5º Encontro Internacional - Rede Nacional de Jovens Líderes
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5º Encontro Internacional - Rede Nacional de Jovens Líderes
5º Encontro Internacional ³(VFRWLVPRH-ovens Portadores de Necessidades EVSHFLDLV´ Sharjah ± Emirados Árabes Unidos 2 a 14 de fevereiro de 2012 Matheus Vieira Portela Brasília, 2012 ³Não existe exercício melhor para o coração do que se inclinar e ajudar a levantar pessoas´ John Andrew Holmes Agradecimentos Nada somos sem o auxílio das pessoas que nos cercam. São elas que fornecem todo o suporte necessário nas mais diversas situações. Assim, nada mais natural do que agradecê-las. Primeiramente, agradeço aos meus pais, Ana Beatriz e Francisco Fábio, por terem sempre me apoiado durante a minha trajetória no Movimento Escoteiro. Também agradeço ao meu irmão, Marcelo Vieira Portela, que hoje também é um escoteiro. Agradeço ao meu chefe escoteiro e amigo, Márcio Albuquerque, por ter me avisado sobre esse evento e auxiliado na inscrição para representar a União dos Escoteiros do Brasil, além de todos os ensinamentos passados em anos de escotismo. Também agradeço ao Ricardo Stuber e ao Felipe de Paulo, que confiaram em mim para representar a U.E.B. em um evento desse porte. Agradeço também por intermediarem a comunicação entre mim e a organização nacional escoteira dos Emirados Árabes, que porventura não foi uma tarefa fácil. Agradeço ao Winder Garcia, que participou desse evento em 2010 e que sempre se disponibilizou para tirar todas as minhas dúvidas, inclusive na hora de decidir o que levar na mochila. Por último, mas não menos importante, agradeço a todos os meus amigos escoteiros, tanto do Grupo Escoteiro Bernardo Sayão - 14º DF ± quanto de outros grupos, estados ou países. Se o objetivo do escotismo é criar grandes laços de amizade, são eles que me possibilitam alcançar essa meta. 1. Introdução O Encontro Internacional é um evento escoteiro patrocinado pela Sua Alteza Sheik Dr. Sultão Bin Mohammad El-Qasemmi e organizado pelo Escritório Regional Árabe e pela Associação Escoteira dos Emirados Árabes Unidos (E.A.U.). A quinta edição de tal evento, na qual tive a oportunidade participar representando a União dos Escoteiros do Brasil (U.E.B.), ocorreu no período de 4 a 12 de fevereiro de 2012, na sede escoteira do emirado de Sharjah, e teve como WHPD ³(VFRWLVPR H MRYHQV SRUWDGRUHV GH QHFHVVLGDGHV HVSHFLDLV´ Seguindo a linha do tema, o 5º Encontro Internacional debateu os métodos de integração de jovens portadores de necessidades especiais (P.N.E.), tanto no Movimento Escoteiro, quanto na sociedade. Concomitantemente, o evento possibilitou o intercâmbio de experiências entre os participantes, conscientizando-os acerca do tema, além do desenvolvimento de habilidades e da ampliação de conhecimento sobre como lidar com jovens P.N.E. Por fim, o Encontro incentivou a criação de laços de amizade e irmandade entre participantes das mais diversas nacionalidades. Dessa forma, a programação do 5º Encontro Internacional foi elaborada seguindo três linhas principais: i. Adquirir conhecimento técnico e prático para lidar com jovens P.N.E. na comunidade e no Movimento Escoteiro; ii. Trocar experiências e criar vínculos de amizade entre os participantes; iii. Realizar passeios turísticos a fim de conhecer a cultura árabe e emiratense. 2. Atividades O 5º Encontro Internacional foi organizado por meio de uma programação previamente definida, conforme mostrado na Tabela 1. Tal programação foi seguida fielmente, apesar de haver atrasos recorrentes durantes as atividades. Tabela 1 ± Programação do 5º Encontro Internacional Data Horários 2/2/2012 Boas-vindas, chegada e distribuição dos participantes em subcampos 8:00 ± 18:00 3/2/2012 18:00 ± 20:30 Boas-vindas, chegada e distribuição dos participantes em subcampos 9:00 ± 11:00 11:30 ± 13:00 21:00 ± 23:00 Reuniões de organização dos Atividades livres subcampos 16:00 ± 19:00 19:30 ± 23:30 Introdução do encontro e seus 4/2/2012 objetivos ± Workshop sobre a Workshop ± Workshop ± Apresentação de Apresentação de projetos projetos 11:30 ± 13:30 16:00 ± 20:00 importância da Fogo de conselho integração de P.N.E. 9:00 ± 11:00 Workshop 5/2/2012 Workshop ± Escotismo apropriado para Treinamentos de segurança jovens P.N.E. 9:00 ± 11:00 Turismo - Global Village em Dubai 11:30 ± 13:00 21:00 ± 23:00 Atividades livres 15:30 ± 22:00 Worshop ± Desenvolvendo 6/2/2012 conceitos e mecanismos para Workshop ± Reapresentação de projetos integração no Turismo - Shopping e turismo em Dubai (Heritage Village, Dubai Mall, Burj Khalifa) Escotismo 7/2/2012 8/2/2012 6:00 - 18:00 21:00 ± 23:00 Turismo ± Visita à vida selvagem e Preparação para exposição do Encontro patrimônio na ilha de Assamaleiah Internacional 9:00 ± 21:00 21:00 ± 23:00 Exposição do Encontro Internacional para Sua Alteza Fogo de conselho 9:00 ± 13:00 9/2/2012 Visitas técnicas ± Cidade de Sharjah para Serviços Humanitários, Clube Al Thiqah e Centro de Deficientes Ajman 13:30 ± 19:00 20:00 ± 23:00 Turismo ± Mercado Central, Aquário de Sharjah e Canal Al Qasba Atividades livres 9:00 ± 11:00 10/2/2012 11:30 ± 18:00 18:00 ± 22:00 Turismo ± Workshop ± Histórias de sucesso Universidade de Turismo ± Shopping (Dragon Mart) Sharjah 8:00 ± 9:00 9:00 ± 23:00 Workshop ± Apresentação da 11/2/2012 Associação Turismo ± Aventuras no deserto Escoteira dos Emirados e integração de P.N.E. 8:00 ± 11:00 12/2/2012 Turismo ± Centro árabe da vida selvagem 13/2/2012 14/2/2012 11:30 ± 13:00 15:00 ± 23:00 Preparação para Noite internacional e cerimônia de noite internacional encerramento 9:00 ± 23:00 Partida de participantes ± Shopping ± Atividades livres 9:00 ± 23:00 Partida de participantes ± Shopping ± Atividades livres 3. Workshops e visitas técnicas Durante os workshops, que ocorriam em formato de palestra ou de debate aberto, tivemos a oportunidade de conhecer as ações que estão sendo adotadas no cenário internacional quanto à inclusão de portadores de necessidades especiais, tanto no Movimento Escoteiro quanto em nível governamental. 3.1 Apresentação de projetos Nesse workshop, dividido em três sessões, os participantes foram separados em quatro salas. Nas duas primeiras sessões do workshop, cada participante expôs as atitudes que promovem a integração adotadas pelas suas Organizações Nacionais Escoteiras, além de algumas políticas governamentais de inclusão. Ao final da segunda sessão, os grupos escolheram as duas melhores apresentações para que fossem reapresentadas na terceira e última sessão. No meu grupo, escolheram a apresentação do representante do Canadá e, felizmente, a minha própria apresentação, a qual reapresentei com muito orgulho. Como já dito, os representantes escolhidos apresentaram novamente na última sessão, na qual anotei alguns pontos interessantes. Na parte holandesa da Bélgica, existe um grande projeto para a integração de P.N.E., o Akabe. No Akabe, os adultos voluntários são capacitados para lidar com jovens deficientes físicos ou mentais, como portadores de déficit de atenção, sempre contando com o auxílio de especialistas em P.N.E. O projeto é desenvolvido em três níveis de grupos: grupos especiais do Akabe, ramos em grupos (com uma rede de suporte) e integração em grupos escoteiros padrão. Como exemplo, foi citado uma pista de obstáculos com percurso totalmente adaptado para jovens portadores de necessidades especiais. Ressaltou-se também que, no último Flamboree, participaram 4 tropas e 8 IST do Akabe. Figura 1 ± Apresentação de projetos Em seguida, eu apresentei uma proposta de campanha nacional para integração de jovens portadores de necessidades especiais. A campanha consistiria em cinco passos básicos: entrar em contato com instituições e associações especializadas em P.N.E., capacitar os membros dos grupos escoteiros para receber esses jovens, adaptar a estrutura do G.E. para recebêlos, promover o Escotismo como meio de integração dos jovens com necessidades especiais e, por fim, elaborar um meio de feedback para que a campanha possa evoluir com o tempo. Na apresentação canadense, o representante enfatizou a literatura específica do tema. Vários livros e revistas da Scouts Canada dão o suporte necessário aos grupos escoteiros que pretendem adotar políticas integrativas. Na Scouts Canada, também é comum que jovens cadeirantes conduzam reuniões específicas para portadores de necessidades especiais, inspirando os jovens a tomar novas atitudes. Na Palestina, país com a maior taxa de jovens portadores de necessidades especiais no mundo, o programa escoteiro auxilia instituições para jovens P.N.E., contando com atividades manuais (por exemplo, artesanato), atividades externas, viagens e projetos escoteiros internacionais de inclusão. O representante paraguaio nos mostrou a recente experiência de integração de dois irmãos surdos em um grupo escoteiro. Os resultados foram avaliados no grupo escoteiro e, posteriormente, pela Organização Nacional Escoteira e abriu portas para novos jovens P.N.E. que quisessem entrar para o escotismo no Paraguai. Na Polônia, um grupo escoteiro especial para jovens com necessidades especiais é responsável por publicar artigos sobre o tema. Ainda no escotismo polonês, existem acampamentos e festivais especiais para esses jovens. A última e mais impressionante apresentação foi comandada pelo escoteiro representante de Ruanda. Por causa da dificuldade de acesso à tecnologia no seu país, não pôde preparar uma apresentação de slides. Entretanto, mostrou na prática como o escotismo pode ser uma prática integradora, uma vez que ele próprio era deficiente físico, necessitando de muletas para andar. Figura 2 ± Representante de Ruanda apresentando 3.2 Escotismo apropriado para jovens P.N.E. Por meio de vídeos e depoimentos, o escritório Árabe da WOSM mostrou o porquê de ser importante adaptar o Movimento aos jovens P.N.E. Nesse workshop, também foi apresentado o projeto arquitetônico da nova sede do escritório árabe, que ficou muito bonita. 3.3 Treinamentos de segurança Contando com o auxílio da polícia e com o corpo de bombeiros local, ensinaram-nos algumas das técnicas básicas de segurança em situações de emergência, por exemplo, a utilização de extintor de incêndio, como proceder com queimaduras e, por fim, técnicas de defesa pessoal. 3.4 Desenvolvendo conceitos e mecanismos para integração no Escotismo Nesse workshop, o representante egípcio da WOSM nos introduziu uma série de conceitos sobre integração de portadores de necessidades especiais e mostrou como o escotismo pode se adaptar. Alguns exemplos de casos de sucesso foram dados. 3.5 Visitas técnicas Foi, sem dúvidas, uma das atividades mais emocionantes. Basicamente, consistiu em visitas a uma série de locais: Cidade de Sharjah para Serviços Humanitários, Centro de Deficientes Ajman e Clube Al Thiqah. Todos os locais tem a mesma proposta de ser um complexo para tratamento e integração de portadores de necessidades especiais. Em geral, são disponibilizados serviços médicos (fisioterapia, terapia ocupacional, consultas médicas, psicológicas e farmacêuticas, fonoaudiologia) e educacionais, onde os jovens tem a oportunidade de estudar desde o jardim de infância até o fim do ensino médio, muitos prosseguindo para o ensino superior. Também existe a parte esportiva e cultural, onde há apresentações musicais e de dança típicas da região. 3.6 Histórias de sucesso O histórias de sucesso contou com a apresentação de um grupo escoteiro árabe especializado em jovens surdos. Nesse grupo, os chefes eram devidamente treinados para lidar com esses jovens, inclusive sabendo a linguagem de sinais. Os chefes escoteiros também possuíam auxílio técnico de especialistas em educação de jovens P.N.E. 3.7 Apresentação da Associação Escoteira dos Emirados e integração de P.N.E. Foi uma palestra mostrando as ações que a Associação Escoteira dos Emirados Árabes toma em busca da integração dos jovens portadores de necessidades especiais. O mais impressionante foi a grande quantidade dessas ações, o que serve de incentivo para todas as outras organizações escoteiras nacionais. 4. Turismo Nas atividades de turismo, o evento buscou mostrar o que há de melhor na cultura árabe em geral, bem como seus aspectos históricos, e, também, a cultura e o histórico local dos Emirados Árabes e de Sharjah. 4.1 Global Village em Dubai Trata-se de uma grande feira, na qual diversos países possuem blocos para vender seus produtos típicos. Claramente, os países asiáticos estão em maior número (infelizmente, nada do Brasil). Na praça central, ocorrem apresentações típicas dos países que existem na feira. Também há um pequeno parque de diversões. 4.2 Shopping e turismo em Dubai (Heritage Village, Dubai Mall e Burj Khalifa) Para muitos, uma das partes mais aguardadas da viagem, visitando alguns dos pontos mais turísticos de Dubai. A Heritage Village é um pequeno centro comercial e tradicional, no qual preservou-se a arquitetura histórica de Dubai (desde a época dos nômades). Já o Dubai Mall contrasta com a sua modernidade. Sendo o maior shopping do mundo, possui no seu interior um enorme aquário, uma pista de hockey no gelo, uma queda d¶iJXD artificial e centenas de lojas. Ao seu lado, no centro da cidade, encontra-se o Burj Khalifa, o maior prédio do mundo, com impressionantes 828 metros, certamente um ponto turístico indispensável. Figura 3 ± Burj Khalifa 4.3 Vida selvagem e patrimônio na ilha de Assama leiah Após pegar uma balsa, chegamos a uma ilha artificial construída especialmente para preservar a vida selvagem, com cavalos e avestruzes, e o patrimônio cultural dos Emirados Árabes. Figura 4 ± Mosteiro islâmico em Dubai 4.4 Mercado central, Aquário de Sharjah e Canal Al Qasba Apesar de não termos visitado o mercado central, o aquário é certamente uma visita que vale à pena. Nele, é possível entender o relacionamento milenar entre os árabes e o mar e ver maravilhosos espécimes marítimos. No canal de Al Qasba, ocorreu a cerimônia de abertura do festival das luzes de Sharjah, que atrai dezenas de milhares de turistas à cidade. 4.5 Universidade de Sharjah Tivemos a oportunidade de visitar a grandiosa universidade de Sharjah e conhecer a sua estrutura. Na programação da visita, contamos com um almoço no restaurante universitário, visita a alguns prédios do campus e uma tarde no centro esportivo. Como todo bom brasileiro, joguei futebol e representei o Brasil marcando um gol. 4.6 Dragon Mart É apenas um enorme mercado chinês que possui produtos e vendedores de várias partes do mundo (meio contraditório). Excelente local para comprar bugigangas. 4.7 Aventuras no deserto Primeiramente, houve a apresentação de um grupo de aeromodelismo em uma pista de vôo para aviões controlados por controle remoto. Em seguida, fomos a uma área para andarmos de quadriciclo nas dunas, o que foi muitíssimo divertido. Depois, fizemos um grande rally no deserto, terminando a noite em uma área cerimonial bem conhecida na região, onde jantamos como árabes e assistimos a uma apresentação de dança egípcia. Figura 5 ± Rally no deserto 4.8 Centro Árabe da Vida Selvagem Trata-se de um complexo com diversos prédios, cada um sendo um museu de um tema específico. Dentre eles, visitamos o museu vivo (um zoológico indoor), com diversas espécies típicas da vida selvagem dos Emirados e países próximos, e o museu de história natural, no qual havia uma imensa pedra de quartzo amarelo brasileiro! 5. Exposição e Noite internacional Ambos as atividades visavam mostrar um pouco dos traços de cada país representado no evento: música típica, danças, roupas, objetos, tradições etc. No dia da exposição para Sua Alteza, havia stands para que os participantes pudessem expor tudo que trouxeram do seu país de origem. Durante a tarde, tivemos a oportunidade de visitar os stands dos outros escoteiros e, assim, conhecer um pouco de novos países. No período da noite, o Sheikh de Sharjah nos visitou (diga-se de passagem: com um fortíssimo esquema de segurança) e fizemos uma apresentação de uma música para ele e sua corte. Figura 6 ± Representantes das Américas na exposição Já na Noite internacional, a cerimônia foi menor. Em uma grande roda, os participantes diziam de onde eram e mostravam algo típico, como as roupas, uma música ou uma dança. Nesse dia, me vesti com roupa de Festa Junina (fiz até o bigodinho!) e mostrei o bom e velho samba. 6. Cultura árabe Vários foram os momentos nos quais pude perceber como as culturas árabe e brasileira são diferentes. Mas também, pude perceber várias similaridades. No Brasil, o pouco que conhecemos sobre a cultura árabe vem de imigrantes e decentendes do Líbano e da Síria. Entretanto, o mundo árabe é muito maior e, consequentemente, mais diversificado. Por exemplo: em momento algum da viagem, nos ofereceram kibe e esfiha. Quando perguntei sobre essas comídas típicas, me disseram que são típicas apenas na região sírio-libanesa, não sendo muito difundida no Golfo Pérsico nem nos países árabes africanos. Falando de culinária, os árabes comem tudo com as mãos. Portanto, é comum pegarem muito pão-sírio no almoço e no jantar e fazer pequenos enroladinhos do que quer que esteja no prato, por exemplo, enrolar pão-sírio no arroz. O fato de os árabes serem calorosos, assim como os brasileiros, me surpreendeu bastante. Assim, mesmo pessoas que acabaram de se conhecer se tratam como amigos, abraçando-se e dando tapinhas nas costas. Os mais íntimos se cumprimentam com beijos na bocheca ou encostando as pontas dos narizes. Quanto à segregação feminina, ela existe. Por exemplo, nos aeroportos, existem áreas de espera para mulheres separada de homens. Os táxis conduzidos por mulheres é pintado de rosa, enquanto os homens dirigem táxis marrons. No grupo escoteiro, as atividades das bandeirantes eram completamente separadas das atividades dos homens. Figura 7 ± Mulher árabe e véu típico Entretanto, é importante ressaltar que tal costume, sob o meu ponto de vista, não chega a ferir de forma alguma o direito das mulheres. Atualmente, elas tem total possibilidade e direito de competir no mercado de trabalho. Percebe-se também que o uso do véu não é imposto, mas sim um hábito cultural da mesma forma que crianças querem usar calça jeans ao chegar a uma certa idade. Durante a viagem toda, foi possível notar a proximidade da cultura árabe com o mar, uma vez que a atividade marítma na região existe há, pelo menos, três milênios. Grandes foram os avanços na navegação graças aos exploradores e comerciantes árabes. Também foi esse povo o responsável por devenvolvimento de parte importante para a matemática e a astronomia. 7. Conclusão O 5º Encontro Internacional teve um objetivo claro: incentivar ações de inclusão para jovens portadores de necessidades especiais no Escotismo e acredito que tenha sido alcançado. Por meio dos workshops e visitas técnicas, pouco a pouco fomos tocados com essa causa. Ao fim do evento, a mudança de pensamento dos participantes era notável. Certamente, a União dos Escoteiros do Brasil deve adotar medidas inclusivas de âmbito nacional, proporcionando que o Movimento Escoteiro entre na vida de todo e qualquer brasileiro. O contato com uma outra cultura é sempre relevante. Novos horizontes se expandem na cabeça daquele que sai de sua casa para perceber o mundo na sua grande dimensão e o 5º Encontro Internacional foi uma oportunidade única de conhecer a cultura árabe. Por fim, como qualquer outro evento escoteiro, grandes amizades se formam e estreitam os laços mundiais de fraternidade. Agradeço plenamente a todos os meus novos amigos que tive o prazer de conhecer em Sharjah. Figura 8 ± Murungi Raphael (Uganda) e Alex Killby (Canadá), grandes amigos
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