Portugal Inovador - Escola Superior de Gestão e Tecnologia de
Transcrição
Portugal Inovador - Escola Superior de Gestão e Tecnologia de
Portugal Inovador Página Exclusiva 2 Portugal Inovador Índice 6 - Editorial 8 - Escola Superior de Gestão e Tecnologia - Instituto Politécnico de Santarém “Mais do que formar, construir um futuro” 15 - Ensino 40 - Empreendedorismo no distrito de Aveiro 70 - PME Excelência Página Exclusiva 4 Portugal Inovador Página Exclusiva 5 Portugal Inovador Editorial Novas atitudes no trabalho e no emprego Vivemos um tempo de permanente mudança e o que define e caracteriza essa mudança é a economia. Globalizada e ferozmente competitiva, esta exige dos trabalhadores atitudes, competências e conhecimentos muito diferentes daqueles que se consideravam suficientes para o bom desempenho do operariado do início do século XX. Hoje, o capital mais valioso de uma empresa é o seu capital humano. Por isso, uma empresa ambiciosa e que quer conquistar o seu lugar no mercado nacional ou internacional necessita de trabalhadores informados, motivados e com espírito de pertença a uma ideia, a um projecto empresarial. Um trabalhador que acredite que o sucesso da sua empresa passa por si. A este propósito Nikolas Rose, professor de Sociologia no Goldsmiths College da Universidade de Londres, diz-nos que vivemos um novo conceito de sociedade que necessita de um novo conceito de cidadão: “O novo cidadão é obrigado a envolver-se num trabalho incessante de formação e reformação, de aquisição e reaquisição de competências, de aumento das certificações e de preparação para uma vida de procura permanente de um emprego: a vida está a tornar-se uma capitalização contínua do self ”. O seu êxito passa por encontrar novas soluções para organizar e operacionalizar o trabalho mas, sobretudo, por reinventar, formar, motivar e implicar os trabalhadores nas tarefas que a empresa espera de si. Hoje, mais do que produzir, impõe-se produzir mais e com mais qualidade. E isso faz-se com novas atitudes perante o trabalho e o emprego. Do empregador porque deve perceber que só com reconhecimento, autonomia e responsabilização do trabalhador este consegue transcender-se, constituindo-se assim, efectivamente, como uma mais-valia para a sua empresa. Do trabalhador porque deve, também, compreender que o trabalho que lhe garante emprego pode ser muito mais do que isso. Pode ser realização profissional, pode ser o orgulho de realização que materializa a sua acção profissional em bem social. Só desenvolvendo proactivamente estas atitudes, a que se deve associar a certeza que o profissionalismo (de empresários e trabalhadores) necessita de actualização contínua e compromissos assertivos, podemos falar de empreendedorismo. Só depois se poderá cogitar uma solução para Portugal. Página Exclusiva 6 Portugal Inovador Página Exclusiva 7 Portugal Inovador Mais do que formar, construir um futuro Com um forte domínio da Gestão, a Escola Superior de Gestão e Tecnologia do Instituto Politécnico de Santarém deve apostar agora no reforço da componente Tecnológica. São já 1300 os alunos que recebem formação actualmente. todas as Unidades Orgânicas do IPS perderam autonomia administrativa e financeira, mas só recentemente terminaram os processos eleitorais para consolidar todas as alterações nos órgãos de gestão da ESGT. Foi nesse ano de 2009 que a Escola mudou o seu nome para Escola Superior de Gestão e Tecnologia. Explorar Tecnologia Instituição dinâmica e proactiva, a Escola Superior de Gestão e Tecnologia (ESGT) abrange três vertentes ao nível da formação: o 1º ciclo, com cinco licenciaturas neste momento, o 2º ciclo, com a oferta de seis mestrados e ainda dois cursos CET (Curso de Especialização Tecnológica), vocacionados essencialmente para a Informática. Gestão de Empresas e Contabilidade e Fiscalidade são as licenciaturas cujos indicadores apontam para as mais elevadas taxas de empregabilidade, dentro da área de estudo, com uma percentagem não inferior a 90%. Ainda que 79% dos alunos frequen tema Escola em regime diurno, existiu desde cedo a preocupação em leccionar o ensino em regime pós‑laboral, pensando nos 21% de alunos que o frequentam actualmente. Nascimento da Escola Quando a Escola foi criada, em Página Exclusiva 8 1985, a sua designação inicial era apenas Escola Superior de Gestão. Integrada no Instituto Politécnico de Santarém (IPS), esta sofreu várias transformações ao longo dos anos, a última por imposição das próprias alterações ao regime jurídico das Instituições do Ensino Superior. Numa fase inicial leccionava ape nas os bacharelatos, complementados posteriormente com os CESE (Cursos de Ensino Superior Especializado), mas o final da década de 90 foi conferida pela tutela a possibilidade de os institutos politécnicos virem a ministrar os cursos de licenciatura. Criaram-se então, no ano lectivo de 1998/1999, as licenciaturas bietápicas. A oferta educativa foi neste ano reforçada com a criação das licenciaturas em “Contabilidade e Fiscalidade” e em “Marketing e Consumo”. Todas elas foram, em 2006/2007, adaptadas ao Processo de Bolonha. A partir do dia 1 de Janeiro de 2009, A mudança do nome da Instituição encontra-se alinhada na estratégia de uma aposta crescente na vertente da tecnologia. A aposta é recente, mas a ambição em reforçar a componente tecnológica, ao nível da oferta formativa, é já bastante vasta. “Este ano vamos iniciar um processo que visa repensar e reestruturar a oferta educativa do 1º ciclo. A minha expectativa é de que a vertente da tecnologia possa vir a ser reforçada com essa reestruturação. No 2º ciclo, as mudanças não serão significativamente profundas pois a nossa oferta educativa é relativamente recente”, refere Ilídio Lopes, director da Escola. A ESGT, em colaboração com as restantes unidades orgânicas e com o próprio IPS, integra alguns projectos associados à tecnologia, entre os quais, merece destaque o envolvimento no desenvolvimento de soluções e-learning: “Esta é uma das vertentes em que a tecnologia é fundamental”, observa o director. O e-learning é um modelo de ensino/aprendizagem não presencial, suportado por tecnologia, que Portugal Inovador investigação aplicada, orientação intrínseca ao subsistema de ensino superior politécnico, constitui uma mais-valia no desenvolvimento regional e um meio por excelência de aproximar as instituições de ensino superior com o seu meio envolvente. ESGT além-fronteiras permite, além da possibilidade de tornar o conhecimento disponível a qualquer hora e em qualquer lugar, uma redução nos custos, quando comparados à formação convencional. O objectivo é também, conta Ilídio Lopes, “o Instituto Politécnico integrar todas as Escolas numa plataforma e-learning”. Excelência no Serviço Sendo a maior Escola do Instituto Politécnico de Santarém, a ESGT conta actualmente com 1301 alunos e 72 docentes, a que corres pondem 61,8 ETI (Equivalente a Tempo Integral). De toda essa equipa, 11 docentes têm o grau de doutor, 31 estão em processo de doutoramento, 44 têm o grau de mestre e apenas 17 são licenciados. 93% dos alunos inscritos na ESGT recebe formação de 1º ciclo e 7% formação de 2º ciclo, uma vez que só recentemente os institutos politécnicos puderam passar a atribuir o grau de mestre. “Pautar pela excelência” é um dos princípios basilares que Ilídio Lopes procura assegurar no normal funcionamento da Escola. “A excelência para mim passa por dois pilares fundamentais: por um lado é a excelência na prática pedagógica, por outro, a permanente actualização da vertente científica”, explica. Resposta às expectativas Ilídio Lopes considera que a Escola deve ser mais aberta à comunidade. Colabora, para isso, com ordens profissionais, de forma a fa zer face às exigências do mercado mais regional. “O nosso objectivo é corresponder às necessidades que as empresas nos vão fazendo sentir”, adianta o director. Estabelece assim inúmeros protocolos com instituições, no intuito de poder integrar os alunos no mercado de trabalho. Por outro lado, procura junto das empresas soluções que possam melhorar quer a componente pedagógica quer científica. A investigação é umas das atribuições da ESGT, consagradas no artigo 2º dos seus Estatutos. A A internacionalização constitui um indicador relevante na política de gestão da ESGT. Procura-se, neste eixo, promover o reconhecimento nacional da Escola, bem como promover a mobilidade dos diversos agentes do sistema educativo, em particular estudantes, docentes e funcionários não docentes. Assim, a Escola participa cada vez mais em iniciativas de âmbito internacional. “Ainda que a abertura à comunidade, a nível nacional, seja determinante, nós não podemos olhar exclusivamente para a ideia antiga de que os politécnicos tinham uma função e uma missão exclusivamente regional. Essa ideia, que se tem vindo gradualmente a desvanecer, está ultrapassada, daí que a nossa aposta vá também para além fronteiras”, justifica Ilídio Lopes. Para além da actual parceria com a Mykolas Romeris University (Lituânia), com a Johannes Keppler University Linz (Áustria) e com University of Zagreb (Croácia), no Página Exclusiva 9 Portugal Inovador sam partilhar informação, com um objectivo bilateral. São parceiras neste projecto instituições italianas, romenas e espanholas. Missão cumprida âmbito da revista científica ‘Social Technologies’, a Escola tem ainda 44 protocolos, em 16 países dife rentes, para o programa Erasmus. O Gabinete de relações com o exterior encarrega-se de fazer a ponte entre os alunos da ESGT, e as empresas que solicitam estágios. A Escola oferece também um curso leccionado em inglês para os alunos que visitam a instituição no âmbito do programa Erasmus. “Tenho sentido que é uma das formas de atrair os alunos, daí que estejamos a reforçar esta oferta pela inclusão de novos módulos curriculares”, observa Ilídio Lopes. O Centro Europe Direct, mais do que um simples centro de informação da União Europeia, é onde a Escola desenvolve todo um conjunto de iniciativas relacionadas com a União Europeia. “Ainda recentemente, estivemos em Bruxelas, a convite da Comissão Europeia. Escolhemos um conjunto de entidades, que integraram um grupo de multiplicadores de opinião. Integraram esse grupo representantes de escolas secundárias, juntas de freguesias, câmaras municipais, órgãos de comunicação social bem como re presentantes do tecido empresarial regional. Para nós é um orgulho muito grande e uma mais-valia termos essa representação da União Europeia na nossa Escola”, conta Página Exclusiva 10 Ilídio Lopes. “Estamos também a recrutar cinco recém-licenciados para irem estudar durante três meses para Inglaterra, no âmbito do programa Leonardo da Vinci”, adianta ainda. Projectos inovadores não faltam na Escola que está já a preparar um ‘Joint Degree’ – a atribuição de um grau de mestre por três instituições diferentes. Refere Ilídio Lopes que se trata de um projecto complexo que está ainda numa fase embrio nária, mas que poderá ser uma grande aposta futura no âmbito da mobilidade de estudantes e docentes. A ESGT é ainda parceira num projecto europeu cujo objectivo é a criação de uma plataforma electrónica onde instituições de ensino superior e as empresas pos- No cargo de director há dois meses, Ilídio Lopes assenta as suas principais preocupações em três ideais basilares: por um lado, o reforço do pilar da educação e da aprendizagem ao longo da vida; por outro, a qualificação dos recursos humanos, em particular dos docentes, aliada à componente da investigação científica; o terceiro ideal prende-se com a internacionalização. “O meu objectivo é que os alunos saiam daqui com uma formação sólida”, afirma. Em jeito de conclusão, o director argumenta: “O aluno não é apenas um repositório de um conjunto de conhecimentos que lhe foram transmitidos durante o ciclo. Pelo contrário, o aluno deve adquirir um conjunto de competências e aptidões que lhe permitem ter uma capacidade pro-activa para se poder vir a integrar e para desenvolver outro tipo de competências e actividades, no âmbito de uma cidadania activa. Quero que um diplomado saia desta Escola e saiba aplicar de forma sustentada essas competências, delineando e construindo o seu próprio futuro”. Portugal Inovador Página Exclusiva 11 Portugal Inovador “Respiramos esta fábrica” Quando se fala em louça metálica de cozinha, inovação não é a primeira palavra que nos surge em mente. No entanto, a Celar quebra o estereótipo com uma estratégia de investigação, desenvolvimento e serviço que, anualmente, surpreende clientes e concorrência. É certo que poucos conhecem a empresa Alumínios César S.A., mas, para todos os portugueses, que primam pela qualidade nos seus utensílios de cozinha, a marca Celar é não é de todo um nome desconhecido. Nos seus 33 anos de existência, a Celar criou uma reputação positiva que a mantém na liderança nacional do mercado de louça de cozinha anti-aderente. Especializada em louça com revestimento interior anti-aderente, a empresa tem, ao longo do seu percurso, desenvolvido soluções internas de valor reconhecido pelo sector. Seja em frigideiras, panelas de pressão, grelhadores, linhas de aço-inox, formas, ou até mesmo grés e vidro, a Celar é hoje uma referência nacional que, sustentadamente, começa a espalhar o charme do seu produto além fronteiras. Desafiante desde o início Fundada por antigos sócios de uma das mais reputadas fabricantes nacionais de louça metálica de cozinha, a União Industrial Cesar, a Celar nasce com todo o know-how acumulado, mas acima de tudo com vontade de trazer novos produtos e filosofias de gestão ao mercado: “Em 1978, quando arrancou a empresa, começámos por trabalhar só com louça de alumínio anti-aderente para a qual tínhamos que importar a matéria base: os discos de alumínio já com revestimento anti-aderente. Era difícil ser competitivo, dado não Página Exclusiva 12 Portugal Inovador termos a capacidade para fazer essa aplicação, mas a verdade é que a empresa foi conquistando a sua quota de mercado, crescendo passo-a-passo. Hoje, a Celar diversificou a sua gama de produtos, tem capacidade interna para aplicar revestimento anti‑aderente, passou de 12 colaboradores para 100, facturando cerca de 10 mi lhões de euros por ano, mantendo uma forte componente de inovação”, frisa Pedro Cordeiro e Cu nha, que partilha a administração com três sócios descendentes dos fundadores da empresa. Um passo de gigante Em 1985, sem querer dar um passo maior que a perna, mas mantendo o cariz visionário de todas as suas decisões, a Celar soube perspectivar o sucesso das grandes superfícies: “Até então, o nosso negócio era o mercado tradicional. Trabalhávamos com os armazenistas que por sua vez vendiam aos retalhistas. No entanto, esse negócio sofreu uma quebra com a abertura da CEE, que levou os armazenistas a começarem a comprar directamente aos italianos. Nós vimo-nos obrigados a procurar alternativas e a solução foram as grandes superfícies”, explica Nuno Azevedo, também ele na administração. A aposta neste novo mundo para os portugueses teria efeitos ime- diatos na Celar. Nunca até hoje se vendeu tanto em tão pouco tempo: “Foi um momento especial em que parecia que era possível vender praticamente tudo. O consumidor final não estava familiarizado com as promoções que se faziam, pelo que acabavam por comprar muito mais do que acontece actualmente. Numa só campanha de uma loja, chegámos a vender 15 mil conjuntos de três frigideiras. Hoje, numa campanha a nível nacional, dificilmente se vendem cinco mil”, relembra o empresário. Apesar de tudo, as grandes superfícies continuam a ser o grande cliente da Celar, numa relação du- radoura com benefícios de parte a parte: “Podemos não estar totalmente satisfeitos com as margens, mas temos a vantagem do nosso cliente não se atrasar com os prazos de pagamento. Por outro lado, a Celar oferece uma qualidade de produto e assistência técnica inigualável. Sabemos que o produto tem que vender por si, por isso temos uma equipa de cinco pessoas permanentemente nas lojas a verificar a embalagem, o rótulo e o produto. Tentamos também que qualquer reclamação nos seja encaminhada para procedermos pessoalmente ao esclarecimento ao consumidor final”, garante Pedro Cordeiro e Cunha. Além da marca Celar, a empresa produz várias marcas próprias para vários clientes nacionais e internacionais, aplicando o mesmo rigor em ambas as situações: “Temos de ter a qualidade muito bem controlada quando produzimos sob a marca do nosso cliente. Trata-se de uma responsabilidade acrescida porque queremos corresponder às expectativas que o levaram a seleccionar-nos como fabricantes do seu produto”, afirmam os sócios. Página Exclusiva 13 Portugal Inovador Degrau a degrau Em Portugal, a Celar detém cerca de 45% do mercado de louça metálica anti-aderente para cozinha aos quais se somam as quotas das marcas próprias produzidas por si. Uma liderança sólida que permite à empresa estar a avançar gradualmente sobre outros mercados. “Criámos uma empresa em Espanha em 2006, num mercado que consideramos uma extensão natural do mercado português. Foi um mercado de difícil penetração, por se tratar de uma rede complexa e relativamente fechada, mas no qual já estamos presentes através algumas grandes superfícies e não só. Depois, estamos também em França, Suíça, Angola, Marrocos, Itália, Rússia”, informa Pedro Cordeiro e Cunha, que completa: “Não temos interesse, nem dimensão, para estarmos presentes em todo o mundo. A estratégia passa por rentabilizar recursos e pensar bem os investimentos. Já tivemos propostas que nos obrigariam a esgotar a produção com um só cliente e não aceitámos. Tentamos gerir bem o risco. Até porque, com 100 colaboradores, sabemos que temos uma responsabilidade social elevada”. Mas mais do que reco nhecer, a Celar assume uma parte activa nessa responsabilidade, premiando os seus funcionários com incentivos ao trabalho. Seja com um ordenado extra, sempre que a empresa supera os seus Página Exclusiva 14 objectivos, ou com uma relação pessoal com todo e cada um dos funcionários: “Falamos descontraidamente e de uma forma informal com todos os funcionários. Não há a figura distanciada e opressiva do ‘chefe’. Oferecemos também uma prenda a todos quando fazem anos e fazemos questão de os congratular pessoalmente. São estes pequenos gestos que fazem com que a Celar seja uma grande família”. Primar pela diferença Nuno Azevedo e Pedro Cordeiro e Cunha vêem com bons olhos o apoio estatal ao produto português, mas estão reticentes quanto à ideia transmitida do que deveria ser o papel das empresas nacionais: “O Estado afirma que é preciso exportar. E é verdade. Mas também é verdade que não há propriamente compradores à espera do produto português. Nós vamos fazendo a nossa parte, investindo tempo e dinheiro na procura de novos parceiros, mas sem incentivos ou protecção via regulação ou seja, regras iguais para todos, torna-se complicado. Por exemplo, nós desenvolvemos e patenteamos uma solução inovadora, devidamente reconhecida pelo INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial, mas que facilmente pode ser copiada e depois é extremamente morosa a intervenção da Justiça na resolução do problema”, lamen- tam. “Sabemos que em Itália, caso isso aconteça os produtos são retirados de mercado no prazo de um mês. Aqui não. Até que isso aconteça já se venderam milhares de peças ilegalmente. Igualmente muito diferentes, são as obrigações sociais e ambientais que temos de cumprir, mas que os nossos concorrentes asiáticos estão dispensados. Por esta via entra-se em concorrência desleal”. O investimento avultado em ino vação, resultante da maquinaria adquirida e recursos de logística disponibilizados, pode ver o seu impacto reduzido pela inércia judicial, mas mantém o prestígio desta empresa inovadora: “Continuamos a investir em inovação e registo de patentes. Não porque somos ingénuos ao ponto de pensar que estamos só a proteger o nosso investimento, mas sim porque sabemos ser uma mais-valia para o nosso cliente. Quando apresentamos produtos novos e a concorrência apresenta mais do mesmo, estamos a diferenciar-nos”, explicam os sócios. E é nessa base que a empresa quer continuar no futuro. Mantendo-se fiel a si mesma: “A Celar é uma empresa que já vai na terceira geração, que investiu tudo o que ganhou em si mesma, e que conseguiu o que tem à custa do seu próprio esforço. Era mais fácil seguir a tendência de mercado, tornando-nos uma empresa de compra e venda de produtos, com seis ou sete colaboradores, mas não é essa a nossa vocação. Queremos manter-nos industriais, porque foi assim que crescemos. Nós respiramos esta fábrica”. Portugal Inovador Ensino Página Exclusiva 15 Portugal Inovador “Existimos para sermos úteis” Criada oficialmente há cerca de um ano e meio, a Unidade de Investigação do Instituto Politécnico de Santarém coordena a investigação que gira em torno das cinco escolas do Instituto, contando, para isso, com mais de 100 investigadores. ENTREVISTADO Licenciado em Educação Física e Desporto na FMH, onde fez também mestrado, tendo deito o seu doutoramento na UTAD, Pedro Sequeira teve desde cedo a noção de que “em Portugal a investigação só vai funcionar se tiver uma aplicação. Se o produto final não puder ser utilizado pela população, então a investigação não serve. Foi por acreditar nisso que me envolvi na investigação”, refere. A abertura das comunidades empresarial e a autárquica à UIIPS tem sido uma maia‑valia na Unidade que tem capacidade de criar sinergias com várias entidades, dada a diversidade da sua longitude em termos de abrangência. Satisfeito com o percurso efectuado, Pe- A investigação é algo que sempre exitiu no Intituto Politécnico de Santarém (IPS). Contudo, ela era sectorial, sendo que cada escola tinha o seu departamento de investigação. Há muito poucos anos, a criação de um novo regime jurídico das instituições de Ensino Superior Politécnico, passou a permitir que os Institutos Politécnicos tivessem uma unidade orgânica ligada à investigação. É dessa forma que nascem os novos estatutos do IPS e com eles nasce, a 8 de Fevereiro de 2010, a Unidade de Investigação (UI) do IPS. O principal objectivo da Unidade de Investigação prende-se hoje com a coordenação de toda a investigação que gira em torno das cinco escolas do Instituto. As pessoas que estão ligadas à UIIPS, são, aliás, os professores das cinco escolas. “Enquanto as esPágina Exclusiva 16 colas sobrevivem com os alunos, a UIIPS sobrevive com os professores, portanto, se não houver as escolas, não há UIIPS”, explica Pedro Sequeira, actual director da Unidade de Investigação do IPS. As publicações relativas à investigação são também feitas em conjunto com as escolas e outras unidades, como a Unidade de Bi blioteca, por exemplo. Tem como parceiro editorial, para já, a Editora Cosmos. Pedro Sequeira deixa claro que a Unidade de Investigação é “algo de útil para a sociedade portuguesa”. Projectos em Destaque A Unidade de Investigação conta neste momento com dez linhas de investigação, criadas pelos diversos investigadores do Instituto. São essas linhas que, agregadas à UIIPS, representam redes transversais às diversas escolas do IPS dro Sequeira conclui: “Nós existimos para sermos úteis! No dia em que deixarmos de ser úteis, o Instituto terá de tomar outro caminho”. e especialidades. “Nós continuamos a apoiar e a promover aquilo que de bom tem sido feito pelas escolas do IPS de forma isolada e temos a preocupação de potenciar e de criar projectos, intervenções e organizações novas, como por exemplo, congressos, em que se permita agrupar todo o Instituto”. O Instituto Politécnico passa ser visto, segundo Pedro Sequeira, “como um todo, e não apenas como um somatório das suas parcelas”. Dos seus diversos projectos, a Unidade de Investigação faz destacar, até à actualidade, dois mais rele vantes em todo o seu percurso. Em ambos os casos, a iniciativa de estabelecer uma parceria par- Portugal Inovador Página Exclusiva 17 Portugal Inovador que disponibilizam as ferramentas e os investigadores necessários para o processo. A UIIPS tem ainda estabelecidas outras parcerias ao nível das escolas e outras instituições. “A Investigação tende a ser avaliada pelos resultados imediatos, e isso de facto não existe. Assim, solicito que me dêem tempo para vermos os resultados. É preciso investimento e é preciso encontrar os parceiros correctos, o que leva o seu tempo”, conta Pedro Sequeira. Estruturar a UIIPS tiu dos clientes, que procuraram e demonstraram confiança na Unidade de Investigação, para concretizarem os seus projectos. O primeiro destaque insere-se no projecto de candidatura a património nacional e da UNESCO da cultura Avieira. A actual proposta prevê criar a primeira rota turística do Tejo, com base na cultura dos avieiros, recuperando todas as aldeias avieiras do Tejo. O projecto tem uma área de investigação, da qual a UIIPS do IPS faz parte e coordena, tendo estabelecido protocolos com seis universidades públicas, quatro politécnicos, 60 investigadores a nível individual, onze câmaras municipais e diver- Página Exclusiva 18 sas empresas regionais. A UIIPS encarrega-se de estabelecer todas as parcerias e protocolos para cada especificidade dos projectos que lhe são apresentados. O segundo projecto em destaque pertence ao Grupo Mosqueteiros, que, não tendo um centro de investigação, lançou a proposta à UIIPS. A investigação em causa diz respeito à caracterização físico-química de óleos alimentares novos e usados com fim à identificação de indicadores de degradação de qualidade, uma vez que a lei obriga a uma investigação por parte das instituições a esse nível. Neste caso, são os laboratórios da Escola Superior Agrária do IPS A UIIPS tem laboratórios em cada uma das cinco escolas do IPS. A equipa de investigadores ultrapassa já os 100 membros, sendo que 1/3 dos 336 docentes do IPS fazem parte desses membros. Para Pedro Sequeira, essa é uma vantagem, uma vez que os investigadores podem continuar a trabalhar no seu local de trabalho, tendo sempre o apoio da UIIPS. O trabalho em conjunto é outra das grandes preocupações do director, que procura acima de tudo a unificação, na tentativa de criar uma Unidade de Investigação cuja marca seja a mesma do IPS, ao invés de uma escola particular. “Tento ser o mais democrático possível, mas de uma forma directiva”, sublinha. Portugal Inovador Página Exclusiva 19 Portugal Inovador Educação, Ensino e Artes A Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém representa, para todos os seus alunos e docentes, a referência nos sectores de Educação, Ensino e Artes Plásticas. A Escola Superior de Educação (ESE) foi criada em 1979 como Unidade orgânica do Instituto Politécnico de Santarém, tendo vindo a abrir, oficialmente, em 1986, com 696 alunos. Esta é hoje um estabelecimento de formação de nível Superior, vocacionada para o ensino, a investigação, a prestação de serviços à comunidade e para a colaboração com entidades nacionais e estrangeiras em actividades de interesse comum, que conta já com 1160 alunos. Actualmente abrange um total de cinco licenciaturas e sete mestrados em funcionamento. A ESE aposta ainda em cursos de formação contínua, visando dar resposta às exigências de formação profissional, cívica e cultural que se fazem sentir ao longo da vida na sociedade. Vasta oferta formativa A Escola Superior de Educação de Página Exclusiva 20 Santarém iniciou o seu percurso com apenas os cursos de formação de professores, aos quais se juntaram os de Educação Social e Animação Cultural , surgindo posteriormente a Comunicação Educacional Multimédia e as Artes Plásticas Multimédia. A aposta foi ponderada e eficaz: “Tínhamos alunos, tínhamos toda a experiência e vimos que isso funcionava bem”, explica Jean Campiche, director. A Educação Social é hoje um dos cursos mais procurado por parte dos alunos. A exigência, os resultados e a empregabilidade que o curso confere têm levado alunos, tanto da região como das suas periferias, a deslocarem-se até à ESE, em busca de uma formação qualificada. Com a adesão ao Processo de Bolonha, também o sistema de ensino foi reformulado, passando-se a adoptar um sistema baseado (para os Institutos Politécnicos) em dois ciclos de estudos: 1º ciclo – corres pondente à licenciatura e 2º ciclo, correspondente ao mestrado. Os cursos sofreram uma reestruturação e a Escola tem hoje dois mestrados, dos quais dois leccionados, no início, em colaboração com a Universidade da Madeira. Variadas acções de formação Portugal Inovador contínua, úteis e generalistas em termos de assunto abordado, são postas à disposição de todos, com temáticas de interesse geral à sociedade. Para Jean Campiche, “esta é uma maneira diferente de abordar temas que podem interessar a toda a gente”. A pensar no público mais velho, a Escola criou o ESES +, uma formação livre onde são realizados módulos para pessoas com idade a partir dos 50 anos, que pretendem aperfeiçoar ferramentas e aprofundar conhecimentos. Cultivar Exigência Exigência é a base do trabalho na ESE de Santarém. Para isso, a Escola conta com uma equipa de professores, de elevada experiência e qualificação, empenhados em acompanhar a todos os níveis os seus alunos. O processo de Bolonha trouxe transformações, e com elas uma entrega acrescida por parte dos alunos, dentro e fora da Escola. É no momento dos estágios que os professores desempenham um papel que tem tanto de cooperativo como de preponderante. “Temos de tentar ser cada vez mais exigentes”, refere Jean Campiche. “Bolonha foi uma reviravolta grande e, para nós, é como se houvesse um antes e um depois. Temos de encontrar ainda as nossas marcas em Bolonha, porque há muitas coisas a que as pessoas não estavam habituadas”, acrescenta o director. Projectos e actividades Porque aliar a investigação ao trabalho sempre foi tarefa praticada na ESE, esta encontra-se inserida em vários projectos nacionais e internacionais, onde colaboram vários professores da Escola. Durante cinco anos trabalharam com a Fundação Calouste Gulbenkian e com apoio do Banco Mundial, na produção de todos os manuais escolares, desde o 1º ao 6º ano, da República Democrática de São Tomé e Príncipe. Hoje mantêm ainda ligações com São Tomé e Príncipe, e a ambição de prestar serviço à comunidade é cada vez maior. O mais recente projecto da ESSE, o ‘Fab Labs’, consiste em implementar laboratórios, onde o cidadão, através de potentes computadores ligados a várias máquinas como impressoras 3D, consegue criar objectos, cortar vinil e fazer impressões sob qualquer suporte. Esta iniciativa pretende incentivar e empurrar o empreendedorismo, qualidade fulcral nos estudantes e trabalhadores, no presente e no futuro. Jean Campiche, da escultura ao ensino Jean Campiche nasceu em Genebra em 1947; Vive e trabalha em Portugal desde 1987; Licenciado pela Escola de Belas Artes de Genebra em “Recherches Plastiques et Histoire de l’Art”; Mestre em Comunicação Educacional Multimedia pela Universidade Aberta; Escultor profissional, ex-membro da SPSAS (Société des Peintres, Sculpteurs et Architectes Suisses); Professor Adjunto, com título de especia lista, do Instituto Politécnico de Santarém. Página Exclusiva 21 Portugal Inovador Desporto, Saúde e Vitalidade Somando já 14 anos de experiência, a Escola Superior de Desporto de Rio Maior foi criada com o objectivo de se diferenciar ao nível das profissões da área das Ciências do Desporto. Olímpico de Portugal) garante a todos os alunos a oferta de um estágio integrado. “O estágio é uma transição entre aquilo que é o ensino centrado na escola e o mercado de trabalho”, afirma a directora. “Temos a felicidade de ter sempre mais pedidos de estagiá rios, do que estagiários para oferecer”, acrescenta ainda. Também os mestrados em desporto, em psicologia do desporto, e em atividade física em populações especiais, permitem optar entre a realização de estágio ou dissertação. Criada em dezembro de 1997 e enquadrada no Instituto Politécnico de Santarém (IPS), a Escola Superior de Desporto de Rio Maior (ESDRM) encontra-se em funcionamento desde setembro de 1998. A Escola teve como primeiro director o professor doutor José Rodrigues (1998-2007) e, como segundo, o professor Abel Santos (2007-2011). Em Março de 2011 decorreram as eleições para o terceiro director, a professora doutora Rita Santos Rocha, que manterá o cargo até 2015. Nos seus primórdios, o objectivo foi sempre o de “formar instrutores e treinadores especializados nas diversas modalidades desportivas”, refere a directora. Formação abrangente Actuando na área das Ciências do Desporto, a ESDRM ministra actualmente cinco cursos de licenciatura (1.º ciclo), três cursos de mestrado (2.º ciclo) e diversos cursos de formação contínua, todos Página Exclusiva 22 creditados pela A3ES, envolvendo cerca de 750 estudantes. Quer o nº de candidatos quer o nº de colocados corresponde a 15% dos estudantes de desporto no ensino superior público. Segundo os dados de 2009/2010, a empregabilidade dos alunos na área da licenciatura foi mais elevada nos cursos de Condição Física e Saúde no Desporto - 100%, Treino Desportivo - 89,2%, Gestão das Organizações Desportivas 82,6% e Desporto de Natureza e Turismo Activo - 77,6%. A formação em Psicologia do Desporto implica cinco anos de investimento, pelo que a empregabilidade só é avaliada após obtenção do grau de mestre. “Tentamos sempre ajustar os conteúdos dos cursos àquilo que é o mercado de trabalho”, explica Rita Santos Rocha. A abertura a protocolos com as várias entidades profissionais e científicas que actuam no desporto (desde os clubes, ginásios, federações, associações, empresas, câmaras e freguesias até ao Comité Recursos Humanos Os recursos humanos da ESDRM dividem-se em pessoal docente e não docente. Em Junho de 2011, a ESDRM dispunha um total de 96 trabalhadores, dos quais 79 docentes (44 a tempo integral) e 17 não-docentes. Desempenham funções de dirigente a directora, o subdirector e a secretária. Até 2013 a ESDRM contará com mais de 25 doutorados em Ciências do Desporto. O compromisso com o serviço, o desempenho na Escola, o respeito pelo aluno e a ambição de querer fazer sempre mais e melhor são valores primordiais, que Rita Santos Rocha procura manter nos professores da Escola. Também a experiência desses professores, ligados desde cedo ao desporto, e a atenção à conjuntura nacional e europeia no mercado desportivo, facilitam o processo de transmissão de conhecimento e de aconselhamento dos alunos. “A disciplina a que as pessoas se habituaram durante a vida, no contexto deportivo, pelo qual todos Portugal Inovador Página Exclusiva 23 Portugal Inovador doutoramento, desenvolvidos no âmbito do CIDESD e do CIPER e de universidades nacionais, e também em centros de investigação e universidades internacionais. Prestação de serviços e ligação à comunidade passaram, permite aplicar nesta fase mais madura os mesmos princípios no contexto profissio nal”, salienta a directora. Rita Santos Rocha denota ainda a importância do corpo não-docente, composto por “pessoas extremamente importantes, empenhadas e disponíveis para colaborar no serviço que for necessário”, conta. Além destes funcionários, vários docentes contribuem para o desenvolvimento de serviços de apoio aos estudantes, tais como o gabinete de mobilidade internacional ou o gabinete de empreen dedorismo. Instalações de presente e futuro A ESDRM, sediada na cidade de Rio Maior, desde 1998, funciona em instalações provisórias, incluin do as desportivas, disponibilizadas pela Autarquia. Tem ocupado diversos edíficos à medida que foi crescendo em número de trabalhadores e estudantes. Actualmente utiliza o pavilhão multiusos, ocupando uma área de cerca de 3000m2 onde funcionam os serviços de apoio, gabinetes de docentes, salas de aula e de reunião, um auditório, biblioteca, laboratório de investigação em desporto, sala da associação de estudantes, reprografia, centro de recursos de equipamentos de desportos de natureza e duas portarias. Relativamente às ins talações desportivas, a ESDRM utiliza um pavilhão (ginástica), um pavilhão desportivo, três piscinas, campo de futebol, ginásio privado, Página Exclusiva 24 espaços naturais, entre outros. As futuras instalações da ESDRM, que ocuparão uma área de cerca de 30.000m2 onde irão funcionar três edifícios (escolar, cantina e residência), incluindo áreas desportivas, serão finalizadas em Setembro de 2011. Investigação A ESDRM está integrada no consórcio que criou o Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD) reconhecido pela Fundação para Ciência e Tecnologia (FCT), onde está integrada a maioria do corpo docente. Outros investigadores estão integrados no Centro Interdisciplinar de Estudo da Performance Humana (CIPER) da Fa culdade de Motricidade Humana, igualmente reconhecido pela FCT. Os docentes a tempo integral estão envolvidos em vários projectos de investigação e programas de A ESDRM dedica-se também à prestação de serviços na área do desporto, nomeadamente nas áreas da gestão do desporto, psicologia do desporto e avaliação e controlo do treino, através do seu Laboratório de Investigação em Desporto, coordenado pelo professor doutor João Brito. Desenvolve ainda programas de atividade física e saúde na comunidade, nomeadamente na área do ‘envelhecimento activo’ e da ‘escola activa’. Preparar o futuro Estar no pódio nacional e internacional no ensino do desporto, contribuir para a investigação e desenvolvimento em ciências do desporto e diversificar a oferta formativa são ambições de futuro previstas para a ESDRM. Activa enquanto praticante de marcha, natação, fitness e bicicleta, Rita Santos Rocha não deixa dúvidas da motivação e ambição de manter o projecto há 14 anos iniciado: “Estamos atentos para sermos os primeiros e os melhores!”. Portugal Inovador Página Exclusiva 25 Portugal Inovador Dinamismo e forte envolvência em projectos nacionais e internacionais A Escola Superior de Saúde de Santarém tem-se destacado pelo dinamismo e pela forte envolvência em projectos nacionais e internacionais. A revista “Portugal Inovador” foi conhecer esta instituição de ensino e conversar com a nova directora Isabel Barroso. A Escola Superior de Saúde de Santarém (ESSS) comemora um percurso de uma organização que tendo sido criada a 16 de Maio de 1973 como Escola de Enfermagem, tal como muitas outras à altura, tinha por missão formar pessoal de enfermagem, tendo no ano imediato evoluído para a formação de enfermeiros. Foi reconvertida em Escola Superior de Enfermagem de Santarém, na sequência da integração do ensino de enfermagem no sistema educativo nacional, ao nível do ensino superior politécnico. A passagem para a designação de Escola Superior de Saúde de Santarém (ESSS) decorreu, em 2008, na sequência da reorganização dos estatutos do Instituto Politécnico de Santarém e das Unidades Orgânicas que o compõem. Instituição de referência, a nível nacional, na formação em enfermagem ao nível do 1.º e 2.º ciclo, propôs, recentemente, a criação de dois cursos na área das tecnologias da saúde: Terapia Ocupacional (em processo de acreditação) e Podologia (em processo de organização final para submissão a acreditação). Oferta formativa Todos os cursos em funcionamento na ESSS estão acreditados pela A3ES. Actualmente, ao nível do 1.º ciclo, a ESSS oferece formação na área de enfermagem. Ao nível do 2.º Página Exclusiva 26 ciclo, a ESSS organizou, em parceria com a Universidade do Minho, com os Institutos Politécnicos de Viseu, Portalegre e Beja, mestrados na área da Enfermagem. Os mestrados disponibilizados pela escola são: Enfermagem de Reabilitação; Enfermagem Comunitária; Enfermagem de Saúde Fami liar; Enfermagem à Pessoa em Processo de Doença na Comunidade; Saúde Materna e Obs tetrícia. Este ano, a escola viu aprovado o curso de mestrado em Enfermagem de Saúde da Criança e do Jovem e o curso de mestrado em Supervisão em Enfermagem, este, em parceria com a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (ESEL). A instituição aguarda a acreditação do curso de mestrado em Enfermagem de Saúde Mental. Parcerias e Projectos de Investigação A ESSS, enquanto instituição aberta à comunidade, privilegia parcerias com instituições locais e regionais. No âmbito do programa “Escola Promotora de Saúde”, a ESSS tem protocolos com várias escolas, desde o 1º ciclo até ao ensino secundário, com o objectivo de fomentar uma vida saudável junto de crianças e jovens, sempre em parceria com professores e encarregados de educação. Áreas como a alimentação, a saúde mental e a sexualidade são as mais abordadas. Destaca-se, também, o aprofundamento do projecto de promoção de estilos de vida saudável, nomeadamente no que concerne à alimentação, no quadro de colaboração com Es- Portugal Inovador tabelecimentos de Ensino Pré‑Escolar, Básico e Secundário e com a Autarquia, um projecto em parceria com a Câmara Municipal de Santarém e ACES Ribatejo, com a denominação “Comer bem para viver melhor em Santarém”. Em continuidade da parceria com a Câmara Municipal de Santarém, ACES Ribatejo, Hospital de Santarém EPE e Direcção Geral de Saúde, a Escola com o estatuto de institui ção coordenadora, tem em desenvolvimento um projecto com o objectivo de caracterizar os indicadores de saúde da população residente no concelho de Santarém. “Recentemente, foi submetido a financiamento uma proposta de estudo da Câmara Municipal de Santarém que pretende ana lisar os indicadores de saúde do concelho de Santarém”, informa Isabel Barroso. A aposta em pós-graduações no âmbito dos cuidados continuados e cuidados paliativos, privilegia a atenção às necessidades das instituições parceiras. A ESSS encontra aí os cenários ideais para os seus estudantes realizarem os estágios, fazerem diagnósticos das carências da população e, mais tarde, ajudarem a implementar projectos de intervenção nas áreas mais problemáticas. A nível nacional a ESSS tem parcerias com outras institui ções de ensino superior quer universitário, quer politécnico. A nível internacional salientamse acordos no âmbito da mobilidade Erasmus (estudantes, professores e colaboradores não docentes) com as Universidades de Oviedo, Salamanca, Valladolid e Leon em Espanha; com a Universidade de West of Scotland, com a Universidade do Katho na Bélgica e a Universidade Metropolia na Finlândia. No próximo ano lectivo, a ESSS vai passar a acolher um mestrado designado “Master Mundus” em Enfermagem de Emergência e Cuidados Críticos, que promove o intercâmbio entre os estudantes europeus. Este mestrado é o primeiro na área de enfermagem a acontecer num instituto politécnico português e um dos dez que na Europa foram aprovados em 2011. Este curso, financiado pelo programa Erasmus Mundus, da Comissão Europeia, está a ser liderado pela Universidade de Oviedo e conta com a participação do IPS-ESSS, da Universidade do Algarve - Escola Superior de Saúde e da Universidade Metropolia, em Helsínquia. Este curso deverá ser alargado a países terceiros, isto é, países fora da União Europeia com quem as instituições proponentes têm protocolos e parcerias. roso foi, recentemente, eleita directora da ESSS. Uma nova direcção que pretende seguir o trabalho do seu antecessor José Amendoeira. Continuar a investir na sustentabilidade da instituição, apostar na criação de uma oferta formativa mais abrangente na área da saúde, promover o sucesso escolar e o melhoramento da monitorização da empregabilidade são algumas das prioridades da directora Isabel Barroso. Direcção nova, o mesmo objectivo Há dois anos a assumir funções como subdirectora, Isabel BarPágina Exclusiva 27 Portugal Inovador Explorar o Turismo Mundial A Escola de Formação Profissional em Turismo de Aveiro tem feito jus ao sector do turimo em Portugal, colocando, anualmente, estagiários em várias postos de referência nacional e internacional. Foi no decorrer do ano de 2008, que surgiu no concelho de Aveiro a Escola de Formação Profissional em Turismo de Aveiro (EFTA). A necessidade sentida em toda a região de Aveiro, nas áreas de turismo, hotelaria e restauração foi um dos principais motivos que levaram Manuel Torrão, director executivo, a edificar esta Escola, solicitada hoje por parte dos agentes económicos da região. “Eu acredito que o sucesso das nossas instituições e das nossas escolas passa por uma especia lização. Nós não podemos querer fazer tudo, daí que a minha estratégia tenha sido a fundação de uma escola direccionada exclusivamente para a área do turismo, restauração e hotelaria”, conta Manuel Torrão. Militar pára-quedista durante 24 anos e licenciado em Gestão de Empresas, o próprio afirma ter caído na Escola “de pára-quedas”. Dedicou-se ao projecto de corpo e alma, convidando alguns amigos para dele fazerem parte. A Escola iniciou o seu percurso com as Formações Modulares Certificadas, dois cursos EFA (Educação e Formação para Adultos) e dois cursos técnico-profissionais: Técnico de Turismo e Técnico de Recepção, aos quais se juntou mais Página Exclusiva 28 tarde o Técnico de Restauração na sua variante de Cozinha Pastelaria. “Os cursos técnico-profissionais são hoje o nosso objectivo. Pretendemos qualificar os nossos jovens para que eles possam dar resposta às solicitações das nossas empresas do sector”, explica o director. Neste momento são cinco as turmas, distribuídas pelos cursos atrás referidos, mas as previsões apontam para nove turmas no ano lectivo de 2011/2012. A EFTA gera oportunidades aos seus alunos; reflexo disso é a conquista do 2º lugar na competição de ‘front-office’, o concurso internacional da Associação Europeia de Escolas de Hotelaria e Turismo (AEHT) pela aluna Sónia Amaral, do curso técnico de recepção. Análise de mercado Alargar o número de cursos na área de turismo é o próximo passo de Manuel Torrão na Escola. “Não vamos ficar por aqui, vamos pedir autorização ao Ministério para dinamizar outros cursos que também são procurados no futuro, como é o caso da Gestão Hoteleira”, refere. “Temos de estar em constante atenção ao mercado para podermos oferecer os cursos que têm saídas profissionais. Dialogar com os operadores turísticos, com as PME’s do sector e com os grandes grupos hoteleiros é de facto importante”, acrescenta ainda. Desde o dia em que nasceu que a EFTA se preocupou em estabele cer parcerias com várias entidades públicas e privadas, de forma a tirar o maior proveito dessas sinergias, colocando hoje dezenas de alunos em estágios. A Escola tem sido cada vez mais solicitada pelos vários parceiros com quem trabalha, para a realização de eventos, como a recepção de entidades, entre outras actividades que permitem aos alunos um contacto próximo com a realidade. Estagiários da EFTA A EFTA tem hoje 86 alunos a realizar Portugal Inovador estágios em Portugal continental e ilhas (Madeira e Porto Santo) e na Europa, nomeadamente em Inglaterra. As parcerias estabelecidas para a realização dos mesmos estágios têm sido feitas tanto a nível nacional como internacional, e vão desde Instituições de Ensino Superior, Câmaras Municipais e unidades hoteleiras, às parcerias internacionais, como a Associação Europeia de Escolas de Hotelaria e Turismo (AEHT) e a Atlas (Organização Internacional de Turismo). “Os nossos alunos têm de aprovei tar as oportunidades a nível mun dial e por isso estamos a criar mecanismos para os ajudar”, afirma Manuel Torrão. Assim, unidades hoteleiras como o grupo Pestana, Savoy e Fourviews (na Madeira), Pousadas de Portugal, Aquapura Douro Valley, Hotel Régua Douro, Hotel Monte Prado (Melgaço), Vi dago Palace, As Américas (Aveiro), Vila Galé Coimbra e outros recebem estagiários anualmente. No curso Técnico de Turismo os alunos têm oportunidade de estagiar em agências de viagens, museus e postos de turismo. Já no curso Técnico de Restauração, a Escola tem alunos a estagiar no Restaurante D. Tonho, DOP, Pousada do Freixo, Hotel Infante Sagres, Porto Palácio Hotel, entre outros. O uso obrigatório do uniforme, dia riamente, produz efeitos positivos, pois além de ser uma boa forma de divulgação da escola, obriga os alunos a serem responsáveis e a terem cuidado com a sua postura. A EFTA tem representado um forte contributo no turismo em Portugal, sector que tanta importância aporta para o país, e que deve ser aproveitado com superior esmero e dedicação. Página Exclusiva 29 Portugal Inovador Um longo passado, aberto ao futuro A Escola Superior de Enfermagem (ESE) é uma instituição de cariz politécnico com uma longa tradição no ensino e formação de profissionais de enfermagem ao longo dos seus quase cem anos de existência. Integrada na Universidade do Minho desde 2005, a ESE apresenta uma oferta formativa diversificada ao nível dos seus cursos de graduação e pós-graduação, promovendo uma formação humana ao mais alto nível, nas suas dimensões ética, cultural, científica, estética e técnica. Devido à elevada qualidade do seu ensino, a ESE tem sido nos últimos anos, uma das instituições com maior índice procura a nível nacional. Página Exclusiva 30 No contexto da pós-graduação, os diferentes cursos de formação especializada são reconhecidos pela Ordem dos Enfermeiros e estão orientados para o desenvolvimento de competências profissionais mais específicas, contribuindo para uma maior qualificação profissional que responda com maior eficácia às necessidades de cuidados de saúde mais diferenciados e emergentes. No domínio da internacionalização, a ESE promove programas de mobilidade para docentes e alunos ao abrigo de protocolos de cooperação com outras instituições de ensino Europeias. Os seus licenciados ficam habilitados para exercer a profissão de enfermagem nos diferentes contextos e valências de instituições de saúde e solidariedade social públicas e privadas no nosso país e no estrangeiro. Portugal Inovador Desvendar Sá de Miranda Formar e qualificar jovens, nas modernas instalações onde passado e presente convivem, é a missão que a Escola Secundária Sá de Miranda desempenha com eficácia ao longo de décadas. Uma cidade é feita assim. Ruas, Praças, imóveis públicos e casas privadas, história e presente, marcos da paisagem e pessoas. Sobretudo pessoas. As pessoas que lhe dão o carácter, que transportam consigo as histórias de infância, que aí vivem, trabalham, riem e choram e, um dia, morrerão. Braga também é assim. Há coisas que mudando, não mudam. Nes tes dias de verão que se arrastam, quando as férias escolares alteram os ritmos de vida, aqueles que, vindos do Norte chegam à cidade lá vêem, imponente, o Sá de Miranda. O Sá de Miranda que já foi Liceu. A Sá de Miranda que, agora, é Escola. Chegam à cidade para trabalhar, enquanto os filhos ficam a dormir até mais tarde, para comprar qualquer coisa ou para tratar de um qualquer assunto num qualquer serviço público. Até pode ser a matrícula escolar da filha ou do filho. Decisão nem sempre fácil, sobretudo se obrigar a mudança de escola, às vezes até de localidade. Como escolher? Seguir os amigos? Esse, ainda que difícil de aceitar pelos filhos, é um critério que não é válido. Trata-se de uma decisão com impacto para a vida. Para toda a vida. Os amigos, se o são, continuarão a sê-lo. O que é que a Sá de Miranda tem para oferecer? O 3º ciclo do ensino básico. Os Cursos Científico-Humanísticos, do ensino secundário, virados para quem pretende prosseguir estudos ou os Cursos Profissionais para quem pretenda mais rapidamente ir trabalhar. Mas tem muito mais para oferecer. Tem um passado feito de 175 anos. Um passado que vemos na colecção de magníficos mapas didácticos, nas centenas de animais embalsamados, nos riquíssimos objectos e instrumentos das disciplinas de Física ou Química ou, ainda, nos valiosos livros que integram a Biblioteca da escola. Mas se uma escola pretende for- mar homens e mulheres para o futuro, nós olhamos para este património como um enriquecimento que nos orgulha e que complementa um conhecimento ao qual acedemos por múltiplas plataformas e meios. Uma Escola centenária, requalificada, com modernas instalações e na qual convive passado e presente. Uma Escola na qual a cidade de Braga se revê. É isto que temos a oferecer. Uma formação e qualificação competentes capazes de dotar os nossos jovens com as ferramentas necessárias para enfrentar os tempos difíceis de hoje. Página Exclusiva 31 Portugal Inovador 50 anos ao serviço da educação Desde 1962 que o Externato Delfim Ferreira proporciona alma e tradição ao serviço do futuro. Não esquecendo que a experiência é a mãe de todas as coisas, esta escola que faz agora 50 anos de existência, transporta, um ideário educativo que vai sedimentando ano após ano. Foi à quase 50 anos que o Externato Delfim Ferreira nasceu de um sonho. O sonho de Aurélio Fernando, fundador desta instituição de ensino: “Há 49 anos que fundei esta casa e parece que ainda foi ontem. O tempo passa tão depressa que tudo aparece na vida e tudo desaparece tão rapidamente que até dá a impressão que o tempo não existe”, diz. Mas na verdade o tempo faz parte da vida, como canta o Hino do Colégio “Ó juventude, sois os primeiros/ Novos heróis de Portugal/ Colégio, avante!” e o colégio cumpre a vocação a que se devotou. Situado no coração do Vale do Ave, o Externato Delfim Ferreira é hoje um de referência na educação em Portugal. Fundado em 1962, o colégio celebra no próximo ano lectivo o cinquentenário que lhe confere um estatuto pioneiro no concelho de Famalicão: “é uma vida! Sem dúvida. No entanto direi que valeu a pena. De facto o Colégio de Riba de Ave que nasceu de um sonho torna-se realidade”, diz o fundador Aurélio Fernando. O projecto educativo Escolher uma Escola é escolher um modelo próprio de educação e ensino, um sistema de valores de referência, um projecto educativo correcto, uma determinada Página Exclusiva 32 comunidade de desenvolvimento pessoal e social. Há quem diga mesmo que escolher uma escola é como escolher uma segunda família. Torna-se por isso cada vez mais necessário, que cada centro educativo tenha um ideário que envolva a comunidade escolar: “O Externato Delfim Ferreira apresenta um projecto educativo consubstanciado no ex-líbris ‘Faz e Pensa, Pensa e Faz’, um projecto que parte da realidade em que se insere e da sua longa prática pedagógica a que os seus quase 50 anos de existência confere uma grande legitimidade e optimismo pedagógico”, diz em conversa com a revista Portugal Inovador Aurélio Fernando. Com todos os ciclos de estudo desde o pré-escolar até ao se- cundário, a funcionar, o externato implantou recentemente os cursos de educação e formação e os cursos profissionais. Os 48 anos de existência que lhe conferem um estatuto pioneiro no concelho de Famalicão, com a verticalidade de ciclos que sempre transportou, têm sido consubstanciados por esse mesmo ideário educativo predominantemente, dirigido à educação por valores onde a flexibilidade pedagógica se harmoniza com uma pedagogia de Projecto. Formando diariamente cidadãos, são incumbidas à escola as tarefas de informar e alertar para a necessidade de adoptar hábitos de vida saudáveis, procurar a ligação do aluno ao meio envolvente e à comunidade escolar ou mesmo proporcionar a oportunidade de Portugal Inovador valorização pessoal com o desenvolvimento de espírito de criatividade, expressão ou comunicação. Tarefas estas que são vinculadas com os os núcleos e clubes do externato: “temos vários clubes e núcleos, desde o núcleo de higiene e promoção de saúde, ao núcleo de actividades culturais, ao clube de desporto escolar, à oficina de poe sia, ao clube de teatro e ao clube de imprensa, entre outros”, revela Aurélio Fernando. insere fossem suprimidas. Neste contexto, desde o 25 de Abril de 1974, o Externato Delfim Ferreira coloca à disposição do Estado as suas instalações para servir a população estudantil nesta área geográfica, constituindo-se parte integrante da Rede Escolar Nacional de Ensino. Estando entre os primeiros classificados do ranking nacional de estabelecimentos de ensino e, segundo diversas personalidades, já provou ser uma instituição que promove o respeito dos valores humanos. «A sociedade precisa de seres humanos e as escolas com ideários, sejam eles quais forem, ajudam a responder a essa necessidade», revela o actual director pedagógico, Josias Barroso. Uma escola de valores O Externato Delfim Ferreira tem estabelecido com o Ministério da Educação um contrato de associação desde a entrada em vigor do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo, na justa medida em que o Estado e o Colégio se associaram para que as carências educativas da região em que se Página Exclusiva 33 Portugal Inovador Arte de bem ensinar Situado no coração do Douro, o Agrupamento de Escolas do Alijó prima pelo rigor na educação dos alunos. Contribuir para um percurso académico de sucesso é objectivo primordial. Mensagem da directora “Não obstante de sermos uma comunidade educativa situada no interior do país, temos uma forte identidade e uma enorme vontade de vencer os desafios com que somos confrontados. Acreditamos nas capacidades dos nossos alunos e no profissionalismo e empenho do corpo docente e não docente. Aos nossos alunos, deixo uma palavra de esperança e confiança na sua capacidade de lutar por um futuro melhor. No concelho de Alijó e na região de Trás-os-Montes e Alto Douro estamos habituados a lutar para vencer as adversidades. Com o apoio da família e da escola vamos conseguir. Na vida, só os que desistem são vencidos”. O Agrupamento de Escolas do Alijó, fundado no ano lectivo de 2004/2005, tem pautado a sua conduta pelo empenho e dedicação no ensino que ministra. Promover a educação, o dinamismo nas aulas e nos conteúdos leccionados são aspectos imperativos para a instituição. As obras de remodelação e ampliação dos edifícios e dos espaços exteriores realizadas em 2003, com apoio de fundos comunitários, conferiram um nível de funcionalidade indispensável à prática educativa. Um ano marcante para a instituição foi o de 2007, não só pela fusão com a Escola Secundária de Alijó, mas também devido ao facto de incluir, na oferta formativa, os cursos das Novas Oportunidades. O Agrupamento passa então a disponibilizar todos os níveis de ensino, desde o pré-escolar até ao Página Exclusiva 34 12º ano, em regime diurno e nocturno. A região do Douro, onde se situa o Agrupamento, é conotada pela produção de vinho o que se repercute, inevitavelmente, na cultura da sociedade. “A região do Douro é considerada Património Mundial da Humanidade, o que traduz uma forte relação de envolvimento entre a escola e a comunidade, nomeadamente, em questões ligadas à educação ambiental. Este aspecto é aquele que mais nos diferencia de outros agrupamentos e o que faz parte da nossa identidade”, Portugal Inovador regista Margarida Cascarejo, directora do agrupamento. Oferta Formativa no estatuto do aluno. No entanto, há um aspecto positivo a destacar nos últimos anos: a estabilidade do corpo docente”, sustenta Margarida Cascarejo. Na tentativa de combater o absentismo e o insucesso escolar, a instituição planeia estratégias que fortaleçam o elo com os alunos e os incentive a continuar o percurso académico com bom aproveitamento. Para tal, foram criados clubes, um jornal escolar “O Plátano”, entre outros projectos inovadores com recurso às novas tecnologias. O acompanhamento intensivo e interactivo dos pais é também um pressuposto incondicional para garantir o sucesso dos alunos. Promovem assim, hábitos de estudo e incutem a valorização da componente educativa nos dias de hoje. Com vista a satisfazer as carências educativas dos cerca de 1400 alunos que frequentam o Agrupamento, é disponibilizada não só a componente de ensino regular, mas também cursos de Educação e Formação para Jovens (CEF) – hotelaria e restauração; ciências informáticas - Cursos Profissionais no âmbito do turismo; audiovisuais e produção dos média; ciências informáticas e ainda Educação e Formação para Adultos (EFA) nível secundário. A pensar na preparação dos estudantes para integrarem o mercado de trabalho, o Agrupamento estabelece parcerias com entidades locais e regionais, garantindo assim uma componente prática para os discentes que não pretendem ingressar no ensino superior. Educar em Portugal “A principal marca que tem caracterizado a educação no nosso país nos últimos anos pode traduzir-se numa simples palavra: instabilidade. Tem-se manifestado de forma particular na reorganização da rede escolar e dos planos e programas curriculares; na avaliação dos docentes e não docentes; na educação especial e Página Exclusiva 35 Portugal Inovador Formação para adultos A pensar na população adulta, o CNO da Escola Fontes Pereira de Melo disponibiliza uma componente formativa diversificada. Apostar na formação e valorizar as competências adquiridas é a missão que caracteriza o trabalho de toda a equipa. Prestes a comemorar dez anos de existência, o Centro de Novas Oportunidades (CNO) da Escola Fontes Pereira de Melo foi criado em oito de Agosto 2001. Sendo dos primeiros centros a abrir as portas, em Portugal, o CNO da Escola Fontes Pereira de Melo certificou os primeiros adultos em Dezembro de 2002. Desde então, a pluralidade de percursos quer de certificação quer de formação foi aumentando, de modo a satisfazer as necessidades dos adultos que ambicionam adquirir habilitações escolares e/ou competências profissionais. Composta por 21 colaboradores, a equipa técnico-pedagógica do CNO trabalha as diferentes fases do processo RVC: acolhimento, diagnóstico, encaminhamento, validação e certificação de competências. Depois do diagnóstico, onde se avaliam as expectativas e o perfil dos adultos, estes são encaminhados para a opção mais viável tendo em conta as motivações e os objectivos que anseiam Página Exclusiva 36 alcançar. “Assim, os adultos podem seguir o seu percurso através do processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) ou de Unidades de Formação de Curta Duração (25 ou 50 horas) ou de Cursos de Educação e Formação de Adultos, escolares ou de dupla certificação (escolar e profissional)”, explica o coordenador do CNO, Vasconcelos Magalhães. As Unidades de Formação de Curta Duração também designadas por formações modulares certificadas, são destinadas aos adultos que, ao longo da vida, pretendem adquirir mais conhecimentos e competências. Desde a implementação desta oferta formativa, já foram realizadas 30 formações, designadamente, 13 na área tecnológica, 17 na área de formação de base: Cultura Língua e Comunicação, Inglês e Cidadania e Profissionalidade. Os Cursos de Educação e Formação de Adultos são destinados a quem pretende certificar um determinado nível de ensino, mas não tenham as competências necessárias para um processo de RVC. Desde a existência desta vertente de formação foram rea lizadas 23 turmas, das quais seis continuam em formação. Findo o processo formativo, há adultos que desejam dar continuidade ao percurso académico e ingressar na universidade. De acordo com o coordenador, a percentagem de adultos que concorrem a cursos universitários está a aumentar. Vasconcelos Magalhães refere o relatório da Direcção-Geral de Educação e Cultura da Comissão Europeia que menciona que Portugal é um dos cinco países classificados na escala mais elevada no que respeita ao nível de desenvolvimento em matéria de validação de aprendizagens formais e informais. A par de Portugal, ocupam esta posição a Finlândia, a França, a Holanda e a Noruega. “É necessário que haja maior uniformização de actuação dos Centros Novas Oportunidades, pois só assim a imagem para o exterior será mais credível. Deve haver rigor, exigência e transparência em todo este processo de enorme validade para o país”, explica. “O futuro começa aqui” Nos dias de hoje, investir na formação é uma necessidade premente, uma vez que as exigências do mercado de trabalho a isso obrigam. Neste sentido, o coordenador do CNO incentiva os adultos a apostar na sua formação: “O mercado é competitivo, só conseguiremos sucesso com rápida adaptabilidade à inovação se apo- Portugal Inovador starmos na formação ao longo da vida. Sistemas de formação anuais ou bianuais que todos os trabalhadores tivessem que frequentar seria uma mais-valia, mas para isso é necessário mudar mentalidades, quer de empresários quer de trabalhadores. As empresas têm um papel preponderante neste contexto, incentivar e motivar os seus colaboradores é um factor que certamente lhes trará benefícios e contribuirá para o seu crescimento. Por outro lado, é necessário que os trabalhadores percebam que o sacrifício que a frequência das formações lhes acarreta traduz-se, mais tarde, em vantagens.” Apesar da Escola já ter uma longa experiência de trabalho com adultos, ao longo do tempo de existência do CNO foi-se aumentando a vitalidade e o saber da experiência. Feito que, em colaboração com as trinta entidades, com as quais mantém parcerias e protocolos, forma hoje um centro credível e capaz de dar resposta eficaz às questões de certificação e formação colocadas pelos adultos. O CNO, nas suas vertentes de Reconhecimento, Validação e Certi- ficação, quer escolar quer profissional, é crucial para o aumento do nível de escolaridade e de competências no país. De acordo com a mensagem veiculada pela Escola Fontes Pereira de Melo, de facto, “o futuro começa aqui”. Página Exclusiva 37 Portugal Inovador Um colégio dinâmico Situado em Calvão, do concelho de Vagos, o Colégio Diocesano de Nossa Senhora da Apresentação é reconhecido pela qualidade e rigor do ensino que ministra. A revista Portugal Inovador ficou a conhecer o trabalho que tem vindo a desenvolver. níveis de aproveitamento escolar são bastante satisfatórios. “Temos tido situações de sucesso extraordinário e estamos muito contentes. Neste momento, estamos a avaliar os projectos educativos e propomo-nos subir determinadas metas”, afiança. Todavia, para os alunos que ambicionem entrar no mercado de trabalho, e de forma a potenciar uma formação prática em contexto real, o colégio estabelece protocolos para estágios com diversas empresas das imediações. A ensinar desde 1934, o Colégio Diocesano de Nossa Senhora da Apresentação tem com directriz o fomento da pluralidade de percursos de académicos, assegurando uma formação exímia aos seus alunos. As instalações do colégio, edificadas pelo primeiro pároco de Calvão com o auxílio dos habitantes, surgiram com o intuito de colmatar as carências educativas e o analfabetismo da população. Em 1960, Dom Domingos da Apresentação Fernandes, na altura bispo de Aveiro, introduzia o 5º e 6º ano de escolaridade, leccionados através do sistema de ensino via televisão, telescola. A formação sacerdotal era também uma das vertentes disponibilizadas pela instituição. Porém, em 1985, não se justificando a continuidade do Seminário, passou a funcionar exclusivamente como colégio com contrato de associação. Página Exclusiva 38 Hoje, com 77 anos de história, a direcção empenha-se em dar continuidade aos ideais proclamados outrora: “O meu antecessor sempre teve a preocupação de continuar o espírito inicial da institui ção, de ter um colégio que fosse uma casa aberta aos interesses e às necessidades da comunidade”, enaltece o director, padre Querubim Silva. O estabelecimento de ensino dispõe actualmente de um corpo docente altamente qualificado, composto por 102 professores que se dedicam de forma inequívoca à formação de 1200 jovens. Neste sentido, e com o intuito de promover uma educação equitativa, o colégio disponibiliza não só o ensino regular contratualizado, mas também cursos profissionais e de educação e formação de jovens (CEF). Com um índice de 62% de alunos que ingressam no ensino superior, o director assume que os “Inteligentes, livres, construtores solidários” Todos os anos a instituição adopta um lema, alusivo a uma temática ou a um facto comemorativo, e procura veiculá-lo a toda a dinâmica do colégio. Este ano, “inteligentes, livres, construtores solidários” foi tema escolhido e, de acordo com o padre Querubim Silva, pretende “encorajar as pessoas a pensar, porque pensa-se pouco e joga-se muito com as emoções. Encaminhámo-nos para um conceito de liberdade, um exercício de construção autónoma”. Com o propósito de pôr em prática o lema, incutindo valores socialmente relevantes, o colégio participou no projecto Eco Escola. Limpar o espaço escolar, praias e locais com plantas invasoras; recolher material informático; replantar planças autóctones e promover a biodiversidade são algumas das vertentes que a Eco Escola prevê para um desenvolvimento sustentável. “Temos desencadeado todas as Portugal Inovador Componente desportiva “Com o desporto adquirem-se hábitos de disciplina e interacção”, explica o Padre Querubim Silva. Nesta ambiência, o colégio privilegia a componente desportiva. Basquetebol - A equipa de juvenis femininos do Colégio de Calvão sagrou-se hexacampeã nacional do desporto escolar 2011. Pela primeira vez, nos europeus do Desporto Escolar, o Basquetebol Feminino trouxe para Portugal a medalha de bronze. Voleibol – O núcleo de Voleibol Feminino do Colégio de Calvão arrecadou o 13º troféu do clube, em 20 anos de existência. Em anos iniciativas para apresentar uma oferta pedagógica melhor, em qualidade e sem descriminação. Queremos que se manifestem as qualidades das pessoas e estimulamos a todos, inclusive os que têm necessidades educativas especiais”, conclui o director. recentes, no Desporto Escolar, o Voleibol Feminino arrecadou dois anos consecutivos a medalha de bronze a nível europeu. Ténis de mesa – Dois atletas do núcleo do colégio representaram Portugal nos jogos internacionais FISEC. Página Exclusiva 39 Portugal Inovador Gestão empresarial premiada O Porto de Aveiro, a par do Porto da Figueira da Foz, registou em 2010 o seu melhor ano de sempre. O incremento das exportações proporcionou um crescimento de 25%, reforçando mais uma vez a importância da actividade portuária no desenvolvimento das regiões onde se inserem. Depois de uma década de investimentos, o novo Porto de Aveiro ambiciona tornar-se um dos mais dinâmicos e competitivos da Faixa Atlântica da Península Ibérica no transporte marítimo de curta e média distância. Melhorou significativamente as suas acessibilidades rodoviárias, ferroviárias e está em curso a melhoria da acessibilidade marítima. Hoje o Porto de Aveiro assume um importante papel, como um Porto atlântico mais próximo da província de Castela e Leão e promotor europeu de intermodalidade (ligação marítimoferroviária). A Administração do Porto de Aveiro (APA, S.A), hoje, conta com 110 colaboradores que apoiam e coordenam uma das actividades cruciais ao desenvolvimento do país: o transporte marítimo e os serviços portuários. anos: “Fazemos essencialmente uma gestão empresarial. O meu passado sempre foi na vida privada empresarial e tenho encarado este desafio precisamente da mesma forma. Criando valor para o accionista, neste caso o Estado. É essa cultura que cultivo e que tenho conseguido fazer passar dentro do Porto de Aveiro”. Para o Presidente da APA, a manutenção deste modelo de gestão é uma garantia de sustentabilidade futura: “O modelo definido pelo Livro Branco há cerca de dez anos, de passar as estruturas portuárias a modelos empresariais, está a dar os seus frutos. Os portos estão a internacionalizar-se, o que será com certeza um factor importante para o aumento da competitividade e crescimento da economia do nosso país”. Gestão sustentada Um Novo Porto. Uma Nova Estratégia A APA, S.A., liderada por José Luís Cacho, é uma das responsáveis pelo sucesso atingido nos últimos Página Exclusiva 40 Volvidos 10 anos de execução de um plano de investimentos de ex- pansão, hoje o Porto de Aveiro é a mais recente infraestrutura portuária em Portugal. Desde a me lhoria das acessibilidades marítimas e terrestres aos projectos de cooperação europeia, a APA desenvolveu, nos últimos anos, um trabalho de forte aposta no crescimento dos negócios e no aumento da competividade do porto. O principal destaque é a concretização em 2009 da ligação ferroviária do Porto de Aveiro à Linha do Norte (da Rede Ferroviária Nacional), uma ambição com 33 anos de história. A nova ligação ferroviária e a fluidez dos acessos terrestres consolidam a posição do Porto de Aveiro no contexto da Rede transeuropeia de transportes (RTE-T), designadamente no corredor estratégico E80 (Ligação Portugal – França) assumindo as condições ideais para a captação e reforço de novos fluxos de mercadorias: granéis, produtos agro-alimentares e contentores, alargando, assim, o seu Hinterland até Castela e Leão. “No espaço de um ano movimentaram-se cerca de 200 mil toneladas por esta via, passando Aveiro a ser o terceiro porto do país em movimentação ferroviária. São números que revelam a importância no crescimento do porto, mas também o impacto positivo que esta ligação poderá representar no futuro”, afirma José Luís Cacho. Na prática, este resultado permitiu retirar cerca de 7400 camiões da rodovia, cumprindo assim dois objectivos fundamentais: um menor congestionamento da rodovia e o fomento das relações Portugal Inovador relações, torna-se necessário que os portos nacionais prevejam nos seus planos comerciais iniciativas adequadas para abordar oportunidades específicas em cada um dos seus hinterlands.” Crescimento e Competitividade comerciais, através da solução intermodal, com a região de Castela/Leão e Madrid, alargando assim a área de influência do Porto de Aveiro até Madrid. Hoje, Aveiro já oferece dois comboios semanais de mercadorias, desde Aveiro até Madrid. Para além disso, estamos a trabalhar afincadamente com os operadores, tendo em vista o serviço ferroviário de um ou dois comboios semanais para o corredor de Castela/Leão até Irún (fronteira com França)”, avança o administrador. Aposta na Cooperação e Exportação Com as baterias apontadas para a exportação, José Luís Cacho é também presidente da Associação Portos de Portugal (cujo portal na web - www.portosdeportugal.pt - recebe uma média de 4000 visitas diárias) e presidente da Associação dos Portos de Língua Oficial Portuguesa (APLOP): “A APLOP terá um papel importante nesta nova estratégia porque os portos poderão criar um intercâmbio, uma maior ligação de cooperação, de fluxo, entre outros. As maiores economias do Atlântico Sul são de língua portuguesa: Brasil, Angola e Portugal. Brasil e Angola são paí ses com um crescimento acima da média mundial, por isso existe potencial para explorar. A essência é apostar num triângulo do Atlântico Sul que crie valor e contribua para o crescimento das economias dos países lusófonos. Um conceito de rede ao qual deverá ainda ser agregado Moçambique, através de uma ligação ferroviária e marítima a Angola. Para potenciar estas A fase final do plano de desenvolvimento e expansão do Porto de Aveiro será no início de 2013, quando concluídas as obras de prolongamento do molhe Norte: “Estamos preparados para fazer a adjudicação desta obra. Arrancará neste Verão, com um prazo de execução de ano e meio. É uma obra de grande importância que consolidará todo o crescimento do Porto de Aveiro”, adianta José Luís Cacho. Este investimento permitira a entrada de navios de maiores dimensões (em comprimento e calado) e garantirá o reforço da sua competitividade nas rotas marítimas regulares do Arco Atlântico, ao mediterrâneo e Magrebe, aos países de língua portuguesa e a respectiva ligação aos mercados asiático e sul-americano. Por isso, olhando ao actual crescimento do Porto de Aveiro, não será imerecida a ambiciosa projecção da APA: “O nosso objectivo é crescer 50% no volume de negócios nos próximos dois anos e por aí se percebe o patamar que pretendemos atingir. O objectivo passa por alcançar um volume de negócios de 25 milhões de euros em 2015, algo que está em linha com o crescimento dos portos, mas que só será possível caso a economia acompanhe esse crescimento”, conclui. Página Exclusiva 41 Portugal Inovador Diferenciação na saúde O Grupo Centro Médico da Praça é uma das grandes referências na área de saúde do distrito de Aveiro. Com uma parceria de novos laboratórios em Bragança (Bragança Lab) e Mogadouro (Labdial) e as futuras filiais destes Laboratórios em Vinhais e Alfândega da Fé, o grupo promete acrescentar dimensão e valor aos seus serviços. Criado em 1985 por um grupo de clínicos especializados, o Centro Médico da Praça (CMP) foi crescendo gradualmente e de forma estruturada. Hoje, sob a administração de Fausto Sá e filhos, o CMP atingiu uma dimensão considerável e sustentada. Da sede, em São João da Madeira, são criadas as directrizes que regulam a gestão das filiais em Ovar (Clínica de Santo António), Vale da Cambra (Clínica Médica Privada de Vale de Cambra), Policlínica São Tiago do Lobão (S.ta Mª da Feira-Lobão) e ou tras. Através de sociedades, o CMP estende ainda a sua acção a Arouca (com o Centro Página Exclusiva 42 Médico de Arouca) e a Estarreja (com Estação de Saúde, Clínica Médica). Por outro lado, os laboratórios parceiros criados recentemente em Bragança e Mogadouro, permitirão ao grupo CMP atingir cerca da 40 postos de colheita, conquistando assim novos nichos de mercado até então subvalorizados. SNS: A eterna luta Conhecido pelo seu carácter humanitário, o CMP sempre foi um defensor acérrimo do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Hoje, Américo Sá dá continuidade à linha de pensamento do pai: “Defendo que o SNS tem que continuar a sua existência, progredindo e melhorando ao longo do tempo. Nesse sentido, acredito que cabe à população tomar parte activa na defesa deste serviço que é um direito de todos. Reconheço que, pela parte económica, seria muito bom concentrar serviços, mas esta é uma medida que obriga ao encerramento de centros de saúde e hospitais, perdendo-se assim algo muito importante: o serviço de proximidade. É preciso perceber que saúde é, e continuará a ser, dominada pelos grandes grupos e estruturas de saúde, e a esses não inter essa estarem localizados no interior onde, apesar da ren tabilidade ser semelhante, não Portugal Inovador existe tanta população. Simultaneamente, é do conhecimento geral que nem toda a população tem dinheiro para recorrer ao privado ou pagar mensalmente um seguro de saúde. Era bom que assim fosse, mas não é o que acontece. É nestes casos que se vê a importância do SNS”, afirma. Por isso, e porque a mudança não se faz de palavras, mas sim de acções, o CMP já começou a investir no interior de Portugal: “Quando investimos em Bragança, com uma parceria onde o CMP detém 50% da quota, não olhámos às distâncias a realizar para fazer uma colheita, nem não olhámos à população reduz ida (comparada com os grandes centros). Atingimos a realização pessoal através da componente humanitária. É o realizar de um serviço importante, para uma população muitas vezes esquecida, aliado à criação de postos de trabalho, bem como a todo um conjunto de questões humanas que deveria existir em todos os cidadãos”, garante Fausto Sá. “Defendo que o SNS tem que continuar a sua existência, progredindo e melhorando ao longo do tempo. Nesse sentido, acredito que cabe à população tomar parte activa na defesa deste serviço que é um direito de todos” Com base em parcerias Américo Sá confessa que todo o seu trabalho de gestão tem consistido em “dar seguimento à estrutura criada, recorrendo às capacidades próprias para divulgar os respectivos serviços”. De resto, o administrador tem baseado a gestão do CMP nas sinergias criadas com parceiros de negócio: “Acredito que o crescimento nunca existe se não houver bons parceiros e bons profissionais a desempenhar as diversas funções”. Acrescenta ainda “no nosso percurso já surgiram diversas propostas de parceria para outros locais como na cidade de Aveiro. É um mercado interessante para nós, onde exibe algumas carências, mas para o qual ainda não estamos direccionados. Temos primeiro que consolidar mercados onde já nos encontramos posicionados, como Vinhais, Ovar, Estarreja ou Vale de Cambra, onde vamos desenvolver maiores estruturas e só depois avançar nesse sentido, até porque sabemos de antemão ser um mercado exigente que requer muita dedicação”. Investimento constante Fausto Sá, analista reconhecido pela população, mantém o so nho antigo de criar uma maternidade em São João da Madeira: “Gostava de ver nascer crianças nesta região. Temos pilares da nossa estrutura que teriam ca- Página Exclusiva 43 Portugal Inovador “Gostava de ver nascer crianças nesta região. Temos pilares da nossa estrutura que teriam capacidade para sustentar a criação de uma clínica fortíssima ou de um mini-hospital, mas neste momento ainda não podemos avançar. É preciso perceber concretamente como vai ficar organizado o sector de saúde primeiro e a situação económica do país” pacidade para sustentar a criação de uma clínica fortíssima ou de um mini-hospital, mas neste momento ainda não podemos avançar. É preciso perceber concretamente como vai ficar organizado o sector de saúde primeiro e a situação económica do país”. No entanto, a reticência em avançar com este projecto de grande magnitude não se propaga a outros projectos. O CMP investiu recentemente mais de 150 mil euros na área da Gastroenterologia: “Temos investido muito ao longo destes anos, por exemplo num novo bloco ope ratório para as endoscopias e colonoscopias. Na área da gastroenterologia, vamos ter um equipamento diferenciado a nível nacional. Permite fazer Página Exclusiva 44 uma endoscopia alta ou baixa, como também permite fazer uma avaliação das paredes, não só do estômago, mas também do intestino e de todos os tecidos envolventes, permitindo ao médico diagnosticar a possibilidade de crescimento de células cancerosas nesses tecidos. Este equipamento vai funcionar, não só para a vertente de rastreio, como para a vertente de diagnóstico de antecedentes clínicos”, informa Américo Sá. Equipa técnica de excelência Para o Grupo CMP o capital humano sempre foi um valor indispensável. Por isso, e por querer manter o estatuto de referência alcançado, o Centro Médico da Praça tem especial cuidado na escolha dos profissionais que nele actuam: “Apercebemo-nos constantemente da existência de médicos que querem trabalhar connosco, mas temos um critério exigente de selecção no que aos profissionais diz res peito”, assegura Fausto Sá. Nesse sentido, foram contratados quatro médicos de Coimbra que se deslocam semanalmente à Clínica de Santo António, em Ovar: “Queremos prestar um serviço de qualidade e estes foram os médicos que nos garantiram uma maior segurança. O factor confiança é muito valorizado por nós. Se nos queremos diferenciar temos de confiar nas pessoas que aqui trabalham e nas suas competências, porque os maus profissionais não têm lugar no mercado de trabalho”, salienta Américo Sá. O CMP continua assim, com qualidade técnica, tecnologia de vanguarda e um profundo cariz humanitário, a oferecer um serviço de qualidade aos seus pacientes. O sucesso, que tem garantido um aumento da procura, permite ao Grupo continuar os investimentos que o tornam, cada vez mais, numa alargada rede de estruturas destinada aos cuidados de excelência na área da saúde. Portugal Inovador O ‘El Dorado’ marroquino A Sulimet começa a colher os frutos da aposta, iniciada em 2008, em Marrocos, tendo registado um crescimento no ano de 2010 de 48%, em Portugal, e 400%, em Marrocos. Num momento em que muito se fala de mercados emergentes como Angola ou Brasil, a Sulimet encontrou o mercado perfeito para o seu produto em Marrocos. Dedicada, desde a sua génese, à produção de painéis de montagem para a produção de cablagens para a indústria automóvel, a Sulimet teve origem na antiga Virmousil e no encontro fortuito dos actuais sócios que a gerem, Vítor Santos e Manuel Silva. Na base do crescimento encontra‑se uma sólida ligação à Yasaki, primeiro em Portugal e depois em Marrocos, que permitiu à empresa crescer estruturada e sustentadamente ao longo de 11 anos de existência. Hoje, o Grupo Sulimet emprega 18 colaboradores em Portugal e 40 em Marrocos, facturando um total de 2,8 milhões nos dois mercados. Os sócios não ocultam o bom momento que a empresa ultrapassa, projectando mesmo a abertura de uma nova empresa mais próxima de Casablanca. Cooperação produtiva A sinergia criada entre Sulimet Portugal e Sulimet Maroc são uma das mais-valias do Grupo: “Nós deslocámo-nos para Marrocos para tentar acompanhar os nossos clientes. Com a actividade que tínhamos inicialmente não conseguiríamos sobreviver em Portugal, por isso dedicámo-nos à área da metalomecânica. Em Portugal fazemos maquinação de peças metálicas para a indústria automóvel e um pouco de tudo o que seja peças metálicas para a nossa actividade em Marrocos: a construção de painéis para cablagens”, explicam os sócios. A exigência do mercado automó vel leva a que “exista um controlo praticamente peça a peça e a que se invista constantemente em formação e tecnologia para manter a competitividade”, garante a administração, que reforça: “Em Marrocos, no pólo industrial onde estamos inseridos, existem cinco multinacionais, só na área das cablagens, com 15 a 20 mil trabalhadores, por isso é muito competitivo. Mas, no geral, tem sido um mercado muito bom e com excelentes perspectivas de crescimento para a Sulimet”, concluem. Página Exclusiva 45 Portugal Inovador Ultrapassar barreira dos 50% A Indelague está empenhada em transpor a barreira dos 50% para exportação. Com uma nova cara e novos produtos, a empresa de iluminação de Águeda é cada vez mais um parceiro de negócio apetecível no mercado externo. Fundada em 1978, mas em cons tante evolução, a Indelague soube acompanhar o que de melhor se faz no sector a nível mundial. Com mais de nove milhões facturação anuais e dos 120 colaboradores, cresceram as modernas instalações que hoje se distribuem por 17 mil metros quadrados. Uma imagem renovada e apelativa que, mais do que beleza estética, surgiu como necessidade: “Hoje, vendemos para mercados para os quais seria impossível vender de outra forma. São mercados muito exigentes que exigem um nível de qualidade muito elevado. Actualmente, a Indelague é uma PME Líder com capacidade e desenvolvimento. Temos um laboratório e uma excelente equipa técnica, temos espaço, organização, um show-room e tudo isso são mais‑valias para a empresa e para os nossos clientes. Nesse sentido era um investimento necessário”, garante Fernando Silva, administrador da empresa, concretizando Página Exclusiva 46 com um sorriso: “De investimentos não tenho receio, porque é nas alturas de crise que se fazem os bons negócios”. Virar-se para o exterior A verdade é que o investimento realizado tem sido gradualmente compensado. A Indelague, tal como projectado, viu as suas exportações aumentarem exponen- cialmente: “Se em 2010 as nossas exportações representavam 35%, no momento actual alcançam os 45%. Estamos a exportar para 35 países, muitos dos quais com um elevado grau de exigência. Seja em França, Espanha, Holanda, Emirados Árabes, Polónia, Áustria, entre muitos outros. Estamos neste momento a fazer uma aposta nos EUA, Brasil, Venezuela, Panamá, onde esperamos obter também resultados positivos”, informa Fernando Silva. A Indelague para além do mercado externo, não desiste do mercado nacional, mesmo quando confrontada com alguns entraves: “Somos uma empresa certificada há bastantes anos, com produtos e maquinaria certificados, temos uma equipa de técnicos no departamento de qualidade que fazem o acompanhamento até ao cliente, estamos sujeitos a auditorias caríssimas e eu pergunto: Para quê, se o Estado depois não dá o devido apoio e não nos protege? Exigem tanto das empresas nacionais e no Portugal Inovador A novidade dos LED final nem estamos em pé de igualdade para competir com produtos provenientes do mercado asiático, que nem sequer deveriam entrar na Europa. É evidente que todas as empresas exportam, eles também podem exportar, mas deveriam também estar sujeitos ao mesmo grau de exigência que nós estamos. Porque é que o Estado não cria uma cláusula que obrigue a que em todas as obras públicas exista uma percentagem mínima de material de fabrico nacional?”, deixa no ar Fernando Silva. Sistema DIM Dedicada ao fabrico de iluminação e caminhos de cabos e acessórios, a Indelague aproxima-se cada vez mais dos desejos de arquitectos, engenheiros e projectistas: Iluminação inteligente, tendo em vista a eficiência energética. Através do sistema DIM, desenvolvido internamente, a Indelague inova no sector: “Todo o edifício da Indelague não tem interruptores. Cada divisão possui uma célula de presença e uma célula que mede a intensidade da luz natural. Isto permite que a luz não só se ligue automaticamente, a partir do momento que alguém entra na divisão, como também ajuste a sua luminosidade para estar em concordância com a luz natural existente nesse local. É um sistema muito interessante que permite uma redução dos custos na ordem dos 40%”, garante o administrador. Apesar de ser ainda um sistema que exige um investimento relativamente elevado “tem um prazo de amortização estimado em quatro anos. Por isso todas as obras em Espanha integram este sistema. Em Portugal acontece o mesmo nos hipermercados Continente, Worten, entre outros”, salienta Fernando Silva. Graças ao elevado valor de poupança e ao embrionário estado de desenvolvimento dos LED´s, Fernando Silva acredita que esta é verdadeiramente a solução para o futuro: “As lâmpadas fluorescentes com o sistema DIM da Indelague apresentam ganhos elevados que as aproximam dos LED´s, com a vantagem de serem muito mais económicas. Depois, acredito que os LED´s ainda têm um longo caminho a percorrer. Existem LED´s no mercado, de origem asiática, com uma durabilidade muito reduzida e isso gera desconfiança no mercado. Temos que apostar em produtos de qualidade e que garantam os requisitos exigidos, tendo uma preocupação cons tante em dinamizar a sua estrutura para não correr o risco de arruinar um nome que demorou 33 anos a solidificar”. Por isso, Fernando Silva sabe bem qual o rumo a tomar: “Temos noção que os LED´s são o futuro, por isso estamos a terminar um investimento avultado no nosso laboratório para desenvolver ensaios para este tipo de produto. Por outro lado, contamos com uma designer para apostar cada vez mais na área decorativa. Página Exclusiva 47 Portugal Inovador Atacar em novas frentes A Tecnocon prepara um ano marcante ao nível do mercado externo. A empresa promete aplicar no estrangeiro a mesma filosofia que lhe garantiu o sucesso nacional alcançado nos últimos 20 anos. A Tecnocon, tendo nascido dentro da Arsopi (a casa mãe), começou por ser um departamento de automação, tornando-se rapidamente numa empresa em virtude do enorme crescimento da Arsopi na área alimentar e bebidas. A constante preocupação da Arsopi em apresentar soluções tecnologicamente mais evoluídas, assim como as crescentes preocupações das empresas com vista à sua modernização começaram a acentuarem-se, passando as tarefas que tinham uma forte componente manual, a serem-no de uma forma mais automatizada, ficando esse upgrade de equipamentos e instalações a cargo do departamento que originaria a Tecnocon. Em 1989, a Administração da Arsopi decide formar a Tecnocon, em instalações próprias, que entrariam em funcionamento em 1991, com 12 colaboradores. António Moreira, actual CEO da empresa e profundo conhecedor Página Exclusiva 48 do sector, não hesita em frisar: “O know-how e a experiência adquirida ao longo dos anos pelos seus técnicos tem sido um dos factores cruciais no sucesso desta empresa. Foi, e mantém-se, uma preocupação constante da Administração da Tecnocon em dotar a empresa de meios técnicos, de forma a garantir boas condições de trabalho aos seus colaboradores, fomentando o desenvolvimento dos produtos existentes e, principalmente, a criação de novos”. clientes. Portanto, dispõe de todas as competências necessárias na área eléctrica e electrónica para oferecer aos seus clientes, independentemente do sector de actividade onde se enquadrem. Em complemento, e sempre com um espírito inovador, tem novos equipamentos vocacionados para a área dos lacticínios, nomeadamente na recolha de leite, que poderemos considerar do mais inovador e tecnologicamente evoluído que existe no mercado mundial”, salienta António Moreira. Produtos funcionais Um mercado global Apesar da Tecnocon não ter um cliente alvo específico, tem-se destacado, particularmente nos últimos anos, nos sectores alimentar e de bebidas. No entanto, a empresa demonstra a sua versatilidade nas vendas de projectos completos para as mais variadas indústrias: “A Tecnocon oferece uma gama alargada de soluções ao mercado, que vai desde as infra-estruturas eléctricas à automação dos processos de fabrico dos Muito embora a Tecnocon se sinta perfeitamente à vontade no mercado nacional (até há bem pouco tempo representava 90% do Vo lume de Negócios anual), a empresa tem . “procurado aumentar a sua quota no mercado externo, muito embora uma parte bastante representativa da sua facturação para o mercado interno tivesse como destino final o externo. A estratégia da empresa passa por diversificar o seu risco de negócio, Portugal Inovador factor que a caracteriza desde o seu início, e pela diversificação de mercados, que agora explora afincadamente. Futuro delineado tendo por isso realizado ao longo dos últimos anos novos contactos de forma a penetrar de forma mais intensa e directamente no mercado externo. É neste contexto que, face aos trabalhos em curso e à carteira de encomendas, neste ano de 2011 o mercado externo irá representar muito próximo dos 40% do volume de negócios da empresa. Actualmente já executamos projectos em praticamente todos os continentes, a título de exemplo, na Coreia do Sul, África do Sul, Chile, Argentina, Brasil, Espanha, Dinamarca, Rússia, China, Jamaica, Trinidad e Tobago, República Dominicana, Cuba, Marrocos, Moçambique, Estados Unidos, Costa do Marfim, entre outros”, informa o CEO da Tecnocon, que não dispensa as parcerias: “Estamos abertos a novas parcerias, aliás como já o temos feito, ainda que de uma forma ponderada. A empresa analisa sempre as suas estratégias numa óptica de médio e longo prazo, sempre que estas se enquadrem nos interesses da empresa”. Especialização técnica Com 62 colaboradores, a Tecnocon está ciente da importância social que representa para a região onde se encontra: “Embora seja uma empresa jovem, este ano faz 20 anos que iniciou a sua actividade propriamente dita, a Tecnocon tem nos seus quadros pessoal altamente qualificado que lhe confere as competências para actuar no mercado de uma forma diferenciada, pelo que uma hipotética deslocalização está fora da nossa estratégia”, assegura António Moreira. A solução adoptada para garantir a competitividade de produto passa assim pela inovação constante, Quanto aos projectos de futuro da empresa, António Moreira coloca, de forma frontal e assertiva, as cartas na mesa: “Queremos continuar a dar formação aos nossos técnicos para que estejam sempre actualizados de forma a podermos concorrer aos projectos internos e externos. O Brasil é um dos nossos alvos, o qual temos vindo a estudar desde há já algum tempo e brevemente tomaremos decisões. Temos também uma nova delegação nos Açores (S. Miguel), desde Janeiro de 2011, que pretendemos dinamizar e colocar em pleno funcionamento ainda este ano. A partir desta delegação queremos dar uma assistência mais completa e eficaz aos nossos clientes do Arquipélago”, conclui, deixando no ar uma expectativa: “Continuaremos a trabalhar cada vez mais e a apostar seriamente nos mercados externos, de forma a ultrapassar os sérios problemas por que todos passamos e passaremos durante mais alguns anos. O nosso objectivo é conseguir em 2011 ultrapassar o volume de vendas alcançado em 2010”. Página Exclusiva 49 Portugal Inovador Qualidade, design e conforto Três palavras, três definições do produto Euroestante. Em entrevista à Revista Portugal Inovador, a PME Líder mostra-se confiante no expectado crescimento no mercado externo. Com sede em Aguada de Cima - Águeda, considerada por muitos como a capital nacional dos fabricantes de mobiliário metálico de escritório, a Euroestante soube diferenciar-se da concorrência. Nos 15 anos de existência, a empresa criou parâmetros de rigor, tanto na produção como no cumprimento rigoroso de prazos estabelecidos, que garantem uma fidelização contínua dos clientes que a procuram. A aposta na qualidade de produtos únicos, plenos de design, versatilidade e conforto, tem assegurado, de forma consistente, a posição de relevo que ocupam no mercado nacional. Página Exclusiva 50 Capacidade interna Apesar da posição consolidada alcançada em Portugal, a Euroestante não foge à regra da generalidade das empresas portuguesas: “No geral, é um sector que estagnou o crescimento, tendo mesmo decaído na maioria dos mercados. No caso particular do mercado nacional, o sector encontra-se praticamente parado. Por isso, neste momento, a empresa tem de ser dinâmica e procurar soluções no mercado externo”, explicam os sócios, Manuel Carvalho e José Santiago. Para já, a empresa pode congratular-se por ter investido tempo e recursos na criação de condições ideais à concretização deste novo desafio: “Ao longo do tempo fomos investindo na empresa. Temos um departamento dedicado em exclusivo ao desenvolvimento e design de produto. São quatro desenhadores com capacidade para responder a projectos globais e que podem trabalhar directamente com os arquitectos”, salienta Manuel Carvalho. “Por outro lado, alcan çámos o estatuto de PME Líder o que também poderá ser uma mais-valia no mercado externo”, completa José Santiago. Exportação em marcha Mas este não é mundo totalmente desconhecido para a Eu- Portugal Inovador roestante. A empresa que em 2010 apresentou um crescimento de 6,25% já destina, indirectamente, 65% da sua facturação ao mercado externo. “Estamos com a nossa capacidade de produção praticamente esgotada, sendo que a maioria do produto para exportação tem como destino Espanha, França e Angola. São mercados interessantes para nós porque, ao contrário do que acontece internamente, não apresentam crédito mal parado. Em Espanha temos dois agentes (Vitória e Badajoz) e em Angola (Luanda) temos um agente com quem temos uma parceria que se mantém nos últimos seis anos. Temos recebido um bom feedback e isso faz-nos desejar outros mercados. É o caso do Brasil, um mercado emergente com quem já começámos a fa zer alguns contactos, nomeada- mente no Rio de Janeiro. Será o nosso ponto de partida para que depois se chegue a outras áreas”, prevêem os sócios. O sonho mantém-se vivo Manuel Carvalho e José Santiago ainda mantêm o sonho antigo de aumentar as instalações da empresa. No entanto, a conjuntura económica actual reteve essa vontade: “Não está descartada a hipótese de criar um novo pavilhão. É um sonho que, a seu tempo, vai ser concretizado. Neste momento o país enfrenta algumas dificuldades e isso colocou a empresa em stand-by, mas temos espaço para construção e gostávamos de ver os 2200m2 actuais duplicados. É um projecto que implicará a contratação gradual de novos profissionais, ainda que nesta área seja com- plicado angariar profissionais com vontade de trabalhar”. Apesar de tudo, a Euroestante mantém a confiança no produto e no desenvolvimento da empresa pelo factor qualidade: “A Euroestante está completamente aberta a projectos, para os quais tem capacidade para desenvolver soluções à medida. Somos uma empresa sólida que se afasta da competição pelo preço, preferindo apostar na qualidade. Temos consciência que a nossa grande mais-valia, tanto no mercado interno como no mercado externo (principalmente em França) é possuir um produto fabricado e inovado por nós, por isso visitamos regularmente feiras internacionais para conseguir aplicar as tendências mundiais ao fabrico persona lizado do nosso produto”, complementam os sócios. Página Exclusiva 51 Portugal Inovador Mestres do sabor tradicional A Casa do Crespo, empresa de Aveiro especializada nas artes da pastelaria, é um exemplo do que uma mente empreendedora pode concretizar em tempos de crise. Se há empresas das quais dificilmente se consegue vislumbrar os primórdios da sua existência, a Casa do Crespo é certamente um desses exemplos. Das dificuldades à bonança, a empresa atravessou mares e tempestades até se conseguir afirmar como uma das empresas nacionais mais fortes neste ramo. Uma história deliciosa Quando Adelaide Lourenço, mentora e sócio-administradora deste projecto, afirma que a empresa “começou quase por brincadeira”, está realmente a ser genuína. A Casa do Crespo, ainda antes de ser denominada dessa forma, nasce na cozinha desta mulher de garra: “Quando a empresa onde o meu marido e filho mais novo trabalhavam foi à falência pensei imediatamente em fazer algo que nos pudesse ajudar a viver o dia-a-dia. E foi assim que sugeri ao meu marido Página Exclusiva 52 começar a fabricar natas do céu em casa, para que ele as tentasse vender em restaurantes com o meu filho. Inicialmente tive de pedir 40 contos emprestados para comprar algumas coisas, mas foi esse o nosso arranque. As primeiras natas foram vendidas a 18 de Março de 1992”, relembra. O sucesso da receita artesanal foi quase imediato, obrigando Ade laide Lourenço a trabalhar dia e noite até ao momento em que surgiu nova decisão na família: “Tivemos que nos mudar para a garagem porque a cozinha começou a ser pequena para tantas encomendas”, relembra Cláudio Arsénio, filho mais novo e actual director comercial da empresa. A família apresentava já algumas características determinantes ao futuro empresarial que viria a desenvolver: “Naquela altura os restaurantes não vendiam sobremesas por isso deixávamos amostras. E resultava. Às vezes ligavam-nos no mesmo dia a pedir para entregar mais”, recorda Cláudio Arsénio, filho mais novo e actual director comercial da Casa do Crespo. Foi numa dessas entregas que resultou o contacto que alavancaria de uma vez por todas a empresa: “Um dia, o gerente do Feira Nova provou uma das nossas natas num restaurante para quem fornecíamos e ficou tão impressionado que pediu o nosso contacto ao dono. Depois, de uma reunião, começámos a fornecer para o Feira Nova”, explica Ade laide Lourenço. A empresa até então em nome de Manuel Arsénio, patriarca da família, adoptaria o nome de Casa do Crespo. “Não queríamos um nome industrial, por isso recuperámos o apelido do nosso avô e demos início a esta empresa em 1998, já num novo armazém e com mais quatro colaboradores”. Hipermercados não lhe resistem (mudar esta frase) Não tardaria a que Casa do Cres po se transformasse numa empresa de sucesso fornecedora de todas as marcas brancas de hipermercados nacionais : “Não é fácil trabalhar com a grande distribuição. Para nós é bom porque as casas de distribuição olham para a Casa do Crespo como empresa de referência. Por outro lado, também sabemos que não é fácil encontrarem fornecedores de qualidade, com o preço e capacidade de produção que eles procuram. Isso dá-nos uma vantagem em relação à concorrência”, garante Cláudio Arsénio. Portugal Inovador da empresa. Por isso, a Casa do Crespo está já a sondar mercados como Suiça, Luxemburgo, França, entre outros: “Queremos manter o que temos e crescer no mercado externo. Vamos continuar a actua lizar a nossa produção e estamos a pensar comprar um novo armazém de frio. Só estamos à espera de uma boa oportunidade. Esperamos crescer cerca de 10% este ano, o que nos permite aumentar a rentabilidade da empresa”, conclui a gerência. O segredo desta procura, que dá trabalho a 52 colaboradores, com um crescimento anual de 30% - prende-se com a unicidade de produto: “Procuramos ter produtos que embora sejam produzidos em quantidades industriais, mantenham a mão humana no pro- cesso. Tem que ter sempre aquela característica tradicional que todos apreciam”, assume Manuel Arsénio. Crescimento previsto Adelaide Lourenço é a primeira a dizer que ainda espera mais Página Exclusiva 53 Portugal Inovador Mudar a estratégia, manter o conceito A Interforma, referência do mobiliário contemporâneo nacional, prepara algumas novidades na sua estratégia de futuro. Planos no papel, que gradualmente estão a ser colocados em prática no mercado nacional e angolano. Decorria o ano de 1976 quando Alberto Ferreira inaugura a Casa Ferreira Móveis. O espaço, destinado à venda de mobiliário, seria o tubo de ensaio para o que é hoje o Grupo Interforma. Com 16 espaços de exposição, conta com a exclusividade da prestigiada marca Divani & Divani, actualmente com lojas de marca e outlets e com uma cadeia de lojas especializadas em decoração, design e mobiliário contemporâneo, que o mercado conhece sob a marca Interforma. O Grupo Interforma é hoje um dos mais fortes grupos empresariais no sector de mobiliário contemporâneo em Portugal. O conforto, design atraente e qualidade de produto são característicos que a segunda geração da família reconhece como imagem de marca e que por isso, faz questão de potenciar na empresa. Anabela, Rui e Maria do Carmo Ferreira, descendentes do patriarca e fundador Alberto Página Exclusiva 54 Ferreira, herdaram a responsabilidade de gerir as redes que detêm e que podem ser apreciadas por todo o país. Contando com a preciosa ajuda de 114 colaboradores, os administradores esperam aumentar o volume de facturação alcançado em 2010, contando com a sua visão estratégica para enfrentar com novidade as dificuldades e os desafios que os próximos anos nos reservam. Design com tecnologia No Grupo Interforma, o negócio há muito que deixou de ser vender móveis. Anabela Ferreira é peremptória quando afirma: “Hoje somos muito mais do que uma empresa de móveis. Oferecemos ao cliente um conjunto de soluções e mais-valias que nos distinguem da maioria dos concorrentes. O Grupo Interforma conta com um Gabinete de Design e Decoração, onde profissionais com experiencia comprovada, utilizam as mais recentes soluções tecnológicas, no serviço que diariamente prestamos a todos os nossos clientes. Contamos ainda com as excelentes equipas de profissionais que trabalham nas nossas lojas, todos altamente qualificados. A nossa assinatura distingue-se pelos produtos, mas, e eu diria mesmo, essencialmente, pelo serviço personalizado que nos orgulhamos de oferecer ao mercado nacional, e não só. Make It Real Somos responsáveis pela introdução no mercado português de grandes marcas internacionais, aproximando a exigência do mercado do que de melhor se faz no mundo. Acreditamos que quanto mais preparados estivermos, maior será a nossa exigência e a nossa capacidade de responder internamente às necessidades na área da Portugal Inovador decoração e do design. Conhecedora da realidade portuguesa nesta área, decidiu a Interforma promover o Interforma Make it Real, cuja primeira fase decorreu no ano passado. Pretendeu com esse projecto aproximar os jovens designers da realidade que os espera, ajudando-os a preparar e a defender o seu portfolio, verdadeiro cartão-de-visita destes profissionais. Foram 3 dias de trabalho intenso, com um júri internacional, um workshop orientado pela responsável da Area de investigação e Design da Rolf Benz e ainda de um dia de conferências, onde os jovens pude ram ouvir palestrantes de reconhecido nome internacional, designers consagrados e premiados que se disponibilizaram a vir apresentar e partilhar as suas experiencias com os nossos jovens. O desafio proposto aos jovens teve a aceitação esperada, surpreendendo a elevada qualidade dos resultados: “Este era projecto com dois objectivos muito claros. Foi uma forma de premiar as qualidades e competências dos jovens designers portugueses, e de partilhar com eles os conhecimentos que as muitas sinergias internacionais nos proporcionam, pondo assim ao serviço dos futuros opinion leaders deste país o nosso know‑how acumulado”, explica Rui Ferreira. “Os resultados foram muito bons. Uma jovem foi premiada com um estágio de duas semanas na Rolf Benz e o primeiro classificado ganhou um estágio de 3 meses na maior empresa de mobiliário alemã – Hulsta. Durante 12 semanas fez parte do Gabinete de Investigação e Design dessa grande empresa, tendo assumido um projecto que garantiu à Hulsta a apresentação de um novo sistema de abertura de roupeiros na feira de Milão, em Abril último”. Interforma sente que é sempre possível fazer melhor. Mudam os tempos, mudam as abordagens, numa constante adaptação ao mercado e de participação activa na evolução do sector. E houve que tirar consequências práticas dessa capacidade de adaptação. Ou seja, se em tempos a divulgação massiva das marcas Interforma e Divani & Divani era uma necessidade evidente, fazendo por isso sentido estar posicionada nos diversos shoppings do país, hoje, esse é um objectivo mais que superado. Por isso, os administradores questionam-se sobre a viabilidade de manter tantos espaços: “Quando criámos um edifício próprio em Alfragide, construído de raiz a pensar na decoração e na casa, sabíamos, à partida, que isso implicaria a médio/longo prazo o encerramento de algumas lojas. Mas era um passo natural. Hoje, o Home Space é seguramente o melhor espaço dedicado em exclusive à decoração e à casa do nosso país e, para nós, é uma forma de apresentar as nossas soluções, concentrando esforços num mesmo espaço. Se pensarmos que em Lisboa se situa 65% do nosso mercado, então facilmente se compreende o investimento”, afirma Anabela Ferreira. “É evidente que os shoppings foram fundamentais para nós, enquanto propulsores de divulgação da nossa marca, mas essas parcerias encontramse numa fase em que se impõe reanalisar vantagens e objectivos. Estamos a analisar bem a renta bilidade dos nossos espaços, sendo provável existirem algumas mudanças a médio/longo prazo”, completa. Seduzidos pelo mercado externo Mudanças poderão ocorrer também ao nível do mercado externo, onde Adoptar novas estratégias Apesar do sucesso alcançado, a Página Exclusiva 55 Portugal Inovador a Interforma ainda não tem grande expressão, mas para o qual tem recebido diversas propostas: “Actualmente, o mercado externo está em crescimento. Representa cerca de 10% da facturação total do grupo e apenas para Angola. Sentimos que se tivermos um ponto de venda em Luanda poderemos crescer muito mais, mas ainda aguardamos as parcerias correctas para que isso aconteça. No mercado angolano já somos conhecidos pela qualidade do nosso produto e pela qualidade da assistência. Depois temos as vantagens que nos garante a qualidade do nosso serviço ao cliente, que nos possibilita apresentar soluções totalmente personalizadas, qualquer que seja a necessidade do cliente ou do profissional que nos procura e onde quer que ele se possa encontrar. Por outro lado, “também ao nível do Brasil sentimos que poderemos ter uma palavra a dizer. Temos o know‑how, as parcerias e as siner gias necessárias. E ainda a vantagem da língua e da proximidade cultural. Justifica-se pois, que seja um dos passos que pretendemos dar num futuro muito próximo”, afirma Rui Ferreira. Página Exclusiva 56 Novidades apresentadas Recentemente, a Interforma apresentou também uma novidade na política de vendas. Com o projecto “Stock In”, que decorreu entre 9 e 17 de Julho, a empresa possibilitou a compra de mobiliário e objectos de decoração a preços únicos. Marcas como Pianca, Rolf Benz, Hulsta, Tonon, Ruckstuhl, Reflex, Zanette, entre muitas outras, disponibilizaram os seus stocks aos clientes portugueses. No site da Interforma estava disponível um catálogo online bem como na sua página do Facebook. Mas a nossa atenção também recai numa classe específica de profissionais, para os quais já existem diversas parcerias: “Estamos a abordar os arquitectos, os decoradores e designers que desenvolvem a sua actividade no mercado nacional, e também os que trabalham em projectos internacionais. Todos sabemos que a exclusividade é um ponto comum e desejado e a Interforma pretende criar um pacote específico de produtos destinados apenas a estes profissionais. Portugal Inovador Dar alma ao seu jardim Com um leque variado de produtos, a Artefactos Pereira possui tudo o que precisa para dar uma nova vida ao seu jardim. O novo armazém de 1400m2 garante um stock permanente com capacidade para responder ao constante aumento da procura. Em pouco mais de uma década a empresa Artefactos Pereira tornou-se uma referência na área do mobiliário de jardim. Desde fontes, vasos, mesas, floreiras ou pequenas relíquias de decoração, a empresa produz o que de me lhor se faz em cimento e pedra nesta área. A qualidade do produto, o cumprimento de prazos e a experiência de António Pereira asseguraram a fidelização do exigente mercado francês. Hoje, com 95% da produção a ser absorvida pela França e sem mãos a medir para tanto trabalho, a Artefactos Pereira viu-se obrigada a aumentar as suas instalações: “Foi uma necessidade, mas também uma forma de conseguir dar uma resposta eficaz aos nossos clientes. Este é um sector sazonal em que é preciso armazenar a produção. Assim, passamos a contar com um total de 3000m2 de área coberta. Uma mais-valia para a empresa”, afirma o administrador. Dificuldades a ultrapassar Mas este investimento conside rável (275 mil euros) foi pensado para o mercado externo: “O país está na miséria e a palavra é pequena para dizer tudo o que vai cá dentro”, confessa António Pereira, “por isso a tendência é trabalharmos cada vez menos com o mercado nacional. Este investimento no parque tecnológico seria impraticável se não contássemos com o mercado externo. Em Portugal, para além de não termos ajudas, estamos sobrecarregados de impostos. Em vez de sobrecarregar as empresas com encargos fiscais, “exemplo eu pago só de I.M.I qualquer coisa como 3500€ ou seja 700 contos na moeda antiga”. O administrador deixa ainda um desejo para este ano, “o Estado português já tem o IVA de 125.000 euros que ainda não recebi dos meus clientes isto porque a justiça entre os países membros da UE não funciona, então muito desse dinheiro estará perdido”. Página Exclusiva 57 Portugal Inovador Página Exclusiva 58 Portugal Inovador Página Exclusiva 59 Portugal Inovador Consultoria e Gestão: Sistemas de Informações empresariais A VIA Consulting, para além da experiência, tem as competências e os conhe cimentos que lhe permitem ajudar os clientes a ter sucesso nos mercados em que actuam. E foi com o objectivo de criar uma empresa de consultadoria de referência na inovação em sistemas de informação empresariais, que o projecto VIA Consulting foi idealizado. Com experiências profissionais únicas e com um profundo conhe cimento intrínseco no que à área da Consultadoria de Gestão e Sistemas de Informação concerne, Luís Sant’Ana Pereira, presidente executivo da VIA Consulting, revela que a empresa está apostada em “investir no desenvolvimento de várias soluções próprias que respondam às necessidades dos consumidores e que visem facilitar o seu quotidiano”. Ao longo de 20 anos, adquirir o máximo de know-how nesta área, fez com que o presidente executivo percorresse os quatro cantos do mundo e se tornasse um “guru” na Consultadoria de Gestão e Sistemas de Informação. “Foram 20 anos de experiências espalhadas pelo Mundo”, confirma. Sistemas inovadores e diferenciadores A VIA Consulting é caracterizada como uma empresa de consultadoria apostada na área da Consultadoria de Gestão e de Sistemas de Informação, mas focada em sistemas inovadores e diferenciadores para as empresas. A ideia foi desenvolver uma empresa altamente especializada em áreas que o mercado, de alguma maneira, reconhece aos profissionais que aqui trabalham, sendo sempre muito vocacionada para sistemas empresariais. Ou seja, “indo buscar novas tecnologias e desenvolPágina Exclusiva 60 Portugal Inovador vendo soluções próprias passíveis de ter aplicabilidade às empresas e que proporcionam benefícios que devem ser, na nossa opi nião, quantificáveis”, comenta Luís Sant’Ana Pereira que aproveitou para explicar em que se baseou para definir o nome VIA Consul ting. Este surge baseando-se nos três pilares que melhor definem, descrevem e diferenciam o projecto VIA Consulting: Vision, Innovation e Accuracy. “É a capacidade de ter a visão e de ser inovador, mas fazê-lo com acerto e possibilidade de medir com precisão”, explica. A empresa disponibiliza soluções que, em função dos requisitos e especificidades de cada empresa e entidade, contribuem para o sucesso dos seus clientes afinal, desde a sua fundação, em 2008, que esta trabalha de acordo com as necessidades e particularidades dos mercados onde opera. No mundo dos sistemas de informação, a primeira coisa é conseguir entender o modelo de negócio da empresa em causa e entender quais os processos que contribuem para o core business da empresa. “É importante assumir que não podemos saber todos os processos de todas as empresas, mas como é claro existem os que conhecemos bem como sendo os relacionados com a tecnologia ou o uso intensivo de tecnologia. Por exemplo, no sector bancário que é uma parte importante do nosso background, do ponto de vista da nossa profissão, na área das tecnologias de informação. Desde cedo que temos vindo a participar nos grandes projectos de transformação de Sistemas de Informação no sector bancário em Portugal”, ressalva Luís Sant’Ana Pereira. Optimização de processos “Na VIA Consulting realizamos projectos de consultadoria em sistemas de informação; desenvolvemos soluções e produtos próprios inovadores; implementamos plataformas que repre- sentamos e contribuímos para o sucesso dos nossos clientes no presente e no futuro”. Para Luís Sant’Ana Pereira estes são os pontos tidos como core da empresa e que fez questão de traçar os pontos seguidos desde a fundação. A área das tecnologias em áreas como a optimização das empresas, ou seja, elevar o patamar da exigência da gestão empresarial vem dos primórdios. “A primeira coisa a fazer foi seguir uma linha de soluções que assentam nos serviços que implementamos e que começa com uma plataforma: Carbonview – que permite às empresas registar, medir, monitorizar e gerir os níveis de emissão de carbono relativos à sua actividade. Apurar, gerir e optimizar os níveis de emissões de carbono é antecipar uma futura obrigação, e potenciar a optimização dos processos operacionais e respectivos custos de uma empresa”, explica. Aqui, tal como em outros serviços, a VIA Consulting aplica os seus Página Exclusiva 61 Portugal Inovador “A solução VIA Enterprise Digital Writing é composta por uma tecnologia que representamos e que permite de forma segura capturar e interpretar a escrita manuscrita, disponibilizando-a em formato que viabilize a sua integração” conhecimentos, com a representação de empresas internacio nais, em Portugal e em países de língua portuguesa. Numa busca permanentemente pelas melhores soluções em que a proposta de valor faça sentido e em que o cliente tenha uma relação directa e imediata de investimento e benefício, tudo o que está interligado às empresas é possível de ser desenvolvido. A destacar também como linha vertical da empresa estão as soluções de Power Management que permitem a redução de consumos de energia de computadores (PC’s), telefones IP e aparelhos de ar condicionado – são soluções com um forte contributo para a diminuição dos consumos de energia das empresas. Importante referir são também as soluções de Digital Signage – soluções que Página Exclusiva 62 possibilitam a comunicação digital em vez da analógica. O custo dos equipamentos digitais tem vindo a diminuir significativamente, logo o investimento é menor para as empresas. Nesta sequência, a VIA Consulting trouxe para Portugal uma solução inovadora: vidro de cristais líquidos. Nos vidros podem ser projectadas imagens digitais. Por outro lado, os sistemas de Digital Signage podem ser implementados em quiosques ou terminais. Desenvolvem componentes e so luções que têm a ver com a optimização de processos. Tecnologias que confiram mais eficiência aos processos e que reduzam o risco operacional das empresas. “A solução VIA Enterprise Digital Writing é composta por uma tecnologia que representamos e que permite de forma segura capturar e interpretar a escrita manuscrita, disponibilizando-a em formato que viabilize a sua integração”, desvenda o presidente executivo. Para tal, a VIA Consulting desenvolveu o VIA EDW Integration Framework, que simplifica e facilita a integração das informações interpretadas, e respectivas imagens, com os demais sistemas de informação. A solução optimiza de forma significativa os processos associados ao processamento de formulários, porque permite reduzir tempo e esforços, e agiliza o acesso às informações. Apostar na utilização de tecnologias que “acreditamos que vão vingar em determinadas regiões do mundo”, é importante. A tecnologia USSD é uma delas e permite utilizar o telefone como terminal para qualquer coisa. Mesmo este não tendo internet nem software. O objectivo é ir além fronteiras e alcançar as economias que crescem. Esta é uma das linhas verticais que se está a transformar numa linha de negócio relevante dentro da VIA Consul ting e que trouxe várias oportunidades que vieram dar origem a um quinto vertical que desenvolve Portugal Inovador “É importante assumir que não podemos saber todos os processos de todas as empresas, mas como é claro existem os que conhe cemos bem como sendo os relacionados com a tecnologia ou o uso intensivo de tecnologia. Por exemplo, no sector bancário que é uma parte importante do nosso background, do ponto de vista da nossa profissão, na área das tecnologias de informação. Desde cedo que temos vindo a participar nos grandes projectos de transformação de Sistemas de Informação no sector bancário em Portugal” alguns produtos daquilo que são aplicações informáticas para determinado tipo de propósito e de negócio. “Uma das áreas onde estamos claramente a trabalhar é a representação de uma empresa na Turquia na área dos loyalties, dos cartões, etc. Daqui vamos sempre abrindo outros verticais que nos permitem enriquecer todo o nosso know-how e mercado”, reforça Luís Sant´Ana Pereira. Serviço aliado à solução Os serviços de consultoria da VIA Consulting seguem missivas organizadas tendo em conta as competências mais adequadas face às orientações estabelecidas e aos serviços que representam. São vários os serviços que oferecem, como sendo a de Information Technologies, onde a experiência comprovada da empresa lhe permite participar na definição de planos estratégicos de tecnologias de informação, bem como na elaboração dos planos de transição e/ ou transformação que se mostrem essenciais. A VIA Consulting define aqui arquitecturas de sistemas de informação, assegurando a adequabilidade das soluções que desenha e/ou implementa, desenvolvendo sistemas de informação em diversas plataformas, de modo a implementar os automatismos relativos às necessidades e re quisitos dos processos de negócio. Um outro serviço é o Process Consulting. Aqui é feita a análise, o desenho e a optimização de processos, tendo em consideração as necessidades e os objectivos de negócio, bem como as tecnologias de informação utilizadas ou por utilizar. Segue-se também o Management Consulting. Desenham e implementam os processos, meios e mecanismos, de forma a assegurar que os projectos são definidos e monitorizados, de acordo com os objectivos estabelecidos. Por último, mas não menos importantes está o Business Consulting, que são serviços que permitem realizar projectos em conjunto com o cliente, de modo a definir novos modelos de negócio que lhe permitam concretizar os desafios a que se propõem. “A essência da empresa são as pessoas” Os colaboradores da VIA Consul ting olham para um desafio empresarial com o gosto de que é necessário ultrapassa-lo. Fazem tudo, quer a implementação destas soluções quer os projectos específicos sem nenhuma tecnologia definida à partida. “A VIA Consulting não tem desejo de ter um grande número de funcionários para além daquilo que nos permite manter a nossa actividade como é hoje dentro deste espírito. A essência da empresa são as pessoas”, enaltece o entrevistado. A componente de serviços é fundamental para o cliente. Nas áreas em que a VIA Consulting trabalha, é claramente uma empresa de vanguarda e que aceita trabalhar em situações de risco. “A experiência, as competências e os conhecimentos dos nossos profissionais aliados a tecnologias inovadoras, permitem‑nos concretizar soluções que respondem às necessidades e às expectativas dos nossos clientes”. Os 30 profissionais que fazem parte dos quadros da VIA Consul ting são criteriosamente seleccionados. Os processos de recrutamento implementados privilegiam, além das competências técnicas do candidato, o seu perfil face aos valores da VIA Consulting. Os requisitos de exigência, aliados à necessidade de excelência na execução dos projectos que rea lizam, obrigam a proporcionar aos colaboradores as condições ade quadas para o desempenho das suas actividades, bem como um plano de carreira atractivo. “Uma empresa com dedicação, empe nho e espírito de conquista e totalmente empenhada em garantir o futuro da empresa através do su cesso dos nossos clientes”. Quanto às linhas de futuro da VIA Consulting estas vão privilegiar por se manter na senda do que tem sido até hoje: crescimento assegurado com a constante apresentação de novas soluções que vão sempre ao encontro das necessidades do cliente. Página Exclusiva 63 Portugal Inovador A vertente humana é prioritária A Clínica Médica Dr. José Belmiro mantém o título de maior clínica de medi cina dentária e estomatologia do distrito de Aveiro. O aumento da procura por parte dos pacientes em 2010 consagra mais uma vez a filosofia humana que rege todas as práticas. José Belmiro é, mais do que administrador da Clínica Médica Dr. José Belmiro, um médico reconhecido e com conhecimento no sector. Nas quatro clínicas em que é responsável (São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, S. Roque e Ovar) o médico perpetua as directrizes de carácter humano assumidas nas últimas duas décadas: “Nunca nas nossas clínicas o aspecto comercial será sobreposto aos princípios cerrados de beneficência, à qualidade e à bondade que deve presidir ao acto médico. Embora fundamental para a sobrevivência, não é o aspecto central da nossa acção e, como médicos, penso que essa é a característica que nos deve distinguir. Nas nossas clínicas são normas impostas e respeitadas por todos aqueles que integram a equipa”, garante. Os riscos actuais Enquanto médico, gestor, mas também como cidadão informado, José Belmiro não esconde a Página Exclusiva 64 inquietação com o rumo da medicina dentária em Portugal: “Reconheço que a área da saúde, que absorve imensos recursos (ainda assim, insuficientes para as necessidades), iniba o Go verno de concretizar a integração dos médicos dentistas no Serviço Nacional de Saúde, no entanto essa é também uma das razões que leva ao êxodo de centenas de profissionais para fora do país. Por outro lado, apercebo-me da falta de prudência na formação académica em numerus clausus, tanto no ensino privado como público”. Para o especialista em estomatologia é grave que se despreze a qualidade em virtude da quantidade: “Há um excesso de profissionais em formação, com muito pouco tempo de estágio e pouca prática a nível universitário. Saem profissionais titulados (com Bolo nha, requintadamente, mestres), mas que na prática têm uma qualidade inferior. Estamos também a assistir a uma deturpação de ensino, visto que quem ingressa pela via de medicina dentária e estomatologia augura sempre o seu consultório privado. Como será possível se já ultrapassamos os 6000 profissionais de uma só especialidade num país tão pequeno? O que acontece é que os jovens ou encontram empresas com dimensão aceitável, como a nossa, e são tutelados no seu trabalho evoluindo e tornando-se bons médicos, ou então abrem o seu próprio gabinete com as limitações que têm”. Defender o paciente A missão da empresa “foi determinada pela minha mãe, enquanto administradora e minha educadora. Ainda hoje, dentro das dificuldades físicas que tem, continua a colaborar na clínica com paixão. O facto de gostarmos daquilo que fazemos é o que nos torna dife rentes”, reforça José Belmiro. Talvez por isso não tenha ainda abandonado os cheque-dentista: “Nós aderimos numa perspec- Portugal Inovador Curriculum Vitae Habilitações Literárias: •1991- conclui a licenciatura em Medicina Dentária, Universidade do Porto, com a classificação de 14,4 val. •1992- Frequência do 1.º ano de Gestão de Pequenas e Médias Empresas, ISDV. Serviço de Bioquímica da Faculdade de Medicina do Porto. •Março de 2003 a Junho 2004-Curso de Especialização em Ortodontia, Fundação Gnatus, Madrid. Actividades docentes e profissionais: •Regente da cadeira de “Gestão de Serviços de Saúde”, no Master em Administração da Saúde, Instituto Superior Miguel Torga, Coimbra. •Desde 1998, director clinico e administrador de uma organização privada Graduações/Especializações: de prestação de cuidados de saúde. •Janeiro de 2003/Outubro de 2004-Especialização em Bioética, pela •Desde 1991 exercício privado de Estomatologia/Medicina Dentária. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, com a notação de •1989/90– Professor de Técnicas Especiais de Saúde e Socorrismo, na 17 valores. Escola Secundária Ferreira de Castro. •Janeiro de 2002/Março de 2003-Graduação em Gestão e Administra•1989 a 1991 – Monitor no Serviço de Imunologia, Faculdade de Medicina ção Hospitalar, pela Universidade Portucalense Infante D. Henrique, da Universidade do Porto, sob tutela do Prof. Dr. José Luís Delgado. Porto, com a notação de 17 valores, •Maio de 2000/Julho de 2001-Graduação em Implantologia Intra e Obras Literárias: Extra Oral, pelo Serviço de Cirurgia Experimental da Faculdade de •Co-autor de: Dependências Individuais e Valores Sociais, Associação Medicina da Universidade do Porto. Portuguesa de Bioética, Gráfica de Coimbra, 2004 (pp. 181-208). •Dezembro de 2000/Julho de 2001-Graduação Avançada em Cirurgia •Co-autor de: Política de Saúde, Editora da Universidade Portucalense, Oral, pelo Instituto Superior de Ciências do Norte. Porto, 2003 (pp. 91-107). •Co-autor de: Afectação de Recursos para a Saúde: Perspectivas Para Outras: Um Novo SNS, Gráfica de Coimbra, Coimbra, 2003 (pp. 171-191). •Abril a Junho de 2010- Curso de Reabilitação Oral de Maxilares •Autor de: Absentismo Médico nos Hospitais Portugueses, obra admitida Atróficos, Nobel Biocare, Porto. •Janeiro a Fevereiro de 2004 – Curso de Actualização em Bioquímica, ao Grande Prémio BIAL 2003 (22 pp.). tiva de apoio ao Estado Social, não com interesses financeiros. Digamos que como gestor não os deveria aceitar, mas como médico aceito-os. Sempre fez parte da filosofia da clínica prestar os melhores cuidados de saúde a preços socialmente comportáveis. O facto de termos uma dimensão muito grande e tratarmos muitas pessoas possibilita-nos a compra do que melhor há no mercado em grandes quantidades, por isso a preços inferiores. São vantagens como essas que asseguram muitos clientes e lucros que são aplicados nas clínicas. Independentemente da humildade das instalações, os pacientes encontram aqui a melhor tecnologia que existe no mercado”. Futuramente, José Belmiro não pensa em abrir mais clínicas, preferindo manter a qualidade das quatro existentes. No entanto não esconde a vontade de garantir a exclusividade dos restantes membros da equipa: “A maioria dos 14 profissionais de estomatologia já funciona nesse regime, mas pretendo estender aos restantes”. Página Exclusiva 65 Portugal Inovador “Saber é poder” A Revista Portugal Inovador entrevistou José Nogueira, da sociedade de advogados RSN, numa conversa acutilante sobre a advocacia e Justiça em Portugal. Como surgiu a RSN – Remelgado, Silva Nogueira & Associados – Sociedade de Advogados? Surgiu em 2001, na realidade éramos três advogados, que já então partilhávamos escritório. Já há algum tempo que tinha ideia em avançar para a prestação serviços jurídicos, através de uma organização que pudesse proporcionar aos clientes um grau de especialização e rapidez na resposta, que fosse a adequada aos tempos e às dificuldades que os nossos empresários hoje em dia enfrentam. Com efeito, há muito que considerava que as PME, especialmente no Norte do País, não tinham ao seu dispor serviços jurídicos, com a qualidade e especificidade, que uma só organização de profissionais pode prestar. Daí a ideia de se criar uma organização que tentasse encerrar o melhor de duas práticas: a personalização e o contacto directo com o cliente do escritório tradicional, com o grau de especificidade e experiência que uma prática colectiva de advocacia proporciona, o que me levou então a desafiar a Dra. Fátima Remelgado e a Dra. Antónia Leite de Sousa. No entretanto, a Dra. Antónia saiu, sendo que voltamos a ser um trio em 2010, com a entrada da Dra. Mafalda P. Monteiro. Actualmente multiplicamos por cinco o número de profissionais e volume de negócio. Página Exclusiva 66 Qual o currículo dos actuais sócios da RSN? Somos filhos de duas boas escolas de direito do Porto: Universidade Portucalense Infante D. Henrique e a Universidade Católica. Aliás, pelo que vou vendo, parece-me que a geração de licenciados da qual fazemos parte tem demonstrado a qualidade do ensino que aí era ministrado. Posteriormente, temos sentido sempre a necessidade de uma formação contínua, eu dedicando-me mais à área do direito comercial, contratos fusões, e a Dra. Fátima no direito laboral. ‘Saber é poder’ é uma das nossas máximas. Sabendo que a sociedade actua em diferentes vertentes/áreas do direito, como é que descreve essas áreas e quais as que as sumem maior importância no contexto da RSN? O nosso ‘core’ está claramente na prestação de serviços jurídicos a empresas. Aliás toda a nossa organização assenta no disponibilizar ao nosso cliente todas as vertentes do direito que marca o seu dia-a‑dia. A ideia é que, tornando-nos um parceiro do cliente, conhecendo a sua estrutura e gestão, possamos proporcionar, de forma sistemática e organizada, resposta às suas necessidades. A nossa realidade inicial resultou muito da cidade onde estamos sedeados – o Porto. É para o tecido empresarial do Porto, Vale do Cávado, Vale do Ave que principalmente trabalhamos. Assim sendo, a esmagadora maioria da nossa carteira é composta por PME, sendo que, actualmente, já vamos tendo constituintes que se loca lizam por todo o país. Temos, igualmente, uma forte rede de escritórios estrangeiros. Ora, grande parte dos nossos clientes são sociedades exportadoras ou em processos de internacionalização, por isso temos parcerias sólidas, de alguns anos, com escritórios sitos em Londres, Madrid, S. Paulo, Milão, Xangai, Berlim, que nos permitem garantir que o cliente continuará a encontrar na RSN uma resposta Portugal Inovador qualificada para os seus problemas e necessidades. Outra das componentes que nunca abandonámos, e faz parte do nosso código genético, é que nesta casa fazemos barra. Somos advogados todos de Toga. Não queiram ver nesta afirmação uma censura aos Colegas que não optaram por esta prática, mas consideramos que a consultadoria jurídica, sem ter ao seu lado uma sólida equipa de contencioso, perde eficiência. Não tenho dúvida que é o Cliente que sai a ganhar, quando a equipa que o aconselhou e assessorou é aquela que dá a cara pelo seu parecer e o defende, em litígio judicial se necessário for. O conselho dado, com certeza, que terá que ser bem valorado. Aliás, o lema e a missão que adoptamos aqui na RSN é sempre ter o foco no resultado apresentado, no valor aportado ao cliente. Não fazemos advocacia para o nosso ego, ou para o nosso curriculum, mas sim porque existe alguém que necessita dos nossos serviços, e o sucesso desse alguém, isso sim é o nosso sucesso. Agrada-me, principalmente, que o cliente veja na nossa equipa um conjunto de profissionais que lhe resolve problemas. A nossa liberdade é de consciência e técnica, mas uma liberdade ao serviço de uma necessidade! Nesse aspecto considero a frase do meu ilustre Colega Miguel Veiga deliciosa: “O advogado não tem escravo nem Senhor”. Como encaram o actual estado da Justiça em Portugal? Francamente mal. E é, de tal forma, uma verdade Lapalissiana, que, pessoalmente, me custa, de uma forma tão clara, afirmar: vai mal. O que considero pior no funcionamento da justiça em Portugal é o sistema, no seu todo, ter-se esquecido da razão pela qual existe: servir os cidadãos e ser uma das faces da soberania. É um poder dever. Sem o dever não se justifica o poder. O que se criou é um monstro adjectivo, sem substantivos e verbos. Uma organização humana que nunca coloca, no centro das suas prioridades, prestar serviços aos cidadãos, que justificam a sua razão de ser. E por favor não se entenda, com esta afirmação, que os juízes são petulantes, ou advogados que são mercenários, ou os funcionários que são calaceiros. Ou que o Estado não distribui dinheiro que chegue! Na minha opinião, temos é um para digma que se foi cimentando ao longo destes anos, cristalizando-se, alimentando-se dos seus pequenos poderes. Cada vez mais longe da sua razão de ser. O que aqui afirmo não é mera teoria, reflecte-se na maioria das decisões judiciais, na maioria da opções do dia-a-dia. Temos pela frente o desafio tremendo de reformular um sistema que insere dentro si tantas hetero- Página Exclusiva 67 Portugal Inovador afirmar e professar: não me digam o que pode o sistema fazer por nós, mas sim o que podemos nos efectuar pelo sistema. A morosidade advém principalmente de um processo que não se preocupa em obter uma decisão, mas em se alimentar. A nós, na RSN, resta-nos, com humildade, tudo fazer para não nos tornarmos parasitas do sistema. Tudo fazermos para o sistema encontrar soluções e não desculpas! Temos hoje uma classe mais capaz e unida? geneidades! Pessoalmente acredito no Keep it Simple. Primeiro, não se mudam leis sem se avaliar o seu impacto (já se faz na Alemanha. Não estou a ser lírico ou demagógico). Em Portugal, no sistema judicial e sua organização, não há fase da correcção, há o muda tudo e recomeça tudo de novo. Segundo, a avaliação e meritocracia. Avaliação com humildade, mas que ninguém tenha o seu resultado garantido pelo estatuto, pela idade ou pela função social! Todos devemos provar, em todos os meses, que merecemos o dinheiro que recebemos ao final do mês. Terceiro, impõe-se quantificar e res ponder pelo que produzimos. Andamos todos a pretender que o nosso trabalho seja reconhecido por sinais subtis. Parece que, às vezes, é um mercado que premeia os ilusionistas e não quem melhor serve o cidadão que a si recorre! A morosidade das acções é a principal razão pela falta de cre dibilidade que frequentemente atribuem à Justiça? Qual o papel activo da RSN no com bate a estes entraves? Sejamos realista a RSN é um átomo no Universo. Que pode aportar? Não temos vocação quixotesca, romanesca. Somos pragmáticos. Não se esqueça somos advogados! Que nos resta então? Todos os dias Página Exclusiva 68 Classe? A que classe se refere? A dos advogados? Dos operadores da justiça? Sou muito avesso a isso de classes. Cheira-me a rebanho! A seguidismos e corporativismo. Só somos bons Colegas se formos uns seguidistas. Francamente não! Reconhecer em todos os meus Colegas um meu igual, parceiro neste desafio que é ser advogado. Sim, tudo o demais não me interessa. Estou profundamente desligado deste actual Bastonário e deste projecto de Ordem. Confesso não me revejo neste estado populista que chapinha lama para todos os lados. Quanto a capacidade, sem dúvida que cada vez mais vejo chegar jovens com melhor preparação científica. Com mais flexibilidade, conhecimento de línguas e técnicas informáticas, consciência do mundo. Falta-lhes, contudo, diga-se, capacidade de sacrifício, humildade e vontade de servir o próximo, para serem advogados extraordinários! Estou contudo muito seguro que com bons exemplos (nossa responsabilidade) chegarão lá! Que mensagem deixaria aos jovens leitores da revista “Por tugal Inovador” que pretendam enveredar pelo caminho profis sional da advocacia? Primeiro que venham: que não acreditem nesta actual filosofia de monopólio que se pretende criar. Segundo, que se a motivação destes jovens é prestígio social balofo, o “Sr. Dr.” e restantes salamaleques ou ganhar dinheiro fácil, que esqueçam, não fazem falta. Se tem vocação para ir ao encontro daqueles que necessitam de ajuda, de darem o melhor da sua energia por uma causa, pela defesa daquele que todos diabolizam; se têm uma mente que ajuda a encontrar segurança jurídica para que homens possam empreender em novas organizações; para criar soluções onde se via impossibilidades, então que venham. Há lugar para todos sem excepção. Qual os projectos de futuro da RSN Advogados? Sustentar o alcançado. Crescer no exterior, aumentado o volume de negócio através da sua rede de escritórios associados. E permitir a todos os profissionais que nela trabalham um espaço onde realizem as suas ambições, concretizem os seus sonhos profissionais e se sintam felizes. Portugal Inovador Página Exclusiva 69 Portugal Inovador Página Exclusiva 70 Portugal Inovador Página Exclusiva 71 Portugal Inovador Uma questão de confiança Reconhecida no mercado de implementação de software, a AMT é um parceiro de referência para projectos tecnológicos da ferramenta global SAP HCM. No centro das suas atenções está o potencial humano. Nos últimos anos as empresas têm chegado à conclusão da importância crítica do capital humano para o sucesso de um negócio sustentado a longo prazo. Por esta razão, os gerentes da AMT deci diram criar a empresa, de forma a torná-la disponível no mercado de serviços especializados no domínio da gestão do capital humano, facilitando o dia-a-dia dos clientes nesta área. A missão da AMT reside, em larga medida, em prestar serviços de desenvolvimento de software e processos para converter as melhorias de desenvolvimento de capital humano em resultados económicos mensuráveis. Deste modo, na AMT, e com base nos seus serviços, é sempre importante permitir aos clientes a possibilidade de maximizar o valor acrescentado através da melhoria dos processos relacionados com a gestão do capital humano. De igual importância é ainda a oferta de ferramentas que possibilitem Página Exclusiva 72 uma maior produtividade dos recursos disponíveis, através da optimização do talento existente na Organização. Experiência comprovada A AMT surge oficialmente em 2007, pelas mãos de três pessoas, ligadas no passado a grandes empresas tecnológicas. A empresa fornece tecnologia de informação na área dos recursos humanos e o seu foco assenta na ferramenta SAP HCM. “Decidimos atacar este nicho de mercado que é a consultoria de tecnologias de informação, na área específica de recursos humanos”, refere Joaquim Francisco, actual gerente da empresa. Tendo começado com quatro membros, a equipa da AMT conta actualmente com cerca de 20 trabalhadores. A formação tem sido uma aposta constante; esta é, como conta Joaquim Francisco, “o passar da experiência às pessoas que entram, para que o grau de qualidade e eficiência de serviço se mantenha”. As duas grandes áreas de actuação da empresa são a do projecto e a de manutenção de sistemas informáticos. O gerente refere a ambição de ir mais além da manutenção de sistemas, passando então para a manutenção de processos. AMT: ‘A Matter of Trust’ “A matter of trust”, mais do que Portugal Inovador aos clientes. “A nossa maior renta bilidade é a nossa eficiência”, afirma o gerente. A empresa aposta em capitais próprios, não tendo praticamente investimentos externos, nem dependendo em nada da banca. Mercados-alvo uma questão de confiança e mais ainda do que um mero lema, é aquilo em que os responsáveis da empresa de facto acreditam. “Este é um relacionamento de confiança. O acompanhamento do cliente e o facto de o deixar descansado é muito importante para nós”, afirma Joaquim Francisco. PME Líder e Excelência em simultâneo, todos os rácios apontam para que a AMT volte a sê-lo durante este ano. Para além deste prémio, a AMT Consulting encontra-se entre as 30 melhores empresas para se trabalhar, segundo um estudo feito pela Exame e Accenture . No total, fazem parte do ranking 100 empresas. Os galardões não ficam por aqui, e a empresa está ainda referenciada no Business Process Outsourcing (BPO) – a terceirização de processos de negócios que usam intensamente a tecnologia da informação. sa ideia é apostar noutras ferramentas, para além de desenvolver esta área do SAP HCM”, conta Joaquim Francisco. Assim, a AMT procura diferenciarse dentro do HCM (serviços na área dos recursos humanos), o nicho de mercado da empresa, apreendendo de uma forma mais célere e eficiente as novas funcionalidades que a SAP vai libertando para o mercado. O objectivo passa por desenvolver algumas soluções dentro da aplicação, que esta não traga nativamente, mas que possam trazer um valor acrescentado A estratégia a nível de divulgação internacional passa pelos planos da AMT. Por enquanto, a empresa actua com mais incidência no mercado nacional, apesar já ter tido algumas experiências internacionais, em países como Angola, Espanha, Alemanha e África do Sul. “O nosso posicionamento em termos técnicos permite-nos alcançar clientes”, observa Joaquim Francisco. Clientes como a Megasis (TAP), a Delta Cafés, a Oni e outras grandes companhias que usam as ferramentas da AMT, confiam nos serviços da empresa há vários anos, sendo que os mais antigos somam já 11 anos. Além destes clientes directos, a AMT entra ainda em parceria com outras grandes consultoras, através de uma sub-contratação. Neste momento a AMT procura ser o mais abrangente possível. Satisfeito com o percurso da empresa, Joaquim Francisco afirma sentir uma autonomia de decisão que valoriza bastante a AMT. Inovação em ferramentas Apresentar soluções inovadoras e a um baixo custo tem sido uma medida adoptada com frequência pela gerência da empresa. “A nosPágina Exclusiva 73 Portugal Inovador Lugar encantado Urs Wild, suiço de nascença, mas algarvio de coração. A morar em Portugal há quase 30 anos, este empresário tem dinamizado a economia e o sector do turismo e da hotelaria do Algarve. O Cascade Resort, situado em Lagos, é o seu projecto mais recente. Edificado no topo de uma falésia, no coração da área paisagística envolvente da Ponta da Piedade, muito perto do centro da cidade de Lagos, o Cascade Resort é um espaço de beleza ímpar que aposta num serviço de excelência. A revista Portugal Inovador esteve à conversa com Urs Wild, gerente, e com Marita Barth, assistente de direcção deste novo espaço hoteleiro. O Cascade apresenta aos seus visitantes uma nova interpretação do luxo. A inserção do empreendimento num contexto paisagístico privilegiado, com um toque regional, apoiado num serviço personalizado e detalhista são as mais-valias deste novo espaço. Projectado de forma a complementar a paisagem natural onde se inPágina Exclusiva 74 sere, o Cascade foi desenvolvido tendo em mente o legado histórico e o esplendor da região algarvia. Com uma fachada distinta, que mistura influências das arquitecturas romana e mourisca, com cores tradicionais da região (amarelo e branco), o espaço hoteleiro quebra com as mais recentes tendências de edificação vertical e arquitectura moderna uniforme. Esta sensibilidade prolonga-se no Portugal Inovador seu interior, onde a decoração e estilos únicos reflectem as descobertas do Infante D. Henrique, cujas viagens tiveram partida de Lagos. Estes temas exclusivos encontram-se reflectidos na totalidade do hotel com a opção do hóspede em escolher o quarto que prefere consoante o seu gosto pessoal, enquanto as áreas públicas reflectem o legado do passado em sumptuosas peças de luxo moderno. Um espaço requintado exige um serviço equiparado, por isso a formação interna dos colaboradores é a grande preocupação da administração. Pretende-se que a simpatia, a transmissão dos valores culturais, da filosofia e da missão da empresa estejam presentes em cada serviço. “A alegria de servir o hóspede deve estar sempre patente em cada gesto”, refere Urs Wild. que inclui a medicina desportiva, a medicina do bem-estar, a medicina preventiva, a fisioterapia, complementadas com actividade e nutrição. Estando o Algarve inserido, a nível europeu, num vasto leque de destinos turísticos de excelência, o Cascade Resort pretende demarcar-se pela flexibilidade dos seus serviços. Aliar o turismo à componente de saúde e bem-estar é uma das rotas traçadas, a par do tradicional turismo de lazer. A restauração é outro dos serviços de requinte do resort. O chefe Luís Batalha é o responsável pelo serviço de restauração do Cascade e está preparado para oferecer ao visitante refeições gourmet, confeccionadas a partir de produtos biológicos da região, num ambiente agradável e descontraído. Apreciador da variedade e da beleza das paisagens portuguesas, Urs Wild tem mantido a preocupação de, em cada projecto, ressaltar o que de melhor existe em Portugal. Em final de conversa, o empresário dirige um convite a todos os nossos leitores: “Venham conhecer uma terra encantadora, que faz parte da história nacional, onde enquadramos um empreendimento de excelência, direccionado para todos os públicos”. Saúde e bem-estar Com uma área de 38ha, situado em cima da falésia, os visitantes do Cascade dispõem de uma costa de 1,5km que se prolonga até à Ponta da Piedade. “Os nossos hóspedes podem realizar este trajecto a pé e embarcarem depois rumo às belíssimas grutas de Lagos”, diz Marita Barth. Oferecer qualidade de vida é assim o objectivo deste empreendimento. O conceito deste espaço de lazer engloba também uma estrutura Página Exclusiva 75 Portugal Inovador Top(o do) Sabor Criada em 1995 por Azim e Firoz Sadruddin, a Top Sabor tem como actividade principal o fabrico e comercialização de alimentos pré-cozinhados ultracongelados. Posteriormente, os sócios gerentes aliaram os seus conhecimentos de uma receita tradicional, ao know-how de Naushad Ali Nurali - mentor as chamuças na cidade do Porto, em 1975, conseguindo manter a tipicidade de um produto caseiro. grandes transportes. Só assim a Top Sabor garante ao cliente e ao consumidor final que todas as características do produto estão asseguradas. A percorrer Portugal de norte a sul do país, a empresa começa a dar os primeiros passos alargando os seus horizontes para o mercado externo. Actualmente a exportar já para Espanha e França, o mercado Brasileiro será a próxima aposta. O segredo está na massa! Dotadas de um trago oriental, saboroso e diferenciador é o que o Aliados os conhecimentos, a partir daqui, todos os “ingredientes” estavam prontos para que se desse inicio à fabricação de um produto de eximia qualidade. Todo o tipo de salgados, como crepes, rissóis, folhados, empadas ou pastéis são aqui confeccionados. No entanto, as chamuças representam 80% da produção. “O boom das chamuças foi de tal ordem, que neste momento as chamuças, em termos de salgados, estarão em 3º lugar”, explica Naushad Ali Nurali. Em regime de outsourcing com outras empresas - que se guem à risca a tradicional receita - são produzidas, mensalmente, cerca de 600mil unidades. Os meios Dotada dos melhores recursos humanos e tecnológicos, a empresa conta com dois enge nheiros a trabalhar na qualidade Página Exclusiva 76 alimentar, bem como 22 colaboradores que ajudam à produção de um produto fiável. E como tudo o que é produto congelado exige muitos requisitos, a partir do momento em que o produto é feito tem de ser imediatamente ultra-congelado. “A partir daqui inicia-se uma cadeia de conservação, transporte e armazenamento – já no cliente - que tem de ser mantida a -18º. Se a temperatura sobe, o produto perde qualidades, logo é do nosso interesse garantir que o cliente tem também todas as condições para acondicionar o produto, elucida Firoz Sadruddin. A grande maioria dos clientes desloca-se à Top Sabor para levantar a encomenda. No entanto, além de duas carrinhas frigoríficas próprias altamente equipadas, a empresa conta com os serviços de uma transportadora de frio que faz os Portugal Inovador cliente pode encontrar nos produtos aqui confeccionados. O segredo das chamuças está massa. Esta deve ser macia, estaladiça e sem gordura. E para que seja possível que todas cumpram este objectivo após a fritura, pois a produção é sempre uniforme, os sócios gerentes também vão para o terreno mostrar ao cliente como estas devem ser confeccionadas. “Garantir qualidade” Neste momento, a Top Sabor é empresa certificada em Segurança Alimentar com o sistema HACCP o que vai ao encontro da principal preocupação para o futuro da empresa: “Garantir a qualidade e a segurança alimentar do nosso produto e, mais tarde, e de uma forma cautelosa, vamos deixar o país acalmar e apostar em novas instalações, revela Azim Sadruddin”. Com um crescimento anual na ordem dos 30%, a Top Sabor é uma empresa PME Excelência que não entende apenas os rácios financeiros para que este galardão seja possível, mas sim todo o trabalho de uma equipa de colaboradores que permitem que o produto chegue sempre a bom porto. E quanto a este produto a mensagem que a administração deixa é bem clara: “A nossa chamuça? É provavelmente a melhor chamuça do mundo”. Curiosidade Para que o salgado, após a fritura, esteja com um aspecto dourado e com pouca gordura, é primordial que o óleo não esteja nem muito nem pouco quente e que a dosagem deste seja a mais correcta. Página Exclusiva 77 Portugal Inovador Segurar o presente, para assegurar o futuro A rede de ópticas Optimax tem vindo a servir a população algarvia nos últimos 24 anos. Lima Cabrita é o nome indissociável deste Grupo. O contacto directo com o cliente, a variedade de marcas e serviços, são algumas das mais-valias que a Optimax tem para lhe oferecer. José Lima Cabrita, engenheiro Técnico Agrário de formação, decidiu em 1987 criar na sua terra natal, São Bartolomeu de Messi nes, a sua primeira loja no ramo da óptica. Hoje, com seis lojas Optimax difundidas pelo Algarve (São Bartolomeu de Messines, Faro, Quarteira, Vilamoura), o empresário mantém a vontade de crescer e ampliar os seus serviços, caracterizados pelo atendimento personalizado. A Optimax tem gabinetes optométricos equipados com a mais moderna tecnologia e profissio nais técnicos especializados em refracção ocular. A formação contínua da equipa técnica é uma preocupação que José Lima Cabrita preserva: “Garantimos a formação constante dos nossos colaboradores tanto ao nível do contacto com o cliente, como ao nível técni co”. Dada a disponibilidade para realizar exames visuais gratuitos e sem marcação, os clientes da Optimax podem receber na hora uma avaliação e aconselhamento sobre as suas necessidades visuais. Com um espírito dinâmico a rede de lojas Optimax investe muito na promoção de eventos para captar Página Exclusiva 78 a atenção dos seus clientes e dinamizar as zonas onde estas estão inseridas. “Fidelizar o cliente logo na primeira visita é o nosso objectivo. Somos um Grupo muito activo, não estagnamos”. A mais recente aposta do empresário decorreu no passado mês de Ju lho, com um desfile de moda que visou promover a nova linha de óculos de sol de José António Tenente, contando com a presença do estilista. Com o Centro Médico de Messi nes, em São Bartolomeu de Messines, e a Clínica de Oftal- mologia Vivina Cabrita, em Faro, José Lima Cabrita abrange os seus serviços à vertente dos rastreios e tratamentos de saúde. Em final de conversa com a revista Portugal Inovador, o empresário reforçou a sua preocupação em chegar a um maior número de pessoas: “Procuramos sempre abrir lojas de rua que nos permitam estar mais próximos dos clientes, conhe cê-los, tratá-los pelo nome, só assim temos condições de apresentar um serviço de qualidade e proximidade”, conclui. Portugal Inovador Página Exclusiva 79 Portugal Inovador Experiência, disponibilidade e qualidade no material eléctrico! Desde 2003 que a Indusmelec apresenta um conjunto de produtos, serviços e soluções na área da distribuição do material eléctrico, à medida das necessidades de cada cliente. Com uma vasta experiência no ramo, José Filipe Martins, um dos administradores da Indusmelec, fundou esta empresa em conjunto com outros dois profissionais, também eles com larga experiência na área da distribuição do material eléctrico. Hoje, a empresa conta com 11 colaboradores, que mesmo sendo jovens, são profissionais com bastante experiência, estando neste mercado há vários anos. A formação interna dos colaboradores é uma constante, bem como a formação que é dada aos seus clientes para um melhor desempenho das suas actividades. Com atributos e sinergias que permitem à empresa estar bem sustentada no mercado, inovação é a palavra de ordem a respeitar na Indusmelec que tem como prinPágina Exclusiva 80 cipais clientes, quadristas – que representam 38% das vendas; fabricantes de máquinas e indústria – 21%; instaladores – 19%; ar- mazenistas – 16%; construção civil – 4%; e o restante mercado, como electricistas industriais e electricistas de manutenção com 2%. Portugal Inovador explica José Filipe Martins. O principal foco de actuação da Indusmelec é a área da protecção e controlo industrial, materiais para quadros eléctricos, entre outros. “Também vendemos materiais na área dos autómatos programáveis e variadores de velocidade”, acrescenta. Para uma melhor resposta a todas estas áreas, a empresa detém um vasto stock de materiais. Futuro como PME Excelência Serviço especializado Não se limitando apenas a vender o produto standard, a Indusmelec consegue fidelizar os clientes ao assegurar que tem soluções para as suas necessidades. “Estamos sempre disponíveis para arranjar soluções técnicas para o cliente arranjando alternativas de produto”, diz José Filipe Martins. Quando o produto não existe, a empresa apresenta outras soluções, pois não depende a 100% de uma marca. Assim, tem a possibilidade de apresentar mais opções aos seus clientes. A trabalhar apenas com marcas prestigiadas internacionalmente, consegue dar a melhor resposta, quer individualmente, quer em conjunto com parceiros de eleição. Aqui é também prestado um serviço de consultoria. Quando um cliente tem dificuldades em saber o que melhor se adequa às suas necessidades, a Indusmelec dispõe de técnicos especializados que podem identificar e aconselhar a melhor solução. “A disponibilidade e a eficiência que colocamos no que fazemos e o apoio técnico que prestamos são pontos a ter em conta. Experiência, disponibilidade e qualidade - na oferta de produtos, serviços e soluções, é o nosso lema”, assume o administrador. O mercado A Indusmelec actua essencialmente na região da grande Lisboa, tendo também clientes em todo o País, onde aplicam o serviço de entregas em 24 horas. Mesmo sabendo que Portugal é um bom mercado, a Indusmelec busca novas oportunidades além fronteiras. “Temos feito, indirectamente, alguns trabalhos em Angola e França, que embora o principal cliente seja empresarial, conseguimos satisfazer também os pedidos de um eventual cliente de instalação”, O mercado externo é uma aposta para continuar a dar frutos. Em Portugal, está na ambição da Indusmelec abrir pequenas agências em zonas estratégicas para que também possam estar mais perto dos clientes. Quanto à distinção como PME Excelência, este “reflecte eficazmente o nosso trabalho. O que ganhamos é investido na nossa empresa. Só assim é que podemos dar prazos médios de pagamento ao cliente, ter um stock sustentável na ordem dos 600 mil € e ter sustentabilidade financeira que nos permita pagar atempadamente a todos os nossos fornecedores”, conclui José Filipe Martins. Página Exclusiva 81 Portugal Inovador Mestria nos materiais refractários A Abrigada foi fundada em 1843 como uma cerâmica, devido à qualidade das argilas locais. Com o desenvolvimento da indústria, a produção evoluiu e especializou-se em materiais refractários. A Abrigada é uma empresa fa bricante de materiais refractários, ácidos e materiais resistentes aos ácidos para aplicações industriais. Fundada em 1843, a Abrigada conta com mais de 16 décadas de experiência, e completado o processo de certificação da qualidade, de acordo com a norma ISO 9001:2008, a empresa é também caracterizada pela flexibilidade que dispõe para o desenvolvimento de novos produtos e soluções adaptadas às constantes evoluções técnicas do mercado. Crescimento além fronteiras Sempre com o intuito de crescer e sustentar-se no mercado onde se insere, em 1996 o departamento de montagens da Abrigada evoluiu para a empresa AMR - Abrigada, Montagens e Revestimentos, que é o objecto de maior dinamização. A AMR funciona como uma empresa Página Exclusiva 82 instaladora de produtos refractários, concebendo e projectando revestimentos térmicos para uma vasta gama de aparelhos industriais. Em 2007 a AMR associou-se ao seu maior concorrente e iniciou um processo de internacionalização conjunto. Fruto desta associação surgem mais empresas sedeadas um pouco por todo o Mundo que representam um grupo internacio nal de empresas especializadas em montagens de revestimentos térmicos, que dão lugar a um grupo forte e coeso que trabalha de uma forma muito matricial e em conjunto, reconhecido mundialmente pelo seu profissionalismo e especialização. Os materiais de excelência da Abrigada são as peças para revestimento interno de chaminés. Segundo João Brito, presidente da empresa,” uma qualidade que não tem por finalidade resistir a altas temperaturas, mas sim de resis tir aos ataques ácidos. Temos uma preocupação permanente em adaptar os nossos produtos às exigências dos nossos clientes”. Cliente esse que é fidelizado como confirma o presidente da admi nistração, quando diz que “temos clientes de há mais de 50 anos”. Fornecedora de serviços A Abrigada fornece vários serviços nas áreas da engenharia e projectos pois possui um gabinete técnico com experiência acumulada ao longo de mais de cinco décadas na execução de estudos e projectos de revestimentos cerâmicos para protecção térmica e química de variados equipamentos industriais. O apoio e experiência prática do grupo internacional de empresas de montagens em que a Abrigada se insere traduz-se numa mais‑valia pela observação ‘in loco’ do comportamento dos materiais aplicados. “Trabalhamos com os nossos clientes para encontrar em conjunto soluções técnicas para a resolução de quaisquer problemas até ao menor detalhe”, afirma João Brito. A área das cofragens é também aqui evidente. “Projectamos e produzimos nas nossas instalações cofragens de madeira para suporte da montagem de revestimentos cerâmicos de variados tipos, de acordo com os graus de exigência Portugal Inovador serviço que a empresa presta e o espírito de parceria entre as várias entidades que estão envolvidas no grupo. Rumar ao futuro, valorizando sempre o seu produto e os seus serviços, contando sempre com o apoio de todo o seu capital humano que representa os pilares da Abrigada. e rigor necessários em cada obra. Além disso, os materiais por nós utilizados cumprem as exigências fitossanitárias segundo as normas ISPM - 15 HT ou MB”, assegura. Por último, apresentam serviços também na área das Montagens. Trabalha em estreita colaboração com a AMR oferecendo em conjunto um serviço completo de fabrico e montagem de revestimentos refractários. Para melhor prestar os seus serviços, a empresa dispõe de um corpo técnico formado por enge nheiros, encarregados e montadores especializados na montagem de materiais refractários, isolantes e anticorrosivos, bem como um parque de equipamentos adequado ao desempenho da actividade. Rumo ao futuro Em constante crescimento, a Abrigada aposta cada vez mais na internacionalização querendo agora alcançar e fidelizar novos mercados como a América Central e do Sul. O segredo é a excelência da qualidade dos produtos e do Gamas de produtos refractários densos moldados de baixa, média e alta alumina; refractários isolantes moldados de presa cerâmica e química: grés antiácido; refractários plásticos, betões e cimentos. Principais indústrias de aplicação cimento e cal; petroquímica e energia; incineração; metalurgia (ferro e alumínio); celulose; vidro; cerâmica, chaminés Industriais. Página Exclusiva 83 Portugal Inovador Uma empresa on fire A Mafep está em alta. Depois de, em 2007, ter sido das primeiras empresas a obter a certificação do serviço de manutenção de extintores, prepara-se agora para introduzir um inovador sistema informático nos seus serviços. A Mafep - Material Anti-Fogo e Protecção, Lda nasce em 1991 com um propósito diferente do que exerce hoje em dia. A abertura de fronteiras ao mercado asiático e o aparecimento de inúmeras empresas vocacionadas para os EPI (equipamentos de protecção individual) levam a que, gradualmente, a Mafep abandone esta área, passando a dedicar-se em pleno ao seu core-business: projecto, fornecimento e manutenção de todos os equipamentos e sistemas de segurança contra incêndio. Serviço global Hoje, a Mafep tem a capacidade para realizar autênticos projectos chave-na-mão. A gama variada de produtos - que vão desde a extinção de incêndios (extintores, bocas de incêndio, mantas de abafamento, entre ou tros), aos produtos de protecção electrónica (detectores de incêndio Página Exclusiva 84 e CO2), passando pela protecção passiva (sinalização, iluminação de emergência e portas corta-fogo), ou mesmo pelas caixas e ou tro tipo de acessórios – são apenas o chamariz para uma empresa que presta um serviço completo e especializado. Com quatro carros oficina, a Mafep consegue não só abranger a região centro, com serviços de execução de projectos e manutenção, mas todo o território nacional: “São carros relativamente pequenos, mas que comportam tudo o que existe numa oficina. Há cerca de quatro anos definimos novas rotas para estes carros numa decisão em prol da mobilidade. Conseguimos maior produtividade, o que bene ficia o cliente, e maior rentabilidade, diminuindo os custos para a Mafep. Temos um carro na rota de Lisboa, dois carros destinados às grandes empresas e um que mensalmente percorre as restan tes zonas do país”, garante Tiago Nunes, gerente da empresa. O know-how acumulado permite- ‑lhe ainda fornecer consultoria em projectos de protecção de pessoas e bens, bem como forneceder formação sempre que lhe é requisitada. Especialização Quando Tiago Nunes entra na empresa, em 2005, empenhou-se em dar continuidade ao trabalho de gestão até então realizado pelo pai, tentando apenas optimizar os recursos existentes na empresa: “Percebi que era necessário apos tar muito mais na formação, reco nhecendo-a, não apenas como um custo, mas sim como um contri buto fulcral para a transmissão de uma imagem de confiança”, refere Tiago Nunes. A empresa passou então por um processo rigoroso de formação, passando os 15 funcionários, nove no departamento técnico, a contar com um argumento de peso: a polivalência. “80% do trabalho da Mafep é realizado em micro‑empresas, sendo o restante destinado às média-grandes empresas. Portugal Inovador dos e sem dúvida uma peça chave neste projecto”, saliente Tiago Nunes. Sustentar o futuro Praticamente 90% de qualquer um dos casos, as situações são resolvidas somente por um técnico. Isto acontece porque apostamos fortemente na formação geral para cada um dos colaboradores, à qual acresce uma especialização em determinada área”, explica o gerente. A importância atribuída a cada um dos colaboradores resulta num ambiente saudável de trabalho: “Esta empresa funciona como um grupo, onde cada um de nós está envolvido a 100%. Fazemos questão de ter reuniões com todos os colaboradores porque lhes reconhecemos uma importância muito grande em todo o sucesso que temos tido. São muito dedica- A Mafep tem o futuro bem definido: “Queremos continuar a crescer de forma gradual e sustentada, continuando a diferenciar-nos pela apresentação de soluções inovadoras, tal como já o fomos com a certificação NP 4413/2006, quando fomos das primeiras empresas a obter a certificação. Em Janeiro de 2012 esperamos apresentar um sistema informático, desenvolvido internamente e com apoio do parceiro informático, que permite aos técnicos e clientes aceder a todo o seu historial relacionado com os equipamentos e serviços de segurança contra incêndio. Esperamos continuar a merecer toda a con fiança que o cliente tem, até hoje, depositado em nós”. Página Exclusiva 85 Portugal Inovador Mais do que um operador logístico! É com base num crescimento sustentado que o Grupo GEFCO apresenta soluções inovadoras de valor acrescentado em toda a cadeia de abastecimento. Com mais de meio século de existência, o Grupo GEFCO surgiu de uma necessidade logística de encaminhar os veículos da fábrica da Peugeot em Sochaux até aos concessionários na zona de Paris. Com um volume de negócio de 3,4 mil milhões de euros em 2010, o Grupo apresenta um crescimento de 16% face a 2009, correspondendo a um lucro operacional de 190 milhões de euros. Sendo uma empresa na qual o Mundo é o seu limite, o Grupo está presente nos cinco continentes, em mais de 150 países e conta com 29 filiais – estando neste momento a desenvolver outras – e 9.400 colaboradores. Em 1992, o Grupo implementa-se em Portugal começando a sua actividade pelo seu core business, o mercado automóvel. Três anos depois, direcciona os seus serviços de transporte terrestre, marítimo e Página Exclusiva 86 aéreo para novos mercados. Em Portugal, os dados são bastante claros e espelham efectivamente os resultados positivos do Grupo em 2010, apresentando um volu me de negócios de 75,4 milhões de euros. Estes valores não seriam possíveis sem a excelente gestão da empresa e sem o universo de 300 colaboradores directos e indirectos, que contribuem diariamente para um serviço eficiente. Presente de norte a sul com 11 agências, a GEFCO Portugal ofe rece assim um serviço de qualidade atempado, eficiente e competitivo aos seus clientes a nível de toda a cadeia de abastecimento. Soluções logísticas A GEFCO oferece soluções inovadoras e completas para fabricantes. “Pretendemos gerir as limitações logísticas dos nossos clientes, que constituem um fardo cada vez mais pesado à medida que as cadeias de abastecimento se tornam mais internacionais. As soluções criadas pela GEFCO são inovadoras e específicas para os seus clientes, de modo a reduzir custos e prazos de entrega”, refere Fernando Reis Pinto, director geral da GEFCO Portugal. Destinada ao mercado B2B, a GEFCO procura satisfazer as necessidades dos clientes oferecendo soluções à medida e de valor acrescentado. Actividades estratégicas O core business do Grupo GEFCO centra-se em três áreas de actividade estratégias: Logística Automóvel a Jusante, Logística Terrestre a Montante e Overseas. Com uma vasta frota de veículos, o Grupo GEFCO transportou em 2010, 2,7 milhões de viatu- Portugal Inovador ras, através de 1.800 esquemas logísticos e abrangendo uma área de 130 países e de 80 centros de produção. Com um stock de 3.700 vagões, 3.000 porta automóveis e 30 navios, o Grupo quer apresentar todas as soluções, tornando-se mais do que um fornecedor, um partner. Quanto à Logística Terrestre Inbound, 140 agências ligadas por mais de 400 rotas internacionais e 3.000 semi-reboques diários permitiram que 21 milhões de toneladas de carga fossem transportadas em 2010, representando 40 mil expedições diárias em grupagem e lotes. Por último, o tráfego marítimo e aéreo têm presença em mais de 100 países, representando 85% do comércio mundial com 300 rotas aéreas supervisionadas por 63 agências. Em 2010, a GEFCO Portugal realizou 500.000 expedições por via terrestre, transportou 60.000 viaturas, movimentou 2.500 contentores e 1.100 toneladas de mercadorias transportadas por via aérea. Futuro “Sem descurar o sector automóvel, o nosso core business, a GEFCO Portugal tem vindo a apostar na sua diversificação noutros setores de actividade. O know-how da GEFCO num sector tão específico como o automóvel dá-nos um background único para as exigências de qualquer sector ou indústria”, refere Fernando Reis Pinto, director geral da GEFCO Portugal. Desde 2009, a GEFCO Portugal tem vindo a abraçar novos projetos com a angariação de novos clientes, que implicaram investimentos tanto de recursos físicos como humanos. Assim, no seguimento das estratégias delineadas, a GEFCO Portugal aspira por novos negócios que possam contribuir tanto para o crescimento da sua actividade como para a economia nacional. A aposta no desenvolvimento sustentável, na responsabilidade social e no respeito pelo meio ambiente, além das boas práticas que estão na política da GEFCO, são os ideais da GEFCO. Desenvolvimento sustentável é uma preocupação. O director geral, sustenta que este “é um processo evolutivo. Dotamos as pessoas e as instalações com os meios mais apropriados para o desenvolvimento da actividade. Não digo que temos as melhores condições porque isso é utópico. Mas há que ter em conta pequenos pontos que reflectem a qualidade do serviço e a forma como o cliente é recebido. Os 300 colaboradores são imagem da GEFCO Portugal”. Serviços Transporte terrestre (grupagem, FTL/LTL/ urgentes); transporte marítimo e aéreo (LCL/FCL, urgentes); armazenagem e serviços de valor acrescentado; gestão de embalagens reutilizáveis; logística automóvel; representação aduaneira e fiscal; transporte urgente. Sector estratégico automóvel; duas rodas; aeronáutica; electrónica; bens de consumo e indústria. Página Exclusiva 87 Portugal Inovador Diferenciar-se no mercado das Tecnologias da Informação Constituída em 1981, a ENAFER – Networking e Sistemas de Informação, dedica-se à comercialização de produtos e serviços na área das Tecnologias da Informação, apresentando soluções inovadoras e diferenciadoras ao seu cliente. Formado em Engenharia Electrotécnica, Almiro Pereira, juntamente com mais dois enge nheiros, decidiram, em 1981, criar uma empresa que abrangesse a área da electrotecnia mas que cercasse não só a área do projecto de instalações eléctricas mas também o apoio à indústria no que dizia respeito a soluções de automação. Na altura, com pouca experiência, algum conhecimento mas com muita vontade de fazer algo diferenciador, os três jovens fundaram a Enafer. Posteriormente Página Exclusiva 88 tiveram a hipótese de comercia lizar as UPS, um e quipamento que vinha melhorar a capacidade e a diminuição dos problemas dos computadores devido aos problemas com a energia. Este foi o grande salto para o sucesso e para a comercialização de inovadores produtos. Hoje, embora tenha um portfólio de soluções muito diversificado, as UPS continuam a ser o produto mais significativo e mais antigo da Enafer. No entanto, quer os produtos para redes LAN e WAN, os basti- dores (RACK) de 19” - quer de pavimento quer murais, as impressoras e os equipamentos de teste e certificação para as redes de cabos, não deixam de ocupar a posição de relevância que é atribuída a todos os produtos. “As nossas grandes áreas, no inicio, foram a melhoria da qualidade da energia – a nível da UPS, e as telecomunicações – actual networking”, relembra Almiro Pereira. Actualmente, “a nossa actividade é escolher a melhor solução para o cliente”, salienta o administrador, en- Portugal Inovador tendendo as necessidades do cliente e aconselhando-o sobre qual o melhor aparelho para a execução do seu serviço. Vocacionados para áreas como o Networking - na qual “concebemos e implementamos redes de comunicação de dados e sistemas de cablagem estruturada - para a área dos Sistemas de Alimentação Ininterrupta - UPS em que “projectamos, implementamos e damos todo o suporte técnico, o cliente não tem de se preocupar com eventuais problemas com a energia eléctrica e com o serviço de suporte técnico. Confie na nossa experiência para a resolução dos mais diversos pro blemas”, diz o administrador. Formação e parcerias Regularmente, várias acções de formação interna são real- izadas em prol de uma melhor profissionalização dos colaboradores, estando para isso, a Enafer, dotada de uma sala com todas as componentes essenciais ao bem-estar dos formandos. Aqui, o intuito é formar, incentivar e incutir o espírito de que esta empresa deve, quer e pode “estar sempre na frente do que é mais actual na tecnologia”, afirma Almiro Pereira. A escolha dos parceiros, reconhecidos pela qualidade e inovadores nos sectores em que operam, permitem que a Enafer garanta ao seu cliente a excelência no padrão de qualidade. As parcerias e as representações de empresas internacionais revelam-se assim muito importantes para o crescimento, sempre demarcado pela postura positiva que a Enafer as- sume no mercado. No entanto, um bom conjunto de produtos, por si só, não é suficiente. Posto isto, a empresa complementa a sua oferta com serviços direccionados para o acompanhamento dos seus parceiros na solução de todas as lacunas existentes. “Necessidade de inovar e de se manter no mercado” “Espero manter a Enafer como uma empresa que apesar de ter 30 anos continua a sentir necessidade de inovar e de se manter no mercado como uma empresa reconhecida pelo seu excelente trabalho”, reitera Almiro Pereira. Pode-se assim concluir, que a estratégia da Enafer assenta na qualidade dos produtos que disponibiliza e na excelência dos serviços que presta. Página Exclusiva 89 Portugal Inovador Soluções integradas de engenharia Colocar ao serviço do cliente o know-how adquirido ao longo dos anos - no que diz respeito à engenharia, foi o principal impulso para que, há seis anos, fosse fundada a Solien, Soluções Integradas de Engenharia. Fundada há seis anos como empresa que cria soluções integradas de engenharia, a Solien focaliza a sua actividade em dois parâmetros essenciais, sendo que o primeiro é o desenvolvimento de actividades de engenharia, designadamente, elaboração de estudos e projectos de ino vação e desenvolvimento, controlo de produção, industrialização de processos, segurança, soluções integradas de desenvolvimento tecnológico; e o segundo a colaboração no desenvolvimento de projectos tecnológicos em fases específicas ou ao longo de todo o ciclo de vida do produto. Para que tal seja idóneo de acontecer, é necessária uma equipa coesa, capaz e atenta, na qual a formação é capital sendo sabido que áreas como a Engenharia Mecânica; Engenharia Industrial; Engenharia Electrónica / Automação; Engenharia Informática; Matemática Aplicada são matérias de domínio diário na empresa. Na Solien, todos os colaboradores são dotados destas formações para que o serviço prestado seja o mais fidedigno possível. Página Exclusiva 90 Sempre a pensar no cliente, a Solien tem apostado cada vez mais na engenharia simultânea. “O cliente vai desenvolver o seu produto mas, paralelamente, é acompanhado no desenvolvimento de processo durante o qual, em etapas chave, são analisadas as opções que são tomadas para a concepção do produto e qual o impacto que vão ter no processo”, explica o director geral da empresa, Hugo Azevedo. É aqui que a Solien, muitas vezes, intervém. Conhecedora do que é o desenvolvimento de equipamentos, a Solien funde-se com a equipa do cliente, participa nas diversas etapas do desenvolvimento do produto e dá o devido apoio, como uma maquete física ou ante-projecto digital por exemplo. Estes esboços são o ponto de partida do projecto, servem como forma de estudo e apresentação e são feitos com diferentes finalidades para cada fase do desenvolvimento do produto. “No fundo, a Solien funciona como um reforço à capacidade de engenharia dos nossos clientes”, salienta. No entanto, é de salientar um outro serviço que a empresa presta: a integração dos seus técnicos, com know-how transversal e intrínseco a toda a Solien, na estrutura do cliente para o desempenho de competências específicas e trabalhos pontuais que o cliente não consiga dar resposta. Com serviços diversificados e de meritório reconhecimento, os objectivos são imensos. Todavia, o director geral destaca quatro como sendo os pilares da empresa: “Ser o parceiro preferencial dos nossos clientes, acompanhando, antecipando e satisfazendo as suas necessidades; integrar a cadeia de valor com os nossos clientes perseguindo a excelência operativa de modo a garantir uma superior qualidade do serviço; valorizar pessoal e profissionalmente os nossos colaboradores de modo a garantir o seu compromisso e, por último mas não menos importante, manter rela- Portugal Inovador Desenvolvimento de produto - estudo - modelação - prototipagem - teste/validação Engenharia de Processo ções proveitosas e duradouras com os nossos parceiros”. Serviço sustentado para o futuro Com uma relação de grande proximidade com o cliente, o serviço aqui prestado é com o intuito de dar res- - estudo - especificação -gestão de projecto/obra - teste/validação. posta às exigências do mercado, tendo sempre presente, no caderno de excelência, uma notável optimização dos recursos. “Nós, Solien, podemos ser um reforço de engenharia para a sua empresa”, termina Hugo Azevedo. Página Exclusiva 91 Portugal Inovador Excelência nas avaliações de activos Numa época em que o mercado do sector das avaliações acompanha de forma directa a fase adversa, que atravessamos, o Garen tem crescido sustentada e continuamente. Quisemos saber o porquê deste segredo! Fundado em 1978, o Garen Lda. foi reactivado em 2003 pelas mãos de Olavo Vicente, que alterou totalmente o espectro societário e procedeu à concentração do “core business” nas actividades de ava liações de activos e de negócios. O segredo do sucesso Questionado sobre a equação do contínuo sucesso da empresa, o gerente responde: “O segredo? Encaro cada ameaça como uma oportunidade. Antes de tudo, a Página Exclusiva 92 minha gestão baseia-se num aspecto, que considero e relevo como primordial - o Garen tem como objectivo dotar-se dos melhores recursos humanos e ter os melhores clientes. Ambos são, equitativamente, importantes e é essencial essa paridade.” Assegurando em permanência o feedback dinâmico das partes interessadas, Olavo Vicente completa: “É importantíssimo nos nossos objectivos, o conhecimento profundo de ambas as expectativas e necessidades. O envolvimento de todos os intervenientes permite obter um equilíbrio de interesses, minimizando riscos e impactos negativos na execução dos processos. O sucesso de qualquer empresa depende também do elevado conhecimento de cada etapa e do ciclo do seu produto. Entendo nesta vertente, não só o mercado imobiliário, mas também a economia nacional e todos os factores endógenos e exógenos, que a influenciam directa ou indirectamente. Por outro lado, mantemos um intercâmbio, permanente, quer com os nossos clientes quer com os nossos avaliadores. Ainda, no aspecto do sucesso, não posso deixar de salientar um ponto, extremamente, importante, que se relaciona com a qualidade e conhecimentos dos técnicos e gestores dos nossos grandes clientes, nomeadamente, nos bancos para quem trabalhamos. A dinâmica da actual situação do mercado nacional e internacional exige evolução, aprendizagem e melhoria contínua. Parar é morrer.” Portefólio de serviços Apesar do mercado ter abrandado consideravelmente, no que concerne às avaliações de âmbito creditício residencial (compra de fracções e moradias), cresceu e representou uma oportunidade confirmada, tanto no que concerne, ao apoio às empresas, à reanálise de projectos imobiliários ou a todos os investimentos, que atravessam dificuldades ou pre- Portugal Inovador cisam de ser reprogramados. Por este motivo, o Garen alargou há cerca de cinco anos o seu portefólio de serviços: “Estendemos há já algum tempo o nosso portefólio de forma mais ajustada às necessidades do mercado, complementando os serviços habituais de avaliação de imóveis e projectos de investimento, com as avaliações da totalidade de activos de empresas (imóveis, equipamentos e alvarás), avaliações de negócios, projectos de requalificação/rentabilização estagnados e ou no âmbito dos NPL’s (Non-Performing Loan) em que temos crescido, também sustentadamente, sobretudo com clientes/investidores, nacionais e internacionais”, diz em conversa com a revista Portugal Inovador. Com um volume de “algumas centenas” de avaliações mensais e um montante de bens avaliados, que este ano deverá superar a fas- quia dos dois mil milhões de euros, o Garen pode assim dizer que atingiu todos os “target” dos clientes potenciais, sejam eles banca, investidores, empresários ou consumidores finais de qualquer tipo de produto relacionado com imobi liário ou negócio subjacente. Do maior Banco ou Fundo de Investimento Imobiliário até à mais pequena família, que pretenda fazer partilhas de um terreno ou de uma fracção, o Garen oferece uma resposta pormenorizada e conhecedora, por parte dos seus técnicos internos, como se os próprios tivessem avaliado esse activo. Assim, para além do investimento em capital humano que a empresa faz nos seus técnicos internos (engenheiros, arquitectos e economistas), possui a vantagem competitiva de incrementar a qualidade intrínseca dos seus serviços. “De um modo geral, os objectivos de gestão, envolvem três vectores: a satisfação de necessidades ultrapassando as expectativas dos clientes, a compensação financeira dos colaboradores e o nosso comportamento ético e profissio nal”, garante o gerente. Perspectivas para o Futuro Querendo continuar a formar e a aprender, o Garen para o futuro, pretende manter a resiliência ao mercado, antecipando expectativas: “Queremos continuar a cres cer, sustentadamente, num am biente de excelência. Prosseguir o objectivo de fazer parcerias, com grandes clientes, respeitar a sua cultura empresarial, sustentada no princípio de que cada um dos nossos clientes, cada estudo que produzimos e cada um dos nossos colaboradores é único”, finaliza Olavo Vicente. Página Exclusiva 93 Portugal Inovador Confiança de um patrono É no centro da cidade do Porto, a poucos metros dos Passos do Concelho, que fica sedeada a Afonso, Lema e Sousa & Associados. Com quatro décadas de actividade na área, José Afonso conta à revista Portugal Inovador o legado da sua experiência. Foi no decorrer do ano 2002 que se formou, oficialmente, a Afonso, Lema e Sousa & Associados. Se por um lado a Sociedade se insere na necessidade de integrar e acompanhar alguns dos familiares de José Afonso, hoje membros da Sociedade, por outro visa obter as vantagens dessa associação. Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, José Afonso iniciou actividade em 1971. Tendo iniciado a actividade de Advogado, José Afonso faz-se hoje acompanhar da filha, da sobrinha (de quem provém o nome Lema) e de outra sócia (que acrescenta o Sousa à firma). “Um advogado a trabalhar sozinho tem muita dificuldade em discutir as questões com ele próprio, embora neste momento seja possível conseguir alguma vantagem com o acesso aos diversos textos Página Exclusiva 94 jurisprudenciais e diplomas que facilmente se obtêm na internet, com uma busca rápida”, refere o advogado. José Afonso aponta a troca de impressões entre os diversos advogados como um ponto de extrema importância na análise do processo. “É essencial identificar bem a situação concreta que é apresentada e depois definir em projecto o processo de defesa dos interesses do cliente. Muitas vezes basta uma pequena dife rença para seguirmos uma via ou outra, e seguir uma via ou outra, muitas vezes, é seguir o sucesso ou o insucesso”, conta. Actuação abrangente Com um foco virado para as questões e problemas que são apresentados pelo cidadão e por algumas empresas, a Afonso, Lema e Sousa & Associados cresce, como qualquer Sociedade de advogados, à custa dos processos que lhe são apresentados. “Quem não tiver clientes não cresce, e esse é um problema dos advogados novos”, observa José Afonso. A Sociedade trabalha com questões comerciais, laborais, de contratos, dá acompanhamento na área fiscal, entre outras. A prevenção A Afonso, Lema e Sousa & Associados tem sido benéfica nos conhecimentos que traz e nas respostas que acaba por dar, não só aos clientes, como também às pessoas que trabalham dentro da Sociedade, obrigando a um empenho e dedicação de toda a equipa. A actividade de prevenção constitui uma medida de extrema importância dentro da Sociedade. Para José Afonso, é mais importante o Portugal Inovador aconselhamento prévio do cliente, de modo a evitar o recurso aos tribunais. No entanto, a medida revela-se difícil, pois, segundo o próprio, “os clientes muitas vezes quando nos consultam, a ideia que têm em mente é a de querem ir para tribunal”. É neste ponto que a Sociedade actua, procurando sempre a alternativa prévia à ida para tribunal. “A via do tribunal é uma via onerosa e pouco célere. Se nós conseguirmos resolver as questões entre as partes, sem recurso aos tribunais, o cliente sai beneficiado. Mas isso obriga-nos a ter uma grande independência em relação ao cliente”, conta. Questão de confiança Confiança é palavra de ordem quando se fala da Afonso, Lema e Sousa & Associados. Sem confiança no advogado a relação entre cliente e advogado não se torna possível. O acreditar naquilo que o advogado diz faz igualmente parte dos princípios-chave da Sociedade. Qualquer cliente de José Afonso deve estar bem esclarecido daquilo que lhe pode acontecer e do tempo que o processo pode levar. “Tenho um número substancial de clientes particulares que me permitem um melhor estudo e um melhor empenho e dessa experiência resultam vantagens para os clientes empresa, observa o advogado. “Os clientes merecem uma informação séria e um empenho dos advogados, e é isso que nós procuramos nesta sociedade”, acrescenta ainda. ordem dos advogados, José Afonso menciona a questão crucial do excesso de advogados actualmente. “É preciso olhar com cuidado para esta questão, mas também não sou partidário da ideia de que os únicos penalizados por isto tenham de ser os estudantes, que acreditam que chegarão ao fim da sua licenciatura e que vão entrar numa via ligada ao direito, neste caso a advocacia”. José Afonso discorda um pouco da formação que é dada neste momento na Ordem dos Advogados, pois, segundo diz, “enfraqueceu-se a formação que era muito mais útil, que era a formação ligada ao patrono. Acho que o contacto intenso e diário com a vida de um escritório dá uma outra sensibilidade e uma outra rapidez na aquisição de conhecimentos concretos, facto que pressupõe sempre uma formação de base, mas essa formação tem de ser a Universidade a dar, não deve ser primacialmente a Ordem dos Advogados. Para os alunos recém-formados, José Afonso deixa a seguinte reflexão: “Há excesso de advogados e há muitos advogados, inteligentes e empenhados, que acabaram por não ter clientes, tendo sido obrigados a abandonar o exercício da advocacia e isto é extremamente frustrante”. Universidades de hoje Concordando com António Mari nho e Pinto, actual bastonário da Página Exclusiva 95 Portugal Inovador Soluções Integradas A Engebrites propõe-se a abordar o mercado numa perspectiva integrada, propondo às empresas uma estratégia que assenta numa oferta integrada de soluções, nomeadamente o fornecimento de sistemas de vedação, análise de condição e reparação de equipamentos estáticos e dinâmicos. nomia de energia e na redução de consumo de água: “Representamos empresas de Alema nha e Inglaterra e recebemos o apoio das mesmas. Temos uma grande preocupação em fazer propostas de soluções aos nossos clientes a nível de poupança de custos e ao sabermos as suas necessidades, indicamos sempre produtos inovadores apresentados por essas marcas. Podem ser poupados muitos wa em energia e evitar desperdícios com fugas de água através dos nossos produtos”, diz em conversa com a revista Portugal Inovador. A oferta integrada de soluções A Engebrites iniciou a sua actividade em Abril de 1981 e ao longo da sua história tem vivido num ritmo de crescimento contínuo e sustentado, desde os dias em que era uma pequena empresa de âmbito puramente local, até ao que é hoje: “somos uma companhia solidamente implantada no mercado da comercialização dos produtos e serviços para manutenção industrial, reconhe cida pelas maiores indústrias portuguesas como um parceiro Página Exclusiva 96 sério, competente e inovador”, refere Fernando Ramos, Sócio‑gerente da Engebrites desde a sua fundação. O mesmo assume que este desenvolvimento sustentado não seria possível sem o apoio das empresas representadas pela Engebrites, algumas delas líderes em investigação e desenvolvimento, nos respectivos sectores de actividade permitindo-lhe propor soluções a nível do controlo ambiental, na eco- Concretamente a Engebrites está habilitada a actuar em válvulas de segurança, válvulas de seccionamento e respectivos actuadores, purgadores, bombas, ventiladores e permutadores, trabalhos de maquinação em torno e fresadora, entre outros trabalhos de manutenção. Dentro destas áreas de intervenção o gerente, Fernando Ramos destaca três: “Temos os sistemas de vedação, onde propomos as soluções técnicas adequadas, para a aplicação de juntas e empanques, tendo sempre em conta as condições de funcionamento, nomeadamente a pressão, a temperatura e os fluidos, quer para equipamentos estáticos, quer dinâmicos. Isto passa pelo apoio na selecção dos materiais adequa- Portugal Inovador Página Exclusiva 97 Portugal Inovador dos do ponto de vista técnico e económico e da garantia da sua correcta aplicação. Estamos ainda em condições de, no decorrer das paragens, fabricar juntas em grafite, utilizando equipamentos que dispomos. Depois na análise de condição para purgadores e equipamentos dinâmicos, propomos o acompanhamento do estado de funcionamento destes equipamentos e implementamos as medidas preventivas adequadas. Finalmente na área dos permutadores de calor, dispomos de equipamento desenvolvido para a reparação dos permutadores” Estando hoje presente em todo Página Exclusiva 98 o país nestas áreas, a empresa fabrica a maior parte das juntas utilizadas na indústria, sejam espiral metálicas, metaloplásticas, em cartão, grafite, borracha ou teflon: “Desenvolvemos a nossa actividade em todo o país, temos actualmente instalações oficinais e admnistrativas no Cacém, em Estarreja e em Sines. Temos um vasto conjunto de equipamentos e contentores estaleiro, que deslocamos rapidamente para qualquer local onde as obras se realizem. Dispomos também de uma carrinha equipada para assistência a situações de urgência”, completa Fernando Ramos. Os recursos referidos pelo ge rente conferem uma capacidade de resposta que tem permitido à Engebrites realizar grandes obras num curto espaço de tempo, mobilizando rapidamente os meios para responder a situações de urgência em qualquer parte do País. Portugal Inovador Um sucesso sobre rodas A Crespotir tem a sua actividade dividida em dois sectores: um transportador e outro transitário, mas foi com o conceito do ‘Camião-avião’ que a empresa se revelou no mercado dos transportes, chegando até aos principais aeroportos europeus. de rolos pneumáticos como os dos aviões. “Isto é o princípio da economia para as compa nhias aéreas, porque reduz os custos de transporte e manu seamento”, refere o presidente. A Crespotir passou assim, há 15 anos, a colaborar directamente com duas grandes companhias aéreas europeias. Pela Europa fora Manuel Crespo criou há cerca de 40 anos a Crespotir. Com a adesão de Portugal à União Europeia, em 1986, e a abolição das alfândegas, o grupo reconverteu-se, passando a direccionar o seu ‘know-how’ sobretudo para a actividade transitária e o transporte rodoviário de mercadorias, operando no transporte de carga aérea para dois grandes clientes europeus. O presidente da Crespotir, Manuel Crespo, conta que “hoje está tudo feito, mas deu um trabalho que não passa pela cabeça de ninguém, pois as vicissitudes do percurso foram imensas”. Actualmente, a Crespotir emprega 80 pessoas e no último ano obteve 800 mil euros de resultados positivos. É um exemplo na “arte do transporte”, como o próprio slogan indica, sendo cobiçada por grandes empresas. ça na empresa o pequeno facto de Manuel Crespo ter tido uma ideia, no aeroporto de Londres, há alguns anos, a partir da observação das carretas com rolos. Imaginou e criou com a sua equipa o camião-avião, que possui a particularidade de transportar mercadorias já em paletes de avião, uma vez que os camiões possuem sistemas Hoje, a empresa possui 50 camiões em funcionamento entre os dois principais aeroportos portugueses, do Porto e Lisboa, e os grandes aeroportos europeus. Também para evitar enfrentar maus pagadores, a Crespotir trabalha com compa nhias aéreas de confiança, que pagam os serviços atempadamente. A Crespotir dispõe ainda de três camiões frigoríficos subcontratados para transporte de carga aérea. Além do transporte de carga aérea, a empresa dedica-se a Ideia inovadora Foi significativo para a mudanPágina Exclusiva 99 Portugal Inovador actividades de recolha e entrega, bem como de distribuição e gestão de stocks, em Portugal Continental, Açores e Madeira, tendo uma importante linha para as ilhas, com uma média de carregamento de 500 contentores marítimos por ano. Outro trabalho importante da Crespotir é a actividade transitária, ligada à importação e exportação, operando na recepção, manutenção, armazenamento e expedição de mercadorias. Para uma gestão eficaz de todo este trabalho de distribuição e logística, a equipa da Crespotir conta com um programa informático próprio de apoio. De vento em popa Actualmente, a facturação da empresa ronda os oito milhões de euros, apresentando um crescimento de 5% ao ano, e esperando atingir os 10 m ilhões de facturação em 2012. “Em termos de exportadores de serviços, temos de facto um peso importante, porque não há muitas empresas de transportes a facturar fora este volume de negócios”, sublinha Manuel Crespo. Até 2013, a empresa tenciona retomar o projecto de trabalhar em toda a Península Ibérica no transporte de mercadorias e carga aérea. Página Exclusiva 100 Um legado de experiência Um empresário com vasta experiência, muitos anos de luta, e que agora põe os destinos da empresa nas mãos dos filhos Patrícia e Carlos, Manuel Pereira Crespo é o homem indicado para nos dizer como Portugal pode ultrapassar os seus problemas e ter um futuro risonho: “Precisamos de mais ética na política, e mais ética empresarial, bem como de mais tranquilidade política. As normas estão permanentemente a ser mudadas e isso é perturbador para qualquer empresa”. Aos filhos e colaboradores Manuel Crespo deixa a seguinte mensagem: “O que eu pretendo é que eles percebam que não se deve correr riscos que ponham em causa a nossa sobrevivência e os nossos bens próprios, porque isto de ser empresário contempla riscos. Há responsa bilidades enormes inerentes a esse facto, principalmente porque todo o investimento da empresa se faz com a minha garantia pessoal”. Após um percurso de trabalho intenso, definido por Pereira Crespo como uma ‘via sacra’, o empresário pretende que a empresa se afirme também por um orçamento sustentado, sem dívidas. Na mente do presidente assenta já a eventual criação de uma nova sede da Crespotir na região de Saragoça, em Espa nha. Licenciado em Medicina, Manuel Crespo dedica o seu tempo livre à actividade em que se licenciou, bem como aos seus amigos e ao golfe, uma paixão de longa data. O seu tempo continuará, de hoje em diante, com o grande legado que deixa. Portugal Inovador Grandes desejos, sonhos de cristal Baía Algarve Hotels: refúgios pensados e preparados para o seu bem-estar. O Grupo hoteleiro Baía Algarve Hotels tem dois empreendimentos ao seu dispôr: o Hotel Baía Grande, em Albufeira, e o Hotel Baía Cristal, em Lagoa. Dois espaços de quatro estrelas que lhe garantem uma estadia em zonas privilegiadas no Algarve. O empreendimento Baía Grande encontra-se a 3km do centro de Albufeira e a 750m da praia da Coelha. Com 131 quartos, esta unidade é composta por jardins e áreas de lazer, num ambien te e legante e relaxante. Os visitantes podem usufruir, no espaço exterior, de uma pis cina para adultos e crianças, jacuzzi, ténis de mesa, bilhar e matraquilhos; e, no interior, de piscina, jacuzzi, sauna, sala de massagens e tratamentos. Situado no topo de uma falésia, o Hotel Baía Cristal oferece um ambiente tranquilo e familiar com vista para o mar. Localizado em cima da praia de Vale de Centeanes, esta unidade dispõe de 120 quartos. No espaço exterior os hóspedes podem usufruir de piscinas para adultos e crianças, campo de ténis e xadrez e no interior, de piscina e jacuzzi, sauna, banho turco, sala de cadio-fitness, sala de massagens e tratamentos e ainda de uma sala de jogos e clube de crianças. Ambos os empreendimentos dispõe de espaços de restaurante e bar com refeições variadas e saudáveis, sempre com belas vistas para as piscinas e para o mar. O Grupo Baía Algarve Hotels ofer ece-lhe assim todas as condições para gozar umas férias tranquilas, em espaços construídos a pensar no seu bem-estar. Página Exclusiva 101 Portugal Inovador Anadia apoia o ciclismo A um mês de festejar o seu segundo aniversário, o Velódromo Nacional – Centro de Alto Rendimento de Sangalhos mostra que está a acelerar a pedalada para acompanhar o que de melhor se faz a nível internacional. Apostar numa modalidade como o ciclismo só faria sentido em Anadia. Litério Marques, o presidente da Câmara Municipal, que em 2009 inaugurou a infra-estrutura, assume sem problemas: “A criação deste Centro de Alto Rendimento nasce da conjugação de dois factores importantes e determinantes: por um lado a política desportiva assumida pelo município de Anadia, numa clara aposta na criação de infra-estruturas desportivas de excelência. Anadia, nos últimos dez anos, assumiu-se como um dos Centros de Estágio mais procurados de Portugal. Por outro lado, as razões históricas associadas a Sangalhos e ao seu clube. O Velódromo Nacional veio dar resposta à tradição que o ciclismo tem nesta zona da Bairrada”. Um edifício marcante Com apenas dois anos de existência, o Velódromo Nacional é já um símbolo de Anadia. Nos seus imponentes 30 metros de altura, o edifício elipsoidal estende-se por 118 metros de comprimento e 82 de largura. Uma infra-estrutura Página Exclusiva 102 com uma arquitectura vistosa, capaz de albergar 1200 espectadores ao redor de uma pista de madeira com 250 metros. Ideal para a prática de ciclismo, o Centro de Alto Rendimento de Sangalhos (CAR) concentra em si outras funcionalidades que estão gradualmente a ser colocadas em prática: “Eu diria que a principal característica deste espaço é a sua polivalência. Do ponto de vista desportivo o CAR consegue abranger um número enorme de modalidades, que vai muito além das quatro federações que nele estão sedeadas (Ciclismo, Judo, Esgrima e Ginástica, Trampolins e Desportos Acrobáticos). Mas esta oferta é complementada pela capacidade deste espaço receber eventos de outra ordem, nomeadamente concertos, feiras, entre outros”, salienta Litério Marques. Oferta diversificada Foram muitas as provas que se realizaram no último ano no CAR, desde as grandes provas nacio- nais das diferentes federações ali sedeadas, às provas internacio nais que já trouxeram ao CAR mais de 40 países diferentes, de todos os continentes do mundo. Desde o Campeonato do Mundo de Masters de Ciclismo, a Taça do Mundo de Esgrima e à GymnoSport (prova internacional de ginástica que contou com 13 países de quatro continentes), o CAR tem diversificado a sua oferta: “Queremos tornar este CAR o mais utilizado possível, e nesse âmbito, não podemos ficar à espera que as fede rações que aqui estão sedeadas proporcionem 100% da ocupação desta infra-estrutura, por isso estamos a dialogar com outras federações no sentido de lhes mostrar a nossa vontade de as ter cá, e penso que conseguiremos”, afirma o presidente. O que é garantido é o apoio incondicional dos portugueses que acorrem ao espaço: “A população está a ganhar o hábito de ir ao CAR e a ganhar o gosto por todas as novas modalidades que este Centro trouxe para a Portugal Inovador nossa região. Estamos também a preparar um trabalho de comunicação por forma a divulgar mais e melhor o CAR e a sua actividade. Queremos convidar todos a virem desfrutar desta infra-estrutura e de tudo o que lá acontece”. Vocacionado para as grandes provas Anadia é Centro de Estágio Desportivo desde 2004, tendo ga nho uma larga experiência, quer na autarquia, quer nos sectores hoteleiro e da restauração, na forma de receber e dar resposta às exigências que as melhores equipas e selecções, das mais variadas modalidades. Com alojamento, restauração, sala de conferências e de imprensa, o CAR está ao nível do que melhor se faz no mundo inteiro. Parceiro importante neste desígnio tem sido a Estalagem de Sangalhos, responsável pela restauração e parte do alojamento: “A Estalagem tem para oferecer ao atleta profissional tudo o que ele necessita. Desde a Internet, tão necessária nos dias de hoje, à alimentação cuidada, à piscina, ao campo de ténis, entre outros. Esta unidade hoteleira é privilegiada para o que eles procuram, ou seja: descanso, conforto e concentração. O facto de muitas federações nos escolherem consecutivamente demonstra que estamos no caminho certo para o nosso foco, que é cada vez mais o desporto. Paralelamente, estamos a crescer ao nível das actividades disponibilizadas. Estamos a preparar alguns terrenos para ter algumas áreas destinadas à prática de desportos radicais, circuitos de passeio, entre outros atractivos que serão com certeza mais um factor positivo”, avança Lucas Gonzalez, da unidade hoteleira. Lutar pelo CAR Em sintonia estão os desejos do presidente da Câmara Munici- pal de Anadia, Litério Marques, e de Lucas Gonzalez, da Estalagem de Sangalhos: “As empresas estão a começar a despertar para este Centro de Alto Rendimento, e começam a sentir a necessidade de se associarem à imagem de excelência que, hoje, o CAR já tem. Isso demonstra que estamos no rumo certo. Gostaria que no futuro este espaço continuasse a desempenhar, com muito sucesso, as funções para que foi projectado: formar atletas de alta competição e, principalmente, ajudar na formação das mulheres e dos homens do nosso futuro. Desejo ainda que a Juventude e o Desporto continuem a ser a tónica principal do Centro de Alto Rendimento de Sangalhos”. Página Exclusiva 103 Portugal Inovador Página Exclusiva 104 Portugal Inovador Nazar: “O vinho é mesmo uma paixão” Com uma posição consolidada no mercado de vinhos internacionais, a Nazar continua a pautar os seus serviços pela qualidade e exigência que a caracterizam. A aposta na diversidade dos vinhos é a chave do sucesso. No sector vinícola há já 19 anos, a Nazar dedicou-se, inicialmente, à importação e à distribuição de vinhos. Num período de franca expansão do mercado da restauração, a empresa optou por alargar os seus serviços a este sector, o que despoletou o seu crescimento. Arnaldo Silva, sócio-gerente da Nazar desde 2005, aplicou a sua experiência e conhecimento na área da distribuição moderna para expandir a actividade da empresa. “Abriu-se a porta para a Nazar começar a trabalhar com o merca- Página Exclusiva 105 Portugal Inovador bem definido. O facto de trabalharmos com critérios de exclusividade permite-nos mais facilmente atingirmos os nossos objectivos.” Equipa motivada do da grande distribuição”, refere. Mais tarde, a empresa viria a estabelecer parcerias que permitiram incrementar o volume de vendas. Grupo Jerónimo Martins, Sonae, Intermarché, ELeclerc, foram os primeiros parceiros comerciais que se aliaram à Nazar na distribuição dos seus vinhos. Por sua vez, a Disquei, Lda e a Mister Wine, empresas de distribuição de produtos alimentares, asseguram a distribuição ao mercado da restauração a todo o país. A qualidade e diversidade dos produtos comercializados bem como a satisfação do cliente são imperativos para a Nazar. Neste sentido, a empresa estabelece parcerias com os mercados dos EUA (Califórnia), África do Sul, França, Argentina ,Austrália e Itália importando vinhos de castas e produtores de referência e com excelentes pontuações. A Nazar consegue, assim, dis ponibilizar uma panóplia de vinhos e espumantes que vão de encontro às necessidades dos poten ciais clientes e consumidores. Os prestigiados vinhos e licores de origem italiana, como é o caso do Lambrusco, Limoncello, Grappa, Marsalla, têm uma representatividade assegurada na linha que os consumidores podem encontrar no Página Exclusiva 106 mercado. “A Nazar tem uma oferta a nível internacional que marca a diferença”, expõe o sócio-gerente. Sendo o Lambrusco, da marca Cavicchioli, a referência e líder do mercado nacional. A aposta nesta parceria remonta já há alguns anos sendo a Cavicchioli a primeira marca de Lambrusco a ser comercializada no mercado da grande distribuição. Marca esta que tem a preferência do consumidor nacional, uma vez que a qualidade/preço se distingue de outras marcas que apareceram então no mercado. Já no que se refere ao mercado nacional, a Nazar opta por apostar, essencialmente, nos vinhos do Douro, dada a exuberância e singularidade da casta. No entanto, Arnaldo Silva salienta que a parceria com a Companhia dos Vinhos do Douro, produtor do vinho Fagote, Oboé, Arrojo e JM, é uma aposta ganha uma vez que consegue apresentar uma relação qualidade/preço muito competitiva. A aposta na excelência dos vinhos Internacionais tem sido uma constante na evolução da Nazar. Arnaldo Silva reitera: “A Nazar tem vindo a crescer em termos de importância e visibilidade no mercado nacional, e tem o seu espaço A empresa conta, actualmente, com uma equipa de colaboradores, que desempenham as suas atribuições com um rigor e eficiência que permitiriam à Nazar adquirir o reconhecimento no mercado vinícola. Com um trabalho pró-activo e direccionado para a prossecução dos interesses da Nazar, Arnaldo Silva valoriza o espírito de equipa e refere que o êxito de uma empresa depende das pessoas que lá trabalham: “Vender não é sinónimo de sucesso. As empresas são constituídas por pessoas e se estas não se sentem parte do projecto, não vão estar motivadas e assim é mais difícil as empresas terem sucesso”. Honrar compromissos com clien tes, fornecedores e consumidores faz parte da missão que a Nazar se empenha em cumprir. Contudo, Arnaldo Silva considera que “o limite não é o céu, o limite é a terra. São os pés bem assentes nessa realidade. O nosso objectivo é crescer com sustentabilidade e criar carisma no mercado que nos identifique com qualidade e continuidade porque estamos aqui para ficar”. Portugal Inovador 25 anos de sucesso Uma empresa metalúrgica de cariz familiar que se destaca no mercado pelo profissionalismo, cumprimento de prazos e trabalho de excelência. A revista “Portugal Inovador” foi a S. Tomé de Negrelos falar com as pessoas que lideram a Metalização das Pombinhas. A Metalização das Pombinhas é uma empresa metalúrgica que desenvolve a sua actividade no tratamento anti-corrosivo de materiais ferrosos. Esta firma, situada em S. Tomé de Negrelos, concelho de Santo Tirso, foi fundada em 1986, tendo vindo a aumentar significativamente a sua área fabril e a introduzir constantes inovações nos seus processos de produtividade, mercê de uma forte dinâmica de crescimento e inovação implementada pelos seus sócios fundadores Adelino Marques e António Marques. Este facto fez com que, ao longo dos Página Exclusiva 107 Portugal Inovador A actuar num sector de actividade que exige o rigoroso cumprimento de prazos, a empresa apresenta-se como um parceiro de confiança. Construída à imagem dos seus fundadores, esta é uma casa com palavra. A ligação de proximidade conquistada com os clientes tem facilitado a comunicação e agilizado os processos de trabalho. Empresa com futuro anos, a Metalização conseguisse criar uma estrutura forte, permi tindo-lhe neste momento, dentro da sua área de intervenção, ser uma empresa de referência no sector. Nova fase Criada com base numa gestão familiar, a Metalização das Pombi nhas conjuga a experiência do fundador e, actualmente, sócio maioritário António Marques, ao dinamismo e jovialidade dos filhos, Miguel e Pedro Marques. Terminado o curso de engenharia têxtil, Pedro Marques opta por ganhar experiência profissional antes de se aliar ao trabalho do pai e do irmão. Desde logo, este jovem empresário estipulou para si o objectivo de, em cinco anos, duplicar a facturação da empresa, facto que foi alcançado em apenas metade do tempo. É com orgulho que António Marques revela à revista “Portugal Inovador” o empenho que os filhos têm dedicado à casa que ergueu. “A partir da entrada dos meus filhos na Direcção, deleguei-lhes as minhas funções e os negócios têm corrido muito bem. Os novos métodos e a reorganização implementada, só vieram beneficiar clientes e empresa”, comenta. Página Exclusiva 108 Com 25 anos de existência, a Metalização das Pombinhas vive agora uma fase de renovação e dinamização. “Quando cheguei tive a oportunidade de estipular algumas metas que consegui atingir. Apesar de sermos uma equipa pequena, somos muito coesos e determinados e temos tido a capacidade de vingar no mercado”, refere Pedro Marques. A trabalhar numa área em cons tante mudança, a Metalização das Pombinhas decidiu, estratégicamente, introduzir a vertente da pintura nos seus serviços, aliando o tratamento anti-corrosivo ao acabamento final, facto que poupa tempo e dinheiro aos seus clientes. Pedro Marques revela que o pró ximo objectivo da empresa passa por diversificar os seus serviços, mantendo e acompanhando as mutações do mercado. Actualmente, a Metalização das Pombinhas está a apostar na modernização do espaço e me lhoria das condições de trabalho dos colaboradores. Para isso, a empresa está a aumentar as suas instalações e a investir na modernização de toda a unidade fabril onde rentabilizar a produtivi dade e as questões ambientais estão na linha da frente das suas prioridades, como é bom exemplo disso a implementação de um moderno sistema de “despoeiramento” e ventilação. A capacidade de trabalho, a res ponsabilidade e o respeito pelo cliente fazem da Metalização das Pombinhas uma empresa de su cesso em Santo Tirso. Portugal Inovador O Titan dos bares de praia O Bar Praia do Titan continua a ser uma referência da praia homónima onde se localiza. Icónico no concelho de Matosinhos, o bar está cada vez mais perto de ser renovado sob a insígnia de arquitectura Souto Moura. Praia do Titan. A famosa dupla de guindastes usados na construção do Porto de Leixões, que representam a maior obra de engenharia civil realizada em Portugal no século XIX, em Portugal, serviram de inspiração ao nome e logotipo deste bar, também ele já símbolo das praias de Matosinhos. Localização privilegiada Titan remete-nos quase de imediato aos gigantes da mitologia grega. Por outro lado, em sentido figura- do, este é um sinónimo de guindaste e a particular razão que determinou a escolha do nome: Bar Situado na Avenida General Norton de Matos (Matosinhos), o Bar Praia do Titan é um ponto de paragem obrigatório para conhecer a alma desta região. O modernismo do edifício envidraçado não se Página Exclusiva 109 Portugal Inovador de nadadores-salvadores (SSB) que patrulham as praias do Concelho durante todo o ano, dando mais atenção fora da época balnear às praias com mais utentes e que neste caso é sem dúvida a Praia de Matosinhos, dando por isso mais segurança aos banhistas e praticantes de surf. Qualidade de serviço sobrepõe à história da região, fazendo parte integrante da mesma, acrescentando-lhe, simultaneamente, um valor inegável. Com uma excelente vista para o areal, o Titan chama, de uma forma silenciosa, portugueses e turistas que por ali se deslocam: “Estamos a cerca de 100m de uma paragem do metro e também de paragens de autocarros. Assumimos, por isso, um carácter mais ‘popular’, se assim lhe quisermos chamar. Mas existe uma enorme variedade de clientes que nos visitam. Seja idade, sexo, classe social, etc. Acredito também que a crise poderá trazer uma oportunidade para o Bar Praia do Titan. Com a divulgação do ‘Faça Turismo Cá Dentro’, os portugueses voltam a valorizar o que realmente temos de bom no país”, garante Manuel Costa, gerente do espaço. “A praia de Matosinhos é praticamente uma baía, com mar relativamente calmo, no qual podemos caminhar 50 ou 70 metros dentro de água. São condições excepcionais para os banhistas, mas também para praticantes de surf, kitesurf e mergulho, que frequentam a praia todo o ano”, relembra. Aliás a Câmara de Matosinhos possui uma bolsa Página Exclusiva 110 Mas, mais do que a área envolvente (que tem sido uma das preocupações deste gerente, com a aquisição de uma máquina de limpeza do areal), o Bar Praia do Titan vale por si mesmo. Vale por todo o cuidado, atenção e simpatia para com os seus clientes: “Temos apostado muito na qualidade de serviço ao nosso cliente. Quer no bar, com um atendimento perso nalizado dos nossos 18 colaboradores, quer na praia, com todos os equipamentos e condições criadas. Queremos que este Verão seja espectacular para os nossos clientes e tudo temos feito para que assim seja. Já instalámos uma casa-de‑banho para deficientes, num novo compartimento do ISN, temos uma cadeira própria para levar pessoas com mobilidade reduzida até à água, estamos a dotar melhor as casas-de-banho, com a introdução de um chuveiro de água quente, e temos um parque infantil fabuloso. O bar torna-se muito mais apelativo para as famílias que podem vir tomar o seu café descansados, enquanto vigiam os seus filhos através da fachada envidraçada. Temos feito um investimento cons tante nas condições que oferece mos ao nosso cliente”, salienta Manuel Costa. Insígnia Souto Moura Com o fluxo de portuenses a regressar ao centro do Porto, Manuel Costa acredita que é cada vez mais importante avançar com o projecto há muito delineado: “Temos um projecto aprovado do lau- reado arquitecto Souto Moura, faltando apenas alguns pormenores. É uma mais-valia não só para nós, mas também para o concelho, que contará com mais um símbolo do arqutitecto vencedor do Pritzker 2010”, considera o gerente, expressando ainda a vontade de agregar energias renováveis ao projecto”. Por outro lado, a recente inauguração do novo terminal de passageiros para barcos de cruzeiro superiores a 200 mts, vem aumentar o potencial turístico da zona e da região, frutos que, a curto prazo, começarão a dar resultados. Com tantos projectos em mente, Manuel Costa sintetiza um desejo: “Espero que a atribuição da Bandeira Azul à Praia de Matosinhos, seja também o reconhecimento pelo esforço desenvolvido ao longo dos últimos anos, dos concessionários, da APDL e da Câmara de Matosinhos, na melhoria da limpeza do areal e que este galardão traga de novo a esta praia muita gente como outrora, pois o mar continua a ser dos melhores para os banhistas, o areal está limpo e a qualidade de serviço e atendimento do Bar Praia do Titan são a marca da casa”. Portugal Inovador Página Exclusiva 111 Portugal Inovador A importância do ensino num país em crise A concepção contemporânea de ensino resulta da visão filosófica que defende o direito à educação a todas as crianças, independentemente do mérito in telectual (competência cognitiva) ou económico. Esta massificação do acesso ao ensino em Portugal, depois da revolução do 25 de Abril, permitiu a entrada no sistema educativo de crianças vincadas pela estratificação social do Estado Novo e filtradas através de uma selecção artificial – a condição económica. A democratização do ensino mostrou que a inteligência não é um feudo económico, mas tem demonstrado também que uma estrutura familiar com um background sociocultural, em que se valoriza o estudo e se promove a importância da escola, é um elemento facilitador das relações de aprendizagem. Assim, hoje, o êxito na educação, sobretudo em Portugal, deve também passar pela mobilização dos encarregados de educação, principalmente daqueles para quem a formação escolar não é uma prioridade. O Fórum Mundial de Educação para Todos (Jomtien, Tailândia, 1990), as Normas sobre a Igualdade de Oportunidades para Pes¬soas com Deficiências (1993), a Declaração de Salamanca (1994), a Carta do Luxemburgo (1996), o Enquadramento da Acção de Dakar (2000) e a Declaração de Madrid (2002), constituíram privilegiados momentos de reflexão que preconizaram o direito à educaPágina Exclusiva 112 ção de crianças e jovens que “não encaixam “ no perfil estereotipado de aluno. Estas iniciativas afirmaram a necessidade de garantir a “educação para todos”, uma “educação inclusiva” promotora do sucesso de todos e de cada um, assente em princípios de direito e não de caridade, igualdade de oportunidades e não de discriminação. A democratização do acesso ao ensino, um bem em si mesmo, trouxe alguns problemas de gestão de dife rentes jovens que foram educados com imperativos de acção muito diversos, com contextos sociais muito diferentes, com um currículo informal muito próprio e, actualmente, com a crescente multiculturalidade das nossas escolas, com um legado cultural muito díspar. Assim, como qualquer organismo vivo, o ensino e sobretudo a escola é um conceito em mudança. Um novo tipo de aluno exige uma nova concepção de ensino e sobretudo novas práticas pe dagógicas, ou seja, exige uma nova forma de ser professor. Hoje, que vivemos tempo difíceis e a educação / formação é uma das soluções consensuais para a recuperação de um estatuto de competência que os portugueses já mostraram ao mundo. É tempo de perceber o ensino como um meio, como um caminho de auto-reformulação cons tante, como uma exigência pessoal de melhoria, ou como diz Rúbem Alves no seu livro “A escola com que sempre sonhei…. sem pensar que pudesse existir” : “A educação é um caminho e um percurso. Um caminho que de fora se nos impõem e o percurso que nele fazemos. (…) O olhar para fora apenas vê apenas o caminho, identifica-o como um objecto alheio porventura estranho. Só o olhar para dentro reconhece o percurso, apropriando-se dos seus sentidos. O caminho dissociado das experiências de quem o percorre é apenas uma proposta de trajecto, não um projecto e muito menos um projecto de vida”. Cursos profissionais Os Cursos Profissionais, em Portugal, são uma resposta (tardia) à democratização do ensino pós 25 de Abril. Abertas as portas de “par em par” do ensino para todos os jovens, não foram criadas condições de adequação de saída, para todos os que estavam no ensino, reduzindo-se esta praticamente ao ensino secundário como propedêutica para o ensino Superior. Os ensinos Técnico e Profissional não foram extintos, mas foram completamente desvalorizados, o que veio, de novo, criar uma seriação artificial, a saber: agora todos entram, mas só alguns conseguem sair com êxito. Neste contexto, os Cursos Profissionais surgem como uma outra opção, como uma via menos académica, mais prática, mais interactiva. A formação nos Cursos Profissionais deve responder às novas exigências do mercado de trabalho. Hoje já não se exige formação profissional para a vida, hoje devem Portugal Inovador proporcionar-se ao aluno ferramentas de aquisição do novo, deve ensinar-se a usar, como instrumentos de progresso profissional a exigência, o rigor e a formação contínua. Para formar um bom profissional deve exis tir uma preocupação de promover a sua responsabilidade e auto-estima e isso exige um currículo que dê um lugar importante à inteligência emocional e à ética profissional. Como António Nóvoa e Canário R. afirmam no seu livro “Educação de adultos: um campo e uma problemática”: “Tradicionalmente, um momento ‘forte’ da formação inicial preparava para o exercício de uma actividade profissional, durante o resto da vida… Hoje emergem os conceitos de trajectória profissional e percurso de formação que conduzem a inverter o ponto de vista sobre as situações (formalizadas) de formação. Trata-se de as encarar segundo a óptica do formador ou da institui ção de formação mas sobretudo do adulto que se forma. Questionam-se formas dominantes de organizar a formação segundo modos transmissivos e normativos. As situações de formação, deliberadas, passam a ser encaradas como momentos formais de um percurso formativo, marcado por um processo de apropriação”. Estas afirmações sublinham que a capacidade de apropriação profissional contínua depende em muito de uma nova visão de formação inicial que confere as referidas ferramentas de apropriação. Nestes tempos de mudança, a par das exigências da qualidade do ensino devem estar as exigências da qualidade do exercício da cidadania. No espírito da Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei n.º 48/86, de 14 de Outubro), que, ao enunciar os princípios gerais para a educação, enfatiza a importância de políticas educativas que se ocupem das questões da cidadania e dos direitos humanos, o ensino deve promover um modelo de cidadão livre, responsável, autónomo, solidário; possuidor de um espírito democrático e pluralista, respeitador dos outros e das suas ideias, aberto ao diálogo e à livre troca de opiniões, dotado de um espírito crítico e criativo em relação à sociedade em que se integra que o torne capaz de a transformar progressivamente. A Educação para a Cidadania deve desenvolver o conhecimento, a compreensão, as capacidades, as atitudes e os valores que ajudem nos jovens a perceber o seu papel social na comunidade e a vivê-lo de uma forma actuante; estar informados e conscientes dos seus direitos e deveres; assumir as suas responsa bilidades individuais e sociais; compreender que se pode ter influência e marcar a diferença na respectiva comunidade de pertença; perceber a profissão como uma forma de rea lização e de autonomia que deve ser aliada a uma ética de exigência individual e de promoção da auto-estima profissional; compreender os limites da sua liberdade nas balizas da res ponsabilidade e exigência ética. Porque “formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas”, como diz P. Freire no seu livro “Pedagogia da Autonomia “ ou, dito de outro modo, a escola deve ser uma instituição geradora de educação e não de mera instrução. O ensino deve transmitir de uma forma transversal e interdisciplinar, os valores éticos que as pedras angulares de uma sociedade democrática, criando formas de interiorização de comportamentos e atitudes compatíveis com uma cidadania competente e actuante. Rita Almeida e Silva Página Exclusiva 113 Portugal Inovador Página Exclusiva 114 Portugal Inovador Página Exclusiva 115 Portugal Inovador Página Exclusiva 116
Documentos relacionados
Inovação - Página Exclusiva
para o Norte do país, no entanto não consigo imaginar investimentos em infraestruturas para outras localizações, seja em Portugal ou fora deste mercado. O know-how da Saúde é muito específico e exi...
Leia maisem tempos de Crise
a mercados externos. Contudo, nem tudo é fácil. “A realidade da exportação é completamente diferente nos dias que correm. Agora, é o cliente a impor tudo aquilo que necessita. Impõe o modelo, impõe...
Leia maisExplorar o mundo da pedra
Com a população portuguesa a sobreviver perante os sacrifícios das medidas de austeridade, parecendo conformada com as duras exigências do Governo, e as empresas a fazer quase o impossível para lev...
Leia mais