Estudo da transformação massiva δ→γ em aços inoxidáveis.
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Estudo da transformação massiva δ→γ em aços inoxidáveis.
EPUSP-PMT Estudo da transformação massiva ferrita delta Æ austenita ao longo de um tratamento de têmpera Alexandre Farina Catherine Tassin, Yves Bréchet, Jean-Denis Mithieux, Hélio Goldenstein São Paulo, 03 e 04 de Julho de 2006 VII Encontro de Iniciação Científica do LFS EPUSP-PMT Origem deste Trabalho Estágio realizado na França na UGINE&ALZ – Grupo ARCELOR Æ Projeto de pesquisa da UGINE&ALZ orientado por Jean-Denis Mithieux Æ Projeto desenvolvido no Institut National Polytechnique de Grenoble - INPG Æ Ecole Nationale Supérieure d'Electrochimie et d'Electrométallurgie de Grenoble - ENSEEG Æ Laboratoire de Thermodynamique et Physico-chimie - LTPCM Æ Sob orientação do Yves Bréchet e da Catherine Tassin Æ Orientação a distância pelo Prof. Hélio Goldenstein (PMT-EPUSP) EPUSP-PMT Introdução Æ Apresentação da revisão bibliográfica Æ Cálculos termodinâmicos Æ Cálculos cinéticos Æ Proposição de um novo modelo para transformação massiva Æ Sumário EPUSP-PMT Apresentação da Revisão Bibliográfica EPUSP-PMT Histórico da Transformação Massiva Massalski 2002: ÆGenders et Bailey – 1925 ÆPhillips – 1930 ÆGreninger – 1939 } Trabalhos sobre Cu-Al Tranf. βÆαmassiva ÆChristian – 1970 Æ Primeira definição de Transf. Massiva Definição: Transformação massiva (1970): Æ Transformação de fase não difusiva Æ A fase filha apresenta a mesma composição da fase mãe Æ A difusão existe somente na escala lacunar T. B. Massalski. Metall. Trans. A v.33A (2002), pp. 2277-2283. R. Genders, G.L. Bailey. J. Inst. Met. v.33 (1925), pp.213. A.G. Phillips. Trans. AIME, v.89 (1930) pp.194 A.B. Greninger. Trans AIME v.133 (1939), pp.204 J.W.Christian : in Encyclopedia of Materials Science and Engeneering, London, 1986, pp. 3496 EPUSP-PMT Drag Effect – Origem e Modificação Æ A transformação massiva têm grande velocidade de reação Æ As impurezas reduzem a velocidade de transformação Æ Possível limite para a transformação massiva Æ Lücke e Détert 1957 – modelo para bronzes Æ J. Cahn 1962 Æ Drag Effect Æ Divisão do efeito para pequenas e grandes velocidades Æ Drag Effect de Cahn modificado por Bréchet e Purdy Æ Frenagem da interface de transformaçao dada a força de “atrito” entre a interface e a matriz Æ balanço de forças: Æ Resultante = Força de frenagem – Força Motriz K.Lücke, K. Détert. Acta Metall, v.5 (1957), pp.628-637. J. W. Cahn. Acta Metall., v.10 (1962), pp.789-798. Y. J.M. Bréchet, G.R.Purdy. Scripta Metall, v.27 (1992), pp.1753-1757. G.R. Purdy, Y.J.M. Bréchet. Acta Metall., v.43 (1995), n.10, pp.3763-3774 EPUSP-PMT Modelos Empíricos – Lacoude et Goux - 1986 γ Composition (1235°C): 9.939Cr-0.014C-0.034N δ γ γ+δ δ Composition (1235°C): 10.479Cr-0.004C-0.009N Isopletas do diagrama de equilíbrio de fases pseudo-binário para o sistema Fe-Cr-0.010C-0.024. Diagramas calculados com o ThermoCalc e a base de dados TFCE3. M. Lacoude, C. Goux. Mem. Rev. Scient. Metall. LXIII, n°10, Oct. 1986, pp. 805-834. B. Champin, C. Goux. Mem. Scient. Rev. Metall. LXVI, n°5, (1969) pp. 375-387. M. Arzalier, C. Goux. Mem. Rev. Scient. Metall. LXX, n°2 (1973), pp. 103-105. EPUSP-PMT Ano 2002 - TMS ÆHillert, Aaronson et Massalsky Æ “Nova” definição Æ As fases mãe e filha nao precisam ter RO Æ Interface incoerente e de alta energia Æ A velocidade da interface é definida pela taxa de difusão Æ Dissipaçao da energia livre – Drag Effect de Hillert M. Hillert. Metall Trans A, v.33A (2002), pp.2299-2308. H.I. Aaronson. Metall Trans A, v.33A (2002), pp.2285-2297. T. B. Massalsky. Metall. Trans. A v.33A (2002), pp. 2277-2283. EPUSP-PMT Cálculos Termodinâmicos EPUSP-PMT Diagramas de equilíbrio – Liga Fe-9.8Cr-0.010C-0.024N Æ Diagrama de equilíbrio de uma liga Æ Isopleta de equilíibrio pseudo-binária Æ Tetraédro Quaternário Æ Isoterma pseudo-ternária Æ Prisma Quaternário EPUSP-PMT Proposição do critétio da temperatura T0* ÆHillert, Aaronson et Massalski estabeleceram um limite teórico no diagrama de equilíbrio de fases para a transformação massiva : (T0, C0) Æ Necessidade de utilizar um diagrama em funçao da températura Æ Diagrama T x %X Æ Isopleta Æ Ausência de informações Æ Diagrama T x %X x %Y Æ Prisma Æ Difícil de construir Æ Diagrama GM x T Æ Fácil de construir para sistemas multi-componentes T fixada GM Composição fixada à Ttratamento=1250°C ∆Tsuper-resfriamento γmassiva γeq δeq 708 765 T0*=1189 T(°C) Ttratamento =1250°C Curvas para o aço EN10: Fe-10.83Cr-0.00168C-0.00133N EPUSP-PMT Aplicação do Critério da Temperatura T0* γ1 + δ Æ γ1 + γmass Æ α’1 + α’2 α’2 Composição de δ δeq: 1250°C – 11.2%Cr α’1 Composição de γ1 γeq: 1190°C – 10.6%Cr Equilibrium Compositions of Cr Profile of Cr at Interface 1250°C - Experimental - EN10 δ Æ γmass Æ α’2 11.600 Weigth % Cr 11.200 Weigth Fraction of Cr 11.400 0.12500 γ1 Æ α’1 11.000 10.800 10.600 W(FCC,CR) W(BCC,CR) 0.12000 0.11500 0.11000 0.10500 0.10000 10.400 0.09500 10.200 0 5 10 15 20 Distance (µm) 25 30 35 1170 1190 1210 1230 1250 1270 1290 Temperature (°C) Composição de equilíbrio para a liga EN10 calculada com o ThermoCalc e TCFE3. EPUSP-PMT Critério da temperatura T0* - Aplicação – EN10 GM Composição fixada à Ttratamento=1250°C ∆Tsuper-resfriamento γmassiva γeq δeq 708 T0*=1189 765 T(°C) Ttratamento =1250°C Profile of Cr at Interface 1250°C - Experimental - EN10 Equilibrium Compositions of Cr 11.600 0.12500 Weigth Fraction of Cr 11.400 Weigth % Cr 11.200 11.000 10.800 10.600 10.400 Composição de δ 0.12000 0.11500 0.11000 Composição de γ 0.10500 0.10000 ~60°C 0.09500 10.200 0 5 10 15 20 Distance (µm) 25 30 35 W(FCC,CR) W(BCC,CR) 1170 1190 1210 1230 1250 1270 1290 Temperature (°C) Composição de equilíbrio para a liga EN10 calculada com o ThermoCalc e TCFE3. EPUSP-PMT Cálculos Cinéticos EPUSP-PMT Perfil de tratamento térmico EPUSP-PMT DICTRA – EN10 - Homogeneização Condições de cálculo: (1) Tamanho da malha 100µm (2) Tempo de cálculo: 66h (3) Comp. = Comp. da liga (4) Estado inicial: 100%α’ (5) Transformação: α’Æγ Perfil de C Æ aproximação de α’ por α (BCC) Perfil de Cr Perfil de N EPUSP-PMT DICTRA – EN10 – Trat. Isotérmico + Têmpera Condições de cálculo: Trat. Insotérmico à 1250°C seguido de têmpera (velocidade: 50°C/s): (1) Tamanho 100µm (2) Tempo de cálculo: 30min (1250°C)+3s (50°C/s) (3) Comp. = Comp. da liga (4) Estado inicial: 100%δ (5) Transformação: δÆγ Perfil de C Perfil de Cr Perfil de N EPUSP-PMT DICTRA – EN10 – Trat. Isotérmico + Têmpera Æ Tempo: 1801.2s Æ Temperatura ~1189°C se a velocidade for = 50°C/s Profile of Cr at Interface 1250°C - Experimental - EN10 11.600 11.400 Weigth % Cr 11.200 11.000 10.800 10.600 10.400 10.200 0 5 10 15 20 Distance (µm) 25 30 35 EPUSP-PMT Proposição de um novo modelo para transformação massiva EPUSP-PMT Proposição de um novo modelo Æ Aaronson et Massalski Æ Não há necessidade de RO entre fases Æ A temperatura T0* é o limite para a tranf. massiva Æ A nucleação de interfaces é facilitada em ligas multicomponentes Æ Inclusões Æ O perfil de diffusão calculado é proximo do experimental Pergunta: é possivel nuclear uma segunda interface de transformação ? Perfil de composições γ Perfil de composições γ δ δ Ferrita hiper-temperada Cr ν Distância Distância C,N Austenita Massiva Transf. em equilíbrio Estado Inicial Estado Final Proposition d’un nouveau Modèle EPUSP-PMT γdiff γinicial γmassiva δhiper-temperada 0 12 3 2 4 ν 1 3 0 4 EPUSP-PMT Sumário EPUSP-PMT Sumário ÆUm novo modelo termodinâmico e cinético para a transformação massiva foi proposto Æ Este modelo é embasado nas concepções de Hillert, Aaronson e Massalski. Æ A validação deste modelo ainda se encontra em estudo. Æ Este modelo permite a descrição dos spikes como provenientes de uma pré-reação difusiva antes da transformação massiva. Æ Como este modelo foi desenvolvido para a transformação δÆγmassiva, é possível que ele seja modificado por reações de baixa temperatura (γÆα por exemplo). Conclusions EPUSP-PMT 8) Le modèle de la seconde interface a besoin d’être vérifié selon les conditions de nucléation de la nouvelle interface et de stabilité du produit de la transformation diffusive après la transformation, mais il peut être une explication pour les lisérés de ferrite hypertrempée. Diagramme d’équilibre de phases binaire Fe-Cr calculé avec ThermoCalc et la base de donnés BIN. EPUSP-PMT FIM