Quarterly Insight
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Quarterly Insight Edição de Primavera 2016 1 Quarterly Insight CBH Asset Management CONTEÚDO Tabela de alocação Comentários de alocação 3 4 Obrigações governamentais 5 Obrigações de empresas 6 Mercados accionistas 9 Ouro & Outros investimentos 11 Moedas 12 Mercados 14 Contactos 15 Cunho Data de publicação: Abril 1, 2016 Preços a partir de: Março 31, 2016 2 Quarterly Insight CBH Asset Management MONITOR DE ALOCAÇÃO DE ACTIVOS Subexposição 5% Sobreexposição Cash 1 - 5 anos USD EUR 5 - 10 anos USD EUR 1 - 5 anos USD EUR 5 - 10 anos USD EUR 1 - 5 anos USD EUR 5 - 10 anos USD EUR Obrigações governamentais Obrigações "investment grade " 48% Obrigações "High Yield" Mercados Emergentes Convertíveis 38% Neutra Acções 2% Metais preciosos 7% Outros investimentos Moeda forte Moeda local ← ← ← ← ← ← ← → → → → → Convertíveis Globais América do Norte Europa Japão Ásia Pacífico (ex Japão) China Mercados Emergentes ← → ← → → Ouro Outros investimentos Revisão upgrade ← → 3 Revisão downgrade Quarterly Insight CBH Asset Management ALOCAÇÃO DE ACTIVOS Para os investidores o ambiente económico actual é e é provável que permaneça nos próximos trimestres um território árido. Intervenções massivas por parte da maior parte dos bancos centrais permitiram certamente estabilizar o mercado interbancário e sustentaram parcialmente os mercados financeiros, contudo, o seu efeito cumulativo na economia real pode ser considerado estéril. Adicionalmente, as guerras cambiais e as politicas proteccionistas que se materializaram após a crise financeira de 2008 foram responsáveis pelo abrandamento do comercio internacional e tiveram um impacto negativo na taxa de crescimento da economia global, mantendo-a abaixo do seu real potencial. A ausência de um feedback tangível das acções de política monetária sobre a economia real confronta os banqueiros centrais com a impossibilidade de atingir os níveis de inflação desejados e expõe-os a um resultado deveras embaraçador. De facto, após terem decidido adoptar medidas excepcionais (quer quanto ao tipo quer quanto a dimensão) os bancos centrais estão a ficar sem munições face a uma economia que ainda não conseguiu aproveitar plenamente o seu potencial de crescimento. A inexistência de inflação tem vários impactos negativos tanto para a economia real como para os mercados financeiros. Se por um lado, induz uma pressão baixista sobre o crescimento do PIB nominal (que se espera ser +1.6% em 2016) e sobre as taxas de juro nominais a que os investidores podem investir as suas poupanças, levando-os a assumir mais risco, consequentemente aumentando a volatilidade dos mercados e criando uma disrupção nas avaliações financeiras. Por outro lado, contem a erosão da divida global, impactando assim de forma negativa as politicas fiscais e orçamentais dos governos. Em complemento a estes efeitos monetários, um ambiente económico e político instável impacta negativamente o crescimento económico ao limitar os investimentos privados, o que por sua vez produz efeitos negativos nas encomendas, emprego e finalmente no consumo. Com o recente aumento dos preços das matérias-primas, os mercados emergentes recuperaram alguma força ; mas continuamos a esperar um crescimento abaixo da média. Identificamos uma série de catalisadores que poderão impulsionar os países BRIC: o decrescer ou a remoção das sanções internacionais contra a Rússia, uma retoma do consumo domestico chinês e uma estabilização monetária, o reequilibrar do orçamento brasileiro que poderá inspirar novamente alguma confiança entre os investidores internacionais. Apesar destes factores serem de alguma forma exógenos e portanto fora do controle das autoridades respectivas, se finalmente se materializarem, mesmo que parcialmente, poderão dar um novo fôlego a este segmento. De facto, de um ponto de vista microeconómico, as empresas estão a aproveitar-se das baixas taxas de juro para restruturar o seu capital. Ao aumentarem os seus níveis de divida, financiam a recompra de acções próprias, operações de fusão e aquisição ou buscam diminuir o custo de capital médio ponderado (WACC). O que por sua vez aumenta a valorização das suas acções, de um ponto de vista contabilístico (i.e. “artificialmente”). No curto prazo, este ambiente foi e continua a ser favorável para os emitentes de divida “high yield” e para as acções das empresas com pequenas e medias capitalizações. Contudo, como a recente debacle do sector energético Norte-Americano fez reavivar as mentes dos investidores, esta abordagem não nos parece ser sustentável no longo prazo, e em última analise leva a uma deterioração da situação financeira das empresas. De um ponto de vista técnico, os activos de maior risco parecem ter regressado a um momentum positivo. Após uma correcção no primeiro trimestre, beneficiaram na realidade de uma significativa recuperação dos preços das matérias-primas (particularmente dos preços do petróleo) e de influxos de capital de investidores em busca de maior rentabilidade. Considerando que as “yields” das obrigações governamentais e das obrigações de empresas “investment Grade” estão perto de zero (e mesmo negativas em alguns casos), estamos a testemunhar influxos de liquidez para obrigações “high yield” e para acções com dividendos altos. Contudo, Estes novos investidores são menos leais e contribuem para sobre reacções de mercado (“hot money “). Mesmo não acreditando que estes factores sejam saudáveis para o crescimento de longo prazo, não os podemos ignorar no contexto da nossa estratégia de investimento. Nesse contexto económico e considerando um rendimento liquido esperado negativo, continuamos a estar significativamente subexpostos (“underweight”) a obrigações governamentais e a obrigações de empresas “investment grade”. Favorecemos nesta conjuntura as obrigações “crossover “ (de BBB- a BB-), obrigações de mercados emergentes em moeda forte (“hard currency”) e obrigações convertíveis que mesmo sendo de maior risco, oferecem um perfil de risco/rentabilidade atractivo. Do lado das acções, mantemos uma abordagem conservadora e uma subexposição a esta classe de activos. De um ponto de vista macroeconómico, esta subexposição merecia ser mais pronunciada, mas factores técnicos e fluxos de liquidez fazem com que sejamos mais cautelosos no aumento desta subexposição. Em termos de exposição geográfica, favorecemos o mercado europeu que deverá beneficiar da depreciação cambial e dos efeitos ligados a um maior potencial de reestruturações de capital e de uma maior actividade ao nível das operações de fusão e aquisição. Se de um ponto de vista macroeconómico, a situação não esta bem encaminhada, há aspectos microeconómicos e técnicos que parecem sustentar os Mercados financeiros. 4 Quarterly Insight CBH Asset Management OBRIGAÇÕES GOVERNAMENTAIS 1 - 5 anos USD EUR TAXA DE JURO A 5 ANOS Source: CBH, Bloomberg Financial L.P. No primeiro trimestre assistimos a uma queda adicional dos rendimentos das obrigações governamentais de curto prazo, especialmente no inicio deste período, quando os mercados financeiros se caracterizavam por uma maior aversão ao risco, motivada por preocupações macroeconómicas acrescidas, medos associados a uma eventual recessão, baixa dos preços das matérias-primas, pressões deflacionistas e guerras cambiais. De um modo geral os principais bancos centrais adoptaram discursos mais expansionistas (FED, BoE) e em alguns casos adoptaram medidas expansionistas acompanhadas de medidas nãoconvencionais (BoJ, BCE). Esperamos que os rendimentos das obrigações governamentais de curto prazo permaneçam em níveis bastante deprimidos. Considerando a actual conjuntura de crescimento moderado e a ausência de pressões inflacionistas, os bancos centrais não têm pressa para aumentar as taxas de juro. Até mesmo o FED, que começou o ciclo de normalização das suas taxas de juro no final do ano passado, parece estar a adoptar uma abordagem de “esperar para ver”. O ritmo dos aumentos da taxa de juro (e o famoso “dot plot”) é provável que seja menor que o inicialmente indicado. Portanto, nesta conjuntura de rendimentos zero, consideramos que as obrigações governamentais de curto prazo são uma classe de activos com um perfil de risco/rentabilidade que não é interessante para os clientes. 5 - 10 anos USD EUR Os desenvolvimentos macroeconómicos moderados e bancos centrais relativamente expansionistas continuarão a manter os rendimentos dos prazos mais longos a níveis significativamente deprimidos por mais tempo, mesmo se estamos provavelmente em território sobreavaliado se tivermos em conta os desenvolvimentos em termos de fundamentais dessas economias. Contudo, pensamos que o risco de um “upside” potencial dos rendimentos não deve ser subestimado no curto prazo, e aos níveis actuais de baixos rendimentos, poderá gerar um impacto negativo importante em termos de valorização a níveis de mercado (mark-to-market). Nos EUA, para as taxas a 10 anos, esperamos um “trading range” de 1.80 a 2.25% no próximo trimestre . Em geral, a situação do emprego é relativamente boa. Na Europa, o BCE cumpriu os seus planos , mas também indicou claramente que agora esta confortável com a actual política monetária. Além disso, o risco de “upside” potencial poderá vir de desencontros – (o 2o trim. de 2016 será um período « pico » na emissão de obrigações soberanas da UE, em que os volumes das novas emissões deverão ultrapassar o volume de compras do BCE). Deveremos apenas apostar nalguma compressão de “spreads” das obrigações periféricas. Tendo em conta as considerações anteriores, na parte longa das curvas soberanas, julgamos que o potencial de risco/rendibilidade não é interessante para clientes com um perfil de « Buy-and-Hold » , excepto para objectivos de cobertura « hedging », especialmente considerando os riscos de uma maior duração (duration) com um potencial limitado de « Yield pick-up ». 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0% 00 02 04 06 08 10 12 14 16 -1% US Euro IT UK CH Average CURVA ACTUAL ALEMANHA E MÉDIA A 20 ANOS Source: CBH, Bloomberg Financial L.P. Current 5% Average 20Y 4% 3% 2% 1% 0% 2Y 3Y 5Y 10Y 30Y -1% CURVA ACTUAL EUA E MÉDIA A 20 ANOS Source: CBH, Bloomberg Financial L.P. 5% Current Average 20Y 4% 3% 2% 1% 2Y 3Y 5Y 5 10Y 30Y Quarterly Insight CBH Asset Management 0% OBRIGAÇÕES “INVESTMENT GRADE” 1 - 5 anos GRÁFICO DE DÍVIDA “INVESTMENT GRADE” Source: CBH, Bloomberg Financial L.P. As obrigações « investment grade » de uma forma geral não ficaram imunes ao forte aumento da aversão ao risco ocorrida na primeira metade do ultimo trimestre. Os rendimentos aumentaram fortemente e os “spreads” alargaram drasticamente, mas o facto de as preocupações com o ambiente macroeconómico global se terem entretanto dissipado e de se ter assistido a uma estabilização dos preços das matérias-primas contribuíram a partir desse momento para a recuperação de mercado desta classe de activos. 5% 4% 3% Nós aumentámos as posições em emitentes de qualidade a níveis de rendimento mais atractivos. Continuamos a gostar desta classe de activos, onde os fundamentais permanecem relativamente bons e os riscos de refinanciamento são de certa forma limitados. Além disso, as politicas expansionistas dos bancos centrais deverão manter os rendimentos em níveis reduzidos, o que beneficia no curto prazo as obrigações do sector não-financeiro. 2% 1% 0% 1-5Y 5-10Y US 10+Y Continuamos a preferir as obrigações denominadas em USD em relação as denominadas em EUR. Isto prende-se com o maior rendimento/ « carry » e uma relativa melhor liquidez das primeiras. Será também de referir que as obrigações europeias do sector não financeiro tiveram um forte aumento na sequencia da ultima reunião do BCE, em que o banco anunciou que iria começar a comprar também obrigações do sector não-financeiro num futuro próximo. Se considerarmos o investimento em obrigações europeias do sector não-financeiro para prazos curtos , após deduzidos os “fees”, então confrontamo-nos com uma espécie de “missão impossível”: Os investidores são obrigados a aumentar a duração ou a assumir maior risco de crédito. Europe RETORNO TOTAL DE OBRIGAÇÕES “INVESTMENT GRADE“ Source: CBH, Bloomberg Financial L.P. 50% Em termos de risco de crédito, num portfólio de obrigações global diversificado,, continuamos a focar-nos no segmento de crédito “crossover”: na parte inferior do “investment grade” (BBB) ou emitentes de qualidade “high yield” (BB). US IG 5-10Y 45% EUR IG 5-10Y 40% 5 - 10 anos 35% 30% USD EUR Geralmente, preferimos adoptar uma abordagem em matéria de duração relativamente moderada nos portfólios, considerando a actual conjuntura de baixos rendimentos e o facto de termos curvas de rendimento quase planas (i.e. optarmos por uma maior duração não é suficientemente remunerado em termos de obtenção de maior rendimento, em nossa opinião). Como anteriormente mencionado, favorecemos as obrigações denominadas em USD em relação as denominadas em EUR. 25% 20% 15% 10% 5% 0% USD EUR 10 11 12 13 14 15 16 Lembramos os investidores que os riscos associados aos instrumentos de taxa fixa são maiores que no passado. Se não concordamos necessariamente com o cenário de “bolha” , esses riscos subsistem. Estamos numa fase avançada do ciclo e as políticas dos bancos centrais estão a ter um impacto na liquidez dos mercados. Isto significa “spreads” entre os preços de compra e venda mais alargados. Notamos, uma clara descorrelação entre os rendimentos das empresas de maior e menor qualidade. Uma selecção de crédito criteriosa e estratégias de forte convicção também permitirão ao investidor poder adoptar uma perspectiva de longo prazo. Os investidores colherão os benefícios do rendimento proporcionado por cupões sólidos assim que a situação regresse a normalidade. 6 Quarterly Insight CBH Asset Management OBRIGAÇÕES «HIGH YIELD» 1 - 5 anos USD EUR GRAFICO DE OBRIGRAÇÕES “HIGH YIELD” As obrigações “High Yield” viveram uma autêntica montanha russa durante o primeiro trimestre deste ano. O colapso nos preços das matérias-primas teve um impacto negativo particularmente importante nesta classe de activos. Na realidade, os sectores mineiro e energético têm um peso relativamente importante nos índices “High Yield”, especialmente nos EUA. Source: CBH, Bloomberg Financial L.P. 9% 8% 7% Este sentimento negativo impactou não somente as obrigações “high yield” de longo prazo mas também as de prazos mais curtos, que normalmente são mais resilientes. Beneficiamos por isso do que consideramos ser uma deslocação de mercado para aumentar as posições em emitentes “high yield”. Esta provou ser uma estratégia rentável quando o sentimento de mercado mudou por volta de meados de Fevereiro quando começámos a ver melhorias incrementais ao nível de um leque variado de assuntos globais (preços de energia, China, sector bancário, etc.). 6% 5% 4% 3% 2% 1% Mantemos a nosso abordagem relativamente cautelosa para o segmento “High Yield”,, mas julgamos que as actuais valorizações compensam de forma adequada o risco inerente a este tipo de investimentos. 5 - 10 anos 1-5Y 5-10Y US 0% 10+Y Europe USD EUR As obrigações “high yield” de longo prazo estiveram sujeitas a deslocações mais fortes durante o ultimo trimestre. Acreditamos que alguns destes movimentos de pânico foram exagerados. Se analisarmos as obrigações “high yield” como classe de activos mais de perto verificamos que na realidade se trata de uma classe heterogénea. Energia, metais e o sector mineiro testemunharam um maior alargamento de “spreads” dentro da classe “high yield” e também registaram o maior número de conversões de títulos “distressed” e incumprimentos durante o ultimo trimestre. RETORNO TOTAL DE OBRIGAÇÕES “HIGH YIELD” Source: CBH, Bloomberg Financial L.P. 80% US HY 5-10Y E por esta razão que continuamos a considerar que a classe de activos “high yield” é atractiva (melhor risco/rentabilidade) para os investidores de longo prazo capazes de suportar a volatilidade associada a este tipo de investimento. A taxa de incumprimento espera-se que venha a ser elevada este ano (cerca de 5%) , mas acreditamos que isto já esta descontado no preço. Nesta classe de activos heterogénea , emitentes “high yield” seleccionados continuam a apresentar perfis de crédito fortes. Considerando as suas relativamente baixas probabilidades de incumprimento, achamos que os seus preços estão baratos, tornando os seus rendimentos atractivos. Os mercados parecem partilhar a nossa visão, com os influxos a começarem a aumentar de novo. O “high yield” europeu parece-nos uma classe de activos mais conservadora, se comparada com os EUA, devido à sua maior diversificação sectorial. Investir em High Yield requere fortes competências em matéria de selecção de crédito e uma maior diversificação das suas posições. Por esta razão continuamos a defender ser-se bastante selectivo quando se investe em “high yield” e utilizarem-se fundos por forma a aumentar a diversificação. Finalmente continuamos a favorecer uma abordagem de curto prazo, especialmente considerando que a tentativa de se atingir o fundo ainda pode demorar algum tempo a materializar-se e de ser bastante provável que a volatilidade esteja para ficar. 70% EUR HY 5-10Y 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 10 11 12 13 7 14 15 16 -10% Quarterly Insight CBH Asset Management OBRIGAÇÕES DOS MERCADOS EMERGENTES Moeda forte RETORNO TOTAL DE OBRIGAÇÕES DOS MERCADOS EMERGENTES Source: CBH, Bloomberg Financial L.P. As obrigações de mercados emergentes atravessaram uma fase turbulenta no inicio do ano, bem como muitos outros activos de risco. Os “spreads” mantiveram-se num padrão de alargamento até meados de Fevereiro, mas foram depois fortemente impulsionados por um “não tão gradual” regresso do apetite pelo risco num contexto de recuperação dos preços do petróleo, melhoria geral do sentimento do mercado e a ocorrência de influxos positivos para activos de mercados emergentes. 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% -5% -10% Local CCY -15% Hard CCY -20% 11 12 13 14 15 16 RETORNO TOTAL DAS MOEDAS “BRIC” VS USD Source: CBH, Bloomberg Financial L.P. 20% 10% 0% -10% -20% -30% -40% BRL -50% RUB INR -60% CNY 11 Moeda local 12 13 14 15 16 -70% Enquanto os “spreads” apertaram de forma significativa, estrategicamente continuamos a acreditar que os rendimentos das obrigações de mercados emergentes de qualidade, continuam a oferecer prémios injustificadamente elevados quando comparados com os das obrigações de mercados desenvolvidos , especialmente numa conjuntura que aparentemente regressou à norma desde finais de Fevereiro. Neste sentido, mantemos uma visão positiva em relação aos instrumentos de taxa fixa de mercados emergentes em moeda forte, como classe de activos. Tendo dito isto, mais uma vez sublinhamos que as obrigações de mercados emergentes em moeda forte foram sempre e continuam a ser uma classe de activos bastante heterogénea, com alguns países a apresentar perspectivas macroeconómicas animadoras enquanto outros (i.e. os produtores de matérias-primas) estão claramente a passar um mau bocado devido a pressões externas e internas. Nessa medida, focamo-nos em emitentes com balanços fortes, que geram “cash-flows” significativos ou que caso seja necessário possam beneficiar de um forte apoio soberano. Não deixa de ser notável em nossa opinião, que se encontrem ainda atractivos perfis risco/rentabilidade na Rússia, Turquia e Brasil, só para nomear alguns, apesar de perspectivas macro drasticamente diferentes para esses países. Como regra mantemos o nosso mantra de manter a duração relativamente curta ( na parte inicial e no meio da curva) no que concerne ao investimento em posições individuais de obrigações. Continuamos em busca de oportunidades em países com fundamentais macroeconómicos com tendência a melhorar , tais como o México e alguns países da região Asia Pacifico. Os mercados de taxa fixa em moeda local também recuperaram fortemente desde meados de Janeiro e estão esperamos a exibir sinais de estabilização, em linha com o que consideramos como o atingir de um fundo para as cotações de certas matérias-primas, às quais algumas divisas emergentes estiveram fortemente correlacionadas num passado recente. Parece-nos que os rendimentos ( reais ) elevados oferecidos por algumas divisas emergentes (BRL, TRY) e as valorizações relativamente modestas associadas as divisas dos países emergentes mais sólidos (i.e. Asia) fazem com que sejam uma proposta de investimento atractiva para um investidor que esteja pronto a assumir riscos mais elevados. Contudo estrategicamente, permanecemos cautelosos na classe de activos de instrumentos de taxa fixa de mercados emergentes (em moeda local), pois sentimos que qualquer melhoria duradoura no sentimento de mercado terá de ser precedida por uma estabilização secular nas tendências dos preços das matériasprimas, especialmente os associados a energia/industria/ metais preciosos. Para o investidor que deseje alocar algum risco nesta temática, sugerimos a utilização de veículos diversificados (fundos) . 8 Quarterly Insight CBH Asset Management ACÇÕES América do Norte O primeiro trimestre de 2016 comportou-se mais ou menos em linha com as nossas expectativas, com excepção do USD que se desvalorizou em relação a maioria das principais divisas, ajudado pela comunicação “expansionista” da FED. Como consequência, o mercado de acções Norte-Americano beneficiou de um efeito cambial positivo e apresentou uma performance bastante resiliente apesar da conjuntura desfavorável. Neste contexto, as nossas perspectivas não se alteraram. Continuamos a acreditar que as acções Norte-Americanas não quebrarão novos altos sem que exista um novo catalisador. Hoje , o sector energético permanece frágil apesar de alguns sinais de recuperação de preços, os ganhos continuam a ser revistos em baixa e as valorizações continuam caras tendo em conta a métrica P/E Schiller. Uma dinâmica positiva proveio dos sectores mais defensivos (Telecoms e Utilities com uma subida superior a 2 dígitos YTD) mas as pesadas infra-estruturas destes 2 sectores poderão funcionar como um travão significativo à medida que as taxas de juro forem progressivamente aumentando. Adicionalmente, dada a falta de visibilidade em relação ao crescimento global e os actuais elevados rendimentos da divida abaixo do “Investment Grade“, os investidores tenderão de momento a favorecer os investimentos em obrigações “High Yield” Norte-Americanas. MSCI USA vs P/E RATIO Source: CBH, Bloomberg Financial L.P. 35 250% 30 200% 25 150% 20 100% 15 50% 10 96 98 00 02 04 06 08 MSCI USA 10 12 14 16 0% PE Ratio Por isso, mantemos uma postura conservadora em relação às acções Norte-Americanas, especialmente para o segundo trimestre, que é ligeiramente positiva para o mercado accionista. Europa Na Europa, o mercado accionista caracterizou-se por uma alta volatilidade, fazendo com que a respectiva performance fosse abaixo das nossas expectativas. Na realidade, como o nosso cenário cambial estava errado, o efeito positivo esperado derivado de uma depreciação do EURO não se materializou, e o DJ Eurostoxx 50 teve uma performance significativamente inferior à do índice Norte-Americano. MSCI EUROPE VS EUROZONE PMI Source: CBH, Bloomberg Financial L.P. 1.7 140% 1.6 120% 100% 1.5 Referimos de novo que a situação macro actual não mudou. Os principais indicadores económicos têm melhorado a um ritmo muito baixo mas regular. Adicionalmente o BCE anunciou recentemente uma nova vaga expansionista da sua política monetária, demonstrando a sua firme vontade de apoiar a economia da zona EURO e se necessário recorrendo a instrumentos monetários não-convencionais. 1.4 Apesar das revisões dos ganhos em baixa nos últimos trimestres, acreditamos que uma vez que se materialize o desfasamento de politicas ( “policy gap”) em relação à reserva federal NorteAmericana, as acções europeias deverão beneficiar da competitividade cambial. Além disso o mercado europeu apresenta-se favorável para as actividades de fusão e aquisição bem como para os esforços de optimização de capital. 1 80% 60% 1.3 40% 1.2 20% 1.1 0% 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 Europe (lag 9 mths) -20% EURUSD Por estas razões, mantemos a nossa recomendação de sobre- ponderar o velho continente pois continuamos a entender que o mercado accionista europeu oferece um perfil de risco/rendibilidade muito atractivo. 9 Quarterly Insight CBH Asset Management ACÇÕES (ÁSIA E PAÍSES EMERGENTES) Japão Ásia Pacífico (ex Japão) MSCI ASIA (ex Japan) e TOPIX Source: CBH, Bloomberg Financial L.P. 100% Apesar da política de taxas de juro negativas do BoJ (NIRP), o mercado accionista Japonês foi bastante decepcionante desde o inicio do ano, com o MSCI Japão a recuar mais de 10%. Asia Pacific (ex Jap) 80% Hoje, no que toca ao Japão assiste-se a um esfriar das criticas à NIRP e julgamos que o banco central irá, numa economia em abrandamento, cortar adicionalmente as taxas de referência. As acções japonesas poderão num momento inicial transaccionar em níveis mais elevados, mas atendendo à ausência de um momentum positivo e ao impacto negativo do IVA, acreditamos que no final, o mercado estagnará numa conjuntura mista. Por estas razões decidimos reduzir a nossa alocação ao Japão. Japan 60% Japan (in $) 40% 20% 0% China Mercados Emergentes -20% -40% 11 12 13 14 15 16 RETORNO TOTAL DAS ACÇÕES DE MERCADOS EMERGENTES Source: CBH, Bloomberg Financial L.P. Em relação à América Latina, o índice de actividade económica do banco central brasileiro aponta para uma depressão que se vai agravar, com um PIB anual em contracção de 3.7% como o cenário mais provável para este ano. O desemprego crescente, salários reais em forte queda e o volume de crédito pessoal tiveram já um efeito combinado negativo sobre os sectores do retalho e industrial. A reduzida confiança das empresas está também a condicionar quer a oferta quer a procura de serviços. O facto de a actividade do banco central ter diminuído apesar de uma retoma da produção industrial em Janeiro é um indicador de que a recessão está a alastrar, não se confinando ao sector manufactureiro. 60% 40% 20% 0% -20% -40% -60% -80% Foi um inicio bastante turbulento para a China em 2016. Mercados em queda, um Yuan que se foi enfraquecendo e erros de política económica produziram efeitos combinados negativos. Desde então, o esforço concertado dos decisores políticos restaurou uma ligeira estabilidade nos mercados e o primeiro-ministro Li Kequiang prometeu expandir os estímulos para manter o crescimento acima dos 6.5% para este ano. Adicionalmente o banco popular da China quebrou o seu silêncio em relação ao Yuan, que por sua vez recuperou parte das perdas face ao dólar Norte-Americano. Se isto representa a nova norma, o início de uma subida sustentada, ou a calmaria antes da tempestade, ainda está para ser visto. China Em. Europe 11 12 LATAM Russia 13 14 15 16 Na Índia, as expectativas inflacionistas beneficiaram da queda do preço do petróleo. Entretanto o Ministério das Finanças alcançou o seu objectivo orçamental pelo segundo ano consecutivo e manteve o objectivo de 3.5 % para o ano financeiro de 2017 com uma assunção razoável para o crescimento económico e um apropriadamente baixo crescimento do rácio de gastos versus receitas. Desta forma, o Banco de Reserva da Índia sinalizou a sua vontade de cortar adicionalmente as taxas de juro se as condições o permitirem. Acreditamos que é ainda muito cedo para se regressar de uma forma significativa aos Mercados Emergentes. Contudo, decidimos que a altura de apontar para uma área especifica como a Índia se está claramente a aproximar. Por esta razão decidimos fazer um “upgrade” na nossa recomendação e alterar a alocação aos mercados emergentes de fortemente subponderada para ligeiramente subponderada. 10 Quarterly Insight CBH Asset Management OURO Ouro Outros investimentos TAXA DE CRESCIMENTO ANUAL DO PIB DOS BRICS O primeiro trimestre 2016 conseguiu ultrapassar a maioria das previsões dos analistas para o ouro, até as mais optimistas. Na realidade desde o início do ano, o ouro aumentou 15% em relação à maioria das principais divisas. Chegou a transaccionar acima dos USD 1’250, fazendo com que o ouro fosse uma das classes de activos que melhor se comportou no ultimo trimestre. Source: CBH, Bloomberg Financial L.P. 2010 China 2015 De facto, num dos piores arranques do ano de sempre dos mercados accionistas e de um aumento da aversão ao risco, a procura de investimento do ouro disparou e quebrou a sua tendência baixista de longo prazo. O valor total conhecido dos ETF’s aumentou 21% (em toneladas) no primeiro trimestre, para o máximo dos últimos 12 meses. India South Africa Acreditamos que esta forte subida do ouro foi exagerada e mantemos a nossa visão negativa sobre as perspectivas do metal dourado. Tecnicamente, o ouro não deverá quebrar os seus altos recentes e deverá consolidar em torno dos USD 1'200 a onça. A ainda frágil procura ligada à joalharia na Índia e na China levantaram interrogações sobre a sustentabilidade da recente forte subida do ouro. A procura fundamental está demasiado dependente das compras efectuadas pelos bancos centrais dos países emergentes e especialmente do banco central chinês (o PBoC representou mais de 40% das compras pelos bancos centrais a nível global em 2015). Russia Brazil -5% 0% 5% Neste contexto, mantemos a nossa visão pessimista para os próximos trimestres e sugerimos àqueles que tenham beneficiado desta recente subida para encaixarem os ganhos respectivos. 10% OURO e OUTROS INVESTIMENTOS Source: CBH, Bloomberg Financial L.P. PETRÓLEO 40% O petróleo teve um inicio do ano muito volátil. Num primeiro momento os preços caíram para cerca de USD 25/barril, aumentando as perdas em cerca de 30% adicionais antes de se assistir a uma forte recuperação até aos USD 40/barril o que constitui um máximo dos últimos 4 meses. 20% 0% O anuncio de que vários países não-membros da OPEP participariam na reunião da OPEP prevista para finais de Abril para discutir um eventual não-aumento da produção, sustentou a recuperação do preço do petróleo tal como a depreciação do dólar norte-americano face às principais divisas dos países produtores de matérias-primas contribuiu de igual modo para a recente subida dos preços. Apesar de um crescimento saudável da procura de petróleo liderado pelos E.U.A. e pelos mercados emergentes, as condições de excesso de oferta continuam a penalizar o ouro negro. Admitimos que o reequilibrar do mercado global de petróleo começou e continuará enquanto os preços WTI permanecerem suficientemente baixos para pôr pressão sobre os produtores norte-americanos de petróleo de xisto. -20% -40% Gold HF Index WTI Oil Price Global Commodity 11 12 -60% 13 14 15 16 -80% Contudo, sem uma redução significativa da produção da OPEP e considerando a entrada potencial do Irão no mercado internacional de petróleo, acreditamos que uma continuação da actual subida de preços não é provável. Neste contexto, achamos que os preços do petróleo deverão consolidar em torno dos USD 40/barril. 11 Quarterly Insight CBH Asset Management PREVISÕES DO MERCADO CAMBIAL OUTRAS MOEDAS MOEDAS PRINCIPAIS A tabela infra, fornece uma visão geral da previsão de mercado para as principais moedas. A mesma, é composta por dezenas de opiniões de prestadores individuais, oferecendo uma abordagem consensual. As previsões representam um valor médio e a totalidade das suas avaliações, correspondem ao fim do trimestre em análise. Último Q216 Q316 Q416 Q117 Q417 EURUSD EURCHF EURGBP EURJPY EURNOK USDCAD USDCHF USDJPY USDCNY GBPUSD NZDUSD AUDUSD 1.13 1.09 0.80 123 9.31 1.29 0.97 108 6.48 1.42 0.69 0.77 1.10 1.09 0.78 125 9.40 1.34 0.99 114 6.55 1.42 0.65 0.74 1.10 1.10 0.75 127 9.30 1.33 1.00 115 6.61 1.44 0.64 0.73 1.09 1.10 0.74 128 9.20 1.33 1.02 118 6.70 1.46 0.64 0.72 1.10 1.12 0.74 128 9.15 1.32 1.04 118 6.68 1.47 0.63 0.72 1.10 1.15 0.74 131 8.88 1.30 1.03 120 6.75 1.50 0.65 0.74 USDMXN USDBRL USDARS USDTRY USDILS USDHKD USDINR USDRUB USDPLN 17.6 3.53 14.04 2.85 3.77 7.76 66.5 67.3 3.80 17.7 3.75 15.15 2.95 3.82 7.76 67.5 70.0 3.88 17.5 3.85 16.00 2.98 3.84 7.76 68.0 69.6 3.89 17.5 3.98 16.75 3.00 3.94 7.76 68.0 70.8 3.94 17.4 4.05 17.63 3.10 4.00 7.76 67.8 70.0 3.92 16.8 4.02 18.35 3.01 3.90 7.77 67.5 68.0 3.83 Source: CBH, Bloomberg Financial L.P. 12 Quarterly Insight CBH Asset Management 13 Quarterly Insight CBH Asset Management RETORNO Cash Obrigações governamentais Obrigações "investment grade" Obrigações "High Yield" Mercados Emergentes Convertíveis Nome QTD * YTD 2015 2014 2013 2012 2011 LIBOR 3m Total Return EURIBOR 3m Total Return 0.2% 0.0% 0.2% 0.0% 0.3% 0.0% 0.2% 0.2% 0.3% 0.1% 0.5% 0.6% 0.3% 1.3% US 1-5 1.5% 1.5% 1.0% 1.3% -0.2% 0.9% 3.4% Eurozone 1-5 0.5% 0.5% 1.1% 3.6% 2.2% 6.5% 0.8% US 5-10 4.0% 4.0% 1.9% 6.3% -4.5% 3.4% 12.8% Eurozone 5-10 2.9% 2.9% 2.0% 14.5% 3.4% 14.3% 1.9% USD Corp 1-5 1.7% 1.7% 1.2% 1.9% 1.6% 5.9% 3.0% EUR Corp 1-5 1.0% 1.0% 0.6% 3.6% 2.3% 8.2% 2.8% USD Corp 5-10 4.0% 4.0% 0.6% 7.6% -1.5% 11.6% 8.1% EUR Corp 5-10 3.5% 3.5% -0.9% 12.2% 2.1% 19.1% 2.7% USD Corp 1-5 2.9% 2.9% -2.7% -1.1% 7.8% 13.1% 3.9% EUR Corp 1-5 1.3% 1.3% -0.2% 3.7% 7.6% 22.0% -0.5% USD Corp 5-10 4.0% 4.0% -3.8% 2.1% 6.1% 14.6% 6.3% EUR Corp 5-10 2.6% 2.6% 0.8% 7.4% 9.8% 30.1% -2.9% Hard currency 5.2% 5.2% -0.3% 5.6% -3.4% 15.7% 6.4% Local currency 10.8% 10.8% -14.3% -5.2% -8.3% 17.5% -2.0% Chinese Yuan 3.2% 3.2% -2.1% 0.4% 6.9% 7.9% 0.0% 0% 0% 0.7% 2% 18% 11% -6% 0% -8% 0% -8% -0.8% 5.5% 11% 4% 30% 16% 14% 13% 0% -11% -13% -13% 8.1% 8% 52% 19% -21% 2% 2% -11.3% 2% 1% 19% -19% -10% -10% -7.0% 62% -15% 11% -19% 5% 5% -17.0% -5% -5% 15% -20% -2% -23% 18% 0% 16% 2% 1% 4% -2% -23% 18% 0% 16% 2% 1% 4% -3.6% -5.2% -5.5% -24.7% -10.6% -26.9% -15.7% -30.5% -1% 40% 14% -17% -1% -7% -9% -46% 7% -24% 5% -10% -28% -14% -14% 7% 4% -23% -34% -1% 7% 1% 4% -7% -9% 32% -2% -13% 10% -24% -14% 8% -4% 4% -4% 4% 9.3% -15.6% 13% -12% 0% -8% -1% 3% 1% -10% 5% 5% -10.2% -12% 4% 2% -3% British Pounds -2% -2% -5.4% -6% 2% 4% 0% Sw iss Francs 4% 4% -0.6% -11% 3% 3% 0% Japanese Yen 7% 7% -0.3% -12% -18% -11% 6% Australian Dollar 5% 5% -10.7% -9% -14% 2% 0% Convertíveis Globais North America Europe Acções Japan Asia Pacific (ex Japan) China Emerging Markets Outros investimentos HFRX Alternative VIX G7 Currency Volatility DJ Global Commodity Gold Industrial metals Agriculture index WTI Oil Dollar Index EM Currency Index Moedas (vs. $) Euro * Último trimestre ** Desde o início do ano Source: CBH, Bloomberg Financial L.P. 14 Quarterly Insight CBH Asset Management Endereço geral de email [email protected] www.cbhbank.com/news-and-publications CBH - Compagnie Bancaire Helvétique SA Asset Management Boulevard Emile-Jaques-Dalcroze 7 P.O.Box 3754 CH - 1211 Geneva 3 Amos PONCINI, CFA CIO - Presidente da Gestão de Activos Vincent PERRUCHOUD, CEFA Responsável da consultoria de investimentos Kevin LIEM, CFA CIO - Ásia Corrado VARISCO, CIIA Economista & Consultor de Investimento Anton RATCHINSKI Consultor de Investimento Jimmy IP Analista de Investimentos - Ásia Erwan LE JOLLEC, CQF Gestor de fundos & Consultor de Investimento Maxime HECKEL Gestor de carteira & Consultor de Investimento Leandre SAPPINO Consultor de Investimento Ken HATAM Gestor de portefólio Isenção de Responsabilidade Esta publicação foi preparada em nome da CBH Compagnie Bancaire Helvétique SA . 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