Incidência Fraturas da Pelve
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Incidência Fraturas da Pelve
Hospital Universitário Cajuru Pontifícia Universidade Católica Paraná Métodos de Fixação para Fraturas Instáveis da Pelve • • • • Dr. Ademir Schuroff Dr. Marco Pedroni Dr. Mark Deeke Dr. Josiano Valério Fratura de Pelve • Trauma de alta energia • Representa 5- 20 % de mortalidade • Acomete mais adulto por trauma de alta energia e idosos • Geralmente são politraumatizados Incidência Fraturas da Pelve • 3% dos atendimentos na sala de emergência. Mucha, J Trauma , 1984. • 13-18 % com fraturas instáveis. Pohleman , Clin. Orthp. , 1994. • 37% Tile C Sulivan REM, JBJS Br, 2005 Estabilidade Ligamentar • • • • Sacro ilíacos anteriores Sacro tuberosos Ílio lombares Sacro espinhosos Estabilidade Ligamentar Causas de Sangramento • Plexo Venoso Lombar retroperitoneal ( maior causa ) • Lesão arterial pélvica ( 20%) • Osso esponjoso • Aumento do volume da pelve Fraturas Expostas • Exposta: maior risco de mortalidade e ou morbidade ( sepsis) • Oculta: exposição para dentro do reto e ou vagina. – Maior porcentagem infecção ( sepsis) – Exame físico ( toque retal e vaginal) Fraturas Expostas da Pelve com Lesão Vesical Procedimentos de Emergência • Parada do sangramento • Minimizar sequelas sépticas • Estabilização da fratura – mobilização precoce do paciente • Lavado peritoneal Mecanismo do Trauma • • • • Trauma antero posterior Trauma latero lateral Trauma em cisalhamento vertical Combinados Trauma Antero Posterior Compressão Latero-lateral Cisalhamento Vertical Sinais Radiológicos de Instabilidade • Desvio maior que 1 cm. • Avulsão do processo transverso de L5. • Avulsão da inserção do lig. sacro espinhoso. • Avulsão da espinha isquiática. Tile , J.B.J.S. , 1988. Estudos de Imagem • RX – AP, Inlet, Outlet • TAC: – Lesões sacrais imperceptíveis ao Rx – Comprometimento da articulação SI. “Atualmente exame de rotina” Classificações •Tile •Pennal •Young •AO Classificação Tile • Tipo A – estáveis • Tipo B – instáveis rotacional • Tipo C – instáveis vertical Tile C1 Unilateral - Malgaigne Tile C2 Bilateral Tile C3 Fratura de Acetábulo ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR Decisão da Via de Acesso • Lesão de partes moles: abrasões e feridas. • Lesões associadas : cicatrizes, colostomias, lesões de uretra/bexiga e catéter supra-púbico. • Ósseas : sínfise, ramos, acetábulo, sacro e articulção sacro ilíaca. Tratamento • Tile C – Abordar a lesão do arco posterior • “ O fixador externo não mantém a redução nas fraturas instáveis verticalmente.” Kellam, C.O. R. R. , 1988. Métodos de Estabilização • • • • • Fixadores externos Placas Barras sacras Parafusos ílio-sacros Combinados Métodos de Estabilização REGIÃO ANTERIOR ANEL - Placas – DCP / Reconstrução. 4.5 mm 2 furos / 3.5 mm 4 ou 6 furos. 1 superior se instável rotacional. 1 superior e 1 anterior se instável vertical. Fixador externo. Parafusos percutâneos. Fixação Região Anterior do Anel • Acrescenta 40% de estabilidade. • Deve ser sempre associada no tratamento das lesões posteriores. Fixador Externo • Primeira escolha no tratamento emergencial Vugt AB, JBJS Br 2006 • Reduz a mortalidade 26 para 6% Reimer , J Trauma , 1993. • Pinos supra-acetabulares são mais estáveis • Necessitam fluoroscopia para sua inserção Kim WI, CORR 1999 Placa Ílio-sacra Anterior • Indicação : fraturas da asa e luxação SI. • Visão direta. • Redução mais fácil. • Complicação : lesão de L5. Barras Sacras • Indicação : • Fraturas cominutivas do sacro Denis II ou III • Lesões posteriores bilaterais – associada parafusos • Requer 1 hemi pelve intacta Barras Sacras • Seguras e de simples colocação. • Risco de compressão com lesão nervosa para fraturas trans foraminais. • Não possuem vantagem biomecânica sobre os parafusos ílio-sacros. Varga, Injury, 1996. Parafusos Ílio Sacrais • Técnica redução fechada, percutânea, posição supina , fluoroscopia. Matta, C.O.R.R., 1987. • Baixa incidência infecção. • 25% via aberta – 0-2% percutânea • Baixa incidência pseudoartroses – 1%. Routt, C.O.R.R.,1996. • Baixa incidência lesão nervosa iatrogênica – 0%. Cole, C.O.R.R. , 1996 • Tendência atual (AAOS): Redução aberta e fixação com parafusos ílio sacros Parafusos Ílio Sacrais • Não descomprimem o hematoma • Diminui tempo cirúrgico e sangramento Routt, J ,CORR, 2000 • Redução anatômica é mandatória (aumenta área de segurança para inserção parafusos) Reilly MC, JOT 2003 Parafusos Ílio Sacrais • Usar 2 parafusos aumenta estabilidade torsional • Não há diferença significante entre uso de 2 parafusos convergentes em S1 ou 2 paralelos (S1 e S2) Zwienen CMA, JOT 2004 • Posicionamento anterior corpo S1 é mais seguro Sagi HC , JOT 2005 Parafusos Ílio Sacrais Parafusos Ílio Sacrais Parafusos Ílio Sacros • Navegação? • Tempo cirúrgico semelhante • Segurança Colline C, JOT 2005 Placas Posteriores • • • • • • Placas reconstrução de 4.5 mm Lesões unilaterais, pseudoartroses Acessos mais extensos > infecção Osteotomia Redução mais difícil Fixação indireta Fixação Vertebro-Lombar • Permite carga gradual e precoce • Procedimento complexo Schildhauer TA, JOT, 2006. • Boa opção quando associado à descompressão dos forames sacros Chapman JR, JBJS, 2004 Lesões Associadas • • • • • • • • TCE Lesões abdominais Lesões torácicas Traumas de extremidades - 60 a 80% Lesões urogenitais - 8 a 12% Lesões plexo lombossacral - 8% Instabilidade hemodinâmica - 20% Morte - 15% Lesões Associadas • Trato Genitourinário – Incidência global de 10-15%. • Uretra em 5% casos – Sangue no meato => sensibilidade 100% para diagnóstico. • Mais comum fraturas ramos bilateral e Tile B1. Lesões Associadas • Neurológico • Raízes mais comuns - L5 e S1 • Incidência global de 10-15% • Considerar somente Tile C : 40-50% • Denis II – 28,4% / III – 56,7% • Denis III – 76% dos casos terão disfunção sexual ou urinária • Tratamento – redução anatômica do anel Complicações • • • • • • Trombose venosa profunda. Trombo embolismo pulmonar. S.A.R.A. Lesão de grandes vasos. Infecção. Morel Lavalle Tseng S, JBJS, 2006 Complicações Tardias • Consolidação viciosa. • Pseudoartrose. • Dor crônica posterior. • 12 casos em 4 anos: 2 evoluíram com dor em sacro-ilíaca Cohen MT, RBO 2005 • Discrepância de membros. • Lesões nervosas. Parafusos Ílio Sacrais Cuidados com a técnica ! Hospital Universitário Cajuru • 82 Fraturas Instáveis Pelve (1997 a 2004) • 28 Fraturas do Sacro instáveis verticalmente tratadas com parafusos canulados percutâneos • Idade: 34,93 (17-63 anos) • 19 pacientes sexo masculino e 09 sexo feminino • Seguimento mínimo de 06 meses • Tempo médio de consolidação 3,3 meses Classificação TILE Freqüência % C1 C2 C3 17 05 06 60,71 17,85 21,44 Total 28 100 LESÃO ASSOCIADA TCE ABDOMINAL MEMBROS INF MEMBROS SUP NENHUMA Freqüência 7/25% 7/25% 21/75% 10/35% 07/25% Redução N° pac % 0-5mm 16 57,14 6-10mm 08 28,57 Mais 10 mm 04 14,29 Total 28 100 Hospital Universitário Cajuru • Conclusão: • 25% dor residual • 3/10% pacientes => perda de redução => 02 dor. • 1 pseudoartrose Dor prevalece como a complicação mais significativa do trauma de alta energia na região posterior do anel pélvico B.O.L, feminino, 18 anos J.M.O, masculino, 30 anos M.J.M, feminino, 21 anos A.P., FEMINIMO, 11 ANOS Fixação com 18 dias de evolução E.C.F.B., FEMININO, 41 ANOS Retorno Ambulatorial: 19° dia Pós Acidente PARAFUSO IN-OUT-IN 1a+2m PO Obrigado ! 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