apresentação geral dadisciplina
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apresentação geral dadisciplina
4 COLÉGIO ESTADUAL CRLOS GOMES ENSINO MÉDIO PROPOSTA CURRICULAR 2013 APRESENTAÇÃO Ensino Médio no inicio do novo século deverá superar a concepção conteudista que o tem caracterizado, em face de sua versão predominantemente propedêutica , para promover mediações significativas entre os jovens e o conhecimento cientifico , articulando saberes tácitos, experiências e atitudes. Essa mudança é imperativa de sobrevivência em um mundo imerso em profunda crise econômica, política e ideológica, onde a falta de utopia tem levado os jovens ao individualismo, ao hedonismo e a violência, em face da perda do significado da vida individual e coletiva. A nossa escola pública só será efetivamente democrática, se propiciarmos as necessárias mediações para que os menos favorecidos estejam em condições de identificar, compreender e buscar suprir, ao longo de sua vida, suas necessidades com relação á participação na produção cientifica, tecnológica e cultural. Nosso trabalho será elaborado aos jovens que vivem do trabalho, para isso iremos contemplar diferentes conteúdos em diferentes disciplinas para atender os as especificidades de nossos jovens alunos, diferentes e desiguais social e economicamente, sem que isso comprometa o conceito de escola unitária. 5 – conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural, adequação à natureza do trabalho na zona rural. Reconhecer a diversidade sociocultural e o direito à igualdade e à diferença, possibilitando a definição de diretrizes operacionais para a educação rural sem, no entanto, recorrer a uma lógica exclusiva e de ruptura com um projeto global de educação para o País. Respeitando-se a diversidade e acolhendo as diferenças sem transformá-las em desigualdades. “É recente”, no Brasil, a discussão sobre a relação dos objetivos e resultados do sistema educacional e a elevação da qualidade de desempenho do setor produtivo e a necessidade de que este processo resulte na elevação da competitividade internacional do Brasil e na melhoria da qualidade do povo brasileiro. Hoje, a reorganização do setor produtivo, seja autônoma ou incentivada pela introdução de novas tecnologias, traz à agenda nacional novas questões e exigências para a educação como um todo. Este trabalho tem a finalidade de buscar alternativas, prioridades e estratégias para o avanço do que é necessário fazer para alcançar esta relação harmoniosa dos resultados da ação educativa com as atuais necessidades da realidade brasileira. O que se busca é a adequação dos objetivos educacionais às novas exigências do mercado internacional e interno, e, em especial, na consolidação do processo democrático no que concerne à formação do cidadão-produtivo. Busca-se superar a discussão sobre a qualidade na educação, do ponto de vista restrito da melhoria da gestão do sistema educacional e de seus instrumentos específicos, para alcançar consensos mais estruturais sobre a busca de um sistema educacional integrado às exigências qualitativas do setor produtivo e da sociedade.” [Brasil, 1995] “O conhecimento é apontado por especialistas como recurso controlador e fator de produção decisivo de inserção social. Esse fato tende a mudar fundamentalmente a estrutura da sociedade, criar novas dinâmicas sociais e econômicas, como também novas políticas. Hoje em dia não basta somente visar a capacitação dos estudantes para futuras habilitações nas especializações tradicionais. Trata-se de ter em vista a formação dos estudantes para o desenvolvimento de suas capacidades, em função de novos saberes que se produzem e que demandam um novo tipo de profissional. 6 Essas relações entre conhecimento e trabalho exigem capacidade de iniciativa e inovação e, mais do que nunca, a máxima ‘aprender a aprender’ parece se impor à máxima ‘aprender determinados conteúdos’. Isso significa novas demandas para a educação básica, em que se destacam os conteúdos que façam sentido para o momento de vida presente e que ao mesmo tempo favoreçam o aprendizado de que o processo de aprender é permanente. Para tanto, é necessária a utilização de metodologias capazes de priorizar a construção de estratégias de verificação e comprovação de hipóteses na construção do conhecimento, a construção de argumentação capaz de controlar os resultados desse processo,o desenvolvimento do espírito crítico capaz de favorecer a criatividade, a compreensão dos limites e alcances lógicos das explicações propostas. Metodologias que favoreçam essas capacidades favorecem também o desenvolvimento da autonomia do sujeito, o sentimento de segurança em relação às suas próprias capacidades, interagindo de modo orgânico e integrado num trabalho de equipe e, portanto, sendo capaz de atuar em níveis de interlocução mais complexos e diferenciados. “Em resumo, busca-se um ensino de qualidade capaz de formar cidadãos que interfiram criticamente na realidade para transformá-la e não apenas que se integrem ao mercado de trabalho.” [Brasil, 1998: 44-45] . COLÉGIO ESTADUAL CARLOS GOMES ENSINO MÉDIO 2. ARTE APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA As manifestações artísticas acompanham o homem desde os primórdios da humanidade, quando as primeiras manifestações estéticas ainda se relacionavam apenas a uma necessidade de cumprir um ritual de conquistas fosse do animal a ser caçado ou da perpetuação da espécie humana. Assim o homem teve que aprender e construir conhecimentos para difundir essa pratica e compartilhar com os demais seu aprendizado. 7 Sendo assim aprendizagem e arte sempre existiram e se transformaram ao longo da história, de acordo com as normas e valores estabelecidos, em diferentes ambientes culturais e em suas varias linguagens artísticas. O universo da arte caracteriza um tipo particular de conhecimento, que o ser humano produz, a partir das perguntas fundamentais, que faz relação com o seu lugar no mundo. O ensino de arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estético, artístico e contextualizado, aproximando-o do universo cultural da humanidade nas suas diversas representações. Em arte, a pratica pedagógica contemplará as artes visuais, a dança, a música, o teatro, tendo uma organização semelhante entre os níveis e modalidades da educação básica adotando como referência as relações estabelecidas entre a arte e a sociedade. A partir das concepções da arte e de seu ensino já abordados, alguns campos conceituais devem ser lembrados, pois contribuem para as reflexões a respeito do objeto de estudo da disciplina de arte: • O conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto artístico em seus aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e a percepção, articulam-se numa organização que expressa esses pensamentos e sentimentos, sob a forma de representações artísticas como, por exemplo, os elementos formais, ponto, linha, superfície, textura, volume, luz e cor nas artes visuais; altura, duração, timbre, intensidade e densidade na música; personagem, expressões corporais, vocais, gestuais e faciais, ação e espaço cênico no teatro; movimento corporal, tempo e espaço em dança. • O conhecimento artístico está relacionado com o fazer e com o processo criativo. Considera desde o imaginário, a elaboração e a formalização do objeto artístico até o contato com o público. Durante esse processo, as formas resultantes das sínteses 8 emocionais e cognitivas expressam saberes específico a partir do trabalho com materiais, técnicas e com os elementos formais básicos e composição constitutivos das artes visuais, da dança, da música e do teatro. • O conhecimento contextualizado envolve o contexto histórico (político, econômico e sociocultural) dos objetos artísticos e contribui para a compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos, possibilitando um aprofundamento na investigação desse objeto. Norteada pelo conjunto desses campos conceituais, a construção do conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza na estética por meio da percepção, da analise, da criação/produção e da contextualização histórica. Apesar de suas especificidades, esses campos conceituais são interdependentes e articulados entre si, abrangem todos os aspectos do objeto de estudo. A articulação dos conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizado, aliados à práxis no ensino de arte, possibilita a apreensão dos conteúdos da disciplina e das possíveis relações entre seus elementos constitutivos. Ao considerar a arte como fruto da percepção, da necessidade de expressão e da manifestação da capacidade criadora humana, ela converte-se numa síntese superior do trabalho dos sujeitos, na medida em que a arte é um dos modos pelo qual o homem supera no seu fazer, os limites da utilidade material imediata, que ultrapassam os condicionamentos da sobrevivência física e torna-se parte fundamental do processo de humanização, isto é, de como os seres humanos se constroem continuamente. A arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é transformar e nesse processo o sujeito também se recria. A arte, quando cria uma nova realidade, reflete a essência real. 9 A arte, compreendida como área de conhecimento, apresenta relações com a cultura por meio das manifestações expressas em bens materiais (bens físicos) e imateriais (práticas culturais coletivas). Olhando a arte por uma perspectiva antropológica, é possível considerar que toda produção artística e cultural é um modo pelo qual os sujeitos entendem e marcam a sua existência no mundo. Dessa forma, concebe as várias instancias de produção de conhecimento, ou seja, os conteúdos pessoais de cada sujeito, interligados à produção cultural local, regional e global como fonte geradora de significados em arte. A linguagem, na construção do conhecimento em arte, passa a ser compreendida como o elo entre o conteúdo do sujeito e a cultura em suas diversas produções e manifestações artísticas. Entende que ao se apropriar dos elementos básicos ou formais das mesmas, o sujeito se torna capaz de refletir, de interpretar e de se posicionar diante do objeto de estudo. A área de arte tem uma função importante a cumprir ela situa o fazer artístico com fato e necessidade de humanizar o homem histórico, para conhecer alem de suas características particulares e permite contextualizar a época em que vive na sua relação com as demais. A disciplina de arte também favorece o aluno ao relacionar-se criadoramente com as outras disciplinas do currículo no ensino médio, o aluno que exercita continuamente sua imaginação estará mais habilitado a construir textos e a desenvolver um problema matemático alem de compreender a relatividade de valores que estão enraizados nos seus modos de pensar e agir, que pode criar um campo de sentido para valorização do que lhe é próprio e favorecer abertura á riqueza e à diversidade da imaginação humana. OBJETIVOS Desenvolver a competência estética e artística nas diversas áreas de arte, tanto para produzir trabalhos pessoais e grupais quanto para que possa, progressivamente, apreciar, desfrutar, 1 valorizar e julgar os bens artísticos, de distintos povos e culturas, produzidos ao longo da história e na contemporaneidade, mantendo uma atitude de busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fluir produções artísticas. Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados em arte. Mantendo uma atitude de busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, progressivamente, apreciar, desfrutar, valoriza Edificar uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas, no percurso de criação, que abriga uma multiplicidade de procedimentos e soluções. Levar o aluno à apropriação do conhecimento em arte, dentro de um processo criador que transforma o real, produzindo novas maneiras de ver e sentir o mundo. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são interdependentes e de mutua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses conteúdos deve ser de forma simultânea, pois os elementos formais, organizados através da técnica, do estilo e do conhecimento em arte constituirão a composição, que se materializa como obra de arte nos movimentos e períodos. Elementos formais: são elementos da cultura, que são observados nas produções humanas e na natureza, eles são a matéria prima para a produção artística e o conhecimento em arte. Estes elementos como, por exemplo, o timbre em música, a cor em artes visuais, a personagem em teatro ou o corpo em dança, são diferentes em cada área, mas todas as áreas são organizadas mediante os elementos formais. Os elementos formais são articulados porque o aluno percebe como a área que está sendo abordada se organiza e poderá compreender que as outras áreas têm suas próprias formas de organização. 1 Composição: é a produção artística, ela acontece por meio da organização e dos desdobramentos dos elementos formais. Ao participar de uma composição, cada elemento visual configura o espaço de um modo diferente e, ao caracterizá-lo, os elementos também se caracterizam. Movimentos e períodos: constituem-se no conteúdo da história que está relacionado com o conhecimento em arte. Esses conteúdos têm por objetivo revelar o conteúdo social da arte por meio de fatos históricos, culturais e sócias, que alteram as relações internas ou externas de um movimento artístico, cada um com suas especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas. A opção pelos elementos formais e de composição trabalhados pelos artistas determinam os estilos e gêneros dos movimentos artísticos nos diferentes períodos históricos, da mesma forma a visão de mundo, característica dos movimentos e períodos, também determinam os modos de composição e de seleção dos elementos formais que serão privilegiados. Concomitantemente, o conteúdo estruturante tempo e espaço não só está presente no interior dos conteúdos, como é também, um elemento articulador entre os mesmos. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS ARTES VISUAIS Ponto, linha, superfície, textura volume luz e Cor. Técnicas de desenho. Técnicas de pintura. Escultura Gravura MÚSICA: Altura Duração Timbre Intensidade Densidade. Ritmo, melodia, harmonia, intervalo melódico e harmônico. Gêneros musicais. 1 Técnicas musicais. DANÇA: Movimento corporal, tempo e espaço. Coreografia, sonoplastia, deslocamento, formação, rotação, ponto de apoio, salto e queda. Gêneros e técnicas. TEATRO: Personagem, expressões corporais, vocais, gestuais e faciais. Ação, espaço cênico, representação, sonoplastia, figurino, maquiagem, adereços, cenografia, iluminação. Jogos teatrais, roteiro, enredo, gêneros e técnicas. HISTORIA DA ARTE: Arte rupestre Arte egípcia; Arte Grego-Romana; Arte Africana; Arte Oriental; Arte Medieval; Renascimento; Barroco; Neoclassicismo; Realismo; Impressionismo; Expressionismo; 1 Romantismo; Fauvismo; Cubismo; Abstracionismo; Dadaísmo; Surrealismo; Op-art; Pop-art; Arte Brasileira; Arte Paranaense; História da fotografia e do cinema. METODOLOGIA Possibilitar os alunos ao acesso às obras artística de música, teatro, dança e artes visuais para que os mesmos possam familiarizar-se com as diversas formas de produção da arte. Mediar o acesso de apreciação e apropriação com conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras e a realidade, transcendendo as aparências, apreendendo, através da arte, parte da totalidade humana social. Considerar a origem cultural e o grupo social dos alunos, investigando e trabalhando os conhecimentos produzidos na comunidade e as manifestações artísticas que produzem significado de vida para estes alunos, tanto na produção como na fruição. Mostrar aos alunos o conhecimento através dos conteúdos, e leva-lo a compreender que é importante o sentir e perceber no trabalho artístico, pois o conhecimento em arte se efetiva somente quando esses três momentos são trabalhos. 1 Dar oportunidade para os alunos conhecer os conteúdos com clareza e oferecer materiais adequados para participar das atividades com qualidade e que os mesmos possam liberar suas criatividades. Fazer fluir formas artísticas, utilizando informações e qualidades perceptivas e imaginárias para estabelecer um contato, uma conversa em que às formas signifiquem coisas diferentes para cada pessoa. Colocar o aluno em contato com produções artísticas de diversas linguagens, e vindas de vários meios de informações, fazendo com que ele possa exercitar suas capacidades cognitivas, sensitivas, afetivas e imaginativas, organizadas em torno da aprendizagem artística e estética. Reflexão sobre arte, e suas diversas definições a importância para o nosso crescimento intelectual e cultural e da mesma no currículo escolar. Observação, pesquisa e conhecimento das cores, formas e textura ao nosso redor, e principalmente nos lugares de maior permanência e que passa despercebido ao nosso olhar, pela nossa correria do dia a dia. Compreensão e diferenciação sobre desenho, pintura, gravura e escultura suas técnicas associando-as aos movimentos artísticos que ocorreram ao longo da história. Discutir e refletir sobre a classificação musical seus elementos formais como timbre, intensidade, densidade, altura, duração e sua influencia no contexto sociocultural, conhecendo usos e funções da música em épocas e sociedades distintas, percebendo as participações diferenciadas de gênero, minorias e etnias. Aperfeiçoamento e compreensão dos elementos formais que vem a ser tempo da dança, dinâmicas de movimento, uso do espaço e coreografias. Reconhecimento e identificação da interdependência dos diversos elementos que envolvem a produção de uma cena: a atuação, a coordenação da cena, o cenário, a iluminação, a sonoplastia. 1 Levar os alunos a perceber as relações que cada movimento e período tem com os de outra áreas da arte, e como apresentam pontos em comum em determinados momentos. AVALIAÇÃO A avaliação em arte será forma mediadora e formativa alem de diagnóstica e processual, diagnóstica por ser considerado primeiramente a história do processo pessoal de cada aluno qual o conhecimento que ele traz dentro de cada modalidade de arte como a música, dança, teatro e artes visuais e a forma que ale apresenta seu conhecimento para a classe e seu professor, pois mesmo que já estejam definidos os conteúdos que serão trabalhados, a forma e a profundidade de sua abordagem dependem do conhecimento que os alunos possuem; processual pelo o decorrer das aulas conforme interações com os conteúdos e participação das atividades artísticas propostas e em seus registros em pasta, pesquisas feitas em conjunto das aulas ou em momentos fora do horário de aula, com apresentação de trabalho para o grupo e individual e através de uma verificação escrita para analisar se a aprendizagem ocorreu. O professor de arte deverá promover também situações de auto-avaliação para desenvolver a reflexão do aluno sobre seu papel de estudante do ensino médio. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, Aracy A. Arte para quê?: a preocupação social na arte brasileira 1930-1970.3ªed.São Paulo:Studio Nobel, 2003. BARBOSA, Ana Mae (org.). Inquietações e Mudanças no ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2002. BARBOSA, Ruy Madsen. Descobrindo padrões em mosaicos. São Paulo: Atual, 1993. 1 BOAL, Augusto. Jogos para atores e não-atores. 8ªed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. BRIOSCHI, Gabriela. Arte Hoje. São Paulo: FTD, 2003. CUNHA, Suzana Rangel Vieira da (org.). Cor, som e movimento: a expressão plástica, musical e dramática no cotidiano da criança. Porto Alegre: Mediação, 1999. FISCHER, Ernest. A Necessidade da Arte. 9ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. GOMBRICH, E. H; trad. Álvaro Cabral. A História da Arte. Rio de Janeiro: LTC, 2006. JAPIASSU, Ricardo Ottoni Vaz. Metodologia do Ensino de Teatro. 4ªed. Campinas, SP: Papirus, 2001. KOHL, MaryAnn. POTTER, Jean; trad. Magda França Lopes. Descobrindo a Ciência pela Arte: Propostas de Experiências. Porto Alegre: Artmed, 2003. LABAN, Rudolf;ed.organizada por Lisa Ullmann;(tradução de Anna Maria Barros De Vecchi e Maria Sílvia Moura Netto).Domínio do Movimento. São Paulo: Summus,1978. MARQUES, Isabel A. Dançando na escola. 2ª.São Paulo:Cortez,2005. MEGALE, Nilza B. Folclore Brasileiro. 3ªed. Petrópolis: Vozes, 2001. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Arte – Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006. PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Artes Para o ensino Médio Curitiba: SEED-PR, julho,2006. RICHTER, Ivone Mendes. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes visuais. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2003. VYGOTSKY, L.S. trad. Paulo Bezerra. Psicologia da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1999. WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. 1 3. BIOLOGIA Apresentação geral da disciplina A Biologia pode ser definida como o conjunto de todas as ciências que estudam as espécies vivas e as leis da vida, mas particularmente, é o estudo científico do ciclo reprodutivo das espécies animais e vegetais, do desenvolvimento da vida individual, por oposição à filosofia, que estuda as leis constantes do funcionamento dos seres. A Biologia é uma ciência bela, porém complexa, em que os fenômenos estudados geralmente são cercados por variações e exceções. É uma ciência dinâmica, pois dinâmica é a vida, uma realidade em constante transformação. É evidente que os conhecimentos de Biologia e de suas aplicações afetam a vida de todos nós. Portanto, cada um tem a obrigação de Ter alguma preocupação com estes fatos, não apenas para compreender nossa situação presente, mas também para sentir que, obviamente, é necessário melhorar esta situação. O próprio homem pode ser considerado como um fenômeno biológico e objeto deste estudo. Certamente, este não será o único caminho para se estudar o homem nem revela todo o homem, mas com certeza constitui uma parte absolutamente essencial da tentativa desta revelação. Os problemas de ordem biológica, enfrentados pela humanidade, exigem um público alerta, imbuído de todas as informações e habilidades intelectuais de que os indivíduos podem dispor. Não podemos nos dar ao luxo de abandonarmos nosso conhecimento à porta das salas de aula assim que sairmos. A era atual se apresenta como um tempo de grandes possibilidades, onde o conhecimento científico e tecnológico permitem interferir diretamente na vida das plantas, dos animais e do próprio ser humano. Extrapolando limites, tanto as fronteiras das ciências como da organização social e econômica. O termo biotecnologia é recente, mas sua aplicação é antiga. Os estudos sobre seus avanços, suas implicações éticas e morais na sociedade são de grande importância e estão diretamente ligados a Biologia. Devemos, portanto, por todos os meios, encorajar e estimular os estudantes a gostarem de Biologia, porque o principal motivo que nos leva a ensiná-la, é que ele possa utilizar o que aprendeu e refletir sobre questões que envolvem, inclusive, a sobrevivência das espécies no planeta. Basicamente, o estudo na disciplina de Biologia é o fenômeno vida em todas as suas manifestações, desde o nível molecular microscópio até a grande intricada teia da biosfera. A vida 1 não pode ser definida ou delimitada por um simples conceito, mas é possível caracterizá-la. Cabe a Biologia, portanto investigar e levantar todos os possíveis dados, informações e processos sobre o fenômeno vida, de modo de sistematizá-los, interpretá-los e torná-los compreensíveis ao homem. A. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA Segundo Krasilchik (1983, p 14) os objetivos do ensino de Biologia passariam a ser – Aprender conceitos básicos, vivenciar o método científico, e mais, analisar as implicações sociais das ciências e tecnologia. • Permitir a compreensão mais racional do fenômeno vida e de suas formas de manifestações, levando a uma concepção de mundo isenta de superstições e preconceitos. • Conduzir a uma reflexão e a um posicionamento mais adequado e crítico em relação à natureza e ao homem, como indivíduo e como parte da sociedade em que vive e do ambiente em que ocupa. • Desenvolver a capacidade de observação, coleta e organização de dados, utilização de instrumentos, levantar hipóteses e testá-las experimentalmente, concluindo através de aceitação ou rejeição das mesmas. • Favorecer o desenvolvimento de posturas críticas e ativas em relação a dados, e as informações, rejeitando a simples aceitação passiva e incondicional. • Desenvolver a capacidade de generalização e de transferência de conclusões para situações reais e cotidianas, reconhecendo-as nos fenômenos naturais e em aplicações práticas. B. CONTEUDOS PARA DISCIPLINA NO ENSINO MÉDIO Estabelecer os conteúdos estruturantes para o ensino de Biologia requer uma análise do momento histórico, social, político e econômico que vivemos. A decisão sobre o que ensinar deve ocorrer de forma a promover as finalidades e objetivos dessa modalidade de ensino e da disciplina. 1 Os conteúdos deverão ser abordados de forma significativa que leve o aluno a refletir sobre a situação – problema que envolve a discussão crítica, que desperte interesse e vontade de buscar mais informações relacionadas com a construção de uma visão de mundo, outros práticos e instrumentais para a ação, permitindo a formação de um sujeito crítico, cidadão consciente integrado à sociedade e à natureza. Tendo de ser incorporado as discussões temas como biodiversidade, biosfera e evolução, cabendo ao professor acompanhar os avanços científicos decorrentes e estabelecer os conteúdos fundamentais para o ensino de Biologia pautados nos seguintes conteúdos estruturantes: • Organização dos Seres Vivos; • Mecanismos Biológicos; • Biodiversidade; • Manipulação genética. Em concordância com a Diretriz Curricular de Biologia para a Educação Básica do Estado do Paraná a abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes enfatizando os conteúdos básicos da disciplina. CONTEÚDOS BÁSICOS • Classificação dos seres vivos: critérios taxionômicos e filogenéticos. • Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia. • Mecanismos de desenvolvimento embriológico. • Teoria celular: mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. • Teorias evolutivas. • Transmissão das características hereditárias. • Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o ambiente. • Organismos geneticamente modificados. • Desafios Educacionais Contemporâneos. Nas três séries serão trabalhados temas relacionados a questão ambiental constantemente, por ser uma cidade privilegiadas pelos recursos naturais – manutenção e preservação do meio ambiente, água e mata ciliar. 2 ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA DA DISCIPLINA “A disciplina na aquisição de novos conhecimentos não está na existência de conhecimento prévio dos alunos, baseados em ideias intuitivas ou pré – conceituais e sim na forma como esses conhecimentos são adquiridos, sendo assim no ensino de Biologia, o aluno deve encontrar espaço para incorporar tanto os conhecimentos atualmente disponíveis quanto os mecanismos de produção desses conhecimentos.” (Baptista, 2002). A metodologia a ser aplicada deve contribuir para a formação do aluno na disciplina de Biologia e sua importância no desenvolvimento cientifico e tecnológico da sociedade. Compreender a Biologia nas observações do cotidiano. Realizar atividades de experiência na verificação dos principais conceitos, levando o aluno a enxergar de um modo novo a Biologia. Enxergar a Biologia se desvencilhando de tabus que sem base cientifica foram incorporados e serão levantados em forma de discussão, levando-se em conta o processo tecnológico alcançado, bem como os males a que a humanidade ficou exposta. Adquirir um conjunto de conceitos procedimentos e atitudes que operam como instrumento para interpretação do método cientifico, tecnológico e capacitando – os nas escolhas que faz como indivíduo e cidadão capaz de reconhecer sua posição como agente de mudanças e que estas geram consequências. Para o ensino dos conteúdos específicos de Biologia serão utilizadas estratégias metodológicas de ensino, recursos como a aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, as analogias, o debate, a demonstração, jogos didáticos, pesquisas, aulas práticas. Uso de diferentes imagens, tais como vídeo, transparências e fotos. Estudo do meio através de visitas aos parques, terrenos baldios, praças, rios, hortas, lixão e bosques. Desenvolvimento de trabalhos em grupos, individuais, projetos, seminários e aulas expositivas para transmissão de informações. Dando atenção especial aos aspectos éticos. Todas as estratégias devem ser utilizadas de maneira que possibilitem a participação dos alunos, favorecendo a expressão de seus pensamentos, suas percepções, interpretações, uma vez que aprender envolve a produção/criação de novos significados, tendo em vista que esse processo acarreta o encontro e confronto das diferentes ideias que circulam em sala de aula. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA 2 A avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. Professor e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superar os obstáculos. É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora. A avaliação será feita de forma integrada e contínua, tendo em vista os objetivos de cada assunto. O uso de vários instrumentos avaliativos serão empregados como apresentação de relatórios de pesquisa e experiências, observação sobre o desenvolvimento do aluno, trabalhos de classe e extraclasse, discussão e apresentação dos trabalhos, exercícios, atividades, participação em sala de aula e tarefas (motivação, interesse, esforço, responsabilidade, participação e comportamento em grupo), pesquisas (livros, jornais, revistas, internet), avaliação do rendimento do aluno no grupo, avaliação dos trabalhos individuais e em grupo, avaliação em dupla ou individual. BIBLIOGRAFIA CÉSAR E SEZAR, Biologia. 8ª ed. São Paulo: Saraiva. 2005. LAURENCE. J. Biologia: Ensino Médio, volume único. São Paulo: Nova Geração. 2005. Biologia/vários autores. Curitiba: SEED/Pr. 2006. SEED. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED/PR. 2006 4. EDUCAÇÃO FÍSICA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Pensar a Educação Física a partir de uma mudança significa uma reflexão sobre a insuficiência do atual modelo de ensino, o qual muitas vezes não contempla a enorme riqueza das manifestações corporais produzidas. Devemos considerar a disciplina de forma mais abrangente, propiciando uma educação voltada para uma consciência crítica, onde o trabalho, enquanto categoria, é um dos princípios fundamentais das reflexões acerca de disciplina de Educação Física nesta proposta curricular. Assim, o papel da Educação Física será o de transcender aquilo que se apresentam como senso comum, desmistificando forma já arraigadas e equivocas sobre o entendimento das diversas 2 práticas e manifestações corporais. Desse modo, prioriza-se a construção do conhecimento sistematizada como oportunidade ímpar, de reelaboração de idéias e práticas que por meio de ações pedagógicas intensifiquem a compreensão do aluno sobre a gama de conhecimentos produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida. Como por exemplo destes conhecimentos, pode-se apresentar a discussão sobre a diversidade cultural em termos corporais, com o intuito de que os alunos possam respeitar as diferenças identificadas, bem como se posicionarem frente a elas de modo autônomo ,realizando opções, pautadas nos conhecimentos relevantes apresentados pelo professor. Nesta direção. Objetivo último das práticas corporais da Educação Física, deve ser a modificação das relações sociais, portanto, fundamenta-se os conteúdos da Educação Física: esportes, os jogos, a ginástica, a dança e as lutas, com o propósito e o compromisso firmado com uma Educação Física Transformadora. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA - Desenvolver atividades corporais de esporte, jogos, ginástica, lutas e danças, estabelecendo relações equilibradas e construtivas uns com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas individuais, bem como suas limitações sem qualquer espécie de discriminação. -Construir possibilidades diversas de análise e (re) criação das práticas corporais, por meio das variadas manifestações da cultura corporal, aprofundando a reflexão crítica dos alunos acerca dos conhecimentos próprios desta disciplina escolar. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Esporte. Jogos, ginástica, lutas e danças. Esportes - Desenvolvimento prático e fenômeno cultural. - Profissionalização esportiva. - Direito e acesso à prática esportiva. - Primeiros socorros. Jogos - Discussão a respeito de regras. 2 - Jogos cooperativos. - Cidadania. - Competição. Ginástica -Qualidade de vida. -Corpo e modismo. -Saúde. -Atividade Circense. Lutas - Capoeira. - Judô. - Fundamentos e técnicas. Danças - Expressão corporal. - Ritimo. - Cultura local e regional. METODOLOGIA Devemos permitir ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da cultura corporal, superando a perspectiva anterior, pautada no tecnicismo e na esportivização das práticas corporais, possibilitando ao aluno do ensino médio, mas do que pratica-lo, realizar uma leitura crítica das relações sociais que se constituem, na sociedade e se manifestam nas práticas esportivas. O jogo deve ser trabalhado como lúdico contribuindo na discussão a respeito de regras, reconhecendo as possibilidades de ação e organização coletiva, contemplando as mais variadas formas de jogo, onde as relações sociais sejam evidenciadas sem que ocorra a subordinação de um sobre os outros, a exemplo de jogos cooperativos, cabe a escola valorizar pedagogicamente os jogos oriundos das culturas locais e regionais que identificam determinadas sociedades. 2 A ginástica deve dar condições ao aluno de reconhecer as possibilidades de seu corpo, afastando-se da ginástica meramente competitiva, considerando a participação de todos, a criação espontânea de movimento e coreografia. O processo da escolarização desta atividade pode ser um caminho para o esclarecimento dos propósitos aos quais servem as lutas, inclusive apontando as transformações pelas quais passaram ao longo dos anos, distanciando-se, em grande parte, da sua finalidade inicial ligadas as técnicas de ataque e defesa, com o intuito de auto-proteção. A dança pode refletir aos diversos aspectos culturais dos povos e pode ser abordada sob inúmeras possibilidades, seja como manifestação expressiva do corpo através das danças típicas nacionais ou regionais, composição técnica, ambas abordagem considerando o ponto de vista cultural, a contribuição para a saúde e a manifestação social, através de atividades individuais ou em grupos, recortes de jornais e revistas, pesquisas na internet, livros didáticos, projeções de filmes com relatórios, envolvendo aulas práticas e teóricas. AVALIAÇÃO A avaliação deve estar colocada a serviço de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não como um elemento externo e excludente a este processo. Será um processo contínuo e permanente cumulativo e somativo, onde o professor estará organizando e reorganizando o seu trabalho tendo no horizonte as diversas manifestações corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, levando os alunos a refletirem e a se posicionarem criticamente como o intuito de construir uma suposta relação com o mundo. BIBLIOGRAFIA - GOVERNO DE ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Médio. - Educação Física. Ensino Médio. - KUNZ, E. Transformação Didático Pedagógica - Pedagogia do Esporte, Ijui, Unijui, 1994. 2 - CRESPO, J. A história do corpo. Lisboa difel, 1990. - COLETIVO DE AUTORES, Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. - GARCIA, R. L. (org). O corpo que fala dentro e fora da escola. Rio de Janeiro, DP&A, 2002. - FOURQUIN, J. C. Escola e cultura. Porto Alegre. Artes médicas. 1993. - PROJETO. POLÍTICO PEDAGÓGICO DO COLÉGIO ESTADUAL CARLOS GOMES. - CORLINI, A. L. Educação e a corporalidade do educando. Discorpo. São Paulo. Numero 04 p.41-60. 1995. - LDB - Lei de diretrizes e bases da educação. 5. FÍSICA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A Física tem como objeto de estudo o UNIVERSO, em toda a sua complexidade e por isso propões aos estudantes o estudo da natureza. A necessidade do estudo da Física surgiu a partir da curiosidade científica do homem. O desenvolvimento tecnológico atual deve-se essencialmente ao estudo da natureza e a procura por novas técnicas que auxiliem o homem na conquista do Universo. O olhar que recai sobre a natureza teve origem em remotos tempos, provavelmente na era paleolítica, onde o homem na tentativa de resolver seus problemas de ordem prática e de garantir sua subsistência. A importância desses conhecimentos para o empreendimento nas tecnologias em conjunto com as práticas sociais contemporâneas tem presença garantida na cultura de todos os seres humanos atualmente. A Física compreende as ciências relativas à matéria, a energia, ao espaço e ao tempo, além de todos os elementos pertinentes e que de alguma forma interagem com elas. Alguns pesquisadores consideram a Física a ciência de maior importância, pois seus princípios fornecem a base para outros campos científicos (Paul A. Tipler). Hoje prosseguimos com um tratamento disciplinar porque consideramos, conforme LOPES (1999) observou a partir de Bochelard, que a Física é um campo de conhecimentos específicos, em construção e socialmente reconhecido. 2 Dessa forma, esta diretriz busca construir um ensino de Física centrado em conteúdos e metodologias capazes de levar aos estudantes uma reflexão sobre o mundo das ciências e com a perspectiva de que esta não é somente fruto da pura racionalidade científica (Menezes, 2004). Entendesse, então que a Física deve educar para a cidadania e contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico. Assim, elaborou-se a proposta de conteúdos estruturantes, os quais foram indicados tendo em vista a evolução histórica das ideias e conceitos da Física. O estudo do movimento, a mecânica de Newton é de suma importância pois está intimamente ligada às questões externas ao meio científico como, por exemplo, as guerras, o comércio, os mitos e religiões. Permite também a compreensão de fenômenos ligados ao cotidiano do estudante, como caminhar, movimento de projéteis, movimentos de automotores, equilíbrio dos corpos num fluído, movimento dos planetas ao redor do Sol, o movimento da Lua em torno da Terra, a gravitação universal, entre outros. Com a incorporação das máquinas aos sistemas produtivos, fato que ocorreu a partir da revolução industrial, novas necessidades foram postas aos técnicos e cientistas que trabalhavam para o aprimoramento das máquinas térmicas, advindos do estudo de Carnot e o consequente estudo da Termodinâmica, facilitando assim o entendimento das trocas de calor e o movimento dos gases e a influência da temperatura, pressão e volume sobre os mesmos. Os fenômenos do movimento de elétrons também têm importante campo de estudo na Física, mais precisamente o Eletromagnetismo, onde o estudo do movimento do elétron e de seus efeitos tem acentuada participação na vida humana moderna, pois grande parte do desenvolvimento tecnológico está vinculado à esta ciência. Temos inúmeros contribuintes nessa ciência, como Maxwell cujas equações enunciam importantes Leis do eletromagnetismo. ROCHA (2002) diz que a Teoria Eletromagnética desempenha papel semelhante ao estudo dos movimentos sistematizados na Mecânica de Newton e da Termodinâmica. OBJETIVOS GERAIS: Retomar, ampliar e aprofundar a aprendizagem desenvolvida pelo aluno no Ensino Fundamental, diminuindo o degrau existente entre este nível e o Ensino Médio. Com isso, procurasse garantir uma continuidade natural no processo ensino-aprendizagem. Preparar o aluno para um eventual ingresso no mundo do trabalho. 2 Buscar na Física um ensino centrado em conteúdos e metodologias capazes de levar o estudante a refletir sobre o mundo das ciências sob uma perspectiva diferenciada e que não é somente fruto da pura racionalidade científica, compartilhando, “com mais pessoas e com menos álgebra, a emoção dos debates, a força dos princípios e a beleza dos conceitos científicos” (Menezes, 2004). Entender que a Física deve educar para a cidadania, contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito ativo e crítico, capaz de compreender a necessidade da dimensão do saber no estudo e entendimento do Universo que o cerca. Permitir a compreensão de fenômenos ligados ao cotidiano do estudante, como as leis que regem o movimento do seu corpo de outros objetos, as mudanças do estado físico da matéria e as trocas de calor envolvidas, bem como os fenômenos relacionados às cargas elétricas, além da fundamentação desses fenômenos na vida de cada ser humano, onde quer que esteja ou que faça. Contribuir para o desenvolvimento ético, humano e social do aluno, favorecendo a aquisição de conhecimentos socialmente relevantes e pertinentes para exercer plenamente sua cidadania. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS A SEREM DESENVOLVIDOS NO ENSINO MÉDIO. Século XVII: o O estudo dos Movimentos: Mecânica de Newton; o Estática; o Dinâmica; o Astronomia. Século XIX: o A Termodinâmica; o Gases; o Pressão; o Temperatura; o Calor. Século XIX: o A Teoria Eletromagnética de Maxwell; o Magnetismo; o Eletricidade; 2 o Ótica. METODOLOGIA: Tratar os conteúdos estruturantes de forma contextualizada, significando aproveitar ao máximo as relações existentes entre esses conteúdos e o contexto pessoal ou social do aluno, de modo a dar significado ao que está sendo apresentado, levando-se em conta que todo conhecimento envolve uma relação ativa entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Assim a contextualização ajuda a desenvolver nele a capacidade de relacionar o apreendido com o observado e a teoria com suas consequências e aplicações práticas. Ajuda também a articular a Física com os temas atuais da ciência e da tecnologia, bem como fazer conexões dentro da própria Física. O desenvolvimento e a história das Ciências, principalmente da Física, também é uma importante ferramenta de contextualização ao enfocar a evolução e as crises pelas quais determinados conceitos físicos passaram ao longo da História. O estudo de Física leva o aluno a observar e constatar diferentes formas nos objetos que o cerca, manusear diferentes materiais, além de fazer comparações, levantar hipóteses e fazer conclusões. Antes de iniciar qualquer estudo é necessário verificar os conhecimentos prévios que cada aluno vivenciou. A compreensão da evolução dos sistemas físicos, as aplicações possíveis são obtidas a partir dessa e suas influências agem diretamente na sociedade, especificamente após a revolução industrial e a não neutralidade da produção científica, são considerações importantes e que podem ajudar o estudante a compreender a ciência não apenas como uma busca de princípios gerais, e sim com a capacidade de resolver problemas. As formas metodológicas utilizadas durante o ano letivo terão como pressuposto o desenvolvimento intelecto-social dos educandos, utilizando recursos que interagem a teoria e a prática, apresentando fatos concretos e palpáveis do dia-a-dia e que são notícias constantes em jornais e revistas científicas. Mostrar historicamente o processo, o desenvolvimento e a aplicação do saber científico através de aulas expositivas. Priorizar o entendimento do fenômeno físico com redução das considerações matemáticas através de exercícios e problemas. Possibilitar a compreensão de determinada abstração experimentação. Socializar os alunos através de pesquisas individuais ou em grupo. física mediante simples 2 Mostrar através de exposição de cartazes, objetos e fotografias as diferentes formas de se aprender os fenômenos físicos. Utilizar a informática como meio de interação dos estudantes, demonstrando as diferentes técnicas de informação e de instrução que existem atualmente, tornando alguns conhecimentos acessíveis e como forma de homogeinizar o nível de conhecimento dos estudantes. Organizar e tratar os conteúdos de ensino e as situações de aprendizagem de modo a destacar as múltiplas interações entre as diversas disciplinas do currículo, superando sempre que possível a fragmentação entre elas. A Matemática e a Física, por exemplo, se aproximam, pois têm muitas afinidades, enquanto outras se diferenciam em diversos aspectos: pelos métodos e procedimentos que envolvem, pelo objeto que pretendem conhecer ou ainda pelo tipo de habilidade que mobilizam naquilo que se está investigando, conhecendo, ensinando ou aprendendo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BERNSTEIN, J. As idéias de Einstein. – São Paulo: Editora Cultrix Ltda, 1973. CHESMAN, C.; ANDRÉ, C.; MACEDO, A. Física moderna: experimental e aplicada. 2 ed. – São Paulo: Editora Livraria da Física, 2004. DIAS, V. S. Michael Faraday: subsídios para metodologia de trabalho experimental. – São Paulo: USP, 2004. Dissertação de Mestrado. GILMORE, R. Alice no país do quantum. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997. GREF. Física 2. – São Paulo: Edusp, 2005. _____. Eletromagnetismo. – 4. ed – São Paulo: Edusp, 1993. GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA. Física 2: Física térmica / Óptica / GREF – 5. ed. 3. reimp. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005. KUENZER, Acácia (org.). Ensino médio: construindo uma propopsta para os que vivem do trabalho. –4. ed. – São Paulo: Cortez, 2005. MARTINS, Roberto de Andrade. O universo – Teorias sobre sua origem e evolução. – São Paulo: Moderna, 1997. (Coleção Polêmica). MEDEIROS, A. A termometria de Galileu a Fahrenheit. – Recife: Editora Líber, 1999. MENEZES, L. C. A matéria: uma aventura do espírito. – São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005. NICOLSON, I. Gravidade, buracos negros e o universo. – Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1981. OLIVEIRA, I. S. Física moderna – para iniciados, interessados e aficcionados. Vol. 1. – São Paulo: Livraria da Física, 2005. PARKER, S. Galileu e o universo. – São Paulo: Scipione, 1996. __________. Edison e a lâmpada elétrica. – São Paulo: Scipione, 1996. (Coleção caminhos da Ciência). 3 PRATES, J. P. Ciência hoje: origens dos ventos. – Rio de Janeiro: SBPC, 1996. QUADROS, Sérgio. A termodinâmica e a invenção das máquinas térmicas. – São Paulo: Scipione, 1996. RESNICK, Robert e HALLIDAY, David. Física 1. – 4 ed. – Rio de Janeiro: Livros Técnicos Científicos, 1984. RIBEIRO, Vera Masagão (Org.). Educação de Jovens e adultos: novos leitores, novas leituras. – Campinas, SP: Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil. – ALB; São Paulo: Ação Educativa, 2001. (Coleção Leituras do Brasil). ROCHA, José Fernando M. (Org.). Origens e evolução das idéias da física. – Salvador: EDUFBA, 2002. ROSENFELD, R. Feynman & Gell-Mann – luz, quarks, ação. – São Paulo: Odysseus Editora Ltda, 2003. THUILLIER, P. De Arquimedes a Einstein: A face oculta da invenção científica. – Rio de Janeiro: Jorge Jahar Editor, 1994. TIPLER, Paul Allan. Física para cientistas e engenheiros, v.1: mecânica, oscilações e ondas, termodinâmica; tradução Fernando Ribeiro da Silva, Gisele Maria Ribeiro Vieira. – Rio de Janeiro: LTC, 2006 3v.: il. _________________. Física. Vol. 2. – 3. ed. – Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1995. _________________. Física. Traduzido por: Horácio Macedo. Vol. 2. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1995. 6. GEOGRAFIA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A Geografia, como disciplina, possui uma longa tradição, que remontou ao século passado, quando o sistema do ensino público se firmou em determinados países da Europa e também nos Estados Unidos da América. Foi neste contexto que o ensino da Geografia energia na Europa e foi infundido pelo mundo afora. Assim a Geografia estuda o espaço geográfico, entendido como o espaço produzido e apropriado pela sociedade, comporta por objetivos (filósofos, naturais, culturais) e ações (relações, sociais, culturais e técnicas) inter-relacionadas através do seu modo de diferentes gerações. A produção teórica então que difere sociedade-natureza e o determinismo geográfico que justificou o avanço neoliberal e os impérios europeus na conquista de terra estabelecendo uma relação direta com seu modo de vida e os recursos disponíveis. Hoje requer uma dinamização de equilíbrio, construída historicamente pela sociedade, dentro das mais diversas transformações no mundo Pás-guerra. 3 Estabelecer relações entre o objeto de estudos de Geografia, com seu modo de viver de sua clientela e a referência de igualdade com a seu aluno na suas relações ampla e complexas. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA Na antiguidade clássica, muito se avançou na elaboração dos saberes geográficos. Ampliaram-se os conhecimentos sobre as relações sociedade-natureza, extensão e características físicas e humanas dos territórios imperiais. Hoje, o professor deverá levar o aluno a rever esses pontos negativos passados, para que ele possa ser mais perspectivo nas suas decisões, contribuir para o objetivo da geografia seja um espaço entendido para a produção humana e o resultado possa a ser mais organizado para a globalização Compreendendo essa estreita relação de espaço humanitário o aluno poderá relacionar com outras matérias, como, a história, a matemática, a cultura racial e o consumo dos mais diversos modos regionais e porque não mundiais. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os Conteúdos Estruturantes da Geografia da Educação Básica, considerando que seu objeto de estudo/ensino é o Espaço Geográfico. Os conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para compreensão de seu objetivo de estudo e ensino. A partir deles derivam-se conteúdos específicos a serem trabalhados na relação de ensino aprendizagem no cotidiano escolar. Os conteúdos estruturantes podem ultrapassar o campo de pesquisa geográfica, perpassando outras áreas do conhecimento. Tem seu papel de Conteúdos Estruturantes da Disciplina de Geografia assegurando porque demarcam e articulam o que é especifico do conhecimento geográfico escolar. 1 A DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO 2 A DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO 3 A DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO 4 A DIMENSÃO SOCIAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO 3 A DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO Este conteúdo estruturante pode ser considerado a principal forma de análise para entender como se constituiu o espaço geográfico __ afinal, as relações sociedade-natureza são movidas pela produção de toda materialidade necessária para a existência humana e pelas relações sociais e de trabalho que organizam essa produção. Esses fundamentos foram incorporados pela teoria da Geografia quando a matriz teórica do materialismo histórico dialético passou a fazer parte do pensamento geográfico. Como alguns desdobramentos desse Conteúdo Estruturante foram indicados: Urbanização; Revolução técnico - cientifica; Espaço rural/tecnologia; Modos de produção; Sistemas financeiros;Relações econômicas;Relações políticas. Todos os desdobramentos aqui são apenas exemplo de possíveis recortes a serem feitos a partir de cada Conteúdo Estruturante. Caberá ao professor, em seus estudos , enriquecer de acordo com a realidade. A DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO A ideia geopolítica envolve os interesses relativos aos territórios e as relações de poder, econômicas e sociais que os envolvem. É o Conteúdo Estruturante originalmente relacionado ao campo geográfico. O trabalho com esse conteúdos deve considerar recortes que enfoquem o local e o global, sem negligenciar a categoria analítica espaço-temporal, o seja, a abordagem histórica das relações geopolíticas em estudo. Assim o estudo desse Conteúdo Estruturante deve possibilitar ao aluno a compreensão do espaço em que está inserido, a partir do entendimento da constituição e das relações estabelecidas entre os territórios institucionais, bem como entre os territórios de forças sociais e políticas, relações de poder que os envolvem. Como alguns desdobramentos possíveis para esse Conteúdo Estruturante, foram indicados: Formação de blocos regionais; Movimentos sociais; Conflitos rurais; Territórios urbanos; Conflitos étnico-culturais; Redefinições de fronteiras; Demarcações de territórios indígenas; Estados, Nação, etc. A DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO A DIMENSÃO SOCIAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO 3 Estes Conteúdos Estruturantes, considerado fundamental para os geógrafos no atual período histórico, perpassa outros campos do conhecimento e isso remete à necessidade de especificar o olhar geográfico para o mesmo, visto que não se restringe apenas aos estudos da flora e da fauna, mas à interdependência das relações entre sociedade, componentes físicos, bióticos, aspectos econômicos, sociais e culturais. Visto que não se restringe apenas aos estudos da flora e da fauna, mas a interdependência das relações entre sociedade, componentes físicos, químicos, bióticos, aspectos econômicos, sociais e culturais. A concepção de meio ambiente não pode excluir a sociedade, mas deve, sim, compreender que sociedade, economia, política e cultura fazem parte de processos relativos à problemática ambiental contemporânea. Como alguns desdobramentos possíveis para esse Conteúdo Estruturante, foram indicados: Produção urbano desordenado; Ocupação de ares de risco; Produção espacial e poluição; Extrativismo; Biotecnologia; Mudanças ambientais. O trabalho com esse conteúdo deve considerar recortes que enfoquem o local e o global, sem negligenciar a abordagem histórica das relações geopolíticas em estudo. Permite a análise do Espaço Geográfico, sob a ótica das relações sociais e culturais importante para o campo de pesquisa que ainda está ausente nas escolas. Assim, os estudos sobre os aspectos culturais e demográficos do Espaço Geográfico contribuem para a compreensão das informações das circulações de mercadorias nas mais diferentes sociedades. Como alguns desdobramentos possíveis para esse Conteúdo Estruturante,foram indicados: Composição demográfica dos lugares; Diferentes grupos sócios culturais; Marcas na paisagem e no espaço; Migrações; Cultura e produção espacial. Preocupasse com as migrações que imprimem marcas nos territórios e produzem relações políticas, econômicas e culturais que influenciam as migrações. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: • Espaço Geográfico; • Coordenadas Geográficas; • Movimentos de Rotação e Translação; • Cartografia; • Aspectos Geográficos do Paraná; 3 • Tempo Geológico e Placas Tectônicas; • Relevos; • Relevos do Paraná; • Climas; • Populações; • Atividades Agropecuárias; • Pecuária Paranaense; • Urbanização; • Meio Ambiente; • Desenvolvimento Sustentável; • Formação-Expansão do Território Brasileiro; • Povoamento do Paraná; • Brasil: Posição Geográfica; • Geologia e Relevo Brasileiro; • Clima do Brasil e do Paraná; • Ecossistemas Brasileiros • Hidrografia Brasileira; • Organização Política e Regional do Brasil; • Recursos Minerais do Brasil; • Recursos Energéticos do Brasil; • A indústria Brasileira na Globalização; • Os Transportes no Brasil; • A população e Urbanização Brasileira; • Impactos Ambientais Brasileiros; • Estrutura Fundiária e os conflitos de Terra no Brasil; • Principais conceitos de geografia; • Capitalismo e espaço geográfico; • Socialismo; • Guerra fria; • Informação e a nova economia; • Origens do subdesenvolvimento; 3 • Novos países industrializados (substituição de importação); • Novos países industrializados (substituição de exportação); • Indústria no Paraná; • Comercio mundial; • União Europeia e outros blocos; • Migrações internacionais; • Imigração europeia e migrações internas no Paraná; • Nacionalismo; • Estados independentes; • América latina; • África; • Potencia mundial: Estados Unidos. METODOLOGIA Pressupondo que a compreensão de espaço enquanto um processo desigual e contraditório faz-se necessário entender a realidade contemporânea. Realidade essa, entendida como o complexo de relações que se dão em determinados lugares e em determinado momento, e que é possível de ser captada através da observação orientada pelo professor para que o aluno chegue a um entendimento do lugar onde vive de uma maneira articulada (globalização). Isto é possível na medida em que considera aluno e professor como sujeito e produto de seu próprio conhecimento. Com a observação do meio, da sua localização, trabalha as noções de representação espacial com vistas, a levar o aluno a compreender o espaço que rodeia a buscar caminhos para apropriação do domínio espacial. O processo de construção do conhecimento não é uma questão pronta e acabada, mas sim uma constante re-elaboração perante as necessidades do aluno. Serão trabalhados durante as aulas diversos recursos como: documentários, revistas, jornais, mapas, TV multimídia, transparências com temas a serem discutidos. É importante que o aluno compreenda o resultado dos avanços tecnológicos para que desta forma o ato de conhecer seja pleno e significativo. AVALIAÇÃO 3 A avaliação é parte do processo de ensino-aprendizagem e, por isso deve servir não apenas para acompanhar a aprendizagem dos alunos, mas também o trabalho pedagógico do professor. É fundamental que a avaliação seja mais do que apenas para definir uma nota ou estabelecer um conceito. É imprescindível uma avaliação continua e priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional determina a avaliação formativa, que é desenvolvida no processo de ensinoaprendizagem e considerada um avanço em relação á avaliação tradicional somativa ou classificatória. Desta perspectiva, a avaliação formativa deve ser diagnostica e continuada, pois, dá ênfase ao aprender. Considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser continua e diagnostica, aponta as dificuldades, possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo. Informa os sujeitos do processo (professor e alunos) aprendam e participem mais das aulas, envolventemente realmente no processo de ensino e de aprendizagem. Não de trata, porem de excluir a avaliação formal somativa do sistema escolar, mas sim de desenvolver as duas formas de avaliação, formativa e somativa, registradas de maneira organizada e criteriosa, pois servem para diferentes finalidades. A partir dessas considerações sobre as formas de avaliação é preciso refletir sobre os critérios que devem nortear . Em geografia, os principais critérios a serem observados na avaliação são as formações dos conceitos geográficos , o entendimento das relações sócio-espaciais. O professor deve observar, então, se os alunos compreendem e utilizam os conceitos geográficos e as relações espaço-tempo e sociedade-natureza para a compreensão do espaço nas diversas escalas geográficas. Não se trata porem de excluir a avaliação formal somativa do sistema escolar, mas sim de desenvolver as duas formas de avaliação, formativa e somativa, registradas de maneira organizada e criteriosa, pois servem para diferentes finalidades. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, M. C. de Geografia Ciência da sociedade. São Paulo: Atrás, 1987. ARCHELA, R. S. e GOMES, M.F.V.B. - Geografia para o ensino médio – Manual de Aulas Práticas. Londrina: Ed. UEL, 1999. 3 CARLOS, A. F. A. O Lugar no/ do Mundo. Geografia e Modernidade. Hucitec, 1996. _______ (Org.) A Geografia na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 1999. CARVALHO, M. I. Fim de Século: a escola e a Geografia . Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 1998. CORREA, R. L. Região e Organização Especial. São Paulo Àtica, 1986. GOMES, P. C. da C. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997 CASTROGIOVANNI, A. C. (org.) – Geografia em Sala de Aula, Práticas e Reflexões. Porto Alegre: Ed. UFRS, 1999. CAVALCANTI, L. de S. Geografia Escola e Construção do Conhecimento. Campinas: Papirus, 1998. COSGROVE, D. E. e JACKSON, P. Novos Rumos da Geografia Cultural. In: CORRÊA e ROSENDAHL (Orgs.) Introdução a Geografia Cultural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. 7. HISTÓRIA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Nas ultimas quatros décadas, as transformações ocorridas em todas as áreas do conhecimento foram de uma velocidade extraordinária. Se, antes, o conhecimento, de certo modo, possuía uma pretensa solidez e estabilidade, no final da década de oitenta, volatizou-se passando de um mundo bipolar a um mundo multipolar. A disputa entre dois mundos, verificou-se em todas as áreas, inclusive na do saber, que passou a operar também dentro desta disputa, gerando diversas influencias muitas das quais levaram a concepção fragmentadas e preconceituosas, decorrentes do próprio contexto que estavam condicionadas. A dicotomia entre pensar e agir era uma constante, dando sustentação teórica para esta ou aquela maneira de se compreender o mundo. Também a problemáticas disputas bem como a produção historiográfica. 3 Diante dessas questões, o ensino da historia deve propor a superação daquela historia fragmentada, preconceituosa e dicotômica entre pensar e agir pois estas ações se interagem e são partes integrantes do processo da relação do homem como o mundo. A historia tem como objeto de estudos os processos históricos relativos as ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sentidos que os sujeitos deram as mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já as relações humanas produzidas por estas ações podem ser definidas como os conteúdos estruturantes ou eixos norteadores, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de racionar, de representar, de imaginar, de instituir, de trabalhar, portanto, de relacionar social, cultural e socialmente. Deve-se considerar também como objeto de estudos, as relações dos seres humanos com os fenômenos naturais, tais como as condições geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época e local, os quais se conformam a partir das ações humanas. A finalidade da historia é expressa no processo de produção sob a forma da consciência histórica sujeitos. É voltada para a interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão da provisoriedade desse conhecimento. Na apropriação da obra de Jorn Riisem por Schmidt e Garcia (2005) para o ensino de história existem quatro tipos de consciência histórica, sendo elas a consciência histórica: tradicional, exemplar, critica e genética. Estas coexistem no mundo contemporâneo, não somente na historiografia de referência, mas também na vida pratica dos sujeitos, seja nas escolas, nos meios de comunicação, nas famílias e nas demais instituições. A presença do estudo de historia na educação básica do Ensino Médio e a idéia de levar os educandos a perceber que a historia não é algo distante dela, que esta nos livros, nos filmes, na televisão, nos jornais: que a historia são as muitas historia, isto é a começar pela sua historia, da sua família, daqueles com quem convive na cidade onde mora, daqueles que vivem no seu pais. São historias que não se unindo, se entrelaçando, formando como uma colcha de retalhos. As diretrizes curriculares de historia após a aprovação da lei N 13.38/01que toma obrigatório na rede publica estadual de ensino, os conteúdos de historia do Paraná, alem de serem trabalhados inseridos nos conteúdos estruturantes, focando-os na macro – historia e na micro – historia, alem da lei 10.63/03 que alterou a lei 9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática historia e cultura Afro-Brasileira, seguida das Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações étnicos Racionais e para o ensino de historia e cultura Afro-Brasileira e Africana que tomam obrigatórias a inserção dos conteúdos de historia e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares. 3 Pela abrangência em diversos setores culturais o ensino, procura acabar com a discriminação racial presente na sociedade brasileira, focando principalmente a sua importância no contexto histórico da formação do povo brasileiro, sua luta, trabalho percebendo o entrelaçamento da historia brasileira e a caminhada dos africanos em território brasileiro e a herança cultural que chega até o presente. Conhecer o Paraná é ter identidade. Pensar a história é pensar o mundo; e pensar o mundo é, portanto, pensar sobre nós mesmo. Essa é uma característica que permeia todas as ciências e que ganha especificidade no ensino de História ao considerar a tensão entre passado e presente. Cidadania, ética, autonomia intelectual, pensamento crítico, ciência e tecnologia são valores que historicamente deverão ser construídos, tratados e vivenciados de diferentes modos em diversas épocas, resultantes de relações sociais, circunscritas a determinado tempo e espaço. Aqui, ela passa a ser o objeto principal da reflexão no ensino desta área de conhecimento histórico, entendendo o processo cognitivo dos alunos e o contexto sociocultural de construção de significados, tendo a intenção de contribuir para a formação cultural e intelectual dos alunos e favorecer o conhecimento das sociedades e de permitir a compreensão dos processos integrados de história individual e coletiva. OBJETIVOS GERAIS Localizar-se no tempo e no espaço ampliando as oportunidades de acesso ao conhecimento e, portanto de participação mais ampla do aluno como cidadão. Compreendendo o papel da memória na vida da população, dos vínculos que cada geração estabelece com outras gerações, das raízes culturais e históricas que caracterizam à sociedade humana. Situar o papel do homem no processo de transformação da natureza, assim como dimensionar, para além do tempo presente os limites e o poder das ações humanas. Entendendo que a história tem por objeto o estudo do homem em sociedade no tempo, como produzem a sua vida material, se relacionam, se organizam através do trabalho, pensam e expressam suas formas de viver. Buscar juntamente com os alunos soluções para os problemas atuais da sociedade local e mundial, fazendo com que os mesmos interajam no meio social em vivem. Dessa forma teremos indivíduos com preparos universais, intelectuais, fundamentando em atitudes e comportamento que possibilitem a integração no mundo do trabalho. 4 Compreender o papel da memória na vida da população, dos vínculos que cada geração estabelece com outras gerações, das raízes culturais e históricas que caracterizam à sociedade humana. Entendendo que a história tem por objeto o estudo do homem em sociedade no tempo, como produzem a sua vida material, se relacionam, se organizam através do trabalho, pensam e expressam suas formas de viver. CONTEÚDOS De acordo com a lei nº 10639, de 09 de Janeiro de 2003, será trabalhado a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando as contribuições desse povo nas áreas sociais, econômicas e políticas pertinentes à História do Brasil, estes enfoques serão ministrados de acordo com a disponibilidade do andamento escolar em todos os conteúdos propostos pela disciplina de História e/ou em projetos abrangentes. A aprovação da Lei nº13381/01, que tornou obrigatório o ensino dos conteúdos de História do Paraná, inserindo-os nos conteúdos trabalhados no decorrer do ano, envolvendo-os com os conteúdos estruturantes que aproximam e organizam os campos de história e seus objetos, com isso trabalharemos na macro-história e na micro-história apontando para expectativas futuras à partir de problemáticas contemporâneas. O professor é o principal responsável pela criação de situações de trocas, de estímulos na construção de relações entre o estudado e o vivido, de integração com outras áreas do conhecimento, possibilitando ao estudante na recriação de suas explicações e transformações de suas concepções históricas. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES RELAÇÕES DE TRABALHO: Mundo do Trabalho Trabalho Assalariado Trabalho Escravo e Trabalho Livre Dominação e Resistência Urbanização e Industrialização Trabalho na sociedade Contemporânea 4 RELAÇÕES DE PODER: Estado no mundo antigo e medieval O Estado e as relações de poder Estados Nacionais Relações de poder e violência no Estado O Estado Imperialista e sua crise Urbanização e Industrialização no Paraná RELAÇÕES CULTURAIS As cidades na História Relações culturais nas sociedades grega e romana na Antigüidade: mulheres, plebeus e escravos. Relações culturais na sociedade medieval européia: camponeses, artesãos, mulheres, hereges e doentes. Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna. Urbanização e industrialização no século XIX Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea: é proibido proibir? Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea. METODOLOGIA A abordagem dos conteúdos deve ser inserida perspectiva de questionamentos da realidade organizada no presente, desdobrando-se em conteúdos históricos que envolvam explicitações e interpretações das ações de diferentes sujeitos, da seleção e organização de fatos e da localização de informações no tempo histórico. Nesse sentido, é importante que o professor crie situações de questiona diante dos acontecimentos e das ações dos sujeitos históricos, utilizando diferentes tipos de leitura tais como: jornais, revista, INTERNET , documentos históricos, artigos, etc. Os documentos são fundamentais como fontes de informações a serem interpretadas, analisadas e comparadas. A grande maioria não foi produzida com a intenção de registrar para a posteridade, os que foram produzidos tende a contar uma versão da historia comprometida por visões do mundo de indivíduos ou grupos sociais. A cultura afro-brasileira é um exemplo que será trabalhado, através de analise de cartas, livros, relatórios, pinturas, esculturas, fotografias, filmes, musicas, mitos, lendas, falas, espaços, 4 construções arquitetônicas ou paisagísticas, instrumentos e ferramentas de trabalho, utensílios, vestimentas, restos de alimentos, habitações, meios de locomoção, meio de comunicação. Para que o educando possa ter contato com diversos tipos de linguagens e consiga ter uma visão global do tema, povo, acontecimento ou fato estudado. Deve-se orientar por uma leitura critica das produções e de seu conteúdo histórico obtendo informações diretamente da fonte analisando-os historicamente. Criação de situações em que os alunos aprendam a questionar e a dialogar com os textos, diversos desenvolvendo trabalhos de pesquisa sendo selecionados que serão usado para as pesquisas coletados pelos materiais complementar professores. Em grupos ou individualmente o professor promovera momentos para que os alunos possam ler obras, discuti-las bem como fazer questionamentos: quais os sujeitos históricos presentes? Que fatos estão presentes ou foram privilegiados? Em que tempo histórico ocorreu? Tudo isso nos leva a valorizar e optar pela aprendizagem qualitativa e não quantitativa focando em (conteúdos estruturantes a metodologia a ser utilizada) e fazer os alunos identificarem e reconstruírem as questões pertinentes à disciplina de historia como: fato, sujeito e tempo histórico, levando-os a entender relações entre os homens, as suas ações, suas produções culturais e econômicas e como lidou com o trabalho e o poder no decorrer dos acontecimentos históricos. Thompson utilizou em suas praticas de investigação fazer a articulação entre cultura e a consciência histórica e o aluno deve ser oportunizado momentos de contextualização, troca de experiência, entre passado e presente, dialogo com o texto discussão pondo em foco usos e costumes do passado ou de outros povos etc. Sob esse aspecto a cultura seria ‘’todo qualquer modo de luta e de organização social, expresso, mas experiências cotidianas que se evidenciam na forma de viver, pensar e agir’’ (Thompson, 2002 a, 2002b e 2004). Para abordar esses conteúdos estruturantes, presentes nas Diretrizes Curriculares, acaba tornando-se necessário que proponha recortes espaço temporais e conceituais à luz da historiografia de referência que serão trabalhados através de temas, para poder compreender de que não é possível representar o passado em toda sua complexidade. O historiador Ivo Mattozi (2004) estabeleceu a metodologia observando três dimensões: Primeiramente focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que se quer representar do ponto de vista da historiografia. Em segundo lugar, delimitar o tema histórico em um período bem demarcando referencias temporais fixas e estabelecer uma separação entre seu único e seu final. E por fim (terceiro momento) professores e alunos definem o espaço ou território de observação do conteúdo tematizado. O que delimita é a historiografia especifica escolhida e os 4 documentos disponíveis, fazendo-se necessário instituir um sentido a seleção temática realizada, o qual é dado pela problematização. Com isso se deverá a partir de uma problemática: Por que no Brasil existe tanta desigualdade social? A temática escolhida é “O trabalho no Brasil Colonial” o conteúdo estruturante é ‘’relações de trabalho’’ Nesse tema temos o conteúdo especifico do trabalho escravo, do trabalho livre e a questão de propriedade, a cultura afro-brasileira, suas contribuições ao Paraná,etc. Trabalhar com documentos pode ocorrer de diversas maneiras em sala de aula, como diz Schmidt e Cainelli (2004) como com imagem, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras, museus, filmes, músicas, etc, sendo transformado em materiais didáticos para poder confeccionar biografias, confecção de dossiê, representação de danças folclóricas, exposição de objetos sobre o passado que esteja no alcance do aluno, com a descrição de cada objeto exposto e o contexto em que os mesmos foram produzidos estabelecendo as relações entre as fontes e esses documentos devem ser analisados dentro dos conteúdos estruturantes de relação de trabalho, relações de poder e relações culturais que se estruturam o campo de investigação do conhecimento histórico. Procurando focar a historia do Paraná, seu povo, suas riquezas, seus períodos históricos, lendas e mitos, etc, levando o aluno a conhecer o seu estado e constituir uma identidade própria de paranaense, de pertence, produzindo trabalhos científicos. A História pode ser entendida como um conjunto das experiências humanas que constituem a vida de um grupo ou de uma sociedade. Ao fazer o estudo desses grupos, consideram-se os significados das práticas coletivas de acordo com as ações dos atores sociais e das convenções instituídas pelas comunidades. Enquanto campo de conhecimento, a História é a interpretação dos documentos que registram o passado das sociedades, suas mudanças e permanências. Os estudos históricos serão sempre renovados, a medida que nossas indagações ao passado mudam de acordo com as exigências do tempo presente. Isso não quer dizer explicar o presente pelo passado, mas estabelecer relações possíveis entre essas dimensões de temporalidade. Para a vida em sociedade, os estudos do passado são importantes porque “iluminam” o presente. Sem o conhecimento do passado, “o presente é pura irreflexão”. Os procedimentos metodológicos – que têm como objetivo a formação do pensamento crítico, analítico e reflexivo – consideram as competências e as habilidades necessárias ao estudo das diferentes sociedades em temporalidade diversas. Para o desenvolvimento do trabalho em História, devem ser considerados os seguintes pressupostos: 1. Problematizar os conteúdos para refletir, discutir e argumentar sobre questões propostas; 4 2. Solicitar pesquisa aos alunos para que façam uso de dados a serem analisados e interpretados; 3. Apresentar documentos aos alunos para que tenham contato com o trabalho do historiador; 4. Chamar a atenção para as relações que se estabelecem entre o presente e o passado; 5. Situar os acontecimentos no tempo; 6. Demonstrar o trabalho com a interpretação, argumentação e exposição de idéias fundamentadas em conceitos históricos; 7. Pensar as relações sociais, valorizando as idéias dos colegas na busca de alternativas conjuntas para questões propostas; Dentre os sistemas metodológicos será utilizado: exposição oral, recursos audiovisuais, utilização de Atlas, livros, enciclopédias, revistas, jornais, trabalhos individuais e em grupo (escrito e debates orais), confecção de mapas e de cartazes, uso de transparência, vídeo, pesquisa Bibliográfica, exposição de cartazes, objetos e fotografias, pesquisa de campo. AVALIAÇÂO A avaliação tem que ser colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, não priorizando o caráter classificatório, autoritário, que desvinculam a sua função aprendizagem, que não se ocupam dos conteúdos e do seu tratamento em um modelo excludente de escolarização e de sociedade que a escola publica tem o compromisso de superar. Diante disso, se propõe para o ensino de historia uma avaliação processual, continuada e diagnostica. Acompanhar o ensino – aprendizagem dos educandos tem como finalidade dar uma resposta sobre o desenvolvimento desse processo e, assim, permitir refletir sobre o método de trabalho utilizado pelo professor e redimensioná-lo caso necessário e bem como acompanhar o desenvolvimento do conhecimento histórico. O educando do Ensino Médio deverá entender as relações de poder e as relações culturais, as quais se articulam e constituem o processo histórico, seja de forma individual ou coletiva, para que o aprendizado e a avaliação tenham compreensão como um fenômeno compartilhado, que se dará de modo continuo, processual e diversificado. Levando o aluno a compreender que o estudo do passado se realiza partir do questionamento feito no presente por meio de analise de diferentes documentos históricos. Para poder compreender as relações de poder o aluno deve identificar em todos os espaços sociais presentes ao seu redor e no mundo. 4 As relações de trabalho no mundo contemporâneo e as relações culturais se constituem em diferentes períodos históricos e o aluno deve compreender que se encontram em todos as experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo e detectar as permanências e mudanças nas diversas tradições e costumes sociais . A avaliação vai considerar toda a produção que o aluno venha realizar tendo como objetivo o desenvolvimento da reflexão, analise e interpretação de texto, bem como da discussão de temáticas e elaboração de texto. Ela deve estar presente em todas as etapas do aprendizado de forma que os alunos e professor perceberam em que graus estão envolvidos no processo e como acompanham sua dinâmica. A opinião do aluno será valorizada no todo, sendo focado a coerência, a criatividade, se entendeu o que leu, observando seu interesse, argumentação e conhecimento sobre o assunto. Será realizada de forma diagnóstica somativa e contínua no decorrer do processo e serão utilizados testes orais e escritos, relatórios de pesquisas, produção de textos, debates, seminários com apresentação de trabalhos. A avaliação é um momento privilegiado do processo de ensino-aprendizagem. Ela deve estar presente em todas as etapas do aprendizado, de forma que os alunos e professores percebam em que graus estão envolvidos no processo e como acompanham sua dinâmica. O aluno deverá ser capaz de gerar respostas adequadas a problemas atuais, ler e entender o que lê. A produção do aluno será valorizada como um todo, opinião, coerência, criatividade, observando seu interesse no desenvolver das atividades, bem como se relacionar com os demais, enfim será avaliado no seu todo. Ela será realizada de maneira diagnostica e continua no decorrer de todo o ano letivo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS PINSKY. Jaime. PINSKY Carla Bassanezi (ORGs) Historia da Cidadania. Contexto, São Paulo, 2005. GOFF. Jaques Lê. Historia e Memória. Campinas. Sp. Unicamp, 2003. GRUPIONI. Luis Donizete Benzi (org) São Paulo. Global. 2005 CAVALLEIRO. Eliane. Do silêncio do lar ao silêncio escolar: racismo, preconceito e discriminação na educação infantil. São Paulo: Contexto. 2005 VALENTE Ana Lúcia. Educação e diversidade cultural:um desafio da atualidade. São Paulo: Moderna. 1999 4 MUNDURUKU. Daniel. Contos Indígenas Brasileiro. São Paulo. Global, 2005 CERRI. Luis Fernando (org) O ensino de historia e a Ditadura Militar. Curitiba aos quatro ventos, 2005. 2 ed. ELIADE. Mircea. O sagrado e o Profano. São Paulo, Martins fontes 1992 VASCONCELLOS Celso dos Santos. Avaliação: Concepção dialética – libertadora do processo de avaliação escolar 16 ed. – São Paulo Liberdade 2006. ORDONES, Marlene QUEVEDO,Júlio . História Geral. Novo Ensino Médio, Volume Único. IBEP. São Paulo, SP, 2002. MARQUES, Ademar, BERUTTI, Flavio, FARIA, Ricardo, Os Caminhos do Homem, Editora Lê, Belo Horizonte, MG, 1999. ARRUDA, José Jobson de A., PILETTI, Nelson. Toda a História. História Geral e História do Brasil, Volume Único, Editora Ática, São Paulo, SP, 1999. FONSECA, Thais Nivia de Lima e. História e ensino de história. Belo Horizonte: Autentica, 2003. KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: 2003. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006. 8. LÍNGUA PORTUGUESA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA: Na realidade, toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige para alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro. No mundo de hoje tudo é veloz. A todo o momento precisamos definir e manifestar nossa posição diante do que acontece ao nosso redor. A todo o momento temos de expressar nossas idéias e sentimentos, ouvir as idéias de outras pessoas e por que não? Mudar de opinião. 4 Para definir nossos pontos de vista, precisamos antes de tudo saber ler: ler os fatos, ler as situações, ler os textos. Para expressar idéias e sentimentos temos de conhecer os recursos que a língua oferece e que estão à nossa disposição, prontos para serem usados da maneira mais criativa. Pretendemos assim apresentar as variações lingüísticas, os diferentes tipos de textos, a exposição escrita e a nomenclatura gramatical. Para isso abordaremos os mais diversos assuntos: situação familiar e escolar, crescimento, tv, teatro, cinema, livros, revistas, jornais e internet. O ensino da Literatura Brasileira tem por finalidade possibilitar o contato do aluno com a manifestação do pensamento do homem principalmente brasileiro, nas diversas épocas, registrando por meio da arte da palavra, ou seja, da literatura. Também por meio deste ensino o aluno terá conhecimento das várias possibilidades de construção de um texto literário, assim como das características de cada Escola Literária. Em última instância, o ensino da literatura possibilitará arte que é desenvolver a sensibilidade do aluno, capacitando-o para a apreciação do belo se não de forma total, pelo menos, despertando-o para sua existência. Nossa intenção é colaborar para a formação de indivíduos com bom desempenho em língua portuguesa, isto é, pessoas que conseguem se expressar com clareza nas mais variadas situações de comunicação, defender seus pontos de vista, compreender opiniões discordantes e descobrir inúmeras possibilidades de convivência. OBJETIVOS GERAIS: • Desenvolver a habilidade de compreensão, interpretação e produção de texto através do estabelecimento de relação intra e extra textuais que contribuem para a formação de sentido utilizando de forma consciente os recursos oferecidos pela língua portuguesa. • Facilitar a compreensão do processo de funcionamento da língua para uma realização mais eficiente da comunicação. • Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita. 4 • Identificar o conjunto de obras que caracterizam a literatura brasileira, desde o desenvolvimento (literatura de informação) até a literatura Contemporânea, marcada pelas vanguardas das últimas décadas. • Compreender as noções básicas da teoria literária, para que se possa compreender melhor o fenômeno literário. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: • O Discurso enquanto prática social: Oralidade, leitura, escrita, literatura; • A língua e suas variedades; • Elementos da comunicação; • Linguagem, língua, fala e discurso; • Origens da língua portuguesa; • Fonética • Ortografia; • Acentuação gráfica; • Crase e hífen; • Pontuação; • Estruturas das palavras; • Pronomes; • Substantivos; • Adjetivos; • Artigo; • Numeral; • Pronome; • Verbo; • Advérbio; • Preposição; • Conjunção; • Oração e período; • Período composto por coordenação e subordinação; • Concordância nominal e verbal; 4 • Regência verbal e nominal; • Periodização literária; • Travadorismo; • Humanismo; • Classicismo; • Literatura de informação; • Barroco; • Arcadismo; • Romantismo: Poesia e Prosa; • Realismo, Naturalismo e Parnasianismo; • Simbolismo; • Pré-Modernismo; • Modernismo; • Concretismo; • A prosa brasileira na virada do século; • Produção de textos: narrativos, poéticos, informativos, dissertativos e descritivos. METODOLOGIA: O importante em todo o ensino de português é que os tópicos sejam desenvolvidos sempre subordinados ao domínio das atividades da fala, escrita e leitura, isto é sejam sempre pensados por um critério de efetiva relevância funcional. Para isso abordaremos os temas gramaticais por meio de diferentes trajetos, combinando percursos mais intuitivos e percursos mais expositivos (que estimulam a construção de um saber mais sistematizado). Apresentaremos também uma racionalidade técnica, nomenclaturas e concertos fundamentais, privilegiando uma análise do léxico, a classificação das palavras e aspectos da sintaxe das sentenças simples e complexas, bem como a compreensão de certas propriedades da língua padrão e a construção e entendimento dos textos. É importante que os dois trajetos sejam trabalhados na forma complementar, depois de realizada a etapa intuitiva (leitura e entendimento) passa-se à etapa expositiva. 5 O estudo de conteúdos gramaticais, pautado por critérios de relevância funcional e articulando intuição e sistematização, é importante na discussão coletiva de textos. A exposição dos textos dos alunos é atividade indispensável para desenvolver a capacidade de monitorar a sua própria escrita, verificando assim se o texto está claro e que ajuste é eventualmente, mais adequado aos interlocutores. Desenvolveremos a técnica de “oficina” na qual um grupo discute coletivamente um determinado produto de seu trabalho. Discutiremos e aos objetivos do autor estimulando uma percepção intuitiva da necessidade da língua padrão e principalmente de explorar significativamente as variações lingüísticas. Desafiaremos também a turma a pensar em outras formas de expressar o mesmo conteúdo buscando reforçar intuitivamente a percepção da riqueza de recursos expressivo que a língua oferece. Assim a concepção de linguagem escrita e oralidade pressupõem uma metodologia ativa e diversificada, compreendendo o trabalho individual, em grupos, toda turma, além de atividades expositivas do professor bem como os demais recursos externos possíveis: filmes, retro projetos, livros, músicas e outros... Levando-se em conta o longo período em que se inserem as obras a serem analisadas, serão selecionadas aquelas que forem percebidas como relevantes, para apresentar cada um dos períodos literários (barroco, arcadismo, romantismo, realismo, naturalismo, parnasianismo, simbolismo e modernismo.). A cada uma dessas obras será dada uma abordagem histórica, procurando contextualiza-la num determinado momento da história do Brasileiro, revelando por intermédio da Literatura, porém marcado por outras manifestações artísticas que refletem assim a Literatura, as angustias e os pensamentos do homem em sua época. Além disso, o aluno será levado a conhecer o momento político-social em que se insere aquele período, assim como as tendências filosóficas. A abordagem desses temas (assuntos) será dinâmica e interdisciplinar. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: A avaliação será somática, cumulativa, diagnóstica, contínua e formativa. A avaliação formativa é o melhor caminho para garantir a evolução de todos os alunos, pois dá ênfase ao aprender. Os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça o tempo todo, porém não devemos avaliar somente através de provas. Utilizaremos também a 5 observação de área e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: FARACO. Carlos Moura-Português: Língua e Cultura, ensino médio, Curitiba, Base editora, 2005. BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação verbal. São Paulo, Martins Frontes, 2000. FIORIN, José Luiz. Para entender o texto: leitura e redação, São Paulo, Ática, 1995. GERALDI, João Vanderlei, org. O texto na sala de aula, São Paulo, Ática, 1997. KOCH, Ingedore Villaça. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo, Contexto, 2001. LAJOLO, Marisa, O que é literatura. São Paulo. Brasiliense, 1982. DIRETRIZES CURRICULARES da Língua portuguesa para o ensino médio. MAIA, João Domingos. Português: Novo ensino médio. São Paulo, Editora Ática, 2003. AGUIAR E SILVA, Vítor Manoel. Teoria da Literatura. São Paulo. Martins Fontes, 1976 ABDALA JÚNIOR, Benjamim, Campadelli, Samira Youssef Tempos da Literatura.Brasilina Z e D. São Paulo, Ática, 1986. KOCH, Ingedore Villaça. Argumentação de linguagem. São Paulo. Cortez, 1987. 9. MATEMÁTICA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA O conhecimento matemático surgiu da necessidade do homem primitivo, de quantificar, contar e realizar trocas. A sociedade humana, em seu processo evolutivo, dadas as necessidades de sobrevivência, foi produzido os conceitos, leis e aplicações matemáticas que compõe a matemática como ciência universal. Dominar esta ciência é uma questão de emancipação, como ferramenta de compreensão e intervenção na sociedade, pois através do conhecimento matemático o homem quantifica, geometriza e mede, organizando suas atividades e seus espaços. Apesar de permear praticamente todas as áreas do conhecimento, nem sempre é fácil mostrar aos educandos aplicações interessantes e realistas e realistas dos temas a serem tratados nos conteúdos estruturantes da matemática. 5 Os NÚMEROS estão presentes na vida do homem desde os tempos remotos. A partir do momento em que o homem passou da simples coleta de alimentos para a produção do mesmo, ocorreram progressos no conhecimento de valores numéricos. A ÁLGEBRA desenvolveu-se sob a influência de várias culturas, das quais podemos mencionar a egípcia, a babilônica, a chinesa, a hindu, a árabe e a cultura européia renascentista. Somar, subtrair, multiplicar, dividir, agrupar, desagrupar, algebrizar são termos que se faz presentes no dia a dia. Desde os primeiros dias de vida, os números fazem parte da nossa vida. O ensino da GEOMETRIA deve permitir que o educando realize leituras que exijam a percepção, linguagem e raciocínio geométricos, fatores estes que influenciam de forma direta na relação entre a construção e apropriação de conceitos abstratos e aqueles que se referem ao objeto geométrico em si. O estudo das FUNÇÕES tem o papel importante de permear as diversas áreas do conhecimento, modelando matematicamente situações que, a partir de resolução de problemas auxiliam as atividades humanas. O TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO é uma área da Matemática que trata de problemas de contagem exigindo cálculos elaborados e engloba uma grande variedade de técnicas de resolução. Esse ensino dá condições ao educando de realizar leituras criticas dos fatos que ocorrem em seu entorno, interpretando informações que se expressam por meio de tabelas, gráficos, dados percentuais, indicadores e conhecimentos das possibilidades e de ocorrência de eventos. A Matemática, como uma ciência que provem da construção humana, da necessidade do homem em resolver situações-problema, não é apenas uma disciplina, é uma forma de pensar que se deve estar ao alcance de todos, independente do meio social que estamos inseridos, uma vez que ela é parte integrante de nossas raízes culturais. OBJETIVOS GERAIS Proporcionar ao educando condições para que ele possa ler, interpretar, produzir textos relacionados à matemática e seja capaz de utilizar representações matemáticas como tabelas, gráficos e diagramas presentes em veículos de comunicação. Que ele esteja apto a utilizar forma adequada e investigativa os recurso tecnológico, como a calculadora e o computador e possa também, compreender e aplicar os conceitos, procedimentos e conhecimentos matemáticos em situações diversas. Isso permitira o desenvolvimento necessário para uma formação cientifica geral, auxiliando na interpretação da ciência. Oferecer ao educando condições de desenvolver estratégias de resolução de problemas o que permitirá uma melhor compreensão de conceitos matemáticos, alem de desenvolver as 5 capacidades de raciocínio. Observar e estabelecer as conexões existentes entre diferentes tópicos da Matemática e conhecimentos aplicados em outras áreas. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Números e Álgebra • Conjunto dos Números Reais • Noções de Números Complexos • Matrizes • Determinantes • Sistemas Lineares • Polimônios Geometria • Geometria Plana • Geometria Espacial • Geometria Analítica • Noções Básicas de Geometria Não-Euclidiana Funções • Função afim • Função quadrática • Função exponencial • Função logarítmica • Função trigonométrica • Função modular • Progressão aritmética • Progressão geométrica Tratamento da Informação • Análise combinatória 5 • Estatística • Probabilidade • Matemática financeira • Binômio de Newton METODOLOGIA No desenvolvimento dos conteúdos estruturantes devemos manter o vinculo entre a realidade e a teoria. Propor situações e questões que possibilitem a reflexão do educando. São as reflexões que permitirão uma melhor compreensão por parte dos educandos, das conexões entre o conhecimento que trazem de seu cotidiano e aqueles que estão sendo construídos. O processo de ensino e aprendizagem em Matemática, contribui para que o aluno tenha condições de constatar regularidades matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados tanto à matemática quanto a outras áreas do conhecimento. Assim, a partir do conhecimento matemático, seja possível ao educando criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas. A Matemática não se aprende apenas por sua beleza ou pela firmeza de suas teorias, mas também para que, a partir dela, o aluno amplie seu conhecimento e, por conseqüência, contribua para o desenvolvimento da sociedade. A metodologia a ser utiliizada na apresentação dos conteúdos terá apoio do livro didático para contribuir no desenvolvimento da parte teórica dos mesmos. A resolução de exercícios e problemas auxiliam na fixação dos conteúdos. Trabalhos realizados em grupos, abrem oportunidade para a socialização dos educandos. Recursos como jornais, revistas e informática serão utilizadas para realização de trabalhos e pesquisas, ocorrendo assim uma interação dos fatos ocorridos em nossa sociedade. AVALIAÇÃO A avaliação é um meio e não um fim em si mesmo. É um processo continuo, diagnostico, dialético e deve ser tratada como parte integrante das relações ensino-aprendizagem. 5 Para que haja uma prática avaliativa em Educação Matemática, é fundamental que exista dialogo entre educadores e educandos, na tomada de decisões, nas questões relativas aos critérios utilizados para se avaliar, na função da avaliação e nas retomadas avaliativas, se necessário. Segundo Luckesi (2000), a avaliação da aprendizagem, é um recurso pedagógico útil e necessário para auxiliar cada educador e cada educando na busca e na construção de si mesmo e do seu melhor modo de ser na vida. A avaliação acontece em todas as atividades com as trocas de informações do aluno, de seus colegas, do professor e da comunidade. Ela deve ser mediadora, formativa e somativa estando presente em todo processo educacional. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS LOGEN, ADILSON. Matemática – Ensino Médio. Editora Positivo. 2004. SILVA, JORGE DANIEL DA; FERNANDES; VALTER DOS SANTOS. Matemática – Coleção Horizontes – IBEP DOMENICO, LUIS CARLOS D’. Matemática para o 2º grau. IBEP HELLMEISER, ANA CATARINA P.; DRUCK, SUELI. Explorando o ensino da Matemática: volume 2.. Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica, 2004. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Médio, Governo do Paraná, julho 2006. Matemática. Vários autores. Curitiba: SEED – PR.2006. 10. QUÍMICA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA O estudo da química hoje parte do conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluem idéias pré-concebidas sobre esta ciência e concepções espontâneas a partir do seu cotidiano que se estende a um conceito cientifico. A Química é uma ciência que surgiu com a evolução do homem a partir da descoberta do fogo e vem sendo aperfeiçoada, se tornando abrangente e indispensável em nossa vida, contribuindo assim para que o educando tenha uma visão mais abrangente do universo que o cerca. 5 OBJETIVOS GERAIS A química tem por objetivo o estudo dos conteúdos específicos da matéria, as suas transformações, propriedades características, composição e estrutura. Deverá sempre que possível, ser inserida no contexto histórico, cultural, social e político do educando, tendo em vista as aplicações no seu cotidiano. Reconhecer o papel importante da Química no desenvolvimento cientifico-teconologico, incentivando a pesquisa, isto é, na busca do conhecimento cientifico em laboratório com experiências práticas. Perceber que a evolução da Química ocorre dentro de um processo histórico da humanidade. Identificar fontes de informações e formas de se obter as informações relevantes para o conhecimento da Química. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES MATÉRIA E SUA NATUREZA,BIOGEOQUÍMICA,QUÍMICA SINTÉTICA CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS ESTRUTURANTES MATÉRIA • Constituição da matéria; • Estados de agregação; • Natureza elétrica da matéria; • Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...). • Estudos dos metais. • Tabela Periódica. SOLUÇÃO • Substância: simples e composta; MATÉRIA E SUA • Misturas; NATUREZA • Métodos de separação; • Solubilidade; • Concentração; • Forças intermoleculares; • Temperatura e pressão; • Densidade; • Dipersão e suspensão; • Tabela Periódica. BIOGEOQUÍMICA ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA AVALIAÇÃO A abordagem teórico-metodológica mobilizará para o estudo da Química presente no cotidiano dos alunos, evitando que ela se continua meramente em uma descrição dos fenômenos, repetição de fórmulas, números e unidades de medida. Sendo assim, quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do conteúdo estruturante Biogeoquímica, é preciso relacioná-lo com a atmosfera, hidrosfera e litosfera. Quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do conteúdo estruturante Química Sintética, o foco será a produção de Espera-se que o aluno: Entenda e questione a Cincia de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da Química; Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos; Problematiza a construção dos conceitos químicos; Tome posição frente às situações sociais e ambientes desencadeadas pela produção do conhecimento químico. Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre 5 QUÍMICA SINTÉTICA CONTEÚDOS novos materiais e VELOCIDADE DAS REAÇÕES transformação de outros, na formação de • Reações químicas; • Lei das reações químicas; compostos artificiais. Os conteúdos químicos • Representação das serão explorados na reações químicas; perspectiva do Conteúdo • Condições fundamentais Estruturante Matéria e para ocorrência das sua Natureza por meio reações químicas. de modelos ou (natureza das reagentes, contato entre os reagentes, representações. E é imprescindível fazer a teoria de colisão) • Fatores que interferem na relação do modelo que representa a estrutura velocidade das reações microscópia da matéria (superfície de contato, com o seu temperatura, catalisador, comportamento concentração dos macroscópio. reagentes, inibidores); Para os conteúdos • Lei da velocidade das estruturantes reações químicas; Biogeoquímica e • Tabela Periódica. Química Sintética, a significação dos EQUILIBRIO QUÍMICO conceitos ocorrerá por • Reações químicas meio das abordagens reversíveis; histórica, sociológica, • Concentração; ambiental, • Relações matemáticas e o representacional e equilíbrio químico experimental a partir dos (constante de equilíbrio); conteúdos químicos. • Deslocamento de equilíbrio Porém, para o conteúdo (príncipio de Le Chatelier): estruturante Matéria e concentração, pressão, sua Natureza, tais temperatura e efeito dos abordagens são catalizadores; limitadas. Os fenômenos • Equilíbrio químico em meio químicos, na perspectiva aquoso (pH, constante de desse conteúdo ionização, Ks). estruturante, podem ser • Tabela Periódica amplamente explorados por meio das suas representações, como as fórmulas químicas e modelos. CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO- modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria; Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares, etc; Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas, representações condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores; Compreenda o conceito de equilibrio químico, a partir dos conteúdos específicos: concentração, relações matemática e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio, concentração, pressão temperatura e efeito dos catalisadores, equilíbrio químico em meio aquoso; AVALIAÇÃO 5 ESTRUTURANTES MATÉRIA E SUA NATUREZA BIOGEOQUÍMICA QUÍMICA SINTÉTICA METODOLÓGICA LIGAÇÃO QUÍMICA • Tabela periódica; • Propriedade dos materiais; • Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais; • Solubilidade e as ligações químicas; • Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares; • Ligações de Hidrogênio; • Ligação metálica (elétrons semi-livres) • Ligações sigma e pi; • Ligações polares e apolares; • Alotropia. REAÇÕES QUÍMICAS • Reações de Oxi-redução; • Reações exotérmicas e endotérmicas; • Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas; • Variação de entalpia; • Calorias; • Equações termoquímicas; • Princípios da termodinâmica; • Lei de Hess; • Entropia e energia livre; • Calorimetrica; • Tabela Periódica. RADIOATIVIDADE • Modelos Atômicos (Rutherford); • Elementos químicos (radioativos); • Tabela Periódica; • Reações químicas; • Velocidades das reações; • Emissões radioativas; • Leis da radioatividade; • Cinética das reações químicas; Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos conteúdo Este conteúdo básico deste deve ser explorado de básico; maneira relacional, por Entenda as que o comportamento químicas das espécies químicas reações como é sempre relativo à outra espécie com a transformações da a nível qual a interação é matéria microscópico, estabelecida. associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo básico; O conteúdo básico Funções Químicas não deve ser apenas explorando descritivamente ou classificatoriamente. Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem na natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo básico; Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades dos gases, modelo de parttículas e as leis dos gases; Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra espécie com 5 • Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear); GASES • Estados físicos da matéria; • Tabela Periódica; • Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperarura x volume); • Modelo de partículkas para os materiais gasosos; • Diferença entre gás e vapor; • Leis dos gases. FUNÇÕES QUÍMICAS • Funções Orgânicas; • Funções Inorgânicas; • Tabela Periódica. a qual estabelece interação. AVALIAÇÃO A avaliação deve ser de forma processual, sob o condicionamento do diagnostico e da continuidade, onde deve haver uma interação entre o professor e aluno, dando privilegio ao cotidiano do educando no transcorrer de cada aula. Levando-o assim a uma participação mais ativa tanto nas pesquisas propostas, como para as transversais. A avaliação não possui uma finalidade em si mesma, mas deve direcionar o ensinoaprendizagem para garantir um processo educacional de qualidade na escola. BIBLIOGRAFIA BRADY e HUMISTON. Química Geral. LTC. 1981. SARDELA A. Químico Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática COVRE, G. J. Química Total. São Paulo: FTD, IBEP. BAUMLER, E. Um Século de Química. São Paulo: melhoramentos, 1970. BAIRD, C. Química Ambiental. 2°ed. Porto Alegre: Boakman. 2002. 6 GOVERNO DO ESTADO DO PARANA. Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. 11. FILOSOFIA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA A Filosofia contribui para a formação de um cidadão consciente e crítico no seu contexto históricosocial, através da apropriação de um conhecimento global, promovendo a análise radical, rigorosa e de totalidade. Ela possibilita o processo de construir e de aguçar a capacidade de percepção da lógica que norteia as relações dos homens com outros homens e com a natureza, levando o educando a reflexão permanente do seu próprio existir. Auxilia a compreensão do mundo, da linguagem, da leitura, da história, das ciências e da arte, o espaço para o estudo da Filosofia e o Filosofar. Possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento, desenvolvendo o espaço de experiência filosófica, espaço de criação e provocação do pensamento original, na busca da compreensão, da imaginação, da investigação e da criação de conceitos. O estudo da filosofia possibilita ainda ao educando, pensar, argumentar criticamente e, a partir daí, criar e recriar para si os conceitos filosóficos, apropriando-se destes conhecimentos para mudar a sociedade em que vive. • Mito e Filosofia; • Teoria do Conhecimento; • Ética; • Filosofia Política; • Filosofia da Ciência; • Estética. Tais conteúdos estruturantes estimulam o trabalho da mediação intelectual, o pensar, a busca da profundidade dos conceitos e das suas relações históricas, em oposição ao caráter imediatista que assedia e permeia a experiência do conhecimento e as ações dela resultantes. formação, sua especialização, suas leituras, faremos o Dada a sua planejamento a partir dos conteúdos estruturantes e faremos o recorte – conteúdo básico – que julgar adequado e possível. Por exemplo: para trabalhar os conteúdos estruturantes Ética e/ou Filosofia Política, faremos um recorte a partir 6 da perspectiva da Filosofia latino-americana ou de qualquer outra, tendo em vista a pluralidade filosófica da contemporaneidade. Importante é que o ensino de Filosofia se dê na perspectiva do diálogo filosófico, sem dogmatismo, niilismo e doutrinação, portanto sem qualquer condicionamento do estudante para o ato de filosofar. O trabalho com os conteúdos estruturantes não exclui, de forma alguma, a história da Filosofia nem as perspectivas que aqui denominamos geográficas. Os conteúdos estruturantes fazem parte da História da Filosofia e podem ser trabalhados em diversas tradições, como na Filosofia europeia, na ibero-americana, na latino-americana, na norteamericana, na hispano-americana, entre outras. Notadamente, Filosofia é o espaço da crítica a todo conhecimento dogmático, e, por ter como fundamento o exame da própria razão, não se furta à discussão nem à superação das filosofias de cunho eurocêntrico. Na perspectiva dos conteúdos escolares como saberes, o termo conteúdo não se refere apenas a fatos, conceitos ou explicações destinados aos estudantes para que estes conheçam, memorizem, compreendam, apliquem. Os conteúdos estruturantes não devem ser entendidos isoladamente, de modo estanque, sem comunicação. Eles são dimensões da realidade que dialogam entre si, com as ciências, com a arte, com a história, com a cultura; enfim, com as demais disciplinas. Como mediadores do ensino de Filosofia, os conteúdos devem estar vinculados à tradição filosófica, de modo a confrontar diferentes pontos de vista e concepções, para que o estudante perceba a diversidade de problemas e de abordagens. Num ambiente de investigação, análise e descobertas podem-se garantir aos educandos a possibilidade de elaborar, de forma problematizadora, suas próprias questões e tentativas de respostas. OBJETIVOS GERAIS - Proporcionar ao educando conhecimentos básicos de Filosofia, a fim de possibilitar sua integração na sociedade em que vive, permitindo assim, sua compreensão das manifestações de ordem: ética, religiosa, social, política e de outros aspectos sociais. - Levar o aluno a ter consciência da palavra Filosofia e para que serve, desenvolvendo a capacidade crítica, sabendo lidar com as diferenças de conhecimentos filosóficos. Desenvolvendo assim, a capacidade de questionar sua própria existência, a do mundo e dos conhecimentos de forma inteligente e reflexiva. - Possibilitar ao educando o conhecimento da realidade social em que está inserida, a compreensão dos aspectos que compõem a diversidade humana, conhecendo e respeitando o modo 6 de vida de diferentes grupos sociais, em diversos tempos e espaços, permitindo ao educando o desenvolvimento da sua autonomia e da liberdade de expressão. - Desenvolver o hábito do estudo e de iniciação científica de pesquisa. METODOLOGIA A abordagem teórico metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação,dogmatismo e niilismo. O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências , arte , história , cultura, - afim de problematizar e investigar os conteúdos estruturantes e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referencia , os textos filosóficos clássicos e seus comentadores. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Mito e Filosofia Teoria do Conhecimento Ética Filosofia Política Filosofia da Ciência Estética CONTEÚDOS BÁSICOS Mito e Filosofia Saber mítico; Saber Filosófico; Relação Mito e Filosofia; Atualidade do Mito; O que é a Filosofia ? 6 Teoria do Conhecimento Possibilidade do Conhecimento; As formas do Conhecimento; O problema da verdade; A questão do método; Conhecimento e lógica; Ética Ética e moral; Pluralidade Ética; Ética e violência; Razão , desejo e vontade; Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas. Filosofia e Política Relações entre comunidade e poder; Liberdade igualdade política; Politica e ideologia; Esfera pública e privada; Cidadania formal e ou/ participativa. Filosofia da Ciência Concepções de Ciência; A questão do método cientifico; Contribuições e limites da ciência ; Ciência e ideologia; Ciência e ética; Estética Natureza da arte; Filosofia e arte; Categorias estéticas – feio, belo,sublime,trágico,cômico,grotesco,gosto,etc; 6 Estética e sociedade. AVALIAÇÃO Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria a perceber o quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema. Para Kohan e Waksman (2002), o ensino de Filosofia tem uma especificidade que deve ser levada em conta no processo de avaliação. A Filosofia como prática, como discussão com o outro e como construção de conceitos encontra seu sentido na experiência de pensamento filosófico. Entendemos por experiência esse acontecimento inusitado que o educador pode propiciar e preparar, porém não determinar e, menos ainda, avaliar ou medir. O ensino de Filosofia é, acima de tudo, um grande desafio, pois, [...] a atividade filosófica do mestre consiste em gerar ou dar poder ao outro: isto quer dizer também fazê-lo responsável. Nisto reside à fecundidade, a atividade de “produzir” a capacidade de pensar, dizer e agir de outro, que implica a realização de pensamentos, palavras, ações diferentes das do mestre, que lhe escapam ao querer e ao “controle” [...] Querer que o outro pense, diga e faça o que queira, isto não é um querer fácil (LANGON, 2003, p. 94). Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições. O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos s istemas e discursos. Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos: • qual discurso tinha antes; • qual conceito trabalhou; • qual discurso tem após; • qual conceito trabalhou. 6 A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS APPEL, E. Filosofia nos Vestibulares e no Ensino Médio, Cadernos PET- Filosofia 2, Depto de Filosofia da UFPR, Curitiba, 1999. ARANTES, Paulo... et aLL. A filosofia e seu ensino, Salma T. muchai, (org.) – Petrópolis, RJ : Vozes; São Paulo: EDUC, 1995. – (Série Eventos); CHAUI, M. O retorno do teológico-político. In: Sérgio Cardoso (org.). Retorno ao republicanismo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004. CURITIBA, Secretária do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Filosofia Para o Ensino Médio. Versão Preliminar, Curitiba: SEED. DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é Filosofia? Tradução de Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992. 288 p.(Coleção trans) GALLO, S. O ensino de Filosofia e a criação de conceitos. In: CADERNOS CEDES, n.º 64. A Filosofia e seu ensino. São Paulo: Cortez; Campinas, CEDES, (2004). VASCONCELLOS, Celso dos Santos Avaliação: concepção dialética – libertadora do processo de Avaliação escolar 16º edição - São Paulo: Libertad, 2006 12. LINGUA ESRANGEIRA MODERNA - INGLÊS APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Partindo do pressuposto de que o objetivo é a formação de um sujeito critico, capas de interagir criticamente com o mundo à sua volta, apresentar ao aluno apenas os procedimentos que 6 tentam explicar o funcionamento da língua e as regras de gramática é muito pouco. O ensino da íngua inglesa deve ultrapassar as questões técnicas e se centrar na educação para que o aluno reflita e transforme a realidade de que lhe é apresentada em seus processos sociais políticos econômicos, técnicos e culturais. Aprender a língua inglesa não é o fim, mas um caminho que podemos seguir para refletir e crescer nas discussões sobre os assuntos variados que envolvem nosso país e outros. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA • Levar o aluno a aprender mais que um conjunto de formas e normas mas, as diferenças entre o uso das convenções e os valores de seu grupo social, da comunidade que usa a língua inglesa de forma critica. • Perceber que não há um modelo a ser seguido, ou uma cultura melhor que a outra, mas apenas diferentes possibilidades, mudanças e as transformações sociais. CONTEÚDOS ESTRURURANTES Os conteúdos estruturantes, leitura, escrita e validade, são entendidos como saberes mais amplos da disciplina e que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um corpo estruturando de conhecimentos constituídos e acumulados historicamente. 1ª Série • Leitura • Escrita • Oralidade • Shakespeare and “Things I Hafe About You” • Shakespeare biography • Verbs to be • Verbs regulares • Rescarches • Verbs irregulares • The influence of English in Portuge Language 6 • Do you know what the expression Foreign words means? • Why is Portuguese Influence by English • Lets have an overview about the History of Portuguese. • Interview • People through the music • 1960’s The Rebel Yars • 1970’s The decade of eletronic music • 1980’s The New Ware • Why? Becouse • 1990’s H time for bands • seanches • To be, was,were • Do, does, did 2ª Série • Leitura • Escrita • Oralidade • Writing Correspondence from the papyrus and Feather to the computer • Lefters • Getfing thonger the subject • Means of writing • Lefter a busness • Lorus of begining comunicational • Means • Healthy lood x junk food • Fast food junk food • Measuring the effects of junk food on kids • Why do you need to eat nou frut and vegetables? • Healthy food recipes • Sewing the sentences and buiding bridges 6 • Pronouns possessive • Texct I, II, III, IV. V e VI • Creation of the reservoir • Global warming E ffects • Can, must may 3ª Série • Leitura, escrita e oralidade • Tales • Ferst fable the hou in love • Seconal fable the lagle and the arrow • Thrd foble the fox and the grapes • English around the world and through the ages • English throughout wold building the scenario • Midafle english • Modem english • Antrican English or brifish english? • Tecnology and work • Let’s sfart with a bricf history of the mam tecnology rev cutions • The development of tecnology and the society • Digital exclusion • The fast changes in technology and the difficuties to deal with them • rearches METODOLOGIA DA DISCIPLINA É fundamental auxiliar os alunos a entenderem que ao interagir coma língua, estão interagindo com pessoas especificas e que é preciso levar em conta que para entender um enunciado em particular ter em mente, que disse o que, para quê, para quem, onde, quando e porquê é imprescindível. Partindo do seu conhecimento, o educando adquirira consciência da nova língua e sua importância através de experiências significativas e individualizadas. 6 Os conteúdos terão que levar o aluno a construir conjuntos de palavras, a serem organizadas sob a forma de frases e textos, bem como o uso da língua oral. Os alunos farão trabalhos em grupos, pesquisas em livros, jornais, revistas e na Internet. Trabalharemos com rótulos e palavras mostrando a eles a importância da língua no nosso dia a dia. AVALIAÇÃO A avaliação é um meio e não um fim em si mesmo. É um processo continuo, diagnostico, dialético e deve ser tratada como parte integrante das relações ensino-aprendizagem. Para que haja uma prática avaliativa em Educação Matemática, é fundamental que exista dialogo entre educadores e educandos, na tomada de decisões, nas questões relativas aos critérios utilizados para se avaliar, na função da avaliação e nas retomadas avaliativas, se necessário. Segundo Luckesi (2000), a avaliação da aprendizagem, é um recurso pedagógico útil e necessário para auxiliar cada educador e cada educando na busca e na construção de si mesmo e do seu melhor modo de ser na vida. A avaliação acontece em todas as atividades com as trocas de informações do aluno, de seus colegas, do professor e da comunidade. Ela deve ser mediadora, formativa e somativa estando presente em todo processo educacional. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ANDREOTTI, V.; JORDÃO, C. M.; GIMENEZ, T. (orgs.). Perspectivas educacionais e ensino de inglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005. ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Ed. Pontes, 2002. CELANI, M. A. A. As línguas estrangeiras e a ideologia subjacente à organização dos currículos da escola pública. São Paulo: Claritas, 1994. JORDÃO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba: mimeo, 2004. 7 O ensino de línguas estrangeiras em tempos pós-modernos. Paraná: UFPR, 2004. O Professor de línguas estrangeiras no contexto nacional. Construindo a Profissão. Pelotas: EDUCAT, 2001. ROJO, R. H. R.; LOPES, L. P. M. PCNEM e PCN+ de Línguas Estrangeiras (LE) no Ensino Médio. In: Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília, 2004. 13 . SOCIOLOGIA APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA Contextualização da construção histórica da sociologia compreendendo a modificações nas relações impostas pela formação de um novo modo de produção econômica. A Sociologia está voltada a criar nos educandos a preocupação de encontrar soluções para os graves problemas sociais gerados pelo modo de produção. Ela procura desenvolver uma educação capaz de adequar o educando “a nova sociedade”. Possibilitando o desenvolvimento de um olhar crítico e questionador sobre a sociedade. Contribuindo para a ampliação do conhecimento dos homens sobre a própria condição de vida. Auxiliando a compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupo e as relações que se estabelecem nos diferentes grupos. Faz parte ainda de nosso estudo, o trabalho das diferentes linhas teóricas clássicas que fundamentam a sociologia, o questionamento do real, do pensado e da relação entre ambos. O estudo das desigualdades, das diversidades e dos antagonismos, resgatam dialeticamente o movimento histórico do real e do pensado a partir de grupos e classes que compõem a maioria do povo brasileiro. OBJETIVOS Proporcionar ao educando conhecimentos básicos da sociologia a fim de possibilitar sua integração na sociedade em que vive, permitindo assim, sua compreensão das manifestações sociais de ordem: ética, religiosa, social, ecologia e de outros aspectos sociais, possibilitando o conhecimento da realidade social em que está inserido e a compreensão dos aspectos que compõem a diversidade humana, conhecendo e respeitando o modo de vida de diferentes grupos 7 sociais, em diversos tempos e espaços; permitindo o desenvolvimento da sua autonomia e da liberdade de expressão; desenvolvendo o hábito de estudos e da iniciação cientifica e pesquisa. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Cultura e Indústria Cultural Trabalho, Produção e Classes Sociais. Poder, Política e Ideologia. Direito, Cidadania e Movimento Sociais. Conteúdos Específicos: O surgimento da Sociologia As teorias sociológicas na compreensão do presente A produção sociológica brasileira A Instituição Escolar, Religiosa e Familiar. Cultura ou Culturas: uma contribuição antropológica Densidade Cultural Brasileira Cultura: criação ou apropriação? O processo de trabalho e a desigualdade social Globalização Ideologia Formação dos Estados Modernos Movimentos Sociais Urbanos Movimentos Agrários no Brasil Movimento Estudantil (Grêmios, UPES, UNE). Movimentos Sociais Conservadores (Golpe Militar, TEP, UDR). METODOLOGIA 7 Os conteúdos de sociologia serão desenvolvidos através de múltiplos instrumentos metodológicos, como a exposição, a leitura, o esclarecimento de conceitos e lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), sendo realizadas análises, discussões, pesquisas de campo e pesquisa bibliográfica. Estes conteúdos serão trabalhados em sala, em forma de textos, filmes, seminários e debates, fazendo com que o educando esteja provocado constantemente e relacionar a teoria com o que ele vive no seu dia a dia, a rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente nossos saberes. Quanto ao trabalho com filmes, estaremos esclarecendo aos alunos que o mesmo também é um texto e que, portanto, deve-se fazer uma leitura do mesmo. Serão inseridos no trabalho a leitura de livros, dramatização, músicas, artigos e outros, fazendo com que os educandos desenvolvam o raciocínio, estabelecendo relações entre conhecimento e situações dentro da Sociologia. A Sociologia propicia levar o educando a ter consciência de seu significado e para que serve, desenvolvendo a capacidade crítica e criativa, oportunizando aos educandos saber lidar com as diferenças dos conhecimentos Sociológicos, situando-se e relacionando no contexto Social ao qual está inserida. AVALIAÇÃO A avaliação é um processo abrangente da existência humana que implica numa reflexão crítica sobre a prática no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades, possibilitando uma tomada de decisão sobre o que faz para superar seus obstáculos ou mudanças de rumos. A mesma acontecerá de forma qualitativa e cumulativa, formativa, e diagnóstica, levando-se em consideração todas as atividades trabalhadas em sala, partindo do interesse e participação de todos os envolvidos no processo ensino aprendizagem. Acontecerá através de trabalhos em grupos, pesquisas, seminários, provas e outros. Será contínua, durante as aulas, somatória, com aplicação de textos, provas, testes e debates. Observação do professor pelo interesse, a participação, apontamento, trabalhos em grupos ou individual, pesquisas e relatórios (filmes, DVD). REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOURDIU, P.; PASSERON, J.C. A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. São Paulo: Francisco Alves, 1975. 7 CHARLOT, B. Relação com o saber, formação dos professores e globalização: questões para educação hoje. Porto Alegre: Artmed, 2005. CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1998. CURITIBA, Secretária do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio. Versão Preliminar, Curitiba: SEED, 2006. DURHEIM. E. Educação e sociologia. 6ª ed. Trad. Lourenço Filho. São Paulo: Melhoramentos, 1965. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – Publicado no “Diário Oficial” da União, de 16 de julho de 1990. FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão; trad. Lígia M. Ponde Vassallo. Petrópolis: Vozes, 1983. FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 8ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. FREIRE, G. Casa-grande & senzala: introdução à historia da sociedade patriarcal no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 2001. WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 15ª ed. São Paulo: Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais. 2000. ARANTES, A. A . O que é cultura popular. 5ª ed. São Paulo: Brasileiro, 1983. BOSI, E. Cultura de massa e cultura popular: leituras de operários. 5ª ed. Petrópolis: Vozes, 1981. BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Identidade e etnia. São Paulo: Brasileiro, 1986. CUNHA, Euclides. Os sertões. São Paulo: Ática, 1902. LAPLANTINE, F. Aprender Antropologia. 12ª Ed. São Paulo: Brasiliense, 2000. LIMA, L. C. (Org.) Teoria da cultura de massa. 5ª ed. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2000. ORTIZ, R. Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo: Brasiliense 2003. SANTOS, J. L. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 1983. ALBORNOZ, P. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 1989. GERMANO, J. W. Estado militar e educação no Brasil (1964-1985). São Paulo: Editora Cortez, 2000. GOHN, M. G. (Org.). Movimentos Sociais no início do século XXI: antigos e novos atores sociais. Petrópolis: Editora Vozes, 2003. ____________. Os sem-terra, ONG´s e cidadania. São Paulo: Editora Cortez, 2003. ___________. Movimentos Sociais e luta pela moradia. São Paulo: Edições Loyola, 1991. MELO NETO. J. C. Morte e Vida Severina. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. SANTOS, B. S. O Fórum Social Mundial: manual de uso. São Paulo: Expressão Popular, 2002. 7 TOURAINE, A . A sociedade pós-industrial. Lisboa: Moraes editores, 1970.
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