SIMULADÃO ENEM – 2° DIA
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SIMULADÃO ENEM – 2° DIA
SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Redação Linguagens, códigos e suas tecnologias TEXTO I NÃO HÁ VAGAS TEXTO I (Ferreira Gullar) O preço do feijão não cabe no poema. O preço do arroz não cabe no poema. Não cabem no poema o gás a luz o telefone a sonegação do leite da carne do açúcar do pão O funcionário público não cabe no poema com seu salário de fome sua vida fechada em arquivos. Como não cabem no poema o operário que esmerila seu dia de aço e carvão nas oficinas escuras — porque o poema, senhores, está fechado: “não há vagas” Só cabe no poema o homem sem estômago a mulher de nuvens a fruta sem preço O poema, senhores não fede nem cheira. Outro você Me dizem que rola um texto na internet com minha assinatura baixando o pau no “Big Brother Brasil”. Não fui eu que escrevi. Não poderia escrever nada sobre o “Big Brother Brasil”, a favor ou contra, porque sou um dos três ou quatro brasileiros que nunca o acompanharam. O pouco que vi do programa, de passagem, zapeando entre canais, só me deixou perplexo: o que, afinal, atraía tanto as pessoas – além do voyeurismo natural da espécie – numa jaula de gente em exibição? Falha minha, sem dúvida. Se prestasse mais atenção talvez descobrisse o valor sociológico que, como já ouvi dizerem, redime o programa e explica seu fascínio. Pode ser. Os “Big Brothers” e similares fazem sucesso no mundo todo. Provavelmente eu e os outros três ou quatro resistentes apenas não pegamos o espírito da coisa. Também me dizem que, além de textos meus que nunca escrevi (como textos igualmente apócrifos do Jabor, da Martha Medeiros e até do Jorge Luís Borges), agora frequento a internet com um Twitter. Aviso: não tenho tuiter, não recebo tuiter, não sei o que é tuiter. E desautorizo qualquer frase de tuiter atribuída a mim a não ser que ela seja absolutamente genial. Brincadeira, mas já fui obrigado a aceitar a autoria de mais de um texto apócrifo (e agradecer o elogio) para não causar desgosto, ou até revolta. Como a daquela senhora que reagiu com indignação quando eu inventei de dizer que um texto que ela lera não era meu: – É sim. – Não, eu acho que... – É sim senhor! Concordei que era, para não apanhar. O curioso, e assustador, é que, em textos de outros com sua assinatura e em tuiters falsos, você passa a ter uma vida paralela dentro das fronteiras infinitas da internet. É outro você, um fantasma eletrônico com opiniões próprias, muitas vezes antagônicas, sobre o qual você não tem nenhum controle. – Olha, adorei o que você escreveu sobre o “Big Brother”. É isso aí! – Não fui eu que... – Foi sim! TEXTO II O BICHO (Manuel Bandeira) Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu deus, era um homem. Veríssimo, Luís Fernando. O Globo, página 7, 04/04/2010. TEXTO III Entender a violência, entre outras coisas, como fruto de nossa horrenda desigualdade social, não nos leva a desculpar os criminosos, mas poderia ajudar a decidir que tipo de investimentos o Estado deve fazer para enfrentar o problema: incrementar violência por meio da repressão ou tomar medidas para sanear alguns problemas sociais gravíssimos? (Maria Rita Kehl. Folha de S. Paulo) Considerando os textos apresentados como motivadores, redija, de acordo com a norma culta, um texto dissertativoargumentativo, com título, em aproximadamente 25 linhas, sobre o seguinte tema: As mazelas da sociedade brasileira: como resolvê-las? Ao desenvolver o tema, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões, e elabore propostas para defender seu ponto de vista. Questão 1 A presente crônica espelha o processo de globalização da linguagem verbal. Seu vocabulário traduz a inclusão de formas linguísticas do imperialismo e algumas tentativas de ajustá-las ao padrão gráfico vigente dentro da Língua Portuguesa. Numa de tais representações, porém, ocorre uma forma híbrida, uma vez que seu aportuguesamento não consagra, no plano da flexão, a naturalização da palavra. Tal forma é: (A) zapeando. (B) voyeurismo. (C) tuiter. (D) Twitter. (E) tuiters. Questão 2 O contato histórico entre os povos ultrapassa fronteiras. Muitas vezes, a política externa de ocupação e os interesses comerciais de ações imperialistas impõem a cultura e deixam www.cepreuniversitario.com.br 1 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS marcas no vocabulário de uma língua materna. Assim, que palavra revela um traço cultural que vem de uma relação que predominou no século XIX, no Brasil? (A) zapeando. (B) voyeurismo. (C) Twitter. (D) tuiter. (E) tuiters. Questão 5 A temática de um texto pode sugerir esta ou aquela forma. O poema proposto insinua que a sua linguagem se aproxima de um texto cujo perfil é de um(a): (A) testamento. (B) requerimento. (C) receituário. (D) prece. (E) epístola. Questão 3 O crescimento do vocabulário de uma língua pode ser resultado da naturalização de uma palavra, de que zapear (forma infinitiva do gerúndio zapeando, encontrado no texto) é um expressivo exemplo de um fenômeno linguístico chamado: (A) neologismo. (C) homonímia. (E) empréstimo. (B) polissemia. (D) catacrese. Questão 4 “Me dizem que rola um texto na internet com minha assinatura baixando o pau no “Big Brother Brasil”. Não fui eu que escrevi.” O fragmento transcrito: (A) distancia-se da proposta linguística da internet e do e-mail. (B) sinaliza que a linguagem acadêmica pode freqüentar o espaço da internet. (C) autoriza dizer que o autor faz opção pelo registro informal. (D) revela a impropriedade do uso de linguagem em relação ao veículo da transmissão. (E) expõe a necessidade de se policiar com regras escolares os desvios encontrados na internet. TEXTO II Quando eu morrer Quando eu morrer quero ficar, Não contem aos meus inimigos, Sepultado em minha cidade, Saudade. Meus pés enterrem na rua Aurora, No Paissandu deixem meu sexo, Na Lopes Chaves a cabeça Esqueçam. No Pátio do Colégio afundem O meu coração paulistano: Um coração vivo e um defunto Bem juntos. Escondam no Correio o ouvido Direito, o esquerdo no Telégrafos, Quero saber da vida alheia, Sereia. O nariz guardem nos rosais, A língua no alto do Ipiranga Para cantar a liberdade. Saudade... Os olhos lá no Jaraguá Assistirão ao que há de vir, O joelho na Universidade, Saudade... As mãos atirem por aí, Que desvivam como viveram, As tripas atirem pro Diabo, Que o espírito será de Deus. Adeus. Questão 6 O diálogo entre textos é prática expressiva dentro da arte literária. No poema em questão, há uma retomada nacionalista no discurso do poeta, quando sua fala aproxima as palavras: (A) paulistano e coração. (B) Ipiranga e liberdade. (C) D iabo e Deus. (D) Paissandu e sexo. (E) cidade e saudade. Questão 7 A construção do poema obedece a uma estrutura que desenvolve um pensamento: (A) dialético. (B) paradoxal. (C) indutivo. (D) dedutivo. (E) antitético. Questão 8 São três os modos verbais: para o que é concebido como certo, o indicativo; para o que aparece probabilidade, o subjuntivo; para o que apela em semânticas de ordem, pedido, sugestão, súplica, advertência..., o imperativo. Assim, das formais verbais exploradas no poema, dentro dos desejos do eu poético, uma reflete a probabilidade e é: (A) “contem” (primeira estofe). (B) “enterrem” (segunda estrofe). (C) “Escondam” (quarta estrofe). (D) “guardem’ (quinta estrofe). (E) “desvivam” (sétima estrofe). como Texto III Meus oito anos Na rua Aurora eu nasci Na aurora da minha vida E numa aurora cresci. No largo do Paissandu Sonhei, foi luta renhida, Fiquei pobre e me vi nu. Nesta rua Lopes Chaves Envelheço, e envergonhado Nem sei quem foi Lopes Chaves. Mamãe! Me dá essa lua, Ser esquecido e ignorado Como esses nomes de rua. Andrade, Mário de. Poesias completas. 4ª ed. Editora Martins. Andrade, Mário de. Poesias completas. 4ª ed. Editora Martins. www.cepreuniversitario.com.br 2 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Texto IV (A) Houveram indecisões. (B) Ela está meia infeliz. (C) A sala tem menas carteiras. (D) Suas meias cinza estavam no varal. (E) Ela é toda poderosa. Meus oito anos Oh que saudades que eu tenho Da aurora de minha vida Das horas De minha infância Que os anos não trazem mais Naquele quintal de terra Da Rua de Santo Antônio Debaixo da bananeira Sem nenhum laranjais Eu tinha doces visões Da cocaína da infância Nos banhos de astro-rei Do quintal de minha ânsia A cidade progredia Em roda de minha casa Que os anos não trazem mais Debaixo da bananeira Sem nenhum laranjais Texto V Tem gente com fome Andra de, Oswald de. Poesias reunidas. Civilização Brasileira. Questão 9 Os versos “Na aurora da minha vida” e “Sonhei, foi luta renhida,”, encontrados no texto 3, releem, respectivamente,os discursos românticos de Casimiro de Abreu e de Gonçalves Dias, o que, em relação ao primeiro poeta do Romantismo brasileiro, também o faz Oswald de Andrade, no texto 4, por meio de: (A) paráfrase. (C) estilização. (E) alusão. (B) paródia. (D) apropriação mimética. Questão 10 Em “Na rua Aurora eu nasci / Na aurora da minha vida / E numa aurora cresci.” (texto 3), o trinômio em negrito caracteriza um fenômeno semântico que se manifesta por: (A) polissemia. (B) homonímia. (C) catacrese. (D) paronímia. (E) sinonímia. Questão 11 Em “Eu tinha doces visões / Da cocaína da infância / Nos banhos de astro-rei”, o poeta deixa transparecer sua linha crítica em relação a dois traços bem específicos de uma arte passadista, que, pela sinestesia e pela metáfora, são: (A) a subjetividade e o sonho. (B) o individualismo e a utopia. (C) a idealização e o escapismo. (D) a emoção exacerbada e a busca do passado. (E) a fantasia e o tempo pretérito. Questão 12 Nos versos “Debaixo da bananeira / Sem nenhum laranjais” (texto 4), o sintagma “nenhum laranjais” não segue o modelo de concordância da norma escolar: a palavra adjetiva não se adapta ao número do substantivo. Por sua vez, a expectativa acadêmica nenhuns laranjais está bem distante do falar brasileiro. Posta em prática, soaria, em nossa verdade linguística, bem artificial. Um dos sintagmas a seguir, ao contrário do propostopor Oswald de Andrade, também sofre o repúdio de nosso conservadorismo gramatical embora traduza, em parte, a lógica do sistema linguístico que faltou ao exemplo do poema. Qual? Trem sujo da Leopoldina, Correndo correndo, Parece dizer: Tem gente com fome Tem gente com fome Tem gente com fome... Piiiiii! Estação de Caxias, De novo a correr, De novo a dizer: Tem gente com fome Tem gente com fome Tem gente com fome... Vigário Geral, Lucas, Cordovil, Brás de Pina, Penha Circular, Estação da Penha, Olaria, ramos, Bonsucesso, Carlos Chagas, Triagem, Mauá, Trem sujo da Leopoldina, Correndo correndo Parece dizer: Tem gente com fome Tem gente com fome Tem gente com fome... Tantas caras tristes, Querendo chegar, Em algum destino, Em algum lugar... Trem sujo da Leopoldina, Correndo correndo, Parece dizer: Tem gente com fome Tem gente com fome Tem gente com fome. Só nas estações, Quando vai parando, Lentamente, Começa a dizer: Se tem gente com fome, Dai de comer... Se tem gente com fome, Dai de comer... Mas o freio de ar, Todo autoritário, Manda o trem calar: Psiuuuuu... Trindade, Solano. Poemas antológicos. Editora Nova Alexandria. Questão 13 “Tem gente com fome / Tem gente com fome / Tem gente com fome...” Embora todas as alternativas sejam verdadeiras em relação à produção poética encontrada em Poemas antológicos, pelos versos destacados, é possível dizer que a obra de Solano Trindade: (A) faz uma arte de resistência cultural. (B) reedita ativamente a cultura negra. www.cepreuniversitario.com.br 3 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS (C) denuncia a escravidão. (D) discute a liberdade e a igualdade entre as classes sociais. (E) clama por justiça social. Questão 14 Ainda em “Tem gente com fome / Tem gente com fome / Tem gente com fome...”, é bem possível inferir que: (A) a redondilha menor distancia a forma do poema do seu conteúdo. (B) a gramática oral não é apropriada ao espaço desse trem. (C) os versos destacados têm apenas finalidade rítmicano poema. (D) o ritmo constrói o tom onomatopaico dos versos. (E) a musicalidade dos versos não tem caráter mimético. Questão 15 “Mas o freio de ar, / Todo autoritário, / Manda o trem calar: / Psiuuuuu...” A passagem destacada insinua que, por um processo de personificação, o freio de ar tenta estancar uma das ações desse trem, que é: (A) conduzir a classe operária ao trabalho para que possa saciar a sua fome. (B) conscientizar o próprio freio de ar de que há um problema social por resolver. (C) denunciar que há parcelas da população que vivem sem o básico para a dignidade humana. (D) exigir a participação da sociedade em saques e motins como represália à fome existente. (E) convocar a população a atitudes revolucionárias e desestabilizadoras do sistema repressivo. Texto VI Daquilo que eu sei Texto 7 O lixo O cocô, o xixi e os puns são os lixos sólidos, líquidos e gasosos que os nossos corpos produzem. O seu cheiro ruim nos diz que é preciso que nos livremos deles. E eles ficam incomodando, querendo sair. Se não o fizermos por causa de alguma doença, o corpo fica envenenado. Isso pode levar à morte. Todo organismo que não se livra do seu lixo morre. As nossas casas, como os nossos corpos, também produzem o seu lixo. E é preciso que nos livremos dele. Para isso há, em toda casa, um lugar onde se coloca o lixo. Se a privada é a lixeira do corpo, o depósito de lixo é a privada da casa. Assim como os médicos pedem que façamos exames de fezes e de urina para ver como vai nossa saúde, vamos fazer um “exame” do nosso lixo. Uma pesquisa. Observe a lata de lixo da sua casa todos os dias, durante uma semana, e anote o que você viu lá. (...) Alves, Rubem. Vamos construir uma casa? Papirus Editora. Questão 18 O eixo das similaridades comanda a estrutura do presente texto, até mesmo quando a linguagem do seu autor assimila o discurso argumentativo por meio de um tom hipotético, o que se manifesta em: (A) “As nossas casas, como os nossos corpos, também produzem o seu lixo.” (B) “Se a privada é a lixeira do corpo, o depósito de lixo é a privada da casa.” (C) “Assim como os médicos pedem que façamos exames de fezes e de urina para ver como vai nossa saúde, vamos fazer um “exame” do nosso lixo.” (D) “Se não o fizermos por causa de alguma doença, o corpo fica envenenado.” (E) “O cocô, o xixi e os puns são os lixos sólidos, líquidos e gasosos que os nossos corpos produzem.” Daquilo que eu sei Nem tudo me deu clareza Nem tudo foi permitido Nem tudo me deu certeza... Daquilo que eu sei Nem tudo foi proibido Nem tudo me foi possível Nem tudo foi concebido... Não fechei os olhos Não tapei os ouvidos Cheirei, toquei, provei Ah! Eu usei todos os sentidos Só não lavei as mãos E é por isso que eu me sinto Cada vez mais limpo! Cada vez mais limpo! Cada vez mais limpo! Questão 19 No período “Todo organismo que não se livra do seu lixo morre.”, a oração em negrito tem um valor nitidamente: Lins, Ivan / Martins, Vítor. Composição musical Questão 16 “Só não lavei as mãos / E é por isso que eu me sinto / Cada vez mais limpo!” No jogo de palavras do fragmento, baseado em denotação / conotação, a linguagem faz e desfaz, a um só tempo, o que caracteriza recurso estilístico chamado: (A) antítese. (B) metáfora. (C) metonímia. (D) paradoxo. (E) paronomásia. Questão 17 A expressão lavar as mãos, encontrada em “Só não lavei as mãos / E é por isso que eu me sinto / Cada vez mais limpo!” tem seu valor semântico conotativo revitalizado em função de intertextualidade com o discurso: (A) histórico. (B) filosófico. (C) científico. (D) sanitário. (E) bíblico. (A) explicativo. (C) argumentativo. (E) apositivo. (B) redundante. (D) especificativo. Questão 20 “Todo organismo que não se livra do seu lixo morre.” A sentença em itálico, ora transcrita, funciona como o tópico frasal do primeiro parágrafo e está calcada em: (A) impressão pessoal. (B) fundamento histórico. (C) sugestão mítica. (D) compreensão filosófica. (E) verdade científica. www.cepreuniversitario.com.br 4 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS (E) “sílabas.” Texto VIII Sketchs* Dois homens tramando um assalto. – Valeu, mermão? Tu traz o berro que nóis vamo rendê o caixa bonitinho. Engrossou, enche o cara de chumbo. Pra arejá. – Podes crê. Servicinho manero. É só entrá e pegá. – Tá com o berro aí? – Tá na mão. Aparece um guarda. – Ih, sujou. Disfarça, disfarça... O guarda passa por eles. – Discordo terminantemente. O imperativo categórico de Hegel chega a Marx diluído na fenomenologia de Feurbach. – Pelo amor de Deus! Isso é o mesmo que dizer que Kierkegaard não passa de um Kant com algumas sílabas a mais. Ou que os iluministas do século 18... O guarda se afasta. – O berro, tá recheado? – Tá. – Então vamlá! Veríssimo, Luís Fernando. As aventuras da família Brasil. O Estado de São Paulo, 08/03/1998. *Flagrantes Questão 21 A inteligência da crônica de Luís Fernando Veríssimo revela, com leveza e graça, que a fala de um povo conta a sua história. Não apenas a história rasteira dos assaltos cotidianos de que a nossa sociedade é vítima. Não apenas a história de um impasse das duas realidades linguísticas extremas, traduzidas pela esperteza dos assaltantes: a do repertório de quem se expressa com predomínio de cultura iletrada e a da bagagem escolarizada, que proporciona a manifestação de uma cultura letrada. Não apenas a história do jogo de cintura – memória do jeitinho brasileiro – na economia informal do crime desorganizado, do crime pé de chinelo. Mas outra história enraizada em nossa cultura. Qual? (A) A da precária escolaridade brasileira. (B) A da ignorância a respeito da Filosofia. (C) A do pensamento de que o crime compensa. (D) A do despreparo da nossa polícia. (E) A do preconceito que não associa o crime aos segmentos letrados. Questão 22 O texto explora a linguagem verbal de pouco prestígio social. Das várias ocorrências, uma, além de flagrar um momento de fala em situação espontânea, relaxada, oferece a naturalidade dentro de uma geografia lingüística que se espalha por nossas variantes. Qual? (A) “mermão.” (B) “nóis.” (C) “tá.” (D) “pegá.” (E) “vamo.” Questão 23 A metonímia é uma figura que sempre enriquece um repertório vocabular. Mesmo quando as palavras pertencem ao universo das gírias, as forças do léxico continuam a alimentar o idioma e a oferecer alternativas expressivas aos falantes por meio da metonímia, como em “berro” e: (A) “caixa.” (B) “chumbo.” (C) “Servicinho.” (D) “mão.” Texto IX – Dorme. – Dorme como se não fosse com ele. – Dorme como uma criança dorme. – Dorme como em pouco, morto, vai dormir. – Ignora todo esse circo lá embaixo. – Não é circo. É a lei que monta o espetáculo. – Dorme. No mais fundo do poço onde se dorme. – Já terá tempo de dormir: a morte inteira. – Não se dorme na morte. Não é sono. – Não é sono. E não terá, como agora, quem o acorde. – Que durma ainda. Não tem hora marcada. – Mas é preciso acordá–lo. Já há gente para o espetáculo. – Então, batamos mais forte na porta. – Como dorme. Mais do que dormindo estará mouco. – Ainda uma vez. – Melhor disparar um canhão perto da porta. – Batamos, outra vez ainda. – Melhor arrombar a porta. Sacudi–lo. – Dorme fundo como um morto. – Mas está vivo. Vamos ressuscitá–lo. – Deste sono ainda pode ser ressuscitado. – Deste sono, sim. Do outro, nem que ponham a porta abaixo. – Está dormindo como um santo. – Santo não dorme. Os santos são é moucos. Mas têm os olhos bem abertos. Melo Neto, João Cabral de. Trecho inicial do Auto do frade. Questão 24 Além de emprestar elegância ao estilo, a omissão de uma palavra faz do termo periférico o nuclear. Em dada fala, há uma forma pronominal que concentra valor conotativo e sugere o conteúdo do eufemismo ao discurso. Que fala é essa? (A) “– Dorme como em pouco, morto, vai dormir.” (B) “– Dorme fundo como um morto.” (C) “– Está dormindo como um santo.” (D) “– Deste sono, sim. Do outro, nem que ponham a porta abaixo.” (E) “– Dorme como se não fosse com ele.” Questão 25 O contexto verbal é que tem a responsabilidade de criar semânticas para as frases que estruturam um texto. Em “– Deste sono, sim. Do outro, nem que ponham a porta abaixo.”, a sentença em negrito insinua que, dentro do discurso do interlocutor, se valoriza a circunstância de: (A) concessão. (C) causa. (E) conformidade. (B) condição. (D) consequência. Questão 26 Um texto literário prestigia não só a gramática de uma língua, mas também a sua estilística. Em nome da expressividade, pode esta ou aquela palavra não fazer parte da estrutura de uma frase, como é o caso da expressão é que em “É a lei que monta o espetáculo.” e de outra forma em: (A) “– Como dorme. Mais do que dormindo estará mouco.” (B) “Os santos são é moucos.” (C) “– Batamos, outra vez ainda.” (D) “Mais do que dormindo estará mouco.” (E) “– Que durma ainda. Não tem hora marcada.” www.cepreuniversitario.com.br 5 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Texto X Cordel Quando eu era menino, os trabalhadores do engenho de meu pai vinham me chamar: “Vamos à feira, diz que saiu um romance novo”. E à noite era eu quem lia para eles... Essas leituras devem ter influenciado o meu auto [Morte e vida Severina]; o conjunto de minha poesia é mais simples que a poesia popular, sem rimas; minhas estrofes são mais curtas, porque não quero “distrair” o leitor, mas, em se tratando de uma obra que pretende contar o povo e se contar para o povo, eu devia utilizar a forma mais adequada, que é o metro popular romancero, sempre vivo. É a nossa sorte: nós, artistas de tradição ibérica, podemos recorrer a essa mistura de popular e erudito, que vem das fontes. Os maiores poetas utilizaram indiferentemente os dois gêneros de metros (veja-se Góngora ou Camões) (...) Neto, João Cabral de Melo. Em um fragmento da Entrevista a José Carlos Vasconcelos, Diário de Lisboa. Questão 27 “Vamos à feira, diz que saiu um romance novo”. As aspas marcam, no exemplo transcrito, a fala dos trabalhadores em sua história de cultura oral, como sugere o emprego da forma “diz”, que, numa versão fiel ao sentido, teria correspondência escrita em: (A) diz-se. (B) é dito. (C) dizem. (D) ele diz. (E) se diz. Questão 28 “(...) porque não quero “distrair” o leitor, mas, em se tratando de uma obra que pretende contar o povo e se contar para o povo (...)” A passagem destacada, segundo a expressão do próprio autor, pretende: (A) introduzir metros eruditos na literatura popular. (B) fazer conviver o metro popular e o erudito. (C) registrar que a forma não se ajusta ao conteúdo. (D) documentar, também por meio do metro, a alma do povo. (E) desfazer a relação fundo / forma da construção do poema. Sino da Paixão… Por meu pai?… — Não! Não!… Sino da Paixão bate bão-bão-bão. Sino do Bonfim, baterás por mim?… Sino de Belém, Sino da Paixão… Sino da Paixão, pelo meu irmão… Sino da Paixão, Sino do Bonfim… Sino do Bonfim, ai de mim, por mim! Sino de Belém, que graça ele tem! Bandeira, Manuel. Ritmo dissoluto. Questão 29 O repicar do sino não se confunde com o dobrar: naquele, há o componente da alegria pela comemoração do nascimento; neste, a tradução da tristeza pelo registro da morte, o que, dentro do pensamento cristão, fica evidente no par: (A) Belém / Bonfim. (B) Paixão / Bonfim. (C) Belém / Paixão. (D) bem-bem-bem / ai de mim, por mim! (E) bão-bão-bão / ai de mim, por mim! Questão 30 O poema Os sinos se expressa por vários planos da língua em busca de sua arte e, coerente com o objeto que desencadeia os seus sentidos, prestigia bastante a linguagem sugestiva que vem, principalmente, dos seus jogos: (A) semânticos. (B) morfológicos. (C) léxicos. (D) sintáticos. (E) fonéticos. Questão 31 O presente texto de Manuel Bandeira faz a apreensão da realidade pelos sentidos e, como recurso estético de um processo mimético que se desenvolve ao longo de seus versos, valoriza principalmente as: (A) aliterações. (B) coliterações. (C) assonâncias. (D) onomatopeias. (E) dissonâncias. Texto XII Texto XI Os sinos Sino de Belém, Sino da Paixão… Sino de Belém, Sino da Paixão… Sino do Bonfim!… Sino do Bonfim!… Sino de Belém, pelos que inda vêm! Sino de Belém bate bem-bem-bem. Sino da Paixão, pelos que lá vão! Sino da Paixão bate bão-bão-bão. Sino do Bonfim, por quem chora assim?… Sino de Belém, que graça ele tem! Sino de Belém bate bem-bem-bem. Sino da Paixão – pela minha mãe! Sino da Paixão – pela minha irmã! Sino do Bonfim, que vai ser de mim?… Sino de Belém, como soa bem! Sino de Belém bate bem-bem-bem. Mão, escultura de Oscar Niemeyer, presente no Memorial da América Latina, em São Paulo, capital. www.cepreuniversitario.com.br 6 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questão 32 Eduardo Galeano, importante intelectual uruguaio, ficou muito conhecido por sua obra As veias abertas da América Latina, em que expõe os massacres impostos pelos colonizadores às populações autóctones em nome de uma implacável política extrativista que, além de sugar o sangue de nossas veias, esvaziou nossos veios, prática lembrada em: (A) D iz quantos desastres tem na minha mão. Diz se perigoso a gente ser feliz. Montagem de texto a partir da obra de Chico Buarque, escritor e compositor. (B) Hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamás. Che Guevara, médico argentino que, ao lado de Fidel castro, foi líder da revolução Cubana, em 1959. (C) A mão que toca o violão, se for preciso, faz a guerra, mata o mundo, fere a terra. Versão em prosa de uma composição musical de Marcos e Paulo Sérgio Valle, artistas brasileiros. (D) Vês estas mãos? Mediram a terra, separaram os minerais e os cereais, fizeram a paz e a guerra, derrubaram as distâncias de todos os mares e rios... Pablo Neruda, poeta chileno que já ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. (E) Cadê o ouro e a prata que estavam aqui? O gato comeu (e ninguém viu o gato). Montagem de texto a partir da cultura popular e da obra de Carlos Drummond de Andrade, uma das matrizes da grande poesia brasileira. Texto XIII Vício da fala Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Pra pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados Andrade, Oswald de. Poesias reunidas. Civilização Brasileira. Questão 33 A palavra vício, encontrada no título do poema, por sua conotação, faz insinuar que há um(a): (A) plena aceitação das formas dialetais propostas. (B) revelação de que esse dialeto caipira tem trânsito nos espaços escolares. (C) igualdade de importância entre as culturas letrada e iletrada. (D) pouco prestígio para as formas orais. (E) apelo folclórico na perpetuação das alternativas orais. Texto XIV Minha escola A escola que eu frequentava era cheia de grades como as prisões. E o meu Mestre, carrancudo como um dicionário; Complicado como as Matemáticas; Inacessível como Os Lusíadas de Camões! À sua porta eu estava sempre hesitante... De um lado a vida... – A minha adorável vida de [criança: Pinhões... Papagaios... Carreiras ao sol... Voos de trapézio à sombra da mangueira! Saltos da ingazeira pra dentro do rio... Jogos de castanhas... O meu engenho de barro de fazer mel! Do outro lado, aquela tortura: "As armas e os barões assinalados!" – Quantas orações? – Qual é o maior rio da China? – A2 + 2AB = quanto? – Que é curvilíneo, convexo? – Menino, venha dar sua lição de retórica! – "Eu começo, atenienses, invocando a proteção dos deuses do Olimpo para os destinos da Grécia!" – Muito bem! Isto é do grande Demóstenes! – Agora, a de francês: – "Quand le christianisme avait apparu sur la [terre..." – Basta! – Hoje temos sabatina... – O argumento é a bolo! – Qual é a distância da Terra ao Sol? – ?!! – Não sabe ? Passe a mão à palmatória! – Bem, amanhã quero isso de cor... Felizmente, à boca da noite, eu tinha uma velha que me contava histórias... Lindas histórias do reino da Mãe-d'Água... E me ensinava a tomar a bênção à lua nova. Fereira , Ascenso. Poemas: Catimbó, Cana Caiana, Xenhenhém. Questão 34 “– Menino, venha dar sua lição de retórica! – 'Eu começo, atenienses, invocando a proteção dos deuses do Olimpo para os destinos da Grécia!' " De acordo com a proposta ideológica do poema, a passagem transcrita é uma sutil crítica: (A) ao processo de alienação que atinge a juventude escolar. (B) à linha conservadora na seleção do conteúdo programático imposto pela escola frequentada pelo poeta. (C) ao programa que não respeita a faixa etária da criança. (D) à deficiência do programa escolar, que sofre com as temáticas populares. (E) ao descaso do aluno em relação aos conteúdos programáticos clássicos que engrandecem o destino de um homem. Questão 35 Ainda em relação ao fragmento proposto logo acima, por suas referências culturais, é impossível afirmar que as alusões aos “deuses do Olimpo” e ao espaço da Grécia identificam estéticas que: (A) buscam o ideal de arte apolíneo. (B) promovem a arte clássica. (C) inspiram linhas artísticas renascentistas. (D) alimentam o ponto de vista parnasiano na arte literária. (E) procuram o exagero de linguagem dos postulados artísticos do Arcadismo. Questão 36 A pontuação de um texto é responsável por registrar por escrito as pausas, os tons, as colocações das vozes dos interlocutores. Apesar de não ter a capacidade de imitar à perfeição a realidade oral, é responsável por sugerir sentimentos que passam pela alma humana em diversas situações do cotidiano. Em “– ?!!”, importante momento do discurso direto, o que revela tal interferência do eu poético? (A) Mantém a neutralidade com que reage o eu poético diante do saber escolar. (B) Traduz uma revolta do eu poético diante da perguntasurpresa do professor. (C) Sugere uma perplexidade do eu poético diante da interrogação do professor. (D) Insinua a ignorância do eu poético ao conteúdo bem pouco relevante da questão proposta. (E) Comprova a pouca capacidade de memorização do eu poético. www.cepreuniversitario.com.br 7 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questão 37 “– O argumento é a bolo!" A fala transcrita sugere que, em "– Não sabe? Passe a mão à palmatória!, a gramática de uma escola autoritária se manifesta também pelo emprego do verbo passar em virtude de seu (sua): (A) conjugação. (B) apelo estilístico. (C) modo. (D) tempo. (E) aspecto. Texto XV Vidas secas A vida na fazenda se tornara difícil. Sinhá Vitória benzia-se tremendo, manejava o rosário, mexia os beiços rezando rezas desesperadas. Encolhido no banco do copiar, Fabiano espiava a caatinga amarelada, onde as folhas secas se pulverizavam, trituradas pelos redemoinhos, e os garranchos se torciam, negros, torrados. No céu azul, as últimas arribações tinham desaparecido. Pouco a pouco, os bichos se finavam, a fazenda se despovoou, viu que tudo estava perdido, combinou a viagem com a mulher, matou o bezerro morrinhento que possuíam, salgou a carne, largou-se com a família, sem se despedir do amo. Não poderia nunca liquidar aquela dívida exagerada. Só lhe restava jogar-se ao mundo, como negro fugido. Ramos, Graciliano. Vidas secas, fragmento. Questão 38 O adjetivo “secas”, em Vidas secas – título do texto – e “folhas secas” – expressão do próprio fragmento – , traduz a alternância conotação / denotação, o que provoca uma alteração substancial de significado para a dada palavra e faz do título um indicador da permanência de uma linha de pensamento que reedita o (a): (A) positivismo. (B) evolucionismo. (C) marxismo. (D) determinismo. (E) seleção natural. Questão 39 A organização social do Nordeste refletido no texto sugere a existência de uma relação amo / negro, que disfarça, dentro da história humana, um medieval vocabulário específico, como revela a sequência: (A) feudo / suserano / vassalo. (B) senhor / capitão do mato / escravo. (C) proprietário / burguês / mais-valia. (D) patrão / trabalhador / assalariado. (E) Estado / bem comum / operário. Questão 40 A narração é feita em terceira pessoa. Predomina a voz do narrador, dando curso ao relato a respeito das dificuldades da vida de Fabiano e de sua família. Numa passagem, porém, o discurso assimila outra natureza em “Não poderia nunca liquidar aquela dívida exagerada.” e se caracteriza como discurso: (A) direto. (B) indireto. (C) indireto livre. (D) fragmentário. (E) de gramática popular. Questão 41 O texto é narrativo, e a sua conclusão se manifesta em “Só lhe restava jogar-se ao mundo, como negro fugido.”. Se essa é a sua síntese, qual seria a sua tese? (A) “Não poderia nunca liquidar aquela dívida exagerada.” (B) “(...) largou-se com a família, sem se despedir do amo.” (C) “Encolhido no banco do copiar, Fabiano espiava a caatinga amarelada (...)” (D) “No céu azul, as últimas arribações tinham desaparecido.” (E) “A vida na fazenda se tornara difícil.” Questão 42 “Sinhá Vitória benzia-se tremendo, manejava o rosário, mexia os beiços rezando rezas desesperadas.” Pela voz do narrador, o autor valoriza dois recursos expressivos: lança mão do substantivo beiços, que ajuda a descrever a personagem como um ser embrutecido pelas dificuldades impostas pela seca, e do adjetivo desesperadas, que, aplicado a rezas, tem um papel linguístico especial: é exemplo de um recurso sintático-expressivo, chamado: (A) personificação. (B) hipérbole. (C) hipálage. (D) metonímia. (E) metáfora. Texto 16 Skepsis “Dois e dois são três”, disse o louco. “Não são não”, berrou o tolo. “Talvez sejam”, resmungou o sábio. Paes, José Paulo. In: Socráticas. Questão 43 Os modos do verbo ser – são e sejam – estabelecem a passagem: (A) do estado transitório para o permanente. (B) do equilíbrio para o desequilíbrio. (C) da certeza para a probabilidade. (D) do concreto para o abstrato. (E) do possível para o impossível. Questão 44 O advérbio talvez, dentro da fala do sábio, instaura: (A) um traço de insegurança, reforçado pela forma verbal resmungou. (B) a dúvida que faz nascer o pensamento que movimenta o plano das ideias. (C) o jogo demagógico do sábio que não pode arriscar opinião e tomar partido. (D) o subterfúgio verbal que, polidamente, ironiza a afirmação estapafúrdia do louco. (E) a diplomacia verbal do sábio que tenta neutralizar a ira do tolo. www.cepreuniversitario.com.br 8 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questão 45 A despeito do poético que perpassa o texto, o poema prestigia notadamente, nas entrelinhas do seu discurso, o tom: (A) sociológico. (B) metafísico. (C) matemático. (D) filosófico. (E) antropológico. MATEMÁTICA Ninguém se ilude: não será fácil conseguir um acordo entre as nações para a redução das emissões de carbono. Para lançar menos carbono no ar é necessário queimar menos combustível fóssil (como carvão e petróleo), e substituí-lo por energia menos poluente, que é bem mais cara. Foi por isso que alguns países ricos, como os Estados Unidos, responsáveis por cerca de um terço das emissões mundiais, recusaram-se a assumir as metas do Protocolo de Kyoto. Se cada lado do quadrado está dividido pelos pontos assinalados em segmentos congruentes entre si, então a área do octógono, em centímetros quadrados, é: (a) 98 (b) 102 (c) 108 (d) 112 (e) 120 Questão 49 Para construir a disposição triangular de linhas abaixo, que apresenta 2 010 linhas, obedeceu-se a certa regra. Observe. Obs.: 1 gt. = 1 gigatonelada = 1 bilhão de toneladas = 1 trilhão de Kg. A partir das informações do gráfico, responda às questões 1 e 2. Questão 46 Supondo que todas as nações do mundo cortassem as emissões para um volume 5% abaixo do volume emitido em 2.000, a redução seria de, aproximadamente, igual a: Quantas vezes a palavra ENEM aparece completamente na maior coluna desta disposição? (A) 58 vezes (B) 52 vezes (C) 502 vezes (D) 508 vezes (E) 503 vezes Questão 50 Com o dinheiro que Caio possuía, poderia ter comprado 1,2 kg de queijo ou 800 g de presunto. Usando esta mesma quantia, ele resolveu comprar quantidades iguais de cada produto. Quantos gramas de cada item ele comprou? (A) 1,97 gt. (B) 2,03 gt. (C) 2,24 gt. (D) 2,4 gt. (E) 2,43 gt. Questão 47 Em 2004, para cumprir o Protocolo de Kyoto, ficou determinado que a redução das emissões para 2005 não seria de 5%, mas cerca de 24%. Assim sendo, qual seria o valor esperado das emissões para 2005, de modo a atingir a meta? (A) 11,7 gt. (B) 11,8 gt. (C) 36,2 gt. (D) 37,2 gt. (E) 38 gt. Questão 48 Seja o octógono EFGHIJKL inscrito num quadrado de 12 cm de lado, conforme mostra a figura a seguir. (A) 520 g (B) 480 g (C) 360 g (D) 240 g (E) 120 g Questão 51 Marcelo, o inventor, resolveu criar um dominó diferente. As marcações nas peças vão do zero até o oito, ao invés de zero a seis, como em um dominó comum. No processo de criação, ele imaginou um tipo de peça, que desejou denominar de “implacável”. Uma peça é dita implacável quando a soma dos seus pontos for um número ímpar. Abaixo existem alguns exemplos de peças implacáveis. www.cepreuniversitario.com.br 9 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Nesse dominó, criado por Marcelo, quantas das peças são implacáveis? ali ficará o salão de jogos. Veja abaixo a planificação frontal da casa. (A) 32 peças. (B) 25 peças. (C) 20 peças. (D) 16 peças. (E) 10 peças. Questão 52 Leonhard Euler (1707-1783) foi um dos maiores matemáticos do mundo, e resgatou a Teoria dos Números, antigamente considerada uma parte inútil da Matemática, e hoje imprescindível à computação, para a criação dos códigos de segurança dos computadores. Uma das suas descobertas foi a fórmula que fornece quantos números são menores que certo n e primos com ele. Por exemplo, os números menores que 10 e primos com 10 são 1, 3, 7 e 9. Esta função é representada por φ (n), ou seja, φ (10) = 4. Em =a geral, α −1 se N = a α b β c χ ..., teremos φ (N) b β −1 c χ −1 ...(a – 1)(b – 1)(c – 1)... Utilizando a fórmula de Euler, determine o valor de (A) 6 (B) 8 (C) 12 (D) 16 (E) 20 φ (30). Sabendo que o segundo piso tem a forma de um triângulo isósceles de altura 3 m e base 6 m, qual seria a área máxima desta janela? 2 (A) 3 m (B) 1,5 m2 2 (C) 4,5 m (D) 3,75 m2 2 (E) 4,75 m Questão 53 Uma mercadoria teve um acréscimo de 60% no seu preço. Para que ela retorne ao preço anterior, é necessário dar um desconto de: Questão 57 O Departamento de Trânsito de São Paulo registra a cada dia cerca de 800 veículos novos. É claro que este número não representa o aumento absoluto da frota, pois alguns veículos são retirados de circulação em função de IPVA atrasado, obsolescência e outros motivos. Mas, considerando apenas a entrada dos veículos novos, podemos considerar o aumento da frota na cidade como uma função afim. Se, há 30 dias, a cidade de São Paulo registrava uma frota de 4,3 milhões de automóveis, quantos carros existirão hoje nas ruas da cidade? (A) 62,5% (B) 60% (C) 48,5% (D) 48% (E) 37,5% (A) 670.000 (B) 432.400 (C) 43.324.000 (D) 4.324.000 (E) 6.700.000 Questão 54 Se um entre cada 320 habitantes de uma cidade é médico, então a porcentagem de médicos nessa cidade é dada por: Questão 58 Em demografia, considera-se que uma população envelhece quando a proporção de idosos fica mais alta em relação à população em geral. No caso do Brasil, o ritmo de envelhecimento aparece ainda mais acentuado se compararmos a parcela de idosos com a de crianças até 14 anos de idade. Hoje, para cada grupo de 100 crianças existem 24,7 idosos de 65 anos ou mais. Em 2050, a previsão é de que teremos 172,7 idosos para cada grupo de 100 crianças. Ou seja, daqui a 40 anos, o Brasil terá um número de quase 73% maior de idosos do que de crianças. Veja os gráficos abaixo. (A) 0,32% (B) 3,2% (C) 0,3215% (D) 0,3125% (E) 3,125% Questão 55 Na cidade de Desilusão, entre o fim de 2009 e início de 2010, o preço do álcool combustível sofreu três aumentos sucessivos na seguinte ordem: o primeiro foi de 2,45%, o segundo foi de 1,5% e o último de 5,05%. Em relação ao preço antes do primeiro aumento, podemos afirmar que houve um aumento acumulado de aproximadamente: (A) 8,84% (C) 9,14% (E) 9,34% (B) 9,04% (D) 9,24% Questão 56 Um arquiteto, ao projetar uma casa de campo de dois andares, deparou-se com um problema. Ele precisa calcular as medidas da janela do segundo andar de modo que ela tenha a máxima área possível, garantindo a melhor iluminação e ventilação, pois www.cepreuniversitario.com.br 10 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS – cada grau é uma potência de dez. Ou seja, de um grau para outro, a amplitude das ondas sísmicas cresce dez vezes. Para comparar a diferença na magnitude de dois tremores, fazemos: M1 – M2 = log A1 – log A2, onde: M1 = magnitude do terremoto 1 M2 = magnitude do terremoto 2. A1 = amplitude das ondas do terremoto 1. A2 = amplitude das ondas do terremoto 2. Quantas vezes é maior a amplitude das ondas de um terremoto de 8,5 graus na escala Richter em relação a outro tremor de 4,5 graus? (A) 100 vezes. (B) 1.000 vezes. (C) 10.000 vezes. (D) 100.000 vezes. (E) 1.000.000 de vezes. Analisando-os, podemos afirmar que: (A) o primeiro gráfico mostra que a taxa de fecundidade se manterá constante, e este fato justifica o aumento do número de idosos do país. (B) o primeiro gráfico mostra que a taxa de fecundidade declinará e estabilizará em 2028, no patamar de 2,5 filhos por mulher, em média. (C) o segundo gráfico mostra que a taxa de mortalidade, após cair num ritmo mais ou menos constante, volta a subir. A explicação está no crescimento da população de idosos, que provoca, naturalmente, o aumento no número absoluto de mortes. (D) o segundo gráfico, de evolução da taxa de mortalidade, começa com uma curva ascendente, que depois se torna descendente, ilustrando o aumento da população de idosos. (E) o primeiro gráfico mostra a queda da taxa de fecundidade quase que de forma linear, tendendo a zero, justificando o envelhecimento da população brasileira. Questão 59 Observe o cubo abaixo. Questão 61 Os designers gráficos utilizam figuras geométricas no desenho de logotipos. Observe o logotipo abaixo, de uma cadeia de fast food. Repare que as pernas da letra M são, na verdade, duas parábolas. A equação que representa a primeira parábola é: 2 (A) y = 3x – 6x (B) y = 3x2 + 6x 2 (C) y = – 6x – 9x 2 (D) y = 6x – 9x 2 (E) y = – 3x + 6x Das seis faces, ele terá apenas cinco pintadas de amarelo. Quantos cubinhos menores terão três das suas faces pintadas de amarelo? (A) 2 (B) 4 (C) 6 (D) 8 (E) 12 Questão 60 Os terremotos têm sido implacáveis. Recentemente, o Chile foi a vítima, depois do Haiti, da Itália etc. O motivo de todas essas tragédias é que a crosta terrestre se equipara a uma casca de ovo quebrada: tudo é aparentemente firme, mas, por baixo, na camada inferior do manto, a rocha sob pressão e temperatura extremas adquire elasticidade e sobe e desce muito lentamente, como leite borbulhando. Impulsionadas por este movimento de convecção, as placas navegam. Em alguns pontos, duas delas se chocam (placas convergentes) e nós registramos isto através de números alarmantes. A escala Richter, usada pela primeira vez pelo físico norteamericano Charles Richter, em 1935, é uma escala logarítmica Questão 62 Se não dá para reduzir as vendas de automóveis, é possível ao menos segurar parte deles na garagem por algum tempo. Essa foi a ideia da prefeitura de São Paulo quando instituiu o rodízio de veículos nos horários de pico. A cada dia da semana parte da frota não pode circular entre 7 horas e 10 horas, e entre 17 e 20 horas. A definição de quem deve deixar o carro na garagem é feita pelas placas dos veículos. Os que possuem final 1 ou 2 sofrem restrição na segunda-feira; 3 ou 4, na terça-feira, e assim por diante, até os de final 9 ou 0, na sexta-feira. Sabendo que não são permitidas placas com 4 algarismos zero (exemplo WYF 0000), quantos veículos, no horário de pico, podem circular pela capital paulista na segunda-feira? (A) 263 · 103 · 2 – 1 3 3 (B) 26 · 10 · 8 – 1 3 (C) 26 · (103 · 2 – 1) 3 3 (D) 26 · (10 · 8 – 1) 3 3 (E) 26 · 10 · 2 Questão 63 Uma determinada loja tinha seus produtos com desconto de 30%. Para acabar com o estoque, decidiu fazer a seguinte promoção: “Tudo com desconto de 50%” (sobre o preço vigente). Em relação aos preços praticados antes de qualquer desconto, os atuais preços valem, aproximadamente: www.cepreuniversitario.com.br 11 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS (A) metade do valor inicial. (B) a terça parte do valor inicial. (C) a quarta parte do valor inicial. (D) a quinta parte do valor inicial. (E) a nona parte do valor inicial. (E) 3,5 milhões de km2. Questão 64 A banana split é uma iguaria saborosa, montada com 3 bolas de sorvete. Ana foi a uma sorveteria e verificou que havia 9 sabores distintos de sorvete, 5 tipos diferentes de calda e que poderia ou não colocar castanhas sobre o produto montado. De quantos modos ela pode montar sua banana split, utilizando três sabores distintos de sorvete e dois tipos diferentes de calda? (A) 729 (C) 14.580 (E) 29.160 (B) 1.680 (D) 8.400 Questão 66 Para ter acesso a um determinado programa de computador, o usuário deve digitar uma senha composta por 4 letras distintas. Supondo que o usuário saiba quais são essas 4 letras mas não saiba a ordem correta em que devem ser digitadas, qual a probabilidade desse usuário conseguir acesso ao programa numa única tentativa? (A) 1/4 (C) 1/16 (E) 1/256 (B) 1/12 (D) 1/24 Questão 67 Com um pedaço de cartolina, um aluno resolveu fazer uma caixa sem tampa, como mostra a figura abaixo. Questão 65 Aplicando uma rede quadriculada sobre o mapa do Brasil, dividimos o território nacional em áreas menores. Cada quadradinho da figura, de 0,6 cm de lado, representa na realidade uma área de 173.056 km2. Qual o volume da caixa formada? (A) 12 cm3 (B) 24 cm3 (C) 36 cm3 (D) 60 cm3 (E) 120 cm3 Questão 68 A razão entre o número de homens e o número de mulheres em certa cidade é 32. A idade média dos homens é 40 anos, e a das mulheres é 35 anos. Qual a idade média dos habitantes desta cidade? Os quadradinhos destacados no centro do mapa representam as matas nativas derrubadas desde 1.500. (A) 36 anos. (C) 38 anos. (E) 40 anos. (B) 37 anos. (D) 39 anos. Questão 69 Um paisagista tinha como projeto a elaboração de um jardim. Veja o projeto abaixo. Estimando esta área destacada no mapa, em quilômetros quadrados, ela seria de, aproximadamente: (A) 1,5 milhões de km2. (B) 2 milhões de km2. (C) 2,5 milhões de km2. (D) 3 milhões de km2. Sabendo que as coordenadas dos pontos A, B e C do canteiro das begônias são A(1, 2), B(8, 0) e C(1, – 6), qual a área ocupada por esse canteiro? (A) 14 (B) 28 (C) 48 (D) 56 (E) 60 www.cepreuniversitario.com.br 12 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questão 70 São dadas as sentenças: I. O número 1 tem infinitos múltiplos. II. O número 0 tem infinitos divisores. III. O número 161 é primo. É correto afirmar que SOMENTE: Questão 74 A tabela abaixo fornece os valores do imposto de renda retido na fonte, e é chamada de tabela progressiva. (A) I é verdadeira. (B) II é verdadeira. (C) III é verdadeira. (D) I e II são verdadeiras. (E) II e III são verdadeiras. Deduções para o trabalhador assalariado: 1) R$ 106,00 por dependente 2) pensão alimentícia 3) contribuição à Previdência Social 4) R$ 1 058,00 por aposentadoria a quem já completou 65 anos 5) contribuições para a previdência privada pagas pelo contribuinte O imposto de renda retido na fonte é calculado retirando-se do salário bruto todas as deduções, depois aplicando a alíquota correspondente à faixa salarial e em seguida, subtraindo a parcela a deduzir. Se Elena recebe um salário bruto de R$ 1.970,00, possui dois filhos e é descontada em 205,63 para a Previdência Social, qual o imposto retido na fonte do seu salário? Questão 71 Uma lata de ervilhas está representada abaixo. (A) R$ 418,00 (B) R$ 295,00 (C) R$ 232,86 (D) R$ 158,70 (E) R$ 74,16 Com as medidas da figura, e utilizando p = 3,14, podemos afirmar que a capacidade da lata é de, aproximadamente: (A) 224 ml (B) 226 ml (C) 244 ml (D) 246 ml (E) 250 ml Questão 72 A estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, considerada uma das sete maravilhas do mundo moderno, tem 38 m de altura. Os braços abertos dão à escultura uma envergadura (largura) de 30 metros. Para ser fiel à realidade, qualquer souvenir que represente a estátua deve manter as proporções do original. Suponha que um souvenir possua 76 cm de altura. Mantendo as proporções, qual deve ser a distância entre as pontas dos dedos? (A) 54 cm (C) 62 cm (E) 72 cm (B) 60 cm (D) 68 cm Questão 73 A Caixa Econômica Federal (CEF) patrocina vários jogos de azar. Entre eles, está a Mega Sena, que consiste no sorteio de seis números, sem repetição, entre os números de 1 a 60. Ganha um prêmio quem acertar a sena (os seis números), a quina (cinco dos seis) ou a quadra (quatro dos seis). Supondo que a CEF passe a pagar um prêmio pelo terno (três dos seis), qual seria a probabilidade de uma pessoa apostar seis números e ganhar o terno? (A) 0,043% (B) 0,021% (C) 0,010% (D) 0,1% (E) 10% Questão 75 Uma digitadora, mais experiente, faz certo trabalho em 4 horas, enquanto outra, menos experiente, consegue realizá-lo em 6 horas. As duas, trabalhando juntas, fariam o mesmo trabalho em: (A) 25 minutos. (B) 72 minutos. (C) 144 minutos. (D) 172 minutos. (E) 288 minutos. Questão 76 Para a realização dos jogos pan-americanos (Pan) no Rio de Janeiro, de 13 a 29 de julho de 2007, foi feita uma grande reforma no estádio do Maracanã, no valor total de 196 milhões de reais. O estádio teve a grama do campo oficial, 110 × 75 m2, trocada, e foram criadas novas arquibancadas e setores. A estrutura do prédio possui 21 portões de acesso, e hoje, após a reforma, comporta 183.341 torcedores (capacidade máxima). Supondo que na Copa de 2014 o Maracanã venha a ser o palco do último jogo e que abrigará a capacidade máxima de torcedores e que sejam utilizados todos os portões, de quantos modos um torcedor poderá entrar por um portão e sair por outro, diferente do que utilizou na entrada? (A) 441 (C) 400 (E) 398 (B) 420 (D) 399 Questão 77 A matriz X fornece, em reais, o custo das porções de arroz (1ª linha) carne (2ª linha) e saladas (3ª linha) utilizadas em um restaurante. www.cepreuniversitario.com.br 13 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS ⎛ 2⎞ ⎜ ⎟ x = ⎜6⎟ ⎜ 4⎟ ⎝ ⎠ Questão 81 A tabela a seguir mostra a população brasileira de 1940 a 1990. A matriz Y fornece o número de porções de arroz, carne e salada usadas na composição dos pratos P1, P2 e P3 do restaurante, sendo o prato Pi na linha i. Analisando as informações da tabela, podemos afirmar que: A matriz que fornece o custo da produção, em reais, dos pratos P1, P2 e P3 é: (A) em 1990 a população era o triplo da população em 1950. (B) de 1960 até 1980 a população dobrou. (C) em 1940 a população era um terço da população em 1980. (D) de 1960 a 1970 a população aumentou em 30 milhões de habitantes. (E) em 1960 a população era a metade da população em 1990. Questão 82 As questões de Matemática de um certo simulado foram classificadas em categorias quanto ao índice de facilidade, como mostra o gráfico de barras a seguir. Questão 78 Em um grupo de x + y homens, cada um mantém sempre a mesma produtividade, e todos têm a mesma produtividade. Se x homens fazem um trabalho em d dias, então em quantos dias x + y homens farão o mesmo trabalho? Questão 79 Dois sócios lucraram com a dissolução de uma sociedade e devem dividir o lucro de R$ 84.000,00. O sócio A empregou um capital de R$ 9.000,00 durante um ano e três meses, enquanto o sócio B aplicou um capital de R$ 15.000,00 durante um ano. Qual deve ser o lucro do sócio A? (A) R$ 24 000,00 (B) R$ 30 000,00 (C) R$ 36 000,00 (D) R$ 42 000,00 (E) R$ 48 000,00 Questão 80 Numa república hipotética, o presidente deve permanecer 4 anos em seu cargo; os senadores, 6 anos e os deputados, 3 anos. Nessa república, houve eleição para os três cargos em 2009. A próxima eleição simultânea para esses três cargos ocorrerá, novamente, em: (A) 2015 (B) 2018 (C) 2021 (D) 2024 (E) 2033 Se esta classificação fosse apresentada em um gráfico de setores circulares, a cada categoria corresponderia um setor circular. O ângulo do maior desses setores mediria: (A) 80° (B) 120° (C) 157° (D) 168° (E) 172° Questão 83 Em certa cidade, durante os dez primeiros dias do mês de maio de 2010, a temperatura, em graus Celsius, foi decrescendo de forma linear de acordo com a função T(t) = – 2t + 18, em que t é o tempo medido em dias. Nessas condições, pode-se afirmar que, no dia 8 de maio de 2010, a temperatura nessa cidade foi: (A) 0°C (C) 3°C (E) 6°C (B) 2°C (D) 4°C Questão 84 Em uma loja, o metro de um determinado tecido teve o seu preço reduzido de R$ 5,52 para R$ 4,60. Com R$ 253,92, a porcentagem de tecido que podemos comprar a mais é de: (A) 20% (B) 20,5% (C) 21% (D) 39% (E) 40% www.cepreuniversitario.com.br 14 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questão 85 Uma pirâmide, de mesma base e mesma altura que um aquário cúbico cheio de água é mergulhada nele. Parte da água transborda, como na figura. Questão 88 O produto de dois números positivos, que não são primos entre si, vale 825. Podemos concluir que o máximo divisor comum deles é: (A) 1 (B) 3 (C) 5 (D) 11 (E) 15 O número que expressa a relação entre a quantidade de água final no aquário e a inicial (antes de mergulhar a pirâmide) é, aproximadamente: (A) 25% (B) 33% (C) 50% (D) 67% (E) 72% Questão 86 Um reservatório tem a forma de um prisma reto cuja base é um retângulo com medidas interiores de 30 m de comprimento por 10 m de largura. Quanto devemos acrescentar, em litros de água, para elevar o nível em 30 cm, sabendo que 1 m3 = 1 000 litros? 2 (A) 15 · 10 (B) 25 · 102 3 (C) 45 · 10 (D) 75 · 103 3 (E) 90 · 10 Questão 89 Durante o processo de tratamento, uma peça de metal sofre uma variação de temperatura descrita pela função: f(t) = 2 + 4t – t2, 0 < t < 5. Em que instante t a temperatura atinge seu valor máximo? (A) 1 (B) 1,5 (C) 2 (D) 2,5 (E) 3 Questão 90 Em um reservatório com álcool foram despejados 150 litros de água para que a mistura tivesse 30% de água. Qual o volume total da mistura? (A) 250 litros. (B) 350 litros. (C) 400 litros. (D) 450 litros. (E) 500 litros. Questão 87 Um pequeno escritório instalado num flat do “Residence” é formado por duas salas quadradas justapostas, conforme a figura a seguir. A figura é uma planta simplificada. Sabendo-se que as diagonais do retângulo ABCD medem 4 5 metros, a área total “xy” (em metros quadrados) do escritório (despreza-se a espessura das paredes) é: (A) 16 (C) 40 (E) 36 (B) 32 (D) 28 www.cepreuniversitario.com.br 15 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS www.cepreuniversitario.com.br 16 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS www.cepreuniversitario.com.br 17 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS www.cepreuniversitario.com.br 18 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS www.cepreuniversitario.com.br 19 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS www.cepreuniversitario.com.br 20 SIMULADÃO ENEM – 2° DIA LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS www.cepreuniversitario.com.br 21