SLC Agrícola SA
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SLC Agrícola SA
PROSPECTO DEFINITIVO DE OFERTA PÚBLICA DE DISTRIBUIÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA DE AÇÕES ORDINÁRIAS DE EMISSÃO DA SLC Agrícola S.A. Companhia Aberta CNPJ nº 89.096.457/0001-55 - NIRE 43.300.047.521 Rua Bernardo Pires, n° 128, 4º andar Porto Alegre, RS 30.437.500 Ações Ordinárias Código ISIN BRSLCEACNOR2 Preço por Ação: R$14,00. A SLC Agrícola S.A. (“Companhia”) e Ferramentas Gerais Máquinas e Materiais Elétricos Ltda., (“Ferramentas Gerais”), estão realizando uma oferta pública de distribuição (“Oferta”) de ações ordinárias, nominativas, escriturais, sem valor nominal, de emissão da Companhia, livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames (“Ações”), que compreende (i) a distribuição pública primária de 22.000.000 Ações de emissão da Companhia, com exclusão do direito de preferência de seus atuais acionistas, nos termos do artigo 172, I, da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (“Lei das Sociedades por Ações”), dentro do limite de capital autorizado previsto no Estatuto Social da Companhia (“Oferta Primária”), e (ii) a distribuição pública secundária de 8.437.500 Ações de titularidade da Ferramentas Gerais (“Oferta Secundária”). A Oferta será realizada no Brasil, em mercado de balcão não-organizado, nos termos da Instrução nº 400, de 29 de dezembro de 2003 (“Instrução CVM 400”), da Comissão de Valores Mobiliários – CVM (“CVM”), sob a coordenação do Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. (“Coordenador Líder”) e do Banco J.P. Morgan S.A. (“JP Morgan”, e, em conjunto com o Coordenador Líder, os “Coordenadores da Oferta”), com a participação de determinadas instituições financeiras autorizadas a operar no mercado de capitais brasileiro e de sociedades corretoras membros da Bolsa de Valores de São Paulo, contratadas pelos Coordenadores da Oferta (“Coordenadores Contratados”). Adicionalmente, serão realizados esforços de colocação das Ações no exterior, em operações isentas de registro na Securities and Exchange Comission (“SEC”), segundo o U.S. Securities Act of 1933 (“Securities Act”), sendo nos Estados Unidos da América para investidores institucionais qualificados, conforme definidos na Regra 144A do Securities Act e, nos demais países, exceto no Brasil e nos Estados Unidos da América, em conformidade com o Regulamento S editado pela SEC. Não foi e nem será realizado qualquer registro da Oferta ou das Ações na SEC, nem em qualquer agência ou órgão regulador do mercado de capitais de qualquer país, exceto o Brasil. O preço por Ação foi fixado após a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento, conduzido pelos Coordenadores da Oferta. Preço (R$) Por Ação Ordinária ............................... Oferta Primária ..................................... Oferta Secundária(2) ............................... Total ................................................... (1) (2) 14,00 308.000.000,00 118.125.000,00 426.125.000,00 Comissões (R$) 0,63 13.860.000,00 5.315.625,00 19.175.625,00 Recursos Líquidos (R$)(1) 13,37 294.140.000,00 112.809.375,00 406.949.375,00 Sem dedução das despesas da Oferta. Os valores acima indicados não incluem as Ações Suplementares. A quantidade total de Ações inicialmente ofertada poderá ser acrescida de um lote suplementar de até 4.565.625 Ações (“Ações Suplementares”), conforme opção para aquisição de tais Ações Suplementares outorgada pela SLC Participações S.A. ao Coordenador Líder, nas mesmas condições e preço das Ações inicialmente ofertadas, a ser por ele exercida, após consulta ao JP Morgan, no prazo de até 30 dias contados a partir da data de início de negociação das ações ordinárias de emissão da Companhia, inclusive (“Início de Negociação”), ou seja, o dia útil seguinte à publicação do Anúncio de Início (“Opção de Ações Suplementares”), nos termos do artigo 24 da Instrução CVM 400. Não foi exercida a opção de aumento da quantidade de Ações prevista no artigo 14, parágrafo 2º, da Instrução CVM 400. A Oferta Primária foi aprovada com base em deliberação do Conselho de Administração da Companhia realizada em 24 de maio de 2007, conforme ata publicada no Diário Oficial do Rio Grande do Sul em 28 de maio de 2007 e publicada nos jornais “Valor Econômico” e no “Jornal do Comércio” de Porto Alegre, em 25 de maio de 2007. A realização da Oferta Secundária foi aprovada em Reunião de Sócios da Ferramentas Gerais em reunião realizada em 24 de maio de 2007, conforme ata publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo em 26 de maio de 2007 e publicada no jornal “Valor Econômico” em 25 de maio de 2007. A SLC Participações S.A. aprovou a Oferta em Reunião da Diretoria da SLC Participações realizada em 24 de maio de 2007, conforme ata publicada no Diário Oficial do Rio Grande do Sul em 28 de maio de 2007 e publicada nos jornais “Valor Econômico” e no “Jornal do Comércio” de Porto Alegre, em 25 de maio de 2007. O preço por ação foi aprovado em deliberação do Conselho de Administração da Companhia realizada em 13 de junho de 2007. Registro da Oferta: Oferta Primária: CVM/SRE/REM/2007/027, Oferta Secundária: CVM/SRE/SEC/2007/020, ambas de 14 de junho de 2007. “O registro da presente Oferta não implica, por parte da CVM, garantia da veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade da Companhia, bem como sobre as Ações a serem distribuídas.” Este Prospecto não deve ser considerado uma recomendação de compra das Ações. Ao adquirir as Ações, potenciais investidores deverão realizar sua própria análise e avaliação sobre a Companhia, seus negócios e atividades. Os investidores devem ler a seção “Fatores de Risco” nas páginas 53 a 63 deste Prospecto para ciência de certos fatores de risco que devem ser considerados com relação à aquisição ou subscrição das Ações. “A(O) presente oferta pública/programa foi elaborada(o) de acordo com as disposições do Código de Auto-Regulação da ANBID para as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários, o qual se encontra registrado no 4º Ofício de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, sob o nº 4890254, atendendo, assim, a(o) presente oferta pública/programa, aos padrões mínimos de informação contidos no código, não cabendo à ANBID qualquer responsabilidade pelas referidas informações, pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, das instituições participantes e dos valores mobiliários objeto da(o) oferta pública/programa”. Coordenadores da Oferta Brasileira Coordenador Global e Coordenador Líder Coordenadores Contratados A data deste Prospecto Definitivo é 13 de junho de 2007. (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) ÍNDICE GLOSSÁRIO, ABREVIATURAS E TERMOS DEFINIDOS............................................................................................................ 1 APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OUTRAS INFORMAÇÕES ...................................................................... 13 SUMÁRIO................................................................................................................................................................. 15 INFORMAÇÕES SOBRE A OFERTA................................................................................................................................... 32 IDENTIFICAÇÃO DOS ADMINISTRADORES, CONSULTORES E AUDITORES............................................................................... 50 INFORMAÇÕES CADASTRAIS DA COMPANHIA ................................................................................................................ 52 FATORES DE RISCO .................................................................................................................................................... 53 DECLARAÇÕES E INFORMAÇÕES PROSPECTIVAS.............................................................................................................. 64 DESTINAÇÃO DOS RECURSOS ...................................................................................................................................... 65 CAPITALIZAÇÃO ........................................................................................................................................................ 66 DILUIÇÃO ................................................................................................................................................................ 67 INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO.............................................................................................................................. 69 INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OPERACIONAIS SELECIONADAS .......................................................................................... 72 ANÁLISE E DISCUSSÃO DA ADMINISTRAÇÃO SOBRE A SITUAÇÃO FINANCEIRA E OS RESULTADOS OPERACIONAIS....................... 76 VISÃO GERAL DO MERCADO AGRÍCOLA..................................................................................................................... 130 NOSSAS ATIVIDADES................................................................................................................................................ 147 REGULAMENTAÇÃO................................................................................................................................................. 174 RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL, PATROCÍNIO E INCENTIVO CULTURAL ................................................................. 176 ADMINISTRAÇÃO .................................................................................................................................................... 177 PRINCIPAIS ACIONISTAS E ACIONISTAS VENDEDORES ..................................................................................................... 182 OPERAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS .................................................................................................................. 183 DESCRIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL ............................................................................................................................... 184 TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS .............................................................................................................................. 202 DIVIDENDOS ........................................................................................................................................................... 203 PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA ................................................................................................................ 204 ANEXOS A Estatuto Social A-1 B Ata da Reunião do Conselho de Administração realizada em 24 de maio de 2007, que aprova a Oferta Primária B-1 C Ata da Reunião do Conselho de Administração realizada em 13 de junho de 2007, que aprova o Preço por Ação da Oferta Primária e o Aumento de Capital C-1 D Declarações da Companhia, dos Acionistas Vendedores e do Coordenador Líder, de que trata o artigo 56 da Instrução CVM 400 D-1 E Balanço Patrimonial individual e consolidado da SLC Agrícola e empresas controladas em 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 e as correspondentes demonstrações financeiras individuais e consolidadas do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 e parecer dos Auditores Independentes E-1 F Informações Anuais - IAN relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2006 (apenas informações não constantes neste Prospecto) F-1 G Informações Financeiras Interinas Consolidadas Condensadas, não auditadas em 31 de março de 2007 e para os períodos de três meses findos em 31 de março de 2007 e 2006 e respectivo relatório de revisão limitada dos auditores independentes G-1 i (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) GLOSSÁRIO, ABREVIATURAS E TERMOS DEFINIDOS Para fins deste Prospecto, os termos indicados abaixo terão o significado a eles atribuído, salvo no caso de referência diversa neste Prospecto. Significado Termo ou expressão ABIC Associação Brasileira da Indústria de Café. ABIMILHO Associação Brasileira das Indústrias do Milho. ABIT Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção. ABRAPA Associação Brasileira dos Produtores de Algodão. Acionistas Controladores SLC Participações S.A., Evaux Participações S.A. e Ferramentas Gerais Máquinas e Materiais Elétricos Ltda. Acionistas Vendedores SLC Participações S.A. e Ferramentas Gerais Máquinas e Materiais Elétricos Ltda. Ações em Circulação No âmbito do regulamento do Novo Mercado, são todas as ações emitidas pela Companhia, excetuadas as ações detidas pelo Acionista Controlador, por pessoas a ele vinculadas, por Administradores da Companhia, aquelas em tesouraria. Ações ou Ações Ordinárias As ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal de emissão da Companhia, objeto da Oferta, incluindo, salvo se disposto de maneira diversa, as Ações Suplementares. Ações Suplementares Montante de até 4.565.625 Ações, equivalentes a até 15% das Ações inicialmente ofertadas, destinadas a atender um eventual excesso de demanda que venha a ser constatado no decorrer da Oferta, conforme opção para aquisição de tais Ações Suplementares outorgada pela SLC Participações ao Coordenador Líder, a ser por ele exercida após consulta ao JP Morgan, sendo que, salvo se disposto de maneira diversa, as referências às Ações serão também referências às Ações Suplementares. Administração A administração da Companhia. Administradores Membros do Conselho de Administração e da Diretoria da Companhia. Agentes de Colocação Internacional Credit Suisse Securities (USA) LLC e J.P. Morgan Securities, Inc. ANBID Associação Nacional dos Bancos de Investimento. Ano-safra Período de doze meses utilizado na indústria agrícola, que se inicia no primeiro dia do plantio de determinada cultura e se encerra no último dia de colheita. Para maiores informações sobre os anos-safra de nossas culturas, vide “Apresentação das Informações Financeiras e Outras Informações”. ANTT Agência Nacional de Transportes Terrestres. 1 Termo ou expressão Significado Anúncio de Encerramento Anúncio informando acerca do resultado final da Oferta, a ser publicado pelos Coordenadores da Oferta, pela Companhia e pelos Acionistas Vendedores, nos termos da Instrução CVM 400. Anúncio de Início Anúncio informando acerca do início do Prazo de Distribuição das Ações, publicado pelos Coordenadores da Oferta, pela Companhia e pelos Acionistas Vendedores, nos termos da Instrução CVM 400. Arroba Unidade de medida equivalente a 14,68 Kg, mas considerada pelo mercado de algodão e por nós como sendo 15 Kg. Arts. Artigos (de leis, instruções, etc.). Aviso ao Mercado Aviso ao Mercado publicado pelos Coordenadores da Oferta, pela Companhia e pelos Acionistas Vendedores, na forma da Instrução CVM 400. AV ou Análise Vertical Quando relativa a conta de resultado, consiste em percentual sobre o total da receita operacional líquida; quando relativa a conta do ativo no balanço patrimonial, consiste em percentual sobre o total do ativo; e quando relativa a conta do passivo no balanço patrimonial, consiste em percentual sobre o total do passivo. BACEN ou Banco Central Banco Central do Brasil. Banco do Brasil Banco do Brasil S.A. BM&F Bolsa de Mercadorias & Futuros. BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. BNDES Automático Apoio financeiro, por meio de instituições financeiras credenciadas, de até R$10 milhões, por cliente, a cada período de 12 meses, para a realização de projetos de investimentos, incluindo a aquisição de equipamentos de fabricação nacional, credenciados pelo BNDES, bem como a importação de maquinários novos, sem similar nacional e o capital de giro associado. BOVESPA Bolsa de Valores de São Paulo. Bradesco Banco Bradesco BBI S.A. Brasil República Federativa do Brasil. Bushel Padrão de medida que equivale a 27,2154 quilos de soja e 25,4012 quilos de milho. CAGR Compounded Annual Growth Rate ou Taxa de Crescimento Anual Composta. Câmara de Arbitragem Câmara de Arbitragem do Mercado, instituída pela BOVESPA. CBLC Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia. 2 Termo ou expressão Significado CBOT Chicago Board of Trade. CDI Certificado de Depósito Interbancário. Cepea Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), parte do Departamento de Economia, Administração e Sociologia (DEAS) da Esalq/USP. Cerrado Cerrado é um domínio fitogeográfico do tipo savana que ocorre no Brasil. É a segunda maior formação vegetal brasileira, cobrindo 24% da área do território brasileiro. CETIP Câmara de Custódia e Liquidação. Cláusula Compromissória Cláusula de arbitragem mediante a qual a Companhia, seus acionistas, administradores e membros do Conselho Fiscal obrigam-se a resolver, por meio de arbitragem, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre eles, relacionada ou oriunda, em especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei 6.404/76, no Estatuto Social da Companhia, nas normas editadas pelo CMN, pelo Banco Central e pela CVM, bem como nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes do Regulamento de Listagem do Novo Mercado, do Regulamento da Câmara de Arbitragem do Mercado e do Contrato de Participação no Novo Mercado. CMA CMA Station III - Sistema de Cotações e Notícias. CMN Conselho Monetário Nacional. COABRA Cooperativa Agro Industrial do Centro Oeste do Brasil. COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. Companhia SLC Agrícola S.A. Conab Companhia Nacional de Abastecimento. 3 Termo ou expressão Conselheiro(s) Independente(s) Significado Conforme o Regulamento de Listagem do Novo Mercado, Conselheiro(s) Independente(s) caracteriza(m)-se por: (i) não ter(em) qualquer vínculo com a Companhia, exceto participação de capital; (ii) não ser(em) Acionista(s) Controlador(es), cônjuge(s) ou parente(s) até segundo grau daquele, ou não ser(em) ou não ter(em) sido, nos últimos 3 anos, vinculado(s) a sociedade ou entidade relacionada ao Acionistas Controladores (pessoas vinculadas a instituições públicas de ensino e/ou pesquisa estão excluídas desta restrição); (iii) não ter(em) sido, nos últimos 3 anos, empregado(s) ou diretor(es) da Companhia, do Acionistas Controladores ou de sociedade controlada pela Companhia; (iv) não ser(em) fornecedor(es) ou comprador(es), direto(s) ou indireto(s), de serviços e/ou produtos da Companhia em magnitude que implique perda de independência; (v) não ser(em) funcionário ou administrador de sociedade ou entidade que esteja oferecendo ou demandando serviços e/ou produtos à Companhia; (vi) não ser(em) cônjuge(s) ou parente(s) até segundo grau de algum administrador da Companhia; e (vii) não receber(em) outra remuneração da Companhia além da de conselheiro (proventos em dinheiro oriundos de participação de capital estão excluídos desta restrição). Serão ainda considerados Conselheiros Independentes aqueles eleitos por meio das faculdades previstas no artigo 141, parágrafos 4º e 5º da Lei 6.404/76. Conselho de Administração O conselho de administração da Companhia. Contrato de Colocação “Instrumento Particular de Contrato de Coordenação, Garantia Firme de Liquidação e Colocação de Ações Ordinárias de Emissão da SLC Agrícola S.A.”, celebrado entre a Companhia, os Acionistas Vendedores, os Coordenadores da Oferta e a CBLC. Contrato de Estabilização “Instrumento Particular de Contrato de Prestação de Serviços de Estabilização de Preço de Ações Ordinárias de Emissão da SLC Agrícola S.A.”, celebrado entre a Companhia, os Acionistas Vendedores, o Coordenador Líder e o Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários. Controladas Fazenda Parnaíba S.A., Fazenda Planorte S.A., Fazenda Paiaguás S.A. e SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. Controlador Os Acionistas Controladores da Companhia, conforme a definição de acionista controlador prevista na Lei 6.404/76 e no Regulamento do Novo Mercado, conforme o caso. Controle Difuso Significa o poder de controle exercido por acionista detentor de menos de 50% do capital social. Significa, ainda, o poder de controle quando exercido por grupo de acionistas detentores de percentual superior a 50% do capital social, em que cada acionista detenha individualmente menos de 50% do capital social e desde que estes acionistas não sejam signatários de acordo de votos, não estejam sob controle comum e nem atuem representando um interesse comum. Coordenador Líder Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. 4 Termo ou expressão Significado Coordenadores da Oferta O Coordenador Líder e o Banco J.P. Morgan S.A., considerados conjuntamente. Coordenadores Contratados Bradesco, Banco do Brasil e CS Corretora. COPPEAD Instituto de pós-graduação e pesquisa Universidade Federal do Rio de Janeiro. Corretoras Consorciadas Denominação atribuída às sociedades corretoras membros da BOVESPA, subcontratadas pelos Coordenadores da Oferta, para fazer parte exclusivamente do esforço de colocação de Ações da Oferta perante Investidores Não-Institucionais. CPMF Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira. CS Corretora Credit Suisse (Brasil) S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários. CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. CVM Comissão de Valores Mobiliários. Data de Liquidação O terceiro dia útil contado da publicação do Anúncio de Início. Data de Liquidação das Ações Suplementares O terceiro dia útil após o exercício da Opção de Ações Suplementares. Derivativos Títulos e valores mobiliários negociados em mercados de liquidação futura ou a termo, ou outros ativos tendo por lastro ou objeto valores mobiliários de emissão da Companhia. Diretoria A diretoria da Companhia. Dólar, Dólares ou US$ A moeda corrente nos Estados Unidos da América. EBITDA O EBITDA é uma medição não contábil elaborada por nós, visando a apresentar uma medida do nosso desempenho econômico operacional. O nosso EBITDA é definido como o lucro líquido antes dos impostos, das despesas financeiras líquidas, das despesas de depreciação e amortização. O EBITDA não é reconhecido pelo US GAAP e pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não representa o fluxo de caixa para os períodos apresentados, não devendo ser considerado como base para distribuição de dividendos, alternativa para o lucro líquido como indicador do desempenho operacional ou para o fluxo de caixa ou, ainda, como indicador de liquidez, tampouco é um indicador de performance. O EBITDA não possui um significado padrão e a nossa definição de EBITDA não pode ser comparada com o EBITDA apresentado por outras companhias. EBITDA Ajustado O EBITDA Ajustado é o EBITDA adicionado o resultado líquido das operações de hedge, resultado com equivalência patrimonial, participações de minoritários e reversão de juros sobre capital próprio. 5 em Administração da Termo ou expressão Significado Embrapa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Ernst & Young Ernst & Young Auditores Independentes S.S. ERP Enterprise Resource Planning. Plataforma de software para integrar os diversos departamentos de uma empresa possibilitando automação e armazenamento de todas as informações dos nossos negócios. Esalq Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Estatuto Social O estatuto social da Companhia. EUA ou Estados Unidos Estados Unidos da América. Evaux Evaux Participações S.A. FAO Food and Agriculture Organization, das Nações Unidas. Ferramentas Gerais Ferramentas Gerais Máquinas e Materiais Elétricos Ltda. FGSA Ferramentas Gerais Comércio e Importação S.A. FINAME Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas Equipamentos Industriais, administrado pelo BNDES. FINAME Agrícola Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas Equipamentos Industriais, administrado pelo BNDES e destinado ao setor agropecuário. FOB Free on Board ou Livre a Bordo, nesta condição de venda, correm por conta do exportador todas as providências e custos necessários para a colocação da mercadoria a bordo do navio, tais como: preparação e embalagem da mercadoria; obtenção dos documentos para embarque; transporte e seguro desde a fazenda até o local de embarque; despesas portuárias (capatazia, armazenagem, taxas de despacho e o desembaraço alfandegário da mercadoria no porto de embarque). Ficam por conta do importador o frete e o seguro internacionais, além das providências para desembaraço da mercadoria no porto de desembarque em seu país. FAT Fundo de Amparo do Trabalhador. FNE Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste. FCO Fundo Constitucional do Centro-Oeste. Grupo SLC SLC Participações S.A., Evaux Participações S.A., SLC Agrícola S.A., Ferramentas Gerais Comércio e Importação S.A., Ferramentas Gerais Máquinas e Materiais Elétricos Ltda., SLC Mercantil de Cereais Ltda., SLC Alimentos S.A., SLC Comercial Ltda., Ouro Verde Turist Hotel Ltda., Personal S.A. e Uniflex Ltd. Ha Hectare: Unidade de medida agrária, equivalente a 100 ares ou 1 hectômetro quadrado. 6 Termo ou expressão Significado IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. ICAC International Cotton Advisory Committee. ICMS Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação. IFRS International Financial Reporting Standards, ou padrões internacionais de contabilidade. IGP-M Índice Geral de Preços - Mercado, calculado e divulgado pela Fundação Getulio Vargas. Início das Negociações Data de início de negociação das ações ordinárias de emissão da Companhia. INPI Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Instituições Participantes da Oferta Coordenadores da Oferta, Coordenadores Contratados e Corretoras Consorciadas. Instrução CVM 325 Instrução nº 325 da CVM, de 27 de janeiro de 2000. Instrução CVM 400 Instrução nº 400 da CVM, de 29 de dezembro de 2003. Investidores Institucionais Pessoas físicas e jurídicas; inclusive clubes de investimento registrados na BOVESPA, cujas ordens específicas de investimento representem valores que excedam o limite máximo estabelecido para Investidores Não-Institucionais, fundos de investimento, carteiras administradas, fundos de pensão, entidades administradoras de recursos de terceiros registradas na CVM, entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central, condomínios destinados à aplicação em carteira de títulos e valores mobiliários registrados na CVM e/ou na BOVESPA, seguradoras, entidades de previdência complementar e de capitalização, pessoas jurídicas não financeiras com patrimônio líquido superior a R$5,0 milhões e os investidores residentes no exterior que participem da Oferta segundo as normas da Resolução CMN 2.689 e da Instrução CVM 325. Investidores Não-Institucionais Pessoas físicas e jurídicas, residentes e domiciliadas no Brasil, que não sejam consideradas Investidores Institucionais, e clubes de investimento registrados na BOVESPA em ambos os casos, que realizarem Pedido de Reserva no âmbito da Oferta de Varejo, observados os valores mínimo e máximo de investimento para tais investidores. IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, divulgado pelo IBGE. IRF Imposto de renda retido na fonte. IRPJ Imposto de renda pessoa jurídica. JP Morgan Banco J.P. Morgan S.A. 7 Termo ou expressão Significado Lei 10.101/00 Lei nº 10.101, de 10 de dezembro de 2000. Lei 4.131/62 Lei nº 4.131, de 3 de setembro de 1962. Lei 6.385/76 Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976. Lei das Sociedades por Ações ou Lei 6.404/76 Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada. Libra A libra internacional, abreviatura "lb" ou por vezes # nos Estados Unidos, é a unidade de massa definida como exatamente 0,45359237 quilos (ou 453,59237 gramas). LMC LMC International Ltd. (anteriormente Landell Mills Commodities Studies), empresa especializada em estudos econômicos e de marketing voltados para commodities e seus derivados nos mercados industrial e de alimentos. MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Margem EBITDA Ajustado É o quociente obtido pela divisão do EBITDA Ajustado pela receita líquida. Maturidade Produtiva Característica própria das fazendas que possuem nível elevado de correção da fertilidade do solo, alta estabilidade produtiva e menor custo de produção. MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. MODERAGRO Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais. MODERINFRA Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem. n.a. Não se aplica. Novo Mercado Segmento especial de negociação de valores mobiliários da BOVESPA. NYBOT New York Board of Trade. Oferta de Varejo Oferta realizada aos Investidores Não-Institucionais. Oferta Institucional Oferta realizada aos Investidores Institucionais. Oferta Primária Distribuição de 22.000.000 de novas Ações de emissão da Companhia no âmbito da Oferta. Oferta Pública ou Oferta A oferta pública de distribuição das Ações. Oferta Secundária Distribuição de 8.437.500 Ações de emissão da Companhia e de titularidade da Ferramentas Gerais no âmbito da Oferta. 8 Termo ou expressão Significado OIC Organização Internacional do Café, ou ICO, International Coffee Organization. ONU Organização das Nações Unidas. Opção de Ações Suplementares Opção a ser outorgada pela SLC Participações ao Coordenador Líder, a ser por ele exercida de comum acordo com o JP Morgan, para distribuição de lote suplementar de ações ordinárias de emissão da Companhia, equivalente a até 15% das Ações inicialmente ofertadas, nas mesmas condições e preço das Ações inicialmente ofertadas. As Ações Suplementares serão destinadas a atender a um eventual excesso de demanda que venha a ser constatado no decorrer da Oferta. A Opção de Ações Suplementares poderá ser exercida pelo Coordenador Líder, após consulta ao JP Morgan, no prazo de até 30 dias. OPEP Organização dos Países Exportadores de Petróleo. Pedido de Reserva Os pedidos de reserva das Ações, excluídas as Ações Suplementares, realizados pelos Investidores Não-Institucionais nos termos do Contrato de Colocação e que foram ser preenchidos durante o Período de Reserva. PEPRO Prêmio Equalizador Pago ao Produtor, programa do Governo Federal. Período de Colocação Período que se inicia na data de publicação do Anúncio de Início e se encerra na Data de Liquidação. Período de Reserva O período de 1º de junho de 2007 a 12 de junho de 2007, inclusive, para os Investidores Não-Institucionais efetuarem seus Pedidos de Reserva. Período de Reserva para Pessoas Vinculadas Período de Reserva que compreendeu exclusivamente o dia 1º de junho de 2007. Pessoas Vinculadas Investidores que sejam (i) controladores ou administradores da Companhia, (ii) controladores ou administradores das Instituições Participantes da Oferta, ou (iii) outras pessoas vinculadas à Oferta, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros, seus ascendentes, descendentes e colaterais até o segundo grau. PIB Produto Interno Bruto. PIS Programa de Integração Social. Placement Facilitation Agreement Contrato celebrado entre a Companhia, os Acionistas Vendedores e os Agentes de Colocação Internacional referente aos esforços de colocação das Ações no exterior. Práticas Contábeis Adotadas no Brasil As práticas adotadas no Brasil, emanadas da Lei 6.404/76 das normas e regulamentos da CVM e das normas de contabilidade adotadas pelo Instituto de Auditores Independentes do Brasil. 9 Termo ou expressão Significado Prazo de Distribuição Prazo para distribuição das Ações, que será de até seis meses contados a partir da data da publicação do Anúncio de Início da Oferta ou até a data da publicação do Anúncio de Encerramento da Oferta, o que ocorrer primeiro, conforme previsto no art. 18 da Instrução CVM 400. Prazo de Exercícioda Opção de Ações Suplementares Prazo de até 30 dias contados a partir do Início das Negociações, inclusive, ou seja, o dia seguinte à publicação do Anúncio de Início. Preço por Ação R$14,00. Procedimento de Bookbuilding Procedimento de coleta de intenções de investimento conduzido pelos Coordenadores da Oferta, em consonância com o disposto no artigo 44 da Instrução CVM 400. Prospecto Preliminar Prospecto Preliminar de Distribuição Pública Primária e Secundária de Ações Ordinárias de Emissão da Companhia. Prospecto ou Prospecto Definitivo Este Prospecto Definitivo de Distribuição Pública Primária e Secundária de Ações Ordinárias de Emissão da Companhia. Regra 144A Rule 144A do U.S. Securities Act of 1933, dos Estados Unidos da América. Regulamento do Novo Mercado Regulamento que disciplina os requisitos para negociação de valores mobiliários de companhias abertas no Novo Mercado, estabelecendo regras de listagem diferenciadas para essas companhias, seus administradores e seu acionista controlador. Regulamento da Câmara de Arbitragem do Mercado Regulamento da Câmara de Arbitragem do Mercado, incluindo suas posteriores modificações, que disciplina o procedimento de arbitragem ao qual serão submetidos todos os conflitos estabelecidos na Cláusula Compromissória inserida no Estatuto Social da Companhia e que consta dos termos de anuência dos Administradores e dos Controladores. Regulamento S Regulation S do U.S. Securities Act of 1933, dos Estados Unidos da América. Resolução CMN 2.689/00 Resolução nº 2.689, do Conselho Monetário Nacional, de 26 de janeiro de 2000. Resolução CMN 2.829/01 Resolução nº 2.829, do Conselho Monetário Nacional, de 30 de março de 2001. Restrição à Venda de Ações (“Lock-up”) A Companhia, cada um dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria e os Acionistas Vendedores celebrarão acordos de restrição à venda de ações de emissão da Companhia, por meio dos quais concordarão, sujeitos a algumas exceções, em não emitir, oferecer, vender, contratar a venda, dar em garantia ou de qualquer outra forma alienar, direta ou indiretamente, quaisquer ações de emissão da Companhia por um prazo de até 180 dias contados da data de publicação do Prospecto Definitivo, exceto com relação às Ações Suplementares. 10 Termo ou expressão Significado Adicionalmente, de acordo com as regras do Novo Mercado, o Acionista Controlador, os membros do Conselho de Administração e da Diretoria da Companhia listada no Novo Mercado não podem vender e/ou ofertar à venda ações de emissão da companhia, ou derivativos lastreados nestas ações, de que eram titulares imediatamente após a efetivação da primeira distribuição pública de ações da companhia, durante os primeiros seis meses subseqüentes à primeira distribuição pública de ações da companhia após a assinatura do Contrato do Novo Mercado. Após este período inicial de seis meses, o Acionista Controlador, os membros do Conselho de Administração e da Diretoria não podem vender e/ou ofertar à venda mais do que 40% de suas ações ordinárias, ou derivativos lastreados em ações em emissão da companhia de que eram titulares imediatamente após a efetivação da distribuição anteriormente mencionada, por seis meses adicionais. Não obstante as operações vedadas durante o Período de Lock-up por força dos referidos contratos assinados pela Companhia, pelos Acionistas Vendedores, pelos membros de Conselho de Administração e da Diretoria da Companhia que detiverem ações na data deste Prospecto (“Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações”), as seguintes transferências de Valores Mobiliários, nos termos dos contratos assinados com os Agentes de Colocação Internacional na data deste Prospecto, serão permitidas (“Transferências Permitidas”): (a) transferência a título de doações em boa-fé a familiares, organizações sem fins lucrativos ou instituições de caridade ou fundações particulares (trust), desde que o donatário se vincule por escrito à restrição à transferência de ações e confirme estar em conformidade com referidos contratos a serem assinados pelos Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações; (b) transferência de Valores Mobiliários para qualquer pessoa da qual os Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações ou suas subsidiárias, afiliadas ou familiares diretos sejam beneficiários diretos ou indiretos, desde que tal pessoa se vincule por escrito à restrição à transferência de ações e confirme estar em conformidade com referidos contratos a serem assinados pelos Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações e desde que não se trate de transferência onerosa; (c) transferência para qualquer pessoa titular de ações ou quotas dos Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações na data imediatamente anterior à publicação do Anúncio de Início, bem como para as subsidiárias e afiliadas de tais pessoas, desde que esta se vincule por escrito à restrição à transferência de ações e confirme estar em conformidade com referidos contratos a serem assinados pelos Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações; (d) a transferência de Valores Mobiliários a um corretor, no contexto da realização de atividades de formador de mercado, de acordo com a legislação aplicável, inclusive com a Instrução CVM nº 384, de 17 de março de 2003, e com o Código de Auto-Regulação da Associação Nacional dos Bancos de Investimento – ANBID, para as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários; 11 Termo ou expressão Significado (e) transferência de Valores Mobiliários por Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações após a obtenção de autorização prévia por escrito dos Agentes de Colocação Internacional; e (f) o empréstimo de Valores Mobiliários por Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações aos Coordenadores da Oferta ou a quaisquer entidades indicadas por eles com a finalidade de permitir a realização de atividades de estabilização do preço das ações de emissão da Companhia ao Preço por Ação, quando aplicável. SEC Securities and Exchange Commission, órgão regulador do mercado de valores mobiliários dos Estados Unidos da América. SECEX Secretaria de Comércio Exterior. Securities Act U.S. Securities Act of 1933 dos Estados Unidos da América. Segunda safra O plantio e a colheita de uma cultura, em adição à safra principal dessa mesma cultura, realizada em um mesmo Ano-safra. SELIC Sistema Especial de Liquidação e Custódia. SLC Agrícola SLC Agrícola S.A. SLC Empreendimentos SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. SLC Participações SLC Participações S.A. SNPA Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária. STF Supremo Tribunal Federal. STJ Superior Tribunal de Justiça. Taxa DI Taxa média diária de depósitos interfinanceiros expressa na forma percentual ao ano, calculada e divulgada pela CETIP e expressa em taxa efetiva anual. TJLP Taxa de Juros de Longo Prazo, expressa na forma percentual ao ano, determinada pelo CMN. Trademap Trade Statistics for International Business Development. UNCTAD United Nations Conference on Trade and Development. USDA United States Department of Agriculture, sendo dados informados neste prospecto atualizados até abril 2007. US GAAP Princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América. Utz Kapeh Organismo internacional sediado na Holanda, que certifica o café produzido por empresas que (i) atendem as exigências nacionais quanto aos direitos humanos e à responsabilidade ambiental no campo; (ii) aplicam somente agroquímicos permitidos e não-nocivos aos seus funcionários, consumidores e meio ambiente; e (iii) atendem aos critérios de higiene e proteção na produção beneficiamento. 12 APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OUTRAS INFORMAÇÕES Referências à “Companhia”, “SLC Agrícola” e “nós” devem ser entendidas como referências à SLC Agrícola S.A. e às suas controladas consolidadas. As nossas controladas consolidadas são: Fazenda Parnaíba S.A.; Fazenda Planorte S.A.; Fazenda Paiaguás S.A.; e SLC Empreendimentos. Demonstrações Financeiras Elaboramos e apresentamos as nossas demonstrações financeiras e informações financeiras interinas consolidadas de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, observando as diretrizes contábeis emanadas da legislação societária e nas normas da CVM. Os balanços patrimoniais e as demonstrações de resultado consolidados relativos aos exercícios sociais findos em 31 de dezembro de 2002, 2003, 2004, 2005 e 2006 foram obtidos a partir das nossas demonstrações financeiras auditadas pela Ernst & Young. As demonstrações financeiras relativas aos exercícios sociais findos em 31 de dezembro de 2004, 2005 e 2006 auditadas pela Ernst & Young estão incluídas no “Anexo E” a este Prospecto. Os balanços patrimoniais e as demonstrações de resultado consolidados relativos aos períodos de três meses findos em 31 de março de 2007 e 2006 foram obtidos a partir do relatório de revisão limitada da Ernst & Young, incluídas no “Anexo F” a este Prospecto. Em 2006 efetuamos o estorno do valor de reavaliação anteriormente considerada em nosso ativo imobilizado, sendo o saldo naquela data, apresentado conforme os respectivos custos de aquisição, formação ou construção. Para permitir comparabilidade com as demonstrações financeiras de 2006, procedemos aos ajustes necessários nos exercícios de 2005, 2004, 2003 e 2002, expurgando os valores de reavaliação anteriormente considerados. Exercício social e ano-safra Nosso exercício social inicia-se em 1º de janeiro e encerra-se em 31 de dezembro de cada ano. Porém, a nossa produção é baseada no ano-safra de cada uma de nossas culturas. O ano-safra varia em função da cultura e do clima. Com a diversificação geográfica de nossas fazendas, é comum que o plantio de uma determinada cultura comece mais cedo em uma fazenda do que em outra, acarretando mudanças no calendário das respectivas colheitas também. O gráfico abaixo tem como objetivo demonstrar o ano-safra de cada uma de nossas culturas e inclui o período abrangido entre o primeiro dia do primeiro plantio de determinada cultura em nossas fazendas e o último dia da última colheita da mesma cultura em nossas fazendas. Sendo assim, pode-se verificar, pela tabela abaixo, que o ano-safra da nossa cultura de algodão iniciase em 1º de novembro de cada ano e encerra-se em 31 de outubro do ano subseqüente. A segunda safra da nossa cultura de algodão coincide com o período do ano-safra da safra principal do algodão. O ano-safra da nossa cultura de soja inicia-se em 1º de junho de cada ano e encerra-se em 31 de maio do ano subseqüente. O ano-safra da nossa cultura de milho inicia-se em 1º de junho de cada ano e encerra-se em 31 de maio do ano subseqüente. A segunda safra da nossa cultura de milho inicia-se em 1º de fevereiro e encerra-se em 31 de julho de cada ano. O ano-safra da nossa cultura de café inicia-se em 1º de novembro de cada ano e encerra-se em 31 de outubro do ano subseqüente. 13 A tabela abaixo demonstra os anos safra de nossas principais culturas de forma consolidada: Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Período de safra Jan Fev Mar Abr Mai Jun Algodão Algodão 2° Safra Jul Ago Set Out Soja Milho Milho 2° Safra Café Pesos e Medidas do Setor Agrícola Os pesos e medidas usados na agricultura variam de acordo com cada cultura e país produtor. Com o objetivo de permitir a comparabilidade dos nossos dados operacionais com os dados operacionais do mercado doméstico e internacional, consolidamos na tabela abaixo a correspondência entre os principais pesos e medidas utilizados no setor agrícola brasileiro e internacional: Pesos e Medidas Usados na Agricultura 1 tonelada 1 kg 1 libra 1 acre 1 acre 1 hectare 1 hectare 1 alqueire 1.000 kg 2,20462 libras 0,45359 kg 0,40469 hectares 0,1840 alqueire 2,47105 acres 10.000 m² 5,4363 acres Soja e Trigo 1 bushel de soja 1 saca de soja 1 bushel/acre 1,00 dólar/bushel 60 libras 60 kg 67,25 kg/ha 2,2046 dólar/saca 27,2155 kg 2,20462 bushels 56 libras 60 kg 62,77 kg/ha 2,3621 dólar/saca 25,4012 kg 2,36210 bushels 480 libras 14,68 kg* 217,72 kg 60 kg 1,3228 dólar/saca 132,28 libras Milho 1 bushel de milho 1 saca de milho 1 bushel/acre 1,00 dólar/bushel Algodão 1 fardo 1 arroba Café 1 saca de café 1,00 U$cents/libra * O mercado e a nossa Companhia consideram 15,00Kg. Informações de Mercado As informações contidas neste Prospecto em relação ao Brasil e à economia brasileira ou ao setor agrícola interno e externo são baseadas em dados publicados pelo BACEN, CONAB, MAPA, USDA, FAO, IBGE, ONU e por demais órgãos públicos e outras fontes independentes. A nossa Companhia, os Acionistas Vendedores e os Coordenadores da Oferta não assumem qualquer responsabilidade pela precisão ou suficiência de tais indicadores do setor agrícola. Arredondamentos Determinados valores e percentuais incluídos neste Prospecto foram submetidos a arredondamento e, assim sendo, os totais apresentados em certas tabelas podem não ser precisos. 14 SUMÁRIO Apresentamos a seguir um sumário de nossas atividades, baseado nas informações constantes deste Prospecto. Por tratar-se de um sumário, a presente seção não contém todas as informações que deverão ser levadas em consideração antes de uma decisão de investimento em nossas ações ordinárias. O investidor deverá ler todo o Prospecto cuidadosamente, incluindo as seções “Fatores de Risco” e “Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais” bem como as demonstrações financeiras e as respectivas notas explicativas, anexas a este Prospecto. Visão Geral da Nossa Companhia Acreditamos ser um dos maiores produtores agrícolas brasileiros em termos de área cultivada, com aproximadamente 117 mil hectares no ano-safra 2006/2007 (incluindo as culturas plantadas em segunda safra), uma produção de 354 mil toneladas no ano-safra 2005/2006 e receita líquida de R$211,1 milhões no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006. Atualmente: • somos o segundo maior produtor de algodão em pluma do Brasil em termos de área plantada no ano-safra 2006/2007 de acordo com dados da ABRAPA, representando um aumento de 11% em relação ao ano-safra anterior; • acreditamos ser um dos grandes proprietários de terras no Brasil, com 135 mil hectares de terras próprias em 31 de março de 2007; e, no ano-safra 2005/2006, acreditamos ter sido: • o quarto maior produtor de soja do Brasil em termos de área cultivada, com uma produção de 184 mil toneladas; e • o quarto maior produtor de milho do Brasil em termos de área cultivada, com uma produção de 70 mil toneladas. Nos últimos cinco anos, a nossa produtividade média de algodão e soja, calculada em termos de volume produzido por hectare, foi 69% e 23% respectivamente, superior às respectivas produtividades médias dos Estados Unidos, principal exportador mundial de algodão e o maior produtor de soja do mundo, e 26% e 31% superior às respectivas médias de algodão e soja do Brasil, segundos dados da Conab, do USDA e da nossa Companhia. 15 A tabela abaixo contém alguns de nossos principais indicadores financeiros e operacionais para os períodos indicados, extraídos de nossas demonstrações financeiras consolidadas: Dados Financeiros Receita Bruta ................... Algodão ..................... Soja ............................ Milho.......................... Café ........................... Outros ........................ Receita Líquida ................ Lucro Bruto ..................... Lucro Líquido................... (1) EBITDA Ajustado ........... Margem EBITDA (2) Ajustada (%) ............ (1) (2) Exercício Social encerrado em 31 de dezembro de 2002 2003 2004 2005 2006 (em milhares de R$) 183.611 100.351 60.365 14.156 – 8.739 167.741 64.496 22.991 69.163 233.122 116.881 84.285 17.664 1.792 12.500 212.670 95.917 55.579 95.311 282.595 150.732 103.696 14.322 6.407 7.438 255.372 104.111 45.222 102.691 259.981 142.226 86.004 17.241 8.187 6.323 234.337 12.296 (3.405) 39.454 228.527 113.702 73.803 18.640 5.488 16.894 211.148 2.031 (20.005) 24.705 43.320 26.221 12.071 1.250 362 3.416 39.486 2.859 (1.715) 6.558 66.202 26.962 25.511 1.090 3.888 8.751 61.202 17.126 6.702 19.437 41,23% 44,82% 40,21% 16,84% 11,70% 16,61% 31,76% O EBITDA é uma medição não contábil elaborada por nós, visando apresentar uma medida do nosso desempenho econômico operacional. O nosso EBITDA é definido como o lucro líquido antes dos impostos, das despesas financeiras líquidas, das despesas de depreciação e amortização. O EBITDA não é reconhecido pelos US GAAP e pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não representa o fluxo de caixa para os períodos apresentados, não devendo ser considerado como base para distribuição de dividendos, alternativa para o lucro líquido como indicador do desempenho operacional ou para o fluxo de caixa ou, ainda, como indicador de liquidez, tampouco é um indicador de performance. O EBITDA não possui um significado padrão e a nossa definição de EBITDA não pode ser comparada com o EBITDA apresentado por outras companhias. O EBITDA Ajustado é o EBITDA adicionado o resultado líquido das operações de hedge, resultado com equivalência patrimonial, participações de minoritários e reversão de juros sobre capital próprio. A Margem EBITDA Ajustado é o EBITDA Ajustado sobre a receita líquida. Produção 2001/2002 Ano-safra(3) 2002/2003 2003/2004 2004/2005 (milhares de toneladas) Algodão ............................................. Soja ................................................... Milho ................................................. Café................................................... Outros ............................................... Área 76,3 139,7 54,6 – 43,3 74,0 167,0 55,4 1,9 50,9 Cultivada ........................................... Própria ............................................... 74,7 118,7 81,1 123,3 (3) Período de três meses encerrado em 31 de março de 2006 2007 (não auditados) 102,1 104,3 173,6 189,7 60,4 64,1 1,7 1,9 33,9 17,5 (milhares de hectares) 90,1 123,5 102,1 123,2 2005/2006 88,7 184,0 70,5 3,1 7,8 104,5 124,5 Por características inerentes à produção agrícola, nosso período produtivo é classificado como ano-safra. O ano-safra de cada cultura está diretamente associado ao comportamento do clima das regiões em que atuamos, compreendendo o processo de plantio, desenvolvimento e colheita. O resultado de um ano-safra é refletido em nossas demonstrações financeiras em mais de um exercício social. Aproximadamente 80% das receitas de um ano-safra ocorrem dentro do exercício social em que se realiza a colheita e o restante da receita ocorrerá no exercício seguinte. Vide “Apresentação das Demonstrações Financeiras”. Nossa gestão profissionalizada destaca-se no setor agrícola brasileiro por sua qualificação, em contraposição a administração familiar de muitos de nossos concorrentes locais. Ao longo dos nossos 30 anos de operações desenvolvemos ampla experiência no processo de identificação e aquisição de fazendas com potencial de valorização e alta produtividade. Além disso, optamos por expandir a nossa produção em várias fazendas, e nos especializamos em adquirir terras cultiváveis em diferentes regiões do Cerrado, que apresentam condições excelentes para o cultivo do algodão e grãos. Como resultado de nossa expansão, atualmente possuímos oito fazendas estrategicamente localizadas em cinco estados do Cerrado, onde os solos são profundos, bem drenados, com forte estruturação física e topografia plana, permitindo a utilização de máquinas de grande porte em todo o processo produtivo. O Cerrado é atualmente a região com melhor potencial produtivo do Brasil, e segundo a Embrapa, ainda há mais de 50 milhões de hectares disponíveis para expansão agrícola. 16 Historicamente, investimos em pesquisa e desenvolvimento visando à diminuição de custos e melhoria de produtividade. Para isso, nos últimos três anos, destinamos ao desenvolvimento de pesquisa própria e por meio de convênios com a Embrapa e fundações estaduais de pesquisa: 675 hectares, R$2,4 milhões e equipe própria, formada por quatro agrônomos e quatorze técnicos agrícolas, o que nos permite acessar e participar das principais pesquisas e desenvolvimentos do setor. Nosso investimento em pesquisa e desenvolvimento nos proporciona um adequado ajuste no pacote tecnológico em termos de dosagem de fertilizantes e corretivos, escolha das melhores variedades de cada cultura, definição da melhor época de plantio e manejo mais adequado da cultura, resultando em maior produtividade. Por conta do nosso relacionamento de mais de 28 anos com a John Deere, incluindo uma joint-venture para a produção de colheitadeiras e tratores de 1979 a 1999, somos os primeiros no País a testar novas máquinas e implementos por ela desenvolvidos. Essa parceria nos ajudou a conquistar o domínio tecnológico que hoje nos diferencia no setor agrícola. O mapa abaixo indica a localização das nossas fazendas, bem como de nossa administração central, áreas cultivadas e principais produtos: Fazenda Palmeira Localização: Buriti-MA Área Plantada: 3.957 hectares Principais Culturas: Soja Fazenda Planeste Localização: Balsas-MA Área Plantada: 19.422 hectares Principais Culturas: Soja, Algodão e Milho segunda safra São Luís Fazenda Planorte Localização: Sapezal-MT Área Plantada: 14.908 hectares Principais Culturas: Soja, Algodão e Milho segunda safra Fazenda Paiaguás Localização: Diamantino-MT Área Plantada: 29.052 hectares Principais Culturas: Soja, Algodão e Milho segunda safra Fazenda Parnaíba Localização: Tasso Fragoso-MA Área Plantada: 19.668 hectares Principais Culturas: Soja e Algodão Cuiabá Brasília Goiânia Fazenda Panorama Localização: Correntina-BA Não operacional Campo Grande Fazenda Planalto Localização: Costa Rica-MS Área Plantada: 18.954 hectares Principais Culturas: Soja, Algodão e Milho segunda safra Fazenda Pamplona Localização: Cristalina-GO Área Plantada: 11.266 hectares Principais Culturas: Soja, Algodão, Milho e Café Porto Alegre Administração Central Localização: Porto Alegre-RS Cerrado Brasileiro No ano-safra 2005/2006, aproximadamente 51% do total da nossa produção foi destinada ao mercado externo, enquanto 49% foi destinada ao mercado interno. O escoamento de nossa produção é realizado em parte por meio de uma frota contratada, que faz a entrega aos nossos clientes e aos portos de onde serão exportados nossos produtos, sendo que parte de nossa produção é retirada diretamente em nossas fazendas. Temos capacidade total de armazenagem em nossas fazendas de aproximadamente 50% dos grãos e 69% do algodão em pluma que produzimos, por ano-safra. 17 Vantagens Competitivas do Brasil no Setor Agrícola O Brasil é um importante produtor mundial de commodities agrícolas e apresenta condições naturais favoráveis e vantagens competitivas para a produção de uma ampla gama de produtos: • Condições Ambientais Favoráveis. O setor agrícola brasileiro se beneficia das condições climáticas, geográficas e geológicas do País, que proporcionam solos com alto potencial produtivo, temperaturas estáveis, níveis adequados de precipitação ao longo do ano, grande disponibilidade de recursos hídricos e energia solar abundante. Esses fatores são determinantes para a constituição de um cenário propício ao cultivo de grãos e algodão com qualidade para atender ao mercado internacional. Nas áreas no Cerrado, as condições climáticas e o uso de tecnologias de solo permitem alta produtividade do algodão de qualidade, soja, milho, e café de qualidade. Além disso, em algumas regiões do País, ao contrário do que acontece nos principais países concorrentes do Brasil, é possível a colheita de duas safras em determinadas culturas (soja/milho, soja/algodão) ao longo do ano, o que garante um melhor aproveitamento da terra e a diluição de nossa estrutura de custos. • Alto potencial de crescimento da produção. O Brasil é um dos poucos países que ainda possui grandes reservas de áreas agriculturáveis, com terras disponíveis a custos atrativos. Segundo o MAPA, o Brasil utiliza apenas 73% do potencial de 388 milhões de hectares da sua área disponível para a agropecuária, havendo, ainda, 106 milhões de hectares adicionais disponíveis tanto para a agricultura quanto para a pecuária. Em 2004, de acordo com informações divulgadas pelo MAPA, o Brasil participou com apenas 3,89% (em termos de receita das exportações) do comércio mundial do agronegócio e tem possibilidades de suprir uma parcela importante da demanda adicional futura de fibras, alimentos e biocombustíveis a preços competitivos. Os principais concorrentes do Brasil nos diversos segmentos que atuamos não possuem uma combinação tão vantajosa de áreas aptas não-cultivadas, recursos humanos e econômicos disponíveis, e domínio de tecnologias para produzir nessas terras ainda nãocultivadas. Adicionalmente, o uso do milho para a produção de etanol nos Estados Unidos vem aumentando aceleradamente a demanda por esse cereal, o que deverá reduzir as exportações norte-americanas de milho, podendo abrir um importante mercado de exportação para os países produtores de milho, como Brasil. • Baixo custo de produção. O custo de produção de commodities agrícolas no Brasil é baixo em comparação aos principais concorrentes, pois se beneficia (i) das condições ambientais favoráveis, com menor necessidade de investimentos em irrigação; (ii) da disponibilidade de terras agriculturáveis a preços baixos; (iii) do bom nível de desenvolvimento tecnológico; (iv) das economias de escala, geradas pelo alto volume de produção; e (v) do baixo custo de mãode-obra, o que contribui para a competitividade global dos produtores brasileiros no mercado internacional. • Escala e crescimento. Atualmente, segundo os dados do USDA, no ano-safra mundial 2005/2006, o Brasil é o quinto maior produtor de algodão; o segundo maior produtor e o maior exportador de soja (em todas as suas formas); o terceiro maior produtor de milho; e o maior produtor e exportador de café. Segundo dados da Conab, as produções anuais brasileiras de algodão, soja, milho e café cresceram, respectivamente, à média de 16,2%, 6,9%, 9,6% e 12,7% nos últimos cinco anos, incluindo-se as projeções do órgão para a safra de 2006/2007. Essas vantagens competitivas no mercado brasileiro resultam numa grande oportunidade para suprir a maior demanda global por produtos agrícolas. O crescimento da população mundial, o aumento de renda per capita e os aumentos contínuos no preço do petróleo e de seus derivados, resultam em uma maior demanda por nossos produtos agrícolas, tanto para alimentação quanto para o uso em novas fontes de energia renováveis, tais como o álcool e biodiesel. 18 A estrutura de transporte e logística no Brasil é deficiente e carece de maiores investimentos. Contudo, o Governo Federal tem demonstrado interesse em investir (ou estimular o investimento pelo setor privado) na infra-estrutura brasileira de transportes, o que poderia reduzir nossos custos de transporte e logística. Apesar da infra-estrutura de transporte deficitária, a nossa alta produtividade e baixo custo de produção auxiliam na competitividade do nosso produto no mercado internacional. Nossos Pontos Fortes e Vantagens Competitivas Acreditamos que os seguintes pontos fortes e vantagens competitivas podem nos permitir manter a nossa posição destacada no negócio agrícola nacional, com altas taxas de crescimento e rentabilidade: • Alta produtividade. Nossa produtividade é superior às médias nacional e norte-americana nas culturas de algodão e soja, com base em dados da Conab sobre a média nacional e do USDA sobre a média norte-americana. Na cultura de milho, temos produtividade superior em mais de duas vezes à média nacional e em nível equivalente à média norte-americana, com base nos mesmos dados. Nossa alta produtividade deve-se, principalmente, a (i) nossa estrutura de custos e ciclo operacional eficiente; (ii) nossa tecnologia de produção, com alta mecanização do processo de plantio e colheita; (iii) utilização do sistema de rotação de culturas, que nos proporciona menor incidência de pragas e doenças, e uso mais eficiente das adubações e uso sustentável dos defensivos; (iv) domínio da técnica do plantio direto, sistema de plantio sem revolvimento do solo, que reduz a níveis insignificantes as perdas de solo, água e nutrientes e o custo de produção, devido à menor utilização de máquinas na lavoura; (v) nossa experiência na correção da composição química do solo e na seleção de sementes; (vi) nosso domínio do pacote tecnológico de insumos, que nos permite máxima eficiência técnica; e (vii) fatores climáticos e geográficos, que estão fora de nosso controle. Além disso, esperamos que a introdução dos transgênicos, caso aprovada pelo Governo Federal e observadas as condicionantes impostas pelos órgãos governamentais, aumente a nossa produtividade e reduza os nossos custos médios, principalmente com defensivos agrícolas. Seguem abaixo alguns destaques da produtividade média dos últimos cinco anos de nossas fazendas: Nossa fazenda de melhor produtividade Algodão em pluma.......... Soja ................................ Milho .............................. (1) (2) (3) (4) 1.637 3.461 9.326 Nossa média Média geral(1) nacional(2) Quilos por hectare 1.426 1.137 3.248 2.472 8.703 3.212 Média NorteAmericana(3) (4) 849 2.646 9.014 A diferença entre a média das fazendas destacadas e a média global das nossas fazendas resulta em parte do fato de que algumas de nossas fazendas não atingiram sua maturidade produtiva. Acreditamos que ao alcançar maturidade, a produtividade dessas fazendas deve aumentar. Atualmente, 83% de nossa área cultivada já atingiu a maturidade produtiva. CONAB USDA. A produtividade norte-americana reflete os benefícios gerados pela utilização de transgênicos, que ainda não se encontram refletidos nem em nossa produção, nem na produção brasileira como um todo. • Localização Estratégica e Diversificada de Propriedades. Nosso portfólio de propriedades é diversificado, com a localização estratégica de nossas oito fazendas em cinco estados do Cerrado: Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Bahia. A diversificação da localização de nossas propriedades minimiza os potenciais riscos climáticos regionais e os relacionados a conflitos agrários, nos permite o aproveitamento de linhas de financiamento de bancos regionais, bem como a flexibilidade na escolha do que produzir. Adicionalmente, dado que nenhuma de nossas fazendas concentra mais do que 25% de nossa produção de nossas principais culturas, minimizamos o risco de perdas relevantes decorrentes de pragas e doenças, já que existe menor probabilidade de que pragas e doenças afetem fazendas em diferentes regiões numa só época. 19 • Modelo de negócios replicável e com escala. Nosso modelo de negócios é baseado na padronização da produção em nossas diversas fazendas, que incluem a adoção de instalações físicas, infra-estrutura, equipamentos, organograma operacional e gestão administrativa padronizados, que nos permitem (i) aumentar e gerenciar várias unidades produtivas com eficiência; (ii) reduzir os custos de operação; (iii) controlar de forma mais eficiente a qualidade de nossos produtos; e (iv) implementar nosso plano de expansão de forma eficiente, mediante a aquisição de áreas cultiváveis a preços atrativos e a replicação de nosso modelo de negócio em novas localidades. Nosso modelo de negócio padronizado nos permite ainda atingir a maturidade produtiva de novas terras mais rapidamente. Por acreditar ser um dos maiores produtores agrícolas do Brasil, nos beneficiamos dos ganhos de escala e, conseqüentemente, da redução de custo dos insumos, maquinários e preço do frete. • Portfólio Diversificado e Flexível de Culturas. Produzimos algodão, soja, milho e café, culturas que (i) podem ser substituídas anualmente umas pelas outras em cenários de alteração de preços que justifiquem tal estratégia (com exceção do café); e (ii) nos garantem o adequado manejo de culturas, com a manutenção de um solo rico e fértil. Utilizamos o sistema de rotação de culturas em todas as nossas fazendas. Essa tecnologia nos proporciona taxas de retorno atrativas e benefícios ao sistema produtivo, como maior facilidade de controle de ervas daninhas, menor incidência de pragas e doenças e melhor aproveitamento dos maquinários e da equipe de colaboradores. Além disso, as culturas de soja, algodão e milho propiciam um uso mais eficiente da rotação de culturas, com aumento de produtividade e redução do custo de produção, por meio do aproveitamento do residual da adubação da cultura anterior e maior facilidade de controle de pragas e doenças pelas mudanças periódicas de defensivos. • Experiência na Compra de Terras com Potencial de Valorização. Ao longo da nossa história de crescimento, adquirimos ampla experiência no processo de avaliação e compra de novas fazendas em fronteiras agrícolas do País, com potencial de valorização e alta produtividade. Nosso banco de dados e nossa experiência e conhecimento “in loco” das regiões agrícolas brasileiras nos auxilia identificar fazendas com potencial de valorização com segurança e baixo risco. Temos história de sucesso de compra de terras baratas e com grande valorização. • Gestão profissionalizada qualificada e colaboradores comprometidos. Nossos administradores possuem larga experiência e profundo conhecimento do setor agrícola e de nossos processos de produção, assim como do mercado financeiro. Ao contrário de muitos de nossos concorrentes locais, cuja administração normalmente é familiar, nossa administração é composta por executivos de mercado, e destaca-se no setor agrícola brasileiro por sua qualificação. Além da experiência de mais de 30 anos no setor agrícola, o Grupo SLC atua há mais de 60 anos no setor industrial. Nossos funcionários de campo, em média, recebem 55 horas de treinamento por ano e participam de nossos resultados. Os interesses dos nossos colaboradores estão alinhados com os interesses e a cultura da nossa empresa, de maximizar os resultados, seguindo os nossos princípios de atendimento ao cliente com excelência, ética e inovação. Nossa Estratégia Nosso objetivo é expandir nossa produção com taxas de retorno atrativas para nossos acionistas. A seguir apresentamos os principais elementos da nossa estratégia: • Projeto Expansão. Pretendemos expandir nossa produção e produtividade, com um melhor aproveitamento de nossas propriedades e do potencial de crescimento no setor agrícola, por meio: • do arrendamento de áreas próximas às nossas fazendas. Como parte de nosso projeto de expansão, arrendamos e realizamos o plantio no ano-safra 2006/2007 de cinco mil hectares e estamos negociando o arrendamento de aproximadamente 19 mil hectares de terras produtivas adicionais, fronteiriças às nossas fazendas, o que representará um aumento de aproximadamente 22% de nossas áreas cultiváveis. O arrendamento de áreas próximas às nossas fazendas, com o aumento da área de plantio, torna possível o incremento da produção com a utilização da estrutura existente e a conseqüente diluição do nosso custo fixo e redução do custo unitário de produção; e 20 • da ampliação do cultivo da segunda safra. As condições climáticas e o domínio da tecnologia propiciam o plantio e colheita da segunda safra de algodão e milho em um mesmo ano-safra em quatro de nossas fazendas, o que permite o aumento da área de plantio, a redução do custo da unidade produzida e benefícios técnicos no manejo das culturas. Temos capacidade de ampliar o cultivo da segunda safra em nossas fazendas, o que permitiria um aumento de 22 mil hectares de nossa área plantada. A produtividade da segunda safra é menor que a produtividade da safra principal, em torno de 10 a 15% no algodão e 25 a 30% no milho, mas mesmo assim, como o custo por hectare é reduzido, o do custo do produto é menor. Pretendemos ainda explorar a segunda safra nas fazendas que viermos a adquirir. • Projeto Bahia. Iniciaremos o plantio de algodão para o ano-safra 2007/2008 na nova fazenda que adquirimos em dezembro de 2006, localizada nos municípios de São Desidério e Correntina, oeste do Estado da Bahia, com 23.600 hectares, dos quais 9.200 hectares são próprios e 14.400 são terras fronteiriças arrendadas com opção de compra, sendo que nossa área cultivada aumentará em 21.400 hectares. Nessa fazenda estimamos ampliar significativamente nossa produção de algodão, nosso produto mais rentável, e utilizaremos a técnica de rotação de culturas, principalmente com a soja e o milho. Tal investimento se justifica pelo aumento mundial da demanda de fibras têxteis de alta qualidade, pelas condições favoráveis para a produção do algodão de alta qualidade no estado da Bahia e pelo nosso conhecimento no cultivo desse produto. • Aquisição de novas fazendas e expansão da nossa produção. Por meio de uma análise de mercado que leva em consideração variáveis tais como tamanho, qualidade do solo, localização, região climática, altitude, topografia, preço por hectare e regularidade da documentação, entre outros, pretendemos identificar e adquirir propriedades no Cerrado que apresentem condições atrativas, potencial de valorização no mercado e sejam importantes para o desenvolvimento de nossas operações. Pretendemos, ainda, expandir a nossa produção de algodão, soja e milho nas fazendas que viermos a adquirir ou arrendar, utilizando o nosso modelo padronizado de negócios para atingir maturidade produtiva de forma rápida e rentável. • Redução contínua dos nossos custos operacionais e manutenção da alta produtividade sustentável. Pretendemos continuar a reduzir nossos custos operacionais, aumentando a nossa produtividade, por meio de investimentos adicionais em pesquisa e desenvolvimento voltadas ao aprimoramento de nossos sistemas de informação, à melhoria de nosso processo produtivo sustentável, a novas soluções relacionadas ao plantio e à colheita, bem como ao treinamento e educação continuada para nossos colaboradores. Atualmente também investimos na pesquisa sobre os benefícios trazidos pelos produtos transgênicos, tais como a redução de custos e menor incidência de pragas. Em 2002 iniciamos experimentos para avaliação do potencial da cana-de-açúcar em três das nossas fazendas, e pretendemos dar continuidade a esses experimentos de forma a futuramente aproveitar a crescente demanda por biocombustíveis no cenário mundial. Nossa História Nossa Companhia faz parte do Grupo SLC, fundado em 1945, na Cidade de Horizontina, Estado do Rio Grande do Sul, por três famílias de imigrantes alemães. O Grupo SLC criou a primeira indústria nacional de colheitadeiras automotrizes de grãos. Iniciamos as nossas atividades em 1977, com a compra da Fazenda Paineira, no município de Coronel Bicaco, Estado do Rio Grande do Sul, voltada ao cultivo de soja e trigo. Por meio de nosso relacionamento com a John Deere, estabelecido em 1979, fomos pioneiros na implementação da agricultura mecanizada no Brasil, com o uso de maquinário agrícola de alta tecnologia. Essa associação também influenciou a consolidação da nossa gestão profissionalizada, tendo sido um dos primeiros neste aspecto no mercado agrícola brasileiro. 21 Com o passar do tempo, decidimos aproveitar o potencial agrícola do Centro-Oeste, gradativamente mudando o foco de nossos investimentos em terras agriculturáveis da região Sul para o Cerrado. Atualmente, todas as nossas fazendas estão localizadas no Cerrado, tendo sido adquiridas nos seguintes anos: Pamplona (GO) Planalto (MS) Parnaíba (MA) Planorte (MT) Planeste (MA) Paiaguás (MT) Palmeira (MA) Panorama (BA) 1979 1985 1988 1994 1997 2000 2000 2006 Estrutura Societária O organograma abaixo apresenta a nossa estrutura societária na data da Oferta. Os percentuais representam a participação no capital votante e total das sociedades indicadas nos quadros: ****** Nossa sede encontra-se localizada na Rua Bernardo Pires, n° 128, 4º andar, na Cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, telefone (51) 3230-7799 e website www.slcagricola.com.br. As informações contidas em nosso endereço eletrônico não constituem parte integrante deste Prospecto. Para maiores informações, vide seção “Principais Acionistas e Acionistas Vendedores”. 22 SUMÁRIO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OPERACIONAIS SELECIONADAS Práticas Contábeis Adotadas no Brasil As tabelas constantes desta seção exibem dados financeiros selecionados, obtidos nas nossas demonstrações financeiras consolidadas elaboradas de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil. Ver “Apresentação das Informações Financeiras e Outras Informações”, juntamente com as respectivas notas explicativas. As tabelas a seguir também apresentam dados financeiros e operacionais da nossa Companhia que não integram as demonstrações financeiras. Nossas demonstrações financeiras relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2006, 2005, 2004, 2003 e 2002 foram auditadas pela Ernst & Young, enquanto que as demonstrações financeiras de 31 de março de 2007 foram objeto de revisão limitada pela Ernst & Young. Com o objetivo de manter a uniformidade de critérios e permitir a comparabilidade entre todos os exercícios sociais, os saldos dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2002 a 2005, foram ajustados pelos efeitos da reversão da reserva de reavaliação ocorrida no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006. Dados da Demonstração do Resultado Período de 3 meses encerrado em 31 de março de 2006 2007 (não auditados) Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2002 2003 2004 2005 2006 (em milhares de R$) Receita operacional bruta................... 183.611 Algodão ................................................. 100.351 Soja........................................................ 60.365 Milho ..................................................... 14.156 Café....................................................... – Demais receitas ...................................... 8.739 Impostos e contribuições sobre vendas .... 233.122 116.881 84.285 17.664 1.792 12.500 282.595 150.732 103.696 14.322 6.407 7.438 259.981 142.226 86.004 17.241 8.187 6.323 228.527 113.702 73.803 18.640 5.488 16.894 43.320 26.221 12.071 1.250 362 3.416 66.202 26.962 25.511 1.090 3.888 8.751 (15.870) (20.452) (27.223) (25.644) (17.379) (3.834) (5.000) Receita operacional líquida ................ 167.741 212.670 255.372 234.337 211.148 39.486 61.202 (209.117) (103.390) (81.891) (9.300) (2.406) (12.130) (36.627) (22.022) (11.157) (804) (400) (2.244) (44.076) (20.482) (18.631) (563) (2.480) (1.920) Custo das vendas................................. (103.245) (116.753) (151.261) (222.041) Algodão ................................................. (55.683) (53.215) (74.270) (124.109) Soja........................................................ (33.484) (45.925) (58.783) (76.179) Milho ..................................................... (7.629) (6.795) (9.243) (10.043) Café....................................................... – (1.003) (3.533) (7.015) Outros.................................................... (6.449) (9.815) (5.432) (4.695) Lucro bruto .......................................... 64.496 95.917 104.111 12.296 2.031 2.859 17.126 Receitas (despesas) operacionais ....... (41.165) Despesas com vendas ......................... (8.469) Despesas gerais e administrativas .................................... (8.525) Honorários da administração (264) Resultado de equivalência patrimonial.......................................... – Despesas financeiras ........................... (47.432) Receitas financeiras............................. 19.357 Outras receitas operacionais ............... 4.168 (22.297) (8.627) (26.735) (12.461) (4.149) (16.553) (11.849) (18.172) (2.879) (3.509) (6.643) (1.937) (16.415) (681) (16.422) (871) (9.823) (464) (9.423) (525) (2.411) (96) (2.827) (108) 1.790 (29.970) 29.860 1.746 5.055 (31.190) 24.757 4.397 2.992 (32.209) 50.455 1.453 1.396 (32.545) 43.265 4.155 380 (6.806) 9.215 348 – (5.438) 3.139 528 Resultado operacional ........................ 23.331 73.620 77.376 8.147 (9.818) (20) 10.483 Resultado não operacional ..................... 4.815 5.641 (236) (8) (6.948) 75 627 Resultado antes da tributação sobre o lucro ........................................ 28.146 79.261 77.140 8.139 (16.766) 55 11.110 (13.841) (2.788) (3.284) (410) (3.376) Imposto de renda e contribuição social – corrente .................................. Imposto de renda e contribuição social – diferido ................................... (3.225) (21.272) (6.291) (4.023) (1.048) 8.388 15.475 1.842 (222) Participação dos minoritários .................. (2.053) (4.539) (24.129) (17.144) (15.430) (3.202) (810) Reversão de juros sobre o capital próprio.................................. 6.414 6.152 7.100 – – – – Lucro (prejuízo) do exercício/Período................................. 22.991 55.579 45.222 (3.405) (20.005) (1.715) 6.702 23 Dados do Balanço Patrimonial Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2002 2003 2004 2005 2006 (em milhares de R$) ATIVO Circulante Caixa e Bancos ...................................................... 1.751 Aplicações financeiras............................................ 17.217 Contas a receber ................................................... 14.360 Adiantamentos a fornecedores .............................. 1.999 Estoques................................................................ 42.366 Culturas em formação ........................................... 48.543 Impostos a recuperar ............................................. 7.270 Imposto de renda e contribuição social diferidos.... – Títulos a receber .................................................... – Outros direitos realizáveis ...................................... 3.289 134 Despesas do exercício seguinte .............................. Total do ativo circulante .................................... 136.929 Não Circulante Ativo realizável a longo prazo Créditos com partes relacionadas .......................... – Impostos a recuperar ............................................. 1.414 Imposto de renda e contribuição social diferidos.... – Títulos e créditos a receber .................................... 3.766 Contas a receber ................................................... 572 Total do realizável a longo prazo...................... 5.752 Permanente........................................................... Investimentos ........................................................ 132 Imobilizado............................................................ 125.481 130 Intangível .............................................................. Diferido ................................................................. 16.669 Total do ativo permanente ............................... 142.412 Total do ativo não circulante............................. 148.164 Total do ativo...................................................... 285.093 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Circulante Fornecedores......................................................... 13.692 Instituições financeiras........................................... 49.952 Créditos de clientes ............................................... 9.663 Obrigações fiscais e sociais a recolher ............................................... 1.118 Obrigações trabalhistas.......................................... 876 Imposto de renda e contribuição social diferidos.... 1.918 – Adto. para futuro aumento de capital.................... Dividendos a pagar................................................ – 862 Outros débitos....................................................... Total do passivo circulante ................................ 78.081 Não Circulante Passivo exigível a longo prazo Instituições financeiras........................................... 28.962 Imposto de renda e contribuição social diferidos.... 18.595 632 Outros débitos....................................................... Total do passivo exigível a longo prazo ........... 48.189 Resultado de exercícios futuros Deságio em controlada.......................................... – Total do passivo não circulante......................... 48.189 Participações dos minoritários........................... 15.581 Patrimônio líquido Capital social ......................................................... 106.698 Lucros acumulados ................................................ 36.544 Total do Patrimônio líquido............................... 143.242 Total do Passivo e Patrimônio líquido .............. 285.093 Período de 3 meses encerrado em Mar/2006 Mar/2007 (não auditados) 3.591 13.164 7.872 9.462 63.676 68.824 18.673 – 1.071 3.002 141 189.476 1.113 6.020 19.987 10.740 118.022 82.111 22.257 – 2.141 2.971 297 265.659 722 26.991 14.026 4.235 101.738 75.982 17.519 1.080 2.142 1.575 298 246.308 3.190 28.254 4.234 6.444 83.138 64.398 20.433 2.704 1.735 1.087 266 215.883 2.260 17.118 11.726 3.178 36.678 132.049 19.475 713 2.142 1.548 246 227.133 4.303 25.752 21.887 6.001 27.257 108.767 18.539 125 1.860 1.458 186 216.135 – 971 – 8.392 897 10.260 – 1.145 4.424 6.251 1.102 12.922 – 1.857 19.186 5.179 820 27.042 16.418 1.421 26.544 2.830 1.008 48.221 – – 21.737 4.108 1.031 26.876 – 1.208 28.474 1.966 1.026 32.674 52.560 127.169 166 22.340 202.235 57.610 142.567 208 30.337 230.722 62.591 159.080 564 31.349 253.584 126 156.234 530 28.637 185.527 62.971 156.461 531 29.310 249.273 126 170.007 499 27.657 198.289 212.495 243.644 280.626 233.748 276.149 230.963 401.971 509.303 526.934 449.631 503.282 447.098 6.163 108.598 3.575 4.223 143.241 14.306 3.298 150.600 9.447 3.595 91.833 7.794 4.538 144.526 3.873 3.916 107.638 6.289 22.675 1.238 6.056 – – 107 12.777 1.563 6.670 – – 1.811 2.472 1.545 9.946 6.180 – 698 4.216 1.420 5.799 – 20.536 583 1.902 1.829 13.308 6.180 – 1.000 4.526 1.849 6.191 – – 5.857 148.412 184.591 184.186 135.776 177.156 136.266 27.757 18.480 632 38.559 23.338 632 52.902 27.515 2.563 69.206 25.168 548 41.665 24.496 2.563 60.495 24.352 548 46.869 62.529 82.980 94.922 68.724 85.395 – 46.869 432 62.961 432 83.412 432 95.354 432 69.156 527 85.922 20.575 76.288 70.116 26.618 64.829 27.205 106.698 79.417 72.908 112.555 81.016 108.204 140.961 50.922 87.503 104.638 191.003 6.702 186.115 185.463 189.220 191.883 192.141 197.705 401.971 509.303 526.934 449.631 503.282 447.098 24 Outras Informações Operacionais FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro líquido (prejuízo) do exercício ............... Ajustes para conciliar o resultado às disponibilidades Geradas pelas atividades operacionais: Depreciação e amortização..................... Cisão parcial........................................... Baixa por cisão de investimentos............. Baixa de ágio.......................................... Resultado nas baixas do permanente ...... Equivalência patrimonial ......................... Juros e variação cambial sobre empréstimos.............................. Participações minoritárias........................ Resultados de exercícios futuros.............. Recebimento de dividendos de controladas........................................ Período de 3 meses Encerrado em Mar/2006 Mar/2007 (não auditados) Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2003 2004 2005 2006 2002 (em milhares de R$) 22.991 55.579 45.222 (3.405) (20.005) (1.715) 6.702 14.859 – – – 2.518 – 16.540 – – – 3.133 (1.790) 21.225 (33.790) – – 5.006 (5.055) 26.372 – – – 1.592 (2.992) 26.138 (100) 53.163 10.706 1.224 (1.396) 6.717 – – – 95 (380) 6.443 – – – 171 – 21.768 2.198 – 25.566 4.995 – 22.577 55.712 432 15.649 (6.172) – 47.244 (43.498) – 2.012 (5.287) – 3.145 587 95 – – 64.334 104.023 – 111.329 – 31.044 – 73.476 – 1.442 – 17.143 5.961 9.792 2.300 (17.653) 22.413 30.184 8.993 11.512 (11.816) (11.460) (2.283) 2.756 9.253 25.811 (15.539) 12.977 1.996 11.006 17.291 13.906 (925) (2.852) 297 (4.750) 1.240 (227) 321 (114) – – 238 – 2.121 (1.656) 10.448 5.995 (5.228) (3.977) (16.338) (16.131) 55.199 92.448 8.471 14.918 – (33.788) (15.874) (2.014) (35.036) (10.784) (8) (14.203) (7.567) – (1.534) (587) – (17.779) (1.597) (49.662) (47.834) (21.778) (2.121) (19.376) 6.487 – (1.851) 8.347 (880) 11.897 (27.668) (7.948) (14.685) (8.335) 3.069 (1.389) 27.713 19.378 (8.335) 31.444 30.055 (1.389) (Aumento) redução no ativo: (Aumento) redução das contas a receber ............................................ (4.258) 6.488 (12.115) (Aumento) redução de estoques/culturas em formação........... (10.670) (41.591) (67.633) (Aumento) redução de impostos a recuperar ......................................... (614) (10.960) (8.182) (Aumento) redução de outras contas a receber....................... (2.466) (13.205) (537) (18.008) (59.268) (88.467) Aumento (redução) no passivo: Aumento (redução) de fornecedores ...... (16.195) (7.529) (1.940) Aumento de obrigações fiscais e sociais.. 4.081 25.580 (4.426) Aumento (redução) de obrigações com coligadas ................... (1.674) (802) – Aumento (redução) de outras contas a pagar .................................... 9.658 (5.679) 12.760 6.394 (4.130) 11.570 Disponibilidades líquidas geradas (aplicadas) 29.256 pelas atividades operacionais................... 42.196 56.325 Fluxo de caixa das atividades de investimentos Em investimentos ....................................... (2) (50.638) Em imobilizado .......................................... (27.655) (15.439) Em diferido ................................................ (7.120) (11.630) Disponibilidades líquidas aplicadas às atividades de investimentos................. (34.777) (77.707) Fluxo de caixa das atividades de financiamentos Integralização de capital............................. – – – 8.108 60.045 Pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio ....................................... (9.594) (12.706) (12.084) (946) (37.277) Empréstimos e financiamentos tomados..... 96.797 125.444 133.241 139.977 64.242 Pagamentos de empréstimos e financiamentos ...................................... (80.466) (93.569) (110.373) (133.924) (153.949) Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas) às atividades de financiamentos... 6.737 19.169 10.784 13.215 (66.939) Aumento (redução) nas disponibilidades..... 14.156 (2.213) (9.622) 20.580 3.731 Aumento (redução) nas disponibilidades Disponibilidades – no início do exercício .... Disponibilidades – no final do exercício ..... Aumento (redução) nas disponibilidades ... 4.812 18.968 14.156 18.968 16.755 (2.213) 25 16.755 7.133 (9.622) 7.133 27.713 20.580 27.713 31.444 3.731 Nosso EBITDA e EBITDA Ajustado(1) podem ser reconciliados com nosso resultado operacional da seguinte forma: Encerrado em 31 de dezembro de 2003 2004 2005 2006 (em milhares de R$) 2002 Lucro (prejuízo) do exercício............... IR e CS diferidos e correntes ............ Depreciação e amortização .............. Resultado financeiro, líquido............ EBITDA ............................................. Resultado de operações com hedge.................................... Resultado de equivalência patrimonial ................................... Participações dos minoritários .......... Reversão dos juros sobre capital próprio............................... Receitas não operacionais, líquidas ......................................... EBITDA Ajustado............................. (1) Período de 3 meses encerrado em 31 de março de 2006 2007 22.991 9.516 14.859 28.075 75.441 55.579 25.295 16.540 110 97.524 45.222 14.889 21.225 6.433 87.769 (3.405) (5.600) 26.372 (18.246) (879) (20.005) (12.191) 26.138 (10.720) (16.778) (1.715) (1.432) 6.717 (2.409) 1.161 6.702 3.598 6.443 2.299 19.042 (3.516) 679 2.712 26.173 20.501 2.650 212 – 2.053 (1.790) 4.539 (5.055) 24.129 (2.992) 17.144 (1.396) 15.430 (380) 3.202 – 810 – – (7.100) – – – – (4.815) 69.163 (5.641) 95.311 236 102.691 8 39.454 6.948 24.705 (75) 6.558 (627) 19.437 O EBITDA e o EBITDA Ajustado são medições não-contábeis elaboradas por nós, visando a apresentar uma medida do nosso desempenho econômico operacional. O nosso EBITDA é definido como o lucro líquido antes dos impostos, das despesas financeiras líquidas, das despesas de depreciação e amortização. O EBITDA e o EBITDA Ajustado não são reconhecidos pelos US GAAP e pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não representam o fluxo de caixa para os períodos apresentados, não devendo ser considerados como base para distribuição de dividendos, alternativa para o lucro líquido como indicador do desempenho operacional ou para o fluxo de caixa ou, ainda, como indicador de liquidez, tampouco como indicador de performance. O EBITDA e o EBITDA Ajustado não possuem significados padronizados e as nossas definições de EBITDA e EBITDA Ajustado não podem ser comparadas com o EBITDA e o EBITDA Ajustado apresentados por outras companhias. O EBITDA Ajustado é o EBITDA adicionado o resultado líquido das operações de hedge, resultado com equivalência patrimonial, participações de minoritários, reversão de juros sobre capital próprio e as receitas não-operacionais líquidas. 26 SUMÁRIO DA OFERTA Companhia SLC Agrícola S.A. Coordenador Líder ou Coordenador Global Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. Coordenadores da Oferta Coordenador Líder e JP Morgan. Coordenadores Contratados Bradesco, Banco do Brasil e CS Corretora. Agentes de Colocação Internacional Credit Suisse Securities (USA) LLC e J.P. Morgan Securities, Inc. Oferta Oferta pública de distribuição primária e secundária de 30.437.500 Ações, a ser realizada no Brasil, em mercado de balcão não-organizado, nos termos da Instrução CVM 400, e ainda, com esforços de colocação das Ações no exterior, por meio dos mecanismos de investimento regulamentados pelo CMN, pelo BACEN e pela CVM, a serem realizados pelos Agentes de Colocação Internacional e por determinadas instituições financeiras a serem contratadas pelos Agentes de Colocação Internacional, exclusivamente para investidores institucionais qualificados, residentes e domiciliados nos Estados Unidos da América (Investidores Institucionais Estrangeiros), conforme definidos na Regra 144A editada pela SEC, nos termos de isenções de registro previstas no Securities Act, e, nos demais países, exceto no Brasil e nos Estados Unidos da América, em conformidade com os procedimentos previstos na Regulamentação S do Securities Act, e de acordo com a legislação aplicável no país de domicílio de cada investidor. Não houve e não haverá registro das Ações em qualquer agência ou órgão regulador do mercado de capitais de qualquer outro país, exceto no Brasil. Acionistas Vendedores SLC Participações e Ferramentas Gerais Oferta Primária Distribuição primária de Ações, no âmbito da Oferta. Oferta Secundária Distribuição secundária de Ações, no âmbito da Oferta. Opção de Ações Suplementares Opção outorgada pela SLC Participações ao Coordenador Líder, para distribuição de lote suplementar de ações ordinárias de emissão da Companhia, equivalente a até 15% das Ações inicialmente ofertadas, nas mesmas condições e preço das Ações inicialmente ofertadas. As Ações Suplementares serão destinadas a atender a um eventual excesso de demanda que venha a ser constatado no decorrer da Oferta. A Opção de Ações Suplementares poderá ser exercida pelo Coordenador Líder, após consulta ao JP Morgan, no prazo de até 30 dias contados a partir da data de início de negociação das ações ordinárias de emissão da Companhia, inclusive (“Início de Negociação”), ou seja, o dia útil seguinte à publicação do Anúncio de Início. Público-Alvo A Oferta será direcionada, na Oferta de Varejo, aos Investidores NãoInstitucionais, e, na Oferta Institucional, aos Investidores Institucionais. Para mais informações, ver seção “Informações Sobre a Oferta” deste Prospecto. 27 Pedido de Reserva Formulário específico preenchido durante o Período de Reserva por Investidor Não-Institucional que desejou participar da Oferta de Varejo. Período de Reserva O prazo de 12 dias úteis, iniciado em 1º de junho de 2007, inclusive, e encerrado em 12 de junho de 2007, inclusive, o qual não foi prorrogado a critério dos Coordenadores da Oferta, para a realização dos respectivos Pedidos de Reserva. O Período de Reserva para Pessoas Vinculadas foi, exclusivamente, no dia 1º de junho de 2007, data esta que antecedeu em pelo menos 7 dias úteis a conclusão do Procedimento de Bookbuilding. Oferta Institucional As Ações não-destinadas à Oferta de Varejo, bem como eventuais sobras de Ações alocadas prioritariamente à Oferta de Varejo, serão destinadas a Investidores Institucionais. Não serão admitidas para esses investidores reservas antecipadas e não haverá valores mínimos ou máximos de investimento. Preço por Ação R$14,00. Procedimento de Bookbuilding Processo de coleta de intenções de investimento conduzido pelos Coordenadores da Oferta de Investidores Institucionais, em conformidade com o artigo 44 da Instrução CVM. Valor Total da Oferta R$426,1 milhões, sem considerar a colocação das Ações Suplementares. Garantia Firme de Liquidação As Ações serão colocadas no Brasil pelas Instituições Participantes da Oferta, coordenadas pelos Coordenadores da Oferta, em regime de garantia firme de liquidação individual e não-solidária. A garantia firme de liquidação consiste na obrigação de os Coordenadores da Oferta subscreverem/adquirirem, na Data de Liquidação, pelo Preço por Ação e respeitados os respectivos limites individuais de garantia firme, individual e não-solidária, a totalidade do saldo resultante da diferença entre (a) o número de Ações objeto da Oferta, que serão objeto da garantia firme de liquidação prestada pelos Coordenadores da Oferta, nos termos do Contrato de Distribuição e (b) o número de Ações efetivamente colocado no mercado e pago pelos investidores. Tal garantia será vinculante a partir do momento em que for concluído o Procedimento de Bookbuilding e celebrado o Contrato de Colocação. Data de Liquidação A liquidação física e financeira ocorrerá no terceiro dia útil após a data da publicação do Anúncio de Início, com a entrega das Ações aos respectivos investidores. Direitos, Vantagens e Restrições das Ações As Ações garantirão aos seus titulares os mesmos direitos conferidos às demais ações da Companhia, nos termos de seu Estatuto Social, legislação aplicável e Regulamento do Novo Mercado, tendo direito a voto e fazendo jus ao recebimento integral de dividendos e demais proventos de qualquer natureza que vierem a ser declarados pela Companhia a partir da Data de Liquidação, entre outros. Para mais informações, ver seção “Descrição do Capital Social” deste Prospecto. 28 Restrições à Negociação de Ações (lock-up) Nos termos dos contratos a serem assinados com os Agentes de Colocação Internacional na data de assinatura do Placement Facilitation Agreement, a Companhia e os Acionistas Vendedores, os membros do Conselho de Administração e da Diretoria da Companhia que detiverem ações na data de assinatura do Placement Facilitation Agreement, sujeitos a determinadas exceções, obrigam-se pelo prazo de 180 dias contados da data da publicação do Anúncio de Início, inclusive, salvo na hipótese de prévio consentimento por escrito dos Agentes de Colocação Internacional, a não emitir, ofertar, vender, contratar a venda, dar em garantia, emprestar ou outorgar opção de compra de quaisquer ações de emissão da Companhia, ou outros valores mobiliários conversíveis em ou permutáveis por ações de emissão da Companhia, bem como abster-se de celebrar operações de swap, hedge, venda a descoberto ou de outra natureza que venha a transferir, no todo ou em parte, quaisquer dos benefícios econômicos advindos da titularidade dos Valores Mobiliários. A presente restrição à negociação de ações abrange a divulgação pública de qualquer intenção de realizar as operações acima descritas. Quaisquer Valores Mobiliários recebidos por conta do exercício de opções outorgadas a Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações estarão igualmente sujeitos à restrição à transferência de ações. Os Valores Mobiliários que venham a ser adquiridos pelos Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações no mercado aberto não estarão sujeitos às referidas restrições. Adicionalmente, nos termos do Regulamento do Novo Mercado, nos 6 meses subseqüentes à data da publicação do Anúncio de Início, o Controlador (conforme definido no Regulamento do Novo Mercado), os membros do Conselho de Administração e Diretores da Companhia não poderão vender e/ou ofertar à venda quaisquer das ações e Derivativos (conforme definido no Regulamento do Novo Mercado) da Companhia de que eram titulares imediatamente após a efetivação da Oferta. Após esse período inicial de 6 meses, o Controlador, os membros do Conselho de Administração e Diretores da Companhia não poderão, por mais 6 meses, vender e/ou ofertar à venda mais do que 40% das ações e Derivativos da Companhia de que eram titulares imediatamente após a efetivação da Oferta. Não obstante as operações vedadas durante o Período de Lock-up por força dos referidos contratos assinados pela Companhia, pelos Acionistas Vendedores, pelos membros de Conselho de Administração e da Diretoria da Companhia que detiverem ações na data deste Prospecto (“Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações”), as seguintes transferências de Valores Mobiliários, nos termos dos contratos assinados com os Agentes de Colocação Internacional na data deste Prospecto, serão permitidas (“Transferências Permitidas”): (a) transferência a título de doações em boa-fé a familiares, organizações sem fins lucrativos ou instituições de caridade ou fundações particulares (trust), desde que o donatário se vincule por escrito à restrição à transferência de ações e confirme estar em conformidade com referidos contratos a serem assinados pelos Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações; (b) transferência de Valores Mobiliários para qualquer pessoa da qual os Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações ou suas subsidiárias, afiliadas ou familiares diretos sejam beneficiários diretos ou indiretos, desde que tal pessoa se vincule por escrito à restrição à transferência de ações e confirme estar em conformidade com referidos contratos a serem assinados pelos Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações e desde que não se trate de transferência onerosa; 29 (c) transferência para qualquer pessoa titular de ações ou quotas dos Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações na data imediatamente anterior à publicação do Anúncio de Início, bem como para as subsidiárias e afiliadas de tais pessoas, desde que esta se vincule por escrito à restrição à transferência de ações e confirme estar em conformidade com referidos contratos a serem assinados pelos Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações; (d) a transferência de Valores Mobiliários a um corretor, no contexto da realização de atividades de formador de mercado, de acordo com a legislação aplicável, inclusive com a Instrução CVM nº 384, de 17 de março de 2003, e com o Código de Auto-Regulação da Associação Nacional dos Bancos de Investimento – ANBID, para as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários; (e) transferência de Valores Mobiliários por Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações após a obtenção de autorização prévia por escrito dos Agentes de Colocação Internacional; e (f) o empréstimo de Valores Mobiliários por Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações aos Coordenadores da Oferta ou a quaisquer entidades indicadas por eles com a finalidade de permitir a realização de atividades de estabilização do preço das ações de emissão da Companhia ao Preço por Ação, quando aplicável. Direito de Venda Conjunta (Tag-Along rights) Após a listagem de nossas ações ordinárias no Novo Mercado, na hipótese de alienação do nosso controle acionário, o adquirente deverá efetivar uma oferta pública para aquisição das ações de todos os nossos demais acionistas, observando as condições e prazos previstos na legislação vigente e no Regulamento do Novo Mercado, de forma a assegurar-lhes tratamento igualitário àquele dispensado ao acionista controlador alienante. Para mais informações, ver seção “Descrição do Capital Social” deste Prospecto. Mercados de Negociação Após a efetivação da presente Oferta, o mercado de negociação de nossas Ações é a BOVESPA. Em 18 de maio de 2007, celebramos o Contrato de Participação no Novo Mercado com a BOVESPA, o qual entrará em vigor na data de publicação do Anúncio de Início, quando nossas ações ordinárias passarão a estar admitidas à negociação no segmento Novo Mercado. No primeiro dia útil seguinte à entrada em vigor do Contrato de Participação no Novo Mercado, nossas Ações passarão a ser negociadas sob o código “SLCE3”. Não foi e não será realizado nenhum registro da Oferta ou das Ações na SEC ou em qualquer outra agência ou órgão regulador do mercado de capitais de qualquer outro país, exceto no Brasil. Inadequação da Oferta a Certos Investidores O investimento em ações representa um investimento de risco, posto que é um investimento em renda variável e, assim, os investidores que pretendam investir nas Ações no âmbito da Oferta estão sujeitos a diversos riscos, inclusive aqueles relacionados com a volatilidade do mercado de capitais, a liquidez das Ações e a oscilação de suas cotações em bolsa, e, portanto, poderão perder uma parcela ou a totalidade de seu eventual investimento. Ainda assim, não há nenhuma classe ou categoria de investidor que esteja proibida por lei de adquirir as Ações no âmbito da Oferta. Ver seção “Fatores de Risco” deste Prospecto, que contém a descrição de certos riscos que atualmente acreditamos serem capazes de nos afetar de maneira adversa. 30 Fatores de Risco Para explicação acerca dos fatores de risco que devem ser considerados cuidadosamente antes da decisão de investimento nas Ações, ver seção “Fatores de Risco”, além de outras informações incluídas no presente Prospecto. Destinação dos Recursos A maior parte dos recursos líquidos obtidos na Oferta Primária serão destinados para reforçar nosso caixa de maneira a permitir investimentos na aquisição de terras e na correção do solo, e ainda na aquisição de novas máquinas e equipamentos necessários para a expansão de nossos negócios. O restante dos recursos será destinado ao nosso capital de giro. Para maiores informações, ver seção “Destinação dos Recursos” deste Prospecto. Aprovações Societárias A Oferta foi aprovada em reunião do Conselho de Administração da Companhia realizada em 24 de maio de 2007, conforme ata publicada no Diário Oficial do Rio Grande do Sul em 28 de maio de 2007 e publicada nos jornais “Valor Econômico” e no “Jornal do Comércio” de Porto Alegre em 25 de maio de 2007. O aumento de capital da Companhia, mediante emissão das ações ordinárias e a fixação do Preço por Ação foram aprovados em reunião do Conselho de Administração realizada em 13 de junho de 2007. O Preço por Ação foi deliberado por nosso Conselho de Administração em reunião realizada entre a conclusão do Procedimento de Bookbuilding e a concessão do registro da Oferta pela CVM. A realização da Oferta Secundária foi aprovada em Reunião de Sócios da Ferramentas Gerais em reunião realizada em 24 de maio de 2007, conforme ata publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo em 26 de maio de 2007 e publicada no jornal “Valor Econômico” em 25 de maio de 2007. A SLC Participações aprovou a Oferta em Reunião da Diretoria da SLC Participações realizada em 24 de maio de 2007, conforme ata publicada no Diário Oficial do Rio Grande do Sul em 28 de maio de 2007 e publicada nos jornais “Valor Econômico” e no “Jornal do Comércio” de Porto Alegre, em 25 de maio de 2007. Informações Adicionais Para descrição completa das condições aplicáveis à Oferta, ver seção “Informações sobre a Oferta” deste Prospecto. O registro da Oferta foi solicitado por nós e pelos Coordenadores da Oferta em 17 de abril de 2007, estando a presente Oferta sujeita à prévia aprovação da CVM. Mais informações sobre a Oferta poderão ser obtidas por meio das Instituições Participantes da Oferta nos endereços indicados na seção “Informações Sobre a Oferta” deste Prospecto. Quaisquer comunicados ao mercado serão informados por meio de publicação de Aviso ao Mercado no jornal “Valor Econômico” e por meio de aviso na página da Companhia na Internet, que é http://www.slcagricola.com.br. As informações contidas em nossa página na rede mundial de computadores não são partes integrantes deste Prospecto. 31 INFORMAÇÕES SOBRE A OFERTA Composição Atual do Capital Social O quadro abaixo indica a quantidade de ações detidas por acionistas titulares de 5% ou mais de nossas ações ordinárias, por nossos Conselheiros, bem como as ações em tesouraria, na data deste Prospecto e após a conclusão da Oferta, assumindo a colocação da totalidade das Ações, sem considerar o exercício da Opção de Ações Suplementares: Acionista SLC Participações ...................... Evaux ........................................ Ferramentas Gerais.................... Conselheiros ............................. Outros ...................................... Total ........................................ Quantidades de Ações e Porcentagens Ações antes da Oferta Ações após a Oferta Ações (%) Ações (%) 37.541.708 21.520.787 8.437.500 5 0 67.500.000 55,6 31,9 12,5 0,0 37.541.708 21.520.787 – 5 41,9 24,0 – 0,0 0 100,0 30.437.500 89.500.000 34,0 100,0 O quadro abaixo indica a quantidade de ações detidas por acionistas titulares de 5% ou mais de nossas ações ordinárias, por nossos Conselheiros, bem como as ações em tesouraria, na data deste Prospecto e após a conclusão da Oferta, assumindo a colocação da totalidade das Ações e considerando o exercício da Opção de Ações Suplementares: Acionista SLC Participações ...................... Evaux ........................................ Ferramentas Gerais.................... Conselheiros ............................. Tesouraria ................................. Outros ...................................... Total ........................................ Quantidades de Ações e Porcentagens Ações antes da Oferta Ações após a Oferta Ações (%) Ações (%) 37.541.708 21.520.787 8.437.500 5 0 0 67.500.000 55,6 31,9 12,5 0 0 32.976.083 21.520.787 – 5 0 36,8 24,0 – 0 0 0 100,0 35.003.125 89.500.000 39,1 100,0 Descrição da Oferta A Oferta compreende (i) a distribuição pública primária de 22.000.000 de Ações de emissão da Companhia, com exclusão do direito de preferência de seus atuais acionistas, nos termos do artigo 172, I, da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (“Lei das Sociedades por Ações”), dentro do limite de capital autorizado previsto no Estatuto Social da Companhia (“Oferta Primária”); e (ii) a distribuição pública secundária de 8.437.500 Ações de titularidade da Ferramentas Gerais (“Oferta Secundária”). 32 A Oferta será realizada no Brasil, em mercado de balcão não-organizado, conforme a Instrução CVM 400, pelos Coordenadores da Oferta, em conjunto com instituições financeiras integrantes do sistema de distribuição por ele contratadas (“Coordenadores Contratados”), e com as sociedades corretoras-membro da Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA (“BOVESPA”) que farão parte exclusivamente do esforço de colocação de Ações a Investidores Não-Institucionais, conforme definidos abaixo (“Corretoras Consorciadas”), conjuntamente com os Coordenadores da Oferta e os Coordenadores Contratados, (“Instituições Participantes da Oferta”), e com esforços de venda das Ações no exterior, a serem subscritas/adquiridas por meio dos mecanismos de investimento regulamentados pelo Conselho Monetário Nacional (“CMN”), pelo Banco Central do Brasil (“BACEN”) e pela Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), a serem realizados pelo Credit Suisse Securities (USA) LLC (“Coordenador Global”) e pelo J.P. Morgan Securities, Inc. (em conjunto com o Coordenador Global, “Agentes de Colocação Internacional”) e por determinadas instituições financeiras a serem contratadas pelos Agentes de Colocação Internacional, exclusivamente a investidores institucionais qualificados residentes e domiciliados nos Estados Unidos da América, conforme definidos na Regra 144A do U.S. Securites Act de 1933, dos Estados Unidos da América (“Regra 144A“ e “Securites Act”, respectivamente), nos termos de isenções de registro previstas no Securities Act, e, nos demais países, exceto no Brasil e nos Estados Unidos da América, em conformidade com os procedimentos previstos no Regulamento S do Securities Act (“Regulamento S”), e de acordo com a legislação aplicável no país de domicílio de cada investidor (em conjunto, “Investidores Institucionais Estrangeiros”). A Oferta não foi e não será registrada na Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos da América (“SEC”) ou em qualquer outra agência ou órgão regulador do mercado de capitais de qualquer país, exceto o Brasil. Para participar da Oferta, os Investidores Institucionais Estrangeiros residentes no exterior deverão estar registrados na CVM. A quantidade das Ações inicialmente ofertada poderá ser acrescida de um lote suplementar de até 4.565.625 de Ações (“Ações Suplementares”), conforme Opção de Ações Suplementares, outorgada pela SLC Participações, a ser exercida pelo Coordenador Líder, após consulta ao JP Morgan, no prazo de até 30 dias contados a partir da data de início de negociação das ações ordinárias de emissão da Companhia, inclusive (“Início de Negociação”), ou seja, o dia útil seguinte à publicação do Anúncio de Início. A quantidade de Ações ofertadas não foi aumentada em até 20% das Ações inicialmente ofertadas, nos termos do artigo 14, parágrafo 2° da Instrução CVM 400. Quantidade, Valor, Classe e Espécie dos Valores Mobiliários Na hipótese de não haver exercício da Opção de Ações Suplementares: Emissor/Ofertante Companhia ................................. SLC Participações ........................ Ferramentas Gerais...................... Total .......................................... (1) Quantidade Preço por Ação (R$) Montante (R$) 22.000.000 – 8.437.500 30.437.500 14,00 14,00 14,00 14,00 308.000.000 – 118.125.000 426.125.000 Recursos Líquidos (R$)(1) 294.140.000 – 112.809.375 406.949.375 Sem considerar as despesas da Oferta. Na hipótese de haver exercício integral da Opção de Ações Suplementares: Emissor/Ofertante Companhia ................................. SLC Participações ........................ Ferramentas Gerais...................... Total .......................................... (1) Quantidade Preço por Ação (R$) Montante (R$) 22.000.000 4.565.625 8.437.500 35.003.125 14,00 14,00 14,00 14,00 308.000.000 63.918.750 118.125.000 490.043.750 Sem considerar as despesas da Oferta. 33 Recursos Líquidos (R$)(1) 294.140.000 61.042.406 112.809.375 467.991.781 Preço por Ação No contexto da Oferta, o preço de distribuição por Ação (“Preço por Ação”) é de R$14,00. O Preço por Ação foi fixado após a conclusão do Procedimento de Bookbuilding, realizado no Brasil, pelos Coordenadores da Oferta, em conformidade com o artigo 44 da Instrução CVM 400, em consonância com o disposto no artigo 170, parágrafo 1º, inciso III da Lei das Sociedades por Ações, tendo como parâmetro o preço de mercado verificado para as ações, considerando as indicações de interesse, em função da qualidade da demanda (por volume e preço), coletadas de Investidores Institucionais. A escolha do critério de preço de mercado para a determinação do Preço por Ação é justificada, tendo em vista que tal preço não promoverá diluição injustificada dos atuais acionistas da Companhia e que o valor de mercado das Ações a serem subscritas e adquiridas foi aferido com a realização do Procedimento de Bookbuilding, o qual reflete o valor pelo qual os Investidores Institucionais apresentaram suas ordens de subscrição/compra de Ações no contexto da Oferta. O Preço por Ação foi aprovado pelo Conselho de Administração da Companhia em reunião realizada no dia 13 de junho de 2007. Os Investidores NãoInstitucionais que aderirem à Oferta de Varejo não participaram do Procedimento de Bookbuilding nem, portanto, do processo de fixação do Preço por Ação. Preço por Ação (R$) Por Ação ............................ Total ................................. (1) (2) 14,00 308.000.000,00 Comissões (R$) Recursos líquidos para a (1)(2) Companhia (R$) 0,63 13.860.000,00 13,37 294.140.000,00 Sem levar em conta o exercício da Opção de Ações Suplementares. Sem considerar as despesas da Oferta. Custos de Distribuição No tocante aos custos envolvidos na Oferta, (i) as comissões e despesas envolvidas serão divididas entre a Companhia e os Acionistas Vendedores, na proporção das Ações por eles ofertadas; e (ii) as taxas de registro e listagem da Oferta serão pagas individualmente, ou seja, a Companhia e os Acionistas Vendedores arcarão, cada qual, com os custos das taxas por eles devidas. Segue abaixo a descrição dos custos da Oferta levando-se em consideração o Preço por Ação, conforme indicado na capa deste prospecto, sem considerar o exercício da Opção de Ações Suplementares: Valor (R$) % em Relação ao (3) Valor Total da Oferta Comissão de Coordenação .................................... Comissão de Garantia Firme de Liquidação ............ Comissão de Colocação ........................................ Comissão de Incentivo(1) ......................................... Total de Comissões............................................. 2.556.750,00 2.556.750,00 7.670.250,00 6.391.875,00 19.175.625,00 0,6% 0,6% 1,8% 1,5% 4,5% Registro da Oferta ................................................. Advogados(2) .......................................................... Auditores .............................................................. Publicidade da Oferta ............................................ Outras Despesas.................................................... Total .................................................................... 165.740,00 2.000.000,00 1.000.000,00 1.500.000,00 0,0% 0,5% 0,2% 0,4% 23.841.365,00 5,6% Comissões e Despesas (1) (2) (3) Comissão de incentivo foi determinada pela Companhia após a conclusão do Procedimento de Bookbuilding. Despesas estimadas dos consultores legais da Companhia, dos Acionistas Vendedores e dos Coordenadores da Oferta para o direito brasileiro e para o direito dos Estados Unidos da América. Sem considerar o exercício da Opção de Ações Suplementares. 34 Reserva de Capital Recebemos recursos de R$308 milhões, provenientes da emissão das Ações objeto da Oferta Primária, dos quais R$62,3 milhões serão destinados à conta de capital social e R$245,7 milhões serão destinados à conta de reserva de capital, na forma do parágrafo único do art. 14 da Lei das Sociedades por Ações. A destinação de parte dos recursos à conta de reserva de capital tem por objetivo nos conferir maior flexibilidade para futuras operações de resgate, amortização ou aquisição de nossas próprias ações, nos termos da Lei das Sociedades por Ações. Aprovações Societárias A Oferta Primária foi aprovada com base em deliberação do Conselho de Administração da Companhia realizada em 24 de maio de 2007, conforme ata publicada no Diário Oficial do Rio Grande do Sul em 28 de maio de 2007 e publicada nos jornais “Valor Econômico” e no “Jornal do Comércio” de Porto Alegre, em 25 de maio de 2007. A realização da Oferta Secundária foi aprovada em Reunião de Sócios da Ferramentas Gerais em reunião realizada em 24 de maio de 2007, conforme ata publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo em 26 de maio de 2007 e publicada no jornal “Valor Econômico” em 25 de maio de 2007. A SLC Participações aprovou a Oferta em Reunião da Diretoria da SLC Participações realizada em 24 de maio de 2007, conforme ata publicada no Diário Oficial do Rio Grande do Sul em 28 de maio de 2007 e publicada nos jornais “Valor Econômico” e no “Jornal do Comércio” de Porto Alegre, em 25 de maio de 2007. O Preço por Ação foi deliberado na Reunião do Conselho de Administração da Companhia realizada em 13 de junho de 2007. Público-Alvo da Oferta A Oferta será direcionada, na Oferta de Varejo, aos Investidores Não-Institucionais, e, na Oferta Institucional, aos Investidores Institucionais. Cronograma e Procedimentos da Oferta Cronograma da Oferta Encontra-se abaixo um cronograma estimado das etapas da Oferta, informando seus principais eventos a partir da publicação do Aviso ao Mercado: Ordem dos Eventos 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. (1) Eventos Publicação do Aviso ao Mercado (sem o logo das Corretoras Consorciadas) Disponibilização do Prospecto Preliminar Início do Roadshow Republicação do Aviso ao Mercado (com o logotipo das Corretoras Consorciadas) Início do Procedimento de Bookbuilding Início do Período de Reserva Dia exclusivo para que os Investidores Não Institucionais que sejam Pessoas Vinculadas efetuem seus Pedidos de Reserva Encerramento do Período de Reserva Encerramento do Procedimento de Bookbuilding Encerramento das Apresentações de Roadshow Fixação do Preço por Ação Assinatura do Contrato de Colocação, Placement Facilitation Agreement e dos demais documentos da Oferta Concessão do Registro da Oferta Publicação do Anúncio de Início Disponibilização do Prospecto Definitivo Início de negociação das Ações objeto da Oferta Brasileira na BOVESPA Início do prazo de exercício da Opção de Ações Suplementares Data de Liquidação Encerramento do prazo de exercício da Opção de Ações Suplementares Publicação do Anúncio de Encerramento Data meramente indicativa, sujeita a alteração. 35 Data prevista 25.05.2007 01.06.2007 12.06.2007 13.06.2007 14.06.2007 15.06.2007 19.06.2007 16.07.2007 17.07.2007(1) Procedimentos da Oferta Após o encerramento do Período de Reserva, a conclusão do Procedimento de Bookbuilding, a concessão do registro da Oferta pela CVM, a publicação do Anúncio de Início e a disponibilização do Prospecto Definitivo, as Instituições Participantes da Oferta efetuarão a distribuição das Ações aos Investidores Não-Institucionais e aos Investidores Institucionais, nos termos da Instrução CVM 400, e observado o esforço de dispersão acionária previsto no Regulamento do Novo Mercado. As Ações serão colocadas no Brasil pelas Instituições Participantes da Oferta, coordenadas pelos Coordenadores da Oferta. As Ações da Oferta serão colocadas em regime de garantia firme de liquidação individual e não-solidária prestada pelos Coordenadores da Oferta nos limites individuais indicados no Contrato de Colocação. A garantia firme de liquidação individual e não-solidária, consiste na obrigação dos Coordenadores da Oferta de subscreverem/adquirirem, na Data de Liquidação, pelo Preço por Ação, a totalidade do saldo resultante da diferença (a) entre o número de Ações da Oferta objeto da garantia firme de liquidação individual e não-solidária prestada pelos Coordenadores da Oferta e (b) o número de Ações efetivamente colocado no mercado e pago pelos investidores, observado o limite da garantia firme de liquidação individual e não-solidária prestada por cada Coordenador da Oferta, nos termos do Contrato de Colocação. Em caso de exercício da garantia firme e posterior revenda das Ações ao público pelos Coordenadores da Oferta, durante o Prazo da Oferta, o respectivo preço de revenda será o preço de mercado das Ações, limitado ao Preço por Ação, ressalvada as atividades de estabilização. A Oferta Institucional será direcionada a investidores pessoas físicas, pessoas jurídicas residentes e domiciliados no Brasil e clubes de investimento, cujos valores de investimento excedam o limite de aplicação de R$300.000,00, fundos de investimento, carteiras administradas, fundos de pensão, entidades administradoras de recursos de terceiros registradas na CVM, entidades autorizadas a funcionar pelo BACEN, condomínios destinados à aplicação em carteiras de títulos e valores mobiliários registrados na CVM e/ou na BOVESPA, seguradoras, entidades de previdência complementar e de capitalização e determinados investidores residentes no exterior que invistam no Brasil segundo as normas de investimento externo de portfolio nos termos da Resolução 2.689 e da Instrução CVM 325, ou Investidores Institucionais. Os Investidores Institucionais deverão realizar a aquisição e/ou integralização das Ações mediante o pagamento à vista, em moeda corrente nacional, no ato da aquisição ou subscrição. O montante de no mínimo 10% e no máximo 20% das Ações, excluindo as Ações Suplementares, será destinado prioritariamente à colocação pública a Investidores Não-Institucionais. Os Pedidos de Reserva foram efetuados por Investidores Não-Institucionais de maneira irrevogável e irretratável, exceto pelo disposto no item (viii) e (ix) abaixo, observadas as condições do próprio instrumento de Pedido de Reserva, mediante seu preenchimento: (i) cada um dos Investidores Não-Institucionais interessados pôde efetuar o seu Pedido de Reserva com a uma única Instituição Participante da Oferta habilitada a receber Pedido de Reserva, mediante o preenchimento de Pedido de Reserva, no período de 1° de junho de 2007 a 12 de junho de 2007, (“Período de Reserva”), observado o disposto no item (ii) abaixo, observados o valor mínimo de investimento de R$3.000,00 e o valor máximo de R$300.000,00 por Investidor NãoInstitucional, sendo que tais investidores puderam ser estipulados, no Pedido de Reserva, um preço máximo por Ação, como condição de eficácia de seu Pedido de Reserva, conforme o previsto no parágrafo 3º do artigo 45 da Instrução CVM 400. Caso o Investidor Não-Institucional tenha optado pela estipulação de um preço máximo por Ação no Pedido de Reserva e o Preço por Ação tenha sido fixado em valor superior ao estipulado, o respectivo Pedido de Reserva foi automaticamente cancelado pela respectiva Instituição Participante da Oferta; (ii) os Investidores Não-Institucionais que sejam (a) controladores ou administradores da Companhia; (b) controladores ou administradores das Instituições Participantes da Oferta; e (c) outras pessoas vinculadas à Oferta, bem como os cônjuges ou companheiros, ascendentes, descendentes e colaterais até o segundo grau de cada uma das pessoas referidas nos itens (a), (b) ou (c) (“Pessoas Vinculadas”) puderam realizar seus Pedidos de Reserva, exclusivamente, no dia 1º de junho de 2007, data esta que antecedeu em pelo menos 7 (sete) dias úteis a conclusão do Procedimento de Bookbuilding (“Período de Reserva para Pessoas Vinculadas”), sob pena de terem seus Pedidos de Reserva cancelados na eventualidade de haver excesso de demanda superior em um terço à quantidade de Ações inicialmente ofertadas; 36 (iii) a quantidade de Ações a serem subscritas/adquiridas e o respectivo valor do investimento serão informados ao Investidor Não-Institucional, até às 12h00 do Início de Negociação, pela Instituição Participante da Oferta com qual tiver efetuado Pedido de Reserva, por meio de seu respectivo endereço eletrônico, ou, na sua ausência, por telefone ou correspondência, sendo o pagamento limitado ao valor do Pedido de Reserva e ressalvada a possibilidade de rateio, conforme prevista nos itens (vi) e (vii) abaixo; (iv) cada Investidor Não-Institucional deverá efetuar o pagamento do valor indicado no item (iii) acima, à Instituição Participante da Oferta com que efetuou seu respectivo Pedido de Reserva, em recursos imediatamente disponíveis, até às 11h00 da Data de Liquidação (conforme definida abaixo); (v) a Instituição Participante da Oferta com a qual o Pedido de Reserva tenha sido realizado entregará, a cada Investidor Não-Institucional que com ela tenha feito a reserva, o número de Ações correspondente à relação entre o valor constante do Pedido de Reserva e o Preço por Ação, ressalvadas as possibilidades de desistência e cancelamento previstas nos itens (viii) e (ix) abaixo, respectivamente, e ressalvada a possibilidade de rateio prevista no item (vi) e (vii) abaixo, após às 16h00 da Data de Liquidação; (vi) caso a quantidade de Ações correspondente à totalidade dos Pedidos de Reserva realizados por Investidores Não-Institucionais tenha sido igual ou inferior ao montante de Ações objeto da Oferta destinado à Oferta de Varejo, não houve rateio, sendo todos os Investidores Não-Institucionais integralmente atendidos em todas as suas reservas, e eventuais sobras de Ações da Oferta ofertadas a Investidores Não-Institucionais serão destinadas a Investidores Institucionais, nos termos descritos abaixo; (vii) caso a totalidade dos Pedidos de Reserva realizados pelos Investidores Não-Institucionais tenha sido superior à quantidade de Ações destinadas à Oferta de Varejo, foi realizado o rateio de tais Ações entre todos os Investidores Não-Institucionais que realizaram Pedidos de Reserva, sendo que (1) até o limite de R$5.000,00, inclusive, o critério de rateio foi a divisão igualitária e sucessiva de tais Ações entre todos os Investidores Não-Institucionais, limitada ao valor individual de cada um dos Pedidos de Reserva e à quantidade total de tais Ações; e (2) uma vez atendido o critério descrito no item (1) acima, as Ações destinadas à Oferta de Varejo remanescentes foram rateadas proporcionalmente aos valores dos Pedidos de Reserva entre todos os Investidores Não-Institucionais, desconsiderando-se, entretanto, em ambos os casos, as frações de Ações. Opcionalmente, os Coordenadores da Oferta puderam aumentar a quantidade de Ações destinada à Oferta de Varejo para que tenha sido observado o montante mínimo de Ações destinado à Oferta de Varejo, caso em que os Pedidos de Reserva excedentes possam ser total ou parcialmente atendidos, sem considerar as Ações Suplementares, sendo que, no caso de atendimento parcial, foi observado o critério de rateio descrito anteriormente; (viii) na hipótese exclusiva de ser verificada divergência relevante entre as informações constantes do Prospecto Preliminar e do Prospecto Definitivo que altere substancialmente o risco assumido pelos Investidores Não-Institucionais, ou a sua decisão de investimento, poderão referidos investidores desistir do Pedido de Reserva após o início do Prazo de Distribuição (conforme definido abaixo), nos termos do §4º do art. 45 da Instrução CVM 400. Nesta hipótese, tais investidores deverão informar sua decisão de desistência do Pedido de Reserva à Instituição Participante da Oferta com a qual tiverem efetuado Pedido de Reserva, em conformidade com os termos e no prazo previsto no respectivo Pedido de Reserva; (ix) na hipótese de não haver a conclusão da Oferta, ou na hipótese de resilição do Contrato de Colocação celebrado pela Companhia, pelos Acionistas Vendedores, pelos Coordenadores da Oferta e pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (“CBLC”), todos os Pedidos de Reserva serão automaticamente cancelados e cada uma das Instituições Participantes da Oferta comunicará aos Investidores Não-Institucionais que com elas tenham realizado Pedido de Reserva, o cancelamento da Oferta, o que ocorrerá, inclusive, por meio de publicação de aviso ao mercado; e 37 (x) recomenda-se aos Investidores Não-Institucionais verificar com a Instituição Participante da Oferta de sua preferência, antes de realizar seu Pedido de Reserva, se esta, a seu exclusivo critério, exigirá manutenção dos recursos em conta de investimento aberta ou mantida perante a mesma, para fins de garantia do Pedido de Reserva solicitado. Na hipótese de haver descumprimento, por qualquer das Instituições Participantes da Oferta, de qualquer das normas de conduta previstas na regulamentação aplicável à Oferta, incluindo, sem limitação, aquelas previstas na Instrução CVM 400, tal Instituição Participante da Oferta deixará de integrar o grupo de instituições financeiras responsáveis pela colocação de Ações no âmbito da Oferta, pelo que serão cancelados todos os Pedidos de Reserva que tenha recebido. Tal Instituição Participante da Oferta deverá, ainda, informar imediatamente os Investidores Não-Institucionais que com ela tenham feito reserva sobre o referido cancelamento. Os Investidores Não-Institucionais deverão realizar a subscrição/aquisição das Ações mediante o pagamento à vista, em moeda corrente nacional, de acordo com o procedimento descrito acima. As Instituições Participantes da Oferta somente atenderão aos Pedidos de Reserva feitos por Investidores Não-Institucionais titulares de conta-corrente bancária ou de conta de investimento nelas aberta ou mantida pelo respectivo investidor. Com relação à Oferta Institucional, os Coordenadores da Oferta, com a expressa anuência da Companhia, elaboraram plano de distribuição das Ações, nos termos do parágrafo 3º do artigo 33 da Instrução CVM 400, que levou em conta a criação de uma base diversificada de acionistas, as relações da Companhia e dos Coordenadores da Oferta com seus clientes e outras considerações de natureza comercial ou estratégica, observado que os Coordenadores da Oferta asseguraram a adequação do investimento ao perfil de risco de seus clientes, bem como o tratamento justo e eqüitativo aos investidores. As Ações não destinadas à Oferta de Varejo, bem como as eventuais sobras de Ações destinadas aos Investidores Não-Institucionais foram destinadas à colocação pública em Investidores Institucionais, não tendo sido admitidas para estes Investidores Institucionais reservas antecipadas e inexistindo valores mínimos ou máximos de investimento. O Procedimento de Bookbuilding poderia, a critério da Companhia, dos Acionistas Vendedores e dos Coordenadores da Oferta, ser encerrado antes da data de fixação do Preço por Ação. Tal fato não afetaria a data de fixação do Preço por Ação ou qualquer outro item do cronograma da Oferta. Foi aceita a participação de Pessoas Vinculadas no processo de fixação do Preço por Ação, mediante a coleta de intenções de investimento, até o limite máximo de 5% do valor da Oferta. Caso tenha sido verificado excesso de demanda superior a um terço das Ações inicialmente ofertadas, não será permitida a colocação de Ações a investidores da Oferta Institucional que sejam Pessoas Vinculadas. Caso o número de Ações objeto de ordens recebidas de Investidores Institucionais durante o Procedimento de Bookbuilding tenha excedido o total de Ações destinadas à colocação pública em Investidores Institucionais, conforme descrito no parágrafo acima, terão prioridade no atendimento de suas respectivas ordens os Investidores Institucionais que, a critério da Companhia e dos Coordenadores da Oferta, levando em consideração o disposto no plano de distribuição descrito acima, melhor atendam ao objetivo desta Oferta de criar uma base diversificada de acionistas formada por Investidores Institucionais com diferentes critérios de avaliação, ao longo do tempo, sobre as perspectivas da Companhia, seu setor de atuação e a conjuntura macroeconômica brasileira e internacional. Os Investidores Institucionais deverão realizar a subscrição e/ou aquisição das Ações objeto da Oferta mediante o pagamento à vista, em moeda corrente nacional, no ato da subscrição e/ou aquisição das Ações, conforme o caso. 38 Prazo A data de início da Oferta será divulgada mediante a publicação do Anúncio de Início, em conformidade com o previsto no parágrafo único do artigo 52 da Instrução CVM 400. Os Coordenadores da Oferta têm o prazo de até 3 dias úteis, contados a partir do Início das Negociações, inclusive, para efetuar a colocação das Ações inicialmente ofertadas (“Período de Colocação”). A liquidação física e financeira da Oferta, sem considerar as Ações Suplementares, está prevista para ser realizada no último dia do Período de Colocação (“Data de Liquidação”), exceto com relação à distribuição de Ações Suplementares, cuja liquidação ocorrerá dentro do prazo de até 3 dias úteis contados do exercício da Opção de Ações Suplementares. O prazo para a distribuição das Ações no âmbito da Oferta é de até seis meses contados da data de publicação do Anúncio de Início, nos termos do artigo 18 da Instrução CVM 400, ou até a data da publicação do Anúncio de Encerramento, o que ocorrer primeiro (“Prazo de Distribuição”). Inadequação de Investimento nas Ações O investimento em ações representa um investimento de risco, posto que é um investimento em renda variável e, assim, os investidores que pretendam investir nas Ações no âmbito da Oferta estão sujeitos a diversos riscos, inclusive aqueles relacionados com a volatilidade do mercado de capitais, a liquidez das Ações e a oscilação de suas cotações em bolsa, e, portanto, poderão perder uma parcela ou a totalidade de seu eventual investimento. Ainda assim, não há nenhuma classe ou categoria de investidor que esteja proibida por lei de adquirir as Ações no âmbito da Oferta. Ver Seção “Fatores de Risco” deste Prospecto, que contém a descrição de certos riscos que atualmente acreditamos serem capazes de nos afetar de maneira adversa. Contrato de Colocação e Placement Facilitation Agreement Celebraremos com os Coordenadores da Oferta, com os Acionistas Vendedores e com a CLBC (como interveniente-anuente) o Contrato de Colocação. De acordo com os termos do Contrato de Colocação, os Coordenadores da Oferta concordarão em distribuir, em regime de garantia firme de liquidação individual e não-solidária, a totalidade das Ações. Nos termos do Placement Facilitation Agreement, a ser celebrado entre os Agentes de Colocação Internacional, a Companhia e os Acionistas Vendedores, na mesma data de celebração do Contrato de Colocação, os Agentes de Colocação Internacional realizarão esforços de colocação das Ações exclusivamente no exterior. As Ações que forem objeto de esforços de colocação no exterior pelos Agentes de Colocação Internacional serão obrigatoriamente subscritas e/ou adquiridas, liquidadas e pagas aos Coordenadores da Oferta, em reais, no Brasil. O Placement Facilitation Agreement possui declarações específicas em relação à observância de isenções das leis de valores mobiliários dos Estados Unidos, as quais, se descumpridas, poderão dar ensejo a potenciais procedimentos judiciais. O Contrato de Colocação e o Placement Facilitation Agreement estabelecem que a obrigação dos Coordenadores da Oferta e dos Agentes de Colocação Internacional de efetuarem o pagamento pelas Ações está sujeita a determinadas condições, como (i) a entrega de opiniões legais por nossos e seus assessores jurídicos; (ii) a assinatura de termos de restrição à negociação de Ações pela Companhia, pelos Acionistas Vendedores, por nosso Acionista Controlador, por membros de nosso Conselho de Administração e Diretoria; e (iii) a emissão de cartas de conforto pelos nossos auditores independentes relativas às demonstrações financeiras consolidadas e demais informações financeiras contidas neste Prospecto e no Offering Circular a ser utilizado nos esforços de colocação das Ações no exterior. De acordo com o Contrato de Colocação e com o Placement Facilitation Agreement, a Companhia e os Acionistas Vendedores obrigam-se a indenizar os Coordenadores da Oferta e os Agentes de Colocação Internacional em certas circunstâncias e contra determinadas contingências. 39 O Placement Facilitation Agreement apresenta uma cláusula de indenização em favor dos Coordenadores da Oferta para indenizá-los no caso de que eles venham a sofrer perdas no exterior por conta de incorreções relevantes ou omissões relevantes no Preliminary Offering Memorandum ou no Offering Memorandum. Caso os Coordenadores da Oferta venham a sofrer perdas no exterior em relação a estas questões, eles poderão ter direito de regresso contra a Companhia por conta desta cláusula de indenização. Informamos que o Placement Facilitation Agreement possui declarações específicas em relação à observência de isenções das leis de valores mobiliários dos Estados Unidos, as quais, se descumpridas poderão dar ensejo a outros potenciais procedimentos judiciais. Em cada um dos casos indicados acima, procedimentos judiciais poderão ser iniciados contra a Companhia no exterior. Estes procedimentos no exterior, em especial nos Estados Unidos, poderão envolver valores substanciais, em decorrência do critério utilizado nos Estados Unidos para o cálculo das indenizações devidas nestes processos. Além disso, devido ao sistema processual dos Estados Unidos, as partes envolvidas em um litígio são obrigadas a arcar com altos custos na fase inicial do processo, o que penaliza companhias sujeitas a tais processos mesmo que fique provado que nenhuma improbidade foi cometida. A eventual condenação da Companhia em um processo no exterior em relação incorreções relevantes ou omissões relevantes no Preliminary Offering Memorandum ou no Offering Memorandum, se envolver valores elevados, poderá ter um impacto significativo e adverso para a Companhia. Após a assinatura do Contrato de Colocação e o deferimento dos respectivos pedidos de registros da Oferta pela CVM, uma cópia do Contrato de Colocação estará disponível para consulta ou cópia nos endereços dos Coordenadores da Oferta indicados nesta seção em “Informações Complementares da Oferta”. Informações sobre a Garantia Firme de Liquidação A garantia firme de liquidação consiste na obrigação individual e não-solidária dos Coordenadores da Oferta de subscrever/adquirir, na Data de Liquidação, pelo Preço por Ação, a quantidade de Ações objeto da Oferta (que inclui a Oferta de Varejo e a Oferta Institucional) que não tenha sido efetivamente liquidada no mercado. Esta garantia individual e não-solidária, é vinculante a partir do momento em que for concluído o Procedimento de Bookbuilding e assinado o Contrato de Colocação. Assim, caso a totalidade das Ações não seja totalmente liquidada na Data da Liquidação, cada Coordenador da Oferta subscreverá/adquirirá de forma individual e não-solidária, e respeitados os respectivos limites individuais de garantia individual e não-solidária prestada por cada Coordenador da Oferta, pelo Preço por Ação, na Data de Liquidação, a totalidade do saldo resultante da diferença (a) entre o número de Ações objeto da garantia firme de liquidação por eles prestada, nos termos do Contrato de Colocação, e (b) o número de Ações efetivamente colocado no mercado e pago pelos investidores. Em caso de exercício da garantia firme de liquidação e posterior revenda das Ações ao público pelos Coordenadores da Oferta até a publicação do Anúncio de Encerramento, o preço de revenda será o preço de mercado das Ações, limitado ao Preço por Ação, ressalvadas as atividades de estabilização a serem contratadas pela Credit Suisse (Brasil) S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários. Nos termos do Contrato de Colocação, os respectivos limites individuais de garantia individual e nãosolidária prestada por cada Coordenador são os seguintes: % em relação ao total de Ações efetivamente colocado no mercado Coordenador Coordenador Líder ........................................................ JP Morgan..................................................................... Total ............................................................................ 55% 45% 100% 40 Restrições à Negociação das Ações (lock-up) Nos termos dos contratos a serem assinados com os Agentes de Colocação Internacional na data de assinatura do Placement Facilitation Agreement, a Companhia e os Acionistas Vendedores, os membros do Conselho de Administração e da Diretoria da Companhia que detiverem ações na data de assinatura do Placement Facilitation Agreement, sujeitos a determinadas exceções, obrigam-se pelo prazo de 180 dias contados da data da publicação do Anúncio de Início, inclusive, salvo na hipótese de prévio consentimento por escrito dos Agentes de Colocação Internacional, a não emitir, ofertar, vender, contratar a venda, dar em garantia, emprestar ou outorgar opção de compra de quaisquer ações de emissão da Companhia, ou outros valores mobiliários conversíveis em ou permutáveis por ações de emissão da Companhia, bem como abster-se de celebrar operação de swap, hedge, venda a descoberto ou de outra natureza que venha a transferir, no todo ou em parte, quaisquer dos benefícios econômicos advindos da titularidade dos Valores Mobiliários. A presente restrição à negociação de ações abrange a divulgação pública de qualquer intenção de realizar as operações acima descritas. Quaisquer Valores Mobiliários recebidos por conta do exercício de opções outorgadas a Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações estarão igualmente sujeitos à restrição à transferência de ações. Os Valores Mobiliários que venham a ser adquiridos pelos Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações no mercado aberto não estarão sujeitos às referidas restrições. Adicionalmente, nos termos do Regulamento do Novo Mercado, nos 6 meses subseqüentes à data da publicação do Anúncio de Início, o Controlador (conforme definido no Regulamento do Novo Mercado), os membros do Conselho de Administração e Diretores da Companhia não poderão vender e/ou ofertar à venda quaisquer das ações e Derivativos (conforme definido no Regulamento do Novo Mercado) da Companhia de que eram titulares imediatamente após a efetivação da Oferta. Após esse período inicial de 6 meses, o Controlador, os membros do Conselho de Administração e Diretores da Companhia não poderão, por mais 6 meses, vender e/ou ofertar à venda mais do que 40% das ações e Derivativos da Companhia de que eram titulares imediatamente após a efetivação da Oferta. Não obstante as operações vedadas durante o Período de Lock-up por força dos referidos contratos assinados pela Companhia, pelos Acionistas Vendedores, pelos membros de Conselho de Administração e da Diretoria da Companhia que detiverem ações na data deste Prospecto (“Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações”), as seguintes transferências de Valores Mobiliários, nos termos dos contratos assinados com os Agentes de Colocação Internacional na data deste Prospecto, serão permitidas (“Transferências Permitidas”): (a) transferência a título de doações em boa-fé a familiares, organizações sem fins lucrativos ou instituições de caridade ou fundações particulares (trust), desde que o donatário se vincule por escrito à restrição à transferência de ações e confirme estar em conformidade com referidos contratos a serem assinados pelos Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações; (b) transferência de Valores Mobiliários para qualquer pessoa da qual os Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações ou suas subsidiárias, afiliadas ou familiares diretos sejam beneficiários diretos ou indiretos, desde que tal pessoa se vincule por escrito à restrição à transferência de ações e confirme estar em conformidade com referidos contratos a serem assinados pelos Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações e desde que não se trate de transferência onerosa; (c) transferência para qualquer pessoa titular de ações ou quotas dos Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações na data imediatamente anterior à publicação do Anúncio de Início, bem como para as subsidiárias e afiliadas de tais pessoas, desde que esta se vincule por escrito à restrição à transferência de ações e confirme estar em conformidade com referidos contratos a serem assinados pelos Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações; (d) a transferência de Valores Mobiliários a um corretor, no contexto da realização de atividades de formador de mercado, de acordo com a legislação aplicável, inclusive com a Instrução CVM nº 384, de 17 de março de 2003, e com o Código de Auto-Regulação da Associação Nacional dos Bancos de Investimento – ANBID, para as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários; 41 (e) transferência de Valores Mobiliários por Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações após a obtenção de autorização prévia por escrito dos Agentes de Colocação Internacional; e (f) o empréstimo de Valores Mobiliários por Sujeitos às Restrições de Transferência de Ações aos Coordenadores da Oferta ou a quaisquer entidades indicadas por eles com a finalidade de permitir a realização de atividades de estabilização do preço das ações de emissão da Companhia ao Preço por Ação, quando aplicável. Estabilização do Preço por Ação O Coordenador Líder, por intermédio da Credit Suisse (Brasil) S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, poderá, a seu exclusivo critério, realizar atividades de estabilização de preço das Ações, pelo prazo de até 30 dias contados da data de publicação do Anúncio de Início, por meio de operações de compra e venda de Ações em conformidade com as disposições legais aplicáveis e o Contrato de Estabilização, o qual deverá ser aprovado pela BOVESPA e pela CVM antes da publicação do Anúncio de Início. Uma cópia do Contrato de Estabilização estará disponível para consulta ou cópia nos endereços dos Coordenadores da Oferta indicados nesta seção em “Informações Complementares da Oferta”. Direitos, Vantagens e Restrições das Ações As Ações garantem aos seus titulares os seguintes direitos: (i) direito de voto nas assembléias gerais da Companhia, sendo que a cada Ação corresponderá um voto; (ii) direito ao dividendo mínimo obrigatório, em cada exercício social, equivalente a 25% do lucro líquido ajustado nos termos do artigo 202 da Lei das Sociedades por Ações; (iii) direito de alienação de suas Ações, nas mesmas condições asseguradas ao acionista controlador alienante, no caso de alienação, direta ou indireta, a título oneroso do controle da Companhia, tanto por meio de uma única operação, como por meio de operações sucessivas (tag along com 100% do preço); (iv) direito de alienação de suas Ações em oferta pública a ser efetivada pelo acionista controlador ou pela Companhia, em caso de cancelamento do registro de companhia aberta e somente pelo acionista controlador em caso de cancelamento de listagem no Novo Mercado, no mínimo, pelo seu respectivo valor econômico apurado mediante elaboração de laudo de avaliação por empresa especializada e independente, com experiência comprovada e escolhida pela assembléia de acionistas titulares de Ações em circulação a partir de lista tríplice apresentada pelo Conselho de Administração, sendo que os custos de elaboração de referido laudo deverão ser integralmente suportados pelo ofertante; e (v) direito integral aos dividendos e demais direitos pertinentes às Ações que vierem a ser declarados pela Companhia a partir da Data de Liquidação. Mecanismo de Proteção da Dispersão da Base Acionária Nosso Estatuto Social contém disposição que tem o efeito de evitar a concentração de nossas ações nas mãos de um grupo pequeno de investidores, de modo a promover uma base acionária mais dispersa. A disposição nesse sentido exige que qualquer acionista que adquira ou se torne titular de (i) ações de nossa emissão; ou (ii) de outros direitos, inclusive o usufruto e o fideicomisso, sobre ações de emissão da Companhia, em quantidade igual ou superior a 20% do capital social da Companhia, deverá efetivar uma oferta pública de aquisição de ações para aquisição da totalidade das ações de emissão da nossa Companhia. Esse acionista adquirente deverá solicitar o registro da oferta no prazo máximo de 30 dias a contar da data de aquisição ou do evento que resultou na titularidade de ações em quantidade igual ou superior a 20% do total de ações de nossa emissão. 42 A oferta pública de aquisição deverá ser (i) dirigida indistintamente a todos os acionistas da Companhia; (ii) efetivada em leilão a ser realizado na BOVESPA; (iii) lançada pelo preço determinado de acordo com o procedimento previsto no §2º do art. 50 do Estatuto Social da Companhia; e (iv) paga à vista, em moeda corrente nacional, contra a aquisição na oferta pública de aquisição de ações de emissão da Companhia. O preço de aquisição na oferta pública de aquisição de cada ação de emissão da Companhia não poderá ser inferior ao maior valor entre (i) 130% do valor econômico apurado em laudo de avaliação; (ii) 130% do preço de emissão das ações em qualquer aumento de capital realizado mediante distribuição pública ocorrido no período de 12 meses que anteceder à data em que se tornar obrigatória a realização da oferta pública de aquisição, nos termos do art. 50 do Estatuto Social da nossa Companhia, devidamente atualizado pelo IPCA até o momento do pagamento; (iii) 130% da cotação unitária média das ações de emissão da Companhia durante o período de 90 dias anterior à realização da oferta pública de aquisição, ponderada pelo volume de negociação na bolsa de valores em que houver o maior volume de negociações das ações de emissão da Companhia; e (iv) 130% do preço unitário mais alto pago pelo acionista adquirente, a qualquer tempo, por uma ação ou lote de ações de emissão da Companhia. Caso a regulamentação da CVM aplicável à oferta pública de aquisição prevista nesse caso determine a adoção de um critério de cálculo para a fixação do preço de aquisição de cada ação da Companhia na oferta pública de aquisição que resulte em preço de aquisição superior, deverá prevalecer na efetivação da oferta pública aquele preço de aquisição calculado nos termos da regulamentação da CVM. A realização da oferta pública de aquisição de ações mencionada acima não excluirá a possibilidade de outro acionista da Companhia, ou, se for o caso, a própria Companhia, formular uma oferta concorrente, nos termos da regulamentação aplicável. O acionista adquirente, titular de ações em quantidade igual ou superior a 20% do total de ações de nossa emissão, estará obrigado a atender às eventuais solicitações ou às exigências da CVM, formuladas com base na legislação aplicável, relativas à oferta pública de aquisição de ações, dentro dos prazos máximos prescritos na regulamentação aplicável. Na hipótese daquele acionista adquirente não cumprir com as obrigações impostas no art. 50 do Estatuto Social da Companhia, inclusive no que concerne ao atendimento dos prazos máximos (i) para a realização ou solicitação do registro da oferta pública de aquisição de ações; ou (ii) para atendimento das eventuais solicitações ou exigências da CVM; o Conselho de Administração da Companhia convocará Assembléia Geral Extraordinária (onde aquele acionista adquirente não poderá votar) para deliberar sobre a suspensão do exercício dos direitos daquele acionista adquirente, conforme disposto no artigo 120 da Lei das Sociedades por Ações, sem prejuízo da responsabilidade do acionista adquirente pelas perdas e danos causados aos demais acionistas em decorrência do descumprimento das obrigações impostas no Estatuto Social da nossa Companhia. A obrigação de realizar uma oferta pública de aquisição nos termos aqui descritos não se aplica na hipótese de uma pessoa tornar-se titular de ações de nossa emissão em quantidade superior a 20% do total das ações em decorrência (i) de sucessão legal, sob a condição de que o acionista aliene o excesso de ações em até 30 dias contados do evento relevante; (ii) da incorporação de uma outra sociedade pela Companhia; (iii) da incorporação de ações de uma outra sociedade pela Companhia; ou (iv) da subscrição de ações da Companhia, realizada em uma única emissão primária, que tenha sido aprovada em Assembléia Geral de acionistas da Companhia, convocada pelo seu Conselho de Administração, e cuja proposta de aumento de capital tenha determinado a fixação do preço de emissão das ações com base em valor econômico obtido a partir de um laudo de avaliação econômico-financeira da Companhia realizada por empresa especializada com experiência comprovada em avaliação de companhias abertas. 43 Para fins do cálculo do percentual de 20% do total de nossas ações, não serão computados os acréscimos involuntários de participação acionária resultantes de cancelamento de ações em tesouraria ou de redução do capital social da Companhia com o cancelamento de ações. Apenas a Assembléia Geral poderá dispensar o acionista adquirente da obrigação de efetivar a oferta pública de aquisição de ações prevista no artigo 50 do Estatuto Social da Companhia, caso seja do interesse da Companhia. Os acionistas titulares de, no mínimo, 10% das ações de emissão da Companhia poderão requerer aos administradores da Companhia que convoquem assembléia especial de acionistas para deliberar sobre a realização de nova avaliação da Companhia para fins de revisão do preço da aquisição. O novo laudo de avaliação deverá ser preparado nos mesmos moldes do laudo de avaliação referido no artigo 48 do Estatuto Social da Companhia, de acordo com os procedimentos previstos no artigo 4º-A da Lei das Sociedades por Ações e com observância ao disposto na regulamentação aplicável da CVM, nos regulamentos da BOVESPA. Os custos de elaboração do laudo de avaliação serão assumidos integralmente por aquele acionista adquirente. Caso a assembléia especial, mencionada acima, delibere pela realização de nova avaliação e o laudo de avaliação venha a apurar valor superior ao valor inicial da oferta pública para a aquisição de ações, poderá o comprador dela desistir, obrigando-se neste caso, a observar, no que couber, o procedimento previsto nos artigos 23 e 24 da Instrução CVM 361/02, e a alienar o excesso de participação no prazo de três meses contados da data da mesma assembléia especial. Admissão à Negociação de Ações Nossas Ações passarão a ser listadas no Novo Mercado sob o código “SLCE3”. Não foi e não será realizado nenhum registro da Oferta ou das Ações na SEC ou em qualquer agência ou órgão regulador do mercado de capitais de qualquer outro país, exceto no Brasil. A data de início da negociação das nossas Ações será 15 de junho de 2007. Alteração das Circunstâncias, Revogação ou Modificação Nós poderemos requerer que a CVM nos autorize a modificar ou cancelar a Oferta, caso ocorram alterações posteriores, materiais e inesperadas nas circunstâncias inerentes à Oferta, existentes na data do pedido de registro de distribuição, que resultem em um aumento relevante nos riscos assumidos por nós. Adicionalmente, nós poderemos modificar, a qualquer tempo, a Oferta a fim de melhorar seus termos e condições para os investidores, conforme disposto no parágrafo 3º, do artigo 25 da Instrução CVM 400. Caso o requerimento de modificação das condições da Oferta seja aceito pela CVM, o prazo para distribuição da Oferta poderá ser adiado em até 90 dias, contados da aprovação do pedido de registro. Se a Oferta for cancelada, os atos de aceitação anteriores e posteriores ao cancelamento serão considerados ineficazes. A revogação ou qualquer modificação da Oferta será imediatamente divulgada por meio do Jornal “Valor Econômico”, veículo também usado para divulgação do Aviso ao Mercado e do Anúncio de Início, conforme disposto no artigo 27 da Instrução CVM 400. Após a publicação do anúncio de retificação, os Coordenadores da Oferta somente aceitarão ordens no Procedimento de Bookbuilding e Pedidos de Reserva daqueles investidores que se declararem cientes dos termos do anúncio de retificação. Os investidores que já tiverem aderido à Oferta serão considerados cientes dos termos do anúncio de retificação se, passados cinco dias úteis de sua publicação, não revogarem expressamente suas ordens no Procedimento de Bookbuilding ou seus Pedidos de Reserva. Nessa hipótese, as Instituições Participantes da Oferta presumirão que os investidores pretendem manter a declaração de aceitação. Em qualquer hipótese, a revogação torna ineficazes a Oferta e os atos de aceitação anteriores ou posteriores, devendo ser restituídos integralmente aos investidores aceitantes os valores dados em contrapartida às Ações, sem qualquer acréscimo, conforme disposto no artigo 26 da Instrução CVM 400, sendo permitida a dedução do valor relativo à CPMF, conforme aplicável. 44 Suspensão e Cancelamento da Oferta Nos termos do artigo 19 da Instrução CVM 400, a CVM (a) poderá suspender ou cancelar, a qualquer tempo, uma oferta que: (i) esteja se processando em condições diversas das constantes da Instrução CVM 400 ou do registro; ou (ii) tenha sido havida por ilegal, contrária à regulamentação da CVM ou fraudulenta, ainda que após obtido o respectivo registro; e (b) deverá suspender qualquer oferta quando verificar ilegalidade ou violação de regulamento sanáveis. O prazo de suspensão de uma oferta não poderá ser superior a 30 dias, durante o qual a irregularidade apontada deverá ser sanada. Findo tal prazo sem que tenham sido sanados os vícios que determinaram a suspensão, a CVM deverá ordenar a retirada da referida oferta e cancelar o respectivo registro. A suspensão ou o cancelamento da Oferta será informado aos investidores que já tenham aceitado a Oferta, sendo-lhes facultado, na hipótese de suspensão, a possibilidade de revogar a aceitação até o 5º dia útil posterior ao recebimento da respectiva comunicação. Todos os investidores que tenham revogado a sua aceitação, na hipótese de suspensão, conforme previsto acima, terão direito à restituição integral dos valores dados em contrapartida às Ações, conforme o disposto no parágrafo único do artigo 20 da Instrução CVM 400, no prazo de até três dias úteis, sem qualquer remuneração ou correção monetária, com a dedução do valore relativo à CPMF. Relacionamento entre a Companhia, os Acionistas Vendedores, os Coordenadores da Oferta e os Coordenadores Contratados. Relacionamento entre a Companhia e os Coordenadores da Oferta Exceto no que se refere à Oferta, o Coordenador Líder ou sociedades de seu conglomerado econômico não possuem atualmente qualquer relacionamento com a Companhia e suas coligadas e/ou controladas. A Companhia e suas coligadas e/ou controladas poderão, no futuro, contratar o Coordenador Líder ou sociedades de seu conglomerado econômico para a realização de operações financeiras, incluindo, entre outras, investimentos, emissões de valores mobiliários, prestação de serviços de banco de investimento, consultoria financeira ou quaisquer outras operações financeiras necessárias à condução das suas atividades, pelos quais o Coordenador Líder ou sociedades de seu conglomerado econômico pretendem ser remunerados de acordo com práticas usuais do mercado financeiro. A Companhia e suas coligadas e/ou controladas mantiveram e mantêm relacionamento comercial no curso normal dos seus negócios com o JPMorgan e sociedades de seu conglomerado econômico de acordo com práticas usuais do mercado financeiro. Em 1999, o JPMorgan e sociedades de seu conglomerado econômico assessoraram o Grupo SLC na venda de suas ações em uma joint-venture com o grupo americano John Deere. Atualmente, o JPMorgan e sociedades de seu conglomerado econômico possuem operações de crédito, cujo saldo em aberto no valor aproximado de US$3,2 milhões junto ao JP Morgan Chase Bank, à taxa de LIBOR com vencimento em agosto de 2007, garantido por aval da SLC Participações. Adicionalmente, o JPMorgan e sociedades de seu conglomerado econômico poderão prestar no futuro, serviços de banco de investimento, consultoria financeira e outros serviços correlatos, pelos quais pretendem ser remunerado de acordo com práticas usuais do mercado financeiro. Relacionamento entre a Companhia e os Coordenadores Contratados A Companhia e suas coligadas e/ou controladas mantêm relacionamento comercial no curso normal dos seus negócios com o Bradesco e as demais instituições financeiras integrantes de seu conglomerado financeiro de acordo com práticas usuais do mercado financeiro. Nesse contexto, o Bradesco e/ou as demais instituições financeiras integrantes de seu conglomerado financeiro realizam operações de Hedge Swap e Câmbio, que totalizam R$2,42 milhões, e possuem prazo de 4 meses a 10 meses e taxa de 2,12% a.a a 5,70 % a.a. Adicionalmente, o Bradesco poderá prestar no futuro, serviços de banco de investimento, consultoria financeira e outros serviços correlatos, pelos quais o Bradesco pretende ser remunerado. 45 A Companhia e suas coligadas e/ou controladas mantêm relacionamento comercial no curso normal dos seus negócios com o Banco do Brasil e sociedades de seu conglomerado econômico de acordo com práticas usuais do mercado financeiro. Nesse contexto, o Banco do Brasil e sociedades de seu conglomerado econômico prestam serviços bancários como, por exemplo, serviços de conta-corrente, pagamento de salários, seguros, aplicações financeiras, consultoria em negócios internacionais e operações de empréstimos, principalmente, operações de custeio agrícola com recursos controlados do crédito rural, além de financiamentos ao amparo do Fundo Constitucional do Centro – FCO e FAT INTEGRAR. As operações de financiamento totalizam R$28,5 milhões, sendo que as operações de custeio possuem prazo de até 12 meses e as de investimento até 6 anos, com taxas médias de 8,75% a.a. para os custeios e 9,50% a.a. para os investimentos. Adicionalmente, o Banco do Brasil e sociedades de seu conglomerado econômico poderão prestar no futuro, serviços de banco de investimento, consultoria financeira e outros serviços correlatos, pelos quais pretendem ser remunerado de acordo com práticas usuais do mercado financeiro. Relacionamento entre os Acionistas Vendedores e os Coordenadores da Oferta Exceto no que se refere à Oferta, o Coordenador Líder e sociedades de seu conglomerado econômico não possuem atualmente qualquer relacionamento com os Acionistas Vendedores e suas coligadas e/ou controladas. Os Acionistas Vendedores e suas coligadas e/ou controladas poderão, no futuro, contratar o Coordenador Líder ou sociedades de seu conglomerado econômico para a realização de operações financeiras, incluindo, entre outras, investimentos, emissões de valores mobiliários, prestação de serviços de banco de investimento, consultoria financeira ou quaisquer outras operações financeiras necessárias à condução das suas atividades, pelos quais o Coordenador Líder ou sociedades de seu conglomerado econômico pretendem ser remunerados de acordo com práticas usuais do mercado financeiro. Exceto no que se refere à Oferta, o JPMorgan e sociedades de seu conglomerado econômico não possuem atualmente qualquer relacionamento com os Acionistas Vendedores e suas coligadas e/ou controladas. Os Acionistas Vendedores e suas coligadas e/ou controladas poderão, no futuro, contratar o JPMorgan ou sociedades de seu conglomerado econômico para a realização de operações financeiras, incluindo, entre outras, investimentos, emissões de valores mobiliários, prestação de serviços de banco de investimento, consultoria financeira ou quaisquer outras operações financeiras necessárias à condução das suas atividades, pelos quais o JPMorgan ou sociedades de seu conglomerado econômico pretendem ser remunerados de acordo com práticas usuais do mercado financeiro. Relacionamento entre os Acionistas Vendedores e os Coordenadores Contratados Bradesco A SLC Participações e suas coligadas e/ou controladas não possuem qualquer relacionamento comercial relevante com o Bradesco e sociedades de seu conglomerado econômico, exceto com relação à Oferta, da qual a SLC Participações faz parte na qualidade de Acionista Vendedora. Adicionalmente, o Bradesco e sociedades de seu conglomerado econômico poderão prestar no futuro, serviços de banco de investimento, consultoria financeira e outros serviços correlatos, pelos quais o Bradesco e sociedades de seu conglomerado econômico pretendem ser remunerados de acordo com práticas usuais do mercado financeiro. A Ferramentas Gerais e suas coligadas e/ou controladas mantêm relacionamento comercial no curso normal dos seus negócios com o Bradesco e as demais instituições financeiras integrantes de seu conglomerado financeiro de acordo com práticas usuais do mercado financeiro. Nesse contexto, o Bradesco e/ou as demais instituições financeiras integrantes de seu conglomerado financeiro, realizam operações de financiamento, prestação de serviço de contas a pagar e receber, aplicações, e outros serviços bancários em geral. As operações de financiamento (Hedge Swap, Rs 2770 e Compror) totalizam R$6,54 milhões, e possuem prazo de 9 meses a 14 meses e taxa de 4,70% a.a a 19,48%a.a. Adicionalmente, o Bradesco poderá prestar no futuro, serviços de banco de investimento, consultoria financeira e outros serviços correlatos, pelos quais o Bradesco pretende ser remunerado. 46 Banco do Brasil A SLC Participações e suas coligadas e/ou controladas não possuem qualquer relacionamento comercial relevante com o Banco do Brasil e sociedades de seu conglomerado econômico, exceto com relação à Oferta, da qual a SLC Participações faz parte na qualidade de Acionista Vendedora. Adicionalmente, o Banco do Brasil e sociedades de seu conglomerado econômico poderão prestar no futuro, serviços de banco de investimento, consultoria financeira e outros serviços correlatos, pelos quais o Banco do Brasil e sociedades de seu conglomerado econômico pretendem ser remunerados de acordo com práticas usuais do mercado financeiro. A Ferramentas Gerais e suas coligadas e/ou controladas mantêm relacionamento comercial no curso normal dos seus negócios com o Banco do Brasil e sociedades de seu conglomerado econômico de acordo com práticas usuais do mercado financeiro. Nesse contexto, o Banco do Brasil e sociedades de seu conglomerado econômico, realizam serviços de pagamento de salário, cobrança e pagamento de fornecedores. Adicionalmente, o Banco do Brasil e sociedades de seu conglomerado econômico poderão prestar no futuro, serviços de banco de investimento, consultoria financeira e outros serviços correlatos, pelos quais o Banco do Brasil e sociedades de seu conglomerado econômico pretendem ser remunerados de acordo com práticas usuais do mercado financeiro. CS Corretora A SLC Participações e suas coligadas e/ou controladas não possuem qualquer relacionamento comercial relevante com a CS Corretora e sociedades de seu conglomerado econômico, exceto com relação à Oferta, da qual a SLC Participações faz parte na qualidade de Acionista Vendedora. Adicionalmente, a CS Corretora e sociedades de seu conglomerado econômico poderão prestar no futuro, serviços de banco de investimento, consultoria financeira e outros serviços correlatos, pelos quais a CS Corretora e sociedades de seu conglomerado econômico pretendem ser remunerados de acordo com práticas usuais do mercado financeiro. A SLC Participações e suas coligadas e/ou controladas não possuem qualquer relacionamento comercial relevante com a CS Corretora e sociedades de seu conglomerado econômico, exceto com relação à Oferta, da qual a SLC Participações faz parte na qualidade de Acionista Vendedora. Adicionalmente, a CS Corretora e sociedades de seu conglomerado econômico poderão prestar no futuro, serviços de banco de investimento, consultoria financeira e outros serviços correlatos, pelos quais a CS Corretora e sociedades de seu conglomerado econômico pretendem ser remunerados de acordo com práticas usuais do mercado financeiro. Instituição Financeira Escrituradora das Ações A instituição financeira contratada para a prestação de serviços de escrituração das Ações é o Banco Itaú S.A. Negociação com Derivativos O Credit Suisse Securities (Europe) Limited e/ou suas afiliadas podem celebrar, no exterior, operações com derivativos de Ações, agindo por conta e ordem de seus clientes. O Credit Suisse Securities (Europe) Limited e/ou suas afiliadas poderão adquirir Ações na Oferta como forma de proteção (hedge) para essas operações. Essas operações poderão afetar a demanda, preço ou outros termos da Oferta. Informações Complementares da Oferta Os Coordenadores da Oferta recomendam aos investidores, antes de tomarem qualquer decisão de investimento relativa às Ações ou à Oferta, a leitura cuidadosa deste Prospecto. A leitura deste Prospecto possibilita aos investidores uma análise detalhada dos termos e condições da Oferta e dos riscos a ela inerentes. 47 Maiores informações sobre a Oferta e sobre o procedimento de reserva, incluindo a obtenção de cópias do Contrato de Colocação, do Contrato de Estabilização e dos demais documentos e contratos relativos à Oferta poderão ser obtidas com os Coordenadores da Oferta e com os Coordenadores Contratados, nos endereços e telefones abaixo mencionados. Para a obtenção de mais informações adicionais sobre a Oferta, os investidores interessados deverão dirigir-se à CVM, nos seguintes endereços: (a) Rua Sete de Setembro, 111, 5º andar, Rio de Janeiro – RJ, tel.: (0xx21) 3233-8686 ou (b) Rua Cincinato Braga, 340, 2º, 3º e 4º andares, São Paulo – SP, tel.: (0xx11) 2146-2006, ou contatar quaisquer das Instituições Participantes da Oferta, nos endereços indicados abaixo: Instituições Participantes da Oferta Coordenadores da Oferta Coordenador Líder Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. Av. Brigadeiro Faria Lima, nº 3.064, 13º andar CEP 04538-132 – São Paulo – SP At.: Sr. Adriano Borges Telefone: +55 (11) 3841-6800 Fax: +55 (11) 3841-6912 http://br.credit-suisse.com/ofertas Banco J.P. Morgan S.A. Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 3.729, 13º andar CEP 04538-905 – São Paulo – SP At.: Sr. Marcelo Vainstein Tel: +55 (11) 3048-3700 Fax: +55 (11) 3048-3760 http://www.jpmorgan.com/pages/jpmorgan/investbk/brasil/prospecto/slc Coordenadores Contratados Banco Bradesco BBI S.A. Avenida Paulista, nº 1450 - 8º andar CEP 01310-917 – São Paulo – SP At.: Sr.Rômulo de Mello Dias Tel: +55 (11) 2178-4800 Fax: +55 (11) 2178-4880 http://www.shopinvest.com.br/ofertaspublicas BB Banco de Investimento S.A. Rua Senador Dantas, nº 105, 36º andar CEP 20031-080 – Rio de Janeiro – (RJ) At.: Sr. Alexandre Wanzeller Casali Tel: +55 (21) 3808-2742 Fax: +55 (21) 3808-3239 http://www.bb.com.br/portal/emp/ep/srv/cpt/dwn/slc.pdf 48 Credit Suisse (Brasil) S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 3.064, 13º andar (parte) CEP 01451-000 – São Paulo – SP At.: Sra. Milena Aloisi Tel: +55 (11) 3841-6800 Fax: +55 (11) 3841-6209 http://br.credit-suisse.com/ofertas Corretoras Consorciadas Informações das corretoras de títulos e valores mobiliários credenciadas na CBLC para participar da Oferta, conforme indicadas no Aviso ao Mercado. Informações adicionais sobre as Corretoras Consorciadas poderão ser obtidas no website da CBLC (www.cblc.com.br). 49 IDENTIFICAÇÃO DOS ADMINISTRADORES, CONSULTORES E AUDITORES Administrador O nosso Diretor Financeiro e de Relações com Investidores poderá prestar esclarecimentos sobre a Oferta Pública: Laurence Beltrão Gomes Tel: (51) 3230-7799 Fax: (51) 3230-7750 e-mail: [email protected] Consultores Os seguintes consultores estiveram envolvidos na Oferta: Coordenadores Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. At.: Sr. Adriano Borges* Av. Brigadeiro Faria Lima, n° 3.064, 01451-000 – São Paulo – SP Brasil Tel: +55 (11) 3841-6800 Fax: +55 (11) 3841-6912 * Banco J.P. Morgan S.A. At.: Sr. Marcelo Vainstein Av. Brigadeiro Faria Lima, n° 3729, 13º andar 04538-905 – São Paulo – SP Brasil Tel: +55 (11) 3048-3700 Fax: +55 (11) 3048-3760 A pessoa designada pelo Coordenador Líder para fins do disposto no artigo 33, parágrafo 3º, III da Instrução CVM 400 é o Sr. Adriano Borges. Consultores Legais da Companhia e dos Acionistas Vendedores Em Direito Brasileiro Em Direito Norte-Americano Pinheiro Neto Advogados At.: Sr. Henrique Lang Rua Hungria, n° 1100 01455-000 – São Paulo – SP Brasil Tel: +55 (11) 3247-8400 Fax: +55 (11) 3247-8600 Simpson Thacher & Bartlett LLP At.: Sr. S. Todd Crider 425 Lexington Avenue 10017-3954 – New York – NY USA Tel: +1 (212) 455-2000 Fax: +1 (212) 455-2502 Consultores Legais dos Coordenadores Em Direito Brasileiro Em Direito Norte-Americano Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados At.: Sr. Luiz Octavio Duarte Lopes Al. Joaquim Eugênio de Lima, n° 447 01403-001 – São Paulo – SP Brasil Tel: +55 (11) 3147-7102 Fax: +55 (11) 3147-7770 Davis Polk & Wardwell At.: Sr. Manuel Garciadiaz 450 Lexington Avenue 10017 – New York – NY USA Tel: +1 (212) 450-6095 Fax: +1 (212) 450-3428 50 Auditores Independentes Ernst & Young Auditores Independentes At.: Américo Franklin Ferreira Neto Centro Empresarial Mostardeiros Avenida Mostardeiros, n° 322, 10º andar, 90430-000 – Porto Alegre – RS Brasil Tel: +55 (51) 2104-2050 Fax: +55 (51) 2104-2059 Declaração da Companhia, dos Acionistas Vendedores e do Coordenador Líder nos termos do artigo 56 da Instrução CVM 400. As declarações da Companhia, dos Acionistas Vendedores e do Coordenador Líder nos termos do artigo 56 da Instrução CVM 400 encontram-se anexadas a este Prospecto Definitivo no Anexo D. A declaração de veracidade da Companhia foi prestada pelos Srs. Arlindo de Azevedo Moura, Diretor Presidente e Laurence Beltrão Gomes, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores. A declaração de veracidade dos Acionistas Vendedores foi prestada por seus representantes Srs. Jorge Luiz Silva Logemann, Eduardo Silva Logemann e Ricardo Müller. A declaração de veracidade do Coordenador Líder foi prestada pelo Sr. Bruno Szwarc, diretor e Sr. Allan Libman, procurador. 51 INFORMAÇÕES CADASTRAIS DA COMPANHIA Identificação SLC Agrícola S.A., sociedade anônima, inscrita no CNPJ sob o nº 89.096.457/0001-55, com seus atos constitutivos arquivados na Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul sob o NIRE 43.300.047.521. Sede A Companhia tem sede, foro e domicílio na Cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, Rua Bernardo Pires, 128, 4º andar, Santana. Diretoria de Relações com Investidores A Diretoria de Relações com Investidores está localizada na Cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, Rua Bernardo Pires, 128, 4º andar, Santana. O responsável por esta diretoria é o Sr. Laurence Beltrão Gomes. O telefone do departamento de relações com investidores é + 55 (51) 3230-7799, o fax é +55 (51) 3230-7750 e o e-mail é [email protected]. O endereço do nosso website é www.slcagricola.com.br. As informações contidas em nosso website não estão incluídas neste Prospecto. Auditores Independentes da Companhia Os auditores independentes da Companhia são da Ernst & Young Auditores Independentes S.S., localizada na Cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, na Avenida Mostardeiro, 322, 10º andar. O telefone dos auditores é+55 (51) 2104-2050. Novo Mercado Em 18 de maio de 2007, a Companhia celebrou “Contrato de Participação no Novo Mercado” com a BOVESPA. Esse contrato entrará em vigor na data da publicação do Anúncio de Início. As Ações serão listadas no segmento de Novo Mercado da BOVESPA, onde são negociadas sob o código “SLCE3” a partir do primeiro dia útil seguinte a data de publicação do Anúncio de Início. Jornais nos quais divulga informações As informações referentes à Companhia são divulgadas no Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul e nos jornais “Jornal do Comércio” de Porto Alegre e “Valor Econômico”. Atendimento aos Acionistas O atendimento aos acionistas da Companhia é efetuado em seu escritório administrativo localizado na Cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, Rua Bernardo Pires, 128, Santana. O responsável pelo departamento de acionistas é o Sr. Laurence Beltrão Gomes. O telefone é +55 (51) 3230-7799. Adicionalmente, o atendimento poderá ser efetuado no Banco Itaú S.A., localizado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, Rua Boa Vista nº 180, subsolo. O responsável pelo departamento de acionistas é o Sr. Silvio M. Uchoa Jr. O telefone é +55 (11) 3247-3138. Endereço de contato Itaú (conforme IAN): AV. ENG. ARMANDO DE ARRUDA PEREIRA, 707 - 9º andar / Responsável: CLÁUDIO VIEIRA / Telefone: +55 (11) 5029-1908. Informações Adicionais Quaisquer outras informações ou esclarecimentos sobre nossa Companhia e a Oferta Pública poderão ser obtidas na (i) Companhia, em nossa sede social; (ii) nos Coordenadores; (iii) na BOVESPA, na Rua XV de Novembro, 275, São Paulo - SP; e (iv) na CVM, na Rua Sete de Setembro, 111, 5º andar, Rio de Janeiro - RJ, ou na Rua Cincinato Braga, 340, 2º a 4º andares, São Paulo - SP. Domínio na Internet www.slcagricola.com.br. As informações contidas em nossa página na rede mundial de computadores não são partes integrantes deste Prospecto. 52 FATORES DE RISCO O investimento em nossas Ações envolve alto grau de risco. Antes de tomar qualquer decisão de investimento nas Ações, o investidor deve analisar cuidadosamente os fatores de risco aqui apontados, bem como as demais informações disponíveis no presente Prospecto, especialmente as demonstrações financeiras e suas respectivas notas explicativas. O preço de mercado das nossas Ações poderá ser negativamente afetado em razão da concretização de um ou mais fatores de risco e o investidor poderá perder o seu investimento, total ou parcialmente. Acreditamos que os seguintes fatores de risco são os que poderão nos afetar adversamente. Riscos adicionais, atualmente desconhecidos ou tidos como irrelevantes, também poderão ter um efeito adverso nos nossos negócios e no investimento das Ações no futuro. RISCOS RELATIVOS AO SETOR AGRÍCOLA E AOS NOSSOS NEGÓCIOS Variações climáticas poderão impactar negativamente a nossa produção e os nossos resultados. O setor agrícola é diretamente dependente do clima, e quaisquer variações climáticas podem ter um impacto significativo nas nossas atividades. Secas, inundações, ondas de calor, granizo e excesso de chuva são alguns dos fenômenos climáticos que poderão afetar as nossas lavouras e impactar negativamente a nossa produção, as nossas receitas e, conseqüentemente, os nossos resultados. Por exemplo, nos anos-safra de 2002/2003 e 2005/2006, o excesso de chuvas afetou nossa produção de algodão. Não há como mensurar, nem nos proteger contra, a nossa exposição aos diversos impactos que podem ser causados pelos diversos fenômenos da natureza, nem os possíveis prejuízos que poderemos sofrer em razão de variações climáticas. Além disso, como tem sido amplamente divulgado em estudos especializados, o aquecimento global está ocorrendo de forma acelerada, o que pode potencializar os efeitos dos fenômenos climáticos hoje conhecidos de forma imprevisível. O aquecimento global também pode contribuir para o surgimento de novos fenômenos ou para a ocorrência, no País, de fenômenos inéditos ou de difícil verificação, como furacões e tufões, dentre outros. Ademais, as temperaturas mínima e máxima, os índices pluviométricos e as demais características das microrregiões climáticas em que se encontram localizadas as nossas propriedades podem sofrer alterações imprevisíveis e devastadoras para o nosso negócio. A dependência do comércio internacional, a flutuação dos preços dos produtos agrícolas e flutuações no valor do real em relação ao dólar poderão prejudicar o nosso desempenho financeiro e os nossos resultados operacionais. O mercado interno brasileiro de produtos agrícolas é menor do que o seu atual potencial de produção, e as exportações respondem por parcelas cada vez mais significativas das nossas receitas de vendas. Medidas como restrições e quotas ou suspensões à importação adotadas por determinado país ou região poderão afetar substancialmente os volumes de exportação do setor e, conseqüentemente, o desempenho de nossas exportações e nossos resultados operacionais. Se a capacidade de venda competitiva de nossos produtos em um ou mais de nossos mercados significativos for prejudicada por qualquer desses eventos, podemos não conseguir realocar nossos produtos em outros mercados em termos igualmente favoráveis, e nosso negócio, situação financeira e resultados operacionais poderão ser prejudicados. A capacidade futura dos nossos produtos de concorrer de modo eficiente nos mercados de exportação e os preços que conseguiremos obter por nossos produtos agrícolas, tanto no mercado interno, quanto no mercado externo, dependerão de muitos fatores fora de nosso controle, tais como: (i) a volatilidade dos preços internacionais, sujeitos à oferta e demanda globais; (ii) condições meteorológicas; (iii) estratégias negociais adotadas por outras empresas que atuam no setor agrícola; 53 (iv) alterações dos níveis de subsídios agrícolas de certos produtores importantes (principalmente Estados Unidos e Comunidade Européia), mudanças de barreiras comerciais de certos mercados consumidores importantes (principalmente China) e adoção de outras políticas públicas que afetem as condições de mercado e os preços do setor; e (v) oferta e procura de commodities concorrentes e substitutivas. Além disso, a variação cambial, especialmente a do real em relação ao dólar, pode ter um impacto significativo sobre os nossos resultados operacionais. Em primeiro lugar porque os nossos produtos, bem como os insumos utilizados em nossa produção, são negociados internacionalmente, sendo que os preços do algodão e do café são definidos com base na Bolsa de Nova Iorque (NYBOT – New York Board of Trade), enquanto os preços da soja e do milho são definidos de acordo com a Bolsa de Chicago (CBOT – Chicago Board of Trade). Em segundo lugar porque a maior parte dos mercados é atendida por diversos fornecedores, de diferentes países e a competitividade dos produtores agrícolas no exterior poderá aumentar em relação à nossa devido à valorização do real frente ao dólar. Em 31 de março de 2007, todas as nossas vendas estavam denominadas ou atreladas ao dólar. A flutuação do real em relação ao dólar poderá impactar as nossas despesas financeiras, custos operacionais e receitas líquidas de exportação ou vendas em dólares no mercado interno, o que poderá causar um efeito adverso sobre os nossos resultados operacionais e financeiros. Pragas ou doenças poderão prejudicar as nossas colheitas e afetar os nossos resultados e a nossa imagem. As nossas lavouras atuais e futuras estão expostas a pragas e doenças, que podem afetar a nossa produção. O combate, ou o controle, das pragas e doenças hoje existentes e conhecidas demanda investimentos constantes, o que encarece o custo de nossa produção. As pragas hoje conhecidas por nós das lavouras de algodão, soja, milho e café estão sob controle atualmente, incluindo a ferrugem asiática, que em 2006 afetou as nossas lavouras de soja, e o bicudo, que em 2002 afetou nossas lavouras de algodão na Fazenda Pamplona. Porém, o surgimento de novas pragas e/ou a mutação dos tipos de pragas e doenças hoje existentes poderão afetar negativamente e até mesmo destruir parcialmente as nossas lavouras. O combate e o controle das novas pragas e doenças demandarão dispêndios adicionais, aumentarão o nosso custo de produção e poderão ter um efeito negativo sobre a nossa situação financeira e os nossos resultados. Ademais, caso não consigamos exterminar ou controlar determinada praga ou doença, as nossas lavouras poderão ser comprometidas, e não seremos capazes de atender aos nossos clientes, o que poderá prejudicar a nossa imagem no mercado e afetar a nossa situação financeira. Enfrentamos forte concorrência no mercado interno e externo, com relação a preços e a outros produtos. Enfrentamos concorrência mundial intensa em cada um de nossos mercados e em muitas de nossas linhas de produção. O mercado global de produtos agrícolas é altamente competitivo e também sensível a mudanças de capacidade industrial, estoques de produção e mudanças cíclicas das economias mundiais, fatores que poderão, isolada ou conjuntamente afetar de modo expressivo os preços de venda de nossos produtos e, portanto, a nossa rentabilidade. Em razão do fato de que nossos produtos constituem commodities agrícolas, eles concorrem nos mercados internacionais quase que exclusivamente com base no preço. Ademais, muitos outros produtores recebem em seus respectivos países subsídios que não existem no Brasil. Esses subsídios poderão permitir que os produtores tenham custos de produção mais baixos do que os nossos e/ou que enfrentem redução de preços e prejuízos operacionais por prazos mais longos do que nós. 54 Adicionalmente, as fibras sintéticas competem com o algodão em diversos segmentos. Acreditamos que o uso de fibras sintéticas tem contribuído negativamente para o crescimento da demanda por algodão no Brasil e no mundo. O uso de fibras sintéticas pelas grandes indústrias de têxteis do mundo pode reduzir a demanda por algodão de forma significativa, o que poderá afetar negativamente os nossos resultados operacionais e a nossa situação financeira e, por conseqüência, reduzir o valor das Ações e a sua liquidez. A nossa produção é vendida para poucos clientes, com forte poder de negociação. A nossa produção é vendida, em quase sua totalidade, para poucos clientes – de cinco a vinte empresas por produto - que adquirem grandes lotes de nossa produção e têm, portanto, forte poder de negociação. A título exemplificativo, em 2006, três de nossos principais clientes foram responsáveis por 90,7% da nossa receita decorrente da venda de soja. O mercado de compradores de commodities agrícolas é altamente concentrado, e não há garantia de que não vá se tornar ainda mais concentrado. Além disso, a forte competição existente entre os produtores agrícolas nos mercados interno e externo aumenta ainda mais o poder de negociação dos nossos clientes. Uma parcela substancial de nossos ativos é constituída por imóveis agrícolas, que não têm liquidez. Uma parcela substancial de nossos ativos é constituída por imóveis agrícolas, que de modo geral têm valor volátil e não têm liquidez. O mercado imobiliário agrícola do Brasil é especialmente caracterizado pela volatilidade e iliquidez. Conseqüentemente, poderemos enfrentar dificuldade em ajustar imediatamente nossa carteira de imóveis agrícolas, em resposta a eventuais alterações da conjuntura econômica ou negocial. A volatilidade da conjuntura de mercado local poderá afetar nossa capacidade de realizar alienações e receber o produto gerado por essas vendas, fatores estes que poderiam surtir efeito prejudicial relevante. Podemos enfrentar dificuldades na implementação de projetos de investimento, o que poderá afetar o nosso crescimento. Temos investido constantemente em pesquisa e desenvolvimento de forma a aprimorar as nossas lavouras e melhorar a nossa eficiência e produtividade. Pretendemos continuar a investir nas culturas atuais ou em novas culturas. Durante a implementação dos nossos projetos de investimento, poderemos enfrentar diversos obstáculos, dentre os quais (i) falhas e/ou atrasos na aquisição de equipamentos ou serviços necessários; (ii) aumento dos custos inicialmente estimados; (iii) dificuldades na obtenção de licenças ambientais e governamentais necessárias; (iv) mudanças nas condições de mercado que tornem os projetos menos rentáveis do que o previsto inicialmente; (v) impossibilidade de adquirir terras a preços atrativos, ou o aumento do preço das terras por conta do aumento da demanda de terra por nossos concorrentes; (vi) impossibilidade de encontrar e adquirir terras que apresentem situação regular e em cumprimento com as leis imobiliárias brasileiras; (vii) incapacidade de desenvolver infra-estrutura e atrair mão-de-obra qualificada em tempo hábil e de modo eficaz; (viii) desafios culturais decorrentes da integração de novos administradores e empregados em nossa organização; e (ix) necessidade de atualizar sistemas de contabilidade, informações administrativas e recursos humanos. Caso não consigamos gerenciar tais riscos com sucesso, o nosso potencial de crescimento e lucratividade poderá ser adversamente afetado. 55 A deficiência de logística de transporte, armazenamento e de processamento no Brasil constitui fator importante para expansão imobiliária agrícola futura, e não podemos garantir que conseguiremos obter logística de transporte, armazenamento e de processamento eficiente para que nossa produção chegue até os principais mercados de modo eficaz em termos de custo, ou em absoluto. Uma das principais desvantagens da agricultura brasileira reside no fato de que as regiões mais importantes de plantio ficam a aproximadamente 1.000 km dos principais portos. Em conseqüência, o acesso eficiente à infra-estrutura de transportes e portos é essencial para o crescimento da agricultura brasileira, como um todo, e para nossas operações em particular. Como parte integrante de nossa estratégia de expansão, podemos vir a adquirir e desenvolver terras em áreas específicas em que as condições ambientais sejam favoráveis, mas a infra-estrutura de transporte existente é precária. Melhorias de infra-estrutura de transporte que demandam investimentos vultosos são necessárias para tornar a produção agrícola mais acessível aos terminais de exportação a preços competitivos. Não podemos garantir que tais investimentos serão feitos pelo governo ou pelo setor privado. Uma porção substancial da produção agrícola brasileira é atualmente transportada por caminhões, um meio de transporte significativamente mais caro que o transporte ferroviário disponível nos Estados Unidos e em outros países produtores de commodities agrícolas. Considerando que a dependência do transporte rodoviário aumenta os nossos custos de produção, a nossa capacidade de competir no mercado mundial pode ser prejudicada, não obstante os projetos atualmente contemplados ou em fase de implementação. Conseqüentemente, poderemos não contar com transporte eficiente para que nossa produção chegue aos principais mercados de modo eficaz em termos de custo, ou não chegue em absoluto. Além disso, caso haja aumentos no preço do petróleo, nosso custo de frete deverá aumentar. Nossa política de controle de riscos pode não ser suficiente para cobrir eventuais riscos. Nossos negócios são afetados especialmente por flutuações nos preços das commodities agrícolas, preços de frete, preços de energia, taxas de juros e flutuações das taxas de câmbio. Realizamos hedge para nos proteger de tais riscos. Entretanto, a nossa estratégia de hedge pode não ser suficiente para minimizar a nossa exposição aos riscos a que estamos sujeitos, incluindo aqueles acima mencionados, dentre outros. A agricultura é uma atividade sazonal, o que pode ter um efeito adverso sobre as nossas receitas e os nossos resultados. As nossas atividades e, conseqüentemente, as nossas receitas estão diretamente relacionadas aos ciclos das nossas lavouras e, por isso, têm natureza sazonal. Os nossos resultados operacionais sofrem variações significativas entre o período de plantio e colheita de cada safra, o que cria flutuações nos nossos estoques, normalmente com picos no primeiro trimestre para cobrir as vendas na entressafra de algodão, soja e milho. A sazonalidade das nossas lavouras também implica a sazonalidade do nosso lucro bruto apurado em bases diferentes do exercício social, o que pode causar um efeito adverso significativo nos resultados operacionais apurados em bases diferentes do exercício social, bem como no valor ou na liquidez de nossas Ações. Estamos sujeitos a ampla regulamentação ambiental. Nossas atividades estão sujeitas a um amplo conjunto de leis e regulamentos federais, estaduais e municipais relativos à proteção do meio-ambiente, que nos impõem diversas obrigações de cunho ambiental, como, por exemplo, a manutenção compulsória de 35% das nossas propriedades, como áreas preservadas por serem localizadas no Cerrado, administração adequada de pesticidas e de resíduos perigosos correlatos e obtenção de autorizações de uso de recursos hídricos. Em razão do curso normal de nossas atividades, que inclui a aplicação de inseticidas e o armazenamento de nossa produção, dentre outras variáveis, poderemos ficar expostos a penalidades criminais e administrativas, além da obrigação de recuperar o meio-ambiente e pagar indenização a terceiros por possíveis danos decorrentes do descumprimento da legislação em questão. 56 Como as leis ambientais e a sua aplicação têm se tornado cada vez mais rigorosas, nossos dispêndios para o atendimento de exigências ambientais poderão aumentar substancialmente no futuro. Ademais, em razão da possibilidade de implementação de atos regulatórios ou de outra natureza, no futuro, o valor e a periodicidade de dispêndios referentes à preservação do meio-ambiente poderão variar significativamente em relação à previsão atual. Tais dispêndios poderão acarretar reduções de outros investimentos estratégicos planejados e a conseqüente redução dos nossos lucros. Estamos sujeitos à ocorrência de invasões, incêndios e outros sinistros que poderão afetar as nossas propriedades, a nossa produção e os nossos resultados. As nossas atividades estão sujeitas à ocorrência de uma série de sinistros, dentre os quais incêndios que poderão dizimar parcialmente as nossas propriedades e lavouras, furtos de máquinas e equipamentos agrícolas e acidentes envolvendo nossos funcionários. Não obstante termos seguro que cobrem danos causados aos nossos prédios por incêndios e vendavais, incluindo os produtos agrícolas depositados dentro dos armazéns, máquinas e equipamentos, bem como seguro para certos veículos, máquinas e equipamentos, nossa cobertura de seguro pode não ser suficiente para nos propiciar proteção integral contra esses tipos de sinistros. Poderemos, ainda, sofrer invasões em nossas fazendas por parte de movimentos sociais, tais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. A ocorrência de um ou mais desses eventos no futuro poderá afetar a nossa situação financeira e os nossos resultados. RISCOS RELATIVOS AO BRASIL O Governo Federal exerce influência significativa sobre a economia brasileira. Essa influência, bem como a conjuntura econômica e a política brasileira, poderá vir a causar um efeito adverso relevante nas nossas atividades, nos nossos resultados operacionais e no preço de mercado das ações ordinárias de nossa emissão. O Governo Federal freqüentemente intervém na economia do País e ocasionalmente realiza modificações significativas em suas políticas e normas. As medidas tomadas pelo Governo Federal para controlar a inflação, além de outras políticas e normas, muitas vezes implicaram aumento das taxas de juros, mudança das políticas fiscais, alterações na legislação tributária, controle de preços, desvalorização cambial, controle de capital e limitação às importações, entre outras medidas. Nossas atividades, situação financeira, receitas, resultados operacionais e o preço de mercado das ações ordinárias de nossa emissão poderão vir a ser prejudicados de maneira relevante por mudanças nas políticas ou normas que envolvam ou afetem certos fatores, tais como: • ambiente regulatório relacionado às operações dos nossos negócios; • políticas de incentivo ao setor agrícola; • taxas de juros; • instabilidade social e política; • escassez de energia; • flutuações nas taxas de câmbio; • políticas de restrição e controle cambial como aquelas brevemente impostas em 1987 e 1990; • inflação; • liquidez dos mercados financeiros e de capitais nacionais; • políticas tributárias; e • outros eventos políticos, sociais e econômicos no Brasil ou que afetem o Brasil. 57 O desempenho da economia brasileira tem sido impactado por acontecimentos no cenário político. Historicamente, crises e escândalos políticos têm abalado a confiança dos investidores e do público em geral e afetado negativamente o desenvolvimento da economia e o preço de mercado das ações de companhias brasileiras. Adicionalmente, eleições presidenciais foram realizadas no Brasil em outubro de 2006 e a administração pós-eleição, do Governo Lula, pode buscar implementar novas políticas. Nós não podemos prever quais políticas serão adotadas pelo Governo Federal e se essas políticas prejudicarão a economia ou nossos negócios ou desempenho financeiro. Incertezas e escândalos políticos poderão ter um efeito adverso na economia brasileira, nos nossos resultados operacionais e no preço de mercado das nossas ações. A inflação e certas medidas tomadas pelo Governo Federal para combatê-la, incluindo aumentos nas taxas de juros, poderão contribuir para a incerteza econômica no Brasil, e podem gerar um efeito adverso relevante sobre nossa condição financeira, nossos resultados operacionais e o preço de mercado de nossas Ações. No passado, o Brasil registrou taxas de inflação extremamente altas. A inflação e certos atos do governo para combatê-la causaram, no passado, efeitos significativamente negativos sobre a economia brasileira. Desde a introdução do Plano Real, em julho de 1994, a inflação brasileira tem sido substancialmente menor do que nos períodos anteriores. Pressões inflacionárias persistem e medidas adotadas para combatê-las, bem como a especulação sobre as medidas futuras que possam vir a ser adotadas pelo Governo Federal, têm gerado ao longo dos últimos anos um clima de incerteza econômica no Brasil e aumentado a volatilidade do mercado de capitais brasileiro. A inflação apurada pelo IGP-M, foi 8,6% em 2003, 12,4% em 2004, 1,2% em 2005 e 3,8% em 2006. Os preços, por sua vez, quando apurados pelo IPCA, aumentaram em 9,3% em 2003, 7,6% em 2004, 5,7% em 2005 e 3,1% em 2006. O Brasil poderá vivenciar altos índices de inflação no futuro. As pressões inflacionárias podem levar à intervenções governamentais sobre a economia, incluindo a introdução de políticas que podem afetar adversamente o desempenho geral da economia brasileira, o que, por sua vez, poderia afetar adversamente nossas operações e o valor de mercado das nossas ações. A volatilidade do real em relação ao dólar pode ter um efeito adverso relevante sobre nós e sobre o preço de mercado de nossas Ações. Historicamente, a moeda brasileira sofreu freqüentes desvalorizações. O Governo Federal implementou diversos planos econômicos e utilizou diversas políticas cambiais, incluindo desvalorizações repentinas, minidesvalorizações periódicas durante as quais a freqüência dos ajustes variou de diária a mensal, sistemas de mercado de câmbio flutuante, controles cambiais e mercado de câmbio paralelo. De tempos em tempos, houve flutuações significativas da taxa de câmbio entre o real e o dólar e outras moedas. Por exemplo, o real se desvalorizou frente ao dólar 8,5% em 2000, 15,7% em 2001 e 34,3% em 2002. Embora o real tenha se valorizado 22,3%, 9,0%, 13,5%, e 9,4% em relação ao dólar em 2003, 2004, 2005 e 2006, respectivamente, não é possível assegurar que o real não irá a se valorizar mais em relação ao dólar, novamente. Em 31 de março de 2007, a taxa de câmbio entre o real e o dólar era de R$2,0504 por US$1,00. Uma parcela do nosso endividamento, parte significativa de nossa receita e alguns de nossos custos de produção são, e acreditamos que continuarão a ser denominados ou indexados aos dólares norte-americanos e a outras moedas estrangeiras. Ainda que administremos parte de nosso risco cambial por meio de instrumentos derivativos em moeda estrangeira, nossa exposição líquida por receita em moeda estrangeira não está totalmente coberta por hedge. Além disso, é possível que não haja disponibilidade no mercado para a realização de operações de hedge a custos razoáveis. A menos que efetuemos, com sucesso, operações de hedge para toda nossa exposição em moeda estrangeira, qualquer valorização cambial poderia ter um efeito adverso relevante nos nossos negócios e nos nossos resultados operacionais. 58 Oscilações das taxas de juros poderão provocar efeito prejudicial no nosso negócio e nos preços de mercado das nossas Ações. O Comitê de Política Monetária do Banco Central estabelece as taxas básicas de juros para o sistema bancário brasileiro em geral. De fevereiro a 17 de julho de 2002, o Banco Central diminuiu a taxa básica de juros de 19,0% para 18,0%. De outubro de 2002 a fevereiro de 2003, o Banco Central aumentou a taxa básica de juros em 8,5 pontos percentuais, para 26,5%. A taxa básica de juros permaneceu em alta até junho de 2003, quando o Banco Central iniciou a trajetória de decréscimo da taxa básica de juros. Posteriormente, ao longo do ano de 2004 e nos primeiros meses de 2005, a taxa de juros básica voltou a sofrer alteração por decisão do Banco Central, sendo que, em março de 2007, a taxa básica de juros era de 12,75%. Em 31 de março de 2007, aproximadamente 10% de nossas dívidas, no valor de R$16 milhões, eram (i) denominadas (ou conversíveis) em reais e atreladas a taxas do mercado financeiro brasileiro ou a índices de inflação, tais como TJLP, taxa de juros aplicadas em nossos contratos financeiros firmados com o BNDES e taxa CDI; e (ii) denominadas em dólares e atreladas a LIBOR. Portanto, uma elevação do CDI, da TJLP ou da LIBOR poderá ter impacto negativo nos nossos resultados, na medida em que pode aumentar os custos de nossa dívida. Acontecimentos e a percepção de riscos em outros países, especialmente em países de economia emergente, podem prejudicar o preço de mercado dos valores mobiliários brasileiros, incluindo as nossas Ações. O valor de mercado de valores mobiliários de companhias brasileiras é influenciado, em diferentes escalas pelas condições econômicas e de mercado de outros países, incluindo outros países da América Latina e países de economia emergente. Embora a conjuntura econômica nesses países possa ser significativamente diferente da conjuntura econômica no Brasil, a reação dos investidores aos acontecimentos nesses outros países pode causar um efeito adverso sobre o valor de mercado dos valores mobiliários de emissores brasileiros. Crises em outros países de economia emergente podem reduzir o interesse dos investidores nos valores mobiliários dos emissores brasileiros, bem como os valores mobiliários da nossa emissão. Isso poderia prejudicar o preço de mercado das nossas Ações, além de dificultar o nosso acesso ao mercado de capitais e ao financiamento das nossas operações no futuro em termos aceitáveis, ou sob quaisquer condições. A economia brasileira também é afetada por condições econômicas e de mercado internacionais de modo geral, especialmente condições econômicas e de mercado dos Estados Unidos. Os preços das ações na BOVESPA, por exemplo, historicamente foram sensíveis a flutuações das taxas de juros dos Estados Unidos, bem como às variações dos principais índices de ações norte-americanos. RISCOS RELATIVOS À OFERTA E ÀS NOSSAS AÇÕES Um mercado ativo e líquido para nossas ações pode não se desenvolver, limitando a possibilidade de venda das nossas ações pelo investidor. Um mercado ativo e líquido para nossas Ações pode não se desenvolver ou se sustentar após a Oferta. Não podemos prever em que medida o interesse de investidores por nossas ações ocasionará o desenvolvimento de um mercado para a negociação das ações de nossa emissão, e o quão líquido poderá vir a ser este mercado. Mercados de negócios ilíquidos e inativos geralmente resultam em uma maior volatilidade do preço e baixa eficiência na execução de ordens de venda e de compra no mercado de valores mobiliários. O preço de mercado para nossas ações pode flutuar significativamente em resposta a diversos de fatores, alguns dos quais podem estar além do nosso controle. No caso do preço de mercado de nossas ações cair, o investidor pode perder todo ou parte do seu investimento em nossas ações. 59 O preço de distribuição inicial das nossas ações ordinárias será determinado após a conclusão do procedimento de bookbuilding e poderá não ser indicativo dos preços que prevalecerão no mercado subseqüentemente à Oferta. A venda de número significativo das Ações após a conclusão da Oferta pode afetar de maneira adversa o preço de nossas ações ordinárias e a emissão de novas ações diluirá todos os demais acionistas. Atualmente, nosso capital social é representado por 67.500.000 ações ordinárias, e será alterado para 89.500.000 após a Oferta sem considerar o exercício da Opção de Ações Suplementares. O nosso Estatuto Social prevê um capital autorizado que nos permite emitir até 32.500.000 de novas ações ordinárias até a necessidade de autorização adicional dos nossos acionistas. Assim, poderemos emitir quantidades substanciais de ações ordinárias no futuro, o que diluiria a participação dos investidores que investirem nas nossas ações. Nos termos dos contratos a serem assinados com os Agentes de Colocação Internacional na data de assinatura do Placement Facilitation Agreement, a Companhia e os Acionistas Vendedores, os membros do Conselho de Administração e da Diretoria da Companhia que detiverem ações na data de assinatura do Placement Facilitation Agreement, obrigam-se, sujeitos à algumas exceções, pelo prazo de 180 dias contados da data da publicação do Anúncio de Início, inclusive, salvo na hipótese de prévio consentimento por escrito dos Agentes de Colocação Internacional, a não emitir, ofertar, vender, contratar a venda, dar em garantia, emprestar ou outorgar opção de compra quaisquer ações de emissão da Companhia, ou outros valores mobiliários conversíveis em ou permutáveis por ações de emissão da Companhia, bem como abster-se de celebrar operação de swap, hedge, venda a descoberto ou de outra natureza que venha a transferir, no todo ou em parte, quaisquer dos benefícios econômicos advindos da titularidade dos Valores Mobiliários. Ainda, em conformidade com o Regulamento do Novo Mercado da BOVESPA, nossos acionistas controladores, conselheiros e diretores não poderão vender ou oferecer para venda nossas Ações e os derivativos concernentes às nossas Ações nos primeiros seis meses após a entrada em vigor do Contrato de Participação no Novo Mercado da BOVESPA. Após esse período inicial de seis meses, nossos acionistas controladores, conselheiros e diretores não poderão, por mais seis meses, vender e/ou oferecer para venda mais de 40% das nossas Ações e derivativos concernentes às nossas Ações que eles detiverem imediatamente após a Oferta. Findo tal prazo, todas as nossas Ações estarão disponíveis para venda no mercado. A venda ou a percepção de uma possível venda de um volume substancial de nossas Ações poderá prejudicar o seu valor de negociação. Podemos optar por não pagar dividendos aos nossos acionistas. Nosso Estatuto Social estabelece que devemos pagar dividendos aos nossos acionistas de pelo menos 25% do nosso lucro líquido anual sob a forma de dividendos ou juros sobre o capital próprio conforme determinado e ajustado pela Lei das Sociedades por Ações. O lucro líquido pode ser capitalizado, utilizado para compensar prejuízos, ou então retido conforme previsto na Lei das Sociedades por Ações e pode não ser disponibilizado para pagamento de dividendos ou juros sobre o capital próprio. Ademais, de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, podemos optar por não pagar dividendos aos nossos acionistas em qualquer exercício social, se o nosso Conselho de Administração propuser à Assembléia Geral que tais distribuições não seriam aconselháveis em vista de nossa situação financeira. Vide “Dividendos e Política de Dividendos”. 60 Podemos vir a obter capital adicional no futuro por meio da emissão de ações, o que poderá resultar numa diluição da sua participação na nossa Companhia. Podemos precisar captar recursos adicionais no futuro por meio de emissões públicas ou privadas de ações ou valores mobiliários conversíveis em ações para financiar nossas iniciativas de crescimento. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, qualquer captação de recursos por meio da distribuição pública de ações ou valores mobiliários conversíveis em ações pode ser realizada sem o direito de preferência aos nossos acionistas, incluindo os investidores nas Ações oferecidas na Oferta, o que pode conseqüentemente resultar na diluição da participação destes investidores em nosso capital social. A Companhia continuará sendo controlada pelos atuais Controladores, que são uma família, cujos interesses poderão diferir daqueles de outros acionistas. Nosso Acionista Controlador tem o poder de nos controlar, inclusive com poderes para: (i) eleger a maioria dos membros de nosso Conselho de Administração, estabelecer a nossa política administrativa e exercer o controle geral sobre a nossa administração e nossas controladas; (ii) vender ou de alguma forma transferir ações que representem o nosso controle por ele detidas, nos termos do nosso Estatuto Social; e (iii) determinar o resultado de qualquer deliberação dos nossos acionistas, inclusive operações com partes relacionadas, reorganizações societárias, aquisições e alienações de ativos, assim como determinar a época de distribuição e o pagamento de quaisquer dividendos futuros. Após a conclusão da Oferta, os atuais Controladores serão titulares de ações representando, no agregado, 60,9% do capital social com direito a voto assumindo o exercício da Opção de Ações Suplementares. Desde que os atuais Controladores continuem a deter ou a controlar bloco significativo de direitos de voto, os Controladores controlarão a nossa Companhia. Isso fará com que, independentemente do consentimento dos outros acionistas, os Controladores possam: • eleger e destituir a maioria dos membros do Conselho de Administração; • controlar a Administração e as nossas políticas; e • determinar o resultado da maioria das operações corporativas ou outros assuntos submetidos à aprovação dos acionistas, incluindo incorporações, fusões, a venda de todos ou substancialmente todos os nossos ativos ou a retirada de registro das nossas ações do Novo Mercado. Os atuais Controladores poderão ter interesses próprios que poderão não coincidir com os interesses dos demais acionistas. Nosso Estatuto Social contém disposições que podem dissuadir a aquisição da nossa Companhia e dificultar ou atrasar operações que poderiam ser do interesse dos investidores. Nosso Estatuto Social contém disposições que podem desencorajar, atrasar ou dificultar uma alteração no controle de nossa Companhia ou de nossos Administradores. Uma dessas disposições exige que qualquer acionista adquirente (com exceção dos acionistas que o sejam na data de eficácia da adesão e listagem da Companhia no Novo Mercado e de outros investidores que se tornem nossos acionistas em certas operações especificadas no nosso Estatuto) que adquira ou se torne titular de ações de emissão da Companhia (excluídas as ações em tesouraria e os acréscimos involuntários de participação acionária especificados no Estatuto), ou outros direitos, em quantidade igual ou superior a 20% do seu capital social, deverá efetivar, no prazo de 30 dias a contar da data de aquisição ou do evento que resultou na titularidade de ações nessa quantidade, uma oferta pública de aquisição da totalidade de nossas ações, pelo critério do preço estabelecido em nosso Estatuto Social. Esta disposição pode atrasar, adiar ou evitar uma operação, ou alterações de controle, que poderia ser no melhor interesse de nossos acionistas. 61 Essa disposição de nosso Estatuto Social tem o efeito de evitar a concentração de nossas ações nas mãos de um grupo pequeno de investidores, de modo a promover uma base acionária mais dispersa. Por se tratar de uma disposição de nosso Estatuto Social, a eliminação dessa disposição, que em determinada circunstâncias pode ser contrária aos interesses dos investidores, pode ser deliberada em assembléia geral extraordinária instalada em primeira convocação com a presença de acionistas que representem dois terços, no mínimo, do capital com direito a voto e em segunda convocação com qualquer número, e aprovada mediante aprovação da maioria simples dos acionistas presentes à assembléia devidamente instalada. A aprovação da eliminação dessa disposição estatutária não atribui aos acionistas dissidentes o direito ao reembolso de suas ações ou qualquer obrigação de que a nossa Companhia, o Acionista Controlador ou os acionistas que deliberarem favoravelmente à aprovação devam efetivar oferta pública de aquisição de ações pertencentes aos nossos demais acionistas. Nos termos do Estatuto Social da Companhia, a Assembléia Geral de Acionistas poderá dispensar o acionista adquirente da obrigação de efetivar a oferta pública de aquisição de ações, caso seja do interesse da Companhia. Essa dispensa pode ser deliberada em assembléia geral extraordinária instalada em primeira convocação com qualquer número, e aprovada mediante aprovação da maioria simples dos acionistas presentes à assembléia. A aprovação da eliminação dessa dispensa obrigação de efetivar a oferta pública de aquisição de ações não atribui, aos acionistas dissidentes, o direito ao reembolso de suas ações ou qualquer obrigação de que a nossa Companhia, o acionista controlador, ou os acionistas que deliberarem favoravelmente à aprovação devam efetivar oferta pública de aquisição de ações pertencentes aos nossos demais acionistas. Haverá diluição do valor econômico de seu investimento. Esperamos que o Preço por Ação exceda o valor patrimonial de nossas Ações após a Oferta. Conseqüentemente, os investidores que adquirirem nossas Ações na Oferta irão sofrer imediata redução e substancial diluição do valor contábil de seu investimento. Veja a seção “Diluição”. Estamos realizando uma oferta pública de distribuição de Ações, o que poderá nos deixar expostos a riscos relativos a uma oferta de valores mobiliários no Brasil e no exterior. Os riscos de potenciais procedimentos judiciais relativos a ofertas de valores mobiliários no exterior são potencialmente maiores do que tais riscos relativos a uma oferta de valores mobiliários no Brasil. Nossa oferta compreende, simultaneamente, a distribuição pública primária e secundária de Ações no Brasil, em mercado de balcão não-organizado, incluindo esforços de venda das Ações nos Estados Unidos, para investidores institucionais qualificados definidos em conformidade com o disposto na Regra 144A, e nos demais países (que não os Estados Unidos e Brasil), para non-U.S. persons com base na Regulamento S, em ambos os casos, que invistam no Brasil em conformidade com os mecanismos de investimento da Resolução CMN 2.689 e da Instrução CVM 325 regulamentados pela legislação brasileira, esforços esses que serão realizados pelo Agente de Colocação Internacional. Os esforços de colocação de Ações no exterior nos expõem a normas relacionadas à proteção destes investidores estrangeiros por conta de incorreções ou omissões relevantes no Preliminary Confidential Offering Circular datado da data deste Prospecto, quanto do Confidential Offering Circular a ser datado da data do Prospecto Definitivo, inclusive no que tange aos riscos de potenciais procedimentos judiciais por parte de investidores em relação a estas questões. Adicionalmente, somos parte do Placement Facilitation Agreement, que regula os esforços de colocação de Ações no exterior. O Placement Facilitation Agreement apresenta uma cláusula de indenização em favor do Agente de Colocação Internacional para indenizá-los no caso de que ele venha a sofrer perdas no exterior por conta de incorreções ou omissões relevantes no Preliminary Confidential Offering Circular ou no Confidential Offering Circular. Caso os Agentes de Colocação Internacional venham a sofrer perdas no exterior em relação a estas questões, eles poderão ter direito de regresso contra nós por conta desta cláusula de indenização. 62 Finalmente, o Placement Facilitation Agreement possui declarações específicas em relação à observância de isenções das leis de valores mobiliários dos Estados Unidos, as quais, se descumpridas poderão dar ensejo a outros potenciais procedimentos judiciais. Em cada um dos casos indicados acima, procedimentos judiciais poderão ser iniciados contra nós no exterior. Estes procedimentos no exterior, em especial nos Estados Unidos, poderão envolver valores substanciais, em decorrência do critério utilizado nos Estados Unidos para o cálculo das indenizações devidas nestes processos. Além disso, devido ao sistema processual dos Estados Unidos, as partes envolvidas em um litígio são obrigadas a arcar com altos custos na fase inicial do processo, o que penaliza companhias sujeitas a tais processos mesmo que fique provado que nenhuma improbidade foi cometida. Nossa eventual condenação em um processo no exterior em relação a incorreções ou omissões relevantes no Preliminary Confidential Offering Circular ou no Confidential Offering Circular, se envolver valores elevados, poderá ter um impacto significativo e adverso sobre os nossos resultados. 63 DECLARAÇÕES E INFORMAÇÕES PROSPECTIVAS Este Prospecto contém declarações prospectivas, as quais estão sujeitas a riscos e incertezas, pois foram baseadas em crenças e premissas da Administração e em informações disponíveis. Declarações prospectivas incluem afirmações a respeito das intenções, crenças ou expectativas atuais da nossa Companhia ou da Administração em relação a uma série de assuntos, entre os quais se destacam: • conjuntura econômica e política do Brasil; • variação das taxas de juros, câmbio e inflação do Brasil; • alterações nas leis, regulamentos e políticas governamentais que regem os nossos negócios e nossos produtos, inclusive responsabilidades ambientais e sanitárias; • regulamentos atuais e futuros e, em especial, legislação tributária e aduaneira; • risco de pragas e doenças que afetem nossas plantações; • variação substancial nos preços de mercado dos produtos agrícolas; • a implementação das nossas principais estratégias operacionais, financeiras e de crescimento; • a oferta e a procura pelos nossos produtos; • nosso nível de endividamento e o custo e a disponibilidade de financiamento; • imposição de barreiras alfandegárias e fitos sanitárias por países importadores de nossos produtos; • nossos planos quanto aos nossos dispêndios de capital; e • outros fatores de risco apresentados na seção “Fatores de Risco”. O investidor deve estar ciente de que os fatores mencionados acima, além de outros discutidos neste Prospecto, poderão afetar os nossos resultados futuros e poderão levar a resultados diferentes daqueles expressos nas declarações prospectivas que fazemos neste Prospecto. Nós não assumimos a obrigação de atualizar tais declarações. Declarações prospectivas também incluem informações sobre os resultados futuros possíveis ou presumidos das nossas operações. Essas informações são apresentadas em “Sumário”, “Fatores de Risco”, “Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais”, “Nossas Atividades” e em outras seções deste Prospecto, bem como em declarações que incluam as palavras “acredita”, “pode”, “continua”, “espera”, “prevê”, “pretende”, “planeja”, “estima”, “antecipa”, ou similares. Declarações prospectivas não representam garantia de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. A condição futura da nossa situação financeira, resultados operacionais, estratégias, participação de mercado e valores poderá apresentar diferença significativa se comparada àquela expressa ou sugerida nas referidas declarações prospectivas. Muitos dos fatores que determinarão esses resultados e valores estão além da nossa capacidade de controle ou previsão. O investidor é alertado para não depositar confiança indevida em declarações prospectivas. 64 DESTINAÇÃO DOS RECURSOS Recebemos recursos líquidos de R$290,8 milhões provenientes da emissão das Ações que são objeto da Oferta Primária, após a dedução das despesas e comissões estimadas desconsiderando-se as Ações Suplementares. Pretendemos utilizar a maior parte dos recursos líquidos obtidos com a Oferta Primária para reforçar nosso caixa de maneira a permitir investimentos na aquisição de terras e na correção do solo, e ainda na aquisição de novas máquinas e equipamentos necessários para a expansão de nossos negócios. O restante dos recursos será destinado ao nosso capital de giro. Apesar de nossa estratégia prever compras de terras, não podemos prever quando uma aquisição irá ocorrer e quais os valores envolvidos em futuras aquisições. A tabela abaixo indica os percentuais estimados e aproximados das destinações que pretendemos dar aos recursos líquidos provenientes da Oferta Primária, como segue: Uso Percentual Investimentos para expansão da área cultivada ......................... Investimentos para correção do solo ......................................... Investimentos para aquisição de máquinas e equipamentos ...... Capital de giro ......................................................................... 23% 22% 25% 30% É provável que o nosso dispêndio de capital seja significativamente diferente das nossas atuais projeções devido a possíveis mudanças nas oportunidades disponíveis no mercado. Não receberemos quaisquer recursos provenientes da venda das Ações na Oferta Secundária. 65 CAPITALIZAÇÃO A tabela a seguir apresenta o nosso caixa, bancos e aplicações financeiras, endividamento de curto e longo prazo, o nosso patrimônio líquido e a nossa capitalização total em 31 de março de 2007, calculada de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil em bases efetivas e conforme ajustada de forma a refletir o recebimento de recursos líquidos provenientes da Oferta Primária em R$290,8 milhões, após a dedução das despesas estimadas sem considerar as Ações Suplementares. Não houve qualquer alteração significativa em nossa capitalização desde 31 de março de 2007. Efetiva (em R$milhões) Caixa, bancos e aplicações financeiras ............ Total do endividamento de curto prazo .......... Total do endividamento de longo prazo.......... Total do patrimônio líquido ............................ (1) Capitalização total ........................................ (1) 30,1 107,6 60,5 197,7 365,8 Conforme ajustada (em R$milhões) 320,8 107,6 60,5 488,5 656,6 Capitalização total é a soma do endividamento de curto e longo prazo e do patrimônio líquido. A tabela acima deve ser lida em conjunto com “Informações Financeiras e Outras Informações Operacionais e Financeiras Selecionadas” e “Análise e Discussão da Administração sobre a Situação Financeira e os Resultados Operacionais”, bem como com as nossas demonstrações financeiras auditadas e respectivas notas explicativas incluídas neste Prospecto. 66 DILUIÇÃO Em 31 de março de 2007, o valor do nosso patrimônio líquido era de R$197,7 milhões e o valor patrimonial por ação correspondia, na mesma data, a R$2,93 por ação. O referido valor patrimonial por ação representa o valor contábil total dos nossos ativos menos o valor contábil total do nosso passivo, dividido pelo número total de ações de nossa emissão em 31 de março de 2007. Considerando-se a subscrição das 22.000.000 Ações ofertadas por nós na presente Oferta, ao Preço por Ação, após a dedução das comissões e despesas estimadas da Oferta Primária a serem pagas por nós, o valor do nosso patrimônio líquido em 31 de março de 2007 seria de aproximadamente R$488,5 milhões, representando R$5,46 por ação, resultando, portanto, em um aumento imediato do valor patrimonial contábil por ação correspondente a R$2,53 por ação para os acionistas existentes, e uma diluição imediata do valor patrimonial contábil por ação em 31 de março de 2007, de R$8,54 para os novos investidores, adquirentes de Ações no contexto da presente Oferta. Essa diluição representa a diferença entre o Preço por Ação pago pelos investidores e o valor patrimonial contábil por Ação de nossa emissão imediatamente após a conclusão da Oferta. A tabela a seguir ilustra tal diluição: Preço por Ação..................................................................................................................... Valor patrimonial por Ação em 31 de março de 2007 ........................................................... Aumento do valor patrimonial por Ação atribuído aos acionistas existentes........................... Valor patrimonial por Ação após a Oferta Pública ................................................................. Diluição por Ação para os novos investidores ........................................................................ Percentual de diluição por Ação para os novos investidores................................................... R$14,00 R$2,93 R$2,53 R$5,46 R$8,54 61,0% O Preço por Ação não guarda relação com o valor patrimonial e foi fixado com base na coleta de intenções de investimento (Bookbuilding). 67 Na data deste Prospecto, não dispomos de quaisquer opções, dívidas conversíveis ou outros títulos ou acordos em aberto que possam requerer a emissão de Ações adicionais de nossa Companhia. Nosso Plano de Opção de Ações (“Plano de Opção”), aprovado em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 23 de maio de 2007, entrará em vigor imediatamente após a liquidação da Oferta Pública. O Plano de Opção prevê que a criação de programas anuais de outorga de opções (“Programas Anuais”), sendo que o Programa Anual de 2007 será criado logo após a liquidação da Oferta Pública. O Plano de Opção está limitado a um máximo de opções que resulte em uma diluição de 3% do capital social da Companhia na data de criação de cada programa anual. O programa anual de 2007 estará limitado a 1% do capital social imediatamente após a homologação do aumento de capital relativo à Oferta Pública. A diluição corresponde ao percentual representado pela quantidade de ações que lastreiam as opções pela quantidade total de ações de nossa emissão. O preço de exercício das Opções do Programa Anual de 2007 será equivalente ao Preço por Ação fixado na Oferta Pública. O preço de exercício das opções dos Programas Anuais criados a partir de 2008 será equivalente à média ponderada por volume de negociações das cotações de fechamento das nossas ações na BOVESPA, nos 90 pregões anteriores ao último dia do mês anterior ao mês de criação do Programa Anual. Para os Programas Anuais criados a partir de 2008, o Conselho de Administração poderá, a seu exclusivo critério, estabelecer um desconto de até 20% sobre a média apurada, bem como estabelecer que o preço de exercício deva ser corrigido monetariamente, a partir da data-base de sua determinação, por meio de índice de preços a ser definido pelo nosso Conselho de Administração em cada Programa Anual. Ver “Administração – Plano de Opção de Compra de Ações”. Diluição Societária Conforme previsto no Plano de Opção, o período de aquisição do direito relativo às opções outorgadas (vesting period) ocorrerá apenas em três anos, com liberações de 20% a partir do primeiro aniversário, 40% a partir do segundo aniversário e 100% a partir do terceiro aniversário. Não obstante, apenas para fins de análise dos efeitos de diluição societária relacionada ao exercício das opções do Programa de Opção de Compra de Ações, caso os beneficiários pudessem exercer a totalidade das suas opções na data do Anúncio de Início e subscrevessem a totalidade das 2.685.000 Ações, equivalentes a 3% do capital social da Companhia após a Oferta Pública, verificaríamos uma diluição de 2,91% do nosso capital social e, nessa mesma proporção, da participação acionária de cada acionista da Companhia naquela data, incluindo a participação de qualquer investidor que decida subscrever e/ou adquirir Ações na Oferta, sem considerar para tanto as Ações Suplementares. Diluição Econômica Conforme previsto no Plano de Opções de Compra de Ações, o preço de exercício das opções outorgadas no Programa Anual de 2007 corresponderá ao Preço por Ação quando do término do período de aquisição do direito relativo às opções, sendo que para os Programas Anuais criados a partir de 2008, o Conselho de Administração poderá, a seu exclusivo critério, estabelecer um desconto de até 20% sobre a média dos 90 pregões anteriores ao último dia do mês anterior ao mês de criação do Programa Anual. Dessa forma, não haveria diluição econômica dos atuais acionistas e acionistas da Oferta na hipótese de exercício integral das opções outorgadas no Plano de Opção. Não obstante, apenas para fins de análise dos efeitos de diluição econômica relacionada ao exercício das opções do Programa Anual de 2007, verificaríamos uma diluição de R$10,19 por Ação se consideradas as seguintes premissas: (i) os beneficiários exerceriam todas as suas opções no final do terceiro ano; (ii) o preço de mercado das Ações teria apreciado em 20% ao ano, no curso desses três anos; (iii) o capital social da Companhia não teria sofrido qualquer outra alteração durante o período de três anos em referência; e (iv) o preço de exercício das opções de todos os Programas Anuais seria igual ao Preço por Ação da Oferta. 68 INFORMAÇÕES SOBRE O MERCADO Negociação na BOVESPA Em 2000, o mercado de renda variável foi reorganizado por meio da assinatura de memorandos de entendimentos entre as bolsas de valores brasileiras. De acordo com esses memorandos, todas as negociações com ações em bolsa passaram a ser realizadas somente na BOVESPA. A negociação de valores mobiliários listados no Novo Mercado, nos Níveis Diferenciados de Governança Corporativa 1 e 2, e nos demais segmentos da BOVESPA, poderá ser realizada fora das bolsas, em mercado de balcão não-organizado, em situações específicas. A BOVESPA é uma entidade sem fins lucrativos de propriedade de corretoras-membro. Somente essas corretoras estão autorizadas a negociar em seu mercado de bolsa. As negociações ocorrem das 10h00 às 17h00, ou entre 11h00 e 18h00 durante o período de horário de verão no Brasil, em um sistema eletrônico de negociação chamado Megabolsa. A BOVESPA também permite negociação das 17h45 às 19h00, ou entre 18h45 e 19h30 durante o período de horário de verão no Brasil, em um horário de negociação diferenciado chamado "after market". As negociações no “after market” estão sujeitas a limites regulatórios sobre volatilidade de preços e sobre o volume de ações negociadas pelos investidores. Em 31 de dezembro de 2006, a capitalização total de mercado das 350 companhias listadas na BOVESPA foi equivalente a, aproximadamente, R$1,54 trilhão, enquanto que as dez maiores companhias listadas na BOVESPA representaram, aproximadamente, 51,3% da capitalização total de mercado de todas as companhias listadas. Todas as Ações podem ser negociadas na BOVESPA. É possível que não se desenvolva mercado ativo e líquido para as Ações, o que limitaria a capacidade do investidor de revender as Ações. Ver “Fatores de Risco – Riscos Relativos às Nossas Ações – Um mercado público ativo e líquido para nossas Ações pode não se desenvolver” deste Prospecto. A fim de manter um melhor controle sobre a oscilação do Índice BOVESPA, a BOVESPA adotou um sistema “circuit breaker” de acordo com o qual a sessão de negociação é suspensa por um período de 30 minutos ou uma hora sempre que o Índice BOVESPA cair abaixo dos limites de 10,0% ou 15,0%, respectivamente, com relação ao índice de fechamento da sessão de negociação anterior. A liquidação de operações de venda de Ações conduzidas na BOVESPA é efetuada três dias úteis após a data da negociação sem quaisquer reajustes. A entrega das ações e o pagamento são feitos por intermédio da câmara de compensação da BOVESPA, a CBLC. Geralmente, cabe ao vendedor entregar as ações à CBLC no segundo dia útil após a data da negociação. Regulamentação do Mercado de Capitais Brasileiro O mercado de capitais brasileiro é regulado pela CVM, que possui autoridade geral sobre as bolsas de valores e os mercados de capitais, assim como pelo CMN e pelo Banco Central, que possui, entre outros poderes, a autoridade de licenciamento de corretoras, regulando também investimentos estrangeiros e operações de câmbio. O mercado de capitais brasileiro é regido pela Lei 6.385/76, pela Lei 6.404/76 e atos normativos expedidos pelo Banco Central, pelo CMN e pela CVM. Segundo a Lei 6.404/76, as companhias podem ser abertas, como a nossa Companhia, ou fechadas. A companhia é considerada aberta quando tem valores mobiliários de sua emissão admitidos à negociação em bolsa de valores ou mercado de balcão. Todas as companhias abertas são registradas na CVM e devem apresentar informações e relatórios periódicos. Ver “Descrição do Capital Social”. Uma companhia aberta pode ter seus valores mobiliários negociados nas bolsas de valores brasileiras ou no mercado de balcão brasileiro. As ações de companhia aberta, como as Ações, também podem ser negociadas privadamente, com determinadas limitações. 69 O mercado de balcão está dividido em duas categorias: (i) mercado de balcão organizado, no qual as atividades de negociação são supervisionadas por entidades auto-reguladoras autorizadas pela CVM; e (ii) mercado de balcão não-organizado, no qual as atividades de negociação não são supervisionadas por entidades auto-reguladoras autorizadas pela CVM. Em qualquer caso, a operação no mercado de balcão consiste em negociações diretas entre as pessoas, fora da bolsa de valores, com a intermediação de instituição financeira autorizada pela CVM. Nenhuma licença especial, além de registro na CVM (e, no caso de mercados de balcão organizados, no mercado de balcão pertinente), é necessária para que os valores mobiliários de companhia aberta possam ser comercializados no mercado de balcão. A negociação de algum valor mobiliário poderá ser suspensa pela BOVESPA em determinadas hipóteses, incluindo-se em conseqüência do anúncio de fato relevante. A negociação também poderá ser suspensa por iniciativa da BOVESPA ou da CVM, caso, entre outros motivos, se suspeite que alguma companhia forneceu informações inadequadas em relação ao evento relevante ou que tenha fornecido respostas inadequadas a alguma solicitação feita pela CVM ou pela BOVESPA. A Lei 6.385/76, a Lei 6.404/76 e os regulamentos emitidos pela CVM prevêem, entre outras coisas, obrigações de divulgação de informações, restrições sobre negociações baseadas em informações privilegiadas e manipulação de preços, além de proteções para acionistas minoritários. Ver “Descrição do Capital Social”. As negociações nas bolsas de valores brasileiras por não-residentes estão sujeitas a determinadas restrições segundo a legislação brasileira de investimentos estrangeiros. Ver “Descrição do Capital Social”. O Novo Mercado Em 18 de maio de 2007 celebramos o “Contrato de Participação no Novo Mercado” com a BOVESPA que terá vigência a partir da data da publicação do Anúncio de Início. As Ações serão negociadas no Novo Mercado a partir do primeiro dia útil após a data de publicação do Anúncio de Início. O Novo Mercado é um segmento especial do mercado de ações da BOVESPA, destinado exclusivamente a companhias que atendam a requisitos mínimos e aceitem submeter-se a regras diferenciadas de governança corporativa. Os itens abaixo resumem os principais pontos que caracterizam o Novo Mercado e nos são aplicáveis: • divisão do capital social exclusivamente em ações ordinárias, vedada a emissão ou manutenção de partes beneficiárias; • ações que representem no mínimo 25% do capital social devem estar em circulação; • na alienação de controle, ainda que por meio de uma única operação como por meio de operações sucessivas, o negócio deve ficar condicionado a que sejam estendidas aos acionistas minoritários as mesmas condições oferecidas ao acionista controlador, incluindo o mesmo preço (tag-along), por meio de oferta pública de aquisição de ações; • Conselho de Administração com no mínimo cinco membros, dos quais, no mínimo, 20% (vinte por cento) deverão ser Conselheiros Independentes, eleitos pela assembléia geral, com mandato unificado de, no máximo, dois anos, sendo permitida a reeleição. Quando, em resultado do cálculo do número de Conselheiros Independentes, obter-se um número fracionário, proceder-se-á ao arredondamento para o número inteiro: (i) imediatamente superior, quando a fração for igual ou superior a 0,5; ou (ii) imediatamente inferior, quando a fração for inferior a 0,5; • exigência de que os novos membros do Conselho de Administração, da Diretoria e do Conselho Fiscal, se instalado, subscrevam Termos de Anuência dos Administradores e dos Membros do Conselho Fiscal, condicionando a posse nos respectivos cargos à assinatura desses documentos, por meio dos quais nossos novos administradores e membros do Conselho Fiscal obrigam-se a agir em conformidade com o Contrato de Participação no Novo Mercado, com o Regulamento da Câmara de Arbitragem do Mercado e com o Regulamento do Novo Mercado; 70 • preparação de demonstração de fluxo de caixa (da companhia e consolidado) nos ITRs e nas demonstrações financeiras anuais; • elaborar demonstrações financeiras ou demonstrações consolidadas, conforme previsto nos padrões internacionais IFRS ou US GAAP, em reais ou dólares americanos, que deverão ser divulgadas na íntegra, no idioma inglês, acompanhadas do relatório da administração, de notas explicativas, que informem inclusive o lucro líquido e o patrimônio líquido apurados ao final do exercício segundo as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil e a proposta de destinação do resultado, e do parecer dos auditores independentes, ou divulgar, no idioma inglês, a íntegra das demonstrações financeiras, relatório da administração e notas explicativas, elaboradas de acordo com a legislação societária brasileira, acompanhadas de nota explicativa adicional que demonstre a conciliação do resultado do exercício e do patrimônio líquido apurados segundo as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil e segundo os padrões internacionais IFRS ou US GAAP, conforme o caso, evidenciando as principais diferenças entre os critérios contábeis aplicados, e do parecer dos auditores independentes; • o cronograma de eventos corporativos deve ser divulgado anualmente, até o final do mês de janeiro de cada ano, o qual deverá informar sobre eventos corporativos programados, bem como conter informações sobre a companhia, o evento, data e hora de sua realização, a publicação e o envio do documento tratado no evento à BOVESPA. Eventuais alterações subseqüentes em relação aos eventos programados deverão ser enviadas à BOVESPA e divulgadas imediatamente; • a saída do Novo Mercado, bem como o cancelamento de registro como companhia aberta, ficam condicionados à efetivação de oferta pública de aquisição, pelo acionista controlador ou pela companhia, das demais ações da companhia, por valor no mínimo igual ao seu valor econômico, apurado em laudo de avaliação elaborado por instituição ou empresa especializada, com experiência comprovada e independência quanto ao poder de decisão da companhia, seus Administradores e/ou do Acionista Controlador, além de satisfazer os requisitos do § 1° do artigo 8° da Lei 6.404/76, e conter a responsabilidade prevista no § 6° do mesmo artigo; e • a companhia, seus acionistas, administradores e os membros do conselho fiscal obrigam-se a resolver, por meio de arbitragem, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre eles, relacionada ou oriunda, em especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei 6.404/76, no estatuto social da companhia, nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, bem como nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes do Regulamento de Listagem do Novo Mercado, do Contrato de Participação do Novo Mercado e do Regulamento de Arbitragem da Câmara de Arbitragem do Mercado. 71 INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OPERACIONAIS SELECIONADAS Práticas Contábeis Adotadas no Brasil As tabelas constantes desta seção exibem dados financeiros selecionados, obtidos das nossas demonstrações financeiras consolidadas de 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 e respectivas notas explicativas incluídas no Anexo E a este Prospecto, elaboradas de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil. Ver “Apresentação das Informações Financeiras e Outras Informações”, juntamente com as respectivas notas explicativas. As tabelas a seguir também apresentam dados financeiros e operacionais da nossa Companhia que não integram as demonstrações financeiras. Nossas demonstrações financeiras relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2006, 2005, 2004, 2003 e 2002 foram auditadas pela Ernst & Young, enquanto que as demonstrações trimestrais não auditadas dos períodos de três meses findos em 31 de março de 2007 e 2006 foram revisadas de forma limitada pela Ernst & Young. Com o objetivo de manter a uniformidade de critérios e permitir a comparabilidade entre todos os exercícios sociais, os saldos dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2002 a 2005, foram ajustados pelos efeitos da reversão da reserva de reavaliação ocorrida no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006. Dados da Demonstração do Resultado Período de 3 meses encerrado em 31 de março de 2006 2007 (não auditados) Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2002 2003 2004 2005 2006 (em milhares de R$) Receita operacional bruta................... 183.611 Algodão ................................................. 100.351 Soja........................................................ 60.365 Milho ..................................................... 14.156 Café....................................................... – Demais receitas ...................................... 8.739 233.122 116.881 84.285 17.664 1.792 12.500 282.595 150.732 103.696 14.322 6.407 7.438 259.981 142.226 86.004 17.241 8.187 6.323 Impostos e contribuições sobre vendas... (20.452) (27.223) (25.644) (17.379) (3.834) (5.000) Receita operacional líquida ................ 167.741 212.670 255.372 234.337 Custo das vendas................................. (103.245) (116.753) (151.261) (222.041) Algodão ................................................. (55.683) (53.215) (74.270) (124.109) Soja........................................................ (33.484) (45.925) (58.783) (76.179) Milho ..................................................... (7.629) (6.795) (9.243) (10.043) Café....................................................... – (1.003) (3.533) (7.015) Outros.................................................... (6.449) (9.815) (5.432) (4.695) 211.148 (209.117) (103.390) (81.891) (9.300) (2.406) (12.130) 39.486 (36.627) (22.022) (11.157) (804) (400) (2.244) 61.202 (44.076) (20.482) (18.631) (563) (2.480) (1.920) (15.870) Lucro bruto .......................................... 64.496 Receitas (despesas) operacionais ....... (41.165) Despesas com vendas ......................... (8.469) Despesas gerais e administrativas ................................. (8.525) Honorários da administração (264) Resultado de equivalência patrimonial....................................... – Despesas financeiras ........................... (47.432) Receitas financeiras............................. 19.357 Outras receitas operacionais ............... 4.168 Resultado operacional ........................ Resultado não operacional ..................... Resultado antes da tributação sobre o lucro ..................................... Imposto de renda e contribuição social – corrente .................................. Imposto de renda e contribuição social – diferido ................................... Participação dos minoritários .................. Reversão de juros sobre o capital próprio.................................. Lucro (prejuízo) do exercício/Período.............................. 228.527 113.702 73.803 18.640 5.488 16.894 43.320 26.221 12.071 1.250 362 3.416 66.202 26.962 25.511 1.090 3.888 8.751 95.917 (22.297) (8.627) 104.111 (26.735) (12.461) 12.296 (4.149) (16.553) 2.031 (11.849) (18.172) 2.859 (2.879) (3.509) 17.126 (6.643) (1.937) (16.415) (681) (16.422) (871) (9.823) (464) (9.423) (525) (2.411) (96) (2.827) (108) 1.790 (29.970) 29.860 1.746 5.055 (31.190) 24.757 4.397 2.992 (32.209) 50.455 1.453 1.396 (32.545) 43.265 4.155 380 (6.806) 9.215 348 – (5.438) 3.139 528 23.331 4.815 73.620 5.641 77.376 (236) 8.147 (8) (9.818) (6.948) (20) 75 10.483 627 28.146 79.261 77.140 8.139 (16.766) 55 11.110 (3.225) (21.272) (13.841) (2.788) (3.284) (410) (3.376) (6.291) (2.053) (4.023) (4.539) (1.048) (24.129) 8.388 (17.144) 15.475 (15.430) 1.842 (3.202) (222) (810) 6.414 6.152 7.100 – – – – 22.991 55.579 45.222 (3.405) (20.005) (1.715) 6.702 72 Dados do Balanço Patrimonial ATIVO Circulante Caixa e Bancos ...................................................... Aplicações financeiras............................................ Contas a receber ................................................... Adiantamentos a fornecedores .............................. Estoques................................................................ Culturas em formação ........................................... Impostos a recuperar ............................................. Imposto de renda e contribuição social diferidos.... Títulos a receber .................................................... Outros direitos realizáveis ...................................... Despesas do exercício seguinte .............................. Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2002 2003 2004 2005 2006 (em milhares de R$) Período de 3 meses encerrado em Mar/2006 Mar/2007 (não auditados) 1.751 17.217 14.360 1.999 42.366 48.543 7.270 – – 3.289 134 Total do ativo circulante .................................... 136.929 Não Circulante Ativo realizável a longo prazo Créditos com partes relacionadas .......................... – Impostos a recuperar ............................................. 1.414 Imposto de renda e contribuição social diferidos.... – Títulos e créditos a receber .................................... 3.766 572 Contas a receber ................................................... Total do realizável a longo prazo...................... 5.752 Permanente........................................................... 132 Investimentos ........................................................ Imobilizado............................................................ 125.481 Intangível .............................................................. 130 Diferido ................................................................. 16.669 Total do ativo permanente ................................ 142.412 3.591 13.164 7.872 9.462 63.676 68.824 18.673 – 1.071 3.002 141 189.476 1.113 6.020 19.987 10.740 118.022 82.111 22.257 – 2.141 2.971 297 265.659 722 26.991 14.026 4.235 101.738 75.982 17.519 1.080 2.142 1.575 298 246.308 3.190 28.254 4.234 6.444 83.138 64.398 20.433 2.704 1.735 1.087 266 215.883 2.260 17.118 11.726 3.178 36.678 132.049 19.475 713 2.142 1.548 246 227.133 4.303 25.752 21.887 6.001 27.257 108.767 18.539 125 1.860 1.458 186 216.135 – 971 – 8.392 897 10.260 – 1.145 4.424 6.251 1.102 12.922 – 1.857 19.186 5.179 820 27.042 16.418 1.421 26.544 2.830 1.008 48.221 – – 21.737 4.108 1.031 26.876 – 1.208 28.474 1.966 1.026 32.674 52.560 127.169 166 22.340 202.235 57.610 142.567 208 30.337 230.722 62.591 159.080 564 31.349 253.584 126 156.234 530 28.637 185.527 62.971 156.461 531 29.310 249.273 126 170.007 499 27.657 198.289 Total do ativo não circulante............................. 148.164 Total do ativo...................................................... 285.093 212.495 243.644 280.626 233.748 276.149 230.963 401.971 509.303 526.934 449.631 503.282 447.098 6.163 108.598 3.575 4.223 143.241 14.306 3.298 150.600 9.447 3.595 91.833 7.794 4.538 144.526 3.873 3.916 107.638 6.289 22.675 1.238 6.056 – – 107 12.777 1.563 6.670 – – 1.811 2.472 1.545 9.946 6.180 – 698 4.216 1.420 5.799 – 20.536 583 1.902 1.829 13.308 6.180 – 1.000 4.526 1.849 6.191 – – 5.857 148.412 184.591 184.186 135.776 177.156 136.266 27.757 18.480 632 38.559 23.338 632 52.902 27.515 2.563 69.206 25.168 548 41.665 24.496 2.563 60.495 24.352 548 Total do passivo exigível a longo prazo ........... 48.189 Resultado de exercícios futuros Deságio em controlada.......................................... – 48.189 Total do passivo não circulante......................... 46.869 62.529 82.980 94.922 68.724 85.395 – 46.869 432 62.961 432 83.412 432 95.354 432 69.156 527 85.922 Participações dos minoritários........................... 15.581 Patrimônio líquido Capital social ......................................................... 106.698 Lucros acumulados ................................................ 36.544 Total do Patrimônio líquido............................... 143.242 20.575 76.288 70.116 26.618 64.829 27.205 106.698 79.417 72.908 112.555 81.016 108.204 140.961 50.922 87.503 104.638 191.003 6.702 186.115 185.463 189.220 191.883 192.141 197.705 Total do Passivo e Patrimônio líquido .............. 285.093 401.971 509.303 526.934 449.631 503.282 447.098 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Circulante Fornecedores......................................................... 13.692 Instituições financeiras........................................... 49.952 Créditos de clientes ............................................... 9.663 Obrigações fiscais e sociais a recolher ............................................... 1.118 876 Obrigações trabalhistas.......................................... Imposto de renda e contribuição social diferidos.... 1.918 Adto. para futuro aumento de capital.................... – Dividendos a pagar................................................ – 862 Outros débitos....................................................... Total do passivo circulante ................................ 78.081 Não Circulante Passivo exigível a longo prazo Instituições financeiras........................................... 28.962 Imposto de renda e contribuição social diferidos.... 18.595 632 Outros débitos....................................................... 73 Outras Informações Operacionais FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro líquido (prejuízo) do exercício ............... Ajustes para conciliar o resultado às disponibilidades Geradas pelas atividades operacionais: Depreciação e amortização ..................... Cisão parcial ........................................... Baixa por cisão de investimentos ............. Baixa de ágio .......................................... Resultado nas baixas do permanente....... Equivalência patrimonial.......................... Juros e variação cambial sobre empréstimos.............................. Participações minoritárias ........................ Resultados de exercícios futuros .............. Recebimento de dividendos de controladas ........................................ Período de 3 meses Encerrado em Mar/2006 Mar/2007 (não auditados) Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2002 2003 2004 2005 2006 (em milhares de R$) 22.991 55.579 45.222 (3.405) (20.005) (1.715) 6.702 14.859 – – – 2.518 – 16.540 – – – 3.133 (1.790) 21.225 (33.790) – – 5.006 (5.055) 26.372 – – – 1.592 (2.992) 26.138 (100) 53.163 10.706 1.224 (1.396) 6.717 – – – 95 (380) 6.443 – – – 171 – 21.768 2.198 – 25.566 4.995 – 22.577 55.712 432 15.649 (6.172) – 47.244 (43.498) – 2.012 (5.287) – 3.145 587 95 – – 64.334 104.023 – 111.329 – 31.044 – 73.476 – 1.442 – 17.143 5.961 9.792 2.300 (17.653) 22.413 30.184 8.993 11.512 (11.816) (11.460) (2.283) 2.756 9.253 25.811 (15.539) 12.977 1.996 11.006 17.291 13.906 (925) (2.852) 297 (4.750) 1.240 (227) 321 (114) – – 238 – 2.121 (1.656) 10.448 5.995 (5.228) (3.977) (16.338) (16.131) 55.199 92.448 8.471 14.918 – (33.788) (15.874) (2.014) (35.036) (10.784) (8) (14.203) (7.567) – (1.534) (587) – (17.779) (1.597) (49.662) (47.834) (21.778) (2.121) (19.376) 6.487 – (1.851) 8.347 (880) 11.897 (27.668) (7.948) (14.685) (8.335) 3.069 (1.389) 27.713 19.378 (8.335) 31.444 30.055 (1.389) (Aumento) redução no ativo: (Aumento) redução das contas a receber............................................. (4.258) 6.488 (12.115) (Aumento) redução de estoques/culturas em formação ........... (10.670) (41.591) (67.633) (Aumento) redução de impostos a recuperar ......................................... (614) (10.960) (8.182) (Aumento) redução de outras contas a receber ....................... (2.466) (13.205) (537) (18.008) (59.268) (88.467) Aumento (redução) no passivo: Aumento (redução) de fornecedores....... (16.195) (7.529) (1.940) Aumento de obrigações fiscais e sociais .. 4.081 25.580 (4.426) Aumento (redução) de obrigações com coligadas.................... (1.674) (802) – Aumento (redução) de outras contas a pagar .................................... 9.658 (5.679) 12.760 6.394 (4.130) 11.570 Disponibilidades líquidas geradas (aplicadas) pelas atividades operacionais ................... 42.196 56.325 29.256 Fluxo de caixa das atividades de investimentos Em investimentos ....................................... (2) (50.638) Em imobilizado........................................... (27.655) (15.439) Em diferido ................................................ (7.120) (11.630) Disponibilidades líquidas aplicadas às atividades de investimentos ................. (34.777) (77.707) Fluxo de caixa das atividades de financiamentos Integralização de capital ............................. – – – 8.108 60.045 Pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio........................................ (9.594) (12.706) (12.084) (946) (37.277) Empréstimos e financiamentos tomados ..... 96.797 125.444 133.241 139.977 64.242 Pagamentos de empréstimos e financiamentos ...................................... (80.466) (93.569) (110.373) (133.924) (153.949) Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas) às atividades de financiamentos... 6.737 19.169 10.784 13.215 (66.939) Aumento (redução) nas disponibilidades..... 14.156 (2.213) (9.622) 20.580 3.731 Aumento (redução) nas disponibilidades Disponibilidades – no início do exercício .... Disponibilidades – no final do exercício...... Aumento (redução) nas disponibilidades.... 4.812 18.968 14.156 18.968 16.755 (2.213) 74 16.755 7.133 (9.622) 7.133 27.713 20.580 27.713 31.444 3.731 Nosso EBITDA e EBITDA Ajustado(1) podem ser reconciliados com nosso resultado operacional da seguinte forma: Período de 3 meses encerrado em Encerrado em 31 de dezembro de 31 de março de 2003 2004 2005 2006 2006 2007 (em milhares de R$) 2002 Lucro (prejuízo) do exercício .............. IR e CS diferidos e correntes ............ Depreciação e amortização.............. Resultado financeiro, líquido............ EBITDA............................................. Resultado de operações com hedge ................................... Resultado de equivalência patrimonial ................................... Participações dos minoritários.......... Reversão dos juros sobre capital próprio............................... Receitas não operacionais, líquidas ......................................... EBITDA Ajustado............................. (1) 22.991 9.516 14.859 28.075 75.441 55.579 25.295 16.540 110 97.524 45.222 14.889 21.225 6.433 87.769 (3.405) (5.600) 26.372 (18.246) (879) (20.005) (12.191) 26.138 (10.720) (16.778) (1.715) (1.432) 6.717 (2.409) 1.161 6.702 3.598 6.443 2.299 19.042 (3.516) 679 2.712 26.173 20.501 2.650 212 – 2.053 (1.790) 4.539 (5.055) 24.129 (2.992) 17.144 (1.396) 15.430 (380) 3.202 – 810 – – (7.100) – – – – (4.815) 69.163 (5.641) 95.311 236 102.691 8 39.454 6.948 24.705 (75) 6.558 (627) 19.437 O EBITDA e o EBITDA Ajustado são medições não-contábeis elaboradas por nós, visando a apresentar uma medida do nosso desempenho econômico operacional. O nosso EBITDA é definido como o lucro líquido antes dos impostos, das despesas financeiras líquidas, das despesas de depreciação e amortização. O EBITDA e o EBITDA Ajustado não são reconhecidos pelos US GAAP e pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não representam o fluxo de caixa para os períodos apresentados, não devendo ser considerados como base para distribuição de dividendos, alternativa para o lucro líquido como indicador do desempenho operacional ou para o fluxo de caixa ou, ainda, como indicador de liquidez, tampouco como indicador de performance. O EBITDA e o EBITDA Ajustado não possuem significados padronizados e as nossas definições de EBITDA e EBITDA Ajustado não podem ser comparadas com o EBITDA e o EBITDA Ajustado apresentados por outras companhias. O EBITDA Ajustado é o EBITDA adicionado o resultado líquido das operações de hedge, resultado com equivalência patrimonial, participações de minoritários, reversão de juros sobre capital próprio e as receitas não-operacionais líquidas. 75 ANÁLISE E DISCUSSÃO DA ADMINISTRAÇÃO SOBRE A SITUAÇÃO FINANCEIRA E OS RESULTADOS OPERACIONAIS A análise e discussão da administração sobre a situação financeira e os resultados operacionais a seguir devem ser lidos em conjunto com as nossas demonstrações financeiras para os exercícios sociais encerrados em 31 dedezembro de 2006, de 2005 e de 2004, e com as demonstrações financeiras consolidadas para os períodos de três meses encerrados em 31 de março de 2007 e 2006, e respectivas notas explicativas incluídas neste Prospecto, bem como com as informações apresentadas em “Apresentação das Informações Financeiras e Outras Informações” e “Informações Financeiras e Operacionais Selecionadas”. As nossas demonstrações financeiras constantes do presente Prospecto foram elaboradas de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil. A discussão a seguir contém afirmações com relação ao futuro que envolvem riscos e incertezas. Nossos resultados efetivos podem ser substancialmente diferentes dos resultados discutidos nas afirmações com relação ao futuro por diversas razões, incluindo, mas não se limitando a fatores indicados nas seções “Considerações sobre Estimativas e Declarações sobre o Futuro” e “Fatores de Risco”. Visão Geral Acreditamos ser um dos maiores produtores agrícolas brasileiros em termos de área cultivada, com aproximadamente 117 mil hectares no ano-safra 2006/2007 (incluindo as culturas plantadas em segunda safra), uma produção de 354 mil toneladas no ano-safra 2005/2006 e receita líquida de R$211,1 milhões no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006. Atualmente: • somos o segundo maior produtor de algodão em pluma do Brasil em termos de área plantada no ano-safra 2006/2007 de acordo com dados da ABRAPA, representando um aumento de 11% em relação ao ano-safra anterior; e • acreditamos ser um dos grandes proprietários de terras no Brasil, com 135 mil hectares de terras próprias em 31 de março de 2007; e, no ano-safra 2005/2006, acreditamos ter sido: • o quarto maior produtor de soja do Brasil em termos de área cultivada, com uma produção de 184 mil toneladas; e • o quarto maior produtor de milho do Brasil em termos de área cultivada, com uma produção de 70 mil toneladas. Nos últimos cinco anos, a nossa produtividade média de algodão e soja, calculada em termos de volume produzido por hectare, foi 69% e 23% respectivamente, superior às respectivas produtividades médias dos Estados Unidos, principal exportador mundial de algodão e o maior produtor de soja do mundo, e 26% e 31% superior às respectivas médias de algodão e soja do Brasil, segundos dados da Conab, do USDA e da nossa Companhia. Avaliação das Fazendas Em março de 2007, com o intuito de conhecermos o valor de mercado de nossas propriedades, solicitamos uma avaliação a corretores imobiliários independentes e com conhecimento do setor agrícola e do mercado imobiliário local. No âmbito dessa avaliação, o valor da terra nua (valor dos terrenos sem considerar prédios, instalações e equipamentos) de cada uma de nossas propriedades foi determinado por dois corretores imobiliários que levaram em conta, dentre outros, os critérios de qualidade do solo, nível do preparo da terra, infra-estrutura logística regional, aspectos climáticos e o preço da soja no mercado local. Em maio de 2007, contratamos a Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda., para, de forma independente, elaborar a avaliação patrimonial de nossas fazendas, na data-base de 30 de abril de 2007, com o objetivo de estabelecer os valores de mercado de nossas fazendas, de forma a fornecer subsídios para os potenciais investidores no contexto de nossa Oferta. 76 A avaliação patrimonial do valor de mercado das terras de nossa propriedade foi efetuada com base nas mais recentes normas e diretrizes da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas e IBAPE – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia, se aplicando principalmente o método comparativo direto de dados de mercado, que consiste em se determinar o valor de mercado de um bem através da comparação com outros similares, através de seus preços de venda, tendo em vista as suas características semelhantes. A avaliação não contemplou: investigações específicas envolvendo aspectos jurídicos; inventário físico dos bens que por ventura não façam parte do nosso ativo imobilizado; validação dos procedimentos contábeis adotados por nós e origem da documentação relativa à aquisição dos bens; inventário físico e avaliação das construções civis, benfeitorias, máquinas, equipamentos, implementos agrícolas, de itens de almoxarifado, estoques e peças sobressalentes; medições e/ou checagens “in loco” das áreas das terras avaliadas; e realização de cotejamento físico e contábil entre os imóveis avaliados e contabilizados. Nenhumas destas avaliações deve ser interpretada como uma indicação de que, caso vendidas, nossa propriedades alcançariam os valores indicados em tais avaliações. Apresentamos abaixo os resultados das três avaliações de nossas fazendas supra citadas: Fazenda Pamplona Planalto Parnaíba Planorte Planeste Paiaguás Palmeira (2) Paineira Panorama Localização Cristalina, GO Costa Rica, MS Tasso Fragoso, MA Sapezal, MT Balsas, MA Diamantino, MT Buriti, MA Coronel Bicaco, RS São Desidério e Correntina, BA Total ........................................................ (1) (2) Área (hectares) Valor Contábil Avaliação (1) Deloitte 12.811,95 17.489,62 26.084,38 13.159,13 17.941,02 22.877,79 14.331,66 821,23 2.272 7.114 3.464 8.533 10.305 586 2.191 809 82.760 143.400 129.510 89.490 86.790 160.650 13.600 7.190 50.325 120.547 84.846 52.991 53.748 118.798 11.367 7.128 60.076 112.720 91.565 33.371 59.228 97.057 18.460 6.898 3.498,32 129.016,10 13.124 48.398 – 713.390 499.750 479.375 (1) (1) Avaliação 1 Avaliação 2 (em milhares de R$) Valor dos terrenos, sem considerar prédios, instalações e equipamentos. Propriedade arrendada a terceiros. Contratamos a compra de 9.129 hectares de terras agrícolas nos municípios de Correntina e São Desidério, no oeste do estado da Bahia, dos quais 3.498 hectares já foram escriturados e registrados em nosso nome. As demais áreas estão em fase de liberação de gravames para escrituração. O valor total em aberto dos contratos em 31 de março de 2007 era de cerca de aproximadamente R$24,77 milhões, que será pago quando da outorga da escritura. O resultado dessas avaliações não foi registrado contabilmente, não tendo havido nenhuma alteração em nosso imobilizado. Por sua natureza, os imóveis agrícolas têm valor volátil e possuem pouca liquidez. Conseqüentemente, os valores acima poderão sofrer alterações relevantes no futuro, e poderemos não ser capazes de alienar as nossas propriedades pelos valores acima indicados. Ver “Fatores de Risco - Fatores de Risco Relacionados ao Setor Agrícola e à Nossa Companhia - Uma parcela substancial de nossos ativos é constituída por imóveis agrícolas, os quais não têm liquidez.” Cenário macro econômico brasileiro Em 2004, a economia brasileira mostrou importantes melhorias em seus principais indicadores. O PIB cresceu 5,7% quando comparado com o PIB de 2003 e a taxa média de desemprego caiu de 10,9% em 2003 para 9,6% nas principais regiões metropolitanas do País, de acordo com as estimativas de desemprego publicadas pelo IBGE. O Brasil registrou um superávit primário nas contas públicas de 4,6% do PIB, acima da meta de 4,3% do PIB estabelecida pelo Fundo Monetário Internacional como parte de seu acordo de empréstimo então em vigor com o Brasil naquele período. Ainda em 2004, o Brasil teve um superávit comercial de US$34 bilhões. A inflação, medida pelo IPCA, foi de 7,6% e a TJLP média foi de 9,8%. O real valorizou-se em 8,1% em comparação ao dólar. Entretanto, o aumento da atividade econômica causou alguma preocupação com relação à inflação, o que resultou na manutenção pelo governo da taxa de juros em níveis elevados. Adicionalmente, a carga tributária aumentou de 34,90% para 35,91% do PIB brasileiro, de acordo com a Receita Federal. 77 O ano de 2005 foi marcado por denúncias de corrupção contra integrantes do governo e deputados federais da base de sustentação do atual presidente e pelo esforço do Banco Central em atingir a meta de inflação de 4,5% no ano, o que resultou na manutenção da taxa de juros em um nível elevado. Com o desaquecimento da economia, a partir de novembro, o governo começou a reduzir a taxa básica de juros de modo a incentivar a retomada do crescimento econômico. Em 31 de dezembro de 2005, a taxa básica de juros definida pelo Banco Central era de 18,0% ao ano. O real valorizou-se em 11,8% em comparação ao dólar. Apesar dessa valorização, o Brasil teve um superávit comercial de US$44,8 bilhões, seu mais alto superávit comercial de todos os tempos. A taxa média de desemprego caiu de 9,6% para 8,3% nas principais regiões metropolitanas do País, de acordo com as estimativas de desemprego publicadas pelo IBGE. A inflação anual, conforme medida pelo IPCA, foi de 5,7% e a TJLP média foi de 9,8%. O PIB cresceu 3,7% em 2006, em comparação com um crescimento de 2,9% em 2005 e 5,7% em 2004. No ano de 2006, o real manteve a sua tendência de valorização e teve uma apreciação frente ao dólar de 7,5% entre 31 de dezembro de 2005 e 31 de dezembro de 2006. Em 31 de março de 2007, o real valorizou-se 4,20% em relação a 31 de dezembro de 2006 . Mesmo com a apreciação, o Brasil alcançou um saldo positivo em conta corrente de US$6,3 bilhões. A taxa média de desemprego cresceu de 8,3% em 31 de dezembro de 2005 para 10,0% em 31 de dezembro de 2006 nas principais regiões metropolitanas do País, de acordo com estimativas do IBGE. Em 2006, a média de inflação, medida pelo IPCA, foi de 3,1% e a média da taxa de juros TJLP foi de 6,9%. Durante os três primeiros meses de 2007, o real apresentou uma alta em relação ao dólar de 4,3%, sendo que em 31 de março de 2007 a taxa de câmbio estava a 2,050 reais por dólar. Nesta mesma data, a SELIC estava em 12,75%. A tabela a seguir fornece os dados do crescimento do PIB, inflação, taxas de juros e taxa de câmbio do dólar nos períodos indicados. 2002 Crescimento do PIB .................................. Inflação (IGP-M)(1) ..................................... Inflação (IPCA)(2) ....................................... CDI(3) ........................................................ TJLP(4) ....................................................... Valorização (desvalorização) do real frente ao dólar .......................... Taxa de câmbio (fechamento) R$ por US$1,00 .................................... Taxa media de câmbio — (5) R$ por US$1,00 .................................. Exercício encerrado em 31 de dezembro de 2003 2004 2005 2006 2,7% 25,3% 12,5% 19,0% 9,9% 1,1% 8,7% 9,3% 23,2% 11,5% 5,7% 12,4% 7,6% 16,2% 9,8% 2,9% 1,2% 5,7% 19,1% 9,8% 3,7% 3,8% 3,1% 12,5% 6,9% (52,3%) 18,2% 8,1% 11,8% 8,5% R$3,533 R$2,889 R$2,654 R$2,341 R$2,138 R$2,929 R$3,071 R$2,927 R$2,934 R$2,177 Fontes: BNDES, Banco Central e Fundação Getúlio Vargas. (1) A inflação (IGP-M) é o índice geral de preço do mercado medido pela Fundação Getúlio Vargas. (2) A inflação (IPCA) é um índice de preços ao consumidor medido pelo IBGE. (3) A taxa CDI é a média das taxas dos depósitos interfinanceiros praticados durante o dia no Brasil (acumulada para o mês do fim do período, atualizada). (4) Representa a taxa de juros aplicada pelo BNDES para financiamento de longo prazo (fim do período). (5) Média das taxas de câmbio do último dia de cada mês durante o período. Principais Fatores que Afetam os Nossos Resultados Operacionais A rentabilidade do nosso negócio é afetada principalmente pela nossa produtividade, custos e preços, além de outros fatores, discutidos a seguir. Nossa Produtividade A nossa produtividade, que é medida em quilogramas colhidos por hectare, é superior à média nacional em todas as culturas que atuamos, com base em dados da Conab sobre a média nacional, sendo superior até mesmo às médias norte-americanas nas culturas do algodão e da soja, e similar, no caso do milho, com base em dados do USDA sobre a média norte-americana. 78 A nossa alta produtividade deve-se, principalmente, à (i) nossa estrutura de custos e ciclo operacional eficientes; (ii) nossa tecnologia de produção, com alta mecanização do processo de plantio e colheita; (iii) utilização do sistema de rotação de culturas, que nos proporciona menor incidência de pragas e doenças, e uso mais eficiente das adubações e uso sustentável dos defensivos; (iv) domínio da técnica do plantio direto, sistema de plantio sem revolvimento do solo, que reduz a níveis insignificantes as perdas de solo, água e nutrientes e o custo de produção, devido à menor utilização de máquinas na lavoura; (v) nossa experiência na correção da composição química do solo e na seleção de sementes; (vi) nosso domínio do pacote tecnológico de insumos, que nos permite máxima eficiência técnica; e (vii) fatores climáticos e geográficos, que estão fora de nosso controle. Além disso, esperamos que a introdução dos transgênicos, cuja utilização foi recentemente aprovada pelo Governo Federal, aumente a nossa produtividade e reduza os nossos custos médios, principalmente com defensivos agrícolas. A tabela abaixo mostra a evolução da nossa produtividade para cada uma de nossas culturas nas últimas cinco safras: Cultura Soja .................................................. Milho ................................................ Milho segunda-safra.......................... Algodão em pluma............................ Algodão em pluma segunda-safra ..... Café.................................................. Produtividades de 5 safras (2001/02 a 2005/06) SLC Agrícola 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 Média 5 safras kg/ha 3.263 3.228 3.480 3.380 2.888 3.248 8.261 9.079 8.785 8.140 9.251 8.703 – 3.113 5.192 5.638 6.674 5.178 1.455 1.612 1.534 1.236 1.292 1.426 1.111 1.525 1471 1.370 – 4.247 3.937 2.989 4.588 3.940 Fonte: SLC Agrícola Algodão Na cultura do algodão safra, a nossa produtividade média, nos últimos cinco anos-safra, foi 26% superior à média do Brasil com base nos dados da Conab e da nossa Companhia, o que demonstra a nossa capacidade tecnológica e domínio do processo de produção do algodão, bem como as condições geográficas e climáticas favoráveis do Cerrado. A nossa produtividade média do ano-safra 2005/2006 foi de 1.292 kg por hectare, 4,5% superior a do ano-safra 2004/2005, de 1.236 kg por hectare. Por sua vez, a produtividade do ano-safra 2004/2005 foi 19,5% inferior à do ano-safra 2003/2004, de 1.534 kg por hectare. A nossa produtividade nos dois últimos anos safra foi inferior à nossa média histórica devido a nossa expansão na produção em novas fronteiras agrícolas, como as fazendas Parnaíba e Planeste no Sul do estado do Maranhão, regiões onde essa cultura ainda não era cultivada e não havia domínio da tecnologia de produção para as condições ambientais locais, bem como ao excesso atípico de chuvas durante o estágio final do ciclo de produção. Apesar de termos experimentado uma redução na nossa média nas últimas duas safras, estamos desenvolvendo a tecnologia de cultivo do algodão numa região com grande potencial de crescimento, onde cultivamos 43 mil hectares e temos potencial de aumentar a nossa produção nos próximos anos. Acreditamos que a produtividade da cultura do algodão voltará a crescer nos próximos anos e que continuaremos a ser um dos líderes de produtividade em todas as regiões onde plantamos. Por outro lado, o excesso de chuvas no final do ciclo da cultura do algodão, favoreceu a cultura do algodão segunda-safra. A nossa produtividade média na segunda safra 2005/2006 foi de 1.471 kg por hectare, 3,5% inferior à da segunda safra 2004/2005, de 1.525 kg por hectare. Por sua vez, a produtividade do algodão 2004/2005 foi 37% superior à da segunda safra 2003/2004, de 1.111 kg por hectare, demonstrando claramente a relação entre o excesso de chuvas no final do ciclo e a maior produtividade da segunda Safra em prejuízo da safra principal. 79 O gráfico abaixo ilustra a nossa produtividade média do algodão em pluma nos anos-safra desde o início do nosso cultivo dessa cultura, referente à primeira safra: Evolução da nossa produtividade média de algodão em pluma safra 1.800 1.612 1.590 1.600 1.522 1.534 1.498 1.455 1.400 1.292 1.236 1.210 1.200 Kg/ha 1.000 800 600 400 200 0 Fonte: SLC Agrícola 1997/98 1998/99 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 O gráfico abaixo ilustra a nossa produtividade média da segunda safra do algodão em pluma nos três anos safra desde o início do nosso cultivo dessa cultura, conforme indicado abaixo: Evolução da nossa produtividade média de algodão em pluma segunda safra 1.800 1.600 1.525 1.471 1.400 1.200 1.112 Kg/ha 1.000 800 600 400 200 0 Fonte: SLC Agrícola 2003/04 2004/05 80 2005/06 Soja A nossa produtividade média de soja, nos últimos 5 anos safra, foi 31% superior à média brasileira e 19% superior à média da região Centro Oeste, segundo dados da Conab e da nossa Companhia. A nossa produtividade média no ano-safra 2005/2006 foi de 2.888 kg por hectare, 14,5% menor que a do ano-safra 2004/2005, de 3.380 kg por hectare. Por sua vez, a produtividade do ano-safra 2004/2005 foi 2,9% menor que a do ano-safra 2003/2004, de 3480 kg por hectare. A menor produtividade da última safra foi devido ao excesso de chuvas no período de colheita, provocando perdas expressivas na Fazenda Planeste, e pelo ataque intensivo até então não ocorrido de ferrugem asiática. Medidas de controle foram tomadas para evitar que estes problemas se repitam. O gráfico abaixo ilustra a evolução de nossa produtividade média desde o início de nosso cultivo dessa cultura: Evolução da nossa produtividade média de soja 1 88 2. 8 2. 97 2 2. 92 4 3. 01 1 2. 60 8 2. 75 0 65 6 2. 71 0 2. 2 35 0 45 8 2. 55 1.8 9 9 2. 2. 28 5 2. 03 3 2. 05 0 1.9 04 1.500 1.1 75 Kg/ha 2.500 2.000 2. 2. 60 3 3.000 2. 74 3 2. 97 4 2. 94 4 2. 88 2 3.500 3. 38 3. 26 3 3. 22 8 3. 48 0 4.000 1.000 500 19 80 / 1 9 81 81 /8 2 19 82 /8 3 19 83 /8 4 19 84 /8 5 19 85 / 19 86 86 / 1 9 87 87 /8 8 19 88 / 19 89 89 /9 19 0 90 / 19 91 91 /9 2 19 92 /9 3 19 93 /9 4 19 94 /9 5 19 95 /9 19 6 96 / 19 97 97 /9 8 19 98 /9 9 19 99 /0 20 0 00 /0 20 1 01 / 20 02 02 / 20 03 03 /0 20 4 04 / 20 05 05 /0 6 0 Fonte: SLC Agrícola Milho A nossa produtividade média de milho tem apresentado crescimento consistente nas últimas safras como resultado do aperfeiçoamento da tecnologia de produção dessa cultura. A nossa produtividade média de milho safra, nos últimos 5 anos, foi 171% superior à média brasileira e 75% superior à média de milho da região Centro Oeste, com base em dados da Conab e da nossa Companhia . A nossa produtividade média no ano-safra 2005/2006 foi de 9.051 kg por hectare, 11% superior à produtividade média do ano-safra 2004/2005 de 8.140 kg por hectare. Por sua vez, a produtividade média do ano-safra 2004/2005 foi 87% inferior à produtividade média do ano-safra 2003/2004 de 8.785 kg por hectare. A nossa produtividade média nos últimos anos tem alcançado níveis similares às médias norteamericanas, com base em dados do USDA, mostrando o potencial da cultura do milho no País, quando cultivado com alta tecnologia. O gráfico abaixo demonstra a evolução histórica de nossa produtividade média da safra principal do milho desde o início do nosso cultivo dessa cultura: 81 Kg/ha 8. 2 7. 11 7 6. 97 7 7. 97 1 6. 81 2 6. 59 3 7. 53 8 6. 09 1 6. 62 6 6. 70 2 6. 77 7 6. 31 8 5. 70 8 5 6. 12 5. 49 6 6.000 5. 28 2 7.000 6. 75 8 8.000 8. 14 0 61 9.000 8. 78 5 9. 07 9 10.000 9. 25 2 Evolução da nossa produtividade média de milho safra 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 19 85 /8 6 19 86 /8 7 19 87 /8 8 19 88 /8 9 19 89 /9 0 19 90 /9 1 19 91 /9 2 19 92 /9 3 19 93 /9 4 19 94 /9 5 19 95 /9 6 19 96 /9 7 19 97 /9 8 19 98 /9 9 19 99 /0 0 20 00 /0 1 20 01 /0 2 20 02 /0 3 20 03 /0 4 20 04 /0 5 20 05 /0 6 0 Fonte: SLC Agrícola A nossa produtividade média de milho segunda Safra 2005/2006 foi de 6.674 kg por hectare, 18% superior à produtividade média do ano-safra 2004/2005 de 5.638 kg por hectare. Por sua vez, a produtividade média do ano-safra 2004/2005 foi 8% superior à produtividade média do ano-safra 2003/2004 de 5.192 kg por hectare. O gráfico abaixo ilustra a nossa produtividade média da segunda safra de milho nos 4 anos safra desde o início do nosso cultivo dessa cultura, conforme indicado abaixo: Evolução da nossa produtividade média de milho segunda safra 8.000 6.770 7.000 6.000 5.638 5.192 Kg/ha 5.000 4.000 3.113 3.000 2.000 1.000 0 2002/03 2003/04 2004/05 82 2005/06 Café Muito embora seja uma cultura recente, a nossa produtividade média tem alcançado índices elevados, chegando a ser 308% superior à media brasileira, nos últimos cinco anos-safra, de acordo com o CONAB e a nossa Companhia. A nossa produtividade média de café, nos últimos quatro anos-safra, foi 3.940 kg por hectare. A nossa produtividade no ano-safra 2005/2006 foi de 4.588 kg por hectare, 53% superior à produtividade do ano-safra 2004/2005 de 2.989 kg por hectare. Por sua vez, a produtividade do ano-safra 2004/2005 foi 24% inferior à produtividade do ano-safra 2003/2004 de 3.937 kg por hectare. Essa oscilação acentuada é uma característica inerente à cultura do café que possui ciclo produtivo de aproximadamente 2 anos, entretanto, o gráfico abaixo não expressa esse comportamento nas nossas primeiras duas safras pois houve incrementos de 25% de área plantada em cada período, provocando uma produtividade média menor. Evolução da nossa produtividade média de café 5.000 4.588 4.500 4.247 3.937 4.000 3.500 2.989 Kg/ha 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 Fonte: SLC Agrícola 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 Preços dos nossos produtos Como os nossos produtos são commodities agrícolas negociadas internacionalmente, os seus preços e, conseqüentemente, os nossos resultados, são diretamente afetados pelas cotações das Bolsas de Nova York (NYBOT) e Chicago (CBOT). Essas cotações refletem a oferta e a demanda mundial dos produtos, que são afetadas pelas condições climáticas, tecnológicas, comerciais, econômicas e as políticas governamentais. Nossos preços em reais ainda refletem de maneira intensa as flutuações da taxa de câmbio, sendo maiores quanto mais desvalorizada estiver a moeda brasileira perante o dólar norte-americano. Algodão Os preços médios do algodão em pluma na NYBOT, para produto com qualidade “Strict Low Middling, Length 1 2/32nd inch”, passaram de US$0,55 por libra em 2004 para US$0,50 por libra em 2005, variação essa resultante do forte aumento da produção mundial no ano-safra 2004/2005. Em 2006, os preços médios do algodão foram de US$0,52 por libra, devido à redução da área de cultivo, que resultou em uma diminuição da produção mundial. Em 31 de março de 2007, os preços do algodão eram de US$0,54 por libra na NYBOT. Os preços do algodão no mercado doméstico sofrem grande influência do mercado internacional, além dos impactos da taxa cambial. Os preços médios no mercado brasileiro, referenciados pelo Índice Esalq (CEPEA) à vista, foram de R$1,724 por libra em 2004, R$1,145 por libra em 2005 e R$1,306 em 2006. 83 Soja Os preços médios da soja, na CBOT, foram de US$7,52 por bushel em 2004, US$6,08 por bushel em 2005 e US$5,92 por bushel em 2006. Em 31 de março de 2007, os preços da soja estavam sendo cotados na CBOT/CMA em US$7,34 por bushel. Em 2004, os preços atingiram níveis elevados em virtude da quebra de produção e conseqüente redução dos estoques nos Estados Unidos, principal produtor mundial. Com a recuperação da produção norte-americana nos anos seguintes, os preços da soja retornaram a patamares históricos, vistos em 2005 e 2006. Recentemente, em função (i) da expectativa do aumento contínuo do consumo de soja no mundo, especialmente pelo desenvolvimento e estímulo à utilização de biocombustíveis, e (ii) da perspectiva de redução da oferta de soja, em virtude da transferência de áreas de cultivo para a cultura do milho em vários países produtores, especialmente nos Estados Unidos, os preços têm subido, sendo que o preço médio de por bushel de soja no primeiro trimestre de 2007 foi de US$7,34. Os preços médios da soja no mercado doméstico, referenciados pelo Índice Esalq à vista, foram de US$14,42 por saca em 2004, US$12,91 por saca em 2005 e US$13,01 por saca em 2006. Os preços em reais também foram afetados negativamente pela valorização do real, ficando em R$42,27 por saca em 2004, R$31,39 por saca em 2005 e R$28,31 por saca em 2006, conforme Índice Esalq à vista do período. Nossos preços médios em reais da soja tiveram redução de 8,5% entre os anos-safra 2003/04 e 2004/05, e de 14,9% entre os anos-safra 2004/05 e 2005/06. Milho Os preços médios do milho na CBOT, foram de US$2,52 por bushel em 2004, US$2,08 por bushel em 2005 e US$2,68 por bushel em 2006. Em 31 de março de 2007, os preços do milho estavam sendo cotados na CBOT/CMA em US$4,01 por bushel. Não existe uma correlação elevada entre os preços locais e aqueles negociados na CBOT. No mercado doméstico, a formação do preço do milho baseia-se nas condições de oferta e demanda nacional e regional. A recente alta do preço do milho na CBOT tem viabilizado a exportação de milho, alterando a dinâmica de formação de preço no mercado interno. Os preços do milho no mercado doméstico, conforme o Índice Esalq à vista, foram de R$18,32 por saca em 2005 e R$17,88 por saca em 2006. Nossos preços médios em reais de milho no mercado sofreram uma queda de 4,5% entre os anos-safra 2004/2005 e 2005/2006. Além dos fatores mercadológicos, os nossos preços médios são influenciados de acordo com a participação da produção de cada fazenda, tendo em vista que os preços do milho variam significativamente entre as diferentes regiões. Café No mundo, segundo a OIC, o consumo de café cresce 1,5% ao ano, em média. No Brasil, segundo a ABIC, o consumo interno brasileiro de café em 2006 voltou a crescer de forma acentuada. Os preços do café na NYBOT para produto com qualidade standard, foram de US$0,76 por libra em 2004, US$1,07 por libra em 2005 e US$1,08 por libra em 2006. Em 31 de março de 2007, os preços médios do café na NYBOT eram de US$1,15 por libra. A partir de 2005, houve uma recuperação dos preços do café na NYBOT, especialmente em função dos ajustes nos estoques brasileiros. A BM&F, é uma importante referência para a formação dos preços internacionais do café, e as cotações do contrato futuro para café padrão cru, em grão, de produção brasileira, Coffee arábica, tipo 6 ou melhor, bebida dura ou melhor, para entrega na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, Brasil, foram de US$85,13 por saca em 2004, US$131,68 por saca em 2005 e US$128,50 por saca em 2006. Nossos preços médios de café subiram 7,6% entre os anos safra 2003/04 e 2004/05, sendo que o ano-safra 2005/2006 ainda está sendo comercializado. Nossos Custos O nosso principal custo se refere às sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas utilizados no plantio e manejo das nossas culturas, que, na safra 2006, representaram 52% do custo total de produção do algodão, 38% do custo total de produção da soja, 47% do custo total de produção do milho, 74% do custo total de produção do milho segunda safra e 29% do custo total de produção do café. Nós adquirimos esses insumos dos players mundiais e os preços são definidos pelo mercado internacional. 84 Os nossos custos são formados principalmente no segundo trimestre de cada ano, época em que concentram-se as negociações dos insumos. Com isso, a taxa cambial desse período tem papel fundamental na definição dos custos incorridos com os nossos insumos. Nos anos-safra 2003/2004 e 2004/2005, houve um aumento no preço dos insumos devido ao forte crescimento da demanda, reflexo da alta rentabilidade do ano-safra anterior. Algodão Nossos custos por hectare do algodão foram de R$3.381 no ano-safra 2003/2004, R$3.772 no anosafra 2004/2005 e R$3.340 no ano-safra 2005/2006. Nosso custo do ano-safra 2004/2005 foi elevado em razão do aumento do preço dos insumos, que chegou a representar 64% do nosso custo total de produção do algodão em tal safra. Nosso custo de produção do algodão segunda-safra foi de aproximadamente 60% do custo do algodão safra principal em 2004/05 devido ao fato de que o cultivo do algodão segunda safra não requer uma estrutura de custos fixos e permite a economia com defensivos agrícolas. Como a segunda safra se beneficia da terra corrigida, mão-de-obra e maquinário que normalmente estariam ociosos na entre-safra principal, sem que nenhuma parcela seja alocada na segunda safra. Planejamos aumentar o plantio do algodão segunda safra, de forma a diluir o nosso custo fixo, reduzindo o custo total de produção, e minimizar os riscos climáticos a que estamos sujeitos pelo aumento do período de plantio e colheita. Soja Nossos custos por hectare da soja foram de R$1.382 no ano-safra 2003/2004, R$1.549 no ano-safra 2004/2005 e R$1.437 no ano-safra 2005/2006. Nosso custo do ano-safra 2004/2005 foi elevado em razão do aumento do preço dos insumos, que representaram 46% do custo total de produção da soja em tal safra. Milho Nossos custos por hectare do milho foram de R$1.634 no ano-safra 2003/2004, R$1.833 no ano-safra 2004/2005, e R$1.955 no ano-safra 2005/2006. O aumento progressivo no custo de produção nos três últimos anos-safras ocorreu devido principalmente ao aumento no custo dos insumos, que representaram aproximadamente 55% nos anos-safra 2003/2004 e 2004/2005 e 53% no ano-safra 2005/2006 do custo total da produção do milho em tais safra. Nossos custos por hectare do milho segunda-safra foram de R$514 no ano-safra 2003/2004, R$636 no ano-safra 2004/2005, e R$625 no ano-safra 2005/2006. Como não há custos fixos envolvidos no cultivo do milho segunda safra principal, o custo total de produção representou, nas três safras, aproximadamente um terço do custo de produção do milho safra principal, sendo que 74% desse custo está relacionado aos três principais insumos agrícolas usados na sua produção, quais sejam, sementes, defensivos e fertilizantes. Café Nossos custos por hectare do café foram de R$9.580 no ano-safra 2003/2004, R$11.445 no ano-safra 2004/2005 e R$10.886 no ano-safra 2005/2006. O custo do ano-safra 2004/2005 foi elevado em razão do aumento do preço dos insumos, que representaram 38% do nosso custo total de produção do café em tal safra. Além dos insumos, os principais custos envolvidos na nossa produção são: combustíveis e lubrificantes, conservação de máquinas e implementos, mão-de-obra, depreciações e amortizações. 85 Efeitos das Oscilações das Taxas de Câmbio do Real em Relação ao Dólar Os nossos resultados operacionais e a nossa situação financeira têm sido e continuarão a ser afetados pela volatilidade do real em relação ao dólar. A tabela abaixo demonstra, nos períodos indicados, a flutuação do Real em relação ao dólar, as taxas de câmbio do final do período e a taxa média de câmbio do período: Exercício Social findo em 31 de dezembro de 2004 2005 2006 Variação na taxa de câmbio (ao final do período)(1) .......................................... Variação na taxa de câmbio (2) (média do período) ............................................ Taxa de câmbio do final do período (US$1,00)............................................................ Taxa média de câmbio do período (US$1,00)............................................................ Período de três meses encerrado em 31 de março de 2006 2007 (8,3)% (11,7)% (8,5)% (18,6)% (5,6)% (4,7)% (17,3)% (10,6)% (17,7)% (4,1)% R$2,65 R$2,34 R$2,14 R$2,17 R$2,05 R$2,93 R$2,44 R$2,18 R$2,20 R$2,11 Fontes: IBGE, Fundação Getúlio Vargas e Banco Central. (1) Calculado como a diferença percentual entre a taxa de câmbio do encerramento do período anterior e a do encerramento do período em questão. Utilizamos a variação da taxa de câmbio ao final do período para avaliar os efeitos de mudanças nas taxas de câmbio em nossos balanços patrimoniais. (2) Calculado como a diferença percentual entre a taxa média de câmbio do período em questão e a taxa média do período anterior. Utilizamos a variação da taxa de câmbio ao final do período para avaliar os efeitos de mudanças nas taxas de câmbio em nossas demonstrações de resultado. Uma parte substancial da nossa receita líquida de vendas está atrelada ao dólar, dado que os preços dos nossos produtos são cotados em bolsas internacionais e na moeda norte-americana. Caso ocorra uma desvalorização ou valorização do real frente ao dólar, nossas receitas serão impactadas, podendo sofrer um acréscimo ou decréscimo em valores monetários (num cenário em que as demais variáveis permaneçam constantes). Parte de nosso custo de produção e endividamento é atrelado ao dólar e é coberta totalmente pelas receitas atreladas ao dólar. Possuímos uma exposição líquida ativa em Dólares que poderá ser ou não protegida por instrumentos financeiros de hedge cambial. Em 31 de março de 2007, 72% das nossas receitas previstas para o decorrer do exercício de 2007 estavam protegidas por esses instrumentos de hedge. Sazonalidade A diversificação de nossas culturas e o incremento da utilização das culturas de segunda safra têm minimizado os efeitos adversos da sazonalidade característicos do setor agrícola. Por exemplo, em 2006 o reconhecimento da nossa receita bruta, em relação aos nossos principais produtos, ocorreu da seguinte forma: 18,9% no primeiro trimestre; 24,6% no segundo trimestre; 28,5% no terceiro trimestre e 28,0% no quarto trimestre. Devido ao período necessário para o beneficiamento do algodão e do café, parte da produção ainda não está disponível para comercialização no momento de conclusão da colheita, o que acarreta flutuações em nossos estoques que, em geral, atingem o seu pico no primeiro trimestre, período em que realizamos nossa menor receita trimestral. Esse movimento gera oscilações em nosso lucro bruto trimestral e afeta nossa necessidade de capital de giro, que geralmente apresenta-se maior durante este período, aumentando assim as nossas despesas financeiras neste período. Para maiores detalhes acerca da sazonalidade dos nossos negócios, ver “Nossas Atividades - Sazonalidade”. 86 Nossas Demonstrações Financeiras e Práticas Contábeis Críticas A elaboração de nossas demonstrações financeiras de acordo com as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil requer que efetuemos certos julgamentos e utilizemos premissas na determinação do valor e registro de estimativas contábeis, a respeito dos efeitos de questões que são, por natureza, incertas e que impactam o valor de nossos ativos e passivos. Os resultados efetivos podem divergir de tais estimativas. Com o intuito de fornecer um entendimento de como formamos nosso julgamento e estimativas sobre determinados eventos futuros, inclusive as variáveis e premissas que fundamentam as estimativas e a sensibilidade de tais julgamentos de acordo com diferentes variáveis e condições, resumimos as nossas principais práticas contábeis críticas a seguir: • Estoques. Os estoques compreendem produtos acabados, insumos agrícolas e materiais para consumo. Os produtos acabados são avaliados pelo custo de produção, enquanto que os insumos e materiais de consumo são avaliados pelo custo médio de aquisição. Nos casos especiais em que o valor do estoque de produtos acabados superem os valores de mercado, são constituídas provisões para ajuste aos valores de mercado. No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 foram constituídas provisões no valor de R$6.327 mil, no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 foram constituídas provisões no valor de R$2.402 mil, e, no exercício anterior, encerrado em 31 de dezembro de 2004, não foram constituídas provisões por não haverem estoques com custos superiores ao valor de comercialização. • Impostos diferidos. Fundamentados na expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, determinados em estudo técnico aprovado pela nossa administração, reconhecemos créditos tributários sobre prejuízos fiscais, bases negativas da contribuição social e diferenças temporárias, que não possuem prazo prescricional. Revisamos constantemente o valor contábil do nosso ativo diferido. Estimamos que os valores contabilizados como créditos tributários diferidos serão realizados sem perdas significativas. • Imobilizado. Registrado ao custo de aquisição, formação ou construção, atualizado monetariamente com base na legislação em vigor até 31 de dezembro de 1995. A depreciação é calculada pelo método linear às taxas anuais que consideram a vida útil econômica estimada dos ativos. Em 2006 efetuamos o estorno do valor de reavaliação anteriormente considerada em nosso ativo imobilizado, sendo o saldo naquela data, apresentado conforme os respectivos custos de aquisição, formação ou construção visando manter uniformidade de critérios contábeis e permitir comparabilidade com as demonstrações financeiras de 2006, procedemos os ajustes necessários nos exercícios de 2002, 2003, 2004 e 2005, expurgando os valores da reserva de reavaliação anteriormente considerados em parcela dos nossos ativos. Descrição das principais linhas contábeis • Receitas Líquidas de Vendas: As nossas receitas consistem principalmente da venda de algodão, soja, milho, café e demais receitas, após as deduções correspondentes a cancelamentos, descontos e tributos incidentes sobre o faturamento, e são reconhecidas quando todos os riscos e benefícios inerentes ao produto são transferidos para o comprador, ou seja, quando o produto é entregue aos clientes. Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa da sua realização. • Custo dos Produtos Vendidos: O custo dos produtos vendidos consiste principalmente dos custos com sementes, fertilizantes, defensivos agrícolas, combustíveis e lubrificantes, mão-deobra, conservação de máquinas e implementos agrícolas, depreciações e amortizações e arrendamentos de terras de cultura. • Despesas Operacionais: As nossas despesas operacionais consistem principalmente de (i) despesas administrativas e gerais, como gastos com pessoal, honorários, aluguéis, viagens e comunicação; e (ii) despesas com vendas, que incluem gastos com fretes, armazenagem, comissões, classificação de produtos, provisão para créditos de liquidação duvidosa e outras despesas relacionadas. 87 • Culturas em formação: As culturas em formação estão demonstradas pelos custos incorridos até a data do balanço e correspondem a formação da safra nos seus respectivos exercícios sociais. • Equivalência patrimonial consolidado: Reflete os resultados dos investimentos em empresas coligadas na proporção da participação que temos sobre o seu patrimônio. Essa conta reflete o resultado proveniente de nossa participação na empresa FGSA, até em novembro de 2006, data em que foi alienada. • Outras receitas operacionais: Corresponde às vendas de produtos a funcionários, de insumos não utilizados na produção e de peças de reposição a terceiros, além da recuperação de tributos em processos com trânsito em julgado. • Receitas financeiras: Correspondem aos rendimentos de aplicações financeiras, ganhos em operação com derivativos (hedge), variações cambiais ativas, juros recebidos e descontos obtidos. • Despesas financeiras: Incluem despesas de juros, tributos incidentes sobre movimentação financeira (CPMF e IOF), variações cambiais passivas, perdas em operações com derivativos (hedge), despesas bancárias e descontos concedidos. • Resultado Não Operacional: Representado pelos resultados oriundos das baixas e alienações de ativos permanentes. • Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos: Referem-se ao imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos sobre o lucro líquido. A SLC Agrícola Ltda. e suas controladas Fazenda Parnaíba S.A., Fazenda Planorte S.A. e Fazenda Paiaguás S.A., têm seus lucros tributados pelo regime do lucro real, que pode atingir, em conjunto, a alíquota máxima de 34% do lucro apurado nestas companhias, sendo: (i) imposto de renda, recolhido à alíquota de 15% sobre o lucro do exercício; (ii) adicional do imposto de renda, incidente sobre a parcela do lucro que exceder R$240 mil ao ano, recolhido à alíquota de 10%; e (iii) contribuição social sobre o lucro líquido, recolhida à alíquota de 9%, e (iv) imposto de renda e contribuição social diferidos, registrados pelas alíquotas supracitadas sobre as diferenças intertemporais, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social. A partir de janeiro de 2004, nossa controlada SLC Empreendimentos passou a ser optante pelo regime do lucro presumido para a tributação do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro. O cálculo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro, pelo regime de lucro presumido, é determinado através da aplicação de percentuais de presunção do lucro sobre as receitas brutas. Sobre as receitas de vendas aplica-se o percentual de 8%, para as receitas relativas a prestação de serviços e arrendamento rural, aplica-se o percentual de 32%, e, ao resultado são acrescidas as outras receitas, rendimentos e ganhos de capital. • Participação dos minoritários: Nesta conta são registrados a parcela de lucro (prejuízo) de nossas controladas, que se referem a participação de minoritários, como dedução ou adição ao lucro líquido ou prejuízo consolidado, de forma que o lucro (prejuízo) do exercício represente apenas a parte que realmente nos pertence. • Reversão de juros sobre capital próprio: Optamos por registrar os pagamentos à título de juros sobre capital próprio como despesa financeira em 2004. Para permitir a comparabilidade entre os nossos resultados de 2004 com os nosso resultados de outros exercícios e/ou de outras companhias, procedemos à reversão desses valores, evidenciando-os na demonstração do resultado do exercício antes do saldo da conta lucro líquido (ou prejuízo do exercício). 88 Resultados Operacionais A tabela abaixo apresenta os valores relativos à demonstração dos resultados consolidadas para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 e para os períodos de três meses findos em 31 de março de 2007 e 2006. Os valores relativos às demonstrações dos resultados estão expressos como percentual da receita operacional líquida. A tabela também aponta as variações anuais dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2006 a 2005 e de 2005 a 2004, bem como a variação entre os primeiros trimestres de 2007 e 2006: Período de três meses encerrado em 31 de março de Encerrado em 31 de dezembro de AV 2005 Receita operacional bruta........................... 282.595 Algodão........................... 150.732 Soja .................................. 103.696 Milho................................ 14.322 Café ................................. 6.407 Demais receitas................ 7.438 110,7% 59,0% 40,6% 5,6% 2,5% 2,9% 259.981 142.226 86.004 17.241 8.187 6.323 110,9% 60,7% 36,7% 7,4% 3,5% 2,7% 228.527 113.702 73.803 18.640 5.488 16.894 108,2% 53,8% 35,0% 8,8% 2,6% 8,0% Impostos e contribuições sobre vendas ............... 2004 AV 2006 AV (R$ milhares, exceto percentuais) Var. % 2005/ 2004 -8,0% -5,6% -17,1% 20,4% 27,8% -15,0% Var. % 2006/ 2005 2006 -12,1% 43.320 -20,1% 26.221 -14,2% 12.071 8,1% 1.250 -33,0% 362 167,2% 3.416 (27.223) -10,7% (25.644) -10,9% (17.379) -8,2% -5,8% Receita operacional líquida........................ 255.372 100,0% 234.337 100,0% 211.148 100,0% -8,2% -9,9% 39.486 Custo das vendas.......... (151.261) Algodão........................... (74.270) Soja .................................. (58.783) Milho................................ (9.243) Café ................................. (3.533) Outros.............................. (5.432) -59,2% (222.041) -29,1% (124.109) -23,0% (76.179) -3,6% (10.043) -1,4% (7.015) -2,1% (4.695) -99,0% -49,0% -38,8% -4,4% -1,1% -5,7% 46,8% 67,1% 29,6% 8,7% 98,6% -13,6% -5,8% (36.627) -16,7% (22.022) 7,5% (11.157) -7,4% (804) -65,7% (400) 158,4% (2.244) Lucro bruto .................... 104.111 -94,8% (209.117) -53,0% (103.390) -32,5% (81.891) -4,3% (9.300) -3,0% (2.406) -2,0% (12.130) -32,2% (3.834) AV 2007 AV (não auditados) 109,7% 66.202 66,4% 26.962 30,6% 25.511 3,2% 1.090 0,9% 3.888 8,7% 8.751 Var. % 2007/ 2006 108,2% 44,1% 41,7% 1,8% 6,4% 14,3% 52,8% 2,8% 111,3% -12,8% 974,0% 156,2% (5.000) -8,2% 30,4% 100,0% 61.202 100,0% 55,0% -92,8% (44.076) -55,8% (20.482) -28,3% (18.631) -2,0% (563) -1,0% (2.480) -5,7% (1.920) -72,0% -33,5% -30,4% -0,9% -4,1% -3,1% 20,3% -7,0% 67,0% -30,0% 520,0% -14,4% 7,2% 17.126 28,0% 499,0% -9,7% 40,8% 12.296 5,2% 2.031 1,0% -88,2% -83,5% 2.859 (26.735) (12.461) -10,5% -4,9% (4.149) (16.553) -1,8% -7,1% (11.849) (18.172) -5,6% -8,6% -84,5% 32,8% 185,6% 9,8% (2.879) (3.509) -7,3% -8,9% (6.643) (1.937) -10,9% -3,2% 130,7% -44,8% (16.422) -6,4% (9.823) -4,2% (9.423) -4,5% -40,2% -4,1% (2.411) -6,1% (2.827) -4,6% 17,3% (871) -0,3% (464) -0,2% (525) -0,2% -46,7% 13,1% (96) -0,2% (108) -0,2% 12,5% 5.055 (31.190) 24.757 2,0% -12,2% 9,7% 2.992 (32.209) 50.455 1,3% -13,7% 21,5% 1.396 (32.545) 43.265 0,7% -40,8% -15,4% 3,3% 20,5% 103,8% -53,3% 1,0% -14,3% 380 (6.806) 9.215 1,0% -17,2% 23,3% – (5.438) 3.139 0,0% -8,9% 5,1% -100,0% -20,1% -65,9% 4.397 1,7% 1.453 0,6% 4.155 2,0% -67,0% 186,0% 348 0,9% 528 0,9% 51,7% Resultado operacional................ 77.376 30,3% 8.147 3,5% (9.818) -4,6% -89,5% -220,5% (20) Resultado não operacional.................. (236) -0,1% (8) 0,0% (6.948) -3,3% -96,6% 86750,0% 75 0,2% Resultado antes da tributação sobre o lucro ........................... 77.140 30,2% 8.139 3,5% (16.766) -7,9% -89,4% -306,0% 55 0,1% 11.110 (13.841) -5,4% (2.788) -1,2% (3.284) -1,6% -79,9% 17,8% (410) -1,0% (3.376) -5,5% 723,4% 7,3% 900,4% 84,5% 1.842 4,7% (222) -0,4% -112,1% -28,9% -10,0% (3.202) -8,1% (810) -1,3% -74,7% 0,0% -100,0% 0,0% – 0,0% – 0,0% 0,0% -9,5% -107,5% 487,5% -4,3% 6.702 11,0% 490,8% Receitas (despesas) operacionais.............. Despesas com vendas...... Despesas gerais e administrativas............. Honorários da administração.............. Resultado de equivalência patrimonial .................. Despesas financeiras........ Receitas financeiras.......... Outras receitas operacionais ................ Imposto de renda e contribuição social – corrente....................... Imposto de renda e contribuição social – diferido........................ (1.048) -0,4% 8.388 3,6% 15.475 Participação dos minoritários ................. (24.129) -9,4% (17.144) -7,3% (15.430) Reversão de juros sobre o capital próprio ............. 7.100 2,8% – 0,0% – Lucro (prejuízo) do exercício..................... 45.222 17,7% (3.405) -1,5% (20.005) -7,3% 89 (1.715) -0,1% 10.483 627 17,1% 52.515,0% 1,0% 736,0% 18,2% 20.100,0% Período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 comparado ao período de três meses encerrado em 31 de março de 2006 Receita Operacional Bruta Nossa receita operacional bruta aumentou 52,8%, passando para R$66.202 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$43.320 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido principalmente ao aumento no faturamento de soja e café. Além disso, no primeiro trimestre de 2007 foram recebidos do governo federal prêmios de PEPRO, programa do governo federal que visa garantir ao produtor rural um preço mínimo na comercialização de sua produção. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 54,2% do total da receita bruta no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em comparação aos 62,3% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006. Algodão Nossa receita operacional bruta referente às nossas vendas de algodão aumentou 2,8%, passando para R$26.962 mil no período encerrado em 31 de março de 2007 em comparação com R$26.221 mil no período encerrado em 31 de março de 2006. Tal diferença foi causada pela variação nas quantidades faturadas de algodão em pluma, que aumentaram 645 toneladas no primeiro trimestre de 2007 em relação ao primeiro trimestre de 2006 e também pela queda de 3,9% do preço unitário, principalmente em função da valorização do real em relação ao dólar. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 43,5% do total da receita bruta de algodão no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em comparação aos 58,5% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006. Soja Nossa receita operacional bruta referente às nossas vendas de soja aumentou 111,3%, passando para R$25.511 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em comparação aos R$12.071 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido principalmente ao fato de que antecipamos o plantio e, consequëntemente, a colheita de nossa safra, para possibilitar o plantio da segunda safra, faturando 33.265 toneladas a mais no primeiro trimestre de 2007 que no mesmo período em 2006. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 66,6% do total da receita bruta de soja no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em comparação aos 96,3% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006. Milho Nossa receita operacional bruta referente às nossas vendas de milho sofreu uma redução de 12,8%, passando para R$1.090 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$1.250 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido principalmente à redução da quantidade vendida no primeiro trimestre de 2007 em 1.222 toneladas, resultando em uma redução em nosso faturamento, que foi em parte amenizada pela elevação do preço unitário do produto em aproximadamente 20%. Não houve vendas de milho com destino ao mercado externo no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, tampouco no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006. 90 Café Nossa receita operacional bruta referente às vendas de café aumentou 974,0%, passando para R$3.888 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$362 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido principalmente aos seguintes fatores: (i) aumento de 868% da quantidade vendida no primeiro trimestre de 2007, passando de 90 toneladas no primeiro trimestre de 2006 para 871 toneladas no primeiro trimestre de 2007, em função de nossa estratégia comercial de retardar as vendas que seriam normalmente efetuadas durante o ano de 2006, para o primeiro trimestre de 2007, frente às perspectivas de aumento de preço do produto; e (ii) elevação do preço médio do produto em aproximadamente 11% no primeiro trimestre de 2007 em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 91,6% do total da receita bruta de café no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, e enquanto que no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006 não houve vendas de café para o mercado externo. Demais receitas Nossa receita operacional bruta referente às nossas demais receitas aumentou 156,2%, passando para R$8.751 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$3.416 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido principalmente ao pagamento por parte do governo federal de prêmios que garantiram o preço mínimo de parte da soja e do algodão em pluma faturado no período de três meses, no valor de R$7.747 mil, que foi parcialmente compensado por uma redução no faturamento do milho semente em R$2.098 mil. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 40,9% do total das demais receitas no período de três meses encerrado em 31 de dezembro de 2006, enquanto que no período de três meses encerrado em 31 de dezembro de 2005 não houve demais receitas com destino ao mercado externo. Impostos e contribuições sobre vendas Os impostos e contribuições sobre vendas compreendem os tributos incidentes sobre a receita bruta, que aumentaram 30,4%, passando para R$5.000 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$3.834 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido ao aumento das vendas de produtos no mercado interno. Receita Operacional Líquida Em função do exposto acima, nossa receita operacional líquida aumentou 55,0%, passando para R$61.202 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$39.486 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006. Custo das vendas Nosso custo das vendas aumentou 20,3%, passando para R$44.076 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$36.627 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006. Apesar da nossa receita bruta ter aumentado em 52,8%, nossos custos tiveram um aumento de apenas 20,3% em função, principalmente, da normalização da produtividade da soja, que teve grande influência na formação do custo do período, em relação ao mesmo período de 2006, onde o custo ficou elevado em função da queda na produtividade média. A redução nos preços dos principais insumos agrícolas, tais como defensivos agrícolas, adubos e fertilizantes, também amenizaram o aumento do custo de vendas na safra 2005/06 em relação à safra 2004/05. O total custo de produção de cada cultura é obtido em função dos custos de produção por hectare (sementes, defensivos agrícolas, adubos, fertilizantes, mão de obra, arrendamentos e outros custos), multiplicado pelo total da área cultivada. Normalmente, esse custo é estável no decorrer do ano-safra. O custo de produção unitário por unidade de produto depende, além do custo de produção por hectare, da produtividade obtida em cada cultura. Esta produtividade pode sofrer grandes variações causadas principalmente por fatores climáticos e/ou pragas que atacam as lavouras. 91 Algodão Nosso custo das vendas de algodão sofreu uma redução de 7,0%, passando para R$20.482 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$22.022 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido ao menor custo da safra 05/06 em relação à safra 04/05 em aproximadamente 12,0%, em função principalmente da redução dos custos com defensivos agrícolas, adubos e fertilizantes, que compensou inclusive o aumento nas quantidades faturadas no primeiro trimestre de 2007 em comparação com o mesmo período de três meses do ano anterior, de 645 toneladas. Como percentual da receita líquida, nossos custos de algodão passaram para 33,5% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em comparação com 55,8% no mesmo período em 2006. Soja Nosso custo das vendas de soja aumentou 67,0%, passando para R$18.631 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$11.157 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido ao aumento da quantidade vendida no primeiro trimestre de 2007 comparado a 2006, amenizado em parte pelo aumento de nossa produtividade. Como percentual da receita líquida, nossos custos de soja passaram para 30,4% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em comparação com 28,3% no mesmo período em 2006. Milho Nosso custo das vendas de milho sofreu uma redução de 30,0%, passando para R$563 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$804 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido à redução na quantidade vendida. Como percentual da receita líquida, nossos custos de milho passaram para 0,9% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em comparação com 2,0% no mesmo período em 2006. Café Nosso custo das vendas de café aumentou 520,0%, passando para R$2.480 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$400 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido principalmente pelo aumento da quantidade faturada no primeiro trimestre de 2007 comparado com o primeiro de 2006, de 90 toneladas para 871 toneladas, amenizada em parte pela redução de 35,9% no custo unitário da produção por tonelada de café, de R$4,4 mil para R$2,8 mil, em função do aumento da nossa produtividade. Como percentual da receita líquida, nossos custos de café passaram para 4,1% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em comparação com 1,0% o mesmo período em 2006. Outros Nossos custos dos demais produtos e mercadorias sofreram uma redução de 14,4%, passando para R$1.920 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$2.244 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido à redução das vendas dos demais produtos agrícolas em relação ao mesmo período de 2006. Nas demais receitas estão contabilizados os recursos provenientes do PEPRO que não geram custo de vendas. Como percentual da receita líquida, nossos outros custos das vendas passaram para 3,1% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em comparação com 5,7 % no mesmo período em 2006. Lucro (prejuízo) Bruto Em função do acima exposto, nosso lucro bruto aumentou 499%, passando para R$17.126 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$2.859 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006. 92 Despesas com Vendas Nossas despesas com vendas sofreram uma redução de 44,8%, passando para R$1.937 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$3.509 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido principalmente ao aumento da participação da soja no faturamento do primeiro trimestre de 2007, o que acabou reduzindo as despesas com frete e demais despesas com vendas, como comissões e despesas de exportação. Como percentual da receita líquida, nossas despesas com vendas passaram para 3,2% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em relação a 8,9% no mesmo período em 2006. Despesas Gerais e administrativas Nossas despesas gerais e administrativas aumentaram 17,3%, passando para R$2.827 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$2.411 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido principalmente ao aumento das despesas com pessoal e a reclassificação da despesa de depreciação da nossa controlada SLC Empreendimentos Em função da alteração do nosso contrato de parceria agrícola com tal controlada, para um contrato de arrendamento, ocorrida no início de janeiro de 2007, no qual a, a depreciação, que até 31 de dezembro de 2006 fazia parte do nosso custo de produção passou a ser contabilizada como despesa de arrendamento nesta rubrica a partir de janeiro de 2007, totalizando R$309 mil no primeiro trimestre de 2007. Como percentual da receita líquida, nossas despesas gerais e administrativas passaram para 4,6% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em relação a 6,1% no mesmo período em 2006. Honorários da administração Nossa despesa com honorários da administração aumentou 12,5%, passando para R$108 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$96 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006. Como percentual da receita líquida, os honorários da administração permaneceram constantes em 0,2%. Resultado de equivalência patrimonial Nosso resultado de equivalência patrimonial sofreu uma redução de 100% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$380 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido à versão do nosso investimento na FGSA para a empresa Evaux, em razão da cisão parcial de certos ativos e passivos não relacionados com as nossas atividades agrícolas aprovada pelos nossos acionistas em 30 de novembro de 2006. Para maiores informações, vide seção “Operações com Partes Relacionadas - Contratos de Mútuo e Financiamento”. Despesas financeiras Nossas despesas financeiras sofreram uma redução de 20,1%, passando para R$5.438 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$6.806 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido principalmente à redução das despesas de juros em função da transferência de parte do empréstimo com o Banco JP Morgan para a empresa Evaux, em razão da cisão parcial ocorrida em novembro de 2006. Como percentual da receita líquida nossas despesas financeiras passaram para 8,9% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em relação a 17,2% no mesmo período em 2006. 93 Receitas financeiras Nossas receitas financeiras sofreram uma redução de 65,9%, passando para R$3.139 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$9.215 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido principalmente à redução das receitas com variações cambiais em função da transferência de parte do empréstimo com o Banco JP Morgan para a empresa Evaux, em razão da cisão parcial ocorrida em novembro de 2006. Como percentual da receita líquida, nossas receitas financeiras passaram para 5,1% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em comparação com 23,3% no mesmo período em 2006. Outras receitas operacionais Nossas contas de outras receitas operacionais aumentaram 51,7%, passando para R$528 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em comparação com R$348 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido principalmente ao recebimento de valores relativo ao ressarcimento de ICMS referente venda de soja. Como percentual da receita líquida, nossas outras receitas operacionais mantiveram a mesma representatividade de 0,9%. Resultado Operacional Em função do exposto acima, nosso resultado operacional sofreu um aumento de 52.515,0%, passando para R$10.483 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação ao prejuízo de R$20 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006. Como percentual da receita líquida, nosso resultado operacional passou para 17,1% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em comparação com 0,1% negativo no mesmo período em 2006. Resultado não Operacional Nosso resultado não operacional aumentou 736,0%, passando para R$627 mil no período de três meses encerrado em 31 de dezembro de 2007 em comparação aos R$75 mil no período de três meses encerrado em 31 de dezembro de 2006. Nosso resultado não operacional é basicamente composto pelo resultado das vendas e de baixas bens do ativo imobilizado de nossa Companhia, como máquinas e implementos agrícolas, veículos e demais ativos, já usados e tecnologicamente defasados, não operacionais. Como percentual da receita líquida, nosso resultado não operacional passou para 1,0% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em relação a 0,2% no mesmo período em 2006. Resultado antes da tributação sobre o Lucro Em função do exposto acima, nosso resultado antes da tributação sobre o lucro aumentou 20.100,0%, passando para R$11.110 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$55 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006. Como percentual da receita líquida, nosso resultado antes da tributação sobre o lucro passou para 18,2% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em comparação com 0,1% no mesmo período em 2006. Imposto de Renda e Contribuição Social corrente O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro aumentaram 723,4%, passando para R$3.376 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$410 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido ao aumento no resultado tributável das controladas Fazenda Parnaíba S.A., Fazenda Planorte S.A. e SLC Empreendimentos. Como percentual da receita líquida, o imposto de renda e contribuição social correntes passaram para 5,5% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em relação a 1,0% no mesmo período em 2006. 94 Imposto de Renda e Contribuição Social diferido O imposto de renda e contribuição social diferidos aumentaram 112,1%, passando para um crédito de R$222 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$1.842 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido principalmente à redução dos prejuízos fiscais e base de cálculo negativa no primeiro trimestre de 2007 em relação ao primeiro de 2006, além das reversões das provisões temporárias constituídas em 31 de dezembro de 2006, representadas principalmente pela provisão de ajuste de estoque ao valor de mercado. Como percentual da receita líquida, o imposto de renda e contribuição social diferidos passaram para 0,4% negativos no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em relação a 4,7% no mesmo período em 2006. Participação dos Minoritários A participação dos minoritários sofreu uma redução de 74,7%, passando para R$810 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação aos R$3.202 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, em virtude de termos adquirido os 84,05% restantes da SLC Empreendimentos em novembro de 2006. Com isso o valor de nossa participação minoritária ficou sendo somente sobre o resultado de 45,85% da Fazenda Parnaíba S.A. e de 0,22% da Fazenda Planorte S.A. Como percentual da receita líquida, a participação dos minoritários passou para 1,3% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em relação a 8,1% no mesmo período em 2006. Lucro (prejuízo) liquído do período Em função do exposto acima, nosso lucro líquido do período de três meses aumentou 490,8%, passando para R$6.702 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007 em comparação a um prejuízo de R$1.715 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006. Como percentual da receita líquida, nosso lucro do período passou para 11,0% no período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, em relação a um prejuízo de 4,3% no mesmo período em 2006. Exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2006 comparado ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005 Receita Operacional Bruta Nossa receita operacional bruta sofreu uma redução de 12,1%, passando para R$228.527 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em comparação com os R$259.981 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Essa redução deveu-se, principalmente à valorização média de 10,6% do real frente ao dólar que, aliada a uma produtividade menor em relação ao ano anterior, resultou em um menor volume de vendas. O ano de 2006 foi marcado pela retomada dos preços de algumas commodities agrícolas no mercado internacional. A soja e o milho, que vinham com preços em queda a partir de meados de 2005, devido às sucessivas safras recordes nos Estados Unidos e outros países produtores, conseguiram reverter essa tendência e tiveram significativa valorização de preços a partir do último trimestre do ano. No entanto a valorização do real frente ao dólar fez com que os preços em reais não refletissem a recuperação de preços apresentada no cenário internacional. Além disso, no ano de 2006 foram recebidos do governo federal prêmios de PEPRO. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 51,2% do total da receita bruta no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação aos 56,2% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. 95 Algodão Nossa receita operacional bruta referente às nossas vendas de algodão sofreu uma redução de 20,1%, passando para R$113.702 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em comparação com os R$142.226 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Nossa produção de algodão reduziu 15,0%, passando para 88.689 toneladas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação com 104.316 toneladas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Reduzimos 12,0% o total da nossa área cultivada com algodão, passando para 28.879 hectares no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação com 32.818 hectares no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Nossa produtividade na cultura de algodão reduziu 3,4%, passando para 3,07 toneladas por hectare no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação com 3,18 toneladas por hectare no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. O nosso preço unitário médio do algodão em pluma sofreu uma redução de 10,3%, passando para R$2,73 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação com R$3,04 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, principalmente em função da valorização do real em relação ao dólar. Enquanto isso, o nosso preço unitário médio do caroço de algodão sofreu um aumento de 14,1%, passando para R$0,14 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação com R$0,12 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 43,7% do total da receita bruta de algodão no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação aos 45,3% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. O mercado de algodão apresentou bastante volatilidade em 2006. Mesmo com a forte demanda mundial pela fibra, as cotações mantiveram-se pressionadas pelas sucessivas safras recordes no hemisfério norte (principalmente Estados Unidos, China e Índia), mantendo em níveis elevados os estoques mundiais, e assim, limitando o potencial de alta dos preços. No mercado interno brasileiro, apesar da pressão dos preços no mercado internacional, a queda de preços foi em parte amenizada pela safra menor verificada no Brasil, o que conseqüentemente causou menor oferta de pluma e limitou a queda dos preços. A valorização do real interferiu de forma negativa nos nossos preços. Soja Nossa receita operacional bruta referente às vendas de soja sofreu uma redução de 14,2%, passando para R$73.803 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em comparação com os R$86.004 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Nossa produção de soja reduziu 3,0%, passando para 184.029 toneladas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação com 189.686 toneladas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Aumentamos 13,0% o total da nossa área cultivada com a soja, passando para 63.700 hectares no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação com 56.350 hectares no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Nossa produtividade na cultura de soja reduziu 14,2%, passando para 2,89 toneladas por hectare no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação com 3,37 toneladas por hectare no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. O preço unitário médio da soja sofreu uma redução de 12,4%, passando para R$0,40 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação com R$0,46 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 principalmente em função da valorização do real em relação ao dólar. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 79,9% do total da receita bruta de soja no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação aos 88,6% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. 96 No ano de 2006, o preço da soja, no mercado internacional, conseguiu reverter a tendência de queda verificada durante 2005. Essa reação foi decorrente de uma conjuntura internacional mais favorável, refletindo o contínuo aumento do consumo desta commodity, agora ainda mais consistente em função da utilização da soja e do milho como matéria-prima para produção de biocombustíveis, já que um aumento na demanda por milho pode levar a um aumento no cultivo de milho em áreas anteriormente cultivadas com soja. Já no mercado interno, os preços da soja foram significativamente afetados pela taxa cambial que manteve a continua tendência de queda que se verifica desde o quarto trimestre de 2002. A valorização do real atuou de forma negativa, interferindo fortemente na composição dos custos de transporte e distribuição e também na conversão dos preços de dólar para real. Nossa estratégia de comercializar cerca de 50% a 70% da produção de soja antecipadamente atenuou parte das perdas de receita devido ao efeito negativo da queda dos preços em reais. Milho A receita operacional bruta referente às vendas de milho aumentou 8,1%, passando para R$18.640 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em relação aos R$17.241 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Nossa produção de milho aumentou 10,0%, passando para 70.555 toneladas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação com 64.148 toneladas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Reduzimos 7,6% o total da nossa área cultivada com o milho, passando para 9.659 hectares no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação com 10.454 hectares no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Nossa produtividade na cultura de milho aumentou 19,0%, passando para 7,31 toneladas por hectare no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação com 6,14 toneladas por hectare no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. O preço unitário médio do milho sofreu um aumento de 11,5%, passando para R$0,25 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação com R$0,23 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 principalmente em função de fatores mercadológicos. Os nossos preços médios são influenciados de acordo com a participação da produção de cada fazenda, tendo em vista que os preços do milho variam significativamente entre as diferentes regiões de nossa atuação. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 15,5% do total da receita bruta de milho no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, enquanto que no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 não houve vendas com destino ao mercado externo. Embora tenha ocorrido valorização do produto no mercado internacional a partir do último trimestre de 2006, os preços domésticos do milho mantiveram-se em patamares reduzidos durante boa parte do ano. A elevada oferta de milho no Brasil, tanto de primeira safra como de segunda safra, manteve os estoques em níveis elevados evitando um aumento consistente dos preços. Além disso, a valorização do real fez com que a paridade de exportação do milho no Brasil ficasse com preço baixo, o que limitou a retomada mais forte das exportações. Um melhor nível de preços só foi verificado no último trimestre do ano com uma melhor condição de comercialização da safra no Brasil, aliada à melhoria dos preços no mercado internacional. Café Nossa receita operacional bruta referente às vendas de café sofreu uma redução de 33,0%, passando para R$5.488 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em relação aos R$8.187 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Nossa produção de café aumentou 66,5%, passando para 3.120 toneladas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação com 1.874 toneladas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Aumentamos 8,5% o total da nossa área colhida com o café, passando para 680 hectares no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação com 627 hectares no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Nossa produtividade na cultura de café aumentou 53,5%, passando para 4,59 toneladas por hectare no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação com 2,99 toneladas por hectare no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. O preço unitário médio do café no mercado nacional sofreu um aumento de 5,7%, passando para R$4,26 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação com R$4,03 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 86,8% do total da receita bruta de café no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em comparação aos 65,3% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. 97 Embora os preços do café tenham sido negativamente afetados durante o período da safra brasileira, os preços internacionais do café mantiveram-se em níveis elevados em 2006. Com a perspectiva de maior consumo de café no Brasil e no mundo, a redução de estoques, a previsão de safra menor no Brasil em 2007/2008 devido à bi-anualidade da cultura e problemas climáticos ocorridos em 2006, há uma possível tendência de redução da oferta mundial do café, o que resultaria em um aumento do seu nível de preços. No mercado interno, os preços foram significativamente afetados pela taxa cambial em 2006, tal como ocorrido em 2005. Demais receitas A receita operacional bruta referente às nossas demais receitas aumentou 167,2%, passando para R$16.894 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em comparação com os R$6.323 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em razão da venda de dois terrenos, pela controlada SLC Empreendimentos, nos valores de R$2.550 mil e R$6.719 mil, para a Ughini Empreendimentos Imobiliários Ltda. e SLC Participações, respectivamente. Além disso, recebemos R$2.665 mil no exercício de 2006 do governo federal referente a prêmios que garantiram o preço mínimo de parte da soja e do algodão em pluma faturado no período. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 4,5% do total das demais receitas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, enquanto que no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 não houve demais receitas com destino ao mercado externo. Impostos e contribuições sobre vendas Os impostos e contribuições sobre vendas compreendem os tributos incidentes sobre a receita bruta, que diminuíram 32,2%, passando para R$17.379 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em comparação com os R$25.644 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, devido principalmente à suspensão da cobrança das contribuições ao PIS e à COFINS incidentes sobre as receitas de venda de soja, milho, caroço de algodão, café e outras culturas, destinadas para indústrias que produzam alimentação humana e/ou animal e que sejam tributadas pelo lucro real. A suspensão foi concedida pela Lei nº 10.925/04, tendo sido regulamentada a partir de abril de 2006, com validade por tempo indeterminado. Além disso, refletiu, também, na redução das deduções de vendas a redução da receita operacional bruta. Receita Operacional Líquida Em função do exposto acima, nossa receita operacional líquida sofreu uma redução de 9,9%, passando para R$211.148 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em relação a R$234.337 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Custo das vendas Nosso custo das vendas sofreu uma redução de 5,8%, passando para R$209.117 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em relação aos R$222.041 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. O principal fator que contribuiu para a redução do custo das vendas foi a baixa dos preços dos insumos, tais como fertilizantes e defensivos agrícolas, em aproximadamente 15% em comparação ao exercício anterior. Como percentual da receita líquida, nossos custos das vendas passaram para 99,0% em 2006, em comparação com 94,8% em 2005. O aumento dos custos das vendas deve-se principalmente à queda da produtividade da soja, de aproximadamente 15%. A queda ocorreu principalmente em virtude do excesso de chuva que dificultou a colheita e causou o apodrecimento de parte do produto no campo. 98 Algodão Nosso custo das vendas de algodão sofreu uma redução de 16,7%, passando para R$103.390 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em relação aos R$124.109 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Os principais fatores de redução dos custos foram: (i) a redução na área plantada no ano-safra 2005/06, de 12,0% em relação ao ano-safra 2004/05; e (ii) a redução do custo dos principais insumos de produção, como fertilizantes e defensivos agrícolas. Como percentual da receita líquida, nossos custos de vendas de algodão passaram para 49% em 2006, em comparação com 53% em 2005. Soja Nosso custo das vendas de soja sofreu um aumento de 7,5%, passando para R$81.891 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em relação aos R$76.179 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. O principal fator de aumento dos custos foi o aumento de 13,0% da área plantada no ano-safra 2005/06, em relação ao ano-safra 2004/05, seguido de queda de produtividade no anosafra 2005/06, de aproximadamente 14,0% em relação ao ano-safra 2004/05. O menor custo de aquisição dos principais insumos de produção, devido a um aumento no volume negociado, amenizou em parte o impacto do aumento de custos relacionados à nossa área plantada. Como percentual da receita líquida, nossos custos de venda de soja passaram para 38,8% em 2006, em comparação com 32,5 % em 2005. Milho Nosso custo das vendas de milho sofreu uma redução de 7,4%, passando para R$9.300 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em relação aos R$10.043 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. O principal fator de redução nos custos foi o aumento da produtividade no ano-safra 2005/06 em relação ao ano-safra 2004/05, de 19,0% combinado com a redução de 7,6% da área total cultivada e dos principais insumos de produção, como fertilizantes e defensivos agrícolas no ano-safra 2005/06 em relação ao ano-safra 2004/05. Como percentual da receita líquida, nossos custos de vendas de milho passaram para 4,4% em 2006, em comparação com 4,3 % em 2005. Café Nosso custo das vendas de café sofreu uma redução de 65,7%, passando para R$2.406 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em relação aos R$7.015 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Os principais fatores de redução nos custos foram: (i) a redução no volume de vendas, passando de 2.030 toneladas no exercício de 2005 para 1.288 toneladas no exercício de 2006 e (ii) e a redução de aproximadamente 46,0% no custo unitário de produção de 2006 em relação a 2005, principalmente em função do aumento da produtividade. Como percentual da receita líquida, nossos custos de vendas de café passaram para 1,1% em 2006, em comparação com 3,0 % em 2005. Outros Nossos custos dos demais produtos e mercadorias sofreram um aumento de 158,4%, passando para R$12.130 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006 em relação aos R$4.695 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. O principal fator de aumento no custo foi a venda de terrenos por nossa controlada SLC Empreendimentos, cujo objeto social também compreende atividade imobiliária, ao custo de R$7.747 mil. Os custos das nossas demais culturas apresentaram redução em 2006 em relação a 2005, fruto da redução no custo de aquisição dos principais insumos de produção. Como percentual da receita líquida, nossos custos das vendas de demais produtos e mercadorias e de demais culturas passaram para 5,7% em 2006, em comparação com 2,0% em 2005. 99 Lucro Bruto Em função do acima exposto, nosso lucro bruto sofreu uma redução de 83,5%, passando para R$2.031 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em comparação aos R$12.296 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Despesas com Vendas Nossas despesas com vendas aumentaram em 9,8%, passando para R$18.172 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em comparação aos R$16.553 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. O aumento nas despesas com venda deveu-se principalmente ao aumento do custo de fretes, silos e armazéns, salários e demais despesas com vendas em relação ao ano anterior. Como percentual da receita líquida, nossas despesas com vendas passaram para 8,6% em 2006, em relação aos 7,1% em 2005. Despesas Gerais e Administrativas Nossas despesas gerais e administrativas sofreram uma redução de 4,1%, passando para R$9.423 mil em 31 de dezembro de 2006, em comparação aos R$9.823 mil em 31 de dezembro de 2005. Como percentual da receita líquida, nossas despesas gerais e administrativas aumentaram para 4,5% em 2006, em relação aos 4,2% em 2005. Honorários da Administração As nossas despesas com honorários da administração aumentaram em 13,1%, passando para R$525 mil em 31 de dezembro de 2006, em comparação aos R$464 mil em 31 de dezembro de 2005. Como percentual da receita líquida, os honorários da administração mantiveram a mesma representatividade de 0,2%. Resultado de Equivalência Patrimonial Nosso resultado de equivalência patrimonial sofreu uma redução de 53,3%, passando para R$1.396 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em comparação com os R$2.992 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, devido principalmente à: (i) redução do resultado do nosso investimento na FGSA, que deveu-se especialmente aos elevados investimentos em expansão com a abertura de novas unidades de negócio pelo País, comprometendo em parte a sua lucratividade; e (ii) reversão do nosso investimento nessa empresa para nossa controladora Evaux, em razão de cisão parcial ocorrida em novembro de 2006. Para maiores informações sobre a cisão parcial, vide seção “Operações com Partes Relacionadas - Contratos de Mútuo e Financiamento”. Como percentual da receita líquida, o resultado de equivalência patrimonial passou para 0,7% em 2006, em relação aos 1,3% em 2005. Despesas Financeiras Nossas despesas financeiras tiveram um pequeno aumento de 1,0%, passando para R$32.545 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2.006, em comparação com os R$32.209 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Como percentual da receita líquida, nossas despesas financeiras passaram para 15,4% em 2006, em relação aos 13,7% em 2005. 100 Receitas Financeiras Nossas receitas financeiras tiveram uma redução de 14,3%, passando para R$43.265 mil no exercício findo em 31 de dezembro de 2006, em comparação com os R$50.455 mil no exercício findo em 31 de dezembro de 2005, devido principalmente pela redução, no valor de R$5.370 mil, nos ganhos com operações de derivativos (“hedge”). Além disso, contribuiu para a redução das receitas financeiras a rubrica “variação cambial ativa”, em função da transferência do empréstimo do Banco JP Morgan, para a nossa controladora Evaux, ocorrida em novembro de 2006, em função de cisão parcial de certos ativos e passivos não relacionados com as nossas atividades agrícolas aprovada pelos nossos acionistas em 30 de novembro de 2006. Para maiores informações, vide seção “Operações com Partes Relacionadas - Contratos de Mútuo e Financiamento”. Como percentual da receita líquida nossas receitas financeiras passaram para 20,5% em 2006, em comparação com os 21,5% em 2005. Outras Receitas Operacionais A conta de outras receitas operacionais apresentou um aumento de 186,0%, passando para R$4.155 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em comparação com os R$1.453 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2.005. Esse aumento deveu-se a ganho de ação judicial movida contra o Governo Federal discutindo o alargamento da base de cálculo do PIS e COFINS instituído pela Lei 9.718/98, representando um montante de R$2.682 mil. Como percentual da receita líquida, nossas outras receitas operacionais passaram para 2,0% em 2006, em comparação com os 0,6% em 2005. Resultado Operacional Pelos motivos expostos acima, o resultado operacional sofreu uma redução de 220,5%, passando para um prejuízo de R$9.818 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, com relação ao lucro de R$8.147 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Como percentual da receita líquida, nosso resultado operacional passou para 4,6% negativos em 2006, em comparação com os 3,5% em 2005. Resultado não Operacional Nosso resultado não-operacional sofreu uma redução de 86.750,0%, passando para um prejuízo de R$6.948 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em comparação com o prejuízo de R$8 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. O resultado não operacional foi afetado pela alienação do investimento na empresa FGSA, com perda de R$8.692 mil, relativas ao ágio gerado na aquisição do investimento. Por outro lado, foram auferidos ganhos na alienação de bens do ativo imobilizado, pela venda de máquinas e implementos agrícolas usados. Como percentual da receita líquida, o resultado não operacional passou para 3,3% negativos em 2006, ao passo que em 2005 não representaram nenhuma parte de nossa receita líquida. Resultado Antes da Tributação Sobre o Lucro Nosso resultado antes da tributação sobre o lucro sofreu uma redução de 306%, passando para um prejuízo de R$16.766 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em comparação ao lucro de R$8.139 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Como percentual da receita líquida, nosso resultado antes da tributação sobre o lucro passou para 7,9% negativos em 2006, em comparação com os 3,5% em 2005. 101 Imposto de Renda e Contribuição Social corrente O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro tiveram um aumento de 17,8%, passando para o valor devido de R$3.284 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em comparação com os R$2.788 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Embora nosso resultado consolidado tenha sido negativo em 2006, algumas de nossas controladas apresentaram, em 2006, lucro fiscal maior que em 2005, gerando aumento nos tributos incidentes sobre o lucro. Como percentual da receita líquida, imposto de renda e contribuição social corrente passaram para 1,6% em 2006, em comparação com os 1,2% em 2005. Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos O imposto de renda e contribuição social diferidos passaram para R$15.475 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em relação aos R$8.388 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, devido ao prejuízo fiscal e à base de cálculo negativa da contribuição social terem sido maiores em 2006 do que aqueles apresentados em 2005. Como percentual da receita líquida, o imposto de renda e contribuição social diferidos passaram para 7,3% em 2006, em comparação com os 3,6% em 2005. Participação dos Minoritários A participação dos minoritários sofreu uma redução de 10,0%, passando para R$15.430 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em comparação aos R$17.144 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em virtude de termos adquirido, em novembro de 2006, o controle total da controlada SLC Empreendimentos Com isso, o valor de participação minoritária foi reduzido em relação ao ano anterior. Como percentual da receita líquida, a participação dos minoritários manteve a mesma representatividade de 7,3% em 2006 em relação a 2005. Lucro (Prejuízo) do Exercício Em função do exposto acima, o nosso prejuízo do exercício sofreu um aumento de 487,5%, passando para R$20.005 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006, em relação ao prejuízo de R$3.405 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, devido principalmente à (i) redução da receita com vendas e (ii) perda na alienação de ativo permanente. Como percentual da receita líquida, o lucro (prejuízo) do exercício passou para 9,5% negativos em 2006, em comparação com os 1,5% negativos em 2005. Exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005 comparado ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2004 Receita Operacional Bruta Nossa receita operacional bruta sofreu uma redução de 8,0%, passando para R$259.981 mil, no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação com os R$282.595 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Essa redução foi motivada principalmente pela valorização média de 17,3% do real frente ao dólar. Ao longo do ano de 2005 os preços dos produtos agrícolas que vinham registrando quedas a partir de meados de 2004 mantiveram essa tendência. As cotações no mercado externo conseguiram se sustentar ao longo do período, especialmente nos casos da soja e do algodão, sendo que o principal fator envolvido e que contribui para a queda acentuada nos preços, e conseqüentemente da receita, foi a valorização da moeda brasileira. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 56,2% do total da receita bruta no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação aos 50,3% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. 102 Algodão Nossa receita operacional bruta referente às vendas de algodão sofreu uma redução de 5,6%, passando para R$142.226 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação com os R$150.732 mil do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Nossa produção de algodão aumentou 2,1%, passando para 104.316 toneladas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação com 102.147 toneladas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Aumentamos 17,4% o total da nossa área cultivada com algodão, passando para 32.818 hectares no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação com 27.965 hectares no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Nossa produtividade na cultura de algodão reduziu 13,0%, passando para 3,18 toneladas por hectare no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação com 3,65 toneladas por hectare no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. O preço unitário médio do algodão em pluma sofreu uma redução de 19,1%, passando para R$3,04 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação com R$3,76 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004 principalmente em função da redução da cotação do produto no mercado internacional e da valorização do real em relação ao dólar. Enquanto isso, o nosso preço unitário médio do caroço de algodão sofreu uma redução de 24,4%, passando para R$0,12 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação com R$0,16 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004, em função de fatores mercadológicos. Os nossos preços médios são influenciados de acordo com a participação da produção de cada fazenda, tendo em vista que os preços do caroço de algodão variam significativamente entre as diferentes regiões em que atuamos. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 45,3% do total da receita bruta de algodão no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação aos 34,7% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. No mercado externo, as cotações se mantiveram relativamente estáveis quando comparadas ao segundo semestre de 2004, o qual já vinha com preços em patamares reduzidos em função do excesso de oferta, devido às grandes produções verificadas nos EUA, China, entre outros países importantes. No mercado interno brasileiro, a valorização do real e o excesso de oferta a partir do início da colheita (abril a agosto) influenciaram negativamente as cotações do algodão. Uma porção significativa do nosso algodão foi comercializada antecipadamente à queda dos preços, contribuindo para amenizar os efeitos negativos desta queda. Soja Nossa receita operacional bruta referente às vendas de soja sofreu uma redução de 17,1%, passando para R$86.004 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação aos R$103.696 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Nossa produção de soja aumentou 9,3%, passando para 189.686 toneladas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação com 173.585 toneladas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Aumentamos 12,9% o total da nossa área cultivada com a soja, passando para 56.350 hectares no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação com 49.928 hectares no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Nossa produtividade na cultura de soja reduziu 3,2%, passando para 3,37 toneladas por hectare no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação com 3,48 toneladas por hectare no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. O preço unitário médio da soja sofreu uma redução de 23,5%, passando para R$0,46 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação com R$0,60 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004 principalmente em função da redução da cotação do produto no mercado internacional e da valorização do real em relação ao dólar. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 88,6% do total da receita bruta de algodão no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação aos 83,7% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. 103 No mercado da soja houve grande volatilidade de preços em 2005. As cotações internacionais que vinham de queda acentuada no segundo semestre de 2004, conseguiram recuperar-se em parte no primeiro semestre de 2005, e após, voltaram a cair fechando o ano com preços abaixo da média dos últimos 15 anos. As cotações internacionais da soja foram reduzidas devido ao quadro de oferta e demanda norte americano, que estava com seus estoques em níveis recordes. Os preços no mercado interno foram acentuadamente reduzidos ao longo do ano, especialmente a partir do período da colheita. Verificou-se que a valorização do real teve reflexos fortemente negativos na conversão dos preços de dólar para real. Por termos comercializado parte da produção antecipadamente e parte no período de elevação ocorrido no segundo trimestre do ano, conseguimos atenuar em parte os efeitos negativos da queda dos preços. Milho Nossa receita operacional bruta referente às vendas de milho aumentou 20,4%, passando para R$17.241 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação com os R$14.322 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Nossa produção de milho aumentou 6,3%, passando para 64.148 toneladas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação com 60.360 toneladas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Aumentamos 25% o total da nossa área cultivada com milho, passando para 10.454 hectares no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação com 8.363 hectares no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Nossa produtividade na cultura de milho reduziu 15%, passando para 6,14 toneladas por hectare no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação com 7,22 toneladas por hectare no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. O preço unitário médio do milho sofreu uma redução de 14,1%, passando para R$0,23 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação com R$0,27 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004, principalmente em função de fatores mercadológicos. Os nossos preços médios são influenciados de acordo com a participação da produção de cada fazenda, tendo em vista que os preços do milho variam significativamente entre as diferentes regiões em que atuamos. Não tivemos vendas de milho com destino ao mercado externo no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, enquanto que no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004 as vendas destinadas ao mercado externo totalizaram 5,9% do total da receita bruta de milho. Em 2005, os preços domésticos do milho ficaram abaixo das expectativas iniciais do mercado e abaixo das cotações de 2004. A valorização do real fez com que a paridade de exportação e de importação do milho no Brasil caísse de forma acentuada. Houve elevada produção de milho Segunda Safra no Brasil e a oferta conseguiu se manter estável ao longo de todo o período. A menor capitalização do setor agrícola contribuiu para que o produtor, mesmo com os preços baixos, continuasse a ofertar o produto. Diferentemente de 2004, o Governo Federal praticamente não interveio no mercado, contribuindo também para a queda dos preços. Apesar de termos vendido parte da produção nos melhores momentos, fomos negativamente afetados pelo mercado tendo em vista os baixos preços ao longo da maior parte do ano. Café Nossa receita operacional bruta referente às vendas de café aumentou 27,8%, passando para R$8.187 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação aos R$6.407 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Nossa produção de café aumentou 12%, passando para 1.874 toneladas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação com 1.673 toneladas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Aumentamos 47,5% o total da nossa área colhida com o café, passando para 627 hectares no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação com 425 hectares no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Nossa produtividade na cultura de café reduziu 24,1%, passando para 2,99 toneladas por hectare no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação com 3,94 toneladas por hectare no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. O preço unitário médio do café sofreu um aumento de 10,6%, passando para R$4,03 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação com R$3,65 mil por tonelada no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004, principalmente em função do aumento da cotação do produto no mercado internacional. As vendas com destino ao mercado externo totalizaram 65,3% do total da receita bruta de café no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em comparação aos 35,3% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. 104 Depois da grave crise vivida pelo setor desde o ano de 2002, em razão dos consecutivos anos de produção mundial acima do consumo, resultando em altos estoques e queda de preços, o mercado de café verificou uma recuperação no primeiro semestre de 2005. Esta recuperação foi principalmente devido a menor produção de café no ano-safra de 2004/2005 no Brasil, que é o maior produtor mundial. Entretanto, os preços do café no mercado interno foram bastante afetados pela valorização do real verificada ao longo do ano de 2005. Demais receitas A receita operacional bruta referente às nossas demais receitas sofreu uma redução de 15%, passando para R$6.323 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação com os R$7.438 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004, devido principalmente à diminuição da produção de tomate e à descontinuação da produção de milho doce. Não houve demais receitas com destino ao mercado externo no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, assim como também não houve no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Impostos e contribuições sobre vendas Nossas deduções de vendas compreendem os tributos incidentes sobre a receita bruta que diminuíram 5,8%, passando para R$25.644 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação aos R$27.223 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004 devido principalmente à queda na receita bruta. A carga tributária total se manteve praticamente estável de 2004 para 2005, representando em torno de 11% sobre a receita líquida. Receita operacional líquida Diante do exposto acima, nossa receita operacional líquida sofreu uma redução de 8,2%, passando para R$234.337 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação com os de R$255.372 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Custo das vendas Nosso custo de vendas sofreu um aumento de 46,8%, passando para R$222.041 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em relação aos de R$151.261 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004, em decorrência: (i) do aumento dos custos de produção por área plantada, em virtude da elevação dos preços dos principais insumos agrícolas, tais como fertilizantes e defensivos agrícolas, e (ii) da queda na produtividade do algodão em virtude do excesso de chuvas entre a floração e sua colheita, com reflexos diretos no custo unitário da cultura. Como percentual da receita líquida, nossos custos das vendas passaram para 94,8% em 2005 em relação a 59,2% em 2004. Algodão O custo das vendas de algodão sofreu um aumento de 67,1%, passando para R$124.109 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em relação aos de R$74.270 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Os principais fatores de aumento dos custos de produção foram: (i) o aumento na área plantada no ano-safra 2004/05, de 17,4% em relação ao ano-safra 2003/04; (ii) a queda na produtividade no ano-safra 2004/05, de 13,0% em relação ao ano-safra 2003/04; e (iii) aumento dos custos dos principais insumos de produção, como fertilizantes e defensivos agrícolas. Como percentual da receita líquida, nossos custos de algodão passaram para 53,0% em 2005 em relação a 29,1% em 2004. 105 Soja O custo das vendas de soja sofreu um aumento de 29,6%, passando para R$76.179 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em relação aos de R$58.783 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Os principais fatores de aumento dos custos foram: (i) o aumento da área plantada no ano-safra 2004/05, de 12,9% em relação ao ano-safra 2003/04; (ii) aumento do custo dos principais insumos de produção, como fertilizantes e defensivos agrícolas; e (iii) queda de produtividade no ano-safra 2004/05, de aproximadamente 3,2% em relação ao ano-safra 2003/04. Como percentual da receita líquida, nossos custos de soja passaram para 32,5% em 2005 em relação a 23,0% em 2004. Milho O custo das vendas de milho sofreu um aumento de 8,7%, passando para R$10.043 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em relação aos de R$9.243mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. O principal fator de aumento nos custos foi o aumento do custo dos principais insumos de produção, como fertilizantes e defensivos agrícolas. Como percentual da receita líquida, nossos custos de milho passaram para 4,3% em 2005 em relação a 3,6% em 2004. Café O custo das vendas de café sofreu um aumento de 98,6%, passando para R$7.015 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em relação aos de R$3.533 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Os principais fatores de aumento nos custos foram: (i) o aumento na área plantada no ano-safra 2004/05, de 47,5% em relação ao ano-safra 2003/04; (ii) a queda na produtividade no ano-safra 2004/05, de 24,1% em relação ao ano-safra 2003/04; e (iii) aumento dos custos dos principais insumos de produção, como fertilizantes e defensivos agrícolas. Como percentual da receita líquida, nossos custos de café passaram para 3,0% em 2005 em relação a 1,4% em 2004. Outros Os custos dos demais produtos e mercadorias sofreram uma redução de 13,6%, passando para R$4.695 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em relação aos de R$5.432 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. O principal fator de redução no custo foi a queda das demais receitas de 15%. Como percentual da receita líquida, nossos outros custos das vendas passaram para 2,0% em 2005 em relação a 2,1% em 2004. Lucro Bruto Em decorrência dos fatos anteriormente mencionados, o nosso lucro bruto sofreu uma redução de 88,2%, passando para R$12.296 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação com os R$104.111 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004, devido à queda na receita acumulada com o aumento do custo de produção. Como percentual da receita líquida, nosso lucro (prejuízo) bruto passou para 5,2% em 2005 em relação a 40,8% em 2004. Despesas com Vendas Nossas despesas com vendas aumentaram em 32,8%, passando para R$16.553 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação com os R$12.461 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. O aumento nas despesas com venda deveu-se principalmente ao aumento de 34,9% no custo com transporte decorrente do aumento do volume de algodão transportado da safra 2003/04, que foram embarcados somente em 2005, e do aumento do custo de transporte de milho, em função do aumento das distâncias médias transportadas em relação ao ano de 2004. Também contribuíram o aumento de 30,6% dos gastos com silos e armazéns em 2005 em relação a 2004, bem como o aumento de 68,7% nas despesas diversas com exportação, que incluem despesas com despachantes aduaneiros, certificação de peso de algodão no porto, comissão de vendas, etc.. Como percentual da receita líquida nossas despesas com vendas passaram para 7,1% em 2005, em comparação com o percentual de 4,9% em 2004. 106 Despesas Gerais e Administrativas Nossas despesas gerais e administrativas tiveram uma redução de 40,2%, passando para R$9.823 mil em 31 de dezembro de 2005, em comparação com os R$16.422 mil em 31 de dezembro de 2004. As despesas gerais e administrativas foram reduzidas devido, principalmente, à rubrica de gastos com pessoal com a redução do pagamento à título de participação nos resultados de funcionários, no montante de R$4.568 mil. Além disso, houve reduções nas demais despesas administrativas, tais como, despesas de viagens, contribuições a associação de classe, impostos e taxas, entre outras. Como percentual da receita líquida nossas despesas gerais e administrativas passaram para 4,2% em 2005, em comparação com o percentual de 6,4% em 2004. Honorários da Administração A despesa com honorários da administração teve uma redução de 46,7%, passando para R$464 mil em 31 de dezembro de 2005, em comparação aos R$871 mil em 31 de dezembro de 2004, devido principalmente à rescisão de contrato de um membro da diretoria. Como percentual da receita líquida, os honorários da administração passaram para 0,2% em 2005 em relação a 0,3% em 2004. Resultado de Equivalência Patrimonial Nosso resultado de equivalência patrimonial sofreu uma redução de 40,8%, passando para R$2.992 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação aos de R$5.055 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004, devido principalmente à redução dos resultados de nossas empresas investidas. O resultado de equivalência patrimonial reflete os resultados dos investimentos em empresas coligadas na proporção da participação que temos sobre o patrimônio de nossas empresas investidas. No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004 tínhamos investimento nas empresas FG Participações S.A., em que detínhamos 99,99% do capital e na empresa Ferramentas Gerais Comércio e Importação S.A, em que detínhamos 29,95% do capital. As empresas investidas apresentaram, no exercício findo em 31 de dezembro de 2004, respectivamente, resultados de R$500 mil e R$15.211 mil, os quais geraram resultado de equivalência patrimonial de R$5.055 mil. No exercício social de 2005, a FG Participações S.A. foi incorporada por nossa investida FGSA No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, a FGSA apresentou resultado de R$9.990 mil gerando resultado de equivalência patrimonial de R$2.992 mil. Como percentual da receita líquida, nosso resultado de equivalência patrimonial passou para 1,3% em 2005 em relação a 2,0% em 2004. A redução do resultado da investida Ferramentas Gerais Comércio e Importação S/A deveu-se principalmente aos elevados investimentos em expansão com a abertura de novas unidades de negócio pelo país, compromentendo em parte a sua lucratividade. Despesas Financeiras Nossas despesas financeiras tiveram um pequeno aumento de 3,3%, passando para R$32.209 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2.005, em comparação aos R$31.190 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. No entanto, no exercício findo em 31 de dezembro de 2004, efetuamos pagamento aos sócios quotistas à título de juros sobre capital próprio, no valor de R$7.100 mil. Desconsiderando este pagamento, o aumento na despesa financeira teria sido de R$8.119 mil, o que representaria um aumento percentual de 33,7%, devido principalmente: (i) ao aumento da nossa necessidade de capital de giro para custear a ampliação da área plantada de algodão, que possui custos de produção por área plantada muito superiores às demais culturas; e (ii) o aumento significativo dos gastos com insumos agrícolas ocorrido no exercício findo em 31 de dezembro de 2005 comparado ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004. Como percentual da receita líquida, nossas despesas financeiras passaram para 13,7% em 2005, em comparação com os 12,2% em 2004. 107 Receitas financeiras Nossas receitas financeiras tiveram um aumento de 103,8%, passando para R$50.455 mil no exercício findo em 31 de dezembro de 2005, em comparação com os R$24.757 mil no exercício findo em 31 de dezembro de 2004 devido principalmente pelos ganhos nas operações de hedge efetuadas para nos proteger dos riscos de perda a que estamos suscetíveis em razão da volatilidade da taxa de câmbio. Como percentual da receita líquida, nossas receitas financeiras passaram para 21,5% em 2005, em comparação com os 9,7% em 2004. Outras receitas operacionais As outras receitas operacionais tiveram uma redução de 67,0%, passando para R$1.453 mil no exercício findo em 31 de dezembro de 2005, em comparação com os R$4.397 mil no exercício findo em 31 de dezembro de 2004. Essa redução ocorreu principalmente devido à apropriação de créditos de COFINS sobre os estoques de fechamento do mês anterior, ocorrida no ano de 2004, quando da mudança da sistemática de cobrança da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS que passou a ser não cumulativa a partir de fevereiro de 2004, fato que não se repetiu em 2005. Como percentual da receita líquida, as outras receitas operacionais passaram para 0,6% em 2005, em comparação com os 1,7% em 2004. Resultado Operacional Pelos motivos acima expostos, o lucro operacional sofreu uma redução de 89,5%, passando para R$8.147 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação aos R$77.376 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Como percentual da receita líquida, nosso lucro operacional passou para 3,5% em 2005, em comparação com os 30,3% em 2004. Resultado não Operacional Nosso resultado não operacional teve uma redução de 96,6%, passando para um prejuízo de R$8 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação com o prejuízo de R$236 mil do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. O item “resultado não operacional” é composto das baixas e alienações de ativos permanentes. A variação desta rubrica deveu-se às perdas incorridas na alienação e baixas de bens do ativo permanente terem sido menores no exercício encerrado em 2005 em comparação com o exercício de 2004. Como percentual da receita líquida, nosso resultado, que em 2005 não teve nenhuma participação em nossa receita líquida, representa 0,1% negativos em 2004. Resultado antes da tributação sobre o Lucro Em função do exposto acima, o nosso resultado antes da tributação sobre o lucro diminuiu 89,4%, passando para R$8.139 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação aos R$77.140 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Como percentual da receita líquida, o resultado antes da tributação sobre o lucro passou para 3,5% em 2005, em comparação com os 30,2% em 2004. Imposto de Renda e Contribuição Social correntes O imposto de renda e contribuição social correntes sofreram uma redução de 79,9%, passando para R$2.788 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação aos R$13.841 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004, em razão da redução do lucro auferido no exercício de 2005. Como percentual da receita líquida, o imposto de renda e contribuição social corrente passaram para 1,2% em 2005, em comparação com os 5,4% em 2004. 108 Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos Os imposto de renda e contribuição social diferidos passaram para R$8.388 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação com o valor negativo de R$1.048 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004, em razão do prejuízo fiscal e da base de calculo negativa da contribuição social apurado no exercício de 2005. Como percentual da receita líquida, o imposto de renda e contribuição social diferidos passaram para 3,6% em 2005, em comparação com os 0,4% negativos em 2004. Participação dos Minoritários A participação dos minoritários sofreu uma redução de 28,9%, passando para R$17.144 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação com os R$24.129 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004, em virtude da redução do resultado de nossas controladas que têm participação de acionistas minoritários em seu capital. Como percentual da receita líquida, a participação de minoritários passou para 7,3% em 2005, em comparação com os 9,4% em 2004. Reversão de juros sobre o capital próprio A conta de reversão de juros sobre o capital próprio, que no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 teve saldo zero apresentou no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004 o valor de R$7.100 mil, uma vez que não houve pagamentos a título de juros sobre capital próprio neste exercício. Lucro (prejuízo) do exercício Em função do exposto acima, o nosso lucro do exercício sofreu uma redução de 107,5%, passando para um prejuízo de R$3.405 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, em comparação ao lucro de R$45.222 mil o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004. Como percentual da receita líquida, nosso lucro (prejuízo) do exercício passou para 1,5% negativos em 2005, em comparação com os 17,7% em 2004. Análise das Contas Patrimoniais A tabela abaixo apresenta os valores relativos ao nosso balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 e em 31 de março de 2007 e 31 de dezembro de 2006. Os valores relativos às contas patrimoniais estão expressos como percentual do total do ativo ou do passivo, conforme o caso. A tabela também aponta as variações anuais entre as datas de encerramento. 109 Período de três meses encerrado em 31 de março de Encerrado em 31 de dezembro de % Total 2004 ATIVO Circulante Caixa e Bancos....... 1.113 Aplicações financeiras.......... 6.020 Contas a receber.... 19.987 Adiantamentos a fornecedores ...... 10.740 Estoques................ 118.022 Culturas em formação ........... 82.111 Impostos a Recuperar ............ 22.257 Imposto de renda e contribuição social diferidos .. – Títulos a receber .... 2.141 Outros direitos 2.971 realizáveis........... Despesas do exercício 297 seguinte............. Total do ativo 265.659 circulante ......... Não Circulante Ativo realizável a longo prazo Créditos com partes relacionadas ...... Impostos a recuperar ........... Imposto de renda e contribuição social diferidos... Títulos e créditos a receber............ Outras contas a receber .............. Total do realizável a longo prazo .. % % Total Total 2005 2006 (R$ milhares, exceto percentuais) Var. % 2005/ 2004 Var. % 2006/ 2005 % Total 2006 % Total 2007 (não auditados) Var. % 2007/ 2006 0,2% 722 0,1% 3.190 0,7% -35,1% 341,8% 2.260 0,4% 4.303 1,0% 90,4% 1,2% 3,9% 26.991 14.026 5,1% 2,7% 28.254 4.234 6,3% 0,9% 348,4% -29,8% 4,7% -69,8% 17.118 11.726 3,4% 2,3% 25.752 21.887 5,8% 4,9% 50,4% 86,7% 2,1% 23,2% 4.235 101.738 0,8% 19,3% 6.444 83.138 1,4% 18,5% -60,6% -13,8% 52,2% -18,3% 3.178 36.678 0,6% 7,3% 6.001 27.257 1,3% 6,1% 88,8% -25,7% 16,1% 75.982 14,4% 64.398 14,3% -7,5% -15,2% 132.049 26,2% 108.767 24,3% -17,6% 4,4% 17.519 3,3% 20.433 4,5% -21,3% 16,6% 19.475 3,9% 18.539 4,1% -4,8% 0,0% 0,4% 1.080 2.142 0,2% 0,4% 2.704 1.735 0,6% 0,4% 100,0% 0,0% 150,4% -19,0% 713 2.142 0,1% 0,4% 125 1.860 0,0% 0,4% -82,5% -13,2% 0,6% 1.575 0,3% 1.087 0,2% -47,0% -31,0% 1.548 0,3% 1.458 0,3% -5,8% 0,1% 298 0,1% 266 0,1% 0,3% -10,7% 246 0,0% 186 0,0% -24,4% 52,2% 246.308 46,7% 215.883 48,0% -7,3% -12,4% 227.133 45,1% 216.135 48,3% -4,8% – 0,0% – 0,0% 16.418 3,7% 0,0% 100,0% – 0,0% – 0,0% 0,0% 1.145 0,2% 1.857 0,4% 1.421 0,3% 62,2% -23,5% – 0,0% 1.208 0,3% 0,0% 4.424 0,9% 19.186 3,6% 26.544 5,9% 333,7% 38,4% 21.737 4,3% 28.474 6,4% 31,0% 6.251 1,2% 5.179 1,0% 2.830 0,6% -17,1% -45,4% 4.108 0,8% 1.966 0,4% -52,1% 1.102 0,2% 820 0,2% 1.008 0,2% -25,6% 22,9% 1.031 0,2% 1.026 0,2% 0,5% 12.922 2,5% 27.042 5,1% 48.221 10,7% 109,3% 78,3% 26.876 5,3% 32.674 7,3% 21,6% 11,3% 28,0% 0,0% 6,0% 62.591 159.080 564 31.349 11,9% 30,2% 0,1% 5,9% 126 156.234 530 28.637 0,0% 34,7% 0,1% 6,4% 8,6% 11,6% 171,2% 3,3% -99,8% -1,8% -6,0% -8,7% 62.971 156.461 531 29.310 12,5% 31,1% 0,1% 5,8% 126 170.007 499 27.657 0,0% 38,0% 0,1% 6,2% -99,8% 8,7% -6,0% -5,6% 45,3% 253.584 48,1% 185.527 41,3% 9,9% -26,8% 249.273 49,5% 198.289 44,4% -20,5% 47,8% 280.626 53,3% 233.748 52,0% 15,2% -16,7% 276.149 54,9% 230.963 51,7% -16,4% 449.631 100,0% 3,5% -14,7% 503.282 100,0% 447.098 100,0% -11,2% Permanente ........... Investimentos......... 57.610 Imobilizado ............ 142.567 Intangível............... 208 Diferido ................. 30.337 Total do ativo permanente ..... 230.722 Total do ativo não circulante .. 243.644 Total do ativo.......... 509.303 100,0% 526.934 100,0% 110 Período de três meses encerrado em 31 de março de Encerrado em 31 de dezembro de % Total 2004 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Circulante Fornecedores ...... Instituições financeiras ........ Créditos de clientes ............. Obrigações fiscais e sociais a recolher .......... Obrigações trabalhistas ....... Imposto de renda e contribuição social diferidos Adto. para futuro aumento de capital............. Dividendos a pagar................ Outros débitos .... Total do passivo circulante ........ 2005 % Total 2006 % Total (R$ milhares, exceto percentuais) Var. % 2005/ 2004 Var. % 2006/ 2005 2006 % Total 2007 % Total (não auditados) Var. % 2007/ 2006 4.223 0,8% 3.298 0,6% 3.595 0,8% -21,9% 9,0% 4.538 0,9% 3.916 0,9% -13,7% 143.241 28,1% 150.600 28,6% 91.833 20,4% 5,1% -39,0% 144.526 28,7% 107.638 24,1% -25,5% 14.306 2,8% 9.447 1,8% 7.794 1,7% -34,0% -17,5% 3.873 0,8% 6.289 1,4% 62,4% 12.777 2,5% 2.472 0,5% 4.216 0,9% -80,7% 70,6% 1.902 0,4% 4.526 1,0% 138,0% 1.563 0,3% 1.545 0,3% 1.420 0,3% -1,2% -8,1% 1.829 0,4% 1.849 0,4% 1,1% 6.670 1,3% 9.946 1,9% 5.799 1,3% 49,1% -41,7% 13.308 2,6% 6.191 1,4% -53,5% – 0,0% 6.180 1,2% – 0,0% 0,0% -100,0% 6.180 1,2% – 0,0% 0,0% – 1.811 0,0% 0,4% – 698 0,0% 0,1% 20.536 583 4,6% 0,1% 0,0% -61,5% 0,0% -16,5% – 1.000 0,0% 0,2% – 5.857 0,0% 1,3% 0,0% 485,7% 184.591 36,2% 184.186 35,0% 135.776 30,2% -0,2% -26,3% 177.156 35,2% 136.266 30,5% -23,1% 38.559 7,6% 52.902 10,0% 69.206 15,4% 37,2% 30,8% 41.665 8,3% 60.495 13,5% 45,2% 23.338 632 4,6% 0,1% 27.515 2.563 5,2% 0,5% 25.168 548 5,6% 0,1% 17,9% 305,5% -8,5% -78,6% 24.496 2.563 4,9% 0,5% 24.352 548 5,4% 0,1% -0,6% -78,6% 62.529 12,3% 82.980 15,7% 94.922 21,1% 32,7% 14,4% 68.724 13,7% 85.395 19,1% 24,3% Resultado de exercícios futuros Deságio em controlada ........ 432 0,1% 432 0,1% 432 0,1% 0,0% 0,0% 432 0,1% 527 0,1% 22,0% Total do passivo não circulante . 62.961 12,4% 83.412 15,8% 95.354 21,2% 32,5% 14,3% 69.156 13,7% 85.922 19,2% 24,2% Participações dos minoritários .... 76.288 15,0% 70.116 13,3% 26.618 5,9% -8,1% -62,0% 64.829 12,9% 27.205 6,1% -58,0% 72.908 14,3% 81.016 15,4% 140.961 31,4% 11,1% 74,0% 87.503 17,4% 191.003 42,7% 118,3% 112.555 22,1% 108.204 20,5% 50.922 11,3% -3,9% -52,9% 104.638 20,8% 6.702 1,5% -93,6% 185.463 36,4% 189.220 35,9% 191.883 42,7% 2,0% 1,4% 192.141 38,2% 197.705 44,2% 2,9% 509.303 100,0% 526.934 100,0% 449.631 100,0% 3,5% -14,7% 503.282 100,0% 447.098 100,0% -11,2% Não Circulante Passivo exigível a longo prazo Instituições financeiras ........ Imposto de renda e contribuição social diferidos Outros débitos .... Total do passivo exigível a longo prazo.... Patrimônio líquido Capital social ...... Lucros acumulados ...... Total do Patrimônio líquido ........... Total do Passivo e Patrimônio líquido ........... 111 Posição em 31 de março de 2007 comparada a 31 de março de 2006 Ativo Circulante Nosso ativo circulante registrado em 31 de março de 2007, de R$216.135 mil, teve uma redução de 4,8% em relação aos R$227.133 mil registrados em 31 de março de 2006, em razão da variação de saldo de várias contas do grupo, conforme veremos abaixo. Em relação ao ativo total, o ativo circulante aumentou para 48,3% em 31 de março de 2007, em relação aos 45,1% registrados em 31 de março de 2006. Caixa e bancos A conta de caixa e bancos, com saldo de R$4.303 mil em 31 de março de 2007, apresentou um aumento de 90,4% em relação aos R$2.260 mil registrados em 31 de março de 2006, em razão da nossa política de não aplicar valores cujo desembolso esteja previsto nos próximos 7 dias. Tínhamos a expectativa de um desembolso de valor elevado para quitação de uma parcela da compra da Fazenda Panorama, o que acabou não se confirmando no início de abril de 2007. Em relação ao ativo total, a conta de disponibilidades representou 1,0% em 31 de março de 2007, em relação aos 0,4% registrados em 31 de março de 2006. Aplicações Financeiras Nosso saldo de aplicações financeiras encerrou o mês de março de 2007 com saldo de R$25.752 mil, o que representa um aumento de 50,4% em relação ao saldo de 31 de março de 2006, de R$17.118 mil. Essa elevação é resultado dos nossos esforços na contenção de gastos e investimentos em decorrência da redução da margem de lucro do negócio agrícola no período. No ano agrícola 2006/07, adotamos como estratégia antecipar o plantio e conseqüentemente a colheita de soja em relação ao ano anterior, o que acabou gerando mais ingresso de receita em nosso caixa. Também contribuiu para o aumento dessa rubrica o recebimento de R$7.747 mil do Governo Federal de prêmios de PEPRO no primeiro trimestre de 2007. Em relação ao ativo total, a conta de aplicações financeiras aumentou para 5,8% em 31 de março de 2007, em relação aos 3,4% registrados em 31 de março de 2006. Contas a receber Nosso saldo de contas a receber de clientes encerrou o exercicio de 31 de março de 2007 com saldo de R$21.887 mil o que representa um aumento de 86,7% sobre o saldo de 31 de março de 2006, de R$11.726 mil. Esse aumento de R$10.161 mil ocorreu em razão do aumento do volume de vendas de soja no primeiro trimestre de 2007 em relação ao mesmo perído do ano anterior, ocasionado pelo (i) aumento de área plantada e da produtividade média verificada até o final de março de 2007 e (ii) à nossa estratégica de antecipar o plantio e conseqüentemente a colheita da soja em 2007 em relação a 2006. Como a maioria dos contratos de venda de soja fixam o recebimento do valor nos meses de maio e de junho, o saldo de clientes no mês de março acabou sofrendo grande aumento. Não houve alterações em nossas políticas comerciais no que tange a prazos, bem como não houve ocorrência de perdas relevantes por inadimplência de clientes. Em relação ao ativo total, o saldo de contas a receber aumentou para 4,9% em 31 de março de 2007, em relação aos 2,3% registrados em 31 de março de 2006. Adiantamentos a fornecedores Nossos adiantamentos a fornecedores, com saldo de R$6.001 mil em 31 de março de 2007, apresentaram um aumento de 88,8% em relação aos R$3.178 mil registrados em 31 de março de 2006 em função, principalmente, da antecipação de recursos para a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas. O saldo dessa conta reflete a nossa política de antecipar parte do pagamento da aquisição dos insumos agrícolas (principalmente adubos, fertilizantes e defensivos) e máquinas e equipamentos, como vantagem econômica, visando a obtenção de descontos financeiros. Em relação ao ativo total, o saldo da conta adiantamento a fornecedores aumentou para 1,3% em 31 de março de 2007, em relação aos 0,6% registrados em 31 de março de 2006. 112 Estoques Os nossos estoques, no valor de R$27.257 mil em 31 de março de 2007, apresentaram uma queda de 25,7% em relação aos R$36.678 mil registrados em 31 de março de 2006, devido, principalmente, à venda de dois terrenos pela controlada SLC Empreendimentos no ano de 2006, que estavam registrados no estoque pelo valor de R$7.651 mil. Esta controlada tem, como um de seus objetivos sociais, a compra e venda de imóveis. Em relação ao ativo total, os estoques diminuíram para 6,1% em 31 de março de 2007, em relação aos 7,3% registrados em 31 de março de 2006. Culturas em formação O saldo da conta de culturas em formação, de R$108.767 mil em 31 de março de 2007, apresentou uma redução de 17,6% em relação aos R$132.049 mil registrados em 31 de março de 2006. Apesar do aumento da área plantada nas nossas principais culturas, algodão e soja, o custo de aquisição dos principais insumos agrícolas sofreram redução em relação à safra anterior, o que acabou reduzindo o custo total das culturas em formação. Também contribuiu para a redução no saldo dessa conta o maior volume de vendas de soja no primeiro trimestre de 2007 em relação ao primeiro trimestre de 2006. Em relação ao ativo total, o saldo de culturas em formação reduziu para 24,3% em 31 de março de 2007, em relação aos 26,2% registrados em 31 de março de 2006. Impostos a Recuperar Os impostos a recuperar totalizaram R$18.539 mil em 31 de março de 2007, tendo reduzido 4,8% em relação aos R$19.475 mil registrados em 31 de março de 2006, em função principalmente da redução do saldo das contas de ICMS a Recuperar, em R$3.995 mil, e IRPJ antecipado, em R$341 mil, e ao aumento das contas de COFINS e PIS a Recuperar, em R$3.430 mil. Em relação ao ativo total, os impostos a recuperar aumentaram para 4,1% em 31 de março de 2007, em relação aos 3,9% registrados em 31 de março de 2006. Imposto de renda e contribuição social diferidos O imposto de renda e contribuição social diferidos totalizaram R$125 mil em 31 de março de 2007, tendo reduzido 82,5% em relação aos R$713 mil registrado em 31 de março de 2006, principalmente em função da provisão de impostos diferidos de curto prazo da controlada Fazenda Parnaíba, constituída em 31 de março de 2006, no valor de R$554 mil, ocasionada por prejuízo fiscal verificado naquele período. Em 31 de março de 2007 não ocorreu essa provisão (de curto prazo) em nenhuma das controladas. Em relação ao ativo total, o imposto de renda e contribuição social diferidos diminuíram para 0,02% em 31 de março de 2007, em relação aos 0,1% registrados em 31 de março de 2006. Títulos a receber O saldo da conta de títulos a receber, de R$1.860 mil, reduziu 13,2% em relação ao saldo de 31 de março de 2006, no valor de R$2.142 mil, em função da constituição de provisão para perda no recebimento da conta a receber pela venda da Fazenda Paineira, ocorrida no ano de 2003, cujas parcelas a receber são indexadas pela cotação da soja comercial. O ajuste foi feito pela diferença da cotação da soja na data da venda em relação à cotação em 31 de março de 2007. Em relação ao ativo total, o saldo de títulos a receber representou de 0,4% em 31 de março de 2007, mesmo percentual de 31 de março de 2006. Outros direitos realizáveis O saldo da conta outros direitos realizáveis do ativo circulante, de R$1.458 mil, reduziu 5,8% em relação ao saldo de 31 de março de 2006, no valor de R$1.548 mil, em função principalmente da redução do saldo da conta de devedores diversos, cujo saldo é composto por contas a receber referente à venda de bens e mercadorias que não fazem parte de nosso objeto social (bens do ativo permanente, vendas de sucatas, vendas eventuais de sobras de estoque, etc.). Em relação ao ativo total, o saldo de outros direitos realizáveis manteve a mesma representatividade de 0,3% em ambos os períodos. 113 Despesas do exercício seguinte Os valores de despesas do exercício seguinte contemplam principalmente despesas de seguro a apropriar, não tendo havido variação relevante entre 31 de março de 2007 e 31 de março de 2006. Ativo não circulante Nosso ativo não circulante apresentou um saldo de R$230.963 mil em 31 de março de 2007, o que representa uma redução de 16,4% em relação aos R$276.149 mil de 31 de março de 2006, devido principalmente à redução da conta de investimentos, em R$62.845 mil, e do aumento das contas de imposto de renda e contribuição social diferidos e imobilizado, em R$6.737 mil e R$13.546 mil, respectivamente. Em relação ao ativo total, o ativo não circulante representou 51,7% em 31 de março de 2007, em relação aos 54,9% registrados em 31 de março de 2006. Ativo Realizável a Longo Prazo Nosso ativo realizável a longo prazo apresentou um saldo de R$32.674 mil em 31 de março de 2007, que representa um aumento de 21,6% em relação aos R$26.876 mil de 31 de março de 2006, principalmente em razão do aumento do saldo da conta de imposto de renda e contribuição social diferidos, em R$6.737 mil. Em relação ao ativo total, o ativo realizável a longo prazo representou 7,3% em 31 de março de 2007, em relação aos 5,3% registrados em 31 de março de 2006. Impostos a recuperar Os impostos a recuperar totalizaram R$1.208 mil em 31 de março de 2007, não tendo apresentado saldo em 31 de março de 2006. Essa conta representa o saldo da conta de ICMS a recuperar sobre o ativo permanente de longo prazo. Em relação ao ativo total, o saldo da conta impostos a recuperar em 31 de março de 2007 representou 0,3%, não tendo representatividade em 31 de março de 2006. Imposto de renda e contribuição social diferidos O imposto de renda e contribuição social diferidos totalizaram R$28.474 mil em 31 de março de 2007, tendo aumentado 31% em relação aos R$21.737 mil registrados em 31 de março de 2006, em função do aumento do prejuízo fiscal e da base de cálculo negativa da contribuição social verificados em 31 de março de 2007, em relação ao mesmo período de 2006. Em relação ao ativo total, o imposto de renda e constribuição social diferidos aumentaram para 6,4% em 31 de março de 2007, em relação aos 4,3% registrados em 31 de março de 2006. Títulos e créditos a receber Nosso saldo de títulos e créditos a receber encerrou o período de 31 de março de 2007 em R$1.966 mil, o que representa 52,1% em relação ao saldo de 31 de março de 2006, de R$4.108 mil. Esse decréscimo é devido à reclassificação das últimas duas parcelas a receber da venda da Fazenda Paineira, previstas para maio de 2007 e janeiro de 2008, para o ativo circulante. Em relação ao ativo total, o saldo de títulos e créditos a receber foi de 0,4% em 31 de março de 2007, em comparação aos 0,8% registrados em 31 de março de 2006. Outras contas a receber Nosso saldo de outras contas a receber encerrou o período de 31 de março de 2007 com saldo de R$1.026 mil, não tendo apresentado variação relevante em relação ao saldo de 31 de março de 2006, de R$1.031 mil. Em relação ao ativo total, o saldo de outras contas a receber representou 0,2% em 31 de março de 2007, o mesmo percentual de 31 de março de 2006. 114 Ativo Permanente Investimento O saldo da conta de investimento totalizou R$126 mil em 31 de março de 2007, tendo reduzido 99,8% em relação aos R$62.971 mil registrados em 31 de março de 2006, em virtude principalmente da alienação do investimento na FGSA para a controladora Evaux, ocorrida em novembro de 2006. Em relação ao ativo total, o saldo de investimentos representou 0,03% em 31 de março de 2007, em relação 12,5% em 31 de março de 2006. Imobilizado O ativo imobilizado registrou aumento de 8,7%, passando para R$170.007 mil em 31 de março de 2007 em relação aos R$156.461 mil de 31 de março de 2006, principalmente em função da aquisição da Fazenda Panorama, localizada no município de Correntina, no Estado da Bahia, no valor de R$13.144 mil. Em relação ao ativo total, o saldo de imobilizado aumentou para 38,0% em 31 de março de 2007, em relação aos 31,1% registrados em 31 de março de 2006. Intangível O ativo intangível registrou uma redução de 6%, passando para R$499 mil em 31 de março de 2007, em relação aos R$531 mil registrad0s em 31 de março de 2006, em função da amortização de software registrada no período. Em relação ao ativo total, o saldo de intangível manteve a mesma representatividade de 0,1% em 31 de março de 2007, em relação a em 31 de março de 2006. Diferido O ativo diferido registrou redução de 5,6%, passando para R$27.657 mil no exercício encerrado em 31 de março de 2007 em relação aos R$29.310 mil no exercício encerrado em 31 de março de 2006, em virtude principalmente de amortização dos gastos com correção de solo, que superou os investimentos nesta rubrica. Em relação ao ativo total, o saldo de diferido aumentou para 6,2% em 31 de março de 2007, em relação aos 5,8% registrados em 31 de março de 2006. Passivo Circulante O saldo do nosso passivo circulante reduziu 23,1%, passando para R$136.266 mil em 31 de março de 2007 em relação aos R$177.156 mil de 31 de março de 2006. Contribuiu substancialmente para a variação desse grupo a redução do saldo de instituições financeiras, em R$36.888 mil, e a variação de outras contas, as quais veremos abaixo. Em relação ao passivo total, o saldo do passivo circulante diminuiu para 30,5% em 31 de março de 2007, em relação aos 35,2% registrados em 31 de março de 2006. Fornecedores O nosso saldo a pagar a fornecedores reduziu 13,7%, passando para R$3.916 mil em 31 de março de 2007, em relação aos R$4.538 mil registrados em 31 de março de 2006. Não houve variação significativa no saldo desta conta, sendo que o saldo é representado pelo montante a pagar a fornecedores referente às aquisições de insumos, máquinas, equipamentos e materiais diversos para a nossa operação. Em relação ao passivo total, o saldo de fornecedores representou 0,9% em 31 de março de 2007, mesmo percentual de 31 de março de 2006. 115 Instituições Financeiras O saldo de instituições financeiras sofreu uma redução de 25,5%, passando para R$107.638 mil em 31 de março de 2007, em relação aos R$144.526 mil em 31 de março de 2006, em razão principalmente da reclassificação de valores de curto para longo prazo, ocasionado pela regulamentação do Conselho Monetário Nacional e do Ministério da Integração Nacional, prorrogando as dívidas vincendas no período de 1º de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2006, referente às operações financiadas junto ao BNDES e ao Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), no valor de R$22.680 mil. O saldo total de instituições financeiras (somando-se passivo circulante e não circulante) sofreu uma redução de R$18.058 mil em 31 de março de 2007 em comparação a 31 de março de 2006, em função, principalmente, (i) do repasse de dois contratos de financiamento para a controladora Evaux, no valor de R$36.745 mil, motivado pela alienação do investimento na FGSA em novembro de 2006, (ii) captações de recursos de curto prazo no primeiro trimestre de 2007, de R$11.897 mil, e (iii) da reclassificação de valores de longo prazo para curto prazo, em função do prazo de vencimento de alguns contratos. Em relação ao passivo total, o saldo de instituições financeiras reduziu para 24,1% em 31 de março de 2007, em relação aos 28,7% registrados em 31 de março de 2006. Créditos de Clientes Nosso saldo de créditos de clientes sofreu um aumento de 62,4%, passando para R$6.289 mil em 31 de março de 2007 em relação aos R$3.873 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, em razão da antecipação de valores de clientes de caroço de algodão, milho semente e de um contrato de soja. A empresa não promoveu nenhuma alteração na política de vendas, quanto à concessão de prazos e de crédito em 2007 em relação a 2006. Em relação ao passivo total, o saldo de crédito de clientes aumentou para 1,4% em 31 de março de 2007, em relação aos 0,8% registrados em 31 de março de 2006. Obrigações fiscais e sociais a recolher O saldo de obrigações fiscais e sociais a recolher aumentou 138%, passando para R$4.526 mil em 31 de março de 2007 em relação aos R$1.902 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido principalmente ao aumento do saldo de IRPJ, CSLL, IRF a recolher e Funrural, no total de R$2.876 mil e da redução do saldo a recolher de ICMS, Contribuição Sindical, PIS e COFINS, em R$334 mil. Em relação ao passivo total, o saldo de obrigações fiscais e sociais a recolher aumentou para 1,0% em 31 de março de 2007, em relação aos 0,4% registrados em 31 de março de 2006. Obrigações trabalhistas As obrigações trabalhistas a pagar totalizaram R$1.849 mil em 31 de março de 2007, não tendo havido variação relevante em relação aos R$1.829 mil de saldo em 31 de março de 2006. Em relação ao passivo total, o saldo de obrigações trabalhistas representou 0,4% em 31 de março de 2007, mesmo percentual de 31 de março de 2006. Imposto de renda e contribuição social diferidos Essa rubrica sofreu uma redução de 53,5%, passando para R$6.191 mil em 31 de março de 2007, em comparação aos R$13.308 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido principalmente à realização de grande parte do saldo de variação cambial diferida e de parcela do ganho de capital diferido existentes em 31 de março de 2006. Em relação ao passivo total, o saldo de imposto de renda e contribuição social diferidos diminuiu para 1,4% em 31 de março de 2007, em relação aos 2,6% registrados em 31 de março de 2006. 116 Adiantamento para futuro aumento de capital Essa rubrica sofreu uma redução de 100%, tendo seu saldo zerado em 31 de março de 2007 em relação aos de R$6.180 mil de 31 de março de 2006, devido à integralização do valor ao capital social da controlada SLC Empreendimentos, em novembro de 2006. Outros débitos A rubrica outros débitos sofreu um aumento de 485,7%, passando para R$5.857 mil em 31 de março de 2007, em relação aos R$1.000 mil de 31 de março de 2006, devido principalmente ao saldo a pagar referente à compra da Fazenda Panorama, no Estado da Bahia, no valor de R$4.411 mil, a vencer em maio e junho de 2007, e do aumento da conta de arrendamentos a pagar a terceiros, no valor de R$567 mil. Em relação ao passivo total, o saldo de outros débitos aumentou para 1,3% em 31 de março de 2007, em relação aos 0,2% registrados em 31 de março de 2006. Passivo não circulante Passivo Exigível a Longo Prazo Nosso passivo exigível a longo prazo apresentou um saldo de R$85.395 mil em 31 de março de 2007, o que representa um aumento de 24,3% em relação aos R$68.724 mil de 31 de março de 2006, devido principalmente ao aumento da conta instituições financeiras, em R$18.830 mil. Em relação ao passivo total, o passivo exigível a longo prazo representou 19,1% em 31 de março de 2007, em relação aos 13,7% registrados em 31 de março de 2006. Instituições Financeiras O saldo de instituições financeiras de longo prazo sofreu um aumento de 45,2%, passando para R$60.495 mil em 31 de março de 2007, em relação aos R$41.665 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido principalmente à reclassificação de valores de curto para longo prazo, ocasionado pela regulamentação do Conselho Monetário Nacional e do Ministério da Integração Nacional, prorrogando as dívidas vincendas no período de 1º de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2006, referente às operações financiadas junto ao BNDES e ao Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), no valor de R$22.680 mil. Em relação ao passivo total, o saldo de instituições financeiras representou 13,5% em 31 de março de 2007, em relação aos 8,3% registrados em 31 de março de 2006. Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos Essa rubrica totalizou R$24.352 mil em 31 de março de 2007, não tendo havido variação relevante em relação aos R$24.496 mil registrados no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006. Esta conta é representada pelo imposto de renda e contribuição social diferidos calculados principalmente sobre o saldo de depreciação acelerada incentivada dos ativos permanentes adquiridos para a operação agrícola, com realização a partir do 13º mês da data do balanço. Em relação ao passivo total, o saldo de imposto de renda e contribuição social diferidos representou 5,4% em 31 de março de 2007, em relação aos 4,9% registrados em 31 de março de 2006. Outros débitos Essa rubrica sofreu uma redução de 78,6%, passando para R$548 mil em 31 de março de 2007 em relação aos R$2.563 mil de 31 de março de 2006, devido à baixa de direito de subscrição a pagar no investimento na FGSA, vendido para a controladora Evaux. Em relação ao passivo total, os outros débitos passaram para 0,1% em 31 de março de 2007, em relação aos 0,5% de 31 de março de 2006. 117 Deságio em Controlada Esta rubrica sofreu um aumento de 22,0%, passando para R$527 mil em 31 de março de 2007 em relação aos R$432 mil no período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, em função do reigstro do deságio na aquisição de 41.208 ações na controlada Fazenda Parnaíba S.A., aumentando nossa participação naquela empresa de 53,38% para 54,15%. Em relação ao ativo total, a conta deságio em controlada não alterou sua representatividade, mantendo-se em 0,1%. Patrimônio Líquido Em 31 de março de 2007, o nosso patrimônio líquido teve um aumento de 2,9%, passando para R$197.705 mil em relação aos R$192.141 mil do período de três meses encerrado em 31 de março de 2006, devido à integralização de capital no valor de R$103.600 mil, sendo R$50.042 mil do saldo de lucros acumulados, cisão parcial no valor de R$100 mil, distribuição de dividendos no valor de R$36.306 mil e prejuízo verificado no valor de R$11.588 mil. Em relação ao passivo total, o nosso patrimônio líquido representou 44,2% em 31 de março de 2007, em relação aos 38,2% registrados em 31 de março de 2006. Para maiores informações a respeito da cisão parcial no valor de R$100 mil acima mencionada, vide seção “Operações com Partes Relacionadas - Contratos de Mútuo e Financiamento”. Análise das Contas Patrimoniais - Posição em 31 de dezembro de 2005, comparada a 31 de dezembro de 2004 Ativo Circulante Nosso ativo circulante registrado em 31 de dezembro de 2005, de R$246.308 mil, diminuiu em 7,3% com relação aos R$265.659 mil registrados em 31 de dezembro de 2004, especialmente em razão da redução das contas de estoque e culturas em formação. Em relação ao ativo total, o ativo circulante diminuiu para 46,7% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 52,2% registrados em 31 de dezembro de 2004. Caixa e Bancos A conta de caixa e bancos, de R$722 mil em 31 de dezembro de 2005, apresentou uma redução de 35,1% em relação aos R$1.113 mil registrados em 31 de dezembro de 2004, em razão da nossa política de não aplicar valores cujo desembolso esteja previsto nos próximos 7 dias. Em relação ao ativo total, a conta de disponibilidades representou 0,1% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 0,2% registrados em 31 de dezembro de 2004. Aplicações Financeiras Nosso saldo de aplicações financeiras encerrou o exercício social de 31 dezembro de 2005 com R$26.991 mil, o que representa um aumento de 348,4% sobre o saldo de 31 de dezembro de 2004, de R$6.020 mil. Essa elevação resulta dos nossos esforços na contenção de gastos e investimentos ocorrida neste ano face à redução da margem do negócio esperada para este período, adicionalmente tiveram impacto nesta rubrica a redução do saldo de contas a receber de clientes e de adiantamentos a fornecedores. Em relação ao ativo total, a conta de aplicações financeiras aumentou para 5,1% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 1,2% registrados em 31 de dezembro de 2004. 118 Contas a receber Nosso saldo de contas a receber de clientes encerrou o exercicio social de 31 de dezembro de 2005 com R$14.026 mil, o que representa uma redução de 29,8% sobre o saldo de 31 de dezembro de 2004, de R$19.987 mil. Esse decréscimo de R$5.961 mil foi devido ao menor volume de vendas no final do exercício de 2005 comparado ao mesmo período de 2004. Não houve alterações nas políticas comerciais no que tange prazos, bem como não houve ocorrência de perdas relevantes por inadimplência de clientes. Em relação ao ativo total, o saldo do contas a receber diminuiu para 2,7% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 3,9% registrados em 31 de dezembro de 2004. Adiantamentos e fornecedores Nossos adiantamentos a fornecedores, de R$4.235 mil em 31 de dezembro de 2005, apresentaram uma diminuição de 60,6% em relação aos R$10.740 mil registrados em 31 de dezembro de 2004, variação esta decorrente de uma condição menos favorável ao fornecimento de adiantamentos a fornecedores no exercício social de 2005, em razão de não termos conseguido taxas de descontos semelhante a que tínhamos obtido no exercício social de 2004. A redução da conta de adiantamentos a fornecedores está refletida no aumento da conta de aplicações financeiras. Em relação ao ativo total, a conta de adiantamento a forncedores diminuiu para 0,8% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 2,1% registrados em 31 de dezembro de 2004. Estoques Os nossos estoques, de R$101.738 mil em 31 de dezembro de 2005, apresentaram uma queda de 13,8% em relação aos R$118.022 mil registrados em 31 de dezembro de 2004, devido principalmente à queda da safra de algodão no exercício de 2005, diminuindo, assim, os volumes em estoque de algodão em pluma, além disso, contribuíram para a redução dos saldo de estoques a redução do preço dos insumos agrícolas, especialmente de defensivos. Em relação ao ativo total, a conta de estoques diminuiu para 19,3% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 23,2% registrados em 31 de dezembro de 2004. Culturas em formação Os saldos da conta de culturas em formação, de R$75.982 mil em 31 de dezembro de 2005, apresentaram uma queda de 7,5% em relação aos R$82.111 mil registrados em 31 de dezembro de 2004, devido a redução dos preços dos insumos utilizados para a formação da safra no exercício social de 2005 comparado ao exercício social de 2004. Em relação ao ativo total, a conta de culturas em formação diminuiu para 14,4% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 16,1% registrados em 31 de dezembro de 2004. Impostos a Recuperar Os impostos a recuperar totalizaram R$17.519 mil em 31 de dezembro de 2005, tendo diminuído 21,3% em relação aos R$22.257 mil registrado em 31 de dezembro de 2004, em função principalmente da redução dos preços de insumos ocorrida no exercício de 2005 e da utilização de créditos de imposto de renda e contribuinção social pagos a maior no exercício anterior para compensação com outros tributos. Em relação ao ativo total, os tributos a recuperar diminuíram para 3,3% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 4,4% registrados em 31 de dezembro de 2004. Imposto de Renda e Constribuição Social Diferidos Essa rubrica, sem saldo em 31 de dezembro de 2004, passou para R$1.080 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, devido à contabilização dos créditos de imposto de renda e contribuição social sobre prejuízo fiscal, base de cálculo negativa e provisões temporárias não dedutíveis apurados no período. Este valor se refere ao crédito de imposto de renda e contribuição social sobre as provisões temporárias não dedutíveis. 119 Títulos a receber O saldo da conta títulos a receber do ativo circulante, de R$2.142 mil, não apresentou variação relevante em relação ao saldo de 31 de dezembro de 2005, no valor de R$2.141 mil. A conta representa o saldo a receber de curto prazo referente à venda da Fazenda Paineira, ocorrida ano ano de 2003. Em relação ao ativo total, o saldo de títulos a receber representou de 0,4% em 31 de dezembro de 2006, mesmo percentual de 31 de dezembro de 2005. Outros direitos realizáveis O saldo da conta outros direitos realizáveis, de R$1.575 mil em 31 de dezembro de 2005, apresentou uma redução de 47,0% em relação aos R$2.971 mil registrados em 31 de dezembro de 2004, em razão, principalmente, do encerramento de operações de opções. Em relação ao ativo total, os outros direitos realizáveis diminuíram para 0,3% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 0,6% registrados em 31 de dezembro de 2004. Despesas do exercício seguinte Os valores realizáveis a longo prazo de despesas antecipadas contemplam principalmente seguros e assinaturas de jornais e revistas, não tendo havido variação relevante entre 31 de dezembro de 2005 e 31 de dezembro de 2004. Ativo não circulante Nosso ativo não circulante apresentou um saldo de R$280.626 mil em 31 de dezembro de 2005, o que representa um aumento de 15,2% em relação aos R$243.644 mil em 31 de dezembro de 2004, devido ao aumento da conta de imposto de renda e contribuição social diferidos, apurados em razão do prejuízo fiscal obtido no período, ainda, devido ao aumento nas contas de investimentos e imobilizado. Em relação ao ativo total, o ativo não circulante aumentou para 53,3% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 47,8% registrados em 31 de dezembro de 2004. Ativo Realizável a Longo Prazo Nosso ativo realizável a longo prazo apresentou um saldo de R$27.042 mil em 31 de dezembro de 2005, que representa um aumento de 109,3% em relação aos R$12.922 mil registrados em 31 de dezembro de 2004, principalmente em razão do aumento do saldo da conta de imposto de renda e contribuição social diferidos, em R$14.762 mil. Em relação ao ativo total, o ativo realizável a longo prazo representou 5,1% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 2,5% registrados em 31 de dezembro de 2004. Impostos a recuperar Os impostos a recuperar totalizaram R$1.857 mil em 31 de dezembro de 2005, apresentando um aumento de 62,2% em relação aos R$1.145 mil registrados em 31 de dezembro de 2004, em função do aumento do crédito de ICMS sobre as aquisições de ativos imobilizados. Em relação ao ativo total, os impostos a recuperar aumentaram para 0,4% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 0,2% registrados em 31 de dezembro de 2004. Imposto de renda e contribuição social diferidos O saldo da conta de imposto de renda e contribuição social diferidos totalizou R$19.186 mil em 31 de dezembro de 2005, apresentando um aumento de 333,7% em relação aos R$4.424 mil registrados em 31 de dezembro de 2004, devido a contabilização dos créditos de imposto de renda e contribuição social sobre os prejuízo fiscal e base de cálculo negativa apurados no período. Em relação ao ativo total, o imposto de renda e a contribuição social diferidos aumentaram para 3,6% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 0,9% registrados em 31 de dezembro de 2004. 120 Títulos e créditos a receber Os títulos e créditos a receber totalizaram R$5.179 mil em 31 de dezembro de 2005, apresentando uma redução de 17,1% em relação aos R$6.251 mil registrados em 31 de dezembro de 2004, devido ao à reclassificação de uma parcela a receber relativa à venda da Fazenda Paineira, ocorrida em 2003, para o curto prazo. Em relação ao ativo total, os títulos a receber diminuíram para 1,0% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 1,2% registrados em 31 de dezembro de 2004. Outras contas a receber Nosso saldo de outras contas a receber encerrou o exercício social 31 de dezembro de 2005 com saldo de R$820 mil, apresentando uma redução de 25,6% em relação ao saldo de 31 de dezembro de 2004, de R$1.102 mil, devido principalmente ao recebimento de créditos de venda de bens do ativo imobilizado, que haviam ficado com o saldo em aberto no final de 2004. Em relação ao ativo total, o saldo de outras contas a receber representa 0,2% em 31 de dezembro de 2006, em comparação aos 0,2% registrados em 31 de dezembro de 2005. Ativo Permanente Investimentos Nosso saldo em investimentos totalizou R$62.591 mil em 31 de dezembro de 2005, apresentando um aumento de 8,6% em relação aos R$57.610 mil registrados em 31 de dezembro de 2004, em virtude do resultado de equivalência patrimonial auferido no investimento junto a empresa FGSA Em relação ao ativo total, os investimentos aumentara para 11,9% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 11,3% registrados em 31 de dezembro de 2004. Imobilizado O ativo imobilizado apresentou um saldo de R$159.080 mil , em 31 de dezembro de 2005, aumentando em 11,6% em relação aos R$142.567 mil registrados em 31 de dezembro de 2004, em virtude de aquisições de veículos, máquinas, implementos agrícolas, terras de cultura, construções de benfeitorias e instalações, deduzidos da depreciação apropriada no período. Em relação ao ativo total, o imobilizado aumentou para 30,2% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 28,0% registrados em 31 de dezembro de 2004. Intangível O ativo intangível apresentou um saldo de R$564 mil em 31 de dezembro de 2005, aumentando em 171,2% em relação aos R$208 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004, e se referem à aquisição de softwares, deduzido da depreciação apropriada no período. Em relação ao ativo total, a conta de ativos intangíveis aumentou para 0,1% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 0,04% registrados em 31 de dezembro de 2004. Diferido O saldo da conta do ativo diferido totalizou R$31.349 mil em 31 de dezembro de 2005, aumentando em 3,3% em relação aos R$30.337 mil registrados em 31 de dezembro de 2004, o aumento se deve à investimentos feitos com correção de solo, desmatamento e terraplanagem, deduzidos da amortização apropriada no período, além de gastos com a implantação de novos sistemas de informática. Em relação ao ativo total, o diferido reduziu para 5,9% em 31 de dezembro de 2005, em relação aos 6,0% registrados em 31 de dezembro de 2004. 121 Passivo Circulante O saldo do nosso passivo circulante reduziu em 0,2% para R$184.186 mil em 31 de dezembro de 2005 em relação aos R$184.591 mil registrados em 2004. Em relação ao ativo total, o passivo circulante reduziu para 35,0% em 2005 em relação aos 36,2% de 2004. Fornecedores O nosso saldo a pagar a fornecedores, de R$3.298 mil, teve uma redução de 21,9% em 2005 em relação aos R$4.223 mil registrados em 2004, devido principalmente à redução do preço dos principais insumos agrícolas. Em relação ao ativo total, o saldo da conta de fornecedores reduziu para 0,6% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em relação aos 0,8% de 2004. Instituições Financeiras O saldo de instituições financeiras aumentou 5,1% para R$150.600 mil , no exercício de 2005 em relação aos R$143.241 mil registrados em 2004, devido principalmente a tomada de novos empréstimos para custear a safra agrícola, além da transferência de parcelas trazidas do longo prazo para o curto prazo. Em relação ao ativo total, a conta de instituições financeiras aumentou para 28,6% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em relação aos 28,1% de 2004. Créditos de clientes O saldo de créditos de clientes diminuiu 34,0% para R$9.447 mil, no exercício de 2005 em relação aos R$14.306 mil registrado em 2004, devido principalmente pela redução do volume comercializado no final do exercício social cumulado com a redução do preço dos produtos agrícolas em função da valorização do real frente ao dólar. Em relação ao ativo total, a conta créditos de clientes reduziu para 1,8% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em relação aos 2,8% de 2004. Obrigações fiscais e sociais a recolher Os saldos a recolher de obrigações fiscais e sociais a recolher teve uma redução de 80,7% para R$2.472 mil no exercício de 2005 em relação aos R$12.777 mil registrado em 2004, devido principalmente à redução do imposto de renda e da contribuição social a recolher calculados sobre os lucros auferidos. Em relação ao ativo total, o saldo da conta obrigações fiscais e sociais a recolher reduziu para 0,5% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em relação aos 2,5% de 2004. Obrigações trabalhistas As obrigações trabalhistas a pagar se mativeram praticamente estáveis, com uma pequena redução de 1,2% para 1.545 mil no exercício de 2005 em relação aos R$1.563 mil do exercício de 2004. Em relação ao ativo total, as obrigações trabalhistas mantiveram o mesmo percentual que o exercício anterior, 0,3%. Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidas Essa rubrica sofreu um aumento de 49,1%, para R$9.946 mil no exercício de 2005 em relação aos R$6.670 mil registrados em 2004, devido ao imposto de renda e contribuição social incidentes sobre a expectativa de realização da depreciação acelerada incentivada, do ganho de capital diferido e da variação cambial diferida nos próximos 12 meses. Em relação ao ativo total, as obrigações fiscais diferidas aumentaram para 1,9% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em relação aos 1,3% de 2004. 122 Adiantamento para futuro aumento de capital Essa rubrica apresentou saldo de R$6.180 mil no exercício de 2005, em 2004 não havia saldo. Refere-se a pagamento por parte de acionista com a intenção de, no futuro, aumentar o capital investido na Companhia. Em relação ao ativo total, o saldo da conta adiantamento para futuro aumento de capital representa 1,2% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, no exercício de 2004 não havia saldo nesta conta. Outros débitos As provisões para outros débitos, que incluem credores diversos, contribuições retidas e prêmio de opções recebidos, tiveram uma redução de 61,5% para R$698 mil no exercício de 2005, em relação aos R$1.811 mil no exercício de 2004, devido principalmente ao encerramento de operações com opções. Em relação ao ativo total, a conta outros débitos diminuiu para 0,1% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em relação aos 0,4% de 2004. Passivo Não Circulante Passivo exigível a longo prazo O saldo do nosso passivo exigível a longo prazo aumentou em 32,7% para R$82.980 mil em 31 de dezembro de 2005 em relação aos R$62.529 mil registrados em 2004, devido principalmente ao aumento na rubrica de instituições financeiras. Em relação ao ativo total, o passivo realizável a longo prazo aumento para 15,7% em 2005 em relação aos 12,3% de 2004. Instituições Financeiras A conta de instituições financeiras tiveram um aumento de 37,2% para R$52.902 mil no exercício de 2005, em relação aos R$38.559 mil no exercício de 2004, devido principalmente ao financiamento de investimentos em máquinas, implementos agrícolas, benfeitorias e instalações. Em relação ao ativo total, a conta instituições financeiras aumentou para 10,0% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em relação aos 7,6% de 2004. Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos Os saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos aumentaram 17,9% para R$27.515 mil no exercício de 2005, em relação aos R$23.338 mil no exercício devido ao imposto de renda e contribuição social diferidos incidentes sobre a expectativa de realização da depreciação acelerada incentivada nos anos a partir de 2007 Em relação ao ativo total, a conta obrigações fiscais diferidas aumentou para 5,2% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em relação aos 4,6% de 2004. Outros débitos As provisões para outros débitos aumentaram 305,5%, passando para R$2.563 mil no exercício de 2005 em relação aos R$632 mil do exercício de 2004, devido a constituição de direitos de subscrição a pagar para terceiros, relativos ao investimento na empresa FGSA Em relação ao ativo total, a conta outros débitos aumentou para 0,5% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, no exercício de 2004 representava 0,1%. Deságio em Controlada Esta rubrica se manteve estável em R$432 mil no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, apresentando o mesmo número no exercício de 2004. Esta conta registra o valor do deságio na aquisição do investimento da controlada SLC Empreendimentos Em relação ao ativo total, a conta deságio em controlada manteve a mesma representatividade de 0,1% no exercício de 2005 em relação à 2004. 123 Patrimônio Líquido Em 2005, o nosso patrimônio líquido foi afetado, positivamente, pela integralização de capital por parte dos acionistas, no valor de R$8.108 mil, e, negativamente pelo prejuízo do exercício, no valor de R$3.405 mil e pela distribuição de dividendos, no valor de R$946 mil, tendo havido um aumento de 2,0% para R$189.220 mil em 2005, em relação aos R$185.463 mil de 2004. Em relação ao ativo total, o patrimônio líquido aumentou para 35,9% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005 em relação aos 36,4% de 2004. Incentivos Fiscais IRPJ As empresas Fazendas Parnaíba e Fazenda Planorte, localizadas no Estado do Maranhão e Mato Grosso, respectivamente, gozam de incentivo fiscal de IRPJ concedido pela antiga Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM (atual Agência do Desenvolvimento da Amazônia – ADA). O incentivo consiste na redução do IRPJ e adicionais não-restituíveis, em percentuais que variam de 50% a 100%, em razão da data de ingresso no incentivo. Desde 2006, a Fazenda Planorte goza de incentivo de redução de 50% de IRPJ e adicionais não-restituíveis, até o limite de produção e comercialização de 30.000 toneladas de soja por ano, vigente até o ano de 2008. Esta empresa já tem aprovado incentivo de redução de 75% de IRPJ e adicionais não-restituíveis para a produção e comercialização de 13.478 toneladas de algodão em pluma e 18.533 toneladas de caroço de algodão, aguardando apenas reconhecimento por parte da Secretaria da Receita Federal, que terá vigência até o ano de 2013. Desde 1999, a Fazenda Parnaíba goza de incentivo de redução de 100% de IRPJ e adicionais não-restituíveis, até o limite de produção e comercialização de 17.472 toneladas de soja por ano, 6.826 toneladas de milho por ano, vigente até o ano de 2008; e incentivo de redução de 75% de IRPJ e adicionais não-restituíveis sobre a produção e a comercialização de 5.528 toneladas de algodão em pluma por ano e 8.292 toneladas de caroço de algodão por ano, vigentes até o ano de 2013. Os ganhos com o incentivo de redução de IRPJ foram de R$835 mil na controlada Fazenda Parnaíba em 2004, que em 2005 e 2006 não teve lucro de exploração, por isso não auferiu ganhos com o incentivo de redução de IRPJ. Na controlada Fazenda Planorte, o incentivo de redução de IRPJ foi de R$754 mil em 2006, ano em que a Secretaria da Receita Federal reconheceu ao direito ao incentivo à controlada. Os valores apurados a título de incentivo de redução de IRPJ são contabilizados a débito na conta de IRPJ a recolher, no passivo circulante, e a crédito na conta reserva de capital, no patrimônio líquido. ICMS Em relação ao ICMS, as nossas fazendas Paiaguás, Planorte, Pamplona e Planalto gozam de incentivos fiscais consistentes na redução de 50% a 75% do valor de ICMS devido sobre as vendas do algodão em pluma, objeto de programas específicos da cada Estado (PROALMAT, PROALGO e PDAGRO). Como contraprestação, depositamos 15% do valor do incentivo para os fundos estaduais de apoio e desenvolvimento da cotonicultura. Para maiores detalhes sobre os nossos benefícios fiscais, vide “Nossas Atividades - Incentivos Fiscais”. 124 Liquidez e Recursos de Capital As nossas principais exigências de caixa consistem em: • exigências de capital de giro; • pagamento de juros de empréstimos; • dispêndios de capital relacionados principalmente a aquisições de equipamentos, investimentos e insumos; e • arrendamento e aquisição de terras. As nossas principais fontes de liquidez consistem em: • fluxos de caixa decorrentes de atividades operacionais; • empréstimos de curto prazo e de longo prazo; Fluxos de Caixa Durante 2006, utilizamos o fluxo de caixa operacional principalmente em investimentos em ativos imobilizados e diferidos, necessidades de capital de giro e para amortização de principal e juros de financiamentos. Em 31 de março de 2007, nossas disponibilidades totalizavam R$30.055 mil. A tabela abaixo estabelece os nossos fluxos de caixa para os exercícios sociais apresentados: Exercício Social findo em 31 de dezembro de 2004 2005 2006 (em milhares de R$) Caixa gerado (utilizado em) Atividades operacionais ........................................ Atividades de investimento ................................... Atividades de financiamento................................. Aumento (redução) do ativo disponível .......... 29.256 (49.662) 10.784 (9.622) 55.199 (47.834) 13.215 20.580 92.448 (21.778) (66.939) 3.731 Período de três meses encerrado em 31 de março de 2006 2007 (não auditados) 8.471 (2.121) (14.685) (8.335) 14.918 (19.376) 3.069 (1.389) No período de três meses encerrado em 31 de março de 2007, o caixa foi utilizado para: • o pagamento de dividendos no total de R$880 mil; • o pagamento de empréstimos e financiamento no montante de R$7.948 mil; e • o investimento na aquisição de ativo permanente no valor de R$19.376 mil. A utilização do caixa acima descrita foi parcialmente compensada pelo ingresso de recursos oriundos de novos endividamentos líquidos no montante de R$11.897 mil. Em 2006, o caixa foi utilizado para: • o pagamento de dividendos no total de R$37.277 mil; • o pagamento de empréstimos e financiamento no montante de R$153.949 mil; e • o investimento na aquisição de ativo permanente no valor de R$21.778 mil. A utilização do caixa acima descrita foi parcialmente compensada pelo ingresso de recursos oriundos de integralização de capital no valor de R$60.045 mil e novos endividamentos líquidos no montante de R$64.242 mil. 125 Em 2005, o caixa foi utilizado para: • o pagamento de dividendos no total de R$946 mil; • o pagamento de empréstimos e financiamento no montante de R$133.924 mil; e • o investimento na aquisição de ativo permanente no valor de R$47.834 mil. A utilização do caixa acima descrita foi parcialmente compensada pelo ingresso de recursos oriundos de integralização de capital no valor de R$8.108 mil e novos endividamentos líquidos no montante de R$139.977 mil. Em 2004, o caixa foi utilizado para: • o pagamento de dividendos, incluindo juros sobre o capital próprio, no montante de R$12.084 mil; • o pagamento de empréstimos e financiamento no montante de R$110.373 mil; e • o investimento na aquisição de ativo permanente no valor de R$49.662 mil. A utilização do caixa acima descrita foi parcialmente compensada pelo ingresso de recursos oriundos de novos endividamentos líquidos no montante de R$133.241 mil. Estratégia de Endividamento e Financiamento Em 31 de dezembro de 2006, o valor total do nosso endividamento era de R$161 milhões, consistindo de R$91,8 milhões de endividamento de curto prazo e R$69,2 milhões de endividamento de longo prazo. Em 31 de dezembro de 2006, 96% do nosso endividamento era expresso em reais, e o saldo remanescente de 4% era expresso em moedas estrangeiras. A tabela abaixo resume nosso endividamento em 31 de dezembro de 2006: Valor do Principal BNDES ................................... Crédito Rural.......................... Fundos Constitucionais........... Poupança Rural ...................... Empréstimo Externo ............... Total ..................................... 12.180 60.930 64.495 1.660 6.739 146.004 Valor do Juros Total (em milhares de R$) 887 13.067 2.480 63.410 11.485 75.980 9 1.669 174 6.913 15.035 161.039 Taxas (ao ano) 10,88% 8,94% 9,50% 12,50% 5,49% 9,02% Vencimento Final 12/03/2012 22/01/2008 01/10/2014 09/11/2007 09/08/2007 Endividamento de Curto Prazo O nosso endividamento de curto prazo sofreu uma redução de 36%, de R$143 milhões em 31 de dezembro de 2004 para R$92 milhões em 31 de dezembro de 2006, principalmente devido à valorização do real sobre o dólar e pela assunção da dívida de R$37 milhões por parte da Evaux. Compreendem nosso endividamento de curto prazo recursos provenientes do crédito rural, financiamento de custeios com recursos de fundos constitucionais, linhas para financiamento de capital de giro e as parcelas dos financiamentos de longo prazo que tenham vencimento em um período inferior a doze meses. 126 Endividamento de Longo Prazo Nosso endividamento de longo prazo sofreu um incremento de 77%, de R$39 milhões em 31 de dezembro de 2004 para R$69 milhões em 31 de dezembro de 2006. Este incremento no nosso endividamento deveu-se pelo aumento da captação de recursos com perfil de longo prazo, principalmente em linhas de financiamento de fundos constitucionais e de recursos do BNDES. Estas linhas de crédito são utilizadas para financiar nossos investimentos de expansão. Os principais programas do BNDES utilizados são o FINAME, FINAME AGRÍCOLA, BNDES AUTOMÁTICO, MODERINFRA e MODERAGRO e possuem custos pré-fixados ou pós fixados, estes indexados à variação da TJLP e, em algumas situações, à variação cambial. O prazo médio das nossas captações de longo prazo é de seis anos. Alguns de nossos instrumentos de dívida contêm certos compromissos que restringem a nossa capacidade e a capacidade de nossas subsidiárias a (i) incorrer em endividamento adicional, (ii) onerar direitos e propriedades, e (iii) incorporar ou vender ativos. Capacidade de Pagamento Em 31 de março de 2007, nossa Companhia registrou uma dívida líquida de R$138.078 mil. A relação Dívida Líquida / EBITDA era de 5,59 e a relação EBITDA / Despesa Financeira era de 3,57 em 31 de março de 2007. Em função do perfil de nossa dívida, e diante do fluxo de caixa gerado pelas nossas operações, consideramos que nossa dívida pode ser honrada sem dificuldades. Dispêndios de Capital A tabela abaixo descreve nossos investimentos de capital para os períodos indicados: Menos de Um Ano Empréstimos e financiamentos ............ Contratos de Arrendamento................ 91.833 3.918 Pagamentos Devidos em Um a Três Três a Cinco Mais de Anos Anos Cinco Anos (em milhares de R$) 47.083 20.410 1.713 7.569 7.552 12.248 Total 161.039 31.287 Transações Não-Contabilizadas Atualmente não possuímos transações não-contabilizadas, nem nos financiamos usando quaisquer acordos ou contratos de financiamento não contabilizados no nosso balanço patrimonial. Não temos quaisquer subsidiárias cujo capital social detemos majoritariamente, que não estejam expressas em nossas demonstrações financeiras. Tampouco temos qualquer interesse em, ou relação com, quaisquer entidades de propósito específico que não estejam refletidas em nossas demonstrações financeiras. Hedge Nós efetuamos operações de hedge para os riscos cambiais e de taxas de juros relacionados a financiamentos e empréstimos, investimentos e contas a receber de clientes, expressas em moedas estrangeiras, individualmente em cada operação por meio de instrumentos derivativos, tais como os contratos de swap (dólar para CDI ou para taxas de juros pré-fixadas ou vice-versa), opções, contratos de futuros negociados na BM&F e contratos a termo. O valor ideal (notional amount) de tais contratos é somente registrado na nossa memória de cálculo. Os resultados das negociações de balcão contratadas com uma data de vencimento futura não estão registrados contabilmente, pois consideramos como fato gerador para contabilização das operações de hedge a realização do resultado objeto da operação. 127 Divulgações Quantitativas e Qualitativas sobre os Riscos de Mercado Estamos expostos a riscos de mercado resultantes de nossas atividades comerciais normais. Tais riscos de mercado, que estão fora do nosso controle, envolvem principalmente a possibilidade de que as alterações nas taxas de câmbio e preços dos nossos principais produtos irão afetar negativamente o valor dos nossos ativos financeiros e dos nossos passivos ou fluxos de caixa ou rendimentos futuros. O risco de mercado consiste em um possível prejuízo decorrente de alterações adversas nas taxas e preços de mercado. Risco dos Preços dos nossos Produtos Nossos produtos são commodities e têm a característica de serem cotados em dólares norte-americanos, em Bolsas internacionais, tais como NYBOT e CBOT. A oscilação destes preços está associada às condições mundiais de oferta e demanda dos produtos. Nossa estratégia de proteção contra a variação dos preços consiste na fixação de aproximadamente 50% a 70% dos preços dos nossos principais produtos até período de colheita. Estas fixações são executadas atendendo uma rentabilidade mínima definida estrategicamente com base nas projeções do nosso custo de produção unitário. Os principais instrumentos de hedge são vendas a termo com nossos clientes e utilização de contratos futuros e de opções, negociados em ambiente de bolsa de mercadoria ou balcão. Entendemos como necessário para a continuidade do nosso negócio a manutenção da nossa atual política de proteção. Com base em preços históricos observados em nossas fazendas, uma variação de 10% na cotação do preço da soja na CBOT resultaria em uma variação de aproximadamente 7,1% nos preços finais de nossas fazendas. Considerando os dados de faturamento da Soja no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2006, representaria em uma variação de R$5,2 milhões em nosso faturamento. Com base em nossos preços históricos de vendas, uma variação de 10% na cotação do preço do Algodão na NYBOT resultaria em uma variação de aproximadamente 4,7% nos preços finais em nossas fazendas. Considerando os dados de faturamento do Algodão no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2006, representaria em uma variação de R$5,1 milhões em nosso faturamento. Uma variação de 10% na cotação do preço do café na BMF resultaria em 10% nos preços finais em nossas fazendas. Considerando os dados de faturamento do café no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2006, uma variação de 10% na cotação do produto resultaria em uma variação de R$549 mil em nosso faturamento. O mercado Brasileiro de milho não reflete integralmente o comportamento dos preços internacionais de milho, e quando acontece normalmente à transferência de preços entre mercados é lenta. Dessa forma o preço fica mais condicionado as condições locais de oferta e demanda. Considerando os dados de faturamento do Milho no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2006, uma variação de 10% na cotação do produto resultaria em uma variação de R$1,8 milhões em nosso faturamento. Risco da Taxa Cambial A maior parte da nossa receita é cotada em dólares. Portanto, estamos expostos a um risco da variação cambial que poderá afetar diretamente nossa margem. Nossa exposição na moeda norte-americana é amortecida parcialmente pelo nosso endividamento e pela parte dos nossos custos atrelados a esta moeda. Atuamos constantemente no monitoramento do mercado de câmbio, da nossa exposição cambial e na execução de operações que visam proteger a nossa lucratividade. Para reduzirmos nossa exposição cambial utilizamos instrumentos financeiros de hedge. Nossa política de hedge é pautada na lucratividade da nossa operação, expressa pelos preços dos nossos produtos e nosso custo de produção. 128 Se tomarmos como exemplo nossa receita bruta de R$228 milhões do exercício 2006 e considerarmos que não tivéssemos realizado operações de hedge, uma valorização de 10% do real frente ao dólar teria um impacto negativo de R$19 milhões em nossa receita bruta deste exercício. Visando reduzir essa exposição à variação do câmbio, utilizamos instrumentos de hedge que em 31 de março de 2007 totalizavam US$65 milhões, destinados à proteção da nossa receita bruta prevista para o decorrer do exercício 2007. Risco Referente à Taxa de Juros Temos endividamento com taxas de juros fixas e variáveis e portanto, estamos expostos ao risco de variações na taxa de juros. O risco referente à taxa de juros é o impacto nos nossos resultados financeiros resultante de um aumento na taxa de juros na nossa dívida de taxa variável indexada à LIBOR, TJLP, TR, IGP-M e CDI. Com base no baixo nível do nosso endividamento com taxas de juros variáveis um aumento hipotético de 10% nestas taxas teriam um impacto pouco significante no nosso resultado. Eventos Recentes Em 24 de maio de 2007, celebramos com a International Finance Corporation (“IFC”) uma carta-mandato relativa a um empréstimo no valor de até US$40 milhões, com prazo de até 10 anos, incluindo três anos de carência, para o financiamento de investimento destinado ao aumento da área plantada e expansão de nossa capacidade de produção de algodão. A concessão do empréstimo está sujeita à avaliação pela IFC de nossa Companhia e do projeto, incluindo a realização de diligências, inclusive ambientais, e a negociação dos contratos definitivos, de forma que não podemos assegurar que tal financiamento será concedido. Custos Relacionados à Oferta Os custos incorridos por nós com a Oferta são estimados em R$27,71 milhões e serão contabilizados em nossas demonstrações financeiras relativas ao trimestre findo em 30 de junho de 2007, afetando o resultado de nossas operações. Para outros dados a respeito, vide “Informações sobre a Oferta – Custos de Distribuição”. 129 VISÃO GERAL DO MERCADO AGRÍCOLA O agronegócio é o setor da economia tradicionalmente responsável pela produção de alimentos e, recentemente, pela produção de matéria prima para a geração de energia. De acordo com dados da ONU, em 2030, a população mundial será de aproximadamente 8,3 bilhões de pessoas, comparada à população atual de 6,5 bilhões. Tal aumento na população mundial, além da melhoria esperada para os indicadores de consumo per capita, contribuirão diretamente para o aumento no consumo de alimentos e de energia ao redor do planeta. Nesse sentido, acreditamos que a agricultura terá uma responsabilidade cada vez maior no papel de suprir as necessidades das pessoas em alimentos e fontes de energia renováveis. Mercado Agrícola Global O crescimento da população mundial e o crescimento econômico devem provocar o aumento no consumo de produtos agrícolas especialmente em países em desenvolvimento, que apresentam uma demanda reprimida. De acordo com o Banco Mundial, a renda per capita em países em desenvolvimento deverá passar dos atuais U$4.800 por ano para U$11.000 por ano em 2030, e nesses países a classe média, com famílias com uma média de 4 pessoas e que ganha entre U$16.000 e US$68.000 ano, aumentará de 400 milhões em 2005 para 1,2 bilhões de pessoas em 2030, o que representará 15% do total da população mundial, que deverá participar ativamente do mercado global. À medida que ocorrer o aumento da renda per capita mundial, especialmente em países com renda per capita baixa, existe uma tendência de incremento no consumo de alimentos. Segundo a Food and Agriculture Organization (“FAO”), também deve haver um aumento no consumo de cereais, de 52% entre 1997-99 e 2030, quando o consumo deverá atingir aproximadamente 2,83 bilhões de toneladas. Situação Atual (1997-1999)..... Situação Futura (2030) ............ População (Milhões de pessoas) 5.880 8.227 Consumo de Cereais no Mundo Consumo de Cereais* Aumento Demanda -% (Milhões de ton) 1.864 – 2.830 52 Consumo (Kg/pessoa por dia) 0,87 0,94 *Arroz, trigo, milho, sorgo, cevada, etc. Fonte: ONU, 2005 e FAO, 2003. Um fator que deve influenciar na utilização de produtos agrícolas para a produção de biocombustíveis é o fato de que preços do petróleo vem aumentando nos últimos dois anos, especialmente pela concentração da produção em poucos países. Nesse período, ficou evidente a probabilidade que qualquer queda no preço, será contrabalançada pela redução da disponibilidade do petróleo no mercado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (“OPEP”), que se esforçará para que o preço do petróleo permaneça em um patamar elevado. A redução do preço do petróleo também é impedida pelos custos cada vez maiores de extração do produto, o crescimento econômico mundial consistente e a forte demanda de países como a China. O Mercado Agrícola Brasileiro Acreditamos que o Brasil apresenta condições para ocupar maior espaço no cenário internacional de produção de alimentos e biocombustíveis, pois tem vantagens competitivas quando comparado aos demais países produtores agrícolas do mundo. Tal competitividade deve-se aos fatores ambientais favoráveis a produção, à tecnologia desenvolvida pelos centros de pesquisas, à diversidade climática existente no País, à grande abundância de terras para o cultivo, à boa qualidade dos solos, topografia plana, entre outros fatores. Segundo o MAPA, o Brasil é um dos líderes mundiais na produção e exportação de vários produtos agropecuários em termos de volume. Em 2005 foi o primeiro produtor e exportador de café, açúcar, álcool e sucos de frutas, também segundo o MAPA. Além disso, liderou o ranking das vendas externas de soja, carne bovina, carne de frango, tabaco, couro e calçados de couro, entre outros. Ainda segundo o MAPA, o Brasil tem potencial para se tornar um país líder na produção de biocombustíveis, produzidos a partir de cana-de-açúcar e óleos vegetais, além de algodão, milho, arroz, frutas frescas, cacau, castanhas, nozes, suínos e pescados. 130 Atualmente, segundo a Conab, o Brasil utiliza 46 milhões de hectares com a agricultura. Segundo estimativas do MAPA, o potencial total de terras para exploração no Brasil é 388 milhões de hectares, dos quais, 106 milhões ainda não foram explorados. A tabela abaixo evidencia as estimadas áreas plantadas no Brasil e a evolução ocorrida entre uma safra e outra: Brasil Estimativa de Área Plantada Safras 2005/2006 e 2006/2007 SAFRA 2006/07 2005/06 (a) CULTURA Algodão............................................ Amendoim Total ............................... Amendoim 1ª Safra....................... Amendoim 2ª Safra....................... Arroz ................................................ Aveia ................................................ Centeio............................................. Cevada ............................................. Feijão Total ....................................... Feijão 1ª Safra ............................... Feijão 2ª Safra ............................... Feijão 3ª Safra ............................... Girassol............................................. Mamona ........................................... Milho Total ....................................... Milho 1ª Safra ............................... Milho 2ª Safra ............................... Soja .................................................. Sorgo................................................ Trigo ................................................. Triticale ............................................. Brasil................................................. 856,2 113,1 81,8 31,3 2.996,2 356,8 4,3 142,9 4.223,6 1.233,3 2.051,3 939,0 66,9 147,9 12.963,9 9.652,8 3.311,1 22.229,3 731,9 2.361,8 131,1 47.325,9 Mar/2007 (b) Abr/2007 (c) 1.046,9 101,3 70,0 31,3 2.997,4 321,4 4,3 93,3 4.276,0 1.338,4 1.998,6 939,0 80,9 209,1 13.350,8 9.475,1 3.875,7 20.580,5 722,2 1.758,0 107,7 45.649,7 1.065,3 103,5 74,6 28,9 2.977,0 321,4 4,3 93,3 4.276,4 1.329,3 2.008,1 939,0 80,9 203,3 13.606,0 9.511,9 4.094,1 20.685,8 692,9 1.758,0 107,7 45.975,9 VARIAÇÃO Percentual Absoluta c/a c-a 24,4 (8,5) (8,8) (7,7) (0,6) (9,9) – (34,7) 1,3 7,8 (2,1) – 20,9 37,5 5,0 (1,5) 23,6 (6,9) (5,3) (25,6) (17,8) (2,9) 209,1 (9,6) (7,2) (2,4) (19,2) (35,4) – (49,6) 52,8 96,0 (43,2) – 14,0 55,4 642,1 (140,9) 783,0 (1.543,5) (39,0) (603,8) (23,4) (1.350,0) Fonte: CONAB – Levantamento: Abr/2007. Milho Algodão em Caroço Soja 2005/06 4.000 2003/04 O desenvolvimento científico-tecnológico e a modernização da atividade rural, obtidos por intermédio de pesquisas e da expansão da indústria de fertilizantes, defensivos e de máquinas, contribuíram igualmente para transformar o País numa das principais plataformas mundiais do agronegócio segundo o MAPA. O gráfico abaixo demonstra a evolução da produtividade de algodão, milho e soja no Brasil, em cada um dos anos-safra mencionados. 3.500 3.000 2.000 1.500 1.000 500 Fonte: CONAB 131 2004/05 2002/03 2001/02 2000/01 1999/00 1998/99 1997/98 1996/97 0 1995/96 Kg/ha 2.500 O conhecimento e a tecnologia são elementos imprescindíveis ao crescimento sustentável do agronegócio do Brasil. A Embrapa tem papel fundamental no desenvolvimento de pesquisas e na produção de novas técnicas agrícolas e pecuárias, além de contribuir com a agroindústria. Reconhecida como uma das grandes responsáveis pelo aumento da produção brasileira de grãos, a Embrapa lidera o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (“SNPA”). Essa rede engloba, além de nossas unidades de pesquisa e desenvolvimento, centros de pesquisa agropecuária estaduais, algumas universidades brasileiras e outras instituições privadas. Também faz parte do sistema os Laboratórios Virtuais no Exterior (Labex) da Embrapa, implantados atualmente nos Estados Unidos e na Europa (França). Produção Agrícola Com um clima diversificado, topografia relativamente plana, chuvas regulares e energia solar abundante, o Brasil dispõe de terras agriculturáveis férteis e de alta produtividade. O crescimento da produção de soja no Cerrado da região Centro-Oeste do Brasil é um exemplo do potencial e do aumento de produção no setor agrícola brasileiro. Tal crescimento foi em grande parte alcançado por meio de desenvolvimento de novas tecnologias (fertilização e variedades especiais de sementes), adoção de técnicas de melhoramento e correção do solo, bem como o cultivo de variedades apropriadas ao clima e ao solo da região. O mapa abaixo apresenta as principais bacias hidrográficas brasileiras, bem como a região coberta pelo Cerrado, principal fronteira agrícola do País: Fatores Ambientais A temperatura, volume de precipitação, bem como o tipo de solo, topografia e elevação são, entre outros, fatores decisivos para determinar a viabilidade da produção e os potenciais retornos financeiros no agronegócio. Algodão O Brasil é um país com grande volume e distribuição regular de chuvas, o que permite que o os produtores nacionais atinjam alta produtividade e produzam algodão de alta qualidade. Segundo o USDA, em 2005/06, a produtividade média brasileira somente foi menor que a média australiana, entre os principais países produtores e exportadores. No entanto, a produção australiana é irrigada, o que aumenta o custo de sua produção. Soja Diferente do algodão, a soja somente atinge altas produtividades quando houver elevado suprimento de água durante todo o ciclo da cultura. Os dados meteorológicos da Somar Meteorologia mostram que no Brasil, especialmente no Cerrado, chove mais que nos Estados Unidos e na Argentina, por isso a produtividade Brasileira na região do Cerrado tem sido superior à média destes países. 132 Milho O milho é uma cultura com grande necessidade de água, especialmente no estágio de floração e enchimento de grãos. O regime de chuvas tem sido um fator diferencial da produtividade de milho na região do Cerrado. Os dados meteorológicos da Somar Meteorologia mostram que no Cerrado chove mais que nos Estados Unidos e na Argentina. Por isso, com o avanço tecnológico, o Cerrado brasileiro pode alcançar produtividade similares às obtidas pelos americanos e argentinos. A grande vantagem competitiva do Brasil é que o mesmo apresenta condições climáticas para a utilização da segunda safra, diferente dos Estados Unidos e Argentina, onde não há esta possibilidade. Café Os cafés mundiais de melhor qualidade são produzidos nas regiões com maior altitude, onde a temperatura noturna é baixa, proporcionando excelente qualidade de bebida. O Brasil possui diversas regiões produtoras do café, muitas das quais, incluindo as regiões de Cerrado, possuem excelentes condições em termos de clima, topografia, solo e altitude, que garantem a produção de cafés de excelente qualidade. Custo de Produção Competitivo Acreditamos que o Brasil seja um dos países que mais agrega vantagens competitivas na produção de grãos e algodão. Entendemos que isto decorre de diversos fatores, como a existência de grandes áreas a preços relativamente baratos quando comparados com áreas agrícolas similares em outros países e de fatores ambientais favoráveis, tais como estações chuvosas, níveis pluviométricos e solo com alto potencial produtivo. A utilização de tecnologia, como emprego de técnicas de adubação e correção de solo e espécies de sementes e mudas mais apropriadas para determinadas condições de clima e solo, poderá contribuir também de forma importante para a competitividade do País no mercado agrícola mundial. Prêmio Equalizador Pago ao Produtor - PEPRO O PEPRO é o programa do Governo Federal que visa garantir ao produtor rural um preço mínimo na comercialização de sua produção. Para participar do programa, o produtor precisa estar cadastrado no sistema de fornecedores do governo federal, denominado SICAF, e estar em dia com todas as obrigações fiscais, atestando a regularidade através de certidões de negativas. Após, o produtor deve participar dos leilões promovidos pela CONAB, onde ocorre a negociação entre vendedor e comprador do produto através de lances, até que se equilibre oferta e demanda. Após o leilão, a conclusão da operação, pela entrega do produto e recebimento por parte do cliente, deve ocorrer de acordo com as normas da CONAB, respeitando prazos, indicação nos documentos fiscais etc. Para o recebimento do prêmio, a documentação deve ser enviada à CONAB, que atesta se o procedimento foi feito de acordo, e então faz a liberação do pagamento do prêmio ao produtor rural. Segundo diretriz do Governo, o programa pode ser utilizado quando o custo de produção nacional está acima do preço de venda. 133 Infra-Estrutura A infra-estrutura de transportes do Brasil tem grande espaço para melhorias. O Brasil possui uma longa costa com muitos portos marítimos, mas, a maioria das exportações agrícolas é embarcada por meio dos três principais portos do País – Santos, Paranaguá e Rio Grande. O principal entrave ao crescimento da participação dos produtos brasileiros no mercado mundial é o preço do frete. No Brasil, esse preço é elevado, principalmente devido a deficiência na infra-estrutura de transportes. Tal deficiência de transportes foi causada pelo baixo investimento público nas últimas décadas e pelo desbalanceamento da matriz de transportes no Brasil, na qual o transporte rodoviário possui uma participação excessiva, se comparada a outros países de dimensões continentais, como mostram os gráficos abaixo. Extensão territorial — terrestre (m ilhões de km ²) M atriz de transportes 1) Rússia Índia 50% Canadá 46% Austrália 43% EUA 43% Brasil 8% 11% 81% 24% Ferroviário Rússia Índia 50% 43% 53% 32% 62% R odoviário 17,0 3,0 Canadá 11% Austrália 4% EUA 25% Brasil 14% 2) 9,2 7,6 9,2 8,5 Aquaviário N ota: 1) Não considera transporte dutoviário e aéreo. 2) Extensão territorial total descontada das áreas cobertas por água Fonte: C IA Factbook 2003; Ministério dos Transportes; IBG E; GEIPOT 2000, ANTT A priorização dos modais ferroviário e aquaviário em países de dimensões continentais deve-se às vantagens que estes tipos de meios de transporte oferecem em trajetos de média e longa distância. Quando comparados ao transporte rodoviário, os modais ferroviário e aquaviário são superiores em eficiência energética, eficiência ambiental, custos de operação e capacidade de transporte. O transporte rodoviário de cargas em rotas de média e longa distância é sensivelmente menos eficiente em relação aos ferroviário e aquaviário, principalmente em relação ao consumo de combustível, emissão de poluentes e capacidade de transporte. No Brasil, iniciativas para disciplinar o transporte rodoviário de cargas, como a determinação de procedimentos de registro e fiscalização do transportador, seja ele uma empresa de transporte, uma cooperativa ou mesmo um transportador autônomo, a retomada do processo de licitação de novos trechos de rodovias federais e o estabelecimento de Parcerias Público-Privadas (PPPs) para a gestão de rodovias, devem contribuir para reduzir as distorções que aumentam a competitividade do transporte rodoviário em rotas de média e longa-distâncias. Ademais, diversos projetos destinados a facilitar o transporte de produtos agrícolas para os portos foram recentemente concluídos ou estão em curso. Por exemplo, a hidrovia Madeira-Amazonas entrou em operação em 1997, melhorando significativamente o transporte do oeste para o Centro-Norte do País. A expansão da ferrovia Norte-Sul Carajás por meio de uma parceria público-privada e a privatização da rodovia BR 163, que liga Cuiabá ao Porto de Santarém, são dois projetos prioritários, conforme divulgado pelo Ministério dos Transportes. Além disso, o Governo Federal tem demonstrado interesse em investir na infra-estrutura de transportes no Brasil, o que acreditamos irá contribuir para o crescimento da indústria de serviços intermodais. Podemos citar como exemplo desse interesse do Governo Federal o Programa de Aceleração do Crescimento (“PAC”) anunciado recentemente que estabeleceu os projetos prioritários para a área de logística no período 2007-2010, que utilizarão recursos públicos e privados para sua implementação. 134 A previsão do Governo Federal é que sejam investidos R$58,0 bilhões em todos os modais de transporte, conforme mostra a tabela abaixo. O plano prevê, dentre outras ações, a recuperação, duplicação e construção de 45,3 mil km de rodovias, a construção de 2,5 mil km de ferrovias e a recuperação e modernização de 12 portos. Modal Investimento Previsto (R$Bilhões) 33,4 7,9 2,7 3,0 0,7 10,6 58,3 Rodovias ................................................................................................ Ferrovias ................................................................................................ Portos .................................................................................................... Aeroportos............................................................................................. Hidrovias................................................................................................ Marinha Mercante ................................................................................. TOTAL................................................................................................... Não há como assegurar, no entanto, que os referidos investimentos serão realizados ou que os projetos de infra-estrutura propostos serão concluídos ou trarão qualquer espécie de benefício aos negócios da nossa Companhia. Mercado Internacional de Nossos Produtos Algodão O algodão é a principal fibra têxtil natural consumida no mundo. Segundo o International Cotton Advisory Committee (ICAC), em 2006, seu market share sobre o total de fibras têxteis (naturais, artificiais e sintéticas) consumidas no mundo era de aproximadamente 40%. Para o Brasil, em 2005, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), o market share do algodão sobre o consumo industrial de todas as outras fibras ficou em torno de 60%. Na safra 2005/06 foram cultivados no mundo 34,47 milhões de hectares de algodão, totalizando uma produção de 24,81 milhões de toneladas de algodão em pluma, tendo o Brasil uma participação de 4,12% sobre este volume, segundo informações do USDA. De acordo com a Conab, durante o período de 5 anos findo na safra 2004/2005, a área plantada com algodão no Brasil cresceu em média aproximadamente 9,3% por ano, e a produção total de algodão em pluma cresceu em média aproximadamente 16% por ano. Acreditamos que o crescimento acelerado, tanto em termos de área plantada como volume produzido, é baseado em uma atividade de grande escala e intensiva tecnologia. A tabela abaixo indica o aumento da área plantada de algodão no Brasil nos anos-safra indicados: 2003/2004 2004/2005 824 868 748 735 1.100 1.179 700 850 939 1.081 766 1.025 848 1.153 1.309 1.190 1.299 1.101 1999/2000 Área Plantada (1.000 Ha) ... Produção de Algodão em Pluma (1000 Ton)............ Produtividade (Kg/Ha)......... 2000/2001 Algodão 2001/2002 2002/2003 Fonte: Conab 135 O gráfico a seguir indica o aumento da produtividade do algodão (em pluma) no Brasil: 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 - 1995/96 1996/97 1997/98 1998/99 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 Fonte: Conab Preço O preço do algodão tem alta volatilidade e o produto é especialmente negociado na New York Board of Trade (“NYBOT”). Esta bolsa serve como uma forte referência para a formatação dos preços do produto em qualquer local do mundo. No Brasil existe também a Bolsa de Mercadorias & Futuros (“BM&F”). A formação do preço FOB do algodão em pluma na exportação é baseada no preço futuro da NYBOT, acrescido ou decrescido de um diferencial (basis), dependendo da qualidade do produto que está sendo negociado, do local de entrega da mercadoria, e por variáveis de mercado influenciadas por questões de oferta e demanda mundial e nacional. O diferencial de preços também reflete a composição de custos logísticos, margens, despesas de bolsa, entre outros, envolvidos na operação de comércio internacional. No mercado interno, os preços em dólar estão cada vez mais correlacionados com os de exportação, e tendem a seguir a liquidação de preços no mercado internacional, com diferenciais locais que variam desde o local de entrega, qualidade, oferta e demanda local, oportunidades de importação, entre outros. Existe um indicador de preços spot no mercado doméstico calculado pelo indicador CEPEA/ESALQ, que reflete a condição dos negócios efetuados diariamente, calculados para a entrega em São Paulo. 136 Os ganhos de produtividades da cultura do algodão verificados nos últimos anos aumentaram a oferta e diminuíram os custos de produção em vários países. Embora os preços do algodão tenham sido pressionados nos últimos 3 anos, em função de boas safras ao redor do mundo, a perspectiva para o mercado de algodão continua sendo positiva, uma vez que a demanda têxtil encontra-se aquecida, alem do fato de estar havendo uma forte concorrência por áreas de cultivo entre o algodão e as demais culturas, especialmente soja e milho, uma vez que são grãos que estão sofrendo uma elevação na demanda, por serem potenciais matérias primas para produção de biocombustíveis. A grande expansão projetada para a utilização de grãos e oleaginosas na produção de biocombustíveis e no consumo alimentar, estão estimulando um forte aumento nos preços das commodities. Abaixo segue gráfico dos preços do algodão na Bolsa de New York, obtido em 9 de março de 2007. 120 110 Centavos de US$/Libra 100 90 80 70 60 50 40 30 Fonte: NYBOT/CMA 20 10 0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Comercialização, Vendas, Mercados e Concorrência O algodão produzido no Brasil é comercializado principalmente para indústrias têxteis e tradings internacionais que atuam no mercado brasileiro Nos últimos anos, o Brasil voltou a se destacar como exp0rtador de algodão, principalmente pelo volume e a qualidade da fibra ofertada ao mercado. Abaixo segue o gráfico com a evolução da exportação do algodão em pluma no Brasil. 500 450 400 300 250 200 150 100 50 Fonte: USDA 137 2006/07 2004/05 2000/01 2002/03 1996/97 1998/99 1994/95 1990/91 1992/93 1986/87 1988/89 1984/85 1982/83 1980/81 1976/77 1978/79 1974/75 1970/71 1972/73 1966/67 1968/69 1964/65 1960/61 0 1962/63 1000 toneladas 350 Uma vantagem do algodão para o produtor brasileiro é que, devido ao seu maior valor agregado comparado a soja e ao milho, é possível plantá-lo em regiões mais distantes do mercado consumidor. O custo do frete, que muitas vezes pode ser proibitivo para as demais culturas, não é tão significativo para o algodão, devido ao maior valor por peso comparado a outros produtos agrícolas. Além da qualidade, uma das grandes mudanças no setor de algodão brasileiro é o aumento considerável na produtividade. Nas novas zonas de produção no cerrado, produtores, atingem elevados rendimentos por hectare produzido. Esta produtividade é uma das maiores no mundo atualmente. O gráfico abaixo ilustra a produtividade de algodão em pluma nos principais países produtores nos períodos indicados. 2.200 2000/01 2.100 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2.000 1.900 1.800 1.700 Produtividade (kg por hectare) 1.600 1.500 1.400 1.300 1.200 1.100 1.000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Mundo Austrália China Brasil Estados Unidos Uzbequistão Paquistão India Fonte: USDA O mercado de algodão em pluma está ficando cada vez mais exigente e criterioso em relação a qualidade. A concorrência internacional e a constante evolução das indústrias têxteis fazem com que o produto comercializado tenha que ser de qualidade cada vez melhor. O maior produtor mundial e também maior consumidor de algodão é a China. Segundo o USDA (dados de abril de 2007), na Safra 2006/07 a produção da China ultrapassou 30 milhões de fardos, e o seu consumo cresceu a passos mais rápidos, atingindo 50 milhões de fardos, gerando necessidade de compra no mercado internacional. Acreditamos que a produção mundial continuará se beneficiando dos avanços tecnológicos que estão resultando em melhor produtividade com redução de custo. Os transgênicos deverão impulsionar os índices de produtividade e produção. O Brasil provavelmente vai ganhar mais nos próximos anos com o uso da biotecnologia, já que está apenas no início da adoção de tal tecnologia, ao contrário de seus principais concorrentes, que já usam a biotecnologia há mais tempo. Acreditamos que a demanda por algodão deverá ser forte nos próximos anos, se o crescimento econômico mundial continuar ocorrendo de forma consistente. Existe uma alta correlação entre o crescimento da demanda dos produtos têxteis e o crescimento da economia mundial. Apesar dos altos preços do petróleo, problemas políticos e de desastres naturais, a economia mundial vem superando as expectativas em termos de crescimento, com consistente produção industrial, comércio internacional, investimentos e confiança do consumidor e das empresas. O consumo de têxteis em muitos países ainda é pequeno, e à medida que a renda per capita vai aumentando, é provável que o consumo de têxteis também venha a aumentar, segundo as projeções do ICAC. 138 As fibras naturais, como o algodão, deverão continuar enfrentando a concorrência das fibras sintéticas. Entretanto, com os altos preços do petróleo encarecendo a produção das fibras sintéticas (já que o petróleo é utilizado em sua produção), acreditamos que o algodão continuará a ter grande importância no mercado têxtil mundial. O contínuo crescimento de todo o mercado têxtil mundial contribuirá para que o mercado de algodão tenha um bom crescimento ao longo dos próximos anos. Além disso, o algodão possui importantes mercados onde tem a preferência por parte dos consumidores, para produtos como vestuário, toalhas e roupas de cama, entre outros. Soja Originária da China, a soja é hoje o principal grão do agronegócio brasileiro em termos de volume produzido, segundo a Conab. O país é o segundo maior produtor mundial da oleaginosa, com uma safra estimada em 57,96 milhões de toneladas e uma área plantada de 20,69 milhões de hectares no ano-safra 2006/2007, segundo a Conab. De acordo com o Secex, em 2003 o Brasil assumiu a liderança no mercado internacional do complexo soja (grãos, farelo e óleo), com exportações de aproximadamente U$8,1 bilhões e que superaram U$10 bilhões em 2004. De acordo com a Conab, durante o período de 5 anos findo na Safra 2004/05, a área plantada com soja no Brasil cresceu em média 11,6% ao ano e a produção aumentou em média 10,6% ao ano. A produtividade ao longo dos últimos 20 anos findos na Safra 2004/2005 vem subindo em média 2% ao ano. 3.000 2.500 Kg/ha 2.000 1.500 1.000 500 2005/06 2004/05 2003/04 2002/03 2001/02 2000/01 1998/99 1999/00 1997/98 1996/97 1995/96 1994/95 1993/94 1991/92 1992/93 1990/91 1989/90 1987/88 1988/89 1986/87 1985/86 0 Fonte - Conab A expansão do plantio de soja é um dos maiores exemplos do potencial e vocação agrícola brasileira. Até a década de 80, as lavouras da oleaginosa se concentravam nos estados do Sul (Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina). Graças ao desenvolvimento de cultivares adaptados ao solo e ao clima das diferentes regiões brasileiras, a soja se espalhou também pelo Centro-Oeste, nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e no Distrito Federal, além de parte do Nordeste (principalmente no oeste da Bahia e no sul do Maranhão e do Piauí). A soja expandiu-se por todo o Cerrado brasileiro, chegando hoje aos distantes Estados do Maranhão, Piauí e Pará. Exemplo da competitividade do Brasil no mercado mundial, o sucesso da soja decorre, entre outros, do desenvolvimento de pesquisas e tecnologias inovadoras adaptadas à região tropical; novos cultivares e agro-químicos, mecanização, técnicas de plantio direto, entre outras. 139 A soja em grãos é utilizada em indústrias de esmagamento, que após processar o produto têm como produtos derivados o óleo de soja e o farelo de soja, os quais são utilizados na indústria alimentícia, de rações e de biocombustíveis, entre outros. A soja não é um produto que apresenta diferenciação entre os produtores, mas é tipicamente uma commodity, com padrões de classificação universais que verificam apenas aspectos físicos do produto, como umidade, impureza e grãos avariados, presença de resíduos, entre outras. Com os patamares elevados do preço do petróleo, a soja e outros grãos passaram a ser consideradas insumos para produção de energia. Além dos altos preços do petróleo, a utilização de commodities energéticas tem aliados muito importantes para aumento do seu consumo. Entre eles, destacam-se o apelo ambiental, pelo fato de os biocombustíveis serem menos poluentes que os combustíveis fósseis, juntamente com a possibilidade de menor dependência de países consumidores em relação aos países produtores e exportadores de petróleo. Preço O preço da soja tem razoável volatilidade e o produto é especialmente negociado na Chicago Board of Trade (“CBOT”). A CBOT serve como uma referência para a formação dos preços do produto na maioria dos locais do mundo. O Brasil, por ser o segundo maior produtor mundial e o maior exportador mundial quando considerado todo o complexo (grão, farelo e óleo), tem forte interferência na formação mundial do preço da soja. O gráfico abaixo apresenta a variação do preço da soja na CBOT desde 1990. 11,00 10,50 10,00 9,50 9,00 8,50 8,00 6,50 6,00 5,50 5,00 4,50 4,00 3,50 3,00 2,50 Fonte: CBOT/CMA 140 20 07 20 06 20 05 20 04 20 03 20 02 20 01 20 00 19 99 19 98 19 97 19 96 19 95 19 94 19 93 19 92 19 91 2,00 19 90 US$/bushel 7,50 7,00 Os maiores produtores mundiais de soja são os Estados Unidos, o Brasil, a Argentina e a China, que na Safra 2005/06, segundo o USDA, em conjunto com outros produtores de escala menor produziram aproximadamente 220 milhões de toneladas da oleaginosa. O atual nível dos preços de petróleo viabiliza economicamente o uso da produção agrícola para energia e estimula positivamente o preço das commodities agrícolas relacionadas a esse segmento, especialmente a soja, milho, palma, colza, girassol, entre outros. A utilização de soja para produção do biodiesel é mais recente que a produção de etanol a base de milho e cana de açúcar, mas está se tornando economicamente viável e em muitos países já existem sólidos programas para produção de biodiesel a partir de soja e outras oleaginosas. Essa viabilidade também é resultado dos programas de subsídios para a sua produção em alguns países. Por outro lado, devido ao custo de produção mais elevado dos óleos vegetais por unidade de área em relação ao etanol de milho e de cana de açúcar, naturalmente a viabilidade do biodiesel poderia declinar mais rapidamente do que a viabilidade do etanol em caso de queda do preço do petróleo. Porém, programas de uso obrigatório do biodiesel, como o que está sendo implantado no Brasil pelo atual governo e que obriga a mistura de biodiesel à gasolina vendida no País, deverão incrementar a sua utilização ao redor do mundo. Além disso, baseada no número de usinas construídas e em fase de construção, a empresa de consultoria norte americana Informa Economics, prevê consumo de aproximadamente 100 milhões de toneladas de milho destinada a fabricação de etanol em 2008/09 e de 122 milhões de toneladas para 20011/12. Segundo a Informa Economics “Dados de Setembro/2006” a área de milho deverá crescer 10 milhões de acres nos próximos anos para garantir o abastecimento nos Estados Unidos. Como os Estados Unidos praticamente não têm terras disponíveis para expansão, essa área adicional de milho deverá ser absorvida de outras culturas como soja, algodão e trigo. O direcionamento dos Estados Unidos para o cultivo de milho nos próximos anos tornará provável a redução de área de plantio de soja naquele país. O USDA estima que a área de soja nos Estados Unidos permaneça próximo de 70 milhões de acres nos próximos anos, de forma que, mesmo mantendo-se os atuais níveis de produtividade, em 2007/08 os estoques deverão reduzir sensivelmente. Aliado a demanda de commodities para a produção de energia, também crescerá o consumo do milho e soja para alimentação, pois a população humana continuará a crescer e o poder aquisitivo dessa população tende a aumentar, destacadamente na Ásia, onde está o maior potencial de expansão de consumo de oleaginosas, cereais e carnes. O gráfico abaixo ilustra a demanda mundial de soja. 240,0 220,0 200,0 180,0 Milhões de toneladas 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 8 19 79 /8 0 19 81 /8 2 19 83 /8 4 19 85 /8 6 19 87 /8 8 19 89 /9 0 19 91 /9 2 19 93 /9 4 19 95 /9 6 19 97 /9 8 19 99 /0 0 20 01 /0 2 20 03 /0 4 20 05 /0 6 19 77 /7 4 19 75 /7 6 72 0 19 73 /7 19 71 / 19 69 /7 19 65 /6 6 19 67 /6 8 0,0 Fonte: USDA Dessa forma, o futuro da soja brasileira dependerá principalmente da sua competitividade no mercado global, e neste aspecto, especialmente na redução do alto custo logístico existente dentro do território nacional. 141 Milho De acordo com o USDA, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho em volume. A produção de milho do Brasil vem crescendo constantemente nas últimas décadas. Na Safra 2005/2006, a produção foi de aproximadamente 42,5 milhões de toneladas, subindo cerca de 100% em relação à produção da Safra 1980/81, segundo a Conab. Aproximadamente 12% da produção de milho do Brasil é destinada ao setor de alimentação no mercado doméstico, de acordo com os dados elaborados pela Abimilho – Associação Brasileira das Indústrias do Milho. O milho se caracteriza por se destinar tanto para o consumo humano e industrial, como por ser utilizado para a alimentação de animais. Segundo o USDA, os maiores produtores mundiais do cereal são os Estados Unidos, China e Brasil, que, em 2005/06, produziram: 282,3 milhões, 139,4 milhões e 41,7 milhões de toneladas, respectivamente. No Brasil o milho é produzido em praticamente todos os estados, porém praticamente 90% da produção se concentra na região Centro-Sul do País. O cereal é usado tanto diretamente como alimento, quanto para usos alternativos. A maior parte de sua produção é utilizada na alimentação animal para a producão de carne (bovina, suína e aves). A baixa produtividade média de milho no Brasil não reflete o bom nível tecnológico já alcançado por boa parte dos produtores voltados para lavouras comerciais, uma vez que as médias são obtidas nas mais diferentes regiões, em lavouras com diferentes sistemas de cultivos e finalidades. A produção de milho no Brasil tem se caracterizado pela divisão da produção em duas épocas de plantio. Os plantios de verão, ou primeira safra, são realizados na época tradicional, durante o período chuvoso. Nos últimos anos vem acontecendo a intensificação do cultivo de milho segunda safra, que vem alterando a participação de algumas regiões no panorama total de área plantada no Brasil. Essa cultura é plantada normalmente após a cultura principal de verão, quase sempre depois da soja precoce, predominantemente na região Centro-Oeste e nos estados do Paraná e São Paulo. Nos últimos anos, em algumas regiões vem se verificando uma redução de área plantada no milho de primeira safra, perdendo espaço para a soja, o que é parcialmente compensado pelo aumento dos plantios de segunda safra. O gráfico abaixo ilustra a produção de milho no Brasil nos períodos indicados. 38,0 36,0 34,0 32,0 30,0 Milho 1ª safra Milho 2ª safra 24,0 22,0 20,0 18,0 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 80 /8 1 19 81 /8 2 19 82 /8 3 19 83 /8 4 19 84 /8 5 19 85 /8 6 19 86 /8 7 19 87 /8 8 19 88 /8 9 19 89 /9 0 19 90 /9 1 19 91 /9 2 19 92 /9 3 19 93 /9 4 19 94 /9 5 19 95 /9 6 19 96 /9 7 19 97 /9 8 19 98 /9 9 19 99 /0 0 20 00 / 20 01 01 /0 20 2 02 / 20 03 03 / 20 04 04 / 20 05 05 /0 6 - 19 Milhões de toneladas t 26,0 e es d 28,0 Fonte: Conab 142 Segundo o USDA, na Safra 2005/06 foram cultivados no mundo 145,4 milhões de hectares de milho, totalizando uma produção de 695,2 milhões de toneladas de milho, sendo que desta o Brasil foi responsável por 6,0%. O uso do milho para a produção de etanol nos Estados Unidos vem aumentando aceleradamente a demanda por esse cereal, criando vários novos mercados para o produto brasileiro no mercado de exportação. As principais formas de utilização do milho no mundo são a sua destinação para a criação de aves e suínos. As previsões são de que a demanda mundial de carnes continue crescendo com o aumento populacional e com o ganho de rendas das pessoas. A posição líquida da balança comercial de milho do Brasil está atrelada ao desenvolvimento do setor de suinocultura e ao setor de avicultura crescentemente voltado para exportação (bem como ao crescimento dos rendimentos que os vem impulsionando). O governo brasileiro reconhece a importância de um abastecimento adequado de milho para o desenvolvimento de seus setores de suinocultura e avicultura. De acordo com a Conab, durante o período de 5 anos findo na Safra 2004/05, a área plantada com milho no Brasil diminuiu em média aproximadamente 0,8% ao ano e a produção total aumentou em média aproximadamente 4,7% ao ano. Acreditamos que esta redução de área plantada denota o avanço da soja e algodão em áreas anteriormente dedicadas à produção de milho. De forma geral, o milho compete com a soja pelas áreas com características semelhantes, o que propicia um movimento de ajuste de produção por parte dos produtores em função das perspectivas de rentabilidade de cada cultura. Preço O milho não apresenta um diferencial de preços entre o produto produzido por um ou outro produtor, pois é tipicamente uma commodity, com padrões de classificação em que são verificados apenas aspectos físicos do produto, como umidade, impurezas, ardidos e avariados. O milho é um dos produtos agrícolas negociados principalmente no mercado doméstico, embora seu volume transacionado internacionalmente seja relevante. No Brasil, até então, salvo alguns anos específicos, a produção tem sido em grande parte destinada ao atendimento do mercado doméstico. Esta situação, porém, começa a mudar a partir de agora em função da grande ampliação da produção de etanol nos EUA a partir do milho. O produto é especialmente negociado na CBOT, por meio dos contratos futuros denominados “Corn Futures” e na BM&F, por meio de contratos futuros denominados “Milho em Grão a Granel”. A CBOT serve como uma referência para a formação dos preços do produto em várias localidades do mundo. Os preços nas bolsas refletem os principais fatores fundamentais da oferta e demanda americana e mundial. No mercado brasileiro, na maior parte dos últimos anos, a formação do preço do milho para venda baseia-se nas condições de oferta e demanda regional e nacional. É um mercado bastante regionalizado, especialmente pelo seu menor valor agregado, o que implica numa forte interferência dos custos logísticos na sua precificação, sendo que em muitas vezes, não existe uma boa correlação entre os preços locais e aqueles negociados na CBOT e na BM&F. Já para a formação do preço do produto FOB porto, nos casos em que é destinado à exportação, a referência são os contratos futuros negociados na CBOT, acrescentado de um diferencial portuário, o qual poderá ser positivo ou negativo. Os custos logísticos específicos para cada unidade de produção são os valores que devem ser deduzidos para a obtenção do preço nelas a partir do porto. 143 O gráfico abaixo ilustra os preços do milho na CBOT nos períodos indicados. 5,60 5,40 5,20 5,00 4,80 4,60 4,40 4,20 4,00 US$/bushel 3,80 3,60 3,40 3,20 3,00 2,80 2,60 2,40 2,20 2,00 1,80 1,60 1,40 1,20 6 20 07 20 0 4 3 2 20 05 20 0 20 0 20 0 0 20 01 20 0 19 99 19 98 97 19 19 96 19 95 19 94 19 93 91 19 92 19 19 9 0 1,00 Fonte: CBOT/CMA No mundo, no ano-safra de 2005/06, de um total de aproximadamente 695,4 milhões de toneladas, cerca de 81 milhões de toneladas são comercializadas internacionalmente (aproximadamente 11,6% da produção total em 2006), que indica que o milho destina-se principalmente ao consumo interno na maior parte dos países. O baixo valor agregado sempre é uma das razões que restringem o comércio internacional do milho, fazendo com que os custos logísticos afetem muito a remuneração da produção obtida em regiões distantes dos pontos de consumo, reduzindo o interesse no deslocamento da produção a maiores distâncias e o seu comércio. O mercado mundial de milho é abastecido principalmente pelos Estados Unidos (54,5 milhões de toneladas de exportações no ano-safra 2005/06), seguido da Argentina (10,0 milhões de toneladas em 2005/06) segundo o USDA. A principal vantagem destes países é uma logística favorável, que pode ser decorrente da excelente estrutura de transporte (caso dos EUA), proximidade dos portos (caso da Argentina). O Brasil eventualmente participa deste mercado, porém, a valorização do real e a deficiência da estrutura de transporte até aos portos têm prejudicado o País na busca de uma presença mais constante no comércio internacional de milho. Esta situação poderá ser bruscamente alterada com o projeto de produção de etanol dos Estados Unidos, o qual vai destinar grande parte da produção para este fim, abrindo espaço no comércio internacional para outros países, como o Brasil. Nos EUA a produção de etanol a base de milho cresce de maneira tão rápida que já se consome mais milho para produção de álcool do que nas exportações. Segundo estimativas do USDA, a demanda de milho para produção de energia deverá crescer significativamente em poucos anos, e assim poderá alterar significativamente a dinâmica da demanda de grãos e oleaginosas ao redor do mundo, podendo estimular positivamente os preços das commodities agrícolas relacionadas a esses segmentos. Segundo a Informa Economics, a demanda de milho para a produção de etanol nos Estados Unidos poderá reduzir as exportações norte americanas nos próximos anos, que aliada a estimativa de forte demanda internacional pelo produto, poderá abrir um importante mercado de exportação para países produtores como Brasil e Argentina. Juntando-se a isso à crescente demanda do segmento de ração animal no Brasil, a produção brasileira de milho poderá ter um inédito ambiente para crescimento com preços remuneradores tanto no mercado internacional como no mercado interno. 144 Café O café está em processo de conquista de novos consumidores ao redor do mundo, especialmente nos mercados asiáticos e do leste europeu. Tanto as técnicas de produção como as de torrefação passam por um processo de melhorias significativas na qualidade, popularizando o conceito de “café gourmet”, com o objetivo de aumentar mundialmente a demanda por este produto. De acordo com a Conab, durante o período de 4 anos findo em 2005/06, a área plantada com café no Brasil aumentou em média aproximadamente 0,5% por ano, a produção total aumentou em média aproximadamente 8,6% ao ano e a produtividade média aproximadamente 6,9% ao ano. Em anos com restrição de oferta ou super-oferta, o mercado acaba sendo afetado, e os preços passam a representar esta condição de oferta e demanda. Exemplos desta situação, foram a geada em 1994 e a seca em 1997, as quais fizeram os preços do café subir acentuadamente naqueles períodos. Os lucros derivados desta elevação dos preços, atraíram investimentos e estimularam o aumento da área de cultivo e com isto a produção atingiu 48,48 milhões de sacas em 2002/03 segundo a Conab, o que causou a queda dos preços do produto. A partir de 2005 os preços do café voltaram a se recuperar, principalmente, pela menor produção no Brasil e redução dos estoques mundiais. Preço O preço do café arábica tem alta volatilidade e o produto é especialmente negociado na NYBOT e na BM&F. Estas bolsas servem como fortes referências para a formatação dos preços do produto em qualquer local do mundo. Os preços nas bolsas refletem os principais fatores fundamentais de oferta e demanda mundial. O Brasil, por ser o maior produtor e um dos maiores consumidores mundiais, tem forte interferência na formação mundial do preço do café. A formação do preço no mercado doméstico reflete a condição dos preços nas bolsas, além de um diferencial (basis), que pode ser positivo ou negativo, dependendo das condições de oferta e demanda no mercado brasileiro e internacional, além de ágios e deságios por qualidade e características especiais. A partir dos pontos de formação de preço no mercado brasileiro, normalmente o porto de Santos, os preços são formados até o interior, deduzindo despesas portuárias, fretes, impostos, armazenagem, entre outros. As praças de liquidação da BM&F são outros importantes pontos de formação de preço até os locais de produção. Certificados e destaques de qualidade resultam em prêmios sobre o preço de venda que variam durante o período de comercialização. A partir de 2005 houve uma recuperação dos preços do café na NYBOT, especialmente em função dos fortes ajustes nos estoques brasileiros. Com o consumo de café em alta no Brasil e no mundo, o estoque vem reduzindo ano após ano. Em 2000/01, o estoque final privado era de 31,14 milhões de sacas, já na safra de 2007/08 o estoque deverá passar para 3,08 milhões de sacas, segundo o primeiro levantamento de safra de dezembro de 2006 da Conab, solidificando os fundamentos e confirmando um cenário de aperto na oferta mundial para a próxima temporada. Dessa forma, apesar de alguma volatilidade, o mercado manteve-se em níveis mais altos e os fundamentos continuam positivos. 145 O gráfico abaixo ilustra as cotações do café na NYBOT nos períodos indicados. 280 260 240 220 200 US$ cents/libra 180 160 140 120 100 80 60 40 20 19 90 19 90 19 91 19 91 19 92 19 92 19 93 19 93 19 94 19 94 19 95 19 95 19 96 19 96 19 97 19 97 19 98 19 98 19 99 19 99 20 00 20 00 20 01 20 01 20 02 20 02 20 03 20 03 20 04 20 04 20 05 20 05 20 06 20 06 20 07 0 Fonte: NYBOT/CMA Segundo a OIC, a produção brasileira corresponde a aproximadamente uma terça parte da oferta mundial de café e é base para os blends de café do mundo inteiro pelas suas diversas características intrínsecas e qualidade de beneficiamento. Logo em seguida no ranking de maiores produtores vem o Vietnã, porém este, devido ao clima da região, destaca-se pela produção da variedade Conillon, cuja entrada in natura é restrita em alguns países importantes no quadro mundial de consumo. Em terceiro lugar, com grande destaque para a qualidade vem a Colômbia, com um volume de produção estagnado há uma década devido às suas limitações naturais de área produtiva. Segundo a ABIC, o Brasil consumiu 16,33 milhões de sacas de café em 2006, o que representa aproximadamente 14% da demanda mundial e mais de 50% do consumo interno de todos os 57 países produtores de café. Este consumo está muito próximo das previsões e expectativas da ABIC para o período, que eram de 16,5 milhões de sacas, portanto dentro do objetivo de atingir os 21 milhões de sacas ao ano em 2010. Para 2007/08, que terá uma safra menor, o consumo brasileiro poderá representar mais de 50% de todo o café produzido, que segundo a Conab, está atualmente estimada em 31,7 milhões de sacas. 146 NOSSAS ATIVIDADES Visão Geral da Nossa Companhia Acreditamos ser um dos maiores produtores agrícolas brasileiros em termos de área cultivada, com aproximadamente 117 mil hectares no ano-safra 2006/2007 (incluindo as culturas plantadas em segunda safra), uma produção de 354 mil toneladas no ano-safra 2005/2006 e receita líquida de R$211,1 milhões no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2006. Atualmente: • somos o segundo maior produtor de algodão em pluma do Brasil em termos de área plantada no ano-safra 2006/2007 de acordo com dados da ABRAPA, representando um aumento de 11% em relação ao ano-safra anterior; • acreditamos ser um dos grandes proprietários de terras no Brasil, com 135 mil hectares de terras próprias em 31 de março de 2007; e, no ano-safra 2005/2006, acreditamos ter sido: • o quarto maior produtor de soja do Brasil em termos de área cultivada, com uma produção de 184 mil toneladas; e • o quarto maior produtor de milho do Brasil em termos de área cultivada, com uma produção de 70 mil toneladas. Nos últimos cinco anos, a nossa produtividade média de algodão e soja, calculada em termos de volume produzido por hectare, foi 69% e 23% respectivamente, superior às respectivas produtividades médias dos Estados Unidos, principal exportador mundial de algodão e o maior produtor de soja do mundo, e 26% e 31% superior às respectivas médias de algodão e soja do Brasil, segundos dados da Conab, do USDA e da nossa Companhia. A tabela abaixo contém alguns de nossos principais indicadores financeiros e operacionais para os períodos indicados, extraídos de nossas demonstrações financeiras consolidadas: Dados Financeiros Exercício Social encerrado em 31 de dezembro de 2002 2003 2004 2005 2006 (em milhares de R$) 183.611 233.122 282.595 259.981 228.527 100.351 116.881 150.732 142.226 113.702 60.365 84.285 103.696 86.004 73.803 14.156 17.664 14.322 17.241 18.640 – 1.792 6.407 8.187 5.488 8.739 12.500 7.438 6.323 16.894 167.741 212.670 255.372 234.337 211.148 64.496 95.917 104.111 12.296 2.031 22.991 55.579 45.222 (3.405) (20.005) 69.163 95.311 102.691 39.454 24.705 Receita Bruta ............. Algodão ................. Soja ........................ Milho...................... Café ....................... Outros .................... Receita Líquida .......... Lucro Bruto................ Lucro Líquido ............. (1) EBITDA Ajustado ...... Margem EBITDA (2) Ajustada (%) ...... 41,23% (1) (2) 44,82% 40,21% 16,84% 11,70% Período de três meses encerrado em 31 de março de 2006 2007 (não auditados) 43.320 66.202 26.221 26.962 12.071 25.511 1.250 1.090 362 3.888 3.416 8.751 39.486 61.202 2.859 17.126 (1.715) 6.702 6.558 19.437 16,61% 31,76% O EBITDA é uma medição não contábil elaborada por nós, visando apresentar uma medida do nosso desempenho econômico operacional. O nosso EBITDA é definido como o lucro líquido antes dos impostos, das despesas financeiras líquidas, das despesas de depreciação e amortização. O EBITDA não é reconhecido pelos US GAAP e pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil, não representa o fluxo de caixa para os períodos apresentados, não devendo ser considerado como base para distribuição de dividendos, alternativa para o lucro líquido como indicador do desempenho operacional ou para o fluxo de caixa ou, ainda, como indicador de liquidez, tampouco é um indicador de performance. O EBITDA não possui um significado padrão e a nossa definição de EBITDA não pode ser comparada com o EBITDA apresentado por outras companhias. O EBITDA Ajustado é o EBITDA adicionado o resultado líquido das operações de hedge, resultado com equivalência patrimonial, participações de minoritários e reversão de juros sobre capital próprio. A Margem EBITDA Ajustado é o EBITDA Ajustado sobre a receita líquida. 147 Produção 2001/2002 2002/2003 Algodão Soja Milho Café Outros 76,3 139,7 54,6 – 43,3 74,0 167,0 55,4 1,9 50,9 Área Cultivada Própria 74,7 118,7 81,1 123,3 (3) Ano-safra(3) 2003/2004 (milhares de toneladas) 102,1 173,6 60,4 1,7 27,1 (milhares de hectares) 90,1 123,5 2004/2005 2005/2006 104,3 189,7 64,1 1,9 17,5 88,7 184,0 70,5 3,1 7,8 102,1 123,2 104,5 124,5 Por características inerentes à produção agrícola, nosso período produtivo é classificado como ano-safra. O ano-safra de cada cultura está diretamente associado ao comportamento do clima das regiões em que atuamos, compreendendo o processo de plantio, desenvolvimento e colheita. O resultado de um ano-safra é refletido em nossas demonstrações financeiras em mais de um exercício social. Aproximadamente 80% das receitas de um ano-safra ocorrem dentro do exercício social em que se realiza a colheita e o restante da receita ocorrerá no exercício seguinte. Vide “Apresentação das Demonstrações Financeiras”. Nossa gestão profissionalizada destaca-se no setor agrícola brasileiro por sua qualificação, em contraposição a administração familiar de muitos de nossos concorrentes locais. Ao longo dos nossos 30 anos de operações desenvolvemos ampla experiência no processo de identificação e aquisição de fazendas com potencial de valorização e alta produtividade. Além disso, optamos por expandir a nossa produção em várias fazendas, e nos especializamos em adquirir terras cultiváveis em diferentes regiões do Cerrado, que apresentam condições excelentes para o cultivo do algodão e grãos. Como resultado de nossa expansão, atualmente possuímos oito fazendas estrategicamente localizadas em cinco estados do Cerrado, onde os solos são profundos, bem drenados, com forte estruturação física e topografia plana, permitindo a utilização de máquinas de grande porte em todo o processo produtivo. O Cerrado é atualmente a região com melhor potencial produtivo do Brasil, e segundo a Embrapa, ainda há mais de 50 milhões de hectares disponíveis para expansão agrícola. Historicamente, investimos em pesquisa e desenvolvimento visando à diminuição de custos e melhoria de produtividade. Para isso, nos últimos três anos, destinamos ao desenvolvimento de pesquisa própria e por meio de convênios com a Embrapa e fundações estaduais de pesquisa: 675 hectares, R$2,4 milhões e equipe própria, formada por quatro agrônomos e quatorze técnicos agrícolas, o que nos permite acessar e participar das principais pesquisas e desenvolvimentos do setor. Nosso investimento em pesquisa e desenvolvimento nos proporciona um adequado ajuste no pacote tecnológico em termos de dosagem de fertilizantes e corretivos, escolha das melhores variedades de cada cultura, definição da melhor época de plantio e manejo mais adequado da cultura, resultando em maior produtividade. Por conta do nosso relacionamento de mais de 28 anos com a John Deere, incluindo uma joint-venture para a produção de colheitadeiras e tratores de 1979 a 1999, somos os primeiros no País a testar novas máquinas e implementos por ela desenvolvidos. Essa parceria nos ajudou a conquistar o domínio tecnológico que hoje nos diferencia no setor agrícola. 148 O mapa abaixo indica a localização das nossas fazendas, bem como de nossa administração central, áreas cultivadas e principais produtos: Fazenda Palmeira Localização: Buriti-MA Área Plantada: 3.957 hectares Principais Culturas: Soja Fazenda Planeste Localização: Balsas-MA Área Plantada: 19.422 hectares Principais Culturas: Soja, Algodão e Milho segunda safra São Luís Fazenda Planorte Localização: Sapezal-MT Área Plantada: 14.908 hectares Principais Culturas: Soja, Algodão e Milho segunda safra Fazenda Paiaguás Localização: Diamantino-MT Área Plantada: 29.052 hectares Principais Culturas: Soja, Algodão e Milho segunda safra Fazenda Parnaíba Localização: Tasso Fragoso-MA Área Plantada: 19.668 hectares Principais Culturas: Soja e Algodão Cuiabá Brasília Goiânia Fazenda Panorama Localização: Correntina-BA Não operacional Campo Grande Fazenda Planalto Localização: Costa Rica-MS Área Plantada: 18.954 hectares Principais Culturas: Soja, Algodão e Milho segunda safra Fazenda Pamplona Localização: Cristalina-GO Área Plantada: 11.266 hectares Principais Culturas: Soja, Algodão, Milho e Café Porto Alegre Administração Central Localização: Porto Alegre-RS Cerrado Brasileiro No ano-safra 2005/2006, aproximadamente 51% do total da nossa produção foi destinada ao mercado externo, enquanto 49% foi destinada ao mercado interno. O escoamento de nossa produção é realizado em parte por meio de uma frota contratada que faz a entrega aos nossos clientes e aos portos de onde são exportados nossos produtos, sendo que parte de nossa produção é retirada diretamente em nossas fazendas. Temos capacidade total de armazenagem em nossas fazendas de aproximadamente 50% dos grãos e 69% do algodão em pluma que produzimos, por ano-safra. Vantagens Competitivas do Brasil no Setor Agrícola O Brasil é um importante produtor mundial de commodities agrícolas e apresenta condições naturais favoráveis e vantagens competitivas para a produção de uma ampla gama de produtos: • Condições Ambientais Favoráveis. O setor agrícola brasileiro se beneficia das condições climáticas, geográficas e geológicas do País, que proporcionam solos com alto potencial produtivo, temperaturas estáveis, níveis adequados de precipitação ao longo do ano, grande disponibilidade de recursos hídricos e energia solar abundante. Esses fatores são determinantes para a constituição de um cenário propício ao cultivo de grãos e algodão com qualidade para atender ao mercado internacional. Nas áreas no Cerrado, as condições climáticas e o uso de tecnologias de solo permitem alta produtividade do algodão de qualidade, soja, milho, e café de qualidade. Além disso, em algumas regiões do País, ao contrário do que acontece nos principais países concorrentes do Brasil, é possível a colheita de duas safras em determinadas culturas (soja/milho, soja/algodão) ao longo do ano, o que garante um melhor aproveitamento da terra e a diluição da nossa estrutura de custo. 149 • Alto potencial de crescimento da produção. O Brasil é um dos poucos países que ainda possui grandes reservas de áreas agriculturáveis, com terras disponíveis a custos atrativos. Segundo o MAPA, o Brasil utiliza apenas 73% do potencial de 388 milhões de hectares da sua área disponível para a agropecuária, havendo, ainda, 106 milhões de hectares adicionais disponíveis tanto para a agricultura quanto para a pecuária. Em 2004, de acordo com informações divulgadas pelo MAPA, o Brasil participou com apenas 3,89% (em termos de receita das exportações) do comércio mundial do agronegócio e tem possibilidades de suprir uma parcela importante da demanda adicional futura de fibras, alimentos e biocombustíveis a preços competitivos. Os principais concorrentes do Brasil nos diversos segmentos que atuamos não possuem uma combinação tão vantajosa de áreas aptas não-cultivadas, recursos humanos e econômicos disponíveis, e domínio de tecnologias para produzir nessas terras ainda nãocultivadas. Adicionalmente, o uso do milho para a produção de etanol nos Estados Unidos vem aumentando aceleradamente a demanda por esse cereal, o que deverá reduzir as exportações norte-americanas de milho, podendo abrir um importante mercado de exportação para os países produtores de milho, como Brasil. • Baixo custo de produção. O custo de produção de commodities agrícolas no Brasil é baixo em comparação aos principais concorrentes, pois se beneficia (i) das condições ambientais favoráveis, com menor necessidade de investimentos em irrigação; (ii) da disponibilidade de terras agriculturáveis a preços baixos; (iii) do bom nível de desenvolvimento tecnológico; (iv) das economias de escala, geradas pelo alto volume de produção; e (v) do baixo custo de mãode-obra, o que contribui para a competitividade global dos produtores brasileiros no mercado internacional. • Escala e crescimento. Atualmente, segundo os dados do USDA, no ano-safra mundial 2005/2006, o Brasil é o quinto maior produtor de algodão; o segundo maior produtor e o maior exportador de soja (em todas as suas formas); o terceiro maior produtor de milho; e o maior produtor e exportador de café. Segundo dados da Conab, as produções anuais brasileiras de algodão, soja, milho e café cresceram, respectivamente, à média de 16,2%, 6,9%, 9,6% e 12,7% nos últimos cinco anos, incluindo-se as projeções do órgão para a safra de 2006/2007. Essas vantagens competitivas no mercado brasileiro resultam numa grande oportunidade para suprir a maior demanda global por produtos agrícolas. O crescimento da população mundial, o aumento de renda per capita e os aumentos contínuos no preço do petróleo e de seus derivados, resultam em uma maior demanda por nossos produtos agrícolas, tanto para alimentação quanto para o uso em novas fontes de energia renováveis, tais como o álcool e biodiesel. A estrutura de transporte e logística no Brasil é deficiente e carece de maiores investimentos. Contudo, o Governo Federal tem demonstrado interesse em investir (ou estimular o investimento pelo setor privado) na infra-estrutura brasileira de transportes, o que poderia reduzir nossos custos de logística. Apesar da infra-estrutura de transporte deficitária, a nossa alta produtividade e baixo custo de produção auxiliam na competitividade do nosso produto no mercado internacional. 150 Nossos Pontos Fortes e Vantagens Competitivas Acreditamos que os seguintes pontos fortes e vantagens competitivas podem nos permitir manter a nossa posição destacada no negócio agrícola nacional, com altas taxas de crescimento: • Alta produtividade. Nossa produtividade é superior às médias nacional e norte-americana nas culturas de algodão e soja, com base em dados da Conab sobre a média nacional e do USDA sobre a média norteamericana. Na cultura de milho, temos produtividade superior em mais de duas vezes à média nacional e em nível equivalente à média norte-americana, com base nos mesmos dados. Nossa alta produtividade deve-se, principalmente, a (i) nossa estrutura de custos e ciclo operacional eficiente; (ii) nossa tecnologia de produção, com alta mecanização do processo de plantio e colheita; (iii) utilização do sistema de rotação de culturas, que nos proporciona menor incidência de pragas e doenças, e uso mais eficiente das adubações e uso sustentável dos defensivos; (iv) domínio da técnica do plantio direto, sistema de plantio sem revolvimento do solo, que reduz a níveis insignificantes as perdas de solo, água e nutrientes e o custo de produção, devido à menor utilização de máquinas na lavoura; (v) nossa experiência na correção da composição química do solo e na seleção de sementes; (vi) nosso domínio do pacote tecnológico de insumos, que nos permite máxima eficiência técnica; e (vii) fatores climáticos e geográficos, que estão fora de nosso controle. Além disso, esperamos que a introdução dos transgênicos, caso aprovada pelo Governo Federal e observadas as condicionantes impostas pelos órgãos governamentais, aumente a nossa produtividade e reduza os nossos custos médios, principalmente com defensivos agrícolas. Seguem abaixo alguns destaques da produtividade média dos últimos cinco anos de nossas fazendas: Nossa fazenda de melhor produtividade Algodão em pluma .......... Soja................................. Milho .............................. (1) (2) (3) (4) 1.637 3.461 9.326 Nossa média Média (1) (2) geral nacional Quilos por hectare 1.426 1.137 3.248 2.472 8.703 3.212 Média Norte(3)(4) Americana 849 2.646 9.014 A diferença entre a média das fazendas destacadas e a média global das nossas fazendas resulta em parte do fato de que algumas de nossas fazendas não atingiram sua maturidade produtiva. Acreditamos que ao alcançar maturidade, a produtividade dessas fazendas deve aumentar. Atualmente, 83% de nossa área cultivada já atingiu a maturidade produtiva. CONAB USDA. A produtividade norte-americana já reflete os benefícios gerados pela utilização de transgênicos, que ainda não se encontram refletidos nem em nossa produção, nem na produção brasileira como um todo. • Localização Estratégica e Diversificada de Propriedades. Nosso portfólio de propriedades é diversificado, com a localização estratégica de nossas oito fazendas em cinco estados do Cerrado: Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Bahia. A diversificação da localização de nossas propriedades minimiza os potenciais riscos climáticos regionais e os relacionados a conflitos agrários, nos permite o aproveitamento de linhas de financiamento de bancos regionais, bem como a flexibilidade na escolha do que produzir. Adicionalmente, dado que nenhuma de nossas fazendas concentra mais do que 25% de nossa produção de nossas principais culturas, minimizamos o risco de perdas relevantes decorrentes de pragas e doenças, já que existe menor probabilidade de que pragas e doenças afetem fazendas em diferentes regiões numa só época. • Modelo de negócios replicável e com escala. Nosso modelo de negócios é baseado na padronização da produção em nossas diversas fazendas, que incluem a adoção de instalações físicas, infra-estrutura, equipamentos, organograma operacional e gestão administrativa padronizados, que nos permitem (i) aumentar e gerenciar várias unidades produtivas com eficiência; (ii) reduzir os custos de operação; (iii) controlar de forma mais eficiente a qualidade de nossos produtos; e (iv) implementar nosso plano de expansão de forma eficiente, mediante a aquisição de áreas cultiváveis a preços atrativos e a replicação de nosso modelo de negócio em novas localidades. Nosso modelo de negócio padronizado nos permite ainda atingir a maturidade produtiva de novas terras mais rapidamente. Por sermos um dos maiores produtores agrícolas do Brasil, nos beneficiamos dos ganhos de escala e, conseqüentemente, da redução de custo dos insumos, maquinários e preço do frete. 151 • Portfólio Diversificado e Flexível de Culturas. Produzimos algodão, soja, milho e café, culturas que (i) podem ser substituídas anualmente umas pelas outras em cenários de alteração de preços que justifiquem tal estratégia (com exceção do café); e (ii) nos garantem o adequado manejo de culturas, com a manutenção de um solo rico e fértil. Utilizamos o sistema de rotação de culturas em todas as nossas fazendas. Essa tecnologia nos proporciona taxas de retorno atrativas e benefícios ao sistema produtivo, como maior facilidade de controle de ervas daninhas, menor incidência de pragas e doenças e melhor aproveitamento dos maquinários e da equipe de colaboradores. Além disso, as culturas de soja, algodão e milho propiciam um uso mais eficiente da rotação de culturas, com aumento de produtividade e redução do custo de produção, por meio do aproveitamento do residual da adubação da cultura anterior e maior facilidade de controle de pragas e doenças pelas mudanças periódicas de defensivos. • Experiência na Compra de Terras com Potencial de Valorização. Ao longo da nossa história de crescimento, adquirimos ampla experiência no processo de avaliação e compra de novas fazendas em fronteiras agrícolas do País, com potencial de valorização e alta produtividade. Nosso banco de dados e nossa experiência e conhecimento “in loco” das regiões agrícolas brasileiras nos auxilia identificar fazendas com potencial de valorização com segurança e baixo risco. Temos história de sucesso de compra de terras baratas e com grande valorização. • Gestão profissionalizada qualificada e colaboradores comprometidos. Nossos administradores possuem larga experiência e profundo conhecimento do setor agrícola e de nossos processos de produção, assim como do mercado financeiro. Ao contrário de muitos de nossos concorrentes locais, cuja administração normalmente é familiar, nossa administração é composta por executivos de mercado, e destaca-se no setor agrícola brasileiro por sua qualificação. Além da experiência de mais de 30 anos no setor agrícola, o Grupo SLC atua há mais de 60 anos no setor industrial. Nossos funcionários de campo, em média, recebem 55 horas de treinamento por ano e participam de nossos resultados. Os interesses dos nossos colaboradores estão alinhados com os interesses e a cultura da nossa empresa, de maximizar os resultados, seguindo os nossos princípios de atendimento ao cliente com excelência, ética e inovação. Nossa Estratégia Nosso objetivo é expandir nossa produção com taxas de retorno atrativas para nossos acionistas. A seguir apresentamos os principais elementos da nossa estratégia: • Projeto Expansão. Pretendemos expandir nossa produção e produtividade, com um melhor aproveitamento de nossas propriedades e do potencial de crescimento no setor agrícola, por meio: • do arrendamento de áreas próximas às nossas fazendas. Como parte de nosso projeto de expansão, arrendamos e realizamos o plantio no ano-safra 2006/2007 de cinco mil hectares e estamos negociando o arrendamento de aproximadamente 19 mil hectares de terras produtivas adicionais, fronteiriças às nossas fazendas, o que representará um aumento de aproximadamente 22% de nossas áreas cultiváveis. O arrendamento de áreas próximas às nossas fazendas, com o aumento da área de plantio, torna possível o incremento da produção com a utilização da estrutura existente e a conseqüente diluição do nosso custo fixo e redução do custo unitário de produção; e • da ampliação do cultivo da segunda safra. As condições climáticas e o domínio da tecnologia propiciam o plantio e colheita da segunda safra de algodão e milho em um mesmo ano-safra em quatro de nossas fazendas, o que permite o aumento da área de plantio, a redução do custo da unidade produzida e benefícios técnicos no manejo das culturas. Temos capacidade de ampliar o cultivo da segunda safra em nossas fazendas, o que permitiria um aumento de 22 mil hectares de nossa área plantada. A produtividade da segunda safra é menor que a produtividade da safra principal, em torno de 10 a 15% no algodão e 25 a 30% no milho, mas mesmo assim, como o custo por hectare é reduzido, o do custo do produto é menor. Pretendemos ainda explorar a segunda safra nas fazendas que viermos a adquirir. 152 • Projeto Bahia. Iniciaremos o plantio de algodão para o ano-safra 2007/2008 na nova fazenda que adquirimos em dezembro de 2006, localizada nos municípios de São Desidério e Correntina, oeste do Estado da Bahia, com 23.600 hectares, dos quais 9.200 hectares são próprios e 14.400 são terras fronteiriças arrendadas com opção de compra, sendo que nossa área cultivada aumentará em 21.400 hectares. Nessa fazenda estimamos ampliar significativamente nossa produção de algodão, nosso produto mais rentável, e utilizaremos a técnica de rotação de culturas, principalmente com a soja e o milho. Tal investimento se justifica pelo aumento mundial da demanda de fibras têxteis de alta qualidade, pelas condições favoráveis para a produção do algodão de alta qualidade no estado da Bahia e pelo nosso conhecimento no cultivo desse produto. • Aquisição de novas fazendas e expansão da nossa produção. Por meio de uma análise de mercado que leva em consideração variáveis tais como tamanho, qualidade do solo, localização, região climática, altitude, topografia, preço por hectare e regularidade da documentação, entre outros, pretendemos identificar e adquirir propriedades no Cerrado que apresentem condições atrativas, potencial de valorização no mercado e sejam importantes para o desenvolvimento de nossas operações. Pretendemos, ainda, expandir a nossa produção de algodão, soja e milho nas fazendas que viermos a adquirir ou arrendar, utilizando o nosso modelo padronizado de negócios para atingir maturidade produtiva de forma rápida e rentável. • Redução contínua dos nossos custos operacionais e manutenção da alta produtividade sustentável. Pretendemos continuar a reduzir nossos custos operacionais, aumentando a nossa produtividade, por meio de investimentos adicionais em pesquisa e desenvolvimento voltadas ao aprimoramento de nossos sistemas de informação, à melhoria de nosso processo produtivo sustentável, a novas soluções relacionadas ao plantio e à colheita, bem como ao treinamento e educação continuada para nossos colaboradores. Atualmente também investimos na pesquisa sobre os benefícios trazidos pelos produtos transgênicos, tais como a redução de custos e menor incidência de pragas. Em 2002 iniciamos experimentos para avaliação do potencial da cana-de-açúcar em três das nossas fazendas, e pretendemos dar continuidade a esses experimentos de forma a futuramente aproveitar a crescente demanda por biocombustíveis no cenário mundial. Nossa História Nossa Companhia faz parte do Grupo SLC, fundado em 1945, na Cidade de Horizontina, Estado do Rio Grande do Sul, por três famílias de imigrantes alemães. O Grupo SLC criou a primeira indústria nacional de colheitadeiras automotrizes de grãos. Iniciamos as nossas atividades em 1977, com a compra da Fazenda Paineira, no município de Coronel Bicaco, Estado do Rio Grande do Sul, voltada ao cultivo de soja e trigo. Por meio de nosso relacionamento com a John Deere, estabelecido em 1979, fomos pioneiros na implementação da agricultura mecanizada no Brasil, com o uso de maquinário agrícola de alta tecnologia. Essa associação também influenciou a consolidação da nossa gestão profissionalizada, tendo sido um dos primeiros neste aspecto no mercado agrícola brasileiro. Com o passar do tempo, decidimos aproveitar o potencial agrícola do Centro-Oeste, gradativamente mudando o foco de nossos investimentos em terras agriculturáveis da região Sul para o Cerrado. Atualmente, todas as nossas fazendas estão localizadas no Cerrado, tendo sido adquiridas nos seguintes anos: Pamplona (GO) Planalto (MS) Parnaíba (MA) 1979 1985 1988 Planorte (MT) 1994 153 Planeste (MA) Paiaguás (MT) Palmeira (MA) Panorama (BA) 1997 2000 2000 2006 Nosso Grupo Econômico Somos controlados pela SLC Participações e pela FGSA, empresas do Grupo SLC. De acordo com os anuários “Valor 1000”, do jornal “Valor Econômico”, de 2005 e 2004, a SLC Participações estava dentre as 133 e 119 maiores holdings do Brasil, respectivamente, com receita líquida consolidada de R$941 milhões em 2006. A SLC Participações é controladora da FGSA, da SLC Alimentos S.A., da SLC Comercial Ltda. e da nossa Companhia. A FGSA é a líder na comercialização de ferramentas, máquinas, equipamentos e suprimentos industriais, sendo considerada, desde 2004 pela Revista Exame uma das 500 maiores e melhores empresas do Brasil. A SLC Alimentos é um dos principais players no segmento de distribuição e beneficiamento de arroz e feijão possuindo 2,5% do share (em termos de volume) do mercado brasileiro, segundo dados auditados pela AC Nielsen, em março de 2007. A empresa foi criada em dezembro do ano de 2000, com a aquisição de duas grandes marcas da indústria de feijão e arroz, conhecidas nos grandes centros consumidores do país: “Namorado” e “Butuí”. A SLC Comercial Ltda., por sua vez, atua em 20 municípios gaúchos na distribuição dos produtos da marca “John Deere”. Estrutura Societária O organograma abaixo apresenta a nossa estrutura societária na data da Oferta. Os percentuais representam a participação no capital votante e total das sociedades indicadas nos quadros. Para maiores informações, vide seção “Principais Acionistas e Acionistas Vendedores”. 154 Produtos e Culturas Atuais Cultivamos algodão, soja, milho e café em uma área total de aproximadamente 117 mil hectares. Cultivamos o algodão tipo upland, o mais comum, cultivado e industrializado em todo o mundo. Produzimos e comercializamos o algodão em pluma e o caroço de algodão. A soja que produzimos é destinada a indústrias de esmagamento e processamento, que produzem o óleo de soja e o farelo de soja, utilizados na indústria alimentícia, de rações e de biocombustíveis. O milho que produzimos também é utilizado nas indústrias de alimentação humana e animal. Por fim, produzimos o café arábica, que se destaca pela sua elevada qualidade e é considerado “Estate Coffee”, ou seja, café produzido e beneficiado em uma fazenda específica, portanto sem misturas com cafés de outras fazendas ou produtores, de acordo com os padrões internacionais de mercado. A nossa produção de café é certificada pela Utz Kapeh o que nos permite acessar os mercados que pagam um preço mais elevado pelo aspecto social e ambiental do café. A tabela abaixo demonstra o faturamento, a produção e a área plantada em hectares nos últimos seis anos-safra por cada uma de nossas principais culturas: Produto Período de três meses Exercício Social encerrado em 31 de dezembro de / encerrado em 31 de março de Ano-safra 2004 2005 2006 2006 2007 FATURAMENTO Algodão...................... Soja ............................ Milho.......................... Café ........................... 150.732 103.696 14.322 6.407 PRODUÇÃO Algodão...................... Soja ............................ Milho.......................... Café ........................... 2003/2004 102,1 173,6 60,4 1,7 ÁREA CULTIVADA Algodão...................... Soja ............................ Milho.......................... Café ........................... 2003/2004 28 49,9 8,4 0,6 (em milhares de R$) 142.226 86.004 17.241 8.187 (milhares de toneladas) 2004/2005 104,3 189,7 64,1 1,9 (milhares de hectares) 2004/2005 32,8 56,4 10,5 0,6 113.702 73.803 18.640 5.488 (não auditados) 26.221 26.962 12.071 25.511 1.250 1.090 362 3.888 2005/2006 88,7 184,0 70,5 3,1 2005/2006 28,9 63,7 9,7 0,7 Algodão Nos anos-safra 2003/2004, 2004/2005 e 2005/2006, a nossa produção total de algodão foi de 102,1 mil ton, 104,3 mil ton e 88,7 mil ton, o que representou 28%, 28% e 25% de nossa produção total e 31%, 32% e 28% de nossa área total cultivada nos mesmos períodos, sendo que no ano-safra 2006/2007, cultivamos uma área total de aproximadamente 32 mil hectares de algodão, incluindo a segunda safra, equivalente a 28% da área total cultivada nesse mesmo ano-safra. Nos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2004, 2005 e 2006, o algodão representou, respectivamente, 53,3%, 54,7% e 49,8% do nosso faturamento total. Soja Nos anos-safra 2003/2004, 2004/2005 e 2005/2006, a nossa produção total de soja foi de 173,6 mil ton, 189,7 mil ton e 184,0 mil ton, o que representou 47%, 50% e 52% de nossa produção total e 55%, 55% e 61% de nossa área total cultivada nos mesmos períodos, sendo que no ano-safra 2006/2007, cultivamos uma área total de aproximadamente 68,6 mil hectares de soja, equivalente a 59% da área total cultivada nesse mesmo ano-safra. 155 Nos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2004, 2005 e 2006, a soja representou, respectivamente, 36,7%, 33,1% e 32,3% do nosso faturamento total. Milho Nos anos-safra 2003/2004, 2004/2005 e 2005/2006, a nossa produção total de milho foi de 60,4 mil ton, 64,1 mil ton e 70,5 mil ton, o que representou 17%, 17% e 20% de nossa produção total e 9%, 10% e 9% de nossa área total cultivada nos mesmos períodos, sendo que no ano-safra 2006/2007, cultivamos uma área total de aproximadamente 13,5 mil hectares de milho, incluindo a segunda safra, equivalente a 12% da área total cultivada nesse mesmo ano-safra. Nos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2004, 2005 e 2006, o milho representou, respectivamente, 5,1%, 6,6% e 8,2% do nosso faturamento total. Café Nos anos-safra 2003/2004, 2004/2005 e 2005/2006, a nossa produção total de café foi de 1,7 ton, 1,9 ton e 3,1 mil ton, o que representou 0,7%, 0,5% e 1,0% de nossa produção total e 0,7%, 0,6% e 0,7% de nossa área total cultivada nos mesmos períodos, sendo que no ano-safra 2006/2007, cultivamos uma área total de aproximadamente 733 hectares de café, equivalente a 0,6% da área total cultivada nesse mesmo ano-safra. Nos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2004, 2005 e 2006, o café representou, respectivamente, 2,3%, 3,1% e 2,4% do nosso faturamento total. Outras culturas Além de algodão, soja, milho e café, produzimos e comercializamos em torno de mil hectares de trigo irrigado na Fazenda Pamplona, no Estado de Goiás. Também temos contrato de cooperação para produção de semente de milho para a Pioneer de acordo com o qual plantamos em torno de 1.000 hectares de milho para semente e a Pioneer colhe, beneficia e comercializa o produto. O plantio é realizado de agosto a outubro e a colheita é realizada de janeiro a março. Por ser uma empresa do Grupo Du Pont, líder mundial do mercado de desenvolvimento de novos híbridos de milho, o nosso relacionamento com a Pioneer nos possibilita ter acesso aos novos desenvolvimentos do setor e à tecnologia de ponta, muitas vezes antes de nossos concorrentes. Desenvolvemos atividades de pecuária com destino exclusivo ao atendimento das necessidades dos nossos funcionários e dos municípios onde estão localizadas as nossas fazendas. Processo produtivo O nosso processo produtivo está diretamente relacionado às condições geo-climáticas das nossas fazendas e aos ciclos das nossas culturas, que definem os períodos de plantio e colheita dos nossos diferentes produtos. A diversificação das culturas em que atuamos e a distribuição de nossas fazendas em diferentes regiões do Cerrado nos permite o planejamento de um eficiente sistema de plantio e colheita durante todo o ano, incluindo o desenvolvimento da segunda safra. O nosso processo produtivo tem início com o plantio de cada cultura, com exceção do café que, por ser uma cultura perene, não requer um período de plantio a cada ano. Explicamos abaixo o processo produtivo do algodão e de cada um dos grãos que cultivamos, na safra principal e na segunda safra. A descrição que fazemos abaixo, do início e final de cada processo de produção, contempla desde o início na primeira fazenda até o final na última daquele ano-safra. 156 Safra Algodão O Ano-safra do algodão dura cerca de doze meses, com início em novembro de cada ano e término em meados de novembro do ano seguinte. O plantio do algodão é realizado de novembro de determinado ano até meados de janeiro do ano seguinte. Na seqüência, a lavoura é tratada por cerca de seis meses, até meados de junho. No início de junho iniciam-se (i) a colheita, que vai até meados de agosto, e (ii) o beneficiamento, que vai até meados de novembro. O beneficiamento do algodão em caroço é realizado por meio de algodoeiros com alta capacidade de processamento localizadas em nossas fazendas, tendo como resultado a separação do algodão nos dois produtos que comercializamos: o algodão em pluma e o caroço de algodão. Soja O Ano-safra da soja dura cerca de oito meses, com início em setembro de cada ano e término em meados de maio do ano seguinte. O plantio da soja se estende até o final de fevereiro, seguido pelo tratamento da lavoura, que dura cerca de quatro meses, até meados de maio. No início de janeiro iniciam-se a colheita e o beneficiamento, que vão até meados de abril. O beneficiamento da soja abrange a limpeza e a secagem dos grãos e resultam em produtos padronizados para o mercado. Milho O Ano-safra do milho dura cerca de sete meses, com início em outubro de cada ano e término em maio do ano seguinte. O plantio do milho se estende até meados de dezembro. Na seqüência, a lavoura é tratada por aproximadamente quatro meses, até o final de março. No início de fevereiro iniciam-se a colheita e o beneficiamento, que vão até meados de maio. O beneficiamento do milho abrange a limpeza e a secagem dos grãos e resultam em produtos padronizados para o mercado. Café O Ano-safra do café dura cerca de quatorze meses, de meados de agosto de cada ano até final de outubro do ano seguinte. A cada safra, a lavoura é tratada por cerca de nove meses, de agosto de cada ano até maio do ano seguinte. No início de junho iniciam-se (i) a colheita, que vai até meados de agosto, e (ii) o beneficiamento, que vai até o final de outubro. O café sofre quatro processos de beneficiamento até atingir as condições necessárias para a sua comercialização, quais sejam (i) a lavagem; (ii) secagem; (iii) maturação; e (iv) limpeza e classificação. Segunda safra Algodão Em 2003 iniciamos o plantio do algodão segunda-safra. A segunda safra do algodão dura cerca de dez meses, do início de janeiro até meados de novembro de cada ano. O plantio da segunda safra do algodão ocorre ao longo do mês de janeiro e, na seqüência, a lavoura é tratada por cerca de seis meses, até meados de julho. No início de julho iniciam-se (i) a colheita, que vai até meados de agosto, e (ii) o beneficiamento, que vai até meados de novembro. Milho Em 2002, iniciamos o plantio do milho segunda safra. A segunda safra do milho dura cerca de seis meses, de meados de janeiro ao final de julho. O plantio da segunda safra do milho ocorre em janeiro e fevereiro, e, na seqüência, a lavoura é tratada por quatro meses, até meados de junho. No início de junho iniciam-se a colheita e o beneficiamento, que vão até final de julho. 157 A tabela abaixo demonstra, de forma consolidada, o processo produtivo de cada uma de nossas culturas: JUN/ JUL/ AGO/ SET/ 2006 2006 2006 2006 OUT/ 2006 NOV/ 2006 DEZ/ 2006 JAN/ 2007 FEV/ MAR/ ABR/ MAI/ JUN/ JUL/ AGO/ SET/ OUT/ NOV/ 2007 2007 2007 2007 2007 2007 2007 2007 2007 2007 PLANTIO MANEJO SOJA COLHEITA BENEFICIAMENTO PLANTIO MANEJO ALGODÃO COLHEITA BENEFICIAMENTO MANEJO CAFÉ COLHEITA BENEFICIAMENTO PLANTIO MANEJO MILHO COLHEITA BENEFICIAMENTO PLANTIO MANEJO MILHO 2º SAFRA COLHEITA BENEFICIAMENTO PLANTIO MANEJO ALGODÃO 2º SAFRA COLHEITA BENEFICIAMENTO 158 Mecanização e Armazenagem O Cerrado é formado por solos planos e profundos, o que permite a mecanização completa de todo o processo operacional das nossas diferentes culturas, desde o preparo do solo até a colheita. Utilizamos máquinas e implementos de grande porte e tecnologia de ponta, que nos permitem máxima eficiência operacional, minimizam as perdas das colheitas e reduzem os nossos custos. Como exemplo, podemos mencionar a recente aquisição de tratores, colheitadeiras e pulverizadores equipados com GPS (Global Positioning System) e piloto automático, que melhoram a precisão das operações e a condição de trabalho dos operadores. As nossas fazendas têm capacidade de armazenagem própria de, aproximadamente, 60% de sua produção de grãos, equivalente a 198 mil toneladas, e 70% de sua produção de algodão em pluma, equivalente a 33 mil toneladas. Produtividade Somos uma empresa de destaque no mercado agrícola brasileiro pelas altas produtividades médias de nossas fazendas, calculada em termos de volume produzido por hectare, superiores às produtividades médias norte-americanas, e uma das mais altas do País, conforme demonstram as tabelas abaixo: Cultura Soja ................................................... Milho ................................................. Milho segunda-safra........................... Algodão em pluma............................. Algodão segunda.-safra em pluma ........ Café................................................... 2001/02 2002/03 3.263 8.261 – 1.455 – – 3.228 9.079 3.113 1.612 – 4.247 2003/04 2004/05 kg/ha 3.480 3.380 8.785 8.140 5.192 5.638 1.534 1.236 1.111 1.525 3.937 2.989 2005/06 2.888 9.251 6.674 1.292 1.471 4.588 Média 5 safras 3.248 8.663 5.154 1.426 1.351 3.940 Fonte: SLC Agrícola Nosso domínio tecnológico e gestão organizada dos nossos recursos são fatores fundamentais que explicam o desenvolvimento de nossos índices de produtividade nos últimos anos. Somos pioneiros na expansão da produção em novas fronteiras agrícolas e dominamos o processo de correção do solo e implantação de novas fazendas. Nosso destaque em produtividade é conseqüência do investimento de pesquisa nas nossas fazendas, da adequação do pacote tecnológico às condições locais de solo e clima e da nossa capacidade de gestão e organização operacional, com relação a soja especificamente, temos conseguido nossos índices de produtividade como conseqüência de nossa parceria com a EMBRAPA e Fundações estaduais de pesquisa para o desenvolvimento de novas variedades com alto potencial produtivo. Normalmente a produtividade é menor nos primeiros anos de cultivo de uma fazenda, mas nossa experiência tem permitido tornar o período de maturação tecnológica da fazenda e elevação da produtividade cada vez mais curto. A produtividade médias dos últimos cinco anos das culturas de segunda safra é menor que a produtividade da safra principal porque normalmente há déficit hídrico no final do ciclo das culturas. Em função disso, utilizamos um pacote tecnológico de custo menor do que aquele usado na safra principal. Algodão De acordo com os dados divulgados pela Conab e pelo USDA e nossos dados, a produtividade média brasileira é 34% superior à média norte-americana, nosso principal concorrente, e a média da nossa empresa é 26% superior à produtividade média do Brasil. 159 Soja De acordo com os dados divulgados pela Conab e pelo USDA e nossos dados, a produtividade média de nossas fazendas é 19% superior à produtividade média da Região Centro-Oeste (a melhor região do Brasil para o cultivo dessa cultura) que, por sua vez, é similar à produtividade média norte-americana. Milho De acordo com os dados divulgados pela Conab e pelo USDA e nossos dados, a nossa produtividade média de milho está em patamares similares à produtividade média norte-americana, que é três vezes superior à média brasileira, mostrando o elevado potencial dessa cultura, quando cultivada com alta tecnologia, o que inclui, dentre outros, o uso de híbridos de alto potencial, correção adequada do perfil do solo, controle de pragas e doenças eficiente e um processo operacional de alta precisão. Café De acordo com os dados divulgados pela Conab e pelo USDA e nossos dados, a nossa produtividade média das últimas quatro safras de café é 308% maior que a média brasileira devido ao fato de cultivarmos café irrigado (e não sequeiro) e o uso de tecnologia avançada no processo produtivo. Produzimos 3.971 Kg por hectare comparado a média brasileira de 1.040 Kg por hectare. Maturidade Produtiva As nossas fazendas levam, em média, 6 anos até atingirem a sua maturidade produtiva. A maturidade produtiva de uma fazenda ocorre quando ela atinge um elevado nível de correção do solo, alta estabilidade produtiva e menor custo de produção, uma vez que a sua produtividade é maior e a necessidade de insumos é cada vez menor, reduzindo o custo do produto produzido. A implantação de uma nova fazenda e o alcance de sua maturidade produtiva exigem investimentos em estrutura física e tecnológica, que variam de acordo com a cultura e a região onde a fazenda está localizada. Com elevados investimentos em corretivos é possível atingir maturidade produtiva de uma nova fazenda no cultivo de soja em três anos-safras e, como as culturas do milho e algodão são mais exigentes em fertilidade, são necessários em torno de cinco a oito safras. A maturidade produtiva de uma fazenda pode ser atingida mais rapidamente se a mesma está localizada em região com alto desenvolvimento tecnológico, ou necessitar de um período mais longo se for uma nova fronteira agrícola. Durante o período de desenvolvimento da maturidade produtiva de uma fazenda ocorre o desenvolvimento dos canais de escoamento da produção, proporcionando redução no custo de transporte concomitante com o aumento na produtividade e redução no custo de produção. Por isso, fazendas em regiões desenvolvidas e com alta maturidade produtiva são mais eficientes e competitivas do que fazendas em fase de desenvolvimento. Comercialização, Vendas e Mercados Algodão No ano-safra 2005/06, aproximadamente 47,1% de todo o algodão em pluma que produzimos foi por nós exportado, sendo o restante destinado ao mercado interno. Na exportação, nossos clientes são grandes tradings internacionais para as quais entregamos o produto Free on Board (FOB), normalmente nos portos de Santos, Paranaguá ou Foz do Iguaçu. No mercado interno, vendemos o algodão para diversas indústrias têxteis localizadas na sua maioria nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste. Nas últimas cinco safras encerradas no ano-safra 2005/06, nossos dez principais clientes tiveram participação média de 91% no valor das nossas vendas de algodão em pluma. Utilizamos modal rodoviário para o transporte do produto até os portos ou até as fábricas. Para cada processo de entrega no destino a empresa cota o valor do frete com diversas transportadoras pré-selecionadas que atendam devidamente aos critérios de segurança e qualidade de acordo com as nossas exigências. A classificação utilizada para a comercialização atende aos critérios da classificação americana de algodão up land, e 100% dos fardos são classificados visualmente em nossa sala de classificação localizada na Fazenda Pamplona e por HVI (High Volume Instrument) na BM&F. Todo fardo de algodão produzido tem seu código de identificação, conforme o Sistema Abrapa de Identificação, o que permite a completa rastreabilidade do produto. 160 Como estratégia para melhorar o resultado das vendas, realizamos análises diárias de mercado, por meio de assessoria interna e externa. Os hedges que executamos podem consistir de operações em bolsa ou de mercado a termo, a qual é bastante utilizada, e consiste na venda física do algodão com preços fixos ou à fixar. Nosso período de vendas pode iniciar até três anos antes do início da colheita e pode se estender até um ano após o seu início. O período de faturamento normalmente se estende do mês de julho (logo após o início da colheita e do beneficiamento) até o mês de abril do ano subseqüente. Soja Vendemos 81,7% da nossa produção do ano-safra 2005/2006 a tradings, que adquirem o nosso produto para exportação. O restante da produção foi comercializado para grandes e médias indústrias de esmagamento, que processam a soja e consomem e vendem seus derivados no mercado interno e/ou externo. Nas últimas 05 safras encerradas no ano-safra 2005/06, nossos cinco principais clientes tiveram participação média de 95% no valor das nossas vendas. 94% da produção de soja do anosafra 2005/2006 foi vendido a retirar em nossas unidades de produção, e a responsabilidade pelo transporte do produto, da unidade de produção até o destino (indústria ou porto), foi do cliente. A soja é comercializada a granel, tipo exportação, com até 14% de umidade, até 1% de impurezas, e limites máximos de 8% para grãos avariados (até 5% de ardidos) e 30% de grãos quebrados. Como estratégia para melhorar o resultado das vendas, realizamos análises diárias de mercado, por meio de assessoria interna e externa. Os hedges que executamos podem consistir de operações em bolsa ou de mercado a termo, a qual é bastante utilizada, e consiste na venda física da soja com preços fixos ou a fixar. Normalmente, nosso período de vendas pode iniciar até um ano antes do início da colheita e se estende até o mês de dezembro do mesmo ano em que o produto é colhido. O período de faturamento normalmente se estende do mês de janeiro (com o início da colheita) até o mês de dezembro do mesmo ano. Milho No ano-safra 2005/06, 82,9% do milho que produzimos foi comercializado no mercado interno, especialmente para empresas produtoras de alimentos e de ração, localizadas nas regiões Sul e Sudeste, e 17,1% com destino ao mercado externo, por meio de venda para tradings internacionais que exportaram o produto. Nas últimas cinco safras encerradas no ano-safra 2005/06, nossos 15 principais clientes tiveram participação média de 75% no valor das nossas vendas. O transporte utilizado por nós ou pelos nossos clientes é o rodoviário. As especificações do produto, embora possam variar, normalmente são: milho amarelo semi-duro, com umidade de até 14,0%, teor de impurezas e fragmentos até 1% (na peneira 3 mm), grãos ardidos, mofados ou brotados até 6% , e até 17% de grãos avariados. Estamos iniciando a comercialização do produto do ano-safra 2006/07, e o produto vendido, até o presente foi de aproximadamente 90% destinado para o mercado externo e 10% para o mercado interno. Como estratégia para melhorar o resultado das vendas, realizamos análises diárias de mercado, por meio de assessoria interna e externa. O período de comercialização do milho normalmente se estende de janeiro a dezembro do mesmo ano em que é colhido. O faturamento do produto normalmente se estende do início da colheita até o mês de janeiro do ano subseqüente. 161 Café No ano-safra 2004/2005, 40,2% do nosso café foi destinado ao mercado interno, para indústrias de torrefação e comerciantes, e 59,8% ao mercado externo, para indústrias e tradings internacionais. Das vendas já realizadas referentes à Safra 2005/2006, 9,3% do nosso café foi destinado ao mercado interno, e 90,7% ao mercado externo. Nas últimas quatro safras encerradas no ano-safra 2004/05, nossos dez principais clientes tiveram participação média de 95,9% no valor das nossas vendas. Distribuímos o café diretamente da Fazenda Pamplona, em Cristalina, Estado de Goiás, sendo que nos casos de venda para o mercado interno, a retirada do produto é efetuada pelo cliente na própria fazenda, e no caso da exportação, entregamos o produto FOB no Porto de Santos. O produto é embalado e comercializado em sacas de juta de 60 kg, e na exportação os contêineres de 20 pés podem ser estufados a granel ou em sacas. Para cada processo de entrega no destino a empresa cota o valor do frete com diversas transportadoras préselecionadas que atendam devidamente aos critérios de segurança e qualidade de acordo com as nossas exigências. Existe um rígido controle na expedição dos produtos na fazenda, normalmente também com a confirmação da qualidade pelo cliente, por meio de amostras prévias, a fim de que seja garantido que o produto embarcado realmente atenda as especificações contratuais em termos de qualidade. Existe uma rastreabilidade do produto, desde a lavoura até sua entrega. O produto é classificado por meio de várias características físicas e também sensoriais, por meio da degustação da bebida. Como estratégia para melhorar o resultado das vendas, realizamos análises diárias de mercado, por meio de assessoria interna e externa. Os hedges que executamos podem consistir de operações em bolsa ou de mercado a termo. Nosso período de vendas depende de vários fatores, especialmente de uma boa liquidez, sendo que normalmente se estende desde um ano antes do início da colheita até um ano depois do seu início. O período de faturamento normalmente se estende do mês de julho (logo após o início da colheita e do beneficiamento) até o mês de junho do ano subseqüente. Nossas Fazendas Em 31 de março de 2007, utilizávamos vinte fazendas localizadas nos Estados do Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Mato Grosso e Bahia, sendo (i) oito imóveis próprios e (ii) doze locações de terceiros. Apenas 30% de nosso ativo imobilizado é composto por imóveis onerados. Nosso ativo imobilizado é composto dos seguintes imóveis: Fazenda Pamplona. Localizada em Cristalina, no Estado de Goiás, essa fazenda foi adquirida em 1979. Com uma área total de 12.812 hectares, a Fazenda Pamplona abriga o cultivo das culturas de soja, milho, algodão, milho semente, café e trigo, representando 11,3% da nossa área total de cultivo de algodão, 6,2% de cultivo de soja e 5,4% de cultivo de milho e 100% da área de cultivo de café, milho semente e trigo. Possui 11.267 hectares plantados, incluindo a segunda safra e 632 hectares arrendados, e uma área irrigada de 2.670 hectares. É a nossa única fazenda com irrigação e a única onde temos parceria com a Pioneer para multiplicação de milho semente irrigado. Fazenda Planalto. Localizada em Costa Rica, no Estado de Mato Grosso do Sul, essa fazenda foi adquirida em 1985. Com uma área total de 17.489 hectares, abriga o cultivo das culturas de soja, milho e algodão representando 11,3%, 29,7% e 22,0% da nossa área total de cultivo com cada cultura, respectivamente. Possui 18.954 hectares plantados, 16,2% de nossa área total cultivada, incluindo o milho segunda-safra e o arrendamento de 1.677 hectares. Fazenda Parnaíba. Localizada em Tasso Fragoso, no Estado do Maranhão, essa fazenda foi adquirida em 1988. Possui uma área total de 26.084 hectares, 16,8% de nossa área total cultivada, havendo o cultivo de soja, milho e algodão representando 24,2%, 1,2% e 8,4% de nossa área total de cultivo com cada cultura, respectivamente. A área cultivada totaliza 19.668 hectares. Fazenda Planorte. Localizada em Sapezal, no estado do Mato Grosso, essa fazenda foi adquirida em 1994. Possui uma área total de 13.159 hectares, onde se cultiva soja, milho e algodão representando 8,8%, 20,4% e 18,4% de nossa área total de cultivo com cada cultura, respectivamente. A área cultivada é 14.908 hectares, 12,7% de nossa área, incluindo segunda-safra. Fazenda Planeste. Localizada em Balsas, no estado do Maranhão, essa fazenda foi adquirida em 1997. Possui uma área total de 17.941 hectares, onde se cultiva soja, milho e algodão representando 24,7%, 5,3% e 5,5% de nossa área total de cultivo com cada cultura, respectivamente. A área cultivada é 19.422 hectares, 16,6% de nossa área, incluindo a segunda-safra e 5.964 hectares arrendados. 162 Fazenda Paiaguás. Localizada em Diamantino, no Estado do Mato Grosso, essa fazenda foi adquirida em 2000. Possui uma área total de 22.877 hectares, onde se cultiva soja, milho e algodão, representando 18,7%, 38,0% e 34,1% de nossa área total de cultivo com cada cultura, respectivamente. A área cultivada é 29.052 de hectares, 24,8% de nossa área, incluindo a segunda-safra e 1.714 de hectares arrendados. Fazenda Palmeira. Localizada em Buriti, no Estado do Maranhão, essa fazenda foi adquirida em 2000. Possui uma área total de 14.331 hectares, onde cultivamos somente soja, representando 5,8% da nossa área total com essa cultura. A área cultivada é de 3.963 hectares, 3,4% de nossa área total, e há ainda 6.999 hectares disponíveis para a expansão da nossa produção. Nossas propriedades totalizam 129 mil hectares e em 31 de março de 2007 estavam registradas contabilmente, pelo seu custo de aquisição, no valor de R$48.398 mil. Em março de 2007, com o intuito de conhecermos o valor de mercado de nossas propriedades, solicitamos uma avaliação a corretores imobiliários independentes e com conhecimento do setor agrícola e do mercado imobiliário local. No âmbito dessa avaliação, o valor da terra nua (valor dos terrenos sem considerar prédios, instalações e equipamentos) de cada uma de nossas propriedades foi determinado por dois corretores imobiliários que levaram em conta, dentre outros, os critérios de qualidade do solo, nível do preparo da terra, infra-estrutura logística regional, aspectos climáticos e o preço da soja no mercado local. Em maio de 2007, contratamos a Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda., para, de forma independente, elaborar a avaliação patrimonial de nossas fazendas, na data-base de 30 de abril de 2007, com o objetivo de estabelecer os valores de mercado de nossas fazendas, de forma a fornecer subsídios para os potenciais investidores no contexto de nossa Oferta. A avaliação patrimonial do valor de mercado das terras de nossa propriedade foi efetuada com base nas mais recentes normas e diretrizes da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas e IBAPE – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia, se aplicando principalmente o método comparativo direto de dados de mercado, que consiste em se determinar o valor de mercado de um bem através da comparação com outros similares, através de seus preços de venda, tendo em vista as suas características semelhantes. A avaliação não contemplou: investigações específicas envolvendo aspectos jurídicos; inventário físico dos bens que por ventura não façam parte do nosso ativo imobilizado; validação dos procedimentos contábeis adotados por nós e origem da documentação relativa à aquisição dos bens; inventário físico e avaliação das construções civis, benfeitorias, máquinas, equipamentos, implementos agrícolas, de itens de almoxarifado, estoques e peças sobressalentes; medições e/ou checagens “in loco” das áreas das terras avaliadas; e realização de cotejamento físico e contábil entre os imóveis avaliados e contabilizados. Nenhumas destas avaliações deve ser interpretada como uma indicação de que, caso vendidas, nossa propriedades alcançariam os valores indicados em tais avaliações. Apresentamos abaixo os resultados das três avaliações de nossas fazendas supra citadas: Fazenda Pamplona Planalto Parnaíba Planorte Planeste Paiaguás Palmeira (2) Paineira Panorama Localização Cristalina, GO Costa Rica, MS Tasso Fragoso, MA Sapezal, MT Balsas, MA Diamantino, MT Buriti, MA Coronel Bicaco, RS São Desidério e Correntina, BA Total..................................................... (1) (2) Área (hectares) Valor Contábil Avaliação (1) Deloitte 12.811,95 17.489,62 26.084,38 13.159,13 17.941,02 22.877,79 14.331,66 821,23 2.272 7.114 3.464 8.533 10.305 586 2.191 809 82.760 143.400 129.510 89.490 86.790 160.650 13.600 7.190 3.498,32 129.016,10 13.124 48.398 – 713.390 Valor dos terrenos, sem considerar prédios, instalações e equipamentos. Propriedade arrendada a terceiros. 163 (1) (1) Avaliação 1 Avaliação 2 (em milhares de R$) 50.325 60.076 120.547 112.720 84.846 91.565 52.991 33.371 53.748 59.228 118.798 97.057 11.367 18.460 7.128 6.898 499.750 479.375 Contratamos a compra de 9.129 hectares de terras agrícolas nos municípios de Correntina e São Desidério, no oeste do estado da Bahia, dos quais 3.498 hectares já foram escriturados e registrados em nosso nome. As demais áreas estão em fase de liberação de gravames para escrituração. O valor total em aberto dos contratos em 31 de março de 2007 era de cerca de aproximadamente R$24,77 milhões, que será pago quando da outorga da escritura. Uma parcela substancial de nossos ativos é constituída por imóveis agrícolas, que de modo geral têm valor volátil e não têm liquidez. O mercado imobiliário agrícola do Brasil é especialmente caracterizado pela volatilidade e iliquidez. Conseqüentemente, poderemos enfrentar dificuldade em ajustar imediatamente nossa carteira de imóveis agrícolas, em resposta a eventuais alterações da conjuntura econômica ou negocial. A volatilidade da conjuntura de mercado local poderá afetar nossa capacidade de realizar alienações e receber o produto gerado por essas vendas, fatores estes que poderiam surtir efeito prejudicial relevante. Plantas, Propriedades e Equipamentos Somos uma empresa que atua em grandes extensões de terras nos estados do Centro Oeste e Nordeste e altamente mecanizada em seus processos produtivos. Temos um parque de máquinas e equipamentos agrícolas composto de tratores, colheitadeiras de grãos, colheitadeiras de algodão, plantadeiras e pulverizadores, além de outras máquinas e equipamentos de menor porte. A tabela abaixo contém uma descrição de nossas principais máquinas e equipamentos agrícolas: Equipamento Quantidade Tratores ............................ Colheitadeiras Grãos ........ Colheitadeiras Algodão .... Plantadeiras...................... Pulverizadores .................. Total ............................... (1) 246 90 39 168 160 703 Máquinas e Equipamentos Agrícolas(1) Custo de Aquisição Deprec. Acumulada (em milhares de R$) 20.250 16.764 16.657 8.469 20.968 8.654 9.104 5.039 10.715 5.795 77.694 44.721 Valor Residual 3.486 8.188 12.314 4.064 4.920 32.973 Os números já refletem a recente compra de máquinas e equipamentos da John Deere Brasil para atender ao projeto da Fazenda Panorama na Bahia e o nosso projeto de expansão. Cumpre destacar também que possuímos capacidade de armazenagem de 33 mil toneladas de algodão em pluma e 198 mil toneladas de grãos em nossas fazendas, além de seis plantas de beneficiamento de algodão, com capacidade para a produção de 11,5 mil toneladas de pluma por mês e uma planta de beneficiamento de café, com capacidade de beneficiamento de mil toneladas mensais de café na Fazenda Pamplona. Insumos e Fornecedores Os nossos principais insumos são sementes, fertilizantes, defensivos agrícolas e combustíveis/lubrificante que representaram, respectivamente, 5%, 19%, 22% e 5% do total dos nossos gastos com insumos no anosafra 2006/2007. Ainda, os nossos principais insumos representaram na média das culturas de algodão, soja e milho representam 50% do nosso custo total de produção. Como utilizamos o plantio direto em 80% da nossa área cultivada, sem a necessidade de preparo de solo, os combustíveis representam apenas 4,8% do custo de produção. Os insumos são adquiridos dos maiores players mundiais do mercado de fertilizantes, muitos dos quais estabelecidos no Brasil. Nossos principais fornecedores de fertilizantes em 2006 foram ADM Fertilizantes, Profertil, Mosaic, Yara, Jotaele e Bunge Fertilizantes. Também importamos insumos por meio da COABRA, cooperativa da qual somos associados, no Estado do Mato Grosso. 164 Compramos defensivos agrícolas (herbicidas, fungicidas e inseticidas) no mercado interno, das principais indústrias fornecedoras. Temos conseguido preços diferenciados, especialmente pelo volume de compras decorrente da grande escala de nossas operações. Estamos avaliando a possibilidade de importação de defensivos por meio do Consórcio Cooperativo Agropecuário Brasileiro (CCAB), entidade criada com o objetivo de reduzir o custo dos defensivos agrícolas. Atualmente, nossos principais fornecedores de defensivos são Syngenta, Bayer, FMC e Iharabrás. Considerando que o maior consumo de defensivos agrícolas ocorre na cultura do algodão, a aprovação da utilização de sementes geneticamente modificadas (transgênicos) no Brasil deverá representar uma significativa redução de custos de produção na cultura do algodão. Outro insumo importante na composição dos custos na agricultura são os combustíveis. A implementação de indústrias para produção de biodiesel em diversas regiões agrícolas do País e a utilização do biodiesel como combustível para nossas máquinas resultarão em uma significativa redução nos custos relativos a esse insumo. Somos associados da COPERBIO, cooperativa em processo de instalação industrial na Cidade de Cuiabá, no Estado do Mato Grosso, que iniciará a produção de biodiesel a partir da soja e do caroço de algodão em janeiro de 2008. Utilizamos lenha de eucalipto por nós plantado como fonte de energia para secagem da nossa produção. Pesquisa e Desenvolvimento A liderança tecnológica é a uma de nossas decisões estratégicas e orienta nosso trabalho de planejamento agrícola e pesquisa. Os planejamentos agrícolas das culturas cultivadas em nossas fazendas são baseados em informações geradas pelas pesquisas desenvolvidas internamente e pelos órgãos oficiais do setor agropecuário, bem como pela experiência acumuladas nas safras anteriores. Todas as decisões são ainda balizadas por determinadas orientações estratégicas, principalmente pela busca de máxima eficiência técnica e econômica a longo prazo, uso racional dos recursos, maximização da eficiência dos insumos, máxima produtividade, menor custo da unidade produzida e mínimo impacto ambiental, objetivando a longevidade do sistema produtivo. A nossa estrutura interna de pesquisa acelera o processo de ajuste tecnológico e coordena a elaboração dos planejamentos agrícolas em todas as nossas unidades, fazendo com que seja possível nossa expansão em áreas de fronteira agrícola, onde normalmente não há tecnologia adaptada às condições locais. Além disso, a decisão estratégica de aquisição e exploração de novas fazendas adotando um pacote tecnológico de nosso domínio gerou a necessidade de montarmos, treinarmos e investirmos em uma equipe de planejamento agrícola e pesquisa que suportasse a implantação dos nossos novos projetos. Unidades de Pesquisa Desenvolvemos mais de 150 experimentos por ano em diversas áreas agronômicas, sendo as principais: sistemas de adubação, manejo do solo, competição de variedades de algodão, soja e híbridos de milho, avaliação de épocas de plantio e trabalhos para avaliação da eficiência dos fungicidas, inseticidas e herbicidas. Esses experimentos simulam as condições reais das lavouras e são conduzidos de acordo com critérios científicos em mais de 675 hectares, distribuídos entre 64 e 140 hectares por fazenda. Os campos experimentais são geradores de informações específicas para o ambiente climático da fazenda e, além disso, importante instrumento de treinamento de nossa equipe técnica. Os trabalhos de pesquisa também provocam a aproximação da nossa equipe com as empresas e instituições produtores de novas tecnologias, e faz com que sejamos um dos primeiros a ter acesso às novas tecnologias. 165 Rotação de Culturas A rotação de culturas é utilizada em todas as nossas fazendas, por ser uma técnica com alta taxa de retorno, de baixo custo e que proporciona vários benefícios ao sistema produtivo, como o maior controle de ervas daninhas, menor incidência de pragas e doenças e o melhor aproveitamento dos maquinários e da nossa equipe. Além disso, as culturas de soja, algodão e milho propiciam um planejamento adequado de rotação de culturas com o aumento de produtividade e redução do custo de produção por meio do aproveitamento do residual da adubação. Manejo do solo Temos investido, pesquisado, experimentado e realizado todos os esforços para utilizar o plantio direto em 100% das nossas lavouras com o objetivo de atingir o nível zero de erosão do solo. Atualmente, realizamos o plantio direto (sem revolvimento do solo) em 80% de nossa área total cultivada. Devido ao desenvolvimento do plantio direto e da fertilização contínua, os solos das nossas fazendas progressivamente atingem melhores níveis de fertilidade e produtividade. Incentivos fiscais Imposto de Renda As sociedades Fazendas Parnaíba e Fazenda Planorte, localizadas no Estado do Maranhão e Mato Grosso, respectivamente, gozam de incentivo fiscal de IRPJ concedido pela antiga Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM (atual Agência do Desenvolvimento da Amazônia – ADA). O incentivo consiste na redução do IRPJ e adicionais não-restituíveis, em percentuais que variam de 50% a 100%, em razão da data de ingresso no incentivo. Desde 2006, a Fazenda Planorte goza de incentivo de redução de 50% de IRPJ e adicionais nãorestituíveis, até o limite de produção e comercialização de 30 mil toneladas de soja por ano, vigente até o ano de 2008. Esta empresa já tem aprovado incentivo de redução de 75% de IRPJ e adicionais nãorestituíveis para a produção e comercialização de 13,48 mil toneladas de algodão em pluma e 18,53 mil toneladas de caroço de algodão, aguardando apenas reconhecimento por parte da Secretaria da Receita Federal, que terá vigência até o ano de 2013. Desde 1999, a Fazenda Parnaíba goza de incentivo de redução de 100% de IRPJ e adicionais nãorestituíveis, até o limite de produção e comercialização de 17,47 mil toneladas de soja por ano, 6,83 mil toneladas de milho por ano, vigente até o ano de 2008; e incentivo de redução de 75% de IRPJ e adicionais não-restituíveis sobre a produção e a comercialização de 5,53 mil toneladas de algodão em pluma por ano e 8,29 mil toneladas de caroço de algodão por ano, vigentes até o ano de 2013. Os valores são contabilizados a débito na conta de IRPJ a recolher, no passivo circulante, e a crédito na conta reserva de capital, no patrimônio líquido. O incentivo é calculado da seguinte forma: • primeiramente, apuramos a receita líquida de cada produto e a quantidade vendida no período; • em seguida, calculamos a proporção entre a receita líquida dos produtos incentivados (até o limite citado acima) e a receita líquida total; • fazemos o cálculo do lucro da exploração, que consiste em ajustarmos o valor do lucro líquido do exercício pelas receitas e despesas que não pertencem à atividade incentivada, segundo definição da Secretaria da Receita Federal. Exemplo de valores ajustados, comuns em nossa companhia: • receitas e despesas não operacionais; • contribuição social devida; 166 • variações cambiais diferidas; • receita financeira que exceder a despesa financeira; • resultado de equivalência patrimonial; e • por fim, sobre o valor apurado a título de lucro da exploração, aplicamos os percentuais de incentivo calculados no segundo item, para calcularmos o valor em reais do incentivo. ICMS Em relação ao ICMS, as nossas fazendas Paiaguás, Planorte, Pamplona e Planalto gozam de incentivos fiscais que consistem na redução de 50% a 75% do valor de ICMS devido sobre as vendas do algodão em pluma, objeto de programas específicos da cada Estado (PROALMAT, PROALGO e PDAGRO). Como contraprestação, depositamos 15% do valor do incentivo para os fundos estaduais de apoio e desenvolvimento da cotonicultura. Sazonalidade O nosso negócio está sujeito ao comportamento sazonal baseado nos ciclos de plantio e colheita do algodão, soja, milho e café, nas diferentes regiões do Cerrado em que se encontram localizadas as nossas fazendas. Os períodos anuais de colheita têm início em junho, para o algodão e o café; janeiro para a soja; e fevereiro para o milho. Devido ao período necessário para o beneficiamento do algodão e do café, parte da produção ainda não está disponível para comercialização no momento de conclusão da colheita, o que acarreta flutuações em nossos estoques que, em geral, atingem o seu pico no primeiro trimestre, período em que realizamos nossa menor receita trimestral. Esse movimento gera oscilações em nosso lucro bruto trimestral e afeta nossa necessidade de capital de giro, que geralmente se apresenta maior durante este período, aumentando assim as nossas despesas financeiras neste período. Concorrência Embora a concorrência no agronegócio tenha variação bastante significativa em termos de produto e de setor, de forma geral existe grande número de produtores, e cada um deles controla pequena parte da produção total, diminuindo a importância particular de cada um, o que causa pouco ou nenhum efeito sobre os preços do mercado a estratégia individual, sendo o produtor considerado um tomador de preços. Em muitos destes casos, o preço de venda é formado em bolsas de valor em mercado internacional, como é o caso da soja, que tem seu preço base formado na CBOT. Outro ponto importante é o fato de que os produtores não conseguem agregar valor ao seu produto, e de existir livre entrada e saída do mercado, com os consumidores podendo comprar onde e quando quiserem o produto. Em alguns mercados mais elaborados como frutas, café, entre outros, é possível agregar valor ao produto, por meio de uma maior qualidade ou pela diferenciação em um ou mais aspectos em relação aos mercados tradicionais. Como a maior parte do produtos agrícolas são commodities, o que impede a diferenciação, os principais fatores de competição são o custo de produção e a escala de produção. No agronegócio a concorrência pode ser interna e externa. Na concorrência interna os produtores competem em condições relativamente iguais ou parecidas, uma vez que fatores importantes de concorrência são iguais para todos os agentes, como exemplo, a questão cambial, carga tributária, taxas de importação, logística, disponibilidade de tecnologia, subsídios etc. Porém, os produtores agrícolas enfrentam dura concorrência externa, e nesse tipo de concorrência os fatores muitas vezes são difíceis de serem identificados. Grande parte de produtores agrícolas em países desenvolvidos contam com políticas protecionistas específicas e subsídios para se manterem no mercado. Segundo os governos desses países, essa é um forma de protegerem seus agricultores da concorrência externa, visando a manutenção da renda e do emprego agrícola, além da obtenção de uma estabilidade nos preços dos alimentos. Esses programas estão sendo fortemente questionados pelas sociedades locais e pelos governos e instituições internacionais. 167 O Brasil apresenta condições ambientais e tecnológicas extremamente favoráveis à produção de grãos e especialmente à produção de algodão, por isso a fibra brasileira apresenta alta competitividade no mercado internacional. As altas produtividade da nossa empresa proporcionam baixo de custo por libra produzida. Na Safra 2006/2007, o nosso custo de produção foi de aproximadamente U$0,45 por libra peso, inferior ao custo dos principais concorrentes internacionais, como pode ser visto no gráfico abaixo. 1,00 0,80 0,67 Custo/libra ($) 0,64 0,60 0,52 0,49 0,52 0,49 0,40 0,20 - América do Norte América do Sul África Ásia Austrália Mundial Fonte: International Cotton Advisory Committee, Washington DC 2004, USA. Essa condição competitiva favorável está tornando o Brasil um grande exportador do produto e, naturalmente, as empresas brasileiras mais organizadas conseguem usufruir os maiores ganhos. Tecnologia da informação Temos um sistema de Tecnologia da Informação apto a atender as nossas demandas atuais. Tendo em vista os nossos projetos e planos de expansão, bem como a modernização de nossa gestão, estamos migrando para um novo sistema de informação (ERP, Oracle EBS), cuja data final de implantação está prevista para agosto de 2007. Além do Oracle EBS, contaremos com outros aplicativos do mercado específicos para as áreas de planejamento da produção agrícola, gestão das operações financeiras, tributárias, gestão comercial e gestão dos recursos humanos. Questões Ambientais Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente nas Propriedades. Todas as nossas propriedades têm as suas áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente regulares perante o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - IBAMA. Vide “Regulamentação Ambiental”. Marketing Possuímos uma cultura corporativa voltada para o cliente, com estrutura integradora de marketing, onde todos os departamentos são envolvidos no processo de buscar a excelência profissional e resultados. O nosso Departamento de Vendas realiza visitas freqüentes aos nossos atuais e potenciais clientes. Os nossos esforços de marketing são focados nos nossos mercados de atuação, como indústrias e tradings, em anuários e eventos ligados a esses mercados. O café é objeto de projeto específico, que visa a inseri-lo no mercado de cafés especiais. 168 Recursos Humanos A tabela a seguir apresenta a quantidade total de nossos empregados, verificados nas datas indicadas: Unidades Quadro Funcional Em 31 de março de 2007 Em 31 de dezembro de 2004 2005 2006 Fixos Safristas Total Administração Central ........... Fazenda Pamplona ................ Fazenda Parnaíba .................. Fazenda Planalto ................... Fazenda Planeste................... Fazenda Planorte................... Fazenda Paiaguás .................. Fazenda Palmeira .................. Total .................................... 44 170 154 154 146 152 197 41 1.058 48 179 150 145 133 104 172 69 1.000 43 172 152 161 135 112 200 56 1.031 43 146 114 129 120 95 132 29 808 n.a 88 17 123 50 34 135 38 485 43 234 131 252 170 129 267 67 1.293 Todos os nossos empregados se enquadram na legislação trabalhista CLT, inclusive os safristas, com controle de jornada por meio de cartão de ponto. Nossa política salarial enfatiza a remuneração variável por meio do Plano de Participação nos Lucros ou Resultados, metas individuais e gratificações, favorecendo incrementos na remuneração de acordo com os nossos resultados e do trabalho de cada empregado. Medicina, saúde e segurança do trabalho são acompanhados por técnicos em segurança do trabalho alocados em cada uma de nossas fazendas, garantindo não somente aos aspectos legais como também da melhoria contínua do ambiente de trabalho. Por meio da Fundação SLC, fornecemos assistência médica e odontológica a nossos empregados, e também seguro de vida. Em 2006, investimos aproximadamente (i) R$585 mil em segurança do trabalho; (ii) R$3,7 milhões em alimentação; e (iii) R$236 mil em educação. Os nossos empregados recebem aproximadamente 55 horas/ano de treinamentos e 27% de nossos empregados possuem ensino médio completo. Em nossas fazendas, disponibilizamos aos empregados casados um total de 137 residências construída em alvenaria com três dormitórios e boa qualidade construtiva, com água, energia elétrica e saneamento básico a um custo simbólico, locadas em um ambiente residencial com ajardinamento, calçadas e gramados, de forma a tornar o ambiente o mais agradável possível dentro da Fazenda. Para os empregados solteiros a empresa oferece alojamentos com quartos tipo suíte para duas pessoas de forma a oferecer boas condições de moradia. Em 31 de março de 2007, além dos empregados, contávamos ainda com: (i) 29 estagiários; (ii) 107 trabalhadores autônomos; e (iii) 59 trabalhadores terceirizados através de 10 empresas prestadoras de serviços nas áreas de limpeza, segurança, administração de refeitório, bem como aviação e pulverização agrícola. Com relação às empresas prestadoras de serviços terceirizados, costumamos solicitar comprovantes de recolhimento do FGTS e da contribuição previdenciária, para verificação do cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias. Fomos eleitos por três anos consecutivos (2002, 2003 e 2004) uma das 100 Melhores Empresas para se Trabalhar no Brasil e, em 2004, uma das 100 Melhores Empresas para se Trabalhar da América Latina, conforme pesquisa realizada pela Revista Exame e o Instituto Great Place To Work. Através de Acordos Coletivos de Trabalho firmados com os sindicatos representativos das categorias profissionais de nossos empregados, temos um programa de participação nos resultados (PPR), baseado no lucro líqüido operacional ajustado (ano agrícola), auferido e pago a cada ano civil. O valor a ser distribuído a título de PPR é calculado com base no nosso resultado operacional, ajustado pela redistribuição da receita líquida, despesas administrativas e do resultado financeiro líquido entre as unidades de produção. 169 Nos anos de 2005 e 2006 tivemos resultado negativo no ano agrícola, razão pela qual não haveria que se falar em pagamento de PPR. De fato, no ano de 2006, não houve pagamento de PPR. No entanto, apesar do resultado negativo quanto ao lucro líquido operacional, tivemos resultado positivo no ano civil de 2005, o que nos motivou, por liberalidade e com a participação dos sindicatos dos empregados (adendo ao Acordo Coletivo de Trabalho), a efetuar o pagamento do valor total de R$737 mil, referente a um salário nominal por empregado, a título de PPR. No exercício de 2004, tivemos lucro líquido operacional e distribuímos R$4.568 mil a título de PPR. Seguros Em 31 de dezembro de 2006, possuíamos um programa de gerenciamento de riscos com o objetivo de delimitar os riscos, buscando no mercado coberturas compatíveis com o seu porte e operação. Como conseqüência, contratamos cobertura de seguros máquinas e implementos agrícola e para todas as construções e produtos armazenados na fazenda, incluindo produtos de terceiros. A cobertura foi contratada por montante considerado suficiente pela nossa Administração para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza da sua atividade, os riscos envolvidos em suas operações e a orientação de seus consultores de seguros. Todos os nossos veículos que circulam em rodovias estaduais, municipais ou federais e nossas máquinas e equipamentos financiados por recursos provenientes dos fundos constitucionais são segurados por meio de apólices contratadas com seguradoras de primeira linha. Também temos apólices de seguro com seguradora de renome internacional, que cobrem danos causados aos nossos prédios por incêndios e vendavais, incluindo os produtos agrícolas depositados dentro dos armazéns, máquinas e equipamentos, até o limite máximo de aproximadamente R$15,3 milhões atualizado em 31 de março de 2007. Acreditamos que nossa cobertura de seguro está em linha com a prática de mercado das empresas que atuam no setor agrícola brasileiro. Contratos Relevantes Fazenda Panorama. Contratamos a compra de 9.129 hectares de terras agrícolas nos municípios de Correntina e São Desidério, no oeste do estado da Bahia, dos quais 3.498 hectares já foram escriturados e registrados em nosso nome. As demais áreas estão em fase de liberação de gravames para escrituração. O valor total em aberto dos contratos em 31 de março de 2007 era de cerca de aproximadamente R$24,77 milhões, que será pago quando da outorga da escritura. Também arrendamos 14.400 hectares de terras agrícolas cultiváveis no município de Correntina, em área fronteiriça à Fazenda Panorama, que terá início com o plantio do ano-safra 2007/2008 e término com a colheita do ano-safra 2014/2015. O custo desse arrendamento é de 8 sacas de soja por hectare pelos quatro primeiros anos e 7,10 sacas de soja por hectare, pelo período restante. Em fevereiro de 2007, celebramos um Protocolo de Intenções para o arrendamento de 7.000 hectares de terras, da Fazenda Temerante, localizada na Serra do Penitente, no município de Tasso Fragoso, no estado do Maranhão, pelo prazo de quinze anos, ao custo médio de 4,26 sacas de soja por hectare. Também temos um contrato de cooperação para produção de semente de milho com a Pioneer, de acordo com o qual plantamos semente de milho e a Pioneer colhe, beneficia e comercializa o produto. O plantio é realizado de agosto a outubro e a colheita é realizada de janeiro a março. Por ser uma empresa do Grupo Du Pont, líder mundial do mercado de desenvolvimento de novos híbridos de milho, o nosso relacionamento com a Pioneer nos possibilita ter acesso aos novos desenvolvimentos do setor e à tecnologia de ponta, muitas vezes antes de nossos concorrentes. 170 Contratos Financeiros Crédito Rural. No ano-safra 2006/2007, captamos recursos de crédito rural que destinam-se ao financiamento de custeio, investimento e comercialização de nossas operações. Tais créditos têm o prazo aproximado de um ano. Em 31 de março de 2007, o saldo em aberto dos nossos contratos de créditos rurais era de R$70 milhões, aos quais se aplica uma taxa de juros pré-fixada em 8,93% ao ano. Os principais bancos repassadores destes recursos são o Banco Itaú S/A e o Banco do Brasil S/A e as principais garantias dadas para estes tipos de operações são avais das empresas coligadas e controladora e o penhor da produção financiada, conforme indicado na tabela abaixo. BNDES. Por intermédio de diferentes agentes financeiros, captamos recursos de diversas linhas de financiamento do BNDES para o financiamento de máquinas e equipamentos, estruturas de armazenagem e beneficiamento e correção do solo. Os principais programas do BNDES utilizados por nós são o FINAME, FINAME AGRÍCOLA, BNDES AUTOMÁTICO, MODERINFRA e MODERAGRO. Os recursos obtidos por meio desses programas são utilizados para o financiamento de nossos investimentos em máquinas e equipamentos agrícolas, correção do solo e armazenagem e beneficiamento de nossos produtos. Em 31 de março de 2007, o saldo devedor de todas as operações firmadas com o BNDES era de aproximadamente R$12,5 milhões, a uma taxa média de juros de 10,83% ao ano. As garantias das captações efetuadas junto as BNDES são avais das empresas coligadas e controladora e quando tratar-se de financiamento de equipamentos o penhor do item financiado. No primeiro trimestre de 2007, contratamos, por meio do Banco Santander Banespa S/A, linhas de crédito do BNDES para o financiamento de uma estrutura de recepção, beneficiamento e armazenagem de grãos na Fazenda Planeste. O empreendimento será financiado com recursos repassados pelo FINAME por meio de Programa Moderinfra no valor aproximado de R$600 mil, com juros de 8,75% ao ano. A outra parte do empreendimento, no valor aproximado de R$7 milhões, será financiada com recursos do BNDES a um custo total composto da seguinte maneira: a) 90% do valor financiado, a um custo da TJPL acrescida de uma taxa de juros de 2,50% ao ano; e b) 10% do valor financiado, a um custo da variação cambial acrescida de taxa de juros de encargos da cesta de moedas e juros de 2,00% ao ano. O prazo total destas operações é 60 meses, com carência de doze meses e amortização em cinco parcelas anuais. Vide a tabela abaixo para maiores informações a respeito dos recursos obtidos por meio do BNDES por nossas empresas. Fundos Constitucionais. As Fazendas Pamplona, Planalto, Planorte e Paiaguás são atendidas pelo Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) e pelo Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT), repassados pelo Banco do Brasil S/A. As Fazendas Parnaíba, Planeste e Palmeira têm acesso a recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE), repassados pelo Banco do Nordeste S/A. A taxa de juros dessas linhas de créditos era de 10,75% até 31 de dezembro de 2006 e a partir de janeiro de 2007 passou a vigorar a taxa de 9,00% ao ano, com direito a bônus de adimplência de 15% sobre o valor dos juros. Utilizamos esses recursos para o financiamento de operações de custeio e investimento. Em 31 de março de 2007, o valor em aberto referente às operações dos fundos constitucionais era de aproximadamente R$71milhões. As garantias destas operações de financiamento são avais das empresas coligadas e controladora e diretores, hipoteca de áreas próprias e penhor de safra e dos equipamentos quando financiados, conforme detalhado na tabela abaixo. Ademais, foi também prorrogado o valor aproximado de R$16 milhões captados do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), divididos em operações de investimento com vencimento em dois e cinco anos. JP Morgan. Em 31 de março de 2007, havia um saldo em aberto no valor aproximado de US$3,2 milhões junto ao JP Morgan Chase Bank, à taxa de LIBOR com vencimento em agosto de 2007, garantido por aval da SLC Participações. Diversos empréstimos e financiamentos em nosso nome e em nome de nossas fazendas estão garantidos sob as modalidades de hipoteca, penhor, alienação fiduciária em garantia e também por aval, entre outras formas, garantias essas prestadas tanto pela SLC Participações, no montante total de R$71 milhões em 31 de março de 2007, e por nossa controlada SLC Empreendimentos, no montante total de R$21 milhões em 31 de março de 2007. 171 A tabela abaixo consolida informações a respeito dos principais financiamentos contratados por nós e nossas subsidiárias, com a indicação da modalidade de financiamento, os bancos envolvidos na operação, o saldo em aberto em 31 de março de 2007 e os bens dados em garantia, dentre os quais destacamos áreas de algumas de nossas fazendas, penhor agrícola de parte de nossa produção e alienação fiduciária de diversas máquinas e equipamentos agrícolas. Companhia Modalidade BNDES Capital de giro Crédito rural Fundos constitucionais Bancos Alfa, Itaú, Santander Brasil, Unibanco e Votorantim Banco do Brasil, Bradesco e JP Morgan ABN Amro, Banco do Brasil, HSBC Bank, Itaú e SantanderBrasil Banco do Brasil e BNB Saldo devedor em 31 de março de 2007 (em milhares de R$) 6.164 10.829 19.660 31.498 Garantias Hipoteca de áreas das Fazendas Planalto, Riacho Frio, Planeste e Samambaia. Alienação fiduciária de tratores agrícolas, colheitadeiras, enfardadeiras de algodão, plataformas de corte, plataformas de milho, plantadeiras, carretas transbordo de algodão, empilhadeiras, máquinas e silos agrícolas e outros equipamentos agrícolas de menor porte. Penhor de pulverizadores e outros equipamentos agrícolas de menor porte e de parte das Safras 2006/2007 de algodão e soja e da Safra 2005/2006 de soja. Fazenda Parnaíba S.A. Bancos Modalidade BNDES Crédito rural Fundos constitucionais BNL, Itaú, Unibanco e Votorantim Itaú e SantanderBrasil Saldo devedor em 31 de março de 2007 (em milhares de R$) 1.108 11.291 35.092 BNB Garantias Hipoteca de áreas da Fazenda Parnaíba. Penhor de tratores, carreta e máquinas agrícolas de menor porte. Alienação fiduciária de tratores, plantadeiras, colheitadeiras, carretas de transbordo de algodão e plataformas de corte. Fazenda Paiaguás S.A. Valor da soma Bancos Modalidade BNDES Crédito rural Fundos constitucionais Alfa, Itaú, Unibanco e Votorantim ABN Amro, BB, Itaú e SantanderBrasil Banco do Brasil dos Contratos (em milhares de R$) 4.281 25.938 5.640 Garantias Hipoteca de áreas da Fazenda Paiaguás e da Fazenda Água Verde. Alienação fiduciária de plantadeiras, tratores agrícolas, cultivadores químicos, colheitadeiras, enfardadeiras de algodão, empilhadeiras, carretas transbordo de algodão, unidade de beneficiamento descaroçadora e plataformas de corte. Fazenda Planorte S.A. Valor da soma Modalidade Bancos BNDES Crédito rural Alfa e Itaú ABN Amro, Banco do Brasil, ITAU e SantanderBrasil Banco do Brasil Fundos Constitucionais dos Contratos (em milhares de R$) 956 12.811 2.865 172 Garantias Hipoteca de áreas da Fazenda Planorte. Alienação fiduciária de colheitadeiras, plataformas de corte e plantandeiras. Penhor de colheitadeiras de algodão, tratores, pulverizadores e enfardadeiras de algodão. Propriedade Intelectual A marca “SLC Agrícola” é detida por nossa controladora, que por meio de um contrato de licença de marca gratuito nos autoriza sua utilização. Ver seção “Operações com Partes Relacionadas”. Não somos titulares de nenhuma patente de tecnologia, existindo apenas um contrato para o processamento de sementes transgênicas mediante o pagamento de royalties. Processos Judiciais e Procedimentos Administrativos Em 31 de março de 2007, éramos parte em 21 processos judiciais e 6 processos administrativos, todos oriundas do curso regular de nossos negócios, dos quais: (i) nove ações trabalhistas, cujas demandas totalizam aproximadamente R$0,4 milhões; (ii) ação judicial cível, com demandas que totalizam aproximadamente R$9 mil; e (iii) oito processos fiscais e previdenciários, com demandas que totalizam aproximadamente R$2,6 milhões. Os principais processos a que somos parte estão descritos abaixo. Nossa política de provisão é orientada de acordo com a probabilidade de perda nos casos dada por nossos consultores legais externos. Adotamos o seguinte critério de provisão para nossas contingências: 100% do valor em discussão para os assuntos que acreditamos ter uma chance provável de perda; e nenhuma provisão para os assuntos que acreditamos ter uma chance possível ou remota de perda. Questões Fiscais Em 31 de março de 2007, não estávamos envolvidos em discussões tributárias, seja administrativas ou judiciais, que representem contingências passivas relevantes. Questões Previdenciárias Em 31 de março de 2007, estávamos envolvidos em seis processos judiciais e três administrativos previdenciários. O valor total envolvido e atualizado desses processos, em 31 de março de 2007, estava estimado em aproximadamente R$1,6 milhões em 31 de março de 2007, não provisionados, sendo que R$185.837,32 encontra-se depositado. Questões Trabalhistas Atualmente somos parte em (i) oito ações trabalhistas individuais; e (ii) uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho contra nós, acerca de condições de um Acordo Coletivo de Trabalho celebrado para 2006/2007. Quanto às ações trabalhistas individuais, todas são ações propostas por nossos ex-empregados. Os principais pedidos formulados nestas ações dizem respeito a diferenças de horas extras e seus reflexos legais e indenização por acidentes de trabalho. Em 31 de março de 2007, o valor total de nossas contingências trabalhistas era de R$413 mil, sendo que, deste valor, consideramos (i) R$295 mil como risco de perda provável; (ii) R$96 mil como risco de perda possível; e (iii) R$22 mil como risco de perda remoto. Na mesma data, possuíamos o valor total depositado judicialmente de R$13 mil. 173 REGULAMENTAÇÃO Regulamentação ambiental A Constituição Federal elevou a proteção ao meio ambiente ao patamar de direito fundamental da pessoa humana, ao afirmar que o meio ambiente ecologicamente equilibrado é bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida. Para tanto, a Constituição Federal incumbe à União Federal, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o poder-dever de combater a poluição em qualquer de suas formas, de preservar as florestas, a fauna e a flora, enfim, de preservar o meio ambiente como um todo. À União Federal, aos Estados e ao Distrito Federal compete legislar em prol das florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição. Adicionalmente, os Municípios poderão legislar sobre assuntos ambientais de interesse local. Com a intenção de resguardar e de preservar a qualidade do meio ambiente, na forma da legislação ambiental, as atividades humanas sujeitam-se a controles prévios, concomitantes e sucessivos. O licenciamento ambiental é a expressão máxima do zelo das autoridades em relação aos bens ambientalmente protegidos. A Lei n.º 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, prevê sanções penais e administrativas relacionadas a condutas e a atividades lesivas ao meio ambiente, desempenhadas por pessoas jurídicas e por pessoas naturais. Assim, pessoas naturais que de qualquer forma tenham concorrido para a prática dos crimes ambientais tipificados, incluindo membros da administração das sociedades, podem ser condenados as penas de reclusão de até cinco anos. Na esfera administrativa, ainda de acordo com a Lei de Crimes Ambientais, as sociedades que violarem leis ambientais poderão sofrer sanções diversas, entre as quais a de advertência, multas de até R$50 milhões, suspensão de venda e fabricação de produtos, embargo de obras ou atividades ou mesmo suspensão parcial ou total de atividades. Na esfera civil, a sociedade poderá ser obrigada a reparar ou indenizar quaisquer danos ambientais que causar, independentemente de culpa, ser proibida de participar em determinados tipos de contratos com o governo e ter suspensos benefícios e incentivos fiscais. Licença Ambiental A Lei nº. 6938, de 31 de agosto de 1981, em conjunto com a Resolução CONAMA 237, de 19 de dezembro de 1997, exige que o negócio que utilize recursos ambientais ou que seja considerado efetiva ou potencialmente poluidor deverá obter uma licença ambiental. De acordo com as leis e regulamentações ambientais federais e estaduais, nós somos obrigados a obter licenças ambientais para instalar e operar cada uma de nossas instalações produtivas. O processo de licenciamento ambiental inclui uma licença prévia, uma licença de instalação e uma licença de operação. A licença prévia é emitida durante a fase preliminar do planejamento do projeto e autoriza o local e o desenvolvimento básico do empreendimento ou atividade. A licença de instalação autoriza o início da construção das instalações. A licença de operação autoriza o início e a continuidade das atividades operacionais. As licenças de operação deverão ser renovadas no período determinado pelo órgão ambiental estadual. 174 Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente nas Propriedades Todas as propriedades agrícolas do Brasil são obrigadas por lei a manterem áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente. Este procedimento é regulado pelo Código Florestal Brasileiro (Lei 4.771 de 15/09/1965). A Reserva Legal é a área de cada propriedade particular onde não é permitido o desmatamento (corte raso), mas que pode ser utilizada em forma de manejo sustentado. A Reserva Legal é uma área necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo da fauna e flora nativas. Nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, onde ocorre a Mata Atlântica, a Reserva Legal é de 20% de cada propriedade e na Região Centro-Oeste e na Amazônia é de 80% para as áreas onde ocorre floresta e de 35% onde ocorre o Cerrado. A Reserva Legal é permanente e deve ser averbada em cartório, à margem do registro do imóvel. A lei permite que a compensação da Reserva Legal seja feita em outra área, própria ou de terceiros, de igual valor ecológico, localizada na mesma microbacia e dentro do mesmo Estado, desde que observado o percentual mínimo exigido para aquela região. As áreas de preservação permanente são espaços, tanto de domínio público quanto de domínio privado, que limitam constitucionalmente o direito de propriedade, levando-se em conta, sempre, a função ambiental da propriedade. (Art. 170, VI da CR/88). No entanto, é desnecessária a desapropriação da área de preservação permanente, pois tal área não inviabiliza totalmente o exercício do direito de propriedade. As Constituições Estaduais protegem esses espaços por elas delineados, com a garantia de que somente mediante lei, eles poderão ser alterados ou suprimidos.(Art. 225, § 1º, III da CR/88). A Resolução CONAMA 302 de 20/03/2002 estabeleceu que as áreas de preservação permanente têm a “função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas”. A Área de Proteção Permanente é constituída pela flora-florestas e demais formas de vegetação (Art. 2º caput e 3º caput do Código Florestal) – fauna, solo, ar e águas (Lei 4.771/1965 e 7.803/1989 e ainda Resolução CONAMA 303 de 20/03/2002). Todas as nossas propriedades tem as suas áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente regulares perante ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA). Na Fazenda Pamplona, no Município de Luziânia no Estado de Goiás temos uma área de 1.349,27 hectares que está registrada como área urbana, e nesta área estamos com um processo de extinção do loteamento urbano e o retorno da área para área rural para então fazermos a averbação junto a matrícula da reserva legal existente. 175 RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL, PATROCÍNIO E INCENTIVO CULTURAL Possuímos um comitê formado por funcionários que desenvolvem projetos e ações sociais nas comunidades carentes das cidades em que atuamos. Alguns exemplos desses projetos são: Creche Nossa Senhora Aparecida. 2006 foi o primeiro ano de apoio à creche, localizada em Porto Alegre, sendo que várias atividades culturais e esportivas forma desenvolvidas nos meses de abril, maio, setembro, outubro e dezembro, dando oportunidade de aprendizado e diversão a 75 crianças carentes. Asilo Maria de Nazaré. O Lar Maria de Nazaré, localizado em Porto Alegre, atende cerca de 35 senhoras idosas, a maioria delas carente e sem família. Promovemos encontros ao longo do ano de 2006 no Asilo, especialmente em comemoração ao Dia das Mães e festividades típicas. Instituto do Câncer Infantil. Realizamos diversos encontros buscando levar qualidade de vida e carinho às crianças da Casa de Apoio do ICI, no estado do Rio Grande do Sul, localizada na Cidade de Porto Alegre. Casa da Criança. Localizada em Tangará de Serra, no estado do Mato Grosso, a Casa da Criança, assiste dezenas de crianças carentes. Doamos roupas à essa instituição, além de contribuir para reformas e melhorias na Instituição. Arrecadação de Alimentos. Cerca de 1.200 quilos de alimentos foram arrecadados na Fazenda Planorte e doados a famílias carentes da comunidade de Sapezal, no estado do Mato Grosso. A ação ocorreu durante uma gincana entre os nossos trabalhadores, realizada na VII Semana Interna de Prevenção a Acidentes do Trabalho Rural. Os alimentos arrecadados pelas equipes participantes do evento foram divididos em 58 cestas básicas e distribuídas às famílias da região. Creche Maria Madalena. O Grupo de Ação Social das fazendas Parnaíba e Planeste comemoraram a Páscoa com as crianças da creche. A instituição assiste 70 crianças carentes do município de Balsas, estado do Maranhão. Acreditamos que as nossas principais responsabilidades ambientais são investir em tecnologias que possibilitem trabalhar de forma econômica e ambientalmente corretas, desenvolver programas de educação ambiental e respeitados limites das reservas legais e áreas de preservação permanente. São exemplos de projetos que apoiamos para educação ambiental: Coleta Seletiva: Trabalhamos na redução, reutilização e reciclagem e resíduos. Os nossos resíduos são separados diretamente da fonte geradora, ou seja, os próprios funcionários destinam seus resíduos nos locais apropriados. Agricultura de Precisão: Utilizando os insumos de forma mais racional é possível reduzir o impacto dos de tais produtos sobre o meio ambiente, por meio de aplicações localizadas de fertilizantes e herbicidas, tornando estas atividades mais sustentáveis, bem como reduzir os custos de produção. Destinação das Embalagens: Possuímos uma Central de Recolhimento e Prensagem de Embalagens de Defensivos Agrícolas que gerencia o recebimento, prensagem, armazenamento e comercialização de embalagens de defensivos agrícolas. O lucro obtido é revertido na manutenção da própria entidade e em benefício da comunidade local. Em 2005 e 2006 ganhamos o Prêmio de Responsabilidade Social, oferecido pela Assembléia Legislativa do Rio Grande Sul. 176 ADMINISTRAÇÃO De acordo com o nosso Estatuto Social, somos administrados por um Conselho de Administração e por uma Diretoria. Nosso Estatuto Social também prevê um Conselho Fiscal de funcionamento não permanente, devendo ser instalado a pedido dos nossos acionistas. Conselho de Administração Atualmente o nosso Conselho de Administração é formado por cinco membros – um presidente, um vice-presidente, um conselheiro efetivo sem qualquer denominação específica e dois conselheiros efetivos designados conselheiros independentes, conforme definido no artigo 16, § 3º, de nosso Estatuto Social. O Vice-Presidente exercerá as funções do Presidente em suas ausências e impedimentos temporários, independentemente de qualquer formalidade. Na hipótese de ausência ou impedimento temporário do Presidente e do Vice-Presidente, as funções do Presidente serão exercidas por outro membro do Conselho de Administração indicado pelo Presidente. O nosso Conselho de Administração é o órgão responsável por, entre outras questões, determinar as nossas políticas e diretrizes dos nossos negócios. O Conselho de Administração também supervisiona a Diretoria e monitora a implementação, pela Diretoria, das políticas e diretrizes estabelecidas periodicamente pelo Conselho de Administração. De acordo com a Lei 6.404/76, o Conselho de Administração é ainda responsável pela contratação de nossos auditores independentes. Os membros do Conselho de Administração são eleitos em assembléia geral de acionistas por um mandato unificado de dois anos e estão sujeitos à reeleição. Os mandatos de todos os atuais membros do nosso Conselho de Administração vencem na data da Assembléia Geral Ordinária a ser realizada em 2009. Os membros do Conselho de Administração estão sujeitos à destituição a qualquer tempo, com ou sem justa causa, em uma assembléia geral de acionistas. O Conselho de Administração é presidido pelo presidente do Conselho de Administração e, em sua ausência, pelo vice-presidente do Conselho de Administração. Os membros do Conselho de Administração não necessitam residir no Brasil. Não elegemos os membros suplentes do Conselho de Administração. O Conselho de Administração se reúne uma vez a cada trimestre e a qualquer momento quando uma reunião extraordinária for convocada pelo presidente ou de qualquer outro membro. Cada conselheiro terá direito a 1 voto nas deliberações do órgão, sendo que as deliberações do Conselho de Administração são tomadas por maioria de seus membros. Exceto quando indicado diferentemente, o endereço comercial de cada Conselheiro é Rua Bernardo Pires, n° 128, 4º andar, Bairro Santana, CEP n° 90.620-010, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O quadro a seguir lista os atuais membros do nosso Conselho de Administração: Nome Eleito em Cargo Eduardo Silva Logemann Jorge Luiz Silva Logemann Arlindo de Azevedo Moura (*) José Galló Luiz Fernando Cirne Lima(*) 23.3.2007 23.3.2007 23.3.2007 23.4.2007 23.4.2007 Presidente do Conselho Vice–Presidente do Conselho Conselheiro Conselheiro Conselheiro (*) Conselheiros independentes. Segue um resumo da experiência comercial dos membros do Conselho de Administração: 177 Eduardo Silva Logemann. Exerce o cargo de Presidente do Conselho de Administração. É também Diretor Presidente da SLC Participações. É também membro do Conselho Consultivo e superintendente das áreas de agronegócio do Grupo SLC. Participa ativamente de órgãos de classe, sendo atualmente vice-presidente da FIERGS/CIERGS e vice-presidente da ABRAPA, além disso, exerceu o cargo de Diretor Presidente da John Deere Brasil S.A., no período de 1979 a 2001. Formado em Engenharia Mecânica pela PUC-RS. Atua no Grupo SLC desde 1970 e possui mais de 37 anos de experiência no ramo do agronegócio. Jorge Luiz Silva Logemann. Exerce o cargo de Vice-Presidente do Conselho de Administração. É também Diretor Vice-Presidente da SLC Participações. É Presidente do Conselho de Administração e Diretor Presidente FGSA, desde 2001. Atua no Grupo SLC desde 1987 e possui mais de 20 anos de experiência no ramo do agronegócio. É graduado em Medicina pela Faculdade Católica de Medicina de Porto Alegre. Arlindo de Azevedo Moura. Exerce o cargo de Diretor Presidente e membro do Conselho de Administração. Participa ativamente de órgãos de classe sendo, atualmente, Presidente da Amapa – Associação Maranhense dos Produtores de Algodão. Formado em Administração de Empresas pela Universidade de Ijuí-RS com Pós-Graduação em Finanças. Atuou como professor durante 12 anos na Universidade de Ijuí-RS. Exerceu o cargo de Diretor Presidente do Grupo Kepler Weber e Diretor Administrativo Financeiro para América do Sul John Deere Brasil S/A. Atua no Grupo SLC desde 1997 e possui mais de 20 anos de experiência no ramo do agronegócio. José Galló. Exerce o cargo de conselheiro independente. O Sr. Galló é graduado em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas e é também, desde setembro de 1991, Diretor Presidente das Lojas Renner S.A. e, desde abril de 1998, membro de seu Conselho de Administração. Adicionalmente, desde março de 2001, é membro do Conselho de Administração da companhia Calçados Azaléia S.A., desde abril de 2003, membro do Conselho Consultivo de ABN Amro – Banco Real; desde julho de 2005, Vice-Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre; e, desde abril de 2002, membro do Conselho Deliberativo da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul – Federasul. Luiz Fernando Cirne Lima. Exerce o cargo de conselheiro independente. O Sr. Cirne Lima é graduado em Agronomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e possui doutorado em Zootecnia pela mesma universidade. De dezembro de 1993 a abril de 2007, foi Diretor-Superintendente da Copesul. Desde agosto de 2001 é membro do Conselho de Administração da Braskem. Desde abril de 1996 é membro do Conselho de Administração do Banco Icatú. Desde fevereiro de 1989 é membro do Conselho Superior de Orientação Política e Social da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. De abril de 1999 a maio de 2000, foi membro do Conselho de Administração da Varig. De 1972 a 1978, foi membro do Board Of Trustees do Cimmyt – Centro Internacional de Melhoramentos de Milho e Trigo, no México. De 1969 a 1973, foi Ministro da Agricultura. De 1968 a 1969, foi Presidente da Farsul – Federação de Agricultura do Rio Grande Do Sul. Os Srs. Eduardo Silva Logemann e Jorge Silva Logemann são irmãos e controladores da nossa Companhia e dos Acionistas Vendedores. Não há relação familiar entre demais os membros do nosso Conselho de Administração e da nossa Diretoria. Diretoria A Diretoria é o nosso órgão administrativo executivo. Os diretores executivos são os nossos representantes legais e são responsáveis pela organização interna, processo deliberativo, operações diárias e implementação de políticas e diretrizes gerais estabelecidas periodicamente pelo Conselho de Administração. Atualmente, a nossa Diretoria é formada por dois membros, eleitos na reunião do Conselho de Administração realizada em 26 de março de 2007, com mandato unificado de dois anos, de acordo com o artigo 20 de nosso Estatuto Social. 178 Os membros da Diretoria são eleitos pelo Conselho de Administração por mandatos de dois anos e estão sujeitos à reeleição. O Conselho de Administração poderá destituir qualquer Diretor a qualquer tempo, com ou sem justa causa. De acordo com a Lei 6.404/76, os Diretores deverão residir no Brasil, mas não precisam ser acionistas da companhia. A nossa Diretoria se reúne sempre que convocada pelo Diretor Presidente ou pela maioria de seus membros. A Diretoria Financeira e de Relações com Investidores está localizada na Cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, Rua Bernardo Pires, n° 128, 4º andar, Bairro Santana, CEP n° 90.620-010. O responsável por esta diretoria é o Sr. Laurence Beltrão Gomes. O telefone do departamento de relações com investidores é (51) 3230 7799, o fax é (51) 3230 7750 e o e-mail é [email protected]. O quadro a seguir lista os membros atuais da nossa Diretoria: Nome Eleito em Cargo Arlindo de Azevedo Moura Laurence Beltrão Gomes 26.3.2007 26.3.2007 Diretor Presidente Diretor Financeiro e de Relações com Investidores Segue um resumo da experiência comercial dos Diretores que não são membros de nosso Conselho de Administração: Arlindo de Azevedo Moura. conforme descrição acima. Laurence Beltrão Gomes. Exerce o cargo de Diretor Financeiro e de Relações com Investidores. Formado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com mestrado em Administração de Empresas. Possui experiência no mercado financeiro, tendo atuado no Banco Bozano, Simonsen, na área financeira do Grupo Avipal e na área de tesouraria do Banco ABN AMRO Real S/A. Atua no Grupo SLC desde 1999, tendo exercido o cargo de Gerente Financeiro da SLC Participações. O endereço comercial dos Diretores é Cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, Rua Bernardo Pires, n° 128, 4° andar, Bairro Santana, CEP n° 90.620-010. Equipe Gerencial Nossas operações são exercidas por uma equipe gerencial supervisionada por nossa Diretoria, sendo que tal equipe é formada pelos seguintes colaboradores: Nome Cargo Aldo Roberto Tisott Aurélio Pavinato Álvaro Luiz Dilli Gonçalves Werner Tiede Cristiano Rodrigo Eckert Alpheu Greca Cavalcanti Evandro Carlos Dal Bem Fabiano Genezzini Gerson Trenhago Mário Reneu Gabe Theodomiro Garcia Neto Volnei Vasconcelos Vieira Gerente de Vendas Gerente de Planejamento Agrícola e Pesquisa Gerente de Recursos Humanos e Qualidade Gerente de Novos Negócios Gerente de Controladoria Gerente das Fazendas Parnaíba e Planeste Gerente da Fazenda Pamplona Gerente da Fazenda Panorama Gerente da Fazenda Planalto Gerente da Fazenda Paiaguás Gerente da Fazenda Palmeira Gerente da Fazenda Planorte 179 Conselho Fiscal A Lei 6.404/76 estabelece que tenhamos Conselho Fiscal com funcionamento permanente ou devendo ser instalado apenas nos exercícios sociais em que for solicitado pelos acionistas. Nosso Estatuto Social prevê que o funcionamento do Conselho Fiscal é de caráter não permanente. O Conselho Fiscal é um órgão separado, independente da nossa Administração e dos auditores independentes. As responsabilidades principais do Conselho Fiscal são fiscalizar os atos dos administradores, opinar sobre determinadas propostas dos órgãos de administração a serem submetidas à assembléia geral para deliberação, examinar nossas demonstrações contábeis e denunciar aos órgãos de administração e à assembléia geral os erros, fraudes ou crimes de que tiverem conhecimento. No exercício social em curso o Conselho Fiscal não foi instalado. Titularidade de Ações A tabela abaixo indica as participações detidas diretamente pelos Conselheiros e Diretores no nosso capital na data deste Prospecto: Administrador Eduardo Silva Logemann..................................................... Jorge Luiz Silva Logemann .................................................. Arlindo de Azevedo Moura ................................................. Laurence Beltrão Gomes ..................................................... José Galló ........................................................................... Luiz Fernando Cirne Lima.................................................... Total.................................................................................. Quantidade Participação % 1 1 1 0 1 1 5 0 0 0 0 0 0 0 Ver “Principais Acionistas e Acionistas Vendedores” para uma descrição das participações detidas indiretamente pelos Conselheiros Eduardo Silva Logemann e Jorge Silva Logemann. Remuneração De acordo com a Lei 6.404/76 e o nosso Estatuto Social, compete aos nossos acionistas, reunidos em assembléia geral, fixar a remuneração anual, de modo global, dos membros do nosso Conselho de Administração, Diretoria e Conselho Fiscal, se instalado, cabendo ao Conselho de Administração, em reunião, fixar a remuneração individual dos Conselheiros e Diretores. Na Ata de Reunião de Sócios realizada em 23 de março de 2007, foi fixada a remuneração global anual dos nossos administradores em R$1 milhão para o exercício social de 2007, já incluídos benefícios de qualquer natureza e verbas de remuneração e excluídos quaisquer ganhos decorrentes do Plano de Opção. Plano de Opção de Ações Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 23 de maio de 2007, nossos acionistas aprovaram um Plano de Opção de Ações para nossos diretores e gerentes. O Plano de Opção entrará em vigor somente após a liquidação da Oferta Pública. O Plano de Opção será gerido por um Comitê Gestor, ao qual competirá criar programas anuais de outorga de opções (“Programas Anuais”), definir relação de beneficiários e outras condições aplicáveis a cada programa, observados os termos e as condições básicas do Plano de Opção e as diretrizes fixadas pelo Conselho de Administração. 180 O Plano de Opção de Ações está limitado a um máximo de opções que resulte em uma diluição de 3% do capital social da Companhia na data de criação de cada Programa Anual, sendo que o Programa Anual de 2007, que será criado somente após a liquidação da Oferta Pública, estará limitado a 1% do capital social imediatamente após a homologação do aumento de capital relativo à Oferta Pública. A diluição corresponde ao percentual representado pela quantidade de ações que lastreiam as opções pela quantidade total de ações de emissão da Companhia. A distribuição das opções entre os beneficiários, incluindo a definição dos beneficiários e os níveis de concessão fixados em termos de quantidade de opções de cada Programa Anual, será decidida pelo Comitê Gestor, e aprovada pelo Conselho de Administração quando da criação de cada Programa Anual. O preço de exercício das opções do Programa Anual de 2007, que será equivalente ao preço de distribuição por ação fixado na Oferta Pública. O preço de exercício das opções dos Programas Anuais criados a partir de 2008, a ser pago pelos beneficiários titulares das opções quando a integralização do preço de emissão das ações subscritas, será equivalente à média ponderada por volume de negociações das cotações de fechamento das ações da Companhia, na BOVESPA, nos 90 pregões anteriores ao último dia do mês anterior ao mês de criação do Programa Anual. Para os Programas Anuais criados a partir de 2008, o Conselho de Administração poderá, a seu exclusivo critério, estabelecer um desconto de até 20% sobre a média apurada, bem como estabelecer que o preço de exercício deva ser corrigido monetariamente, a partir da data-base de sua determinação, por meio de índice de preços a ser definido pelo Conselho de Administração da Companhia em cada Programa Anual. Os beneficiários do Plano de Opção de Ações poderão exercer suas opções dentro de até cinco anos contados da respectiva outorga. O período de carência (vesting) será de até três anos, com liberações de 20% a partir do primeiro aniversário, 40% a partir do segundo aniversário e 100% a partir do terceiro aniversário. Considerando que o preço de exercício das opções do Programa Anual de 2007 será equivalente ao Preço por Ação fixado na Oferta Pública, e que o preço de exercício das opções dos Programas Anuais criados a partir de 2008 será baseado nas cotações das ações da nossa Companhia à epoca da outorga, as opções objeto do Plano de Opção não apresentam, a princípio, ganho previsível e antecipadamente calculável na data deste Prospecto. Contudo, para efeito de análise de sensibilidade, cada R$1,00 que seja obtido de lucro na venda das ações objeto do exercício das 2.685.000 opções que poderão ser outorgadas no âmbito do Plano de Opção assumindo a outorga de opções equivalentes a 3% do capital social após a Oferta Pública, representará ganho de R$2,685 milhões, bruto de impostos, ao conjunto de beneficiários, valor esse que impactaria o resultado do exercício e o patrimônio líquido caso a nossa Companhia fizesse o reconhecimento das despesas referentes à concessão das ações, o que não temos atualmente intenção de fazer, conforme permitido pelas Práticas Contábeis Adotadas no Brasil. Ver “Diluição – Diluição Societária” e “Diluição – Diluição Econômica” para informações sobre os efeitos de diluição societária e econômica do Plano de Opções. 181 PRINCIPAIS ACIONISTAS E ACIONISTAS VENDEDORES Principais Acionistas A tabela a seguir inclui informações referentes à participação acionária na nossa Companhia pelos atuais acionistas na data deste Prospecto, e após a conclusão da Oferta, sem considerar o exercício da Opção de Ações Suplementares: Composição Atual do Capital Social Acionista SLC Participações .................. Evaux Participações ............... Ferramentas Gerais................ Conselheiros ......................... Outros .................................. Total .................................... Quantidade de Ações e Porcentagens Ações antes da Oferta Ações após a Oferta Ações (%) Ações (%) 37.541.708 21.520.787 8.437.500 5 – 67.500.000 55,6 31,9 12,5 0,0 – 100,0 37.541.708 21.520.787 – 5 30.437.500 89.500.000 41,9 24,0 – 0,0 34,0 100,0 A SLC Participações é detida pela Família Logemann, sendo 43,2% de seu capital social detido pela Sra. Zaira Elisabeth Silva Logemann, 11,7% pelo Sr. Jorge Luiz S. Logemann, 11,7 % pelo Sr. Marcelo Silva Logemann, 11,7% pela Sra. Elisabeth Silva Logemann, 11,7% pela Sra. Ana Beatriz Logemann de Almeida, 7,7% pelo Sr. Eduardo Silva Logemann, e, 2,3% pela Sra. Sonia Maria Bertuol Logemann. A Evaux Participações é detida pela SLC Participações, que detem 99,9% do seu capital social. Por sua vez, a Evaux Participações detêm 98,81% da Ferramentas Gerais S.A., que detêm 100% da Ferramentas Gerais. Alterações relevantes na participação dos membros do grupo de controle nos três últimos exercícios sociais Não houve alterações relevantes na participação dos membros do grupo de controle nos três últimos exercícios sociais. Acordo de Acionistas Não há acordo de acionistas registrado na sede da Companhia. 182 OPERAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS No curso regular de nossos negócios, contratamos operações com partes relacionadas em condições plenamente comutativas e de acordo com as práticas e valores de mercado, as quais resumimos abaixo. Venda de Imóveis No exercício de 2006, nossa controlada SLC Empreendimentos vendeu dois terrenos, no valor total de R$9.269 mil, para a SLC Participações e Ughini Empreendimentos Imobiliários Ltda. Contrato de Arrendamento Rural Utilizamos, como arrendatária, alguns imóveis de propriedade da SLC Empreendimentos. Em 1° de janeiro de 2007, celebramos um Contrato de Arrendamento Rural com a SLC Empreendimentos, tendo por objeto diversas glebas de terra (incluindo lotes das Fazendas Planalto, Pamplona, Planeste, Palmeira e Paiaguás). O contrato foi celebrado pelo prazo de dez anos, iniciando-se em 1º de janeiro de 2007 e com término previsto para 31 de dezembro de 2016, sendo o aluguel devido entre cinco e onze sacas de soja por hectare agricultável por ano-safra, de acordo com os preços de mercado praticados em cada região. Contratos de mútuo e financiamento Em 30 de novembro de 2006, nossos acionistas aprovaram a cisão parcial de certos ativos e passivos não relacionados com as nossas atividades agrícolas representados pelo investimento detido na sociedade FGSA no valor de R$53,1 milhões e passivos representados por um contrato de mútuo mantido com empresa ligada no valor de R$16,3 milhões e financiamento com a instituição financeira no valor de R$36,7 milhões, vertendo-os para a sociedade controladora Evaux. Como conseqüência desta cisão parcial, o acervo líquido cindido resultou em uma redução em nosso capital social no valor de R$100 mil. Garantias Diversos empréstimos e financiamentos em nosso nome e em nome de nossas fazendas estão garantidos sob as modalidades de hipoteca, penhor, alienação fiduciária em garantia e também por aval, entre outras formas, garantias essas prestadas tanto pela SLC Participações, no montante total de R$71 milhões em 31 de março de 2007, e por nossa controlada SLC Empreendimentos, no montante total de R$21 milhões em 31 de março de 2007. Ver “Nossas Atividades – Contratos Relevantes – Contratos Financeiros” para maiores informações a respeito das garantias prestadas por nossas controladoras em nosso favor. Cessão e Licenciamento de Marcas Em 16 de abril de 2007, a nossa Companhia e a SLC Participações celebraram um Contrato de Licenciamento de Marcas, não oneroso, pelo qual a SLC Participações outorgou à nossa Companhia, pelo prazo de 10 anos, uma licença não exclusiva gratuita de uso da marca mista “SLC Agrícola”. A licença outorgada é intransferível, exceto em caso de anuência da SLC Participações. A marca deverá ser utilizada na forma em que estiver registrada. A marca acima descrita permanecerá sob a titularidade da SLC Participações durante todo o prazo de vigência do contrato, sendo que em caso de rescisão antecipada por motivo de alteração do controle da nossa Companhia, a licença concedida será imediata e automaticamente rescindida, devendo a Companhia cessar o uso da marca e proceder à alteração de sua denominação social, de forma a excluir qualquer referência à marca “SLC Agrícola”. Contratos com empresas do Grupo SLC Exceto pelas operações divulgadas acima, não possuímos relacionamento comercial ou outras operações relevantes com empresas do Grupo SLC. 183 DESCRIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL Esta seção apresenta breve sumário de disposições relevantes do Estatuto Social, da Lei 6.404/76 e dos atos normativos expedidos pela CVM. Esse sumário não tem por objetivo ser completo e faz referência ao Estatuto Social, à Lei 6.404/76 e aos regulamentos e normas da CVM. O Estatuto Social é o principal documento que rege a nossa Companhia. Em 18 de maio de 2007, celebramos “Contrato de Participação no Novo Mercado” com a BOVESPA. Esse contrato entrará em vigor na data da publicação do Anúncio de Início. Enquanto estivermos listados no Novo Mercado, o nosso capital social só pode ser composto de ações ordinárias. Para sairmos do Novo Mercado, devemos efetivar oferta pública para a aquisição das ações ordinárias de nossa emissão. Ver “Descrição do Capital Social – Saída do Novo Mercado”. Geral Somos uma sociedade por ações, constituída, de acordo com as leis do Brasil, na Rua Bernardo Pires, n° 128, 4º andar, Bairro de Santana, CEP 90.620-010, na Cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul. Estamos registrados na Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul sob o NIRE 43300047521. Capital Social Na data deste Prospecto, o nosso capital social corresponde a R$191.002.659,85, dividido em 67.500.000 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. Em conformidade com o contrato firmado entre a nossa Companhia, os Administradores e a BOVESPA com respeito à listagem das ações no Novo Mercado, é vedado termos ações sem direito a voto ou com direitos restritos de voto, a menos que antes ela seja excluída do Novo Mercado. O Estatuto Social autoriza o Conselho de Administração a aumentar o nosso capital social por meio da emissão de até 32.500.000 ações ordinárias sem necessidade de reforma estatutária. Para cada aumento de capital que exceder o valor autorizado, será exigida a aprovação dos acionistas reunidos em assembléia geral. Em 1º de janeiro de 2004, foi aprovada a cisão parcial da Companhia, com a conseqüente versão de parte de seus elementos patrimoniais à SLC Empreendimentos e a decorrente redução de seu capital social de R$106.698 mil para R$72.908 mil. Em 14 de janeiro de 2005, foi aprovada a integralização de capital no valor de R$8.108 mil, aumentando o capital social de R$72.908 mil para R$81.016 mil. Em 24 de fevereiro de 2006 o capital social foi aumentado em R$6.487 mil, dos quais R$6.180 mil mediante capitalização de adiantamento para futuro aumento de capital realizado em 5 de agosto de 2005 e, em 29 de novembro de 2006 por meio da integralização de participação societária na controlada SLC Empreendimentos no valor de R$53.558 mil. Nos últimos cinco anos, os aumentos de capital de nossa Companhia foram realizados com base no valor de R$1,00 por quota. Em 30 de março de 2007, capitalizamos R$ 50.042 mil com base no valor patrimonial, de R$0,74 por ação. Ações em Tesouraria Não possuímos ações em tesouraria. 184 Objeto Social Segundo o art. 3º do Estatuto Social, o ramo de atividade da Companhia é (i) agricultura e pecuária; (ii) produção e comercialização de sementes e mudas; (iii) beneficiamento e comercialização de seus produtos, podendo exportá-los e importar bens para seu uso e consumo próprio; (iv) fornecimento de bens e produtos agropecuários primários e mercadorias em geral aos seus funcionários; (v) prestação de serviços de recepção, limpeza, secagem e armazenamento de cereais de terceiros; (vi) prestação de serviços com máquinas e implementos agrícolas para terceiros; (vii) comércio, importação e exportação de produtos agrícolas; e (viii) atividade agroindustrial de industrialização de cana-de-açúcar, de produção própria e adquirida de terceiros, fabricação e comércio de açúcar, álcool e seus derivados. A Companhia poderá explorar outros ramos que tenham afinidade com o objeto expresso no artigo 3°, bem como participar de outras sociedades, no País ou no exterior. Conselheiros O Estatuto Social prevê que o Conselho de Administração deve ser composto por no mínimo cinco e no máximo sete Conselheiros. O número exato de Conselheiros é estabelecido em assembléia geral pelo voto de acionistas detentores da maioria das nossas ações ordinárias. Os Conselheiros são eleitos em assembléia geral. A Lei 6.404/76 permite a adoção do processo de voto múltiplo na eleição dos membros do Conselho de Administração, mediante requerimento de acionistas que representem no mínimo 10% do nosso capital social. Se os acionistas não solicitarem o voto múltiplo, os Conselheiros serão eleitos pela maioria dos acionistas detentores das ações ordinárias. Além disso, acionistas que detiverem, individualmente ou em conjunto, 10% ou mais das ações ordinárias de nossa emissão terão o direito de escolher um Conselheiro. Os Conselheiros possuem mandato unificado de 2 anos. Segundo a Lei 6.404/76, cada Conselheiro deve deter, no mínimo, uma ação da nossa Companhia. Não há idade para aposentadoria compulsória dos Conselheiros. Segundo as Regras do Novo Mercado e previsão estatutária, no mínimo 20% dos membros do Conselho de Administração deverão ser Conselheiros Independentes. Direitos das Ações Ordinárias Cada uma de nossas ações ordinárias confere ao seu detentor o direito de um voto em qualquer assembléia geral ordinária ou extraordinária de nossos acionistas. Os detentores de ações ordinárias têm direito ao recebimento de nossos dividendos ou outras distribuições feitas a nossos acionistas de forma proporcional às suas respectivas participações no total das ações de nossa emissão. Adicionalmente, em caso de liquidação da nossa Companhia, os detentores de ações ordinárias terão direito ao rateio dos nossos ativos remanescentes após o pagamento de todos os passivos na proporção de suas respectivas participações no total das ações de nossa emissão. Os detentores das nossas ações ordinárias não são responsáveis por futuras chamadas de capital por nossa parte. De acordo com a Lei 6.404/76, o estatuto social e as deliberações aprovadas em assembléia geral de sociedade por ações não poderão privar os acionistas dos seguintes direitos: • participar da distribuição de lucros; • participar do nosso acervo, em caso de liquidação; • fiscalizar, na forma prevista em lei, a gestão dos negócios sociais; 185 • preferência para subscrição de ações, debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição, exceto em algumas circunstâncias específicas nos termos da legislação brasileira, descritas em “Direito de Preferência”; e • retirar-se da nossa Companhia nas hipóteses indicadas na Lei 6.404/76, conforme descrito em “Direito de Retirada e Reembolso”. Destinação dos Resultados do Exercício De acordo com a Lei 6.404/76, nós devemos primeiro deduzir dos resultados do exercício os prejuízos acumulados nos exercícios sociais anteriores e a provisão para imposto de renda e contribuições sociais. Após tais deduções, devemos aplicar o saldo remanescente para o pagamento das quantias destinadas às participações dos funcionários nos nossos lucros. Lucro líquido é definido como o resultado do exercício que remanescer após tais deduções. Destinação do Lucro Líquido Em cada assembléia geral ordinária de acionistas, será exigido que o Conselho de Administração recomende como os lucros líquidos do exercício social precedente deverão ser destinados. Tal destinação está sujeita à deliberação por parte dos nossos acionistas. Os lucros líquidos podem ser destinados às reservas de lucros e ao pagamento de dividendos ou juros sobre o capital próprio. Reservas de Lucros A nossa conta de reserva de lucros é composta por reserva legal e reserva de retenção de lucros. O saldo das reservas de lucros não poderá ultrapassar o nosso capital social, e qualquer excedente deve ser capitalizado ou distribuído como dividendo. Não possuímos outras reservas de lucros. Reserva Legal. Nos termos da Lei 6.404/76 e do Estatuto Social, devemos destinar 5% do lucro líquido de cada exercício social para a reserva legal. A reserva legal não poderá exceder 20% do nosso capital integralizado. Ademais, poderemos deixar de destinar parcela do lucro líquido para a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital, exceder a 30% do capital social. Reserva Estatutária. Nos termos da Lei 6.404/76, o Estatuto Social pode criar reservas, desde que determine a sua finalidade, o percentual dos lucros líquidos a ser destinado para essas reservas e o valor máximo a ser mantido em cada reserva estatutária. A destinação de recursos para tais reservas não pode ser aprovada em prejuízo do dividendo obrigatório. Ver “Dividendos”. O Estatuto Social prevê que a Companhia manterá reserva de lucros estatutária denominada “Reserva de Expansão”, que terá por fim assegurar recursos para financiar aplicações adicionais em ativos operacionais e será formada com até 75% do lucro líquido que remanescer após as deduções legais e estatutárias, não podendo essa reserva ultrapassar o valor do capital social. Reserva para Contingências. Nos termos da Lei 6.404/76, o nosso lucro líquido pode ser destinado para a reserva para contingências com o objetivo de compensar qualquer diminuição futura nos lucros em razão de futura perda provável. A reserva deverá ser revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda. Reserva de Retenção de Lucro. Nos termos da Lei 6.404/76, os nossos acionistas poderão deliberar, em assembléia geral, a retenção de parte do lucro líquido para ser utilizado em nossos investimentos. O valor retido deve ser utilizado em investimentos conforme orçamento de capital aprovado pela assembléia geral. O orçamento deve ser revisado anualmente, quando tiver duração superior a um exercício social. A retenção de lucros não poderá ser aprovada em prejuízo da distribuição do dividendo obrigatório. 186 Reserva de Lucros a Realizar. Nos termos da Lei 6.404/76, quando o dividendo obrigatório ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembléia geral de acionistas poderá, por proposta da Administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. Para fins de constituição da reserva de lucros a realizar, considera-se realizada a parcela do lucro líquido que exceder à soma do resultado líquido positivo da equivalência patrimonial com o lucro, ganho ou rendimento, em operações cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do dividendo obrigatório. Os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subseqüentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo obrigatório após a realização. Dividendos e Política de Dividendos A Lei 6.404/76 exige que realizemos assembléia geral de acionistas até o dia 30 de abril de cada ano, na qual o dividendo anual poderá ser declarado. Adicionalmente, dividendos intermediários poderão ser declarados pelo Conselho de Administração ad referendum da assembléia de acionistas. A Lei 6.404/76 estabelece o direito dos acionistas ao recebimento, a título de dividendo obrigatório, em cada exercício social, da quantia de lucros determinada em seu estatuto social, ou se não houver nenhuma determinação dessa natureza no estatuto social, de 25% do lucro líquido ajustado do exercício social, acrescido da reversão da parcela realizada dos lucros anteriormente registrados na reserva de lucros a realizar, se não absorvidos por prejuízos. Entende-se por lucro líquido ajustado a quantia correspondente ao lucro líquido do exercício menos (i) as quantias destinadas às reservas legal e para contingências, mais (ii) a reversão da reserva para contingências. O pagamento do dividendo assim apurado poderá ser limitado ao montante realizado do lucro líquido, desde que a diferença seja registrada como reserva de lucros a realizar. Dividendos podem ser distribuídos a partir dos lucros líquidos do exercício social relevante, lucros acumulados e reservas de lucros. Além disso, quaisquer lucros líquidos não destinados às reservas de lucros devem ser distribuídos como dividendos. Nos termos da Lei 6.404/76, os dividendos devem ser pagos à pessoa que, na data do ato de declaração do dividendo, estiver inscrita como proprietária ou usufrutuária da ação no prazo de 60 dias após a declaração do dividendo, a menos que a deliberação dos acionistas determine outra data de pagamento que, em qualquer caso, deverá ocorrer antes do encerramento do exercício social no qual o dividendo foi declarado. O acionista tem prazo de três anos a contar da data de pagamento do dividendo para exigir os dividendos referentes às suas ações, sendo que após esse prazo não teremos qualquer responsabilidade em relação ao pagamento. O valor do dividendo declarado não está sujeito a ajustes ou correções pela inflação correspondente ao período entre a data da declaração e a data do pagamento. Conseqüentemente, em termos efetivos, o valor dos dividendos pagos aos acionistas, pelo fato de não ser corrigido, poderá sofrer redução substancial devido à inflação. O Estatuto Social determina que no mínimo de 25% do lucro líquido ajustado seja distribuído como dividendo obrigatório. A Lei 6.404/76 permite que suspendamos a distribuição obrigatória de dividendos se o Conselho de Administração relatar na assembléia geral ordinária de acionistas que a distribuição seria incompatível com a nossa situação financeira na ocasião. O Conselho Fiscal, se instalado, deve dar parecer sobre qualquer suspensão da distribuição obrigatória de dividendos. Ademais, a administração deve comunicar os motivos de qualquer suspensão da distribuição à CVM. Devemos constituir reserva especial com os lucros líquidos não distribuídos em conseqüência de alguma suspensão. Se não forem absorvidos por prejuízos subseqüentes, devemos distribuir tais lucros líquidos tão logo a nossa situação financeira permita. 187 Nosso Estatuto Social prevê que a Companhia manterá reserva de lucros estatutária denominada “Reserva de Expansão”, que terá por fim assegurar recursos para financiar aplicações adicionais em ativos operacionais e será formada com até 75% do lucro líquido que remanescer após as deduções legais e estatutárias, não podendo essa reserva ultrapassar o valor do capital social. Conforme o nosso Estatuto Social os administradores da Companhia poderão, se atribuído por Assembléia Geral, ter uma participação nos lucros não superior a 10% do remanescente do resultado do exercício, limitada à remuneração anual global dos administradores. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados, se houver, e a provisão para o imposto sobre a renda e contribuição social sobre o lucro. É condição para pagamento de tal participação a atribuição aos acionistas do dividendo obrigatório. Sempre que for levantado balanço intermediário e com base nele forem pagos dividendos intermediários em valor ao menos igual a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado de acordo com o nosso Estatuto Social, o Conselho de Administração poderá deliberar, ad referendum da Assembléia Geral, o pagamento de uma participação intermediária nos lucros aos administradores. Juros sobre o Capital Próprio Desde 1º de janeiro de 1996, as sociedades brasileiras estão autorizadas a pagar juros limitados a titulares de participações acionárias e considerar tais pagamentos dedutíveis para efeito de cálculo do imposto de renda e, desde 1998, também para efeito de contribuição social. A taxa utilizada no cálculo dos juros sobre o capital próprio limita-se à variação da TJLP durante o período aplicável e limita-se ao que for maior entre: (i) 50% do nosso lucro líquido (antes de se considerar o pagamento de juros ou quaisquer deduções referentes a CSLL e IRPJ) e (ii) 50% nossos dos lucros acumulados e reservas de lucros, em cada caso, apenas com relação ao período relevante. Nos termos do Estatuto Social, o valor distribuído aos acionistas a título de juros sobre o capital próprio, líquido de imposto retido na fonte, poderá ser imputado como parte do dividendo obrigatório. De acordo com a legislação aplicável, somos obrigados a pagar aos acionistas quantia suficiente para assegurar que a quantia líquida recebida pelos acionistas a título de juros sobre o capital próprio, descontado o pagamento do imposto retido na fonte aplicável, acrescida do valor dos dividendos declarados, seja no mínimo equivalente ao montante do dividendo obrigatório. Assembléias Gerais As assembléias gerais convocadas e realizadas em conformidade com a Lei 6.404/76 e com o Estatuto Social estão autorizadas a decidir todos os negócios relativos ao nosso objeto e a tomar todas as deliberações que julgarem convenientes para proteger os nossos interesses. Os acionistas possuem poderes exclusivos para: (i) alterar o estatuto social; (ii) eleger ou destituir os membros do Conselho de Administração (e os membros do Conselho Fiscal) a qualquer tempo; (iii) rever anualmente as contas preparadas pelos administradores e aprovar as demonstrações contábeis por eles apresentadas, incluindo a destinação dos lucros líquidos; (iv) autorizar a emissão de debêntures conversíveis ou com garantia real; (v) suspender o exercício dos direitos de algum acionista; (vi) deliberar sobre a avaliação de bens a serem aportados por algum acionista ao capital social; (vii) deliberar sobre a nossa transformação, incorporação, fusão ou cisão, ou nossa dissolução e liquidação, eleger e destituir nossos liquidantes e aprovar nossas contas; e (viii) autorizar os administradores a confessar falência e pedir concordata. 188 De acordo com a Lei 6.404/76, o nosso Estatuto Social e as deliberações aprovadas em assembléia geral não podem privar os nossos acionistas dos seguintes direitos: (i) direito de votar nas assembléias gerais; (ii) direito de participar na distribuição dos lucros; (iii) direito de participar, na proporção da sua participação no capital social, na distribuição de quaisquer ativos remanescentes na hipótese da nossa liquidação; (iv) direito de preferência na subscrição de ações, debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição, exceto em determinadas circunstâncias previstas na Lei 6.404/76 descritas em “Descrição do Capital Social – Direito de Preferência”; e (v) direito de retirar-se da nossa Companhia nos casos previstos na Lei 6.404/76, conforme descrito em “Descrição do Capital Social – Direito de Retirada e Reembolso”. Com relação ao direito de votar nas assembléias gerais mencionado no item (i) acima, vide “Descrição do Capital Social – Suspensão dos Direitos do Acionista Adquirente por Infração ao Nosso Estatuto Social”. A assembléia geral de acionistas é convocada por meio de aviso a ser publicado pelo menos três vezes no Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul e nos jornais “Jornal do Comércio”, editado em Porto Alegre, e “Valor Econômico”, quinze dias antes da data de realização da assembléia, em primeira convocação, e com oito dias de antecedência, em segunda convocação. Esse aviso deve conter a ordem do dia da assembléia e, no caso de alteração ao Estatuto Social, indicação da alteração proposta. Excetuadas as assembléias gerais de acionistas convocadas com o objetivo de alterar o Estatuto Social, para as quais é necessária a presença de acionistas representando dois terços das ações com direito de voto, em primeira convocação, a Lei 6.404/76 prevê que a assembléia geral de acionistas pode ser instalada, em primeira convocação, com a presença de acionistas representando, pelo menos, um quarto das ações com direito de voto. Em qualquer caso, entretanto, se não houver tal quorum em primeira convocação, a assembléia poderá se realizar, em segunda convocação, com qualquer número de acionistas. De modo geral, as deliberações de assembléia geral de acionistas são tomadas pelo voto afirmativo de acionistas representando, pelo menos, a maioria das nossas ações com direito de voto presentes em assembléia geral, sendo excluídas as abstenções. Entretanto, o voto afirmativo dos acionistas representando a metade das ações com direito de voto é necessário para (i) reduzir o dividendo obrigatório; (ii) nossa fusão ou incorporação em outra sociedade; (iii) participar de grupo de sociedades, conforme definição constante na Lei 6.404/76; (iv) alterar o objeto social; (v) cessação do nosso estado de liquidação; e (vi) nossa cisão ou dissolução. As assembléias gerais de acionistas são convocadas pelo Conselho de Administração e instaladas e presididas pelo Presidente do Conselho de Administração ou, na ausência deste, por outro Conselheiro, Diretor ou um acionista indicado por escrito pelo Presidente do Conselho. Assembléias gerais de acionistas também podem ser convocadas (i) pelo Conselho Fiscal, se instalado, em determinados casos previstos na Lei 6.404/76; (ii) por qualquer acionista, se o Conselho de Administração atrasar a convocação de assembléias, conforme previsto no Estatuto Social ou na Lei 6.404/76, em mais de 60 dias; (iii) por acionistas que detiverem, no mínimo, 5% do capital social, se o Conselho de Administração deixar de convocar assembléia no prazo de oito dias após o recebimento de pedido de convocação de assembléia, juntamente com proposta da ordem do dia; e (iv) por acionistas representando, no mínimo, 5% do capital com direito de voto, se o Conselho de Administração deixar de convocar assembléia geral de acionistas para a instalação do Conselho Fiscal no prazo de oito dias após o recebimento de pedido de convocação de assembléia para tal fim. O acionista pode ser representado na assembléia geral de acionistas por procurador nomeado não mais do que um ano antes da assembléia. O procurador deve ser acionista, diretor da nossa Companhia ou advogado. Em companhias abertas, como nós, o procurador também pode ser instituição financeira. 189 Direito de Preferência Cada um de nossos acionistas tem direito de preferência para participar de qualquer emissão de novas ações que realizarmos em aumento de capital, assim como na subscrição de debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição, na proporção de sua participação acionária. O prazo para exercício do direito de preferência não será inferior a 30 dias contado da publicação de aviso aos acionistas referente ao aumento de capital, emissão de debêntures conversíveis, ou bônus de subscrição. Não obstante o acima exposto, o Conselho de Administração tem autorização para eliminar o direito de preferência nas emissões de novas ações, debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição até o limite do capital social autorizado, desde que a distribuição seja efetuada (i) por meio de bolsa de valores ou em oferta pública; ou (ii) por meio de oferta pública de permuta para adquirir o controle de outra sociedade. Direito de Retirada e Reembolso Qualquer um de nossos acionistas dissidente poderá retirar-se da nossa Companhia, mediante reembolso do valor de suas ações, se acionistas que representarem no mínimo 50% das nossas ações ordinárias deliberarem, em assembléia geral (i) reduzir o dividendo obrigatório; (ii) a nossa fusão ou incorporação em outra sociedade; (iii) participar de grupo de sociedades; (iv) alterar o nosso objeto social; (v) nossa cisão; (vi) transferir a totalidade das nossas ações para outra empresa, visando transformar-nos em subsidiária integral dessa empresa (incorporação de ações); ou (vii) aprovar certas operações de reestruturação societária entre nós e nossos acionistas controladores, sociedades controladas ou sociedades sob controle comum, na medida em que a relação de substituição das ações proposta aos nossos acionistas não controladores seja inferior aos limites previstos na Lei 6.404/76. As hipóteses dos itens (ii), (iii), (vi) e (vii) acima não darão direito de reembolso ao acionista dissidente se as nossas ações forem incluídas no cálculo dos índices de ações negociados no mercado de valores mobiliários ou no exterior, e se o acionista controlador ou suas coligadas forem os detentores de menos de 50% das nossas ações. A nossa cisão só dará direito de reembolso ao acionista dissidente se a cisão acarretar (i) alteração do nosso objeto social, salvo na medida em que o nosso principal objetivo comercial para a qual os ativos e passivos cindidos forem transferidos seja condizente com o nosso objeto social; (ii) redução dos dividendos obrigatórios; ou (iii) participação em grupo de sociedades, conforme definido na Lei 6.404/76. O acionista decai do direito de retirada, se não o exercer dentro de 30 dias após a publicação da ata da assembléia geral pertinente. Podemos reconsiderar a deliberação que tiver gerado o direito de retirada, nos dez dias subseqüentes ao término do prazo de 30 dias mencionado acima, se o reembolso afetar a nossa estabilidade financeira. Direitos de Resgate Resgate consiste no pagamento do valor das ações para retirá-las definitivamente de circulação. De acordo com a Lei 6.404/76, poderemos resgatar nossas ações mediante deliberação tomada em assembléia geral especial por acionistas representando, no mínimo, 50% das ações afetadas. O pagamento do valor do resgate poderá ser feito com lucros ou reservas de lucros. 190 Mecanismo de Proteção da Dispersão da Base Acionária Nosso Estatuto Social contém disposição que tem o efeito de evitar a concentração de nossas ações nas mãos de um grupo pequeno de investidores, de modo a promover uma base acionária mais dispersa. A disposição nesse sentido exige que qualquer acionista que adquira ou se torne titular de (i) ações de nossa emissão; ou (ii) de outros direitos, inclusive o usufruto e o fideicomisso, sobre ações de emissão da Companhia, em quantidade igual ou superior a 20% do capital social da Companhia, deverá, no prazo máximo de 30 dias a contar da data de aquisição ou do evento que resultou na titularidade de ações em quantidade igual ou superior a 20% do total de ações de emissão da Companhia, efetivar uma oferta pública de aquisição de ações da totalidade das ações de nossa emissão, observando-se o disposto na regulamentação aplicável da CVM, os regulamentos da BOVESPA e os termos do nosso Estatuto Social. A obrigação de realizar uma oferta pública de aquisição nos termos aqui descritos não se aplica na hipótese de uma pessoa tornar-se titular de ações de emissão da Companhia em quantidade superior a 20% do total das ações em decorrência (i) de sucessão legal, sob a condição de que o acionista aliene o excesso de ações em até 30 dias contados do evento relevante; (ii) da incorporação de uma outra sociedade pela Companhia; (iii) da incorporação de ações de uma outra sociedade pela Companhia; ou (iv) da subscrição de ações da Companhia, realizada em uma única emissão primária, que tenha sido aprovada em Assembléia Geral de acionistas da Companhia, convocada pelo seu Conselho de Administração, e cuja proposta de aumento de capital tenha determinado a fixação do preço de emissão das ações com base em valor econômico obtido a partir de um laudo de avaliação econômicofinanceira da Companhia realizada por empresa especializada com experiência comprovada em avaliação de companhias abertas. Para fins do cálculo do percentual de 20% do total de nossas ações, não serão computados os acréscimos involuntários de participação acionária resultantes de cancelamento de ações em tesouraria ou de redução do capital social da Companhia com o cancelamento de ações. A oferta pública de aquisição deverá ser (i) dirigida indistintamente a todos os acionistas da Companhia; (ii) efetivada em leilão a ser realizado na BOVESPA; (iii) lançada pelo preço determinado de acordo com o procedimento previsto no Estatuto Social da Companhia; e (iv) paga à vista, em moeda corrente nacional, contra a aquisição na oferta pública de aquisição de ações de emissão da Companhia. O preço de aquisição na oferta pública de aquisição de cada ação de emissão da Companhia não poderá ser inferior ao maior valor entre (i) 130% do valor econômico apurado em laudo de avaliação; (ii) 130% do preço de emissão das ações verificado em qualquer aumento de capital realizado mediante distribuição pública ocorrida no período de 24 meses que anteceder à data em que se tornar obrigatória a realização da oferta pública de aquisição de ações, valor esse que deverá ser devidamente atualizado pelo IPCA desde a data de emissão de ações para aumento de capital até o momento de liquidação financeira da oferta pública de aquisição de ações; (iii) 130% da cotação unitária média das ações de emissão da Companhia durante o período de 90 dias anterior à efetivação da oferta pública de aquisição, ponderada pelo volume de negociação na bolsa de valores em que houver o maior volume de negociações das ações de emissão da Companhia; e (iv) 130% do preço unitário mais alto pago pelo acionista adquirente, a qualquer tempo, por uma ação ou lote de ações de emissão da Companhia. Caso a regulamentação da CVM aplicável à oferta pública de aquisição prevista nesse caso determine a adoção de um critério de cálculo para a fixação do preço de aquisição de cada ação da Companhia na oferta pública de aquisição que resulte em preço de aquisição superior, deverá prevalecer na efetivação da oferta pública de aquisição aquele preço de aquisição calculado nos termos da regulamentação da CVM. A efetivação da oferta pública de aquisição não exclui a possibilidade de outro acionista da Companhia, ou, se for o caso, a própria Companhia, formular uma oferta pública de aquisição concorrente, nos termos da regulamentação aplicável. 191 Nos termos do Estatuto Social da Companhia, a Assembléia Geral de acionistas da Companhia poderá dispensar o Acionista Adquirente da obrigação de efetivar a oferta pública de aquisição de ações, caso seja do interesse da Companhia. Controle Difuso Haverá Controle Difuso na hipótese do Controle sobre as nossas atividades ser exercido por um acionista detentor de menos de 50% de nosso capital social ou por vários acionistas que detenham percentual superior a 50% do capital social em que cada acionista detenha individualmente menos de 50% do capital social e desde que estes acionistas não sejam signatários de acordo de votos, não estejam sob controle comum e nem atuem representando um interesse comum. Tais acionistas não serão considerados Controladores para os seguintes propósitos, entre outros, nos termos de nosso Estatuto Social: • em caso de cancelamento de registro de companhia aberta, nós seremos responsáveis pela efetivação de oferta pública de aquisição de ações, observadas as limitações legais, a um preço que corresponde, no mínimo, ao valor econômico apurado por laudo elaborado por empresa especializada, porém apenas poderemos adquirir as ações de titularidade dos acionistas que tenham votado a favor do cancelamento de registro após termos adquirido as ações dos demais acionistas que não tenham votado a favor da referida deliberação e que tenham aceitado a referida oferta pública; • em caso de saída do Novo Mercado por deliberação de acionistas, os acionistas que tenham votado a favor da saída do Novo Mercado serão responsáveis pela efetivação de oferta pública de aquisição de ações a um preço que corresponde, no mínimo, ao valor econômico apurado por laudo elaborado por empresa especializada; e • em caso de saída do Novo Mercado por descumprimento de obrigações constantes do Regulamento do Novo Mercado, os acionistas que tenham votado a favor da deliberação que implique descumprimento serão responsáveis pela efetivação de oferta pública de aquisição de ações a um preço que corresponde, no mínimo, ao valor econômico apurado por laudo elaborado por empresa especializada, exceto se o descumprimento decorrer de ato da administração, quando nós seremos responsáveis pela efetivação de uma oferta pública, observadas as limitações legais. Alienação de Controle De acordo com o Regulamento de Listagem do Novo Mercado, a alienação de nosso controle, tanto por meio de uma única operação, como por meio de operações sucessivas, deverá ser contratada sob condição, suspensiva ou resolutiva, de que o adquirente se obrigue a efetivar oferta pública de aquisição das demais ações dos nossos outros acionistas nos mesmos termos e condições concedidos ao controlador alienante. A oferta pública de aquisição de ações é exigida, ainda: • quando houver cessão onerosa de direitos de subscrição de ações e de outros títulos ou de direitos relativos a valores mobiliários conversíveis em ações, que venha a resultar na alienação do nosso controle; • quando, sendo o controlador uma sociedade, o controle de tal sociedade controladora for transferido; e 192 • quando aquele que já detiver nossas ações adquirir o poder de controle em razão de contrato particular de compra de ações. Nesse caso, o acionista adquirente estará obrigado a concretizar oferta pública de aquisição de ações pelos mesmos termos e condições oferecidos ao acionista alienante e ressarcir os acionistas de quem tenha comprado ações em bolsa nos 6 meses anteriores à data da alienação do controle. O valor do ressarcimento é a diferença entre o preço pago ao acionista controlador alienante e o valor pago em bolsa, por ações, nesse período, devidamente atualizado até o momento do pagamento pela variação positiva do IPCA, publicado pelo IBGE. O comprador, quando necessário, deverá tomar as medidas cabíveis para recompor, dentro dos seis meses subseqüentes, o percentual mínimo de 25% de ações em circulação no mercado. O Acionista Controlador não poderá efetuar a transferência das nossas ações por ele detidas, nem tampouco poderemos efetuar nenhum registro de transferências destas ações ou de acordo de acionistas regulando o exercício do poder de controle, enquanto o comprador ou aquele(s) que vier(em) a deter o controle, não assinar(em) o Termo de Anuência dos controladores, aludido no Regulamento de Listagem do Novo Mercado. Ofertas Públicas de Aquisição de Ações Nosso Estatuto Social prevê que a configuração em um mesmo momento de mais de uma das situações acima descritas enseja a efetivação de oferta pública de aquisição de ações. Será facultada a formulação de uma única oferta pública de aquisição de ações visando a mais de uma finalidade, desde que seja possível compatibilizar os procedimentos de todas as modalidades de oferta pública de aquisição de ações, e não haja prejuízo para os destinatários da oferta e seja obtida a autorização da CVM quando exigida pela legislação aplicável. Adicionalmente, o Estatuto Social permite que nós ou os acionistas responsáveis pela realização de qualquer das ofertas públicas de aquisição de ações mencionadas nesta seção de Descrição do Capital Social assegurem sua efetivação por intermédio de qualquer acionista, terceiro e, conforme o caso, a própria Companhia. Nós ou o acionista responsável, conforme o caso, não nos eximimos de responsabilidade de realizar a oferta pública de aquisição de ações até que esta seja concluída com observância das regras aplicáveis. Suspensão dos Direitos do Acionista Adquirente por Infração ao Nosso Estatuto Social Na hipótese de descumprimento de regras estabelecidas em nosso Estatuto Social, o acionista adquirente que deixar de realizar a oferta pública de aquisição de ações no caso de aquisição de ações representativas de 20% ou mais do nosso capital estará sujeito à suspensão do exercício dos seus direitos de acionista por deliberação em Assembléia Geral, cuja convocação é obrigatória na hipótese dos referidos descumprimentos. O acionista adquirente não poderá votar na Assembléia que deliberar sobre a suspensão do exercício dos seus direitos. Restrição à Realização de Determinadas Operações por nós, nossos Acionistas Controladores, Conselheiros e Diretores De acordo com as normas e regulamentos da CVM, nós, os controladores, diretores, conselheiros, membros do Conselho Fiscal e de quaisquer de nossos órgãos com funções técnicas ou consultivas, ou por quem que, em virtude de cargo, função ou posição, suas controladoras, controladas ou coligadas, tenha conhecimento de informação relevante, bem como qualquer outra pessoa que tome conhecimento efetivo de informações relevantes e esteja ciente de que estas não foram divulgadas (incluindo auditores, analistas, subscritores e consultores) são considerados insiders e não poderão negociar com os valores mobiliários de nossa emissão, incluindo no contexto de operações com derivativos que envolvam nossos valores mobiliários, com base no conhecimento de fato relevante que não tenha sido divulgado ao mercado. 193 Essas restrições aplicar-se-ão, ainda: • antes da divulgação ao mercado de ato ou fato relevante ocorrido nos nossos negócios; • a qualquer de nossos Diretores, Conselheiros ou membros do Conselho Fiscal, que se afastarem de cargos na nossa administração anteriormente à divulgação de informações relevantes relativas a nós, originadas durante o seu período de gestão, estendendo-se a proibição de negociação (i) por um período de seis meses a contar da data em que tais pessoas se afastaram de seus cargos, ou (ii) até a divulgação do fato relevante ao mercado, salvo se a negociação puder interferir nas condições dos referidos negócios, em nosso prejuízo ou dos nossos acionistas; • se houver a intenção de promover a nossa incorporação, cisão total ou parcial, fusão, transformação ou reorganização societária, até que a referida informação seja divulgada ao mercado; • à nós, caso tenha sido assinado contrato de transferência de controle, ou se houver sido outorgada opção ou mandato para o mesmo fim, até que a informação em questão seja divulgada ao mercado; • durante o período de 15 dias anteriores à divulgação das demonstrações contábeis trimestrais e anuais exigidas pela CVM; ou • aos controladores, Diretores e membros do Conselho de Administração, sempre que a nós ou qualquer uma de nossas sociedades controladoras, controladas ou sujeitas a controle comum estiverem em processo de adquirir ou vender ações por nós emitidas. Restrições a Investimento Estrangeiro Não há restrições à titularidade de nossas ações por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas no exterior. Entretanto, o direito de converter pagamentos de dividendos e o produto da venda das ações em moeda estrangeira e de remeter esses valores ao exterior está sujeito a restrições de controle cambial e à legislação de capitais estrangeiros que exige, entre outras formalidades, o registro eletrônico dos investimentos no BACEN. Os investidores estrangeiros podem registrar seus investimentos como investimento estrangeiro direto, nos termos da Lei 4.131/62, ou como investimento estrangeiro de portfolio registrado pela CVM, nos termos da Resolução CMN 2.689/00 e da Instrução CVM 325. Os investidores estrangeiros diretos podem vender suas ações tanto em operações privadas como em bolsa de valores ou no mercado de balcão, mas em geral estão sujeitos a tratamento fiscal menos favorável em relação aos investidores estrangeiros de portfolio. A Resolução CMN 2.689/00 dispõe que, observadas algumas exceções, como é o caso de aquisições em ofertas públicas de distribuição de ações, os investidores estrangeiros de portfolio podem comprar e vender ações apenas em bolsa de valores ou no mercado de balcão organizado, mas em geral fazem jus a tratamento fiscal mais favorável em relação aos investidores estrangeiros diretos. Juízo Arbitral Nós, os nossos acionistas, Administradores e os membros do Conselho Fiscal estamos obrigados a resolver, por meio de arbitragem, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre nós, relacionada ou oriunda, em especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei 6.404/76, no nosso Estatuto Social, nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, bem como nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes do Regulamento de Listagem do Novo Mercado, do Contrato de Participação do Novo Mercado e do Regulamento de Arbitragem da Câmara de Arbitragem do Mercado, nos termos desse regulamento. 194 Cancelamento de Registro de Companhia Aberta O cancelamento de registro de companhia aberta só pode ocorrer caso nós ou nossos controladores realizem oferta pública de aquisição de todas as ações em circulação, de acordo com as disposições da Lei 6.404/76 e observados os regulamentos e normas da CVM concernentes, entre outros, ao que segue: • o preço ofertado para as ações na oferta pública deve ser o preço justo dessas ações, conforme determinado por laudo elaborado por empresa especializada; e • os acionistas representando, no mínimo, dois terços do valor total de ações devidamente habilitados para participar dessa oferta pública deverão ter aceitado a oferta ou concordado com o cancelamento do registro. Para as sociedades listadas no Novo Mercado, como é o nosso caso, o preço mínimo dessa oferta pública, a ser efetivada por nós ou pelos nossos controladores, deve se basear no valor econômico das ações, conforme apurado por instituição ou empresa especializada, com experiência comprovada, e independente quanto ao nosso poder de decisão, nossos Administradores e/ou Acionista Controlador, além de satisfazer os requisitos do parágrafo 1° do artigo 8° da Lei 6.404/76, e conter a responsabilidade prevista no parágrafo 6° do mesmo artigo. A instituição ou empresa especializada será escolhida pela assembléia geral a partir de lista tríplice apresentada pelo nosso Conselho de Administração devendo a respectiva deliberação, não se computando os votos em branco, conforme definido no Regulamento do Novo Mercado, ser tomada pela maioria dos votos dos acionistas representantes das ações em circulação presentes naquela assembléia, que se instalada em primeira convocação deverá contar com a presença de acionistas que representem, no mínimo, 20% (vinte por cento) do total de ações em circulação, ou que se instalada em segunda convocação poderá contar com a presença de qualquer número de acionistas representantes das ações em circulação. Nos termos do Regulamento do Novo Mercado, se o valor econômico das ações for superior ao valor informado pelo ofertante, a decisão de se proceder ao cancelamento do registro de companhia aberta ficará revogada, exceto se o ofertante concordar expressamente em formular a oferta pública pelo valor econômico apurado, devendo o ofertante divulgar ao mercado a decisão que tiver adotado. Na hipótese de haver Controle Difuso, sempre que for aprovado em Assembléia Geral o cancelamento de registro de companhia aberta, a oferta pública de aquisição de ações deverá ser por nós efetivada, observadas as limitações legais, sendo que, neste caso, somente poderemos adquirir ações de titularidade dos acionistas que tenham votado a favor do cancelamento de registro na deliberação em Assembléia Geral, após ter adquirido as ações dos demais acionistas que não tenham votado a favor da referida deliberação e que tenham aceitado a referida oferta pública. Saída do Novo Mercado Poderemos, a qualquer momento, requerer o cancelamento de nossa listagem no Novo Mercado, desde que tal deliberação seja aprovada em assembléia geral por acionistas que representem a maioria do nosso capital social e desde que a BOVESPA seja informada por escrito a esse respeito com no mínimo 30 dias de antecedência. O cancelamento da listagem das nossas ações do Novo Mercado não implica o cancelamento do registro como companhia aberta ou da negociação das ações na BOVESPA. 195 Se ocorrer a nossa saída do Novo Mercado por deliberação dos acionistas reunidos em Assembléia Geral para (i) que nossas ações passem a ter registro de negociação fora do Novo Mercado ou (ii) em decorrência de reorganização societária, na qual nossas ações resultantes de tal reorganização não sejam admitidas para negociação no Novo Mercado, o acionista controlador deverá efetivar oferta pública de aquisição de ações pertencentes aos nossos demais acionistas. O preço da referida oferta corresponderá, no mínimo, ao valor econômico apurado, mediante elaboração de laudo de avaliação por empresa especializada e independente quanto ao nosso poder de decisão, nossos Administradores e/ou Acionista Controlador que será escolhida pela assembléia geral a partir de lista tríplice apresentada pelo Conselho de Administração, respeitadas as normas legais e regulamentos aplicáveis. A notícia de efetivação da oferta pública deverá ser comunicada à BOVESPA e divulgada ao mercado imediatamente após a realização da nossa assembléia geral que houver aprovado a referida saída. A escolha da instituição ou empresa especializada responsável pela determinação do nosso valor econômico é de competência privativa da assembléia geral, a partir da apresentação, pelo conselho de administração, de lista tríplice, devendo a respectiva deliberação, não se computando os votos em branco, ser tomada pela maioria dos votos dos acionistas do free float presentes naquela assembléia, que se instalada em primeira convocação deverá contar com a presença de acionistas que representem, no mínimo, 20% do total do free float, ou que se instalada em segunda convocação poderá contar com a presença de qualquer número de acionistas do free float. Na hipótese de haver Controle Difuso, a nossa saída do Novo Mercado, seja por registro para negociação das ações fora do Novo Mercado, seja por reorganização societária, ensejará a efetivação de oferta pública de aquisição de ações pelos acionistas que tenham votado a favor da respectiva deliberação. Outra hipótese prevista em nosso Estatuto Social é aquela na qual a BOVESPA determina a suspensão da negociação das ações em razão de descumprimento de obrigações determinadas pelo Regulamento do Novo Mercado. Neste caso, o Presidente do Conselho de Administração convocará em até 2 dias uma Assembléia Geral Extraordinária para substituição de todo o Conselho de Administração e, não a fazendo, qualquer acionista poderá convocá-la. O novo Conselho de Administração ficará responsável pelo saneamento do descumprimento que deu ensejo a nova composição do Conselho de Administração. Na hipótese de transferência do nosso controle acionário no prazo de 12 meses subseqüente à nossa saída do Novo Mercado, os Controladores alienantes e os novos acionistas controladores deverão, conjunta e solidariamente, oferecer aos demais acionistas a aquisição de suas ações pelo mesmo preço e nas mesmas condições oferecidas aos acionistas controladores alienantes na transferência de controle, devidamente corrigido pela inflação no período. Após o cancelamento da listagem das ações de nossa emissão no Novo Mercado, não poderemos solicitar a listagem de ações de nossa emissão no Novo Mercado pelo período mínimo de dois anos, contados da data em que tiver sido formalizado o nosso desligamento, salvo se tivermos nosso controle acionário alienado após a formalização de nossa saída do Novo Mercado. Compras, realizadas por nós, de Ações de Própria Emissão De acordo com as normas e regulamentos da CVM, nos será facultado aprovar a aquisição de ações de própria emissão. Essa aquisição, contudo, não poderá, dentre outras coisas: • resultar na redução do nosso capital social; • fazer com que seja necessária a utilização de recursos maiores do que os lucros acumulados e as reservas disponíveis (que não sejam a reserva legal, a reserva de lucros a realizar, a reserva de reavaliação e reservas de dividendo obrigatório especial); • criar por ação ou omissão, direta ou indiretamente, condições artificiais de demanda, oferta ou preço das ações ou envolver práticas não eqüitativas; • aplicar-se às ações não-integralizadas ou detidas pelos Controladores; ou • ser conduzida durante o curso de oferta pública de compra de ações de emissão própria. 196 A decisão de comprar ações de própria emissão deve ser tomada pelo Conselho de Administração, que deverá especificar (i) a finalidade da operação; (ii) o número de ações a serem adquiridas; (iii) o período no qual procederemos a tais compras, que não deverá ultrapassar 365 dias; (iv) o número de ações em circulação; e (v) as instituições financeiras que atuarão como intermediárias nessas compras. Nós (e nossas sociedades controladas e coligadas) não poderemos manter em tesouraria mais do que 10% de nossas ações ordinárias emitidas e em circulação (excluindo as ações detidas por nossos acionistas controladores). Qualquer compra de ações de nossa emissão por nossa parte deve ser realizada em bolsa ou no mercado de balcão, no qual as ações estiverem registradas para negociação, não podendo ser feita por meio de operações privadas, exceto se previamente aprovado pela CVM. Podemos, ainda, comprar nossas próprias ações na hipótese de deixar de ser companhia aberta. Ver “Cancelamento de Registro de Companhia Aberta”. Adicionalmente, sujeito a certas limitações, podemos comprar ou emitir opções de compra ou de venda relacionadas às ações de nossa própria emissão. O nosso Estatuto Social autoriza o Conselho de Administração a deliberar sobre a negociação com ações de emissão da nossa Companhia para efeito de cancelamento ou permanência em tesouraria e respectiva alienação, observados os dispositivos legais pertinentes. Atualmente, a nossa Companhia não possui uma política para negociação com suas próprias ações. Divulgação de Informações Na qualidade de companhia aberta, devemos atender às exigências relativas à divulgação, previstas na Lei 6.404/76 e nos normativos expedidos pela CVM. Ainda, em função da listagem das nossas ações no Novo Mercado, devemos seguir, também, as exigências relativas à divulgação contidas no Regulamento do Novo Mercado. Divulgação de Informações Eventuais e Periódicas A Lei 6.385/76 e a Instrução CVM 358 estabelecem que uma companhia aberta deve fornecer à CVM e à BOVESPA determinadas informações periódicas, que incluem as informações anuais, as informações trimestrais e os relatórios trimestrais da administração e dos auditores independentes. Essa lei prevê também a obrigação de arquivarmos na CVM acordos de acionistas e avisos de convocação de assembléias gerais, bem como as atas dessas assembléias. Além dos requisitos de divulgação da legislação societária e da CVM, devemos observar também os seguintes requisitos de divulgação previstos no Regulamento do Novo Mercado, entre outros: • no máximo seis meses após a obtenção de autorização para negociar no Novo Mercado, devemos apresentar demonstrações financeiras consolidadas após o término de cada trimestre (excetuado o último) e de cada exercício social, incluindo a demonstração de fluxo de caixa da Companhia e consolidada que deverá indicar, no mínimo, as alterações ocorridas no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregados em fluxos operacionais, financiamentos e investimentos; 197 • a partir da divulgação das demonstrações financeiras referentes ao segundo exercício após a obtenção de autorização para negociar nossos valores mobiliários no Novo Mercado devemos, no máximo, quatro meses após o encerramento do exercício social (i) divulgar demonstrações financeiras ou demonstrações consolidadas de acordo com os padrões internacionais U.S. GAAP ou IFRS, em reais ou dólares, que deverão ser divulgadas na íntegra, no idioma inglês, acompanhadas (a) do relatório da administração, (b) das notas explicativas que informem, inclusive, o lucro líquido e o patrimônio líquido apurados ao final do exercício, segundo as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil e a proposta da destinação do resultado, e (c) do parecer dos auditores independentes; ou (ii) divulgar, em idioma inglês, a íntegra das demonstrações financeiras, relatório da administração e as notas explicativas, preparadas de acordo com a Lei 6.404/76, acompanhadas (a) de nota explicativa adicional que demonstre a conciliação do resultado do exercício e do patrimônio líquido apurados segundo as Práticas Contábeis Adotadas no Brasil e segundo os padrões internacionais US GAAP ou IFRS, conforme o caso, evidenciando as principais diferenças entre os critérios contábeis aplicados; e (b) do parecer dos auditores independentes; e • no máximo quinze dias após o prazo estabelecido pela legislação para divulgação das informações trimestrais, devemos (i) apresentar, na íntegra, as informações trimestrais traduzidas para o idioma inglês; ou (ii) apresentar as demonstrações financeiras ou demonstrações consolidadas de acordo com os padrões internacionais US GAAP ou IFRS, conforme item acima, acompanhadas de relatório dos auditores independentes. Segundo o Regulamento do Novo Mercado, devemos enviar à BOVESPA e divulgar informações de todo e qualquer contrato celebrado entre nós e nossos controladores, administradores, acionista controlador, e sociedades controladas e coligadas dos administradores e do acionista controlador, assim como com outras sociedades que com qualquer dessas pessoas integre um mesmo grupo de fato ou direito, sempre que for atingido, num único contrato ou em contratos sucessivos, com ou sem o mesmo fim, em qualquer período de um ano, valor igual ou superior a R$200 mil, ou valor igual ou superior a 1% sobre o nosso patrimônio líquido, considerando o maior. Divulgação de Informações Trimestrais Em suas informações trimestrais, além das informações exigidas pela legislação aplicável, uma companhia listada no Novo Mercado, como nós, deverá: (i) apresentar o balanço patrimonial consolidado, demonstração de resultado consolidado, e comentário de desempenho consolidado, caso a companhia esteja obrigada a apresentar demonstrações consolidadas ao fim do exercício social; (ii) informar a posição acionária de todo aquele que detiver mais do que 5% do capital social da companhia, de forma direta ou indireta, até o nível da pessoa física; (iii) informar de forma consolidada a quantidade e características dos valores mobiliários de emissão da companhia de que sejam titulares, direta ou indiretamente, o acionista controlador, os administradores e os membros do Conselho Fiscal, se instalado; (iv) informar a evolução da participação do acionista controlador, dos membros do Conselho de Administração, da Diretoria e do Conselho Fiscal, se instalado, em relação aos respectivos valores mobiliários, nos 12 meses imediatamente anteriores; (v) incluir em notas explicativas a demonstração de fluxo de caixa da Companhia e consolidada; (vi) informar a quantidade de ações em circulação e sua porcentagem em relação ao total de ações emitidas e (vii) informar a existência e a vinculação à Cláusula Compromissória. As informações previstas no segundo, terceiro, quarto e sexto itens acima deverão também ser incluídas na seção “Outras Informações que a Companhia Entenda Relevantes” das Informações Trimestrais – ITR, bem como as informações previstas nos itens (iii), (iv) e (vii) acima deverão ser incluídas nas nossas Informações Anuais – IAN, na seção “Outras Informações que a Companhia Entenda Relevantes”. 198 Divulgação de Negociação por Acionista Controlador, Administração, Diretor ou Membro do Conselho Fiscal Membro do Conselho de Os nossos Acionistas Controladores, Administradores e membros do nosso Conselho Fiscal, quando instalado, ou de qualquer outro órgão técnico ou consultivo devem informar a nós, à CVM e à BOVESPA o número, tipo e a forma de aquisição dos valores mobiliários de nossa emissão, das sociedades controladas por nós e das sociedades que detêm o nosso controle, que são detidos por eles ou por pessoas próximas a eles, bem como quaisquer alterações nas suas respectivas participações. As informações relativas à aquisição de tais valores mobiliários (como, por exemplo, quantidade e característica, preço e data da operação) devem ser fornecidas a nós (i) no prazo de 5 dias após a realização de cada negócio ou (ii) no primeiro dia útil após a investidura no cargo e à CVM e à BOVESPA dentro do prazo de dez dias, após o término do mês em que tais movimentações ocorreram, ou do mês em que ocorrer a investidura no cargo dos Administradores ou membros do nosso Conselho Fiscal, quando instalado. Além disso, as regras do Novo Mercado obrigam o acionista controlador a divulgar as informações acima à BOVESPA, incluindo informação relativa a derivativos, no prazo de 10 dias após o término do mês em que se verificar a negociação. De acordo com a Instrução CVM 358, sempre que restar elevada ou reduzida em pelo menos 5% do nosso capital social a participação dos acionistas controladores, direta ou indiretamente, ou de acionistas que elegem membros do nosso Conselho de Administração ou Conselho Fiscal, bem como qualquer pessoa natural ou jurídica, ou grupo de pessoas, agindo em conjunto ou representando um mesmo interesse, tais acionistas ou grupo de acionistas e tais pessoas ou grupo de pessoas deverão comunicar à BOVESPA e à CVM as seguintes informações: (i) nome e qualificação do adquirente das ações; (ii) objetivo da participação e quantidade visada, contendo, se for o caso, declaração do adquirente de que suas compras não objetivam alterar a composição do controle ou estrutura administrativa da sociedade; (iii) número de ações, bônus de subscrição, bem como de direitos de subscrição de ações e de opções de compra de ações, por espécie e classe, debêntures conversíveis em ações já detidas, direta ou indiretamente, pelo adquirente ou por pessoa a ele ligada; e (iv) indicação de qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de nossa emissão. Divulgação de Ato ou Fato Relevante A Instrução CVM 358 dispõe sobre a divulgação e uso de informações sobre ato ou fato relevante relativo às companhias abertas, regulando o seguinte: (i) estabelece o conceito de fato relevante, estando incluído nesta definição qualquer decisão de acionista controlador, deliberação de assembléia geral ou dos órgãos da administração de companhia aberta, ou qualquer outro ato ou fato de caráter político-administrativo, técnico, negocial ou econômico-financeiro ocorrido ou relacionado aos nossos negócios, que possa influir de modo ponderável na (a) cotação dos valores mobiliários; (b) decisão de investidores em comprar, vender ou manter tais valores mobiliários; e (c) na decisão dos investidores de exercer quaisquer direitos inerentes à condição de titulares de valores mobiliários emitidos por nós; (ii) confere exemplos de ato ou fato potencialmente relevante que incluem, entre outros, a assinatura de acordo ou contrato de transferência do nosso controle acionário, ingresso ou saída de sócio que mantenha com a companhia contrato ou colaboração operacional, financeira, tecnológica ou administrativa, incorporação, fusão ou cisão envolvendo a companhia ou sociedades ligadas; (iii) obriga o Diretor de Relações com Investidores, os acionistas controladores, diretores, membros do Conselho Fiscal e de quaisquer órgãos com funções técnicas ou consultivas a comunicar qualquer fato relevante à CVM; (iv) requer a divulgação simultânea de fato relevante em todos os mercados onde a companhia tenha as suas ações listadas para negociação; (v) obriga o adquirente do controle acionário de companhia aberta a divulgar fato relevante, incluindo a sua intenção de cancelar o registro de companhia aberta no prazo de um ano da aquisição; (vi) estabelece regras relativas à divulgação de aquisição ou alienação de participação relevante em companhia aberta; e (vii) restringe o uso de informação privilegiada. Nos termos da Instrução CVM 358, em circunstâncias excepcionais, podemos submeter à CVM um pedido de tratamento confidencial com relação a um ato ou fato relevante, quando os nossos Acionistas Controladores ou Administradores entenderem que a divulgação colocaria em risco nosso interesse legítimo. 199 Forma e Transferência As ações ordinárias de nossa emissão são mantidas sob a forma escritural junto ao Banco Itaú S.A. A transferência de nossas ações ordinárias ocorre por meio de um lançamento realizado pelo Banco Itaú S.A. mediante ordem por escrito do alienante, ou ordem ou autorização judicial, consistente de débito realizado na conta do alienante correspondente às ações ordinárias objeto da transferência e de respectivo crédito na conta do adquirente. Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa e Novo Mercado Em 2000, a BOVESPA introduziu três segmentos especiais para listagem de companhias abertas, conhecidos como Nível 1 e 2 de Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa e Novo Mercado. O objetivo foi criar um mercado secundário para valores mobiliários emitidos por companhias abertas brasileiras que sigam as melhores práticas de governança corporativa. Os segmentos de listagem são destinados à negociação de ações emitidas por companhias que se comprometam voluntariamente a cumprir práticas de boa governança corporativa e maiores exigências de divulgação de informações, em relação àquelas já impostas pela legislação brasileira. Em geral, tais regras ampliam os direitos dos acionistas e melhoram a qualidade da informação fornecida aos acionistas. Para tornar-se uma companhia Nível 1, além das obrigações impostas pela legislação brasileira vigente, uma companhia deve, entre outros: (i) assegurar que suas ações, representando no mínimo 25% do seu capital total, estejam em circulação no mercado; (ii) adotar, sempre que fizer uma oferta pública, procedimentos que favoreçam a dispersão acionária; (iii) cumprir padrões mínimos de divulgação trimestral de informações; (iv) seguir políticas mais rígidas de divulgação com relação às negociações realizadas por acionistas controladores, conselheiros e diretores, envolvendo valores mobiliários emitidos pela companhia; e (v) disponibilizar aos acionistas um calendário de eventos societários. Para tornar-se uma companhia Nível 2, além das obrigações impostas pela legislação brasileira vigente, uma companhia deve, entre outros: (i) cumprir todos os requisitos para listagem de companhias Nível 1; (ii) conceder o direito a todos os acionistas de participar da oferta pública de aquisição de ações em decorrência de uma alienação do controle da companhia, oferecendo para cada ação ordinária o mesmo preço pago por ação do bloco de controle e para cada ação preferencial ao menos 80% do preço pago por ação do bloco de controle; (iii) conceder direito de voto a detentores de ações preferenciais no mínimo em matérias tais como (iii.a) transformação, incorporação, cisão e fusão da companhia; (iii.b) aprovação de contratos entre a companhia e o acionista controlador, diretamente ou por meio de terceiros, dentre os quais qualquer parte relacionada ao acionista controlador sempre que por força ou disposição legal ou estatutária sejam deliberadas em Assembléia Geral; (iii.c) aprovação da avaliação de bens destinados à integralização de aumento de capital da companhia; (iii.d) nomeação de empresa especializada para avaliação do valor econômico das ações de emissão da companhia, no caso de efetivação de oferta pública de aquisição em decorrência do cancelamento do registro ou descontinuidade de registro no Nível 2 de Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa; e (iii.e) qualquer alteração de disposições estatutárias que modifiquem qualquer das exigências previstas no item 4.1 do Regulamento de Listagem do Nível 2; (iv) limitar o mandato de todos os membros do Conselho de Administração a um mandato unificado de no máximo dois anos, que deve ser composto de no mínimo cinco membros dos quais no mínimo 20% deverão ser Conselheiros Independentes; (v) preparar demonstrações financeiras trimestrais e anuais, incluindo demonstrações de fluxo de caixa, em idioma inglês, de acordo com padrões internacionais de contabilidade, tais como US GAAP ou IFRS; (vi) se a companhia optar por ser retirada da listagem no Nível 2, seu acionista controlador deverá fazer uma oferta pública de aquisição de ações (sendo que o preço mínimo das ações a serem oferecidas será determinado por laudo de avaliação a ser produzido por empresa especializada); (vii) solucionar disputas ou controvérsias entre a companhia, seus administradores e membros do Conselho Fiscal por meio de arbitragem, utilizando a Câmara de Arbitragem do Novo Mercado; e (viii) envidar seus melhores esforços para assegurar que, numa oferta pública de distribuição de ações, ocorra dispersão acionária por meio da adoção de procedimentos como a distribuição de 10% de ações ofertadas a Investidores Não-Institucionais. 200 Para ser listada no Novo Mercado, uma companhia deve cumprir todos os requisitos descritos acima, bem como (i) emitir somente ações ordinárias; e (ii) a alienação de controle da companhia, tanto por meio de uma única operação, como por meio de operações sucessivas, deverá ser contratada sob a condição, suspensiva ou resolutiva, de que o adquirente se obrigue a efetivar oferta pública de aquisição das demais ações dos outros acionistas da companhia, observando as condições e os prazos previstos na legislação vigente e no Regulamento do Novo Mercado, de forma a lhes assegurar tratamento igualitário àquele dado ao acionista controlador alienante. Em 18 de maio de 2007, celebramos o Contrato de Participação no Novo Mercado cuja eficácia se dará a partir da publicação do anúncio de início da Oferta, com o objetivo de atender os requisitos necessários para a listagem das Ações no Novo Mercado. 201 TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Atualmente, não existe um mercado de negociação para as nossas Ações. Dessa forma, não podemos oferecer qualquer garantia de que um mercado líquido e ativo para as nossas Ações se desenvolverá, nem que, após a Oferta, as nossas Ações serão negociadas, no mercado, por um preço igual ou superior ao preço estabelecido para a Oferta. Solicitamos o registro para que as nossas Ações fossem listadas para negociação no Novo Mercado, sob o símbolo “SLCE3”. Celebramos em 18 de maio de 2007 um “Contrato de Participação no Novo Mercado” com a BOVESPA, pelo qual nos comprometemos a observar todas as exigências relativas a práticas de governança corporativa diferenciadas estabelecidas pela BOVESPA, cuja eficácia se dará a partir da publicação do Anúncio de Início da Oferta, com o objetivo de atender os requisitos necessários para a listagem das Ações no Novo Mercado. As Ações serão negociadas na BOVESPA sob o ISIN nº BRSLCEACNOR2. 202 DIVIDENDOS Pagamento de Dividendos O Estatuto Social exige que seja efetuada anualmente distribuição obrigatória aos nossos acionistas do equivalente a 25% do lucro líquido apurado no exercício anterior, o que pode ser ajustado em certas circunstâncias permitidas pela Lei 6.404/76. Ver “Descrição do Capital Social – Dividendos e Política de Dividendos”. A distribuição obrigatória poderá ser efetuada na forma de dividendos. Poderemos pagar ou creditar juros a título de remuneração de capital próprio calculados sobre as contas do patrimônio líquido, observados a taxa e os limites estabelecidos na legislação fiscal. O valor pago aos acionistas a título de juros sobre o capital próprio será deduzido do valor do dividendo mínimo obrigatório. Os dividendos ou os juros sobre o capital próprio são declarados em assembléia geral ordinária, que deve ocorrer até o dia 30 de abril de cada ano, em consonância com a Lei 6.404/76 e com o Estatuto Social. Quando declaramos dividendos ou juros sobre o capital próprio, normalmente devemos pagá-los dentro de 60 dias da declaração, a não ser que os acionistas deliberem outra data de pagamento. Em qualquer caso, devemos pagar os dividendos ou os juros sobre o capital próprio até o final do exercício social subseqüente ao que tenham sido declarados. Sempre que for levantado balanço intermediário e com base nele forem pagos dividendos intermediários em valor ao menos igual a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado de acordo com o nosso Estatuto Social, o Conselho de Administração poderá deliberar, ad referendum da Assembléia Geral, o pagamento de uma participação intermediária nos lucros aos administradores. É condição para pagamento de tal participação a atribuição aos acionistas do dividendo obrigatório. Política de Dividendos Nós pretendemos declarar e pagar dividendos e/ou juros sobre o capital próprio, em cada exercício social, no montante de, no mínimo, 25% do nosso lucro líquido ajustado de acordo com a Lei 6.404/76 e o nosso Estatuto Social. A declaração anual de dividendos, incluindo o pagamento de dividendos além do dividendo obrigatório, exige aprovação em Assembléia Geral Ordinária por maioria de votos de acionistas titulares de nossas ações ordinárias e irá depender de diversos fatores. Dentre estes fatores estão nossos resultados operacionais, condição financeira, necessidades de caixa, perspectivas futuras e outros fatores que nosso Conselho de Administração e acionistas julguem relevantes. Dentro do contexto de nosso planejamento tributário, no futuro poderá ser benéfico o pagamento de juros sobre o capital próprio. Distribuímos aos nossos acionistas, a título de dividendos, o montante de R$5,0 milhões no ano de 2004, R$0,9 milhões no ano de 2005, R$37,3 milhões no ano de 2006 e R$0,9 milhões em 30 de março de 2007. Distribuímos também, a título de juros sobre o capital próprio, o valor de R$7,1 milhões no ano de 2004. Não podemos antecipar ou assegurar que distribuiremos dividendos ou juros sobre o capital próprio em valores similares aos distribuídos no passado. 203 PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA Essa seção contém informações sobre práticas de governança corporativa à nós aplicáveis, e deve ser analisada conjuntamente com as Seções “Descrição do Capital Social” e “Administração”. Introdução Governança Corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre acionistas, Conselho de Administração, Diretoria, auditores independentes e Conselho Fiscal. O Novo Mercado, conforme explicação detalhada abaixo, é um segmento de listagem da BOVESPA destinado à negociação de ações emitidas por empresas que se comprometem, voluntariamente, com a adoção das práticas de governança corporativa e divulgação de informações adicionais em relação ao que é exigido pela legislação. Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa Em 2000, a BOVESPA introduziu três segmentos especiais para negociação de valores mobiliários no mercado de ações, conhecidos como Níveis 1 e 2 de Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa e Novo Mercado. O objetivo foi criar um mercado secundário para valores mobiliários emitidos por companhias abertas brasileiras que sigam melhores práticas de governança corporativa. Os segmentos de listagem são destinados à negociação de ações emitidas por companhias que se comprometam voluntariamente a cumprir práticas de boa governança corporativa e maiores exigências de divulgação de informações em relação àquelas já impostas pela legislação brasileira. Em geral, tais regras ampliam os direitos dos acionistas e melhoram a qualidade da informação a eles fornecida. Adesão ao Novo Mercado Com o propósito de manter o mais elevado padrão de governança corporativa, celebramos um contrato com a BOVESPA visando cumprir com os requisitos de listagem do Novo Mercado. As companhias que ingressam no Novo Mercado submetem-se, voluntariamente, a determinadas regras mais rígidas do que as presentes na legislação brasileira, obrigando-se, por exemplo, a (i) emitir apenas ações ordinárias; (ii) manter, no mínimo, 25% de ações do capital da companhia em circulação; (iii) detalhar e incluir informações adicionais nas informações trimestrais; e (iv) disponibilizar as demonstrações financeiras anuais no idioma inglês e com base em princípios de contabilidade internacionalmente aceitos. A adesão ao Novo Mercado se dá por meio da assinatura de contratos entre a companhia, seus administradores e acionistas controladores e a BOVESPA, além da adaptação do Estatuto Social da companhia para as regras contidas no Regulamento de Listagem do Novo Mercado. Ao assinar os contratos, as companhias devem adotar as normas e práticas impostas pelo Novo Mercado, as quais visam conceder transparência com relação às atividades e situação econômica das companhias ao mercado, bem como maiores poderes para os acionistas minoritários de participação na administração das companhias, entre outros direitos. As principais regras relativas ao Novo Mercado são sucintamente descritas a seguir, às quais a companhia aderente também está sujeita. Primeiramente, a companhia que tenha intenção de listar seus valores mobiliários no Novo Mercado deve obter e manter atualizado seu registro de companhia aberta junto à CVM. Além disso, a companhia deve, entre outras condições, firmar Contrato de Participação no Novo Mercado e adaptar seu Estatuto Social às cláusulas mínimas exigidas pela BOVESPA. Com relação à estrutura do capital social, deve ser dividido exclusivamente em ações ordinárias e uma parcela mínima de ações, representando 25% do capital social, deve ser mantida em circulação pela companhia. Existe, ainda, uma vedação à emissão de partes beneficiárias (ou manutenção em circulação) pelas companhias listadas no Novo Mercado. 204 O conselho de administração de companhias autorizadas a terem suas ações negociadas no Novo Mercado deve ser composto por no mínimo cinco membros, eleitos pela assembléia geral, com mandato unificado de, no máximo, dois anos, sendo permitida a reeleição. Dos membros do Conselho de Administração, ao menos 20% devem ser Conselheiros Independentes. Todos os novos membros do conselho de administração e da diretoria devem subscrever um Termo de Anuência dos Administradores, condicionando a posse nos respectivos cargos à assinatura desse documento. Por meio do Termo de Anuência dos Administradores, os novos administradores da companhia responsabilizam-se pessoalmente a agir em conformidade com o Contrato de Participação no Novo Mercado, com o Regulamento da Câmara de Arbitragem do Mercado e com o Regulamento de Listagem do Novo Mercado. Dentre outros requisitos impostos às companhias listadas no Novo Mercado, destacamos: (i) a obrigação de realizar ofertas públicas de aquisição de ações sob determinadas circunstâncias, como, por exemplo, quando do cancelamento do registro de negociação no Novo Mercado; (ii) dever de realizar ofertas de distribuição de ações sempre de modo a favorecer a dispersão acionária; (iii) extensão para todos os acionistas das mesmas condições obtidas pelos controladores quando da venda do controle da companhia; (iv) obrigações de prestação de informações não financeiras a cada trimestre, como, por exemplo, o número de ações detidas pelos administradores da companhia e o número de ações em circulação; (v) dever de maior divulgação de operações com partes relacionadas; e (vi) necessária submissão da companhia, seus acionistas, administradores e membros do Conselho Fiscal ao Regulamento da Câmara de Arbitragem do Mercado da BOVESPA para a resolução de conflitos que possam surgir entre eles, relacionados ou oriundos da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações, no Estatuto Social da companhia, nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional, Banco Central do Brasil e Comissão de Valores Mobiliários, bem como nas demais normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes do Regulamento do Novo Mercado, do Regulamento de Arbitragem e do Contrato de Participação no Novo Mercado. Em decorrência da edição da Resolução CMN 3121/03, e posteriores alterações, que estabeleceram novas regras de aplicação dos recursos das entidades fechadas de previdência privada, ações de emissão de companhias que adotam práticas diferenciadas de governança corporativa, tais como aquelas cujos valores mobiliários são admitidos a negociação no segmento especial Novo Mercado ou cuja classificação de listagem seja de Nível 1 ou Nível 2 de acordo com a regulamentação emitida pela BOVESPA, podem ter maior participação na carteira de investimento de tais fundos de pensão. Assim, as ações de companhias que adotam práticas de governança corporativa passaram a ser, desde a edição da Resolução CMN 2829/01, um investimento importante e atraente para as entidades fechadas de previdência privada, que são grandes investidores do mercado de capitais brasileiro. Este fato tem impulsionado o desenvolvimento do Novo Mercado, beneficiando as companhias cujos valores mobiliários são ali negociados, inclusive a nossa Companhia. Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC O “Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa”, editado pelo IBGC objetiva indicar os caminhos para todos os tipos de sociedade visando (i) aumentar o valor da sociedade; (ii) melhorar seu desempenho; (iii) facilitar seu acesso ao capital a custos mais baixos; e (iv) contribuir para sua perenidade; sendo que os princípios básicos inerentes a esta prática são a transparência, a eqüidade, a prestação de contas e a responsabilidade corporativa. Dentre as práticas de governança corporativa recomendadas pelo IBGC em tal código, adotamos: • Emissão exclusiva de ações ordinárias; • Política “uma ação igual a um voto”; 205 • Contratação de empresa de auditoria independente para a análise de balanços e demonstrativos financeiros, sendo que esta mesma empresa não é contratada para prestar outros serviços, assegurando a total independência; • Estatuto Social claro quanto à (i) forma de convocação da Assembléia Geral; (ii) competências do Conselho de Administração e da Diretoria; (iii) sistema de votação, eleição, destituição e mandato dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria; • Transparência na divulgação dos relatórios anuais da administração; • Convocações de assembléia e documentação pertinente disponíveis desde a data da primeira convocação, com detalhamento das matérias da ordem do dia, sem a inclusão da rubrica “outros assuntos” e sempre visando à realização de assembléias em horários e locais que permitam a presença do maior número possível de acionistas; • Fazer constar votos dissidentes nas atas de assembléias ou reuniões, quando solicitado; • Vedação ao uso de informações privilegiadas e existência de política de divulgação de informações relevantes; • Previsão estatutária de arbitragem como forma de solução de eventuais conflitos entre acionistas e companhia; • Dispersão de ações (free float), visando à liquidez dos títulos; • Conselheiros com experiência em questões operacionais e financeiras e experiência em participação em outros conselhos de administração; e • Previsão estatutária de vedação ao acesso de informações e de direito de voto de conselheiros em situações de conflito de interesse. 206 ANEXOS A Estatuto Social A-1 B Ata da Reunião do Conselho de Administração realizada em 24 de maio de 2007, que aprova a Oferta Primária B-1 C Ata da Reunião do Conselho de Administração realizada em 13 de junho de 2007, que aprova o Preço por Ação da Oferta Primária e o Aumento de Capital C-1 D Declarações da Companhia, dos Acionistas Vendedores e do Coordenador Líder, de que trata o artigo 56 da Instrução CVM 400 D-1 E Balanço Patrimonial individual e consolidado da SLC Agrícola e empresas controladas em 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 e as correspondentes demonstrações financeiras individuais e consolidadas do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 e parecer dos Auditores Independentes E-1 F Informações Anuais - IAN relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2006 (apenas informações não constantes neste Prospecto) F-1 G Informações Financeiras Interinas Consolidadas Condensadas, não auditadas em 31 de março de 2007 e para os períodos de três meses findos em 31 de março de 2007 e 2006 e respectivo relatório de revisão limitada dos auditores independentes G-1 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) A-1 A-2 A-3 A-4 A-5 A-6 A-7 A-8 A-9 A-10 A-11 A-12 A-13 A-14 A-15 A-16 A-17 A-18 A-19 A-20 A-21 A-22 A-23 A-24 A-25 A-26 A-27 A-28 A-29 A-30 A-31 A-32 A-33 A-34 A-35 A-36 A-37 A-38 A-39 A-40 A-41 A-42 A-43 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) B-1 B-2 B-3 B-4 B-5 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) C-1 C-2 C-3 C-4 C-5 C-6 C-7 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) D-1 D-2 D-3 D-4 D-5 D-6 D-7 D-8 Demonstrações Financeiras SLC Agrícola Ltda. 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 com Parecer dos Auditores Independentes E-1 SLC AGRÍCOLA LTDA. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 Índice Parecer dos Auditores Independentes ...................................................................................................E-3 Demonstrações Financeiras Auditadas Balanços Patrimoniais............................................................................................................................E-5 Demonstrações do Resultado................................................................................................................E-7 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido............................................................................E-8 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos ..........................................................................E-9 Demonstrações dos Fluxos de Caixa......................................................................................................E-10 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras...................................................................................E-11 E-2 E-3 E-4 SLC AGRÍCOLA LTDA. BALANÇOS PATRIMONIAIS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$) 2006 Controladora 2005 Consolidado 2005 2004 2006 149 12.199 7.355 1.496 54.630 35.097 7.455 867 2.603 9.012 4.723 61.670 34.529 9.231 3.190 28.254 4.234 6.444 83.138 64.398 20.433 722 26.991 14.026 4.235 101.738 75.982 17.519 1.113 6.020 19.987 10.740 118.022 82.111 22.257 816 2.142 1.088 193 122.620 – 2.141 2.318 176 127.270 2.704 1.735 1.087 266 215.883 1.080 2.142 1.575 298 246.308 – 2.141 2.971 297 265.659 – 774 153 872 567 349 16.418 1.421 – 1.857 – 1.145 21.652 2.830 646 25.902 16.645 5.179 668 23.517 4.424 6.251 668 12.259 26.544 2.830 1.008 48.221 19.186 5.179 820 27.042 4.424 6.251 1.102 12.922 Permanente Investimentos (Nota 11) ....................... 159.091 Imobilizado (Nota 12)........................... 46.275 Intangível............................................. 513 Diferido (Nota 13) ................................ 14.291 220.170 Total do ativo não circulante ........... 246.072 181.229 45.275 537 13.073 240.114 263.631 184.636 36.082 160 10.158 231.036 243.295 126 156.234 530 28.637 185.527 233.748 62.591 159.080 564 31.349 253.584 280.626 57.610 142.567 208 30.337 230.722 243.644 Total do ativo....................................... 349.183 386.251 370.565 449.631 526.934 509.303 ATIVO Circulante Caixa e bancos..................................... 1.500 Aplicações financeiras (Nota 5)............. 10.900 Contas a receber (Nota 6) .................... 1.621 Adiantamentos a fornecedores............. 2.850 Estoques (Nota 7)................................. 43.608 Culturas em formação (Nota 8) ............ 30.515 Impostos a recuperar (Nota 9) .............. 7.425 Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 17).................... 1.772 Títulos a receber (Nota 10) ................... 1.735 Outras contas a receber ....................... 1.038 Despesas do exercício seguinte............. 147 Total do ativo circulante................... 103.111 Não Circulante Realizável a longo prazo Créditos com partes relacionadas (Nota 14) ....................... Impostos a recuperar (Nota 9) .............. Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 17).................... Títulos e créditos a receber (Nota 10) ... Outras contas a receber ....................... E-5 2004 SLC AGRÍCOLA LTDA. BALANÇOS PATRIMONIAIS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$) Controladora 2005 2006 PASSIVO Circulante Fornecedores ....................................... 2.208 Empréstimos e financiamentos (Nota 15) .. 35.849 Adiantamentos de clientes ................... 4.118 Impostos, taxas e contribuições diversas .... 860 Férias e encargos a pagar ..................... 928 Imposto de renda e contribuição social diferidos ( Nota 17) ............................ 3.376 Partes relacionadas (Nota 14) ............... 51.978 Adiantamento para futuro aumento de capital (Nota 18a).......................... – Dividendos a pagar .............................. 20.536 Outros débitos ..................................... 415 Total do passivo circulante............... 120.268 Consolidado 2005 2004 2006 2004 1.261 93.240 5.902 820 930 3.043 96.635 6.903 463 876 3.595 91.833 7.794 4.216 1.420 3.298 150.600 9.447 2.472 1.545 4.223 143.241 14.306 12.777 1.563 7.226 53.986 4.937 46.810 5.799 – 9.946 – 6.670 – – – 110 163.475 – – 1.574 161.241 – 20.536 583 135.776 6.180 – 698 184.186 – – 1.811 184.591 Não Circulante Exigível a longo prazo Empréstimos e financiamentos (Nota 15) .. Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 17) ............................. Outros débitos ..................................... Total do passivo não circulante ....... 26.544 19.267 14.894 69.206 52.902 38.559 9.940 548 37.032 11.726 2.563 33.556 8.335 632 23.861 25.168 548 94.922 27.515 2.563 82.980 23.338 632 62.529 Resultado de exercícios futuros Deságio em controlada (Nota 11) ......... – – – 432 432 432 Participações dos minoritários ................. – – – 26.618 70.116 76.288 Patrimônio líquido (Nota 18) Capital social ....................................... 140.961 Lucros acumulados .............................. 50.922 Total do patrimônio líquido ............. 191.883 81.016 108.204 189.220 72.908 112.555 185.463 140.961 50.922 191.883 81.016 108.204 189.220 72.908 112.555 185.463 Total do passivo................................... 349.183 386.251 370.565 449.631 526.934 509.303 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. E-6 SLC AGRÍCOLA LTDA. DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO Exercícios findos em 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$) 2006 Controladora 2005 2004 2006 Consolidado 2005 2004 87.575 (8.259) 79.316 100.743 (12.566) 88.177 103.992 (11.612) 92.380 228.527 (17.379) 211.148 259.981 (25.644) 234.337 282.595 (27.223) 255.372 Custo das vendas .......................................... (99.587) Lucro (prejuízo) operacional ........................... (20.271) (100.866) (12.689) (69.673) 22.707 (209.117) 2.031 (222.041) 12.296 (151.261) 104.111 (7.909) (6.601) (525) 10.007 (1.671) 2.686 (4.013) Resultado operacional.................................... (24.284) (6.921) (7.240) (464) 10.972 4.628 974 1.949 (10.740) (5.171) (10.981) (871) 35.488 (9.040) 1.922 11.347 34.054 (18.172) (9.423) (525) 1.396 10.720 4.155 (11.849) ( 9.818) (16.553) (9.823) (464) 2.992 18.246 1.453 (4.149) 8.147 (12.461) (16.422) (871) 5.055 (6.433) 4.397 (26.735) 77.376 Resultado não operacional (Nota 22) ............. (7.319) Resultado antes da tributação sobre o lucro ... (31.603) (22) (10.762) 62 34.116 (6.948) (16.766) (8) 8.139 (236) 77.140 Receita operacional bruta Venda de mercadorias e produtos............... Deduções – impostos e contribuições............. Receita operacional líquida ............................ Receitas (despesas) operacionais Despesas com vendas................................ Despesas gerais e administrativas .............. Honorários da administração ..................... Resultado de equivalência patrimonial ....... Resultado financeiro (Nota 20) .................. Outras receitas operacionais (Nota 21)....... Imposto de renda e contribuição social (Nota 17) Corrente ................................................... Diferido .................................................... – 11.598 – 7.357 – 4.006 (3.284) 15.475 (2.788) 8.388 (13.841) (1.048) Participação dos minoritários ......................... – – – (15.430) (17.144) (24.129) Reversão de juros sobre o capital próprio ....... – – 7.100 – 7.100 (3.405) (1.703) 2 45.222 22.611 2 (3.405) 45.222 Lucro líquido (prejuízo) do exercício ............... (20.005) Lucro líquido (prejuízo) por quota .................. (10.003) 2 Número de quotas em circulação................... As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. E-7 – (20.005) SLC AGRÍCOLA LTDA. DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Exercícios findos em 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$) Reserva de reavaliação Lucros acumulados 106.698 – 106.698 (33.790) – 22.017 (22.017) – – – 79.417 – 79.417 – (4.984) 208.132 (22.017) 186.115 (33.790) (4.984) – – – – 45.194 28 45.222 45.194 28 45.222 – 72.908 8.108 – – – – – (7.100) 112.555 – (946) (7.100) 185.463 8.108 (946) – – – 81.016 60.045 (100) – – 140.961 – – – – – – – – – (3.435) 30 (3.405) 108.204 – – (37.277) (20.005) 50.922 (3.435) 30 (3.405) 189.220 60.045 (100) (37.277) (20.005) 191.883 Capital social Saldos em 31 de dezembro de 2003....................... Reversão da reserva de reavaliação ......................... Saldo de abertura de 2004 – Ajustado .................... Cisão parcial (Nota 1) ............................................. Dividendos distribuídos (Nota 18c).......................... Lucro líquido do exercício Originalmente apresentado ................................ Ajuste pela reversão da reserva de reavaliação .... Destinações do lucro líquido do exercício: Juros sobre o capital próprio (Nota 18c) ............. Saldos em 31 de dezembro de 2004 – Ajustado ..... Integralização de capital ......................................... Dividendos distribuídos (Nota 18c).......................... Prejuízo do exercício Originalmente apresentado ................................ Ajuste pela reversão da reserva de reavaliação .... Saldos em 31 de dezembro de 2005 – Ajustado ..... Integralização de capital ......................................... Cisão parcial (Nota 1) ............................................. Dividendos distribuídos (Nota 18c).......................... Prejuízo do exercício............................................... Saldos em 31 de dezembro de 2006....................... As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. E-8 Total SLC AGRÍCOLA LTDA. DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$) 2006 ORIGENS DE RECURSOS Das operações: Lucro líquido (prejuízo) do exercício........................... (20.005) Itens que não afetam o capital circulante líquido: Resultado de equivalência patrimonial .................... (10.007) Participação dos minoritários .................................. – Depreciação e amortização..................................... 10.550 Baixa por cisão de investimentos............................. 53.163 Baixa de ágio.......................................................... 10.706 Resultado nas baixas do permanente ...................... (119) 44.288 Dos quotistas: Integralização de capital............................................ 60.045 Dividendos recebidos ................................................ 23.296 De terceiros: Aumento do resultado de exercícios futuros .............. – Aumento do exigível a longo prazo ........................... 3.476 Total das origens....................................................... 131.105 APLICAÇÕES DE RECURSOS Redução do exigível a longo prazo ............................... – Aumento do realizável a longo prazo ........................... 2.385 Cisão parcial ................................................................ 100 Em investimentos......................................................... 54.508 No imobilizado............................................................. 8.208 No diferido .................................................................. 4.929 Juros sobre o capital próprio ........................................ – Dividendos distribuídos ................................................ 37.277 Total das aplicações..................................................... 107.407 Aumento (redução) do capital circulante líquido.............. 23.698 Variação do capital circulante líquido: Ativo circulante: No fim do exercício ................................................... 103.111 No início do exercício ................................................ 122.620 (19.509) Passivo circulante: No fim do exercício ................................................... 120.268 No início do exercício ................................................ 163.475 (43.207) Aumento (redução) do capital circulante líquido.............. 23.698 Controladora 2005 2006 (3.405) 45.222 (20.005) (3.405) 45.222 (10.972) – 10.047 – – 107 (4.223) (35.488) – 6.252 37.673 – – 53.659 (1.396) (43.498) 26.138 53.163 10.706 1.224 26.332 (2.992) (6.172) 26.372 – (5.055) 55.712 21.225 – 1.592 15.395 5.006 122.101 8.108 16.401 – 7.000 60.045 – 8.108 – – – – 9.695 29.981 – – 60.659 – 11.942 98.319 – 20.451 43.954 432 15.660 138.202 – 11.258 – 2.014 16.640 6.007 – 946 36.865 (6.884) 772 2.440 33.790 – 19.011 6.959 7.100 4.984 75.056 (14.397) – 21.179 100 8 14.203 7.567 – 37.277 80.334 17.985 – 14.120 – 2.014 35.036 10.784 – 946 62.900 (18.946) – 2.662 33.790 – 33.788 15.874 7.100 4.984 98.198 40.004 122.620 127.270 (4.650) 127.270 95.394 31.876 215.883 246.308 (30.425) 246.308 265.659 (19.351) 265.659 189.476 76.183 163.475 161.241 2.234 (6.884) 161.241 114.968 46.273 (14.397) 135.776 184.186 (48.410) 17.985 184.186 184.591 (405) (18.946) 184.591 148.412 36.179 40.004 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. E-9 Consolidado 2005 2004 2004 SLC AGRÍCOLA LTDA. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA Exercícios findos em 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$) 2006 Controladora 2005 2004 2006 Consolidado 2005 2004 (3.405) 45.222 (20.005) (3.405) 45.222 10.047 – – – 107 (10.972) 7.236 – – 16.401 19.414 6.252 (33.790) 37.673 – – (35.488) 18.337 – – 7.000 45.206 26.138 (100) 53.163 10.706 1.224 (1.396) 47.244 (43.498) – – 73.476 26.372 – – – 1.592 (2.992) 15.649 (6.172) – – 31.044 21.225 (33.790) – – 5.006 (5.055) 22.577 55.712 432 – 111.329 1.657 6.472 (11.784) 5.925 2.270 (4.918) (35.250) (1.949) (79) (42.196) 9.792 30.184 (11.460) (15.539) 12.977 5.961 22.413 (11.816) 9.253 25.811 (12.115) (67.633) (8.182) (537) (88.467) (1.782) 6.037 7.176 (480) 10.951 347 (9.116) 37.166 5.981 34.378 297 (4.750) – 10.448 5.995 (925) (2.852) – 2.121 (1.656) (1.940) (4.426) – 12.760 6.394 32.635 37.388 92.448 55.199 29.256 (2.014) (16.640) (6.007) – (19.011) (6.959) (8) (14.203) (7.567) (2.014) (35.036) (10.784) – (33.788) (15.874) (24.661) (25.970) (21.778) (47.834) (49.662) 8.108 (946) 52.121 (58.379) – (12.084) 59.075 (66.289) 60.045 (37.277) 64.242 (153.949) 8.108 (946) 139.977 (133.924) – (12.084) 133.241 (110.373) 904 8.878 (19.298) (7.880) (66.939) 3.731 13.215 20.580 10.784 (9.622) 3.470 12.348 8.878 11.350 3.470 (7.880) 27.713 31.444 3.731 7.133 27.713 20.580 16.755 7.133 (9.622) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro líquido (prejuízo) do exercício ............................. (20.005) Ajustes para conciliar o resultado às disponibilidades Geradas pelas atividades operacionais: Depreciação e amortização..................................... 10.550 Cisão parcial .......................................................... (100) Baixa por cisão de investimentos ............................ 53.163 Baixa de ágio ......................................................... 10.706 Resultado nas baixas do permanente...................... (119) Equivalência patrimonial......................................... (10.007) Juros e atualização monetária sobre empréstimos ... 29.007 Participações minoritárias ....................................... – Resultados de exercícios futuros ............................. – Recebimento de dividendos de controladas ............ 23.296 96.491 (Aumento) redução no ativo: (Aumento) redução das contas a receber ................ 5.734 (Aumento) redução de estoques/culturas em formação. 15.604 (Aumento) redução de impostos a recuperar .......... (5.835) (Aumento) redução de outras contas a receber ....... 1.673 17.176 Aumento (redução) no passivo: Aumento (redução) de fornecedores....................... 947 Aumento de obrigações fiscais e sociais.................. (5.596) Aumento (redução) de obrigações com controladas (2.008) Aumento (redução) de outras contas a pagar ......... 17.040 10.383 Disponibilidades líquidas geradas pelas atividades operacionais .............................................. 124.050 Fluxo de caixa das atividades de investimentos Em investimentos ...................................................... (54.508) Em imobilizado ......................................................... (8.208) Em diferido ............................................................... (4.929) Disponibilidades líquidas aplicadas às atividades de investimentos ..................................... (67.645) Fluxo de caixa das atividades de financiamentos Integralização de capital............................................ 60.045 Pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio . (37.277) Empréstimos e financiamentos tomados.................... 16.800 Pagamentos de empréstimos e financiamentos (95.921) Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas às) atividades de financiamentos ............. (56.353) Aumento (redução) nas disponibilidades.................... 52 Aumento (redução) nas disponibilidades Disponibilidades – no início do exercício ................. Disponibilidades – no final do exercício................... Aumento (redução) nas disponibilidades................. 12.348 12.400 52 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. E-10 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 1. Contexto Operacional A SLC Agrícola Ltda. (“Companhia”) e suas controladas têm como objeto social as atividades de agropecuária, pecuária, produção e comercialização de sementes e mudas; beneficiamento e comercialização de seus produtos, podendo exportar e importar bens para o seu uso e consumo próprio; fornecimento de bens e produtos agropecuários primários e mercadorias em geral; prestação de serviços de recepção, limpeza, secagem e armazenamento de cereais de terceiros; prestação de serviços com máquinas e implementos agrícolas para terceiros; e comércio, importação e exportação de produtos agrícolas. A Companhia opera sete fazendas com área total de 125 mil hectares, localizadas em quatro estados da região do cerrado, onde é propicio para o cultivo de grãos, principalmente a soja, algodão e milho. Adicionalmente, possui arrendados 10 mil hectares de terras localizadas próximas às suas fazendas, o que permite aumentar sua produção utilizando a infra-estrutura existente com diluição do custo fixo e redução do custo unitário dos seus produtos. Na Safra 2005/2006 foram cultivados 105 mil hectares, dos quais 21,1 mil hectares foram destinados primordialmente ao cultivo de algodão; 68,6 hectares ao plantio de soja; 13,9 mil hectares ao plantio de milho e 1,4 mil hectares ao cultivo de outras culturas. Em 2006 a Companhia apresentou margem de lucro negativa em decorrência dos seguintes principais fatores: i) produtividade menor em relação à média histórica nas safras de algodão e soja de aproximadamente 13% e 9%, respectivamente. A queda na produtividade de tais culturas foi causada basicamente pelo excesso de chuvas durante o estágio final do ciclo de produção, tendo alcançado, durante os meses de março e abril 30% e 85%, respectivamente, acima da média histórica para este período e ii) apreciação de aproximadamente 9% do real em relação ao dólar norte-americano, reduzindo a receita do algodão em 6,3%, da soja em 2,5% e do milho em 5%. Os planos da Administração da Companhia para recuperação do prejuízo apurado e retorno a sua lucratividade são: i) aumento da área cultivada de 105 mil para 117 mil hectares, representando aumento de 11,4%, sendo 42% do crescimento oriundo de arrendamentos adicionais em áreas próximas das atuais fazendas e 58% através do cultivo de uma segunda safra (milho e algodão) em períodos de entressafra; ii) elevação da produtividade para a média histórica; iii) redução nos custos de produção na cultura de algodão e na cultura de soja e; iv) aumento na receita seguindo a elevação dos preços internacionais das commodities agrícolas. Além disso, a Companhia adquiriu em dezembro de 2006 a sua 8ª fazenda (“Fazenda Panorama”), localizada no estado da Bahia, com área total de 9.220 hectares. Conjuntamente a esta nova aquisição, a Companhia já tem contratado para a sua próxima safra o arrendamento de mais 14.400 hectares de terras agrícolas cultiváveis no município de Correntina, também localizado no estado da Bahia. Desde 2004, a Companhia vem realizando processo de reestruturação societária, objetivando atingir uma estrutura mais simples e eficiente com a concentração das suas atividades no seu principal objeto social que é o contexto agrícola. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2004, 2005 e 2006 foram efetuadas as seguintes operações: E-11 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) • Em 1º de janeiro de 2004, através do Instrumento de Alteração e Consolidação Contratual os quotistas aprovaram a cisão parcial da SLC Agrícola Ltda. com a conseqüente versão de parcela de seus elementos patrimoniais à SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. e a decorrente redução de seu capital social de R$33.790, sem cancelamento de quotas sociais. O acervo líquido cindido estava assim representado: R$ Terras de cultura ............................................................................................................................. Prédios e benfeitorias – valor residual .............................................................................................. Barragens – valor residual ............................................................................................................... Unidades armazenadoras – valor residual ........................................................................................ Cafezal – valor residual ................................................................................................................... Instalações elétricas, culturas permanentes, pomar e outras............................................................. (-) Patrimônio líquido ...................................................................................................................... Acervo líquido cindido .................................................................................................................... 38.284 8.732 1.039 3.023 3.049 411 (20.748) 33.790 A referida cisão encontra-se suportada por laudo patrimonial a valor contábil elaborado por empresa especializada independente. • Através da Alteração de Contrato Social celebrada em 29 de novembro de 2006, foi aprovada a transferência para a SLC Agrícola Ltda. das quotas detidas pelas empresas controladoras SLC Participações S.A. e Evaux Participações S.A. na SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. Como conseqüência desta transferência, o capital social da SLC Agrícola Ltda. foi aumentado em R$53.558 distribuídos entre as quotistas SLC Participações S.A. e Evaux Participações S.A. na proporção de R$78.398 e R$62.662, respectivamente. • Em 30 de novembro de 2006 os quotistas da SLC Agrícola Ltda. aprovaram a cisão parcial de certos ativos e passivos não relacionados com as suas atividades agrícolas representados pelo investimento detido na sociedade Ferramentas Gerais Comércio e Importação S.A. no valor de R$53.163 e passivos representados por um contrato de mútuo mantido com empresa ligada no valor de R$16.318 e financiamento junto à instituição financeira no valor de R$36.745 vertendo-os para a sociedade controladora Evaux Participações S.A. Como conseqüência desta cisão parcial o acervo líquido cindido resultou em uma redução no capital social da SLC Agrícola Ltda. no valor de R$100. A referida cisão encontra-se suportada por laudo patrimonial a valor contábil elaborado por empresa especializada independente. 2. Base de Preparação e Apresentação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas com base nas práticas contábeis adotadas no Brasil, observando as diretrizes contábeis emanadas da legislação societária e nas normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2006 estão sendo apresentadas de forma comparativa com as demonstrações financeiras dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, tendo vista a intenção da Administração de incluí-las no documento de oferta a ser preparado para o processo de pedido de registro de abertura de capital e de oferta pública (primária e secundária) de ações junto à Comissão de Valores Mobiliários – CVM. A autorização para conclusão da preparação destas demonstrações contábeis ocorreu na reunião de diretoria realizada em 9 de março de 2007. E-12 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) O processo de elaboração das demonstrações financeiras envolve a utilização de estimativas contábeis. Essas estimativas foram baseadas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da Administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem a seleção de vidas úteis do ativo imobilizado e de sua recuperabilidade nas operações, assim como da análise dos demais riscos para determinação de outras provisões, inclusive para contingências e avaliação dos instrumentos financeiros e demais ativos e passivos na data do balanço. A provisão para imposto de renda e contribuição social foi computada com base na legislação vigente na data do balanço. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores significativamente divergentes dos registrados nas demonstrações financeiras devido às imprecisões inerentes ao processo de estimativa. A Companhia revisa suas estimativas e premissas periodicamente. Os ativos e passivos são classificados como circulantes quando sua realização ou liquidação é provável que ocorra nos próximos doze meses. Caso contrário, são demonstrados como não circulantes. Os ativos e passivos monetários denominados em moedas estrangeiras foram convertidos para reais pela taxa de câmbio em vigor na data de fechamento do balanço. As diferenças decorrentes de conversão de moeda foram reconhecidas nas demonstrações do resultado. As demonstrações financeiras consolidadas incluem as operações da SLC Agrícola Ltda e das seguintes empresas controladas, cuja participação em 31 de dezembro de 2006 é assim resumida: Empresas Controladas diretas-% Controladas indiretas-% Fazenda Planorte S.A....... 99,78 – Fazenda Paiaguás S.A...... 100 – Fazenda Parnaíba S.A. ..... SLC Empreendimentos (*) e Agricultura Ltda. ...... 53,38 – 84,05 15,95 (*) Atividade principal Cultura de algodão, soja e milho. Cultura de algodão, soja e milho. Cultura de algodão, soja e milho. Arrendamento de terras de cultura. Localização Mato Grosso – MT Mato Grosso – MT Maranhão – MA Rio Grande do Sul – RS Em 2005 e 2004 a SLC Agrícola Ltda. detinha participação indireta de 35,13% na SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. Os exercícios sociais das controladas incluídas na consolidação são coincidentes com os da controladora e as políticas contábeis foram aplicadas de forma uniforme nas empresas consolidadas e são consistentes com aquelas utilizadas nos exercícios anteriores. Os principais procedimentos de consolidação são: • Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas consolidadas; • Eliminação das participações no capital, reservas e lucros acumulados das empresas consolidadas; • Eliminação dos saldos de receitas e despesas, bem como de lucros não realizados, decorrentes de negócios entre as empresas; A Companhia está apresentando, como informação suplementar, as demonstrações individuais e consolidadas dos fluxos de caixa elaborados de acordo com as normas estabelecidas pelo IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e CFC – Conselho Federal de Contabilidade. E-13 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 3. Mudança de Prática Contábil No encerramento do exercício findo em 31 de dezembro de 2006, a Companhia e suas controladas decidiram pela reversão integral do saldo remanescente da reserva de reavaliação do seu ativo imobilizado tendo em vista o não enquadramento no que determina a Deliberação CVM Nº 183 de 19 de junho de 1995 nos seguintes quesitos: 3.1 Uniformização dos critérios contábeis (Deliberação CVM Nº 183/95 art. 54) Em 31 de dezembro de 2006, somente a Companhia e suas controladas SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. e Fazenda Paiaguás S.A. possuíam o registro, ainda que parcial, sobre determinados bens do seu ativo imobilizado, da reserva de reavaliação registrada em seu balanço. Ressalta-se que a reserva de reavaliação registrada na controlada Fazenda Paiaguás S.A. advém de época anterior à sua aquisição pela Companhia realizada em 21 de agosto de 2000, tendo a administração anterior dessa controlada efetuado indevidamente a capitalização de parcela da reserva, conforme comentaremos mais adiante. As demais controladas Fazenda Planorte S.A. e Fazenda Parnaíba S.A. em nenhum momento havia realizado a reavaliação de seus ativos pelos valores de mercado. 3.2 Amplitude e periodicidade da reavaliação (Deliberação CVM Nº 183/95 arts. 15 e 17) O último laudo de avaliação que suporta o registro de parcela de reavaliação na Companhia é de 30 de novembro de 2001, e o de sua controlada Fazenda Paiaguás S.A. é datado de 1 de julho de 2000 e, também, a reavaliação dos ativos foi efetuada para diferentes classes de bens, estando dessa forma, em desacordo com o Art. 17 da Deliberação CVM Nº 183/95. Adicionalmente, conforme esclarecimento do Oficio Circular CVM/SNC/SEP Nº 01/2007, não é aceitável para uma mesma Companhia, a existência de ativos de uma mesma natureza ou da mesma conta, parte avaliados ao custo e outra parte avaliados a valor de mercado (reavaliação). Tal restrição, também se aplica às demonstrações contábeis consolidadas, não sendo aceitável que a companhia controladora e determinada controlada mantenham ativos de uma mesma natureza ou da mesma conta avaliados por dois critérios diferentes (custo e valor de mercado), tanto para fins de equivalência patrimonial quanto para fins de consolidação. Devido aos aspectos mencionados em 3.1 e 3.2 acima, a Administração da Companhia e de suas controladas decidiram pela reversão total do saldo de reserva de reavaliação registrado em 31 de dezembro de 2006, passando a apresentar todos os itens do seu ativo imobilizado pelo valor de custo de aquisição. Após a decisão da reversão do saldo da reserva de reavaliação verificou-se que de forma indevida, parcela da reserva de reavaliação registrada no patrimônio líquido das controladas Fazenda Paiaguás S.A. e SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. fora capitalizada. Dessa forma, para o registro contábil do estorno da reserva de reavaliação foi necessário efetuar a reversão da reserva capitalizada, sem produzir impacto no número de quotas/ações e resultado das empresas. E-14 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) Dessa forma, o registro da reversão da reserva de reavaliação da Companhia e de suas controladas nos levou ao início da operação de aquisição da Fazenda Paiaguás S.A. ocorrida em 21 de agosto de 2000 pelo valor de R$17.430. A operação de compra da Fazenda Paiaguás pode ser demonstrada como segue: Valor contábil do PL da Fazenda Paiaguás na data da aquisição................................. Reversão da reserva de reavaliação capitalizada......................................................... Valor contábil remanescente após reversão da reserva ............................................. Valor pago na aquisição ........................................................................................... Ágio na aquisição ..................................................................................................... 19.940 (15.490) 4.450 17.430 12.980 O fundamento econômico do ágio pago na data de aquisição da Fazenda Paiaguás foi a mais valia do seu principal ativo “Terras de Cultura” que à época foram reavaliadas para efeito de determinação do valor de mercado. A Companhia com o objetivo de permitir apresentar demonstrações financeiras comparáveis optou por adotar de forma antecipada as orientações da Deliberação CVM nº. 506/06 (NPC 12 - Mudança de Estimativas Contábeis e Correção de Erros), e procedeu aos ajustes de forma retroativa nas suas demonstrações financeiras conforme demonstrado abaixo: Ativo Permanente Investimento Passivo Participação exigível a dos Imobilizado longo prazo minoritários Patrimônio líquido Resultado do período Controladora: (a) Exercício de 2003 ...... Exercício de 2004(b) ...... (b) Exercício de 2005 ...... Exercício de 2006(c) ...... – 7.655 7.625 21.394 22.017 1.270 1.270 1.270 – – – – – – – – (22.017) (8.925) (8.895) (22.664) – – – – Consolidado: Exercício de 2003 ........ Exercício de 2004 ........ Exercício de 2005 ........ Exercício de 2006 ........ 15.490 15.490 15.490 15.490 (38.203) (39.083) (38.860) (38.647) (696) (637) (575) (493) – (14.031) (13.900) – (22.017) (8.925) (8.895) (22.664) 1.658 28 30 348 (a) (b) (c) Saldos de abertura de 2004 da reserva de reavaliação própria revertidos na mutação do patrimônio líquido da Companhia. Conforme mencionado na nota explicativa 1, em 01 de janeiro de 2004 após a cisão parcial dos ativos da Companhia, a participação direta na controlada SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. passou a ser de 35,1318%. Conforme mencionado na nota explicativa 1, em 29 de novembro de 2006 a Companhia aumentou sua participação na SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. para 84,05% de forma direta e 15,95% de forma indireta através de sua controlada Fazendas Paiaguás S.A. 4. Resumo das Principais Práticas Contábeis a) Apuração do Resultado O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência de exercício. A receita de venda de produtos é reconhecida no resultado quando todos os riscos e benefícios inerentes ao produto são transferidos para o comprador. Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa da sua realização. E-15 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) b) Aplicações financeiras São avaliadas pelo valor da aplicação, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, não excedendo o valor de realização. c) Provisão para créditos de liquidação duvidosa A Companhia e suas controladas não têm valores que necessitem constituir provisão para créditos de liquidação duvidosa, tendo em vista não haver qualquer expectativa de perda em relação às contas a receber. d) Culturas em formação Estão demonstradas pelos custos incorridos até a data do balanço e correspondem à formação da safra nos seus respectivos exercícios sociais. e) Estoques Os produtos agrícolas foram avaliados pelo custo de produção, não ultrapassando o valor de realização. Os estoques de sementes, adubos, fertilizantes, defensivos agrícolas, combustíveis, lubrificantes, almoxarifado e materiais diversos foram avaliados pelo custo médio de aquisição, que não superam os preços de mercado. f) Investimentos As participações em controladas são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial, conforme Nota 11. Os demais investimentos são demonstrados ao custo de aquisição deduzido de provisão para desvalorização, quando aplicável. g) Imobilizado Registrado ao custo de aquisição, formação ou construção. A depreciação é calculada pelo método linear às taxas mencionadas na nota explicativa nº 12 e leva em consideração o tempo de vida útil estimado dos bens. Como descrito na nota 3, a Companhia e suas controladas estornaram, em 31 de dezembro de 2006, o valor de reavaliação anteriormente considerada em seu ativo imobilizado. h) Intangível Registrado ao custo de aquisição, deduzido da amortização, a qual é calculada pelo método linear à taxa de 20% ao ano. i) Diferido Está demonstrado ao custo incorrido e refere-se às despesas com correção de solo e desmatamento, e despesas com implantação de sistemas. As amortizações estão previstas pelo prazo de 5 anos. E-16 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) j) Passivos Reconhecidos no balanço quando a Companhia possui uma obrigação legal ou constituída como resultado de um evento passado, sendo provável que um recurso econômico seja requerido para liquidá-la. Alguns passivos envolvem incertezas quanto ao prazo e valor, sendo estimados na medida em que são incorridos e registrados através de provisão. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. k) Tributação As receitas de vendas estão sujeitas aos seguintes impostos e contribuições, pelas seguintes alíquotas básicas: Alíquotas ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços ................................... COFINS – Contribuição para Seguridade Social........................................................ PIS – Programa de Integração Social........................................................................ Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural – Funrural ............................................. 0% a 17,00% 7,60% 1,65% 2,85% Esses encargos são apresentados como deduções de vendas na demonstração do resultado. Os créditos decorrentes da não cumulatividade do PIS/COFINS são apresentados dedutivamente do custo dos produtos vendidos na demonstração do resultado. A tributação sobre o lucro compreende o imposto de renda e a contribuição social. O imposto de renda é computado sobre o lucro tributável pela alíquota de 15%, acrescido do adicional de 10% para os lucros que excederem R$ 240 no período de 12 meses, enquanto que a contribuição social é computada pela alíquota de 9% sobre o lucro tributável, reconhecidos pelo regime de competência, portanto as inclusões ao lucro contábil de despesas, temporariamente não dedutíveis, ou exclusões de receitas, temporariamente não tributáveis, para apuração do lucro tributável corrente geram créditos ou débitos tributários diferidos. As antecipações ou valores passíveis de compensação são demonstrados no ativo circulante ou não circulante, de acordo com a previsão de sua realização. Os créditos tributários diferidos decorrentes de prejuízo fiscal ou base negativa da contribuição social são demonstrados pelo valor que se espera realizar e estão demonstrados na nota explicativa no 17. l) Subvenção para investimentos As controladas Fazenda Parnaíba e Fazenda Planorte gozam de incentivos fiscais de imposto de renda relativamente à parte de suas operações localizadas nas regiões centro-oeste e nordeste e do País, respectivamente. Esses incentivos são concedidos sob a forma de isenção de 100% ou redução de até 75% do imposto de renda devido, calculados com base no resultado das atividades incentivadas, sendo registrados diretamente a crédito do patrimônio líquido, sub-conta de incentivos fiscais. Os Atos Declaratórios da ADA (Agência de Desenvolvimento da Amazônia) que concedem a redução do imposto de renda às empresas tem seus vencimentos entre os anos calendários de 2008 a 2013. m) Subvenções para custeio Os Governos dos Estados do Mato Grosso do Sul por intermédio do Decreto n° 9.542/99 e do Mato Grosso, por intermédio do Decreto n° 1.261/00, concederam incentivos para diferimento de débitos de ICMS através da adesão da Fazenda Planalto ao programa Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado de Mato Grosso do Sul) e das Fazendas Planorte e Paiaguás ao programa FETHAB (Fundo de Transporte e Habitação). E-17 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) Os Governos dos Estados de Mato Grosso do Sul, por intermédio do Decreto no 9.716/99, de Mato Grosso através do decreto no 1.589/97 e de Goiás através da Lei Estadual no 13.506/99, concederam incentivos de créditos presumidos de ICMS nas operações com algodão em pluma, com redução no valor do ICMS a recolher de 50% a 75% através da adesão da Fazenda Planalto ao programa PDAGRO, das Fazendas Planorte e Paiaguás ao programa PROALMAT e da Fazenda Pamplona ao programa PROALGO. Os créditos presumidos são registrados ao resultado na rubrica de impostos sobre vendas em contrapartida à rubrica de impostos a recuperar. 5. Aplicações Financeiras Modalidade CDB-DI ................................. Operação compromissada .... Títulos de capitalização......... Commodities........................ Modalidade CDB-DI ................................. Operação compromissada..... Títulos de capitalização ......... Commodities........................ Outras .................................. Rendimentos 2006 99,74% do CDI* 100,06% do CDI* Rendimento da poupança U.S. Dólar 5.042 5.610 14 234 10.900 Rendimentos 2006 99,88% CDI* 100,03% CDI* Rendimento da poupança U.S. Dólar – 10.605 17.223 192 234 – 28.254 Controladora 2005 7.026 5.148 25 – 12.199 Consolidado 2005 17.622 9.168 191 – 10 26.991 2004 954 509 14 1.126 2.603 2004 2.360 2.470 64 1.126 – 6.020 * Rendimento médio em 31 de dezembro de 2006. As aplicações financeiras em certificados de depósitos bancários e as operações compromissadas (debêntures) possuem prazo de resgate que não ultrapassam 90 dias da data do balanço. 6. Contas a Receber 2006 Mercado interno ........................................... Mercado externo........................................... Total ............................................................ Controladora 2005 2004 107 1.514 1.621 5.517 1.838 7.355 8.330 682 9.012 2006 742 3.492 4.234 Consolidado 2005 2004 5.951 8.075 14.026 18.483 1.504 19.987 Em 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 a Companhia e suas controladas não possuíam títulos a receber vencidos. E-18 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 7. Estoques 2006 Produtos agrícolas ....................................... Sementes, adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas........................................ Outros estoques .......................................... Provisão para ajuste ao valor de mercado..... Controladora 2005 2004 2006 Consolidado 2005 2004 21.856 23.371 16.510 34.054 31.206 33.297 24.041 1.248 (3.537) 43.608 32.472 1.189 (2.402) 54.630 44.046 1.114 – 61.670 52.693 2.718 (6.327) 83.138 62.612 10.322 (2.402) 101.738 81.233 3.492 – 118.022 8. Culturas em Formação Soja.............................................. Algodão ....................................... Milho ........................................... Milho-semente ............................. Milho-doce................................... Café ............................................. Ervilha .......................................... Outras Culturas ............................ 2006 Controladora 2005 2004 2006 Consolidado 2005 2004 20.176 6.369 706 1.170 – 1.806 – 288 30.515 18.618 10.143 2.491 1.503 74 2.197 2 69 35.097 15.831 11.899 3.211 1.242 – 2.343 3 – 34.529 45.956 14.338 840 1.170 – 1.806 – 288 64.398 49.975 19.509 2.639 1.511 75 2.201 2 70 75.982 48.339 24.280 5.895 1.248 – 2.346 3 – 82.111 Os saldos de culturas em formação estão substancialmente representados pelos gastos incorridos com a formação das safras tais como: sementes, fertilizantes, defensivos agrícolas, depreciações e mão de obra aplicada nas culturas. As culturas de soja, milho e algodão ocorrem, normalmente, nos seguintes períodos: Empresa Fazenda Planalto Fazenda Paiaguás Fazenda Planorte Fazenda Pamplona Fazenda Parnaíba Fazenda Planeste Fazenda Palmeira Soja Produtos Algodão Milho 01/10 a 20/03 20/09 a 15/03 15/09 a 10/03 25/10 a 15/04 25/10 a 05/04 15/10 a 30/03 20/01 a 05/06 05/12 a 05/08 05/12 a 15/08 15/12 a 15/08 05/11 a 15/08 10/12 a 05/08 20/12 a 15/08 Não planta 01/10 a 05/07 25/01 a 10/07 25/01 a 10/07 20/10 a 15/04 01/12 a 15/05 01/12 a 10/07 20/01 a 10/06 Cidade Costa Rica-MS Diamantino-MT Sapezal-MT Cristalina-GO Tasso Fragoso-MA Balsas-MA Buriti-MA E-19 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 9. Impostos a Recuperar 2006 Imposto de renda ................................ Contribuição social .............................. ICMS ................................................... COFINS................................................ PIS....................................................... IRRF a recuperar................................... Outros................................................. 2.595 9 3.119 1.925 213 319 19 8.199 (7.425) 774 (-) parcela classificada no circulante...... Parcela não circulante .......................... Controladora 2005 2004 1.675 8 4.681 1 13 1.929 20 8.327 (7.455) 872 1.868 222 5.865 904 9 710 2 9.580 (9.231) 349 2006 Consolidado 2005 2004 7.407 484 4.753 6.067 1.268 1.846 29 21.854 (20.433) 1.421 2.896 500 8.052 2.537 778 4.584 29 19.376 (17.519) 1.857 6.115 2.496 9.470 3.262 708 1.342 9 23.402 (22.257) 1.145 Imposto de renda e contribuição social Corresponde às antecipações de imposto de renda e contribuição social, os quais serão realizados mediante a compensação com impostos e contribuições federais. ICMS, PIS e Cofins a compensar/recuperar Referem-se a créditos gerados nas operações normais da Companhia e de suas controladas, podendo ser compensados com tributos da mesma natureza. A Administração da Companhia estima que os saldos existentes em 31 de dezembro de 2006 serão realizados sem perdas significativas. Em 2006, a Companhia e suas controladas contabilizaram o montante de R$2.682 em contrapartida da rubrica de outras receitas operacionais, referente a crédito reconhecido por decisão judicial, com trânsito em julgado de processo tributário sobre a inconstitucionalidade da Lei 9.718/98, contra a União Federal visando o ressarcimento por recolhimentos a maiores. IRRF a recuperar Corresponde ao imposto de renda retido na fonte sobre aplicações financeiras. Esses créditos são realizáveis mediante a compensação com impostos e contribuições federais. 10. Títulos e Créditos a Receber 2006 (a) Venda Fazenda Paineira ...................... (b) Adiantamento – Incentivos Fiscais ....... (-) ativo circulante ................................ Total não circulante .......................... (a) 2.599 1.966 4.565 (1.735) 2.830 Controladora 2005 5.355 1.966 7.321 (2.142) 5.179 2004 2006 6.426 1.966 8.392 (2.141) 6.251 2.599 1.966 4.565 (1.735) 2.830 Consolidado 2005 5.355 1.966 7.321 (2.142) 5.179 2004 6.426 1.966 8.392 (2.141) 6.251 Representado pelo valor da venda da Fazenda Paineira ocorrida em 20 de agosto de 2003 no montante de R$7.497, conforme Contrato Particular de Compra e Venda. O saldo está sendo recebido em parcelas não lineares equivalentes a sacas de soja até 31 de janeiro de 2008, atualizadas pela cotação da saca de soja praticada pela Cooperativa Regional Tritícola Serrana Ltda. – COTRIJUÍ. A sua movimentação é demonstrada conforme abaixo: E-20 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) Valor da venda ......................................... Amortização............................................. Amortização............................................. Amortização............................................. Amortização............................................. Provisão para perdas................................. Total ....................................................... Data Valor 20/08/2003 31/05/2004 31/01/2005 31/01/2006 31/05/2006 31/12/2006 7.497 (1.071) (1.071) (1.071) (1.071) (614) 2.599 Cotação da saca de soja em R$ Equivalente Em sacas de soja 31,50 31,50 27,84 23,45 21,69 25,48 238.000 (34.000) (34.000) (34.000) (34.000) – 102.000 A variação da cotação da saca de soja no recebimento de cada parcela é registrada como resultado financeiro no exercício sendo: despesa de R$608 em 2006 e R$124 em 2005. (b) Refere-se a adiantamentos efetuados à SODEPA Sociedade de Empreendimentos, Publicidade e Participações S.A. pela compra de ações incentivadas (FINAM) da Fazenda Parnaíba S.A. A transferência para a Companhia depende da emissão dos respectivos certificados de investimentos (CI’s). 11. Investimentos 2006 Participações em controladas............... Outras participações............................ Controladora 2005 158.983 108 159.091 181.130 99 181.229 2004 184.515 121 184.636 2006 – 126 126 Consolidado 2005 62.474 117 62.591 2004 57.468 142 57.610 Em 2005 e 2004, o investimento não absorvido na consolidação estava representado pela participação de 29,95% na empresa Ferramentas Gerais Comércio e Importação S.A. cujo saldo em 2006, conforme mencionado na Nota 1, foi alienado à Evaux Participações S.A. (controladora) pelo seu valor contábil que totalizava R$53.163 em 30 de novembro de 2006. E-21 E-22 (2) (1) 16.400 26.825 769 11.481 – – 99,78% 27.142 – – – 1.520 (1.896) – 26.766 – – – 26.766 50.000 56.968 2.289 2.703 154 – 53,38% 29.187 – – – 1.222 – – 30.409 – – – 30.409 Fazenda Planorte S.A. 35.500 – – 100% 56.973 – (6.904) (594) 1.547 (21.400) – 29.622 – – 12.980 42.602 35.500 29.622 1.587 393.502 – – 29,95% 48.630 – – – 1.396 – (50.026) – – – – – 97.723 167.051 4.662 Investimentos Fazenda Ferramentas Paiaguás Gerais Com. e S.A. Imp. S.A. – – 1 84,05% – 68.188 (14.410) 1.106 4.322 – – 59.206 – – – 59.206 63.712 70.443 6.385 SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. 161.932 68.188 (21.314) 512 10.007 (23.296) (50.026) 146.003 – – 12.980 158.983 2006 2004 159.736 143.047 – 41.084 – – – – 10.972 35.488 (16.401) (7.000) – (52.913) 154.307 159.706 10.706 8.692 3.137 3.137 12.980 12.980 181.130 184.515 2005 Totais Em 2005 e 2004 o saldo representado pelo ágio pago e pelo direito de preferência dos demais acionistas para aquisição de direito de subscrição detido pela Companhia na coligada Ferramentas Gerais Comércio e Importação S.A., foi baixado por alienação à sua controladora Evaux Participações S.A., conforme já mencionado na nota explicativa nº 1. Representa o ágio pago na aquisição da Fazenda Paiaguás ocorrida em 20 de julho de 2000 com fundamento econômico atribuído pela mais valia das terras de cultura (Nota 3). Sua amortização ocorrerá somente por ocasião de sua baixa ou alienação. Capital social..................................................... Patrimônio líquido ajustado ............................... Lucro líquido do exercício .................................. Quantidade de ações/quotas do capital social .... Ações Ordinárias (mil)..................................... Ações Preferenciais (mil) ................................. Quotas ........................................................... Percentual de participação (%) .......................... Valor patrimonial – saldos iniciais....................... Aquisição de investimento ............................. Reversão da reserva de reavaliação .................... Ganho/perda de capital investimento................. Resultado da equivalência patrimonial ............... Dividendos recebidos ...................................... Baixa de investimento ..................................... Valor patrimonial – saldos finais......................... Ágio(1) ............................................................. (1) Direito de subscrição de terceiros .................. (2) Ágio ............................................................. Saldos finais ...................................................... Fazenda Parnaíba S.A. Os investimentos relevantes em controladas e coligadas, avaliados pelo método de equivalência patrimonial, estão demonstradas no quadro a seguir: NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) SLC AGRÍCOLA LTDA. SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 12. Imobilizado Taxas médias anuais de depreciação Terras de cultura........................... Prédios e benfeitorias.................... Móveis e utensílios........................ Equipamentos e instalações escritório ................................... Equipamentos agrícolas e instalações industriais................. Veículos........................................ Culturas permanentes................... Obras e reformas em andamento .... Custo Depreciação acumulada 2005 2004 Líquido Líquido Líquido – 4,39% 10% 995 10.007 858 – (728) (457) 995 9.279 401 995 9.550 408 995 1.610 369 20% 1.129 (728) 401 434 486 11,82% 22,47% 8,37% – 55.844 3.907 3.306 6.109 82.155 (30.630) (2.784) (553) – (35.880) 25.214 1.123 2.753 6.109 46.275 29.394 1.094 2.859 541 45.275 24.296 1.413 2.409 4.504 36.082 2005 2004 Líquido Taxas médias anuais de depreciação Terras de cultura .......................... Ágio – Mais valia das terras .......... Terrenos....................................... Prédios e benfeitorias ................... Móveis e utensílios ....................... Equipamentos e instalações escritório ................................... Equipamentos agrícolas e instalações industriais ................ Veículos ....................................... Culturas permanentes .................. Obras e reformas em andamento.... Controladora 2006 Consolidado 2006 Custo Depreciação acumulada Líquido Líquido – – – 4,25% 10% 35.248 12.980 42 48.182 1.529 – – – (11.639) (716) 35.248 12.980 42 36.543 813 34.211 12.980 42 37.396 780 31.234 12.980 42 29.127 747 20% 1.839 (1.189) 650 693 783 12,86% 22,84% 8,72% – 119.713 6.831 6.966 6.433 239.763 (63.026) (5.154) (1.805) – (83.529) 56.687 1.677 5.161 6.433 156.234 62.980 1.671 5.577 2.750 159.080 53.098 2.210 5.425 6.921 142.567 Em 31 de dezembro de 2006 as obras e reformas em andamento no valor de R$6.433 estava substancialmente representado pela construção das unidades de armazenamento de grãos (silos) na Fazenda Planeste, com conclusão da obras previstas para o 1º semestre de 2007. E-23 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 13. Diferido Taxas médias anuais de amortização Correção do solo ......................... Desmatamento e Terraplanagem .... Despesas pré-operacionais ........... Outras ......................................... 20% 20% – – Taxas médias anuais de amortização Correção do solo ......................... Desmatamento e Terraplanagem ... Despesas pré-operacionais........... Outras......................................... 20% 20% – – Controladora 2006 Custo 16.660 2.867 2.531 – 22.058 Amortização acumulada 2005 2004 Líquido Líquido Líquido 9.905 1.855 2.531 – 14.291 10.218 1.462 1.393 – 13.073 8.786 1.043 328 1 10.158 2005 2004 Líquido Líquido Líquido 23.172 2.934 2.531 – 28.637 26.810 3.146 1.393 – 31.349 26.607 3.398 328 4 30.337 (6.755) (1.012) – – (7.767) Consolidado 2006 Custo 48.482 6.719 2.531 – 57.732 Amortização acumulada (25.310) (3.785) – – (29.095) Em 31 de dezembro de 2006 o saldo de despesas pré-operacionais estava representado pelos custos de implantação do sistema operacional adquirido em 2005 que tem seu início de operação previsto para agosto de 2007. E-24 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 14. Saldos e Transações com Partes Relacionadas Fazenda Parnaíba S.A. Fazenda Paiaguás S.A. 2006 SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. Ferramentas Gerais Com. Imp. S.A. Fazenda Planorte S.A. Totais 2006 2005 2004 Ativos: Longo prazo: Créditos com controladas ....... – – – – – – 153 567 Passivos: Circulante: Débitos com controladas (mútuos) ................................. 36.924 1.151 12.505 39 1.359 51.978 53.986 46.810 Vendas: Mercadorias............................ 130 1 – – 10 141 2.429 524 Compras: Mercadorias............................ 201 72 – – 354 627 1.560 728 Receitas financeiras: Juros....................................... – 23 – – 10 33 16 11 Despesas financeiras: Juros....................................... 4.579 387 1.380 – 97 6.443 7.478 4.186 A Companhia e suas controladas têm contratos de mútuos, representados por conta corrente, cujo indexador é equivalente a 99% da variação nominal da taxa CDI-OVER, com vencimentos em prazos indeterminados. Em 2004, a Companhia celebrou contrato de parceria agrícola com a controlada SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. por meio de cessão das terras e máquinas utilizadas no cultivo de suas lavouras. Esse contrato fixou o valor da cessão em 20% da produção agrícola a ser cedida no final de cada safra, com base no custo de produção. Em 30 de dezembro de 2006 a Companhia celebrou distrato deste contrato de parceria agrícola, em razão do decurso do prazo após transcorridos 36 meses. A partir de 1 de janeiro de 2007, passou a vigorar novo contrato de arrendamento rural celebrado com a controlada SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. por um período de 10 anos vencíveis em 31 de dezembro de 2016, podendo ser revisado a qualquer tempo, caso ocorram alterações de mercado que inviabilizem o seu equilíbrio e onerem excessivamente uma das partes. E-25 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) O contrato de arrendamento rural tem por objeto a entrega das terras, instalações e demais bens pelo arrendador para que o arrendatário explore a sua atividade agrícola através do cultivo de algodão, soja, milho, sorgo, café, feijão e ervilha em contraprestação a um valor a título de preço de arrendamento, conforme demonstrados a seguir: Total de hectares arrendados Fazenda Planalto................. Fazenda Pamplona .............. Fazenda Planeste ................ Fazenda Palmeira ................ Fazenda Paiaguás................ (a) (b) 13.157,78 9.607,00 12.831,30 3.957,00 21.233,10 Valor anual do arrendamento(a) Cotação da saca de soja na região(b) R$ 11,0 10,5 7,0 5,0 8,5 25,76 25,16 26,80 30,70 22,50 3.728 2.538 2.407 607 4.061 13.341 Equivalentes em sacas de soja por hectare agricultável por ano safra. Preço médio da saca de soja na região de cada fazenda obtido na data-base de 31 de janeiro de 2007 em Reais. O preço do arrendamento será pago anualmente pelo valor da cotação de balcão da saca de soja de cada região no dia do pagamento, a ser estabelecido pelo arrendador com antecedência mínima de 15 dias, sem previsão de repactuação. Conforme mencionado na nota 1, o saldo de R$16.418 não eliminado na consolidação, refere-se a contrato de mútuo da controlada SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. a receber da empresa Evaux Participações S.A., cujo indexador é equivalente a 99% da variação nominal da taxa CDI-OVER, com vencimentos em prazos indeterminados 15. Empréstimos e Financiamentos Controladora Taxas médias anuais de 2006 Indexador juros (%) Aplicados no Imobilizado: Finame – BNDES .................. Pré e TJLP Fundos Constitucionais ........ – 10,88 9,50 Aplicados no Capital de giro: Capital de Giro .................... Crédito Rural ....................... Fundos Constitucionais ........ Poupança Rural.................... 5,49 8,94 9,50 10,00 US$ – – TR + Pré Consolidado 2005 2004 2006 2005 2004 6.553 – 6.716 27.926 6.749 11.461 13.067 2.542 13.497 51.276 14.340 38.028 6.913 19.777 29.150 – 56.066 12.766 9.033 – 62.473 14.186 16.660 – 6.913 63.410 73.438 1.669 68.423 42.928 27.378 – 72.421 33.892 23.119 – 62.393 112.507 111.529 161.039 203.502 181.800 (-) parcela classificada no circulante ............................. (35.849) (93.240) (96.635) (91.833) (150.600) (143.241) 19.267 14.894 69.206 52.902 38.559 Passivo não circulante .................................................. 26.544 * Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) E-26 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) Finame – BNDES – São garantidas por alienação fiduciária dos próprios bens e aval da sua controladora SLC Participações S.A. As amortizações são realizadas em base “mensal”, com vencimentos entre os períodos de 15/1/2007 e 18/11/2013. Fundos Constitucionais – São garantidas por avais de empresas coligadas e da sua controladora SLC Participações S.A. e, em algumas operações por hipoteca de terras. A periodicidade das suas amortizações é anual, com vencimentos finais previstos para o período entre 3/1/2007 e 1/10/2011. Capital de Giro – Estão garantidas por aval da SLC Participações S.A., sendo a periodicidade dos seus pagamentos em base “mensal”. Crédito Rural – São garantidas com aval das empresas coligadas e da controladora SLC Participações S.A. e, em algumas operações por penhor de safra. A periodicidade das suas amortizações é mensal, com vencimentos finais previstos para o período entre 05/01/2007 e 3/10/2011. Poupança Rural – São garantidas por aval da SLC Agrícola Ltda. e da SLC Participações S.A.. A periodicidade de suas amortizações é “mensal” com vencimentos finais previstos para o período previsto entre 5/1/2007 e 3/10/2011. Os vencimentos dos empréstimos e financiamentos de longo prazo apresentam a seguinte composição: Anos de vencimento 2006 2006 .......................................................... 2007 .......................................................... 2008 .......................................................... 2009 .......................................................... 2010 .......................................................... 2011 .......................................................... 2012 .......................................................... Após 2012.................................................. – – 10.817 8.010 4.633 2.740 251 93 26.544 Controladora 2005 – 6.038 5.712 4.619 2.351 547 – – 19.267 2004 2006 4.307 3.677 3.382 2.614 914 – – – 14.894 – – 27.105 19.978 13.116 7.294 752 961 69.206 Consolidado 2005 – 14.464 13.618 14.857 7.303 2.660 – – 52.902 2004 12.503 8.986 8.340 5.769 2.961 – – – 38.559 16. Provisão para contingências Em 31 de dezembro de 2006, a Administração da Companhia não tem conhecimento de nenhuma ação de natureza fiscal, trabalhista ou cível significativa contra a Companhia e suas controladas cuja probabilidade de perda seja avaliada como provável e requeiram constituição de provisão passiva. De acordo com a legislação em vigor no Brasil, os impostos federais, estaduais e municipais e os encargos sociais estão sujeitos a exame pelas respectivas autoridades por períodos que variam de 5 a 30 anos. E-27 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 17. Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos Foram constituídos imposto de renda e contribuição social diferidos apresentando a seguinte natureza: Descrição Ativos: Diferenças temporárias: Tributos da atividade não incentivada ......................... Provisão ajuste de estoques a mercado ....................... Outras ........................................................................ Prejuízos fiscais e base negativa ................................... Imposto de renda Controladora 2006 Contribuição social Total 138 816 – 16.507 138 – – 4.286 23.424 (1.772) 21.652 17.461 (816) 16.645 4.424 – 4.424 8.628 658 680 9.966 3.106 – 244 3.350 11.734 658 924 13.248 1.177 4.527 9.483 1.420 2.369 13.316 (3.376) 9.940 18.952 (7.226) 11.726 13.272 (4.937) 8.335 Passivo não circulante ................................................... Imposto de renda Consolidado 2006 Contribuição social Total 138 1.582 406 19.140 21.266 – 569 147 7.266 7.982 21.737 658 680 23.075 7.648 – 244 7.892 (-) total no ativo circulante ............................. Ativo não circulante............................................ Passivos: Depreciação incentivada atividade rural............. Ganho de capital diferido ................................. Variação cambial diferida.................................. Total 138 1.202 570 21.514 (-) total no passivo circulante ................................... Ativos: Diferenças temporárias: Tributos da atividade não incentivada ............... Provisão ajuste de estoques a mercado ............. Outras .............................................................. Prejuízos fiscais e base negativa ......................... Total – 318 151 5.971 6.440 Ativo não circulante ...................................................... Descrição 2004 138 884 419 15.543 16.984 (-) total no ativo circulante........................................ Passivos: Depreciação incentivada atividade rural ...................... Ganho de capital diferido ........................................... Variação cambial diferida ............................................ 2005 (-) total no passivo circulante ......................... Passivo não circulante ......................................... E-28 2005 2004 Total Total 138 2.151 553 26.406 138 816 – 19.312 138 – – 4.286 29.248 (2.704) 26.544 20.266 (1.080) 19.186 4.424 – 4.424 29.385 658 924 31.794 1.177 4.490 26.219 1.420 2.369 30.967 (5.799) 25.168 37.461 (9.946) 27.515 30.008 (6.670) 23.338 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) De acordo com a Instrução CVM nº 371/02, a Companhia e suas controladas, baseada na expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, fundamentada em estudo técnico aprovado pela Administração, reconheceu créditos tributários sobre prejuízos fiscais, base negativa de contribuição social e diferenças temporárias, que não possuem prazo prescricional. O valor contábil do ativo diferido é revisado anualmente pela Companhia e os ajustes decorrentes não têm sido significativos em relação à previsão inicial da Administração. O estudo técnico considera os investimentos e os incentivos de redução de imposto de renda de até 75% sobre o lucro da exploração das fazendas localizadas em regiões incentivadas. Com base nesse estudo técnico de geração de lucros tributáveis futuros, a Companhia estima recuperar esses créditos tributários nos seguintes exercícios: 2006................................................... 2007................................................... 2008................................................... 2009................................................... 2010................................................... 2011................................................... 2012................................................... 2013................................................... 2006 Controladora 2005 2004 2006 Consolidado 2005 2004 – 1.772 – – – 1.461 12.627 7.564 816 – – – – 1.322 12.627 2.696 – – – – – 4.424 – – – 2.704 424 3.824 645 1.460 12.627 7.564 1.080 – 2.541 – – 1.322 12.627 2.696 – – – – – 4.424 – – 23.424 17.461 4.424 29.248 20.266 4.424 As estimativas de recuperação dos créditos tributários foram baseadas nas projeções dos lucros tributáveis levando em consideração diversas premissas financeiras e de negócios consideradas no encerramento dos exercícios de 2006 e 2005. Conseqüentemente, essas estimativas estão sujeitas a não se concretizarem no futuro tendo em vista as incertezas inerentes a essas previsões. E-29 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) Conciliação da despesa tributária com as alíquotas oficiais O imposto de renda e a contribuição social, calculados com base nas alíquotas nominais desses tributos, estão reconciliados para o valor registrado como despesa de imposto de renda e contribuição social como segue: 2006 CS Controladora 2005 IR CS 2004 IR CS Resultado antes da tributação sobre o lucro ........ (31.603) (31.603) (10.762) (10.762) 34.116 34.116 Imposto de renda e contribuição social à taxa nominal de 25% e 9%, respectivamente ......... IR Ajustes para demonstração da taxa efetiva Resultado negativo de equivalência patrimonial .... Adições permanentes ......................................... Outros................................................................ Valor registrado no resultado.............................. 7.901 2.844 2.691 969 (8.529) (3.070) 2.502 (1.940) 60 8.523 901 (698) 28 3.075 2.743 (456) 16 4.994 988 396 10 2.363 8.872 3.181 (694) 2.830 3.194 1.058 (6) 1.176 2006 IR CS Resultado antes da tributação sobre o lucro ........ (16.766) (16.766) Imposto de renda e contribuição social à taxa nominal de 25% e 9%, respectivamente ......... Ajustes para demonstração da taxa efetiva Resultado de equivalência patrimonial................. (*) Base de cálculo tributada pelo lucro presumido ..... Adições permanentes ......................................... Outros................................................................ Valor registrado no resultado .............................. (*) Consolidado 2005 IR CS 2004 IR CS 8.139 8.139 77.140 77.140 4.192 1.509 (2.035) (733) (19.285) (6.943) 349 6.089 (1.437) (162) 9.031 126 2.033 (530) 22 3.160 748 5.360 (207) (70) 3.796 269 1.819 (69) 518 1.804 1.264 7.814 (409) (365) (10.981) 455 2.663 (16) (67) (3.908) Oriundos das demonstrações da controlada SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda., que é tributada pelo lucro presumido. 18. Patrimônio Líquido a) Capital social Conforme mencionado na Nota 1, através de Alteração e Consolidação Contratual realizada em 1º de janeiro de 2004, foi aprovada a cisão parcial da Companhia, com a conseqüente versão de parte de seus elementos patrimoniais à SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. e a decorrente redução de seu capital social de R$106.698 para R$72.908, sem o cancelamento de quotas sociais. Em 14 de janeiro de 2005, foi aprovada a integralização de capital no valor de R$8.108, aumentando o capital social de R$72.908 para R$81.016. E-30 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) Em 24 de fevereiro de 2006 o capital social foi aumentado em R$6.487, dos quais R$6.180 mediante capitalização de adiantamento para futuro aumento de capital realizado em 5 de agosto de 2005 e, em 29 de novembro de 2006 através da integralização de participação societária na controlada SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. no valor de R$53.558, conforme mencionado na nota 1. Em 31 de dezembro de 2006 o capital social está representado por 2 quotas assim distribuídas: R$ SLC Participações S.A. ......................................................................................... Evaux Participações S.A. ...................................................................................... 78.399 62.562 140.961 b) Reserva de reavaliação Conforme divulgado na nota 3, em 31 de dezembro de 2006, foram revertidos os valores de R$1.270 e de R$21.314, referentes à reavaliação de ativos próprios e à reavaliação reflexa, respectivamente, advindas da coligada SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. c) Dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio Foram aprovados através de atas de reuniões de sócios o pagamento de dividendos nos valores de R$4.984 em 2004 (R$3.662 do lucro auferido em 2001; R$632 do lucro auferido em 2002 e R$690 do lucro auferido em 2004); R$946 em 2005 do lucro auferido em 2000 e R$37.277 em 2006 (R$6.671 do lucro auferido em 2000, R$2.134 do lucro auferido em 2001, R$ 15.944 do lucro auferido em 2002 e R$12.528 do lucro auferido em 2003). Em 2004, de acordo com a faculdade prevista na Lei nº 9249/95, a Companhia calculou juros sobre o capital próprio sobre o patrimônio líquido e limitados a variação “pro rata die” da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP, vigente no exercício, no montante de R$7.100 (sendo retidos R$1.065 de imposto de renda na fonte - IRRF), os quais, foram contabilizados como despesas financeiras e revertidos em conta específica, não sendo apresentados, entretanto, na demonstração de resultado, visando não produzir efeito no lucro líquido final, exceto quanto aos impactos fiscais reconhecidos na rubrica de imposto de renda e contribuição social. Os juros sobre capital próprio foram pagos ao longo do próprio exercício social. d) Lucros Acumulados O saldo remanescente de lucros acumulados oriundo de lucros auferidos em exercícios anteriores está sendo retido para realização de novos investimentos e/ou distribuição como dividendos conforme deliberação futura a ser feita em Reunião de Quotistas. 19. Honorários da Administração Os administradores são remunerados na forma de pró-labore pagos via folha de pagamento. Os valores são apresentados em rubrica específica nas demonstrações do resultado. E-31 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 20. Resultado Financeiro 2006 Despesas financeiras: Juros passivos............................................ Variação cambial....................................... Perdas com operações de hedge ............... CPMF........................................................ Juros sobre o capital próprio...................... Outras ...................................................... Receitas financeiras: Receitas de aplicações financeiras.............. Variação cambial....................................... Ganhos com operações de hedge.............. Outras ...................................................... Controladora 2005 2004 2006 Consolidado 2005 2004 14.560 7.882 1.336 632 – 2.270 26.680 15.733 7.582 1.322 665 – 919 26.221 10.712 6.259 1.132 646 7.100 797 26.646 17.434 8.465 2.463 1.765 – 2.418 32.545 15.998 10.891 2.161 1.794 – 1.365 32.209 11.454 6.703 2.228 1.655 7.100 2.050 31.190 1.521 12.041 10.770 677 25.009 629 14.136 14.762 1.322 30.849 988 11.022 3.352 2.244 17.606 5.453 12.859 22.964 1.989 43.265 2.436 18.036 28.334 1.649 50.455 2.764 13.272 4.940 3.781 24.757 (1.671) 4.628 (9.040) 10.720 18.246 (6.433) Controladora 2005 2004 2006 Resultado financeiro líquido ...................... 21. Outras Receitas Operacionais 2006 Consolidado 2005 2004 PIS/COFINS recuperados por decisão judical ...... Venda de produtos à funcionários .................. Créditos de cofins sobre estoques .................. Receitas eventuais – pulverizadas ................... 1.950 104 – 632 – 35 – 939 – – 1.110 812 2.682 148 – 1.325 – 59 – 1.394 – – 2.588 1.809 Resultado financeiro líquido ........................... 2.686 974 1.922 4.155 1.453 4.397 22. Resultado Não Operacional Substancialmente representado pela baixa do ágio apurado na aquisição da empresa Ferramentas Gerais Comércio e Importação S.A. no valor de R$8.692, ocorrida em 30 de novembro de 2006, conforme comentado na nota explicativa nº 1. E-32 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 23. Compromissos A Companhia e suas controladas têm contratos de venda para entrega futura, safra de 2005/2006, com alguns clientes, dos seguintes produtos: Controladora Produto Data da entrega Unidade Preço unitário em US$ 12 17 Tonelada Saca 1.171 138 14.400 841.667 13 9 Tonelada Saca 1.275 12 11.433 13 Tonelada 1.292 Unidade Preço unitário em US$ Quantidade de produto Safra 2005/2006 Algodão em pluma Café Janeiro a Março de 2007 Janeiro a Julho de 2007 3.397 12.230 Safra 2006/2007 Algodão em pluma Soja Julho a Dezembro de 2007 Março a Junho de 2007 Safra 2007/2008 Algodão em pluma Agosto a Dezembro de 2008 Contratos Controladora Produto Data da entrega Safra 2005/2006 Algodão em pluma Café Janeiro a Março de 2007 Janeiro a Julho de 2007 Safra 2006/2007 Algodão em pluma Soja Quantidade de produto Contratos 7.225 12.230 26 17 Tonelada Saca 1.180 138 Julho a Dezembro de 2007 Março a Junho de 2007 31.100 2.001.667 27 16 Tonelada Saca 1.258 11 Safra 2007/2008 Algodão em pluma Agosto a Dezembro de 2008 27.350 32 Tonelada 1.286 Safra 2008/2009 Algodão em pluma Agosto a Dezembro de 2008 6.000 2 Tonelada 1.323 24. Demonstração do LAJIDA–EBITDA–(Não Auditada) A Companhia acredita que a divulgação de informações sobre o EBITDA (LAJIDA–Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) pode ser importante para os investidores, analistas financeiros e o público em geral, ao analisarem seu desempenho operacional, especialmente para permitir a comparabilidade com outras companhias que atuam no mesmo setor, embora o seu cálculo possa não ser consistente com o empregado por outras empresas. E-33 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) O EBITDA da Companhia e suas controladas foi obtido da seguinte forma: Receita operacional líquida ................................................ Menos: Custo das vendas ............................................................ Despesas com vendas ...................................................... Despesas gerais e administrativas..................................... Honorários da administração ........................................... Outras receitas operacionais ............................................ Mais: Depreciação e amortização.............................................. EBITDA.............................................................................. Resultado das operações de hedge .................................... EBITDA Ajustado ............................................................... 2006 Consolidado 2005 2004 211.148 234.337 255.372 (209.117) (18.172) (9.423) (525) 4.155 (222.041) (16.553) (9.823) (464) 1.453 (151.261) (12.461) (16.422) (871) 4.397 26.138 4.204 20.501 24.705 26.372 13.281 26.173 39.454 21.225 99.979 2.712 102.691 O EBITDA da Companhia consolidado pode ser conciliado com o lucro líquido (prejuízo) do exercício da seguinte forma: 2006 Lucro (prejuízo) do exercício .............................................. IR e CS diferidos e correntes ............................................. Depreciação e amortização............................................... Resultado financeiro, líquido............................................. Resultado de operações com hedge.................................. Resultado de equivalência patrimonial .............................. Participações dos minoritários........................................... Reversão dos juros sobre capital próprio ........................... Receitas não operacionais, líquidas ................................... EBITDA Ajustado ............................................................... (20.005) (12.191) 26.138 (6.058) (10.720) 20.501 (1.396) 15.430 – 6.948 24.705 Consolidado 2005 (3.405) (5.600) 26.372 17.367 (18.246) 26.173 (2.992) 17.144 – 8 39.454 2004 45.222 14.889 21.225 81.336 6.433 2.712 (5.055) 24.129 (7.100) 236 102.691 25. Gerenciamento de Riscos e Instrumentos Financeiros A volatilidade das taxas de câmbio, juros e dos preços de produtos destinados à exportação são riscos de mercado a que a Companhia e suas controladas estão expostas. A Companhia e suas controladas realizam operações envolvendo instrumentos financeiros que se destinam a atender às suas necessidades operacionais, bem como reduzir a exposição a riscos de mercado, de moeda e de taxa de juros. A administração desses riscos, bem como dos respectivos instrumentos, é realizada por meio de definição de estratégias, estabelecimento de sistemas de controle e determinação de limites de exposição cambial, de juros e preços. Os instrumentos financeiros são contratados com a finalidade de hedge, o que não impede que seus resgates possam ocorrer a qualquer momento, embora seja real a intenção da Companhia e suas controladas de levá-los até o vencimento das operações a serem protegidas. E-34 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) As aplicações financeiras são realizadas junto a bancos de primeira linha e refletem as condições de mercado nas datas dos balanços. a) Risco de preço A Companhia e suas controladas operam com derivativos objetivando reduzir os riscos operacionais em função da variação do preço dos seus produtos (soja, algodão, milho entre outros) no mercado internacional. A atuação da Companhia e suas controladas com derivativos dessa natureza está resumida à utilização de operações no mercado futuro e de opções, como forma de reduzir a exposição ao risco de preço, não sendo utilizadas para fins especulativos. O resultado financeiro obtido nesse tipo de transação é reconhecido contabilmente em contraposição ao faturamento do produto e registrados na rubrica de receita ou despesa financeira no resultado do exercício. Em 31 de dezembro de 2006 a Companhia e suas controladas possuíam 1.000 toneladas de algodão e 27.215 toneladas de soja, protegidas por negociação com derivativos. b) Risco de taxa de câmbio e de juros Os resultados da Companhia e suas controladas são suscetíveis a sofrer significativas variações, pois parcela dos seus financiamentos e empréstimos a pagar estão afetados pela volatilidade da taxa de câmbio, principalmente do dólar norte-americano. Visando reduzir certos efeitos da flutuação da taxa de câmbio, a Companhia têm realizado operações com derivativos. Em 31 de dezembro de 2006 os contratos em aberto de “swap” de dólar para CDI eram de US$12.685 mil (US$49.400 mil no consolidado). As principais operações em aberto em 31 de dezembro de 2006 estão resumidas a seguir: Contratos US$ mil Termos de moedas – compra...... 2.000 Termos de moedas – venda ........ 15.685 Opções ...................................... 5.000 22.685 Contratos US$ mil Termos de moedas – compra...... 3.625 Termos de moedas – venda ........ 39.775 Opções ...................................... 6.000 49.400 Controladora Valor dos livros Valor de mercado em 31/12/2006 em 31/12/2006 Vencimento Janeiro/07 Janeiro a Outubro/07 Maio e Outubro/07 (40) 2.556 352 2.868 (33) 2.825 473 3.265 Consolidado Valor dos livros Valor de mercado em 31/12/2006 em 31/12/2006 Vencimento Janeiro/07 Janeiro a Novembro/07 Maio e Outubro/07 (68) 6.223 390 6.545 (55) 7.259 511 7.715 Os resultados apurados nas operações encerradas com derivativos estão refletidos nas demonstrações financeiras. E-35 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) c) Risco de crédito Parcela substancial das vendas da Companhia e suas controladas é feita para poucos grupos seletos de clientes altamente qualificados: trading companies e companhias de tecelagem entre outros que usualmente adquirem grandes volumes para garantia de negociação local e internacional. O risco de crédito é administrado por normas específicas de aceitação de clientes, análise de crédito e estabelecimento de limites de exposição por cliente. Historicamente, a Companhia e suas controladas não registram perdas significativas nas contas a receber de clientes. d) Valores de Mercado Em 31 de dezembro de 2006, os valores de mercado das disponibilidades, aplicações financeiras, contas a receber e a pagar aproximam-se dos valores registrados nas demonstrações financeiras devido à sua natureza de curto prazo. Quanto aos empréstimos e financiamentos, cujas características estão descritas na nota explicativa 15, os respectivos valores de mercado se aproximam substancialmente dos valores registrados nas demonstrações financeiras devido ao fato de que esses instrumentos financeiros estão sujeitos a taxas de juros variáveis. 26. Programa de Participação nos Resultados Em conformidade com Acordos Coletivos de Trabalho firmados com as categorias de seus colaboradores, a sociedade e suas controladas tem um programa de participação nos resultados, baseado no lucro operacional ajustado, auferido a cada ano civil. O valor a ser distribuído a título de participação nos resultados é calculado com base no resultado operacional da companhia, ajustado pela redistribuição da receita líquida, despesas administrativas e do resultado financeiro líquido entre as unidades de produção, de acordo com critérios pré-estabelecidos pelas Companhias. A participação é calculada aplicando-se 9% ao resultado operacional ajustado. Os funcionários das unidades de produção recebem o valor calculado sobre 80% do resultado geral da Companhia e sobre 20% do resultado de sua própria unidade. Já os funcionários da administração recebem a participação nos resultados calculada com base no resultado operacional geral da companhia. Nos exercícios de 2005 e 2006 não houve pagamento de participação nos resultados aos funcionários. No exercício de 2004 a companhia e suas controladas distribuíram R$4.568 a título de participação dos funcionários no resultado. E-36 SLC AGRÍCOLA LTDA. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 de dezembro de 2006, 2005 e 2004 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 27. Cobertura de Seguros (Não Auditada) Em 31 de dezembro de 2006, a Companhia e suas controladas possuíam um programa de gerenciamento de riscos com o objetivo de delimitar os riscos, buscando no mercado coberturas compatíveis com o seu porte e operação. Como conseqüência, a Administração contratou cobertura de seguros para plantações de algodão, soja, tratores, rebanho bovino e a sede da fazenda. A cobertura foi contratada por montante considerado suficiente pela Administração para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza da sua atividade, os riscos envolvidos em suas operações e a orientação de seus consultores de seguros. O detalhamento dos seguros contratados e as coberturas são demonstrados como segue: Apólice 03.31.0463689 03.31.0433079 03.31.0433079 03.31.0433079 65.15.0000150 65.15.0000149 65.18.0002059 Natureza Vigência Cobertura Veículos da SLC Agrícola Veículos da Fazenda Parnaíba Veículos da Fazenda Planorte Veículos da Fazenda Paiaguás Defensivos das fazendas, exceto fazenda Pamplona. Roubo e furto qualificado. Defensivos da Fazenda Pamplona. Roubo e furto qualificado. Seguro empresarial máster, incêndio, raio, explosão de qualquer natureza, roubo e furto qualificado de bens, vendaval, fumaça, impacto de veículos. 10/06/06 a 10/09/07 10/06/06 a 10/09/07 10/06/06 a 10/09/07 10/06/06 a 10/09/07 01/09/06 a 01/04/07 100% tabela Fipe 100% tabela Fipe 100% tabela Fipe 100% tabela Fipe R$330.000,00 01/10/06 a 01/10/07 R$330.000,00 16/10/06 a 10/09/07 R$15.000.000,00 28. Evento Subseqüente Conforme alteração de contrato social celebrada em 9 de março de 2007, a Evaux Participações S.A. (Controladora) transferiu parcela de suas quotas detidas na SLC Agrícola no valor de R$17.620 e equivalentes a 12,5% do capital social da Companhia em favor da empresa Ferramentas Gerais Máquinas e Materiais Elétricos Ltda. Dessa forma, a participação dos quotitas passou a ter a seguinte composição: SLC Participações S.A...................................................................................... Evaux Participações S.A................................................................................... Ferramentas Gerais Máquinas e Materiais Elétricos Ltda .................................. E-37 Valor % 78.399 44.942 17.620 140.961 55,62% 31,88% 12,50% 100,00% (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) F-1 F-2 F-3 F-4 F-5 F-6 F-7 F-8 F-9 F-10 F-11 F-12 F-13 F-14 F-15 F-16 F-17 F-18 F-19 F-20 F-21 F-22 F-23 F-24 F-25 F-26 F-27 F-28 F-29 F-30 F-31 F-32 F-33 F-34 F-35 F-36 F-37 F-38 F-39 F-40 F-41 F-42 F-43 F-44 F-45 F-46 F-47 F-48 F-49 F-50 F-51 F-52 F-53 F-54 F-55 F-56 F-57 F-58 F-59 F-60 F-61 F-62 F-63 F-64 F-65 F-66 F-67 F-68 F-69 F-70 F-71 F-72 F-73 F-74 F-75 F-76 F-77 F-78 F-79 F-80 F-81 (Esta página foi intencionalmente deixada em branco) Demonstrações Financeiras (Não auditadas) SLC Agrícola S.A. Períodos de três meses findos em 31 de março de 2007 e 2006 com Relatório de Revisão Limitada dos Auditores Independentes G-1 SLC AGRÍCOLA S.A. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 Índice Relatório sobre Revisão Limitada ............................................................................................................G-3 Demonstrações Financeiras Revisadas Balanços Patrimoniais.............................................................................................................................G-5 Demonstrações do Resultado.................................................................................................................G-7 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido.............................................................................G-8 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos ...........................................................................G-9 Demonstrações dos Fluxos de Caixa.......................................................................................................G-10 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras....................................................................................G-11 G-2 G-3 G-4 SLC AGRÍCOLA S.A. BALANÇOS PATRIMONIAIS – (NÃO AUDITADOS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais) Controladora 2007 2006 ATIVO Circulante Caixa e bancos .................................................. Aplicações financeiras (Nota 5) .......................... Contas a receber (Nota 6) .................................. Adiantamentos a fornecedores .......................... Estoques (Nota 8) .............................................. Culturas em formação (Nota 8).......................... Impostos a recuperar (Nota 9)............................ Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 17).......................................... Títulos a receber (Nota 10)................................. Outras contas a receber..................................... Despesas do exercício seguinte .......................... Total do ativo circulante ................................ Consolidado 2007 2006 2.840 11.563 7.360 4.204 16.079 53.031 6.763 1.821 5.372 3.933 1.231 16.520 64.378 8.006 4.303 25.752 21.887 6.001 27.257 108.767 18.539 2.260 17.118 11.726 3.178 36.678 132.049 19.475 125 1.860 720 118 104.663 159 2.142 1.211 146 104.919 125 1.860 1.458 186 216.135 713 2.142 1.548 246 227.133 1.691 713 8 – – 1.208 – – 22.145 1.966 664 27.179 19.541 4.108 678 24.335 28.474 1.966 1.026 32.674 21.737 4.108 1.031 26.876 Total do ativo não circulante ......................... 164.764 46.878 486 14.842 226.970 254.149 170.927 43.909 507 12.573 227.916 252.251 126 170.007 499 27.657 198.289 230.963 62.971 156.461 531 29.310 249.273 276.149 Total do ativo .................................................... 358.812 357.170 447.098 503.282 Não Circulante Realizável a longo prazo Créditos com partes relacionadas (Nota 14) ....... Impostos a recuperar (Nota 9)............................ Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 17).......................................... Títulos e créditos a receber (Nota 10) ................. Outras contas a receber ..................................... Permanente Investimentos (Nota 11) ..................................... Imobilizado (Nota 12) ........................................ Intangível .......................................................... Diferido (Nota 13).............................................. G-5 SLC AGRÍCOLA S.A. BALANÇOS PATRIMONIAIS – (NÃO AUDITADOS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais) Controladora 2007 2006 PASSIVO Circulante Fornecedores............................................................... Empréstimos e financiamentos (Nota 15) ..................... Adiantamentos de clientes........................................... Impostos, taxas e contribuições diversas....................... Férias e encargos a pagar ............................................ Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 17).................................................................. Partes relacionadas (Nota 14)....................................... Adiantamento para futuro aumento de capital (Nota 18a) ................................................................ Outros débitos............................................................. Total do passivo circulante ...................................... Consolidado 2007 2006 2.105 45.288 4.740 1.227 1.192 1.764 88.684 2.585 1.123 1.060 3.916 107.638 6.289 4.526 1.849 4.538 144.526 3.873 1.902 1.829 3.737 69.410 8.255 33.308 6.191 – 13.308 238 – 881 128.580 – 284 137.063 – 5.857 136.266 6.180 762 177.156 22.863 14.171 60.495 41.665 9.116 548 32.527 11.232 2.563 27.966 24.352 548 85.395 24.496 2.563 68.724 Resultado de exercícios futuros Deságio em controlada ................................................ Total do passivo não circulante.................................. – 32.527 – 27.966 527 85.922 432 69.156 Participações dos minoritários......................................... – – 27.205 64.829 Patrimônio líquido (Nota 18) Capital social ............................................................... Lucros acumulados ...................................................... Total do patrimônio líquido..................................... 191.003 6.702 197.705 87.503 104.638 192.141 191.003 6.702 197.705 87.503 104.638 192.141 Total do passivo .......................................................... 358.812 357.170 447.098 503.282 Não Circulante Exigível a longo prazo Empréstimos e financiamentos (Nota 15) ..................... Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 17).................................................................. Outros débitos............................................................. As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. G-6 SLC AGRÍCOLA S.A. DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO – (NÃO AUDITADAS) Períodos de três meses findos em 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais, exceto o lucro (prejuízo) por ação/quota) Controladora 2007 2006 Consolidado 2007 2006 Receita operacional bruta Venda de mercadorias e produtos...................... Deduções – impostos e contribuições ................... Receita operacional líquida ................................... 34.662 (2.603) 32.059 21.712 (2.989) 18.723 66.202 (5.000) 61.202 43.320 (3.834) 39.486 Custo das vendas ................................................. Lucro (prejuízo) operacional.................................. (25.262) 6.797 (21.191) (2.468) (44.076) 17.126 (36.627) 2.859 Resultado operacional .......................................... (637) (2.071) (108) 5.322 (2.561) 473 418 7.215 (1.612) (1.843) (96) 1.691 662 181 (1.017) (3.485) (1.937) (2.827) (108) – (2.299) 528 (6.643) 10.483 (3.509) (2.411) (96) 380 2.409 348 (2.879) (20) Resultado não operacional.................................... Resultado antes da tributação sobre o lucro.......... 177 7.392 66 (3.419) 627 11.110 – 1.704 (3.376) (222) (410) 1.842 – – (810) (3.202) Lucro líquido (prejuízo) do período ....................... 6.702 Lucro (prejuízo) por ação ...................................... 0,10 Número de ações/quotas em circulação ................ 67.500.000 (1.715) (857.500) 2 Receitas (despesas) operacionais Despesas com vendas ...................................... Despesas gerais e administrativas ..................... Honorários da administração (Nota 19) ............ Resultado de equivalência patrimonial.............. Resultado financeiro (Nota 20) ......................... Outras receitas operacionais............................. Imposto de renda e contribuição social (Nota 17) Corrente.......................................................... Diferido ........................................................... – (690) Participação dos minoritários ................................ As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. G-7 6.702 75 55 (1.715) SLC AGRÍCOLA S.A. DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO – (NÃO AUDITADAS) Períodos de três meses findos em 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$) Capital social Saldos em 31 de dezembro de 2005 .............................. Reversão da reserva de reavaliação (Nota 3).................... Saldos de abertura de 2006 – ajustados.......................... Integralização de capital ................................................. Dividendos distribuídos (Nota 18c).................................. Prejuízo do período: Originalmente apresentado ............................................ Ajuste pela reversão da reserva de reavaliação ................ Reserva de Lucros reavaliação acumulados Total 81.016 – 81.016 6.487 – 8.895 (8.895) – – – 108.204 – 108.204 – (1.851) 198.115 (8.895) 189.220 6.487 (1.851) Saldos em 31 de março de 2006 – ajustados .................. – – – 87.503 – – – – (1.722) 7 (1.715) 104.638 (1.722) 7 (1.715) 192.141 Saldos em 31 de dezembro de 2006 .............................. Integralização de capital ................................................. Dividendos distribuídos (Nota 18c).................................. Lucro líquido do período ................................................ Saldos em 31 de março de 2007 .................................... 140.961 50.042 – – 191.003 – – – – – 50.922 (50.042) (880) 6.702 6.702 191.883 – (880) 6.702 197.705 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. G-8 SLC AGRÍCOLA S.A. DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS – (NÃO AUDITADAS) Períodos de três meses findos em 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$) Controladora 2006 2007 ORIGENS DE RECURSOS Das operações: Lucro líquido (prejuízo) do período............................ Itens que não afetam o capital circulante líquido: Resultado de equivalência patrimonial.................... Participação dos minoritários.................................. Depreciação e amortização .................................... Resultado nas baixas do permanente ..................... Consolidado 2007 2006 6.702 (1.715) 6.702 (1.715) (5.322) – 2.642 60 4.082 (1.691) – 2.697 35 (674) – 587 6.443 171 13.903 (380) (5.287) 6.717 95 (570) 6.487 12.000 – – 6.487 – Dos acionistas: Integralização de capital ........................................... Dividendos recebidos................................................ De terceiros: Aumento do resultado de exercícios futuros.............. Redução (aumento) do realizável a longo prazo ........... Total das origens ...................................................... – (1.277) 2.805 – (818) 16.995 95 15.547 29.545 – 166 6.083 APLICAÇÕES DE RECURSOS Redução (aumento) do exigível a longo prazo .............. Em investimentos ........................................................ No imobilizado ............................................................ No diferido.................................................................. Dividendos distribuídos................................................ Total das aplicações .................................................... Aumento (redução) do capital circulante líquido ............. 4.505 351 2.231 1.598 880 9.565 (6.760) 5.590 – 385 458 1.851 8.284 8.711 9.527 – 17.779 1.597 880 29.783 (238) 14.256 – 1.534 587 1.851 18.228 (12.145) Variação do capital circulante líquido: Ativo circulante: No fim do período .................................................... No início do período ................................................. Passivo circulante: No fim do período .................................................... No início do período ................................................. Aumento (redução) do capital circulante líquido ............. – – 104.663 103.111 1.552 104.919 122.620 (17.701) 216.135 215.883 252 227.133 246.308 (19.175) 128.580 120.268 8.312 (6.760) 137.063 163.475 (26.412) 8.711 136.266 135.776 490 (238) 177.156 184.186 (7.030) (12.145) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. G-9 SLC AGRÍCOLA S.A. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA – (NÃO AUDITADAS) Períodos de três meses findos em 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro líquido (prejuízo) do período......................................... Ajustes para conciliar o resultado às disponibilidades geradas pelas atividades operacionais: Depreciação e amortização .............................................. Resultado nas baixas do permanente................................ Equivalência patrimonial................................................... Juros e variação cambial sobre empréstimos ..................... Participações minoritárias ................................................. Resultado de exercícios futuros ........................................ Recebimento de dividendos de controladas ...................... (Aumento) redução no ativo: (Aumento) redução das contas a receber.......................... Redução de estoques e culturas em formação .................. (Aumento) redução de impostos a recuperar .................... (Aumento) redução de outras contas a receber................. Aumento (redução) no passivo: Aumento (redução) de fornecedores ................................ Aumento (redução) de obrigações fiscais e sociais ............ Aumento (redução) de obrigações com controladas.......... Redução de outras contas a pagar.................................... Disponibilidades líquidas geradas pelas atividades operacionais ....................................................................... Fluxo de caixa das atividades de investimentos Em investimentos................................................................ Em imobilizado ................................................................... Em diferido ......................................................................... Disponibilidades líquidas aplicadas às atividades de investimentos .............................................................. Fluxo de caixa das atividades de financiamentos Integralização de capital...................................................... Pagamento de dividendos ................................................... Empréstimos e financiamentos tomados.............................. Pagamentos de empréstimos e financiamentos ................... Disponibilidades líquidas geradas pelas (aplicadas às) atividades de financiamentos ........................................... Aumento (redução) nas disponibilidades ............................. Aumento (redução) nas disponibilidades Disponibilidades – no início do período............................. Disponibilidades – no final do período .............................. Aumento (redução) nas disponibilidades........................... Controladora 2006 2007 Consolidado 2007 2006 6.702 (1.715) 6.702 (1.715) 2.642 60 (5.322) 952 – – – 5.034 2.697 35 (1.691) (44) – – 12.000 11.282 6.443 171 – 3.145 587 95 – 17.143 6.717 95 (380) 2.012 (5.287) – – 1.442 (5.739) 5.013 1.877 (1.977) (826) 3.422 8.829 (1.918) 1.395 11.728 (17.653) 11.512 2.756 17.291 13.906 2.300 8.993 (2.283) 1.996 11.006 (103) (96) 17.432 (19.184) (1.951) 503 838 (20.678) (3.014) (22.351) 321 (114) – (16.338) (16.131) 1.240 (227) 238 (5.228) (3.977) 2.257 659 14.918 8.471 (351) (2.231) (1.598) – (385) (458) – (17.779) (1.597) – (1.534) (587) (4.180) (843) (19.376) (2.121) – (880) 10.918 (6.112) 6.487 (1.851) 5.155 (14.762) – (880) 11.897 (7.948) 6.487 (1.851) 8.347 (27.668) 3.926 2.003 (4.971) (5.155) 3.069 (1.389) (14.685) (8.335) 12.400 14.403 2.003 12.348 7.193 (5.155) 31.444 30.055 (1.389) 27.713 19.378 (8.335) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. G-10 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 1. Contexto Operacional Através de Reunião de Sócios realizada em 23 de março de 2007 foi aprovada a transformação do tipo jurídico da SLC Agrícola S.A. para sociedade anônima, passando a utilizar a denominação de SLC Agrícola S.A. A SLC Agrícola S.A. (“Companhia”) e suas controladas têm como objeto social as atividades de agricultura e pecuária; produção e comercialização de sementes e mudas; beneficiamento e comercialização de seus produtos, podendo exportar e importar bens para o seu uso e consumo próprio; fornecimento de bens e produtos agropecuários primários e mercadorias em geral; prestação de serviços de recepção, limpeza, secagem e armazenamento de cereais de terceiros; prestação de serviços com máquinas e implementos agrícolas para terceiros; comércio, importação e exportação de produtos agrícolas; atividade agroindustrial de industrialização de cana-de-açúcar, álcool e seus derivados; e participação em outras sociedades. Em 2006 a Companhia apresentou margem de lucro negativa em decorrência de menor produtividade nas safras de algodão e soja causada principalmente por excessos de chuvas durante o estágio final do ciclo de produção e pela apreciação do real em relação ao dólar norte-americano que impactou negativamente a receita de algodão, soja e milho. Os planos da Administração da Companhia para reversão desse quadro e retorno a lucratividade estão concentrados no aumento da área cultivada através de arrendamentos adicionais aos já contratados, novas aquisições de terras de culturas, elevação da produtividade por hectare, redução nos custos de produção e aumento na receita seguindo a elevação dos preços internacionais das commodities agrícolas. Na safra 2006/07 a Companhia e suas controladas operam sete fazendas com área total de aproximadamente 125 mil hectares, localizadas em quatro estados da região do cerrado, onde é propício para o cultivo de grãos, principalmente a soja, milho e algodão. Adicionalmente, possuem arrendados aproximadamente 10 mil hectares em terras localizadas próximas às suas fazendas, o que permite aumentar sua produção utilizando a infra-estrutura existente com diluição do custo fixo e redução do custo unitário dos seus produtos. Para a safra 2007/08, a Companhia e suas controladas têm contratados arrendamentos de aproximadamente 16 mil hectares. Desde 2004, a Companhia vem realizando processo de reestruturação societária, objetivando atingir uma estrutura mais simples e eficiente com a concentração das suas atividades no seu principal objeto social que é o contexto agrícola. Em 2006 foram efetuadas seguintes operações: • Através da Alteração de Contrato Social celebrada em 29 de novembro de 2006, foi aprovada a transferência para a SLC Agrícola Ltda. das quotas detidas pelas empresas controladoras SLC Participações S.A. e Evaux Participações S.A. na SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. Como conseqüência desta transferência, o capital social da SLC Agrícola Ltda. foi aumentado em R$53.558 distribuídos entre as quotistas SLC Participações S.A. e Evaux Participações S.A. na proporção de R$78.398 e R$62.662, respectivamente. • Em 30 de novembro de 2006 os quotistas da SLC Agrícola Ltda. aprovaram a cisão parcial de certos ativos e passivos não relacionados com as suas atividades agrícolas representados pelo investimento detido na sociedade Ferramentas Gerais Comércio e Importação S.A. no valor de R$53.163 e passivos representados por um contrato de mútuo mantido com empresa ligada no valor de R$16.318 e financiamento junto à instituição financeira no valor de R$36.745 vertendo-os para a sociedade controladora Evaux Participações S.A. Como conseqüência desta cisão parcial o acervo líquido cindido resultou em uma redução no capital social da SLC Agrícola Ltda. no valor de R$100. A referida cisão encontra-se suportada por laudo patrimonial a valor contábil elaborado por empresa especializada independente. G-11 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 2. Base de Preparação e Apresentação das Demonstrações Financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas com base nas práticas contábeis adotadas no Brasil, observando as diretrizes contábeis emanadas da legislação societária e nas normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O processo de elaboração das demonstrações financeiras envolve a utilização de estimativas contábeis. Essas estimativas foram baseadas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da Administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem a seleção de vidas úteis do ativo imobilizado e de sua recuperabilidade nas operações, assim como da análise dos demais riscos para determinação de outras provisões, inclusive para contingências e avaliação dos instrumentos financeiros e demais ativos e passivos na data do balanço. A provisão para imposto de renda e contribuição social foi computada com base na legislação vigente na data do balanço. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores significativamente divergentes dos registrados nas demonstrações financeiras devido às imprecisões inerentes ao processo de estimativa. A Companhia revisa suas estimativas e premissas trimestralmente. Os ativos e passivos são classificados como circulantes quando sua realização ou liquidação é provável que ocorra até o final do próximo exercício social. Caso contrário, são demonstrados como não circulantes. Os ativos e passivos monetários denominados em moedas estrangeiras foram convertidos para reais pela taxa de câmbio em vigor na data de fechamento do balanço. As diferenças decorrentes de conversão de moeda foram reconhecidas nas demonstrações do resultado do período. As demonstrações financeiras consolidadas incluem as operações da SLC Agrícola S.A. e das seguintes empresas controladas, cuja participação em 31 de março de 2007 é assim resumida: Empresas Controladas diretas-% Controladas indiretas-% Fazenda Planorte S.A. 99,78 – Fazenda Paiaguás S.A. 100 – Fazenda Parnaíba S.A. 54,15 – SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. 84,05 15,95 Atividade principal Localização Cultura de algodão, soja e milho. Cultura de algodão, soja e milho. Cultura de algodão, soja e milho. Arrendamento de terras de cultura. Mato Grosso – MT Mato Grosso – MT Maranhão – MA Rio Grande do Sul – RS Os exercícios sociais das controladas incluídas na consolidação são coincidentes com os da controladora e as políticas contábeis foram aplicadas de forma uniforme nas empresas consolidadas e são consistentes com aquelas utilizadas nos períodos anteriores. Os principais procedimentos de consolidação são: • Eliminação dos saldos das contas de ativos e passivos entre as empresas consolidadas; • Eliminação das participações no capital, reservas e lucros acumulados das empresas consolidadas; • Eliminação dos saldos de receitas e despesas, bem como de lucros não realizados, decorrentes de negócios entre as empresas; G-12 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 3. Mudança de Prática Contábil Com o objetivo de uniformização de critérios contábeis a Administração da Companhia e de suas controladas decidiram reverter em 31 de dezembro de 2006 o saldo remanescente da reserva de reavaliação do ativo imobilizado, passando a apresentar todos os itens do ativo imobilizado pelo valor de custo original de aquisição. Em consonância com a Deliberação CVM Nº 506/06 a Companhia procedeu ao ajuste de forma retroativa nas suas demonstrações financeiras (controladora e consolidado) as quais estão sendo demonstradas nos grupos contábeis abaixo: Ativo permanente Passivo exigível a longo prazo Controladora: 31 de dezembro de 2005..... 31 de março de 2006........... 8.895 8.888 – – – – (8.895) (8.888) – – Consolidado: 31 de dezembro de 2005..... 31 de março de 2006........... 23.370 23.410 (575) (560) (13.900) (13.962) (8.895) (8.888) 30 7 Participação dos Patrimônio Resultado minoritários líquido do período 4. Resumo das Principais Práticas Contábeis a) Apuração do resultado O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência de período. A receita de venda de produtos é reconhecida no resultado quando todos os riscos e benefícios inerentes ao produto são transferidos para o comprador. Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa da sua realização. b) Aplicações financeiras São avaliadas pelo valor da aplicação, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, não excedendo o valor de realização. c) Provisão para créditos de liquidação duvidosa A Companhia e suas controladas não têm valores que necessitem constituir provisão para créditos de liquidação duvidosa, tendo em vista não haver qualquer expectativa de perda em relação às contas a receber. d) Culturas em formação Estão demonstradas pelos custos incorridos até a data do balanço e correspondem à formação da safra nos seus respectivos períodos sociais. e) Estoques Os produtos agrícolas foram avaliados pelo custo de produção, não ultrapassando o valor de realização. G-13 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) Os estoques de sementes, adubos, fertilizantes, defensivos agrícolas, combustíveis, lubrificantes, almoxarifado e materiais diversos foram avaliados pelo custo médio de aquisição, que não superam os preços de mercado. f) Investimentos As participações em controladas são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial, conforme Nota 11. Os demais investimentos são demonstrados ao custo de aquisição deduzido de provisão para desvalorização, quando aplicável. g) Imobilizado Registrado ao custo de aquisição, formação ou construção. A depreciação é calculada pelo método linear às taxas mencionadas na Nota 12 e leva em consideração o tempo de vida útil estimado dos bens. Conforme descrito na Nota 3, em 2006 a Companhia e suas controladas estornaram os valores da reserva de reavaliação anteriormente registrada em seu ativo imobilizado. h) Intangível Registrado ao custo de aquisição, deduzido da amortização, a qual é calculada pelo método linear à taxa de 20% ao ano. i) Diferido Está demonstrado ao custo incorrido e refere-se às despesas com correção de solo e desmatamento, e despesas com implantação de sistemas. As amortizações estão previstas pelo prazo de 5 anos. j) Passivos Reconhecidos no balanço quando a Companhia possui uma obrigação legal ou constituída como resultado de um evento passado, sendo provável que um recurso econômico seja requerido para liquidá-la. Alguns passivos envolvem incertezas quanto ao prazo e valor, sendo estimados na medida em que são incorridos e registrados através de provisão. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. k) Tributação As receitas de vendas estão sujeitas aos seguintes impostos e contribuições, pelas seguintes alíquotas básicas: Alíquotas ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços....................................... COFINS – Contribuição para Seguridade Social ........................................................... PIS – Programa de Integração Social ........................................................................... Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural – Funrural................................................. G-14 0% a 17,00% 7,60% 1,65% 2,85% SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) Esses encargos são apresentados como deduções de vendas na demonstração do resultado. Os créditos decorrentes da não cumulatividade do PIS/COFINS são apresentados dedutivamente do custo dos produtos vendidos na demonstração do resultado. A tributação sobre o lucro compreende o imposto de renda e a contribuição social. O imposto de renda é computado sobre o lucro tributável pela alíquota de 15%, acrescido do adicional de 10% para os lucros que excederem R$60 no trimestre (R$240 no exercício), enquanto que a contribuição social é computada pela alíquota de 9% sobre o lucro tributável, reconhecidos pelo regime de competência, portanto as inclusões ao lucro contábil de despesas, temporariamente não dedutíveis, ou exclusões de receitas, temporariamente não tributáveis, para apuração do lucro tributável corrente geram créditos ou débitos tributários diferidos. As antecipações ou valores passíveis de compensação são demonstrados no ativo circulante ou não circulante, de acordo com a previsão de sua realização. Os créditos tributários diferidos decorrentes de prejuízo fiscal ou base negativa da contribuição social são demonstrados pelo valor que se espera realizar e estão demonstrados na Nota 17. l) Subvenção para investimentos As controladas Fazenda Parnaíba e Fazenda Planorte gozam de incentivos fiscais de imposto de renda relativamente à parte de suas operações localizadas nas regiões centro-oeste e nordeste e do País, respectivamente. Esses incentivos são concedidos sob a forma de isenção de 100% ou redução de até 75% do imposto de renda devido, calculados com base no resultado das atividades incentivadas, sendo registrados diretamente a crédito do patrimônio líquido, sub-conta de incentivos fiscais. Os Atos Declaratórios da ADA (Agência de Desenvolvimento da Amazônia) que concedem a redução do imposto de renda às empresas tem seus vencimentos entre os anos calendários de 2008 a 2013. m) Subvenções para custeio Os Governos dos Estados do Mato Grosso do Sul por intermédio do Decreto n° 9.542/99 e do Mato Grosso, por intermédio do Decreto n° 1.261/00, concederam incentivos para diferimento de débitos de ICMS através da adesão da Fazenda Planalto ao programa Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado de Mato Grosso do Sul) e das Fazendas Planorte e Paiaguás ao programa FETHAB (Fundo de Transporte e Habitação). Os Governos dos Estados de Mato Grosso do Sul, por intermédio do Decreto no 9.716/99, de Mato Grosso através do decreto no 1.589/97 e de Goiás através da Lei Estadual no 13.506/99, concederam incentivos de créditos presumidos de ICMS nas operações com algodão em pluma, com redução no valor do ICMS a recolher de 50% a 75% através da adesão da Fazenda Planalto ao programa PDAGRO, das Fazendas Planorte e Paiaguás ao programa PROALMAT e da Fazenda Pamplona ao programa PROALGO. Os créditos presumidos são registrados ao resultado na rubrica de impostos sobre vendas em contrapartida à rubrica de impostos a recuperar. G-15 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 5. Aplicações Financeiras Controladora Modalidade CDB-DI......................................... Operação compromissada ............ Títulos de capitalização................. Commodities................................ Outras.......................................... Rendimento médio 2007 2006 99,80% do CDI* 100,11% do CDI* Rendimento da poupança U.S. Dólar Poupança 6.720 4.406 14 423 – 11.563 4.533 629 23 13 174 5.372 Rendimento médio 2007 2006 99,84% CDI* 100,09% CDI* Rendimento da poupança U.S. Dólar Poupança 12.017 13.128 184 423 – 25.752 11.464 5.275 192 13 174 17.118 Consolidado Modalidade CDB-DI......................................... Operação compromissada ............ Títulos de capitalização................. Commodities................................ Outras.......................................... As aplicações financeiras em certificados de depósitos bancários e as operações compromissadas (debêntures) possuem prazo de resgate que não ultrapassam 90 dias da data do balanço. 6. Contas a Receber Controladora 2006 2007 6.701 659 7.360 Mercado interno ......................................................... Mercado externo......................................................... 2.743 1.190 3.933 Consolidado 2007 2006 21.081 806 21.887 9.992 1.734 11.726 Em 31 de março de 2007 e 2006, a Companhia e suas controladas não possuíam títulos a receber vencidos. 7. Estoques Controladora 2006 2007 Produtos agrícolas ........................................................ Sementes, adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas... Outros estoques ........................................................... Provisão para ajuste ao valor de mercado ..................... 4.097 9.753 2.314 (85) 16.079 G-16 2.736 12.570 1.214 – 16.520 Consolidado 2007 2006 4.124 19.088 4.130 (85) 27.257 4.501 21.934 10.243 – 36.678 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 8. Culturas em Formação Controladora 2006 2007 Soja................................................................................. Algodão .......................................................................... Milho .............................................................................. Café................................................................................ Outras culturas ................................................................ 24.617 22.199 3.219 2.970 26 53.031 26.548 30.148 3.848 3.690 144 64.378 Consolidado 2007 2006 47.190 51.530 7.148 2.872 27 108.767 59.835 61.780 6.590 3.698 146 132.049 Os saldos de culturas em formação estão substancialmente representados pelos gastos incorridos com a formação das safras tais como: sementes, fertilizantes, defensivos agrícolas, depreciações e mão de obra aplicada nas culturas. 9. Impostos a Recuperar Controladora 2006 2007 Imposto de renda ............................................................ Contribuição social .......................................................... ICMS ............................................................................... COFINS............................................................................ PIS................................................................................... IRRF a recuperar............................................................... Outros............................................................................. (-) parcela classificada no circulante.................................. Parcela não circulante ...................................................... 2.130 9 3.171 1.894 202 54 16 7.476 (6.763) 713 3.711 9 4.162 – – 105 19 8.006 (8.006) – Consolidado 2007 2006 7.014 407 4.611 6.026 1.252 410 27 19.747 (18.539) 1.208 7.355 363 7.398 2.985 863 477 34 19.475 (19.475) – Imposto de renda e contribuição social Corresponde às antecipações de imposto de renda e contribuição social, os quais serão realizados mediante a compensação com impostos e contribuições federais. ICMS, PIS e Cofins a compensar/recuperar Referem-se a créditos gerados nas operações normais da Companhia e de suas controladas, podendo ser compensados com tributos da mesma natureza. A Administração da Companhia estima que os saldos existentes em 31 de março de 2007 serão realizados sem perdas significativas. IRRF a recuperar Corresponde ao imposto de renda retido na fonte sobre aplicações financeiras. Esses créditos são realizáveis mediante a compensação com impostos e contribuições federais. G-17 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 10. Títulos e Créditos a Receber Venda Fazenda Paineira(a)................................................ Adiantamento – Incentivos Fiscais(b) ................................. (-) ativo circulante .......................................................... Total não circulante .................................................... Controladora 2006 2007 Consolidado 2007 2006 1.860 1.966 3.826 (1.860) 1.966 1.860 1.966 3.826 (1.860) 1.966 4.284 1.966 6.250 (2.142) 4.108 4.284 1.966 6.250 (2.142) 4.108 (a) Representado pelo valor da venda da Fazenda Paineira ocorrida em 20 de agosto de 2003 no montante de R$7.497, conforme Contrato Particular de Compra e Venda. O saldo está sendo recebido em parcelas não lineares equivalentes a sacas de soja até 31 de janeiro de 2008, atualizadas pela cotação da saca de soja praticada pela Cooperativa Regional Tritícola Serrana Ltda. – COTRIJUÍ. A sua movimentação é demonstrada conforme abaixo: Valor da venda ............................ Amortização................................ Amortização................................ Amortização................................ Amortização................................ Amortização................................ Provisão para perdas ................... Total .......................................... Data Valor 20/08/2003 31/05/2004 31/01/2005 31/01/2006 31/05/2006 31/01/2007 31/03/2007 7.497 (1.071) (1.071) (1.071) (1.071) (1.071) (282) 1.860 Cotação da saca de soja em R$ Equivalente em sacas de soja 31,50 31,50 27,84 23,45 21,69 25,89 27,36 238.000 (34.000) (34.000) (34.000) (34.000) (34.000) – 68.000 A variação da cotação da saca de soja no recebimento de cada parcela é registrada como resultado financeiro no exercício, sendo: despesa de R$191 em 2007 e R$608 em 2006. (b) Refere-se a adiantamentos efetuados à SODEPA Sociedade de Empreendimentos, Publicidade e Participações S.A. pela compra de ações incentivadas (FINAM) da Fazenda Parnaíba S.A. A transferência para a Companhia depende da emissão dos respectivos certificados de investimentos (CI’s). 11. Investimentos Controladora 2006 2007 Participações em controladas................................ Outras participações............................................. 164.656 108 164.764 170.828 99 170.927 Consolidado 2007 2006 – 126 126 – 62.971 62.971 Em 31 de março de 2006, o investimento não absorvido na consolidação estava representado pela participação de 29,95% na empresa Ferramentas Gerais Comércio e Importação S.A. cujo saldo, conforme mencionado na Nota 1, foi alienado à Evaux Participações S.A. (controladora) pelo seu valor contábil que totalizava R$53.163 em 30 de novembro de 2006. G-18 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) Os investimentos relevantes em controladas e coligadas, avaliados pelo método de equivalência patrimonial, estão demonstradas no quadro a seguir: Investimentos SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. Fazenda Parnaíba S.A. Fazenda Planorte S.A. Fazenda Paiaguás S.A. 20.650 59.196 – 59.196 1.757 16.400 29.087 – 29.087 2.068 20.009 29.499 – 29.499 (123) 63.712 79.352 (6.541) 72.811 2.368 2.703 195 – 54,15% 30.409 447 1.197 – 32.053 – – – (96) 31.957 Saldos finais .................................................... 11.481 – – 99,78% 26.766 – 2.258 – 29.024 – – – – 29.024 35.500 – – 100% 29.622 – (123) – 29.499 – – 12.980 – 42.479 – – 1 84,05% 59.206 – 1.990 – 61.196 – – – – 61.196 Capital social ................................................... Patrimônio líquido ........................................... (-) Lucros não realizados nos estoques ............. Patrimônio líquido ajustado ............................. Lucro líquido do período.................................. Quantidade de ações/quotas do capital social Ações Ordinárias (mil).................................... Ações Preferenciais (mil) ................................ Quotas .......................................................... Percentual de participação (%) ........................ Valor patrimonial – saldos iniciais..................... Aquisição de investimento ............................. Resultado da equivalência patrimonial........... Dividendos recebidos.................................... Valor patrimonial – saldos finais....................... (1) Ágio ............................................................ (1) Direito de subscrição de terceiros ................. (2) Ágio ............................................................ (3) Deságio ....................................................... (1) (2) (3) 2007 2006 146.003 447 5.322 – 151.772 – – 12.980 (96) 164.656 154.314 – 1.691 (12.000) 144.005 10.706 3.137 12.980 – 170.828 Em 31 de março de 2006, o saldo está representado pelo ágio pago e pelo direito de preferência dos demais acionistas para a aquisição de direito de subscrição detido pelo Companhia na coligada Ferramentas Gerais Comércio e Importação S.A., o qual foi baixado por alienação à sua controladora Evaux Participações S.A., conforme já mencionado na Nota 1. Representa o ágio pago quando da aquisição da Fazenda Paiaguás em 20 de julho de 2000 com fundamento econômico atribuído pela mais valia das terras de cultura. Sua amortização ocorrerá somente por ocasião de sua baixa ou alienação. Representa o deságio apurado quando da aquisição de ações da Fazenda Parnaíba ocorrida em 8 de março de 2007. 12. Imobilizado Controladora Taxas médias anuais de depreciação 2006 2007 Terras de cultura ...................................... – Prédios e benfeitorias ............................... 4,37% Móveis e utensílios ................................... 10% Equipamentos e instalações de Escritório .. 20% Equipamentos agrícolas e instalações industriais.............................................. 12,57% Veículos ................................................... 24,76% Culturas permanentes .............................. 7,87% Obras e reformas em andamento ............. – Custo Depreciação acumulada Valor líquido 2007 2006 – 4,39% 10% 20% 995 10.665 852 1.150 – (998) (455) (754) 995 9.667 397 396 995 9.697 402 423 11,82% 22,47% 8,37% – 55.490 3.856 3.515 7.637 84.160 (31.599) (2.854) (622) – (37.282) 23.891 1.002 2.893 7.637 46.878 28.136 969 2.829 458 43.909 G-19 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) Consolidado Taxas médias anuais de depreciação 2006 2007 Terras de cultura...................................... Ágio – Mais valia das terras...................... Terrenos .................................................. Prédios e benfeitorias............................... Móveis e utensílios................................... Equipamentos e instalações de Escritório ............................................... Equipamentos agrícolas e instalações industriais............................. Veículos................................................... Culturas permanentes.............................. Obras e reformas em andamento............. Custo Depreciação acumulada Valor líquido 2007 2006 – – – 4,24% 10% – – – 4,25% 10% 48.398 12.980 42 48.930 1.518 – – – (12.300) (727) 48.398 12.980 42 36.630 791 33.524 12.980 42 39.074 782 20% 20% 1.860 (1.231) 629 662 13,28% 25,17% 8,49% – 12,86% 22,84% 8,72% – 121.259 6.727 7.156 8.183 257.053 (65.614) (5.218) (1.956) – (87.046) 55.645 1.509 5.200 8.183 170.007 60.316 1.484 5.488 2.109 156.461 Em 31 de março de 2007 as obras e reformas em andamento no valor de R$8.183 estavam substancialmente representados pela construção das unidades de armazenamento de grãos (silos) na Fazenda Planeste, com conclusão das obras previstas para o 1º semestre de 2007. 13. Diferido Controladora Taxas médias anuais de amortização Correção do solo ................................ Desmatamento e terraplanagem ......... Despesas pré-operacionais .................. 20% 20% – Custo Amortização acumulada 17.732 2.962 2.911 23.605 (7.604) (1.159) – (8.763) Valor líquido 2007 2006 10.128 1.803 2.911 14.842 9.690 1.359 1.523 12.573 Consolidado Taxas médias anuais de amortização Correção do solo................................ Desmatamento e Terraplanagem........ Despesas pré-operacionais.................. 20% 20% – Custo Amortização acumulada 49.555 6.814 2.911 59.280 (27.534) (4.089) – (31.623) Valor líquido 2007 2006 22.021 2.725 2.911 27.657 24.921 2.866 1.524 29.310 Em 31 de março de 2007 o saldo de despesas pré-operacionais estava representado pelos custos de implantação do sistema operacional adquirido em 2005 que tem seu início de operação previsto para agosto de 2007. G-20 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 14. Saldos e Transações com Partes Relacionadas Fazenda Parnaíba S.A. Controladora Fazenda SLC Fazenda Paiaguás Empreendimentos Planorte S.A. e Agricultura Ltda. S.A. Outras 2007 2006 Ativos: Longo prazo: Créditos com controladas ................. – 1.691 – – – 1.691 8 Passivos: Circulante: Débitos com controladas (mútuos)... 36.793 – 30.816 5 1.796 69.410 33.308 Vendas: Mercadorias................... 138 1 – – 3 142 50 Compras: Mercadorias................... 196 – – – 5 201 33 Receitas financeiras: Juros.............................. – 4 – – – 4 1.229 Despesas financeiras: Juros.............................. 1.100 20 681 – 68 1.869 1.783 A Companhia e suas controladas têm contratos de mútuos, representados por conta corrente, cujo indexador é equivalente a 99% da variação nominal da taxa CDI-OVER, com vencimentos em prazos indeterminados. Em 30 de dezembro de 2006 a Companhia celebrou distrato do contrato de parceria agrícola firmado com a controlada SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda., em razão do decurso do prazo após transcorridos 36 meses da data de sua assinatura. A partir de 1 de janeiro de 2007, passou a vigorar novo contrato de arrendamento rural celebrado com a controlada SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda. por um período de 10 anos vencíveis em 31 de dezembro de 2016, podendo ser revisado a qualquer tempo, caso ocorram alterações de mercado que inviabilizem o seu equilíbrio e onerem excessivamente uma das partes. G-21 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) O contrato de arrendamento rural tem por objeto a entrega das terras, instalações e demais bens pelo arrendador para que o arrendatário explore a sua atividade agrícola através do cultivo de algodão, soja, milho, sorgo, café, feijão e ervilha em contraprestação a um valor a título de preço de arrendamento conforme demonstrados a seguir: Total de hectares arrendados Fazenda Planalto ...................... Fazenda Pamplona .................... Fazenda Planeste....................... Fazenda Palmeira ...................... Fazenda Paiaguás...................... (a) (b) Valor anual do arrendamento (a) Cotação da saca de soja na região (b) 11,0 10,5 7,0 5,0 8,5 25,50 25,50 26,40 32,00 21,00 13.157,78 9.607,00 12.831,30 3.957,00 21.233,10 R$ 3.691 2.572 2.371 633 3.790 13.057 Equivalentes em sacas de soja por hectare agricultável por ano safra. Preço médio da saca de soja na região de cada fazenda obtido na data-base de 31 de março de 2007 em Reais. O preço do arrendamento será pago anualmente pelo valor da cotação de balcão da saca de soja de cada região no dia do pagamento, a ser estabelecido pelo arrendador com antecedência mínima de 15 dias, sem previsão de repactuação. G-22 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 15. Empréstimos e Financiamentos Taxas médias anuais de juros (%) 2007 2006 Indexador Aplicados no Imobilizado: Finame – BNDES ................... Fundos Constitucionais ......... Aplicados no Capital de giro: Capital de Giro ..................... Crédito Rural ........................ Fundos Constitucionais ......... Poupança Rural..................... Pré e TJLP – 10,83 9,44 10,88 9,50 Controladora 2007 2006 6.164 24.880 10.829 19.660 4.821 1.797 68.151 (-) parcela classificada no circulante ................................................. (45.288) Passivo não circulante ..................................................................... 22.863 US$ – – TR + Pré 5,66 8,93 9,87 12,50 5,49 8,94 9,50 10,00 7.092 17.146 53.999 11.428 13.190 – 102.855 (88.684) 14.171 Consolidado 2007 2006 12.509 47.077 13.712 49.910 10.829 60.171 69.700 38.854 24.409 23.544 3.609 – 168.133 186.191 (107.638) (144.526) 60.495 41.665 Finame – BNDES – São garantidas por alienação fiduciária dos próprios bens e aval da sua controladora SLC Participações S.A.. As amortizações são realizadas em base “mensal”, com vencimentos entre os períodos de 16/4/2007 e 18/11/2013. Fundos Constitucionais – São garantidas por avais de empresas coligadas e da sua controladora SLC Participações S.A. e, em algumas operações por hipoteca de terras. A periodicidade das suas amortizações é anual, com vencimentos finais previstos para o período entre 1/5/2007 e 1/10/2014. Capital de Giro - Estão garantidas por aval da SLC Participações S.A., sendo a periodicidade dos seus pagamentos em base “mensal”. Crédito Rural – São garantidas com aval das empresas coligadas e da controladora SLC Participações S.A. e, em algumas operações por penhor de safra. A periodicidade das suas amortizações é mensal, com vencimentos finais previstos para o período entre 20/6/2007 e 3/10/2011. Poupança Rural – São garantidas por aval da SLC Agrícola S.A. e da SLC Participações S.A. A periodicidade de suas amortizações é “mensal” com vencimentos finais previstos para o período previsto entre 9/11/2007 e 16/11/2007. Os vencimentos dos empréstimos e financiamentos de longo prazo apresentam a seguinte composição: Anos de vencimento 2008.................................................................. 2009.................................................................. 2010.................................................................. 2011.................................................................. 2012.................................................................. Após 2012 ......................................................... Controladora 2007 2006 Consolidado 2007 2006 7.549 7.683 4.862 2.416 258 95 22.863 18.672 19.571 13.415 7.136 748 953 60.495 G-23 6.057 4.804 2.488 503 233 86 14.171 13.876 16.935 7.805 1.863 697 489 41.665 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 16. Provisão para contingências Em 31 de março de 2007 e 2006, a Administração da Companhia não tem conhecimento de nenhuma ação de natureza fiscal, trabalhista ou cível significativa contra a Companhia e suas controladas cuja probabilidade de perda seja avaliada como provável e requeiram constituição de provisão passiva. De acordo com a legislação em vigor no Brasil, os impostos federais, estaduais e municipais e os encargos sociais estão sujeitos a exame pelas respectivas autoridades por períodos que variam de 5 a 30 anos. 17. Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos Foram constituídos imposto de renda e contribuição social diferidos apresentando a seguinte natureza: Descrição Ativos: Diferenças temporárias: Tributos da atividade não incentivada ......................... Provisão ajuste de estoques a mercado ....................... Outras........................................................................ Prejuízos fiscais e base negativa ................................ Imposto de renda Controladora Contribuição social 2007 138 21 70 15.853 16.082 – 8 26 6.154 6.188 8.322 439 806 9.567 2.996 – 290 3.286 (-) total no ativo circulante.......................................... Ativo não circulante ................................................... Passivos: Depreciação incentivada atividade rural ...................... Ganho de capital diferido ........................................... Variação cambial diferida............................................ (-) total no passivo circulante ...................................... Passivo não circulante................................................. G-24 2006 138 29 96 22.007 138 – 159 19.403 22.270 (125) 22.145 19.700 (159) 19.541 11.318 439 1.096 12.793 1.117 5.577 12.853 (3.737) 9.116 19.487 (8.255) 11.232 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) Imposto de renda Descrição Ativos: Diferenças temporárias: Tributos da atividade não incentivada......................... Provisão ajuste de estoques a mercado....................... Outras ....................................................................... Prejuízos fiscais e base negativa................................ Consolidado Contribuição social 2007 138 21 70 20.508 20.737 – 8 25 7.829 7.862 21.480 439 806 22.725 7.526 – 292 7.818 (-) total no ativo circulante ......................................... Ativo não circulante ................................................... Passivos: Depreciação incentivada atividade rural ...................... Ganho de capital diferido........................................... Variação cambial diferida ........................................... (-) total no passivo circulante...................................... Passivo não circulante ................................................ 2006 138 29 95 28.337 138 – 159 22.153 28.599 (125) 28.474 22.450 (713) 21.737 29.006 439 1.098 31.110 1.117 5.577 30.543 (6.191) 24.352 37.804 (13.308) 24.496 De acordo com a Instrução CVM nº 371/02, a Companhia e suas controladas, baseadas na expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, fundamentada em estudo técnico aprovado pela Administração, reconheceu créditos tributários sobre prejuízos fiscais, base negativa de contribuição social e diferenças temporárias, que não possuem prazo prescricional. O valor contábil do ativo diferido é revisado anualmente pela Companhia e os ajustes decorrentes não têm sido significativos em relação à previsão inicial da Administração. O estudo técnico considera os investimentos e os incentivos de redução de imposto de renda de até 75% sobre o lucro da exploração das fazendas localizadas em regiões incentivadas. Com base nesse estudo técnico de geração de lucros tributáveis futuros, a Companhia estima recuperar esses créditos tributários nos seguintes períodos: Controladora Março 2006 Março 2007 2007...................................................... 2008...................................................... 2009...................................................... 2010...................................................... 2011...................................................... 2012...................................................... 2013...................................................... Consolidado Março 2007 Março 2006 125 – – – 1.955 12.627 7.563 159 – – – 1.302 12.627 5.612 125 3.606 2.724 – 1.954 12.627 7.563 713 424 3.111 645 1.460 12.627 3.470 22.270 19.700 28.599 22.450 As estimativas de recuperação dos créditos tributários foram baseadas nas projeções dos lucros tributáveis levando em consideração diversas premissas financeiras e de negócios consideradas no encerramento do exercício de 2006 e revisadas para o trimestre. Conseqüentemente, essas estimativas estão sujeitas a não se concretizarem no futuro tendo em vista as incertezas inerentes a essas previsões. G-25 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) Conciliação da despesa tributária com as alíquotas oficiais O imposto de renda e a contribuição social, calculados com base nas alíquotas nominais desses tributos, estão reconciliados para o valor registrado como despesa de imposto de renda e contribuição social como segue: Controladora 2006 2007 IR CS IR CS Resultado antes da tributação sobre o lucro .................... 7.392 7.392 (3.420) (3.420) Imposto de renda e contribuição social à taxa nominal de 25% e 9%, respectivamente ................................... (1.848) (665) 855 308 Ajustes para demonstração da taxa efetiva Resultado de equivalência patrimonial .......................... Adições permanentes ................................................... Outros ......................................................................... Valor registrado no resultado .......................................... 1.330 17 – (501) 478 (2) – (189) 423 (21) (1) 1.256 152 (8) (4) 448 Consolidado 2006 2007 IR CS Resultado antes da tributação sobre o lucro ....................... 11.110 11.110 48 48 Imposto de renda e contribuição social à taxa nominal de 25% e 9%, respectivamente ...................................... (2.778) (1.000) (12) (4) 95 34 987 60 (68) 1.062 336 12 (8) 370 Ajustes para demonstração da taxa efetiva Resultado de equivalência patrimonial ............................. (*) Base de cálculo tributada pelo lucro presumido ............. Adições permanentes ...................................................... Outros ............................................................................ Valor registrado no resultado ............................................. (*) – 1.633 (1.477) (23) (2.645) IR – 578 (535) 4 (953) CS Oriundos das demonstrações da controlada SLC Empreendimentos e Agricultura Ltda., que é tributada pelo lucro presumido. 18. Patrimônio Líquido a) Capital social Em 24 de fevereiro de 2006 o capital social foi aumentado em R$6.487, dos quais R$6.180 mediante capitalização de adiantamento para futuro aumento de capital realizado em 5 de agosto de 2005. Através da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 30 de março de 2007, o capital social foi aumentado de R$140.961 para R$191.003, mediante capitalização de lucros acumulados de exercícios anteriores no montante de R$50.042, sem emissão de novas ações. G-26 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) Em 31 de março de 2007, o capital social no valor de R$140.961 está representado por 67.500.000 ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal, assim distribuídas entre os acionistas: Ações SLC Participações S.A. ...................................................................................................... Evaux Participações S.A..................................................................................................... Ferramentas Gerais Máquinas e Materiais Elétricos Ltda. ................................................... Outros.............................................................................................................................. 37.541.708 21.520.787 8.437.500 5 67.500.000 b) Reserva de legal A reserva legal é constituída com base em 5% do lucro líquido do exercício limitada a 20% do capital social. c) Dividendos No trimestre findo em 31 de março de 2006, foi aprovado através de ata de reunião de sócios o pagamento de dividendos no valor de R$1.851. Em 26 de janeiro de 2007 foi aprovado o pagamento de dividendos, no valor de R$880, através de Ata de Reunião de Sócios, com base nos lucros acumulados em exercícios anteriores. De acordo com o estatuto social, o dividendo mínimo obrigatório é computado com base em 25% do lucro líquido remanescente do exercício, após constituições das reservas previstas em lei. 19. Honorários da Administração Os administradores são remunerados na forma de pró-labore pagos via folha de pagamento. Os valores são apresentados em rubrica específica nas demonstrações do resultado. 20. Resultado Financeiro Despesas financeiras: Juros passivos ........................................................................ Variação cambial ................................................................... Perdas com operações de hedge............................................ CPMF .................................................................................... Outras................................................................................... Receitas financeiras: Receitas de aplicações financeiras .......................................... Variação cambial ................................................................... Ganhos com operações de hedge .......................................... Outras................................................................................... Resultado financeiro líquido ...................................................... G-27 Controladora 2007 2006 Consolidado 2007 2006 3.209 194 849 157 261 4.670 4.047 1.324 90 128 552 6.141 3.510 343 951 278 356 5.438 4.345 1.567 139 188 567 6.806 284 613 884 328 2.109 (2.561) 559 4.521 1.562 161 6.803 662 695 679 1.163 602 3.139 (2.299) 1.192 4.895 2.789 339 9.215 2.409 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 21. Compromissos Em 31 de março de 2007 a Companhia e suas controladas têm contratos de venda para entrega futura com alguns clientes, dos seguintes produtos: Produto Controladora Quantidade de produto Contratos Data da entrega Safra 2005/2006 Café ............................. Abril a julho de 2007 Safra 2006/2007 Algodão em pluma ....... Soja .............................. Café ............................. Caroço de algodão........ Julho a dezembro de 2007 Abril a junho de 2007 Outubro a novembro de 2007 Maio a julho de 07 Safra 2007/2008 Algodão em pluma ....... Agosto a dezembro de 2008 Café ............................. Novembro de 2008 Produto Data da entrega Safra 2006/2007 Algodão em pluma ....... Soja .............................. Café ............................. Caroço de algodão........ Julho a Dezembro/07 Abril a Junho/07 Outubro a Novembro/07 Maio a Setembro/07 Preço unitário em US$ 3.480 6 Saca 13.390 788.814 720 15.005 13 11 2 4 Tonelada Saca Saca Tonelada 1.254 13 152 73 13.933 1.920 18 2 Tonelada Saca 1.296 138 Unidade Preço unitário em US$ Consolidado Quantidade de produto Contratos Safra 2005/2006 Café ............................. Abril a Junho/07 Unidade 136 3.480 6 Saca 32.800 1.526.321 720 38.005 30 18 2 11 Tonelada Saca Saca Tonelada 1.288 12 152 60 29.850 500.000 1.920 37 2 2 Tonelada Saca Saca 1.233 12 138 6.000 2 Tonelada 1.323 Safra 2007/2008 Algodão em pluma ....... Agosto a Dezembro/08 Soja .............................. Janeiro a Maio/08 Café ............................. Novembro/08 Safra 2008/2009 Algodão em pluma ....... Agosto a Outubro/09 136 22. Demonstração do LAJIDA – EBITDA – (Não Revisada) A Companhia acredita que a divulgação de informações sobre o EBITDA (LAJIDA – Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) pode ser importante para os investidores, analistas financeiros e o público em geral, ao analisarem seu desempenho operacional, especialmente para permitir a comparabilidade com outras companhias que atuam no mesmo setor, embora o seu cálculo possa não ser consistente com o empregado por outras empresas. G-28 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) O EBITDA da Companhia e suas controladas foi obtido da seguinte forma: Consolidado Receita operacional líquida ......................................................................... Menos: Custo das vendas ....................................................................................... Despesas com vendas................................................................................. Despesas gerais e administrativas ............................................................... Honorários da administração ...................................................................... Outras receitas operacionais ....................................................................... Mais: Depreciação e amortização......................................................................... EBITDA ...................................................................................................... Resultado das operações de hedge............................................................. EBITDA Ajustado ........................................................................................ 2007 2006 61.202 39.486 (44.076) (1.937) (2.827) (108) 528 (36.627) (3.509) (2.411) (96) 348 6.443 19.225 212 19.437 6.717 3.908 2.650 6.558 O EBITDA da Companhia consolidado pode ser conciliado com o lucro líquido (prejuízo) do período da seguinte forma: Consolidado Lucro líquido (prejuízo) do período ............................................................. IR e CS diferidos e correntes ..................................................................... Depreciação e amortização....................................................................... Resultado financeiro, líquido .................................................................... Resultado de operações com hedge ......................................................... Resultado de equivalência patrimonial ...................................................... Participações dos minoritários................................................................... Receitas não operacionais, líquidas ........................................................... EBITDA Ajustado ........................................................................................ 2007 2006 6.702 3.598 6.443 2.299 19.042 212 – 810 (627) 19.437 (1.715) (1.432) 6.717 (2.409) 1.161 2.650 (380) 3.202 (75) 6.558 23. Gerenciamento de Riscos e Instrumentos Financeiros A volatilidade das taxas de câmbio, juros e dos preços de produtos destinados à exportação são riscos de mercado a que a Companhia e suas controladas estão expostas. A Companhia e suas controladas realizam operações envolvendo instrumentos financeiros que se destinam a atender às suas necessidades operacionais, bem como reduzir a exposição a riscos de mercado, de moeda e de taxa de juros. A administração desses riscos, bem como dos respectivos instrumentos, é realizada por meio de definição de estratégias, estabelecimento de sistemas de controle e determinação de limites de exposição cambial, de juros e preços. Os instrumentos financeiros são contratados com a finalidade de hedge, o que não impede que seus resgates possam ocorrer a qualquer momento, embora seja real a intenção da Companhia e suas controladas de levá-los até o vencimento das operações a serem protegidas. As aplicações financeiras são realizadas junto a bancos de primeira linha e refletem as condições de mercado nas datas dos balanços. G-29 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) a) Risco de preço A Companhia e suas controladas operam com derivativos objetivando reduzir os riscos operacionais em função da variação do preço dos seus produtos (soja, algodão, milho entre outros) no mercado internacional. A atuação da Companhia e suas controladas com derivativos dessa natureza está resumida à utilização de operações no mercado futuro e de opções, como forma de reduzir a exposição ao risco de preço, não sendo utilizadas para fins especulativos. O resultado financeiro obtido nesse tipo de transação é reconhecido contabilmente em contraposição ao faturamento do produto e registrados na rubrica de receita ou despesa financeira no resultado do período. Em 31 de março de 2007 a Companhia e suas controladas possuíam 1.000 toneladas de algodão protegidas por negociação com derivativos. b) Risco de taxa de câmbio e de juros Os resultados da Companhia e suas controladas são suscetíveis a sofrer significativas variações, pois parcela dos seus financiamentos e empréstimos a pagar estão afetados pela volatilidade da taxa de câmbio, principalmente do dólar norte-americano. Visando reduzir certos efeitos da flutuação da taxa de câmbio, a Companhia têm realizado operações com derivativos. Em 31 de março de 2007 os contratos em aberto de “swap” de dólar para CDI eram de US$43.675 mil (US$99.649 mil no consolidado). As principais operações em aberto em 31 de março de 2007 estão resumidas a seguir: Contratos US$ mil Termos de moedas – venda............ Opções .......................................... 37.675 6.000 43.675 Contratos US$ mil Termos de moedas – venda............ Opções .......................................... 92.649 7.000 99.649 Controladora Valor dos livros em 2007 Vencimento Janeiro/07 a Dezembro/08 7.152 392 Maio e Outubro/07 7.544 Consolidado Valor dos livros em 2007 Vencimento Janeiro a Novembro/07 16.159 528 Maio e Outubro/07 16.687 Valor de mercado em 2007 6.419 633 7.052 Valor de mercado em 2007 16.405 638 17.043 Os resultados apurados nas operações encerradas com derivativos estão refletidos nas demonstrações financeiras. G-30 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) c) Risco de crédito Parcela substancial das vendas da Companhia e suas controladas é feita para poucos grupos seletos de clientes altamente qualificados: trading companies e companhias de tecelagem entre outros que usualmente adquirem grandes volumes para garantia de negociação local e internacional. O risco de crédito é administrado por normas específicas de aceitação de clientes, análise de crédito e estabelecimento de limites de exposição por cliente. Historicamente, a Companhia e suas controladas não registram perdas significativas nas contas a receber de clientes. d) Valores de Mercado Em 31 de março de 2007, os valores de mercado das disponibilidades, aplicações financeiras, contas a receber e a pagar aproximam-se dos valores registrados nas demonstrações financeiras devido à sua natureza de curto prazo. Quanto aos empréstimos e financiamentos, cujas características estão descritas na Nota 15, os respectivos valores de mercado se aproximam substancialmente dos valores registrados nas demonstrações financeiras devido ao fato de que esses instrumentos financeiros estão sujeitos a taxas de juros variáveis. 24. Programa de Participação nos Resultados Em conformidade com Acordos Coletivos de Trabalho firmados com as categorias de seus colaboradores, a sociedade e suas controladas tem um programa de participação nos resultados, baseado no lucro operacional ajustado, auferido a cada ano civil. O valor a ser distribuído a título de participação nos resultados é calculado com base no resultado operacional da companhia, ajustado pela redistribuição da receita líquida, despesas administrativas e do resultado financeiro líquido entre as unidades de produção, de acordo com critérios pré-estabelecidos pelas Companhias. A participação é calculada aplicando-se 9% ao resultado operacional ajustado. Os funcionários das unidades de produção recebem o valor calculado sobre 80% do resultado geral da Companhia e sobre 20% do resultado de sua própria unidade. Já os funcionários da administração recebem a participação nos resultados calculada com base no resultado operacional geral da companhia. G-31 SLC AGRÍCOLA S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – (NÃO AUDITADAS) 31 de março de 2007 e 2006 (Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma) 25. Cobertura de Seguros – (Não revisada) Em 31 de março de 2007, a Companhia e suas controladas possuíam um programa de gerenciamento de riscos com o objetivo de delimitar os riscos, buscando no mercado coberturas compatíveis com o seu porte e operação. Como conseqüência, a Administração contratou cobertura de seguros para plantações de algodão, soja, tratores, rebanho bovino e a sede da fazenda. A cobertura foi contratada por montante considerado suficiente pela Administração para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza da sua atividade, os riscos envolvidos em suas operações e a orientação de seus consultores de seguros. O detalhamento dos seguros contratados e as coberturas são demonstrados como segue: Apólice 03.31.0463689 03.31.0433079 03.31.0433079 03.31.0433079 65.15.0000149 65.18.0002059 Natureza Vigência Veículos da SLC Agrícola Veículos da Fazenda Parnaíba Veículos da Fazenda Planorte Veículos da Fazenda Paiaguás Defensivos da Fazenda Pamplona. Roubo e furto qualificado. Seguro empresarial máster, incêndio, raio, explosão de qualquer natureza, roubo e furto qualificado de bens, vendaval, fumaça, impacto de veículos. 10/06/06 a 10/09/07 10/06/06 a 10/09/07 10/06/06 a 10/09/07 10/06/06 a 10/09/07 01/10/06 a 01/10/07 100% tabela Fipe 100% tabela Fipe 100% tabela Fipe 100% tabela Fipe R$330.000,00 16/10/06 a 10/09/07 R$15.000.000,00 G-32 Cobertura