Marca TROFA
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Estudo de Caracterização da Marca TROFA Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DA MARCA TROFA __________ FICHA TÉCNICA 2 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ E STUDO PROMOVIDO | AEBA – ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DO BAIXO AVE FINANCIADO | PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DO NORTE – ON.2 – NOVO NORTE REALIZADO | EGESP – GESTÃO DE EMPRESAS, ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS, LDA (2012) OPERAÇÃO | 3 – REESTRUTURAÇÃO E DINAMIZAÇÃO ECONÓMICA CÓDIGO | CÓDIGO NORTE – 10-0241-FEDER-000363 EIXO 01-10| COESÃO LOCAL E URBANA COMPONENTE | SERVIÇOS – ESTUDOS, PARECERES, PROJETOS E CONSULTORIA AÇÃO | ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DA MARCA TROFA RUBRICA | 020214 – ESTUDOS, PARECERES, PROJETOS E CONSULTORIA 3 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DA MARCA TROFA __________ ÍNDICE 4 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ I NDÍCE PAGINA 1. FUNDAMENTAÇÃO DA INTERVENÇÃO ….……………………………………………………………….……..………… 06 2. MARKETING DAS CIDADES ……………………………………………………………………………….…………………. 10 3. CONCELHO DA TROFA ………………………………………………………………….………………….…………….…. 19 4. OBJETIVOS ……………………………………………………………………………..……………………….……………... 33 5. METODOLOGIA ………………………………………………………………….…………………………..…….…………. 36 I. DEFINIÇÃO DA AMOSTRA …………………………………………………………..………..……………….… 38 II. INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS …………………………………………………………….…….. 40 6. CARACTERIZAÇÃO DAS PERCEÇÕES E SIGNIFICADOS ASSOCIADOS À MARCA TROFA PELOS RESIDENTES DO CONCELHO …………………………………………………………………………………………………………………..……… 54 7. CARACTERIZAÇÃO DAS PERCEÇÕES E SIGNIFICADOS ASSOCIADOS À MARCA TROFA PELOS RESIDENTES NOS CONCELHOS LIMITROFES ……………………...………………………………………………………………….……………. 66 8. CARACTERIZAÇÃO DAS PERCEÇÕES E SIGNIFICADOS ASSOCIADOS À MARCA TROFA PELOS RESPONSÁVEIS DAS EMPRESAS E DAS INSTITUIÇÕES LOCAIS ……..……………………………………………….……………………….. 77 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS …...………………………………………………………………………………….………….. 104 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ………………………..………………………………………………….…………… 110 5 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DA MARCA TROFA __________ FUNDAMENTAÇÃO DA INTERVENÇÃO 6 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ O conhecimento das especificidades e potencialidades das cidades é hoje um fator distintivo que assume particular importância quando se trata da sua promoção, tendo como objetivo a dinamização económica e social. Assim, é essencial conhecer as cidades enquanto marca, identificando a sua identidade, significados e valores, uma vez que, partindo-se da perceção e significados atuais associados à marca poderse-ão identificar estratégias de desenvolvimento, considerando o potencial da cidade. É fundamental comunicar a cidade, as suas dinâmicas e características distintivas, numa ótica de Marketing da Cidade, isto é, centrar a atenção nas ações desenvolvidas na cidade para atender à satisfação de necessidades e desejos dos indivíduos e das organizações. O primeiro passo quando se pretende definir uma estratégia para o futuro de uma cidade é clarificar como ela é atualmente e por que o é. Neste sentido, torna-se necessário efetuar uma análise das suas características demográficas e económicas, identificando-as como pontos fracos e fortes para competir e associá-los a oportunidades e ameaças (Kotler, Haider, Rein, 1993). Numa fase ainda anterior à definição da estratégia, é necessário os intervenientes identificarem e interpretarem as dinâmicas e mudanças envolventes, assimilarem as 7 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ expectativas e necessidades dos diferentes públicos e formarem uma visão o mais realista possível sobre as potencialidades do lugar (Buurma, 2001). Desta forma e segundo Kotler et al. (1993), para que determinado lugar tenha sucesso é necessário identificar um conjunto de aspetos: a) Saber interpretar o meio envolvente que o rodeia; b) Perceber quais as necessidades e quais os comportamentos dos intervenientes; c) Construir uma visão realista de como um lugar pode vir a ser; d) Elaborar um plano estratégico que concretize essa visão; e) Construir uma organização efetiva; f) Ir avaliando continuamente as etapas já concretizadas. Tendo por base os pressupostos anteriores devemos considerar que as cidades dependem cada vez mais de estratégias para atrair visitantes e moradores, para criar a sua base empresarial que são o marketing de imagem, de atrações, de infraestruturas e de pessoas. A imagem de uma cidade serve de eixo estruturante ao processo de comunicação. A este nível dever-se-á apostar na definição e implementação de um plano de comunicação que permita comunicar a cidade, as suas especificidades e fatores distintivos. De salientar que a imagem da cidade não é suficiente para garantir o seu sucesso. Em qualquer cidade é necessário desenvolver características especiais para satisfazer os residentes e atrair visitantes (Kotler et al., 1993). Assim, também na Trofa é importante identificar pontos de atratividade e apostar na sua divulgação e dinamização. As cidades têm de ser capazes de comunicar os fatores distintivos da população. De facto, ao selecionar os públicos-alvo de uma cidade é necessário de ter em consideração a maneira como o caráter dos seus habitantes é sentido pelos outros. A imagem transmitida pela população afeta os interesses de potenciais mercados-alvo. As cidades devem estimular os munícipes a serem amáveis e a preocuparem-se com os visitantes e os novos moradores (Kotler et al., 1993). As questões mencionadas relativamente ao Marketing das Cidades constituem-se assim eixos estruturantes da intervenção. 8 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ Tendo isto em consideração, o presente documento aborda, no texto que segue esta fundamentação, o conceito de Marketing das Cidades e seus desdobramentos pertinentes à intervenção. Após a construção do quadro teórico que desenha o estudo, encontra-se um mapeamento do concelho da Trofa, com relevantes informações acerca da localidade e das suas freguesias, entre outros campos de interesse para a investigação. Para que seja clara a intervenção, posteriormente são explicitados os objetivos do estudo e as opções metodológicas feitas para a sua realização. Assim, em “metodologia” pode-se compreender os procedimentos da pesquisa, como as técnicas recorridas e os instrumentos de recolha de dados utilizados, de forma clara, para compreender como se realizou a análise dos dados. Este é o caminho da leitura que leva à caracterização da marca Trofa, cujos resultados são expostos de modo organizado e claro, precedendo, por sua vez, as considerações finais do presente estudo. 9 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DA MARCA TROFA __________ MARKETING DAS CIDADES 10 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ U ma das áreas de aplicação do Marketing, que tem vindo a adquirir maior destaque, é o Marketing das Cidades. Conhecer as cidades enquanto marca, identificando a sua identidade, significados e valores, permite caracterizar as perceções e significados associados à marca, que poderão posteriormente permitir identificar estratégias de desenvolvimento, considerando o potencial da cidade. O marketing e as suas ferramentas favorecem uma mais rápida adaptação às condicionantes externas – influenciadas pelo meio envolvente – possibilitando uma diferenciação das cidades (como produtos) em relação a outras cidades concorrentes. Lambin (2000) defende a necessidade de delinear uma estratégia de desenvolvimento, que diferencie, pela positiva, “o produto” dos restantes “produtos”. Qualquer cidade precisa de transmitir os seus atributos de uma forma eficiente e eficaz, promovendo os valores e a imagem, para que os potenciais clientes se apercebam das suas vantagens diferenciadoras. Neste seguimento, Antunes (2002) salienta que o marketing pode ser aplicado, com sucesso, nas cidades, permitindo que estas reforcem a sua competitividade e a própria economia local, reconhecendo as vantagens distintivas e capitalizando-as, o que as tornam únicas e 11 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ competitivas. Para ser competitiva face à concorrência, uma cidade tem de conseguir atrair e reter as pessoas e os negócios. Segundo Kanter (1996), há lugar para os mais diversos tipos de cidades, mas cada uma deve ser capaz de identificar as suas competências específicas e posicionar-se segundo estas, diferenciando-se das demais. Na opinião desta autora, as cidades têm de atrair pessoas e empresas qualificadas e, ao mesmo tempo, precisam de criar meios de coesão social, que definam objetivos comuns, criem planos integrados e definam estratégias que beneficiem toda a comunidade. Para Porter (1995), as indústrias são impulsionadoras de desenvolvimento no local onde estão sediadas. Cada espaço tem um conjunto de características próprias, que sobressaindo, determinam muitas vezes a capacidade competitiva das organizações aí localizadas. A atividade económica dentro das cidades potencia-se se as empresas tiverem uma vantagem competitiva, diferenciadora e até ocupem um nicho de mercado difícil de reproduzir noutros sítios. Na perspectiva de Kotler et al. (1993) para que uma cidade seja bem sucedida deve ter em consideração alguns aspetos, tais como saber interpretar o meio envolvente; compreender as necessidades e atitudes dos participantes; conceber uma ideia de como esse lugar deve e pode vir a ser, da forma mais realista possível; definir a estratégia para atingir esse objetivo; organizar-se para o efeito e ser eficiente, avaliando continuamente todos passos e fazendo as alterações que forem detetadas como necessárias. As cidades também podem ser “vendidas” como qualquer outro produto. Nas tomadas de decisão do dia a dia, são vários os parâmetros avaliados, nomeadamente a qualidade de vida, o património cultural, o ambiente, entre outros (Otto, 1996). O marketing da cidade concretiza-se conciliando as características da cidade com as dos seus serviços; criando incentivos que atraiam os residentes e trabalhadores, enquanto consumidores dos bens e serviços, mas também os potenciais como os visitantes e turistas; fornecendo esses mesmos serviços e produtos de forma eficiente e acessível a todos; e 12 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ promovendo a identidade única desse local, comunicando as suas vantagens competitivas (Kotler, Asplund, Rein & Haider, 1999). Karmowska (2002) defende que o contributo do marketing para a competitividade das cidades dá-se através da implementação de estratégias capazes de influenciar a comunidade local (marketing interno) e da capacidade de promover a manutenção e potenciação das dinâmicas empresariais, atraindo para o local investimentos e visitantes. O marketing das cidades, segundo Ancarani (2001), dirige-se a dois tipos de públicos: os clientes internos que interessa fidelizar, como é o caso dos residentes, dos trabalhadores e das empresas e instituições aí sediadas; e os clientes externos que interessam atrair, em que estão incluídos os cidadãos não residentes, visitantes e turistas, e as organizações com potencial para se instalarem na cidade. • Residentes e trabalhadores Quando as cidades têm como meta atrair e fidelizar os seus residentes e trabalhadores, necessitam de possuir as condições adequadas, sobretudo ao nível das infraestruturas básicas. Uma cidade aprazível é aquela que proporciona boa qualidade de vida a quem nela habita, tornando-se desta forma atrativa para outros potenciais residentes. • Empresas e organizações As cidades devem esforçar-se por conseguir atrair novos negócios e empresas, no sentido de gerar emprego para os residentes e gerar receita para a localidade. As cidades devem optar por atrair empresas cujo know-how e valor tecnológico seja realmente competitivo e inovador, que traga às cidades a perspetiva de captação de outras empresas e negócios. No entanto, também não podem descurar a permanência das empresas que já existem e estimular o seu crescimento. Assim, na perspetiva de Kotler et al. (1999), as cidades devem analisar o que é mais importante para as empresas no momento da escolha do local, projetando infraestruturas e serviços que respondam às necessidades deste setor com vista ao desenvolvimento das empresas; 13 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ facilitando aos empreendedores a criação do próprio negócio; e atraindo de forma aguerrida empresas inovadoras. • Não residentes – Visitantes e turistas Ao abordar os potenciais clientes deve ser dada especial atenção a um público-alvo: os turistas e visitantes. As cidades devem criar condições e ter a preocupação de receber bem as pessoas que as visitam, quer por motivos de negócio, quer de lazer. Os visitantes a negócios vão a uma cidade por motivos de trabalho, como participar numa reunião, comprar ou vender algum produto / serviço. Nos visitantes que não estão a negócio incluem-se os turistas que pretendem conhecer a cidade e visitar familiares ou amigos. Quem visita uma cidade precisa, entre outras coisas, de alimentação, estadia e, muitas vezes, aproveita também para comprar os produtos e usufruir dos serviços locais. Todas estas ações são geradoras de emprego e de receitas para a cidade. Uma cidade deve dedicar especial cuidado a este público-alvo, definindo um conjunto de estratégias e objetivos, definindo o perfil dos visitantes, assim como a afluência média de visitantes para estar dotada das infraestruturas adequadas ao cumprimento dos objetivos a que se propôs. Isto remete-nos para a perspetiva de Kotler et al. (1993) que defendem que a cidade deve assegurar a satisfação dos cidadãos, fornecendo as infraestruturas e serviços básicos; criar mecanismos que atraiam e melhorem a qualidade de vida dos residentes, e favoreçam a permanência das empresas lá sediadas; comunicar as suas vantagens competitivas, através de uma estratégia de comunicação eficaz, transmitindo uma imagem forte; a população e as organizações da cidade devem ser capazes de transmitir uma imagem hospitaleira e dinâmica, capaz de atrair novos negócios, investimentos e pessoas. As cidades desde sempre competiram entre si, sobretudo as de maior proximidade, para atrair turismo, investidores, residentes. Muitas localidades lançam projetos e organizam iniciativas para atraírem negócios, novos investimentos, visitantes, eventos, com vista a impulsionar o 14 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ seu próprio crescimento, nomeadamente através do emprego, dos lucros e do comércio. (Almeida, 2004). De modo geral, as cidades têm tentado desenvolver iniciativas com o objetivo de potenciar a sua projeção e notoriedade, transmitindo mensagens positivas e atrativas aos públicos prioritários e influenciando-os positivamente. As cidades vivem da sua atividade económica, têm de ser vendedoras de bens e serviços e promotoras dos seus produtos e das suas vantagens diferenciadoras e competitivas. As cidades podem ser encaradas como produtos que têm de ser promovidos e comunicados. Uma ferramenta indispensável para efetuar uma análise realista das características demográficas e económicas da cidade, identificando-as como pontos fracos e fortes para competir e associá-los a oportunidades e ameaças, consiste na análise SWOT. A análise SWOT é uma ferramenta de gestão, usualmente utilizada no meio organizacional, no sentido de realizar o diagnóstico estratégico de uma empresa. De forma coincidente, a análise interna e externa de uma cidade deve preceder ao processo de definição estratégica (Wheelen & Hunger, 1995). O termo SWOT significa Strengts: forças ou pontos fortes; Weaknesses: fraquezas ou pontos fracos; Opportunities: oportunidades; e Threats: ameaças. A análise SWOT permite fazer uma síntese da situação interna e externa; identificar os pontoschave para a gestão, permitindo identificar prioridades de atuação; definir as estratégias a seguir, na medida em que possibilita perceber quais as fraquezas e ameaças a ultrapassar, assim como pontos fortes a potenciar e as oportunidades a explorar. Numa cidade, é preciso saber identificar internamente quais as características que representam os seus pontos fortes e fracos, em relação aos diferentes públicos-alvo e mercados que se pretende atingir. A identificação das ameaças e oportunidades resultam da análise externa. 15 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ O planeamento estratégico de marketing torna-se assim uma ferramenta essencial, pressupondo que o desafio de uma cidade é conseguir organizar-se como um sistema em contínua atividade, que pode sofrer ameaças, mas também adaptar-se rápida e eficientemente a novas realidades e oportunidades (Kotler et al., 1993). Metaxas (2002) defende que a pesquisa e a análise estratégicas são os pilares do marketing das cidades, sendo realizadas a nível externo, através da análise da envolvente e deteção de oportunidades e ameaças, e a nível interno, através da análise de forças e fraquezas retiradas da avaliação das dinâmicas existentes, nomeadamente entre as autoridades locais, o meio empresarial, a população e o estado social e económico, nomeadamente no que diz respeito ao emprego, índices de produtividade e nível de qualificação, entre outros. Mesmo havendo algum consenso acerca da aplicabilidade dos pressupostos de marketing empresarial às cidades, estas são um produto bem mais complexo, que comportam um conjunto de especificidades próprias, que condicionam a aplicabilidade desses mesmos pressupostos empresariais, justificando-se uma abordagem própria. A gestão das cidades desenrola-se num contexto complexo de vários cenários económicos, políticos e perfis sociais, por vezes, difíceis de conjugar, e ainda sob a influência da atuação e do comportamento humano e organizacional (Rainisto, 2003). Já Kotler et al. (1993) diziam que a principal dificuldade para o marketing das cidades consistia em motivar, integrar e coordenar todos os intervenientes, conciliando interesses e comportamentos. Para Kotler et al. (1999), o marketing das cidades tem como objetivo o desenvolvimento de estratégias que potenciem e promovam a competitividade da cidade, tendo em linha de conta os seguintes fatores de atratividade: - Hard Factors (estabilidade económica, níveis de produtividade; custos; serviços de apoio; localização; tecnologias existentes; e incentivos financeiros disponíveis). - Soft Factors (qualidade de vida; cultura; empreendedorismo; dinamismo, etc.) Na opinião de Sanchez (1999), o marketing das cidades consiste num conjunto de instrumentos que servem para orientação e para criação e satisfação das necessidades do cliente/consumidor, seja este residente/trabalhador, visitante/turista ou organização. 16 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ É assim da responsabilidade do marketing das cidades a definição de características particulares do lugar, o desenho e distribuição eficiente dos seus produtos e serviços, a criação de fatores motivacionais de compra e a promoção da imagem e dos valores que sejam diferenciadores e competitivos. Cidrais (1998) sistematiza a atuação do marketing das cidades em três níveis distintos e crescentes: . O primeiro nível caracteriza-se pelo marketing de venda das cidades, consistindo na criação de posicionamento de alguns produtos e à organização e promoção de eventos; . O segundo nível focaliza-se nas estratégias de médio prazo para o desenvolvimento de marcas territoriais e fortalecimento do próprio tecido empresarial; . O terceiro atua numa perspetiva sustentada a longo prazo, tendo em conta a promoção de um desenvolvimento participado e integrado do território, abordando-o em todas as suas dimensões. O marketing deve assim ser encarado como um procedimento integrante da estratégia de planeamento da cidade que requer conhecimento, pesquisa, postura crítica e análise estratégica, sendo a eficácia da sua implementação resultado do envolvimento dos diferentes públicos devidamente segmentados (Metaxas, 2002). Assim se criam as condições para a perceção da cidade enquanto produto e devem ser definidas as estratégias de marketing para (re)construir imagens positivas e reforçar a competitividade das cidades. Mas este não é um processo que se encerra em si mesmo, tem de ser constante. A posição competitiva de uma cidade não pode jamais ser encarada como um direito adquirido, que perdura à passagem dos tempos. O protagonismo é efémero, os desafios são constantes e cada vez mais, motivado nomeadamente pelos avanços das novas tecnologias de informação e da livre circulação de pessoas e bens. Analisar, definir estratégias e intervir na cidade pressupõe a criação de um ambiente positivo, criativo, empreendedor, mas, sobretudo, respeitador das identidades individuais e coletivas. Nesta perspetiva, a competitividade é uma consequência natural para atingir a própria sustentabilidade – com o auxílio das ferramentas de marketing. Este pensamento 17 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ empreendedor transfere para as cidades conceitos e filosofias tão usuais no meio organizacional, como a inovação, a dinâmica comercial, as economias de escala e os instrumentos de marketing. As cidades possuem características próprias que permite distingui-las das concorrentes, nomeadamente o sua história, a localização geográfica, o património, a situação económica, a população, o poder político, o tipo de organizações sediadas, a própria criminalidade associada e até a cobertura que é feita pelos mass media. Todos estes dados estão na origem da construção da identidade, da imagem e da marca. (Avraham, 2004) A identidade deve ser entendida como um conceito emissor, que conjuga a dimensão política, territorial e as diversas interações sociais e económicas. Já a imagem consiste antes num conceito recetor, na medida em que está relacionada com a forma como é percecionada pelos diferentes públicos, sendo composto por um conjunto de experiências que contribuem para a construção de um juízo de valor. (Gaio & Gouveia, 2007) Neste sentido, Avraham (2004) distingue dois conceitos: . as «imagens abertas» - em que os públicos estão recetivos a informações sobre a cidade, permitindo que as perceções que tinham evoluam, de acordo com os inputs recebidos; . as «imagens fechadas» - remetem para os estereotipos, para os juízos de valor, sendo que estes públicos não estão dispostos a absorver informações sobre a cidade que lhes permita reposicionar as suas perceções. É para alterar estas imagens fechadas que o marketing da cidade deve contribuir, através de estratégias de “re-imaging”, que se destinam à reconfiguração deliberada da imagem da cidade (Smith, 2005), alterando as imagens mentais dos públicos relativamente à cidade. 18 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DA MARCA TROFA __________ CONCELHO DA TROFA 19 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ O concelho da Trofa foi criado pela Lei n.º 83/98, de 14 de dezembro. Situado na região de Entre Douroe-Minho, no extremo norte do distrito do Porto, o município da Trofa é delimitado a sul e a oeste pelos municípios da Maia e de Vila do Conde, pertencentes à Área Metropolitana do Porto (AMP), e a norte e a leste pelos concelhos de Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso, que integram o Vale do Ave. N.º de Freguesias: 8 Área Total: 71,71 Km2 Perímetro: 40 km Comprimento máximo: Nore-Sul 10km; Este-Oeste 11km Altitude máxima 250 metros e mínima 25 metros População: 37 581 habitantes (Fonte: Censos 2001 INE I.P.) 20 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ DIVISÕES ADMINISTRATIVAS A QUE PERTENCE O CONCELHO DA TROFA NUT I: Portugal NUT II: Norte NUT III: Ave Distrito: Porto Região Agrária I: Entre Douro e Minho Região Agrária II: Ave Região Turística I: Costa Verde (Fonte: AERNorte. INE. I.P.) 21 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ ALGUMAS DATAS MAIS SIGNIFICATIVAS1 6 de novembro de 1836 - Integração das oito freguesias que pertenciam ao concelho da Maia no novo concelho de Santo Tirso 16 de maio de 1984 - Criação da Vila da Trofa (S.Martinho e Santiago de Bougado) 14 de dezembro de 1990 - Criação da Comissão Promotora do concelho da Trofa. 2 de julho de 1993 - Elevação da Trofa a cidade. 19 de novembro de 1998 - Aprovação da criação do concelho da Trofa na Assembleia da República. Cerca de dez mil trofenses marcaram presença. 22 de janeirode 1999 - Tomada de posse da "Comissão Instaladora do Município da Trofa". E BRASÃO scudo verde, a simbolizar a extensa mancha verde de floresta e terreno cultivável que o concelho possui; uma roda dentada, simbolizando a indústria, o progresso e as atividades económicas; os dois ramos de quatro espigas, cada um simbolizando as oito freguesias e as atividades tradicionais ligadas à agricultura; a ponte pênsil, simbolizando a ligação entre gerações e comunidades; quatro faixas ondulantes, a azul e branco, que representam todos os cursos de água do concelho; a cor metal quer da roda dentada quer das espigas existentes no escudo simboliza o ouro. S BANDEIRA DO CONCELHO endo a sede do concelho cidade, obriga a Lei que ao centro seja gironada, isto é, dividida em oito peças alusivas a cada uma das oito freguesias. As cores que predominam são o azul (do manto da Nossa Senhora das Dores) e o branco (prata) que é timbre da humildade, da sã consciência, mas também de abertura a novas ideias e iniciativas. 1 (Fonte: www.mun-trofa.pt) 22 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ FREGUESIA – ALVARELHOS A lvarelhos é uma freguesia do concelho da Trofa, com 6,46 km² de área e 3.146 habitantes e uma densidade populacional encontra-se de 487 habitantes/km². na extremidade Esta freguesia ocidental do concelho, delimitando a Trofa de Vila do Conde, sendo ladeada pelas freguesias de Guidões e de Santiago de Bougado a norte e a freguesia do Muro a nascente. A freguesia de Alvarelhos é de grande interesse histórico e paisagístico. Localizada no vale formado pelos montes de Santa Eufémia e de S.Gens, a freguesia deslumbra pela sua paisagem natural e ambiente rural. Embora tenha a agricultura como principal atividade, Alvarelhos é conta já com algumas unidades industriais, de comércio e serviços. O Castro de Alvarelhos localiza-se no monte de Santa Eufémia, estando classificado pelo Instituto Português do Património Arquitetónico (IPPAR) como Monumento Nacional desde 1910. Trata-se de um povoado fortificado, construído durante a Idade do Bronze Final. Apresenta também características romanizadas e vestígios de ocupação medieval. Dos vestígios arqueológicos foram já inventariados tesouros monetários, um capitel e um fragmento de coluna. Terá ainda existido uma edificação termal e estruturas do tipo domus. A Igreja Paroquial de Alvarelhos, dedicada a Santa Maria, é seiscentista, forrada no interior por azulejos do século XVII, com motivos geométricos. A Capela de Santa Eufémia foi construída no século XIX. 23 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ FREGUESIA – COVELAS B astante extensa em território, mas com uma reduzida densidade populacional, a região de Covelas apresenta fortes características rurais, o que proporciona a existência de paisagens magníficas. A freguesia de Covelas estende-se por uma área de 16,69 km2 e possui 1.662 habitantes, com uma densidade populacional de 99,58 habitantes/km2. A atividade predominante é ligada à agricultura, nomeadamente de pecuária, silvicultura e avicultura. A indústria está no entanto representada com pequenas empresas implantadas da área da carpintaria e serralharia. A Capela de S. Gonçalo é uma das riquezas arquitetónicas da freguesia e é palco de uma das maiores romarias do concelho, uma festividade em honra de S. Gonçalo que se realiza no último domingo de janeiro de cada ano. Dos monumentos presentes, destaca-se a Igreja Matriz, mandada construir pelo Conde de S. Bento, datada dos finais do século XIX, contendo no seu interior duas valiosas peças de Arte Sacra: uma imagem de Nossa Senhora das Neves, em pedra de Ançã, policromada e dourada, que remonta ao século XV, e uma custódia em prata dourada do século XVI. 24 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ FREGUESIA – GUIDÕES G uidonis». Pensa-se que é desta palavra que vem o nome Guidões, que queria dizer «terras de Guido», um cidadão muito rico, que mandou construir a capela em honra de S. João Baptista. A freguesia de Guidões situa-se no extremo ocidental do concelho da Trofa, na linha divisória com o concelho de Vila do Conde, e nos limites de Santiago de Bougado e Alvarelhos. Guidões é uma freguesia com 4,16 km2 de área e 1.906 habitantes – densidade populacional de 458,17 habitantes/ km2. Recostado na vertente da Serra de Santa Eufémia e com belos recortes paisagísticos, este local vive essencialmente da agricultura, embora seja complementada por pequenas empresas que vão desde a metalurgia ao têxtil, passando pela construção civil e serviços, entre outros. O património cultural é vasto e rico. As Azenhas e os moinhos, as casas agrícolas e os edifícios religiosos, os edifícios habitacionais, o Fontanário da Póvoa, no Largo Dr. Adriano Fernandes, as Alminhas da Póvoa, o conjunto de Cruzeiro junto à Igreja Paroquial e a própria igreja de S. João Baptista, datada de 1879, são apenas alguns dos lugares dignos de visita. Anualmente, é feita uma grande festa em honra do padroeiro desta terra, S. João Baptista, que se realiza a 24 de junho. 25 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ FREGUESIA – MURO A freguesia de S. Cristóvão do Muro é atravessada pela EN 14 e está localizada entre Alvarelhos (noroeste), Santiago de Bougado (norte), Covelas (leste) e S. Mamede do Coronado (sudeste), confrontando-se com o concelho da Maia a sudoeste. O Muro é uma freguesia com 5,81 km2 e 1.972 habitantes – Densidade populacional de 339,41 habitantes/km2. Apesar de ser uma freguesia eminentemente rural, a indústria metalúrgica ligeira e a indústria têxtil são as atividades que mais promovem a região. A igreja matriz é um belo templo setecentista. Do espólio de arte sacra aí existente, destaca-se um curioso relicário em prata dourada, com templete como as custódias seiscentistas. No largo em frente ergue-se um cruzeiro de cantaria e, a Norte, uma bela casa solarenga. Outro lugar de paragem obrigatória é a capela de S. Pantaleão, situada no monte com o mesmo nome. 26 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ FREGUESIA – S. MAMEDE DO CORONADO A freguesia de S. Mamede do Coronado está situada no extremo sul do concelho, a cerca de seis quilómetros da sede do mesmo, fazendo fronteira com as freguesias de São Romão do Coronado, Covelas, Santiago de Bougado, Muro e com as maiatas de Santa Maria de Avioso, Silva Escura e Folgosa. São Mamede do Coronado é uma freguesia com 6,26 km2 d 4.053 habitantes – Densidade 647,44 habitantes/km2. O mais antigo documento conhecido em que é referida "Vila" do São Mamede do "Cornato" data do ano 1013, anterior ainda à fundação da nacionalidade. Através deste, e de vários outros que se seguem ao longo dos séculos, pode-se constatar que durante muito tempo esta freguesia ombreou com algumas das principais da Terra da Maia, da qual fez parte até 1836, e seria a mais importante do Vale do Coronado (Cornato - Cornado - Coronado), quando ele era formado pelas freguesias de São Romão, Santa Cristina do Vale do Coronado (atualmente Folgosa) e Sam Fins do Cornado (atualmente São Pedro Fins). São Mamede do Coronado foi elevada a vila em 24 de julho de 1997, sob a designação de Vila do Coronado, conjuntamente com a freguesia de S. Romão do Coronado. A freguesia, distribuída por uma colina de pouco declive e por uma grande parte da Vila, sempre reuniu as melhores condições geomorfológicas para atrair as populações. O clima, a textura dos solos e a densa vegetação existente reuniram as condições ideais para o desenvolvimento da prática agrícola. 27 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ FREGUESIA – S. MARTINHO DE BOUGADO s . Martinho de Bougado está situado na margem esquerda do rio Ave, no nordeste do concelho, sendo delimitado pelas freguesias de Santiago de Bougado e Covelas, do concelho da Trofa, de Santa Cristina e Santo Tirso do concelho de Santo Tirso, e de Ribeirão e Lousado, do concelho de V.N. Famalicão. É uma freguesia com 12,96 km2 e 13.933 habitantes – Densidade: 1.075,08 habitantes/km2. Nesta freguesia, é de realçar a Capela de Nossa Senhora das Dores, datada de 1879, cujas paredes interiores são integralmente constituídas por azulejos, com painéis de cenas bíblicas e florões. A principal festividade em honra de Nossa Senhora das Dores decorre todos os anos no mês de agosto. Ainda de referir a igreja paroquial de S. Martinho de Bougado, que terá sido erguida em 1780 e que possui uma imagem da Senhora das Dores dos finais do século XIX. De destacar o cruzeiro de S. Martinho, datado de 1622, e as alminhas de Ervosa, do ano de 1772, assim como a antiga Ponte Pênsil da Trofa, edificada em 1858 e demolida em 1935, mas retratada em diversos painéis de azulejos. A ponte da Lagoncinha, por sua vez, terá sido construída durante o século XI, a expensas de Gontina Eiriz, uma grande benfeitora daquela época. Trata-se de uma ponte românica, restaurada em 1954. Nela passaram as tropas francesas comandadas por Soult, em 1809, aquando da segunda invasão. O grande desenvolvimento iniciou-se com a abertura da via Porto / Braga, com a inauguração da Ponte Pênsil sobre o Rio Ave em 1858 e, mais tarde, com a chegada da ligação do caminho de ferro, em 1875. O eixo Santo Tirso/Vila do Conde completa a importante rede de vias de comunicação, que atravessam a freguesia. 28 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ FREGUESIA – S. ROMÃO DO CORONADO S . Romão constitui a Vila do Coronado, juntamente com a freguesia de S. Mamede. É delimitada pelas freguesias de S. Mamede, Folgosa (Maia) e Covelas. S. Romão do Coronado é uma freguesia com 3,51 km2 e 4.150 habitantes – Densidade: 1.182,34 habitantes/km2. Tendo conhecido, nas últimas décadas, um forte incremento da atividade industrial e abrangendo uma diversidade de setores – trefilaria de ferro e aço, metalomecânica, transformação de mármores e granitos, têxteis, fabrico de vassouras, S. Romão do Coronado apresenta-se, atualmente, com um significativo índice de produtividade. Em 1875, foi inaugurado o troço entre Campanhã e Nine, da Linha de Caminhos de ferro do Minho, o que representou um forte impulso no desenvolvimento económico e demográfico da freguesia, atualmente reforçado pela A3, autoestrada Porto Braga, que por aqui passa. A igreja paroquial é um edifício de traça singela, datada de 1869, de acordo com a inscrição no lintel da porta. Dignas de menção são ainda as duas ermidas localizadas nas imediações da freguesia: uma de S. Bartolomeu e a outra de Santa Eulália. 29 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ FREGUESIA – SANTIAGO DE BOUGADO S antiago de Bougado, é o segundo território mais extenso e uma das freguesias mais populosas. Situa-se no norte do concelho, na margem esquerda do rio Ave, e é delimitada pelas freguesias de S. Martinho de Bougado, Covelas, S. Mamede do Coronado, Muro, Alvarelhos, Guidões, Ferreiro – do concelho de Vila do Conde, e Fradelos e Ribeirão – do concelho de V.N. Famalicão. Santiago de Bougado é uma freguesa com 15,86 km2 e 6.759 habitantes – Densidade populacional de 426,17 habitantes/km2. Aqui a agricultura tem um papel importante na economia local; contudo, a indústria tradicional – sobretudo, a têxtil, a eletrónica, a construção de máquinas agrícolas e outras metalomecânicas, e o comércio local e grossista, têm-se implantado significativamente. A igreja matriz é um dos principais monumentos de atração turística. A sua construção data de 1754 e o projeto é atribuído a Nicolau Nasoni (responsável por diversas obras no norte do país, como a Torre dos Clérigos e o Palácio do Freixo). A ermida de S. Gens de Cidai é um pequeno templo, que assenta nas ruínas milenárias de um outro templo cristão, que também ele assentava sob as ruínas de um edifício pagão. Localiza-se no monte de Cidai, de 189 metros de altitude, que oferece ao visitante uma vista panorâmica fantástica. O monte de S. Gens de Cidai projetou-se internacionalmente, quando foram descobertas umas rochas raras - “rochas ftaníticas”, únicas na Europa. Em termos de património religioso, Santiago de Bougado tem ainda a Capela de Nossa Senhora do Desterro, no lugar do Souto de Bairros, construída em 1649 e depois aumentada (1766 e 1987) e reformada (1940); a Capela de Nossa Senhora da Livração; e a capela de Santa Luzia (documentada desde 1678). Outros lugares dignos de visita são a Azenha de Bairros (única em laboração no concelho da Trofa), o Miradouro da Nossa Senhora da Alegria, a Casa da Cultura da Trofa e as belas casas solarengas. 30 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ ATIVIDADES ECONÓMICAS E mbora a atividade base do concelho seja a indústria metalomecânica e têxtil, desde sempre coexistiu e ainda coexiste uma agricultura de subsistência do agregado familiar, disseminada por todo o concelho. Se por um lado a disseminação de algumas estufas de hortícolas assume mais importância na freguesia de Covelas, por outro lado a agricultura intensiva associada à produção de leite tem vindo a assumir uma crescente importância económica, sobretudo na freguesia de Santiago de Bougado. No quadro seguinte, apresenta-se a mão-de-obra agrícola na Trofa: Mão-de-obra agrícola, 2009 Unid: N.º Total Mão-de-obra agrícola familiar Total Homens Mulheres Com 55 ou mais anos Produtor Cônjuge Outros membros da família 559 297 260 267 220 143 105 Mão-de-obra agrícola não familiar Mão-de-obra não contratada Permanente Eventual diretamente pelo produtor 70 19 2 (Fonte: AERNorte, 2011. INE. I.P.) Para além da importância crescente do setor agrícola na Trofa, o tecido empresarial local revela também uma forte presença da madeira e cortiça, das máquinas e equipamentos, da indústria alimentar, farmacêutica e de outras indústrias transformadoras não especificadas. Relativamente ao comércio local, este concentra-se na sua maioria no centro da cidade da Trofa, com estabelecimentos de venda ao público, localizados nas principais artérias da cidade e em pequenos centros comerciais. Outras atividades, ligadas à prestação de serviços a empresas está também fortemente implementada no concelho. De salientar que no concelho da Trofa, a par das atividades referidas anteriormente, as indústria têxtil e metalomecânica e a construção civil são as áreas de atividade mais representativos no concelho. 31 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ Apresenta-se de seguida uma caracterização das empresas sediadas na Trofa segundo a CAE Ver.3 e segundo o escalão de pessoal ao serviço: Empresas e pessoal ao serviço nas empresas, segundo a CAE-Rev.3, 2010 Unidade: N.º Total A B 3 952 130 2 Empresas Pessoal ao 15923 210 serviço C 606 D 4 E 7 F 366 G 1134 H 47 I 278 J 26 L M N P Q 114 290 378 169 178 R 53 S 170 ... 6744 21 ... 1550 3292 420 531 50 173 827 968 234 493 56 264 (Fonte: AERNorte, 2011. INE. I.P.) A – Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca; B – Indústrias extrativas; C – Indústrias transformadoras; D – Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio; E – Captação, tratamento e distribuição de água, saneamento, gestão de resíduos e despoluição; F – Construção; G – Comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos; H – Transportes e armazenagem; I – Alojamento, restauração e similares; J – Atividades de informação e de comunicação; K – Atividades financeiras e de seguros L – Atividades imobiliárias; M – Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares; N – Atividades administrativas e dos serviços de apoio; O – Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória; P – Educação; Q – Atividades de saúde humana e apoio social; R – Atividades artísticas, de espetáculos, desportivas e recreativas; S – Outras atividades de serviços Relativamente ao tipo de empresas sediadas na Trofa, podemos referir que se tratam na sua maioria de pequenas e médias empresas, tendo em conta o número de colaboradores. Na tabela seguinte, apresenta-se o número de empresas por escalão de colaboradores ao serviço: Empresas, segundo o escalão de pessoal ao serviço, 2010 0 - 249 Total Total 3952 3946 Menos de 10 10 - 49 3692 50 - 249 225 250 ou mais 29 6 (Fonte: AERNorte, 2011. INE. I.P.) Os recursos humanos do concelho possuem, na sua maioria, baixas qualificações, tendo 70% dos trabalhadores por conta de outrem o 9º ano de escolaridade concluído ou habilitações inferiores, como podemos constatar no quadro seguinte: Nível de habilitações – Trabalhadores por conta de outrem Inferior 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo ao 1º Total do do do Ensino ciclo do ensino ensino ensino secundário ensino básico básico básico básico 9 815 86 2 121 2 375 2 364 1 795 Bacharelato 159 Licenciatura 813 Mestrado Doutoramento 71 22 (Fonte: AERNorte, 2011. INE. I.P.) 32 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DA MARCA TROFA __________ OBJETIVOS 33 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ O Estudo de Caracterização da Marca Trofa foi realizado tendo em consideração a dinâmica atual e o potencial de crescimento/ desenvolvimento, com um objetivo de recolher informação que permita conhecer de forma mais pormenorizada e permita caracterizar a marca Trofa, na sua vertente corporativa e de consumo. Sob este enquadramento, o Estudo procurou níveis de conhecimento relativos às diferentes realidades e públicos-alvo, nomeadamente no que diz respeito às perceções e significados associados à marca Trofa quer pelos empresários da região, quer pela população em geral, enquanto consumidores finais. A abrangência territorial é de âmbito local, relativa ao concelho da Trofa, e também de âmbito regional, levando em consideração os concelhos limítrofes – Maia, Santo Tirso, Vila do Conde e Vila Nova de Famalicão. A finalidade do Estudo de Caracterização da Marca Trofa é a de servir de suporte a uma reflexão estratégica a desenvolver posteriormente, que permita a caracterização da marca Trofa em diferentes dimensões, nomeadamente no que diz respeito ao comércio, indústria, restauração, lazer, saúde, entre outros, assim como a definição de estratégias de promoção do concelho com vista à sua dinamização económica. 34 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ A definição dos objetivos do Estudo reflete a diversidade de variáveis observáveis na caracterização da marca Trofa, que a seguir se sintetizam: Recolha de Informação, que permita obter um Objetivo Geral conhecimento detalhado e fazer a caracterização da marca Trofa, na vertente corporativa e de consumo. Caracterização das perceções e significados associados à marca Trofa pelos empresários da região; Objetivos Específicos Caracterização das perceções e significados associados à marca Trofa pela população em geral (consumidor final), com abrangência local (concelho) e regional (concelhos limítrofes), tendo em consideração as áreas com maior dinâmica a nível local, a saber: comércio, indústria, restauração, lazer, saúde, entre outros. 35 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DA MARCA TROFA __________ METODOLOGIA 36 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ C onsiderando que o principal objetivo deste Estudo visa a caracterização das perceções e dos significados associados à marca Trofa, era fundamental a recolha de informação junto daqueles que participam do quotidiano da Trofa e que são o seu maior potencial: as pessoas que residem e/ou trabalham no concelho, as que residem nos concelhos vizinhos e o tecido empresarial da Trofa. Para a realização deste estudo, levantaram-se algumas questões prementes para a caracterização das perceções e significados associados à marca Trofa: - Como é avaliada globalmente a qualidade de vida no concelho? - Qual o nível de satisfação ? - Quais os atributos que melhor caracterizam o concelho da Trofa? - Qual o grau de atratividade em diversos aspetos? E o que o pode tornar mais atrativo? - Quais as áreas com maior necessidade de desenvolvimento? Para a realização deste Estudo de Caracterização da Marca Trofa contamos com uma amostra constituída por: Empresas da região de abrangência da marca Trofa; Público em geral (consumidor final) que poderá ser dividido em dois subgrupos; - Consumidores que residem ou trabalham no concelho da Trofa - Consumidores que residem nos concelhos limítrofes; 37 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ A partir da dimensão de cada um dos universos foram definidas amostras representativas para uma margem de erro de 5% e um intervalo de confiança de 95%. Os dados recolhidos dos inquéritos realizados foram posteriormente submetidos a análise com apoio do software estatístico SPSS e interpretados à luz dos objetivos finais. I. DEFINIÇÃO DA AMOSTRA Para os residentes do concelho da Trofa, a amostra foi estratificada por freguesia, de acordo com o quadro seguinte: Freguesias do Concelho da Trofa S. Martinho Santiago Covelas Guidões Alvarelhos S. Mamede S. Romão Muro Total Total de residentes 13933 6759 1662 1906 3146 4053 4150 1972 37581 % 37 18 4 5 8 11 11 5 100 Nº de inquéritos 142 69 17 20 32 41 43 20 384 Para a caracterização das perceções e significados associados à marca Trofa pelo público local dos concelhos limítrofes, a amostra foi estratificada por concelho, de acordo com o quadro seguinte. Concelhos limítrofes V. N Famalicão Santo Tirso Vila do conde Maia Total Total de residentes 135536 69377 77553 143371 425837 % 32 16 18 34 100 Nº de inquéritos 122 63 70 129 384 38 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ Os dados relativos aos residentes do concelho da Trofa e aos residentes de concelhos limítrofes foram recolhidos por entrevistadores formados para o efeito quer no espaço público, quer nos domicílios dos inquiridos. Quanto às empresas, os dados foram recolhidos através de envio por e-mail de um inquérito por questionário para 289 empresas, tendo sido efetuado controlo telefónico da receção do email. Todas as empresas estão sediadas no concelho da Trofa. Foram conseguidas 165 respostas válidas. Em paralelo, com esta abordagem de caráter quantitativo, foram adotados procedimentos que recorrem a uma metodologia qualitativa, através da realização de entrevistas a informantes privilegiados, pessoas com particular relevância a nível local, quer por terem responsabilidades políticas, sociais, empresariais ou outras. “O termo qualitativo implica uma partilha densa com pessoas, fatos e locais que constituem objetos de pesquisa (…) [que] o autor interpreta e traduz em um texto, zelosamente escrito, com perspicácia e competências científicas, os significados patentes ou ocultos do seu objeto de pesquisa” (Chizzotti, 2003). Esta pesquisa é caraterizada por essa partilha densa, como refere Chizzotti, e, nessa perspetiva, a metodologia qualitativa é a forma de investigar que contribui para o enriquecimento deste estudo. A metodologia da investigação é, assim, determinada pela própria problemática e o paradigma qualitativo é o mais adequado. “As significações pessoais dos fenómenos, as suas representações, a natureza interativa da sua construção e a necessidade de se colocar na perspetiva do outro como condição prévia ao conhecimento” (Almeida & Freire, 2008) são assim os pressupostos básicos da investigação qualitativa. 39 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ II. INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS Para a caracterização das perceções e significados associados à marca Trofa, foram construídos instrumentos de recolha de dados, apoiados em questionários e entrevistas: 1) Inquérito às empresas da Trofa; 2) Inquérito a residentes no concelho da Trofa; 3) Inquérito a residentes nos concelhos limítrofes; 4) Entrevista a informantes privilegiados Para obter as perceções da população face à marca Trofa, recorreu-se a uma amostra significativa que pudesse satisfazer o estudo. Isso foi possível através de uma técnica que permitisse rapidez e precisão das respostas. Assim, o uso de questionário revelou-se o mais adequado por possibilitar obter um conjunto de respostas objetivas e que permitissem uma análise quantitativa que perfeitamente se adequa ao objetivo do estudo. Os inquéritos foram assim feitos a partir de três questionários adaptados para as empresas, para os residentes no concelho e para os residentes de concelhos limítrofes.. Foi construído um guião de entrevista, constituído por questões semi-abertas e realizaram-se entrevistas a pessoas com particular relevância a nível local, que por terem responsabilidades políticas, sociais, empresariais ou outras, são consideradas informantes privilegiados, A importância de recorrer às entrevistas estruturadas para complementar o estudo centra-se na possibilidade de se ouvir opiniões e perceber atitudes sobre a marca Trofa que possam ir além da adjetivação selecionada no questionário e por permitir encontrar, no discurso de alguns informantes privilegiados, subjetividades que não podem ser quantificadas, mas que também permitem a construção de conhecimento (Santos, 2000) em relação à caracterização do concelho. Depois da recolha de dados pela entrevista, foi efetuada a análise de conteúdo, que permite o tratamento e interpretação da informação, tendo em conta as questões de partida ou outras entretanto levantadas. Nesse intuito, a opção consistiu numa análise de conteúdo qualitativa, sendo o objetivo central a compreensão das dimensões definidas, mais do que a tentativa de 40 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ as quantificar. A abordagem qualitativa detém-se na categorização dos elementos “em suas peculiaridades, nas nuances que aí se expressam, do mesmo modo que nas relações entre as unidades de sentido (…), a especificidade dos elementos do conteúdo e as relações entre esses elementos são portadoras da significação da mensagem analisada e que é possível alcançá-la sem mergulhar na subjetividade” (Laville & Dionne, 1999). A análise de conteúdo é a forma por excelência de “satisfazer harmoniosamente as exigências do rigor metodológico e da profundidade inventiva” (Quivy & Campenhoudt, 2008). Segundo Laville&Dionne, este método possibilita “empreender um estudo minucioso do seu conteúdo [da entrevista], das palavras e frases que o compõem, procurar-lhes o sentido, captar-lhes as intenções (…): consiste em desmontar a estrutura e os elementos desse conteúdo para esclarecer as suas diferentes características e extrair a sua significação” (Laville & Dionne, 1999). Bardin relembra a passagem da pura descrição à interpretação da entrevista acontece através da análise de conteúdo, que preconiza a “atribuição de sentido às características do material que foram levantadas” (Vala, 1986). Tanto as questões que constam nos questionários quanto as dimensões abordadas nas entrevistas abrangem um leque de assuntos que se voltam exclusivamente para a caracterização da marca Trofa, como seus pontos fracos e seus pontos fortes, a fim de interpretar o meio envolvente e compreender as necessidades e atitudes dos participantes em face da caracterização da marca. 41 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ Apresentam-se de seguida os instrumentos de recolha de dados criados: 1) INQUÉRITO ÀS EMPRESAS DA TROFA 42 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 43 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 44 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 2) INQUÉRITO A RESIDENTES NO CONCELHO DA TROFA 45 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 46 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 47 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 48 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 3) INQUÉRITO A RESIDENTES NOS CONCELHOS LIMÍTROFES 49 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 50 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 51 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 52 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 4) GUIÃO DE ENTREVISTA A INFORMANTES PRIVILEGIADOS Entrevista Destinatários: informantes privilegiados a. Objetivo: 1. Caracterização das perceções e significados associados à marca Trofa; 2. Identificação das áreas com maior dinâmica a nível local, a saber: Comércio, industria, restauração, lazer, saúde,… 3. Identificação de estratégias que permitam a promoção do Concelho quer interna quer externamente 1. Como avalia globalmente o concelho da Trofa? 2. Relativamente às empresas, considera que existe uma vantagem competitiva para aquelas que estão instaladas no Concelho? Porquê? 3. Considerando que as cidades deverão atrair empresas cujo know-how e valor tecnológico seja realmente competitivo, inovador e traga às cidades a perspectiva de captação de outras empresas ou negócios, como avalia o desempenho do concelho a este nível? 4. Na sua opinião quais os aspectos que podem tornar o concelho atrativo para os residentes/trabalhadores nos concelho da Trofa? E para os residentes nos concelhos limítrofes? 5. Quais são na sua opinião as áreas com maior dinâmica no concelho? 6. Quais as áreas com maior necessidade de desenvolvimento? 7. Como avalia globalmente a qualidade de vida no concelho? 8. Na sua opinião que aspectos devem ser considerados para que o Concelho da Trofa possa ter um maior potencial de atratividade para as pessoas e para as organizações? 9. Focalizando agora a atenção nas estratégias de promoção do Concelho e considerando que qualquer região necessita de comunicar de forma eficaz os seus atributos, de forma a que os consumidores possam interiorizar as vantagens diferenciadoras, quais as prioridades que identifica a este nível? 53 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DA MARCA TROFA __________ CARACTERIZAÇÃO DAS PERCEÇÕES E SIGNIFICADOS ASSOCIADOS À MARCA TROFA PELOS RESIDENTES NO CONCELHO DA TROFA 54 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ I. FICHA TÉCNICA 1. Fundamentação P retende-se nesta componente avaliar as perceções que o público local, residente e/ou trabalhador no concelho da Trofa, tem associadas à marca Trofa, no sentido de poder definir uma estratégia de comunicação e dinamização que destaque as dimensões que se podem constituir como marcas distintivas do concelho da Trofa. 2. Objetivo e Metodologia Caracterização das percepções e significados associados à marca Trofa pelo público local, através de inquérito por questionário administrado a uma amostra representativa do universo, para uma margem de erro de 5% e um intervalo de confiança de 95%. A amostra foi estratificada por freguesia, de acordo com o quadro seguinte: 55 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ Freguesias do Concelho da Trofa S. Martinho Santiago Covelas Guidões Alvarelhos S. Mamede S. Romão Muro Total Total de residentes 13933 6759 1662 1906 3146 4053 4150 1972 37581 % 37 18 4 5 8 11 11 5 100 Nº de inquéritos 142 69 17 20 32 41 43 20 384 3. Recolha de dados Os dados foram recolhidos por entrevistadores formados para o efeito, em contacto direto com residentes no concelho da Trofa, quer no espaço público, quer nos domicílios dos inquiridos. Os dados recolhidos foram analisados com o software estatístico SPSS, versão 19. II. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS 1. Tempo de residência no concelho Tempo de residência Há mais de 5 anos e menos de 10 anos Há mais de 10 anos Total % 5.6 94.4 100.0 A população inquirida reside, maioritariamente, há mais de 10 anos no concelho (94,4%), o que remete para um profundo conhecimento deste. 2. Nível de satisfação com o concelho Relativamente ao nível de satisfação com o concelho, como se pode ver no quadro seguinte e gráfico, os resultados situam-se no quadrante mais negativo, com uma média de 2,71 e moda e mediana 3. Da salientar que 52,1 % dos inquiridos estão satisfeitos com o concelho, 56 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ atribuindo 3, numa escala de 1 a 5; 26,5% estão pouco satisfeitos e 8,8% nada satisfeitos. Os inquiridos que atribuíram nota 5, representam apenas 2,3% da amostra. Nível de satisfação Nada satisfeito Pouco satisfeito Satisfeito Bastante satisfeito Muito satisfeito Total Média Mediana Moda Desvio Padrão Mínimo Máximo % 8.8 26.5 52.1 10.2 2.3 100.0 2.71 3.00 3 0.855 1 5 A box-plot que se segue permite visualizar os dados referentes à satisfação dos inquiridos. Como se pode ver a mediana está no nível 3, havendo 87,4% dos casos no nível 3 ou inferior. 57 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ Cruzando os dados referentes à satisfação com os atributos qualificativos do concelho (primeiro atributo selecionado pelo respondente) percebemos que o atributo confuso é o mais referido, particularmente pelos residentes menos satisfeitos. De salientar que 84,2% dos inquiridos que estão nada satisfeitos com o concelho consideram que este é confuso, correspondendo este valor a 70,2% dos inquiridos pouco satisfeitos. Atributo 1 Nível de satisfação Total dinâmico confuso Inovador turístico tradicional degradado seguro acolhedor agradável Nada Satisfeito 0% 84.2% 5.3% 0% 10.5% 0% 0% 0% 0% 100.0% Pouco satisfeito 8.8% 70.2% 1.8% 1.8% 14.0% 3.5% 0% 0% 0% 100.0% Satisfeito 5.4% 62.5% 6.3% 1.8% 16.1% 1.8% 1.8% 1.8% 2.7% 100.0% Bastante satisfeito 9.1% 45.5% 9.1% 0% 27.3% .0% 4.5% 0% 4.5% 100.0% Muito satisfeito 40.0% 20.0% 0% 0% 0% 0% 20.0% 20.0% 0% 100.0% 7.0% 63.7% 5.1% 1.4% 15.8% 1.9% 1.9% 1.4% 1.9% 100.0% Total Quando analisamos o nível de satisfação em função do sexo podemos verificar que existem diferenças na avaliação efetuada pelos indivíduos do sexo feminino e masculino, particularmente no que diz respeito ao nível de satisfação pouco satisfeito, satisfeito e muito satisfeito. No primeiro caso, há uma maior percentagem de indivíduos do sexo masculino a escolherem esta opção. No caso do nível “satisfeito” é superior a percentagem de elementos do sexo feminino, contrariamente ao nível muito satisfeito onde podemos encontrar uma maior percentagem de indivíduos do sexo masculino. Sexo Total Feminino Masculino Nada satisfeito 8,3% 9,5% 8,8% Pouco satisfeito 22,5% 31,6% 26,5% Satisfeito 55,8% 47,4% 52,1% Bastante satisfeito 12,5% 7,4% 10,2% Muito satisfeito 0,8% 4,2% 2,3% 58 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 3. Atributos do Concelho Atributos concelho confuso 3% 3% degradado 3% 3%1% tradicional 24% agradável 5% acolhedor 5% desenv olvido seguro 8% cansativo 19% dinâmico 9% criativo 17% Inovador turístico Como se pode ver no gráfico anterior há alguma dispersão nos atributos referentes ao concelho, sendo no entanto notório a incidência do atributo confuso (24%), degradado (19%) e tradicional (17%). A adjetivação menos positiva do concelho é coerente com os baixos níveis de satisfação em relação ao mesmo. 4. Fatores de atratividade Fator % Emprego 44 Habitação 26,6 Comércio 11,3 Cultura 6 Desporto 3,6 Acessibilidades 3,2 Gastronomia 2,8 Natureza 2,4 Total 100.0 O emprego (44%) é, no concelho da Trofa, um dos fatores de maior atratividade para os residentes, seguindo-se a habitação (26,6%) e o comércio (11,3%). 59 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 5. Fatores de não atratividade Fator Emprego Habitação Cultura Acessibilidades Desporto Comércio Natureza Gastronomia Total % 29,3 14,9 14,9 11,6 11,3 8,2 4,9 4,9 100.0 O emprego (29,3%) é, no concelho da Trofa, um dos fatores que pode tornar o concelho não atrativo para os residentes no concelho da Trofa, seguindo-se a habitação (14,9%) e a cultura (14,9%). Os dados referentes ao emprego, aparentemente contraditórios com os dados apresentados anteriormente em relação aos fatores de atratividade, poderão ser explicados pelo aumento do desemprego e na região e pela maior dificuldade de acesso a novo emprego. De facto, no concelho há um conjunto alargado de empresas que empregam muitos dos residentes, mas que face à conjuntura económica optam por não contratar novos colaboradores. De qualquer forma, a dimensão económica associada ao emprego tem um peso determinante no concelho. 6. Nível de desenvolvimento Como se pode ver na tabela seguinte há algumas áreas consideradas pelos respondentes como críticas em termos de desenvolvimento. A este nível é de destacar o estacionamento, promoção da cidade, lazer e infraestruturas com valores médios inferiores a 2. De referir que globalmente todos os critérios avaliados têm um valor médio inferior a 3, embora no caso da educação e da restauração a mediana e a moda situam-se no 3, o que remete para uma avaliação mais positiva por parte da nossa amostra. 60 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ Média Mediana Moda Estacionamento 1.74 2.00 1 Desvio Padrão 0.795 Promoção da cidade 1.75 2.00 1 0.793 Lazer Infraestruturas Ambiente Transportes 1.91 1.97 2.11 2.15 2.00 2.00 2.00 2.00 2 2 2 2 0.843 0.686 0.857 0.922 Comércio tradicional 2.24 2.00 2 0.817 Saúde 2.24 2.00 2 0.830 Grandes superfícies 2.31 2.00 2 1.063 Indústria Educação Restauração 2.34 2.47 2.67 2.00 3.00 3.00 2 3 3 0.953 0.906 0.927 A box-plot que se segue permite visualizar estes resultados de forma gráfica. Como se pode constatar, a distribuição das respostas é claramente desfavorável, apontando para o baixo nível de desenvolvimento percebido das áreas avaliadas. 61 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 7. Áreas com necessidade de desenvolvimento Relativamente à necessidade de desenvolvimento das áreas avaliadas anteriormente os resultados, de forma coerente com a avaliação apresentada no ponto anterior, remetem para a necessidade de desenvolvimento de todas as áreas. De salientar que todos os parâmetros apresentam média superior a 3 e com maior necessidade de desenvolvimento, o lazer, infraestruturas, promoção da cidade e estacionamento, com média superior a 4. Média Mediana Moda Desvio Padrão Grandes superfícies 3,23 3,00 3 1,283 Restauração 3,28 3,00 3 1,234 Comércio tradicional 3,51 3,00 3 1,118 Indústria 3,71 4,00 5 1,111 Educação 3,93 4,00 5 1,039 Ambiente 3,96 4,00 5 0,976 Transportes 3,97 4,00 5 1,069 Saúde 3,98 4,00 5 1,011 Lazer 4,06 4,00 5 1,005 Infraestruturas 4,09 4,00 5 1,037 Promoção da cidade 4,12 4,00 5 1,011 Estacionamento 4,18 4,00 5 0,989 A box-plot apresentada de seguida permite a visualização destes resultados. Como se pode ver, numa escala de 1 a 5, os valores da mediana situam-se no 3 e 4, o que remete, claramente para a necessidade de desenvolvimento das áreas analisadas. 62 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 8. Qualidade de vida Relativamente ao indicador qualidade de vida, foi avaliada a perceção dos respondentes relativamente ao nível de satisfação com 16 parâmetros. Esta avaliação foi efetuada através de uma escala de Likert em que 1 correspondia a nada satisfeito e 5 correspondia a muito satisfeito. A tabela seguinte permite verificar que a média de todos os parâmetros avaliados é inferior a 3. Os indicadores de qualidade de vida com avaliações mais baixas são a arte e cultura (m=1,83, ), salários (m=1,83) e entretenimento (m=1,84). Os indicadores mais positivos são o ambiente social (m=2,45), a habitação (m=2,57) e o clima (m=2,60). Estes indicadores, embora com média inferior a 3, apresentam a mediana e moda igual a 3, o que remete para uma avaliação mais satisfatória. Média Mediana Moda Arte e cultura 1,83 2,00 2 Desvio Padrão 0,761 Salários 1,83 2,00 2 0,761 Entretenimento 1,84 2,00 2 0,863 Custo de vida 1,91 2,00 2 0,830 Emprego 1,93 2,00 2 0,831 Dinâmica empresarial 2,03 2,00 2 0,883 Segurança 2,12 2,00 2 0,934 Cuidados de saúde 2,13 2,00 2 0,855 Transportes públicos 2,14 2,00 2 0,927 Espaços comerciais 2,26 2,00 2 0,888 Educação 2,35 2,00 3 0,915 Ambiente Proximidade fornecedores/mercado Ambiente social 2,38 2,00 3 0,804 2,43 2,00 3 0,893 2,45 3,00 3 0,801 Habitação 2,57 3,00 3 0,959 Clima 2,60 3,00 3 0,814 A apresentação de resultados através da box-plot que se segue permite a visualização dos resultados dos indicadores referenciados. De salientar o número elevado de outliers, o que 63 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ remete para a existência de respostas fora dos padrões da amostra, mas ainda assim, sem consistência estatística. III. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA 1. Sexo Sexo inquiridos 44% 56% Masculino Feminino 64 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 2. Escolaridade Escolaridade 10% 2% não sabe ler nem escrever 1º ciclo 35% 21% 3º ciclo ensino secundário ensino superior outro 18% 14% 3. Situação na profissão Situação na profissão 12% 29% estudante 9% reformado 7% doméstido activo empregado activo desempregado 43% 4. Idade A média de idade dos inquiridos é 42,18 anos, com um desvio padrão de 14,85. A idade mínima dos inquiridos é 18 anos e a máxima 84. Média Desvio Padrão Mínimo Máximo 42.18 14.853 18 84 65 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DA MARCA TROFA __________ CARACTERIZAÇÃO DAS PERCEÇÕES E SIGNIFICADOS ASSOCIADOS À MARCA TROFA PELOS RESIDENTES NOS CONCELHOS LIMÍTROFES 66 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ I. FICHA TÉCNICA 1. Fundamentação P retende-se com esta componente do estudo avaliar as perceções que os não residentes no concelho têm deste, de forma a poder comunicar as dimensões que se podem constituir como marcas distintivas do mesmo. 2. Objetivos do estudo Caracterização das perceções e significados associados à marca Trofa pelo público local dos concelhos limítrofes, através de inquérito por questionário administrado a uma amostra representativa do universo, para uma margem de erro de 5% e um intervalo de confiança de 95%. A amostra foi estratificada por concelho, de acordo com o quadro seguinte: Concelhos limítrofes V. N Famalicão Santo Tirso Vila do conde Maia Total Total de residentes 135536 69377 77553 143371 425837 % 32 16 18 34 100 Nº de inquéritos 122 63 70 129 384 67 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 3. Recolha de dados Os dados foram recolhidos por entrevistadores formados para o efeito, em contacto directo com residentes nos concelhos limítrofes ao concelho da Trofa, quer no espaço público, quer nos domicílios dos inquiridos. Os dados recolhidos foram analisados com o software estatístico SPSS, versão 19. II. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS 1. Concelho de residência Os concelhos de residência dos inquiridos correspondem à estratificação da amostra apresentada no ponto anterior. 2. Tempo de residência no concelho % Tempo de residência Entre 0 e 1 ano 1,9 Há mais de 1 ano e menos de 5 anos 1,9 Há mais de 5 anos e menos de 10 anos Há mais de 10 anos Total 21,1 75,2 100.0 A população inquirida reside, maioritariamente, há mais de 10 anos no concelho (75,2%), o que remete para um profundo conhecimento dos concelhos de residência. 3. Nível de satisfação com o concelho Relativamente ao nível de satisfação com o concelho, como se pode ver no quadro seguinte, e gráfico os resultados situam-se no quadrante mais positivo, com uma média de 4 e moda e mediana 4. Da salientar que 68,7% dos inquiridos estão bastante satisfeitos com o concelho, 68 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ atribuindo 4, numa escala de 1 a 5 e 16.3% estão muito satisfeitos com o concelho de residência. Nível de satisfação Nada satisfeito Pouco satisfeito Satisfeito Bastante satisfeito Muito satisfeito Total % 0 1.2 13.9 68.7 16.3 100.0 Média Mediana Moda Desvio Padrão Mínimo Máximo 4 4 4 0.593 2 5 4. Atributos do Concelho Atributos do Concelho da Trofa confuso 3% 2% dinâmico 7% Inovador 8% turístico 3% tradicional 22% 7% degradado seguro 10% acolhedor 10% 10% 12% 6% cansativo agradável atractivo desenvolvido Como se pode ver no gráfico anterior há alguma dispersão nos atributos referentes ao concelho, sendo no entanto notório a incidência do atributo confuso (22%), tradicional (12%) degradado (10%) e inovador (10%) e seguro (10%) Para os não residentes no concelho da Trofa, a adjetivação efetuada articula atributos menos positivos e atributos mais positivos, revelando opiniões divergentes em relação ao concelho. 69 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ No entanto, é de destacar a perceção dos residentes nos concelhos limítrofes relativamente ao facto do concelho da Trofa ser considerado confuso. 5. Fatores de atratividade Fator Comércio Emprego Gastronomia Cultura Desporto Habitação Acessibilidades Natureza % 25,0 15,0 13,3 11,3 11,3 9,6 7,9 6,7 O comércio (25%) é um dos principais fatores de atratividade para os não residentes no concelho, seguido do emprego (15%) e da gastronomia (13,3%). 6. Fatores de não atratividade Fator Emprego Gastronomia Acessibilidades Desporto Comércio Cultura Habitação Natureza Total % 16,8 15,4 13,9 13,5 12,0 11,5 8,7 8,2 100.0 O emprego (16,8%) é, no concelho da Trofa, um dos fatores que pode tornar o concelho não atrativo para os residentes nos concelhos limítrofes, seguindo-se a gastronomia (15,4%) e as acessibilidades (13,9%). Os dados referentes ao emprego, aparentemente contraditórios com os dados apresentados anteriormente em relação aos fatores de atratividade, poderão ser explicados pelo aumento do desemprego e na região e pela maior dificuldade de acesso a novo emprego. 70 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 7. Nível de desenvolvimento Como se pode ver na tabela seguinte há algumas áreas consideradas pelos respondentes como criticas em termos de desenvolvimento. A este nível é de destacar o comércio tradicional, lazer, promoção da cidade, estacionamento, grandes superfícies, educação e ambiente com média inferior a 3 comércio tradicional Média 2,58 Mediana 3,00 Moda Desvio Padrão 3 ,619 lazer 2,76 3,00 3 ,970 promoção da cidade estacionamento 2,87 2,88 3,00 3,00 3 2 ,693 ,896 grandes superficies educação 2,90 2,93 3,00 3,00 3 3 ,701 ,744 ambiente infraestruturas transportes 2,98 3,01 3,03 3,00 3,00 3,00 3 3 3 ,739 ,707 ,763 indústria 3,11 3,00 3 ,705 restauração saúde 3,15 3,32 3,00 3,00 3 3 ,705 ,811 A box-plot que se segue permite visualizar estes resultados de forma gráfica. Como se pode constatar, a distribuição das respostas permite perceber que há algumas áreas percebidas como pouco desenvolvidas, sendo de destacar o facto de haver uma hiper concentração de respostas no nível 3 para a dimensão grandes superfícies, educação, transportes, ambiente e infraestruturas. 71 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 8. Áreas com necessidade de desenvolvimento Relativamente à necessidade de desenvolvimento das áreas avaliadas anteriormente, os resultados, de forma coerente com a avaliação apresentada no ponto anterior, remetem para a necessidade de desenvolvimento de todas as áreas. De salientar que todos os parâmetros apresentam média superior a 3, situando-se a mediana e a moda também no 3. Saúde Transportes Lazer Grandes superfícies Educação Ambiente Infraestruturas Estacionamento Comércio tradicional Restauração Industria Promoção da cidade Média 3,32 3,30 3,30 3,26 3,25 3,23 3,21 3,21 3,19 3,14 3,11 3,09 Mediana 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 Moda Desvio Padrão 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 ,827 ,718 ,811 ,701 ,845 ,748 ,885 ,732 ,540 ,661 ,868 ,632 9. Qualidade de vida Relativamente ao indicador qualidade de vida, foi avaliada a perceção dos respondentes relativamente ao nível de satisfação com 16 parâmetros. Esta avaliação foi efetuada através de uma escala de Likert em que 1 correspondia a nada satisfeito e 5 correspondia a muito satisfeito. A tabela seguinte permite verificar que a média de todos os parâmetros avaliados é próxima de 3, sendo que os salários e os transportes públicos apresentam valores médios ligeiramente inferiores a 3. Estes dados remetem para uma avaliação medianamente satisfatória da qualidade de vida nos concelhos de residência dos sujeitos. salários transportes publicos espaços comerciais arte e cultura segurança dinâmica empresarial Média Moda Mediana Desvio Padrão 2,88 3,00 3 ,707 2,95 3,00 3 ,694 3,02 3,00 3 ,774 3,04 3,00 3 ,691 3,05 3,00 3 ,750 3,05 3,00 3 ,629 72 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ ambiente clima custo de vida emprego entretenimento proximidade fornecedores/mercado cuidados de saúde ambiente social habitação educação Média Moda Mediana Desvio Padrão 3,06 3,00 3 ,652 3,09 3,00 3 ,605 3,10 3,00 3 ,688 3,10 3,00 3 ,775 3,13 3,00 3 ,808 3,16 3,00 3 ,691 3,16 3,23 3,23 3,24 3,00 3,00 3,00 3,00 3 3 3 3 ,745 ,697 ,796 ,618 Após esta análise procedeu-se a uma análise das diferenças entre sujeitos, tendo em consideração o concelho de residência. Para tal recorreu-se à ANOVA com Post-Hoc através do teste de Bonferroni. Os resultados remetem para a existência de algumas diferenças na perceção de qualidade de vida, em função do concelho de residência dos sujeitos. Local de residência Variável Ambiente social Vila do Conde Educação Espaços comerciais Salários Santo Tirso Maia Santo Tirso Local de residência Maia Santo Tirso Vila Nova de Famalicão Maia Vila Nova de Famalicão Vila do Conde Santo Tirso Vila Nova de Famalicão Vila do Conde Maia Vila Nova de Famalicão Vila do Conde Diferença de média DP p .548* .596* .535* .165 .184 .164 .007 .009 .008 .374* .181 .139 .138 .048 1.000 .249 .333 .530* .169 .170 .142 .858 .310 .002 .515* .204 .542* .189 .156 .155 .043 1.000 .004 .210 .189 1.000 P<0,05 73 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ Para compreender se existiam diferenças de média estatisticamente significativas entre a avaliação efetuada pelos residentes no concelho da Trofa e os residentes nos restantes concelhos efetuou-se o mesmo procedimento estatístico, tendo-se verificado a existência de diferenças significativas em todos os parâmetros avaliados. Saliente-se que a perceção de qualidade de vida é menos satisfatória para os residentes no concelho da Trofa, quando comparada com a perceção dos residentes nos concelhos limítrofes. Variável Ambiente Ambiente social Emprego Custo de vida Cuidados de saúde Segurança Transportes públicos Educação (I) local residência (J) local residência Trofa Maia Santo Tirso V. N. Famalicão Vila do Conde Trofa Maia Santo Tirso V. N. Famalicão Vila do Conde Trofa Trofa Maia Santo Tirso V. N. Famalicão Vila do Conde Trofa Trofa Maia Santo Tirso V. N. Famalicão Vila do Conde Trofa Maia Santo Tirso V. N. Famalicão Vila do Conde Trofa Maia Santo Tirso V. N. Famalicão Vila do Conde Trofa Maia Santo Tirso V. N. Famalicão Vila do Conde Trofa Maia Santo Tirso V. N. Famalicão Vila do Conde Diferença de média (I-J) -.660* -.657* -.677* -.710* -.697* -.649* -.710* -1.244* .599* -.470* -.599* -.790* -.867* 1.306* -1.181* -1.322* -1.088* -1.306* -1.092* -1.003* -.888* -1.218* -1.027* -.879* -.754* -1.096* -.823* -.660* -.843* -.860* -.739* -1.113* -.932* -.864* DP .113 .144 .111 .162 .113 .145 .112 .164 .173 .135 .173 .134 .195 .170 .118 .151 .116 .170 .122 .157 .121 .176 .130 .166 .128 .187 .127 .163 .126 .184 .122 .156 .120 .175 74 p .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .006 .006 .006 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .001 .000 .000 .000 .000 .000 .000 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ Variável Entretenimento Dinâmica empresarial Arte e Cultura Espaços comerciais Proximidade fornecedores/mercado Salários Clima (I) local residência (J) local residência Trofa Maia Santo Tirso V. N. Famalicão Vila do Conde Trofa Maia Santo Tirso V. N. Famalicão Vila do Conde Trofa Maia Santo Tirso V. N. Famalicão Vila do Conde Trofa Maia Santo Tirso V. N. Famalicão Vila do Conde Trofa Maia Santo Tirso V. N. Famalicão Vila do Conde Trofa Maia Santo Tirso V. N. Famalicão Vila do Conde Trofa Maia Santo Tirso V. N. Famalicão Vila do Conde Diferença de média (I-J) -1.274* -1.396* -1.216* -1.380* -1.023* -.901* -1.003* -1.228* -1.204* -1.167* -1.239* -1.167* -1.078* -.744* -.548* -.562* -.757* -.872* -.679* -.616* -1.130* -1.334* -.792* -1.124* -.497* -.538* -.476* -.535* DP .128 .164 .126 .185 .119 .153 .118 .172 .112 .143 .110 .161 .127 .162 .125 .186 .124 .159 .122 .179 .111 .142 .109 .160 .111 .143 .110 .161 III. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA 1. Sexo Sexo inquiridos 44% 56% Masculino Feminino 75 p .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .000 .027 .000 .000 .000 .006 .000 .000 .000 .000 .000 .002 .000 .010 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 2. Escolaridade Escolaridade respondentes 2% 6% 7% 25% não sabe ler nem escrever 1º ciclo 3º ciclo ensino secundário 26% ensino superior outro 34% 3. Situação na profissão Situação na profissão 4% 23% estudante reformado doméstido activo empregado 15% 56% activo desempregado 2% 4. Idade A média de idade dos inquiridos é 39,9 anos, com um desvio padrão de 17,486. A idade mínima dos inquiridos é 18 anos e a máxima 79. Média Desvio Padrão Mínimo Máximo 39.90 17.486 18 79 76 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DA MARCA TROFA __________ CARACTERIZAÇÃO DAS PERCEÇÕES E SIGNIFICADOS ASSOCIADOS À MARCA TROFA PELOS RESPONSÁVEIS DAS EMPRESAS E DAS INSTITUIÇÕES LOCAIS 77 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ I PARTE I. FICHA TÉCNICA 1. Fundamentação P retende-se nesta componente do estudo avaliar as perceções que os responsáveis das empresas locais têm de diversas dimensões associadas ao concelho, de forma a poder identificar e comunicar a este público específico as dimensões que se podem constituir como marcas distintivas do mesmo. Paralelamente a esta abordagem quantitativa, foram adotados procedimentos que recorrem a uma metodologia qualitativa, através da realização de entrevistas a informantes privilegiados, pessoas com particular relevância a nível local, quer por terem responsabilidades políticas, sociais e empresariais. 2. Objetivo do estudo a) Estudo quantitativo Caracterização das perceções e significados associados à marca Trofa pelos representantes das empresas locais, através de inquérito por questionário administrado a uma amostra representativa do universo, para uma margem de erro de 5% e um intervalo de confiança de 78 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 95%. Foram enviados emails para uma base de 289 empresas, tendo sido 165 respostas válidas. 3. Recolha de dados Os dados foram recolhidos através de envio por e-mail de um inquérito por questionário, tendo sido efectuado controlo telefónico da recepção do e-mail. Todas as empresas estão sediadas no Concelho da Trofa. Os dados recolhidos foram analisados com o software estatístico SPSS, versão 19. II. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS 1. Caracterização das empresas i. Tempo de funcionamento A média de tempo de funcionamento das empresas é de 15,66 anos (DP= 11, 008), variando o tempo de funcionamento entre os 1 e os 47 anos. ii. Setor de actividade Relativamente ao setor de atividade, como se pode verificar no gráfico seguinte, 33% das empresas estão integradas na área dos serviços, 32% na indústria e 35% nos serviços. 79 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ iii. Número de colaboradores ao serviço No que diz respeito ao número de trabalhadores ao serviço em 31 de Dezembro de 2011 , 42% das empresas têm menos de 10 trabalhadores, 31% entre 10 e 49 trabalhadores, 19% entre 50 e 99 trabalhadores e 8% mais de 100%. Número de trabalhadores ao serviço Menos de 10 trabalhadores 8% 19% 42% Entre 10 e 49 trabalhadores Entre 50 e 99 trabalhadores Mais de 100 trabalhadores 31% 2. Nível de satisfação com o concelho Relativamente ao nível de satisfação com o concelho, como se pode ver no quadro seguinte, e gráfico os resultados situam-se no quadrante mais negativo, com uma média de 2,64 e moda e mediana 3. Da salientar que 41,2% dos inquiridos apresentam respostas negativas face à satisfação com o concelho, atribuindo 1 e 2, numa escala de 1 a 5. Refira-se ainda que 45,5% dos inquiridos avaliam com o nível satisfeito (3) o concelho, não havendo qualquer inquirido muito satisfeito com o concelho. Nível de satisfação % Nada satisfeito Pouco satisfeito 10,9 30,3 Satisfeito 45,5 Bastante Satisfeito Muito Satisfeito 13,3 0 80 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ Média Mediana 2,64 3 Moda Desvio padrão Mínimo Máximo 3 0,97 1 4 3. Razões subjacentes à avaliação do nível de satisfação Analisando agora de forma global as razões subjacentes ao nível de (in)satisfação podemos verificar que, do ponto de vista negativo, as más acessibilidades (30,8%) assumem destaque, bem como as taxas municipais elevadas (20,1%) e a falta de dinâmica (4,4%). Do ponto de vista positivo de referir a localização geográfica (25,8%) e a boa qualidade de serviços e de instalações (8,8%). Razões insatisfação Más acessibilidades Localização geográfica Taxas municipais elevadas Qualidade dos serviços Qualidade das instalações Falta de dinâmica % 30,8 25,8 20,1 10,1 8,8 4,4 4. Atributos do Concelho Como se pode ver no gráfico seguinte há alguma dispersão nos atributos referentes ao concelho, sendo no entanto notório a incidência do atributo desorganizado (39%), empreendedor (18%) e confuso (11%) e desenvolvido (11%). Para os responsáveis das empresas sediadas no concelho da Trofa a adjetivação efetuada articula atributos menos positivos e atributos mais positivos, revelando opiniões divergentes em relação ao concelho. 81 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ No entanto é de destacar pela positiva o atributo empreendedor e pela negativa o atributo desorganizado. 5. Nível de atratividade De forma complementar a abordagem efectuada procurou-se perceber qual o nível de atratividade de um conjunto de aspetos que podem ser diferenciadores do concelho. O gráfico seguinte permite uma análise global da avaliação efetuada. Como se pode verificar, as acessibilidades apresentam uma avaliação negativa em termos de atratividade, bem como os mecanismos de apoio e as infraestruturas. De destacar pela avaliação mais positiva a proximidade a fornecedores e clientes, a qualificação de RH e a investigação e desenvolvimento. 82 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ De forma mais detalhada podemos verificar que o nível de atratividade dos diferentes fatores em análise é baixo, com médias inferiores a 3. A este nível é de destacar negativamente as infraestruturas (M=1,75; Mediana=2; Moda=1) , as acessibilidades (M=1,81; Mediana=2; Moda =1) e de forma mais positiva a proximidade a fornecedores e clientes (M= 2,57, Mediana= 3; Moda= 3), os RH qualificados (M=2,57, Mediana= 3 e Moda =3) os serviços existentes (M=2,82, Mediana= 3 e Moda =3). Atratividade Infraestruturas Atratividade acessibilidades Atratividade Mecanismos de Apoio Atratividade ID Atratividade Cooperação Atratividade Proximidade Clientes e Fornecedores Atratividade RHQ Atratividade Serviços existentes Média 1,75 1,81 Mediana 2,00 2,00 Moda 1 1 DP ,738 ,847 Minimo 1 1 Máximo 3 4 1,81 2,00 2 ,732 1 3 1,96 2,42 2,00 2,00 2 2 ,706 ,849 1 1 4 4 2,57 3,00 3 ,668 1 4 2,82 3,00 3 ,757 1 4 2,93 3,00 3 ,655 1 4 Ainda a este nível procurou-se perceber se existiam diferenças estatisticamente significativas no nível de atratividade identificado pelos representantes das empresas, em função do setor de atividade das mesmas. Após a realização de uma ANOVA com Teste Post-Hoc Bonferroni verificaram-se diferenças estatisticamente significativas entre o nível de atratividade das acessibilidades, sendo este superior para as empresas industriais, ao nível das infraestruturas identificado pelos representantes das empresas. Saliente-se que estas diferenças estão situadas entre as empresas industriais e de serviços e estas e as comerciais, sendo esta dimensão mais atrativa para as empresas de serviços do que para as industriais e comerciais. Ainda de salientar o mesmo tipo de diferenças ao nível da qualificação de RH e da proximidade a clientes e fornecedores. Os dois fatores são mais atrativos para as empresas de serviços do que para as industriais e comerciais. Finalmente, de salientar a ID, verificando-se a este nível a existências de diferenças estatisticamente significativas entre o nível de atratividade enunciado pelos representantes das empresas de serviços e os representantes de empresas comerciais, uma vez mais com uma perspetiva mais positiva dos serviços. 83 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ Variável dependente (I) sector actividade (J) sector actividade Industria Comércio Serviços Comércio Acessibilidades Industria Serviços Serviços Industria Comércio Industria Comércio Serviços Comércio Mecanismos de Apoio Industria Serviços Serviços Industria Comércio Industria Comércio Serviços Comércio Infraestruturas Industria Serviços Serviços Industria Comércio Industria RHQ Comércio Serviços Industria Proxim idade clientes fornecedores Comércio Serviços Industria Comércio Serviços existentes Serviços Industria Comércio ID Serviços Comércio Diferença de Média (I-J) DP Sig. ,661* ,154 ,000 ,406* ,155 ,029 -,661* ,154 ,000 -,255 ,153 ,291 -,406* ,155 ,029 ,255 ,153 ,291 -,105 ,140 1,000 -,045 ,141 1,000 ,105 ,140 1,000 ,060 ,139 1,000 ,045 ,141 1,000 -,060 ,139 1,000 -,064 ,137 1,000 -,415* ,138 ,009 ,064 ,137 1,000 -,351* ,136 ,032 ,415* ,138 ,009 ,351* ,136 ,032 -,242 ,138 ,243 Serviços -,580* ,139 ,000 Industria ,242 ,138 ,243 Serviços -,338* ,137 ,043 Industria ,580* ,139 ,000 Comércio ,338* ,137 ,043 ,044 ,119 1,000 Comércio Serviços -,549* ,118 ,000 Industria -,044 ,119 1,000 Serviços -,594* ,118 ,000 Industria ,549* ,118 ,000 Comércio ,594* ,118 ,000 Comércio ,270 ,124 ,092 Serviços ,203 ,125 ,315 Industria -,270 ,124 ,092 Serviços -,066 ,123 1,000 Industria -,203 ,125 ,315 Comércio ,066 ,123 1,000 ,836 Comércio ,174 ,161 Comércio ,281 ,130 ,099 Serviços -,182 ,132 ,507 Industria -,281 ,130 ,099 Serviços -,463* ,129 ,001 Industria ,182 ,132 ,507 Comércio ,463* ,129 ,001 84 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 6. Nível de desenvolvimento Como se pode ver na tabela seguinte há algumas áreas consideradas pelos respondentes como críticas em termos de desenvolvimento. Claramente os responsáveis pelas empresas consideram que a maioria das áreas identificadas têm uma elevada necessidade de desenvolvimento. A este nível é de destacar opção por “Muito necessário” no que concerne o desenvolvimento das infraestruturas (46,1%), promoção da cidade (42,4%) e transportes (36,4%). Dimensão Nada necessário Pouco necessário Bastante Necessário Necessário Muito necessário Infraestruturas 1,8 1,2 30,3 20,6 46,1 Promoção da cidade 1,8 6,7 12,1 37,0 42,4 Transportes 1,8 ,6 24,2 37,0 36,4 Estacionamento 1,8 1,2 21,2 43,6 32,1 Saúde 3,6 1,8 18,2 32,1 29,7 Comércio tradicional 1,8 14,0 39,6 16,5 28,0 Ambiente 1,8 8,5 30,9 35,8 23,0 Eventos Culturais e desportivos 1,8 13,3 16,4 47,9 20,6 0 ,6 34,5 46,7 18,2 3,6 1,8 9,1 58,8 13,9 1,2 6,1 30,3 44,8 9,1 27,4 36,9 22,3 9,6 3,8 Industria Educação Restauração Grandes superfícies Como se pode ver na tabela seguinte há algumas áreas consideradas pelos respondentes como críticas em termos de desenvolvimento. Claramente os responsáveis pelas empresas consideram que a maioria das áreas identificadas têm uma elevada necessidade de desenvolvimento. A este nível é de destacar a necessidade de desenvolvimento identificada pelos respondentes para a promoção da cidade (M=4,12; Mediana=5, Moda =4); infraestruturas (M=4,08; Mediana=5, Moda =4); transportes (M=4,05; Mediana=4, Moda =4); estacionamento (M=4,03; Mediana=4, Moda =4). De referir, ainda, que apenas a restauração e a grande distribuição apresentam valores médios inferiores a 3 (desenvolvimento necessário). 85 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ A box-plot que se segue permite visualizar estes resultados de forma gráfica. Como se pode constatar, a distribuição das respostas permite perceber que a maioria das áreas percebidas como tendo necessidade de desenvolvimento muito elevadas, sendo apenas de destacar a necessidade menor de desenvolvimento da grande distribuição, com 75% das respostas concentradas no nível nada necessário e pouco necessário. Ainda a este nível procurou-se perceber se existiam diferenças estatisticamente significativas entre as necessidades de desenvolvimento identificadas pelos representantes das empresas, em função do setor de atividade das mesmas. Após a realização de uma ANOVA com Teste Post-Hoc Bonferroni verificaram-se diferenças estatisticamente significativas entre as necessidades de desenvolvimento das diversas dimensões, identificadas pelas empresas industriais e de serviços e pelas empresas comerciais. De notar que as empresas industriais e de serviços identificam uma necessidade de desenvolvimento do comércio tradicional, inferior às empresas comerciais, com diferenças estatisticamente significativas. Esta tendência verifica-se na maioria das dimensões remetendo 86 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ para necessidades setoriais identificadas pelas próprias empresas. Note-se, de forma muito interessante, que são as empresas comerciais aquelas que, de forma genérica consideram mais premente o desenvolvimento das diferentes dimensões analisadas. Variável dependente Comércio tradicional Dif erença de média (I-J) Industria Comércio Serviços Grande distribuição Industria Comércio Serviços Industria Industria Comércio Serviços Restauração Industria Comércio Serviços Saúde Industria Comércio Serviços Transportes Industria Comércio Serviços Estacionamento Industria Comércio Serviços Promoção da Cidade Industria Comércio Serviços Infraestruturas Industria Comércio Serviços DP Sig. Comércio -1,519* ,165 ,000 Serviços -,146 ,166 1,000 Industria 1,519* ,165 ,000 Serviços 1,373* ,163 ,000 Industria ,146 ,166 1,000 Comércio -1,373* ,163 ,000 Comércio -,216 ,211 ,923 Serviços ,312 ,207 ,399 Industria ,216 ,211 ,923 Serviços ,528* ,207 ,035 Industria -,312 ,207 ,399 Comércio -,528* ,207 ,035 Comércio -,632* ,130 ,000 Serviços -,346* ,131 ,027 Industria ,632* ,130 ,000 Serviços ,286 ,129 ,082 Industria ,346* ,131 ,027 Comércio -,286 ,129 ,082 Comércio -,425 ,191 ,083 Serviços ,134 ,193 1,000 Industria ,425 ,191 ,083 Serviços ,559* ,190 ,011 Industria -,134 ,193 1,000 Comércio -,559* ,190 ,011 Comércio ,059 ,188 1,000 Comércio -,919* ,213 ,000 Serviços -,849* ,215 ,000 Industria ,919* ,213 ,000 Serviços ,070 ,211 1,000 Industria ,849* ,215 ,000 Comércio -,070 ,211 1,000 Comércio -,243 ,166 ,438 Serviços -,535* ,168 ,005 Industria ,243 ,166 ,438 Serviços -,292 ,165 ,233 Industria ,535* ,168 ,005 Comércio ,292 ,165 ,233 Comércio -,558* ,160 ,002 Serviços -,135 ,161 1,000 Industria ,558* ,160 ,002 Serviços ,424* ,158 ,024 Industria ,135 ,161 1,000 Comércio -,424* ,158 ,024 Comércio -,024 ,181 1,000 Serviços -,603* ,183 ,004 Industria ,024 ,181 1,000 Serviços -,579* ,179 ,005 Industria ,603* ,183 ,004 Comércio ,579* ,179 ,005 Comércio -,185 ,186 ,962 Serviços ,295 ,187 ,352 Industria ,185 ,186 ,962 Serviços ,480* ,184 ,030 Industria -,295 ,187 ,352 Comércio -,480* ,184 ,030 87 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ Conclusões O estudo desenvolvido com base numa metodologia quantitativa teve como objetivo identificar as perceções que os responsáveis das empresas locais têm de diversas dimensões associadas ao concelho, de forma a poder identificar e comunicar a este público específico as dimensões que se podem constituir como marcas distintivas do mesmo. De entre as principais conclusões deste estudo é de realçar: - O nível de satisfação com o concelho situa-se no quadrante mais negativo, não havendo qualquer diferença em função do setor de atividade ou dimensão da empresa; - As razões subjacentes ao nível de (in)satisfação dividem-se: do ponto de vista negativo as más acessibilidades assumem destaque, bem como as taxas municipais elevadas e a falta de dinâmica. Do ponto de vista positivo de referir a localização geográfica e a boa qualidade de serviços e de instalações. - A associação de atributos ao concelho articula atributos menos positivos e atributos mais positivos, revelando opiniões divergentes dos respondentes. De destacar pela positiva o atributo empreendedor e pela negativa o atributo desorganizado; - Quando avaliadas as dimensões que podem tornar o concelho mais atrativo, verificamos que a avaliação dos diferentes fatores é baixa, remetendo para uma baixa atratividade desta área geográfica. De destacar negativamente as infraestruturas, as acessibilidades e de forma mais positiva a proximidade a fornecedores e clientes e os rh qualificados; - A maioria das áreas identificadas tem uma elevada necessidade de desenvolvimento. A este nível é de destacar a necessidade de desenvolvimento identificada pelos respondentes para as promoção da cidade; infraestruturas; transportes e estacionamento. De referir, ainda, que apenas a restauração e a grande distribuição apresentam valores médios inferiores a 3 (desenvolvimento necessário). 88 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ II PARTE I. FICHA TÉCNICA 1. Fundamentação C om o objetivo de incorporar neste estudo a visão de cariz qualitativo optou-se por efetuar entrevistas a pessoas com particular relevância a nível local, quer por terem responsabilidades políticas, sociais, empresariais ou outras, com o objetivo de obter a sua perceção sobre o concelho, o seu potencial de desenvolvimento, bem como os significados atuais em ordem a identificar o potencial da cidade A necessidade de incorporar uma vertente mais qualitativa deste estudo, prende-se com a preocupação com a validade interna desta investigação, que conseguimos pela coerência entre os objetivos do estudo e as técnicas de recolha dos dados e pela triangulação dos resultados entre as várias fontes de dados (inquéritos e entrevistas). Entende-se que, recorrendo à análise qualitativa de entrevistas, pretende-se aprofundar os resultados obtidos através dos inquéritos anteriormente realizados, emergindo assim novo conhecimento, apoiado no rigor concetual e analítico da metodologia adotada. 89 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ 2. Objetivos do estudo a) Estudo qualitativo Caracterização das perceções e significados associados à marca Trofa, bem como dos pontos fortes e fracos do concelho, na perspetiva dos indivíduos com maior participação social na comunidade. Pretende-se, pois alcançar uma compreensão qualitativa das razões e fatores de explicação do concelho, bem como efetuar uma abordagem mais profunda às suas especificidades, concretamente: a) Caracterização das perceções e significados associados à marca Trofa; b) Identificação das áreas com maior dinâmica a nível local, nomeadamente comércio, indústria, restauração, lazer, saúde, entre outras. c) Identificação de estratégias que permitam a promoção do concelho quer interna quer externamente. 3. Recolha de dados Para obter conhecimento mais profundo e qualificado sobre o concelho, foram realizadas 11 entrevistas a empresários de grande relevância a nível local, políticos com intervenção ativa nas juntas de freguesia e Presidente da Câmara da Trofa II. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS Na tabela seguinte apresentam-se os dados sintéticos dos entrevistados: Identificação António Azevedo Função AA Professor Presidente da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado Bernardino Maia BM Empresário Presidente da Junta de Freguesia de Guidões 90 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ Identificação Carlos Martins Função CM Empresário Presidente da Junta de Freguesia do Muro Fernando Moreira FM Presidente da Junta de Freguesia de Covelas Guilherme Ramos GR Empresário Presidente da Junta de Freguesia de S. Romão do Coronado Henrique Soares HS PREH Portugal Joana Lima JL Presidente da Câmara Municipal da Trofa Joaquim Oliveira JO Empresário Presidente da Junta de Freguesia de Alvarelhos José Ferreira JF Presidente da Junta de Freguesia de S. Mamede do Coronado José Sá JS Presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado Empresário Manuel Pontes MP Empresário Relativamente à avaliação global do concelho as opiniões dos entrevistados dividem-se entre uma avaliação negativa e positiva. Do ponto de vista negativo, há que salientar que a Trofa é um concelho “novo”, com pouca notoriedade”(HS); com “mais problemas do que potencialidades” (GR)“; “um concelho com muitas precariedades e grandes lacunas” (JF); “graves problemas de acessibilidades”, “não há nada que possa ser muito atrativo para quem vem de fora” (MP); “desorganizado” que mesmo a “nível habitacional não está bem estruturado”, com especial destaque para a falta da variante “rodoviária e o metro” e a ausência de “parque empresarial” (CM); falta de “infraestruturas” (JS); a necessitar de desenvolvimento “quer a nível empresarial”, dado que não possui “um espaço próprios para [as empresas]”, quer a nível dos “serviços, pois estão todos muito dispersos, com muitos espaços alugados” (BM) . As opiniões positivas assentam na evolução satisfatória do concelho e no seu nível de desenvolvimento: “satisfatória, em grande evolução” (AA), “em desenvolvimento” (JS) e ainda, com “boas expectativas”, embora “necessitando de “uma viragem muito grande” (FM). “O nosso Município continua a mudar, a cada dia, apostando na qualidade de vida dos cidadãos” (JL). Os pontos fortes remetem para os “valores naturais e paisagísticos”, como é o caso da 91 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ “Estação Arqueológica de Alvarelhos, os miradouros dos vários montes (…) e ainda a zona ribeirinha da margem do Ave” (JO); a “estrutura geográfica capaz de albergar grandes núcleos empresariais” (JO); “grande dinamismo na área empresarial” (JL) e a proximidade ao “aeroporto, ao porto [de Leixões]“ e à “cidade do Porto” (CM), além das infraestruturas básicas, como “saneamento”, “redistribuição de água”, “gás”, “escola primária de qualidade” (CM). Um outro tópico em análise prende-se com a existência de vantagem competitiva para as empresas. A este nível será interessante salientar que alguns empresários consideraram a vantagem inexistente (HS e MP), tendo outros destacado algumas vantagens competitivas. Os políticos entrevistados elencaram alguns fatores que poderão contribuir para a vantagem competitiva desta área. Assim, o preço dos espaços, a centralidade do concelho são vistos como pontos fortes, “está muito perto de tudo, aeroporto, porto de Leixões, vias de acesso ao sul” (AA), está “localizado a cerca de 20 km do Porto e do litoral” e tem “no território a A3 e a presença da linha-férrea”. Além disso, a “variedade de negócio existente e a possibilidade de se criar uma estratégia competitiva de complementaridade” (JL) é igualmente considerado um ponto forte, dado que existem na Trofa “empresas cujos mercados de atuação ultrapassam o País e a Europa, e projetam a qualidade dos serviços e dos materiais produzidos” (JL). Paralelamente, os entrevistados enunciaram aspetos negativos, associados sobretudo à inexistência de um polo industrial: “o tecido empresarial sofre muito porque a Trofa não tem uma zona industrial e polo industrial fixo” (AA); “admito que a maioria das empresas não se sinta realmente satisfeita por não ter lugar adequado” (JS); “falta um polo industrial adequado para que as empresas se possam instalar” (FM); “as redes de empresas representam uma forma invocativa de obter competitividade e sobreviver no mundo globalizado”, pelo que o concelho da Trofa necessita da “criação de uma infraestrutura capaz de albergar esta dinâmica” (JO). Acresce ainda a “dificuldade das acessibilidades, que é realmente um fator extremamente negativo” (GR); o concelho da Trofa está muito congestionado” (CM). A presidente da Câmara Municipal confirma que “dado o nível de industrialização do nosso Concelho e da nossa Região, impõe-se a construção inadiável das variantes a estas duas estradas, com claros benefícios para a Trofa e para os Municípios vizinhos” (JL). Um outro eixo de análise da opinião dos participantes relacionou-se com a necessidade das cidades atraírem empresas cujo know-how e valor tecnológico seja realmente competitivo, inovador e traga às cidades a perspetiva de captação de outras empresas ou negócios. A este 92 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ nível, a avaliação efetuada é tendencialmente negativa, apontando para alguma incapacidade para captar empresas com potencial a este nível. As perspetivas dos entrevistados são bastante similares, podendo ser sintetizadas pela opinião manifestada pelo presidente da Junta de Freguesia de Covelas “Não tem condições favoráveis para essas empresas” (FM). “A Trofa não está a conseguir captar este tipo de empresas, porque há problemas de acessibilidades”, “teria de criar um atrativo particular que realmente fizesse a diferença” (GR). “O concelho da Trofa encontra-se deficitário, sendo necessário a promoção e desenvolvimento de mecanismos capazes de atrair investimento tecnológico e inovador” (JO). De salientar, pela positiva o facto de existirem projetos inovadores que têm como objetivo fundamental cumprir este desígnio: “DNA Trofa, projeto inovador capaz de ser polo de atratividade” (AA), sendo ainda de destacar “as características intrínsecas das empresas (…), que também contribuem para o bom desempenho do concelho, como é exemplo o setor da metalurgia e metalomecânica que evidencia um grande conhecimento nas tecnologias e processos utilizados” (JL). Relativamente aos fatores de atratividade do concelho alguns entrevistados considerou-os inexistentes, embora outros tenham referenciado “o gosto de viver na Trofa, somos muito bairristas” (AA) as “empresas instaladas” (MP), a boa localização geográfica, “é um dos melhores sítios de Portugal”, próximo do “aeroporto – Maia”, das “praias – Vila do Conde”, “estamos na Área Metropolitana do Porto” (CM) e bons transportes públicos, como o comboio (JS); que por si, originam a criação de outros serviços, “não é por acaso que estão cá [em S. Romão do Coronado] os Correios, que está cá a Unidade de Saúde, que estão cá as escolas e outros serviços a nível bancário” (GR). O empresário e presidente da Junta de Freguesia do Muro realçou ainda que a Trofa tem “a nível escolar, [condições] excelentes, há boa qualidade para se viver, boas organizações, bons prédios. A nível da segurança temos a GNR (…) Vamos ter dois parques de lazer, que é o parque Nossa Senhora das Dores e o Parque das Azenhas. Temos um transportes escolar muito bem coberto pelo concelho, jardins de infância, apoio social – um dos melhores do país (…) temos um rio, embora bastante poluído, estão a fazer a despoluição (…) temos algumas festas no concelho que atraem muita gente, como a Nossa Senhora das Dores, Santa Eufémia, Espírito Santo, e algumas iniciativas como a ExpoTrofa e o Carnaval, que vão dando alguma projeção perante o país (…)”, além de que a Trofa tem “um clube que esteve na 1ª divisão” (CM). 93 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ A presidente da autarquia defende que “outra questão fundamental, quer para tornar o nosso Concelho mais atrativo, quer para potenciar a competitividade das empresas locais e das empresas que se instalarão, no futuro, na Trofa, é a urgência da construção das variantes à EN 104 e EN14, da responsabilidade da Administração Central, que melhorariam substancialmente a rede de transportes e de mobilidade, tão importante para o sucesso de todas as empresas” (JL). Na opinião do presidente da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado, “o concelho só se torna atrativo se tiver emprego, se proporcionar habitação, qualidade de vida, que seja adequada ao rendimento” (AA). Já a presidente da Câmara Municipal da Trofa defende a “aposta, a nível nacional de uma estratégia concertada com os municípios, permitindo a concretização de políticas económicas descentralizadas ao nível de cada região, como acontece aliás em países como a Alemanha ou os Estados Unidos” (JL). Uma questão com relevância neste estudo prendia-se com a análise de áreas com maior dinâmica no concelho da Trofa. A este nível saliente-se a indústria (AA, FM; HS, JF, JO, MP), o comércio” (JO) a “gastronomia” (MP), “ao nível da restauração, a Trofa tem um potencial interessante” (GR), a “saúde e educação” (MP), o “associativismo” (AA), “em termos culturais e na área social” (BM). Em termos empresariais, a presidente da autarquia considera que a “Trofa é um Concelho empreendedor, aberto à exploração de novas motivações, áreas de negócio e conceitos”, identificando as áreas de maior dinamismo “como são exemplo a área da farmacêutica, das energias renováveis, da metalomecânica, das ferramentas de precisão, da transformação alimentar e do têxtil” (JL). As necessidades de desenvolvimento no concelho identificadas pelos respondentes são várias, sendo, no entanto de destacar as acessibilidades e infraestruturas, referidas pela maioria dos entrevistados, nomeadamente no que concerne as variantes à EN14 e 104 e o Metro. Este é aliás um ponto considerado crítico pois obstaculiza o desenvolvimento dos diferentes setores de atividade neste território. De referir também as “debilidades em termos de produtividade, ainda de nível tecnológico e de capital humano, principalmente no que diz respeito à qualificação da mão-de-obra” (JL). Para além destas há outras necessidades identificadas, ainda que de forma mais dispersa, como se pode ver na tabela. 94 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ Em relação à avaliação da qualidade de vida no concelho as opiniões dividem-se havendo alguns entrevistados que consideram que a qualidade de vida é baixa (HS, JF). Segundo o presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado, “40% [da população] tem uma qualidade devida aceitável o restante tem uma qualidade de vida fraca”. Para outros entrevistados a qualidade de vida é boa, “sobretudo nas freguesias mais rurais” (MP). A opinião do professor e presidente da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado sintetiza esta ideia: “os serviços públicos colocaram à disposição aquilo que é, em termos nacionais e públicos o maior grau de qualidade de vida para melhorar a vida das pessoas, água canalizada 80 a 90%, saneamento 80 a 90%, saúde publica, temos centros de saúde (…) não temos ambiente poluído o rio a despoluir-se (…) temos piscinas, escolas, temos jardins de infância, escolas de primeiro ciclo de boas qualidade” (AA). Em termos futuros, “a regeneração urbana e a ligação aos Parques de Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, bem como a construção do Parque das Azenhas”, permitirão “a médio prazo, um salto qualitativo do ponto de vista do desenvolvimento local e da qualidade de vida, numa perspetiva de crescimento para tornar o Concelho Trofense mais competitivo, mais desenvolvido e mais moderno” (JL). No que diz respeito à melhoria do potencial de atratividade do concelho surgem perspectivas distintas, com uma grande polarização de opiniões - “Cultura como polo de mobilização das PESSOAS” (HS); - Gastronomia, Saúde, Arte Sacra (numa referência à freguesia de S. Mamede de Coronado), património Industrial (JF) - Acessibilidade e recuperação urbana (MP); - Emprego, serviços de apoio às famílias, indústria e comércio (AA); - Potenciar o tecido empresarial e torná-lo um diferencial do concelho (CM); - Projetar a “forte tradição industrial, assente no empreendedorismo e na capacidade de iniciativa privada(…), bem como a capacidade de transferência dos recursos existentes para a criação de novas atividades e novos recursos” (JL) - Turismo e restauração, “rentabilizar o mais possível aquilo que já [existe]” (GR); - Criar zonas de lazer, avenidas e grandes prédios (JS); - Habitação (FM); - “Reafirmar-se de acordo com o slogan adotado desde 1999 «Um concelho empreendedor para si»” (JO); 95 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ Por fim, relativamente às estratégias de promoção do concelho, há, uma vez mais, uma polarização de respostas: -“definir um plano estratégico de desenvolvimento sustentado apoiado numa forte campanha de promoção das atividades” (HS); - “Antes de mais é necessário efetuar o que é básico. (…) tomar decisões com base nas opiniões das pessoas. (…) Resolver o problema das acessibilidades. (…) Ouvir as pessoas, identificar prioridades, é fundamental.” (JF); - “Deve apostar-se nas duas áreas: acessibilidades e requalificação. Depois disso, deve haver uma comunicação global” (MP); - “é hoje vital a adoção de dinâmicas para a aposta em clusters baseados no conhecimento e know-how especifico, no desenvolvimento da capacidade de inovação de setores tradicionais e na oferta de instrumentos de apoio ao empreendedorismo inovador” (JL); - “Temos que trabalhar a imagem apelar pelo lado positivo” (AA); - “(…) tirar as taxas de licença e criar algumas condições e acesso aos terrenos para os empresários. E vindo os empresários vêm as empresas, vem o emprego e vêm as pessoas” (FM); - Tirar partido de algumas iniciativas “temos a Feira Anual da Trofa que é uma das maiores feiras agrícolas do país e uma das melhores formas de comunicação que a Trofa tem para o exterior”; “Potenciar aquilo em que somos bons, na gastronomia, no carnaval (…)“(CM) - “Temos de ter inovação (…) a Trofa tem alguma indústria de ponta, de grande inovação, mas no fundo não tem uma área que seja característica”. “Ainda há quem defenda as grandes obras, eu seguia outros caminhos, procurava fazer coisas menores, mas que desse alguma vida” (GR); - “É preciso promover mais a Trofa, mas para isso é preciso criar mais condições. Também valorizar mais, por exemplo, os meninos cantores da Trofa. A Trofa tem um espaço que bem cuidado seria lindíssimo, podia ser um potencial enorme de atração que é a margem esquerda do Rio Ave (…). Esta seria uma área onde a Trofa se poderia promover, valorizando o turismo e com este beneficiavam as empresas, a restauração entre outros” (BM) - “As prioridades para a promoção do concelho passam por delinear uma estratégia focalizada em vários vetores, que façam com que as pessoas/empresas de fora do concelho, espreitem janelas de oportunidades que os motivem a visitar e ou instalar-se na Trofa” (JO) 96 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Quadro resumo das entrevistas Entrevistado Avaliação Global Vantagem competitiva Desempenho do concelho ao nível da atração de empresas com know-how “DNA Trofa” projeto inovador capaz de ser pólo de atratividade de empresas inovadoras e know-how António Azevedo Presidente da Junta de Freguesia de Santiago de Bougado Satisfatória Grande evolução “o concelho da Trofa está muito perto de tudo, mar, aeroporto, porto de leixões, tem vias de acesso ao sul”; “A única desvantagem que tem, sendo um concelho que nasceu há pouco tempo, nasceu um pouco desorganizado”; “o tecido empresarial sofre muito porque a Trofa não tem uma zona industrial e polo industrial fixo” Bernardino Maia Junta de Freguesia de Guidões “(…) poderia estar mais desenvolvido, quer a nível empresarial, (…) não conseguiu criar um espaço empresarial, quer a nível de serviços, pois estão todos muito dispersos e com muitos espaços alugados” “Em termos de beleza paisagística e espaços públicos para atividades “não terão vantagem competitiva”; “faltam as tão desejadas variantes, para facilitar as empresas a deslocar os seus produtos e nos fazer crescer.” Factores de atractividade para residentes e não residentes Não há grandes motivos para os residentes, “(…) o desejo principal é o gosto de viver na Trofa, somos bairristas e muito acomodados”; “O concelho só se torna atrativo se tiver emprego, se proporcionar habitação, qualidade de vida, que seja adequada ao rendimento(…)” “melhores estradas, vias de comunicação mais facilitadas, mas também falta um centro bem cuidado que sirva como referência, e uma área de lazer para se poder dizer que se vai à Trofa e se pode passear, visitar e ter momentos e local de divertimento com a família.” Áreas com maior dinâmica Áreas com maior necessidade de desenvolvimento Associativismo Atividade económica Acessibilidades e infra-estruturas “Precisávamos urgentemente de ter um parque da cidade na Samogueira, para juntar as duas freguesias” “ existe algum dinamismo em termos culturais e na área social. Na educação também se reconhece mérito” “As duas áreas referidas anteriormente ainda precisam de ser mais desenvolvidas e a rede rodoviária muito mais. Também os serviços e as pessoas deviam estar muito mais próximos.” Qualidade de Vida “Os serviços públicos colocaram a disposição aquilo que são, em termos nacionais e públicos, o maior grau de qualidade de vida para melhorar a vida das pessoas, agua canalizada 80/90%, saneamento 80/90% saúde publica temos centros de saúde, não temos ambiente poluído, temos piscinas, escolas, temos jardins de infância, escolas de primeiro ciclo de boa qualidade” “No concelho da Trofa penso que se vive bem. É um meio com uma área urbana pequena o que justifica que não há demasiado movimento indesejado e sendo também muito rural, as pessoas sentem-se bem.” Potencial de atratividade Estratégias de promoção do concelho Emprego, serviços de apoio às famílias Mais indústria e comércio revitalizado “Temos que trabalhar a imagem, apelar pelo lado positivo” “Um concelho onde todos os impostos se encontram no máximo e as vias rodoviárias são fracas não é nada atrativo.” “É preciso promover mais a Trofa, mas para isso é preciso criar mais condições. Também valorizar mais, por exemplo, os meninos cantores da Trofa. A Trofa tem um espaço que bem cuidado seria lindíssimo, podia ser um potencial enorme de atração que é a margem esquerda do Rio Ave e se aqui nada Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Entrevistado Avaliação Global culturais, ainda muito deficientes” Vantagem competitiva Desempenho do concelho ao nível da atração de empresas com know-how Factores de atractividade para residentes e não residentes Áreas com maior dinâmica Áreas com maior necessidade de desenvolvimento Qualidade de Vida Potencial de atratividade Estratégias de promoção do concelho se fizer, da Trofa até ao limite do Concelho de Vila do Conde, com recuperação das azenhas, continuamos sem áreas de lazer e as pessoas tem de procurar outros espaços. Esta seria uma área onde a Trofa se podia promover, valorizando o turismo e com este beneficiavam as empresas, a restauração.” 98 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Vantagem competitiva Entrevistado Avaliação Global Carlos Martins Empresário Presidente da Junta de Freguesia do Muro “Temos coisas boas:” “saneamento”, “redistribuição de água”, “gás”, “escola com qualidade”; “Falta a rodoviária e o metro”. “Não há parque empresarial”; “Estamos num sítio bem localizado em termos geográficos (…) estamos perto do aeroporto, do porto de Matosinhos, da cidade do Porto”; “É um concelho muito desorganizado, mesmo a nível habitacional, não está bem estruturado” “Nós temos fatores bons, (…) estamos perto do aeroporto, do Porto, do mar, da autoestrada (…)” “O concelho da Trofa está muito congestionado” Fernando Moreira Presidente da Junta de Freguesia de Covelas “Eu avalio o concelho da Trofa com boas expectativas” “O concelho precisa de uma “Falta um pólo industrial adequado para que as empresas se possam instalar” Desempenho do concelho ao nível da atração de empresas com know-how “Era necessário as nossas empresas diversificarem-se de forma a dar a conhecer ao mercado que temos uma mais-valia na Trofa” Factores de atractividade para Áreas com maior dinâmica residentes e não residentes “A nível fiscal, era atrativo ter um valor mais baixo que nos outros concelhos, inclusive para as empresas”; “Geograficamente, é um dos melhores sítios de Portugal. Muito próximo, temos a Maia, o aeroporto, temos Vila do Conde, temos as praias, temos um bom tecido empresarial, estamos aliados a concelhos fortes e estamos na área metropolitana do Porto”; “Temos uma boa via de comunicação que é o comboio, temos muito perto o ramal da A3”; “ A nível escolar, temos excelentes condições, há boa qualidade para se viver, boas organizações, bons prédios”; Vamos ter dois parques de lazer, que é o parque Nossa Senhora das Dores e o Parque das Azenhas. Temos uma rede escolar, um transporte escolar muito bem coberto pelo concelho, jardins-deinfância, apoio social – um dos melhores do país (…) temos um rio, embora bastante poluído, estão a fazer a despoluição (…) temos algumas festas no concelho que atraem muita gente, como a Nossa Senhora das Dores, Santa Eufémia, Espírito Santo, e algumas iniciativas como a ExpoTrofa e o Carnaval, que vai dando alguma projeção (…)temos um clube que esteve na 1ª divisão” “Não tem condições favoráveis para essas empresas” “Precisavam de boas comunicações (…)” Empresarial Áreas com maior necessidade de desenvolvimento Qualidade de Vida Potencial de atratividade Estratégias de promoção do concelho “A nível escolar, está a precisar abrir uma universidade”; “A infraestrutura mais importante, a rodoviária e ferroviária, era a variante da Maia a Famalicão(…) e a extensão do metro do ISMAI até à Trofa”; “O espaço do concelho para marcar uma nova centralidade”; “Ao nível do desporto, criar um pólo desportivo”; “A nível empresarial, era arranjar estratégia política que aliciasse os empresários a vir para a Trofa” “Tem qualidade de vida mais pelas áreas envolventes do concelho e porque se pode deslocar”; “(…) pelo parque escolar e por algumas empresas, penso que tem todas as condições para viver adequadamente” “A Trofa tinha um grande potencial, um grande knowhow em algumas indústrias que depois caíram e há que potenciar isso e tornar isso um diferencial do concelho da Trofa” “Temos a Feira Anual da Trofa, que é uma das maiores feiras agrícolas do país e é uma das melhores formas de comunicação que a Trofa tem para o exterior. O futebol também (…)” “Criar uma imagem de credibilidade e a seguir fazer coisas palpáveis e seguras”; “Apostar na educação”; “Criar pólos de desenvolvimento tecnológico das próprias empresas”; “Potenciar aquilo em que somos bons. Na gastronomia, no Carnaval (…)”; “O que traz valor acrescentado às cidades são primeiro as empresas” “Covelas precisa é de habitação”; Não habitações sociais, para que as situações problemáticas não Idêntica aos outros concelhos “A qualidade de vida pior é para os de Covelas (…) [devido ao cheiro] “Deviam criar melhor acessos aos terrenos e à habitação”; “A Trofa devia criar [condições] para “(…) tirar as taxas de licença e criar algumas condições e acesso aos terrenos para os empresários. 99 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Entrevistado Avaliação Global Vantagem competitiva Desempenho do concelho ao nível da atração de empresas com know-how Factores de atractividade para residentes e não residentes Áreas com maior dinâmica viragem muito grande” Guilherme Ramos Empresário Presidente da Junta de Freguesia de S.Romão do Coronado Henrique Soares PREH Joana Lima Presidente da Câmara “Tratando-se de um concelho novo, tem mais problemas do que potencialidades, do que virtudes” Pouca notoriedade “Avalio de forma muito positiva”; “O nosso Áreas com maior necessidade de desenvolvimento Qualidade de Vida fiquem demasiado aglomeradas “Equiparadas às das empresas da Maia”; “Temos a dificuldade das acessibilidades que é realmente um fator extremamente negativo” “A Trofa não está a conseguir captar este tipo de empresas, porque há problemas de acessibilidades, é um concelho novo, realmente não está estruturado”; “Todos os concelhos limítrofes têm grandes áreas industriais e têm outra dimensão, portanto teria de se criar um atrativo particular, que realmente fizesse a diferença” “Tem potencialidades”; “Temos uma acessibilidade muito boa, que é o comboio eletrico”; “Isso implica muitas vezes que se criem serviços, não é por acaso que estão cá os Correios, que está cá a Unidade de Saúde, que estão cá as escolas e outros serviços a nível bancário “Indústria de ponta”, caso Bial e Socitrel; “A nível da restauração, a Trofa tem um potencial interessante” “Continua a haver muita falta de planeamento, muita desorganização”; “(…) O Castro de Alvarelhos, (…), sem grandes investimentos poderia ter outra visibilidade”; “As acessibilidades – é o grande ponto negativo do concelho” Metro “se calhar uma só via tinha sido concretizada e estávamos servidos”; Variante “que permitisse ser uma alternativa à atual 14 e104” Não existente Inexistente Não existentes Industria (algumas) Vias de comunicação, acessibilidades, Cultura e Desporto. “uma das grandes vantagens competitivas é a “o trabalho que está a ser efetuado, tendo como principais eixos “aposta, a nível nacional de uma estratégia “A Trofa é um Concelho empreendedor, “a aposta em novos mercados, consolidando e Potencial de atratividade que as pessoas vivessem a Trofa e sentissem a Trofa” “Esta zona tem pelo menos, as potencialidades que tem a Maia,”; “(…) falta construir equipamentos”; Baixa “francamente positiva”; “apostámos na “Investir o que for possível, rentabilizar o mais possível aquilo que já vamos tendo, mas que está ao abandono ou muito pouco ainda desenvolvido” Turismo, restauração “Cultura como pólo de mobilização das PESSOAS” “projetar a nossa forte tradição industrial, assente Estratégias de promoção do concelho E vindo os empresários vêm as empresas, vem o emprego e vêm as pessoas” “Temos de ter inovação (…) a Trofa tem alguma indústria de ponta, de grande inovação, mas no fundo não tem uma área que seja característica” “há quem defenda as grandes obras, eu seguia outros caminhos,procurava fazer coisas menores, mas que desse alguma vida” “A Trofa tem um rio que precisa melhorar (…), mas que é importante”; “Temos empresários de grande sucesso” “definir um plano estratégico de desenvolvimento sustentado apoiado numa forte campanha de promoção das atividades” “temos uma estratégia definida, que estamos a 100 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Vantagem competitiva Entrevistado Avaliação Global Municipal da Trofa Município continua a mudar, a cada dia, apostando na qualidade de vida dos cidadãos”; “o apelo à inovação, a aposta em serviços de qualidade, a fixação de unidades de investigação e desenvolvimento, a qualificação da mão-de-obra, a flexibilização e diversificação dos sistemas produtivos locais, se assumam para nós, como esteios claros de toda a nossa política estratégica de desenvolvimento”; “o nosso Concelho revela grande dinamismo na área empresarial”; variedade de negócio existente, e a possibilidade de se criar uma estratégia competitiva de complementaridade”; A Trofa “apresenta grandes mais-valias, estando localizado a cerca de 20 km do Porto e do litoral, e tendo no território a A3 e a presença da linha-férrea”. A Trofa “conta ainda com o acesso facilitado” ao “Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto e a infraestrutura portuária do Porto Leixões”. “Dado o nível de industrialização do nosso Concelho e da nossa Região, impõese a construção inadiável das variantes a estas duas estradas, com claros benefícios para a Trofa e para os Municípios vizinhos. “ Joaquim Oliveira Empresário Presidente da Junta de “apresenta valores naturais e paisagísticos muito “As empresas [devem atuar] de forma conjunta e associada (…) As redes de Desempenho do concelho ao nível da atração de empresas com know-how de atuação a captação, a fixação e o desenvolvimento de competências e de conhecimentos, através da promoção e estímulo da criatividade e inovação, num ambiente promotor do empreendedorismo”; “acrescem as características intrínsecas das empresas do concelho, que também contribuem para o bom desempenho do concelho, como é exemplo o setor da metalurgia e metalomecânica que evidencia um grande conhecimento nas tecnologias e processos utilizados”. “Deficitário, sendo necessário a promoção e desenvolvimento de Factores de atractividade para residentes e não residentes concertada com os municípios, permitindo a concretização de políticas económicas descentralizadas ao nível de cada região, como acontece aliás em países como a Alemanha ou os Estados Unidos”; “para tornar o nosso Concelho mais atrativo, quer para potenciar a competitividade das empresas locais e das empresas que se instalarão, no futuro, na Trofa, é a urgência da construção das variantes à EN 104 e EN14, da responsabilidade da Administração Central, que melhorariam substancialmente a rede de transportes e de mobilidade”. “(…) é necessário que o concelho seja dotado definitivamente Áreas com maior dinâmica Áreas com maior necessidade de desenvolvimento aberto à exploração de novas motivações, áreas de negócio e conceitos”; “são várias as áreas de grande dinamismo no Concelho, como são exemplo a área da farmacêutica, das energias renováveis, da metalomecânica, das ferramentas de precisão, da transformação alimentar e do têxtil” aumentando as exportações”; “debilidades em termos de produtividade, ainda de nível tecnológico e de capital humano, principalmente no que diz respeito à qualificação da mão-de-obra”; “seria ainda crucial a construção das variantes às Estradas Nacionais 104 e 14, para melhorar o plano local de acessibilidades e de mobilidade” Indústria e comércio Lazer Qualidade de Vida concretização de projetos importantes como a regeneração urbana e a ligação aos Parques de Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, bem como a construção do Parque das Azenhas, que possibilitarão, a médio prazo, um salto qualitativo do ponto de vista do desenvolvimento local e da qualidade de vida(…)”; “vemos também na construção das variantes à EN14 e EN104, (…) uma enorme mais-valia para a qualidade de vida no Concelho, já que libertaria estas vias, do excessivo tráfego diário, o que melhoraria consideravelmente quer a qualidade, quer as condições de acessibilidade e de mobilidade do Concelho”. Mediano Potencial de atratividade Estratégias de promoção do concelho no empreendedorismo e na capacidade de iniciativa privada(…)bem como a capacidade de transferência dos recursos existentes para a criação de novas atividades e novos recursos”; “O nosso concelho tem, como um dos mais importantes polos de atracão, um conjunto de competências, de qualificações e de experiência empresarial muito relevantes” implementar, de projeção de um Concelho suportado na inovação e numa dinâmica multipartida, que envolve a Câmara Municipal, as empresas e os empresários locais”; “é hoje vital a adoção de dinâmicas para a aposta em clusters baseados no conhecimento e know-how especifico, no desenvolvimento da capacidade de inovação de setores tradicionais e na oferta de instrumentos de apoio ao empreendedorismo inovador”; “torna-se fundamental apostarmos numa atuação em rede” “Reafirmar-se de acordo com o slogan adotado desde 1999: “Um “As prioridades para a promoção do concelho passam por delinear uma 101 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Vantagem competitiva Desempenho do concelho ao nível da atração de empresas com know-how mecanismos capazes de atrair investimento tecnológico e inovador” Entrevistado Avaliação Global Freguesia de Alvarelhos importantes, como é o caso da Estação Arqueológica de Alvarelhos, os miradouros dos vários montes (…) e ainda a zona ribeirinha da margem do Ave” “uma estrutura geográfica capaz de albergar grandes núcleos empresariais, que poderão proporcionar o aumento da taxa de empregabilidade e, com isso, dinamizar a economia do concelho”; empresas representam uma forma invocativa de obter competitividade e sobreviver no mundo globalizado”; “A Trofa necessita da criação de uma infraestrutura capaz de albergar esta dinâmica” José Ferreira Presidente da Junta de S. Mamede do Coronado “concelho com muitas precariedades” Com grandes lacunas “preço dos espaços” “A Trofa tem falta de referências(…)” Não existe experiência a este nível “Não existem fatores diferenciadores…” José Sá Presidente da Em desenvolvimento. “admito que a maioria das empresas insuficiente Factores de atractividade para residentes e não residentes por vias de comunicação de boa qualidade, que permitam a reorganização do mapa de transportes públicos permitindo (…)uma mobilidade superior, com custos inferiores”; “(…) o apoio forte à educação e apoio infantil, criando centros escolares paralelos aos centros empresariais, onde a interação entre os residentes/ trabalhadores e os seus educandos seja facilitada” Não existentes Já existe a estação dos Caminhos de Áreas com maior dinâmica “É difícil encontra áreas com grande dinâmica… Há alguma indústria de referência…” Áreas com maior necessidade de desenvolvimento “As acessibilidades, todas as dimensões que se prendem com as infraestruturas(…)” Rede Viária “criar condições Qualidade de Vida Baixa 40% tem uma qualidade devida Potencial de atratividade Estratégias de promoção do concelho Concelho empreendedor para si!”, que desde algum tempo a esta parte, ficou desvanecido no tempo.” estratégia focalizada em vários vetores, que façam com que as pessoas/empresas de fora do concelho, espreitem janelas de oportunidades que os motivem a visitar e ou instalarse na Trofa” Gastronomia; Saúde Arte Sacra em S. Mamede Património Industrial “Tomar decisões com base nas opiniões das pessoas” “Resolver o problema das acessibilidades” “Ouvir as pessoas, identificar prioridades, é fundamental” Promover o património, o Criara zonas de lazer, avenidas e 102 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Entrevistado Junta de S. Martinho de Bougado Manuel Pontes Empresário Avaliação Global Vantagem competitiva Faltam infraestruturas não se sintam realmente satisfeitas por não ter lugar adequado” Graves problemas de acessibilidades “não há nada que possa ser muito atractivo para quem vem de fora” Não existente Desempenho do concelho ao nível da atração de empresas com know-how “Não é o concelho que atrai…são as pessoas” Factores de atractividade para residentes e não residentes Ferro A rede viária é muito importante Comércio e empresas Empresas instaladas Áreas com maior dinâmica Empresas Gastronomia Saúde Educação (com o Colégio da Trofa que tem vindo a ser um pólo de atractividade” Áreas com maior necessidade de desenvolvimento Qualidade de Vida Potencial de atratividade económicas em redução de custos para atrair as empresas para virem para o nosso concelho.” aceitável o restante tem uma qualidade de vida fraca. grandes prédios Comércio Boa, sobretudo nas freguesias mais rurais Acessibilidades Recuperação urbana Estratégias de promoção do concelho “Parque das Azenhas que atrai visitantes”; “Renovar o parque da cidade, o Parque Nossa Senhora das Dores” “Deve apostar-se nas duas áreas: acessibilidades e requalificação. Depois disso deve haver uma comunicação global” 103 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DA MARCA TROFA __________ CONSIDERAÇÕES FINAIS Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ O Estudo de Caracterização da Marca Trofa, desenvolvido com base numa metodologia quantitativa e qualitativa, teve como objetivo identificar as perceções e significados associados à marca Trofa pelos residentes e trabalhadores no concelho, pelos residentes nos concelhos limítrofes, pelos responsáveis das empresas da região e pelos informantes privilegiados. Tendo em conta os diferentes parâmetros abordados podemos concluir da seguinte forma: • Nível de satisfação com o concelho da Trofa A grande maioria dos inquiridos residentes e/ou trabalhadores no concelho da Trofa está satisfeito (52,10% dos residentes/trabalhadores), sendo que a seguir uma grande parte estão pouco satisfeitos (26,5%). Dos responsáveis das empresas da região, 45,5% dos inquiridos referiram estar satisfeitos, apesar de outros 41.2% apresentarem respostas negativas face à satisfação. Analisando as razões subjacentes ao nível de (in)satisfação podemos verificar que, do ponto de vista negativo, as más acessibilidades (30,8%) assumem destaque, bem como as taxas municipais elevadas (20,1%) e a falta de dinâmica (4,4%). Do ponto de vista positivo de referir a localização geográfica (25,8%) e a boa qualidade de serviços e de instalações (8,8%). 105 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ • Atributos do concelho Para os inquiridos, a adjetivação efetuada articula atributos mais e menos positivos, nomeadamente: - pela positiva – os residentes/trabalhadores consideram o concelho da Trofa tradicional (17%) e agradável (9%), e os não residentes consideram inovador (10%) e seguro (10%). Os representantes das empresas destacam a Trofa como um concelho empreendedor (18%) e desenvolvido (11%); - pela negativa – os residentes/trabalhadores consideram o concelho da Trofa confuso (24%) e degradado (19%), opinião concordante têm os residentes nos concelhos limítrofes, que definem o concelho da Trofa como confuso (22%), tradicional (12%) e degradado (10%). Nos inquéritos realizado às empresas, prevalece o atributo desorganizado (39%) e confuso (11%). • Atratividade Os aspetos que podem tornar o concelho da Trofa atrativo para os residentes e trabalhadores são o emprego (44%), a habitação (26,6%) e o comércio (11,3%), sendo que para os não residentes prevalece o comércio (25%), o emprego (15%) e a gastronomia (13,3%) Para os responsáveis das empresas, a proximidade a fornecedores e clientes apresentam uma avaliação positiva em termos de atratividade, bem como a qualificação de RH e a investigação e desenvolvimento. De destacar pela avaliação mais negativa, as acessibilidades, os mecanismos de apoio e as infraestruturas. Para os residentes e trabalhadores, os aspectos que podem tornar o concelho não atrativo são o emprego (29,3%), a habitação (14,9%) e a cultura (14,9%) e para os residentes nos concelhos limítrofes o emprego (16,8%), a gastronomia (15,4%) e as acessibilidades (13,9%). Os dados referentes ao emprego, aparentemente contraditórios poderão ser explicados pelo aumento do desemprego e na região e pela maior dificuldade de acesso a novo emprego. • Desenvolvimento As áreas mais dinâmicas no concelho da Trofa, para os residentes, são a educação e a restauração, sendo que para os não residentes são as indústrias, a saúde e a restauração. Os responsáveis das empresas consideram que apenas a restauração e a grande distribuição apresentam valores médios inferiores a 3 (desenvolvimento necessário). 106 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ Por outro lado, as áreas com maior necessidade de desenvolvimento são, para os residentes, o lazer, as infraestruturas, a promoção da cidade e o estacionamento. Para os não residentes, de forma geral existe necessidade de desenvolvimento em todas as áreas, nomeadamente saúde, transportes e lazer. Os responsáveis pelas empresas partilham da mesma opinião e consideram que a maioria das áreas identificadas têm uma elevada necessidade de desenvolvimento. A este nível é de destacar a necessidade de desenvolvimento identificada pelos respondentes para a promoção da cidade (42,4%); infraestruturas (46,1%); transportes (36,4%); estacionamento (32,1%). • Qualidade de vida Os indicadores de qualidade de vida na Trofa com avaliações mais baixas são a arte e cultura, salários e entretenimento. Os residentes nos concelhos limítrofes consideram como mais negativo nas áreas onde residem os salários e os transportes públicos. Para os residentes no concelho da Trofa, os indicadores mais positivos são o ambiente social, a habitação e o clima. Os residentes nos concelhos limítrofes avaliam de forma medianamente satisfatória a qualidade de vida nos seus concelhos de residência. Segundo a análise de conteúdo das entrevistas realizadas, podemos chegar às seguintes conclusões: 1. Relativamente à avaliação global do concelho as opiniões dos entrevistados dividem-se entre uma avaliação negativa e positiva. Do ponto de vista negativo há que salientar que a Trofa é concelho com pouca notoriedade e com graves problemas de acessibilidades. As opiniões positivas assentam na evolução satisfatória do concelho e no seu nível de desenvolvimento atual, por contraposição ao que era no passado. 2. Um outro tópico em análise com a existência de vantagem competitiva para as empresas. O preço dos espaços, a centralidade do concelho são vistos como pontos fortes, embora paralelamente enunciem aspectos negativos, associados sobretudo à inexistência de um polo industrial. 3. Um outro eixo de análise da opinião dos participantes relacionou-se com a necessidade das cidades atraírem empresas cujo know-how e valor tecnológico seja realmente competitivo, inovador e traga às cidades a perspetiva de captação de outras empresas ou negócios. A este nível a avaliação efetuada é 107 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ tendencialmente negativa, apontando para alguma incapacidade captar empresas com potencial a este nível. O projeto DNA Trofa foi referido como um exemplo de uma boa prática neste domínio. 4. Uma questão com relevância neste estudo prendia-se com a análise de áreas com maior dinâmica no concelho da Trofa., tendo sido referida a indústria e a gastronomia. A saúde e educação referidas também, sobretudo decorrentes do investimento privado nestas áreas. 5. Em relação às necessidades de desenvolvimento do concelho são claramente de destacar as acessibilidades, referidas pela maioria dos entrevistados. 6. Em relação à avaliação da qualidade de vida no concelho, esta é satisfatória, apesar de algumas precariedades. 7. No que concerne à promoção da atratividade do concelho é de salientar uma enorme polarização das respostas, sendo, no entanto, de referir a importância atribuída às pessoas, enquanto agentes catalisadores da mudança. De referir ainda, a importância do investimento nas vias de comunicação e acessibilidades, bem como na promoção da qualidade de vida das pessoas da Trofa. 8. Para finalizar, relativamente às estratégias de promoção do concelho, há, uma vez mais, uma polarização de resposta, embora com um eixo estruturante associado à melhoria das acessibilidades, infraestruturas e condições globais do concelho, suportadas por um plano estratégico de desenvolvimento sustentado apoiado numa forte campanha de promoção das atividades. Assim, e com base nos resultados anteriormente apresentados, podemos através da análise SWOT demonstrar as forças e fraquezas, oportunidades e ameaças do concelho da Trofa: Strengts: forças - Ambiente Social - Habitação - Clima - Indústrias - Emprego - Gastronomia - Comércio - Saúde - Educação - Centralidade do concelho e preço dos espaços - Concelho empreendedor, inovador, agradável, seguro Weaknesses: fraquezas - Arte e cultura - Salários - Entretenimento - Lazer - Infraestruturas - Estacionamento - Más Acessibilidades - Confuso, degradado, desorganizado - Pouca notoriedade - Taxas municipais elevadas - Ausência de parque empresarial - Falta de mecanismos de apoio - Falta de dinâmica 108 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ Strengts: forças - Boa localização geográfica - Tecido empresarial local - Investigação e desenvolvimento tecnológico - Proximidade a clientes e fornecedores - Boa qualificação dos RH - Boa qualidade dos serviços e instalações - Definição de um plano estratégico de desenvolvimento sustentado apoiado numa forte campanha de promoção das actividades - População, agente catalisador da mudança Opportunities: oportunidades - Requalificação urbana dos parques Nossa Senhora das Dores e Lima Carneiro; - Requalificação do Parque das Azenhas; - Iniciativas de promoção do concelho da Trofa; Weaknesses: fraquezas - debilidades em termos de produtividade, ainda de nível tecnológico e de capital humano Threats: ameaças - Redução do financiamento público - Decisão de não construção da linha do Metro até à Trofa Este Estudo de Caracterização da Marca Trofa serviu, portanto, para explanar as perceções dos cidadãos trofenses e dos cidadãos dos concelhos limítrofes sobre este concelho, de forma a potenciar o seu desenvolvimento para o futuro. Como afirma Flybjerg (2001), podemos transformar a investigação “numa atividade feita em público, para o público, algumas vezes para clarificar, algumas vezes para intervir, algumas vezes para originar novas perspetivas, e sempre para servir como olhos e ouvidos nos nossos continuados esforços para compreender o presente e para deliberar sobre o futuro.” 109 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO DA MARCA TROFA __________ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 110 Operação 3 – Reestruturação e Dinamização Económica Estudo de Caracterização da Marca Trofa _______________________________________________________________________________________________________________ R eferências Bibliográficas ALMEIDA, C. (2004) O marketing das cidades. Universidade Católica Portuguesa. ALMEIDA, L. S., & FREIRE, T. 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