Janeiro2014

Transcrição

Janeiro2014
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ENTREVISTA
Bosch, DeWalt, Hitachi e Makita contam como foi 2013.
Expedito E. Arena, vice-presidente da ALEC e diretor da
Casa do Construtor, fala sobre normas de segurança para
ferramentas elétricas.
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14
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JURÍDICO
A repercussão da restrição ambiental
na locação de equipamentos
MATÉRIA TÉCNICA
Treinamento e manutenção minimizam acidentes
com guindastes
FIQUE POR DENTRO
ALEC presente no evento ElevAÇÃO em Embu das Artes
20
21
AÇÃO SOCIAL
A ALEC incentiva o trabalho do ICRIM
CURSOS, FEIRAS
E NOVOS ASSOCIADOS
3 - Rental News - janeiro-fevereiro/2014
O RENTAL NEWS é um informativo mensal exclusivo da ALEC
distribuído para seus associados e locadoras do Brasil.
PALAVRA DO PRESIDENTE
Caro Colega,
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
LOCADORAS DE EQUIPAMENTOS
Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens Móveis
Avenida Mandaqui, 67 - Bairro do Limão
02550-000 - São Paulo - SP - Tel: 11 3965-9819
www.alec.org.br
Gerente Executivo: Adalberto Cruz Filho - [email protected]
Comercial/Marketing: Allan Sicsic - [email protected]
Financeiro: Mirian Borges - [email protected]
GESTÃO 2014/2015
Diretoria Executiva
Presidente - Fernando Augusto L. de Moraes Forjaz (Formeq)
Vice-Presidente - Expedito Eloel Arena (Casa do Construtor - Rio Claro)
Diretor Tesoureiro - Armando Nassiff (Trimak)
Diretor Secretário - Francisco Maciel (Casa do Construtor - São Paulo)
Conselho Consultivo
Presidente do Conselho - Durval C. Gasparetti
1º Vice-Presidente do Conselho - Expedito Eloel Arena
1º Conselheiro - Rui Manuel Ventura do Rosário e Silva
2º Conselheiro - Adilson Vicari
3º Conselheiro - Gilson Macedo Santana
4º Conselheiro - Euclides Carvalho
Diretoria Regional
Diretor Regional - S. J. Rio Preto - Carlos Cezar Galvão Teixeira
Diretor Regional - Bauru - Arlindo Kano
Diretor Regional - Baixada Santista - Claudio Campanha Rodrigues
Diretor Regional - Rio de Janeiro - Sebastião Lucas Rentes
Diretoria Distrital
Diretor Distrital - Zona Leste/SP - Paulo Chiomento
Diretoria Setorial
Diretor de Balancins - Ronaldo Max Ertel
Diretor de Canteiro de Obras - Élvio Luiz Lorieri
Diretor de Equipamentos - Hamilton Diniz Abdala
Diretor de Estruturas Tubulares - Renato Caetano Nunes/
Joe Max Nicodemos
Diretor de Fabricantes - Fernando Groba
Diretor de Ferramentas Elétricas - Márcio Rodrigues
Diretor de Gruas - Paulo M. A. Carvalho
Diretor de Plataformas Aéreas - Miguel B. Almeida
Diretor de Projetores e Misturadores de Argamassa - Andrés Natenzon
Redação, Edição e Produção Gráfica
Estamos iniciando 2014 com uma diretoria renovada e
que tem grande espírito de equipe. Assumir a presidência
da ALEC é um grande desafio para mim e para esta nova
turma.
Juntos somos um time vencedor com elevada expertise no
mercado de locação de equipamentos para construção.
Vamos dar continuidade ao crescimento da ALEC e
avançar ainda mais como a entidade que trabalha focada
para o desenvolvimento de seus associados.
Para este ano temos grandes expectativas, assim como
todos os brasileiros. São muitas as paradas em função
do Carnaval, Copa do Mundo e Eleições. Precisamos de
ações dinâmicas e um grande espírito associativista.
Como crescer em um mercado tão competitivo? Este
desafio também é da ALEC.
A realização dos eventos ALUGAR Gestão, Jurídico,
Comercial, Manutenção, Atendimento, Vendas e Tecnologia
contribuirão muito. Aguarde mais novidades.
Os fabricantes de equipamentos estão investindo na
Associação e no segmento rental. Lançamos em 15 de
janeiro, a FELOC RENTAL 2014 e 56 % da área foi vendida
no evento. Esta notícia serve para balizar o que todos
esperam de 2014.
A FELOC RENTAL e o ALUGAR BRASIL 2014 também
contam com o apoio da ABNT, IPAF, Sinaenco,
Sindileq-MG, Sindileq-PE, Sinduscon-SP, Sobratema,
Construção Panamericana e Portal do Locador.
Na primeira quinzena de fevereiro, a ALEC esteve presente
na reunião anual do GRA, Global Rental Alliance, que
aconteceu durante a “The Rental Show”, em Orlando, nos
EUA. A visita ao evento teve o objetivo de trazer ideias que
possam contribuir para uma maior profissionalização dos
nossos profissionais e do crescimento do nosso setor.
A ALEC é de todos nós. Fale com o presidente. Envie
ideias e sugestões de temas a serem abordados em
cursos e palestras. Críticas também. Juntos construímos
uma associação forte.
Multifoco Comunicação e Marketing
Tel.: 11 3554-3503 | 3758-8138
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Jornalista responsável: Marot Gandolfi - [email protected]
Tiragem: 2000 - Periodicidade: mensal
Edição: janeiro/fevereiro de 2014
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responsabilidade das empresas.
Os artigos são de inteira responsabilidade de seus autores
e não refletem necessariamente a opinião da Associação.
Fernando Forjaz
Presidente
Gestão 2014/2015
5 - Rental News - janeiro-fevereiro/2014
ENTREVISTA
Nesta edição, o Rental News traz uma matéria especial sobre ferramentas elétricas.
Entrevistamos profissionais da Bosch, DeWalt, Hitachi e Makita, fabricantes destes
equipamentos, e também falamos com Expedito E. Arena da Casa do Construtor, a
respeito de normas de segurança que tem sido alvo de grandes confusões no mercado.
EXPEDITO E. ARENA
Vice-presidente da ALEC e diretor da
Casa do Construtor esclarece vários
pontos sobre normas de segurança
referentes às ferramentas elétricas,
a polêmica sobre 3 pinos e a
conduta sobre aterramento.
1 - O que exatamente podemos considerar como ferramentas
elétricas manuais?
São as ferramentas de pequeno porte, praticamente portáteis
e que não necessitam mais de uma pessoa para serem
manuseadas. Segundo a NR18.22.20, devem possuir dupla
isolação ou isolamento (geralmente uma isolação no eixo do
induzido e outra na carcaça).
2 - Quais as mais utilizadas?
As mais conhecidas e utilizadas na construção civil são
as furadeiras, serra madeira, marteletes, rompedores,
esmerilhadeiras, lixadeiras, vibradores entre outras.
3 - As ferramentas vendidas no Brasil devem vir com 3
pinos?
As comercializadas no Brasil por grandes fabricantes como
Bosch, DeWalt, Makita, Hilti e Hitachi já vem com dupla isolação
classe II e, exatamente por isso, são proibidas de possuir o pino
terra também conhecido como 3° pino.
4 - Afinal, há uma grande confusão na aplicação da NBR
6147 e NBR 14136* no que se refere ao plug 3 pinos (2P + T).
Você pode esclarecer melhor?
A norma NBR 14136 estabelece o padrão brasileiro para
tomadas e plugues elétricos, tendo como base a norma
internacional IEC 60906-1 e abrange todos os demais produtos
relacionados como cabos de ligação dos equipamentos,
cordões, conectores, extensões, etc.
Em relação às máquinas elétricas, os fabricantes e usuários
devem seguir às recomendações da NR10, NR12 – Máquinas
e Equipamentos - no que se refere à parte elétrica e NR18 Condições e Meio Ambiente na Indústria da Construção Civil,
no que diz respeito a cada máquina. Lembrando sempre que
equipamentos que possuem dupla isolação não precisam e não
devem ter 3 pinos.
6 - Rental News - janeiro-fevereiro/2014
A partir de 2010, a norma brasileira determinou que todo
eletrodoméstico tenha plug 3 pinos (2 P + T). Por esta razão,
existe ainda no mercado muita confusão, causada por gente
que não conhece o assunto e faz exigência que toda a
ferramenta elétrica tenha 3 pinos. Esclarecendo novamente,
as ferramentas elétricas que são dupla isolação classe I estão
proibidas de ter 3 pinos. Como um leigo pode identificar
uma ferramenta com dupla isolação? Geralmente na carcaça
da máquina estão impressos os dados técnicos e o desenho
de um quadrado dentro do outro quadrado (isto identifica o
equipamento tem possui dupla isolação).
5 - E em relação aos equipamentos maiores, é preciso ter 3
pinos e aterramento?
Sem dúvida. As máquinas de maior porte e classe II
necessariamente devem possuir 3 pinos e aterramento como
betoneira, serra circular de bancada, guincho de coluna,
cortador de grama elétrico, politriz de pisos, lavadora de alta
pressão, enceradeiras industriais e outras.
Os vibradores de imersão de concreto devem ter dupla isolação
e os cabos de ligação protegidos contra choques mecânicos
e cortes pela ferragem, devendo ser inspecionados antes e
durante a utilização, conforme item NR18-9.1.
Todas as instalações elétricas devem ser projetas e executadas
observando as recomendações da NR10. Lembro ainda que
todas as máquinas, dependo de sua especificidade, devem
atender a outros tipos de normas.
6 - As características originais da máquina podem ser
modificadas?
Nunca, bem como não pode ser retirado ou colocado algum
acessório que não seja original. Não se pode retirar ou
introduzir dispositivo que altere qualquer característica da
máquina. Ao fazer isso, o usuário assume total responsabilidade
sobre possíveis acidentes que possam ocorrer com aquele
equipamento. É uma questão muito séria. No Brasil, há vários
fabricantes, representantes e importadores que disponibilizam
ao mercado, acessórios, proteções e consumíveis como
brocas, discos de cortes e abrasivos para serem adaptados a
qualquer ferramenta elétrica sem que os mesmos obedeçam às
normas. É lamentável, pois o consumidor não tem como saber
o que pode e o que não pode. Cabe ao Governo, através de
suas instâncias, proceder a fiscalização e retirar do mercado
tais produtos.
*A NBR 14136 substitui a NBR 6147 no que diz respeito aos
plugues e tomadas de uso até 20 amperes e 250 volts que
basicamente abrangem a totalidade dos lares, comércio e
serviços do Brasil. Esta Norma fixa as dimensões de plugues e
tomadas de características nominais até 20 A/250 V em corrente
alternada, para uso doméstico e análogo, para a ligação a
sistemas de distribuição com tensões nominais compreendidas
entre 100 V e 250 V em corrente alternada.
Expedito Eloel Arena
Vice-presidente da ALEC
Fábio Luiz Scarpa
1 - Como foi 2013 para a Makita?
2013 foi muito competitivo, mas a Makita com sua ampla gama
de produtos e lançamentos mensais obteve resultados acima
dos projetados inicialmente.
2 - A Makita projeta crescimento para 2014 em relação a
2013? De quanto?
Aproveitando este nosso diferencial buscaremos em 2014
manter o crescimento acima de dois dígitos.
3 - Quais foram as ferramentas elétricas que tiveram o
melhor desempenho comercial em 2013?
Podemos destacar que os best sellers de 2013 foram, sem
dúvida,
os
marteletes/martelos,
serras
circulares,
esmerilhadeiras e os grandes lançamentos de nossa já
conceituada linha de Baterias Lithium e da linha OPE
(combustão), roçadeiras, motosserras e perfuradores de solo.
4 - Qual é o plano da Makita para melhorar o conhecimento
dos mecânicos e eletricistas das locadoras, os responsáveis
pela manutenção dos equipamentos?
Acreditamos sempre no conhecimento e aperfeiçoamento
contínuo, por isso possuímos hoje em São Bernardo do Campo,
São Paulo, o nosso “Centro de Formação de Excelência em
Produtos Makita”, ou seja, um Centro Técnico onde todos os
interessados podem adquirir conhecimentos teóricos e práticos
com os mais modernos equipamentos da Makita, sempre
monitorados por instrutores altamente capacitados.
5 - O setor de locação evoluiu muito nos últimos anos. Quanto
em percentual as vendas para as locadoras cresceram em
2013?
Atualmente as locadoras representam uma enorme fatia do
mercado de ferramentas elétricas, a bateria, pneumáticas e
combustão, por isso a Makita mantém produtos competitivos
para atender este importante e seleto grupo de consumidores
exigentes.
6 - Seus equipamentos atendem às normas de segurança
brasileira, precisam de aterramento ou isolação?
Produzimos produtos totalmente isolados e com alta tecnologia.
Todos nossos equipamentos atendem 100% às normas
brasileiras de segurança.
Fábio Luiz Scarpa
Subgerente Nacional de Vendas da Makita
7 - Rental News - janeiro-fevereiro/2014
ENTREVISTA
GÁSTON LORENZO
1 - Como foi 2013 para a DeWalt?
Foi um ano de muitos desafios. Registramos um crescimento
de pouco mais de 10%, o que significa que crescemos quase o
dobro do total do mercado.
2 - A DeWalt projeta crescimento para 2014 em relação a
2013? De quanto?
Nossas projeções são de um crescimento em torno de 12%
para 2014.
3 - Quais foram as ferramentas elétricas que tiveram o
melhor desempenho comercial em 2013?
As ferramentas para metalmecânica e a linha sem fio. Tivemos
grande quantidade de lançamentos nestas categorias com
produtos bem superiores àqueles que o mercado já oferece.
Renovamos quase toda a linha de esmerilhadeiras com
produtos diferenciados (Linha Comando, que traz as melhores
e mais seguras esmerilhadeiras de 7” e 9”, incluindo dois
modelos Premium) e lançamos também a Linha Brushless,
com furadeiras/parafusadeiras totalmente inovadoras que
trazem o conceito de rendimento extremo, já que as máquinas
chegam com a revolucionária tecnologia Brushless. Os motores
não possuem as tradicionais escovas de carvão e, por isso,
são capazes de ter um tempo de trabalho 57% maior em
comparação aos modelos com escova.
4 - Qual é o plano da DeWalt para melhorar o conhecimento
dos mecânicos e eletricistas das locadoras, os responsáveis
pela manutenção dos equipamentos?
O nosso plano é investir nos treinamentos com o objetivo de
contribuir para o desenvolvimento dos técnicos das locadoras.
Compartilhar conhecimento oferecendo soluções técnicas para
garantir a qualidade da manutenção preventiva e corretiva da
linha de Martelos e Demolidores.
5 - O setor de locação evoluiu muito nos últimos anos. Quanto
em percentual as vendas para as locadoras cresceram em
2013?
A participação da nossa marca no mercado das locadoras
vem crescendo muito nos últimos anos, com taxas superiores
ao do resto dos segmentos em que a companhia atua. No ano
passado notamos uma leve queda nas taxas de crescimento,
sendo que a venda de produtos nesse mercado teve uma
elevação de apenas 4%, baseado principalmente na queda dos
índices da construção a 2% em 2013.
6 - Quais as normas de segurança devem ser obedecidas?
Seus produtos atendem à NR-12?
Nossos produtos estão em conformidade com todas as normais
legais internacionais. Em princípio uma ferramenta, por si só,
atender à norma NR12 é muito difícil, pois ela abrange muito
mais itens, critérios ou preparação do ambiente onde repousa a
ferramenta, onde se trabalha com a ferramenta etc.
8 - Rental News - janeiro-fevereiro/2014
7 - A NR-12 será revisada. As ferramentas poderão contar
com 3 pinos?
A utilização do terceiro pino, no caso das ferramentas
monofásicas, ocorre de acordo com a classificação de isolação.
Equipamentos com Classe 1:
Necessitam do 3˚ pino (aterramento).
Equipamentos com Classe 2:
Não necessitam do 3˚ pino ou aterramento.
Equipamentos com Classe 3:
Não necessitam.
8 - Quais são suas sugestões para a melhoria da segurança
nos canteiros de obras?
A) Treinamentos são fundamentais. A DEWALT conta com
uma equipe de promotores técnicos altamente treinados e
capacitados para ministrar treinamentos técnicos de manuseio
e segurança aos nossos clientes, com emissão de certificados.
B) Cartazes educativos em pontos estratégicos ilustrados com
situações para prevenção de atitudes de risco.
C) Elaboração de check-list para ser seguido na pré-operação
da ferramenta.
9 - Seus produtos tem que tipo de isolação? Há necessidade
de aterramento?
Todos os nossos produtos estão classificados em uma
determinada classe de isolamento, sendo 1, 2 ou 3. Não
fabricamos ferramentas elétricas com Classe 0.
Sendo classe 1: Sim, se faz necessário usar aterramento, caso
não tenha o 3˚ pino.
Sendo Classe 2: Não, pois a dupla isolação não requer ponto
de aterramento.
Sendo classe 3: Não, as tensões geradas na ferramenta, caso
vazem, não causam dano ao operador.
Tipo de classificação regida pela norma IEC 60745-1
Classe 0
Não existem condutores de proteção (PE) fazendo a conexão entre a terra e as partes metálicas do equipamento/aparelho
elétrico. A proteção contra choques elétricos é dada pela própria isolação do equipamento/aparelho elétrico, como podemos
citar os eletrodomésticos (ventiladores, televisores, rádios portáteis etc.). Em muitos países, a venda de produtos classificados na
Classe 0 é proibida atualmente, pois uma simples falha pode causar um choque elétrico ou danos materiais. A IEC (International
Electrotechnical Commission) está em processo de remover de seus padrões o uso da classe 0 por parte dos equipamentos
elétricos. Espera-se que o conceito de Classe 0 desapareça, dando lugar a produtos contendo proteção de Classe II.
Classe I
Símbolo da Classe I
Para essa classe, o chassis do equipamento/aparelho elétrico deve ser conectado à terra utilizando um condutor de proteção
(PE) identificado pela cor verde ou verde/amarela.
Uma falha no isolamento do dispositivo que cause um contato elétrico entre um condutor vivo e o chassis do equipamento irá
gerar uma corrente elétrica que irá passar através do condutor de proteção (PE). Essa corrente de falha deve passar também
por um dispositivo de proteção contra sobrecarga (fusíveis ou disjuntores) ou um DR (dispositivo a corrente diferencial-residual)
que irá cortar o fornecimento de energia elétrica ao dispositivo.
Classe II
Símbolo da Classe II
Um equipamento/aparelho Classe II ou de “isolação dupla” é um dispositivo concebido para não
necessitar o uso de um condutor de proteção (PE) ligado para a terra. A exigência básica é que
qualquer simples falha não cause perigosas tensões elétricas expostas nos equipamentos/aparelhos
elétricos (as quais podem causar choques elétricos), sem a necessidade de um condutor (PE) ligado à
terra. Isso é geralmente realizado utilizando, no mínimo, duas camadas de material isolante nas partes
“vivas” (energizadas) dos equipamentos/aparelhos elétricos, sendo também possível a utilização de
isolação reforçada.
Na Europa, um equipamento de dupla isolação deve possuir a informação “Classe II”, “isolação dupla” ou
possuir o símbolo de dupla isolação (um quadrado dentro de outro quadrado).
Classe III
Símbolo da Classe III
Equipamentos/aparelhos contendo isolamento Classe III são dispositivos alimentados com extrabaixa tensão. A alimentação
desses dispositivos é baixa o suficiente (sob condições normais de uso) que uma pessoa pode entrar em contato com uma
parte “viva” de maneira segura e sem risco de choques elétricos, como por exemplo, Parafusadeiras sem fio, 9 V 12 V, 18 V, 20
V com limite até 48 Volts.
Gáston Lorenzo
Gerente de Marketing da DeWalt
9 - Rental News - janeiro-fevereiro/2014
ENTREVISTA
DANIEL LEITE
1 - Como foi 2013 para a Bosch?
Durante o ano de 2013 a Bosch realizou diversas ações e
campanhas para motivar e aproximar ainda mais os seus
parceiros, essas campanhas nos trouxeram vários retornos
positivos.
2 - A Bosch projeta crescimento para 2014 em relação a
2013? De quanto?
Sim, projetamos um crescimento baseado nas expectativas de
mercado para o ano.
3 - Quais foram as ferramentas elétricas que tiveram o
melhor desempenho comercial em 2013?
As ferramentas elétricas que tiveram um melhor desempenho
foram serra mármore, furadeiras, parafusadeiras e marteletes.
4 - Qual é o plano da Bosch para melhorar o conhecimento
dos mecânicos e eletricistas das locadoras, os responsáveis
pela manutenção dos equipamentos?
A Bosch realiza treinamentos, mensalmente, abertos para todos
os mecânicos e eletricistas da rede de locadoras e assistências
técnicas autorizadas, a fim de capacitá-los. Os treinamentos
visam aprimorar e desenvolver o conhecimento teórico e prático,
possibilitando o melhor atendimento ao usuário de ferramentas
elétricas Bosch.
5 - O setor de locação evoluiu muito nos últimos anos. Quanto
em percentual as vendas para as locadoras cresceram em
2013?
As vendas para locadoras cresceram bastante em 2013 e
para 2014 continuarão evoluindo, justamente pelo mercado de
construção civil estar em expansão, que por sua vez, aumenta
o número de locadoras para atender à demanda.
6 - Quais as normas de segurança devem ser obedecidas?
Seus produtos atendem à NR12?
Ferramentas elétricas devem atender à família de normas IEC
60745 ou seu equivalente NBR IEC 60745 para ferramentas
portáteis e à família IEC61029 para ferramentas estacionárias.
Quanto à NR12 é uma norma regulamentadora para segurança
no trabalho em máquinas e equipamentos, portanto é uma norma
para o empregador que deve adotar medidas necessárias para
a segurança dos trabalhadores. Nossos produtos atendem às
normas específicas para ferramentas elétricas, no caso são
IEC60745 ou seu equivalente NBR IEC 60745 e a IEC61029
para ferramentas estacionárias.
*IEC = norma internacional International Electrotechnical
Commission
NBR = norma brasileira
7 - A NR12 será revisada. As ferramentas poderão contar
com 3 pinos?
Não há relação entre a NR12 e a necessidade da ferramenta
possuir 3 pinos. Somente aparelhos ou ferramentas com classe
de isolação I (um) exigem o pino de aterramento.
10 - Rental News - janeiro-fevereiro/2014
8 - Quais são suas sugestões para a melhoria da segurança
nos canteiros de obras?
A Bosch tem uma equipe especializada em campo para realizar
treinamentos e práticas de segurança nas obras pelo Brasil,
essa equipe desempenha um papel importante, não só de
homologação de ferramentas, mostrando o uso correto, como
também dando dicas para redução do tempo de trabalho com
melhor aproveitamento da ferramenta e segurança no manuseio.
9 - Seus produtos tem que tipo de isolação ? Há necessidade
de aterramento?
A maioria dos nossos produtos possui classe II (dois) de
isolação, porém existem ferramentas classe I (um) e também a
classe III (três) que são ferramentas alimentadas por baterias.
É necessário verificar a etiqueta de dados técnicos ou manual
de cada ferramenta. Importante frisar que ferramentas classe II
(dois) não podem ser aterradas de maneira alguma.
Daniel Leite
Analista de Marketing da Bosch
André Ballerini
1 - Como foi 2013 para a Hitachi?
Apesar do ano não ter sido de grande crescimento no
segmento de ferramentas elétricas, conseguimos superar
nossas expectativas. Como chegamos ao Brasil apenas há
3 anos, estamos abrindo muitos novos clientes e a cada dia
a marca se faz mais conhecida, principalmente por usuários
que já compraram nosso produto e sentem na prática seu
desempenho e qualidade.
Com relação ao mercado de locação, estamos muito contentes
com o resultado, pois foi o setor que mais crescemos no ano
passado. Nossos produtos são de altíssima qualidade o que faz
com que os locadores tenham um maior ganho com a vida útil
e baixo custo de manutenção.
2 - A Hitachi projeta crescimento para 2014 em relação a
2013? De quanto?
No ano passado crescemos 102% e para 2014 esperamos
um crescimento de pelo menos mais 40% no geral e 60% nas
locadoras.
3 - Quais foram as ferramentas elétricas que tiveram o
melhor desempenho comercial em 2013?
Nossos principais produtos são a serra mármore, esmerilhadeiras
e, principalmente, a linha de martelos leves e pesados.
4 - Qual é o plano da Hitachi para melhorar o conhecimento
dos mecânicos e eletricistas das locadores, os responsáveis
pela manutenção dos equipamentos?
Estamos preparando o calendário de treinamentos para 2014
para capacitar pelo menos 120 técnicos durante o ano.
5 - O setor de locação evoluiu muito nos últimos anos. Quanto
em percentual as vendas para as locadoras cresceram em
2013?
2013 foi o ano que focamos o mercado de locação, por
não termos uma base muito grande de vendas até 2013 o
crescimento foi além do esperado.
André Ballerini
Gerente Nacional de Vendas da Hitachi
wpcriativa.com
Diretor de Ferramentas Elétricas da ALEC - Márcio Rodrigues (LOKAR)
JURÍDICO
A repercussão da restrição ambiental
na locação de equipamentos
Recentemente a Universidade de São Paulo foi alvo de protestos
de professores e alunos, por conta de contaminação do solo no
campus localizado na zona leste da cidade. Também há pouco
tempo um shopping na capital paulista passou por situação
semelhante e permaneceu por vários dias com suas atividades
suspensas.
A quantidade de terrenos poluídos tem aumentado com
frequência. Entre os diversos causadores da poluição do solo
estão as indústrias que utilizam materiais químicos e os postos
de gasolina.
Tal situação é preocupante, em virtude do crescimento
populacional desenfreado e do mercado da construção civil
ainda muito aquecido; a disputa por terrenos passíveis de
construção de empreendimentos é acirrada e todos sabem
disso.
Em face disso, ou seja, dada a escassez de áreas aptas
à construção, as construtoras têm recorrido à chamada
remediação do solo, ou seja, elas tratam o solo contaminado
de um determinado terreno para que ele possa ser aproveitado
para erigir um empreendimento. Ocorre que, nem sempre a
respectiva área é recuperada por completo, remanescendo
algumas restrições de uso como, por exemplo, a impossibilidade
de utilização de poços artesianos.
Consequência disso, não menos frequente tem sido a venda
de imóveis comerciais e residenciais em locais que sofreram
remediação ambiental, sem que o consumidor daqueles
imóveis seja previamente informado, infringindo a lei. Não é
difícil concluir que o terreno remediado não tem o mesmo valor
do que aquele que nunca sofreu restrição.
Em tese, essa questão parece não influir na locação de
equipamentos para construção civil; não é o que ocorre na
prática. Com frequência tem-se visto obras embargadas por
restrição ambiental, situação, essa, que culmina com a falta
de pagamento de aluguel e a não devolução dos equipamentos
objetos de locação.
Percebe-se que o embargo de uma obra gera um “efeito cascata”
que atinge diretamente as locadoras de equipamentos.
12 - Rental News - janeiro-fevereiro/2014
O que fazer para prevenir essa situação?
O Código Civil vigente em nosso país preconiza que o princípio
da boa-fé contratual deve sempre reger os negócios jurídicos e
os contratos firmados. Isso significa que as partes ao realizarem
qualquer negócio ou contrato devem manter a probidade,
agindo sempre de boa-fé ou de modo informal, devem “jogar
limpo”.
Realizar um empreendimento que nele há um passivo ambiental
e a Incorporadora ocultar informações que poderiam fazer com
que o consumidor ou fornecedor desse empreendimento não
adquirisse o bem ou fornecesse seu mister, além de caracterizar
má-fé, pode acarretar perda irreparável e enorme prejuízo.
É por isso que antes de fornecer um equipamento, em locação,
para determinada obra, a Locadora deve tomar todo o cuidado,
analisando os riscos que aquela relação possa vir a ter, se
precavendo a fim de evitar o prejuízo.
Dessa forma, é preciso verificar o histórico da locatária e celebrar
um contrato com cláusulas protetivas que vislumbram esse tipo
de acontecimento. A não observância dessa situação pode
levar a obra sofrer um embargo pelos órgãos de fiscalização e
acarretar prejuízo às locadoras.
como reabilitada para uso declarado, ou seja, área em que o
uso e a ocupação do solo devem respeitar alguns limites, há
obrigatoriedade de ser averbada tal informação na matrícula
do imóvel.
Em pesquisa do Instituto Nacional do Ambiente (Inea), realizada
este ano, foram divulgados os terrenos objeto de contaminação
no estado do Rio de Janeiro. Lista semelhante pode ser
encontrada no site da prefeitura de São Paulo.
Em suma, isso tudo deve estar previsto em contrato, ou seja,
transferir a responsabilidade sempre para a Locatária no caso
de haver embargo da obra ou outro evento dessa natureza
que acarrete prejuízo para a Locadora. Caso a Locadora se
antecipe, prevendo todas essas situações, se baseando nas
normas e resoluções dos órgãos competentes para resguardar
seus direitos, o risco será minimizado.
Vale lembrar, prevenir é melhor que remediar.
Fonte: Ricardo Trotta, Eduardo Carvalho e Talita Castro, sócios
do escritório Ricardo Trotta Sociedade de Advogados.
A competência para legislar sobre o tema é concorrente à União,
aos Estados e ao Distrito Federal. No entanto, em nível federal
há apenas projeto de lei que trata das áreas contaminadas.
Diante dessa lacuna de legislação federal alguns estados se
anteciparam criando suas próprias regras.
O CONAMA em dezembro de 2009
expediu a resolução nº 420, que trata
dos critérios e valores que orientam
a qualidade do solo e traça diretrizes
para o gerenciamento de tais áreas.
Em São Paulo, além de normas,
decisões e guia da CETESB, foi
criada a lei 13.577/2009 que traça
as diretrizes e procedimentos
para a proteção da qualidade do
solo e gerenciamento das áreas
contaminadas.
Tal lei determina que a CETESB
mantenha cadastro das áreas
contaminadas e reabilitadas, que
deve ser divulgado no diário oficial
e na página da CETESB. Além
disso, quando a área for classificada
13 - Rental News - janeiro-fevereiro/2014
MATÉRIA TÉCNICA
As gruas não se destinam a atividades recreativas:
Os “passeios divertidos”
não condizem com as
boas práticas da indústria
A IPAF acolhe favorávelmente o documento de posição oficial
publicado pelo Grupo de Produtos para Gruas e Equipamentos
de Elevação da FEM, que esclarece que as gruas são
concebidas e fabricadas para elevar carga e não pessoas, e
que estas não devem ser usadas para atividades recreativas.
Ao mesmo tempo, foi confirmado que estes tipos de “passeio”
também não serão permitidos na CONEXPO-CON/AGG.
A FEM (Fédération Européenne de la Manutention) é a
associação dos fabricantes europeus de equipamentos de
movimentação de material. No documento de posição oficial
datado de 7 Novembro de 2013, o Grupo de Produtos para
Gruas e Equipamentos de Elevação da FEM, Subgrupo para
Gruas Torre e Portuárias, declara que: “As gruas torre são
concebidas e fabricadas essencialmente para elevar cargas,
conforme o uso previsto. Qualquer outro uso não é autorizado
pelos fabricantes. Se o usuário de uma grua decide operála em desacordo com o uso previsto, conforme indicado
pelo fabricante, o usuário o faz e assume a responsabilidade
decorrente disto bem como pela avaliação de risco de acordo
com as regulações locais de segurança no local de trabalho.”
O documento de posição oficial da FEM declara ainda:
“No caso de uso profissional, é possível que as leis laborais
nacionais autorizem o uso de gruas para elevar e suspender
trabalhadores em cestos de pessoas exclusivamente em
situações em que essa seja a alternativa menos arriscada para
executar uma tarefa... Para qualquer outro uso não descrito no
manual de instruções (por exemplo, fins recreativos), devem
ser respeitados os regulamentos nacionais de cada estado
membro.”
O documento de posição oficial da FEM foi elaborado em
resposta ao pedido de esclarecimento feito pela IPAF decorrente
da oferta de passeios em gruas feita por uma empresa na feira
de equipamento de construção, Bauma em Munique, Alemanha
no início deste ano. A IPAF está solicitando a proibição do uso
de gruas para “passeios circenses” em todas as feiras de
construção profissionais. Diversas publicações especializadas
também já haviam levantado a questão com relação à dúbia
promoção chamada de “fun flights”(diversão nas alturas) na
maior exposição de equipamentos de construção profissional
do mundo.
“A AEM (Association of Equipment Manufacturers) e a feira
CONEXPO-CON/AGG não permitiram passeios de caráter
recreativo na feira que aconteceu de 4 a 8 de março em Las
Vegas”, segundo Al Cervero, vice-presidente de marketing e
desenvolvimento de negócios global da AEM. Isso vai contra os
nossos critérios expostos no documento de posição oficial da
PCSA (Power Crane and Shovel Association), um departamento
da AEM, e também contra os regulamentos da feira. Entretanto,
14 - Rental News - janeiro-fevereiro/2014
nós incentivamos as demonstrações que simulem um universo
real de aplicações que não seja de maneira recreativa.”
“A permissão do uso de gruas para qualquer tipo de passeio
recreativo na Intermat é inconcebível, levando-se em conta que
esta feira se dedica a promover a segurança na construção e
o uso profissional de equipamentos de construção”, conforme
declarou o diretor da Intermat, Maryvonne Lanoe.
“Os membros da IPAF não ficarão indiferentes a um desrespeito
tão evidente de todas as campanhas de segurança concebidas
com o intuito de garantir a realização de trabalhos temporários
em altura por operadores corretamente treinados e usando
máquinas concebidas para elevar pessoas”, disse o CEO
da IPAF Tim Whiteman. “Mesmo não infringindo a legislação
local, os chamados “passeios divertidos” não condizem com
os princípios de segurança e as boas práticas da indústria. As
quedas em altura continuam a ser a mais significativa causa
de morte no local de trabalho na Europa e nos EUA. Além
disso, as atividades circenses não fazem parte da indústria
de equipamento de construção e elevação. Nós louvamos
as declarações da AEM e dos organizadores da Intermat.
As plataformas aéreas são equipamentos que proporcionam
uma forma segura e eficaz de elevar pessoas para executar
trabalhos temporários em altura. A nossa indústria é segura e
trabalhamos para que continue a sê-lo.”
“Nós da Haulotte, somos
totalmente contra a utilização de
guindastes e também de plataformas
para uso em atividades recreativas. Essas
máquinas são produtos destinados ao trabalho
e não devem ser empregadas de forma alguma
para diversão. Isso poderá causar má impressão
aos clientes e, principalmente, riscos de acidente,
afinal sem o devido treinamento e capacitação
para a operação da máquina há risco
ao usuário final, bem como ao
proprietário do equipamento.
Não apoiamos essa iniciativa.”
O documento de posição oficial da FEM, de Novembro de
2013, ecoa uma posição oficial anterior, de Maio de 2011, que
declara: “Guindastes móveis nunca devem ser utilizados para
fins recreativos, como por exemplo, elevação de pessoas para
shows, bungee jumping, “jantares no céu” ou levantamento de
outras estruturas com pessoas sobre a estrutura ou por baixo
da mesma.”
Declarações semelhantes também têm sido publicadas por
outras organizações, como a americana PCSA da AEM e a CPA
(Construction Plant-hire Association), britânica.
Fonte: IPAF
“Guindastes, gruas e outros
equipamentos de uso industrial foram
desenvolvidos para trabalhar com cargas
e não pessoas. Mesmo as plataformas de trabalho
aéreo que foram desenvolvidas para utilização por
pessoas, precisam ser manuseadas por profissionais
habilitados e sempre com fins profissionais, nunca
para uso recreativo. Todos esses equipamentos
foram concebidos para melhorar a segurança
em construção e manutenção industrial,
sendo inaceitável sua utilização para
qualquer outro fim.”
Miguel B. de Almeida
PTA Rental
Marcelo Bracco
Haulotte do Brasil
“Na qualidade de entidade representante das
locadoras de equipamentos e plataformas de
trabalho aéreo, a ALEC é contra a utilização de
qualquer tipo de equipamento de uso profissional
na construção civil em atividades recreativas.
Poucos segundos de emoção podem ter um
custo alto quando normas de segurança são
colocadas em segundo plano”
Fernando Forjaz
Presidente ALEC
15 - Rental News - janeiro-fevereiro/2014
MATÉRIA TÉCNICA
Treinamento e manutenção
minimizam acidentes com guindastes
Os riscos de falhas de operação são neutralizados com
investimento em segurança, capacitação profissional,
manutenção eficiente e plano de rigging
A segurança na operação com guindastes é hoje uma das
preocupações no setor da construção no Brasil. Embora não
haja estatísticas oficiais, dados catalogados apontam que mais
de 90% dos acidentes com esses equipamentos decorrem
de falhas humanas como imperícia, falta de planejamento, de
supervisão, ausência de operadores qualificados, aumento de
carga a ser içada, entre outras situações complexas.
Devido às consequências catastróficas de um acidente no
uso desse equipamento, como o ocorrido na obra da Arena
Corinthians em novembro do ano passado, o caminho é investir
cada vez mais no treinamento dos profissionais envolvidos
nas operações com guindastes, em plano de rigging visando
a melhor performance operacional do equipamento e em
manutenções preventivas eficazes.
Antes de iniciar uma operação, técnicos de segurança da
empresa contratada e a contratante devem ir até o local da
operação para avaliar o cenário, identificar riscos e aplicar todas
as medidas de neutralização desses riscos. É imprescindível
a conscientização do contratante quanto à importância de
fornecer informações precisas referente à operação e as peças
16 - Rental News - janeiro-fevereiro/2014
que serão movimentadas (peso exato, distribuição do peso/
ponto de equilíbrio, dimensões e pontos de içamento), além de
um estudo prévio sobre as condições gerais do terreno onde
os equipamentos irão operar, tais como a existência de pontos
de interferência, postes e fiação de energia elétrica, galerias/
tubulações subterrâneas, compactação do solo, declividade
ou aclividade, velocidade dos ventos da região, ou seja, tudo
que possa colocar em risco a estabilidade do equipamento e
consequentemente elevar o risco da operação e a ocorrência
de um acidente.
Por outro lado, os treinamentos de segurança devem ser
frequentes para os colaboradores. Essas iniciativas garantem
um baixo índice de acidentes no trabalho, tornando a segurança
uma espécie de vício no cotidiano da empresa, seja nas ações
do dia a dia ou eventos e campanhas.
Nas empresas, todo funcionário deveria passar por integração
de segurança, sensibilização e conscientização sobre a
importância de uso dos EPI’s (Equipamentos de Proteção
Individual) e forma segura de executar as tarefas.
Nossos operadores de guindastes, por exemplo, estão sendo
treinados e certificados pelo IBC (Instituto Brasil Canadá),
todos tiveram o Curso Segurança em Operação de Guindastes
IPS (IPS Engenharia de Rigging), e ainda fizeram um curso
de direção defensiva junto com os motoristas. Tudo isso é
reforçado pelos DDS (diálogo de segurança) internos que, em
2013, foram realizados em média oito vezes por mês.
Com a expansão industrial, a necessidade de mobilização de
grandes máquinas e peças industriais, as obras de engenharia
civil e construção pesada passaram a exigir operações
rápidas e seguras de içamento e movimentação de carga. Os
guindastes apresentam hoje em dia tecnologia moderna, com
recursos eletrônicos que, embora garantam maior precisão e
produtividade nos trabalhos, devem ser bem assimilados nas
operações. Isso tornou urgente a preparação de mão-de-obra
qualificada.
Toda operação com guindaste exige um planejamento adequado
que deve ser elaborado por um profissional competente para
aquela situação específica. O Plano de Rigging deve conter
todas as informações básicas e todos os parâmetros de
segurança estabelecidos por normas e pelo fabricante dos
guindastes envolvidos em todas as fases operacionais, desde
o transporte até o posicionamento final.
Hoje, atendendo à solicitação dos usuários de guindastes, os
fabricantes já começaram a simplificar a tecnologia embarcada
para promover melhor interface com os operadores, tornando a
eletrônica mais assimilável e com manutenção menos onerosa.
Se esses dispositivos forem muito sofisticados, o equipamento
não é assimilado em todos os países, além de ser mais
suscetível a panes quando trabalha em regiões com diferenças
climáticas, como Amazonas e cidades litorâneas que são
úmidas e deterioram a eletrônica.
Mas, mesmo com essa simplificação, as operações com
guindastes por si só são complexas e exigem preparo
profissional, treinamento e competência da empresa prestadora
de serviço.
Para garantir o perfeito funcionamento dos equipamentos, que
em nenhuma hipótese podem parar ou perder rendimento,
devem ser realizadas manutenções frequentes para garantir
disponibilidade aos clientes. É muito importante que a empresa
tenha um departamento específico para esse tipo de trabalho
com profissionais de diferentes níveis técnicos.
Marcos Cunzolo
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FIQUE POR DENTRO
ALEC presente no evento
ElevAÇÃO em Embu
das Artes
Em 03 de fevereiro, o presidente da ALEC, Fernando Forjaz, o
gerente executivo Adalberto Cruz Filho e o responsável pelo
markerting, Allan Sicsic estiveram no evento organizado pelo
IPAF, ElevAÇÃO, no Hotel Rancho Silvestre, em Embu das
Artes, São Paulo. Foi uma excelente oportunidade de conhecer
melhor o segmento de plataformas de trabalho aéreo e a
necessidade da formação de operadores. Estes profissionais
precisam se preparar para conduzir estes equipamentos com
total segurança.
The Rental Show
Aguarde na próxima edição matérias exclusivas sobre a “The
Rental Show”. A ALEC esteve presente no maior evento do
mundo no segmento de locação e traz para você as novidades
e dados do mercado.
A parceria entre a ALEC e o IPAF foi fortalecida e, certamente,
será grande o trabalho em conjunto, afinal nosso objetivo
é passar para as locadoras associadas a importância de
profissionalizar a locação de plataformas e de atender às
normas de segurança.
Estiveram também presentes nossos associados Cunzolo,
Guiton, Haulotte, JLG, PTA, RCB, Terex e Trimak.
A Associação participou com um stand no local e aproveitou
para divulgar suas ações e os benefícios às empresas
interessadas em se tornarem afiliadas.
Site da FELOC RENTAL
2014 está no ar
A partir de agora você pode acompanhar todas as novidades
da FELOC RENTAL e do ALUGAR BRASIL 2014 no site
www.felocrental.com.br. Veja a planta do evento, expositores,
palestras, faça seu credenciamento e muito mais.
Fernando Forjaz (Formeq), Armando Nassiff (Trimak),
Allan Sicsic (ALEC) e Miguel B. Almeida (PTA Rental)
Você também pode entrar em contato com a agência oficial,
Viaja Fácil (www.viajafacil.com.br) para programar sua viagem.
Lembre-se que a Feira acontecerá logo após a Copa do Mundo
e que é importante reservar sua passagem e hospedagem com
antecedência. Aproveite também para fazer passeios com sua
família, afinal, São Paulo tem centenas de opções, pergunte
para a agência e junte trabalho com lazer.
18 - Rental News - janeiro-fevereiro/2014
Os rumos do mercado segundo pesquisa
Quarta pesquisa realizada em dezembro de 2013
dá um parâmetro do mercado
Em parceria com a Zoomerang, a ALEC realizou a 4ª edição da pesquisa com profissionais do segmento rental para analisar a situação
do mercado e sentir as expectativas. Veja as abaixo as considerações mais relevantes.
PRINCIPAIS CONCLUSÕES
Atividade 4º Tri 2013 X 4º Tri 2012
44,4% MELHOR
40,7% ESTÁVEL
14,8% PIOR
Perspectiva para 1º Tri 2014 x 4º Tri 2013
Expectativas para 2014
44% MELHOR
36% ESTÁVEL
20% PIOR
40,74% MELHOR
33,3% ESTÁVEL
25,9% PIOR
Taxa de ocupação de equipamentos
43% AUMENTANDO
28,5% ESTÁVEL
28,5% DIMINUINDO
Valores de locação
0% MELHOR
68% ESTÁVEL
32% PIOR
A ALEC e a Zoomerang não têm
acesso às respostas individuais
e só recebem o resultado final.
O resultado desta pesquisa é enviado
primeiro aos que responderam e após
2 meses é compartilhado com o mercado.
AÇÃO SOCIAL
A ALEC INCENTIVA O TRABALHO DO ICRIM
Instituto de apoio à criança e ao adolescente com doenças renais
O ICRIM é uma associação civil de natureza filantrópica, sem fins econômicos, de caráter assistencial e educacional, com autonomia,
administrativa, financeira e política.
O serviço é totalmente gratuito e o instituto é mantido graças
às contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Seu objetivo é ser um centro de referência no atendimento
integral e apoio que complemente o tratamento médico às
crianças e jovens com problemas nos rins.
São atendidas crianças e adolescentes carentes com
doenças renais e suas famílias, vindos de diversas cidades
e estados do Brasil e países da América do Sul. O ICRIM
realiza aproximadamente 4.000 atendimentos por ano,
dando acolhimento integral e trabalhando para melhorar a
qualidade de vida dos jovens pacientes renais, incluindo
benefícios imprescindíveis para que eles tenham condições
de manter o tratamento médico em casa.
O ICRIM oferece apoio psicológico através do projeto arte,
educação e psicoterapia, assistência odontológica, serviço
social, projetos de geração de renda (Mulheres Fabulosas),
medicamentos, materiais hospitalares, suplementos nutricionais, complementos alimentares, atividades culturais e de lazer, além do
programa de atuação do Corpo de Voluntariado (eventos, dia da beleza, aulas de bordado e crochê, entre outros).
Existem várias maneiras de ajudar
o ICRIM e participar deste trabalho
tão importante e gratificante.
O ICRIM mantém um bazar permanente. Lá você
encontra produtos novos e seminovos: roupas,
acessórios, calçados e bolsas, objetos para casa e
decoração, brinquedos e muito mais. Você ou sua
empresa podem colaborar doando produtos. Para
fazer doações, você encontra o link no site do ICRIM
http://www.icrim.org.br/site/contribuicoes.htm
Conheça o trabalho do ICRIM: www.icrim.org.br
20 - Rental News - janeiro-fevereiro/2014
Se você estiver interessado em fazer parte
do Corpo de Voluntariado do ICRIM, ligue
para 11 5908-4440 e agende um horário
com a Sra. Yara Anconi, das 9h30 às
17h30, de segunda a sexta-feira.
Doar um pouco do seu tempo pode fazer
muita diferença.
CURSOS
FEIRAS
ALUGAR COMERCIAL
Curso de vendas Towers
DATA
20/03/14
9h às 17h
LOCAL
Sede ALEC
Av. Mandaqui, 67 Bairro doLimão
INSCRIÇÕES ATÉ
17/03/14
09 a 11 de abril de 2014
Transamérica Expocenter - São Paulo/SP
www.brazilroadexpo.com.br
Palestra sobre NR35 Trabalho em altura
DATA
24/03/14
13h às 17h
LOCAL
Sede ALEC
Av. Mandaqui, 67 Bairro doLimão
INSCRIÇÕES ATÉ
18/03/14
Instrutor: Eng° Robinson Leme
Diretor de Saúde e Segurança do Feticon-SP e
Membro do CPR/SP - Bancada dos Trabalhadores
BOSCH
Curso de Manutenção de
Ferramentas Elétricas
DATA
20/03/14
8h às 17h
VISITE NOSSO STAND
03 a 06 de junho de 2014
Centro de Exposição Imigrantes - São Paulo/SP
www.mtps.org.br
LOCAL
Fábrica Bosch
Campinas/SP
ALUGAR GESTÃO COMERCIAL
Curso de atendimento e vendas
para locadoras em Santos/SP
DATA
24/04/14
LOCAL
Santos/SP
Feira dos Fornecedores da Construção Civil
07 a 10 de maio de 2014
Expo Unimed Curitiba - Curitiba/PR
www.feiradoconstrutor.com.br
INSCRIÇÕES ATÉ
17/04/14
23 e 24 de julho de 2014
Clube Espéria - São Paulo/SP
www.felocrental.com.br
Instrutor: Lairton Zuza da Silva
INVESTIMENTO
R$90,00 para associados.
R$240,00 para não associados.
Pagamento via depósito em conta ou
transferência bancária para não associados.
NOVOS ASSOCIADOS
- VAIVOLTA
- LOCADORA ORION
- ASSESSORIA INTEGRADA
21 - Rental News - janeiro-fevereiro/2014

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