Vulva e vagina na pós-menopausa – problemas e soluções

Transcrição

Vulva e vagina na pós-menopausa – problemas e soluções
TROCANDO IDÉIAS XIX
6 e 7 de agosto de 2015
Windsor Flórida Hotel - Rio de Janeiro - RJ
Vulva e vagina na pós-menopausa:
problemas e soluções
Isabel do Val
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Profª Adjunta Ginecologia –UFF
Presidente da ABPTGIC- Cap RJ
Chefe Amb. Patologia TGI e Colposcopia-UFF
Fellow ISSVD
Board Member IFCPC
VAGINITE ATRÓFICA
SINTOMAS
Desconforto
 Queimação
 Prurido
 Dispareunia

VAGINITE ATRÓFICA
SINAIS
Vagina lisa
 Mucosa pálida
 Hiperemia
 Petéquias

VAGINITE ATRÓFICA
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS

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


pH vaginal 6,5
Ausência de parasitas
Presença de leucócitos
Presença de células Basais e Parabasais
Ausência de células superficiais
TRATAMENTO
ESTROGÊNIO TÓPICO
Vaginite Descamativa
Conceito
Vaginite:
•Erosiva
•Purulenta
•Caráter crônico
EPIDEMIOLOGIA
• Etiologia ainda obscura.
• 70% das culturas vaginais
estreptococos ß hemolítico
• ↑ prevalência na perimenopausa
Sobel J, 1999
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
• Eritema e edema
vaginal difuso
• Secreção vaginal
purulenta abundante
• “Rash” em pontos
cervical e ou vaginal
• pH alcalino (> 6)
• Dispareunia
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
MICROSCOPIA
• Esfoliação vaginal intensa com predomínio das
células parabasais e basais TOXINLIKE
• Substituição da flora lactobacilar por cocos grampositivos e bacilos gram-negativos
• Polimorfonucleares em grande quantidade
(neutrófilos)
ETIOLOGIA INFECCIOSA
•Resposta a Clindamicina
• Presença maciça de leucócitos
• Predomínio células profundas
ESFOLIAÇÃO = TÓXICO
• Flora anormal de cocos gram +
Sobel J, 1999; 2000
Terapia Inicial:
TRATAMENTO
CLINDAMICINA creme 2% - 5 g via vaginal ao deitar por
14 noites.
Resposta insatisfatória:
CLINDAMICINA creme 2% associado a supositório de
hidrocortisona 25 mg ao deitar em dias alternados = 14 doses.
Se não houver resposta:
Hidrocortisona 10% (100 mg) + clindamicina 2% em creme5 g via vaginal ao deitar em dias alternados= 14 doses.
Depois diminuir para 3 x/semana, diminuindo
progressivamente.
Questões para uso Clindamicina
• Cocos gram + e flora anaeróbica
• Nenhuma resposta ao Metronidazol
• Potente inibidor de toxina dos estafilo e estreptococos
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Líquen plano erosivo vaginal
• Vaginite atrófica
VULVA NA PÓS MENOPAUSA
Lesões vermelhas
Diagnóstico
• Líquen plano erosivo
Tratamento
• Dermocorticóide grau I (Proprionato de Clobetasol ou
Dipropionato de Betametasona), grau II (Valerato de
Betametasona)
• Corticóides sistêmicos = indicados em casos pouco
responsivos.
• Tacrolimus tópico 0,1% (PROTOPIC) e Pimecrolimus
(ELIDEL)- anti-inflamatório não-esteróide. Equivale aos
corticóides de níveis III e IV.
As infecções fúngicas
Tínea Cruris
Trichophyton rubrum
Candidíase Cutânea
• Mais inflamada
• Borda periférica infiltrada
Lesões pigmentadas
Angioqueratoma
Lesões hipocrômicas
Qual LE devemos ter atenção?
NIV Diferenciada - Associada ao líquen escleroso
Tratamento Clínico
Corticosteróides tópicos
potentes ou superpotentes :
Propionato clobetasol ou dipropionato
betametasona
•Tratamento de ataque
– 1x/dia por 1 mês
– 3x/semana no 2º mês
– 2x/semana no 3º mês
•Manutenção = semanal por 3 meses
•Trocar menos potente-Valerato
betametasona.
•Uso de acordo com necessidade
Efeitos colaterais:queimação, atrofia
epitelial
• Ação: antiinflamatória
antipruriginosa
vasoconstrictora
• Melhora clínica e
histológica.
• Pomada: mais
oclusivas. Menos
alergenas.
Razões para tratar
Prevenção da transformação maligna
• Risco câncer é de 4 a 6% em
10 anos.
NÃO FOI AVALIADO EM
RELAÇÃO A PACIENTES
TRATADAS E NÃO TRATADAS
OU EM DOENÇA NÃO
DIAGNOSTICADA
(ASSINTOMÁTICA)
• 60% dos cânceres de vulva
apresentam LE no tecido
adjacente
Gynecol Oncol Pathol 1997;9:63
Br J Obstet Gynecol 1990;97:1135