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NewsLetter Biológica & Soluções Cardiovascular Eletromecânica Endovascular Oncologia Boletim Científico × ano 6 × novembro 2015 × nº39 LINUS ENDOPRÓTESE STENT-GRAFT Tratamento de Aneurisma de Aorta Abdominal 1 Rodrigo Serpa Sestito Maria Christiane Valéria Braga Braile-Sternieri, PhD2 3 Nathália Paiva Pereira, MsC Domingo M. Braile, MD, PhD4 ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL 1 Especialista em Cardiologia pela SBC [email protected] 2 Tutora em Cardiologia [email protected] 3 Bióloga [email protected] 4 Cirurgião Cardíaco [email protected] 1,2 Instituto Domingo Braile 3,4 Braile Biomédica Ind. Com. Repres. Ltda São José do Rio Preto, SP, Brasil A aorta, maior e principal artéria do organismo, pode sofrer dilatações em sua parede que alcançam 50% ou mais do seu diâmetro original. Essas dilatações são conhecidas por aneurismas e classificadas de acordo com a região em que ocorrem: a que passa pelo tórax é chamada aneurisma de aorta torácica e a que ocorre no segmento que passa pelo abdome de aneurisma de aorta abdominal. Contudo, o aneurisma de aorta abdominal é mais comum do que o aneurisma torácico. É importante o acompanhamento adequado dos pacientes devido ao alto risco de complicações, como embolização e ruptura, (1) podendo ser fatais . Os principais fatores de risco são tabagismo, sexo masculino, hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia, aterosclerose e histórico familiar. A idade também é um importante fator de risco, sendo que a incidência aumenta em homens com mais de 55 anos e mulheres acima de 70 anos(1). www.braile.com.br 1 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A maioria dos pacientes não apresenta sintomas, assim, a doença normalmente é detectada em exames de imagem ou exames físicos de rotina. Em caso de ruptura do aneurisma, há desenvolvimento de dor, de início súbito, constante, de forte intensidade, em dorso ou região inferior do abdome. Em 80% dos casos a ruptura ocorre no retroperitônio e, quando a ruptura é na cavidade abdominal, há hemorragia incontrolável e colapso circulatório. Em 1/3 dos casos há sintomas como: dor abdominal ou dorsal, presença de massa palpável e hipotensão. Na ruptura para a cavidade abdominal pode haver distensão e na ruptura para o duodeno há (2,3) hemorragia gastrointestinal maciça . Ao exame físico é difícil diferenciar aorta tortuosa e ectasiada de aneurisma. Pode haver doença arterial oclusiva, com diminuição de pulsos em membros inferiores, além de ocorrência de fístula arteriovenosa por ruptura espontânea na veia cava, veia ilíaca ou veia renal, com colapso hemodinâmico e insuficiência cardíaca aguda de alto débito(4). HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA Nos casos de ruptura há alta mortalidade, sendo cerca de 25% antes de chegar ao hospital e 51% após chegar ao hospital. Para evitar esta mortalidade, a cirurgia é o tratamento de escolha para pacientes com risco de (2) ruptura . O risco de ruptura aumenta conforme o tamanho do aneurisma: <4 cm: 4-4,9 cm: 5-5,9 cm: 6-6,9 cm: >7 cm: 0,3% 1,5% 6,5% 10% 33% Em mulheres, há mais chance de ruptura, podendo ocorrer mesmo em diâmetros menores, sendo também mais comum em pacientes tabagistas e portadores de HAS. Oitenta por cento dos aneurismas aumentam com o tempo, sendo 15-20% rapidamente (mais de 0,5 cm ao (3) ano) . Uma rápida expansão também prediz o risco de ruptura, principalmente em aneurismas abdominais de (4) >5cm de diâmetro . 2 www.braile.com.br SEGUIMENTO Deve-se monitorar aneurismas >4 cm para avaliar o crescimento de >5,5 cm ou >0,5 cm/ano, que são as indicações cirúrgicas. Deve ser realizada tomografia computadorizada (TC) a cada seis meses ou a cada três meses em pacientes de alto risco. Para monitorização, a (3,4) TC é melhor do que ultrassonografia (USG) . DIAGNÓSTICO A USG de abdome analisa o aneurisma nos planos transverso e longitudinal, definindo o seu tamanho em ±0,3 cm, sendo , sendo insuficiente para o planejamento (3) da cirurgia . A TC de abdome é extremamente acurada para diagnóstico e para a medida, com variação de ±0,2 cm; define melhor a forma e a extensão do aneurisma, assim como a relação anatômica com vísceras e vasos renais (Figura 1). Já a ressonância magnética é extremamente acurada em determinar o tamanho, definindo a extensão proximal da doença e o envolvimento ileofemoral(5). A aortografia pode subestimar o tamanho do aneurisma devido aos trombos intramurais, mas é um bom exame para definir a extensão suprarrenal do aneurisma e a doença associada em artérias renais, mesentérica e ileofemoral, sendo usada apenas em casos selecionados(3,5). (5) Figura 1: Tomografia pré-procedimento . www.braile.com.br 3 TRATAMENTO As buscas por alternativas para a cirurgia de peito aberto tornaram-se necessárias devido às complicações que esta intervenção ocasionava. Os pacientes com comorbidades, considerados de alto risco cirúrgico, geralmente permaneciam sem um tratamento específico ou eram submetidos ao procedimento cirúrgico com (6,7) morbi-mortalidade altíssima . O desenvolvimento de um dispositivo endovascular (endoprótese) possibilitou uma alternativa ao tratamento convencional, estabelecendo cirurgia de implante fechada menos invasiva, consistindo no implante de uma endoprótese, sem a necessidade de cirurgia de peito aberto e com menor morbi-mortalidade (Figura 2)(5,8). O precursor na realização dessa técnica foi Parodi que, juntamente com seus colaboradores no início da década de 1990, desenvolveu um dispositivo menos invasivo, com objetivo de tratar aneurismas de aorta abdominal. Com o passar do tempo, os dispositivos e as técnicas empregadas nesse tratamento foram aperfeiçoados, tornando possível o reparo com sucesso dos aneurismas da aorta e a disponibilização desses materiais comercialmente(9). Essa técnica apresenta diversas vantagens clínicas, principalmente pelo seu caráter menos invasivo, dentre elas: diminuição do tempo operatório, das perdas sanguíneas, do tempo de permanência em unidade de cuidados intensivos, da estadia hospitalar, e em geral, (10) diminuição da morbi-mortalidade perioperatórias . A Endoprótese Stent-Graft LINUS (Figura 3) foi desenvolvida especialmente para o tratamento endovascular do aneurisma de aorta abdominal. É composta por uma prótese de sustentação intraluminal arterial (Stent-Graft) e pelo Dispositivo de Liberação (Figura 4). O produto desenvolvido pela Braile Biomédica é confeccionado em Nitinol com revestimento de poliéster. São próteses autoexpansíveis com alta resistência radial e cuidadosamente comprimidas e inseridas em cateteres que permitem o uso de fio guia de até 0,035”. A Endoprótese Stent-Graft LINUS está disponível comercialmente nos modelos Bifurcada, Aortoilíaca (cônicas), Extensão Ilíaca (retas ou cônicas) ou Oclusora. (5) Figura 2: Angiotomografia pós-procedimento . 4 www.braile.com.br Free Flow Stent não revestido para expansão da região de fixação Força Radial Regiões proximal e distal com força radial aumentada para melhor fixação e vedação Sutura Suturas em poliéster para fixação do esqueleto metálico Revestimento Poliéster tubular de baixa porosidade Marcas Radiopacas Proximais e distais para facilitar posicionamento e localização da endoprótese Nitinol Liga metálica superelástica com memória térmica Grande resistência à corrosão e fadiga Contralateral Extensões Modulares Ypsilateral Exoesqueleto Figura 3: Endoprótese Stent-Graft LINUS. www.braile.com.br 5 Ponteira Flexível Radiopaca atraumática Hidrofílica Revestimento hidrofílico para diminuição de atrito Anti-Kink Para melhor navegabilidade Precisão Sistema multiplicador de força Trava de segurança Figura 4: Dispositivo de Liberação. 6 www.braile.com.br Referências 1. Carvalho FC, Brito VPMR, Trivulatto EC, Bellen BV. Estudo Prospectivo da Morbi-Mortalidade Precoce e Tardia da Cirurgia do Aneurisma da Aorta Abdominal. Arq Bras Cardiol. 2005;84(4):2926. 2. Ferro CRC, Oliveira DC, Guerra FFG, Lucena AJ, Nunes FP, Ortiz ST, et al. Prevalência e Fatores de Risco na Associação entre Doença Arterial Coronariana e Aneurisma de Aorta. Arq Bras Cardiol. 2007;88(1):40-4. 3. González AV. Aneurisma de aorta abdominal.In: Rodríguez EM, Jiménez JP. Transtornos circulatórios en Cirugia. Oviedo: Universidad de Oviedo; 1993. 79-82. 4. Braunwald's Heart Disease: A Textbook of Cardiovascular Medicine, 8th ed, 2008. 5. Saadi EK, Gastaldo F, Dussin LH, Zago AJ, Barbosa G, Moura L. Tratamento endovascular dos aneurismas de aorta abdominal: experiência inicial e resultados a curto e médio prazo. Braz J Cardiovasc Surg. 2006;21(2):211-6. 6. Hollier LH, Taylor LM, Ochsner J. Recommended indications for operative treatment of abdominal aortic aneurysm. J Vasc Surg. 1992;15(6):1046-56. 7. Simão ACP, Gonçalves ACA, Paulino MM, Oliveira RB, Polli CA, Fratezi AC. Estudo comparativo entre tratamento endovascular e cirurgia convencional na correção eletiva de aneurisma de aorta abdominal: revisão bibliográfica. J Vasc Bras. 2009;8(4):335-42. 8. Almeida RMS, Leal JC, Saadi EK, Braile DM, Rocha AST, Volpiani G, Centola C, Zago A. Thoracic endovascular aortic repair - a Brazilian experience in 255 patients over a period of 112 months. Interact Cardiovasc Thorac Surg. 2009;8:524-8. 9. Greenhalgh RM. Comparison of endovascular aneurysm repair with open repair in patients with abdominal aortic aneurysm (EVAR trial 1), 30-day operative mortality results: randomised controlled trial. Lancet. 2004;364:834-48. 10. Furtado IS. Aneurismas da Aorta Abdominal: Tratamento Endovascular e Qualidade de Vida. [Dissertação]. Porto: Universidade do Porto; 2012. BRAILE BIOMÉDICA INDÚSTRIA, COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, 1505 CEP 15091-450 - São José do Rio Preto-SP - Brasil Telefone 17 2136-7000 | Fax 17 2136-7040 | SAC 08007072050 Other countries: phone 55-17-2136-7000 www.braile.com.br www.braile.com.br 7
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