Privado y Confidencial

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Privado y Confidencial
Disciplina de
Mercado
Relatório de Divulgação Pública de Informação • Aviso 10/2007 do Banco de Portugal
Exercício de 2012
BBVA Instituição Financeira de Crédito, S. A.
Sede: Avenida D. João II, Lote 1.16.05 (Edifício Infante), 2º andar, Lisboa, Portugal
Titular do NIPC: 502 801 808
Índice
Secção I: Introdução 4
1.
Enquadramento Regulamentar 5
2.
Estrutura do Relatório 5
Secção II: Declaração de Responsabilidade 6
Secção III: Âmbito de Aplicação e Políticas de Risco 7
1.
Âmbito de Aplicação 7
2.
Estratégias e Processos de Gestão de Risco 8
3.
4.
Estrutura e Organização da Função de Gestão de Risco 12
1.
Perfil de Risco 12
2.
Modelo Operativo 13
Âmbito e Natureza dos Sistemas de Medição de Risco 19
Secção IV: Adequação de Capitais 22
1.
Caraterização de Fundos Próprios 22
2.
ICAAP – Processo de Auto-Avaliação da Adequação do Capital Interno 24
3.
Informação Quantitativa 27
Secção V: Risco de Crédito – Aspetos Gerais 29
1.
Políticas Contabilísticas 29
2.
Principais Conceitos 32
3.
Gestão do Risco de Crédito 34
4.
Correção de Valor e Provisões 36
1.
5.
Modelo de Imparidade 36
Risco de Concentração 41
1.
Informação Qualitativa 41
2.
Informação Quantitativa 44
Secção VI: Risco de Crédito – Método Padrão 48
Secção VII: Técnicas de Redução de Risco de Crédito 50
Secção VIII: Risco Operacional 51
1.
Principais Conceitos 51
2.
Gestão do Risco Operacional 51
3.
Informação Quantitativa 53
Secção IX: Risco de Liquidez 54
1.
Principais Conceitos 54
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 2
2.
Gestão do Risco de Liquidez 54
3.
Requisitos de Capital Interno 55
4.
Informação Quantitativa 56
Secção X: Risco de Taxa de Juro 57
1.
Principais Conceitos 57
2.
Gestão do Risco de Taxa de Juro 57
3.
Informação Quantitativa 58
Secção XI: Análises de Sensibilidade dos Requisitos de Capital 62
1.
Testes de Esforço (Stress Tests) 62
2.
Resultados dos Testes 67
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 3
Lisboa, abril de 2013
Secção I
Introdução
BBVA Instituição Financeira
de Crédito, S. A.
Disciplina de
Mercado
Suporte:
Aviso n.10/2007 do Banco de
Portugal
Base de Reporte:
Individual
Periodicidade:
Com a publicação, em 2007, do Decreto-lei n.º103/2007 que transpôs para a ordem jurídica interna
a Diretiva n.º 49/2006 (Diretiva da Adequação de Fundos próprios), o regime prudencial das
Instituições de Crédito e Empresas de Investimento em Portugal passou a incorporar as disposições
propostas no Acordo de Capital Revisto - habitualmente denominado por Basileia II, que
determinou uma nova moldura regulamentar relativa à adequação de capital aplicável a todas as
instituições financeiras.
Anual
Data de Referência:
O Acordo de Basileia II assenta em 3 pilares distintos e complementares:
31 de Dezembro de 2012

para cobertura de Riscos de Crédito, de Mercado e Operacional;
Contatos:
Direção Financeira: Gestão de Riscos
O Pilar I consiste em regras de determinação dos requisitos mínimos de fundos próprios

O Pilar II abrange os princípios fundamentais do processo de supervisão e de gestão de
[email protected]
riscos, incluindo o processo de autoavaliação de adequação de capital;
351 21 798 5714

O Pilar III complementa os pilares anteriores com a exigência de publicação de informação
Sede
relativa à situação financeira e à solvabilidade das instituições de crédito, fixando
Edifício Infante
Av. D. João II,
Lote 1.16.05 - 2 Piso
1990-083
Parque das Nações
Lisboa,
Portugal
Tel: +(351) 21 798 57 00
Fax: +(351) 21 798 58 91
requisitos de divulgação pública relativa a processos, procedimentos e sistemas de gestão
de riscos e de capital, com o intuito de promover e reforçar a disciplina de mercado.
Assim, este relatório é preparado no âmbito do terceiro Pilar do Novo Acordo de Basileia, no qual a
BBVA Instituição Financeira de Crédito, S. A. (doravante designada como BBVA IFIC ou Sociedade)
procede à sua execução e publicação, em conformidade com o estabelecido na regulamentação
vigente e de acordo com as melhores práticas do setor.
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1. Enquadramento Regulamentar
A BBVA IFIC, com o intuito de estabelecer uma comunicação transparente e contínua com todos os
seus stakeholders e parceiros, considera que o Relatório de Disciplina de Mercado consiste num
instrumento adicional para atingir esse fim, conduzindo-se através dos princípios orientadores do
Grupo BBVA.
Este relatório, elaborado numa perspetiva prudencial, deve entender-se como um complemento
de toda a informação prestada através do Relatório e Contas da Sociedade que, deste modo, se
pretende conjugar com uma abordagem aos diferentes riscos inerentes à sua atividade financeira,
com a correspondente informação qualitativa e quantitativa.
2. Estrutura do Relatório
O presente Relatório encontra-se estruturada do seguinte modo:

Declaração de Responsabilidade;

Âmbito de aplicação e políticas de gestão de risco;

Adequação de capitais;

Risco de Crédito – Aspetos gerais;

Risco de Crédito – Método padrão;

Técnicas de redução do risco de crédito;

Risco Operacional;

Risco de Liquidez;

Risco de Taxa de Juro;

Análise de sensibilidade dos requisitos de capital.
Acresce referir que, atendendo à natureza da Sociedade, não existe qualquer exposição ao Risco
Cambial ou de Mercado, uma vez que não é um Market Maker e não assume posições em dívida
emitida, ações, moeda estrangeira e outros títulos, mercadorias ou em instrumentos financeiros
equivalentes, nomeadamente derivados. De igual modo, não são feitas quaisquer referências a
Titularizações por se tratar de operações que não se têm inserido na estratégia de gestão da BBVA
IFIC.
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Secção II
Declaração de Responsabilidade
A Gestão de Riscos na BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. é o sustentáculo da sua
estratégia, assentando nos princípios emanados pelo Grupo BBVA e ventilando, cada vez mais, o
desenvolvimento, a rendibilidade e a sustentabilidade do seu negócio. Por outro lado, converge em
plena conformidade com os requisitos legais vigentes nestas matérias, associadas,
designadamente, a uma correta determinação do nível de fundos próprios adequado à exposição
aos diversos riscos que decorrem da sua atividade.
O Rácio de Solvabilidade de 15%, assim como importantes resultados alcançados noutros
domínios, ilustram bem a importância desta cultura de Risco, que se reconhece como vantagem
competitiva para o futuro, assente em sólidos princípios éticos e rigor profissional.
É da opinião deste Conselho, que o atual papel desempenhado pelas Instituições Financeiras e a
crescente globalização dos mercados de capitais, tornou a disciplina de mercado um instrumento
indispensável para a estabilidade e solidez do Sistema Financeiro. O Banco de Portugal, através da
publicação do Aviso 10/2007, vem reforçar este entendimento, requerendo às Instituições de
Crédito uma divulgação pública de informação que considere os riscos incorridos no âmbito das
suas atividades, atendendo às metas estratégicas instituídas e respetivos processos e sistemas de
avaliação.
Assim, este Conselho de Administração vem declarar que, em cumprimento e para os efeitos
presentes no Aviso n.º10/2007:

Foram desenvolvidos todos os procedimentos considerados necessários e que, tanto quanto é do
seu conhecimento, toda a informação divulgada é verdadeira e fidedigna;

Assegura a qualidade de toda a informação divulgada no presente documento, bem como as
menções referentes ao grupo BBVA a que pertence;

Compromete-se a divulgar, tempestivamente, quaisquer alterações significativas que ocorram no
decorrer do exercício subsequente àquele a que o presente documento se refere;

Assegura que não se registaram quaisquer eventos relevantes entre o termo do exercício a que o
documento se refere e a data da sua divulgação.
Lisboa, Abril de 2013
Conselho de Administração da BBVA Instituição Financeira de Crédito, S. A.
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Secção III
Âmbito de Aplicação e Políticas de Risco
Nesta secção descreve-se o modelo que integra as políticas, processos e procedimentos de Gestão
de Riscos vigente na Sociedade.
1. Âmbito de Aplicação
A BBVA IFIC, com sede social em Portugal, na Avenida D. João II, Lote 1.16.05 (Edifício Infante), 2º
andar, Lisboa, titular do NIPC 502 801 808, com o capital social de 29.903.045,00 €, é uma
Sociedade que tem por objeto exclusivo a Prática das operações permitidas aos Bancos, com
exceção da receção de depósitos, nos termos da legislação aplicável, nos termos da alínea d) do
artigo 3.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF).
Detendo a seguinte estrutura societária:
•
CORPORACION GENERAL FINANCERA, S.A - 50,1%
•
BANCO BILBAO VIZCAYA ARGENTARIA, S.A. - 49,9%
Inserida num sólido grupo financeiro internacional - Grupo BBVA, as suas políticas internas de
Gestão de Risco obedecem a orientações corporativas, assegurando a conformidade com o
enquadramento regulamentar, considerando-se fulcral a existência de um modelo de Governance e
uma moldura de princípios e processos que permitam identificar, medir e monitorizar os riscos
inerentes à sua atividade.
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2. Estratégias e Processos de Gestão de Risco
No decorrer dos exercícios anteriores, a Sociedade reuniu esforços na robustez das suas Políticas
de Gestão de Risco, através da implementação das funções de Gestão de Risco e de Compliance, na
redefinição das principais linhas de orientação inerentes ao Sistema de Controlo Interno e na
adoção de novas ferramentas de Reporte e mensuração de Risco.
Em 2012, prosseguiu com o reforço e melhoria de todos os procedimentos nestas matérias, dando
particular destaque à proliferação de uma intensa cultura de Risco, promovendo a sua
disseminação por todos os seus colaboradores, de acordo com os seus níveis de envolvimento.
Função de Gestão de Riscos
A Função de Risco no Grupo BBVA – Global Risk Management caracteriza-se por ser uma função
única, independente e global, assente nos seguintes princípios:

Os Riscos assumidos deverão ser compatíveis com o nível de Solvência definido, devendo
estar identificados, medidos e avaliados. Deverão existir procedimentos claros para a sua
Gestão e Seguimento, para além de sólidos mecanismos de Controlo e Mitigação;

Todos os Riscos deverão ser geridos de forma integrada durante o seu ciclo de vida, com
um tratamento diferenciado de acordo com a sua tipologia e com uma gestão de carteiras
baseada numa medida comum: Capital Económico;

As áreas de Negócio são responsáveis por propor e manter o Perfil de Risco dentro da sua
autonomia e limite de atuação Corporativo (definido como o conjunto de políticas e
procedimentos de Riscos), através de uma infraestrutura de Riscos adequada;

A infraestrutura de Riscos deverá ser consistente no que respeita a Pessoas, Ferramentas,
Bases de dados, Sistemas de informação e Procedimentos, de modo a garantir uma
definição clara de papéis e responsabilidades, assegurando uma afetação eficiente de
Recursos entre a área Corporativa de Risco e as Unidades de Riscos inseridas nas áreas de
Negócio.
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Alicerçado nestes princípios, o Grupo BBVA desenvolveu um sistema de Gestão Integral dos Riscos,
que se encontra estruturado em três eixos fundamentais:
1.
Conjunto de Ferramentas, Circuitos e Procedimentos que estabelecem esquemas de gestão
diferenciados;
2.
Um sólido Sistema de Controlo Interno;
3.
Uma estrutura corporativa de Governance, com Delegações de Poderes e Segregação de
Funções e Responsabilidades.
Coadunando-se com as premissas anteriores e convergindo plenamente com as exigências
regulamentares vigentes, a BBVA IFIC considera que a gestão de Riscos visa sobretudo gerir
ativamente a exposição à incerteza de modo a otimizar a sua rendibilidade.
Para alcançar tal objetivo, a Sociedade desenhou e implementou uma Função de Gestão de Riscos
que assegura que todos os Riscos são devidamente Identificados, Medidos e Avaliados, garantindo
que a variável Risco está presente em todas as decisões que se tomam e contribuindo para
configurar o Perfil de Risco desejado.
Nas atividades financeiras assumem-se continuamente diversas tipologias de Riscos, pelo que a sua
gestão global é imperativa para alcançar um conhecimento profundo dos respetivos níveis de
exposição, mantendo a Solvência na busca do equilíbrio do binómio Risco-Rendibilidade.
O Perfil de Risco da Sociedade encontra-se totalmente alinhado com os objetivos gerais do Grupo
onde se insere, fixando limites de exposição com o objetivo último de criação de valor para os
acionistas. Esse alinhamento pode traduzir-se através do seguinte decálogo que agrupa os
princípios básicos da visão de Risco no Grupo BBVA:
1.
Independência e Transversalidade no cerne da Função de Gestão de Riscos que assegura
uma adequada informação para a tomada de decisão a todos os níveis;
2.
Objetividade na tomada de decisões, incorporando todos os fatores de Risco relevantes
(quantitativos e qualitativos);
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3.
Gestão ativa da vida do Risco vivo, desde a sua análise prévia até ao seu cancelamento
(gestão do continuum de Risco);
4.
Clareza nos Processos e Procedimentos, revistos periodicamente em função das novas
necessidades e com vetores de responsabilidade bem definidos;
5.
Gestão integrada de todos os Riscos através da sua identificação e quantificação e gestão
homogénea com base numa medida comum (Capital Económico);
6.
Diferenciação do tratamento do Risco, com Circuitos e Procedimentos próprios de acordo
com as características do mesmo;
7.
Desenho, implementação e disseminação de Ferramentas avançadas de apoio à decisão
que, com uma utilização eficaz das novas tecnologias, facilitem a gestão do Risco;
8.
Descentralização da tomada de decisão em função das Metodologias e Ferramentas
disponíveis;
9.
Inclusão da variável Risco nas decisões de negócio em todos os âmbitos: Estratégico, Tático
e Operativo;
10.
Alinhamento dos objetivos da Função de Gestão de Riscos e dos indivíduos que a compõem
com os do Grupo, visando a maximização da criação de valor.
Para o desempenho das suas competências fundamentais, a Função de Gestão de Riscos da
Sociedade tem reunido todos os esforços para, de modo contínuo, dotar-se dos Instrumentos
Qualitativos (estrutura, sistemas e procedimentos) e Quantitativos (metodologias e ferramentas)
necessários.
A Sociedade dispõe ainda de uma Estrutura Organizacional que, assente nos moldes de uma
gestão avançada de Riscos, preserva a independência da função, mantendo a proximidade às áreas
de Negócio onde se originam e admitem os Riscos.
Essa estrutura fortalece a responsabilidade orgânica e funcional dos distintos órgãos institucionais
e executivos da Sociedade, de acordo com as melhores práticas e recomendações das autoridades
normativas e supervisoras.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 10
Importa reforçar que a complexidade e globalidade dos atuais cânones que regem os mercados
financeiros obrigaram a uma gestão dinâmica e integrada do Risco que implicou o
desenvolvimento de diferentes metodologias de aferição de Risco para todas as suas tipologias e
negócios que, incorporando os efeitos de diversificação, convergem numa medida comum: Capital
Económico.
O conceito de Capital Económico ou Capital em Risco reside no vínculo estreito que existe entre o
volume de capital necessário de uma entidade financeira e os Riscos a que esta incorre: um maior
nível de Risco deve associar-se a médio prazo a um maior volume de capital, quando se pretende
manter o mesmo grau de Solvabilidade. Desta forma, quanto maiores forem os Riscos assumidos,
maior será o Capital Económico imputado e maior deverá ser o benefício necessário para
rentabilizar tal capital.
A avaliação da exposição ao Risco, em termos de Capital Económico, permite melhorar o
conhecimento do Perfil global dos Riscos incorridos, bem como conhecer com maior precisão a
rendibilidade económica dos negócios e a sua contribuição ajustada ao Risco nos resultados da
Sociedade.
Neste sentido, foi desenvolvido um sistema para o cálculo do consumo de Capital Económico em
conformidade com a estrutura do Grupo que deverá culminar numa Ferramenta de cálculo de
Rendibilidade ajustada ao Risco.
Em suma, a consistência e a continuidade da Função de Gestão de Riscos visa uma Gestão Interna
sã e inteligente, tanto no âmbito corporativo, como no âmbito competitivo das suas Unidades de
Negócio, de modo a dispor-se de novos elementos que agilizem a tomada de decisões orientada
para a consecução do objetivo prioritário da Sociedade: a criação sustentada de valor para os seus
acionistas e parceiros de negócio.
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3. Estrutura e Organização da Função de Gestão de
Risco
A estrutura e organização referidas em seguida são transversais a todos os riscos inerentes à
atividade da Sociedade.
1. Perfil de Risco
O perfil de risco corresponde à capacidade de aceitação de risco da BBVA IFIC, tendo como vetores
primordiais:

As caraterísticas estruturais;

O grau de tolerância ao risco.
O seu perfil encontra-se incorporado nos processos e procedimentos executados diariamente e é
percecionado como uma prática importante e necessária ao suporte de uma gestão prudente do
negócio, na medida em que é imprescindível para a avaliação e gestão do risco e contribui para um
melhor entendimento da relação retorno/risco desejável.
Deste modo, tendo em conta as orientações emitidas pelo acionista (Grupo BBVA) e os processos
de negócio atualmente instituídos, a framework do perfil de risco da BBVA IFIC consubstancia-se
num conjunto de decisões desde o nível estratégico até ao nível operacional, estruturando-se em
três vertentes (apetite ao risco, tolerância ao risco e decisões de negócio):

O apetite ao risco corresponde à componente estratégica do perfil de risco da BBVA IFIC,
podendo ser definido através das linhas de orientação estratégica devidamente alinhadas
com o posicionamento, valores e ética da Sociedade e do Grupo BBVA;

O apetite ao risco traduz-se, ao nível tático, num conjunto de indicadores de risco e nos
respetivos níveis de tolerância ao risco, por tipologia e por linha de negócio;
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 12

Dado que as unidades de estrutura necessitam de uma orientação clara por parte dos
órgãos de gestão de modo a poderem proceder à aplicação do perfil de risco ao nível
operacional, a Sociedade adota limites e toma diariamente decisões de negócio ao nível
dos procedimentos operacionais que refletem o apetite e tolerância ao risco da sociedade.
O apetite ao risco da BBVA IFIC manifesta-se, por exemplo, ao nível do rating externo atribuído ao
Grupo BBVA (Standard & Poor’s – BBB), o qual corresponde a um intervalo de confiança de 99,74%.
2. Modelo Operativo
O modelo operativo da Função de Gestão de Riscos da BBVA IFIC é ilustrado no seguinte diagrama:
Em que:

Estratégia – definição da visão, missão e objetivos estratégicos;

Estrutura Organizacional – definição do modelo de governação e enquadramento da
função na estrutura organizacional da BBVA IFIC;

Responsabilidades – identificação das responsabilidades dos colaboradores da Função
Gestão de Riscos;

Processos – definição dos processos necessários à execução das responsabilidades da
Função Gestão de Riscos;

Meios de Suporte – definição dos meios de suporte aos processos subjacentes à atividade
da Função Gestão de Riscos.
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Dadas as mutações verificadas no mercado financeiro e a necessidade constante de integração de
novos requisitos regulamentares, a Função Gestão de Riscos não obedece a um processo estático.
Desde modo, e sempre que se verifique necessário, os elementos do processo acima ilustrado serão
revistos e reajustados à nova realidade.
Estratégia:
O conjunto de objetivos estratégicos da Função Gestão de Riscos detém uma Visão e Missão bem
definidas, com vista à sua integração no seio da Instituição:

Desenvolvimento de políticas de gestão de riscos com orientações globais e específicas
para cada área funcional nesta matéria;

Desenvolvimento e manutenção de metodologias e ferramentas de gestão de riscos;

Adoção das melhores práticas ao nível da gestão de riscos;

Monitorização do perfil de risco da BBVA IFIC;

Procura garantir a conformidade do apetite e da tolerância ao risco com as estratégias da
BBVA IFIC, através da análise e controlo preventivo dos riscos;

Procura garantir a adequação da Função gestão de riscos à estratégia da BBVA IFIC e às
expetativas dos vários stakeholders;

Promove a melhoria contínua da eficiência da gestão de riscos através da monitorização
das atividades e emissão de recomendações;

Promove a divulgação de normas e procedimentos internos de forma a garantir uma
adequada e sustentada gestão dos riscos;

Dinamiza uma Cultura de Gestão de Riscos, potenciando a responsabilização transversal
de toda a Instituição.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 14
Estrutura Organizacional:
O enquadramento organizacional estabelecido para a Função Gestão de Riscos tem por base a
estratégia, os processos de negócio e os meios de suporte necessários à concretização das
atividades que lhe competem.
A definição do modelo organizacional assenta num conjunto de premissas que visam tornar a
Função Gestão de Riscos efetiva na BBVA IFIC, nomeadamente:
Segregação de
Funções
A gestão de riscos assenta em princípios sólidos de governo interno, sendo a
segregação de funções parte relevante destes princípios.
A sua estrutura conduz à eficiência necessária da Função Gestão de Riscos,
Eficiência
Operacional
nomeadamente no que respeita à coordenação da atuação e à comunicação
entre as diversas unidades de estrutura, bem como à simplicidade dos
processos.
Natureza, Dimensão
e Complexidade da
Atividade
O modelo organizacional tem em conta a natureza, dimensão e complexidade
da atividade desenvolvida, bem como os recursos disponíveis e o seu
respetivo perfil.
A Função Gestão de Riscos é assegurada por um órgão colegial designado Comité de Gestão de
Riscos do qual fazem parte os elementos responsáveis pelas Direções envolvidas direta ou
indiretamente na gestão dos diversos riscos a que a BBVA IFIC se encontra exposta:
Níveis Funcionais
Competências
Comité de
Gestão de Riscos
• Decidir quanto ao perf il de risco da BBVA IFIC e às políticas e estratégias
de gestão de risco subjacentes ao mesmo;
• Acordar quanto às orientações a seguir pelas direcções em matérias de
gestão de risco.
Direcção
Financeira
• Presidir ao Comité de Gestão de Riscos;
• Coordenar, orientar e liderar as actividades da Função Gestão de Riscos;
• Reportar f actos relevantes da actividade corrente ao Comité de Gestão e
Riscos.
Controlo Interno e
Gestão de Riscos
• Operacionalizar as componentes de identif icação, avaliação,
acompanhamento e controlo dos riscos;
• Suportar as reuniões do Comité de Gestão de Riscos f ornecendo os inputs
relevantes para tomada de decisão.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 15
Responsabilidades:
O seguinte esquema ilustra as responsabilidades e a sua distribuição pelos vários níveis funcionais:
RESPONSABILIDADES
APROVAÇÃO
Comité de Gestão de Riscos
G ESTÃO E COORDENAÇÃO
Direcção Financeira
EXECUÇÃO
Controlo Interno e
Gestão de Riscos
Processos:
Esta função encontra-se dotada de processos focados na gestão e controlo dos riscos decorrentes
da atividade da Sociedade que garantem o cumprimento dos objetivos definidos e dos requisitos
regulamentares aplicáveis.
Seguidamente procede-se à descrição detalhada de cada processo, identificando os intervenientes
e as atividades desenvolvidas.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 16
Identificação dos riscos:
ETAPAS
1 – IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS
INTERVENIENTES
ACOMPANHAR A CONCEPÇÃO
ANALISAR E DECIDIR DA
E DESENVOLVIMENTO DE
NOVOS PRODUTOS E
SERVIÇOS GARANTINDO DE
FORMA A IDENTIFICAR
POTENCIAS RISCOS
COMITÉ DE GESTÃO
DE R ISCOS
RESPOSTA A DAR AOS
RISCOS IDENTIFICADOS
(ACEITAR, REJEITAR,
REDUZIR)
APOIAR
DIRECÇÃO
FINANCEIRA
(ÁREA DE CONTROLO
INTERNO E GESTÃO DE
RISCOS)
AS RESTANTES
MONITORIZAR A
IDENTIFICAÇÃO
DE TODOS OS
RISCOS
MATERIALMENTE
RELEVANTES
UNIDADES DE ESTRUTURA NA
DESENVOLVER
IDENTIFICAÇÃO DO RISCO
AS
METODOLOGIAS
DE
IDENTIFICAÇÃO
DOS RISCOS
INERENTE À SUA ACTIVIDADE,
DISSEMINANDO INFORMAÇÃO
RELEVANTE E AS
METODOLOGIAS DEFINIDAS
IDENTIFICAR OS RISCOS
SUBJACENTES ÀS SUAS
ACTIVIDADES DIÁRIAS
RESTANTES
DIRECÇÕES
Avaliação dos riscos:
ETAPAS
2 – AVALIAÇÃO DOS RISCOS
INTERVENIENTES
COMITÉ DE GESTÃO
DE R ISCOS
ANALISAR E DECIDIR
ANALISAR E DECIDIR
ACERCA DAS
METODOLOGIAS E
PRESSUPOSTOS
SUBJACENTES Á AVALIAÇÃO
DOS RISCOS
ACERCA DOS
RESULTADOS DOS
PROCESSOS DE
AVALIAÇÃO DOS
RISCOS
APOIAR
AS RESTANTES
UNIDADES DE ESTRUTURA NA
DIRECÇÃO
FINANCEIRA
(ÁREA DE CONTROLO
INTERNO E GESTÃO DE
RISCOS)
RESTANTES
DIRECÇÕES
MONITORIZAR A
AVALIAÇÃO DE
TODOS OS
RISCOS
MATERIALMENTE
RELEVANTES
AVALIAÇÃO DO RISCO
INERENTE À SUA ACTIVIDADE ,
DEFINIR AS
METODOLOGIAS
DE AVALIAÇÃO
DISSEMINANDO INFORMAÇÃO
RELEVANTE E AS
METODOLOGIAS DEFINIDAS
DOS RISCOS
ICAAP – TESTES DE ESFORÇO – IMPARIDADE
AVALIAR OS RISCOS
SUBJACENTES ÀS SUAS
ACTIVIDADES DIÁRIAS
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Acompanhamento dos riscos:
ETAPAS
3 – ACOMPANHAMENTO DOS RISCOS
INTERVENIENTES
ANALISAR E DECIDIR
ANALISAR E
DECIDIR ACERCA
DOS RELATÓRIOS
DE GESTÃO DE
RISCOS
ACERCA DAS
METODOLOGIAS E
PRESSUPOSTOS
SUBJACENTES AO
ACOMPANHAMENTO DOS
RISCOS
COMITÉ DE GESTÃO
DE R ISCOS
APOIAR
RISCOS
MATERIALMENTE
RELEVANTES
AS RESTANTES UNIDADES DE
ESTRUTURA NO ACOMPANHAMENTO
DIRECÇÃO
FINANCEIRA
(ÁREA DE CONTROLO
INTERNO E GESTÃO DE
RISCOS)
MONITORIZAR O
ACOMPANHAMENTO
DE TODOS OS
DO RISCO INERENTE À SUA
ACTIVIDADE , DISSEMINANDO
DEFINIR AS
INFORMAÇÃO RELEVANTE E AS
METODOLOGIAS DEFINIDAS
METODOLOGIAS DE
ACOMPANHAMENTO
DOS RISCOS
ELABORAÇÃO DE REPORTES PERÍODICOS DE KRI’ S
ACOMPANHAR OS RISCOS
SUBJACENTES ÀS SUAS
ACTIVIDADES DIÁRIAS
RESTANTES
DIRECÇÕES
Controlo dos riscos:
ETAPAS
4 – CONTROLO DOS RISCOS
INTERVENIENTES
ANALISAR E
D ECIDIR ACERCA
DAS METODOLOGIAS
COMITÉ DE GESTÃO
DE R ISCOS
ANALISAR E
DECIDIR ACERCA
DE DESVIOS OU
SITUAÇÕES DE
EXCEPÇÃO
E PROCEDIMENTOS
DE CONTROLO DOS
RISCOS
APOIAR
MONITORIZAR O
GRAU DE
ADEQUAÇÃO
DOS
CONTROLOS DE
AS RESTANTES UNIDADES
DE ESTRUTURA NO CONTROLO
DIRECÇÃO
FINANCEIRA
(ÁREA DE CONTROLO
INTERNO E GESTÃO DE
RISCOS)
RESTANTES
DIRECÇÕES
DOS RISCOS INERENTES À SUA
DEFINIR AS
METODOLOGIAS E
PROCEDIMENTOS
DE CONTROLO
DOS RISCOS
ACTIVIDADE , DISSEMINANDO
IMPLEMENTAR
INFORMAÇÃO RELEVANTE E AS
AS MEDIDAS
CORRECTIVAS
NECESSÁRIAS
PARA FAZER
FACE A
EVENTUAIS
DESVIOS OU
SITUAÇÕES
DE EXCEPÇÃO
METODOLOGIAS DEFINIDAS
COMUNICAR DESVIOS OU SITUAÇÕES
DE EXCEPÇÃO
CONTROLAR OS
RISCOS SUBJACENTES
ÀS SUAS ACTIVIDADES
DIÁRIAS
TODOS OS
RISCOS
MATERIALMENTE
RELEVANTES
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4. Âmbito e Natureza dos Sistemas de Medição de
Risco
O Sistema de Gestão dos Riscos da Sociedade requereu a implementação e desenvolvimento de
um processo de avaliação da probabilidade de ocorrência de perdas e da respetiva magnitude em
relação a cada categoria de risco. O processo de avaliação de riscos da BBVA IFIC encontra-se
suportado por análises, qualitativas e/ou quantitativas, baseadas em metodologias adequadas à
natureza e magnitude do risco e à complexidade e dimensão da atividade desenvolvida, contando
com os seguintes instrumentos:

Modelos de cálculo de perdas por Imparidade, suportado num modelo matemático que
determina probabilidades de perda com base em análises históricas;

Modelo de cálculo do Capital Regulamentar, que permite uma gestão prudente da base de
capital, de acordo com os requisitos estabelecidos pelo Banco de Portugal e os princípios
de Basileia II - Atualmente a BBVA IFIC utiliza o método standard de cálculo de requisitos
de capital para risco de crédito e o método do indicador básico para risco operacional;

Modelo de Stress Testing, baseado em diversas análises de sensibilidade, para avaliar
efeitos potenciais resultantes de alterações de um fator de risco em função de
acontecimentos excecionais (mas plausíveis);

Modelo de Reverse Stress Testing, que complementa o conjunto de testes de esforço
realizado, designadamente na avaliação dos pressupostos assumidos sobre o modelo e
estratégia de negócio e no planeamento de capital;

Modelo de avaliação da adequação do capital interno (ICAAP), cumprindo com os
requisitos regulamentares ao abrigo da Instrução n.º 15/2007 do Banco de Portugal e os
princípios definidos no Pilar II de Basileia, o ICAAP constitui uma ferramenta essencial para
melhorar a identificação e quantificação dos riscos, sendo concretizado no montante
necessário para suportar riscos específicos assumidos, sendo as conclusões do processo de
avaliação do capital interno devidamente integradas na gestão da atividade corrente;

Modelo de Captura e Quantificação de perdas relativas a Risco Operacional (Loss Data
Collection), cumprindo com os requisitos corporativos do Grupo BBVA;

Modelo de avaliação de Risco de Compliance, através de uma ferramenta de gestão de
incumprimentos de Prazos nestas matérias;
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 19

Modelo de avaliação de Risco de Concentração, através de uma ferramenta específica para
o efeito, baseada nas determinações vinculadas na Instrução 5/2011 do Banco de Portugal.
Por outro lado, a Sociedade continua a desenvolver um reforço contínuo na avaliação do Risco
Operacional através da utilização de ferramentas internas e corporativas, procedendo à revisão e
atualização de todos os seus eventos de Risco Operacional, bem como as respetivas perdas diretas
ou indiretas e lucros cessantes correspondentes.
Deste modo, analisou-se o Risco Operacional existente, com vista à:

Identificação de todos os eventos ou fatores de risco dos processos que afetam a Área ou
Unidade de negócio;

Avaliação, com os responsáveis de cada processo, mediante a análise da experiência
histórica de cada um, determinando com base no impacto e frequência anual de cada
fator, assim como a sua estimação mediante a utilização de determinados sistemas de
medição;

Agregação dos fatores de risco em classes de risco ou categorias, a fim de obter os Mapas
de Risco da Unidade;

Cálculo do Rácio de Risco Operacional e do Rácio de Risco Operacional da perda esperada
estimada;

Mensuração global do nível de risco operacional da área, em função do RRO;

Hierarquização de prioridades para a mitigação do risco em função do impacto total,
mediante a classificação dos elementos de risco pela sua ordem de importância;

Definição de Planos de Contingência necessários para a mitigação do risco externo.
Salienta-se, também, a existência de uma ferramenta: S.I.R.O. – Sistema Integrado de Risco
Operacional que, coadunando-se com os princípios corporativos, veio proporcionar a constituição
de um repositório de dados (Loss Data Collection), centralizado e homogéneo que facilita:

O registo contabilístico, atualização, acompanhamento e controlo de eventos de Risco
Operacional e respetivas Perdas associadas;

A identificação e quantificação das causas do Risco Operacional, existente ou
potencialmente existente;
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 20

A direção de esforços nos eventos que incorporam maior risco de modo a estabelecer
prioridades de atuação e facilitar o processo de tomada de decisões em relação às
medidas de mitigação a adotar.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 21
Secção IV
Adequação de Capitais
Nesta secção apresenta-se a composição e adequação de capitais da BBVA IFIC, bem como a
metodologia de cálculo do capital interno (ICAAP) necessário à cobertura dos riscos inerentes à sua
atividade.
1. Caraterização de Fundos Próprios
Sendo o capital interno, o valor de Fundos Próprios (FP) calculado de acordo com o Aviso n.º 12/92
do Banco de Portugal (alterado pelo Aviso n.º 4/2007) e reportado na Instrução n.º 23/2007 com
referência a Dezembro de 2011 e 2012, considera-se que os instrumentos que o compõem são
estáveis e adequados à sua finalidade, ou seja, fazer face a perdas inesperadas, não se
perspetivando alterações na sua composição ao longo de um horizonte temporal de, pelo menos,
12 meses.
Adequação de Capitais - Parte I
Fundos próprios totais para efeitos de solvabilidade (1)
1.1.
13.717.730 11.420.340
Reservas e Resultados elegíveis (7)
13.717.730 11.420.340
1.1.2.1.
Reservas (8)
1.1.2.2.
Interesses minoritários elegíveis (13)
0
0
1.1.2.3.
Resultados do último exercício e resultados provisórios do exercício em curso (17)
0
0
1.1.2.6.
(-) Lucros líquidos resultantes da capitalização de receitas futuras provenientes de activos titularizados (26)
0
0
1.1.2.7.
13.717.730 11.420.340
Diferenças de reavaliação elegíveis para fundos próprios de base (27)
1.1.3.
Fundo para riscos bancários gerais
1.1.4.
0
0
1.1.4.1.
Outros elementos elegíveis para os fundos próprios de base (42)
Impacto na transição para as NIC/NCA (impacto negativo) (43)
0
0
1.1.4.2.
Outros elementos elegíveis para os fundos próprios de base (46)
0
0
(-) Outros elementos dedutíveis aos fundos próprios de base (48)
0
-45
1.1.5.1.
(-) Imobilizações incorpóreas/Activos intangíveis (49)
0
-45
1.1.5.2.
(-) Excedente em relação aos limites de elegibilidade de instrumentos incluídos nos fundos próprios de base (51)
1.1.5.3.
(-) Outros elementos dedutíveis aos fundos próprios de base (52)
0
0
0
0
1.1.5.
1.2.
29.903.045 29.903.045
Capital realizado
1.1.2.
Dez-11
43.620.775 41.323.340
Capital elegível (4)
1.1.1.1.
Dez-12
43.620.775 41.323.340
Fundos próprios de base (3)
1.1.1.
Valores em Euros
Fundos próprios complementares (64)
1.2.1.
Fundos próprios complementares - Upper Tier 2 (65)
0
0
1.2.2.
Fundos próprios complementares - Low er Tier 2 (76)
0
0
1.2.3.
(-) Deduções aos fundos próprios complementares (79)
0
0
1.3.
(-) Deduções aos fundos próprios de base e complementares (81)
1.3.a.
1.3.b.
0
0
Das quais: (-) Aos fundos próprios de base (82)
0
0
Das quais: (-) Aos fundos próprios complementares (83)
0
0
1.6.
(-) Deduções aos fundos próprios totais (89)
0
0
1.7.
Fundos próprios suplementares totais disponíveis para cobertura de riscos de mercado (98)
0
0
1.8.
Por memória:
0
0
1.8.1
(+) Excesso / (-) Insuficiência de correcções de valor e de "provisões" nas posições ponderadas pelo risco através do método
das Notações Internas
1.8.1.1
1.8.1.2.
Montante de correcções de valor e de "provisões" no método das Notações Internas
(-) Perdas esperadas determinadas pelo método das Notações Internas
1.8.2.
Valor nominal dos empréstimos subordinados reconhecidos como elemento positivo dos fundos próprios
1.8.3.
Requisito mínimo de capital social (104)
1.8.4.
Fundos próprios de referência para efeito dos limites relativos aos grandes riscos (104)
43.620.775 41.323.340
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 22
Os Requisitos de Fundos próprios são:
Adequação de Capitais - Parte II
2. Requisitos de fundos próprios (1)
2.1
Requisitos de fundos próprios para risco de crédito, risco de crédito de contraparte e transacções incompletas (2)
2.1.1.
Método Padrão (3)
Classes de risco no Método Padrão excluindo posições de titularização (4)
Valores em Euros
Dez-12
Dez-11
23.283.527
26.113.308
21.076.779
23.975.341
21.076.779
23.975.341
21.076.779
23.975.341
1.1.1.1.1.
Administrações centrais ou bancos centrais
0
0
1.1.1.1.2.
Administrações regionais ou autoridades locais
0
0
1.1.1.1.3.
Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos
0
0
1.1.1.1.4.
Bancos multilaterais de desenvolvimento
0
0
1.1.1.1.5.
Organizações internacionais
0
0
1.1.1.1.6.
Instituições
484.377
545.966
1.1.1.1.7.
Empresas
1.1.1.1.8.
Carteira de retalho
1.1.1.1.9.
Posições garantidas por bens imóveis
1.1.1.1.10.
Elementos vencidos
1.1.1.1.11.
1.1.1.1.12.
1.1.1.1.13.
Outros elementos
89.002
26.977
19.308.599
22.054.643
0
0
386.468
415.423
Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público
0
0
Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC)
0
0
808.334
932.333
1.1.3.
Risco de crédito (Aviso n.º 1/93) - derrogação transitória do método padrão (13)
0
0
1.1.4.
Transacções incompletas e risco de crédito de contraparte (carteira de negociação) - derrogação transitória (14)
0
0
0
2.2.
Risco de liquidação (15)
0
2.3.
Requisitos de fundos próprios para riscos de posição, riscos cambiais e riscos de mercadorias (16)
0
0
2.4.
Requisitos de fundos próprios para risco operacional (23)
2.206.747
2.137.966
2.206.747
2.137.966
0
0
2.4.1.
Método do Indicador Básico (24)
2.4.2.
Método Padrão (25)
2.4.4.
(-) Redução dos requisitos de fundos próprios para risco operacional - derrogação transitória do método padrão (27)
2.5.
Requisitos de fundos próprios - Despesas gerais fixas (28)
1.6
Grandes riscos - Carteira de negociação (29)
0
0
2.6
Requisitos transitórios de fundos próprios ou outros requisitos de fundos próprios (30)
0
0
Ao nível de Adequação dos Capitais, os resultados obtidos são os seguintes:
Adequação de Capitais - Parte II
Excesso (+) / Insuficiência (-) de fundos próprios (34)
Rácio de Solvabilidade (%) (35)
Valores em Euros
Dez-12
Dez-11
20.337.248
15.210.033
15,0%
12,7%
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 23
2. ICAAP – Processo de Autoavaliação da Adequação
do Capital Interno
Com o objetivo de assegurar a implementação em Portugal dos critérios de convergência
internacionais de Basileia II no que se refere à gestão eficaz de capital no seio das instituições
financeiras, o Banco de Portugal procedeu à publicação da Instrução nº15/2007 que define os
princípios para a implementação do Processo de Autoavaliação da Adequação do Capital Interno,
adiante abreviadamente designado por ICAAP.
O ICAAP pretende conduzir as instituições financeiras na avaliação e quantificação dos principais
riscos a que se encontram expostas, constituindo-se assim igualmente como um importante
instrumento de gestão na tomada de decisões relativamente aos níveis de risco a assumir e às
atividades a empreender.
Este exercício tem subjacente a identificação dos riscos materialmente relevantes, tendo em conta
a natureza, dimensão e complexidade da atividade desenvolvida. O racional utilizado para aferir a
materialidade dos riscos teve por base indicadores de natureza quantitativa e qualitativa, através
da identificação da percentagem de ativos e passivos expostos aos diversos riscos e à relevância
empírica dos mesmos. Deste modo, constata-se que não existe exposição quer ao risco de
mercado, quer ao risco de taxa de câmbio, não tendo por isso sido desenvolvidas quaisquer
metodologias internas para a avaliação destes riscos.
Todos os pressupostos e conceitos inerentes às abordagens desenvolvidas pretendem assegurar
um elevado grau de controlo e mitigação sobre os riscos assumidos.
Assim, a BBVA IFIC formalizou o modelo de governação do ICAAP que confere à Direção Financeira
as competências necessárias para gerir e assegurar o exercício numa base periódica.
O modelo contempla um conjunto de processos internos de gestão e acompanhamento que
asseguram a avaliação periódica dos riscos, bem como o planeamento, execução e o
acompanhamento das iniciativas que visam colmatar as eventuais insuficiências da framework
ICAAP.
Em termos genéricos a Área de Controlo Interno e Gestão de Riscos é responsável pela
implementação das metodologias definidas, pela operacionalização dos cálculos e pela elaboração
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 24
dos relatórios do ICAAP. Todo o processo é orientado e monitorizado pelo Diretor Financeiro, o
qual valida operacionalmente a execução das metodologias e os resultados do exercício,
reportando e levando os mesmos à discussão em sede de Comité de Gestão de Riscos.
Por sua vez, este Comité tem como principal responsabilidade a definição, validação, orientação e
acompanhamento das estratégias, no que concerne a gestão dos diversos riscos.
Após a execução do cálculo de capital interno, cabe ao Comité de Gestão de Riscos definir as
orientações gerais relativas ao planeamento de capital da Sociedade, as quais estarão sustentadas
nas análises dos níveis de capital e nas demais conclusões do ICAAP.
Caso se verifiquem desfasamentos nos requisitos de capital apresentados, cabe ao Comité de
Gestão de Riscos aprovar um plano de ação para a sua colmatação, estabelecendo um calendário
de implementação das iniciativas definidas e monitorizando a sua execução. Contudo, e seguindo
os princípios fundamentais de governo interno estabelecidos pelo Banco de Portugal, cabe à
Direção Geral a responsabilidade de analisar e emitir opinião relativamente à adequação do capital
interno.
Face à natureza, dimensão e complexidade da atividade desenvolvida e face às necessidades de
capital interno e aos riscos incorridos o modelo de governação permite um envolvimento muito
próximo das unidades de estrutura envolvidas na gestão dos mesmos, garantindo assim um
adequado grau de segurança na identificação, avaliação, acompanhamento e controlo do risco.
No âmbito da framework ICAAP procedeu-se ao desenho dos processos subjacentes ao Modelo de
Governação, os quais se encontram assentes em três componentes, tal como ilustrado abaixo:
I
Execução do
ICAAP
• Revisão e validação do
exercício pelo órgão
independente.
• Fases de execução do
ICAAP;
• Actividades
desenvolvidas;
• Calendarização.
III
Validação
• Correcção das
insuficiências detectadas
e evolução da framework.
II
Manutenção da
Framework
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 25
O Fluxo de Execução do ICAAP é composto por três processos sequenciais: Planeamento, Exercício
do ICAAP e Ciclo de Gestão, interligados por fluxos de informação contínuos, como se pode
I
2
3
Orçamento
Ciclo Contínuo
Validação
Exercício do ICAAP
III
Ambiente Envolvente
Política de Gestão
de Riscos
Envio do
Reporte
ao Grupo
Etapas do Exercício
Preparação
Execução
Reporting
Envio do
Reporte
ao BdP
Planeamento
de Capital
Ciclo de
Gestão do Capital
Manutenção
II
da
Framework
Execução do ICAAP
1
Planeamento
da Actividade
observar no diagrama seguinte.
Incorporação dos
resultados na
tomada de decisão
e
na actividade Implementação
Monitorização
do Plano
diária
O Planeamento da Atividade constitui uma fonte de informação para o exercício do ICAAP,
nomeadamente no que diz respeito à definição do tipo de variáveis utilizadas, pressupostos
assumidos e cenários macroeconómicos considerados.
No planeamento das atividades garante-se o alinhamento com o processo de orçamentação e com
o exercício dos Testes de Esforço relativamente à análise e documentação referente à envolvente
macroeconómica.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 26
3. Informação Quantitativa
Pela comparação entre os requisitos de capital interno, os requisitos de capital regulamentar e o
nível de fundos próprios da Instituição, denota-se a adequabilidade deste último face aos primeiros
e que o nível de capitalização da Instituição salvaguarda os interesses dos acionistas e possibilita
uma sólida margem de crescimento e afirmação nos mercados em que atua.
Dada a incorporação de perspetivas de evolução da atividade no cálculo dos riscos materialmente
relevantes, considera-se que os requisitos de capital interno calculados se encontram adequados
face à evolução expetável dos mesmos, representando assim os requisitos mínimos de capital
necessário para garantir o adequado grau de segurança na prossecução da atividade, face ao perfil
de risco assumido.
O perfil de risco manter-se-á estável ao longo do período em análise, mantendo-se o risco de
crédito como o mais relevante em termos de requisitos de capital, quer interno, quer regulamentar.
O valor disponível de capital interno tenderá a apresentar uma tendência de crescimento a par com
a geração de resultados e sua posterior apropriação na situação líquida, não se perspetivando
quaisquer alterações na composição dos fundos próprios, fruto da sólida adequação dos mesmos.
O seguinte quadro ilustra a comparação entre os Fundos Próprios e os diferentes Requisitos de
Capital, em Dezembro de 2012:
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 27
O quadro que se segue apresenta os resultados obtidos após o processo de agregação dos riscos,
bem como o montante final de requisitos de capital interno para cobertura dos diversos riscos:
VALORES EM EUROS
RISCOS
M ATERIALMENTE
RELEVANTES
MÉTODO DE
AGREGAÇÃO
Risco de Crédito
Risco de Operacional
Risco de Taxa de
Juro
Risco de Estratégia
Risco de Reputação
Risco de Liquidez
Matriz de
Correlações
Soma Simples
REQUISITOS DE CAPITAL INTERNO DA
BBVA IFIC
REQUISITOS DE
CAPITAL INTERNO
(SEM DIVERSIFICAÇÃO)
EFEITO DE
DIVERSIFICAÇÃO
REQUISITOS DE
CAPITAL INTERNO
9.708.293
-105.859
9.602.434
1.966.465
-923.056
1.043.410
25.784
-17.337
8.447
800.440
48.706
849.146
428.855
1.076.512
14.006.349
0
-997.545
TOTAL
(COM DIVERSIFICAÇÃO)
11.503.437
428.855
1.076.512
1.505.367
13.008.804
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 28
Secção V
Risco de Crédito – Aspetos Gerais
Neste capítulo será abordado o modelo de Gestão de Risco de Crédito, o qual a BBVA IFIC atribui
especial destaque pelo seu relevo na eficiência e rentabilidade no seio da sua atividade.
1. Políticas Contabilísticas
Importa, desde já, referir os conceitos fundamentais subjacentes às políticas contabilísticas mais
significativas adotadas pela Sociedade, no âmbito do Risco de Crédito:
Crédito a clientes e Provisões para Risco de Crédito
Crédito concedido
O crédito concedido a clientes através de locações financeiras é reconhecido nos termos da Norma
IAS 17 – Locações, dado que as locações efetuadas pela BBVA IFIC transferem substancialmente
todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade dos bens locados para o locatário:

A locação transfere a propriedade do ativo para o locatário no fim do prazo da locação; ou

O locatário tem a opção de comprar o ativo por um preço mais baixo do que o justo valor à
data em que a opção se torna exercível; ou

O prazo de locação refere-se à maior parte da vida económica do ativo mesmo que o título
de propriedade não seja transferido; ou

No início da locação, o valor presente dos pagamentos mínimos da locação ascende a pelo
menos substancialmente todo o justo valor do ativo locado; ou

Os ativos locados são de uma tal natureza especializada que apenas o locatário os pode
usar sem grandes modificações.
Desta forma, a BBVA IFIC reconhece os contratos celebrados como locações financeiras registando
uma conta a receber por uma quantia igual ao investimento líquido na locação. Assim, o custo dos
bens locados, líquido de quaisquer descontos obtidos ou antecipações de rendas, é registado como
crédito concedido.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 29
Adicionalmente, o financiamento de aquisições a crédito é registado como crédito concedido.
A amortização do crédito concedido é calculada usando o critério da amortização financeira, tendo
em consideração a taxa de juro implícita, resultante do capital desembolsado, plano de rendas
acordado e valor residual dos contratos. Esta rubrica regista igualmente os adiantamentos para
aquisição de bens que se destinem a ser objeto de contratos de locação financeira
O capital vincendo associado a contratos não rescindidos, mesmo que tenham rendas e outros
valores vencidos, mantém-se classificado como crédito em situação normal.
Crédito e juros vencidos
Nesta rubrica são registados o capital, juros, Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) e outros
valores vencidos e não cobrados relativos a contratos ainda em vigor, deduzidos dos juros
anulados. Estes montantes são registados por classes temporais contadas a partir da data de início
do incumprimento.
As rendas e outros valores vencidos e não cobrados, relativos a um mesmo contrato, são registados
na classe de risco em que se encontram os montantes por cobrar há mais tempo.
Nesta rubrica são ainda registados os créditos relativos a operações de locação financeira cujos
contratos tenham sido rescindidos mas cujos bens não tenham ainda sido recuperados. Nestas
situações, o valor registado em crédito e juros vencidos inclui também o capital vincendo na data
da rescisão.
Provisões para riscos de crédito
Estas provisões são constituídas de acordo com o Aviso nº 3/95, do Banco de Portugal, de 30 de
Junho, alterado pelo Aviso nº 8/2003, de 30 de Janeiro e demais instruções e normas aplicáveis,
emitidas pelo Banco de Portugal.
Provisão para crédito e juros vencidos
Destina-se a fazer face aos riscos de cobrança do capital, juros e outros valores vencidos e não
cobrados. O seu montante é apurado através da aplicação de percentagens mínimas de provisão,
segundo a antiguidade dos saldos vencidos e não cobrados e tendo em conta a existência ou não de
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 30
garantias. São excluídos da base de cálculo desta provisão os créditos concedidos ao Setor Público
Administrativo.
Provisão para créditos de cobrança duvidosa
Destina-se a fazer face aos riscos de cobrança do capital vincendo relativo a contratos que
apresentem prestações em mora numa das seguintes situações:

excederem 25% do capital em dívida acrescido dos juros vencidos; ou

estarem em incumprimento há mais de: (i) seis meses nas operações com prazo inferior a
cinco anos; (ii) doze meses nas operações com prazo igual ou superior a cinco e inferior a
dez anos; e (iii) vinte e quatro meses nas operações com prazo igual ou superior a dez
anos.
Nestas situações, o capital vincendo destes contratos é provisionado com base nas mesmas
percentagens aplicáveis ao crédito vencido.
São ainda considerados créditos de cobrança duvidosa, os créditos vincendos sobre um mesmo
cliente, se o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25%
do crédito total, acrescido dos juros vencidos. Nesta circunstância, os créditos de cobrança
duvidosa são provisionados com base em metade da percentagem aplicável aos créditos vencidos.
Provisões para riscos e encargos – Riscos gerais de crédito
Trata-se de uma provisão de natureza genérica destinada a fazer face aos riscos associados à
realização da carteira de crédito concedido, não identificados especificamente.
Esta provisão é determinada pela aplicação de uma percentagem de 1% sobre a totalidade do
crédito concedido a empresas e 1,5% sobre a totalidade do crédito concedido a particulares,
excluindo o que tenha sido objeto de constituição de provisões para crédito e juros vencidos e para
créditos de cobrança duvidosa, bem como o que tenha sido concedido a entidades do Setor Público
Administrativo.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 31
2. Principais Conceitos
O Risco de Crédito corresponde ao risco da contraparte de um instrumento financeiro causar uma
perda financeira à Sociedade em resultado de incumprimento das obrigações.
Atualmente, todas as propostas oriundas de qualquer tipo de Negócio detêm um Modelo de
Scoring associado, facto que permite um maior controlo e homogeneidade de aplicação dos
critérios de Risco, como também a captura de informação relevante para estudos posteriores ou
restimações de modelos matemáticos. Por outro lado, uma equipa de analistas de crédito detém a
responsabilidade de decidir todas as propostas que não tenham sido decididas por Scoring ou
efetuar, se bem fundamentados, os respetivos overwrites.
Estão definidos vários níveis de autorização (delegação de Poderes), em função das habilitações e
da experiência anterior do colaborador, existindo operações cuja decisão final tem de ser tomada
em Comité com a participação da Administração.
O controlo do risco de crédito é assegurado através do acompanhamento diário dos limites que
estão autorizados, quer sejam estabelecidos pelos órgãos de gestão ou pelas entidades de
supervisão.
Por outro lado, a Sociedade classifica, para efeitos de gestão interna, todos seus clientes da
seguinte forma:

“Perigoso” - clientes que tenham contratos com classificação do Banco de Portugal
superior à classe 2 (saldo vencido há mais de 90 dias);

“Preocupante” - clientes que tenham contratos com saldo vencido há mais de 30 dias
(classe 1 do Banco de Portugal) ou que tenham tido, nos últimos 6 meses, duas ou mais
rendas pagas com atraso superior a 30 dias;

“A vigiar” - clientes que tenham tido nos últimos 12 meses duas ou mais rendas com
atraso superior a 30 dias.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 32
Em 31 de Dezembro de 2012, a exposição em balanço apresenta a seguinte repartição:
Crédito
vincendo
Perigoso
Preocupante
A vigiar
Sem risco
2012
Crédito e
juros vencidos
Total
Crédito
vincendo
2011
Crédito e
juros vencidos
Total
3.641.249
13.132.330
16.773.579
4.259.168
20.621.674
24.880.842
15.324.318
954.369
16.278.687
14.384.599
1.112.399
15.496.998
2.483.094
65.778
2.548.872
2.545.653
59.649
2.605.302
308.951.515
928.297
309.879.812
355.196.917
924.332
356.121.249
330.400.176
15.080.774
345.480.950
376.386.337
22.718.054
399.104.391
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 33
3. Gestão do Risco de Crédito
Ao longo dos últimos anos, a Gestão do Risco de Crédito tem sido, de forma consistente, pautada
pelo rigor na seleção dos canais de distribuição, prudência na admissão do risco, antecipação às
alterações de mercado e uma segregação funcional entre as Direções Comercias e a Direção de
Risco e Recuperações.
Na sua gestão e, no exercício transato, destaca-se:

Orientação e focalização no negócio core da sociedade (financiamento automóvel);

Maior exigência ao nível dos dados para análise da solvabilidade do cliente final e das
garantias contratadas;

Validação e confirmação prévia dos dados das propostas e controle de fraudes;

Redução da exposição média por cliente, com focalização do negócio no financiamento a
particulares;

Exposição praticamente nula a produtos de financiamento de tesouraria, nomeadamente
financiamento de stocks e adiantamentos à produção.
Em resultado de uma gestão rigorosa da carteira de crédito, o ano de 2012 ficou marcado por:

Um forte esforço na constituição e antecipação de provisões para cobertura de riscos de
delinquência da carteira, totalmente suportado pela margem de exploração da sociedade;

Antecipação de incumprimento e saneamentos em clientes de maior risco;

Ampla cobertura com provisões e colaterais;

Rácios de incumprimento nos vários segmentos de negócio que se comparam de forma
extraordinariamente favorável com o mercado.
Em suma, a BBVA IFIC carateriza-se atualmente como tendo uma postura prudente na Gestão do
Risco de Crédito e considera que o seu sistema de gestão deste risco é adequado às necessidades
despoletadas pela execução das estratégias de negócio.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 34
Por outro lado, a Direção de Risco e Recuperações encontra-se responsável pela admissão,
seguimento e recuperação do crédito e, como suporte, são utilizados Modelos de Scoring e um
Modelo de cálculo das perdas por Imparidade.
O modelo de governação deste Risco encontra-se assente em manuais, onde se encontram
definidos todos os processos, procedimentos e técnicas de identificação, avaliação,
acompanhamento e controlo do risco de crédito.
Acresce referir que, a Sociedade considera que a avaliação do risco de crédito é suficiente face à
estratégia de negócio empreendida, salientando a:

Existência de procedimentos de avaliação das perdas inesperadas (exercício do ICAAP);

Existências de técnicas complementares de quantificação do impacto/magnitude das
perdas potenciais (exercícios de Stress Tests e Reverse Stress Tests).
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 35
4. Correção de Valor e Provisões
1. Modelo de Imparidade
As provisões registadas contabilisticamente correspondem à aplicação das percentagens definidas
pelo Banco de Portugal para créditos vencidos, de cobrança duvidosa e em situação normal, sendo
complementadas por provisões constituídas acima destes montantes mínimos, quando
considerado adequado.
Durante o exercício de 2008, a Sociedade desenvolveu uma metodologia de cálculo de perdas por
imparidade no âmbito da aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade (IAS). Neste
sentido, e dando cumprimento às linhas de orientação definidas pelo IAS 39, a imparidade
estimada resulta da diferença entre o valor de balanço dos créditos em imparidade e o respetivo
cash-flow esperado atualizado, sendo utilizadas as taxas de juro dos créditos no desconto
financeiro.
O cálculo das perdas por imparidade foi efetuado segundo duas metodologias complementares,
existindo operações de crédito sujeitas a análise individual e operações de crédito sujeitas a análise
coletiva.
Para efeitos da análise individual, a Sociedade considerou os clientes ou grupos de clientes com
uma exposição total superior a 375.000 Euros. Este montante corresponde ao limite a partir do qual
o crédito é obrigatoriamente sujeito a aprovação pelo Comité Técnico de Operações.
Para os clientes para os quais são identificados indícios de imparidade, a expetativa de recuperação
futura foi apurada pelos analistas de risco de crédito, tendo em consideração a sua experiência, a
exposição do cliente e o valor de mercado do equipamento associado. Foram ainda consideradas as
informações constantes na central de risco do Banco de Portugal (mora, contencioso, créditos
abatidos ao ativo e renegociações), informação de incidentes obtida junto da Credinformações
(ações judiciais contra o cliente), classificação interna do cliente (“perigoso”, “preocupante” e “a
vigiar”) e incidentes internos (incumprimentos e/ou default nos últimos 12 meses). A imparidade
atribuída consistiu na diferença entre o valor de balanço e a expetativa de recuperação total.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 36
Os clientes não incluídos na análise individual, bem como os clientes para os quais não sejam
apuradas perdas por imparidade ao nível da análise individual, são incluídos numa análise coletiva.
Para este efeito a carteira de crédito concedido foi segmentada nos seguintes grupos de operações
(grupos homogéneos):

Concessionários Novos;

Concessionários Usados;

Frotas;

Equipamento;

Opera;

Consumo;

Revolving.
As responsabilidades totais por cliente dentro de cada um destes segmentos foram divididas em
três subsegmentos, com base na situação de incumprimento:

Clientes com incumprimento superior a 90 dias (operações em default): O cash-flow
esperado corresponde ao valor em dívida dos créditos multiplicado pelas expetativas de
recuperação futuras descontadas à taxa de juro dos contratos. As expetativas futuras de
recuperação correspondem ao complementar da Loss Given Default (LGD);

Clientes com incumprimento superior a 30 dias e inferior a 90 dias (operações com indícios
de imparidade): a imparidade é determinada com base na probabilidade destas operações
ultrapassarem os 90 dias de incumprimento (Probability of Default – PD), e nas expetativas
de recuperação futuras. Em ambos os casos os cash-flows serão descontados às taxas de
juro dos respetivos contratos. Este subsegmento inclui também, todos os clientes
classificados internamente como “A vigiar”, “Preocupante” ou “Perigoso”, mesmo que não
apresentem incumprimento;

Crédito sem incumprimento: os cash-flows esperados resultam da aplicação do método
descrito para os créditos com incumprimento superior a 30 dias e inferior a 90 dias. No
entanto, para efeito da determinação da imparidade, o diferencial entre o valor de balanço
do crédito e o cash-flow esperado obtido com base no método descrito para o segmento
anterior foi multiplicado pela probabilidade de entrada em indício no horizonte temporal
de 6 meses (Probabilidade de indício – PI).
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 37
As expetativas futuras de recuperação após incumprimento aos 90 dias foram obtidas através da
análise histórica do comportamento até Janeiro de 2011 das operações iniciadas entre Julho de
2002 e Julho de 2010. Adicionalmente, a Sociedade incorporou no modelo uma estimativa de
custos externos a incorrer com a recuperação por via de contencioso.
Importa descrever, de forma resumida, a metodologia utilizada na determinação dos fatores de
risco que determinam o cálculo do cash-flow esperado, ou seja, PD, PI e LGD.
Probabilidade de Default (PD)
Para efeitos do cálculo das PD’s consideram-se em situação de incumprimento todas as operações
que, segundo os registos internos da Sociedade, apresentem morosidade igual ou superior a 30 dias
e dívida superior a 50 Euros. A avaliação efetuada visa calcular a probabilidade destas operações
ultrapassarem os 90 dias em incumprimento, tendo em consideração o período de tempo decorrido
desde a ocorrência do incumprimento.
São calculadas curvas diferentes de probabilidades de default, em cada grupo homogéneo de risco,
consoante os clientes tenham ou não tido default no passado.
Probabilidade de Indício (PI)
A avaliação efetuada visa calcular a probabilidade de operações sem incumprimento passarem a
uma situação de indício. O cálculo foi efetuado tendo por objetivo determinar qual a probabilidade
de ocorrer essa migração no período de 6 meses (período de emergência).
São calculadas curvas diferenciadas de probabilidades de indício para cada grupo homogéneo de
risco, consoante os clientes tenham ou não tido indícios ou default no passado.
Perda em caso de incumprimento (Loss Given Default – LGD)
As expetativas futuras de recuperação podem materializar-se através de cobranças posteriores ao
incumprimento aos 90 dias (recuperação “normal”) e/ou da retoma dos bens objeto de contrato de
leasing e crédito e subsequente alienação (recuperação “contenciosa”).
As expetativas de recuperação foram calculadas para cada segmento a partir das cobranças
registadas na aplicação informática de contabilidade com natureza de capital e juros, excluindo
outras despesas.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 38
Para cada grupo homogéneo de risco, são calculadas curvas de LGD’s distintas, consoante os
clientes já tenham ou não tido default no passado.
As LGD’s foram estimadas de forma diferenciada para cada Grupo Homogéneo, com exceção dos
Usados, Consumo e Revolving. Para o segmento dos Usados, a expetativa de recuperação para os
contratos que ainda não terminaram, foi complementada com base na recuperação histórica dos
contratos do segmento Concessionários que apresentem condições semelhantes em termos de
número de rendas emitidas aquando do default. Relativamente aos segmentos Consumo e
Revolving, a informação ao nível da recuperação histórica e futura foi agregada, com o objetivo de
colmatar a ausência de histórico na área de negócio mais recente, Revolving.
No caso de um cliente ou grupo de clientes apresentar contratos classificados em diferentes grupos
homogéneos de risco, todos os contratos são classificados segundo o grupo de contratos que
estiver na pior situação.
Em seguida, apresenta-se o movimento nas Provisões e na Imparidade durante os exercícios findos
em 31 de Dezembro de 2012 e 2011:
2012
Saldos em
31-12-2011
Dotações
líquidas
Utilizações
Transferências
Saldos em
31-12-2012
Créditos de cobrança duvidosa (Nota 3)
Crédito e juros vencidos (Nota 3)
3.221.633
18.671.583
21.893.216
(256.424)
3.402.713
3.146.289
(10.657.416)
(10.657.416)
(14.422)
(14.422)
2.965.209
11.402.458
14.367.667
Activos não correntes detidos para venda (Nota 4)
290.492
22.183.708
93.479
3.239.768
(10.657.416)
14.422
-
398.393
14.766.060
(358.461)
(358.461)
-
4.631.575
2.811.364
7.442.939
(11.015.877)
-
22.208.999
Provisões:
. Riscos gerais de crédito (Nota 3)
. Outras
5.205.399
2.818.971
8.024.370
30.208.078
(573.824)
350.854
(222.970)
3.016.798
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 39
2011
Saldos em
31-12-2010
Dotações
líquidas
Utilizações
Transferências
Saldos em
31-12-2011
Créditos de cobrança duvidosa (Nota 3)
Crédito e juros vencidos (Nota 3)
3.563.768
13.550.997
17.114.765
(342.135)
5.222.468
4.880.331
(2.923)
(2.923)
(98.959)
(98.959)
3.221.633
18.671.583
21.893.216
Activos não correntes detidos para venda (Nota 4)
157.924
17.272.689
33.609
4.913.940
(2.923)
98.959
-
290.492
22.183.708
Provisões:
. Riscos gerais de crédito (Nota 3)
5.640.550
(435.151)
. Outras
2.765.537
8.406.087
248.835
(186.316)
25.678.776
4.727.624
-
5.205.399
(195.401)
(195.401)
-
-
2.818.971
8.024.370
(198.324)
-
30.208.078
As dotações totais de crédito e outros riscos e encargos (líquidas de recuperações) cifraram-se em
3,016 milhões de euros no ano de 2012, comparando com 4,73 milhões de euros no período
homólogo de 2011. Esta diminuição nas dotações totais resulta do facto da Sociedade
adotar uma postura de maior rigor na seleção dos canais de distribuição, bem como na introdução
de critérios mais rigorosos na seleção do perfil de risco dos clientes finais.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 40
5. Risco de Concentração
1. Informação Qualitativa
Modelo de Governação
À semelhança dos restantes Riscos e, sendo a gestão do Risco de Concentração um tema
transversal à BBVA IFIC, definiu-se um modelo que procura garantir, no curto prazo, a sua
exequibilidade e uma visão e gestão integradas e a médio prazo a incorporação dos resultados
obtidos na gestão diária da Sociedade.
Definição
Entende-se por Risco de Concentração de Crédito uma exposição, ou grupo de exposições em
Risco, com potencial para produzir perdas de tal modo elevadas que coloquem em causa a
solvabilidade da Sociedade ou a capacidade para manter as suas principais operações. Em
particular, o Risco de Concentração de Crédito decorre da existência de fatores de Risco comuns ou
correlacionados entre diferentes Clientes, de tal modo que a deterioração daqueles fatores implica
um efeito adverso simultâneo na qualidade de crédito de cada um daqueles Clientes.
Em conformidade com o Decreto de Lei nº 104/2007, existem 3 tipos de fundamentais de Risco de
Concentração:

Exposições significativas a um Cliente individual, ou grupo relacionado – Single name
concentration risk;

Exposições significativas a grupos de Clientes cuja probabilidade de entrarem em
incumprimento resulta de fatores subjacentes comuns;

Exposições de crédito indiretas, resultantes da aplicação de técnicas de redução de Risco.
[Risco não aplicável à Sociedade]
Tal como para os outros Riscos, também a eficácia da Gestão deste Risco depende da existência de
um processo de identificação dos fatores, internos e externos à Sociedade, que possam afetar a sua
capacidade para implementar a estratégia ou atingir os objetivos definidos.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 41
Para uma adequada identificação deste Riscos, a BBVA IFIC mantém os seguintes instrumentos e
procedimentos:
Procedimentos/Instrumentos
Responsável(eis)
Identificação dos Tipos de Risco materialmente relevantes, onde o racional
de aferição utilizado tem por base indicadores de natureza quantitativa e
qualitativa (através da identificação da percentagem de activos e passivos
expostos aos diversos riscos e à relevância empírica dos mesmos).
Função de Gestão de
Riscos/Comité de
Gestão de Riscos
Acompanhamento do contexto económico e de mercado, onde são
identificadas tendências ou factores, neste âmbito, que possam ter
impacto na actividade e objectivos da BBVA IFIC, ou que possam implicar
uma revisão ou ajuste da estratégia.
Função de Gestão de
Riscos/Comité de
Gestão de Riscos
Acompanhamento do contexto regulamentar e identificação tempestiva
das alterações na legislação com impacto na actividade da Sociedade.
Função de
Compliance
Limites
Para efeitos de Risco de Concentração, considera-se que o mesmo é materialmente relevante se, e
só se, o somatório da Exposição total direta bruto de Provisões dos 20 maiores Clientes ou Grupos
de Clientes (medidos sob a mesma variável) for superior a 8% do valor total dos Ativos da
Sociedade.
Em Dezembro de 2012, a percentagem correspondente ao somatório da Exposição total direta
bruto de Provisões dos 20 maiores Clientes/Grupos de Clientes correspondia a 1,5% do valor total
de Ativos da BBVA IFIC.
Não obstante o facto de o Risco não ser materialmente relevante, a Sociedade procura incorporar
na sua estratégia, como limites de referência relativamente aos Setores de Atividade Económica,
os valores correspondentes ao benchmark construído a partir da informação do total de crédito
concedido pela globalidade do sistema financeiro português divulgada pelo Banco de Portugal
(Estatísticas Monetárias e Financeiras).
Por outro lado, caso se verifique a existência materialmente relevante do Risco de Concentração, a
Sociedade procederá à implementação de medidas de mitigação do mesmo.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 42
Avaliação
O processo de avaliação de riscos da BBVA IFIC encontra-se suportado por análises, qualitativas
e/ou quantitativas, baseadas em metodologias adequadas à natureza e magnitude do risco e à
complexidade e dimensão da atividade desenvolvida.
Controlo
As atividades de Controlo deste Risco deverão ser asseguradas em duas plataformas interrelacionadas: Admissão e Acompanhamento.
Controlo - Admissão
Na fase de Admissão do Risco de Crédito, o controlo do Risco de Concentração é assegurado pela
existência de:

Delegações: a existência de diferentes Delegações promove um controlo adequado e
prudente deste Risco, na medida em que a aprovação de montantes elevados obriga à
análise por parte de diferentes níveis hierárquicos;

Plafonds: a atribuição de Plafonds a Cliente(s) ou Grupo(s) de Clientes é feita com base em
análises consubstanciadas num documento que é sujeito a aprovação mediante o
esquema de Delegações vigente;

Alertas: todas as análises de Risco são efetuadas através de um documento interno (ADO)
que inclui sempre, entre muitas outras informações, o valor do Limite do Plafond atribuído
e a respetiva data de validade e que permite ao Analista a sua visualização imediata;

Comité Técnico de Operações: trata-se de um eficaz mecanismo de Controlo, uma vez
que, para além das habituais análises de Operações que superem um determinado valor
(de acordo com o esquema de Delegações), também promove o debate com diversas
unidades de estrutura relativamente à concessão de Crédito a Clientes ou Grupos
Económicos de Clientes.
Controlo – Acompanhamento
As atividades de Controlo deste Risco são asseguradas, operacionalmente, pela Direção de Risco e
Recuperações e pelas Direções Comerciais em sede de Comité Técnico de Operações.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 43
Assim, sempre que se verifique uma existência de Risco de Concentração desajustado do seu perfil,
as Unidades de Estrutura supracitadas procedem, em sede de Comité Técnico de Operações a:

Uma análise mais detalhada da exposição a um determinado fator de Risco;

Revisão do desempenho e capacidade económico-financeira de determinados
Clientes/Grupos de Clientes;

Proposta de revisão das Políticas de Aprovação de novos créditos;

Proposta de revisão dos métodos e técnicas adotadas para a redução deste Risco, com
destaque para os aspetos ligados à valorização e ao vínculo jurídico.
Por outro lado e, periodicamente, este Comité reúne e analisa os resultados dos Relatórios de
Avaliação, tendo em vista as possibilidades de procedimentos mencionados no parágrafo anterior.
2. Informação Quantitativa
A análise de Concentração Setorial, Geográfica e Individual é feita de acordo com as seguintes
regras (todas elas concordantes com as diretrizes da Instrução 5/2011):

Considera-se a exposição total direta;

Para o apuramento do valor da posição em risco consideram-se os valores brutos de
provisões ou do efeito de qualquer mitigante de Risco;

A Exposição total direta a determinado Setor Económico é determinada de acordo com os
critérios anteriores, considerando as posições em Risco sobre a Carteira de Retalho para os
casos em que as mesmas decorrem da realização de atividades empresariais,
relativamente à seguinte estrutura de Setores:
Agricultura, produção animal,
caça, floresta e pesca
Indústria química
Construção
Vidro, cerâmica e materiais de
construção
Comércio e reparações
Indústrias metalúrgicas
Transportes e armazenagem
Máquinas e equipamentos
Alojamento, restauração e similares
Indústria de couro, madeira e
cortiça
Fabricação de material de transporte
Actividades de informação e de
comunicação
Pasta de Papel
Outras Indústrias transformadoras
Actividades financeiras e de seguros
Fabricação de combustíveis e
produtos petrolíferos refinados
Electricidade, gás, água
Actividades imobiliárias
Indústrias Extractivas
Indústrias alimentares, bebidas
e tabaco
Têxteis, vestuário
Outros serviços empresariais
Administração pública
(regional e local)
Educação, saúde e apoio
social
Outras Actividades
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 44
Acresce referir que, para efeitos das análises que se seguem, a Sociedade não considerou
relevância num estudo segmentado por Classes de Risco exaustivas. Assim, os valores que se
seguem, referem-se à Carteira de Retalho (excluem-se os casos, para os quais não existe Modelo de
Imparidade), com os respetivos Elementos Vencidos que lhe estão associados.
De facto, a posição em Risco da Carteira de Retalho e de Elementos vencidos, em Dezembro de
2012 perfez 93% da totalidade das Posições em Risco originais da Sociedade (dos quais 4%
correspondeu a Elementos Vencidos).
Em seguida, apresenta-se o quadro referente à distribuição Setorial da Carteira de Retalho, a
Dezembro de 2012 (Euros):
Código CAE
A
B
C - 10 a 12
C - 13 e 14
C - 15 e 16
C - 17
C - 19
C - 20 a 22
C - 23
C 24 e 25
C - 26 a 28, 33
C - 29 e 30
C - 18, 31, 32
D, E
F
G
H
I
J
K
L
M, N
O
P, Q
R, S
Sectores de Actividade Económica
Agricultura, produção animal, caça, floresta e
pesca
Indústrias Extractivas
Montante de
Exposição sobre o
Sector
% relativamente
ao montante de
exposição total
Vidro, cerâmica e materiais de construção
Indústrias metalúrgicas
Máquinas e equipamentos
Fabricação de material de transporte
Outras Indústrias transformadoras
Electricidade, gás, água
Construção
Comércio e reparações
Transportes e armazenagem
Alojamento, restauração e similares
Actividades de informação e de comunicação
Actividades financeiras e de seguros
Actividades imobiliárias
Outros serviços empresariais
Administração pública (regional e local)
Educação, saúde e apoio social
Outras Actividades
2.076.014
392.826
1.304.784
847.112
588.306
170.266
743.900
511.994
1.498.556
847.936
241.527
919.612
614.528
7.430.411
14.855.887
9.339.830
2.004.194
1.864.379
1.007.260
1.526.401
7.993.323
1.014.024
5.716.669
10.406.654
2,8%
0,5%
1,8%
1,1%
0,8%
0,2%
0,0%
1,0%
0,7%
2,0%
1,1%
0,3%
1,2%
0,8%
10,1%
20,1%
12,6%
2,7%
2,5%
1,4%
2,1%
10,8%
1,4%
7,7%
14,1%
Total
Índice de Concentração Sectorial
73.916.394
10,8
100%
Indústrias alimentares, bebidas e tabaco
Têxteis, vestuário
Indústria de couro, madeira e cortiça
Pasta de Papel
Fabricação de combustíveis e produtos
petrolíferos
refinados
Indústria
química
No que respeita à distribuição por Setores de Atividade da carteira de crédito, continuam a
destacar-se os Setores do Comércio e Transportes, mas a Construção foi ultrapassada por Outros
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 45
Serviços Empresariais. O índice tem vindo a decrescer e, face a Dezembro de 2011, decresceu 0,3
pontos (11,1).
Em seguida, apresenta-se o quadro referente à distribuição Geográfica da Carteira de Retalho, a
Dezembro de 2012 (Euros):
Código
Postal
Zona Geográfica
Alentejo Interior
Alentejo Litoral
Algarve
Estremadura
Grande Lisboa Margem Sul
Grande Lisboa Norte
Grande Porto
Ilhas
Lisboa
Minho
Outros
Porto
Ribatejo
Zona Centro Aveiro
Zona Centro Beiras
Zona Centro Coimbra
Zona Norte
Total
Índice de Concentração Geográfica
Montante de
Exposição
sobre o Sector
% relativamente
ao montante de
exposição total
8.561.032
5.377.297
11.066.253
22.073.569
47.976.629
67.574.504
25.481.322
2.361.904
30.627.804
22.836.369
5.126.327
37.534.443
12.263.075
16.046.609
13.359.540
8.272.813
9.161.669
2,5%
1,6%
3,2%
6,4%
13,9%
19,5%
7,4%
0,7%
8,9%
6,6%
1,5%
10,9%
3,5%
4,6%
3,9%
2,4%
2,7%
345.701.158
9,9
100%
Quanto à distribuição por Zona Geográfica da carteira de crédito, destaca-se a Zona litoral, em
especial as Zonas de Lisboa e Porto.
Em seguida, apresenta-se o quadro referente ao índice de Concentração Individual da Carteira de
Retalho, a Dezembro de 2012 (Euros):
Total das 100 Maiores Exposições
12.165.700
3,5%
Total de exposição da Instituição
345.701.158
100%
Índice de Concentração Individual
0,056
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 46
A análise da distribuição do Prazo de Vencimento Residual foi feita com a mesma base e o
resultado (a Dezembro de 2012) foi o seguinte:
Prazo de Vencimento Residual
VR<1 ano
1 ano<VR<5 anos
5 ano<VR<10 anos
VR>10 anos
Total
Montante de
Exposição
29.791.883
185.487.046
128.995.568
1.426.662
345.701.158
% Total sobre o
Total de Posição
em Risco
9%
54%
37%
0%
100%
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 47
Secção VI
Risco de Crédito – Método Padrão
O Risco de Crédito na BBVA IFIC encontra-se confortavelmente acomodado por níveis de fundos
próprios face aos requisitos de solvabilidade.
No ano de 2012, a Sociedade utilizou o método padrão para cálculo de requisitos de fundos
próprios para cobertura de risco de crédito.
Os montantes das posições ponderadas pelo risco são determinados com base em coeficientes de
ponderação definidos no Aviso nº 5/2007 do Banco de Portugal. A aplicação desses coeficientes de
ponderação baseia-se na classe a que a posição em risco for afeta e na sua qualidade de crédito.
A qualidade de crédito pode ser determinada com base nas avaliações de crédito de agências de
notação externa (ECAI) ou nas avaliações de crédito de agências de crédito à exportação (ECA). A
BBVA IFIC não está a utilizar nenhuma avaliação de crédito de agências de notação externa ou de
agências de crédito à exportação.
Para o ano de 2012, tem-se:
0%
Classes de Risco
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
CL VI - Instituições
CL VII - Empresas
CL VIII - Carteira de retalho
CL X - Elementos vencidos
CL XIII - Outros elementos
CL V - Organizações internacionais
CL II - Administrações regionais ou autoridades locais
CL III - Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos
CL IV - Bancos multilaterais de desenvolvimento
CL IX - Posições com garantia de bens imóveis
CL XI - Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público
CL XII - Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC)
TOTAL posições em risco original
2- Posição em risco por classe de risco (base de Classes de Risco
incidência dos ponderadores)
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
CL VI - Instituições
CL VII - Empresas
CL VIII - Carteira de retalho
CL X - Elementos vencidos
CL XIII - Outros elementos
CL V - Organizações internacionais
CL II - Administrações regionais ou autoridades locais
CL III - Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos
CL IV - Bancos multilaterais de desenvolvimento
CL IX - Posições com garantia de bens imóveis
CL XI - Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público
CL XII - Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC)
TOTAL posições em risco
10%
20%
Ponderadores de Risco
50%
75%
100%
150% Outros Ponderadores
Total
1- Posição em risco original por classes de risco
3.212.531
0
0
0
0
250
0
0
0
0
0
0
0
3.212.781
0
0
0 1.902.603
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1.902.603
0
0
0
0
0
0 5.674.192
0
0
0 1.295.610
0
0 331.812.947
0
0
0
0 13.128.675 2.227.926
0 12.553.584
688.989
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0 344.366.531 20.787.466 2.227.926
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
3.212.531
7.576.795
1.295.610
331.812.947
15.356.601
13.242.823
0
0
0
0
0
0
0
372.497.307
3.212.531
0
0
0
0
250
0
0
0
0
0
0
0
3.212.781
0
0
0 1.902.603
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1.902.603
0
0
0
0
0
0 5.674.192
0
0
0 1.284.515
0
0 324.415.681
0
0
0
0 1.635.466 2.130.254
0 12.553.584
688.989
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0 336.969.265 9.283.162 2.130.254
0 3.212.531
0 7.576.795
0 1.284.515
0 324.415.681
0 3.765.720
0 13.242.823
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0 353.498.065
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 48
E para o ano de 2011, tem-se:
Classes de Risco
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
CL VI - Instituições
CL VII - Empresas
CL VIII - Carteira de retalho
CL X - Elementos vencidos
CL XIII - Outros elementos
CL V - Organizações internacionais
CL II - Administrações regionais ou autoridades locais
CL III - Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos
CL IV - Bancos multilaterais de desenvolvimento
CL IX - Posições com garantia de bens imóveis
CL XI - Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público
CL XII - Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC)
TOTAL posições em risco original
2- Posição em risco por classe de risco (base de Classes de Risco
incidência dos ponderadores)
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
CL VI - Instituições
CL VII - Empresas
CL VIII - Carteira de retalho
CL X - Elementos vencidos
CL XIII - Outros elementos
CL V - Organizações internacionais
CL II - Administrações regionais ou autoridades locais
CL III - Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos
CL IV - Bancos multilaterais de desenvolvimento
CL IX - Posições com garantia de bens imóveis
CL XI - Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público
CL XII - Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC)
TOTAL posições em risco
20%
Ponderadores de Risco
50%
75%
100%
150% Outros Ponderadores
Total
0%
10%
3.192.433
0
0
0
0
250
0
0
0
0
0
0
0
3.192.683
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0 13.649.141
0
0
0
0
0
0 1.798.223
0
0
0 377.157.965
0
0
0
0
0 20.918.109 2.329.064
0
0 14.202.204 1.002.515
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0 13.649.141 391.360.169 23.718.847 2.329.064
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
3.192.433
13.649.141
1.798.223
377.157.965
23.247.173
15.204.969
0
0
0
0
0
0
0
434.249.904
3.192.433
0
0
0
0
250
0
0
0
0
0
0
0
3.192.683
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0 13.649.141
0
0
0
0
0
0 1.794.026
0
0
0 369.219.528
0
0
0
0
0 1.888.003 2.203.190
0
0 14.202.204 1.002.515
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0 13.649.141 383.421.732 4.684.544 2.203.190
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
3.192.433
13.649.141
1.794.026
369.219.528
4.091.193
15.204.969
0
0
0
0
0
0
0
407.151.290
1- Posição em risco original por classes de risco
Tendo-se observado, a seguinte evolução no que refere aos Requisitos de Fundos Próprios:
Classes de Risco
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
CL VI - Instituições
CL VII - Empresas
CL VIII - Carteira de retalho
CL X - Elementos vencidos
CL XIII - Outros elementos
CL V - Organizações internacionais
CL II - Administrações regionais ou autoridades locais
CL III - Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos
CL IV - Bancos multilaterais de desenvolvimento
CL IX - Posições com garantia de bens imóveis
CL XI - Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público
CL XII - Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC)
Requisitos de Fundos Próprios
2012
2011
0
0
484.377
545.966
89.002
26.977
19.308.599
22.054.643
386.468
415.423
808.334
932.333
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 49
Secção VII
Técnicas de Redução de Risco de Crédito
Atendendo à natureza da sua atividade, a BBVA IFIC não recorre às técnicas de redução de risco de
crédito no âmbito do Decreto de Lei n.º 104/2007.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 50
Secção VIII
Risco Operacional
1. Principais Conceitos
O Risco Operacional advém de falhas na análise, processamento ou liquidação das operações, de
fraudes internas e externas, da atividade ser afetada devido à utilização de recursos em regime de
outsourcing, da existência de recursos humanos insuficientes ou inadequados ou da
inoperacionalidade das infraestruturas, com impactos adversos nos resultados ou no capital.
Deste modo, considera-se que este risco está presente no dia-a-dia da atividade da BBVA IFIC.
2. Gestão do Risco Operacional
Na Sociedade, a gestão do Risco Operacional é observada como um processo de melhoria
contínuo. O ponto de partida é a identificação dos eventos para, mediante o uso de técnicas que se
detalham posteriormente, quantificar-se o Risco existente. Este processo permite conhecer quais
são os fatores que mais podem influenciar a conta de resultados.
A Mitigação é o passo obrigatório seguinte: Todos os fatores de Risco que detenham um impacto
elevado são mitigados, implicando a implementação de medidas tais como a alteração de
processos (acrescentar controlos, etc.). Por este motivo, a mitigação é sempre uma tarefa da área
de Negócio ou de Apoio que, definitivamente, é quem gere o processo.
Finalmente, o Seguimento é o último elo através do qual se pode conhecer a evolução do nível de
Risco existente e comprovar a eficácia das medidas mitigadoras. Este Seguimento efetua-se
mediante indicadores de Risco rigorosamente definidos.
No último ano, foram implementadas importantes iniciativas relacionadas com a gestão deste
Risco, nomeadamente a constituição de uma ferramenta que, de acordo com os princípios
corporativos, veio proporcionar a constituição de um repositório de dados, centralizado e
homogéneo que facilita o efetivo registo contabilístico, atualização, acompanhamento e controlo
de eventos de Risco Operacional e respetivas Perdas associadas.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 51
Por outro lado, procedeu-se à identificação de todos os eventos ou fatores de risco dos processos
que afetam cada uma das diferentes Unidades de Estrutura da Sociedade, avaliando-os com os
respetivos responsáveis, com base no impacto e frequência anual de cada fator, assim como
efetuando a sua estimação através da utilização de determinados sistemas de medição
corporativos.
Finalmente procedeu-se ao cálculo do Rácio de Risco Operacional e do Rácio de Risco Operacional
da perda esperada estimada, que permitiu hierarquizar prioridades para a mitigação de riscos, em
função do impacto total, mediante a classificação dos elementos de risco pela sua ordem de
importância.
Em suma, a Sociedade já conta com diversas ferramentas de gestão implementadas que facilitam a
identificação, avaliação, medição/quantificação, controlo e mitigação do Risco Operacional, para
alcançar um conhecimento detalhado das suas diferentes fontes e do seu valor, assim como
facilitar a tomada de decisões para a sua mitigação em função de critérios de eficiência económica.
As ferramentas corporativas utilizadas são as seguintes:

Perspetiva Estática: de avaliação do Risco - Ev-Ro*;

Perspetiva Dinâmica: por indicadores de Risco - TransVaR*;

Perspetiva Histórica: Perdas registadas - SIRO
* Atualmente a Sociedade encontra-se a implementar uma nova metodologia suportada por uma
nova Ferramenta (STORM), com vista à otimização da sua gestão, no âmbito dos métodos de
mensuração Avançada, por parte do Grupo BBVA.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 52
3. Informação Quantitativa
Para a cobertura do Risco Operacional, a BBVA IFIC adotou o método do “Indicador básico” nos
termos definidos pelo Aviso nº 9/2007 do Banco de Portugal.
De acordo com este método, os requisitos de fundos próprios para cobertura deste risco,
correspondem a 15% da média dos últimos três anos do resultado da soma da margem líquida de
juros com outras receitas líquidas, numa base anual, reportadas ao final do exercício financeiro.
A utilização do método do indicador relevante implica um maior consumo de capital quando ocorre
um aumento dos proveitos operacionais.
Os resultados são os seguintes:
Indicador relevante (6)
Actividades
1. Total das actividades sujeitas ao m étodo do Indicador Básico
Ano n-2
Ano n-1
Ano n
1
2
3
16.449.936 14.177.161 13.507.846
Requisitos
de fundos
próprios
4
2.206.747
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 53
Secção IX
Risco de Liquidez
1. Principais Conceitos
O Risco de Liquidez está patente na perda potencial decorrente de uma degradação das condições
de financiamento e/ou da venda de ativos por valores inferiores aos valores de mercado para suprir
necessidades de fundos decorrentes das obrigações a que a Instituição se encontra sujeita.
A Sociedade apresenta a priori um Risco de Liquidez reduzido, na medida em que apenas gere a sua
carteira de funding.
2. Gestão do Risco de Liquidez
As Políticas de Seguimento e Controlo de Risco de Liquidez encontram-se centralizadas na
Unidade Central de Riscos (UCR) do Grupo BBVA. Assim, à Função de Gestão de Riscos da
Sociedade são imputadas as seguintes responsabilidades:

Garantir a disseminação interna de todas as Políticas, bem como do seu correto
entendimento;

Garantir a convergência das mesmas nos Processos e Estratégia de Negócio da Instituição;

Verificar o cumprimento das Regras e Preceitos na gestão operativa do Risco;

Analisar e Medir, de forma individual, a magnitude de exposição ao Risco e respetivos
impactos no Capital Económico e em situações de Stress.
Para tal, encontram-se implementados na Sociedade (e executados na Direção Financeira) os
seguintes Procedimentos:

Análise estrutural e conjuntural das necessidades de cobertura do Risco de Liquidez
periódica e discutida em sede de Comité de Gestão de Riscos;

Operações de cobertura de Funding junto à UCR - BBVA: periódicos, documentados e
apresentando uma adequada segregação funcional;
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 54

Exercício de ICAAP e de Stress Testing para análise do grau de exposição a esta tipologia
de Risco e respetivos Impactos;

Validação do cumprimento integral dos procedimentos supracitados mediante Processos
de Auditoria periódicos (Internos e Externos).
3. Requisitos de Capital Interno
Para proceder ao cálculo dos requisitos de capital interno associados a este risco, a Sociedade
procedeu à definição de uma metodologia que pretende aferir o custo adicional de financiamento
que teria de ser assumido decorrente de alterações no spread a que a Instituição se financia junto
do mercado, podendo esta alteração ser provocada por movimentos de Pricing dos mercados ou
pela necessidade de recorrer a financiamentos de valor superior ao que era inicialmente expetável.
Os requisitos de capital interno para cobertura do risco de liquidez dependem do montante de
financiamento externo a que a BBVA IFIC necessita de recorrer para financiar a sua atividade e do
spread adicional expetável para fazer face a esse mesmo financiamento, pelo que, os requisitos
corresponderão à ponderação da diferença entre as massas de ativo e de passivo pelo rácio de
1
financiamento externo e pelo spread adicional.
O acompanhamento deste Risco é exercido numa base regular sobre as necessidades de liquidez da
Sociedade, estando em contato permanente com o Grupo e analisando as projeções e a produção
efetiva de modo a gerir da forma mais conveniente as respetivas necessidades em cada momento.
1
Rácio entre recursos de outras instituições de crédito e o montante de crédito a clientes.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 55
4. Informação Quantitativa
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2012, os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros
apresentam a seguinte composição:
2012
À vista
Activo
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais
Disponibilidades em outras instituições de crédito
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
Passivo
Recursos de outras instituições de crédito
Gap de liquidez
Até
3 meses
250
1.902.603
1.902.853
785.702
3.121.837
3.907.539
1.902.853
25.220.961
(21.313.422)
De 3 meses a
a 1 ano
De 1 a
a 5 anos
Mais de
5 anos
2.247.598
2.640.892
11.975.982 188.859.533
14.223.580 191.500.425
67.528.563
(53.304.983)
187.164.245
4.336.180
Indeterminado
Outros (1)
Total
126.442.824
126.442.824
15.080.774
15.080.774
12.015.503
12.015.503
250
1.902.603
5.674.192
357.496.453
365.073.498
25.054.600
101.388.224
15.080.774
(69.560)
12.085.063
304.898.809
60.174.689
2011
À vista
Activo
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais
Disponibilidades em outras instituições de crédito
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
Passivo
Recursos de outras instituições de crédito
Gap de liquidez
Até
3 meses
De 3 meses a
a 1 ano
De 1 a
a 5 anos
Mais de
5 anos
Indeterminado
Outros (1)
Total
250
4.712.244
4.712.494
832.009
2.563.479
3.395.488
2.430.695
5.674.192
13.378.584 221.858.126
15.809.279 227.532.318
138.586.148
138.586.148
22.718.054
22.718.054
13.478.224
13.478.224
250
4.712.244
8.936.896
412.582.615
426.232.005
4.712.494
28.456.838
(25.061.350)
77.362.358 239.979.944
(61.553.079) (12.447.626)
12.500.906
126.085.242
22.718.054
159.568
13.318.656
358.459.614
67.772.391
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 56
Secção X
Risco de Taxa de Juro
1. Principais Conceitos
O risco de taxa de juro ao qual a BBVA IFIC se encontra sujeita é reduzido, uma vez que as
operações efetuadas à taxa fixa que constituem maioritariamente a sua carteira de crédito
encontram-se cobertas junto do Grupo. No que concerne às operações contratadas à taxa variável,
estas são alvo de decisões on time que procuram obter a maximização do retorno financeiro através
da decisão quanto à maturidade do financiamento.
2. Gestão do Risco de Taxa de Juro
As Políticas de Seguimento e Controlo de Risco de Taxa de Juro encontram-se centralizadas na
Unidade Central de Risco (UCR) do Grupo BBVA. Assim, à Função de Gestão de Riscos da
Sociedade são imputadas as seguintes responsabilidades:

Garantir a disseminação das Políticas, bem como do seu correto entendimento;

Garantir a convergência das mesmas nos Processos e Estratégia de Negócio da Instituição;

Verificar o cumprimento das Regras e Preceitos na gestão operativa do Risco;

Analisar e Medir, de forma individual, a magnitude de exposição ao Risco e respetivos
impactos no Capital Económico e em situações de Stress.
Para tal, encontram-se implementados na Sociedade (e executados na Direção Financeira) os
seguintes Procedimentos:

Análise estrutural e conjuntural das necessidades de cobertura do Risco de Taxa de Juro
periódica e discutida em sede de Comité de Gestão de Riscos;

Operações de cobertura do Risco de Taxa de Juro junto à UCRAM-BBVA: periódicos,
documentados e apresentando uma adequada segregação funcional;

Exercício de ICAAP e de Stress Testing para análise do grau de exposição a esta tipologia
de Risco e respetivos Impactos;
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 57

Validação do cumprimento integral dos procedimentos supracitados mediante Processos
de Auditoria periódicos (Internos e Externos).
A avaliação do Risco de Taxa de Juro é efetuada através de uma análise de sensibilidade ao repricing
das operações, verificando-se a existência de:

Metodologias e processos de projeções de gaps de maturidade e mismatches;

Técnicas complementares de avaliação (e.g. Stress tests) deste risco;

Definição de limites e de um grau de tolerância face ao Risco de Taxa de Juro.
3. Informação Quantitativa
Os quadros seguintes apresentam os valores apurados, que representam as massas de balanço e a
respetiva exposição ao risco de taxa de juro, com impacto tanto na margem financeira como no
valor económico do capital:
2012
Não sujeito a
taxa de juro
Activo
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais
Disponibilidades em outras instituições de crédito
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
Taxa
fixa
Taxa
variável
Total
250
250
5.674.192
129.462.121
135.136.313
1.902.603
228.034.332
229.936.935
250
1.902.603
5.674.192
357.496.453
365.073.498
-
(136.703.118)
(168.195.691)
(304.898.809)
250
(1.566.805)
61.741.244
60.174.689
Passivo
Recursos de outras instituições de crédito
2011
Não sujeito a
taxa de juro
Activo
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais
Disponibilidades em outras instituições de crédito
Aplicações em instituições de crédito
Crédito a clientes
Passivo
Recursos de outras instituições de crédito
Taxa
fixa
250
-
Taxa
variável
Total
250
8.936.896
161.577.827
170.514.723
4.712.244
251.004.788
255.717.032
250
4.712.244
8.936.896
412.582.615
426.232.005
-
(154.820.534)
(203.639.080)
(358.459.614)
250
15.694.189
52.077.952
67.772.391
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 58
O Risco de Taxa de Juro encontra-se controlado, uma vez que a carteira de crédito é composta com
taxa indexada e, adicionalmente possui uma margem bastante confortável relativamente às linhas
de crédito em vigor. No caso de haver alterações substanciais, podem ser despoletados
mecanismos de cobertura adequados, conjuntamente com o BBVA Portugal.
A análise de sensibilidade das variações na taxa de juro de referência (Euribor), tem como objetivo
avaliar a exposição da Sociedade ao risco de taxa de juro e a sua capacidade de absorção de
variações adversas nas taxas de juro às quais se encontra exposta, dado que uma elevada
percentagem dos ativos e passivos estão sujeitos a flutuações nas taxas de juro, e eventuais
movimentos adversos das mesmas poderão condicionar negativamente os resultados ou o seu
capital.
Neste sentido, a metodologia de análise tem como base a deslocação paralela da taxa de juro,
através de um choque nas taxas de juro das operações passivas e ativas. A metodologia de cálculo
consiste na análise de sensibilidade das carteiras, ativa e passiva, às variações da taxa de juro de
referência (Euribor). O choque nos indexantes de referência (Euribor) apenas tem impacto nos
ativos ou passivos a taxa variável, verificando-se esse impacto apenas após a data de repricing.
Dado que se trata de uma análise de sensibilidade em que só varia um fator de risco, assume-se que
as posições com exposição ao risco de taxa de juro se mantêm ao longo do ano.
Com base nesta metodologia, uma subida da taxa de juro base em 0,5%, teria um impacto positivo
na situação patrimonial da Sociedade de, aproximadamente, 87.533 Euros (impacto positivo de,
aproximadamente, 39.500 Euros, em 31 de Dezembro de 2011).
Justo valor
O justo valor tem por base os preços de mercado. Nos casos em que não existe preço de mercado,
como acontece, por exemplo, no caso do crédito concedido a clientes, o justo valor é calculado com
recurso a modelos internos, assentes na técnica de desconto de cash-flows, utilizando as taxas de
juro contratadas pela Sociedade durante o último mês do ano.
Deste modo, os principais pressupostos utilizados no apuramento do justo valor são os seguintes:
•
Para cálculo do justo valor, a Sociedade, dividiu a sua carteira de crédito concedido a
clientes, tendo em conta as classes homogéneas segundo o tipo de bem financiado
(Concessionários, Equipamento, Frota, Usados, Cartões e Revolving).
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 59
•
Foram calculadas, para cada classe homogénea, taxas de juro nominais médias, para
operações negociadas no último mês do ano.
•
O cálculo do justo valor foi efetuado operação a operação, sendo numa primeira fase
feita uma projeção do cash-flow com base nas condições contratuais e no valor dos indexantes a 31
de Dezembro de 2012, seguindo-se uma atualização dos cash-flows à taxa nominal média das
operações realizadas em Dezembro de 2012.
•
No caso do crédito vencido, considerou-se que o valor de balanço líquido de provisões
para crédito vencido (3.678.316 Euros – Nota 3), constitui uma aproximação ao seu justo valor.
Com base nesta metodologia de cálculo, o justo valor da carteira de crédito concedido em 31 de
Dezembro de 2012, é inferior ao valor bruto contabilístico (330.400.176 Euros - Nota 3), em
aproximadamente 5.337.000 Euros. Em 31 de Dezembro de 2011, o justo valor da carteira de crédito
concedido é inferior ao valor bruto contabilístico (376.386.337 Euros – Nota 3), em
aproximadamente 839.000 Euros. Esta comparação não considera as provisões para riscos gerais
de crédito, que em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 ascendem a respetivamente, 4.631.575 Euros e
5.205.399 Euros (Nota 3).
No caso dos recursos de outras instituições de crédito, a metodologia de apuramento do seu justo
valor, foi:
•
Para os empréstimos de médio e longo prazo, o cálculo do justo valor foi efetuado
operação a operação, sendo numa primeira fase feita uma projeção do cash-flow com base nas
condições contratuais, seguindo-se uma atualização dos cash-flows à taxa média das operações
realizadas no último trimestre de 2012.
•
Para o cálculo do Fair Value da carteira de funding a taxa fixa, a taxa de atualização
utilizada é calculada de acordo com a taxa de juro nominal média, ponderada pelo capital em dívida
à data dos contratos realizados nos 3 meses anteriores à data de referência;
•
Para os empréstimos a taxa variável, a taxa de atualização utilizada é calculada de
acordo com a taxa de juro nominal média, ponderada pelo capital em dívida à data, dos contratos
realizados nos 3 meses anteriores à data de referência. Em 31 de Dezembro de 2012, considerou-se
que estes empréstimos não divergiam do seu justo valor, tendo em conta que a última refixação de
taxa de juro tinha ocorrido no fim do ano.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 60
Com base nesta metodologia de cálculo, o justo valor dos recursos de outras instituições de crédito
em 31 de Dezembro de 2012, é inferior ao valor bruto contabilístico (304.968.369 Euros – Nota 8),
em aproximadamente 10.318.000 Euros. Em 31 de Dezembro de 2011, o justo valor dos recursos de
outras instituições de crédito, é inferior ao valor bruto contabilístico (358.300.047 Euros – Nota 8),
em aproximadamente 9.811.000 Euros.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 61
Secção XI
Análises de Sensibilidade dos Requisitos
de Capital
1. Testes de Esforço (Stress Tests)
Conceito
Os Testes de Esforço constituem uma técnica de gestão de risco que visa avaliar os efeitos
potenciais, nas condições financeiras de uma Instituição, resultantes de alterações de fatores de
risco em função de acontecimentos excecionais, mas plausíveis. Constituem uma importante
ferramenta de gestão interna do risco e têm como principal objetivo contribuir para uma melhor
perceção do perfil de risco das Instituições.
Deste modo, embora a BBVA IFIC pertença ao Grupo BBVA, para estes efeitos foi apenas
considerada a base de reporte individual e apenas os riscos materialmente relevantes para a
atividade da Sociedade.
Modelo de Governação
A concretização dos Testes de Esforço, enquanto ferramenta de suporte à gestão dos riscos que
visa a incorporação dos seus resultados na tomada de decisão e na atividade diária da Sociedade,
tem subjacente um Modelo de Governação devidamente alinhado com a realidade da atividade
desenvolvida e com os requisitos emanados da Instrução n.º 18/2007 do Banco de Portugal.
Este Modelo concretiza-se de forma cíclica, sendo composto por três atividades: Planeamento,
Testes de Esforço e Ciclo de Gestão cuja interligação é assegurada por fluxos de informação
contínuos entre os seus intervenientes.
Este ciclo traduz-se no seguinte esquema que se carateriza por três vertentes fundamentais:
planeamento, execução dos testes de esforço e ciclo de gestão.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 62
A concretização dos Testes de Esforço pode ser sistematizada num conjunto sequencial de etapas
cujo principal interlocutor é a Direção Financeira, bem como o Comité de Gestão de Riscos e a
Direção Geral.
Segue-se um diagrama ilustrativo das mesmas.
Planeamento
RESPONSÁVEIS
Execução dos Testes de Esforço
Ciclo de Gestão
Ciclo Contínuo
Direcção
Geral
Análise e
Aprovação
Comité de
Gestão de
Riscos
Análise e Orientação
Análise do
Enquadramento
Externo e
Interno
Direcção
Financeira
Análise
Preparar e
Enviar Reporte
Regulamentar
Orçamento
Anual e
Planeamento
da Actividade
Planeamento
dos Testes de
Esforço
Execução dos
Testes de
Esforço
Monitorização
Implementação
do Plano
Quantificação
Definição do
Plano de Acção
Outras
Direcções
Ciclo de Gestão
O Ciclo de Gestão compreende as atividades de gestão da BBVA IFIC decorrentes do seu modelo de
negócio.
Importa referir que, qualquer medida de mitigação aprovada pela Direção Geral é implementada
através deste Ciclo de Gestão, que por sua vez alimenta o processo de Planeamento e Execução
dos Testes de Esforço, pela incorporação das medidas de mitigação implementadas e avaliação do
grau de efetividade das mesmas.
Abordagem Metodológica
Dado o grau de complexidade inerente ao exercício dos Testes de Esforço, é relevante proceder à
descrição dos principais conceitos subjacentes aos mesmos, nomeadamente:
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 63
Conceitos
Descrição
Por Variáveis de Entrada entendem-se as variáveis que têm um impacto direto no Balanço e na
Demonstração de Resultados da Instituição e que, como tal, serão alvo de alteração e stress no
Variáveis de Entrada (VE)
âmbito do exercício dos Testes de Esforço (e.g. taxa de juro e volume de crédito concedido).
A alteração das mesmas traduzir-se-á em impactos nas condições financeiras da Instituição de
acordo com a exposição desta última aos diferentes riscos.
Magnitude
Definição da variação (intensidade, sentido e duração) a simular para cada variável de entrada.
Variáveis de Saída (VS)
Por Variáveis de Saída entendem-se as rubricas que têm um impacto direto no Balanço, na
Demonstração de Resultados ou na solvabilidade da Instituição.
A abordagem encontra-se estruturada em duas partes principais:

Conceção: Desenho concetual dos testes de esforço;

Execução: Concretização dos testes de esforço.
Atendendo ao ciclo de gestão dos Testes de Esforço, é possível enquadrar esta abordagem no
mesmo, tal como ilustrado na figura que se segue:
Macro Processo
Planeamento
Actividade
Definição do Enquadramento
Orçamento
Planeamento
Execução dos
Testes de
Esforço
Aprovação
Execução
Reporting
LEGENDA:
Concepção
Execução
Conceção
O desenho concetual dos Testes de Esforço pretende servir de suporte à sua execução e procurar
garantir a consideração de todos os eventos que possam afetar de forma material as condições
financeiras da BBVA IFIC.
Para cada tipologia de Risco são identificadas as Variáveis de Entrada que serão alvo de estudo,
tendo como premissa o enquadramento macroeconómico, nomeadamente o impacto das
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 64
variações dos principais agregados económicos (e.g. taxa de desemprego e a evolução da cobrança
duvidosa no setor bancário em Portugal).
Posteriormente são equacionados e definidos todos os tipos de testes que podem aumentar a
exposição da Sociedade ao tipo de risco em análise. Os testes a realizar são documentados e
disponibilizados, para que possam ser executados ou alterados sempre que se justifique.
Para cada Teste de Esforço definido procede-se à identificação das diversas Variáveis de Saída (e.g.
ativo, passivo, resultados, requisitos mínimos de capital e rácio de solvabilidade) onde se poderão
manifestar os impactos nas condições financeiras da Instituição.
Execução
Com base nas conclusões da etapa anterior, é possível dar início à execução dos Testes de Esforço.
Esta segunda etapa compreende um conjunto de fases sequenciais, culminado na elaboração do
reporte regulamentar ou de relatórios internos de gestão, tal como ilustrado na figura que se
segue:
1
Enquadramento Macroeconómico
2
Definição da Magnitude dos Testes
3
4
5
Execução
Impacto
Relatório
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 65
Análises de Sensibilidade
Os Testes de Esforço relativos ao Risco de Crédito têm como objetivo simular contextos de negócio
que potenciam um incremento significativo das perdas relacionadas com o crédito. Assume-se que
tais perdas ocorrem fundamentalmente por duas vias:

Aumento do crédito vencido por via do incumprimento de clientes;

Redução da capacidade de recuperação de créditos vencidos.
Os Testes de Esforço relativos ao Risco de Taxa de Juro visam avaliar a exposição da Instituição ao
mesmo e a sua capacidade de absorção de variações adversas nas taxas de juro às quais se
encontra exposta. Neste sentido, realiza-se uma deslocação paralela de taxa de juro e analisa-se o
desequilíbrio - gap entre exposições ativas e passivas ao Risco de Taxa de Juro nos diversos prazos
de revisão de taxa.
Para aferir o Risco de Liquidez são realizados testes com o intuito de avaliar a exposição da
Sociedade a este tipo de risco e a sua capacidade em absorver choques que impliquem uma
alteração no seu nível de liquidez. Desta forma, testa-se o aumento do Custo de Funding.
Os Testes de Esforço para o Risco Operacional têm como objetivo simular eventos relativos a este
risco e estimar, de acordo com a realidade da Sociedade, os prováveis impactos decorrentes da
ocorrência desses eventos.
Os testes efetuados foram baseados em eventos estimados de acordo com modelos internos,
nomeadamente com a) exposição a fraude externa, b) exposição dos colaboradores a contágios
massivos e c) epidemias provocando quebra na produção.
Por último, de forma a testar o Risco Reputacional averiguou-se a necessidade de recorrer por duas
vezes, no horizonte temporal definido (12 meses), à aplicação do Plano de Contingência
Reputacional da Sociedade.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 66
2. Resultados dos Testes
No último exercício de Testes de Esforço (elaborado e reportado em Dezembro de 2012), não
foram identificadas vulnerabilidades que requeiram no futuro uma ação concertada por parte da
BBVA IFIC para a sua colmatação, concluindo-se que os Fundos Próprios conseguem absorver
todos os impactos simulados, pelo que se consideram adequados ao grau de risco assumido e ao
perfil de risco da carteira.
O rácio de solvabilidade que carateriza a Instituição traduz-se num nível de segurança e proteção
contra eventos adversos que dificilmente, se forem utilizados cenários plausíveis, permitem testar
a solvabilidade no seu limite. Assim, poderá dizer-se que a Instituição possui condições sustentadas
para responder aos desafios macroeconómicos e conseguir garantir o normal desenvolvimento da
sua atividade. Contudo, os resultados dos testes realizados serão incorporados nas decisões de
gestão de modo a assegurar uma evolução da atividade sã e prudente em linha com o perfil de risco
assumido.
Acresce referir que, no atual contexto macroeconómico e como medida de prevenção, a Sociedade
procedeu ao longo do presente exercício ao aumento da política de preços, a incorporação de
restrições adicionais ao nível de crédito concedido e à reformulação do circuito de recuperações.
Disciplina de Mercado: Divulgação Pública de Informação, Página 67
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