Mario Sepi - Europa.eu
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Mario Sepi - Europa.eu
ISSN 1830-6365 Dezembro 2008/10 PT — Edição especial CESE info EDITORIAL Caro leitor, Os próximos dois anos serão cruciais para a Europa e os seus cidadãos. Para além da histórica crise financeira que estamos a atravessar, a Europa terá uma nova Comissão, um novo Parla‑ mento, e esperamos um novo Tratado. Teremos de discutir a nova Estratégia de Lisboa e temas fundamentais para os cidadãos europeus e para o nosso futuro. Para o Comité, significa isto que vamos estar confrontados com um contexto de mudança, te‑ mos que cultivar a nossa imagem e a comunicação será extremamente importante para o efeito. Como vice‑presidente para a Comunicação, salientarei cinco ac‑ ções alicerçadas no trabalho dos nossos predecessores. Em primeiro lugar, temos que continuar a desenvolver os nossos contactos com as outras instituições. No contexto do Grupo Interinstitucional da Informação, já nos reunimos com a vice‑presidente da Comissão, Margot Wallström, o vice‑presidente do Parlamento Europeu, Alejo Vidal Quadras, bem assim com o ministro francês para os Assuntos Europeus, Jean‑Pierre Jouyet, para discutir as prioridades da comu‑ nicação em 2009 — o Ano da Criatividade e Inovação#—, a saber: — Energia e alterações climáticas — Eleições para o Parlamento Europeu, em Junho de 2009 — Os 20 anos do fim da Cortina de Ferro e — Crescimento, emprego e estabilidade económica. Em segundo lugar, temos que estabelecer contactos com jornalis‑ tas e a comunicação social em Bruxelas, bem como nos nossos res‑ pectivos países. Em terceiro lugar, precisamos de uma comunicação, atempada, fresca, viva, bem direccionada, activa e interactiva. Existem instrumentos, recursos e apoio profissional para o efeito. Em quarto lugar, precisamos de ter um plano estratégico e comunicar sobre te‑ mas judiciosamente escolhidos que tenham em conta as prioridades do nosso presidente e os temas de actualidade. Por último, mas não menos importante, a comunicação tem de ser um esforço de todos, que congregue os membros do CESE e o secretariado, os grupos, as secções e a equipa da Comunicação. Com esta ideia em mente, reunir‑me‑ei com os grupos, secções e outros órgãos, como a CCMI, de modo a identificar as nossas priori‑ dades em matéria de comunicação. Vou entregar‑me à consecução dos nossos objectivos comuns com entusiasmo, energia e sentido de responsabilidade. Juntos e com a vossa ajuda, vamos conseguir! Comité Económico e Social Europeu Uma ponte entre a Europa e a sociedade civil organizada Mario Sepi — Novo presidente do CESE defende a solidariedade A meio da Presidência francesa da UE, o Comité Económi‑ co e Social Europeu elegeu Mário Sepi para presidente do CESE entre 2008 e 2010, na plenária de 22 de Outubro de 2008. Mário Sepi pertence ao Grupo dos Trabalhadores, ao qual presidiu de 2006 a 2008. O novo presidente assume funções num momento cru‑ cial para a Europa e o resto do mundo. A crise financeira está a afectar fortemente todos os ci‑ dadãos e países europeus. A Europa tem de provar não só aos seus cidadãos mas também ao resto do mundo que os líderes dos seus 27 países são capazes de reagir em con‑ formidade para enfrentar esta crise e, sobretudo, proteger os cidadãos, oferecendo‑lhes soluções e inspirando con‑ fiança. O lema do novo presidente do CESE — «Direitos e so‑ lidariedade, timoneiros da globalização» — pode ser parte da solução para esta crise financeira mundial. Na fase crítica, a Europa tem de demonstrar este tipo de solidariedade aos seus cidadãos. A solidariedade não se opõe à globalização, pelo contrá‑ rio, concede as ferramentas necessárias aos por ela afecta‑ dos, para que a possam enfrentar. O novo presidente afirmou: A globalização é um processo contínuo, ao passo que a solidariedade é um conjunto de acções e objectivos que possibilitam tirar o máximo pro- >>> p. 2 Debate sobre os direitos e a solidariedade enquanto timoneiros da globalização Um desafio importante para a Europa: promover o crescimento e fazer face à crise através da remodelação do modelo social europeu Irini Pari Vice‑presidente do CESE, responsável pela Comunicação AGENDA 22 e 23 de Janeiro de 2009 CESE: Conferência sobre «Mercados Financeiros» co-organizada pelo CESE e pela CESI NESTA EDIÇÃO: 2 7 26 de Janeiro de 2009 CESE, Conferência sobre «A opinião da sociedade civil europeia sobre a energia nuclear» 27 de Janeiro de 2009 7 8 É vital implicar mais a sociedade civil na União para o Mediterrâneo Os métodos de consolidação da paz utilizados pela UE na Irlanda do Norte devem ser transmitidos Dar aos agricultores a liberdade de exercer a actividade agrícola Sem solidariedade não há riqueza CESE, Seminário sobre: «Comunicar a Europa em parceria, além fronteiras e culturas» EESC info — December 2008 — Special edition Da esquerda para a direita: Seppo Kallio, Mário Sepi e Irini Pari Vladimír Špidla, comissário do Emprego, durante o debate Os novos desafios colocados pela situação económica e financeira na União Europeia foram objecto de debate em 22 de Outubro de 2008, no Parlamento Europeu, por oca‑ sião da eleição de Mario Sepi para presidente do Comité Económico e Social Europeu. Nas suas pala‑ vras, «o modelo social europeu, com o seu património de direitos, garantias e solidariedade, é a única resposta para relançar um modelo competitivo de desenvolvimen‑ to». Vladimír Špidla, comissário incumbido do Emprego, Assun‑ tos Sociais e Igualdade de Opor‑ tunidades, salientou na plenária a importância de se desenvolver a cooperação entre a Comissão Europeia e o Comité Económico e Social Europeu durante a aplica‑ ção da Estratégia de Lisboa. Maria João Rodrigues, professora do ISC‑ TE que apadrinhou a Estratégia de Lisboa, recordou que o objectivo desta estratégia fora sempre com‑ binar uma maior competitividade, com mais emprego e uma maior coesão social. Actualmente era im‑ portante — continuou — «avançar com o crescimento e responder à crise estrutural através de altera‑ ções estruturais». Por outro lado, Emilio Gabaglio, presidente do Comité para o Emprego, referiu na sua intervenção que era necessário «agir com determinação para evi‑ tar que a crise tivesse consequên‑ >>> p. 2 www.eesc.europa.eu 1 Notícias dos membros Boas-vindas aos novos membros Christoph Lechner O CESE tem o prazer de anun‑ ciar e dar as boas‑vindas ao seu novo membro, Christoph Lech‑ ner. De nacionalidade austríaca e licenciado em Direito, Christoph Lechner tem trabalhado desde o início da sua carreira no sector social, na defesa dos trabalha‑ dores e dos seus direitos. É desde 2006 secretário principal e director do Departamen‑ to de Direito Constitucional e de Política Social Geral e In‑ ternacional da Câmara de Trabalhadores e Empregados da Baixa Áustria. É também perito em matéria de prevenção e promoção da saúde no projecto «A nova face da deficiência» do Ministério federal austríaco para a Protecção Social e os Consumidores. Christoph Lechner faz agora parte do Grupo II (Trabalha‑ dores). Lena Minkova Roussenova O CESE gostaria de dar as boas-vindas à nova conselheira Lena Minkova Roussenova, que faz agora parte do Grupo I, Empre‑ gadores. De nacionalidade búlgara, mestre e doutorada em Economia, pertence ao Conselho Executivo do Fundo Nacional de Inves‑ tigação do Ministério da Educação e Ciência desde 2007 e é economista‑chefe e directora de programas da Confederação dos Empregadores da Bulgária desde 2006. Entre 2000 e 2005 trabalhou como economista-chefe no Instituto Europeu de Sófia. Ao longo da sua prestigiosa carreira, colaborou igual‑ mente com a OCDE e o Banco Mundial. É vital implicar mais a sociedade civil na União para o Mediterrâneo De 14 a 16 de Outubro de 2008, os Conselhos Económicos e Sociais e Instituições Similares da região Euromed reuniram‑se em Rabat por ocasião de uma Cimeira Eu‑ romed. Esta cimeira foi co‑orga‑ nizada pelo Comité Económico e Social Europeu (CESE) e pelas organizações da sociedade civil marroquina, com o apoio do Mi‑ nistério dos Negócios Estrangeiros e a cooperação de Marrocos e da Comissão Europeia. A cimeira reuniu os Conselhos Económicos e Sociais e Institui‑ ções Similares dos Estados-Mem‑ bros da UE e dos países parceiros, assim como dos representantes de organizações sindicais e patronais, cooperativas agrícolas, organiza‑ ções de consumidores, de defesa dos direitos do homem, do am‑ biente e do desenvolvimento de Marrocos e dos outros países da região sem Conselho Económico e Social nacional. O CESE foi repre‑ Patrick Seyler (Luxemburgo) en‑ trou recentemente para o Grupo I do CESE (Empregadores). Licenciado em Relações Inter‑ nacionais, tem desempenhado funções de director‑geral para as relações institucionais e com o governo do Luxemburgo, bem como de director nacional do Luxemburgo na ArcelorMittal (Luxemburgo) desde 2006. Ao longo da sua carreira, Patrick Seyler assumiu posições de chefia em diferentes empresas internacionais de conteúdos, comercialização e multimédia. Entre 1989 e 1994, foi conselheiro na Federação Industrial do Luxemburgo, concentrando-se em especial nas questões so‑ ciais e europeias. Em 1994 passou a estar envolvido na indústria do aço desem‑ penhando funções no secretariado do Conselho de Adminis‑ tração e de director de Comunicação e Relações Externas na Arbed SA, Luxemburgo. 2 Temas cruciais no centro do debate Uma das recomendações adop‑ tadas na Cimeira versava sobre a dimensão social das relações entre a UE e os países parceiros. A rede recomendou que todas as inicia‑ tivas, programas e projectos no âmbito das políticas mediterrâni‑ cas tivessem em conta a dimensão social, um elemento essencial para o desenvolvimento sustentável dos países parceiros. Além da dimensão social evo‑ cada na Cimeira de Rabat, foram abordados outros temas de grande importância para a sociedade civil da região, como as perspectivas de uma zona de comércio livre em 2010, o acesso das mulheres à vida económica e social, o diálogo intercultural, a liberdade de asso‑ ciação e o reforço das estruturas consultivas na região. União para o Mediterrâneo A sessão sobre o papel da socie‑ dade civil na União para o Medi‑ terrâneo suscitou um debate vivo e foram feitas recomendações fortes. A rede de Conselhos Económicos e Sociais e Instituições Similares propôs‑se desempenhar um papel determinante na definição, pro‑ moção e acompanhamento dos projectos da União para o Medi‑ terrâneo e apelou a que esta rede estivesse verdadeiramente repre‑ sentada nas instâncias da União para o Mediterrâneo. Por ocasião da Conferência Eu‑ romediterrânea dos Ministros de Negócios Estrangeiros em Mar‑ selha, em 3 e 4 de Novembro de 2008, An Le Nouail Marlière, re‑ centemente nomeada presidente do Comité de Acompanhamento para a Euromed, do CESE, apre‑ sentou as recomendações da rede de Conselhos Económicos e So‑ ciais e Instituições Similares. Su‑ blinhou a importância de associar melhor a sociedade civil e a rede de Conselhos Económicos e So‑ ciais e instituições similares à exe‑ cução de projectos da União para o Mediterrâneo. Para informação: A Declaração de Barcelona de 1995 instou o Comité Económico e Social Europeu (CESE) a estabe‑ lecer uma ligação com os seus ho‑ mólogos da região euromediterrâ‑ nica para desenvolver as relações entre as organizações da sociedade civil e contribuir para o reforço do Processo de Barcelona. ● Cont in ua ç ão da p. 1 Mario Sepi — Novo presidente do CESE defende a solidariedade veito do potencial do desenvolvimento económico e social: o crescimento da civilização e a igualdade para todos. Patrick Seyler sentado por uma delegação de 17 membros, dirigidos pelo presiden‑ te Dimitris Dimitriadis. As três prioridades principais do novo presidente do CESE, Má‑ rio Sepi, durante o seu mandato serão a Estratégia de Lisboa, a de‑ mocracia participativa (reforçada pelo Tratado de Lisboa) e ainda os direitos e o modelo social eu‑ ropeu. Na mesma plenária foram tam‑ bém eleitos os dois vice‑presiden‑ tes do CESE, Irini Pari (Grupo dos Empregadores) e Sepo Kallio (Grupo dos Interesses Diversos). A primeira será responsável pelo Grupo da Comunicação e o se‑ gundo pelo Grupo do Orçamento do CESE. Tanto o presidente como os vice‑presidentes exercerão as suas funções de 2008 a 2010. ● Cont in ua ç ão da p. 1 Debate sobre os direitos e a solidariedade enquanto timoneiros da globalização cias devastadoras para o emprego, mediante a criação de um progra‑ ma europeu de investimentos para infra-estruturas». A posição do CESE foi mani‑ festada por intermédio dos presi‑ dentes dos três grupos, nomeada‑ mente Henri Malosse, Georgios Dassis e Staffan Nilsson, que sa‑ lientaram a importância crescente da função consultiva do Comité face aos importantes desafios so‑ cioeconómicos enfrentados pela União Europeia. Durante o de‑ bate, mencionou-se igualmente a necessidade de se encontrar um novo modelo de mercado mone‑ tário e financeiro, a importância de se ter em consideração a di‑ mensão ética e a necessidade de uma supervisão à escala europeia dos grandes bancos. ● Intervenção de Maria João Rodrigues na reunião plenária do CESE CESE info — Dezembro 2008/10 — Edição especial Dezembro 2008/10 PT — Edição especial CESE info Introdução Em 22 de Outubro de 2008, assumi a responsabilidade da presidência do Comité com convicção e determinação. É minha ambição fazer do Comité um órgão consultivo cada vez mais valorizado e ou‑ vido pelas instituições da UE. Deveria ser capaz de abordar os problemas e esperanças da sociedade civil, dos nossos trabalhadores e empresários a nível europeu. O meu compromisso, assim como o dos vice‑presidentes, é inabalável. Comité Económico e Social Europeu Uma ponte entre a Europa e a sociedade civil organizada Programa do presidente Mario Sepi 2008‑2010 «Direitos e solidariedade, timoneiros da globalização» O modelo social europeu e a solidariedade enquanto instrumento para a competitividade Este conceito de solidariedade não é apenas um elemento qualitativo, uma ideia de sociedade ou um conjunto de valores da nossa civilização: trata‑se também de um instrumento de competitividade no desafio que é a glo‑ balização. «Direitos e solidariedade, timoneiros da globalização» é a mensagem da minha presidência Antes de mais é um novo conceito de solidariedade que tem tomado forma ao longo da história europeia. Implica reciprocidade, dar e receber, cuidar do outro e partilhar de uma forma activa. Não há um que dá e outro que recebe, muito menos piedade e com‑ paixão, não há um que decide e outro que espera sem ambições, há a partilha de situações desiguais num projecto comum. Nesta acepção, a solidariedade permite forçar as estruturas económicas a avançarem no sentido de um desenvol‑ vimento cada vez mais qualitativo, elevando o nível global dos processos económicos e sociais, dando estabilida‑ de à sociedade e prevenindo desastres sociais e ambientais que resultariam de uma procura de competitividade baseada exclusivamente na contenção de custos e nos conflitos sociais. A procura da solidariedade e o modelo social europeu não se contrapõem à globalização. Mario Sepi Presidente do Comité Económico e Social Europeu O CESE info encontra‑se disponível em vinte e duas línguas! Para o consultar na sua língua visite: http://www.eesc.europa.eu/ activities/press/eescinfo/ index_pt.asp EESC info — December 2008 — Special edition A globalização é um processo em curso, a solidariedade é o conjunto de acções e objectivos que permitem usu‑ fruir do potencial enraizado no desenvolvimento económico e social: o crescimento da civilização e a igualdade para todos. Síntese do programa 2008‑2010 Começar esta presidência no ano do cinquentenário do Comité Económico e Social Europeu confere ao meu mandato uma dupla responsabilidade: valorizar a história do Comité e, ao mesmo tempo, projectá‑lo para o futuro. O CESE tem um papel muito importante a desenvolver no atinente a este tema: sendo a expressão das organiza‑ ções da sociedade civil pode representar uma síntese e um reflexo das diferenças sociais e culturais. Trata‑se de uma instância na qual os vários agentes da sociedade civil propõem soluções acordadas no quadro de uma função consultiva de apoio às instituições legislativas e executivas da UE. >>> p. 6 www.eesc.europa.eu 3 Nova estrutura do CE Presidência A presidência do CESE é constituída de um presidente e de dois vice‑presidentes por um mandato de dois anos. Presidente Mario Sepi (Grupo II — Trabalhadores — Itália) Vice‑presidente Irini Pari (Grupo I — Empregadores — Grécia) Presidente do Grupo da Comunicação Vice‑presidente Seppo Kallio (Group III — Interesses Diversos — Finlândia) Presidente do Grupo do Orçamento No CESE há três grupos: Empregadores, Trabalhadores e Interesses Diversos Grupo I «Empregadores» Grupo II «Trabalhadores» Presidente Georgios Dassis Grécia Presidente Henri Malosse França Vice‑presidentes do Grupo I Paulo Barros Vale (Portugal) Peter Clever (Alemanha) Antal Csuport (Hungria) Sylvia Gauci (Malta) Brenda King (Reino Unido) Jacek Krawczyk (Polónia) Thomas McDonogh (Irlanda) Eve Päärendson (Estónia) José Isaías Rodríguez García‑Caro (Espanha) Cveto Stantič (Eslovénia) Marie Zvolská (República Checa) Grupo III «Interesses Diversos» Vice‑presidentes do Grupo II Andrzej Adamczyk (Polónia) Sandy Boyle (Reino Unido) Gérard Dantin (França) Anna Maria Darmanin (Malta) Susanna Florio (Itália) Manfred Schallmeyer (Alemanha) Victor Hugo Sequeira (Portugal) Dana Štechová (República Checa) Presidente Staffan Nilsson Suécia Vice‑presidentes do Grupo III Miklos Barabás (Hungria) Luca Jahier (Itália) Mall Hellam (Estónia) Mesa Grupo I Grupo II A Mesa organiza o funcionamento e os trabalhos do Co‑ mité. Com o presidente e os dois vice‑presidentes, é cons‑ tituída por 39 membros. Em domínios específicos, a Mesa é assistida por grupos eventuais. Irini Pari (Grécia) Henri Malosse (França) Milena Angelova (Bulgária) Brian Callanan (Irlanda) Bryan Cassidy (Reino Unido) Sylvia Gauci (Malta) Filip Hamro‑Drotz (Finlândia) Jacek Krawczyk (Polónia) Andreas Louroutziatis (Chipre) Marius Eugen Opran (Roménia) Eve Päärendson (Estónia) Joost van Iersel (Países Baixos) Tony Vandeputte (Bélgica) Mario Sepi (Itália) Georgios Dassis (Grécia) Raymond Hencks (Luxemburgo) József Kapuvári (Hungria) Leila Kurki (Finlândia) Daiva Kvedaraitė (Lituânia) Naile Prokešová (Eslováquia) Metka Roksandić (Eslovénia) Stanisław Różycki (Polónia) María Candelas Sánchez Miguel (Espanha) Mário Soares (Portugal) Hans‑Joachim Wilms (Alemanha) Gustav Zöhrer (Áustria) Assembleia Plenária A Assembleia Plenária do Comité aprova por maioria simples os seus pareceres com base nos pareceres das secções especializadas e transmite‑os ao Conselho, à Comissão e ao Parlamento Europeu. O Comité é consti‑ tuído por 344 membros. 4 Grupo III Seppo Kallio (Finlândia) Roberto Confalonieri (Itália) Benedicte Federspiel (Dinamarca) Hubert Ghigonis (França) Roman Haken (República Checa) Bernardo Hernández Bataller (Espanha) Armands Krauze (Letónia) Staffan Nilsson (Suécia) Derek Osborn (Reino Unido) Krzysztof Pater (Polónia) Ludmilla Todorova (Bulgária) János Tóth (Hungria) Dirk Westendorp (Países Baixos) ESE para 2008‑2010 Secretário‑Geral Martin Westlake O Comité conta com 6 secções especializadas, bem como com a Comissão Consultiva das Mutações Industriais (CCMI), o Observatório do Mercado Único (OMU), o Observatório do Desenvolvimento Sustentável (ODS), o Observatório do Mercado de Trabalho (OMT) e o Observatório da Estratégia de Lisboa (OEL). Secção Especializada de Transportes, Energia, Infra‑estruturas e Sociedade da Informação (TEN) Presidente János Tóth (Grupo III — Interesses Diversos — Hungria) Secção Especializada de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Ambiente (NAT) Presidente Hans-Joachim Wilms (Grupo II — Trabalhadores — Alemanha) Observatório do Desenvolvimento Sustentável (ODS) Presidente Stéphane Buffetaut (Grupo I — Empregadores — França) Comissão Consultiva das Mutações Industriais (CCMI) Secção Especializada de Relações Externas (REX) Presidente Filip Hamro-Drotz (Grupo I — Empregadores — Finlândia) Secção Especializada do Mercado Único, Produção e Consumo (INT) Presidente Bryan Cassidy (Grupo I — Empregadores — Reino Unido) Observatório do Mercado Único (OMU) Presidente Jorge Pegado Liz (Grupo III — Interesses Diversos — Portugal) Secção da União Económica e Monetária e Coesão Económica e Social (ECO) Presidente Krzysztof Pater (Grupo III — Interesses Diversos — Polónia) Secção Especializada de Emprego, Assuntos Sociais e Cidadania (SOC) Presidenta Leila Kurki (Grupo II — Trabalhadores — Finlândia) Observatório do Mercado de Trabalho (OMT) Presidente Josly Piette (Grupo II — Trabalhadores — Bélgica) Observatório da Estratégia de Lisboa (OEL) Presidente Joost van Iersel (Grupo I — Empregadores — Países Baixos) Presidente Staffan Nilsson (Grupo III — Interesses Diversos — Suécia) David Sears (Grupo I — Empregadores — Reino Unido) Daniel Retureau (Grupo II — Trabalhadores — França) Questores Ludvík Jírovec (Grupo III — Interesses Diversos — República Checa) 5 Prever o futuro do CESE após 2008 significa empenhar‑se em desenvolver o grande poten‑ cial que ele representa em termos de: — impulso para a mudança nas nossas sociedades — consolidação da defesa do modelo social europeu. Avaliar as consequências das políticas nas nossas sociedades Para fazer com que a voz do Comité reflicta as opiniões da sociedade, devemos promover a avaliação do impacto real das políticas europeias quando são aplicadas na nossa sociedade. Estamos na altura certa para apresentar novas pro‑ postas às instituições, aos Estados-Membros, aos parceiros sociais e às outras organizações que con‑ sultam o Comité. O objectivo das novas propostas deve ser sobretudo a renovação das estruturas produtivas da sociedade europeia. Contudo, este objectivo não pode ser al‑ cançado sem o reforço da protecção e da afirmação dos direitos e condições de vida. Disto decorre a terceira prioridade: os direitos e o modelo social europeu. Desde a luta pela entrada em vigor da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia à luta pela afirmação a todos os níveis da sua aplicação concreta. O novo «pacto social» representado pela própria Carta dos Direitos e pelas disposições do Tratado de Lisboa tem de se tornar numa política concreta. A actualização da agenda social é o primeiro passo. A clarificação das regras do direito do trabalho e a definição da relação Neste contexto, é necessário conhecer rapidamente as consequências das decisões europeias. Graças aos seus membros e respectivas organizações, o Comité dispõe de uma rede ex‑ cepcional para avaliar concretamente, no terreno, o impacto das directivas e os efeitos das políticas europeias. Devemo‑nos empenhar neste sentido. Apenas desta forma poderá o Comité ser porta‑voz de uma função de apoio às instituições europeias e às suas decisões, mas também estar em condições de responder, nos vários con‑ textos nacionais e organizacionais à seguinte questão: quais foram as implicações daquela decisão para as várias categorias que compõem a sociedade? Qual o seu impacto nas rela‑ ções laborais? E no progresso social e civil em cada país? O Tratado de Lisboa contém uma série de artigos que reforçam a democracia participativa. entre medidas europeias e medidas nacionais, incluindo as que decorrem de convenções colectivas, inserem‑se nesta necessidade de clareza social e são necessárias para que os cida‑ dãos europeus recuperem a segurança jurídica e social. É da competência do Comité, antes de mais, explorar as vias para tornar efectiva a aplicação destes artigos: por um lado, reforçando o seu papel na consulta, por outro, tirando o máxi‑ mo partido da iniciativa popular em matéria legislativa e, por último, traduzindo na prática, no direito derivado, os elementos de consulta e informação da sociedade civil. Lançar mensagens fortes: a importância da comunicação Três grandes prioridades As graves fracturas na nossa sociedade e a ruptura a que assistimos dos pactos sociais entre empresários, sindicatos e governos, exigem o relançar qualitativo das estruturas económicas. A segunda prioridade é a Estratégia de Lisboa. Esta estratégia apresenta‑se como um projecto fundamental: colaborar com as instituições da UE para abordar os temas da modernização, da sociedade do conhecimento, da concor‑ rência internacional, da investigação, dos direitos dos cidadãos enquanto tal e enquanto trabalhadores é a chave para contribuir para a renovação das nossas sociedades. O Comité deverá desenvolver paralelamente uma estratégia de comunicação interna e ex‑ terna eficaz: a oportunidade, a eficácia e o conteúdo político deverão caracterizar a comuni‑ cação institucional de um Comité Económico e Social moderno. O Comité deverá dar prioridade à ligação à actualidade do debate político, mostrando‑se capaz de lidar de forma adequada e atempada com questões decorrentes do debate institu‑ cional. A minha experiência profissional... Sou membro do CESE desde 1995 e tenho sido movido por um grande compromisso para com a política econó‑ mica e social: entre os vários pareceres dos quais fui rela‑ tor, destaco o parecer de iniciativa de 2002 sobre Tendências, estruturas e mecanismos institucionais dos mercados internacionais de capitais. Os meus pareceres centravam‑se igualmente na política de concorrência, na política industrial europeia e na união monetária, entre outros temas. Fui membro do grupo de estudo que preparou o parecer do Comité sobre a UME e as relações industriais — e a Estratégia de Lisboa. 6 No meu primeiro emprego neste instituto escrevi um ensaio sobre o papel do Comité Económico e Social Europeu. Enquanto sindicalista activo na CISL nos anos 70 e 80, primeiro como perito em política internacional e poste‑ riormente como secretário nacional da FMI (Federação Metalúrgica Italiana), fui responsável pela política indus‑ trial e contratual e fui membro da FME (Federação Me‑ talúrgica Europeia). Estive também entre os que conseguiram que o sindicato assinasse o acordo FIAT em 1984, que pôs termo à longa crise que começara como resultado das lutas de 1980. Acompanho as questões europeias desde 1960, com par‑ ticular destaque para os assuntos sociais e laborais na Eu‑ ropa e participei no movimento federalista europeu na qualidade de secretário da secção romana do Movimento da Juventude Federalista. Tenho‑me empenhado fortemente na cooperação para o desenvolvimento, trabalhando a ideia de que o desenvol‑ vimento social da sociedade civil deve estar no centro das relações com países não membros como Moçambique, Mali, Chile e Brasil. Envolvido na política social e sindical europeia desde 1966, fui investigador no Instituto de Assuntos Interna‑ cionais (IAI), cujo presidente então era Altiero Spinelli, e de 1969 a 1974 trabalhei no Comité Económico e Social Europeu como perito em relações com os países do Me‑ diterrâneo. No momento em que abandono o papel de «parte» — que me acompanhou durante toda a minha vida institucional — e assumo uma responsabilidade global, constato a difi‑ culdade desta transformação, mas sinto‑me escudado pe‑ las boas relações que estabeleci no Comité com os mem‑ bros pertencentes a todos os grupos que o compõem. CESE info — Dezembro 2008/10 — Edição especial Os métodos de consolidação da paz utilizados pela UE na Irlanda do Norte devem ser transmitidos por Jane Morrice blinha o dever da UE de transmitir a outras regiões em conflito no mun‑ do os ensinamentos retirados desta experiência única de consolidação da paz. Recorda, no entanto, que a resolução do conflito nesta região é ainda um trabalho em curso e reco‑ menda que o apoio da UE à recon‑ ciliação das comunidades continue a longo prazo. Solicita também que se considere a proposta de criar um centro europeu para a resolução de conflitos na Irlanda do Norte. Jane Morrice «Inovadora e pioneira» foi assim que o presidente do CESE, Mário Sepi, descreveu a influência da UE no processo de paz da Irlanda do Norte, na sequência da adopção de um parecer de iniciativa na plenária de Outubro do CESE. O parecer, in‑ titulado «O papel da UE no proces‑ so de paz na Irlanda do Norte», su‑ Com base na experiência adqui‑ rida numa missão de informação e numa importante conferência em Belfast, o parecer foi elaborado por um subcomité presidido por Henri Malosse que ficou particularmente comovido com o que viu na cidade. A visão dos «muros da paz» a dividir as comunidades protestante e católi‑ ca fez sobressair de forma gritante o imenso trabalho que ainda tem de ser feito. A relatora, Jane Morrice, espera que outros possam aprender com a experiência da sua terra natal. O parecer inclui uma «caixa de fer‑ ramentas» para a resolução de confli‑ tos, elaborada com o objectivo de ser adaptável à ajuda a outras regiões que enfrentam dificuldades semelhantes. Esta «caixa de ferramentas» identifi‑ ca as formas como a UE contribuiu para uma mudança positiva ao apoiar os esforços da sociedade civil, as con‑ sultas locais e a inclusão de todos os grupos de interesse (políticos, em‑ presariais, sindicais e do sector do voluntariado), utilizando o modelo europeu de parceria social. Esta abor‑ dagem permitiu a mais de metade da população participar nos programas PEACE da UE, através do que foi descrito como um envolvimento sem precedentes das bases. seja transportada nas pastas dos pro‑ motores europeus da paz para onde quer que vão. Mas todos concordam que o segui‑ mento do parecer será mais impor‑ tante do que o trabalho já realizado. O objectivo, segundo Jane Morrice, é garantir que a «caixa de ferramentas» «Como se trata do mais importan‑ te ‘modelo’ mundial para a consolida‑ ção da paz, a UE tem o conhecimento específico, a diversidade e os recursos necessários para apoiar a resolução de conflitos em qualquer parte do mundo onde tal seja necessário. Mas tem mais do que isto. Tem o dever de o fazer e a obrigação de colocar a consolidação da paz precisamente no centro da sua futura orientação estra‑ tégica.» ● Dar aos agricultores a liberdade de exercer a actividade agrícola Actualmente está a ser feito um dos «balanços da saúde» da PAC, a política agrícola comum. Como sempre, o CESE apresentou pron‑ tamente o seu parecer sobre o tema. O CESE considera que a PAC é um dos pilares da União Euro‑ peia. A agricultura desempenha um papel central em vários sectores e temas importantes que estão no topo da agenda actual: alterações climáticas, biodiversidade, redu‑ ção dos gases com efeito de estu‑ fa e energias renováveis, gestão da água. Presentemente, os agri‑ cultores desempenham um papel essencial e multifuncional: são os principais actores na observân‑ cia a nível mundial de elevadas normas de segurança e qualidade alimentar, assim como de protec‑ ção ambiental e bem‑estar animal; asseguram o aprovisionamento de alimentos seguros e variados e de bio‑energias sustentáveis; mantêm A PLENÁRIA EM SÍNTESE Aprofundar as relações entre a sociedade civil do Brasil e a União Europeia — Criação de uma mesa-redonda Em 23 de Outubro, o CESE adoptou um parecer sobre as re‑ lações entre a UE e o Brasil, no qual formula algumas recomen‑ dações no âmbito da nova parce‑ ria estratégica entre as duas par‑ tes, lançada em Julho de 2007. A principal recomendação diz res‑ peito à criação de uma mesa-redonda da sociedade civil UE-Brasil. Esta nova estrutura, à semelhança da que já existe com a China e a Índia, permitirá manter um debate perma‑ nente entre a sociedade civil do Brasil e a da União Europeia. Em parceria com o Conselho de Desenvolvimento Económi‑ co e Social (CDES) do Brasil, o Comité Económico e Social Europeu propôs estreitar as relações bilaterais entre a UE e o Brasil, um país que tem assumido um inquestionável desta‑ que na cena internacional nos últimos anos. O parecer analisa ainda outras questões relativas ao ambiente, à coesão social, ao papel das sociedades multinacionais e europeias, no Brasil, mas igualmente assuntos respeitantes à educação, à pobreza, às alterações climáticas e aos biocombustíveis, todos temas que serão debatidos pela futura mesa-redonda. Recorde-se que a próxima cimeira entre a UE e o Brasil terá lugar no Rio de Janeiro, em Dezembro de 2008. as zonas rurais e preservam a na‑ tureza; contribuem para o empre‑ go mantendo a produção agrícola; e, por último, mas não o menos importante, salvam as zonas rurais do despovoamento e do abandono. Tudo isto continuará a ser válido no futuro. Para o Comité, o papel multi‑ funcional dos agricultores deve ser preservado e o balanço da saúde da PAC em curso deveria visar precisa‑ mente este objectivo e, de uma for‑ ma mais geral, dar novas respostas à situação alterada do mercado ali‑ mentar. Isto deveria implicar uma adaptação da legislação em vigor a uma aplicação mais fácil e mais simples das medidas de reforma. A organização de mercado, a simplifi‑ cação e adaptação podem vir a ser as ferramentas essenciais que, usa‑ das, conduzirão ao objectivo último almejado: a estabilidade. O CESE acredita que uma políti‑ ca agrícola adequada a nível da UE requer pelo menos o mesmo finan‑ Combate à fraude dos meios de pagamento A União Europeia deverá reforçar a sua estratégia de luta contra a fraude e a falsificação dos meios de pagamento, adoptando uma série de medidas. Assim, deverá envolver não só as autoridades, mas também as associações de consu‑ midores, de modo a alertar os utilizadores para os eventuais riscos da utilização de meios de pagamento que não em nu‑ merário. O Comité lamenta, com efeito, que as iniciativas tomadas até à data para prevenir e combater a fraude e a falsificação dos meios de pagamentos não tenham sido suficientes para tra‑ var a propagação deste fenómeno. Há que desenvolver uma melhor cooperação entre as autoridades competentes dos Estados-Membros, equacionando novas iniciativas para uma acção de prevenção eficaz da fraude. A UE deverá, entre outras medidas previstas, harmonizar as legislações nacionais numa óptica de prevenção e de repres‑ são, criar junto de cada autoridade nacional competente um arquivo informatizado com informações sobre os riscos de fraude e confiar à Europol uma missão de controlo das ac‑ ções de prevenção e de combate à fraude. ciamento que anteriormente. Insta os políticos a explicarem melhor ao público a necessidade da PAC para evitar mais debates intermináveis sobre o financiamento. Finalmente apela à Comissão Europeia para que analise melhor e com maior profundidade as alte‑ rações que propôs para as medidas e secções individuais da PAC, uma vez que em alguns casos (agrupa‑ mento agrícola de exploração em comum (GAEC), dissociação, ex‑ tensão do sistema de concursos, mercado dos lacticínios, mecanis‑ mo de pousio, modulação) podem não se adequar perfeitamente às verdadeiras necessidades concre‑ tas dos agricultores e consumido‑ res europeus. ● Novo enquadramento para os Serviços de Interesse Geral no contexto da globalização A globalização económica cria um novo modelo em que as decisões adopta‑ das por certos organismos internacionais, como por exemplo a OMC, poderiam pôr em causa a sobrevivên‑ cia dos serviços de interesse geral. O CESE elaborou um parecer de iniciativa sobre este assunto no qual convidava as outras instituições da UE a preparar um debate em profun‑ didade sobre a necessidade de estabelecer linhas de conduta a respeito dos serviços de interesse geral e das consequências da globalização. Nele sublinha ser da máxima importância estabelecer linhas de actuação políticas no sentido de manter o actual quadro jurídico neste âmbito. Na verdade, os serviços de interesse geral são fundamentais para o quotidiano dos cidadãos europeus a ponto de a sua contribuição para a coesão social, económica e territorial e para o desenvolvimento sustentável da UE se integrar ple‑ namente no modelo social europeu. Recorde-se que os ser‑ viços sociais de interesse geral têm por finalidade responder a todas as situações de fragilização social susceptíveis de pôr em risco a integridade física ou moral das pessoas, designa‑ damente doença, velhice, incapacidade de trabalho, precarie‑ dade, exclusão social, etc. Para mais informação consultar: http://www.eesc.europa.eu/documents/opinions/avis_en.asp?type=en CESE info — Dezembro 2008/10 — Edição especial 7 Do Fórum dos Cidadãos Europeus, realizado em Junho, em Wroclaw, na Polónia, resultou um seminário com o tema «Europa da Solidarie‑ dade: um desafio futuro», que foi organizado pelo Comité Económico e Social Europeu, em 29 de Outubro de 2008. Nesse evento enfatizou‑se e propôs‑se a «solidariedade» como palavra de ordem para solucionar a actual crise financeira e social. A palavra «solidariedade», parte integrante do lema do novo presi‑ dente do CESE, Mario Sepi, ganhou um significado social mais profun‑ do neste seminário. sociedades capazes de apoio mútuo e socialmente equilibradas. Leila Kurki, nova presidente da Secção Especializada de Emprego, Assuntos Sociais e Cidadania do CESE, frisou veementemente que «uma política social que encoraja a solidariedade não é um luxo». A crise económica e as dificul‑ dades sociais que vivemos hoje em dia demonstram que os poderes públicos têm de adoptar políticas específicas que favoreçam a família, sobretudo as mais pobres, que são as primeiras a sofrer com a crise ● económica mundial. Os participantes no seminário transmitiram a mensagem de que a solidariedade não emerge automati‑ camente do crescimento económico e exige empenho e acção. Os parti‑ cipantes sublinharam que a socie‑ dade de hoje não pode evoluir sem valores humanos nem solidarieda‑ de. Mais do que nunca, a crise actu‑ al comprova esta teoria. O primeiro contexto propício à aprendizagem e desenvolvimento destes valores é a família, chave para a construção de Participantes durante o seminário em duas palavras Agenda Europa leva a UE às escolas Audição sobre soluções socialmente inovadoras para os desafios no domínio dos transportes e da energia Da esquerda para a direita: Mihai Manoliu, Mattia Pellegrini e Laure Batut A audição organizada em 26 de Se‑ tembro de 2008 no Conselho Geral de Côtes d’Armor (St Brieuc, França) no âmbito do grupo de estudo do CESE sobre «Consequências sociais da evolução do binómio transpor‑ tes/energia» (relatora: Laure Batut) constituiu uma plataforma para a troca das opiniões de vários elemen‑ tos da sociedade civil organizada da região da Bretanha activos na área dos transportes e energia. Os parti‑ cipantes sublinharam que os desen‑ volvimentos estruturais desempe‑ nharam um papel fundamental na evolução dos preços do combustível e dos bens e serviços (por exemplo: peixe, serviços de transporte rodo‑ viário, etc.) e que os recentes desen‑ volvimentos na área dos transportes e nos picos dos preços da energia representavam um risco para a coe‑ são social. Acrescentaram ainda que esse risco podia ser diminuído atra‑ vés da inovação política e da vontade de rever as práticas obsoletas. Mattia Pellegrini, membro do gabinete do vice‑presidente da Comissão Euro‑ peia responsável pela política dos transportes, salientou o papel fun‑ damental desempenhado pelo CESE na promoção de debates sobre esta questão a nível europeu e louvou as abordagens socialmente inovadoras desenvolvidas pelo Conselho Geral de Côtes d’Armor, que, na sua opi‑ nião, deviam servir de exemplo para outras regiões da Europa. ● Uma comunicação mais eficaz através de novos produtos de comunicação Reforçar a comunicação é uma das principais prioridades da nova Pre‑ sidência do CESE. Por conseguinte, o Comité desenvolveu uma nova série de produtos de comunicação: o «CESE em dez pontos», um folhe‑ to que descreve de uma forma clara e sintética o papel, a organização, os objectivos e as prioridades do CESE; «O CESE em movimento» (disponível em http://www.eesc. europa.eu/activities/press/media/ AV/index_en.asp), uma página de Internet que explica o que é e o que faz o CESE através de víde‑ os sobre vários grandes eventos e actividades do Comité. O CESE está a preparar uma brochura, a publicar em Janeiro de 2009, cujo objectivo é apresentar e descrever CESE info Editor Christian Weger Endereço: as prioridades do Comité durante a Presidência checa do Conselho da União Europeia, no primeiro semestre de 2009. Todos estes produtos e muitos outros fazem parte da nova estra‑ tégia de comunicação do CESE. ● Em 21 de Outubro, o ex-presidente do CESE, Dimitris Dimitriadis, acolheu alguns representantes da DG SANCO da Comissão Europeia e da organização Generation Euro‑ pe para a cerimónia de assinatura do projecto Agenda Europa. A Agenda Europa é uma agen‑ da prática com informação sobre a UE destinada aos alunos dos 15 aos 18 anos de idade para distribuição nas escolas. O CESE será a segun‑ da instituição, depois da Comissão Europeia, a financiar e a participar no projecto. O conteúdo dedicado ao CESE irá chamar a atenção dos jovens cidadãos europeus para a importância de se envolverem na sociedade civil europeia. Criada por iniciativa da DG SAN‑ CO e coordenada pela Generation Europe, a agenda tem como objectivo informar os jovens europeus sobre os seus direitos enquanto consumi‑ dores. Rapidamente se tornou numa ferramenta de aprendizagem utili‑ zada por professores e alunos, com informação sobre todos os aspectos da União Europeia, abrangendo áre‑ as como as instituições da UE, a res‑ ponsabilidade ambiental, a educação e o planeamento da carreira. Imprimida em 22 línguas, a agen‑ da é distribuída gratuitamente em mais de 18 mil escolas dos 27 países da União Europeia. O CESE partici‑ pará na edição para o ano escolar de 2009-2010. Estiveram presentes na cerimónia Jacqueline Minor, direc‑ tora para a Defesa do Consumidor da DG SANCO, Catie Thorburn, presidente da Generation Europe Foundation, e Ginette Nabavi, ad‑ ministradora na DG SANCO. ● CESE info em 22 línguas: http://www.eesc.europa.eu/activities/press/eescinfo/index_en.asp O CESE info é publicado nove vezes por ano, por ocasião das reuniões plenárias do CESE. Dezembro 2008/10 Edição especiall As versões impressas do CESE info em alemão, inglês e francês podem ser obtidas gratuitamente junto do Serviço de Imprensa do Comité Económico e Social Europeu. Além disso, o CESE info encontra-se disponível em 22 línguas, em formato PDF, no sítio do Comité na Internet: http://www.eesc.europa.eu/activities/press/eescinfo/index_en.asp. O CESE info não pode ser considerado como o relato oficial dos trabalhos do CESE, que se encontra no Jornal Oficial das Comunidades Europeias e noutras publicações do Comité. A reprodução — com menção de CESE info como fonte — é autorizada (mediante envio de cópia ao redactor). Editores-adjuntos Vincent Bastien Isolde Juchem Simona Trani Nathalie Vernick Comité Económico e Social Europeu Edifício Jacques Delors, rue Belliard 99, B-1040 Bruxelles Tel.: (+32 2) 546 93 96 ou 546 95 86 Fax: (+32 2) 546 97 64 Coordenação geral: Agnieszka Nyka E-mail: [email protected] Página Internet: http://www.eesc.europa.eu/ Impresso em papel 100% reciclado 8 Da esquerda para a direita: Jacqueline Minor, Catie Thorburn, Ginette Nabavi e Dimitris Dimitriadis Tiragem: 15 500 exemplares. O próximo número sairá em Janeiro de 2009. EESC info — December 2008 — Special edition QE-AA-08-010-PT-N Sem solidariedade não há riqueza
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