Dr. Juliano Borges Barra Cirurgião do Aparelho Digestivo CRM 97558
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Dr. Juliano Borges Barra Cirurgião do Aparelho Digestivo CRM 97558
ARTIGO Figura 1- Fotografia endoscópica demostrando lesão úlcero-infiltrativa no esôfago Em linhas gerais, o câncer de esôfago é uma patologia de prognóstico muito ruim, frequentemente diagnosticado de forma tardia e de tratamento extremamente difícil. Figura 4: fotografia endoscópica com esôfago de Barrett sidade e ao refluxo gastroesofágico. Para os pacientes de alto risco, é mandatória a endoscopia digestiva alta. O esôfago de Barrett é uma condição associada ao refluxo gastroesofágico de longa evolução que consiste na substituição do tecido esofágico normal (escamoso) por epitélio colunar metaplásico no esôfago distal. O tecido metaplásico por sua vez, pode evoluir para a displasia e nos casos graves sem tratamento e seguimento, para a neoplasia. É importante fator de risco, como citamos acima para o adenocarcinoma de esôfago. O Barrett acomete de 2-8% dos pacientes com DRGE. Dos pacientes com esôfago de Barrett o risco de desenvolvimento de lesões malignas é de cerca de 1%. O acompanhamento endoscópico destes pacientes é obrigatório e em lesões pré-malignas está indicado o tratamento endoscópico. TNM STAGEM 5-YEAR SURVIVAL (%) 0 100 1 80 2A 40 2B 30 3 15 4 0 Tabel 1 : Relação estadiamento - sobrevida em 5 anos É muito importante a orientação da população e da classe médica sobre as medidas preventivas, totalmente relacionadas a hábitos saudáveis e a métodos de detecção precoce. Fontes : INCA, NCCN, Hospital AC Camargo Dr. Juliano Borges Barra Cirurgião do Aparelho Digestivo CRM 97558 Figura 5: Sequência de alterações histológicas DRGE - AdenoCa Fevereiro 2016 - APM - Regional Piracicaba 11 Foto Arquivo Pessoal Para pacientes com lesões de esôfago cervical, está indicado o tratamento quimio/radioterápico exclusivo em virtude da altíssima morbi-mortalidade da cirurgia neste grupo. A grande maioria dos pacientes se apresenta com lesões avançadas, com sinais de invasão de órgãos adjacentes e/ou lesões a distância nos exames de estadiamento. Além disso, muito frequentemente, com condições clínicas e até sócio-econômicas muito precárias. Para esse grupo de pacientes está indicado o tratamento quimio radioterápico exclusivo, sem cirurgia. Para todos os pacientes, é essencial o estabelecimento de via de acesso nutricional durante o tratamento neoadjuvante, como por exemplo, sonda nasoenteral ou jejunostomia. A prevenção do câncer de esôfago, tema de extrema importância para grande número de especialidades médicas, consiste na cessação do tabagismo, etilismo, combate à obe-
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