Portugal Inovador - Escola Superior de Gestão e Tecnologia de

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Portugal Inovador - Escola Superior de Gestão e Tecnologia de
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Índice
6 - Editorial
8 - Escola Superior de Gestão e Tecnologia - Instituto Politécnico de Santarém
“Mais do que formar, construir um futuro”
15 - Ensino
40 - Empreendedorismo no distrito de Aveiro
70 - PME Excelência
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Editorial
Novas atitudes no trabalho e no emprego
Vivemos um tempo de permanente mudança e o que define e caracteriza
essa mudança é a economia. Globalizada e ferozmente competitiva, esta
exige dos trabalhadores atitudes, competências e conhecimentos muito
diferentes daqueles que se consideravam suficientes para o bom desempenho do operariado do início do século XX.
Hoje, o capital mais valioso de uma empresa é o seu capital humano. Por
isso, uma empresa ambiciosa e que quer conquistar o seu lugar no mercado nacional ou internacional necessita de trabalhadores informados, motivados e com espírito de pertença a uma ideia, a um projecto empresarial.
Um trabalhador que acredite que o sucesso da sua empresa passa por
si. A este propósito Nikolas Rose, professor de Sociologia no Goldsmiths
College da Universidade de Londres, diz-nos que vivemos um novo conceito de sociedade que necessita de um novo conceito de cidadão: “O novo
cidadão é obrigado a envolver-se num trabalho incessante de formação e
reformação, de aquisição e reaquisição de competências, de aumento das
certificações e de preparação para uma vida de procura permanente de um
emprego: a vida está a tornar-se uma capitalização contínua do self ”.
O seu êxito passa por encontrar novas soluções para organizar e operacionalizar o trabalho mas, sobretudo, por reinventar, formar, motivar e implicar
os trabalhadores nas tarefas que a empresa espera de si. Hoje, mais do
que produzir, impõe-se produzir mais e com mais qualidade. E isso faz-se
com novas atitudes perante o trabalho e o emprego. Do empregador porque
deve perceber que só com reconhecimento, autonomia e responsabilização do trabalhador este consegue transcender-se, constituindo-se assim,
efectivamente, como uma mais-valia para a sua empresa. Do trabalhador
porque deve, também, compreender que o trabalho que lhe garante emprego pode ser muito mais do que isso. Pode ser realização profissional,
pode ser o orgulho de realização que materializa a sua acção profissional
em bem social.
Só desenvolvendo proactivamente estas atitudes, a que se deve associar
a certeza que o profissionalismo (de empresários e trabalhadores) necessita de actualização contínua e compromissos assertivos, podemos falar de
empreendedorismo.
Só depois se poderá cogitar uma solução para Portugal.
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Mais do que formar,
construir um futuro
Com um forte domínio da Gestão, a Escola Superior de Gestão e Tecnologia do
Instituto Politécnico de Santarém deve apostar agora no reforço da componente­
Tecnológica. São já 1300 os alunos que recebem formação ­actualmente.
todas as Unidades Orgânicas do
IPS perderam autonomia administrativa e financeira, mas só recentemente terminaram os processos
eleitorais para consolidar todas as
alterações nos órgãos de gestão
da ESGT. Foi nesse ano de 2009
que a Escola mudou o seu nome
para Escola Superior de Gestão e
­Tecnologia.
Explorar Tecnologia
Instituição dinâmica e proactiva,
a Escola Superior de Gestão e
Tecno­logia (ESGT) abrange três
vertentes ao nível da formação: o 1º
ciclo, com cinco licenciaturas neste
momento, o 2º ciclo, com a oferta
de seis mestrados e ainda dois cursos CET (Curso de Especialização
Tecnológica), vocacionados essencialmente para a Informática.
Gestão de Empresas e Contabilidade e Fiscalidade são as licenciaturas cujos indicadores apontam
para as mais elevadas taxas de
empregabilidade, dentro da área de
estudo, com uma percentagem não
inferior a 90%.
Ainda que 79% dos alunos fre­quen­
tem­a Escola em regime diurno, existiu desde cedo a preocupação em
leccionar o ensino em regime pós‑laboral, pensando nos 21% de alunos que o frequentam actualmente.
Nascimento da Escola
Quando a Escola foi criada, em
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1985, a sua designação inicial era
apenas Escola Superior de Gestão.
Integrada no Instituto Politécnico de
Santarém (IPS), esta sofreu várias
transformações ao longo dos anos,
a última por imposição das próprias
alterações ao regime jurídico das
Instituições do Ensino Superior.
Numa fase inicial leccionava ape­
nas os bacharelatos, complementados posteriormente com os CESE
(Cursos de Ensino Superior Especializado), mas o final da década de
90 foi conferida pela tutela a possibilidade de os institutos politécnicos
virem a ministrar os cursos de licenciatura. Criaram-se então, no ano
lectivo de 1998/1999, as licenciaturas bietápicas. A oferta educativa foi
neste ano reforçada com a criação
das licenciaturas em “Contabilidade
e Fiscalidade” e em “Marketing e
Consumo”. Todas elas foram, em
2006/2007, adaptadas ao Processo
de Bolonha.
A partir do dia 1 de Janeiro de 2009,
A mudança do nome da Instituição
encontra-se alinhada na estratégia
de uma aposta crescente na vertente da tecnologia. A aposta é recente, mas a ambição em reforçar
a componente tecnológica, ao nível
da oferta formativa, é já bastante
vasta.
“Este ano vamos iniciar um processo que visa repensar e reestruturar a oferta educativa do 1º ciclo.
A minha expectativa é de que a vertente da tecnologia possa vir a ser
reforçada com essa reestruturação.
No 2º ciclo, as mudanças não serão
significativamente profundas pois a
nossa oferta educativa é relativamente recente”, refere Ilídio Lopes,
director da Escola.
A ESGT, em colaboração com as
restantes unidades orgânicas e
com o próprio IPS, integra alguns
projectos associados à tecnologia,
entre os quais, merece destaque o
envolvimento no desenvolvimento
de soluções e-learning: “Esta é uma
das vertentes em que a tecnologia
é fundamental”, observa o director. O e-learning é um modelo de
ensino/aprendizagem não presencial, suportado por tecnologia, que
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investigação aplicada, orientação
intrínseca ao subsistema de ensino
superior politécnico, constitui uma
mais-valia no desenvolvimento regional e um meio por excelência de
aproximar as instituições de ensino
superior com o seu meio envolvente.
ESGT além-fronteiras
permite, além da possibilidade de
tornar o conhecimento disponível a
qualquer hora e em qualquer lugar,
uma redução nos custos, quando
comparados à formação convencional. O objectivo é também, conta
Ilídio Lopes, “o Instituto Politécnico
integrar todas as Escolas numa
plataforma e-learning”.
Excelência no Serviço
Sendo a maior Escola do Instituto
Politécnico de Santarém, a ESGT
conta actualmente com 1301 alunos e 72 docentes, a que corres­
pondem 61,8 ETI (Equivalente
a Tempo Integral). De toda essa
­equipa, 11 docentes têm o grau de
doutor, 31 estão em processo de
doutoramento, 44 têm o grau de
mestre e apenas 17 são licenciados.
93% dos alunos inscritos na ESGT
recebe formação de 1º ciclo e 7%
formação de 2º ciclo, uma vez que
só recentemente os institutos politécnicos puderam passar a atribuir
o grau de mestre.
“Pautar pela excelência” é um dos
princípios basilares que Ilídio Lopes
procura assegurar no normal funcionamento da Escola. “A excelência para mim passa por dois pilares
fundamentais: por um lado é a excelência na prática pedagógica, por
outro, a permanente actualização
da vertente científica”, explica.
Resposta às expectativas
Ilídio Lopes considera que a Escola deve ser mais aberta à comunidade. Colabora, para isso, com
ordens profissionais, de forma a fa­
zer face às exigências do mercado
mais regional. “O nosso objectivo é
corresponder às necessidades que
as empresas nos vão fazendo sentir”, adianta o director. Estabelece
assim inúmeros protocolos com
instituições, no intuito de poder integrar os alunos no mercado de trabalho. Por outro lado, procura junto
das empresas soluções que possam melhorar quer a componente
pedagógica quer científica.
A investigação é umas das
atribuições da ESGT, consagradas
no artigo 2º dos seus Estatutos. A
A internacionalização constitui um
indicador relevante na política de
gestão da ESGT. Procura-se, neste
eixo, promover o reconhecimento
nacional da Escola, bem como promover a mobilidade dos diversos
agentes do sistema educativo, em
particular estudantes, docentes e
funcionários não docentes. Assim,
a Escola participa cada vez mais
em iniciativas de âmbito internacional.
“Ainda que a abertura à comunidade, a nível nacional, seja determinante, nós não podemos olhar
exclusivamente para a ideia antiga
de que os politécnicos tinham uma
função e uma missão exclusivamente regional. Essa ideia, que se
tem vindo gradualmente a desvanecer, está ultrapassada, daí que a
nossa aposta vá também para além
fronteiras”, justifica Ilídio Lopes.
Para além da actual parceria com
a Mykolas Romeris University (Lituânia), com a Johannes Keppler
University Linz (Áustria) e com
University of Zagreb (Croácia), no
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sam partilhar informação, com um
­objectivo bilateral. São parceiras
neste projecto instituições italianas,
romenas e espanholas.
Missão cumprida
âmbito da revista científica ‘Social
Technologies’, a Escola tem ainda
44 protocolos, em 16 países dife­
rentes, para o programa Erasmus.
O Gabinete de relações com o exterior encarrega-se de fazer a ponte entre os alunos da ESGT, e as
empresas que solicitam estágios. A
Escola oferece também um curso
leccionado em inglês para os alunos que visitam a instituição no âmbito do programa Erasmus. “Tenho
sentido que é uma das formas de
atrair os alunos, daí que estejamos
a reforçar esta oferta pela inclusão
de novos módulos curriculares”,
observa Ilídio Lopes.
O Centro Europe Direct, mais do
que um simples centro de informação da União Europeia, é onde a
Escola desenvolve todo um conjunto de iniciativas relacionadas com a
União Europeia.
“Ainda recentemente, estivemos
em Bruxelas, a convite da Comissão Europeia. Escolhemos um
conjunto de entidades, que integraram um grupo de multiplicadores de opinião. Integraram esse
grupo representantes de escolas
secundárias, juntas de freguesias,
câmaras municipais, órgãos de
comunicação social bem como re­
presentantes do tecido empresarial
regional. Para nós é um orgulho
muito grande e uma mais-valia termos essa representação da União
Europeia na nossa Escola”, conta
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Ilídio Lopes. “Estamos também a
recrutar cinco recém-licenciados
para irem estudar durante três meses para Inglaterra, no âmbito do
programa Leonardo da Vinci”, adianta ainda.
Projectos inovadores não faltam na
Escola que está já a preparar um
‘Joint Degree’ – a atribuição de um
grau de mestre por três instituições
diferentes. Refere Ilídio Lopes que
se trata de um projecto complexo
que está ainda numa fase embrio­
nária, mas que poderá ser uma
grande aposta futura no âmbito
da mobilidade de estudantes e docentes.
A ESGT é ainda parceira num projecto europeu cujo objectivo é a
cria­ção de uma plataforma electrónica onde instituições de ensino superior e as empresas pos-
No cargo de director há dois meses, Ilídio Lopes assenta as suas
principais preocupações em três
ideais basilares: por um lado, o
reforço do pilar da educação e da
aprendizagem ao longo da vida;
por outro, a qualificação dos recursos humanos, em particular dos
docentes, aliada à componente da
investigação científica; o terceiro
ideal prende-se com a internacionalização.
“O meu objectivo é que os alunos
saiam daqui com uma formação
sólida”, afirma.
Em jeito de conclusão, o director
argumenta: “O aluno não é apenas um repositório de um conjunto
de conhecimentos que lhe foram
transmitidos durante o ciclo. Pelo
contrário, o aluno deve adquirir
um conjunto de competências
e ­aptidões que lhe permitem ter
uma capacidade pro-activa para
se poder­ vir a integrar e para desenvolver outro tipo de competências e actividades, no âmbito de
uma cidadania activa. Quero que
um diplomado saia desta Escola
e saiba aplicar de forma sustentada essas competências, delineando e construindo o seu próprio
futuro”.
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“Respiramos esta fábrica”
Quando se fala em louça metálica de cozinha, inovação não é a primeira palavra
que nos surge em mente. No entanto, a Celar quebra o estereótipo com uma estratégia de investigação, desenvolvimento e serviço que, anualmente, surpreende
clientes e concorrência.
É certo que poucos conhecem a
empresa Alumínios César S.A.,
mas, para todos os portugueses,
que primam pela qualidade nos
seus utensílios de cozinha, a marca Celar é não é de todo um nome
desconhecido. Nos seus 33 anos
de existência, a Celar criou uma
reputação positiva que a mantém
na liderança nacional do mercado
de louça de cozinha anti-aderente.
Especializada em louça com
revestimento interior anti-aderente,
a empresa tem, ao longo do seu
percurso, desenvolvido soluções
internas de valor reconhecido pelo
sector. Seja em frigideiras, panelas
de pressão, grelhadores, linhas de
aço-inox, formas, ou até mesmo
grés e vidro, a Celar é hoje uma
referência nacional que, sustentadamente, começa a espalhar o
charme do seu produto além fronteiras.
Desafiante desde o início
Fundada por antigos sócios de
uma das mais reputadas fabricantes nacionais de louça metálica de cozinha, a União Industrial
Cesar, a Celar nasce com todo o
know-how acumulado, mas acima
de tudo com vontade de trazer novos produtos e filosofias de gestão
ao mercado: “Em 1978, quando
arrancou a empresa, começámos
por trabalhar só com louça de
alumínio anti-aderente para a qual
tínhamos que importar a matéria
base: os discos de alumínio já com
revestimento anti-aderente. Era
difícil ser competitivo, dado não
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termos a capacidade para fazer
essa aplicação, mas a verdade é
que a empresa foi conquis­tando a
sua quota de mercado, crescendo
passo-a-passo. Hoje, a Celar diversificou a sua gama de produtos, tem capacidade interna para
aplicar revestimento anti‑aderente,
passou de 12 colaboradores para
100, facturando cerca de 10 mi­
lhões de euros por ano, mantendo
uma forte componente de inovação”, frisa Pedro Cordeiro e Cu­
nha, que partilha a administração
com três sócios descendentes dos
fundadores da empresa.
Um passo de gigante
Em 1985, sem querer dar um
passo maior que a perna, mas
mantendo o cariz visionário de
todas as suas decisões, a Celar
soube perspectivar o sucesso das
grandes superfícies: “Até então,
o nosso negócio era o mercado
tradicional. Trabalhávamos com
os armazenistas que por sua vez
vendiam aos retalhistas. No entanto, esse negócio sofreu uma quebra com a abertura da CEE, que
levou os armazenistas a começarem a comprar directamente aos
italianos. Nós vimo-nos obrigados
a procurar alternativas e a solução
foram as grandes superfícies”, explica Nuno Azevedo, também ele
na administração.
A aposta neste novo mundo para
os portugueses teria efeitos ime-
diatos na Celar. Nunca até hoje se
vendeu tanto em tão pouco tempo:
“Foi um momento especial em que
parecia que era possível vender
praticamente tudo. O consumidor final não estava familiarizado
com as promoções que se faziam,
pelo que acabavam por comprar
muito mais do que acontece actualmente. Numa só campanha
de uma loja, chegámos a vender
15 mil conjuntos de três frigideiras. Hoje, numa campanha a nível
nacional, dificilmente se vendem
cinco mil”, relembra o empresário.
Apesar de tudo, as grandes superfícies continuam a ser o grande
cliente da Celar, numa relação du-
radoura com benefícios de parte a
parte: “Podemos não estar totalmente satisfeitos com as margens,
mas temos a vantagem do nosso
cliente não se atrasar com os prazos de pagamento. Por outro lado,
a Celar oferece uma qualidade
de produto e assistência técnica
inigualável. Sabemos que o produto tem que vender por si, por isso
temos uma equipa de cinco pessoas permanentemente nas lojas
a verificar a embalagem, o rótulo
e o produto. Tentamos também
que qualquer reclamação nos seja
encaminhada para procedermos
pessoalmente ao esclarecimento
ao consumidor final”, garante Pedro Cordeiro e Cunha.
Além da marca Celar, a empresa
produz várias marcas próprias
para vários clientes nacionais e
internacionais, aplicando o mesmo rigor em ambas as situações:
“Temos de ter a qualidade muito
bem controlada quando produzimos sob a marca do nosso cliente.
Trata-se de uma responsabilidade
acrescida porque queremos corresponder às expectativas que o
levaram a seleccionar-nos como
fabricantes do seu produto”, afirmam os sócios.
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Degrau a degrau
Em Portugal, a Celar detém cerca
de 45% do mercado de louça metálica anti-aderente para cozinha
aos quais se somam as quotas
das marcas próprias produzidas
por si. Uma liderança sólida que
permite à empresa estar a avançar
gradualmente sobre outros mercados. “Criámos uma empresa em
Espanha em 2006, num mercado
que consideramos uma extensão
natural do mercado português. Foi
um mercado de difícil penetração,
por se tratar de uma rede complexa
e relativamente fechada, mas no
qual já estamos presentes através
algumas grandes superfícies e
não só. Depois, estamos também
em França, Suíça, Angola, Marrocos, Itália, Rússia”, informa Pedro
Cordeiro e Cunha, que completa:
“Não temos interesse, nem dimensão, para estarmos presentes em
todo o mundo. A estratégia passa
por rentabilizar recursos e pensar
bem os investimentos. Já tivemos
propostas que nos obrigariam a
esgotar a produção com um só
­cliente e não aceitámos. Tentamos
gerir bem o risco. Até porque, com
100 colaboradores, sabemos que
temos uma responsabilidade social
elevada”. Mas mais do que reco­
nhecer, a Celar assume uma parte
activa nessa responsabilidade,
premiando os seus funcionários
com incentivos ao trabalho. Seja
com um ordenado extra, sempre
que a empresa supera os seus
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objectivos, ou com uma relação
pessoal com todo e cada um dos
funcionários: “Falamos descontraidamente e de uma forma informal
com todos os funcionários. Não
há a figura distanciada e opressiva do ‘chefe’. Oferecemos também uma prenda a todos quando
fazem anos e fazemos questão de
os congratular pessoalmente. São
estes pequenos gestos que fazem
com que a Celar seja uma grande
família”.
Primar pela diferença
Nuno Azevedo e Pedro Cordeiro
e Cunha vêem com bons olhos
o apoio estatal ao produto português, mas estão reticentes quanto
à ­ideia transmitida do que deveria
ser o papel das empresas nacionais: “O Estado afirma que é preciso exportar. E é verdade. Mas
também é verdade que não há propriamente compradores à espera
do produto português. Nós vamos
fazendo a nossa parte, investindo
tempo e dinheiro na procura de novos parceiros, mas sem incentivos
ou protecção via regulação ou seja,
regras iguais para todos, torna-se
complicado. Por exemplo, nós desenvolvemos e patenteamos uma
solução inovadora, devidamente
reconhecida pelo INPI – Instituto
Nacional de Propriedade Industrial, mas que facilmente pode ser
copiada e depois é extremamente
morosa a intervenção da Justiça
na resolução do problema”, lamen-
tam. “Sabemos que em Itália, caso
isso aconteça os produtos são retirados de mercado no prazo de
um mês. Aqui não. Até que isso
aconteça já se venderam milhares
de peças ilegalmente. Igualmente
muito diferentes, são as obrigações sociais e ambientais que temos de cumprir, mas que os nossos concorrentes asiáticos estão
dispensados. Por esta via entra-se
em concorrência desleal”.
O investimento avultado em ino­
vação, resultante da maquinaria
adquirida e recursos de logística
disponibilizados, pode ver o seu
impacto reduzido pela inércia judicial, mas mantém o prestígio desta
empresa inovadora: “Continuamos
a investir em inovação e registo de
patentes. Não porque somos ingénuos ao ponto de pensar que estamos só a proteger o nosso investimento, mas sim porque sabemos
ser uma mais-valia para o nosso
cliente. Quando apresentamos
produtos novos e a concorrência
apresenta mais do mesmo, estamos a diferenciar-nos”, explicam
os sócios.
E é nessa base que a empresa
quer continuar no futuro. Mantendo-se fiel a si mesma: “A Celar é
uma empresa que já vai na terceira geração, que investiu tudo
o que ganhou em si mesma, e
que conseguiu o que tem à custa
do seu próprio esforço. Era mais
fácil seguir a tendência de mercado, tornando-nos uma empresa
de compra e venda de produtos,
com seis ou sete colaboradores,
mas não é essa a nossa vocação.
Queremos manter-nos industriais,
porque foi assim que crescemos.
Nós respiramos esta fábrica”.
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Ensino
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“Existimos para sermos úteis”
Criada oficialmente há cerca de um ano e meio, a Unidade de Investigação do
Instituto Politécnico de Santarém coordena a investigação que gira em torno das
cinco escolas do Instituto, contando, para isso, com mais de 100 investigadores.
ENTREVISTADO
Licenciado em Educação Física e Desporto
na FMH, onde fez também mestrado, tendo
deito o seu doutoramento na UTAD, Pedro
Sequeira teve desde cedo a noção de que
“em Portugal a investigação só vai funcionar se tiver uma aplicação. Se o produto
final não puder ser utilizado pela população,
então a investigação não serve. Foi por
­acreditar nisso que me envolvi na investigação”, refere.
A abertura das comunidades empresarial e
a autárquica à UIIPS tem sido uma maia‑valia na Unidade que tem capacidade de
criar sinergias com várias entidades, dada
a diversidade da sua longitude em termos
de abrangência.
Satisfeito com o percurso efectuado, Pe-
A investigação é algo que sempre
exitiu no Intituto Politécnico de
Santarém (IPS). Contudo, ela era
sectorial, sendo que cada escola
tinha o seu departamento de investigação.
Há muito poucos anos, a criação
de um novo regime jurídico das
instituições de Ensino Superior
Politécnico, passou a permitir que
os Institutos Politécnicos tivessem
uma unidade orgânica ligada à
investigação. É dessa forma que
nas­cem os novos estatutos do IPS
e com eles nasce, a 8 de Fevereiro
de 2010, a Unidade de Investigação (UI) do IPS.
O principal objectivo da Unidade
de Investigação prende-se hoje
com a coordenação de toda a investigação que gira em torno das
cinco escolas do Instituto. As pessoas que estão ligadas à UIIPS,
são, aliás, os professores das
cinco escolas. “Enquanto as esPágina Exclusiva 16
colas sobrevivem com os alunos,
a UIIPS sobrevive com os professores, portanto, se não houver as
escolas, não há UIIPS”, explica
Pedro Sequeira, actual director da
Unidade de Investigação do IPS.
As publicações relativas à investigação são também feitas em
conjunto com as escolas e outras
unidades, como a Unidade de Bi­
blioteca, por exemplo. Tem como
parceiro editorial, para já, a Editora
Cosmos.
Pedro Sequeira deixa claro que a
Unidade de Investigação é “algo de
útil para a sociedade ­portuguesa”.
Projectos em Destaque
A Unidade de Investigação conta
neste momento com dez linhas
de investigação, criadas pelos diversos investigadores do Instituto.
São essas linhas que, agregadas
à UIIPS, representam redes transversais às diversas escolas do IPS
dro Sequeira conclui: “Nós existimos para
sermos úteis! No dia em que deixarmos
de ser úteis, o Instituto terá de tomar outro
caminho”.
e especialidades.
“Nós continuamos a apoiar e a promover aquilo que de bom tem sido
feito pelas escolas do IPS de forma
isolada e temos a preocupação de
potenciar e de criar projectos, intervenções e organizações novas,
como por exemplo, congressos,
em que se permita agrupar todo
o Instituto”. O Instituto Politécnico
passa ser visto, segundo Pedro
Sequeira, “como um todo, e não
apenas como um somatório das
suas parcelas”.
Dos seus diversos projectos, a Unidade de Investigação faz destacar,
até à actualidade, dois mais rele­
vantes em todo o seu percurso.
Em ambos os casos, a iniciativa
de estabelecer uma parceria par-
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que disponibilizam as ferramentas
e os investigadores necessários
para o processo.
A UIIPS tem ainda estabelecidas
outras parcerias ao nível das escolas e outras instituições.
“A Investigação tende a ser avaliada pelos resultados imediatos, e
isso de facto não existe. Assim,
solicito que me dêem tempo para
vermos os resultados. É preciso
investimento e é preciso encontrar os parceiros correctos, o que
leva o seu tempo”, conta Pedro
Sequeira.
Estruturar a UIIPS
tiu dos clientes, que procuraram e
demonstraram confiança na Unidade de Investigação, para concretizarem os seus projectos.
O primeiro destaque insere-se
no projecto de candidatura a
património nacional e da UNESCO
da cultura Avieira. A actual proposta prevê criar a primeira rota turística do Tejo, com base na cultura
dos avieiros, recuperando todas as
aldeias avieiras do Tejo. O projecto tem uma área de investigação,
da qual a UIIPS do IPS faz parte
e coordena, tendo estabelecido
protocolos com seis universidades
públicas, quatro politécnicos, 60
investigadores a nível individual,
onze câmaras municipais e diver-
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sas empresas regionais. A UIIPS
encarrega-se de estabelecer todas as parcerias e protocolos para
cada especificidade dos projectos
que lhe são apresentados.
O segundo projecto em destaque
pertence ao Grupo Mosqueteiros,
que, não tendo um centro de investigação, lançou a proposta à
UIIPS. A investigação em causa
diz respeito à caracterização físico-química de óleos alimentares
novos e usados com fim à identificação de indicadores de degradação de qualidade, uma vez que a
lei obriga a uma investigação por
parte das instituições a esse nível.
Neste caso, são os laboratórios
da Escola Superior Agrária do IPS
A UIIPS tem laboratórios em cada
uma das cinco escolas do IPS. A
equipa de investigadores ultrapassa já os 100 membros, sendo
que 1/3 dos 336 docentes do IPS
fazem parte desses membros.
Para Pedro Sequeira, essa é uma
vantagem, uma vez que os investigadores podem continuar a trabalhar no seu local de trabalho,
tendo sempre o apoio da UIIPS.
O trabalho em conjunto é outra
das grandes preocupações do
director, que procura acima de
tudo a unificação, na tentativa de
criar uma Unidade de Investigação cuja marca seja a mesma do
IPS, ao invés de uma escola particular.
“Tento ser o mais democrático
possível, mas de uma forma directiva”, sublinha.
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Educação, Ensino e Artes
A Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém representa,
para todos os seus alunos e docentes, a referência nos sectores de Educação,
Ensino e Artes Plásticas.
A Escola Superior de Educação
(ESE) foi criada em 1979 como
Unidade orgânica do Instituto Politécnico de Santarém, tendo vindo
a abrir, oficialmente, em 1986, com
696 alunos.
Esta é hoje um estabelecimento
de formação de nível Superior, vocacionada para o ensino, a investigação, a prestação de serviços à
comunidade e para a colaboração
com entidades nacionais e estrangeiras em actividades de interesse comum, que conta já com
1160 alunos.
Actualmente abrange um total de
cinco licenciaturas e sete mestrados em funcionamento. A ESE
aposta ainda em cursos de formação contínua, visando dar resposta às exigências de formação
profissional, cívica e cultural que
se fazem sentir ao longo da vida
na sociedade.
Vasta oferta formativa
A Escola Superior de Educação de
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Santarém iniciou o seu percurso
com apenas os cursos de formação de professores, aos quais se
juntaram os de Educação Social
e Animação Cultural , surgindo
posteriormente a Comunicação
Educacional Multimédia e as Artes
Plásticas Multimédia. A aposta foi
ponderada e eficaz: “Tínhamos
alunos, tínhamos toda a experiência e vimos que isso funcionava
bem”, explica Jean Campiche, director.
A Educação Social é hoje um dos
cursos mais procurado por parte
dos alunos. A exigência, os resultados e a empregabilidade que o
curso confere têm levado alunos,
tanto da região como das suas
periferias, a deslocarem-se até à
ESE, em busca de uma formação
qualificada.
Com a adesão ao Processo de Bolonha, também o sistema de ensino foi reformulado, passando-se a
adoptar um sistema baseado (para
os Institutos Politécnicos) em dois
ciclos de estudos: 1º ciclo – corres­
pondente à licenciatura e 2º ciclo,
correspondente ao mestrado. Os
cursos sofreram uma reestruturação e a Escola tem hoje dois
mestrados, dos quais dois leccionados, no início, em colaboração
com a Universidade da Madeira.
Variadas acções de formação
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contínua, úteis e generalistas em
termos de assunto abordado, são
postas à disposição de todos, com
temáticas de interesse geral à sociedade. Para Jean Campiche,
“esta é uma maneira diferente de
abordar temas que podem interessar a toda a gente”.
A pensar no público mais velho, a
Escola criou o ESES +, uma formação livre onde são realizados
módulos para pessoas com idade
a partir dos 50 anos, que pretendem aperfeiçoar ferramentas e
aprofundar conhecimentos.
Cultivar Exigência
Exigência é a base do trabalho na
ESE de Santarém. Para isso, a
Escola conta com uma equipa de
professores, de elevada experiência e qualificação, empenhados
em acompanhar a todos os níveis
os seus alunos.
O processo de Bolonha trouxe
transformações, e com elas uma
entrega acrescida por parte dos
alunos, dentro e fora da Escola.
É no momento dos estágios que
os professores desempenham um
papel que tem tanto de cooperativo como de preponderante.
“Temos de tentar ser cada vez
mais exigentes”, refere Jean Campiche. “Bolonha foi uma reviravolta
grande e, para nós, é como se
houvesse um antes e um depois.
Temos de encontrar ainda as nossas marcas em Bolonha, porque
há muitas coisas a que as pessoas
não estavam habituadas”, acrescenta o director.
Projectos e actividades
Porque aliar a investigação ao trabalho sempre foi tarefa praticada
na ESE, esta encontra-se inserida
em vários projectos nacionais e
internacionais, onde colaboram
vários professores da Escola.
Durante cinco anos trabalharam
com a Fundação Calouste Gulbenkian e com apoio do Banco
Mundial, na produção de todos os
manuais escolares, desde o 1º ao
6º ano, da República Democrática
de São Tomé e Príncipe.
Hoje mantêm ainda ligações com
São Tomé e Príncipe, e a ambição
de prestar serviço à comunidade é
cada vez maior.
O mais recente projecto da ESSE, o
‘Fab Labs’, consiste em implementar laboratórios, onde o cidadão,
através de potentes computadores
ligados a várias máquinas como
impressoras 3D, consegue criar
objectos, cortar vinil e fazer impressões sob qualquer suporte.
Esta iniciativa pretende incentivar
e empurrar o empreendedorismo,
qualidade fulcral nos estudantes
e trabalhadores, no presente e no
futuro.
Jean Campiche,
da escultura ao ensino
Jean Campiche nasceu em Genebra em
1947;
Vive e trabalha em Portugal desde 1987;
Licenciado pela Escola de Belas Artes de
Genebra em “Recherches Plastiques et
Histoire de l’Art”;
Mestre em Comunicação Educacional Multimedia pela Universidade Aberta;
Escultor profissional, ex-membro da ­SPSAS
(Société des Peintres, Sculpteurs et Architectes Suisses);
Professor Adjunto, com título de especia­
lista, do Instituto Politécnico de Santarém.
Página Exclusiva 21
Portugal Inovador
Desporto, Saúde e Vitalidade
Somando já 14 anos de experiência, a Escola Superior de Desporto de Rio
Maior foi criada com o objectivo de se diferenciar ao nível das profissões da
área das Ciências do Desporto.
Olímpico de Portugal) garante a
todos os alunos a oferta de um
estágio integrado. “O estágio é
uma transição entre aquilo que é
o ensino centrado na escola e o
mercado de trabalho”, afirma a directora. “Temos a felicidade de ter
sempre mais pedidos de estagiá­
rios, do que estagiários para oferecer”, acrescenta ainda. Também os
mestrados em desporto, em psicologia do desporto, e em atividade
física em populações especiais,
permitem optar entre a realização
de estágio ou dissertação.
Criada em dezembro de 1997 e
enquadrada no Instituto Politécnico de Santarém (IPS), a Escola
Superior de Desporto de Rio Maior
(ESDRM) encontra-se em funcionamento desde setembro de
1998.
A Escola teve como primeiro director o professor doutor José
Rodrigues (1998-2007) e, como
segundo, o professor Abel Santos
(2007-2011). Em Março de 2011
decorreram as eleições para o terceiro director, a professora doutora
Rita Santos Rocha, que manterá o
cargo até 2015. Nos seus primórdios, o objectivo foi sempre o de
“formar instrutores e treinadores
especializados nas diversas modalidades desportivas”, refere a
directora.
Formação abrangente
Actuando na área das Ciências
do Desporto, a ESDRM ministra
actualmente cinco cursos de licenciatura (1.º ciclo), três cursos de
mestrado (2.º ciclo) e diversos cursos de formação contínua, todos
Página Exclusiva 22
creditados pela A3ES, envolvendo
cerca de 750 estudantes. Quer o
nº de candidatos quer o nº de colocados corresponde a 15% dos
estudantes de desporto no ensino
superior público.
Segundo os dados de 2009/2010,
a empregabilidade dos alunos na
área da licenciatura foi mais elevada nos cursos de Condição Física e Saúde no Desporto - 100%,
Treino Desportivo - 89,2%, Gestão
das Organizações Desportivas 82,6% e Desporto de Natureza e
Turismo Activo - 77,6%. A formação em Psicologia do Desporto implica cinco anos de investimento,
pelo que a empregabilidade só é
avaliada após obtenção do grau de
mestre. “Tentamos sempre ajustar
os conteúdos dos cursos àquilo
que é o mercado de trabalho”, explica Rita Santos Rocha.
A abertura a protocolos com as
várias entidades profissionais e
científicas que actuam no desporto
(desde os clubes, ginásios, federações, associações, empresas, câmaras e freguesias até ao Comité
Recursos Humanos
Os recursos humanos da ESDRM
dividem-se em pessoal docente e
não docente. Em Junho de 2011,
a ESDRM dispunha um total de
96 trabalhadores, dos quais 79
docentes (44 a tempo integral) e
17 não-docentes. Desempenham
funções de dirigente a directora,
o subdirector e a secretária. Até
2013 a ESDRM contará com mais
de 25 doutorados em Ciências do
Desporto.
O compromisso com o serviço, o
desempenho na Escola, o respeito
pelo aluno e a ambição de querer
fazer sempre mais e melhor são
valores primordiais, que Rita Santos Rocha procura manter nos
professores da Escola. Também
a experiência desses professores,
ligados desde cedo ao desporto, e
a atenção à conjuntura nacional e
europeia no mercado desportivo,
facilitam o processo de transmissão de conhecimento e de aconselhamento dos alunos.
“A disciplina a que as pessoas se
habituaram durante a vida, no contexto deportivo, pelo qual todos
Portugal Inovador
Página Exclusiva 23
Portugal Inovador
doutoramento, desenvolvidos no
âmbito do CIDESD e do CIPER e
de universidades nacionais, e também em centros de investigação e
universidades internacionais.
Prestação de serviços
e ligação à comunidade
passaram, permite aplicar nesta
fase mais madura os mesmos
princípios no contexto profissio­
nal”, salienta a directora.
Rita Santos Rocha denota ainda a
importância do corpo não-docente,
composto por “pessoas extremamente importantes, empenhadas e disponíveis para colaborar
no serviço que for necessário”,
conta. Além destes funcionários,
vários docentes contribuem para
o desenvolvimento de serviços de
apoio aos estudantes, tais como
o gabinete de mobilidade internacional ou o gabinete de empreen­
dedorismo.
Instalações de presente e futuro
A ESDRM, sediada na cidade de
Rio Maior, desde 1998, funciona
em ins­talações provisórias, incluin­
do as desportivas, disponibilizadas pela Autarquia. Tem ocupado
diversos edíficos à medida que
foi crescendo em número de trabalhadores e estudantes. Actualmente utiliza o pavilhão multiusos, ocupando uma área de cerca
de 3000m2 onde funcionam os
serviços de apoio, gabinetes de
docentes, salas de aula e de reunião, um auditório, biblioteca,
laboratório de investigação em
desporto, sala da associação de
estudantes, reprografia, centro
de recursos de equipamentos
de desportos de natureza e duas
portarias. Relativamente às ins­
talações desportivas, a ESDRM
utiliza um pavilhão (ginástica), um
pavilhão desportivo, três piscinas,
campo de futebol, ginásio privado,
Página Exclusiva 24
espaços naturais, entre outros.
As futuras instalações da ESDRM,
que ocuparão uma área de cerca
de 30.000m2 onde irão funcionar três edifícios (escolar, cantina e residência), incluindo áreas
desportivas, serão finalizadas em
Setembro de 2011.
Investigação
A ESDRM está integrada no consórcio que criou o Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD)
reconhecido pela Fundação para
Ciência e Tecnologia (FCT), onde
está integrada a maioria do corpo
docente. Outros investigadores
estão integrados no Centro Interdisciplinar de Estudo da Performance Humana (CIPER) da Fa­
culdade de Motricidade Humana,
igualmente reconhecido pela FCT.
Os docentes a tempo integral estão envolvidos em vários projectos
de investigação e programas de
A ESDRM dedica-se também à
prestação de serviços na área
do desporto, nomeadamente nas
áreas da gestão do desporto, psicologia do desporto e avaliação e
controlo do treino, através do seu
Laboratório de Investigação em
Desporto, coordenado pelo professor doutor João Brito. Desenvolve
ainda programas de atividade física e saúde na comunidade, nomeadamente na área do ‘envelhecimento activo’ e da ‘escola activa’.
Preparar o futuro
Estar no pódio nacional e internacional no ensino do desporto,
contribuir para a investigação e
desenvolvimento em ciências do
desporto e diversificar a oferta
formativa são ambições de futuro
previstas para a ESDRM.
Activa enquanto praticante de marcha, natação, fitness e bicicleta,
Rita Santos Rocha não deixa dúvidas da motivação e ambição de
manter o projecto há 14 anos iniciado: “Estamos atentos para sermos os primeiros e os melhores!”.
Portugal Inovador
Página Exclusiva 25
Portugal Inovador
Dinamismo e forte envolvência em
projectos nacionais e internacionais
A Escola Superior de Saúde de Santarém tem-se destacado pelo dinamismo e
pela forte envolvência em projectos nacionais e internacionais. A revista “Portugal
Inovador” foi conhecer esta instituição de ensino e conversar com a nova directora
Isabel Barroso.
A Escola Superior de Saúde de
Santarém (ESSS) comemora um
percurso de uma organização
que tendo sido criada a 16 de
Maio de 1973 como Escola de
Enfermagem, tal como muitas
outras à altura, tinha por missão
formar pessoal de enfermagem,
tendo no ano imediato evoluído
para a formação de enfermeiros.
Foi reconvertida em Escola Superior de Enfermagem de Santarém, na sequência da integração do ensino de enfermagem
no sistema educativo nacional,
ao nível do ensino superior
politécnico. A passagem para a
designação de Escola Superior
de Saúde de Santarém (ESSS)
decorreu, em 2008, na sequência da reorganização dos estatutos do Instituto Politécnico
de Santarém e das Unidades
Orgânicas que o compõem.
Instituição de referência, a nível
nacional, na formação em enfermagem ao nível do 1.º e 2.º
ciclo, propôs, recentemente, a
criação de dois cursos na área
das tecnologias da saúde: Terapia Ocupacional (em processo
de acreditação) e Podologia
(em processo de organização
final para submissão a acreditação).
Oferta formativa
Todos os cursos em funcionamento na ESSS estão acreditados pela A3ES. Actualmente,
ao nível do 1.º ciclo, a ESSS
oferece formação na área de
enfermagem. Ao nível do 2.º
Página Exclusiva 26
ciclo, a ESSS organizou, em
parceria com a Universidade do
Minho, com os Institutos Politécnicos de Viseu, Portalegre
e Beja, mestrados na área da
Enfermagem. Os mestrados
disponibilizados pela escola
são: Enfermagem de Reabilitação; Enfermagem Comunitária;
Enfermagem de Saúde Fami­
liar; Enfermagem à Pessoa em
Processo de Doença na Comunidade; Saúde Materna e Obs­
tetrícia. Este ano, a escola viu
aprovado o curso de mestrado
em Enfermagem de Saúde da
Criança e do Jovem e o curso
de mestrado em Supervisão em
Enfermagem, este, em parceria
com a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (ESEL). A
instituição aguarda a acreditação do curso de mestrado em
Enfermagem de Saúde Mental.
Parcerias e Projectos
de Investigação
A ESSS, enquanto instituição
aberta à comunidade, privilegia
parcerias com instituições locais e regionais. No âmbito do
programa “Escola Promotora de
Saúde”, a ESSS tem protocolos
com várias escolas, desde o 1º
ciclo até ao ensino secundário,
com o objectivo de fomentar
uma vida saudável junto de
crianças e jovens, sempre em
parceria com professores e encarregados de educação. Áreas
como a alimentação, a saúde
mental e a sexualidade são as
mais abordadas.
Destaca-se, também, o aprofundamento do projecto de promoção de estilos de vida saudável, nomeadamente no que
concerne à alimentação, no
quadro de colaboração com Es-
Portugal Inovador
tabelecimentos de Ensino Pré‑Escolar, Básico e Secundário
e com a Autarquia, um projecto
em parceria com a Câmara Municipal de Santarém e ACES
Ribatejo, com a denominação
“Comer bem para viver melhor
em Santarém”.
Em continuidade da parceria com a Câmara Municipal
de Santarém, ACES Ribatejo,
Hospital de Santarém EPE e
Direcção Geral de Saúde, a Escola com o estatuto de institui­
ção coordenadora, tem em desenvolvimento um projecto com
o objectivo de caracterizar os
indicadores de saúde da população residente no concelho de
Santarém.
“Recentemente, foi submetido
a financiamento uma proposta
de estudo da Câmara Municipal
de Santarém que pretende ana­
lisar os indicadores de saúde do
concelho de Santarém”, informa
Isabel Barroso.
A aposta em pós-graduações
no âmbito dos cuidados continuados e cuidados paliativos,
privilegia a atenção às necessidades das instituições parceiras.
A ESSS encontra aí os cenários
ideais para os seus estudantes
realizarem os estágios, fazerem
diagnósticos das carências da
população e, mais tarde, ajudarem a implementar projectos
de intervenção nas áreas mais
problemáticas.
A nível nacional a ESSS tem
parcerias com outras institui­
ções de ensino superior quer
universitário, quer politécnico.
A nível internacional salientamse acordos no âmbito da mobilidade Erasmus (estudantes,
professores e colaboradores
não docentes) com as Universidades de Oviedo, Salamanca,
Valladolid e Leon em Espanha;
com a Universidade de West of
Scotland, com a Universidade
do Katho na Bélgica e a Universidade Metropolia na Finlândia.
No próximo ano lectivo, a ESSS
vai passar a acolher um mestrado designado “Master Mundus”
em Enfermagem de Emergência e Cuidados Críticos, que
promove o intercâmbio entre
os estudantes europeus. Este
mestrado é o primeiro na área
de enfermagem a acontecer num
instituto politécnico português e
um dos dez que na Europa foram
aprovados em 2011. Este curso,
financiado pelo programa Erasmus Mundus, da Comissão Europeia, está a ser liderado pela
Universidade de Oviedo e conta
com a participação do IPS-ESSS, da Universidade do Algarve
- Escola Superior de Saúde e
da Universidade Metropolia, em
Helsínquia. Este curso deverá
ser alargado a países terceiros,
isto é, países fora da União Europeia com quem as instituições
proponentes têm protocolos e
parcerias.
roso foi, recentemente, eleita
directora da ESSS. Uma nova
direcção que pretende seguir
o trabalho do seu antecessor
José Amendoeira. Continuar a
investir na sustentabilidade da
instituição, apostar na criação
de uma oferta formativa mais
abrangente na área da saúde,
promover o sucesso escolar e
o melhoramento da monitorização da empregabilidade são algumas das prioridades da directora Isabel Barroso.
Direcção nova,
o mesmo objectivo
Há dois anos a assumir funções
como subdirectora, Isabel BarPágina Exclusiva 27
Portugal Inovador
Explorar o Turismo Mundial
A Escola de Formação Profissional em Turismo de Aveiro tem feito jus ao sector
do turimo em Portugal, colocando, anualmente, estagiários em várias postos de
referência nacional e internacional.
Foi no decorrer do ano de 2008,
que surgiu no concelho de Aveiro
a Escola de Formação Profissional
em Turismo de Aveiro (EFTA).
A necessidade sentida em toda
a região de Aveiro, nas áreas de
turismo, hotelaria e restauração
foi um dos principais motivos que
levaram Manuel Torrão, director
executivo, a edificar esta Escola,
solicitada hoje por parte dos agentes económicos da região.
“Eu acredito que o sucesso das
nossas instituições e das nossas
escolas passa por uma especia­
lização. Nós não podemos querer
fa­zer tudo, daí que a minha estratégia tenha sido a fundação de
uma escola direccionada exclusivamente para a área do turismo,
restauração e hotelaria”, conta
Manuel Torrão. Militar pára-quedista durante 24 anos e licenciado
em Gestão de Empresas, o próprio
afirma ter caído na Escola “de
pára-quedas”. Dedicou-se ao projecto de corpo e alma, convidando
alguns amigos para dele fazerem
parte.
A Escola iniciou o seu percurso com
as Formações Modulares Certificadas, dois cursos EFA (Educação
e Formação para Adultos) e dois
cursos técnico-profissionais: Técnico de Turismo e Técnico de Recepção, aos quais se juntou mais
Página Exclusiva 28
tarde o Técnico de Restauração
na sua variante de Cozinha Pastelaria. “Os cursos técnico-profissionais são hoje o nosso objectivo.
Pretendemos qualificar os nossos
jovens para que eles possam dar
resposta às solicitações das nossas empresas do sector”, explica
o director. Neste momento são
cinco as turmas, distribuídas pelos
cursos atrás referidos, mas as previsões apontam para nove turmas
no ano lectivo de 2011/2012.
A EFTA gera oportunidades aos
seus alunos; reflexo disso é a conquista do 2º lugar na competição
de ‘front-office’, o concurso internacional da Associação Europeia
de Escolas de Hotelaria e Turismo
(AEHT) pela aluna Sónia Amaral,
do curso técnico de recepção.
Análise de mercado
Alargar o número de cursos na
área de turismo é o próximo passo
de Manuel Torrão na Escola.
“Não vamos ficar por aqui, vamos
pedir autorização ao Ministério
para dinamizar outros cursos que
também são procurados no futuro, como é o caso da Gestão
Hoteleira”, refere. “Temos de estar
em constante atenção ao mercado
para podermos oferecer os cursos que têm saídas profissionais.
Dialogar com os operadores turísticos, com as PME’s do sector e
com os grandes grupos hoteleiros
é de facto importante”, acrescenta
ainda.
Desde o dia em que nasceu que a
EFTA se preocupou em estabele­
cer parcerias com várias entidades
públicas e privadas, de forma a tirar o maior proveito dessas sinergias, colocando hoje dezenas de
alunos em estágios.
A Escola tem sido cada vez mais
solicitada pelos vários parceiros
com quem trabalha, para a realização de eventos, como a recepção
de entidades, entre outras actividades que permitem aos alunos
um contacto próximo com a realidade.
Estagiários da EFTA
A EFTA tem hoje 86 alunos a realizar
Portugal Inovador
estágios em Portugal continental e
ilhas (Madeira e Porto Santo) e na
Europa, nomeadamente em Inglaterra. As parcerias estabelecidas
para a realização dos mesmos
estágios têm sido feitas tanto a
nível nacional como internacional,
e vão desde Instituições de Ensino
Superior, Câmaras Municipais e
unidades hoteleiras, às parcerias
internacionais, como a Associação
Europeia de Escolas de Hotelaria
e Turismo (AEHT) e a Atlas (Organização Internacional de Turismo).
“Os nossos alunos têm de aprovei­
tar as oportunidades a nível mun­
dial e por isso estamos a criar
meca­nismos para os ajudar”, afirma Manuel Torrão. Assim, unidades
hoteleiras como o grupo Pestana,
Savoy e Fourviews (na Madeira),
Pousadas de Portugal, Aquapura
Douro Valley, Hotel Régua Douro,
Hotel Monte Prado (Melgaço), Vi­
dago Palace, As Américas (Aveiro),
Vila Galé Coimbra e outros recebem estagiários anualmente. No
curso Técnico de Turismo os alunos têm oportunidade de estagiar
em agências de viagens, museus
e postos de tu­rismo. Já no curso
Técnico de Restauração, a Escola
tem alunos a estagiar no Restaurante D. Tonho, DOP, Pousada do
Freixo, Hotel Infante Sagres, Porto
Palácio Hotel, entre outros.
O uso obrigatório do uniforme, dia­
riamente, produz efeitos positivos,
pois além de ser uma boa forma
de divulgação da escola, obriga os
alunos a serem responsáveis e a
terem cuidado com a sua postura.
A EFTA tem representado um forte
contributo no turismo em Portugal, sector que tanta importância
aporta para o país, e que deve ser
aproveitado com superior esmero
e dedicação.
Página Exclusiva 29
Portugal Inovador
Um longo passado,
aberto ao futuro
A Escola Superior de Enfermagem (ESE) é uma instituição de cariz politécnico
com uma longa tradição no ensino e formação de profissionais de enfermagem ao longo dos seus quase cem anos de existência.
Integrada na Universidade do
Minho desde 2005, a ESE apresenta uma oferta formativa diversificada ao nível dos seus cursos
de graduação e pós-graduação,
promovendo uma formação humana ao mais alto nível, nas suas
dimensões ética, cultural, científica, estética e técnica. Devido à
elevada qualidade do seu ensino,
a ESE tem sido nos últimos anos,
uma das instituições com maior
índice procura a nível nacional.
Página Exclusiva 30
No contexto da pós-graduação,
os diferentes cursos de formação
especializada são reconhecidos
pela Ordem dos Enfermeiros e
estão orientados para o desenvolvimento de competências
profissionais mais específicas,
contribuindo para uma maior
qualificação profissional que
responda com maior eficácia
às necessidades de cuidados
de saúde mais diferenciados e
emergentes.
No domínio da internacionalização, a ESE promove programas
de mobilidade para docentes e
alunos ao abrigo de protocolos
de cooperação com outras instituições de ensino Europeias.
Os seus licenciados ficam habilitados para exercer a profissão de
enfermagem nos diferentes contextos e valências de instituições
de saúde e solidariedade social
públicas e privadas no nosso
país e no estrangeiro.
Portugal Inovador
Desvendar Sá de Miranda
Formar e qualificar jovens, nas modernas instalações onde passado e ­presente
convivem, é a missão que a Escola Secundária Sá de Miranda desempenha
com eficácia ao longo de décadas.
Uma cidade é feita assim. Ruas,
Praças, imóveis públicos e casas
privadas, história e presente, marcos da paisagem e pessoas. Sobretudo pessoas. As pessoas que
lhe dão o carácter, que transportam consigo as histórias de infância, que aí vivem, trabalham, riem
e choram e, um dia, morrerão.
Braga também é assim. Há coisas
que mudando, não mudam. Nes­
tes dias de verão que se arrastam,
quando as férias escolares alteram os ritmos de vida, aqueles
que, vindos do Norte chegam à
cidade lá vêem, imponente, o Sá
de Miranda. O Sá de Miranda que
já foi Liceu. A Sá de Miranda que,
agora, é Escola. Chegam à cidade
para trabalhar, enquanto os filhos
ficam a dormir até mais tarde, para
comprar qualquer coisa ou para
tratar de um qualquer assunto num
qualquer serviço público. Até pode
ser a matrícula escolar da filha ou
do filho. Decisão nem sempre fácil,
sobretudo se obrigar a mudança
de escola, às vezes até de localidade. Como escolher? Seguir os
amigos? Esse, ainda que difícil de
aceitar pelos filhos, é um critério
que não é válido. Trata-se de uma
decisão com impacto para a vida.
Para toda a vida. Os amigos, se o
são, continuarão a sê-lo.
O que é que a Sá de Miranda
tem para oferecer? O 3º ciclo do
ensino básico. Os Cursos Científico-Humanísticos, do ensino secundário, virados para quem pretende prosseguir estudos ou os
Cursos Profissionais para quem
pretenda mais rapidamente ir trabalhar. Mas tem muito mais para
oferecer. Tem um passado feito de
175 anos. Um passado que vemos
na colecção de magníficos mapas
didácticos, nas centenas de animais embalsamados, nos riquíssimos objectos e instrumentos das
disciplinas de Física ou Química
ou, ainda, nos valiosos livros que
integram a Biblioteca da escola.
Mas se uma escola pretende for-
mar homens e mulheres para o
futuro, nós olhamos para este
património como um enriquecimento que nos orgulha e que
complementa um conhecimento
ao qual acedemos por múltiplas
plataformas e meios.
Uma Escola centenária, requalificada, com modernas instalações
e na qual convive passado e presente. Uma Escola na qual a cidade de Braga se revê. É isto que
temos a oferecer. Uma formação
e qualificação competentes capazes de dotar os nossos jovens
com as ferramentas necessárias
para enfrentar os tempos difíceis
de hoje.
Página Exclusiva 31
Portugal Inovador
50 anos ao serviço da educação
Desde 1962 que o Externato Delfim Ferreira proporciona alma e
tradição ao serviço do
futuro. Não esquecendo
que a experiência é a mãe
de todas as coisas, esta
escola que faz agora 50
anos de existência, transporta, um ideário educativo que vai sedimentando
ano após ano.
Foi à quase 50 anos que o Externato Delfim Ferreira nasceu de um
sonho. O sonho de Aurélio Fernando, fundador desta instituição
de ensino: “Há 49 anos que fundei
esta casa e parece que ainda foi
ontem. O tempo passa tão depressa que tudo aparece na vida e
tudo desaparece tão rapidamente
que até dá a impressão que o
tempo não existe”, diz. Mas na
verdade o tempo faz parte da vida,
como canta o Hino do Colégio “Ó
juventude, sois os primeiros/ Novos heróis de Portugal/ Colégio,
avante!” e o colégio cumpre a vocação a que se devotou.
Situado no coração do Vale do
Ave, o Externato Delfim Ferreira
é hoje um de referência na educação em Portugal. Fundado em
1962, o colégio celebra no próximo
ano lectivo o cinquentenário que
lhe confere um estatuto pioneiro
no concelho de Famalicão: “é uma
vida! Sem dúvida. No entanto direi
que valeu a pena. De facto o Colégio de Riba de Ave que nasceu de
um sonho torna-se realidade”, diz
o fundador Aurélio Fernando.
O projecto educativo
Escolher uma Escola é escolher
um modelo próprio de educação
e ensino, um sistema de valores
de referência, um projecto educativo correcto, uma determinada
Página Exclusiva 32
comunidade de desenvolvimento
pessoal e social. Há quem diga
mesmo que escolher uma escola
é como escolher uma segunda
família. Torna-se por isso cada
vez mais necessário, que cada
centro educativo tenha um ideário
que envolva a comunidade escolar: “O Externato Delfim Ferreira
apresenta um projecto educativo consubstanciado no ex-líbris
‘Faz e Pensa, Pensa e Faz’, um
projecto que parte da realidade
em que se insere e da sua longa
prática pedagógica a que os seus
quase 50 anos de existência confere uma grande legitimidade e
optimismo pedagógico”, diz em
conversa com a revista Portugal
Inovador Aurélio Fernando.
Com todos os ciclos de estudo
desde o pré-escolar até ao se-
cundário, a funcionar, o externato
implantou recentemente os cursos de educação e formação e os
cursos profissionais. Os 48 anos
de existência que lhe conferem
um estatuto pioneiro no concelho
de Famalicão, com a verticalidade
de ciclos que sempre transportou,
têm sido consubstanciados por
esse mesmo ideário educativo
predominantemente, dirigido à
educação por valores onde a flexibilidade pedagógica se harmoniza
com uma pedagogia de Projecto.
Formando diariamente cidadãos,
são incumbidas à escola as tarefas
de informar e alertar para a necessidade de adoptar hábitos de
vida saudáveis, procurar a ligação
do aluno ao meio envolvente e à
comunidade escolar ou mesmo
proporcionar a oportunidade de
Portugal Inovador
valorização pessoal com o desenvolvimento de espírito de criatividade, expressão ou comunicação.
Tarefas estas que são vinculadas
com os os núcleos e clubes do externato: “temos vários clubes e núcleos, desde o núcleo de higiene e
promoção de saúde, ao núcleo de
actividades culturais, ao clube de
desporto escolar, à oficina de poe­
sia, ao clube de teatro e ao clube
de imprensa, entre outros”, revela
Aurélio Fernando.
insere fossem suprimidas. Neste
contexto, desde o 25 de Abril de
1974, o Externato Delfim Ferreira
coloca à disposição do Estado
as suas instalações para servir a
população estudantil nesta área
geográfica, constituindo-se parte
integrante da Rede Escolar Nacional de Ensino.
Estando entre os primeiros classificados do ranking nacional de
estabelecimentos de ensino e,
segundo diversas personalidades,
já provou ser uma instituição que
promove o respeito dos valores
humanos. «A sociedade precisa
de seres humanos e as escolas
com ideários, sejam eles quais
forem, ajudam a responder a essa
necessidade», revela o actual director pedagógico, Josias Barroso.
Uma escola
de valores
O Externato Delfim Ferreira tem
estabelecido com o Ministério da
Educação um contrato de associação desde a entrada em vigor
do Estatuto do Ensino Particular e
Cooperativo, na justa medida em
que o Estado e o Colégio se associaram para que as carências
educativas da região em que se
Página Exclusiva 33
Portugal Inovador
Arte de bem ensinar
Situado no coração do Douro, o Agrupamento de Escolas do Alijó prima pelo rigor
na educação dos alunos. Contribuir para um percurso académico de sucesso é
objectivo primordial.
Mensagem da directora
“Não obstante de sermos uma comunidade
educativa situada no interior do país, temos
uma forte identidade e uma enorme vontade
de vencer os desafios com que somos confrontados. Acreditamos nas capacidades
dos nossos alunos e no profissionalismo e
empenho do corpo docente e não docente.
Aos nossos alunos, deixo uma palavra de
esperança e confiança na sua capacidade
de lutar por um futuro melhor. No concelho
de Alijó e na região de Trás-os-Montes e
Alto Douro estamos habituados a lutar para
vencer as adversidades. Com o apoio da
família e da escola vamos conseguir. Na
vida, só os que desistem são vencidos”.
O Agrupamento de Escolas do
Alijó, fundado no ano lectivo de
2004/2005, tem pautado a sua
conduta pelo empenho e dedicação no ensino que ministra. Promover a educação, o dinamismo
nas aulas e nos conteúdos leccionados são aspectos imperativos
para a instituição.
As obras de remodelação e ampliação dos edifícios e dos espaços exteriores realizadas em 2003,
com apoio de fundos comunitários,
conferiram um nível de funcionalidade indispensável à prática educativa.
Um ano marcante para a instituição foi o de 2007, não só pela
fusão com a Escola Secundária de
Alijó, mas também devido ao facto
de incluir, na oferta formativa, os
cursos das Novas Oportunidades.
O Agrupamento passa então a
disponibilizar todos os níveis de
ensino, desde o pré-escolar até ao
Página Exclusiva 34
12º ano, em regime diurno e nocturno.
A região do Douro, onde se situa
o Agrupamento, é conotada pela
produção de vinho o que se repercute, inevitavelmente, na cultura
da sociedade. “A região do Douro
é considerada Património Mundial
da Humanidade, o que traduz uma
forte relação de envolvimento entre
a escola e a comunidade, nomeadamente, em questões ligadas à
educação ambiental. Este aspecto
é aquele que mais nos diferencia
de outros agrupamentos e o que
faz parte da nossa identidade”,
Portugal Inovador
regista Margarida Cascarejo, directora do agrupamento.
Oferta Formativa
no estatuto do aluno. No entanto,
há um aspecto positivo a destacar
nos últimos anos: a estabilidade
do corpo docente”, sustenta Margarida Cascarejo.
Na tentativa de combater o absentismo e o insucesso escolar,
a instituição planeia estratégias
que fortaleçam o elo com os alunos e os incentive a continuar o
percurso académico com bom
aproveitamento. Para tal, foram
criados clubes, um jornal escolar “O Plátano”, entre outros projectos
inovadores com recurso às novas
tecnologias.
O acompanhamento intensivo e
interactivo dos pais é também um
pressuposto incondicional para garantir o sucesso dos alunos. Promovem assim, hábitos de estudo e
incutem a valorização da componente educativa nos dias de hoje.
Com vista a satisfazer as carências educativas dos cerca de 1400
alunos que frequentam o Agrupamento, é disponibilizada não só
a componente de ensino regular,
mas também cursos de Educação
e Formação para Jovens (CEF) –
hotelaria e restauração; ciências
informáticas - Cursos Profissionais
no âmbito do turismo; audiovisuais
e produção dos média; ciências
informáticas e ainda Educação
e Formação para Adultos (EFA) nível secundário.
A pensar na preparação dos estudantes para integrarem o mercado
de trabalho, o Agrupamento estabelece parcerias com entidades
locais e regionais, garantindo assim uma componente prática para
os discentes que não pretendem
ingressar no ensino superior.
Educar em Portugal
“A principal marca que tem caracterizado a educação no nosso país
nos últimos anos pode
traduzir-se numa simples palavra:
instabilidade. Tem-se manifestado de forma particular na reorganização da rede escolar e dos
planos e programas curriculares;
na avaliação dos docentes e não
docentes; na educação especial e
Página Exclusiva 35
Portugal Inovador
Formação para adultos
A pensar na população adulta, o CNO da Escola Fontes Pereira de Melo ­disponibiliza
uma componente formativa diversificada. Apostar na formação e valorizar as competências adquiridas é a missão que caracteriza o trabalho de toda a equipa.
Prestes a comemorar dez anos
de existência, o Centro de Novas
Oportunidades (CNO) da Escola
Fontes Pereira de Melo foi criado
em oito de Agosto 2001. Sendo
dos primeiros centros a abrir as
portas, em Portugal, o CNO da
Escola Fontes Pereira de Melo
certificou os primeiros adultos em
Dezembro de 2002. Desde então,
a pluralidade de percursos quer
de certificação quer de formação
foi aumentando, de modo a satisfazer as necessidades dos adultos
que ambicionam adquirir habilitações escolares e/ou competências
profissionais.
Composta por 21 colaboradores,
a equipa técnico-pedagógica do
CNO trabalha as diferentes fases
do processo RVC: acolhimento,
diagnóstico,
encaminhamento,
validação e certificação de competências. Depois do diagnóstico,
onde se avaliam as expectativas
e o perfil dos adultos, estes são
encaminhados para a opção mais
viável tendo em conta as motivações e os objectivos que anseiam
Página Exclusiva 36
alcançar. “Assim, os adultos podem seguir o seu percurso através
do processo de Reconhecimento,
Validação e Certificação de Competências (RVCC) ou de Unidades
de Formação de Curta Duração
(25 ou 50 horas) ou de Cursos de
Educação e Formação de Adultos,
escolares ou de dupla certificação
(escolar e profissional)”, explica o
coordenador do CNO, Vasconcelos Magalhães.
As Unidades de Formação de Curta Duração também designadas
por formações modulares certificadas, são destinadas aos adultos
que, ao longo da vida, pretendem
adquirir mais conhecimentos e
competências. Desde a implementação desta oferta formativa,
já foram realizadas 30 formações,
designadamente, 13 na área tecnológica, 17 na área de formação
de base: Cultura Língua e Comunicação, Inglês e Cidadania e Profissionalidade.
Os Cursos de Educação e Formação de Adultos são destinados a quem pretende certificar
um determinado nível de ensino,
mas não tenham as competências
necessárias para um processo de
RVC. Desde a existência desta
vertente de formação foram rea­
lizadas 23 turmas, das quais seis
continuam em formação.
Findo o processo formativo, há
adultos que desejam dar continuidade ao percurso académico
e ingressar na universidade. De
acordo com o coordenador, a percentagem de adultos que concorrem a cursos universitários está a
aumentar.
Vasconcelos Magalhães refere
o relatório da Direcção-Geral de
Educação e Cultura da Comissão
Europeia que menciona que Portugal é um dos cinco países classificados na escala mais elevada
no que respeita ao nível de desenvolvimento em matéria de validação de aprendizagens formais e
informais. A par de Portugal, ocupam esta posição a Finlândia, a
França, a Holanda e a Noruega.
“É necessário que haja maior uniformização de actuação dos Centros Novas Oportunidades, pois só
assim a imagem para o exterior
será mais credível. Deve haver
rigor, exigência e transparência
em todo este processo de enorme
validade para o país”, explica.
“O futuro começa aqui”
Nos dias de hoje, investir na formação é uma necessidade premente,
uma vez que as exigências do
mercado de trabalho a isso obrigam. Neste sentido, o coordenador do CNO incentiva os adultos
a apostar na sua formação: “O
mercado é competitivo, só conseguiremos sucesso com rápida
adaptabilidade à inovação se apo-
Portugal Inovador
starmos na formação ao longo da
vida. Sistemas de formação anuais
ou bianuais que todos os trabalhadores tivessem que frequentar seria uma mais-valia, mas para isso
é necessário mudar mentalidades,
quer de empresários quer de trabalhadores. As empresas têm um
papel preponderante neste contexto, incentivar e motivar os seus
colaboradores é um factor que
certamente lhes trará benefícios e
contribuirá para o seu crescimento.
Por outro lado, é necessário que
os trabalhadores percebam que o
sacrifício que a frequência das formações lhes acarreta traduz-se,
mais tarde, em vantagens.”
Apesar da Escola já ter uma longa
experiência de trabalho com adultos, ao longo do tempo de existência do CNO foi-se aumentando a
vitalidade e o saber da experiência. Feito que, em colaboração
com as trinta entidades, com as
quais mantém parcerias e protocolos, forma hoje um centro credível
e capaz de dar resposta eficaz às
questões de certificação e formação colocadas pelos adultos.
O CNO, nas suas vertentes de Reconhecimento, Validação e Certi-
ficação, quer escolar quer profissional, é crucial para o aumento
do nível de escolaridade e de competências no país. De acordo com
a mensagem veiculada pela Escola Fontes Pereira de Melo, de
facto, “o futuro começa aqui”.
Página Exclusiva 37
Portugal Inovador
Um colégio dinâmico
Situado em Calvão, do concelho de Vagos, o Colégio Diocesano de Nossa
Senhora da Apresentação é reconhecido pela qualidade e rigor do ensino que
ministra. A revista Portugal Inovador ficou a conhecer o trabalho que tem vindo
a desenvolver.
níveis de aproveitamento escolar
são bastante satisfatórios. “Temos
tido situações de sucesso extraordinário e estamos muito contentes. Neste momento, estamos
a avaliar os projectos educativos e
propomo-nos subir determinadas
metas”, afiança.
Todavia, para os alunos que ambicionem entrar no mercado de
trabalho, e de forma a potenciar
uma formação prática em contexto real, o colégio estabelece protocolos para estágios com diversas
empresas das imediações.
A ensinar desde 1934, o Colégio
Diocesano de Nossa Senhora da
Apresentação tem com directriz o
fomento da pluralidade de percursos de académicos, assegurando
uma formação exímia aos seus
alunos.
As instalações do colégio, edificadas pelo primeiro pároco de
Calvão com o auxílio dos habitantes, surgiram com o intuito de
colmatar as carências educativas
e o analfabetismo da população.
Em 1960, Dom Domingos da Apresentação Fernandes, na altura
bispo de Aveiro, introduzia o 5º e
6º ano de escolaridade, leccionados através do sistema de ensino
via televisão, telescola.
A formação sacerdotal era também uma das vertentes disponibilizadas pela instituição. Porém,
em 1985, não se justificando a
continuidade do Seminário, passou a funcionar exclusivamente
como colégio com contrato de associação.
Página Exclusiva 38
Hoje, com 77 anos de história, a
direcção empenha-se em dar continuidade aos ideais proclamados
outrora: “O meu antecessor sempre teve a preocupação de continuar o espírito inicial da institui­
ção, de ter um colégio que fosse
uma casa aberta aos interesses e
às necessidades da comunidade”,
enaltece o director, padre Querubim Silva.
O estabelecimento de ensino dispõe actualmente de um corpo docente altamente qualificado, composto por 102 professores que se
dedicam de forma inequívoca à
formação de 1200 jovens. Neste
sentido, e com o intuito de promover uma educação equitativa,
o colégio disponibiliza não só o
ensino regular contratualizado,
mas também cursos profissionais
e de educação e formação de jovens (CEF).
Com um índice de 62% de alunos que ingressam no ensino superior, o director assume que os
“Inteligentes, livres,
construtores solidários”
Todos os anos a instituição adopta
um lema, alusivo a uma temática
ou a um facto comemorativo, e
procura veiculá-lo a toda a dinâmica do colégio. Este ano, “inteligentes, livres, construtores solidários”
foi tema escolhido e, de acordo
com o padre Querubim Silva, pretende “encorajar as pessoas a
pensar, porque pensa-se pouco
e joga-se muito com as emoções.
Encaminhámo-nos para um conceito de liberdade, um exercício
de construção autónoma”.
Com o propósito de pôr em prática
o lema, incutindo valores socialmente relevantes, o colégio participou no projecto Eco Escola.
Limpar o espaço escolar, praias
e locais com plantas invasoras;
recolher material informático;
replantar planças autóctones e
promover a biodiversidade são
algumas das vertentes que a Eco
Escola prevê para um desenvolvimento sustentável.
“Temos desencadeado todas as
Portugal Inovador
Componente desportiva
“Com o desporto adquirem-se hábitos de
disciplina e interacção”, explica o Padre
Querubim Silva. Nesta ambiência, o colégio
privilegia a componente desportiva.
Basquetebol - A equipa de juvenis femininos do Colégio de Calvão sagrou-se hexacampeã nacional do desporto escolar 2011.
Pela primeira vez, nos europeus do Desporto Escolar, o Basquetebol Feminino trouxe
para Portugal a medalha de bronze.
Voleibol – O núcleo de Voleibol Feminino do
Colégio de Calvão arrecadou o 13º troféu do
clube, em 20 anos de existência. Em anos
iniciativas para apresentar uma
oferta pedagógica melhor, em
qualidade e sem descriminação.
Queremos que se manifestem as
qualidades das pessoas e estimulamos a todos, inclusive os que
têm necessidades educativas especiais”, conclui o director.
recentes, no Desporto Escolar, o Voleibol
Feminino arrecadou dois anos consecutivos
a medalha de bronze a nível europeu.
Ténis de mesa – Dois atletas do núcleo do
colégio representaram Portugal nos jogos
internacionais FISEC.
Página Exclusiva 39
Portugal Inovador
Gestão empresarial premiada
O Porto de Aveiro, a par do Porto da Figueira da Foz, registou em 2010 o
seu melhor ano de sempre. O incremento das exportações proporcionou um
crescimento de 25%, reforçando mais uma vez a importância da actividade
portuária no desenvolvimento das regiões onde se inserem.
Depois de uma década de investimentos, o novo Porto de Aveiro
ambiciona tornar-se um dos mais
dinâmicos e competitivos da Faixa
Atlântica da Península Ibérica no
transporte marítimo de curta e média distância. Melhorou significativamente as suas acessibilidades
rodoviárias, ferroviárias e está
em curso a melhoria da acessibilidade marítima. Hoje o Porto de
Aveiro assume um importante papel, como um Porto atlântico mais
próximo da província de Castela
e Leão e promotor europeu de intermodalidade (ligação marítimoferroviária). A Administração do
Porto de Aveiro (APA, S.A), hoje,
conta com 110 colaboradores que
apoiam e coordenam uma das
actividades cruciais ao desenvolvimento do país: o transporte
marítimo e os serviços portuários.
anos: “Fazemos essencialmente
uma gestão empresarial. O meu
passado sempre foi na vida privada empresarial e tenho encarado este desafio precisamente da
mesma forma. Criando valor para
o accionista, neste caso o Estado.
É essa cultura que cultivo e que
tenho conseguido fazer passar
dentro do Porto de Aveiro”.
Para o Presidente da APA, a manutenção deste modelo de gestão
é uma garantia de sustentabilidade futura: “O modelo definido
pelo Livro Branco há cerca de dez
anos, de passar as estruturas portuárias a modelos empresariais,
está a dar os seus frutos. Os portos estão a internacionalizar-se,
o que será com certeza um factor importante para o aumento da
competitividade e crescimento da
economia do nosso país”.
Gestão sustentada
Um Novo Porto.
Uma Nova Estratégia
A APA, S.A., liderada por José Luís
Cacho, é uma das responsáveis
pelo sucesso atingido nos últimos
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Volvidos 10 anos de execução de
um plano de investimentos de ex-
pansão, hoje o Porto de Aveiro é
a mais recente infraestrutura portuária em Portugal. Desde a me­
lhoria das acessibilidades marítimas e terrestres aos projectos de
cooperação europeia, a APA desenvolveu, nos últimos anos, um
trabalho de forte aposta no crescimento dos negócios e no aumento
da competividade do porto. O principal destaque é a concretização
em 2009 da ligação ferroviária do
Porto de Aveiro à Linha do Norte
(da Rede Ferroviária Nacional),
uma ambição com 33 anos de
história. A nova ligação ferroviária
e a fluidez dos acessos terrestres
consolidam a posição do Porto de
Aveiro no contexto da Rede transeuropeia de transportes (RTE-T),
designadamente no corredor estratégico E80 (Ligação Portugal –
França) assumindo as condições
ideais para a captação e reforço
de novos fluxos de mercadorias:
granéis, produtos agro-alimentares e contentores, alargando, assim, o seu Hinterland até Castela
e Leão. “No espaço de um ano
movimentaram-se cerca de 200
mil toneladas por esta via, passando Aveiro a ser o terceiro porto
do país em movimentação ferroviária. São números que revelam a importância no crescimento
do porto, mas também o impacto
positivo que esta ligação poderá
representar no futuro”, afirma José
Luís Cacho. Na prática, este resultado permitiu retirar cerca de 7400
camiões da rodovia, cumprindo assim dois objectivos fundamentais:
um menor congestionamento da
rodovia e o fomento das relações
Portugal Inovador
relações, torna-se necessário que
os portos nacionais prevejam nos
seus planos comerciais iniciativas
adequadas para abordar oportunidades específicas em cada um
dos seus hinterlands.”
Crescimento
e Competitividade
comerciais, através da solução intermodal, com a região de Castela/Leão e Madrid, alargando assim
a área de influência do Porto de
Aveiro até Madrid. Hoje, Aveiro já
oferece dois comboios semanais
de mercadorias, desde Aveiro até
Madrid. Para além disso, estamos
a trabalhar afincadamente com
os operadores, tendo em vista
o serviço ferroviário de um ou
dois comboios semanais para o
corredor de Castela/Leão até Irún
(fronteira com França)”, avança o
admi­nistrador.
Aposta na Cooperação
e Exportação
Com as baterias apontadas para
a exportação, José Luís Cacho é
também presidente da Associação
Portos de Portugal (cujo portal na
web - www.portosdeportugal.pt -
recebe uma média de 4000 visitas
diárias) e presidente da Associação dos Portos de Língua Oficial
Portuguesa (APLOP): “A APLOP
terá um papel importante nesta
nova estratégia porque os portos
poderão criar um intercâmbio,
uma maior ligação de cooperação,
de fluxo, entre outros. As maiores
economias do Atlântico Sul são de
língua portuguesa: Brasil, Angola e
Portugal. Brasil e Angola são paí­
ses com um crescimento acima da
média mundial, por isso existe potencial para explorar. A essência é
apostar num triângulo do Atlântico
Sul que crie valor e contribua para
o crescimento das economias dos
países lusófonos. Um conceito
de rede ao qual deverá ainda ser
agre­gado Moçambique, através de
uma ligação ferroviária e marítima
a Angola. Para potenciar estas
A fase final do plano de desenvolvimento e expansão do Porto
de Aveiro será no início de 2013,
quando concluídas as obras de
prolongamento do molhe Norte:
“Estamos preparados para fazer a
adjudicação desta obra. Arrancará
neste Verão, com um prazo de
execução de ano e meio. É uma
obra de grande importância que
consolidará todo o crescimento do
Porto de Aveiro”, adianta José Luís
Cacho. Este investimento permitira a entrada de navios de maiores
dimensões (em comprimento e calado) e garantirá o reforço da sua
competitividade nas rotas marítimas regulares do Arco Atlântico,
ao mediterrâneo e Magrebe, aos
países de língua portuguesa e a
respectiva ligação aos mercados
asiático e sul-americano.
Por isso, olhando ao actual crescimento do Porto de Aveiro, não será
imerecida a ambiciosa projecção da
APA: “O nosso objectivo é crescer
50% no volume de negócios nos
próximos dois anos e por aí se percebe o patamar que pretendemos
atingir. O objectivo passa por alcançar um volume de negócios de
25 milhões de euros em 2015, algo
que está em linha com o crescimento dos portos, mas que só será possível caso a economia acompanhe
esse crescimento”, conclui.
Página Exclusiva 41
Portugal Inovador
Diferenciação na saúde
O Grupo Centro Médico da Praça é uma das grandes referências na área de
saúde do distrito de Aveiro. Com uma parceria de novos laboratórios em Bragança (Bragança Lab) e Mogadouro (Labdial) e as futuras filiais destes Laboratórios em Vinhais e Alfândega da Fé, o grupo promete acrescentar dimensão
e valor aos seus serviços.
Criado em 1985 por um grupo
de clínicos especializados, o
Centro Médico da Praça (CMP)
foi crescendo gradualmente e
de forma estruturada. Hoje, sob
a administração de Fausto Sá
e filhos, o CMP atingiu uma dimensão considerável e sustentada.
Da sede, em São João da Madeira, são criadas as directrizes que
regulam a gestão das filiais em
Ovar (Clínica de Santo António),
Vale da Cambra (Clínica Médica
Privada de Vale de Cambra),
Policlínica São Tiago do Lobão
(S.ta Mª da Feira-Lobão) e ou­
tras. Através de sociedades,
o CMP estende ainda a sua
acção a Arouca (com o Centro
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Médico de Arouca) e a Estarreja
(com Estação de Saúde, Clínica Médica). Por outro lado, os
laboratórios parceiros criados
recentemente em Bragança e
Mogadouro, permitirão ao grupo
CMP atingir cerca da 40 postos
de colheita, conquistando assim
novos nichos de mercado até
então subvalorizados.
SNS: A eterna luta
Conhecido pelo seu carácter humanitário, o CMP sempre foi um
defensor acérrimo do Serviço
Nacional de Saúde (SNS).
Hoje, Américo Sá dá continuidade à linha de pensamento do
pai: “Defendo que o SNS tem
que continuar a sua existência,
progredindo e melhorando ao
longo do tempo. Nesse sentido,
acredito que cabe à população
tomar parte activa na defesa
deste serviço que é um direito
de todos. Reconheço que, pela
parte económica, seria muito
bom concentrar serviços, mas
esta é uma medida que obriga
ao encerramento de centros de
saúde e hospitais, perdendo-se
assim algo muito importante:
o serviço de proximidade. É
preciso perceber que saúde é,
e continuará a ser, dominada
pelos grandes grupos e estruturas de saúde, e a esses não
inte­r essa estarem localizados
no interior onde, apesar da ren­
tabilidade ser semelhante, não
Portugal Inovador
existe tanta população. Simultaneamente, é do conhecimento
geral que nem toda a população
tem dinheiro para recorrer ao
privado ou pagar mensalmente
um seguro de saúde. Era bom
que assim fosse, mas não é o
que acontece. É nestes casos
que se vê a importância do
SNS”, afirma.
Por isso, e porque a mudança
não se faz de palavras, mas sim
de acções, o CMP já começou
a investir no interior de Portugal: “Quando investimos em
Bragança, com uma parceria
onde o CMP detém 50% da
quota, não olhámos às distâncias a rea­lizar para fazer uma
colheita, nem não olhámos à
população redu­z ida (comparada com os grandes centros).
Atingimos a realização pessoal
através da componente humanitária. É o realizar de um serviço
importante, para uma população muitas vezes esquecida,
aliado à criação de postos de
trabalho, bem como a todo um
conjunto de questões humanas
que deveria existir em todos os
cidadãos”, garante Fausto Sá.
“Defendo que o SNS tem que continuar a
sua existência, progredindo e melhorando ao
longo do tempo. Nesse sentido, acredito que
cabe à população tomar parte activa na defesa
deste serviço que é um direito de todos”
Com base em parcerias
Américo Sá confessa que todo
o seu trabalho de gestão tem
consistido em “dar seguimento à estrutura criada, recorrendo às capacidades próprias
para divulgar os respectivos
serviços”. De resto, o administrador tem baseado a gestão do
CMP nas sinergias criadas com
parceiros de negócio: “Acredito
que o crescimento nunca existe
se não houver bons parceiros e
bons profissionais a desempenhar as diversas funções”. Acrescenta ainda “no nosso percurso
já surgiram diversas propostas
de parceria para outros locais
como na cidade de Aveiro. É um
mercado interessante para nós,
onde exibe algumas carências,
mas para o qual ainda não estamos direccionados. Temos
primeiro que consolidar mercados onde já nos encontramos
posicionados, como Vinhais,
Ovar, Estarreja ou Vale de Cambra, onde vamos desenvolver
maiores estruturas e só depois
avançar nesse sentido, até
porque sabemos de antemão
ser um mercado exigente que
requer muita dedicação”.
Investimento constante
Fausto Sá, analista reconhecido
pela população, mantém o so­
nho antigo de criar uma maternidade em São João da Madeira:
“Gostava de ver nascer crianças
nesta região. Temos pilares da
nossa estrutura que teriam ca-
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Portugal Inovador
“Gostava de ver nascer crianças nesta região.
Temos pilares da nossa estrutura que teriam
capacidade para sustentar a criação de uma
clínica fortíssima ou de um mini-hospital, mas
neste momento ainda não podemos avançar. É
preciso perceber concretamente como vai ficar
organizado o sector de saúde primeiro e a situação económica do país”
pacidade para sustentar a criação de uma clínica fortíssima ou
de um mini-hospital, mas neste
momento ainda não podemos
avançar. É preciso perceber
concretamente como vai ficar
organizado o sector de saúde
primeiro e a situação económica do país”.
No entanto, a reticência em
avançar com este projecto de
grande magnitude não se propaga a outros projectos. O CMP
investiu recentemente mais de
150 mil euros na área da Gastroenterologia: “Temos investido
muito ao longo destes anos, por
exemplo num novo bloco ope­
ratório para as endoscopias
e colonoscopias. Na área da
gastroenterologia, vamos ter
um equipamento diferenciado
a nível nacional. Permite fazer
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uma endoscopia alta ou baixa,
como também permite fazer
uma avaliação das paredes,
não só do estômago, mas também do intestino e de todos os
tecidos envolventes, permitindo
ao médico diagnosticar a possibilidade de crescimento de células cancerosas nesses tecidos.
Este equipamento vai funcionar,
não só para a vertente de rastreio, como para a vertente de
diagnóstico de antecedentes
clínicos”, informa Américo Sá.
Equipa técnica
de excelência
Para o Grupo CMP o capital humano sempre foi um valor indispensável. Por isso, e por querer
manter o estatuto de referência
alcançado, o Centro Médico da
Praça tem especial cuidado na
escolha dos profissionais que
nele actuam: “Apercebemo-nos
constantemente da existência
de médicos que querem trabalhar connosco, mas temos um
critério exigente de selecção no
que aos profissionais diz res­
peito”, assegura Fausto Sá.
Nesse sentido, foram contratados quatro médicos de Coimbra
que se deslocam semanalmente
à Clínica de Santo António, em
Ovar: “Queremos prestar um
serviço de qualidade e estes
foram os médicos que nos garantiram uma maior segurança.
O factor confiança é muito valorizado por nós. Se nos queremos
diferenciar temos de confiar nas
pessoas que aqui trabalham e
nas suas competências, porque
os maus profissionais não têm
lugar no mercado de trabalho”,
salienta Américo Sá.
O CMP continua assim, com
qualidade técnica, tecnologia
de vanguarda e um profundo
cariz humanitário, a oferecer
um serviço de qualidade aos
seus pacientes. O sucesso, que
tem garantido um aumento da
procura, permite ao Grupo continuar os investimentos que o
tornam, cada vez mais, numa
alargada rede de estruturas
destinada aos cuidados de excelência na área da saúde.
Portugal Inovador
O ‘El Dorado’ marroquino
A Sulimet começa a colher os frutos da aposta, iniciada em 2008, em ­Marrocos,
tendo registado um crescimento no ano de 2010 de 48%, em Portugal, e 400%,
em Marrocos.
Num momento em que muito se
fala de mercados emergentes
como Angola ou Brasil, a Sulimet
encontrou o mercado perfeito
para o seu produto em Marrocos.
Dedicada, desde a sua génese,
à produção de painéis de montagem para a produção de cablagens para a indústria automóvel,
a Sulimet teve origem na antiga
Virmousil e no encontro fortuito
dos actuais sócios que a gerem,
Vítor Santos e Manuel Silva.
Na base do crescimento encontra‑se uma sólida ligação à Yasaki,
primeiro em Portugal e depois em
Marrocos, que permitiu à empresa
crescer estruturada e sustentadamente ao longo de 11 anos de
existência. Hoje, o Grupo Sulimet
emprega 18 colaboradores em
Portugal e 40 em Marrocos, facturando um total de 2,8 milhões nos
dois mercados.
Os sócios não ocultam o bom momento que a empresa ultrapassa,
projectando mesmo a abertura de
uma nova empresa mais próxima
de Casablanca.
Cooperação produtiva
A sinergia criada entre Sulimet
Portugal e Sulimet Maroc são
uma das mais-valias do Grupo:
“Nós deslocámo-nos para Marrocos para tentar acompanhar os
nossos clientes. Com a actividade
que tínhamos inicialmente não
conseguiríamos sobreviver em
Portugal, por isso dedicámo-nos
à área da metalomecânica. Em
Portugal fazemos maquinação de
peças metálicas para a indústria
automóvel e um pouco de tudo o
que seja peças metálicas para a
nossa actividade em Marrocos: a
construção de painéis para cablagens”, explicam os sócios.
A exigência do mercado automó­
vel leva a que “exista um controlo
praticamente peça a peça e a que
se invista constantemente em
formação e tecnologia para manter a competitividade”, garante a
administração, que reforça: “Em
Marrocos, no pólo industrial onde
estamos inseridos, existem cinco
multinacionais, só na área das
cablagens, com 15 a 20 mil trabalhadores, por isso é muito competitivo. Mas, no geral, tem sido
um mercado muito bom e com
excelentes perspectivas de crescimento para a Sulimet”, concluem.
Página Exclusiva 45
Portugal Inovador
Ultrapassar barreira dos 50%
A Indelague está empenhada em transpor a barreira dos 50% para exportação.
Com uma nova cara e novos produtos, a empresa de iluminação de Águeda é
cada vez mais um parceiro de negócio apetecível no mercado externo.
Fundada em 1978, mas em cons­
tante evolução, a Indelague soube
acompanhar o que de melhor se
faz no sector a nível mundial. Com
mais de nove milhões facturação
anuais e dos 120 colaboradores,
cresceram as modernas instalações que hoje se distribuem por
17 mil metros quadrados. Uma
imagem renovada e apelativa
que, mais do que beleza estética,
surgiu como necessidade: “Hoje,
vendemos para mercados para os
quais seria impossível vender de
outra forma. São mercados muito
exigentes que exigem um nível de
qualidade muito elevado. Actualmente, a Indelague é uma PME
Líder com capacidade e desenvolvimento. Temos um laboratório
e uma excelente equipa técnica,
temos espaço, organização, um
show-room e tudo isso são mais‑valias para a empresa e para os
nossos clientes. Nesse sentido
era um investimento necessário”,
garante Fernando Silva, administrador da empresa, concretizando
Página Exclusiva 46
com um sorriso: “De investimentos não tenho receio, porque é
nas alturas de crise que se fazem
os bons negócios”.
Virar-se para o exterior
A verdade é que o investimento
realizado tem sido gradualmente
compensado. A Indelague, tal
como projectado, viu as suas exportações aumentarem exponen-
cialmente: “Se em 2010 as nossas
exportações representavam 35%,
no momento actual alcançam os
45%. Estamos a exportar para 35
países, muitos dos quais com um
elevado grau de exigência. Seja
em França, Espanha, Holanda,
Emirados Árabes, Polónia, Áustria, entre muitos outros. Estamos
neste momento a fazer uma aposta nos EUA, Brasil, Venezuela,
Panamá, onde esperamos obter
também resultados positivos”, informa Fernando Silva.
A Indelague para além do mercado externo, não desiste do mercado nacional, mesmo quando
confrontada com alguns entraves:
“Somos uma empresa certificada
há bastantes anos, com produtos
e maquinaria certificados, temos
uma equipa de técnicos no departamento de qualidade que fazem
o acompanhamento até ao cliente,
estamos sujeitos a auditorias caríssimas e eu pergunto: Para quê, se
o Estado depois não dá o devido
apoio e não nos protege? Exigem
tanto das empresas nacionais e no
Portugal Inovador
A novidade dos LED
final nem estamos em pé de igualdade para competir com produtos
provenientes do mercado asiático,
que nem sequer deveriam entrar
na Europa. É evidente que todas
as empresas exportam, eles também podem exportar, mas deveriam também estar sujeitos ao
mesmo grau de exigência que nós
estamos. Porque é que o Estado
não cria uma cláusula que obrigue
a que em todas as obras públicas
exista uma percentagem mínima
de material de fabrico nacional?”,
deixa no ar Fernando Silva.
Sistema DIM
Dedicada ao fabrico de iluminação
e caminhos de cabos e acessórios,
a Indelague aproxima-se cada vez
mais dos desejos de arquitectos,
engenheiros e projectistas: Iluminação inteligente, tendo em vista
a eficiência energética.
Através do sistema DIM, desenvolvido internamente, a Indelague
inova no sector: “Todo o edifício da
Indelague não tem interruptores.
Cada divisão possui uma célula
de presença e uma célula que
mede a intensidade da luz natural.
Isto permite que a luz não só se
ligue automaticamente, a partir do
momento que alguém entra na divisão, como também ajuste a sua
luminosidade para estar em concordância com a luz natural existente nesse local. É um sistema
muito interessante que permite
uma redução dos custos na ordem dos 40%”, garante o administrador.
Apesar de ser ainda um sistema
que exige um investimento relativamente elevado “tem um prazo
de amortização estimado em
quatro anos. Por isso todas as
obras em Espanha integram este
sistema. Em Portugal acontece o
mesmo nos hipermercados Continente, Worten, entre outros”, salienta Fernando Silva.
Graças ao elevado valor de
poupança e ao embrionário estado de desenvolvimento dos
LED´s, Fernando Silva acredita
que esta é verdadeiramente a
solução para o futuro: “As lâmpadas fluorescentes com o sistema
DIM da Indelague apresentam
ganhos elevados que as aproximam dos LED´s, com a vantagem
de serem muito mais económicas.
Depois, acredito que os LED´s
ainda têm um longo caminho
a percorrer. Existem LED´s no
mercado, de origem asiática,
com uma durabilidade muito reduzida e isso gera desconfiança
no mercado. Temos que apostar
em produtos de qualidade e que
garantam os requisitos exigidos,
tendo uma preocupação cons­
tante em dinamizar a sua estrutura para não correr o risco de arruinar um nome que demorou 33
anos a solidificar”.
Por isso, Fernando Silva sabe
bem qual o rumo a tomar: “Temos
noção que os LED´s são o futuro,
por isso estamos a terminar um
investimento avultado no nosso
laboratório para desenvolver ensaios para este tipo de produto.
Por outro lado, contamos com
uma designer para apostar cada
vez mais na área decorativa.
Página Exclusiva 47
Portugal Inovador
Atacar em novas frentes
A Tecnocon prepara um ano marcante ao nível do mercado externo. A empresa
promete aplicar no estrangeiro a mesma filosofia que lhe garantiu o sucesso
nacional alcançado nos últimos 20 anos.
A Tecnocon, tendo nascido dentro
da Arsopi (a casa mãe), começou
por ser um departamento de automação, tornando-se rapidamente numa empresa em virtude
do enorme crescimento da ­Arsopi
na área alimentar e bebidas. A
constante preocupação da ­Arsopi
em apresentar soluções tecnologicamente mais evoluídas, assim como as crescentes preocupações das empresas com vista
à sua modernização começaram
a acentuarem-se, passando as
tarefas que tinham uma forte componente manual, a serem-no de
uma forma mais automatizada,
ficando esse upgrade de equipamentos e instalações a cargo do
departamento que originaria a
Tecnocon.
Em 1989, a Administração da
­Arsopi decide formar a Tecnocon,
em instalações próprias, que entrariam em funcionamento em
1991, com 12 colaboradores.
António Moreira, actual CEO da
empresa e profundo conhecedor
Página Exclusiva 48
do sector, não hesita em frisar:
“O know-how e a experiência
­adquirida ao longo dos anos pelos seus técnicos tem sido um dos
factores cruciais no sucesso desta
empresa. Foi, e mantém-se, uma
preocupação constante da Administração da Tecnocon em dotar a
empresa de meios técnicos, de
forma a garantir boas condições
de trabalho aos seus colaboradores, fomentando o desenvolvimento dos produtos existentes e,
principalmente, a criação de novos”.
clientes. Portanto, dispõe de todas as competências necessárias
na área eléctrica e electrónica
para oferecer aos seus clientes,
independentemente do sector de
actividade onde se enquadrem.
Em complemento, e sempre com
um espírito inovador, tem novos
equipamentos vocacionados para
a área dos lacticínios, nomeadamente na recolha de leite, que poderemos considerar do mais inovador e tecnologicamente evoluído
que existe no mercado mundial”,
salienta António Moreira.
Produtos funcionais
Um mercado global
Apesar da Tecnocon não ter um
cliente alvo específico, tem-se
destacado, particularmente nos
últimos anos, nos sectores alimentar e de bebidas. No entanto,
a empresa demonstra a sua versatilidade nas vendas de projectos
completos para as mais variadas
indústrias: “A Tecnocon oferece
uma gama alargada de soluções
ao mercado, que vai desde as infra-estruturas eléctricas à automação dos processos de fabrico dos
Muito embora a Tecnocon se sinta
perfeitamente à vontade no mercado nacional (até há bem pouco
tempo representava 90% do Vo­
lume de Negócios anual), a empresa tem . “procurado aumentar
a sua quota no mercado externo,
muito embora uma parte bastante
representativa da sua facturação
para o mercado interno tivesse
como destino final o externo. A
estratégia da empresa passa por
diversificar o seu risco de negócio,
Portugal Inovador
factor que a caracteriza desde o
seu início, e pela diversificação de
mercados, que agora explora afincadamente.
Futuro delineado
tendo por isso realizado ao longo
dos últimos anos novos contactos
de forma a penetrar de forma mais
intensa e directamente no mercado externo. É neste contexto que,
face aos trabalhos em curso e à
carteira de encomendas, neste
ano de 2011 o mercado externo
irá representar muito próximo dos
40% do volume de negócios da
empresa. Actualmente já executamos projectos em praticamente
todos os continentes, a título de
exemplo, na Coreia do Sul, África
do Sul, Chile, Argentina, Brasil,
Espanha, Dinamarca, Rússia,
China, Jamaica, Trinidad e Tobago, República Dominicana, Cuba,
Marrocos, Moçambique, Estados
Unidos, Costa do Marfim, entre
outros”, informa o CEO da Tecnocon, que não dispensa as parcerias: “Estamos abertos a novas
parcerias, aliás como já o temos
feito, ainda que de uma forma
ponderada. A empresa analisa
sempre as suas estratégias numa
óptica de médio e longo prazo,
sempre que estas se enquadrem
nos interesses da empresa”.
Especialização técnica
Com 62 colaboradores, a Tecnocon está ciente da importância social que representa para a região
onde se encontra: “Embora seja
uma empresa jovem, este ano faz
20 anos que iniciou a sua actividade propriamente dita, a Tecnocon tem nos seus quadros pessoal altamente qualificado que
lhe confere as competências para
actuar no mercado de uma forma
diferenciada, pelo que uma hipotética deslocalização está fora
da nossa estratégia”, assegura
António Moreira.
A solução adoptada para garantir
a competitividade de produto passa assim pela inovação constante,
Quanto aos projectos de futuro da
empresa, António Moreira coloca,
de forma frontal e assertiva, as
cartas na mesa: “Queremos continuar a dar formação aos nossos
técnicos para que estejam sempre
actualizados de forma a podermos
concorrer aos projectos internos e
externos. O Brasil é um dos nossos alvos, o qual temos vindo a
estudar desde há já algum tempo
e brevemente tomaremos decisões. Temos também uma nova
delegação nos Açores (S. Miguel),
desde Janeiro de 2011, que pretendemos dinamizar e colocar
em pleno funcionamento ainda
este ano. A partir desta delegação
queremos dar uma assistência
mais completa e eficaz aos nossos
clientes do Arquipélago”, conclui,
deixando no ar uma expectativa:
“Continuaremos a trabalhar cada
vez mais e a apostar seriamente
nos mercados externos, de forma
a ultrapassar os sérios problemas
por que todos passamos e passaremos durante mais alguns anos.
O nosso objectivo é conseguir em
2011 ultrapassar o volume de vendas alcançado em 2010”.
Página Exclusiva 49
Portugal Inovador
Qualidade, design e conforto
Três palavras, três definições do produto Euroestante. Em entrevista à Revista
Portugal Inovador, a PME Líder mostra-se confiante no expectado crescimento
no mercado externo.
Com sede em Aguada de Cima
- Águeda, considerada por
muitos como a capital nacional
dos fabricantes de mobiliário
metálico de escritório, a Euroestante soube diferenciar-se
da concorrência. Nos 15 anos
de existência, a empresa criou
parâmetros de rigor, tanto na
produção como no cumprimento
rigoroso de prazos estabelecidos, que garantem uma fidelização contínua dos clientes
que a procuram. A aposta na
qualidade de produtos únicos,
plenos de design, versatilidade
e conforto, tem assegurado, de
forma consistente, a posição de
relevo que ocupam no mercado
nacional.
Página Exclusiva 50
Capacidade interna
Apesar da posição consolidada
alcançada em Portugal, a Euroestante não foge à regra da
generalidade das empresas
portuguesas: “No geral, é um
sector que estagnou o crescimento, tendo mesmo decaído na
maioria dos mercados. No caso
particular do mercado nacional,
o sector encontra-se praticamente parado. Por isso, neste
momento, a empresa tem de ser
dinâmica e procurar soluções no
mercado externo”, explicam os
sócios, Manuel Carvalho e José
Santiago.
Para já, a empresa pode congratular-se por ter investido
tempo e recursos na criação de
condições ideais à concretização
deste novo desafio: “Ao longo do
tempo fomos investindo na empresa. Temos um departamento
dedicado em exclusivo ao desenvolvimento e design de produto.
São quatro desenhadores com
capacidade para responder a
projectos globais e que podem
trabalhar directamente com os
arquitectos”, salienta Manuel
Carvalho. “Por outro lado, alcan­
çámos o estatuto de PME Líder
o que também poderá ser uma
mais-valia no mercado externo”,
completa José Santiago.
Exportação em marcha
Mas este não é mundo totalmente desconhecido para a Eu-
Portugal Inovador
roestante. A empresa que em
2010 apresentou um crescimento de 6,25% já destina, indirectamente, 65% da sua facturação ao
mercado externo. “Estamos com
a nossa capacidade de produção
praticamente esgotada, sendo
que a maioria do produto para
exportação tem como destino
Espanha, França e Angola. São
mercados interessantes para
nós porque, ao contrário do que
acontece internamente, não
apresentam crédito mal parado.
Em Espanha temos dois agentes (Vitória e Badajoz) e em Angola (Luanda) temos um agente
com quem temos uma parceria
que se mantém nos últimos seis
anos. Temos recebido um bom
feedback e isso faz-nos desejar
outros mercados. É o caso do
Brasil, um mercado emergente
com quem já começámos a fa­
zer alguns contactos, nomeada-
mente no Rio de Janeiro. Será
o nosso ponto de partida para
que depois se chegue a outras
áreas”, prevêem os sócios.
O sonho
mantém-se vivo
Manuel Carvalho e José Santiago ainda mantêm o sonho antigo de aumentar as instalações
da empresa. No entanto, a conjuntura económica actual reteve
essa vontade: “Não está descartada a hipótese de criar um novo
pavilhão. É um sonho que, a
seu tempo, vai ser concretizado.
Neste momento o país enfrenta
algumas dificuldades e isso colocou a empresa em stand-by, mas
temos espaço para construção e
gostávamos de ver os 2200m2
actuais duplicados. É um projecto que implicará a contratação
gradual de novos profissionais,
ainda que nesta área seja com-
plicado angariar profissionais
com vontade de trabalhar”.
Apesar de tudo, a Euroestante
mantém a confiança no produto
e no desenvolvimento da empresa pelo factor qualidade:
“A Euroestante está completamente aberta a projectos, para
os quais tem capacidade para
desenvolver soluções à medida.
Somos uma empresa sólida que
se afasta da competição pelo
preço, preferindo apostar na
qualidade. Temos consciência
que a nossa grande mais-valia,
tanto no mercado interno como
no mercado externo (principalmente em França) é possuir um
produto fabricado e inovado por
nós, por isso visitamos regularmente feiras internacionais para
conseguir aplicar as tendências
mundiais ao fabrico persona­
lizado do nosso produto”, complementam os sócios.
Página Exclusiva 51
Portugal Inovador
Mestres do sabor tradicional
A Casa do Crespo, empresa de Aveiro especializada nas artes da pastelaria, é
um exemplo do que uma mente empreendedora pode concretizar em tempos
de crise.
Se há empresas das quais dificilmente se consegue vislumbrar
os primórdios da sua existência,
a Casa do Crespo é certamente
um desses exemplos. Das dificuldades à bonança, a empresa
atravessou mares e tempestades
até se conseguir afirmar como
uma das empresas nacionais mais
fortes neste ramo.
Uma história deliciosa
Quando Adelaide Lourenço, mentora e sócio-administradora deste
projecto, afirma que a empresa
“começou quase por brincadeira”,
está realmente a ser genuína. A
Casa do Crespo, ainda antes de
ser denominada dessa forma,
nas­ce na cozinha desta mulher
de garra: “Quando a empresa onde
o meu marido e filho mais novo trabalhavam foi à falência pensei imediatamente em fazer algo que nos
pudesse ajudar a viver o dia-a-dia. E
foi assim que sugeri ao meu marido
Página Exclusiva 52
começar a fabricar natas do céu
em casa, para que ele as tentasse
vender em restaurantes com o
meu filho. Inicialmente tive de
pedir 40 contos emprestados para
comprar algumas coisas, mas foi
esse o nosso arranque. As primeiras natas foram vendidas a 18 de
Março de 1992”, relembra.
O sucesso da receita artesanal foi
quase imediato, obrigando Ade­
laide Lourenço a trabalhar dia e
noite até ao momento em que surgiu nova decisão na família: “Tivemos que nos mudar para a garagem porque a cozinha começou
a ser pequena para tantas encomendas”, relembra Cláudio Arsénio, filho mais novo e actual director comercial da empresa.
A família apresentava já algu­mas
características
determinantes
ao futuro empresarial que viria a
desenvolver: “Naquela altura os
restaurantes não vendiam sobremesas por isso deixávamos
amostras. E resultava. Às vezes
ligavam-nos no mesmo dia a pedir
para entregar mais”, recorda Cláudio Arsénio, filho mais novo e actual director comercial da Casa do
Crespo. Foi numa dessas entregas que resultou o contacto que
alavancaria de uma vez por todas
a empresa: “Um dia, o gerente do
Feira Nova provou uma das nossas natas num restaurante para
quem fornecíamos e ficou tão impressionado que pediu o nosso
contacto ao dono. Depois, de uma
reunião, começámos a fornecer
para o Feira Nova”, explica Ade­
laide Lourenço.
A empresa até então em nome de
Manuel Arsénio, patriarca da família, adoptaria o nome de Casa do
Crespo. “Não queríamos um nome
industrial, por isso recuperámos
o apelido do nosso avô e demos
início a esta empresa em 1998, já
num novo armazém e com mais
quatro colaboradores”.
Hipermercados não lhe
resistem (mudar esta frase)
Não tardaria a que Casa do Cres­
po se transformasse numa empresa de sucesso fornecedora
de todas as marcas brancas de
hipermercados nacionais : “Não é
fácil trabalhar com a grande distribuição. Para nós é bom porque
as casas de distribuição olham
para a Casa do Crespo como
empresa de referência. Por outro
lado, também sabemos que não
é fácil encontrarem fornecedores
de qualidade, com o preço e capacidade de produção que eles
procuram. Isso dá-nos uma vantagem em relação à concorrência”,
garante Cláudio Arsénio.
Portugal Inovador
da empresa. Por isso, a Casa do
Crespo está já a sondar mercados
como Suiça, Luxemburgo, França,
entre outros: “Queremos manter o
que temos e crescer no mercado
externo. Vamos continuar a actua­
lizar a nossa produção e estamos a pensar comprar um novo
armazém de frio. Só estamos à
espera de uma boa oportunidade.
Esperamos crescer cerca de 10%
este ano, o que nos permite aumentar a rentabilidade da empresa”, conclui a gerência.
O segredo desta procura, que dá
trabalho a 52 colaboradores, com
um crescimento anual de 30%
- prende-se com a unicidade de
produto: “Procuramos ter produtos que embora sejam produzidos
em quantidades industriais, mantenham a mão humana no pro-
cesso. Tem que ter sempre aquela
característica tradicional que todos apreciam”, assume Manuel
Arsénio.
Crescimento previsto
Adelaide Lourenço é a primeira
a dizer que ainda espera mais
Página Exclusiva 53
Portugal Inovador
Mudar a estratégia,
manter o conceito
A Interforma, referência do mobiliário contemporâneo nacional, prepara ­algumas
novidades na sua estratégia de futuro. Planos no papel, que ­gradualmente
­estão a ser colocados em prática no mercado nacional e angolano.
Decorria o ano de 1976 quando
Alberto Ferreira inaugura a Casa
Ferreira Móveis. O espaço, destinado à venda de mobiliário, seria
o tubo de ensaio para o que é hoje
o Grupo Interforma. Com 16 espaços de exposição, conta com a exclusividade da prestigiada marca
Divani & Divani, actualmente com
lojas de marca e outlets e com uma
cadeia de lojas especializadas em
decoração, design e mobiliário
contemporâneo, que o mercado
conhece sob a marca Interforma.
O Grupo Interforma é hoje um dos
mais fortes grupos empresariais
no sector de mobiliário contemporâneo em Portugal. O conforto,
design atraente e qualidade de
produto são característicos que a
segunda geração da família reconhece como imagem de marca e que
por isso, faz questão de potenciar
na empresa. Anabela, Rui e Maria
do Carmo Ferreira, descendentes
do patriarca e fundador Alberto
Página Exclusiva 54
Ferreira, herdaram a responsabilidade de gerir as redes que detêm
e que podem ser apreciadas por
todo o país.
Contando com a preciosa ajuda de
114 colaboradores, os administradores esperam aumentar o volume
de facturação alcançado em 2010,
contando com a sua visão estratégica para enfrentar com novidade
as dificuldades e os desafios que
os próximos anos nos reservam.
Design com tecnologia
No Grupo Interforma, o negócio
há muito que deixou de ser vender
móveis.
Anabela Ferreira é peremptória
quando afirma: “Hoje somos muito
mais do que uma empresa de
móveis. Oferecemos ao cliente um
conjunto de soluções e mais-valias
que nos distinguem da maioria dos
concorrentes. O Grupo Interforma
conta com um Gabinete de Design
e Decoração, onde profissionais
com experiencia comprovada, utilizam as mais recentes soluções
tecnológicas, no serviço que diariamente prestamos a todos os nossos clientes. Contamos ainda com
as excelentes equipas de profissionais que trabalham nas nossas
lojas, todos altamente qualificados.
A nossa assinatura distingue-se
pelos produtos, mas, e eu diria
mesmo, essencialmente, pelo
serviço personalizado que nos orgulhamos de oferecer ao mercado
nacional, e não só.
Make It Real
Somos responsáveis pela introdução no mercado português
de grandes marcas internacionais,
aproximando a exigência do mercado do que de melhor se faz no
mundo. Acreditamos que quanto
mais preparados estivermos, maior
será a nossa exigência e a nossa
capacidade de responder internamente às necessidades na área da
Portugal Inovador
decoração e do design.
Conhecedora da realidade portuguesa nesta área, decidiu a Interforma promover o Interforma
Make it Real, cuja primeira fase
decorreu no ano passado. Pretendeu com esse projecto aproximar
os jovens designers da realidade
que os espera, ajudando-os a preparar e a defender o seu portfolio,
verdadeiro cartão-de-visita destes
profissionais.
Foram 3 dias de trabalho intenso,
com um júri internacional, um workshop orientado pela responsável
da Area de investigação e Design
da Rolf Benz e ainda de um dia de
conferências, onde os jovens pude­
ram ouvir palestrantes de reconhecido nome internacional, designers
consagrados e premiados que se
disponibilizaram a vir apresentar e
partilhar as suas experiencias com
os nossos jovens.
O desafio proposto aos jovens
teve a aceitação esperada, surpreendendo a elevada qualidade
dos resultados: “Este era projecto
com dois objectivos muito claros.
Foi uma forma de premiar as qualidades e competências dos jovens
designers portugueses, e de partilhar com eles os conhecimentos
que as muitas sinergias internacionais nos proporcionam, pondo assim ao serviço dos futuros opinion
leaders deste país o nosso know‑how acumulado”, explica Rui Ferreira. “Os resultados foram muito
bons. Uma jovem foi premiada com
um estágio de duas semanas na
Rolf Benz e o primeiro classificado
ganhou um estágio de 3 meses na
maior empresa de mobiliário alemã
– Hulsta. Durante 12 semanas fez
parte do Gabinete de Investigação
e Design dessa grande empresa,
tendo assumido um projecto que
garantiu à Hulsta a apresentação
de um novo sistema de abertura
de roupeiros na feira de Milão, em
Abril último”.
Interforma sente que é sempre
possível fazer melhor. Mudam os
tempos, mudam as abordagens,
numa constante adaptação ao
mercado e de participação activa
na evolução do sector.
E houve que tirar consequências
práticas dessa capacidade de
adaptação. Ou seja, se em tempos
a divulgação massiva das marcas
Interforma e Divani & Divani era
uma necessidade evidente, fazendo por isso sentido estar posicionada nos diversos shoppings do país,
hoje, esse é um objectivo mais que
superado. Por isso, os administradores questionam-se sobre a
viabilidade de manter tantos espaços: “Quando criámos um edifício
próprio em Alfragide, construído
de raiz a pensar na decoração e
na casa, sabíamos, à partida, que
isso implicaria a médio/longo prazo
o encerramento de algumas lojas.
Mas era um passo natural. Hoje,
o Home Space é seguramente o
melhor espaço dedicado em exclusive à decoração e à casa do nosso país e, para nós, é uma forma
de apresentar as nossas soluções,
concentrando esforços num mesmo espaço. Se pensarmos que
em Lisboa se situa 65% do nosso
mercado, então facilmente se compreende o investimento”, afirma
Anabela Ferreira. “É evidente que
os shoppings foram fundamentais
para nós, enquanto propulsores
de divulgação da nossa marca,
mas essas parcerias encontramse numa fase em que se impõe
reanalisar vantagens e objectivos.
Estamos a analisar bem a renta­
bilidade dos nossos espaços,
sendo provável existirem algumas
mudanças a médio/longo prazo”,
completa.
Seduzidos pelo
mercado externo
Mudanças poderão ocorrer também
ao nível do mercado externo, onde
Adoptar novas estratégias
Apesar do sucesso alcançado, a
Página Exclusiva 55
Portugal Inovador
a Interforma ainda não tem grande
expressão, mas para o qual tem recebido diversas propostas: “Actualmente, o mercado externo está em
crescimento. Representa cerca de
10% da facturação total do grupo e
apenas para Angola. Sentimos que
se tivermos um ponto de venda em
Luanda poderemos crescer muito
mais, mas ainda aguardamos as
parcerias correctas para que isso
aconteça. No mercado angolano já
somos conhecidos pela qualidade
do nosso produto e pela qualidade
da assistência. Depois temos as
vantagens que nos garante a qualidade do nosso serviço ao cliente,
que nos possibilita apresentar
soluções totalmente personalizadas, qualquer que seja a necessidade do cliente ou do profissional
que nos procura e onde quer que
ele se possa encontrar.
Por outro lado, “também ao nível
do Brasil sentimos que poderemos
ter uma palavra a dizer. Temos o
know‑how, as parcerias e as siner­
gias necessárias. E ainda a vantagem da língua e da proximidade
cultural. Justifica-se pois, que seja
um dos passos que pretendemos
dar num futuro muito próximo”,
afirma Rui Ferreira.
Página Exclusiva 56
Novidades apresentadas
Recentemente, a Interforma apresentou também uma novidade na
política de vendas. Com o projecto “Stock In”, que decorreu
entre 9 e 17 de Julho, a empresa
possibilitou a compra de mobiliário e objectos de decoração a
preços únicos. Marcas como Pianca, Rolf Benz, Hulsta, Tonon,
Ruckstuhl, Reflex, Zanette, entre
muitas outras, dis­ponibilizaram
os seus stocks aos clientes portugueses. No site da Interforma
estava disponível um catálogo
online bem como na sua página
do Facebook.
Mas a nossa atenção também
recai numa classe específica de
profissionais, para os quais já
existem diversas parcerias: “Estamos a abordar os arquitectos,
os decoradores e designers que
desenvolvem a sua actividade no
mercado nacional, e também os
que trabalham em projectos internacionais. Todos sabemos que a
exclusividade é um ponto comum
e desejado e a Interforma pretende criar um pacote específico
de produtos destinados apenas a
estes profissionais.
Portugal Inovador
Dar alma ao seu jardim
Com um leque variado de produtos, a Artefactos Pereira possui tudo o que
precisa para dar uma nova vida ao seu jardim. O novo armazém de 1400m2
garante um stock permanente com capacidade para responder ao constante
aumento da procura.
Em pouco mais de uma década
a empresa Artefactos Pereira
tornou-se uma referência na área
do mobiliário de jardim. Desde
fontes, vasos, mesas, floreiras ou
pequenas relíquias de decoração,
a empresa produz o que de me­
lhor se faz em cimento e pedra
nesta área.
A qualidade do produto, o cumprimento de prazos e a experiência
de António Pereira asseguraram
a fidelização do exigente mercado francês. Hoje, com 95% da
produção a ser absorvida pela
França e sem mãos a medir
para tanto trabalho, a Artefactos
Pereira viu-se obrigada a aumentar as suas instalações: “Foi uma
necessidade, mas também uma
forma de conseguir dar uma resposta eficaz aos nossos clientes.
Este é um sector sazonal em que
é preciso armazenar a produção.
Assim, passamos a contar com
um total de 3000m2 de área coberta. Uma mais-valia para a empresa”, afirma o administrador.
Dificuldades a ultrapassar
Mas este investimento conside­
rável (275 mil euros) foi pensado
para o mercado externo: “O país
está na miséria e a palavra é
pequena para dizer tudo o que
vai cá dentro”, confessa António
Pereira, “por isso a tendência é
trabalharmos cada vez menos
com o mercado nacional. Este investimento no parque tecnológico
seria impraticável se não contássemos com o mercado externo.
Em Portugal, para além de não
termos ajudas, estamos sobrecarregados de impostos. Em vez de
sobrecarregar as empresas com
encargos fiscais, “exemplo eu
pago só de I.M.I qualquer coisa
como 3500€ ou seja 700 contos
na moeda antiga”.
O administrador deixa ainda um
desejo para este ano, “o Estado
português já tem o IVA de 125.000
euros que ainda não recebi dos
meus clientes isto porque a justiça
entre os países membros da UE
não funciona, então muito desse
dinheiro estará perdido”.
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Portugal Inovador
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Portugal Inovador
Página Exclusiva 59
Portugal Inovador
Consultoria e Gestão: Sistemas
de Informações empresariais
A VIA Consulting, para além da experiência, tem as competências e os conhe­
cimentos que lhe permitem ajudar os clientes a ter sucesso nos mercados em
que actuam. E foi com o objectivo de criar uma empresa de consultadoria de
referência na inovação em sistemas de informação empresariais, que o projecto VIA Consulting foi idealizado.
Com experiências profissionais
únicas e com um profundo conhe­
cimento intrínseco no que à área
da Consultadoria de Gestão e
Sistemas de Informação concerne,
Luís Sant’Ana Pereira, presidente
executivo da VIA Consulting, revela que a empresa está apostada
em “investir no desenvolvimento
de várias soluções próprias que
respondam às necessidades dos
consumidores e que visem facilitar o seu quotidiano”. Ao longo
de 20 anos, adquirir o máximo de
know-how nesta área, fez com
que o presidente executivo percorresse os quatro cantos do mundo
e se tornasse um “guru” na Consultadoria de Gestão e Sistemas
de Informação. “Foram 20 anos
de experiências espalhadas pelo
Mundo”, confirma.
Sistemas inovadores
e diferenciadores
A VIA Consulting é caracterizada
como uma empresa de consultadoria apostada na área da Consultadoria de Gestão e de Sistemas
de Informação, mas focada em
sistemas inovadores e diferenciadores para as empresas. A ideia
foi desenvolver uma empresa altamente especializada em áreas
que o mercado, de alguma maneira, reconhece aos profissionais
que aqui trabalham, sendo sempre
muito vocacionada para sistemas
empresariais. Ou seja, “indo buscar novas tecnologias e desenvolPágina Exclusiva 60
Portugal Inovador
vendo soluções próprias passíveis
de ter aplicabilidade às empresas
e que proporcionam benefícios
que devem ser, na nossa opi­
nião, quantificáveis”, comenta Luís
Sant’Ana Pereira que aproveitou
para explicar em que se baseou
para definir o nome VIA Consul­
ting. Este surge baseando-se nos
três pilares que melhor definem,
descrevem e diferenciam o projecto VIA Consulting: Vision, Innovation e Accuracy. “É a capacidade
de ter a visão e de ser inovador,
mas fazê-lo com acerto e possibilidade de medir com precisão”,
explica. A empresa disponibiliza soluções que, em função dos
requi­sitos e especificidades de
cada empresa e entidade, contribuem para o sucesso dos seus
clientes afinal, desde a sua fundação, em 2008, que esta trabalha
de acordo com as necessidades
e particularidades dos mercados
onde opera. No mundo dos sistemas de informação, a primeira coisa é conseguir entender o modelo
de negócio da empresa em causa
e entender quais os processos que
contribuem para o core business
da empresa. “É importante assumir
que não podemos saber todos os
processos de todas as empresas,
mas como é claro existem os que
conhecemos bem como sendo os
relacionados com a tecnologia ou
o uso intensivo de tecnologia. Por
exemplo, no sector bancário que
é uma parte importante do nosso
background, do ponto de vista da
nossa profissão, na área das tecnologias de informação. Desde
cedo que temos vindo a participar
nos grandes projectos de transformação de Sistemas de Informação
no sector bancário em Portugal”,
ressalva Luís Sant’Ana Pereira.
Optimização de processos
“Na VIA Consulting realizamos
projectos de consultadoria em
sistemas de informação; desenvolvemos soluções e produtos
próprios inovadores; implementamos plataformas que repre-
sentamos e contribuímos para o
sucesso dos nossos clientes no
presente e no futuro”. Para Luís
Sant’Ana Pereira estes são os pontos tidos como core da empresa e
que fez questão de traçar os pontos seguidos desde a fundação.
A área das tecnologias em áreas
como a opti­mização das empresas, ou seja, elevar o patamar da
exigência da gestão empresarial
vem dos primórdios. “A primeira
coisa a fa­zer foi seguir uma linha
de soluções que assentam nos
serviços que implementamos e
que começa com uma plataforma:
Carbonview – que permite às empresas registar, medir, monitorizar
e gerir os níveis de emissão de
carbono relativos à sua actividade.
Apurar, gerir e optimizar os níveis
de emissões de carbono é antecipar uma futura obrigação, e potenciar a optimização dos processos
operacionais e respectivos custos
de uma empresa”, explica.
Aqui, tal como em outros serviços,
a VIA Consulting aplica os seus
Página Exclusiva 61
Portugal Inovador
“A solução VIA Enterprise Digital Writing é composta por uma tecnologia que representamos e
que permite de forma segura capturar e interpretar a escrita manuscrita, disponibilizando-a
em formato que viabilize a sua integração”
conhecimentos, com a representação de empresas internacio­
nais, em Portugal e em países de
língua portuguesa. Numa busca
permanentemente pelas melhores
soluções em que a proposta de
valor faça sentido e em que o
­cliente tenha uma relação directa e
imediata de investimento e benefício, tudo o que está interligado às
empresas é possível de ser desenvolvido. A destacar também como
linha vertical da empresa estão as
soluções de Power Management que permitem a redução de consumos de energia de computadores
(PC’s), telefones IP e aparelhos
de ar condicionado – são soluções
com um forte contributo para a
diminuição dos consumos de
­energia das empresas. Importante
referir são também as soluções
de Digital Signage – soluções que
Página Exclusiva 62
possibilitam a comunicação digital
em vez da analógica. O custo dos
equipamentos digitais tem vindo
a diminuir significativamente, logo
o investimento é menor para as
empresas. Nesta sequência, a VIA
Consulting trouxe para Portugal
uma solução inovadora: vidro de
cristais líquidos. Nos vidros podem
ser projectadas imagens digitais.
Por outro lado, os sistemas de
Digi­tal Signage podem ser implementados em quiosques ou terminais.
Desenvolvem componentes e so­
lu­ções que têm a ver com a optimização de processos. Tecnologias que confiram mais eficiência
aos processos e que reduzam o
risco operacional das empresas.
“A solução VIA Enterprise Digital
Writing é composta por uma tecnologia que representamos e que
permite de forma segura capturar
e interpretar a escrita manuscrita,
disponibilizando-a em formato
que viabilize a sua integração”,
desvenda o presidente executivo.
Para tal, a VIA Consulting desenvolveu o VIA EDW Integration
Framework, que simplifica e facilita a integração das informações
interpretadas, e respectivas imagens, com os demais sistemas de
informação. A solução optimiza de
forma significativa os processos
associados ao processamento de
formulários, porque permite reduzir tempo e esforços, e agiliza
o acesso às informações. Apostar
na utilização de tecnologias que
“acreditamos que vão vingar em
determinadas regiões do mundo”,
é importante. A tecnologia USSD é
uma delas e permite utilizar o telefone como terminal para qualquer
coisa. Mesmo este não tendo internet nem software. O objectivo é ir
além fronteiras e alcançar as economias que crescem. Esta é uma
das linhas verticais que se está a
transformar numa linha de negócio
relevante dentro da VIA Consul­
ting e que trouxe várias oportunidades que vieram dar origem a
um quinto vertical que desenvolve
Portugal Inovador
“É importante assumir que não podemos saber todos os processos de todas as empresas, mas como é claro existem os que conhe­
cemos bem como sendo os relacionados com a tecnologia ou o uso
intensivo de tecnologia. Por exemplo, no sector bancário que é uma
parte importante do nosso background, do ponto de vista da nossa
profissão, na área das tecnologias de informação. Desde cedo que
temos vindo a participar nos grandes projectos de transformação de
Sistemas de Informação no sector bancário em Portugal”
alguns produtos daquilo que são
aplicações informáticas para determinado tipo de propósito e de
negócio. “Uma das áreas onde
estamos claramente a trabalhar é
a representação de uma empresa
na Turquia na área dos loyalties,
dos cartões, etc. Daqui vamos
sempre abrindo outros verticais
que nos permitem enriquecer todo
o nosso know-how e mercado”, reforça Luís Sant´Ana Pereira.
Serviço aliado à solução
Os serviços de consultoria da VIA
Consulting seguem missivas organizadas tendo em conta as competências mais adequadas face às
orientações estabelecidas e aos
serviços que representam.
São vários os serviços que oferecem, como sendo a de Information
Technologies, onde a experiência
comprovada da empresa lhe permite participar na definição de planos estratégicos de tecnologias de
informação, bem como na elaboração dos planos de transição e/
ou transformação que se mostrem
essenciais. A VIA Consulting define aqui arquitecturas de sistemas
de informação, assegurando a
adequabilidade das soluções que
desenha e/ou implementa, desenvolvendo sistemas de informação
em diversas plataformas, de modo
a implementar os automatismos
relativos às necessidades e re­
quisitos dos processos de negócio. Um outro serviço é o Process
Consulting. Aqui é feita a análise,
o desenho e a optimização de processos, tendo em consideração
as necessidades e os objectivos
de negócio, bem como as tecnologias de informação utilizadas ou
por utilizar. Segue-se também o
Manage­ment Consulting. Desenham e implementam os processos, meios e mecanismos, de forma a assegurar que os projectos
são definidos e monitorizados, de
acordo com os objectivos estabelecidos. Por último, mas não menos importantes está o Business
Consulting, que são serviços que
permitem realizar projectos em
conjunto com o cliente, de modo a
definir novos modelos de negócio
que lhe permitam concretizar os
desafios a que se propõem.
“A essência da empresa
são as pessoas”
Os colaboradores da VIA Consul­
ting olham para um desafio empresarial com o gosto de que é
necessário ultrapassa-lo. Fazem
tudo, quer a implementação destas soluções quer os projectos
específicos sem nenhuma tecnologia definida à partida. “A VIA
Consulting não tem desejo de ter
um grande número de funcionários
para além daquilo que nos permite
manter a nossa actividade como é
hoje dentro deste espírito. A essência da empresa são as pessoas”,
enaltece o entrevistado. A componente de serviços é fundamental
para o cliente. Nas áreas em que
a VIA Consulting trabalha, é claramente uma empresa de vanguarda e que aceita trabalhar em situações de risco. “A experiência, as
competências e os conhecimentos
dos nossos profissionais aliados a
tecnologias inovadoras, permitem‑nos concretizar soluções que
res­pondem às necessidades e às
expectativas dos nossos clientes”.
Os 30 profissionais que fazem
parte dos quadros da VIA Consul­
ting são criteriosamente seleccionados. Os processos de recrutamento implementados privilegiam,
além das competências técnicas
do candidato, o seu perfil face
aos valores da VIA Consulting. Os
requisitos de exigência, aliados
à necessidade de excelência na
execução dos projectos que rea­
lizam, obrigam a proporcionar aos
colaboradores as condições ade­
quadas para o desempenho das
suas actividades, bem como um
plano de carreira atractivo. “Uma
empresa com dedicação, empe­
nho e espírito de conquista e totalmente empenhada em garantir o
futuro da empresa através do su­
cesso dos nossos clientes”. Quanto às linhas de futuro da VIA Consulting estas vão privilegiar por se
manter na senda do que tem sido
até hoje: crescimento assegurado
com a constante apresentação de
novas soluções que vão sempre
ao encontro das necessidades do
cliente.
Página Exclusiva 63
Portugal Inovador
A vertente humana é prioritária
A Clínica Médica Dr. José Belmiro mantém o título de maior clínica de medi­
cina dentária e estomatologia do distrito de Aveiro. O aumento da procura por
parte dos pacientes em 2010 consagra mais uma vez a filosofia humana que
rege todas as práticas.
José Belmiro é, mais do que
admi­nistrador da Clínica Médica
Dr. José Belmiro, um médico reconhecido e com conhecimento
no sector. Nas quatro clínicas em
que é responsável (São João da
Madeira, Oliveira de Azeméis, S.
Roque e Ovar) o médico perpetua
as directrizes de carácter humano
assumidas nas últimas duas décadas: “Nunca nas nossas clínicas o aspecto comercial será sobreposto aos princípios cerrados
de beneficência, à qualidade e
à bondade que deve presidir ao
acto médico. Embora fundamental para a sobrevivência, não é o
aspecto central da nossa acção e,
como médicos, penso que essa é
a característica que nos deve distinguir. Nas nossas clínicas são
normas impostas e respeitadas
por todos aqueles que integram a
equipa”, garante.
Os riscos actuais
Enquanto médico, gestor, mas
também como cidadão informado, José Belmiro não esconde a
Página Exclusiva 64
inquietação com o rumo da medicina dentária em Portugal: “Reconheço que a área da saúde,
que absorve imensos recursos
(ainda assim, insuficientes para
as necessidades), iniba o Go­
verno de concretizar a integração
dos médicos dentistas no Serviço
Nacional de Saúde, no entanto
essa é também uma das razões
que leva ao êxodo de centenas
de profissionais para fora do país.
Por outro lado, apercebo-me da
falta de prudência na formação
académica em numerus clausus,
tanto no ensino privado como
público”.
Para o especialista em estomatologia é grave que se despreze
a qualidade em virtude da quantidade: “Há um excesso de profissionais em formação, com muito
pouco tempo de estágio e pouca
prática a nível universitário. Saem
profissionais titulados (com Bolo­
nha, requintadamente, mestres),
mas que na prática têm uma
quali­dade inferior. Estamos também a assistir a uma deturpação
de ensino, visto que quem ingressa pela via de medicina dentária
e estomatologia augura sempre
o seu consultório privado. Como
será possível se já ultrapassamos os 6000 profissionais de uma
só especialidade num país tão
pequeno? O que acontece é que
os jovens ou encontram empresas
com dimensão aceitável, como
a nossa, e são tutelados no seu
trabalho evoluindo e tornando-se
bons médicos, ou então abrem o
seu próprio gabinete com as limitações que têm”.
Defender o paciente
A missão da empresa “foi determinada pela minha mãe, enquanto
administradora e minha educadora. Ainda hoje, dentro das dificuldades físicas que tem, continua a
colaborar na clínica com paixão.
O facto de gostarmos daquilo que
fazemos é o que nos torna dife­
rentes”, reforça José Belmiro.
Talvez por isso não tenha ainda
abandonado os cheque-dentista:
“Nós aderimos numa perspec-
Portugal Inovador
Curriculum Vitae
Habilitações Literárias:
•1991- conclui a licenciatura em Medicina Dentária, Universidade do
Porto, com a classificação de 14,4 val.
•1992- Frequência do 1.º ano de Gestão de Pequenas e Médias
Empresas, ISDV.
Serviço de Bioquímica da Faculdade de Medicina do Porto.
•Março de 2003 a Junho 2004-Curso de Especialização em Ortodontia,
Fundação Gnatus, Madrid.
Actividades docentes e profissionais:
•Regente da cadeira de “Gestão de Serviços de Saúde”, no Master em
Administração da Saúde, Instituto Superior Miguel Torga, Coimbra.
•Desde 1998, director clinico e administrador de uma organização privada
Graduações/Especializações:
de prestação de cuidados de saúde.
•Janeiro de 2003/Outubro de 2004-Especialização em Bioética, pela
•Desde 1991 exercício privado de Estomatologia/Medicina Dentária.
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, com a notação de
•1989/90– Professor de Técnicas Especiais de Saúde e Socorrismo, na
17 valores.
Escola Secundária Ferreira de Castro.
•Janeiro de 2002/Março de 2003-Graduação em Gestão e Administra•1989 a 1991 – Monitor no Serviço de Imunologia, Faculdade de Medicina
ção Hospitalar, pela Universidade Portucalense Infante D. Henrique,
da Universidade do Porto, sob tutela do Prof. Dr. José Luís Delgado.
Porto, com a notação de 17 valores,
•Maio de 2000/Julho de 2001-Graduação em Implantologia Intra e
Obras Literárias:
Extra Oral, pelo Serviço de Cirurgia Experimental da Faculdade de
•Co-autor de: Dependências Individuais e Valores Sociais, Associação
Medicina da Universidade do Porto.
Portuguesa de Bioética, Gráfica de Coimbra, 2004 (pp. 181-208).
•Dezembro de 2000/Julho de 2001-Graduação Avançada em Cirurgia
•Co-autor de: Política de Saúde, Editora da Universidade Portucalense,
Oral, pelo Instituto Superior de Ciências do Norte.
Porto, 2003 (pp. 91-107).
•Co-autor de: Afectação de Recursos para a Saúde: Perspectivas Para
Outras:
Um Novo SNS, Gráfica de Coimbra, Coimbra, 2003 (pp. 171-191).
•Abril a Junho de 2010- Curso de Reabilitação Oral de Maxilares
•Autor de: Absentismo Médico nos Hospitais Portugueses, obra admitida
Atróficos, Nobel Biocare, Porto.
•Janeiro a Fevereiro de 2004 – Curso de Actualização em Bioquímica, ao Grande Prémio BIAL 2003 (22 pp.).
tiva de apoio ao Estado Social,
não com interesses financeiros.
Digamos que como gestor não os
deveria aceitar, mas como médico aceito-os. Sempre fez parte
da filosofia da clínica prestar os
melhores cuidados de saúde a
preços socialmente comportáveis.
O facto de termos uma dimensão
muito grande e tratarmos muitas
pessoas possibilita-nos a compra
do que melhor há no mercado em
grandes quantidades, por isso
a preços inferiores. São vantagens como essas que asseguram
muitos clientes e lucros que são
aplicados nas clínicas. Independentemente da humildade das
instalações, os pacientes encontram aqui a melhor tecnologia que
existe no mercado”.
Futuramente, José Belmiro não
pensa em abrir mais clínicas,
preferindo manter a qualidade das
quatro existentes. No entanto não
esconde a vontade de garantir a
exclusividade dos restantes membros da equipa: “A maioria dos 14
profissionais de estomatologia já
funciona nesse regime, mas pretendo estender aos restantes”.
Página Exclusiva 65
Portugal Inovador
“Saber é poder”
A Revista Portugal Inovador entrevistou José
Nogueira, da sociedade
de advogados RSN,
numa conversa acutilante sobre a advocacia
e Justiça em Portugal.
Como surgiu a RSN –
­Remelgado, Silva Nogueira &
Associados – Sociedade de
­Advogados?
Surgiu em 2001, na realidade éramos três advogados, que já então
partilhávamos escritório. Já há algum
tempo que tinha ideia em avançar
para a prestação serviços jurídicos,
através de uma organização que
pudesse proporcionar aos clientes
um grau de especialização e rapidez
na resposta, que fosse a adequada
aos tempos e às dificuldades que
os nossos empresários hoje em dia
enfrentam. Com efeito, há muito que
considerava que as PME, especialmente no Norte do País, não tinham
ao seu dispor serviços jurídicos, com
a qualidade e especificidade, que
uma só organização de profissionais
pode prestar.
Daí a ideia de se criar uma organização que tentasse encerrar o melhor
de duas práticas: a personalização
e o contacto directo com o cliente
do escritório tradicional, com o grau
de especificidade e experiência que
uma prática colectiva de advocacia
proporciona, o que me levou então
a desafiar a Dra. Fátima Remelgado
e a Dra. Antónia Leite de Sousa.
No entretanto, a Dra. Antónia saiu,
sendo que voltamos a ser um trio em
2010, com a entrada da Dra. Mafalda
P. Monteiro.
Actualmente multiplicamos por cinco
o número de profissionais e volume
de negócio.
Página Exclusiva 66
Qual o currículo dos actuais
sócios da RSN?
Somos filhos de duas boas escolas
de direito do Porto: Universidade
Portucalense Infante D. Henrique e
a Universidade Católica. Aliás, pelo
que vou vendo, parece-me que a
geração de licenciados da qual fazemos parte tem demonstrado a qualidade do ensino que aí era minis­trado.
Posteriormente, temos sentido sempre a necessidade de uma formação
contínua, eu dedicando-me mais à
área do direito comercial, contratos
fusões, e a Dra. Fátima no direito
laboral. ‘Saber é poder’ é uma das
nossas máximas.
Sabendo que a sociedade ­actua
em diferentes vertentes/áreas
do direito, como é que descreve
essas áreas e quais as que as­
sumem maior importância no
contexto da RSN?
O nosso ‘core’ está claramente na
prestação de serviços jurídicos a
empresas. Aliás toda a nossa organização assenta no disponibilizar
ao nosso cliente todas as vertentes
do direito que marca o seu dia-a‑dia. A ideia é que, tornando-nos um
parceiro do cliente, conhecendo a
sua estrutura e gestão, possamos
proporcionar, de forma sistemática
e organizada, resposta às suas necessidades.
A nossa realidade inicial resultou
muito da cidade onde estamos
sedeados – o Porto. É para o tecido
empresarial do Porto, Vale do Cávado, Vale do Ave que principalmente
trabalhamos.
Assim sendo, a esmagadora maioria da nossa carteira é composta por
PME, sendo que, actualmente, já vamos tendo constituintes que se loca­
lizam por todo o país.
Temos, igualmente, uma forte rede
de escritórios estrangeiros. Ora,
grande parte dos nossos clientes
são sociedades exportadoras ou em
processos de internacionalização,
por isso temos parcerias sólidas, de
alguns anos, com escritórios sitos
em Londres, Madrid, S. Paulo, Milão,
Xangai, Berlim, que nos permitem
garantir que o cliente continuará a
encontrar na RSN uma resposta
Portugal Inovador
qualificada para os seus problemas
e necessidades.
Outra das componentes que nunca
abandonámos, e faz parte do nosso
código genético, é que nesta casa
fazemos barra. Somos advogados
todos de Toga. Não queiram ver
nesta afirmação uma censura aos
Colegas que não optaram por esta
prática, mas consideramos que a
consultadoria jurídica, sem ter ao
seu lado uma sólida equipa de contencioso, perde eficiência.
Não tenho dúvida que é o Cliente
que sai a ganhar, quando a equipa
que o aconselhou e assessorou é
aquela que dá a cara pelo seu parecer e o defende, em litígio judicial
se necessário for. O conselho dado,
com certeza, que terá que ser bem
valorado.
Aliás, o lema e a missão que adoptamos aqui na RSN é sempre ter o foco
no resultado apresentado, no valor
aportado ao cliente. Não fazemos
advocacia para o nosso ego, ou para
o nosso curriculum, mas sim porque
existe alguém que necessita dos
nossos serviços, e o sucesso desse
alguém, isso sim é o nosso sucesso.
Agrada-me, principalmente, que o
cliente veja na nossa equipa um
conjunto de profissionais que lhe resolve problemas. A nossa liberdade é
de consciência e técnica, mas uma
liberdade ao serviço de uma necessidade! Nesse aspecto considero
a frase do meu ilustre Colega Miguel
Veiga deliciosa: “O advogado não
tem escravo nem Senhor”.
Como encaram o actual estado
da Justiça em Portugal?
Francamente mal. E é, de tal forma,
uma verdade Lapalissiana, que, pessoalmente, me custa, de uma forma
tão clara, afirmar: vai mal.
O que considero pior no funcionamento da justiça em Portugal é o
sistema, no seu todo, ter-se esquecido da razão pela qual existe: servir
os cidadãos e ser uma das faces da
soberania. É um poder dever. Sem o
dever não se justifica o poder. O que
se criou é um monstro adjectivo, sem
substantivos e verbos.
Uma organização humana que
nunca coloca, no centro das suas
prioridades, prestar serviços aos
­cidadãos, que justificam a sua razão
de ser. E por favor não se entenda,
com esta afirmação, que os juízes
são petulantes, ou advogados que
são mercenários, ou os funcionários
que são calaceiros. Ou que o Estado
não distribui dinheiro que chegue!
Na minha opinião, temos é um para­
digma que se foi cimentando ao
longo destes anos, cristalizando-se,
alimentando-se dos seus pequenos
poderes. Cada vez mais longe da sua
razão de ser. O que aqui afirmo não
é mera teoria, reflecte-se na maioria
das decisões judiciais, na maioria da
opções do dia-a-dia.
Temos pela frente o desafio tremendo de reformular um sistema
que insere dentro si tantas hetero-
Página Exclusiva 67
Portugal Inovador
afirmar e professar: não me digam
o que pode o sistema fazer por nós,
mas sim o que podemos nos efectuar pelo sistema.
A morosidade advém principalmente
de um processo que não se preocupa em obter uma decisão, mas em
se alimentar.
A nós, na RSN, resta-nos, com humildade, tudo fazer para não nos tornarmos parasitas do sistema. Tudo
fazermos para o sistema encontrar
soluções e não desculpas!
Temos hoje uma classe mais
capaz e unida?
geneidades! Pessoalmente acredito
no Keep it Simple. Primeiro, não se
mudam leis sem se avaliar o seu impacto (já se faz na Alemanha. Não
estou a ser lírico ou demagógico).
Em Portugal, no sistema judicial e
sua organização, não há fase da correcção, há o muda tudo e recomeça
tudo de novo. Segundo, a avaliação
e meritocracia. Avaliação com humildade, mas que ninguém tenha o seu
resultado garantido pelo estatuto,
pela idade ou pela função social!
Todos devemos provar, em todos os
meses, que merecemos o dinheiro
que recebemos ao final do mês.
Terceiro, impõe-se quantificar e res­
ponder pelo que produzimos. Andamos todos a pretender que o nosso
trabalho seja reconhecido por sinais
subtis. Parece que, às vezes, é um
mercado que premeia os ilusionistas
e não quem melhor serve o cidadão
que a si recorre!
A morosidade das acções é a
principal razão pela falta de cre­
dibilidade que ­frequentemente
atribuem à Justiça? Qual o
­papel activo da RSN no com­
bate a estes entraves?
Sejamos realista a RSN é um átomo
no Universo. Que pode aportar?
Não temos vocação quixotesca, romanesca. Somos pragmáticos. Não
se esqueça somos advogados!
Que nos resta então? Todos os dias
Página Exclusiva 68
Classe? A que classe se refere? A
dos advogados? Dos operadores
da justiça? Sou muito avesso a isso
de classes. Cheira-me a rebanho! A
seguidismos e corporativismo. Só
somos bons Colegas se formos uns
seguidistas. Francamente não!
Reconhecer em todos os meus Colegas um meu igual, parceiro neste desafio que é ser advogado. Sim, tudo
o demais não me interessa. Estou
profundamente desligado deste actual Bastonário e deste projecto de
Ordem. Confesso não me revejo
neste estado populista que chapinha
lama para todos os lados.
Quanto a capacidade, sem dúvida
que cada vez mais vejo chegar
jovens com melhor preparação
científica. Com mais flexibilidade,
conhe­cimento de línguas e técnicas
informáticas, consciência do mundo.
Falta-lhes, contudo, diga-se, capacidade de sacrifício, humildade e vontade de servir o próximo, para serem
advogados extraordinários!
Estou contudo muito seguro que com
bons exemplos (nossa responsabilidade) chegarão lá!
Que mensagem deixaria aos
jovens leitores da revista “Por­
tugal Inovador” que pretendam
enveredar pelo caminho profis­
sional da advocacia?
Primeiro que venham: que não
acreditem nesta actual filosofia de
monopólio que se pretende criar. Segundo, que se a motivação destes
jovens é prestígio social balofo, o
“Sr. Dr.” e restantes salamaleques ou
ganhar dinheiro fácil, que esqueçam,
não fazem falta.
Se tem vocação para ir ao encontro
daqueles que necessitam de ajuda,
de darem o melhor da sua energia
por uma causa, pela defesa daquele
que todos diabolizam; se têm uma
mente que ajuda a encontrar segurança jurídica para que homens possam empreender em novas organizações; para criar soluções onde
se via impossibilidades, então que
venham. Há lugar para todos sem
excepção.
Qual os projectos de futuro da
RSN Advogados?
Sustentar o alcançado. Crescer no exterior, aumentado o volume de negócio através da sua rede de escritórios
associados. E permitir a todos os
profissionais que nela trabalham um
espaço onde realizem as suas ambições, concretizem os seus sonhos
profissionais e se sintam felizes.
Portugal Inovador
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Portugal Inovador
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Portugal Inovador
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Portugal Inovador
Uma questão de confiança
Reconhecida no mercado de implementação de software, a AMT é um parceiro
de referência para projectos tecnológicos da ferramenta global SAP HCM. No
centro das suas atenções está o potencial humano.
Nos últimos anos as empresas
têm chegado à conclusão da importância crítica do capital humano para o sucesso de um negócio
sustentado a longo prazo. Por esta
razão, os gerentes da AMT deci­
diram criar a empresa, de forma
a torná-la disponível no mercado
de serviços especializados no
domínio da gestão do capital humano, facilitando o dia-a-dia dos
clientes nesta área.
A missão da AMT reside, em larga medida, em prestar serviços
de desenvolvimento de software
e processos para converter as
melhorias de desenvolvimento
de capital humano em resultados
económicos mensuráveis.
Deste modo, na AMT, e com base
nos seus serviços, é sempre importante permitir aos clientes a
possibilidade de maximizar o valor
acrescentado através da melhoria
dos processos relacionados com
a gestão do capital humano. De
­igual importância é ainda a oferta
de ferramentas que possibilitem
Página Exclusiva 72
uma maior produtividade dos recursos disponíveis, através da
­optimização do talento existente
na Organização.
Experiência comprovada
A AMT surge oficialmente em
2007, pelas mãos de três pessoas,
ligadas no passado a grandes empresas tecnológicas. A empresa
fornece tecnologia de informação
na área dos recursos humanos e
o seu foco assenta na ferramenta
SAP HCM. “Decidimos atacar este
nicho de mercado que é a consultoria de tecnologias de informação,
na área específica de recursos humanos”, refere Joaquim Francisco,
actual gerente da empresa.
Tendo começado com quatro
membros, a equipa da AMT conta
actualmente com cerca de 20 trabalhadores. A formação tem sido
uma aposta constante; esta é,
como conta Joaquim Francisco, “o
passar da experiência às pessoas
que entram, para que o grau de
qualidade e eficiência de serviço
se mantenha”.
As duas grandes áreas de actuação da empresa são a do projecto
e a de manutenção de sistemas informáticos. O gerente refere a ambição de ir mais além da manutenção de sistemas, passando então
para a manutenção de processos.
AMT: ‘A Matter of Trust’
“A matter of trust”, mais do que
Portugal Inovador
aos clientes. “A nossa maior renta­
bilidade é a nossa eficiência”, afirma o ­gerente.
A empresa aposta em capitais
próprios, não tendo praticamente
investimentos externos, nem dependendo em nada da banca.
Mercados-alvo
uma questão de confiança e mais
ainda do que um mero lema, é
­aquilo em que os responsáveis da
empresa de facto acreditam. “Este
é um relacionamento de confiança. O acompanhamento do cliente
e o facto de o deixar descansado é
muito importante para nós”, afirma
Joaquim Francisco.
PME Líder e Excelência em simultâneo, todos os rácios apontam
para que a AMT volte a sê-lo durante este ano.
Para além deste prémio, a AMT
Consulting encontra-se entre as
30 melhores empresas para se
trabalhar, segundo um estudo feito
pela Exame e Accenture . No total,
fazem parte do ranking 100 empresas.
Os galardões não ficam por aqui, e
a empresa está ainda referenciada
no Business Process Outsourcing
(BPO) – a terceirização de processos de negócios que usam intensamente a tecnologia da informação.
sa ideia é apostar noutras ferramentas, para além de desenvolver
esta área do SAP HCM”, conta
Joaquim Francisco.
Assim, a AMT procura diferenciarse dentro do HCM (serviços na
área dos recursos humanos), o
nicho de mercado da empresa,
apreendendo de uma forma mais
célere e eficiente as novas funcionalidades que a SAP vai libertando
para o mercado. O objectivo passa
por desenvolver algumas soluções
dentro da aplicação, que esta não
traga nativamente, mas que possam trazer um valor acrescentado
A estratégia a nível de divulgação
internacional passa pelos planos da
AMT. Por enquanto, a empresa actua
com mais incidência no mercado nacional, apesar já ter tido algumas experiências internacionais, em países
como Angola, Espanha, Alemanha e
África do Sul.
“O nosso posicionamento em termos técnicos permite-nos alcançar
­clientes”, observa Joaquim Francisco.
Clientes como a Megasis (TAP),
a Delta Cafés, a Oni e outras
grandes companhias que usam
as ferramentas da AMT, confiam
nos serviços da empresa há vários
anos, sendo que os mais antigos
somam já 11 anos. Além destes
clientes directos, a AMT entra
ainda em parceria com outras
grandes consultoras, através de
uma sub-contratação. Neste momento a AMT procura ser o mais
abrangente possível.
Satisfeito com o percurso da empresa, Joaquim Francisco afirma
sentir uma autonomia de decisão
que valoriza bastante a AMT.
Inovação em ferramentas
Apresentar soluções inovadoras
e a um baixo custo tem sido uma
medida adoptada com frequência
pela gerência da empresa. “A nosPágina Exclusiva 73
Portugal Inovador
Lugar
encantado
Urs Wild, suiço de nascença, mas algarvio de coração. A morar em Portugal há quase 30
anos, este empresário tem dinamizado a economia e o sector do turismo e da hotelaria do
Algarve. O Cascade Resort, situado em Lagos, é o seu projecto mais recente.
Edificado no topo de uma falésia,
no coração da área paisagística
envolvente da Ponta da Piedade,
muito perto do centro da cidade de
Lagos, o Cascade Resort é um espaço de beleza ímpar que aposta
num serviço de excelência. A revista Portugal Inovador esteve à
conversa com Urs Wild, gerente,
e com Marita Barth, assistente de
direcção deste novo espaço hoteleiro.
O Cascade apresenta aos seus
visitantes uma nova interpretação
do luxo. A inserção do empreendimento num contexto paisagístico privilegiado, com um toque
regional, apoiado num serviço
personalizado e detalhista são as
mais-valias deste novo espaço.
Projectado de forma a complementar a paisagem natural onde se inPágina Exclusiva 74
sere, o Cascade foi desenvolvido
tendo em mente o legado histórico
e o esplendor da região algarvia.
Com uma fachada distinta, que
mistura influências das arquitecturas romana e mourisca, com cores
tradicionais da região (amarelo e
branco), o espaço hoteleiro quebra
com as mais recentes tendências
de edificação vertical e arquitectura moderna uniforme.
Esta sensibilidade prolonga-se no
Portugal Inovador
seu interior, onde a decoração e
estilos únicos reflectem as descobertas do Infante D. Henrique,
cujas viagens tiveram partida de
Lagos. Estes temas exclusivos
encontram-se reflectidos na totalidade do hotel com a opção do
hóspede em escolher o quarto que
prefere consoante o seu gosto
pessoal, enquanto as áreas públicas reflectem o legado do passado
em sumptuosas peças de luxo
moderno.
Um espaço requintado exige um
serviço equiparado, por isso a formação interna dos colaboradores
é a grande preocupação da administração. Pretende-se que a simpatia, a transmissão dos valores
culturais, da filosofia e da missão
da empresa estejam presentes em
cada serviço. “A alegria de ­servir
o hóspede deve estar sempre
­patente em cada gesto”, refere Urs
Wild.
que inclui a medicina desportiva, a
medicina do bem-estar, a medicina
preventiva, a fisioterapia, complementadas com actividade e nutrição. Estando o Algarve inserido,
a nível europeu, num vasto leque
de destinos turísticos de excelência, o Cascade Resort pretende
demarcar-se pela flexibilidade dos
seus serviços. Aliar o turismo à
componente de saúde e bem-estar
é uma das rotas traçadas, a par do
tradicional turismo de lazer.
A restauração é outro dos serviços
de requinte do resort. O chefe
Luís Batalha é o responsável pelo
serviço de restauração do Cascade e está preparado para oferecer ao visitante refeições gourmet,
confeccionadas a partir de produtos biológicos da região, num ambiente agradável e descontraído.
Apreciador da variedade e da
beleza das paisagens portuguesas, Urs Wild tem mantido a preocupação de, em cada projecto,
ressaltar o que de melhor existe
em Portugal. Em final de conversa,
o empresário dirige um convite a
todos os nossos leitores: “Venham
conhecer uma terra encantadora,
que faz parte da história nacional,
onde enquadramos um empreendimento de excelência, direccionado para todos os públicos”.
Saúde e bem-estar
Com uma área de 38ha, situado
em cima da falésia, os visitantes do
Cascade dispõem de uma costa de
1,5km que se prolonga até à Ponta
da Piedade. “Os nossos hóspedes
podem realizar este trajecto a pé
e embarcarem depois rumo às
belíssimas grutas de Lagos”, diz
Marita Barth. Oferecer qualidade
de vida é assim o objectivo deste
empreendimento.
O conceito deste espaço de lazer
engloba também uma estrutura
Página Exclusiva 75
Portugal Inovador
Top(o do) Sabor
Criada em 1995 por Azim e Firoz Sadruddin, a Top Sabor tem como actividade
principal o fabrico e comercialização de alimentos pré-cozinhados ultracongelados. Posteriormente, os sócios gerentes aliaram os seus conhecimentos de
uma receita tradicional, ao know-how de Naushad Ali Nurali - mentor as chamuças na cidade do Porto, em 1975, conseguindo manter a tipicidade de um
produto caseiro.
grandes transportes. Só assim a
Top Sabor garante ao cliente e
ao consumidor final que todas as
características do produto estão
asseguradas. A percorrer Portugal de norte a sul do país, a empresa começa a dar os primeiros
passos alargando os seus horizontes para o mercado externo.
Actualmente a exportar já para
Espanha e França, o mercado
Brasileiro será a próxima aposta.
O segredo está na massa!
Dotadas de um trago oriental, saboroso e diferenciador é o que o
Aliados os conhecimentos, a partir
daqui, todos os “ingredientes” estavam prontos para que se desse
inicio à fabricação de um produto
de eximia qualidade. Todo o tipo
de salgados, como crepes, rissóis, folhados, empadas ou pastéis são aqui confeccionados. No
entanto, as chamuças representam 80% da produção. “O boom
das chamuças foi de tal ordem,
que neste momento as chamuças,
em termos de salgados, estarão
em 3º lugar”, explica Naushad Ali
Nurali. Em regime de outsourcing
com outras empresas - que se­
guem à risca a tradicional receita
- são produzidas, mensalmente,
cerca de 600mil unidades.
Os meios
Dotada dos melhores recursos humanos e tecnológicos, a
empresa conta com dois enge­
nheiros a trabalhar na qualidade
Página Exclusiva 76
alimentar, bem como 22 colaboradores que ajudam à produção
de um produto fiável. E como
tudo o que é produto congelado
exige muitos requisitos, a partir
do momento em que o produto
é feito tem de ser imediatamente
ultra-congelado. “A partir daqui
inicia-se uma cadeia de conservação, transporte e armazenamento – já no cliente - que tem
de ser mantida a -18º. Se a temperatura sobe, o produto perde
qualidades, logo é do nosso interesse garantir que o cliente tem
também todas as condições para
acondicionar o produto, elucida
Firoz Sadruddin. A grande maioria dos clientes desloca-se à Top
Sabor para levantar a encomenda. No entanto, além de duas
carrinhas frigoríficas próprias altamente equipadas, a empresa
conta com os serviços de uma
transportadora de frio que faz os
Portugal Inovador
cliente pode encontrar nos produtos aqui confeccionados.
O segredo das chamuças está
massa. Esta deve ser macia, estaladiça e sem gordura. E para que
seja possível que todas cumpram
este objectivo após a fritura, pois
a produção é sempre uniforme,
os sócios gerentes também vão
para o terreno mostrar ao cliente
como estas devem ser confeccionadas.
“Garantir qualidade”
Neste momento, a Top Sabor é
empresa certificada em Segurança Alimentar com o sistema
HACCP o que vai ao encontro
da principal preocupação para
o futuro da empresa: “Garantir
a qualidade e a segurança alimentar do nosso produto e, mais
tarde, e de uma forma cautelosa,
vamos deixar o país acalmar e
apostar em novas instalações,
revela Azim Sadruddin”.
Com um crescimento anual na
ordem dos 30%, a Top Sabor é
uma empresa PME Excelência
que não entende apenas os rácios financeiros para que este
galardão seja possível, mas sim
todo o trabalho de uma equipa de
colaboradores que permitem que
o produto chegue sempre a bom
porto. E quanto a este produto a
mensagem que a administração
deixa é bem clara: “A nossa chamuça? É provavelmente a melhor
chamuça do mundo”.
Curiosidade
Para que o salgado, após a fritura, esteja
com um aspecto dourado e com pouca
gordura, é primordial que o óleo não esteja nem muito nem pouco quente e que a
dosagem deste seja a mais correcta.
Página Exclusiva 77
Portugal Inovador
Segurar o presente,
para assegurar o futuro
A rede de ópticas Optimax tem vindo a servir a população algarvia nos últimos
24 anos. Lima Cabrita é o nome indissociável deste Grupo. O contacto directo
com o cliente, a variedade de marcas e serviços, são algumas das mais-valias
que a Optimax tem para lhe oferecer.
José Lima Cabrita, engenheiro
Técnico Agrário de formação, decidiu em 1987 criar na sua terra
natal, São Bartolomeu de Messi­
nes, a sua primeira loja no ramo
da óptica. Hoje, com seis lojas
Optimax difundidas pelo Algarve
(São Bartolomeu de Messines,
Faro, Quarteira, Vilamoura), o
empresário mantém a vontade de
crescer e ampliar os seus serviços,
caracterizados pelo atendimento
personalizado.
A Optimax tem gabinetes optométricos equipados com a mais
mo­derna tecnologia e profissio­
nais técnicos especializados em
­refracção ocular. A formação contínua da equipa técnica é uma preocupação que José Lima Cabrita
preserva: “Garantimos a formação
constante dos nossos colaboradores tanto ao nível do contacto
com o cliente, como ao nível técni­
co”. Dada a disponibilidade para
realizar exames visuais gratuitos e
sem marcação, os clientes da Optimax podem receber na hora uma
avaliação e aconselhamento sobre
as suas necessidades visuais.
Com um espírito dinâmico a rede
de lojas Optimax investe muito na
promoção de eventos para captar
Página Exclusiva 78
a atenção dos seus clientes e dinamizar as zonas onde estas estão inseridas. “Fidelizar o cliente
logo na primeira visita é o nosso
objectivo. Somos um Grupo muito
activo, não estagnamos”. A mais
recente aposta do empresário
decorreu no passado mês de Ju­
lho, com um desfile de moda que
visou promover a nova linha de
óculos de sol de José António Tenente, contando com a presença
do estilista.
Com o Centro Médico de Messi­
nes, em São Bartolomeu de
Messines, e a Clínica de Oftal-
mologia Vivina Cabrita, em Faro,
José Lima Cabrita abrange os
seus serviços à vertente dos
rastreios e tratamentos de
saúde. Em final de conversa
com a revista Portugal Inovador, o empresário reforçou a sua
preocupação em chegar a um
maior número de pessoas: “Procuramos sempre abrir lojas de
rua que nos permitam estar mais
próximos dos clientes, conhe­
cê-los, tratá-los pelo nome, só
assim temos condições de apresentar um serviço de qualidade
e proximidade”, conclui.
Portugal Inovador
Página Exclusiva 79
Portugal Inovador
Experiência, disponibilidade
e qualidade no material
eléctrico!
Desde 2003 que a Indusmelec apresenta um conjunto de produtos, serviços e
soluções na área da distribuição do material eléctrico, à medida das necessidades de cada cliente.
Com uma vasta experiência no
ramo, José Filipe Martins, um dos
administradores da Indusmelec,
fundou esta empresa em conjunto
com outros dois profissionais, também eles com larga experiência
na área da distribuição do material
eléctrico. Hoje, a empresa conta
com 11 colaboradores, que mesmo sendo jovens, são profissionais
com bastante experiência, estando
neste mercado há vários anos. A
formação interna dos colaboradores é uma constante, bem como
a formação que é dada aos seus
clientes para um melhor desempenho das suas actividades.
Com atributos e sinergias que
permitem à empresa estar bem
sustentada no mercado, inovação
é a palavra de ordem a respeitar
na Indusmelec que tem como prinPágina Exclusiva 80
cipais clientes, quadristas – que
representam 38% das vendas;
fabricantes de máquinas e indústria – 21%; instaladores – 19%; ar-
mazenistas – 16%; construção civil
– 4%; e o restante mercado, como
electricistas industriais e electricistas de manutenção com 2%.
Portugal Inovador
explica José Filipe Martins.
O principal foco de actuação da Indusmelec é a área da protecção e
controlo industrial, materiais para
quadros eléctricos, entre outros.
“Também vendemos materiais na
área dos autómatos programáveis
e variadores de velocidade”, acrescenta. Para uma melhor resposta a
todas estas áreas, a empresa detém um vasto stock de materiais.
Futuro como
PME Excelência
Serviço especializado
Não se limitando apenas a vender
o produto standard, a Indusmelec
consegue fidelizar os clientes ao
assegurar que tem soluções para
as suas necessidades. “Estamos
sempre disponíveis para arranjar
soluções técnicas para o cliente arranjando alternativas de produto”,
diz José Filipe Martins. Quando
o produto não existe, a empresa
apresenta outras soluções, pois
não depende a 100% de uma marca. Assim, tem a possibilidade de
apresentar mais opções aos seus
clientes. A trabalhar apenas com
marcas prestigiadas internacionalmente, consegue dar a melhor
resposta, quer individualmente,
quer em conjunto com parceiros
de eleição.
Aqui é também prestado um
serviço de consultoria. Quando um
cliente tem dificuldades em saber
o que melhor se adequa às suas
necessidades, a Indusmelec dispõe de técnicos especializados
que podem identificar e aconselhar a melhor solução.
“A disponibilidade e a eficiência
que colocamos no que fazemos e
o apoio técnico que prestamos são
pontos a ter em conta. Experiência, disponibilidade e qualidade
- na oferta de produtos, serviços
e soluções, é o nosso lema”, assume o administrador.
O mercado
A Indusmelec actua essencialmente na região da grande Lisboa,
tendo também clientes em todo o
País, onde aplicam o serviço de
entregas em 24 horas. Mesmo
sabendo que Portugal é um bom
mercado, a Indusmelec busca novas oportunidades além fronteiras.
“Temos feito, indirectamente, alguns trabalhos em Angola e França, que embora o principal cliente
seja empresarial, conseguimos
satisfazer também os pedidos de
um eventual cliente de instalação”,
O mercado externo é uma aposta
para continuar a dar frutos. Em
Portugal, está na ambição da Indusmelec abrir pequenas agências em zonas estratégicas para
que também possam estar mais
perto dos clientes. Quanto à distinção como PME Excelência, este
“reflecte eficazmente o nosso trabalho. O que ganhamos é investido na nossa empresa. Só assim
é que podemos dar prazos médios
de pagamento ao cliente, ter um
stock sustentável na ordem dos
600 mil € e ter sustentabilidade
financeira que nos permita pagar
atempadamente a todos os nossos fornecedores”, conclui José
Filipe Martins.
Página Exclusiva 81
Portugal Inovador
Mestria nos materiais
refractários
A Abrigada foi fundada em 1843 como uma cerâmica, devido à qualidade
das argilas locais. Com o desenvolvimento da indústria, a produção evoluiu e
­especializou-se em materiais refractários.
A Abrigada é uma empresa fa­
bricante de materiais refractários,
ácidos e materiais resistentes aos
ácidos para aplicações indus­triais.
Fundada em 1843, a Abrigada
conta com mais de 16 décadas
de experiência, e completado o
processo de certificação da qualidade, de acordo com a norma ISO
9001:2008, a empresa é também
caracterizada pela flexibilidade que
dispõe para o desenvolvimento de
novos produtos e soluções adaptadas às constantes evoluções técnicas do mercado.
Crescimento além fronteiras
Sempre com o intuito de crescer e
sustentar-se no mercado onde se
insere, em 1996 o departamento
de montagens da Abrigada evoluiu
para a empresa AMR - Abrigada,
Montagens e Revestimentos, que é
o objecto de maior dinamização. A
AMR funciona como uma empresa
Página Exclusiva 82
instaladora de produtos refractários,
concebendo e projectando revestimentos térmicos para uma vasta
gama de aparelhos industriais.
Em 2007 a AMR associou-se ao
seu maior concorrente e iniciou um
processo de internacionalização
conjunto. Fruto desta associação
surgem mais empresas sedeadas
um pouco por todo o Mundo que
representam um grupo internacio­
nal de empresas especializadas em
montagens de revestimentos térmicos, que dão lugar a um grupo forte
e coeso que trabalha de uma forma
muito matricial e em conjunto, reconhecido mundialmente pelo seu
profissionalismo e especialização.
Os materiais de excelência da
Abrigada são as peças para revestimento interno de chaminés. Segundo João Brito, presidente da
empresa,” uma qualidade que não
tem por finalidade resistir a altas
temperaturas, mas sim de resis­
tir aos ataques ácidos. Temos
uma preocupação permanente em
adaptar os nossos produtos às
exi­gências dos nossos clientes”.
­Cliente esse que é fidelizado como
confirma o presidente da admi­
nistração, quando diz que “temos
­clientes de há mais de 50 anos”.
Fornecedora de serviços
A Abrigada fornece vários serviços
nas áreas da engenharia e projectos pois possui um gabinete técnico
com experiência acumulada ao
longo de mais de cinco décadas na
execução de estudos e projectos
de revestimentos cerâmicos para
protecção térmica e química de
variados equipamentos industriais.
O apoio e experiência prática do
grupo internacional de empresas
de montagens em que a Abrigada
se insere traduz-se numa mais‑valia pela observação ‘in loco’
do comportamento dos materiais
aplicados. “Trabalhamos com os
nossos clientes para encontrar em
conjunto soluções técnicas para a
resolução de quaisquer problemas
até ao menor detalhe”, afirma João
Brito. A área das cofragens é também aqui evidente. “Projectamos e
produzimos nas nossas instalações
cofragens de madeira para suporte
da montagem de revestimentos
cerâmicos de variados tipos, de
acordo com os graus de exigência
Portugal Inovador
serviço que a empresa presta e o
espírito de parceria entre as várias
entidades que estão envolvidas
no grupo. Rumar ao futuro, valorizando sempre o seu produto e os
seus serviços, contando sempre
com o apoio de todo o seu capital
humano que representa os pilares
da Abrigada.
e rigor necessários em cada obra.
Além disso, os materiais por nós
utilizados cumprem as exigências
fitossanitárias segundo as normas
ISPM - 15 HT ou MB”, assegura.
Por último, apresentam serviços
também na área das Montagens.
Trabalha em estreita colaboração
com a AMR oferecendo em conjunto um serviço completo de fa­brico
e montagem de revestimentos refractários.
Para melhor prestar os seus
serviços, a empresa dispõe de um
corpo técnico formado por enge­
nheiros, encarregados e montadores especializados na montagem
de materiais refractários, isolantes
e anticorrosivos, bem como um
parque de equipamentos adequado
ao desempenho da actividade.
Rumo ao futuro
Em constante crescimento, a
Abrigada aposta cada vez mais
na internacionalização querendo
agora alcançar e fidelizar novos
mercados como a América Central
e do Sul. O segredo é a excelência da qualidade dos produtos e do
Gamas de produtos
refractários densos moldados de baixa,
média e alta alumina; refractários isolantes moldados de presa cerâmica e química: grés antiácido; refractários plásticos,
betões e cimentos.
Principais indústrias
de aplicação
cimento e cal; petroquímica e energia; incineração; metalurgia (ferro e alumínio);
celulose; vidro; cerâmica, chaminés Industriais.
Página Exclusiva 83
Portugal Inovador
Uma empresa on fire
A Mafep está em alta. Depois de, em 2007, ter sido das primeiras empresas a
obter a certificação do serviço de manutenção de extintores, prepara-se agora
para introduzir um inovador sistema informático nos seus serviços.
A Mafep - Material Anti-Fogo e
Protecção, Lda nasce em 1991
com um propósito diferente do que
exerce hoje em dia. A abertura de
fronteiras ao mercado asiático e
o aparecimento de inúmeras empresas vocacionadas para os EPI
(equi­pamentos de protecção individual) levam a que, gradualmente,
a Mafep abandone esta área, passando a dedicar-se em pleno ao
seu core-business: projecto, fornecimento e manutenção de todos
os equipamentos e sistemas de
segurança contra incêndio.
Serviço global
Hoje, a Mafep tem a capacidade
para realizar autênticos projectos
chave-na-mão.
A gama variada de produtos - que
vão desde a extinção de incêndios
(extintores, bocas de incêndio,
mantas de abafamento, entre ou­
tros), aos produtos de protecção
electrónica (detectores de incêndio
Página Exclusiva 84
e CO2), passando pela protecção
passiva (sinalização, iluminação
de emergência e portas corta-fogo), ou mesmo pelas caixas e ou­
tro tipo de acessórios – são apenas o chamariz para uma empresa
que presta um serviço completo e
especializado.
Com quatro carros oficina, a Mafep
consegue não só abranger a região
centro, com serviços de execução
de projectos e manutenção, mas
todo o território nacional: “São carros relativamente pequenos, mas
que comportam tudo o que existe
numa oficina. Há cerca de quatro
anos definimos novas rotas para
estes carros numa decisão em
prol da mobilidade. Conseguimos
maior produtividade, o que bene­
ficia o cliente, e maior rentabilidade, diminuindo os custos para
a Mafep. Temos um carro na rota
de Lisboa, dois carros destinados
às grandes empresas e um que
mensalmente percorre as restan­
tes zonas do país”, garante Tiago
Nunes, gerente da empresa.
O know-how acumulado permite-
‑lhe ainda fornecer consultoria em
projectos de protecção de pessoas
e bens, bem como forneceder formação sempre que lhe é requisitada.
Especialização
Quando Tiago Nunes entra na empresa, em 2005, empenhou-se em
dar continuidade ao trabalho de
gestão até então realizado pelo
pai, tentando apenas optimizar os
recursos existentes na empresa:
“Percebi que era necessário apos­
tar muito mais na formação, reco­
nhecendo-a, não apenas como um
custo, mas sim como um contri­
buto fulcral para a transmissão de
uma imagem de confiança”, refere
Tiago Nunes.
A empresa passou então por um
processo rigoroso de formação,
passando os 15 funcionários, nove
no departamento técnico, a contar com um argumento de peso:
a polivalência. “80% do trabalho
da Mafep é realizado em micro‑empresas, sendo o restante destinado às média-grandes empresas.
Portugal Inovador
dos e sem dúvida uma peça chave
neste projecto”, saliente Tiago
Nunes.
Sustentar o futuro
Praticamente 90% de qualquer um
dos casos, as situações são resolvidas somente por um técnico.
Isto acontece porque apostamos
fortemente na formação geral para
cada um dos colaboradores, à
qual acresce uma especialização
em determinada área”, explica o
gerente.
A importância atribuída a cada um
dos colaboradores resulta num
ambiente saudável de trabalho:
“Esta empresa funciona como
um grupo, onde cada um de nós
está envolvido a 100%. Fazemos
questão de ter reuniões com todos os colaboradores porque lhes
reconhecemos uma importância
muito grande em todo o sucesso
que temos tido. São muito dedica-
A Mafep tem o futuro bem definido:
“Queremos continuar a crescer de
forma gradual e sustentada, continuando a diferenciar-nos pela
apresentação de soluções inovadoras, tal como já o fomos com a
certificação NP 4413/2006, quando fomos das primeiras empresas
a obter a certificação. Em Janeiro
de 2012 esperamos apresentar um
sistema informático, desenvolvido
internamente e com apoio do parceiro informático, que permite aos
técnicos e clientes aceder a todo
o seu historial relacionado com os
equipamentos e serviços de segurança contra incêndio. Esperamos
continuar a merecer toda a con­
fiança que o cliente tem, até hoje,
depositado em nós”.
Página Exclusiva 85
Portugal Inovador
Mais do que um
operador logístico!
É com base num crescimento sustentado
que o Grupo GEFCO apresenta soluções
inovadoras de valor acrescentado em toda
a cadeia de abastecimento.
Com mais de meio século de
­existência, o Grupo GEFCO surgiu
de uma necessidade logística de
encaminhar os veículos da fábrica
da Peugeot em Sochaux até aos
concessionários na zona de Paris.
Com um volume de negócio de 3,4
mil milhões de euros em 2010, o
Grupo apresenta um crescimento
de 16% face a 2009, correspondendo a um lucro operacional de
190 milhões de euros. Sendo uma
empresa na qual o Mundo é o seu
limite, o Grupo está presente nos
cinco continentes, em mais de
150 países e conta com 29 filiais
– estando neste momento a desenvolver outras – e 9.400 colaboradores.
Em 1992, o Grupo implementa-se
em Portugal começando a sua actividade pelo seu core business, o
mercado automóvel. Três anos depois, direcciona os seus serviços
de transporte terrestre, marítimo e
Página Exclusiva 86
aéreo para novos mercados. Em
Portugal, os dados são bastante
claros e espelham efectivamente
os resultados positivos do Grupo
em 2010, apresentando um volu­
me de negócios de 75,4 milhões
de euros. Estes valores não seriam
possíveis sem a excelente gestão
da empresa e sem o universo de
300 colaboradores directos e indirectos, que contribuem diariamente
para um serviço eficiente.
Presente de norte a sul com 11
agências, a GEFCO Portugal ofe­
rece assim um serviço de qualidade
atempado, eficiente e competitivo
aos seus clientes a nível de toda a
cadeia de abastecimento.
Soluções logísticas
A GEFCO oferece soluções inovadoras e completas para fabricantes.
“Pretendemos gerir as limitações
logísticas dos nossos clientes,
que constituem um fardo cada vez
mais pesado à medida que as cadeias de abastecimento se tornam
mais internacionais. As soluções
criadas pela GEFCO são inovadoras e específicas para os seus
clientes, de modo a reduzir custos
e prazos de entrega”, refere Fernando Reis Pinto, director geral da
GEFCO Portugal.
Destinada ao mercado B2B, a
GEFCO procura satisfazer as necessidades dos clientes oferecendo soluções à medida e de valor
acrescentado.
Actividades estratégicas
O core business do Grupo GEFCO
centra-se em três áreas de actividade estratégias: Logística Automóvel a Jusante, Logística Terrestre a Montante e Overseas.
Com uma vasta frota de veículos, o Grupo GEFCO transportou
em 2010, 2,7 milhões de viatu-
Portugal Inovador
ras, através de 1.800 esquemas
logísticos e abrangendo uma área
de 130 países e de 80 centros de
produção. Com um stock de 3.700
vagões, 3.000 porta automóveis e
30 navios, o Grupo quer apresentar todas as soluções, tornando-se
mais do que um fornecedor, um
partner. Quanto à Logística Terrestre Inbound, 140 agências ligadas por mais de 400 rotas internacionais e 3.000 semi-reboques
diários permitiram que 21 milhões
de toneladas de carga fossem
transportadas em 2010, representando 40 mil expedições diárias
em grupagem e lotes. Por último,
o tráfego marítimo e aéreo têm
presença em mais de 100 países,
representando 85% do comércio
mundial com 300 rotas aéreas supervisionadas por 63 agências.
Em 2010, a GEFCO Portugal
­realizou 500.000 expedições por
via terrestre, transportou 60.000
viaturas, movimentou 2.500 contentores e 1.100 toneladas de
mercadorias transportadas por via
aérea.
Futuro
“Sem descurar o sector automóvel,
o nosso core business, a GEFCO
Portugal tem vindo a apostar na
sua diversificação noutros setores
de actividade. O know-how da
GEFCO num sector tão específico como o automóvel dá-nos um
background único para as exigências de qualquer sector ou indústria”, refere Fernando Reis Pinto,
director geral da GEFCO Portugal.
Desde 2009, a GEFCO Portugal
tem vindo a abraçar novos projetos com a angariação de novos
­clientes, que implicaram investimentos tanto de recursos físicos
como humanos. Assim, no seguimento das estratégias delineadas,
a GEFCO Portugal aspira por
novos negócios que possam contribuir tanto para o crescimento da
sua actividade como para a economia nacional.
A aposta no desenvolvimento sustentável, na responsabilidade social
e no respeito pelo meio ambiente,
além das boas práticas que estão
na política da GEFCO, são os ideais da GEFCO. Desenvolvimento
sustentável é uma preocupação.
O director geral, sustenta que este
“é um processo evolutivo. Dotamos
as pessoas e as instalações com
os meios mais apropriados para
o desenvolvimento da actividade.
Não digo que temos as melhores
condições porque isso é utópico.
Mas há que ter em conta pequenos
pontos que reflectem a qualidade
do serviço e a forma como o cliente
é recebido. Os 300 colaboradores
são imagem da GEFCO Portugal”.
Serviços
Transporte terrestre (grupagem, FTL/LTL/
urgentes); transporte marítimo e aéreo
(LCL/FCL, urgentes); armazenagem e
serviços de valor acrescentado; gestão
de embalagens reutilizáveis; logística
automóvel; representação aduaneira e
fiscal; transporte urgente.
Sector estratégico
automóvel; duas rodas; aeronáutica; electrónica; bens de consumo e indústria.
Página Exclusiva 87
Portugal Inovador
Diferenciar-se no mercado das
Tecnologias da Informação
Constituída em 1981, a ENAFER – Networking e Sistemas de Informação,
dedica-se à comercialização de produtos e serviços na área das Tecnologias
da Informação, apresentando soluções inovadoras e diferenciadoras ao seu
cliente.
Formado em Engenharia Electrotécnica, Almiro Pereira, juntamente com mais dois enge­
nheiros, decidiram, em 1981,
criar uma empresa que abrangesse a área da electrotecnia
mas que cercasse não só a
área do projecto de instalações
eléctricas mas também o apoio
à indústria no que dizia respeito
a soluções de automação. Na
altura, com pouca experiência,
algum conhecimento mas com
muita vontade de fazer algo
diferenciador, os três jovens fundaram a Enafer. Posteriormente
Página Exclusiva 88
tiveram a hipótese de comercia­
lizar as UPS, um ­e quipamento
que vinha melhorar a capacidade e a diminuição dos problemas dos computadores devido
aos problemas com a energia.
Este foi o grande salto para o
sucesso e para a comercialização de inovadores produtos.
Hoje, embora tenha um portfólio de soluções muito diversificado, as UPS continuam a ser
o produto mais significativo e
mais antigo da Enafer. No entanto, quer os produtos para
redes LAN e WAN, os basti-
dores (RACK) de 19” - quer de
pavimento quer murais, as impressoras e os equipamentos
de teste e certificação para as
redes de cabos, não deixam de
ocupar a posição de relevância
que é atribuída a todos os produtos. “As nossas grandes áreas,
no inicio, foram a melhoria da
qualidade da energia – a nível
da UPS, e as telecomunicações
– actual networking”, relembra
Almiro Pereira. Actualmente, “a
nossa actividade é escolher a
melhor solução para o cliente”,
salienta o administrador, en-
Portugal Inovador
tendendo as necessidades do
cliente e aconselhando-o sobre
qual o melhor aparelho para a
execução do seu serviço. Vocacionados para áreas como o
Networking - na qual “concebemos e implementamos redes
de comunicação de dados e
sistemas de cablagem estruturada - para a área dos Sistemas de Alimentação Ininterrupta - UPS em que “projectamos,
implementamos e damos todo
o suporte técnico, o cliente
não tem de se preocupar com
eventuais problemas com a energia eléctrica e com o serviço
de suporte técnico. Confie na
nossa experiência para a resolução dos mais diversos pro­
blemas”, diz o administrador.
Formação e parcerias
Regularmente, várias acções
de formação interna são real-
izadas em prol de uma melhor
profissionalização dos colaboradores, estando para isso,
a Enafer, dotada de uma sala
com todas as componentes essenciais ao bem-estar dos formandos. Aqui, o intuito é formar,
incentivar e incutir o espírito de
que esta empresa deve, quer e
pode “estar sempre na frente
do que é mais actual na tecnologia”, afirma Almiro Pereira.
A escolha dos parceiros, reconhecidos pela qualidade e
inovadores nos sectores em
que operam, permitem que a
Enafer garanta ao seu cliente a
excelência no padrão de qualidade.
As parcerias e as representações de empresas internacionais revelam-se assim muito importantes para o crescimento,
sempre demarcado pela postura positiva que a Enafer as-
sume no mercado. No entanto,
um bom conjunto de produtos,
por si só, não é suficiente. Posto isto, a empresa complementa a sua oferta com serviços
direccionados para o acompanhamento dos seus parceiros na
solução de todas as lacunas
existentes.
“Necessidade de inovar e
de se manter no mercado”
“Espero manter a Enafer como
uma empresa que apesar de
ter 30 anos continua a sentir
necessidade de inovar e de se
manter no mercado como uma
empresa reconhecida pelo seu
excelente trabalho”, reitera
Almiro Pereira. Pode-se assim
concluir, que a estratégia da
Enafer assenta na qualidade
dos produtos que disponibiliza
e na excelência dos serviços
que presta.
Página Exclusiva 89
Portugal Inovador
Soluções integradas
de engenharia
Colocar ao serviço do cliente o know-how adquirido ao longo dos anos - no
que diz respeito à engenharia, foi o principal impulso para que, há seis anos,
fosse fundada a Solien, Soluções Integradas de Engenharia.
Fundada há seis anos como empresa que cria soluções integradas
de engenharia, a Solien focaliza a
sua actividade em dois parâmetros
essenciais, sendo que o primeiro é o
desenvolvimento de actividades de
engenharia, designadamente, elaboração de estudos e projectos de ino­
vação e desenvolvimento, controlo de
produção, industrialização de processos, segurança, soluções integradas
de desenvolvimento tecnológico; e
o segundo a colaboração no desenvolvimento de projectos tecnológicos
em fases específicas ou ao longo de
todo o ciclo de vida do produto. Para
que tal seja idóneo de acontecer, é
necessária uma equipa coesa, capaz
e atenta, na qual a formação é capital sendo sabido que áreas como a
Engenharia Mecânica; Engenharia
Industrial; Engenharia Electrónica /
Automação; Engenharia Informática;
Matemática Aplicada são matérias
de domínio diário na empresa. Na
Solien, todos os colaboradores são
dotados destas formações para que
o serviço prestado seja o mais fidedigno possível.
Página Exclusiva 90
Sempre a pensar no cliente, a Solien tem apostado cada vez mais na
engenharia simultânea. “O cliente
vai desenvolver o seu produto mas,
paralelamente, é acompanhado no
desenvolvimento de processo durante o qual, em etapas chave, são analisadas as opções que são tomadas
para a concepção do produto e qual
o impacto que vão ter no processo”,
explica o director geral da empresa,
Hugo Azevedo. É aqui que a Solien,
muitas vezes, intervém. Conhecedora do que é o desenvolvimento de
equipamentos, a Solien funde-se com
a equipa do cliente, participa nas diversas etapas do desenvolvimento
do produto e dá o devido apoio, como
uma maquete física ou ante-projecto
digital por exemplo. Estes esboços
são o ponto de partida do projecto,
servem como forma de estudo e apresentação e são feitos com diferentes
finalidades para cada fase do desenvolvimento do produto. “No fundo, a
Solien funciona como um reforço à
capacidade de engenharia dos nossos clientes”, salienta.
No entanto, é de salientar um outro
serviço que a empresa presta: a integração dos seus técnicos, com
know-how transversal e intrínseco a
toda a Solien, na estrutura do cliente
para o desempenho de competências
específicas e trabalhos pontuais que
o cliente não consiga dar resposta.
Com serviços diversificados e de
meritório reconhecimento, os objectivos são imensos. Todavia, o director
geral destaca quatro como sendo os
pilares da empresa: “Ser o parceiro
preferencial dos nossos ­clientes,
acompanhando, antecipando e satisfazendo as suas necessidades; integrar a cadeia de valor com os nossos
clientes perseguindo a excelência
operativa de modo a garantir uma superior qualidade do serviço; valorizar
pessoal e profissionalmente os nossos colaboradores de modo a garantir
o seu compromisso e, por último mas
não menos importante, manter rela-
Portugal Inovador
Desenvolvimento
de produto
- estudo
- modelação
- prototipagem
- teste/validação
Engenharia
de Processo
ções proveitosas e duradouras com
os nossos parceiros”.
Serviço sustentado para o futuro
Com uma relação de grande proximidade com o cliente, o serviço aqui
prestado é com o intuito de dar res-
- estudo
- especificação
-gestão de projecto/obra
- teste/validação.
posta às exigências do mercado, tendo sempre presente, no caderno de
excelência, uma notável optimização
dos recursos. “Nós, Solien, podemos
ser um reforço de engenharia para a
sua empresa”, termina Hugo Azevedo.
Página Exclusiva 91
Portugal Inovador
Excelência
nas avaliações de activos
Numa época em que o mercado do sector das avaliações acompanha de forma
directa a fase adversa, que atravessamos, o Garen tem crescido sustentada e
continuamente. Quisemos saber o porquê deste segredo!
Fundado em 1978, o Garen Lda.
foi reactivado em 2003 pelas mãos
de Olavo Vicente, que alterou totalmente o espectro societário e
procedeu à concentração do “core
business” nas actividades de ava­
liações de activos e de negócios.
O segredo do sucesso
Questionado sobre a equação do
contínuo sucesso da empresa, o
gerente responde: “O segredo?
Encaro cada ameaça como uma
oportunidade. Antes de tudo, a
Página Exclusiva 92
minha gestão baseia-se num aspecto, que considero e relevo
como primordial - o Garen tem
como objectivo dotar-se dos melhores recursos humanos e ter os
melhores clientes. Ambos são,
­equitativamente, importantes e é
essencial essa paridade.”
Assegurando em permanência o
feedback dinâmico das partes interessadas, Olavo Vicente completa: “É importantíssimo nos nossos
objectivos, o conhecimento profundo de ambas as expectativas
e necessidades. O envolvimento
de todos os intervenientes permite
obter um equilíbrio de interesses,
minimizando riscos e impactos
negativos na execução dos processos. O sucesso de qualquer
empresa depende também do
elevado conhecimento de cada
etapa e do ciclo do seu produto.
Entendo nesta vertente, não só o
mercado imobiliário, mas também
a economia nacional e todos os
factores endógenos e exógenos,
que a influenciam directa ou indirectamente. Por outro lado, mantemos um intercâmbio, permanente, quer com os nossos clientes
quer com os nossos avaliadores.
Ainda, no aspecto do sucesso,
não posso deixar de salientar um
ponto, extremamente, importante,
que se relaciona com a qualidade
e conhecimentos dos técnicos
e gestores dos nossos grandes
­clientes, nomeadamente, nos
bancos para quem trabalhamos.
A dinâmica da actual situação do
mercado nacional e internacional
exige evolução, aprendizagem e
melhoria contínua. Parar é morrer.”
Portefólio de serviços
Apesar do mercado ter abrandado consideravelmente, no que
concerne às avaliações de âmbito creditício residencial (compra
de fracções e moradias), cresceu
e representou uma oportunidade
confirmada, tanto no que concerne, ao apoio às empresas, à
reanálise de projectos imobiliários
ou a todos os investimentos, que
atravessam dificuldades ou pre-
Portugal Inovador
cisam de ser reprogramados. Por
este motivo, o Garen alargou há
cerca de cinco anos o seu portefólio de serviços: “Estendemos há
já algum tempo o nosso portefólio de forma mais ajustada às necessidades do mercado, complementando os serviços habituais de
avaliação de imóveis e projectos
de investimento, com as avaliações da totalidade de activos de
empresas (imóveis, equipamentos
e alvarás), avaliações de negócios,
projectos de requalificação/rentabilização estagnados e ou no âmbito
dos NPL’s (Non-Performing Loan)
em que temos crescido, também
sustentadamente, sobretudo com
clientes/investidores, nacionais e
internacionais”, diz em conversa
com a revista Portugal Inovador.
Com um volume de “algumas centenas” de avaliações mensais e
um montante de bens avaliados,
que este ano deverá superar a fas-
quia dos dois mil milhões de euros,
o Garen pode assim dizer que atingiu todos os “target” dos clientes
potenciais, sejam eles banca, investidores, empresários ou consumidores finais de qualquer tipo
de produto relacionado com imobi­
liário ou negócio subjacente.
Do maior Banco ou Fundo de Investimento Imobiliário até à mais
pequena família, que pretenda
fazer partilhas de um terreno ou
de uma fracção, o Garen oferece
uma resposta pormenorizada e
conhecedora, por parte dos seus
técnicos internos, como se os
próprios tivessem avaliado esse
activo.
Assim, para além do investimento
em capital humano que a empresa
faz nos seus técnicos internos (engenheiros, arquitectos e economistas), possui a vantagem competitiva de incrementar a qualidade
intrínseca dos seus serviços. “De
um modo geral, os objectivos de
gestão, envolvem três vectores:
a satisfação de necessidades
­ultrapassando as expectativas dos
­clientes, a compensação financeira dos colaboradores e o nosso
comportamento ético e profissio­
nal”, garante o gerente.
Perspectivas para o Futuro
Querendo continuar a formar e a
aprender, o Garen para o futuro,
pretende manter a resiliência ao
mercado, antecipando expectativas: “Queremos continuar a cres­
cer, sustentadamente, num am­
biente de excelência. Prosseguir o
objectivo de fazer parcerias, com
grandes clientes, respeitar a sua
cultura empresarial, sustentada
no princípio de que cada um dos
nossos clientes, cada estudo que
produzimos e cada um dos nossos
colaboradores é único”, finaliza
Olavo Vicente.
Página Exclusiva 93
Portugal Inovador
Confiança de um patrono
É no centro da cidade do Porto, a poucos metros dos Passos do Concelho,
que fica sedeada a Afonso, Lema e Sousa & Associados. Com quatro décadas
de actividade na área, José Afonso conta à revista Portugal Inovador o legado
da sua experiência.
Foi no decorrer do ano 2002 que
se formou, oficialmente, a Afonso,
Lema e Sousa & Associados. Se
por um lado a Sociedade se insere na necessidade de integrar e
acompanhar alguns dos familiares
de José Afonso, hoje membros da
Sociedade, por outro visa obter as
vantagens dessa associação.
Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade
de Coimbra, José Afonso iniciou
actividade em 1971.
Tendo iniciado a actividade de
­Advogado, José Afonso faz-se
hoje acompanhar da filha, da sobrinha (de quem provém o nome
Lema) e de outra sócia (que acrescenta o Sousa à firma).
“Um advogado a trabalhar sozinho
tem muita dificuldade em discutir
as questões com ele próprio, embora neste momento seja possível conseguir alguma vantagem
com o acesso aos diversos textos
Página Exclusiva 94
jurisprudenciais e diplomas que
facilmente se obtêm na internet,
com uma busca rápida”, refere o
advogado.
José Afonso aponta a troca de
impressões entre os diversos advogados como um ponto de extrema importância na análise do
processo. “É essencial identificar
bem a situação concreta que é
apresentada e depois definir em
projecto o processo de defesa
dos interesses do cliente. Muitas
­vezes basta uma pequena dife­
rença para seguirmos uma via ou
outra, e seguir uma via ou outra,
muitas vezes, é seguir o sucesso
ou o insucesso”, conta.
Actuação abrangente
Com um foco virado para as
questões e problemas que são
apresentados pelo cidadão e por
algumas empresas, a Afonso,
Lema e Sousa & Associados
cresce, como qualquer Sociedade
de advogados, à custa dos processos que lhe são apresentados. “Quem não tiver clientes não
cresce, e esse é um problema dos
advogados novos”, observa José
Afonso.
A Sociedade trabalha com
questões comerciais, laborais, de
contratos, dá acompanhamento na
área fiscal, entre outras.
A prevenção
A Afonso, Lema e Sousa &
­Associados tem sido benéfica nos
conhe­cimentos que traz e nas respostas que acaba por dar, não só
aos clientes, como também às pessoas que trabalham dentro da Sociedade, obrigando a um empenho
e dedicação de toda a equipa.
A actividade de prevenção cons­titui
uma medida de extrema importância dentro da Sociedade. Para
José Afonso, é mais importante o
Portugal Inovador
aconselhamento prévio do cliente,
de modo a evitar o recurso aos
tribunais. No entanto, a medida
revela-se difícil, pois, segundo o
próprio, “os clientes muitas ­vezes
quando nos consultam, a ideia que
têm em mente é a de querem ir
para tribunal”. É neste ponto que
a Sociedade actua, procurando
sempre a alternativa prévia à ida
para tribunal. “A via do tribunal é
uma via onerosa e pouco célere.
Se nós conseguirmos resolver as
questões entre as partes, sem recurso aos tribunais, o cliente sai
beneficiado. Mas isso obriga-nos a
ter uma grande independência em
relação ao cliente”, conta.
Questão de confiança
Confiança é palavra de ordem
quando se fala da Afonso, Lema
e Sousa & Associados. Sem confiança no advogado a relação entre
cliente e advogado não se torna
possível. O acreditar naquilo que
o advogado diz faz igualmente
parte dos princípios-chave da Sociedade. Qualquer cliente de José
Afonso deve estar bem esclarecido daquilo que lhe pode acontecer
e do tempo que o processo pode
levar.
“Tenho um número substancial
de clientes particulares que me
permitem um melhor estudo e
um melhor empenho e dessa experiência resultam vantagens para
os clientes empresa, observa o
advogado. “Os clientes merecem
uma informação séria e um empenho dos advogados, e é isso
que nós procuramos nesta sociedade”, acrescenta ainda.
ordem dos advogados, José Afonso menciona a questão crucial do
excesso de advogados actualmente. “É preciso olhar com cuidado para esta questão, mas também não sou partidário da ideia de
que os únicos penalizados por isto
tenham de ser os estudantes, que
acreditam que chegarão ao fim da
sua licenciatura e que vão entrar
numa via ligada ao direito, neste
caso a advocacia”.
José Afonso discorda um pouco da
formação que é dada neste momento na Ordem dos Advogados,
pois, segundo diz, “enfraqueceu-se
a formação que era muito mais útil,
que era a formação ligada ao patrono. Acho que o contacto intenso
e diário com a vida de um escritório
dá uma outra sensibilidade e uma
outra rapidez na aquisição de conhecimentos concretos, facto que
pressupõe sempre uma formação
de base, mas essa formação tem
de ser a Universidade a dar, não
deve ser primacialmente a Ordem
dos Advogados.
Para os alunos recém-formados,
José Afonso deixa a seguinte reflexão: “Há excesso de advogados
e há muitos advogados, inteligentes e empenhados, que acabaram
por não ter clientes, tendo sido
obrigados a abandonar o exercício da advocacia e isto é extremamente frustrante”.
Universidades de hoje
Concordando com António Mari­
nho e Pinto, actual bastonário da
Página Exclusiva 95
Portugal Inovador
Soluções Integradas
A Engebrites propõe-se a abordar o mercado numa perspectiva integrada,
propondo às empresas uma estratégia que assenta numa oferta integrada de
soluções, nomeadamente o fornecimento de sistemas de vedação, análise de
condição e reparação de equipamentos estáticos e dinâmicos.
nomia de energia e na redução
de consumo de água: “Representamos empresas de Alema­
nha e Inglaterra e recebemos o
apoio das mesmas. Temos uma
grande preocupação em fazer
propostas de soluções aos nossos clientes a nível de poupança de custos e ao sabermos as
suas necessidades, indicamos
sempre produtos inovadores
apresentados por essas marcas.
Podem ser poupados muitos wa
em energia e evitar desperdícios com fugas de água através
dos nossos produtos”, diz em
conversa com a revista Portugal
Inovador.
A oferta integrada
de soluções
A Engebrites iniciou a sua actividade em Abril de 1981 e ao longo
da sua história tem vivido num
ritmo de crescimento contínuo
e sustentado, desde os dias em
que era uma pequena empresa
de âmbito puramente local, até
ao que é hoje: “somos uma companhia solidamente implantada
no mercado da comercialização
dos produtos e serviços para
manutenção industrial, reconhe­
cida pelas maiores indústrias
portuguesas como um parceiro
Página Exclusiva 96
sério, competente e inovador”,
refere Fernando Ramos, Sócio‑gerente da Engebrites desde a
sua fundação.
O mesmo assume que este desenvolvimento sustentado não
seria possível sem o apoio das
empresas representadas pela
Engebrites, algumas delas líderes em investigação e desenvolvimento, nos respectivos
sectores de actividade permitindo-lhe propor soluções a nível
do controlo ambiental, na eco-
Concretamente a Engebrites
está habilitada a actuar em válvulas de segurança, válvulas de
seccionamento e respectivos
actuadores, purgadores, bombas, ventiladores e permutadores, trabalhos de maquinação
em torno e fresadora, entre
outros trabalhos de manutenção. Dentro destas áreas de intervenção o gerente, Fernando
Ramos destaca três: “Temos
os sistemas de vedação, onde
propomos as soluções técnicas
adequadas, para a aplicação
de juntas e empanques, tendo
sempre em conta as condições
de funcionamento, nomeadamente a pressão, a temperatura
e os fluidos, quer para equipamentos estáticos, quer dinâmicos. Isto passa pelo apoio na
selecção dos materiais adequa-
Portugal Inovador
Página Exclusiva 97
Portugal Inovador
dos do ponto de vista técnico
e económico e da garantia da
sua correcta aplicação. Estamos ainda em condições de, no
decorrer das paragens, fabricar juntas em grafite, utilizando
equipamentos que dispomos.
Depois na análise de condição
para purgadores e equipamentos dinâmicos, propomos
o acompanhamento do estado
de funcionamento destes equipamentos e implementamos as
medidas preventivas adequadas. Finalmente na área dos
permutadores de calor, dispomos de equipamento desenvolvido para a reparação dos
permutadores”
Estando hoje presente em todo
Página Exclusiva 98
o país nestas áreas, a empresa
fabrica a maior parte das juntas
utilizadas na indústria, sejam
espiral metálicas, metaloplásticas, em cartão, grafite, borracha ou teflon: “Desenvolvemos
a nossa actividade em todo o
país, temos actualmente instalações oficinais e admnistrativas no Cacém, em Estarreja e
em Sines. Temos um vasto conjunto de equipamentos e contentores estaleiro, que deslocamos
rapidamente para qualquer local onde as obras se realizem.
Dispomos também de uma carrinha equipada para assistência
a situações de urgência”, completa Fernando Ramos.
Os recursos referidos pelo ge­
rente conferem uma capacidade
de resposta que tem permitido
à Engebrites realizar grandes
obras num curto espaço de tempo, mobilizando rapidamente os
meios para responder a situações de urgência em qualquer
parte do País.
Portugal Inovador
Um sucesso sobre rodas
A Crespotir tem a sua actividade dividida em dois sectores: um transportador e
outro transitário, mas foi com o conceito do ‘Camião-avião’ que a empresa se
revelou no mercado dos transportes, chegando até aos principais aeroportos
europeus.
de rolos pneumáticos como os
dos aviões. “Isto é o princípio
da economia para as compa­
nhias aéreas, porque reduz os
custos de transporte e manu­
seamento”, refere o presidente.
A Crespotir passou assim, há 15
anos, a colaborar directamente
com duas grandes companhias
aéreas europeias.
Pela Europa fora
Manuel Crespo criou há cerca
de 40 anos a Crespotir. Com a
adesão de Portugal à União Europeia, em 1986, e a abolição
das alfândegas, o grupo reconverteu-se, passando a direccionar o seu ‘know-how’ sobretudo
para a actividade transitária e
o transporte rodoviário de mercadorias, operando no transporte de carga aérea para dois
grandes clientes europeus. O
presidente da Crespotir, Manuel
Crespo, conta que “hoje está
tudo feito, mas deu um trabalho
que não passa pela cabeça de
ninguém, pois as vicissitudes do
percurso foram imensas”. Actualmente, a Crespotir emprega 80 pessoas e no último ano
obteve 800 mil euros de resultados positivos. É um exemplo
na “arte do transporte”, como o
próprio slogan indica, sendo cobiçada por grandes empresas.
ça na empresa o pequeno facto
de Manuel Crespo ter tido uma
ideia, no aeroporto de Londres,
há alguns anos, a partir da observação das carretas com rolos. Imaginou e criou com a
sua equipa o camião-avião,
que possui a particularidade de
transportar mercadorias já em
paletes de avião, uma vez que
os camiões possuem sistemas
Hoje, a empresa possui 50
camiões em funcionamento entre os dois principais aeroportos
portugueses, do Porto e Lisboa, e os grandes aeroportos
europeus. Também para evitar
enfrentar maus pagadores, a
Crespotir trabalha com compa­
nhias aéreas de confiança, que
pagam os serviços atempadamente. A Crespotir dispõe ainda
de três camiões frigoríficos subcontratados para transporte de
carga aérea.
Além do transporte de carga
aérea, a empresa dedica-se a
Ideia inovadora
Foi significativo para a mudanPágina Exclusiva 99
Portugal Inovador
actividades de recolha e entrega, bem como de distribuição e
gestão de stocks, em Portugal
Continental, Açores e Madeira,
tendo uma importante linha para
as ilhas, com uma média de carregamento de 500 contentores
marítimos por ano.
Outro trabalho importante da
Crespotir é a actividade transitária, ligada à importação e
exportação, operando na recepção, manutenção, armazenamento e expedição de mercadorias.
Para uma gestão eficaz de todo
este trabalho de distribuição e
logística, a equipa da Crespotir
conta com um programa informático próprio de apoio.
De vento em popa
Actualmente, a facturação da
empresa ronda os oito milhões
de euros, apresentando um
crescimento de 5% ao ano, e
esperando atingir os 10 ­m ilhões
de facturação em 2012. “Em
termos de exportadores de
serviços, temos de facto um
peso importante, porque não há
muitas empresas de transportes
a facturar fora este volume de
negócios”, sublinha Manuel
Crespo.
Até 2013, a empresa tenciona
retomar o projecto de trabalhar
em toda a Península Ibérica no
transporte de mercadorias e
carga aérea.
Página Exclusiva 100
Um legado de experiência
Um empresário com vasta experiência, muitos anos de luta,
e que agora põe os destinos da
empresa nas mãos dos filhos
Patrícia e Carlos, Manuel Pereira Crespo é o homem indicado
para nos dizer como Portugal
pode ultrapassar os seus problemas e ter um futuro risonho:
“Precisamos de mais ética na
política, e mais ética empresarial, bem como de mais tranquilidade política. As normas estão
permanentemente a ser mudadas e isso é perturbador para
qualquer empresa”.
Aos filhos e colaboradores
Manuel Crespo deixa a seguinte
mensagem: “O que eu pretendo
é que eles percebam que não se
deve correr riscos que ponham
em causa a nossa sobrevivência e os nossos bens próprios,
porque isto de ser empresário
contempla riscos. Há responsa­
bilidades enormes inerentes
a esse facto, principalmente
porque todo o investimento da
empresa se faz com a minha
garantia pessoal”.
Após um percurso de trabalho
intenso, definido por Pereira
Crespo como uma ‘via sacra’,
o empresário pretende que a
empresa se afirme também por
um orçamento sustentado, sem
dívidas. Na mente do presidente
assenta já a eventual criação de
uma nova sede da Crespotir na
região de Saragoça, em Espa­
nha.
Licenciado em Medicina, Manuel Crespo dedica o seu tempo
livre à actividade em que se licenciou, bem como aos seus
amigos e ao golfe, uma paixão
de longa data. O seu tempo continuará, de hoje em diante, com
o grande legado que deixa.
Portugal Inovador
Grandes desejos, sonhos de cristal
Baía Algarve Hotels: refúgios pensados e preparados para o seu bem-estar.
O Grupo hoteleiro Baía Algarve
Hotels tem dois empreendimentos ao seu dispôr: o Hotel Baía
Grande, em Albufeira, e o Hotel Baía Cristal, em Lagoa. Dois
espaços de quatro estrelas que
lhe garantem uma estadia em
zonas privilegiadas no Algarve.
O empreendimento Baía Grande
encontra-se a 3km do centro de
Albufeira e a 750m da praia da
Coelha. Com 131 quartos, esta
unidade é composta por jardins
e áreas de lazer, num ambien­
te ­e legante e relaxante. Os
visitantes podem usufruir, no
espaço exterior, de uma pis­
cina para adultos e crianças,
jacuzzi, ténis de mesa, bilhar e
matraquilhos; e, no interior, de
piscina, jacuzzi, sauna, sala de
massagens e tratamentos.
Situado no topo de uma falésia,
o Hotel Baía Cristal oferece um
ambiente tranquilo e familiar
com vista para o mar. Localizado em cima da praia de Vale de
Centeanes, esta unidade dispõe de 120 quartos. No espaço
exterior os hóspedes podem
usufruir de piscinas para adultos e crianças, campo de ténis e
xadrez e no interior, de piscina
e jacuzzi, sauna, banho turco,
sala de cadio-fitness, sala de
massagens e tratamentos e ainda de uma sala de jogos e clube
de crianças.
Ambos os empreendimentos
dispõe de espaços de restaurante e bar com refeições variadas e saudáveis, sempre com
belas vistas para as piscinas e
para o mar.
O Grupo Baía Algarve Hotels
ofe­r ece-lhe assim todas as
condições para gozar umas
férias tranquilas, em espaços
construídos a pensar no seu
bem-estar.
Página Exclusiva 101
Portugal Inovador
Anadia apoia o ciclismo
A um mês de festejar o seu segundo aniversário, o Velódromo Nacional – ­Centro
de Alto Rendimento de Sangalhos mostra que está a acelerar a ­pedalada para
acompanhar o que de melhor se faz a nível internacional.
Apostar numa modalidade como o
ciclismo só faria sentido em Anadia. Litério Marques, o presidente
da Câmara Municipal, que em
2009 inaugurou a infra-estrutura,
assume sem problemas: “A criação
deste Centro de Alto Rendimento
nasce da conjugação de dois factores importantes e determinantes:
por um lado a política desportiva
assumida pelo município de Anadia, numa clara aposta na criação
de infra-estruturas desportivas de
excelência. Anadia, nos últimos
dez anos, assumiu-se como um
dos Centros de Estágio mais procurados de Portugal. Por outro
lado, as razões históricas associadas a Sangalhos e ao seu clube.
O Velódromo Nacional veio dar
resposta à tradição que o ciclismo
tem nesta zona da Bairrada”.
Um edifício marcante
Com apenas dois anos de existência, o Velódromo Nacional é já um
símbolo de Anadia. Nos seus imponentes 30 metros de altura, o
edifício elipsoidal estende-se por
118 metros de comprimento e 82
de largura. Uma infra-estrutura
Página Exclusiva 102
com uma arquitectura vistosa, capaz de albergar 1200 espectadores
ao redor de uma pista de madeira
com 250 metros. Ideal para a prática de ciclismo, o Centro de Alto
Rendimento de Sangalhos (CAR)
concentra em si outras funcionalidades que estão gradualmente a
ser colocadas em prática: “Eu diria
que a principal característica deste
espaço é a sua polivalência. Do
ponto de vista desportivo o CAR
consegue abranger um número
enorme de modalidades, que vai
muito além das quatro federações
que nele estão sedeadas (Ciclismo, Judo, Esgrima e Ginástica,
Trampolins e Desportos Acrobáticos). Mas esta oferta é complementada pela capacidade deste
espaço receber eventos de outra
ordem, nomeadamente concertos,
feiras, entre outros”, salienta Litério Marques.
Oferta diversificada
Foram muitas as provas que se
realizaram no último ano no CAR,
desde as grandes provas nacio-
nais das diferentes federações ali
sedeadas, às provas internacio­
nais que já trouxeram ao CAR mais
de 40 países diferentes, de todos
os continentes do mundo. Desde
o Campeonato do Mundo de Masters de Ciclismo, a Taça do Mundo
de Esgrima e à Gymno­Sport (prova internacional de ginástica que
contou com 13 países de quatro
continentes), o CAR tem diversificado a sua oferta: “Queremos
tornar este CAR o mais utilizado
possível, e nesse âmbito, não podemos ficar à espera que as fede­
rações que aqui estão sedeadas
proporcionem 100% da ocupação
desta infra-estrutura, por isso estamos a dialogar com outras federações no sentido de lhes mostrar
a nossa vontade de as ter cá, e
penso que conseguiremos”, afirma
o presidente. O que é garantido é
o apoio incondicional dos portugueses que acorrem ao espaço: “A
população está a ganhar o hábito
de ir ao CAR e a ganhar o gosto
por todas as novas modalidades
que este Centro trouxe para a
Portugal Inovador
nossa região. Estamos também a
preparar um trabalho de comunicação por forma a divulgar mais e
melhor o CAR e a sua actividade.
Queremos convidar todos a virem
desfrutar desta infra-estrutura e de
tudo o que lá acontece”.
Vocacionado
para as grandes provas
Anadia é Centro de Estágio
Desportivo desde 2004, tendo ga­
nho uma larga experiência, quer
na autarquia, quer nos sectores
hoteleiro e da restauração, na
forma de receber e dar resposta
às exigências que as melhores
equipas e selecções, das mais
variadas modalidades. Com alojamento, restauração, sala de conferências e de imprensa, o CAR
está ao nível do que melhor se faz
no mundo inteiro.
Parceiro importante neste desígnio tem sido a Estalagem de
Sangalhos, responsável pela restauração e parte do alojamento:
“A Estalagem tem para oferecer
ao atleta profissional tudo o que
ele necessita. Desde a Internet,
tão necessária nos dias de hoje,
à alimentação cuidada, à piscina,
ao campo de ténis, entre outros.
Esta unidade hoteleira é privilegiada para o que eles procuram, ou
seja: descanso, conforto e concentração. O facto de muitas federações nos escolherem consecutivamente demonstra que estamos no
­caminho certo para o nosso foco,
que é cada vez mais o desporto.
Paralelamente, estamos a crescer
ao nível das actividades disponibilizadas. Estamos a preparar alguns
terrenos para ter algumas áreas
destinadas à prática de desportos radicais, circuitos de passeio,
entre outros atractivos que serão
com certeza mais um factor positivo”, avança Lucas Gonzalez, da
unidade hoteleira.
Lutar pelo CAR
Em sintonia estão os desejos do
presidente da Câmara Munici-
pal de Anadia, Litério Marques,
e de Lucas Gonzalez, da Estalagem de Sangalhos: “As empresas
­estão a começar a despertar para
este Centro de Alto Rendimento,
e começam a sentir a necessidade de se associarem à imagem
de ­excelência que, hoje, o CAR já
tem. Isso demonstra que estamos
no rumo certo. Gostaria que no
futuro este espaço ­continuasse a
desempenhar, com muito ­sucesso,
as funções para que foi ­projectado:
formar atletas de alta competição e,
principalmente, ajudar na ­formação
das mulheres e dos ­homens do
nosso futuro. Desejo ainda que a
Juventude e o ­Desporto continuem
a ser a tónica principal do Centro de
Alto ­Rendimento de Sangalhos”.
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Portugal Inovador
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Nazar: “O vinho é mesmo
uma paixão”
Com uma posição consolidada no mercado de vinhos internacionais, a
Nazar continua a pautar os seus serviços pela qualidade e exigência que a
­caracterizam. A aposta na diversidade dos vinhos é a chave do sucesso.
No sector vinícola há já 19 anos,
a Nazar dedicou-se, inicialmente,
à importação e à distribuição de
vinhos. Num período de franca expansão do mercado da restauração, a empresa optou por alargar
os seus serviços a este sector, o
que despoletou o seu crescimento. Arnaldo Silva, sócio-gerente da
Nazar desde 2005, aplicou a sua
experiência e conhecimento na
área da distribuição moderna para
expandir a actividade da empresa.
“Abriu-se a porta para a Nazar
começar a trabalhar com o merca-
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bem definido. O facto de trabalharmos com critérios de exclusividade
permite-nos mais facilmente atingirmos os nossos objectivos.”
Equipa motivada
do da grande distribuição”, refere.
Mais tarde, a empresa viria a estabelecer parcerias que permitiram
incrementar o volume de vendas.
Grupo Jerónimo Martins, Sonae,
Intermarché, ELeclerc, foram os
primeiros parceiros comerciais que
se aliaram à Nazar na distribuição
dos seus vinhos. Por sua vez, a
Disquei, Lda e a Mister Wine, empresas de distribuição de produtos
alimentares, asseguram a distribuição ao mercado da restauração a todo o país.
A qualidade e diversidade dos
produtos comercializados bem
como a satisfação do cliente são
imperativos para a Nazar. Neste
sentido, a empresa estabelece
parcerias com os mercados dos
EUA (Califórnia), África do Sul,
França, Argentina ,Austrália e
Itália importando vinhos de castas
e produtores de referência e com
excelentes pontuações.
A Nazar consegue, assim, dis­
ponibilizar uma panóplia de vinhos
e espumantes que vão de encontro às necessidades dos poten­
ciais clientes e consumidores. Os
prestigiados vinhos e licores de
origem italiana, como é o caso do
Lambrusco, Limoncello, Grappa,
Marsalla, têm uma representatividade assegurada na linha que os
consumidores podem encontrar no
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mercado. “A Nazar tem uma oferta
a nível internacional que marca a
diferença”, expõe o sócio-gerente.
Sendo o Lambrusco, da marca
Cavicchioli, a referência e líder
do mercado nacional. A aposta
nesta parceria remonta já há alguns anos sendo a Cavicchioli a
primeira marca de Lambrusco a
ser comer­cializada no mercado
da grande distribuição. Marca esta
que tem a preferência do consumidor ­nacional, uma vez que a qualidade/preço se distingue de outras
marcas que apareceram então no
mercado.
Já no que se refere ao mercado
nacional, a Nazar opta por apostar, essencialmente, nos vinhos
do Douro, dada a exuberância e
singularidade da casta. No entanto, ­Arnaldo Silva salienta que
a parceria com a Companhia dos
Vinhos do Douro, produtor do
vinho Fagote, Oboé, Arrojo e JM,
é uma aposta ganha uma vez que
consegue apresentar uma relação
qualidade/preço muito competitiva.
A aposta na excelência dos ­vinhos
Internacionais tem sido uma
cons­tante na evolução da Nazar.
­Arnaldo Silva reitera: “A Nazar
tem vindo a crescer em termos de
importância e visibilidade no mercado nacional, e tem o seu espaço
A empresa conta, actualmente,
com uma equipa de colaboradores, que desempenham as
suas atribuições com um rigor e
eficiência que permitiriam à Nazar
adquirir o reconhecimento no mercado vinícola.
Com um trabalho pró-activo e direccionado para a prossecução
dos interesses da Nazar, Arnaldo
Silva valoriza o espírito de ­equipa
e refere que o êxito de uma empresa
depende das pessoas
que lá trabalham: “Vender não é
sinónimo de sucesso. As empresas são constituídas por pessoas
e se estas não se sentem parte do
projecto, não vão estar motivadas
e assim é mais difícil as empresas
terem sucesso”.
Honrar compromissos com clien­
tes, fornecedores e consumidores
faz parte da missão que a Nazar
se empenha em cumprir. Contudo, Arnaldo Silva considera que
“o limite não é o céu, o limite é a
terra. São os pés bem assentes
nessa realidade. O nosso objectivo é crescer com sustentabilidade
e criar carisma no mercado que
nos identifique com qualidade e
continuidade porque estamos aqui
para ficar”.
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25 anos de sucesso
Uma empresa metalúrgica de cariz familiar que se destaca no mercado pelo
profissionalismo, cumprimento de prazos e trabalho de excelência. A ­revista
“Portugal Inovador” foi a S. Tomé de Negrelos falar com as pessoas que ­lideram
a Metalização das Pombinhas.
A Metalização das Pombinhas é
uma empresa metalúrgica que
desenvolve a sua actividade no
tratamento anti-corrosivo de materiais ferrosos. Esta firma, situada em S. Tomé de Negrelos, concelho de Santo Tirso, foi fundada
em 1986, tendo vindo a aumentar significativamente a sua área
fabril e a introduzir constantes
inovações nos seus processos
de produtividade, mercê de uma
forte dinâmica de crescimento e
inovação implementada pelos
seus sócios fundadores Adelino
Marques e António Marques. Este
facto fez com que, ao longo dos
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A actuar num sector de actividade que exige o rigoroso cumprimento de prazos, a empresa
apresenta-se como um parceiro
de confiança. Construída à imagem dos seus fundadores, esta é
uma casa com palavra. A ligação
de proximidade conquistada com
os clientes tem facilitado a comunicação e agilizado os processos
de trabalho.
Empresa com futuro
anos, a Metalização conseguisse
criar uma estrutura forte, permi­
tindo-lhe neste momento, dentro
da sua área de intervenção, ser
uma empresa de referência no
sector.
Nova fase
Criada com base numa gestão familiar, a Metalização das Pombi­
nhas conjuga a experiência do
fundador e, actualmente, sócio
maioritário António Marques,
ao dinamismo e jovialidade dos
­filhos, Miguel e Pedro Marques.
Terminado o curso de engenharia têxtil, Pedro Marques opta por
ganhar experiência profissional
antes de se aliar ao trabalho do
pai e do irmão. Desde logo, este
jovem empresário estipulou para
si o objectivo de, em cinco anos,
duplicar a facturação da empresa, facto que foi alcançado em
apenas metade do tempo.
É com orgulho que António
Marques revela à revista “Portugal Inovador” o empenho que
os filhos têm dedicado à casa
que ergueu. “A partir da entrada
dos meus filhos na Direcção,
deleguei-lhes as minhas funções
e os negócios têm corrido muito
bem. Os novos métodos e a
­reorganização implementada, só
vieram beneficiar clientes e empresa”, comenta.
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Com 25 anos de existência, a
Metalização das Pombinhas vive
agora uma fase de renovação e dinamização. “Quando cheguei tive
a oportunidade de estipular algumas metas que consegui atingir.
Apesar de sermos uma equipa
pequena, somos muito coesos e
determinados e temos tido a capacidade de vingar no mercado”,
refere Pedro Marques.
A trabalhar numa área em cons­
tante mudança, a Metalização
das Pombinhas decidiu, estratégicamente, introduzir a vertente
da pintura nos seus serviços,
aliando o tratamento anti-corrosivo ao acabamento final, facto
que poupa tempo e dinheiro aos
seus clientes.
Pedro Marques revela que o pró­
ximo objectivo da empresa passa
por diversificar os seus serviços,
mantendo e acompanhando as
mutações do mercado.
Actualmente, a Metalização das
Pombinhas está a apostar na
modernização do espaço e me­
lhoria das condições de trabalho
dos colaboradores. Para isso,
a empresa está a aumentar as
suas instalações e a investir na
modernização de toda a unidade
fabril onde rentabilizar a produtivi­
dade e as questões ambientais
estão na linha da frente das suas
prioridades, como é bom exemplo disso a implementação de um
moderno sistema de “despoeiramento” e ventilação.
A capacidade de trabalho, a res­
ponsabilidade e o respeito pelo
cliente fazem da Metalização das
Pombinhas uma empresa de su­
cesso em Santo Tirso.
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O Titan dos bares de praia
O Bar Praia do Titan continua a ser uma referência da praia homónima onde
se localiza. Icónico no concelho de Matosinhos, o bar está cada vez mais perto
de ser renovado sob a insígnia de arquitectura Souto Moura.
Praia do Titan. A famosa dupla de
guindastes usados na construção
do Porto de Leixões, que representam a maior obra de engenharia civil realizada em Portugal no
século XIX, em Portugal, serviram
de inspiração ao nome e logotipo
deste bar, também ele já símbolo
das praias de Matosinhos.
Localização privilegiada
Titan remete-nos quase de imediato aos gigantes da mitologia grega.
Por outro lado, em sentido figura-
do, este é um sinónimo de guindaste e a particular razão que determinou a escolha do nome: Bar
Situado na Avenida General Norton de Matos (Matosinhos), o Bar
Praia do Titan é um ponto de paragem obrigatório para conhecer a
alma desta região. O modernismo
do edifício envidraçado não se
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de nadadores-salvadores (SSB)
que patrulham as praias do Concelho durante todo o ano, dando
mais atenção fora da época balnear às praias com mais utentes
e que neste caso é sem dúvida a
Praia de Matosinhos, dando por
isso mais segurança aos banhistas e praticantes de surf.
Qualidade de serviço
sobrepõe à história da região, fazendo parte integrante da mesma,
acrescentando-lhe,
simultaneamente, um valor inegável.
Com uma excelente vista para o
areal, o Titan chama, de uma forma
silenciosa, portugueses e turistas
que por ali se deslocam: “Estamos
a cerca de 100m de uma paragem
do metro e também de paragens
de autocarros. Assumimos, por
isso, um carácter mais ‘popular’,
se assim lhe quisermos chamar.
Mas existe uma enorme variedade de clientes que nos visitam.
Seja idade, sexo, classe social,
etc. Acredito também que a crise
poderá trazer uma oportunidade
para o Bar Praia do Titan. Com a
divulgação do ‘Faça Turismo Cá
Dentro’, os portugueses voltam a
valorizar o que realmente temos
de bom no país”, garante Manuel
Costa, gerente do espaço. “A praia
de Matosinhos é praticamente
uma baía, com mar relativamente
calmo, no qual podemos caminhar
50 ou 70 metros dentro de água.
São condições excepcionais para
os banhistas, mas também para
praticantes de surf, kitesurf e mergulho, que frequentam a praia todo
o ano”, relembra. Aliás a Câmara
de Matosinhos possui uma bolsa
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Mas, mais do que a área envolvente (que tem sido uma das
preocupações deste gerente, com
a aquisição de uma máquina de
limpeza do areal), o Bar Praia do
Titan vale por si mesmo. Vale por
todo o cuidado, atenção e simpatia
para com os seus clientes: “Temos
apostado muito na qualidade de
serviço ao nosso cliente. Quer no
bar, com um atendimento perso­
nalizado dos nossos 18 colaboradores, quer na praia, com todos os
equipamentos e condições criadas.
Queremos que este Verão seja espectacular para os nossos clientes
e tudo temos feito para que assim
seja. Já instalámos uma casa-de‑banho para deficientes, num novo
compartimento do ISN, temos uma
cadeira própria para levar pessoas
com mobilidade reduzida até à
água, estamos a dotar melhor as
casas-de-banho, com a introdução
de um chuveiro de água quente, e
temos um parque infantil fabuloso.
O bar torna-se muito mais apelativo para as famílias que podem
vir tomar o seu café descansados,
enquanto vigiam os seus filhos
através da fachada envidraçada.
Temos feito um investimento cons­
tante nas condições que oferece­
mos ao nosso cliente”, salienta
Manuel Costa.
Insígnia Souto Moura
Com o fluxo de portuenses a regressar ao centro do Porto, ­Manuel
Costa acredita que é cada vez
mais importante avançar com o
projecto há muito delineado: “Temos um projecto aprovado do lau-
reado arquitecto Souto Moura, faltando apenas alguns pormenores.
É uma mais-valia não só para nós,
mas também para o concelho, que
contará com mais um símbolo do
arqutitecto vencedor do Pritzker
2010”, considera o gerente, expressando ainda a vontade de
agregar energias renováveis ao
projecto”. Por outro lado, a recente
inauguração do novo terminal de
passageiros para barcos de cruzeiro superiores a 200 mts, vem
aumentar o potencial turístico da
zona e da região, frutos que, a
curto prazo, começarão a dar resultados.
Com tantos projectos em mente,
Manuel Costa sintetiza um desejo:
“Espero que a atribuição da Bandeira Azul à Praia de Matosinhos,
seja também o reconhecimento
pelo esforço desenvolvido ao longo dos últimos anos, dos concessionários, da APDL e da Câmara
de Matosinhos, na melhoria da limpeza do areal e que este galardão
traga de novo a esta praia muita
gente como outrora, pois o mar
continua a ser dos melhores para
os banhistas, o areal está limpo e
a qualidade de serviço e atendimento do Bar Praia do Titan são a
marca da casa”.
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A importância do ensino
num país em crise
A concepção contemporânea de ensino resulta da visão filosófica que defende
o direito à educação a todas as crianças, independentemente do mérito in­
telectual (competência cognitiva) ou económico. Esta massificação do acesso
ao ensino em Portugal, depois da revolução do 25 de Abril, permitiu a entrada
no sistema educativo de crianças vincadas pela estratificação social do Estado
Novo e filtradas através de uma selecção artificial – a condição económica.
A democratização do ensino mostrou
que a inteligência não é um feudo
económico, mas tem demonstrado
também que uma estrutura familiar
com um background sociocultural,
em que se valoriza o estudo e se
promove a importância da escola,
é um elemento facilitador das relações de aprendizagem. Assim, hoje,
o êxito na educação, sobretudo em
Portugal, deve também passar pela
mobilização dos encarregados de
educação, principalmente daqueles
para quem a formação escolar não
é uma prioridade.
O Fórum Mundial de Educação para
Todos (Jomtien, Tailândia, 1990), as
Normas sobre a Igualdade de Oportunidades para Pes¬soas com Deficiências (1993), a Declaração de
Salamanca (1994), a Carta do Luxemburgo (1996), o Enquadramento
da Acção de Dakar (2000) e a Declaração de Madrid (2002), constituíram
privilegiados momentos de reflexão
que preconizaram o direito à educaPágina Exclusiva 112
ção de crianças e jovens que “não
encaixam “ no perfil estereotipado
de aluno. Estas iniciativas afirmaram
a necessidade de garantir a “educação para todos”, uma “educação
inclusiva” promotora do sucesso de
todos e de cada um, assente em
princípios de direito e não de caridade, igualdade de oportunidades e
não de discriminação.
A democratização do acesso ao
ensino, um bem em si mesmo, trouxe
alguns problemas de gestão de dife­
rentes jovens que foram educados
com imperativos de acção muito diversos, com contextos sociais muito
diferentes, com um currículo informal muito próprio e, actualmente,
com a crescente multiculturalidade
das nossas escolas, com um legado
cultural muito díspar. Assim, como
qualquer organismo vivo, o ensino
e sobretudo a escola é um conceito
em mudança. Um novo tipo de aluno
exige uma nova concepção de ensino e sobretudo novas práticas pe­
dagógicas, ou seja, exige uma nova
forma de ser professor.
Hoje, que vivemos tempo difíceis e
a educação / formação é uma das
soluções consensuais para a recuperação de um estatuto de competência que os portugueses já mostraram ao mundo. É tempo de perceber
o ensino como um meio, como um
caminho de auto-reformulação cons­
tante, como uma exigência pessoal
de melhoria, ou como diz Rúbem
Alves no seu livro “A escola com
que sempre sonhei…. sem pensar
que pudesse existir” : “A educação
é um caminho e um percurso. Um
caminho que de fora se nos impõem
e o percurso que nele fazemos. (…)
O olhar para fora apenas vê apenas
o caminho, identifica-o como um
objecto alheio porventura estranho.
Só o olhar para dentro reconhece o
percurso, apropriando-se dos seus
sentidos. O caminho dissociado das
experiências de quem o percorre é
apenas uma proposta de trajecto,
não um projecto e muito menos um
projecto de vida”.
Cursos profissionais
Os Cursos Profissionais, em Portugal, são uma resposta (tardia) à
democratização do ensino pós 25
de Abril. Abertas as portas de “par
em par” do ensino para todos os jovens, não foram criadas condições
de adequação de saída, para todos
os que estavam no ensino, reduzindo-se esta praticamente ao ensino
secundário como propedêutica
para o ensino Superior. Os ensinos
Técnico e Profissional não foram
extintos, mas foram completamente
desvalorizados, o que veio, de novo,
criar uma seriação artificial, a saber:
agora todos entram, mas só alguns
conseguem sair com êxito.
Neste contexto, os Cursos Profissionais surgem como uma outra opção, como uma via menos académica, mais prática, mais interactiva. A
formação nos Cursos Profissionais
deve responder às novas exigências
do mercado de trabalho.
Hoje já não se exige formação
profissional para a vida, hoje devem
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proporcionar-se ao aluno ferramentas de aquisição do novo, deve ensinar-se a usar, como instrumentos de
progresso profissional a exigência, o
rigor e a formação contínua. Para formar um bom profissional deve exis­
tir uma preocupação de promover a
sua responsabilidade e auto-estima
e isso exige um currículo que dê um
lugar importante à inteligência emocional e à ética profissional. Como
António Nóvoa e Canário R. afirmam
no seu livro “Educação de adultos:
um campo e uma problemática”:
“Tradicionalmente, um momento
‘forte’ da formação inicial preparava
para o exercício de uma actividade
profissional, durante o resto da
vida… Hoje emergem os conceitos
de trajectória profissional e percurso de formação que conduzem
a inverter o ponto de vista sobre as
situações (formalizadas) de formação. Trata-se de as encarar segundo
a óptica do formador ou da institui­
ção de formação mas sobretudo do
adulto que se forma. Questionam-se
formas dominantes de organizar a
formação segundo modos transmissivos e normativos. As situações de
formação, deliberadas, passam a ser
encaradas como momentos formais
de um percurso formativo, marcado
por um processo de apropriação”.
Estas afirmações sublinham que a
capacidade de apropriação profissional contínua depende em muito
de uma nova visão de formação
inicial que confere as referidas ferramentas de apropriação.
Nestes tempos de mudança, a par
das exigências da qualidade do
ensino devem estar as exigências
da qualidade do exercício da cidadania. No espírito da Lei de Bases
do Sistema Educativo (Lei n.º 48/86,
de 14 de Outubro), que, ao enunciar
os princípios gerais para a educação, enfatiza a importância de políticas educativas que se ocupem das
questões da cidadania e dos direitos
humanos, o ensino deve promover
um modelo de cidadão livre, responsável, autónomo, solidário; possuidor de um espírito democrático e
pluralista, respeitador dos outros e
das suas ideias, aberto ao diálogo e
à livre troca de opiniões, dotado de
um espírito crítico e criativo em relação à sociedade em que se integra
que o torne capaz de a transformar
progressivamente.
A Educação para a Cidadania deve
desenvolver o conhecimento, a compreensão, as capacidades, as atitudes e os valores que ajudem nos
jovens a perceber o seu papel social
na comunidade e a vivê-lo de uma
forma actuante; estar informados e
conscientes dos seus direitos e deveres; assumir as suas responsa­
bilidades individuais e sociais; compreender que se pode ter influência
e marcar a diferença na respectiva
comunidade de pertença; perceber
a profissão como uma forma de rea­
lização e de autonomia que deve ser
aliada a uma ética de exigência individual e de promoção da auto-estima
profissional; compreender os limites
da sua liberdade nas balizas da res­
ponsabilidade e exigência ética.
Porque “formar é muito mais do que
puramente treinar o educando no
desempenho de destrezas”, como
diz P. Freire no seu livro “Pedagogia da Autonomia “ ou, dito de outro
modo, a escola deve ser uma instituição geradora de educação e não
de mera instrução. O ensino deve
transmitir de uma forma transversal
e interdisciplinar, os valores éticos
que as pedras angulares de uma sociedade democrática, criando formas
de interiorização de comportamentos e atitudes compatíveis com uma
cidadania competente e actuante.
Rita Almeida e Silva
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