria o cumprimento de mandados. Ora, se há carência de servidores, a culpa é do próprio Tribunal, que não realiza concursos para o cargo de oficial de justiça, o que acaba obrigando-o a fazer contratações a título precário. Não concordando com a decisão do conselheiro, pois entende que ela é parcial e esdrúxula, o SINDOJUS/MG recorreu ao plenário do CNJ, através do advogado e professor Alexandre de Moraes, que também fará sustentação oral na sessão de julgamento. Divulgação Aconteceu Fora, malha fina! O SINDOJUS/MG, SINJUS e SERJUSMIG protocolaram, em 23 de maio, no TJMG, ofício conjunto solicitando ao presidente do Tribunal que interceda pessoalmente junto à Receita Federal para que esta busque soluções no sentido de tirar da situação desconfortável em que se encontra a maioria dos servidores do Judiciário estadual, bem como de outros órgãos, que caíram na “malha fina” em decorrência das mudanças nas regras para apuração dos Rendimentos Recebidos Acumuladamente (RRAs) promovidas pelo órgão federal através da Instrução Normativa RFB 1127, em 8/2/2011. Foi o próprio Tribunal, lembraram os sindicatos, que publicou nota na internet orientando os seus servidores sobre o preenchimento dos RRAs. No 1º de junho, foi publicada, na intranet do TJMG, Nota da Presidência informando que, em recente contato com a Superintendência do Tribunal, a Superintendência da Receita Federal no estado informou que a Receita adotará medida uniformizadora no trato da tributação dos RRA, que será divulgada assim que o órgão mineiro finalizar os levantamentos que envolvem tal medida. Novo fórum de Contagem Conforme informou o Boletim Eletrônico do deputado estadual Durval Ângelo (PT), em reunião, em 9 de maio, com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Cláudio Costa, e a prefeita de Contagem, Marília Campos, o parlamentar obteve a garantia de que será antecipado para o próximo ano o início das obras do novo fórum (veja arte, acima) daquela comarca. O deputado também ouviu do presidente do TJMG a estimativa de que as obras deverão ser concluídas em um prazo de 30 meses e demandar recursos da ordem de R$ 55 milhões. Segundo o projeto apresentado pelo desembargador à prefeita e ao deputado, o prédio terá sete andares, 38 varas e espaço para outras novas varas. INFORMATIVO - Junho/2011 SINDOJUS MG “oculu veritas” 9 A POSENTADOS Mobilizem-se pela aprovação das PECs 270/08 e 555/06 no Congresso O SINDOJUS/MG enviou, em maio, mensagem a todos os deputados federais reivindicando a inclusão da PEC 270/08 (garante ao servidor que aposentar-se por invalidez permanente o direito dos proventos integrais com paridade) na pauta do plenário da Câmara dos Depu- tados e sua aprovação. A Proposta de Emenda à Constituição já foi aprovada em Comissão Especial da Câmara dos Deputados, em novembro de 2009. Desde então, já foram apresentados vários requerimentos de parlamentares solicitando agilidade na votação. Aconteceu balho, que incluem ofertas de propina, risco de morte, a parceria quase sempre necessária com a polícia militar, ou mesmo escutar lamentos, pedidos por justiça ou “xingos” dos intimados e citados pelo Judiciário. “Certifico e dou fé que...” Sim à união homoafetiva, não à homofobia O oficial de justiça Júlio Cesar Medeiros é goiano, lotado no Tribunal Regional do Trabalho de Goiás. Dia 18 de março, ele lançou, no TRT/GO, o livro “Certifico e dou fé que...”, de sua autoria, que pode ser adquirido, por encomenda, através do site www.jcmedeiros. com.br/compracertifico.html, ao preço de R$ 24,00, mais as despesas do frete. Nos 27 contos, dispostos em 155 páginas, o servidor relata suas experiências como oficial da Justiça do Tra- Em votação concluída na sessão de 4 de maio, o Supremo Tribunal Federal, ao julgar ações ajuizadas, respectivamente, pela Procuradoria-Geral da República e pelo governo do estado do Rio de Janeiro, decidiu favoravelmente à união estável para casais do mesmo sexo, reconhecendo, para tais, os mesmos direitos da união entre homem e mulher, como acesso à adoção, técnicas de procriação medicamente assistida, registro de filhas(os) da(o) parceira(o), divisão da guarda e sustento dos filhos, possibi- O SINDOJUS/MG também já encaminhou mensagem com o mesmo apelo aos parlamentares em relação à PEC 555/06, que prevê o fim da cobrança da contribuição previdenciária sobre os proventos dos servidores públicos aposentados. Assim como a PEC 270/08, a PEC 555/06 já foi aprovada em Comissão Especial e aguarda inclusão na ordem do dia para votação em plenário. Filiados interessados em mandar a mensagem podem entrar em contato com o SINDOJUS/MG, que fornecerá a lista com os e-mails de todos os deputados. lidade de pensão alimentícia, herança em caso de morte, partilha de bens em caso do fim da união e facilidades para conversão da união estável em casamento. A decisão do STF reacendeu as discussões em torno do PLC (Projeto de Lei da Câmara) 122/2006, que define os crimes resultantes de preconceito de raça, cor ou de ordem sexual (homofobia). Tramitando na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, a matéria foi retirada de pauta, em 12 de maio, a pedido da relatora, senadora Marta Suplicy (PT/SP), para reexame do seu parecer. to de projetos e ações a serem empreendidos em prol do estado de Minas Gerais em praticamente todas as áreas, tais como obras públicas, transportes, mineração, agronegócio, judiciário, segurança pública, setor energético etc. O documento, segundo ele, é uma iniciativa do Movimento Pró-Minas da Dilma, um grupo constituído por parlamentares de partidos que integram a base do governo federal. O conjunto de propostas, explica Andrade, é “valorizar e fortalecer Minas no cenário nacional”. “Minas vem perdendo espaço político e institucional nos últimos anos, com redução de mineiros nos tribunais superiores, no Executivo, nas estatais, além de grandes perdas de investimentos e empreendimentos federais”, justifica o senador no texto de abertura do documento. Ao final ele pede o apoio à iniciativa. (A íntegra do documento pode ser lida juntamente com matéria publicada no site do SINDOJUS/MG em 01/06/11) Projetos e ações em prol de Minas O SINDOJUS/MG recebeu do senador Clésio Andrade (PR/MG), oriundo de Brasília (DF), documento intitulado “Fortalecimento de Minas no Cenário Nacional” contendo o detalhamento de um conjun- INFORMATIVO - Junho/2011 SINDOJUS MG 10“oculu veritas” P LEITO LEGÍTIMO TJ do Acre quer participar de elaboração da LDO daquele estado O presidente do Tribunal de Justiça do Acre, desembargador Adair José Longuini, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) assegure a participação da Corte Estadual na elaboração do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias acreano para o exercício financeiro de 2012. A solicitação foi feita na Ação Cautelar (AC) 2871, de relatoria do ministro Ricardo Lewandowski. Argumentando que o Tribunal de Justiça acreano “tem sido alijado, sistemática e propositalmente, das discussões preparatórias e, ainda, do processo legislativo para a elaboração das Leis de Diretrizes Orçamentárias”, Longuini afirmou que o pleito visa garantir que o Executivo daquele estado “forneça, de imediato, todas as informações técnicas necessárias” para a participação do Tribunal de Justiça nas discussões e elaboração do texto, que já foi enviado à Assembleia Legislativa do Acre. Exemplo para Minas O SINDOJUS/MG entende que este é um bom exemplo a ser seguido pelo TJMG. Em vez de ficar de pires na mão, à mercê do Poder Executivo, que condiciona o repasse de verbas suplementares para o Poder Judiciário à arrecadação futura do Estado, o Tribunal deve exigir sua participação na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), para entender e fiscalizar melhor os critérios de definição do orçamento. E assim como ocorre em Minas, no Acre o Tribunal de Justiça paga, com recursos próprios, os seus servidores aposentados e pensionistas, que nada recebem do Fundo de Previdência do Estado do Acre. O SINDOJUS/MG já apontou essa distorção à administração do TJMG e cobrou dela providências no sentido de retirar tais despesas do caixa do Tribunal, passando-as para o IPSEMG, o que poderá gerar recursos que viabilizarão a quitação de vários passivos e o cumprimento de demandas dos servidores que são direitos previstos em lei. Fonte: STF Tome Nota Assédio moral e porte de arma no Senado Tramita no Senado, atualmente na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o PLS 121/2009, que prevê demissão do funcionário público que praticar assédio moral contra seus subordinados. A matéria chegou a entrar na ordem do dia da CCJ, em 18 de maio, mas foi retirada de pauta e encaminhada ao gabinete do relator, senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP), para reexame do parecer, que opina pela aprovação do projeto. Ainda no Senado, tramita, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, o PLC 30/2007, que altera a redação do artigo 6º da Lei 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), dispondo sobre o direito de agente públicos, incluindo oficiais de justiça, portarem arma. Em sessão de 4 de abril, a senadora Lídice da Mata (PSB/BA) foi designada relatora da matéria na comissão, de onde, se aprovada, seguirá para a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Importância da função de avaliador Em sessão ocorrino mês de maio, a 5ª Turma do TRT/MG, ao acompanhar o voto do juiz convocado Maurílio Brasil, manifestou entendimento de que, sendo a fé pública uma prerrogativa legal atribuída ao oficial de justiça, o que faz presumir serem verdadeiros os atos por ele praticados, para se desconstituir o valor de uma avaliação de bens penhorados realizada por este servidor, é imprescindível a produção de prova consistente e incontestável que a invalide. Caso contrário, se não houver essa comprovação, a avaliação, indiscutivelmente, deverá prevalecer. A postulação de perito avaliador, pelos reclamados, foi feita com base no artigo 887 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), sob a alegação de que o bem penhorado foi avaliado em valor muito inferior ao de mercado, sem ter o oficial de justiça feito a fiel descrição das construções existentes para justificar a avaliação. Mas o relator argumentou que tal artigo não é aplicável ao caso, porque caiu em desuso diante da regra prevista no artigo 721 da CLT. (Mais informações sobre essa decisão em matéria publicada no site do SINDOJUS/MG, em 09/05/2011). Feriado em 24 de junho Conforme a PortariaConjunta 203/2011, do TJMG e da Corregedoria, fica suspenso o expediente forense em 24 de junho, na comarca de Belo Horizonte e nas comarcas do interior do Estado em que o Dia de Corpus Christi for feriado municipal estabelecido em lei. INFORMATIVO - Junho/2011 SINDOJUS MG GOVERNO 11 Arquivo/ALMG “oculu veritas” IRREDUTÍVEL Deputado Sargento Rodrigues na luta pelo reajuste dos militares Conforme informações do gabinete do deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT), ficou um sentimento de frustração no parlamentar e demais representantes dos policiais e bombeiros militares que estiveram reunidos, no último dia 25 de maio, com os secretários de Defesa Social e de Planejamento e Gestão, Lafayette de Andrada e Renata Vilhena. A expectativa era de que os representantes do Governo anunciassem o índice de reajuste da categoria, que reivindica um piso salarial de 4 mil reais, mas o que ocorreu foi a apresentação de um estudo feito sobre o impacto financeiro que o reajuste traria aos cofres públicos. Como resultado da reunião, ficou apenas o compromisso de que, até o dia 8 de junho, data na qual está marcada uma nova Assembleia da classe, o governo anunciará o índice. Em pronunciamento no plenário da ALMG, o deputado Sargento Rodrigues (foto) fez um acalorado desabafo, que denotou toda a insatisfação da classe policial com o anúncio. “Após uma hora e meia de reunião, nós saímos frustrados. Esperávamos que o encontro fosse mais propositivo, que a proposta fosse mais concreta”, afirmou o parlamentar. CIDADANIA Mobilizem-se, movam-se... mexam-se! Gil Carlos* Lembro-me, ainda hoje, de um comentário que me fez um amigo e primo, no início da década de 1980, quando veio nos visitar em Belo Horizonte, oriundo de Bocaiúva, cidade do norte de Minas de onde eu acabara de me mudar. “Não confio nesse ´ali` que você fala, não; é sempre muito longe!”, reclamava ele sempre que eu propunha irmos a pé a algum lugar que achasse próximo da minha morada. Na verdade, sempre gostei e tive muita disposição para caminhar. Permitindo-me a distância e o tempo, prefiro acionar o popular “SP2” a enfrentar o empurraempurra e os odores nada agradáveis dos ônibus ou essa loucura do trânsito caótico e lento. Fazendo essa opção, ainda queimo algumas calorias, relaxo e contribuo com um pouco do meu quinhão para a preservação do meio ambiente, missão em torno da qual devemos todos nos unir. Infelizmente, há uma adesão ainda relativamente pequena das pessoas a esse hábito de utilizar apenas as próprias pernas para se deslocarem nas grandes cidades como Belo Horizonte. Talvez por pressa, por receio de exporem suas narinas à poluição veicular ou por preguiça mesmo. Contudo, há um crescente grupo de adeptos ao ciclismo e, inclusive, muitos corajosos que, com suas bikes, desafiam os perigos oferecidos pelos veículos maiores, conduzidos, não muito raro, por estressados, imprudentes ou desprovidos da habilidade de dirigir – para não dizer outra coisa. Esse número de caminhantes e ciclistas, creio eu, tenderia a se ampliar significativamente se contássemos com uma estrutura viária mais humanizada, um sistema de trânsito mais racional. Em um tempo em que lemos, vemos e ouvimos se falar exaustivamente no problema da mobilidade urbana, tais hábitos poderiam ser a solução. Talvez nos esbarremos na já conhecida falta de vontade política, para não dizer “jogo de interesses”. Mas, até isso, só nós podemos mudar. Como? De imediato – para quem, como eu, têm saúde e disposição –, colocando os “pés à obra”, caminhando ou pedalando. A médio prazo, elegendo administradores e legisladores realmente comprometidos com o ser humano. Políticos que façam cumprir com rigor as regras de concessão de linhas de ônibus, que rejeitem o jogo das empreiteiras e construtoras que induzem o Estado a construir viadutos, elevados e trincheiras como única opção de solução para o trânsito, em vez da simples abertura de ciclovias ou pistas de cooper, ou que parem de financiar o enriquecimento das montadoras de veículos e deixem de fomentar o multibilionário oligopólio das distribuidoras de petróleo. Na militância sindical e trabalhista, assim como na nossa vida, temos que reagir e fazer prevalecer os nossos direitos, a nossa cidadania. Portanto, mobilizem-se, movam-se... mexam-se! * (Gil Carlos Dias, Editor e jornalista responsável pelo Informativo SINDOJUS/MG) INFORMATIVO - Junho/2011 SINDOJUS MG 12 “oculu veritas” R UMO AO INTERIOR Hora e vez dos colegas da Zona da Mata jurídico, esteve em maio nas cidades de Leopoldina, dia 26, e Barbacena, dia 27. Como de praxe, os visitantes reuniram-se com os colegas das comarcas, aos quais relataram as ações políticas, administrativas As reuniões nas comarcas de Leopoldina... Como escrever bem Conquanto eu ainda seja aprendiz, arrisco-me a rascunhar umas receitas. Abandono, desta vez, as “pérolas” e a veia humorística. Texto, se alguém ainda não sabe, é tecido. Deve ser emendado, costurado, recortado e, às vezes, até remendado. Quando ouvimos dizer “indústria têxtil”, não é coincidência. A grande diferença do texto e do tecido é que aquele primeiro nunca está pronto, totalmente acabado. Como nos lembra Bartolomeu Campos de Queirós, texto a gente não termina – a gente abandona. Se o autor lê pela quadragésima vez, continua a fazer modificações. É melhor abandonar... Então, primeiramente, para escrever bem é preciso paciência de costureira. O que está na cabeça só fica pronto depois de muito trabalho, de faz e desmancha, de recortes e de anexações. Nem escritor nem costurei- ra podem, de maneira alguma, perder o fio da meada. Em segundo lugar, sensibilidade, se o autor tem pretensões literárias. Como toda arte, a literatura sobrevive de suspiros, de lágrimas, de queixos caídos, de admiração, de indignação. Também de contemplação, de raiva, de suspense, de questionamentos, de amor, de filosofia, de enxergar com a alma e construir com a mente um outro mundo, seja ele possível ou não. Terceiro. A gente escreve, em grande parte, inspirado no que leu. Quem lê mais escreve melhor. Ou, pelo menos, tem potencial para escrever melhor. A máxima de Antoine Lavoisier “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” vale também para a literatura. Nossas leituras – as recentes e as mais pretéritas – se transformam em arte (original, com o nosso DNA), se houver auto- e jurídicas da entidade, falaram sobre os benefícios oferecidos aos filiados, esclareceram dúvidas levantadas e ouviram as demandas por eles apresentadas, para posterior busca de soluções através de medidas apropriadas. Além disso, o presidente Cláudio Martins de Abreu reforçou a convocação dos servidores para a assembleia geral extraordinária agendada para o dia 4 de junho, em Belo Horizonte. ... e de Barbacena Pérolas da Língua Portuguesa *Pedro Jorge Fonseca res a nos inspirar, paciência de costureira e sensibilidade. E mais: Quarto. Para escrever bem é preciso ser observador. Muito observador. Uma crônica é o insosso cotidiano recheado de significância, humanidade e reflexão. Um romance é tanto melhor quanto maior a capacidade de o escritor entrar nos recônditos da alma humana, em toda sua diversidade, complexidade e contradição. Um poema, às vezes, é tirar beleza de onde se supõe não haver. De uma pedra, por exemplo. Quinto. Dominar as normas da língua culta é fundamental, mas frequentemente é preciso ousar, transgredir, contextualizar, ir além. Como fazia, entre outros gênios, Dias Gomes, principalmente pela boca de Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo), o eterno Bem Amado. Finalizo com a lição de José Lins do Rego: “Os grandes escritores têm a sua língua; os medíocres, a sua gramática”. P.S.: A constatação anterior, foi extraída do “Dicionário Universal de Citações”, de Paulo Rónai, Editora Nova Fronteira. Um livro delicioso.Vale a pena adquirir! Arquivo pessoal E m mais uma sequência de visitas aos oficiais de justiça do interior, o SINDOJUS/MG, através do seu presidente, Cláudio Martins de Abreu, e do advogado Sérgio Alves Antonoff, assessor * (Pedro Jorge Fonseca, colaborador desta coluna, é professor da PBH e técnico judiciário do TJMG – pjf@folha. com.br e http://www.6arroba. blogspot.com)