“Não confie em ninguém”: teorias da conspiração como mitologia
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“Não confie em ninguém”: teorias da conspiração como mitologia
Ensaios “Não confie em ninguém”: teorias da conspiração como mitologia política Wiverson Azarias Graduando em Sociologia e Política pela FESPSP ([email protected]) Resumo O objetivo principal deste texto consiste em aproximar as teorias da conspiração ao conceito de mito político, tal como foi definido pelo historiador francês Raoul Girardet. O propósito desta relação é justamente apresentar uma possível maneira de abordar as conspirações, construindo, assim, um ponto de partida para futuros trabalhos acadêmicos. Em nossa exposição, começamos por caracterizar o imaginário político como esfera do pensamento em que se prendem os discursos míticos. Em seguida, buscamos fragmentar o mito político em suas principais características; comparandoas, em seguida, com as teorias da conspiração. Palavras-chave teorias da conspiração; mitos políticos; imaginário político. Alabastro: revista eletrônica dos alunos da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, São Paulo, ano 3, v. 2, n. 6, 2015, p. 45-51. 45 Ensaios “Não confie em ninguém”: teorias da conspiração como mitologia política Wiverson Azarias Introdução Em meados de 1960, a mídia apresentou ao povo americano o termo “teoria da conspiração”1, uma expressão de natureza pejorativa usada, inicialmente, para se referir aos questionamentos lançados por investigadores independentes, que não acreditavam na explicação oficial dada ao assassinato de John F. Kennedy. Nos mais de cinquenta anos seguintes, inúmeras foram as vezes em que os grandes veículos de comunicação, inclusive os nacionais, recorreram ao termo – tornando-o cada vez mais domínio comum (SILVA; 2010). Muitos tendem a crer que as teorias conspiratórias são um fenômeno relativamente recente, porém, por detrás desta moderna fraseologia se esconde um peculiar tipo de discurso, que há séculos vêm ocupando a mente dos populares, a saber, “a denúncia do complô dos poderosos”. Em meio aos turbulentos anos da Revolução Francesa, por exemplo, encontrava-se a crença de que sociedades secretas, tais como a Maçonaria e a Illuminati, estariam à frente dos conflitos, planejando, posteriormente, “destruir todas as religiões e governos da Europa”. Já no século XX, mais especificamente após a Segunda Guerra Mundial, boatos de conspirações secretas muito semelhantes tomaram os Estados Unidos. Desta vez, entretanto, os “vilões” não eram os maçons ou os illuminati, e sim os comunistas – responsabilizados por tramar contra as “antigas virtudes americanas” (HOFSTADTER, 1964, p. 78). Apesar de evidenciada em diversos contextos históricos, a crença popular em maquinações governamentais secretas ainda não recebera a atenção merecida por parte dos acadêmicos, fato este que 1 “Conspiracy theory” em inglês. explica a extraordinária escassez de estudos referentes às modernas teorias da conspiração. É neste ponto que se encontra a pertinência do presente trabalho, que, semelhante a um ensaio, busca aproximar as tramas conspiracionistas ao conceito de mito político, tal como fizera Raoul Girardet (1987) em seu Mitos e Mitologias Políticas, texto que permeia toda a exposição a seguir. 1. Mito e imaginário político Antes de nos debruçarmos sobre o discurso do complô propriamente dito, é necessário reservar atenção ao terreno em que este é aceito e propagado. Em outros termos, temos que observar a mentalidade dos populares – a perspectiva destes frente ao mundo do poder e da política. No interior do senso comum, as teorias políticas, as ideologias partidárias ou mesmo o funcionamento do processo político quase não encontram espaço para se fixar. Ao invés do pensamento racionalmente organizado, encontramos, em meio à população, um conhecimento deformado no que condiz à política; deformação causada, em larga medida, pela presença de elementos emocionais e por expectativas. Esta visão frente ao universo do poder é o que Michel Maffesoli (2001) chama de imaginário político. Segundo o pensador, o imaginário deve ser encarado como um conjunto de ideias ricas em fantasia, em afetividade, em irracionalidade, mas que, mesmo assim, seriam extremamente eficazes em influenciar as decisões do povo. Para ele: Em política, cada vez mais a persuasão, caso se aceite este oxímoro, funciona pela sedução. O imaginário político trabalha Alabastro: revista eletrônica dos alunos da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, São Paulo, ano 3, v. 2, n. 6, 2015, p. 45-51. 46 Ensaios “Não confie em ninguém”: teorias da conspiração como mitologia política Wiverson Azarias a argumentação através de um arsenal de mecanismos emocionais, como os símbolos de um partido, as datas que devem ser comemoradas, os heróis [...] que devem ser lembrados, os ritos que precisam ser atualizados (MAFFESOLI, 2001). De acordo com o historiador francês Raoul Girardet (1987) – autor que complementa o trabalho de Maffesoli em vários sentidos –, as manifestações do imaginário político se dariam na forma de mitos políticos. A denúncia da conspiração secreta, as esperanças na “revolução redentora”, o desejo de retornar a um certo passado idealizado ou então a crença no “líder unificador da nação” seriam exemplos de construções do imaginário que, uma vez expressas em um discurso, tornar-se-iam mitos. Em decorrência deste pensamento, é de se supor que certas características discursivas permitiriam a um observador atento identificar os mitos políticos. Em sua obra, Girardet se esforça para nos apontar tais características. Segundo ele, mesmo possibilitando infinitas permutações em seu enredo, todos os mitos políticos seriam portadores de três elementos: (1°) nasceriam no formato de uma narrativa explicativa; (2°) concentrariam em si uma parcela de fantasia ou irracionalidade; e (3°) possuiriam um caráter político e mobilizador. Nas palavras do autor: [...] é em cada um desses planos que se desenvolve toda mitologia política, é em função dessas três dimensões que ela se estrutura e se afirma... Daí a necessidade de se situar em uma perspectiva global que, sem ignorar cada uma dessas dimensões, permite reencontrá-las todas em sua conjunção e em sua unidade (GIRARDET; 1987; p. 14). Discursos detentores destas três dimensões – portanto, mitos políticos – podem surgir, como afirma Girardet (1987, p. 12), “dos pontos mais opostos do horizonte político”, e serem classificados, ora “à esquerda”, ora “à direita”, de acordo com o momento em que ganham fama. Maffesoli (2001) parece partilhar deste olhar, pois defende que o imaginário político, mesmo sendo irracional, emotivo e, portanto, “despolitizado”, não deve ser considerado como um pensamento conservador por excelência. A seu ver, todas as pessoas que opinam sobre política, independentemente de suas preferências ideológicas, possuem um imaginário acerca do poder. Estas opiniões – não negam os autores – podem, em todo caso, ser utilizadas puramente como ferramentas em um embate político. Todas as vezes que candidatos, líderes partidários ou porta-vozes de movimentos sociais lançam mão de falas emotivas, quando criam uma aura messiânica ao redor de seus projetos ou mesmo quando espalham boatos depreciativos a respeito de seus adversários estão, na verdade, fazendo uso do poder do mito; jogando com o imaginário político. Algo para o qual devemos atentar uma vez alcançado este ponto da discussão, é que não estamos, neste texto, negligenciando o papel desempenhado pelo pensamento político logicamente conduzido na história de nossas sociedades. Imensurável fora, por exemplo, o impacto causado pelas obras de Maquiavel, Rousseau ou Marx – estaríamos errados se lhes negássemos o mérito. Não podemos, no entanto, atribuir toda a adesão e todo o fascínio gerado pelas ideias de tais pensadores apenas à razão, uma vez que o imaginário, o sonho e a esperança são elementos que invariavelmente contribuem para que doutrinas e ideologias se popularizem2. 2 Vejamos, por exemplo, como atua o imaginário – o irracional – a Alabastro: revista eletrônica dos alunos da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, São Paulo, ano 3, v. 2, n. 6, 2015, p. 45-51. 47 Ensaios “Não confie em ninguém”: teorias da conspiração como mitologia política Wiverson Azarias 2. As diferentes faces do mito Claude Lévi-Strauss (1973), cuja obra muito contribuiu para a compreensão dos mitos, não apenas concorda que esta temática fora pouco estudada, como também afirma que ela exige certo cuidado ao ser tratada pelo pesquisador. Raoul Girardet, tendo em vista esta complexidade, elabora um conceito de mito político abrangente, que não nega as principais definições de mito aceitas pelas ciências sociais: Segundo os antropólogos, por exemplo, a mitologia seria entendida como um conjunto de “narrativas fabulosas, normalmente sagradas, relacionadas a um tempo imemorial” e que desempenhariam um papel predominantemente explicativo, tanto no que diz respeito ao cosmos – buscando a origem e a natureza das coisas –, quanto ao mundo dos homens –esclarecendo o objetivo e o sentido da organização social dos povos (MOTTA; 1998; p. 94). Uma outra definição corrente – porém visivelmente marcada pelo racionalismo – é aquela que associa o termo “mito” à “fantasia”, e que, por conseguinte, o opõe à realidade. Assim encarados os mitos traduzir-se-iam em uma série de conhecimentos enganosos baseada apenas nos sonhos e na imaginação (MOTTA; 1998). A dicotomia mito-verdade, que tanto vemos em nosso cotidiano, provém justamente desse olhar. Devemos também reservar a nossa atenção para o pensamento do filósofo francês Georges Sorel (2004), um dos primeiros a identificar o papel político dos mitos. Em suas “Reflexões Sobre a respeito do marxismo: a aversão aos patrões, a aura messiânica da Revolução, as esperanças de se alcançar um futuro ideal e sem desigualdades, etc. (GIRARDET; 1987). Violência” – texto clássico do marxismo heterodoxo –, Sorel procura analisar certas crenças populares em função de seu potencial mobilizador, ou seja, dando atenção ao seu poder de influenciar, de motivar. Tais construções seriam, para ele, os mitos; narrativas que, se bem criadas e propagadas, teriam a capacidade de gerar revoltas populares, protestos, movimentos sociais e (por que não?) revoluções. Esta breve explanação (superficial em certo sentido) nos permite, logo de início, compreender a maneira em que Girardet compôs o mito político: tomando cada uma das definições apresentadas acima e transformando-as em dimensões constituintes de seu conceito3. A utilidade desta abordagem, no que compete aos objetivos deste texto, repousa no fato de que, uma vez aproximadas as teorias da conspiração à definição de mito político (ou seja, se identificarmos nas primeiras as três dimensões deste último), passaremos a vê-las de maneira ampla; observá-las, simultaneamente, como discurso, política e crença. Algo que, até então, não foi feito. Encontramos autores que traduzem a adesão às teorias da conspiração em termos de crença; outros que as enxergam como fruto de psicopatologias; e alguns inclusive que as definem como um discurso típico de demagogos extremistas (para conhecer os autores, ver SWAMI & COLES; 2010). Estas abordagens não podem ser consideradas como inteiramente equivocadas; porém, tomadas individualmente, nenhuma parece ser suficiente para explicarmos todas as características das teorias conspiratórias. Assim, o ideal seria recorrermos a um conceito que, devido a sua abrangência, seja capaz 3 Girardet (1987; p. 15) sabe que conceituar a narrativa mítica é sempre reduzi-la. O mito, como bem aponta o autor, é “poliformo”, de maneira que sempre se modifica. É por este motivo que o conceito oferecido pelo pensador é formado por dimensões amplas; as mais gerais possíveis. Alabastro: revista eletrônica dos alunos da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, São Paulo, ano 3, v. 2, n. 6, 2015, p. 45-51. 48 Ensaios “Não confie em ninguém”: teorias da conspiração como mitologia política Wiverson Azarias de comportar, sem carregar ambiguidades, os mais variados pontos de vista tidos frente às referidas teorias. O mito político, tal como Girardet o entende, aparece-nos como o que melhor cumpre esta função; para sabermos até onde é possível relacioná-lo com as teorias conspiratórias, basta compararmos as principais características destas às três dimensões que compõem o mito político. Dedicaremos a próxima parte deste trabalho exatamente a este objetivo. 3. Dissecando as tramas conspiratórias Em seu sentido jurídico, uma conspiração equivale a um “acordo secreto”4, levado a cabo por dois ou mais indivíduos que pretendem cometer um crime, uma fraude ou qualquer outro ato doloso. Diante das teorias da conspiração, entretanto, esta definição tornase muito pouco útil, na medida em que não esclarece a proporção, o contexto ou mesmo os agentes responsáveis por elaborar o complô – elementos estes bem explicitados nas narrativas conspiracionistas. Tomando de perto estas teorias, percebemos que elas sempre apresentam uma explicação alternativa para um dado acontecimento, interpretando-o como fruto de uma grande, porém secreta, conspiração política. Os responsáveis pelo complô invariavelmente detém uma parcela considerável de poder e influência – quantidade suficiente para ocultar seus próprios rastros, para coagir possíveis delatores, ou mesmo para controlar o Estado e a imprensa (SWAMI & COLES, 2010). Não existe consenso entre os teóricos quanto 4 Uma boa definição pode ser encontrada em: TARANTI, Patrick Giuliano; Dicionário Básico Jurídico: Termos e Expressões; 1° Ed; Cajuru/São Paulo; Clube dos Autores; 2011. ao grupo que põe em prática as conspirações. Ele pode ser tanto uma sociedade secreta, quanto um partido político; ser um cartel de banqueiros internacionais ou então uma agência de espionagem. Basicamente, cada teoria apresenta seu próprio “grupo de vilões”. Seja como for, a imagem da “instituição secreta”, capaz de atuar nos bastidores do planeta e moldar, em silêncio, toda a sociedade, é sempre evocada para se referir aos conspiradores. Os atentados de 11 de setembro de 2001, o surgimento e a propagação do vírus HIV, o assassinato de John F. Kennedy e a morte da princesa Diana são apenas alguns exemplos de eventos que foram, com o passar dos anos, sendo compreendidos como resultados dos esforços de um pequeno grupo de poderosos (SILVA; 2010). Resumindo as teorias da conspiração nestas características gerais, torna-se possível observar a presença de ao menos duas (das três) dimensões do mito político. Ao estabelecermos que as teorias propõem uma nova interpretação para os acontecimentos históricos, estamos reafirmando a sua função de narrativa explicativa; já a presença de conspiradores invisíveis, porém “superpoderosos”, equivale à parcela de mistificação e fantasia do enredo mítico. Portanto, a dimensão que, até o momento, vem escapando à nossa análise é a dimensão política – o potencial mobilizador das conspirações. Tal aspecto ainda não se tornou visível devido ao fato de que nos prendemos aos detalhes do enredo das teorias conspiratórias – às imagens míticas que sempre se repetem na narrativa. A terceira dimensão do mito político está implícita no enredo, porém apenas toma forma durante o ato da fala; durante o processo de narração das conspirações. É no desenrolar das denúncias que os teóricos incitam à ação; é a partir Alabastro: revista eletrônica dos alunos da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, São Paulo, ano 3, v. 2, n. 6, 2015, p. 45-51. 49 Ensaios “Não confie em ninguém”: teorias da conspiração como mitologia política Wiverson Azarias dos apelos feitos aos ouvintes e do sensacionalismo empregado na exposição das teorias que podemos efetivamente observar o incentivo a uma tomada de atitude por parte dos populares. É comum que os porta-vozes conspiracionistas se dirijam aos seus ouvintes como se estivessem partilhando com estes uma “informação privilegiada”, “confidencial”, e que colocaria em risco todo o desenvolvimento da conspiração. Diante da possibilidade de impedir o êxito dos conspiradores, acentua-se a necessidade de se propagar estas denúncias; de “alertar” o maior número possível de pessoas quanto à existência do complô. A evidência de que este tipo de estímulo é abraçado pela população manifesta-se sob a forma de grupos ativistas e movimentos de cunho político que possuem por base uma teoria da conspiração. Como exemplo de tais grupos, citemos o 9/11 Truth – segundo o qual o próprio governo americano estaria por trás dos ataques ao World Trade Center. Para os militantes, expor o fato de que houve uma conspiração em 11 de setembro de 2001 seria um meio de mobilizar o povo e punir os responsáveis. É desta forma que a presença da terceira dimensão do mito político tornase explícita no interior do universo das conspirações. Considerações finais A política não é feita apenas de razão. Tal ideia, que nos acompanhou o tempo inteiro neste trabalho, fora extraída do pensamento de Raoul Girardet; autor que, por esta afirmação, demonstra estar próximo de Lévi-Strauss (1973), segundo o qual as ideologias políticas teriam ocupado, na sociedade contemporânea, o mesmo lugar outrora reservado aos mitos. A concordância entre estes dois pensadores, entretanto, é apenas parcial, já que Lévi-Strauss enxerga a irracionalidade e a afetividade do mito nas ideologias. Todas, como nos dirá Girardet (1987), de fato são recobertas por expectativas e emoções, porém a lógica ainda é nelas uma característica dominante; qualquer coisa que escapa da sua racionalidade provém, não de seu interior, mas sim do imaginário – uma esfera autônoma do pensamento; conhecida justamente por preencher os discursos com elementos irracionais. No presente texto, buscamos caracterizar esta esfera do pensamento político, expondo sua composição e seu poder de influência. Vimos como o imaginário político é recheado de mitos políticos, e que as teorias da conspiração – uma vez possuidoras das três dimensões do mito – podem ser abordadas levando-se em consideração esta chave de conceitos. Por fim, esperamos que esta possível maneira de enxergar as conspirações também evite que as futuras pesquisas se convertam em esforços para “desmistificar” as teorias. Uma vez estabelecido que estas são de natureza mítica, torna-se secundária a preocupação em saber se as conspirações são reais ou não; em primeiro plano, surge-nos a necessidade de desvendar quais funções tais mitos exercem na sociedade, quais aspectos da realidade eles refletem (SWAMI & COLES; 2010). Um estudo apurado acerca do imaginário político pode se mostrar essencial para compreendermos melhor uma determinada sociedade – a maneira pela qual os diferentes grupos desta representam a política é um dos elementos que mais são capazes de explicar as preferências por um dado candidato ou partido político durante o período eleitoral. Alabastro: revista eletrônica dos alunos da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, São Paulo, ano 3, v. 2, n. 6, 2015, p. 45-51. 50 Ensaios “Não confie em ninguém”: teorias da conspiração como mitologia política Wiverson Azarias Compreendido como visão de mundo, o imaginário determinaria a organização do povo (ou de parcelas deste); manifestações, atos públicos, ou qualquer outra ação de caráter político podem ser vistas de uma nova perspectiva se considerarmos a atuação dos mitos políticos. Este texto limita-se à proposta; todo o trabalho ainda está por ser feito. SOREL, Georges E. Reflections on violence. Cambridge University Press: Cambridge, 2004, p. 3-24. SWAMI, Viren; COLES, Rebecca. The truth is out there. In: The Psychologist; Londres; v. 23; n. 7; pp. 560-563; jul. 2010. Referências bibliográficas GIRARDET, Raoul. Mitos e mitologias políticas. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. HOFSTADTER, Richard. The paranoid style in American politics. In: Harper´s Magazine, p. 7786, nov. 1964. LÉVI-STRAUSS, Claude. A estrutura dos mitos. In: Antropologia Estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1973, p. 237-265. MAFFESOLI, Michel. O imaginário é uma realidade. In: Famecos. Porto Alegre; n. 15; p. 74-82; ago. 2001. Entrevista concedida a Juremir Machado da Silva. MOTTA, Rodrigo P. S. O mito da conspiração judaico-comunista. In: Revista de História. São Paulo; n. 138; p. 93-105, 1998. SILVA, Sandra; Teorias da conspiração: Sedução e Resistência a partir da Literacia Midiática, 2010. 87 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação). Faculdade de Letras da Universidade do Porto: Porto, 2010. Alabastro: revista eletrônica dos alunos da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, São Paulo, ano 3, v. 2, n. 6, 2015, p. 45-51. 51