PARADIGMAS CONTEMPORÂNEOS DA ARTE
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PARADIGMAS CONTEMPORÂNEOS DA ARTE
PARADIGMAS CONTEMPORÂNEOS DA ARTE. Manuel Alves da Rocha Neto [email protected] Universidade Federal de Uberlândia – PPGA. RELATO DE EXPERIENCIA 1 – Resumo Inicialmente este artigo tem por objetivo mostrar a diversidade artística e imagética observada em grupos de artistas e instituições culturais da cidade de São Paulo, fazendo um recorte, sobre a produção artística contemporânea. Observaremos imagens tanto do circuito oficial da arte quanto a produção que preenche as galerias de arte e que de certo modo registram as tendências da produção atual, considerando ainda as mudanças significativas na produção e veiculação de obras de arte possibilitadas pelos avanços tecnológicos e os novos meios de comunicação. As reflexões iniciais que estruturam este artigo originaram-se basicamente em três locais situados fora do contexto oficial da arte, a saber: Galeria Choque Cultural, Beco do Batman, e Galeria A7MA, todos na cidade de São Paulo, objetivando uma reflexão sobre as tendências de veiculação de obras de arte e processo criativo dos artistas na atualidade. Cito ainda duas instituições consideradas “oficiais” do circuito artístico, a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Palavras chave: Museus. Galerias. Espaço Público. Arte contemporânea. INTRODUÇÃO Pensar na arte como veículo de comunicação e na imagem como meio que permite uma leitura do mundo que nos cerca, pode de certo modo oferecer elementos necessários para melhor entendimento dos valores de uma sociedade levando ao entendimento dos moldes sociais de cada época, ampliando o conhecimento sobre momentos relevantes da história da humanidade através de imagens, sejam de tempos longínquos através de uma pintura, ou mais recentes, possibilitados pela fotografia, e são elementos que assumem uma função desempenhada pela arte. Ao refletirmos sobre as diversas linguagens artísticas podemos pensar que é na contemporaneidade que as possibilidades de criação artística adquirem toda intensidade. Pois os avanços tecnológicos oferecem seguramente, através de alguns meios, a multiplicação diária de recursos que oferecem novas e autênticas maneiras para a criação artística. Porém tal realidade nos coloca diante de um problema próprio da pós- modernidade na arte, no que diz respeito à criação, legitimação e autenticidade da produção artística. Vivemos um momento que certamente as possibilidades geradas pela tecnologia auxiliam bastante na difusão de todo tipo de imagens, mas estas podem não estar inseridas neste contexto. O que para Duve, (2010, p.183). Decerto, nem tudo é arte. A priori, porém, qualquer coisa pode sê-lo. A arte em geral é o nome da novidade de que Duchamp foi mensageiro. Esse nome substitui a denominação genérica Belas Artes, que corresponde à situação que encarnavam a Academia, a Escola e o sistema das belas artes antes que sua falência fosse declarada pelas vanguardas históricas. Pensando na arte não mais como referência ao belo, defendido pela academia de Belas Artes, onde os trabalhos artísticos tornam-se, em alguns momentos, imagens bizarras e estranhas, a arte atinge então o auge da libertação dos cânones e moldes estabelecidos até então, tornando-se autônoma, fecunda, e porque não chamar então de inovadora. Utilizandose desta liberdade para a criação artística, aliada às possibilidades oferecidas pelos avanços da tecnologia, temos uma gama de produções que de uma maneira ou outra atinge a determinados públicos, sendo então democratizada, deixando de atender somente às classes dominantes, tornando-se, portanto, um privilégio também das classes menos favorecidas. Pensar na arte contemporânea, onde as tecnologias corroboram em todos os aspectos tanto na produção como na veiculação e divulgação de eventos. Quando é dada ao espectador a oportunidade de ver, refletir e questionar imagens e obras de arte, e desta maneira enriquecer seu repertório cultural e intelectual. O que torna essa realidade possível é justamente o fato de que para se inserirem no contexto da contemporaneidade as obras poderão nem sequer ser reconhecidas como uma obra de arte, e muitas vezes passarem despercebidas aos olhos menos atentos, ou dos que já foram cegados pelo excesso de imagens veiculadas por esses meios. Atualmente podemos nos deparar com uma diversidade de linguagens, meios de produção artística e veiculação de imagens, além de variados espaços expositivos, oficiais, como os museus, que disponibilizam seus espaços somente para veiculação de obras de arte de artistas consagrados ou com reconhecimento. Espaços alternativos como as galerias de arte, destinam-se tanto à difusão das práticas de artistas ainda fora do circuito oficial, quanto à comercialização desta produção artística, sendo então um local destinado ao público que deseja obter trabalhos de artistas com os quais se identifica. Podemos perceber ainda, dentro do contexto atual, que espaços públicos são amplamente utilizados como recursos para a prática, difusão e veiculação da produção artística conforme observaremos. 1 - GALERIAS DA VILA MADALENA. Em meio às diversas ladeiras que compõem a paisagem paulistana, onde uma diversidade de prédios, residências, lojas e oficinas limitam o olhar, a Galeria Choque Cultural se destaca em meio às edificações da Rua Medeiros de Albuquerque, na Vila Madalena. Uma Galeria de arte com ares de casa/residência, em que subindo alguns degraus de uma pequena escada, percebo um fusca com pintura estilizada1 feita à mão, um dos trabalhos da exposição “Como conseguir tinta” do artista plástico argentino TEC. Estacionado em uma ‘sala/garagem’, este fusca do ano de 1972, configura-se como um suporte inusitado para a pintura que ao ser apresentado como objeto artístico destaca-se em meio aos quadros de grandes dimensões pendurados nas paredes de um ambiente organizado e aconchegante que seduz e, ao mesmo tempo, causa certo estranhamento em função da presença daquele objeto que estamos habituados a ver nas ruas e não dentro de nossas casas. Alguns degraus nos conduzem a outro espaço onde poltronas aconchegantes e um aparelho de TV com tela plana de 56” nos lembram mais uma vez que estamos em uma casa. As imagens veiculadas neste televisor mostram trabalhos em linguagens contemporâneas (linguagens elaboradas a partir dos anos de 1960) da arte, pois são happening (do Inglês, acontecimento, modalidade artística cuja ação se dá de forma inusitada, sem um roteiro); performances (linguagem artística que difere do happening em função de ser mais cuidadosamente elaborada, nem sempre envolvendo a participação do público); instalações (gênero contemporâneo da arte que compõe um ambiente interativo entre expectador, obra e local, explorando diversos suportes, meios e linguagens); intervenções (trabalhos heterogêneos, geralmente efêmeros2 em espaços abertos); objeto (obra de arte tridimensional cuja constituição se dá a partir da agregação, apropriação e ressignificação de elementos do cotidiano); realizadas por artistas plásticos. Explorando o ambiente percebo que meu olhar se depara com alguns trabalhos instigantes mostrados no quadro abaixo (figura 01). Primeiramente fui atraído por um par de coturnos contendo plantas vivas e luzes de led3(imagem 01), na sequencia vejo também duas tonfas policiais que unidas, formam uma Cruz criando o trabalho denominado Poderes 1 Estilizar é tirar o máximo de detalhes de uma figura, mas que se possa ser identificada, por exemplo, os ícones de banheiro feminino e masculino são estilizados, pois quem o vê identifica que é um homem e uma mulher e não são necessários muitos detalhes. 2 Duração relativamente curta, e dependem de registros (fotografia ou vídeo) para comprovação e documentação do trabalho. Diferente da arte permanente, a arte efêmera, seja através de performances, instalações, e happenings, é aquela vista como não perene fisicamente ou em demais considerações. 3 O LED - Diodo Emissor de Luz é um diodo semicondutor que quando é energizado emite luz. (imagem 02) e ainda, um conjunto de garrafas de vidro com etanol e gravatas que fazem as vezes de pavios, denominando o trabalho Revolução Neutralizada (imagem 03). Neste momento, começo a estabelecer uma relação entre os trabalhos do Coletivo BijaRi4, um grupo que faz uma reflexão sobre os acontecimentos políticos e sobre a economia no Brasil e no mundo nestes últimos anos – das crises financeiras às reintegração de posse, passando pela Primavera Árabe5 e até os incêndios nas favelas de São Paulo. Desenvolvem uma série de instalações e objetos que fazem paralelos e conexões entre violência estatal e violência econômica, e como as formas de resistência a tais atentados se evidenciam e se multiplicam. Diversas telas nas paredes e uma infinidade de objetos bidimensionais permeiam o ambiente. Gravuras6 e grafittis são organizados por uma curadoria assumindo um contexto diferenciado na contemporaneidade da arte, pois, não estão inseridos no circuito oficial das artes e são denominamos objetos da arte e trazem em sua essência, reflexões sobre o contexto social e político atual. Local alternativo para a arte, a Galeria Choque Cultural possui especificidades na seleção das obras que expõe, mas acolhe artistas que possuam trabalhos 4 A formação do BijaRi aconteceu em 1997, entre alunos da faculdade de arquitetura da USP, que dividiam um espaço para experimentos artísticos individuais, trabalhos da faculdade e festas, na rua BijaRi, Butantã. Etimologicamente esse nome é de origem tupi e significa “casca que solta árvore e se renova”. 5 Nome dado à onda de protestos, revoltas e revoluções populares contra governos do mundo árabe que eclodiu em 2011. A raiz dos protestos é o agravamento da situação dos países, provocado pela crise econômica e pela falta de democracia. A população sofre com as elevadas taxas de desemprego e o alto custo dos alimentos e pede melhores condições de vida. 6 Gravura é o termo que designa em geral, desenhos feitos em superfícies duras – como madeira, pedra e metal – com base em incisões, corrosões e talhos realizados com instrumentos e materiais especiais. Ao contrario do desenho, os procedimentos técnicos utilizados na gravura permitem a reprodução da imagem. que dialoguem com o estilo deste local para que sejam inseridos no circuito da arte. A Galeria assume ainda uma abordagem educativa aos jovens envolvidos nas ações do Instituto Choque Cultural, que oferece oficinas de arte através do Eduqativo7. Poucos passos da Galeria Choque Cultural, me surpreendi ao chegar em uma pequena viela, carregada de informações visuais, cujos muros tornaram-se detentores das mais variadas imagens produzidas por grafiteiros, uma grande Galeria a céu aberto, uma rua repleta de códigos e identidades indefinidos e misturados, onde artistas nacionais e internacionais expõem seus trabalhos em graffiti, utilizando-se dos mais variados temas, com letras estilizadas e imagens que referendam o cubismo, ao psicodélico, ao surrealismo e denotam a liberdade de expressões artísticas que se libertam dos locais sacralizados da arte (Museus e Galerias), que para Certeau (1994, pag. 79) Nesses estratagemas de combatentes existe uma arte dos golpes, dos lances, um prazer em alterar as regras de espaço opressor. Percebo a presença de pessoas de diversas faixas etárias, fotos sendo tiradas para eternizar a juventude de uma debutante, emissoras de TV e grafiteiros exercendo seu ofício. Liberdade de criação e uma infinidade de cores, de formas e códigos, uma arte para ser lida por passantes e pela comunidade, permeiam todos os espaços dos muros da Rua Gonçalo Afonso, também chamada de Beco do Batman8(figura 02), local democrático, no qual os grafiteiros seguem regras que regem o convívio e, onde as imagens se renovam de acordo com as necessidades próprias, porém com respeito aos trabalhos existentes neste espaço urbano. Figura 02 – Beco do Batman – Vila Madalena/São Paulo. Fotografia: Manuel Alves da Rocha Neto 7 O Eduqativo - Instituto Choque Cultural é uma organização social sem fins lucrativos com a missão de tornar a arte mais acessível às novas gerações. Essa proposta educativa apoia-se no inovador conceito da Educomunicação aplicado à arte, onde a educação é feita através da comunicação com um diálogo aberto para promover novos ambientes de aprendizagem mais criativos e democráticos. 8 Beco do Batman - Imagem 04 e 05. Para Certeau, (1994, pag.42) essas práticas colocam em jogo uma ratio “popular”, uma maneira de pensar investida numa maneira de agir, uma arte de combinar indissociável de uma arte de utilizar. Esta senda nos conduz então à Galeria A7MA, um local de mediação entre artistas, obras e público, onde todas as partes se sentem em casa abrigando exposições de arte contemporânea, especialmente de gravuras em serigrafia, um café-espaço para leitura e atua como sede para eventos independentes, como o Sarau do Burro e uma série de workshops destinados a estudantes e crianças. A relação de proximidade com o Beco do Batman, parece convidar os transeuntes a explorar seu interior, ver e interagir ativamente com os trabalhos ali expostos. Paredes repletas de imagens, essa Galeria é uma ode à gravura. Manipulando manivelas, pistões e alavancas que dão vida aos objetos cinéticos do artista André Monteiro (Pato)9, mergulhamos na exposição Universo Phatos repleto de cores e movimento. O que ao final nos leva a refletir e entender melhor o papel da arte contemporânea: gerar questionamentos, reconfigurar os modelos hegemônicos que parecem ultrapassados e que demonstram não mais atender a todos os anseios dos que desejam produzir e consumir arte. 2 – PINACOTECA: ESPAÇO OFICIAL DA ARTE. São Paulo, cidade onde encontramos uma arquitetura imponente, cito o Mercado Municipal de São Paulo com belíssimos vitrais arcos e colunas, repleto de aromas e sabores, situado a alguns minutos pelo centro velho da cidade onde podemos ver alguns dos diversos edifícios projetados pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo, seguindo rumo à Pinacoteca de São Paulo, outro edifício projetado por este escritório. A Pinacoteca do Estado é um museu de artes visuais, que possui uma considerável produção artística focada na arte brasileira do século XIX até a contemporaneidade, sendo o museu de arte mais antigo da cidade de São Paulo. Seu acervo conta com obras de artistas brasileiros, com uma diversificada produção artística em pintura, escultura, objetos instalacionais, dentre outros, como a instalação Nuvens, 1967, de Carmela Gross, com imagens esquemáticas em madeira, que aludem ao universo de história em quadrinhos e ao desenho infantil. Carmela materializa sonhos e envia nuvens ao chão trazendo o impalpável ao alcance das mãos juntamente com pinturas como O violeiro - 1899, de Almeida Junior e ao 9 Artista Plástico André Monteiro, conhecido como “Pato”, traz a mostra itinerante “Universo Pathos”, apresentando os últimos trabalhos que fazem parte de sua trajetória artística, com uma produção voltada para pinturas a óleo e guache, desenhos em nanquim, esculturas interativas e gravuras. mesmo tempo esculturas como A primeira vitória de Aníbal - 1885, de Antoine Bourdelle. Além de disponibilizar ao público as coleções dos artistas do século XIX, em exposições temporárias do acervo. Destaco o fato deste espaço assumir o compromisso com mostras temporárias que abarcam a produção artística da atualidade, onde podemos ver diversos trabalhos que caracterizam a Pinacoteca como sendo também um importante museu que por meio de exposições contempla a produção contemporânea ao lado de obras tradicionais. Para Canclini (1997, p.166) O tradicionalismo aparece muitas vezes como recurso para suportar as contradições contemporâneas. Nessa época em que duvidamos dos benefícios da modernidade, multiplicam-se as tentações de retornar a um passado que imaginamos mais tolerável. Desta maneira, procura-se disponibilizar ao público tanto o que é considerado como tradicional quanto os trabalhos da pós-modernidade, e desta forma caminhar rumo ao futuro com as novas tendências da arte. Percebemos uma tendência dos museus em se adequarem às necessidades do público, Segundo Certeau (1994, pag. 83) Toda sociedade mostra sempre, em algum lugar, as formalidades a que suas práticas obedecem. Neste caso, a ocupação exige uma equipe de curadores que devem selecionar as propostas de ocupação de suas Galerias de forma a garantir a difusão das práticas artísticas de forma democrática. Figura 03 - Guillermo Kuitca. Filosofia para princesas. 1980-2013. Interior da Pinacoteca do Estado de São Paulo Fotografia: Manuel Rocha Neto O espaço expositivo da Pinacoteca é amplo, como podemos perceber na imagem acima (figura 03), desta maneira, este espaço permite que os trabalhos sejam mostrados sem interferências de épocas e linguagens, sendo que o primeiro andar recebe as exposições temporárias e o segundo é dedicado a mostras de longa duração e do acervo. Ao mesmo tempo a área central deste piso abriga um trabalho em Arte Contemporânea, com a mostra temporária (25/05 a 04/08/2013) Um homem entre quatro paredes, de Alexandre Estrela10. Um vídeo que traz uma reflexão sobre o corpo, numa relação entre uma tatuagem e a privação da liberdade vivida pelos presidiários. Um dos trabalhos expostos que se destacaram nesta visita foi o criado para a exposição Debret (16/03 a 14/07/2013) do artista português Vasco Araújo11, onde o artista mostra as relações entre a sociedade escravocrata do século XIX. A instalação é composta por sete esculturas de figuras humanas, sete peças mostram as explorações sofridas pelos escravos, sendo que as esculturas permitem uma leitura do contexto social e também dos abusos sexuais vivenciados pelas escravas. As moldagens estão inseridas dentro de ovos sobre mesas com citações do Padre Antonio Vieira12. Percebemos a presença de um público diversificado de gêneros e idades variadas, sendo que o expectador pode optar por visitas guiadas, onde as informações sobre as obras desnudam seus significados e inserem o expectador no universo da arte. Utilizando a estratégia de unir a arte tradicional com a arte contemporânea, a instituição garante a permanência de um público que sempre estará em busca de uma fruição estética neste espaço cultural. Certamente os novos caminhos que a arte contemporânea contempla dialogam com as novas linguagens, técnicas e materiais, entretanto todas as linguagens anteriores se mantêm como resultados autênticos da arte e de sua história, o que para CANTON (2001, p. 30). A pintura não morreu, tampouco a escultura. Juntaram-se a elas instalações, objetos, textos, Internet e outros meios. Um elenco complexo e sofisticado de suportes e possibilidades matéricas se abre naturalmente aos artistas, que substituem essa preocupação com o meio por uma outra, ligada ao sentido. Artistas contemporâneos buscam sentido. Um sentido que pode estar alicerçado nas preocupações formais que são intrínsecas à arte e que se sofisticaram 10 Alexandre Estrela (Lisboa, 1971), é considerado um dos principais artistas da nova geração portuguesa e esta é a primeira individual do artista no Brasil. As suas obras produzidas dentro desse contexto tecnológico da informação promovem um contínuo deslocamento entre formas e categorias estéticas. (Disponível em: http://www.pinacoteca.org.br/pinacotecat/default.aspx?c=exposicoes&idexp=1176&mn=537&friendly=Exposicao-Alexandre-Estrela. Acesso em 22/08/13) 11 Vasco Araújo, (Lisboa, 1975), cidade onde vive e trabalha. Em 2003 recebeu o Prémio EDP Novos Artistas. (Disponível em: http://www.pinacoteca.org.br/pinacotecapt/default.aspx?c=exposicoes&idexp=1178&mn=537&friendly=Exposicao-Vasco-Araujo. Acesso em 22/08/13) 12 Padre Antônio Vieira nasceu em 1608, em Lisboa, e representa, sem dúvida, a maior expressão da eloqüência sacra de Portugal e um dos maiores escritores de seu século. (Disponivel em: http://www.brasilescola.com/literatura/padre-antonio-vieira.htm. Acesso em 22/08/13) no desenvolvimento dos projetos modernistas do século 20, mas que finca seus valores na compreensão (e apreensão) da realidade, infiltrada dos meandros da política, da economia, da ecologia, da educação, da cultura, da fantasia, da afetividade. Podemos então concluir que as obras de arte são criadas a partir das experiências pessoais e da forma com que o artista relaciona-se com o contexto político, econômico e social ao qual faz parte ou participa. Segundo Archer (2001, prefácio p. X) Uma consequência deste desafio foi o reconhecimento de que o significado de uma obra de arte não está necessariamente contido nela, mas as vezes emergia do contexto que ela existia. Para compreender a arte contemporânea, assim como a arte de qualquer tempo, requer entendê-la associando-a ao contexto da atualidade, buscando ressaltar as questões mais diversificadas do momento atual que pode se apresentar através dela. A arte busca através da diversidade de linguagens e temas, um sentido em que possa ser legitimada, e desta forma transmitir sua mensagem, gerar seus questionamentos e principalmente atingir seu propósito através da sensibilização do espectador, transmitir sua mensagem de forma a gerar uma compreensão sobre as questões que permeiam a sociedade na atualidade. Referências Bibliográficas. ARCHER, Michael. Arte contemporânea: uma história concisa. São Paulo, Martins Fontes, 2001. CANTON, Kátia. Novíssima Arte Brasileira – um guia de tendências. São Paulo: Iluminuras Ltda., 2001. CERTEAU, Michael de. A invenção do cotidiano: Artes do fazer. Tradução: Ephraim Ferreira Alves. 9 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. CANCLINI, N.G. Culturas Híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: Edusp, 2003. DUVE, Thiery de. O que fazer da vanguarda? Ou o que resta no século XIX na arte do século XX? Cavalcante, A, Tavares. A&E – Artes e Ensino nº 20. Web sites: GRAVURA: http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_te xto&cd_verbete=4626 ESTILIZAÇÃO http://artephatu.blogspot.com.br/2010/07/estilizacao_04.html EDUQATIVO CHOQUE CULTURAL http://www.midiaflex.com/lerNoticias.asp?NotID=15174 PRIMAVERA ARABE http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/atualidades/primavera-arabe-resumo679427.shtml