B( ) Profª.: Rosane L
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Foz do Iguaçu, _______ de ________ de 2016. Nome: ____________________________ 2ª série A ( ) B( ) Profª.: Rosane Lemos Lista de Literatura – 2º Bimestre 01(UNEMAT) Sobre Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, pode-se afirmar: (A) É um poema épico que conta a história de Marechal Floriano. (B) É uma narrativa de ficção que conta a história de Brás Cubas. (C) É um livro de memórias escrito por Riobaldo Tatarana. (D) É um conto que narra a história de amor de Olga e Marechal Floriano. (E) É um romance em que é narrada a história de um brasileiro visionário. 02. (UFRR) Leia o texto abaixo e assinale, em seguida, a alternativa correta: Psicologia de um vencido Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênesis da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância… Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme – este operário das ruínas – Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra! ANJOS, Augusto dos. Eu. Rio de Janeiro: Livr. São José, 1965. A partir desse soneto, é correto afirmar: I. Ao se definir como filho do carbono e do amoníaco, o “eu lírico” desce ao limite inferior da materialidade biológica, pois, pensando em termos de átomos (carbono) e moléculas (amoníaco), que são estudados pela Química, constata-se uma dimensão onde não existe qualquer resquício de alma ou de espírito. II. O amoníaco, no soneto, é uma metáfora de alma, pois, segundo o “eu lírico”, o homem é composto de corpo (carbono) e alma (amoníaco) e, no fim da vida, o corpo (orgânico) acaba, apodrece, enquanto a alma (inorgânica) mantém-se intacta. III. O soneto principia descrevendo as origens da vida e termina descrevendo o destino final do ser humano; retrata o ciclo da vida e da morte, permeado de dor, de sofrimento e da presença constante e ameaçadora da morte inevitável. Está(ão) correta(s) (A) apenas I. (B) apenas III. (C) apenas I e II. (D) apenas I e III. (E) apenas II e III. 03. (UFSC) Quando o criado me fez entrar no gabinete do doutor Benson o velho não se achava ali. Aproveitei o ensejo para correr os olhos pelas paredes e admirar ou, antes, embasbacar-me com as estranhas coisas que via. Devo dizer que não compreendi nada de nada. [...] Pelas paredes, quadros – não quadros comuns com pinturas ou retratos, mas quadros de mármore, como os das usinas elétricas, inçados de botõezinhos de ebonite. [...] Todavia, o que mais me prendeu a atenção foi, ao lado da secretária do professor, um enorme globo de cristal, e sobre ela, apontado para o globo, um curioso instrumento de olhar, ou que me pareceu tal por uma vaga semelhança com o microscópio. [...] Nesse momento uma porta se abriu e o professor Benson entrou. – Bom dia, meu caro senhor... Seu nome? Ainda não sei o seu nome. – Ayrton Lobo, ex-empregado da firma Sá, Pato & Cia., respondi, fazendo uma reverência de cabeça e carregando no ex com infinito prazer. – Muito bem – disse o professor. – Queira sentar-se e ouvir-me. O hábito de sempre falar de pé aos ex-patrões impediu- me de cumprir a primeira ordem dada pelo meu novo chefe e vacilei uns instantes, permanecendo perfilado. O professor Benson compreendeu a minha atitude; pôs-me a mão no ombro e, paternalmente, murmurou na sua voz cansada: – Sente-se. Não creia que o vou reter aqui como a um subalterno. Disse que iria ser o meu confidente e os confidentes não se equiparam aos homens de serviço. Sente-se e conversemos. Sentei-me sem mais embaraço, porque o tom do misterioso velho era na realidade cordial. LOBATO, J.B.M. O presidente negro. São Paulo: Globo, 2008. p. 36-37. Considerando o texto, o romance O presidente negro e o contexto do Modernismo brasileiro, assinale o que for CORRETO. 1) A publicação de O presidente negro [O choque], em 1926, coincide temporalmente com a primeira fase do Modernismo brasileiro; todavia, Lobato não utiliza no romance o experimentalismo linguístico que caracteriza as produções modernistas daquele período. 2) Embora seja um romance de ficção científica, a narrativa de Monteiro Lobato é perpassada por uma crítica aos hábitos e gostos burgueses no Brasil do início do século XX. 4) Após sofrer o acidente e ser acolhido pelo professor Benson, Ayrton abandona seu emprego na firma Sá, Pato & Cia, apesar do respeito e admiração que nutria por seus patrões. 8) De uma maneira curiosamente avançada para o período em que se passa a história, Ayrton mantém com seus patrões uma relação de relativa igualdade, que será reproduzida no castelo, com o professor Benson. 16) O porviroscópio transporta para o futuro quem o utiliza. Assim, Ayrton pode acompanhar pessoalmente a eleição do primeiro presidente negro nos EUA, em 2228. 32) Em 1917, Lobato fez críticas virulentas à pintora Anita Malfatti no artigo “Paranoia ou Mistificação?”, o qual se opunha aos princípios de liberdade artística e experimentalismo que norteariam a Semana de Arte Moderna de 1922. 04. (UFMT) Considere os dados: I. Contraste entre um Brasil arcaico – representado principalmente pelo tradicionalismo agrário – e outro, com novos centros urbanos marcados pelo início da industrialização e pela emergência de novas classes socioeconômicas. II. Problematização da realidade social e cultural, pela revelação das tensões da vida nacional. III. Primeira Guerra Mundial e Crise da República Velha. IV. Modernidade estilística e negação do estilo da Belle Époque. Caracterizam o período histórico e cultural do Pré-Modernismo em que se insere Lima Barreto os dados contidos em: (A) I e II, apenas; (B) II e III, apenas; (C) I, II e III, apenas; (D) II, III e IV, apenas; (E) I, II, III e IV. 05(UEPG – PR) Assinale as alternativas que expressam a verdade sobre Os sertões de Euclides da Cunha. 1)É uma obra polifônica, isto é, vários gêneros dialogam, incluindo-se o jornalismo, a poesia, a narrativa ficcional; múltiplas vozes se confrontam: a da cultura costeira e urbana, a das filosofias do século XIX, a dos militares e políticos, a da Igreja. 2)O elemento religioso é tratado por Euclides como resultado do abandono social, do isolamento, da indefinição étnica e da presença de elementos do catolicismo mal compreendidos. 4)Os políticos da época consideravam Antônio Conselheiro um benemérito; já a Igreja e o Exército o viam como ameaça, como expressão de uma sociedade e de um meio marcados pelo atraso secular. 8)A produção da obra, oriunda de um acontecimento ocorrido no Sertão da Paraíba delimitado por um quadro científico, político e cultural próprios do século XIX, permite vislumbrar nela o caráter documental, factual, de um tempo e de uma história. 16)O caráter revolucionário da obra impõe-se por salientar a importância da integração do imigrante à vida brasileira. 06. (UEMA) Texto para a questão 7. Assim se apresentou o Conselheiro, em 1876, na vila do Itapicuru de Cima. Já tinha grande renome. Di-lo documento expressivo publicado aquele ano, na Capital do Império. “Apareceu no norte um indivíduo que se diz chamar Antonio Conselheiro, e que exerce grande influência no espírito das classes populares, servindo- se de seu exterior misterioso e costumes ascéticos, com que impõe à ignorância e à simplicidade. Deixou crescer a barba e cabelos, veste uma túnica de algodão e alimenta-se tenuemente, sendo quase uma múmia. Acompanhado de duas professas, vive a rezar terços e ladainhas e a pregar e a dar conselhos às multidões, que reúne, onde lhe permitem os párocos; e, movendo sentimentos religiosos, vai arrebanhando o povo e guiando-o a seu gosto. Revela ser homem inteligente, mas sem cultura.” CUNHA, Euclides da. Os sertões. São Paulo: Círculo do Livro, 1979. p 218-219. Coleção “Os grandes Clássicos”. (UEMA) – Considerando que o texto transcrito é um documento publicado na capital do Império sobre Antônio Conselheiro, segundo Euclides da Cunha, acerca da passagem “... e, movendo sentimentos religiosos, vai arrebanhando o povo e guiando-o a seu gosto.” Pode-se inferir que o processo histórico vivido pelas sociedades humanas é quase sempre traduzido ou revelado pelo(a)(s): (A) respeito total do governo a manifestações populares. (B) identificação cultural satisfatória entre governo e povo. (C) linguagem da supremacia, revelada com ironia. (D) discurso dos mandatários, de teor técnico e impessoal. (E) documentos éticos marcantes em defesa dos não esclarecidos. 07. (UFRGS) Os Sertões, de Euclides da Cunha, é uma obra que: (A) narra um episódio de messianismo ocorrido em vilarejos do interior de Pernambuco e do Sergipe no início do século XX. (B) Narra a formação e a destruição de um povoado sertanejo liderado por Antônio Conselheiro na segunda metade do século XIX. (C) Denuncia a ocupação de um povoado sertanejo por forças armadas de Pernambuco e do Sergipe aliadas a jagunços locais. (D) Expõe a liderança carismática de Antônio Conselheiro em seu esforço para converter sertanejos monarquistas em republicanos. (E) Denuncia a campanha difamatória contra o exército brasileiro promovida por jornais e políticos interessados em restaurar a monarquia. 08. ((UEMS) Assinale a alternativa que se refere à(s) correta(s) afirmativa(s) acerca de Triste fim de Policarpo Quaresma, de seu autor Lima Barreto e do Pré-Modernismo brasileiro. I. Lima Barreto viveu no Rio de Janeiro entre o final do século XIX e início do século XX, de tal sorte que presenciou o desenrolar de acontecimentos históricos marcantes no cenário nacional, como a abolição dos escravos e a proclamação da república. Foi um dos maiores cronistas do universo carioca de sua época e um dos escritores mais críticos e severos às modernizações empreendidas por Pereira Passos, para transformar o Rio de Janeiro mais atraente aos olhos europeus, uma tentativa de tornar o Rio uma “cidade cartãopostal da Belle époque, onde não aparecesse, a turvar a imagem, o Brasil pobre, o Brasil negro, o Brasil mulato.” II. O prefixo “pré”, no caso do Pré-Modernismo brasileiro, pode ser lido de duas maneiras: como um período de preparação ao Modernismo que irá ter como marco inicial a Semana da Arte Moderna, de 1922 e, portanto, encarado como um período que já apresenta os primeiros indícios modernistas; ou, como um período que apenas antecede cronologicamente o Modernismo e ainda apresentava várias produções literárias filiadas a estéticas anteriores. Dessa forma, a opção por apenas uma ou outra definição implicaria reducionismo estético. III. A obra Triste fim de Policarpo Quaresma tem como personagem principal um major nacionalista que, entre outros excessos, chega a propor a adoção do tupi como língua oficial brasileira. A personagem é internada em um hospício, fato também ocorrido com o autor. (A) II. (B) III. (C) I e III. (D)II e III. (E) I, II e III. 09. ((UFRGS) Leia as afirmações abaixo sobre Os Sertões, de Euclides da Cunha: I. O ano de 2002 assinala o centenário de publicação da obra maior de Euclides da Cunha. II. A descrição da natureza, em "A Terra", primeira parte do livro, é feita de forma dramática, sugerindo, pelo uso de figuras retóricas, a humanização dos elementos da paisagem. III. A Guerra de Canudos é mostrada, na obra, como um embate entre o interior, sertanejo e ignorante, e o litoral, civilizado e progressista. Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III. 10. ((UFRGS) Considere as seguintes afirmações sobre O triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto. I. Na primeira parte, o autor apresenta um funcionário público exemplar, um patriota e um nacionalista obcecado. II. Na segunda parte, Policarpo está no campo, dedicando-se à lavoura nas terras férteis do país, mas as saúvas põem fim ao seu projeto. III. Na terceira parte, em que prevalece a sátira política, Policarpo rebela-se contra a República e o militarismo, acabando preso e conde na do à morte. Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e III. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.
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