suCesso aBsoluto

Transcrição

suCesso aBsoluto
17#
Revista AlumÍnio & Cia. julho - agosto | 2011
SUCESSO
ABSOLUTO
Sinônimo de rapidez e
segurança, Linha Unit
completa dez anos. | P. 18
Aludir adota
soluções que
economizam
recursos | p. 08
Abal e Sinduscon–SP
falam sobre a Nova
Lei de Resíduos
Sólidos | p. 14
FG Empreendimentos:
alto luxo associado
à Responsabilidade
Social | p. 32
Central Business
Park marca a estreia
da Linha Soluta em
Fortaleza | p. 36
EDITORIAL
Dez anos
de sucesso
Ano III
Quem já trabalhou com a linha Unit entende perfeitamente
Comunicação para o Conhecimento
por que a Alcoa tem motivos de sobra para comemorar os
11 3799-5269
dez anos de comercialização do produto. Facilidade, rapidez
e segurança na instalação estão entre as principais vantagens do
ponto de vista de quem opta pelo sistema unitizado da Alcoa.
Julho/Agosto 2011
Produzida para Alcoa Alumínio S.A. por Textos & Cia
Coordenação Técnica
Nathalia Coelho
A possibilidade de adequá-la a diferentes tipos de projetos
Editora Executiva
fez com que a Unit se tornasse uma opção cada vez mais utilizada
Arlete Prieto
no País. Tanto que, desde seu lançamento, em 2001, até hoje,
foram criados mais de 300 perfis distintos.
Não é à toa que a Alcoa está relançando a linha com um novo
Redação
Denise Aleluia
catálogo técnico, desenvolvido após longo tempo de estudo e
Assistente de Redação
análise dos perfis disponíveis. O objetivo é difundir o conhe-
Sandra Pazzini
cimento sobre os sistemas unitizados e, consequentemente, estimular a utilização da Unit em obras especiais, que
merecem produtos especiais.
Um assunto como este não poderia deixar de merecer destaque
Colaboração
Antonio B. Cardoso
Carlos Henrique Mattar
na Alumínio & Cia. em revista, que também traz para discussão
Projeto Gráfico e Diagramação
outro tema importante: a nova Política Nacional de Resíduos
Uptown Publicidade e Merchandising
Sólidos, que entrou em vigor neste ano.
Quem trabalha com alumínio já sabe da importância da reciclagem, mas agora terá que conviver com uma nova realidade.
Fotografia
Marcos Fioravanti
Afinal, a Lei nº 12305 institui o princípio da responsabilidade
Revisão
compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.
Vera Fedschenko
Ou seja: todos os envolvidos nesse processo, de fabricantes
e importadores a comerciantes e consumidores, deverão estabelecer um consenso sobre o dever de cada um no que diz
respeito à geração de resíduos.
Publicidade
Uptown Publicidade e Merchandising
11 2379-9729 / 2379-9730
www.uptown.com.br
Aderir a esta causa significa muito mais do que cumprir o que
determina a Lei, mas também, é um indicador importante para
quem se preocupa com o futuro. Um futuro que pode ser
mais verde e menos cinza, como você pode conferir melhor
Impressão
Eskenazi Indústria Gráfica Ltda.
Tiragem: 12 mil exemplares
na seção Entrevista.
Fale conosco
Boa leitura!
Arlete Prieto
Editora-executiva
4
alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
Encaminhe suas dúvidas, críticas ou sugestões para a
Alumínio & Cia. em revista, por meio do endereço eletrônico
[email protected] ou via Correios para a
Av. Dom Pedro II, 2954 - Bairro Campestre, Sto. André
(SP), CEP 09080-001. Telefone (11) 3799-5269
ESPAÇO ALCOA
CONSULTORIA
Empresa trabalha em prol
do meio ambiente
Antônio B. Cardoso
desvenda os segredos
do sucesso da Unit
06#
CURTAS
Guarda-sol da Papaiz
é destaque na Casa
Cor 2011
12#
OPINIÃO
13#
ENTREVISTA
14#
Saiba como usar os
vidros de controle solar
Saiba como o cinza dos
canteiros de obras poderá
se tornar verde
Fique por dentro
32#
PROJETOS
37#
Construtora catarinense prova
que é possível ter lucro sem
perder o foco no capital humano
Sophistic Campo Belo:
sonho de muitos,
realidade para poucos
10#
18#
SUMÁRIO
Equipe Al&Cia.
Raw Alumínio promove
workshop em Campinas
28#
capa
Há 10 anos, a Linha Unit chegava ao Brasil e
revolucionava a forma de montar fachadas
Errata
Na matéria publicada na Edição 15, pag. 6, “Esquadrias com ou sem Contramarco?”, citamos o nome da empresa Itefal, o correto é Reinstal.
EQUIPE Al&Cia.
Raw Alumínio
promove
workshop em
Campinas
Evento reuniu empresários
de Campinas e região, além
de representantes da Raw
Alumínio e Alcoa
Entre os assuntos discutidos no evento
estavam as tendências de mercado,
normas e manufatura enxuta.
A fim de abrir um canal de comunicação permanente com os fabricantes
de esquadrias de Campinas, a integrante da Rede Alumínio & Cia., de
São Paulo, Raw Alumínio, realizou o
workshop “Oportunidades de negócio na região”. Os 60 participantes do
encontro puderam conhecer melhor
os produtos e lançamentos da Alcoa
comercializados pela Empresa, que
se prepara para expandir sua atuação
no mercado paulista.
Campinas, com pouco mais de 1 milhão
de habitantes, não foi escolhida de
forma aleatória, afinal, a construção
civil na cidade vive um excelente
momento. Somente nos seis primeiros meses do ano, foram criados
mais de 2 mil empregos no segmento, um aumento de 158,2% em relação ao mesmo período de 2010.
“Campinas é um importante polo
comercial e industrial de nosso estado, e nossa equipe comercial identificou a necessidade de abrirmos
este espaço de relacionamento. Mas
estamos planejando repetir a dose
6
alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
em outras regiões”, explica o diretor da
Raw Alumínio, Gino Gragnani.
A manutenção desse canal de comunicação tornou-se agora prioridade
para a Raw. “Estar em sintonia com
nossos clientes é fundamental para
entendermos suas necessidades e o
mais importante: atendermos seus
anseios, visando aprimorar esta relação.
Por isso utilizamos o evento para
compartilhar informações sobre as
tendências de mercado, sobre a reformulação das Normas de Desempenho do
setor e a manufatura enxuta – que acreditamos ser um diferencial importante
para o fabricante em um futuro próximo”,
acrescenta Gragnani.
O workshop contou ainda com a presença de profissionais da Alcoa, que
apoiam e incentivam iniciativas do
gênero, como o gerente de Marketing André Colletti; a responsável
pela área de Desenvolvimento de
Novos Produtos, Cíntia Figueiredo; o
responsável pelo CTA, Paulo Gentile; o
projetista e consultor Wilson Escarizza, o
consultor de Marketing, Celso Sanches;
o coordenador de Lean Robson Gouveia;
além dos colaboradores da área técnica
da Alcoa, Eduardo Silva e Ademir Bráulio Ferreira. “Para nós é extremamente
gratificante saber que nossos parceiros valorizam iniciativas que são
prioridades para a Alcoa”, resume o
Gerente Regional, Paulo Bolzoni, que
também prestigiou o encontro.
Ações de relacionamento como o
workshop têm sido um diferencial importante para a presença da Raw em
Campinas, cidade que deverá abrir
uma nova loja da Empresa até o final
do ano. O processo de expansão
inclui ainda a abertura de mais um
estabelecimento, desta vez localizado
na zona leste da capital paulista, entre
os bairros Vila Prudente e Mooca.
“Nosso plano não é oferecer somente
um ponto comercial, mas um espaço
de relacionamento, com sala de reuniões
preparada para nossos parceiros de
negócios receberem seus próprios
clientes e arquitetos, com todo suporte e apoio de nossa Empresa”,
diz o executivo.
A Alumínio Pantanal expandiu suas atividades na Região Centro-Oeste e inaugurou, no dia 15 de junho, uma nova
filial, em Campo Grande (MS). Com mais
esta Unidade, a Rede Alumínio & Cia. encerra o primeiro semestre de 2011 com
36 pontos de vendas instalados nas principais cidades do País.
Ocupando um espaço de 600m², a nova
loja reúne lançamentos e tendências de
mercado no segmento de esquadrias de
alumínio. Além das linhas exclusivas Alcoa, a Alumínio Pantanal oferece um mix
de artigos para a construção civil, como
ferramentas e componentes homologados tecnicamente e comercialmente
pela Companhia. Como em todas as unidades da Rede, a nova loja tem equipe
treinada para oferecer o melhor atendimento e suporte técnico a seus clientes.
“Campo Grande é
uma cidade muito
importante para o
desenvolvimento
da Região CentroO proprietário da Alumínio Pantanal, Haroldo Kuzai (ao centro),
-Oeste. Sem dúvida,
recebe a placa comemorativa das mãos do gerente regional, Paulo
esta é uma excelente
Gusmão, e do gerente Comercial da Construção Civil, Luiz Nitschke.
oportunidade para
ampliarmos nossa
presença no mercado, oferecendo um também está representada em Cuiabá
mix diversificado de produtos”, desta- (MT). O evento de inauguração reuca o gerente da Rede, Leonardo Aran- niu amigos e parceiros de negócios
tes. Para André Colletti, gerente de Ma- da Alumínio Pantanal. Além de André
rketing da Alcoa, a abertura da loja é Colletti e Leonardo Arantes, estiveram
estratégica para a Alumínio & Cia.: “Os presentes no evento o gerente Comermercados do Mato Grosso e do Mato cial Construção Civil, Luiz Nitschke; o
Grosso do Sul vêm crescendo muito ao analista de Marketing, Celso Sanches;
longo dos anos. Nossa ideia é abrir ou- o gerente Regional do Centro-Oeste,
tras lojas no interior dos dois estados.” Paulo M. Gusmão; e o técnico Regional
A Rede, por meio da Alumínio Pantanal, Centro-Oeste, Fábio R. Machado.
DÚVIDA TÉCNICA
Vai fixar a esquadria? Utilize parafusos de aço inoxidável!
Quando o assunto é resistência à corrosão, esta é sempre a primeira e melhor opção
O aço inoxidável é uma liga que tem o
ferro como elemento predominante e
possui, ainda, um mínimo de 10,5% de
cromo, máximo de 30% de níquel e outros
elementos em porcentagens menores,
como carbono, molibdênio e manganês.
A resistência à corrosão se deve,
basicamente, a uma película de óxido
de cromo que se forma na superfície do
metal. Dessa forma, esse “filme” impede
que o ferro da liga não sofra o ataque
do oxigênio, transformando-se em
ferrugem e se desintegre com o tempo.
Assim, mesmo que o aço sofra algum
dano, sejam arranhões, amassamentos
ou cortes, o oxigênio imediatamente
se combina com o cromo, formando
novamente o filme protetor.
O aço inox também é um elemento
inerte, por isso, o uso desse material é o
mais recomendado para as esquadrias
de alumínio. “Utilizamos o parafuso de
aço inox 304 para evitar a reação galvânica que acontece entre o alumínio e o
aço comum, o que provoca a formação
de buracos. Por isso eles são usados nas
fixações dos marcos, folhas, remates, da
janela no contramarco e na coluna de reforço. Também são excelente opção no
momento de fixar a placa de ancoragem
no concreto, nas colunas e nos braços de
janelas projetantes, entre outras”, destaca o projetista Wilson Escarizza. Os parafusos de aço inox homologados para
todas as linhas da Alcoa são fornecidos
pela Inox-Par e pela Bolt Inox, que seguem os mesmos padrões de qualidade
exigidos pela própria Alcoa.
Mas o que diz a legislação sobre o
assunto? A NBR 10821 – Esquadrias
Externas para Edificações não afirma
explicitamente que os parafusos utilizados nesses processos devem ser de
aço inoxidável. No entanto, segundo a
consultora da Associação de Fabricantes de
Esquadrias de Alumínio, Fabíola Rago,
na parte 2 do documento, o item 4.3
traz a seguinte descrição: “Os contatos
bimetálicos devem ser evitados. Caso
eles existam, deve-se prever isolamento ou utilização de materiais cuja
diferença de potencial elétrico não
ocasione corrosão galvânica. Como
exemplo, pode-se utilizar alumínio
em contato com aço inoxidável austenítico. “Esta frase é uma forma de
dizer para não serem utilizados parafusos de aço, que não sejam inoxidáveis, em esquadrias de alumínio”,
destaca a profissional.
alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
7
CAPAAl&Cia.
EQUIPE
Alumínio Pantanal
inaugura filial em
Campo Grande
EQUIPE Al&Cia.
Aludir adota mudanças
em prol do meio ambiente
Loja da Rede Alumínio & Cia., de Belo
Horizonte (MG), a Aludir vem adotando uma série de ações que estão
contribuindo para a preservação do
meio ambiente. A principal delas é a
instalação, nos computadores da empresa, da Ecofont, desenvolvida pela
empresa holandesa Sprang, que gera
economia de tinta nos processos de
impressão. A descoberta do recurso
foi feita por Lídia Ciolette, que trabalha
na administração da Aludir. Segundo a
Sprang, a economia pode chegar a 25%.
“Alinhada com os princípios e valores da
Alcoa, pensamos em sair na frente em
um mercado exigente e comprometido
com a sustentabilidade. Por isso, pretendemos que a ideia seja estendida
para toda a Rede, mostrando que ações
simples e econômicas são possíveis
e podem fazer diferença. Além disso,
também buscamos fazer nossa parte
poupando recursos naturais e dando
exemplo a nossos clientes e parceiros”,
explica Lídia. Com esta ação, a Aludir
pretende economizar pelo menos 20%
nos gastos com tinta para impressão.
Para o gerente Regional Sudeste, Paulo
Bolzoni, iniciativas como esta são importantes porque corroboram com os princípios e valores da Alcoa, “criando nosso
diferencial no mercado”, acrescenta.
Outras ações
A Aludir já pratica uma série de comportamentos voltados para a sustentabilidade. A empresa reutiliza as embalagens dos perfis que chegam da Alcoa,
tanto as plásticas como as de papel,
que são retiradas com cuidado e guardadas para reembalar os perfis quando
necessário. “Esta ação reduz significativamente nossa produção de resíduos”,
destaca o diretor da Empresa, Adolfo
Ciolette Júnior. Além disso, a Empresa
prioriza a escolha de equipamentos de
informática mais eficientes do ponto
de vista energético, como monitores
de LCD, que consomem cerca de 40%
menos energia que os monitores de
tubo. Também adquire, sempre que há
necessidade de troca, computadores
com processadores múltiplos,
que consomem 50% da energia e têm eficiência 60% maior
em relação aos computadores
com processadores simples.
Outra medida adotada é o
incentivo de rascunho para
impressões de uso interno,
minimizando o consumo de
papel e a geração de resíduos.
Mais um ponto forte da Aludir
se refere à diminuição de uso
de copos plásticos, substituídos
Como funciona e por que instalar?
Para criar a Ecofont, a Sprang utilizou como base um modelo de
fonte já conhecido, o Vera Sans,
e adicionou pequenos círculos,
que não são preenchidos com
tinta no momento da impressão.
Outro diferencial é que a fonte
apresenta uma proporção diferenciada, já que seu tamanho 10
equivale ao tamanho 12 da Times
New Roman, uma das mais comu-
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alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
mente utilizadas. A Ecofont pode
ser instalada, gratuitamente, em
qualquer computador, independente do modelo. Por se tratar de
uma open source, não há restrições comerciais e sua utilização
é livre tanto para empresas, independentemente do porte, quanto
para uso doméstico. Se você quer
aderir à iniciativa, basta acessar o
site: http://bit.ly/ecofont-sprang.
Iniciativas comprovam
o compromisso da
empresa com a
preservação de recursos
por squeezes entregues à todos os
funcionários. “Sempre que possível
optamos, também, por produtos recicláveis, biodegradáveis e damos
preferência por fazer compras perto da Empresa, evitando o deslocamento e, promovendo assim, economia de combustível”, acrescenta
Adolfo. Tal maneira de pensar já se
reflete nos negócios. “Saber que
uma empresa se preocupa com suas
ações, tentando minimizar seus impactos ambientais, pesa na escolha
do cliente, já que, ao consumir um
produto, as pessoas levam em conta sua origem, o quanto ele pode
causar danos ao meio ambiente e
como ele será descartado após o
uso”, concluiu Adolfo.
ESPAÇO ALCOA
Atitude sustentável
é destaque na mídia
A Alcoa foi a grande vencedora da
categoria Siderurgia e Metalurgia da
pesquisa “As Empresas mais sustentáveis segundo a mídia”, realizada pela
Revista Imprensa e divulgada em sua
edição de agosto. Para chegar às 100
marcas que compõem o ranking principal, foram analisadas matérias publicadas no ano passado em publicações
como Veja, IstoÉ, IstoÉ Dinheiro, Época,
Época Negócios, Carta Capital, Amanhã-RS, América Economia e Exame.
O resultado final contempla as empresas que se destacaram em práticas e
ações sustentáveis. E isso é o que não
falta na Alcoa. Diversas iniciativas colocam a empresa em posição de destaque
quando o assunto é sustentabilidade.
Semanas Verdes
Estimular a consciência ambiental dos
funcionários é o propósito do Programa
Semanas Verdes, iniciativa voluntária
dos colaboradores da Alcoa que em junho movimentou todas as unidades da
empresa no mundo. O objetivo é reforçar a participação dos funcionários em
ações ambientais, tais como reciclagem,
redução e revitalização. Mobilizadas, as
pessoas se tornam “embaixadoras ambientais” e constroem uma comunidade
mais verde. Paralelamente, a Empresa
também promoveu um concurso cultural, voltado aos filhos de funcionários
com até 17 anos, que os estimulou a
Respeito ao meio ambiente sempre
fez parte do cotidiano da empresa.
criar desenhos e maquetes de como em uma escola municipal, realizando
acreditam que será o meio ambiente atividades educativas e de conscientizano futuro. Os oito melhores trabalhos ção, além de um concurso de fotografias.
serão premiados com US$ 5 mil (valores Em Juruti (PA) o destaque foi a mostra
convertidos em reais), a serem doados audiovisual ambiental com produções
a escolas públicas escolhidas pelos ven- profissionais e independentes, além do
plantio de mudas de árvores e da moncedores.
No Brasil, as unidades da Alcoa promo- tagem de um painel socioambiental. Em
veram diversas atividades. No escritório Tubarão (SC) as atividades programadas
central de São Paulo foram programa- envolveram curso de reciclagem de gardas palestras, doações de mudas e exi- rafas PET, distribuição de mudas de árbição do filme Wall-e a crianças de uma vores e ação voluntária de estagiários.
instituição apoiada pela empresa. Em São Luís (MA) as
campanhas do Consórcio
Alumar abrangeram educação ambiental com a participação da comunidade, além
de oficinas de integração e
atividades com funcionários
e familiares. Em Poços de
Caldas (MG) as ações incluíram campanhas de coleta
de latinhas e pilhas, visitas
ao parque ambiental da
unidade, plantio de árvores e oficina de hortas em
residências, que contaram
com a participação de funcionários e familiares, estagiários, empregados terceirizados e a comunidade.
O presidente da Alcoa Brasil e América Latina,
Itapissuma (PE) também fez
Franklin Feder, dá o exemplo de atitude
bonito, implementando o
“verde” ao plantar uma muda de árvore.
programa de coleta seletiva
Antecipada a meta de redução de carbono
Os resultados divulgados no recém-lançado Relatório de Sustentabilidade 2010 da
Alcoa só trouxeram boas notícias: a meta
da empresa de reduzir em 20% a emissão
de gases de efeito estufa até 2020 foi superada e antecipada em nove anos. Só a Divisão de Produtos Primários diminuiu seu
índice em 22%, em relação aos dados de
2005, e o alumínio produzido em suas Uni10 alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
dades foi o primeiro a ser reconhecido
com o certificado Cradle to Cradle
na categoria Prata, pelo infinito potencial de reciclagem que possui.
A Alcoa analisa e divulga permanentemente dados que demonstram a evolução da empresa em
relação à sustentabilidade de seus
produtos, recursos e operações.
Com aproximadamente mil
colaboradores, a Fábrica de
Itapissuma, em Pernambuco, está comemorando
30 anos de atividade. No
local são produzidos perfis anodizados, chapas e
folhas de alumínio comercializados pelas Divisões
Extrudados e Laminados.
Trata-se de um dos mais
importantes complexos industriais da Alcoa América
Latina e Caribe.
Nestas três décadas de existência, a Unidade tem exercido uma forte atuação na
comunidade local, por meio de ações e
projetos sociais, com o objetivo de proporcionar o bem-estar e a melhoria da
ESPAÇO ALCOA
Fábrica de Itapissuma comemora 30 anos
Ao completar 30 anos, Unidade de Itapissuma
reforça sua posição estratégica para a Empresa
tanto no Brasil quanto na América Latina.
qualidade de vida às pessoas da região.
Na área ambiental, diversas iniciativas
foram colocadas em prática, como a
substituição do cromo pelo titânio
no processo de pintura de chapas de
alumínio. Com esse trabalho, a fábrica
conseguiu acabar com o manuseio
de 2.300 mil quilos do produto químico, eliminando riscos à saúde dos
funcionários e ao ambiente.
CURTAS
Fise lança linha de produto com
Preocupações ergonômicas
Tradicional fabricante de componentes para esquadrias, a Fise
inovou no design e desempenho das novas fechaduras tipo
concha da linha Ideal. A questão
ergonômica foi o foco da criação
do produto, que possui apoio
arredondado e o encaixe para os
dedos mais profundo do mercado (11 mm). A empresa buscou
proporcionar um manuseio mais
confortável e oferecer maior segurança ao usuário, já que o travamento da fechadura da linha
Ideal é feito para cima.
Produzidos com matérias-primas de alta qualidade e garantia de cinco anos, os acessórios estão disponíveis nos
acabamentos branco e preto –
outras cores só sob encomenda – e são ideais para esquadrias de alumínio de portas e
de janelas de correr. Além das
fechaduras tipo concha com e
sem chave, a linha Ideal inclui
puxadores, maçanetas e fechos
para janelas maxim-ar, e também roldanas com regulagem
com e sem rolamento.
Segurança e ergonomia,
sem esquecer a beleza,
são as características do
lançamento da Fise.
As novidades da Zeloart
Especializada na fabricação e instalação de esquadrias de alumínio sob
medida para o mercado residencial
paulista de alto padrão, a Zeloart está
comercializando sua nova linha de
portas e janelas versáteis, que permitem aberturas e ventilação a gosto
do cliente, lançada em março durante a Feira Internacional da Indústria
da Construção (Feicon), realizada em
São Paulo. São itens que possibilitam dupla abertura (abrir e tombar),
ventilação total ou parcial, e vedação
térmica e acústica maiores que as das
portas e janelas comuns.
Janelas oscilobatentes ou pivotantes,
portas osciloparalelas ou eleváveis,
além da Linha Goss, que traz componentes indicados para aplicação em
esquadrias e tipologias de correr, são
produtos que fazem da Zeloart uma
importante referência no segmento.
A marca também oferece aos clientes
anodização aplicada, micropersianas
seladas entre vidros, pinázios e acessórios exclusivos.
Lançados na Feicon, os novos modelos de portas e janelas da
Zeloart prometem agradar em cheio a todos os tipos de cliente.
O charme e A praticidade
do guarda-sol Papaiz
O guarda-sol modelo Avório foi escolhido
pela arquiteta Mônica Rio Verde para conferir charme e beleza ao espaço Kids da Casa
Cor edição 2011, realizada de 25 de maio a
12 de julho, no Jockey Club de São Paulo
(SP). O produto se destaca pela resistência de sua reforçada estrutura de alumínio
e pela cobertura de PVC com tratamento
anti-UV. Líder de mercado em seu segmento,
12 alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
a Papaiz é reconhecida não só nacionalmente, mas também nos mais de 20 países
para os quais exporta, como uma das mais
conceitadas fabricantes de fechaduras para
móveis, cadeados, fechaduras residenciais,
dobradiças, guarda-sóis, telas mosquiteiras
e componentes para esquadrias do mundo.
Os produtos da marca Udinese, inclusive,
são homologados pela Alcoa.
Bonito, leve
e resistente,
o Avório é o
complemento
ideal para
qualquer área
externa.
OPINIÃO
Vidros de controle
solar garantem
conforto térmico
também em residências
Carlos Henrique Mattar, gerente de Desenvolvimento
de Mercado da Cebrace - www.cebrace.com.br
A preocupação com a preservação do
planeta tem aumentado a cada dia e
com isso o desenvolvimento e a oferta
de materiais sustentáveis também crescem. Entre os produtos disponibilizados
no mercado, os vidros de controle solar
chegam como uma excelente opção para
a redução do consumo de energia elétrica
em projetos arquitetônicos com grandes
áreas envidraçadas, além de garantirem
conforto térmico para seus ocupantes.
Hoje em dia, quando falamos sobre
vidros de controle solar, sempre pensamos em edifícios e grandes obras comerciais onde costumamos vê-los aplicados. Isso ocorre, sobretudo, devido à
falta de conhecimento por parte do público especificador sobre os benefícios
que esses vidros podem oferecer às residências. Todavia, com a necessidade de
redução de consumo energético, alguns
arquitetos já passaram a especificá-los
também para projetos residenciais.
O uso de vidros de controle solar em
residências permite uma maior entrada
de luz natural, barrando ainda boa parte
do calor. Ao contrário dos edifícios, que
buscam selos e certificações, a preocupação dos consumidores e arquitetos
na aplicação de tais vidros em casas está
na performance do material, que deve
reduzir a entrada do calor e ainda assim
apresentar uma estética neutra.
Em relação a sua aplicação nesse segmento, ela é feita de forma monolítica
ou temperada, diferentemente dos
edifícios, onde os vidros são aplicados
laminados ou insulados. Pensando no
conjunto da janela, é sempre importante estar atento ao par vidro/caixilho,
de modo que a instalação seja feita de
maneira correta, a fim de que os vidros
de controle solar possam desempenhar
seu papel com eficácia. Desta forma,
não devemos utilizar massa de vidraceiro, apenas silicone ou borrachas neutras, calços e folgas adequadas.
Devido à grande extensão territorial do Brasil e à variedade de climas,
podemos ter vários tipos de vidro de
controle solar: na Região Sudeste, a
tendência para residências é o uso de
vidros com baixa reflexão, cores neutras em tons de verde ou azul e que
permitam uma boa entrada de luz solar, mas que barrem pelo menos 50% da
entrada de raios solares. Já nas Regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste, vemos a
tendência dos consumidores buscarem
maior privacidade, neste caso os vidros
refletivos são a melhor opção, sendo
utilizados principalmente em tons de
cinza e verde. Os produtos com essas
características são aplicados geralmente em salas, coberturas e quartos ou em
lugares onde se tem maior entrada de
calor ou exposição ao meio externo.
A utilização de vidros de controle solar
em residências tem crescido 10% ao
ano, e as perspectivas atuais são ainda
melhores devido ao lançamento de novos produtos, à existência de uma nova
norma de etiquetagem para projetos
residenciais e, especialmente, a uma
maior conscientização de consumidores e arquitetos, hoje mais preocupados com um consumo consciente e
com construções sustentáveis.
alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
13
ENTREVISTA
Mais verde
e menos
cinza nos
canteiros
de obras
Nova Lei de Resíduos
Sólidos promete mudar o
comportamento referente
ao descarte de materiais
provenientes de obras
O meio ambiente ganhou recentemente uma importante aliada: sancionada em agosto e regulamentada
em dezembro de 2010, a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS) entrou em vigor neste ano,
por meio da Lei nº 12305, que institui
o princípio de responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Isso significa que todos os envolvidos nesse processo, fabricantes,
importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares dos
serviços públicos de limpeza urbana
e manejo de resíduos sólidos, deverão estabelecer um consenso sobre o
dever de cada um no que diz respeito
à geração de resíduos.
14 alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
A preocupação com o descarte de
resíduos está fundamentada em dados assustadores. Segundo a área de
Ambiente Urbano do Ministério do
Meio Ambiente, atualmente são produzidos por dia cerca de 180 mil toneladas de lixo. Mais da metade disso, é
oriunda da construção civil. Para coletar
um volume tão grande, gastam-se, em
média, R$ 80 por tonelada, uma verba
significativa que poderia ter outro
destino, caso houvesse mudança de
comportamento por parte de toda
a sociedade. A nova lei busca exatamente isso. De modo geral, a legislação não deve alterar de forma significativa a rotina das construtoras,
pois o segmento já vinha adotando
Henio De Nicola é coordenador da
Comissão de Reciclagem da Abal
um sistema de gestão de resíduos sólidos com o objetivo de
cumprir a resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente, de 2002, mas deve dar uma
dinâmica ainda mais pautada
nas questões relativas à sustentabilidade.
De modo geral, o documento
estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos, visando disciplinar as ações necessárias para minimizar os impactos ambientais.
Desta forma, muitas iniciativas já
são colocadas em prática com sucesso, mas ainda são insuficientes
principalmente se considerarmos
o ritmo acelerado dos canteiros
de obras. Para falar desse assunto,
a Alumínio & Cia. em revista entrevistou representantes de duas
entidades importantes ligadas à
cadeia produtiva. As expectativas
são excelentes, com a entrada em
vigor da nova lei, principalmente
no que se refere à chamada logística reversa, processo que garante o retorno de produtos, emba-
Quais as contribuições que a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS) e a nova Lei sancionada
em dezembro podem trazer para
o segmento da construção civil?
Henio De Nicola - Não existia no
país a percepção/conscientização
da importância de uma lei como
essa. Com o aumento dos descartes de um modo geral e a maior
preocupação com a questão da
sustentabilidade, a lei tornou-se urgente e veio justamente para racionalizar o uso, conscientizar o consumo, forçar uma solução técnica
para o problema do descarte. Ela
estabeleceu, inclusive, prazos para
a adequação de cada setor. Os mais
críticos foram chamados primeiro
a encontrar soluções. O alumínio
vem em uma segunda etapa, porque representa um problema bem
menor. Apesar de a reciclagem de
latinhas de alumínio ser uma realidade no Brasil desde a década de
80, o setor vem trabalhando para
se adequar à nova realidade até
dezembro de 2011. No caso da sucata industrial de alumínio, ela não
vai para o meio ambiente, segue
direto do serralheiro para a reciclagem. A logística reversa já é uma
realidade no setor: seu sistema de
reciclagem se autossustenta e não
necessita de subsídios.
Lilian Sarrouf - A Política Nacional trouxe, sem dúvida, avanços
para a gestão de resíduos no país
como um todo. Especificamente
para a construção civil, tivemos
um ganho importante que é o
reconhecimento das especificidades do setor da construção. Ou
seja, pela nova Política, o resíduo
de construção deixa de estar inserido como resíduo industrial
e passa a ter uma forma própria
de gerenciamento de acordo com
as normas do Sistema Nacional
do Meio Ambiente (Sisnama).
O regramento passa a ter como
principal diretriz a Resolução do
Conama 307/2002. Isto é muito
importante, pois pela resolução,
dá-se tratamento diferenciado
para o pequeno e para o grande
gerador, além de destacar a responsabilidade de todos os agentes envolvidos, sejam públicos,
privados e a sociedade em geral.
Lilian Sarrouf é coordenadora
técnica do Comitê de Meio
Ambiente do Sinduscon-SP
alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
15
ENTREVISTA
lagens ou materiais ao seu centro
produtivo, e à coleta seletiva de
lixo, dois dos aspectos tratados
pela PNRS. A Associação Brasileira do Alumínio (Abal), por exemplo, vem promovendo ações que
ajudam na adequação à nova Lei,
de acordo com o coordenador da
comissão de reciclagem da entidade, Henio De Nicola. O Sindicato
da Indústria da Construção Civil
(Sinduscon-SP) vai pelo mesmo
caminho, como explica a coordenadora técnica do Comitê de
Meio Ambiente, Lilian Sarrouf.
Acompanhe, a seguir, o que eles
dizem sobre o tema.
ENTREVISTA
Entendemos que a Lei irá e já está
afetando positivamente, pois o tema
resíduos de construção está se tornando pauta obrigatória na discussão de
políticas públicas. Isso irá impulsionar
ações que estavam estagnadas, como
o regramento das políticas municipais
sobre o tema. O regramento dessas
políticas tornou-se hoje o principal
ponto crítico, pois uma vez não definidas as regras para a correta destinação
dos resíduos com a implementação de
Áreas de Transbordo e Triagem (ATTs),
além de Aterros de Resíduos de Construção
(ARC), torna-se inviável a gestão por
parte das construtoras.
Como a entidade que você representa
vem se posicionando em relação ao
assunto?
Henio De Nicola - O que estamos discutindo, com o setor de embalagens, é que
a solução está pronta, precisamos apenas adequá-la ao que já existe a serviço
da lei. A reciclagem do alumínio é uma
realidade e se autoremunera, diferentemente do plástico, por exemplo, e
do vidro. No caso desses dois itens,
serão necessários investimentos. Na
prática, a Abal vem promovendo ações
que ajudem na adequação à nova Lei e
espera que, com isso, haja uma desoneração da cadeia de reciclagem. Não
são necessários incentivos, porque a
cadeia se paga, mas uma redução de
impostos seria muito importante para
o setor. Isenções de impostos incentivariam o volume de reciclagem, proporcionariam mais recursos para melhorar a qualidade das cooperativas,
poderiam ser ministrados treinamentos
aos catadores. Em resumo, seriam possíveis benfeitorias sociais que incentivariam ainda mais a prática da reciclagem. No texto aprovado a lei não prevê
nenhum incentivo.
Lilian Sarrouf - Desde o final do ano
passado, o SindusCon-SP, por intermédio do seu Comitê de Meio Ambiente
16 alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
(Comasp), retomou fortemente suas
ações com relação ao tema. Estamos
elaborando um estudo que contemplará o atual estágio de implantação
de resíduos de construção no Estado de São Paulo, de forma a detectar
os avanços ocorridos de 2002 (data
da aprovação da Resolução Conama
307) até hoje, bem como as dificuldades que ainda precisam ser superadas. Nosso objetivo é propor ações
estruturantes que envolvam órgãos
de governo, transportadores, fornecedores, áreas de destinação final, áreas
de transbordo, recicladoras e construtoras para a eficaz implantação da
gestão de resíduos. Nossa meta neste
segundo semestre é divulgar os resultados deste estudo e promover a realização das ações propostas. Estamos
“Na prática, a Abal
vem promovendo
ações que ajudAm
na adequação à
nova Lei e espera que,
com isso, haja uma
desoneração da
cadeia de reciclagem “
também acompanhando as comissões
que tratam da revisão da Resolução
Conama 307/2002 e do GT do Ministério de Meio Ambiente responsável
pela elaboração dos Planos de Gestão
citados na PNRS.
Como os empresários ligados à comercialização e fabricação de produtos de
alumínio podem colaborar para que a
Lei e a Política sejam bem sucedidas?
Henio De Nicola - Com mais investimento em tecnologia. A indústria de alumínio no Brasil poderia mirar mais na
tecnologia. Com investimentos tecnológicos a atividade da indústria de reciclagem seria mais lucrativa, seria possível
aumentar a produção a um custo menor.
Mas eu quero ressaltar que toda a cadeia
está levando a sério a nova lei, existe um
compromisso forte e sério de todos. Para
nós, a lei já pegou, e a expectativa é que
todos se adaptem e os resultados superem as expectativas.
Lilian Sarrouf - A PNRS reforça o conceito da redução na geração e preconiza a reutilização e a reciclagem
dos resíduos. Pelo ponto de vista da
redução, caberá aos fornecedores, em
conjunto com projetistas e construtoras, melhorar seus sistemas produtivos de forma a reduzir a geração dos
resíduos. Projetos modulados e sistemas industrializados deverão ser privilegiados. O alumínio é conhecidamente uma das matérias-primas com
maior êxito na cadeia da reciclagem,
principalmente por ela ser economicamente rentável. Neste sentido, é
preciso ordenar o recolhimento deste
resíduo e isto deve ocorrer incentivando a implantação de áreas de transbordo e triagem, de ecopontos (para
recebimento de pequenos volumes)
aos quais os resíduos seriam encaminhados destas áreas para empresas
de reciclagem. Mas é preciso lembrar
que as esquadrias contemplam outros
componentes, como plásticos, vidros,
resinas etc., além de suas embalagens.
Neste caso, é preciso buscar soluções
que viabilizem o correto gerenciamento. Produtos como silicones, tintas e vernizes deverão ter destinação adequada,
e estas precisam ser definidas. É preciso
conhecer todos os itens das esquadrias,
tanto os aplicados na fabricação quanto na sua instalação, para definir qual o
melhor local e tratamento a ser dado. A
PNRS também traz um novo conceito, o
da logística reversa, e um dos primeiros
itens que os fornecedores terão que tratar é o das embalagens. Setores como o
dos fabricantes de gesso já têm avanços
no sentido de fazer o recolhimento dos
resíduos em ATTs e destiná-los a reciclagem. Isto deve ocorrer para os demais
produtores da construção civil.
Alumínio e reciclagem são duas palavras que caminham em perfeita harmonia no Brasil. Um bom exemplo
de que isso é possível são os números divulgados pela Abal: o País recicla 98,2% de todas as latas de bebida
que produz, índice que o coloca na
liderança mundial do segmento, posição que ocupa desde 2001. Por isso,
as expectativas são excelentes quando o assunto diz respeito à coleta seletiva e à logística reversa. Empresas
como a Alcoa, por exemplo, trazem
em seu DNA a preocupação com o
impacto ambiental de suas atividades, o que de certa forma também
é transmitido a todos os segmentos
com os quais se relaciona.
“Há muito tempo trabalhamos para
reduzir resíduos de nossos proces-
sos, pois temos metas corporativas
para reutilização e ou reciclagem de
resíduos. Implantamos a coleta seletiva em nossas Fábricas há mais de
dez anos e todos os resíduos gerados
em nossos processos possuem destinação ambientalmente adequada,
aprovada pelos órgãos ambientais.
Paralelamente realizamos auditorias
de pré-qualificação nas empresas
que recebem nossos resíduos, bem
como realizamos o processamento
de sucata de alumínio proveniente
de nossos clientes”, explica Ruberval
Valvassori, responsável pela área de
Saúde, Segurança e Meio Ambiente
da Divisão Extrudados da Alcoa. O desafio da Empresa, agora, é trabalhar
em sintonia com seus principais parceiros de negócios, para que a gestão
ENTREVISTA
Uma preocupação de todos
Ruberval Valvassori é responsável pela área
de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da
Divisão Extrudados da Alcoa
de resíduos, em qualquer processo
produtivo e/ou prestação de serviços,
possa trazer outras vantagens, como
a redução de custos, uma vez que a
sucata tem valor de mercado.
CAPA
CAPA
Unit, uma fachada
modular que traz
inúmeras vantagens
Se você ainda não trabalha com a Linha Unit, prepare-se:
não há outro sistema que proporcione tanta qualidade e
produtividade às fachadas quanto o unitizado, um diferencial
que há dez anos vem fazendo sucesso em todo o País
O Jigsaw Puzzle, mais conhecido entre
os brasileiros como quebra-cabeça, foi
criado em 1760, em Londres, pelo
cartógrafo John Spilsbury que, ao colar
um mapa sobre madeira e separar os
países em suas fronteiras, inventou um
material didático interativo para facilitar
o ensino de Geografia. O jogo se popularizou e passou a ser encarado, após a crise
de 1929, como uma forma de distração.
O que, provavelmente, John Spilsbury
não previu é que esse conceito de montagem em módulos seria tão eficiente
a ponto de extrapolar a brincadeira
e alcançar várias esferas, inclusive na
Engenharia e Arquitetura.
Basta dar uma olhada nos canteiros de
obras para enxergar ali diversos tipos de
quebra-cabeça, com as mais variadas formas, sendo montados. Essa também foi
a analogia que a arquiteta e responsável
pela área de Desenvolvimento de Novos
Produtos da Alcoa, Cíntia Figueiredo,
usou para explicar a Linha Unit, uma das
mais modernas da Alcoa, lançada no País
em 2001. “A fachada unitizada é modular,
como se fosse um grande quebra-cabeça,
já que é tudo montado em um quadro e
as laterais dos quadros, quando unidas,
formam uma coluna”, diz.
Mas como surgiu essa nova forma de
montagem de fachadas? “O sistema unitizado, ao qual pertence a Linha Unit,
já existe há muito tempo nos Estados
Unidos e na Europa. Há alguns tipos
com nuances diferentes elaborados por
18 alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
outras empresas sistemistas. No Brasil, a
primeira experiência com uma linha unitizada foi feita pela Alcoa, utilizando o sistema da Kawneer, unidade da Alcoa Inc.,
dos Estados Unidos, trazido para o País
no início dos anos 2000”, lembra
Cíntia. Mas para quem conhece o sistema talvez o melhor sinônimo que exista para a Linha Unit seja “praticidade”: os
módulos podem sair de fábrica prontos,
inclusive com os vidros instalados.
A tecnologia da Unit também permite
que os módulos prontos sejam içados e
instalados andar por andar ou instalados
pelo lado interno, dispensando o uso de
balancins e favorecendo a segurança dos
trabalhadores. Nesse caso, o fabricante
avalia as condições da obra e decide
pela melhor forma de fazer a instalação.“
A montagem é feita de baixo para
cima. À medida que os pavimentos são
fechados eles podem ser liberados para
outros trabalhos”, conta Cíntia.
Quem fabrica e especifica esquadrias é
testemunha de todas essas vantagens.
“A possibilidade de içar o painel já com o
vidro torna a execução mais rápida e reduz drasticamente as atividades externas
em balancins”, conta Henrique Sabioni,
um dos diretores da Itefal, empresa que
possui 29 obras utilizando a Unit em seu
portfólio. A mais recente é o Comercial
Norte Sul Dahruj, situado na principal
avenida de Campinas (SP), cujos painéis foram içados com vidro e granito já aplicados.
Quando o assunto é instalação, o diretor
CAPA
CAPA
SEDE BankBoston - SP
Arquitetura: Skidmore,
Owings e Merrill, em parceria
com Julio Neves, 2002
Linha Unit, Alcoa
“Pessoalmente nunca me conformei com as dificuldades de instalação
das fachadas convencionais existentes na época, cuja instalação é
feita pelo lado de fora, em balancins que sobem e descem várias vezes. “
Fábio Gadioli
CAPA
Diretor da Igê Esquadrias Metálicas
da Luxalum, Lucínio Abrantes dos Santos, faz questão de dar detalhes sobre o assunto. “As vantagens estão na
redução de tempo e na facilidade do
processo de montagem e instalação,
pois estamos falando de painéis únicos que compreendem a altura de cada
andar, transportados para o local já com
o vidro colado, com trilhos guias verticais
elétricos. Como a fixação dos painéis é
feita piso a piso, são utilizados insertos
metálicos na fase de concretagem das
lajes, o que permite a instalação das ancoragens de alumínio sem a necessidade
de perfurar as lajes, agregando muita
agilidade aos trabalhos”, diz. Além disso,
os trilhos com pórticos de carga e/ou
carros elétricos com lanças autoportantes são alocados próximo da fachada, a
cerca de 300 mm, permitindo maior velocidade e desempenho na instalação.
“O fechamento e a instalação são feitos
pelo lado interno, horizontalmente por
andar, liberando rapidamente o mesmo
para os acabamentos internos”, reforça.
Se comparado ao sistema tradicional, as
vantagens do unitized ficam ainda mais
evidentes. “O sistema stick, por exemplo,
prevê três etapas de fabricação e instalação:
ancoragens na frente de viga, colunas e
travessas, quadros com vidros. Em todas
elas, são necessárias a utilização de balancins elétricos na fachada e a furação
das lajes frontalmente para a instalação
das ancoragens, o que pode comprometer a estrutura de concreto e ferragens
da mesma, resultando em um processo moroso. Como a fixação dos painéis
é feita piso a piso, são utilizados insertos
“AS VANTAGENS ESTÃO
NA REDUÇÃO DE TEMPO
E NA FACILIDADE
DO PROCESSO
DE MONTAGEM E
INSTALAÇÃO”
(inserts) metálicos na fase”, lembra Lucínio.
Para ele, ainda não existe nenhum senão
quando o assunto é a Unit.
Quem também faz coro frente às vantagens da linha Unit é o especificador de
esquadrias da Santa Clara Arquitetura,
Paulo César de Oliveira. “Conceitualmente tudo é simples, pois o sistema
oferece o fechamento/envelopamento da
fachada com as esquadrias e a vidraçaria.
O produto realmente contribui, em muito, para o sistema de industrialização da
construção civil, traduzindo qualidade,
produtividade e imponência visual aos
empreendimentos”, afirma. Quando é
solicitado a especificar uma linha para
determinada obra, Paulo sempre leva
em consideração o caráter do empreendimento quanto ao aspecto da fachada,
a velocidade de execução, o custo compatível e a garantia de desempenho
técnico no atendimento às Normas da
ABNT. Nesse sentido, a Unit é imbatível.
Apesar de suas inúmeras vantagens,
a produção da linha impõe desafios,
como conta Henrique Sabioni. “Esse
sistema construtivo exige grande precisão tanto na instalação das ancoragens
quanto nas usinagens dos montantes.
Para obtermos o melhor resultado do
sistema, é necessário que todas as ancoragens estejam bem niveladas e que os
painéis venham da fábrica com as gancheiras no ponto correto. Para isso, um
centro de usinagem CNC torna-se um
elemento de extrema importância”, explica. Na mesma medida, ele cita cuidados que devem ser observados sempre.
“O sistema não absorve grandes di-
“A possibilidade de içar o painel já com o vidro torna a execução mais
rápida e reduz drasticamente as atividades externas em balancins”
Henrique Sabioni
Diretor da Itefal
20 alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
CAPA
“O sistema stick, por exemplo, prevê três etapas de fabricação e instalação:
ancoragens na frente de viga, colunas e travessas, quadros com vidros.
Em todas elas, são necessárias a utilização de balancins elétricos
na fachada e a furação das lajes frontalmente para a instalação
das ancoragens, o que pode comprometer a estrutura de concreto e
ferragens da mesma, resultando em um processo moroso. “
Lucínio Abrantes
Diretor da Luxalum
ferenças de prumo na fachada, com isso
é necessário um acompanhamento junto da engenharia e, em alguns casos, com
auxílio de topografia”, complementa.
A inquietação é
mãe da inovação
Com aplicação tanto em fachadas
cortina quanto entre-vãos, a Unit encontrou no Brasil um terreno propício
à sua utilização. E uma das primeiras
empresas a aplicar a fachada unitizada
entre-vãos, no País, foi a Igê Esquadrias
Metálicas, de São Paulo. Fábio Gadioli,
um dos diretores da Igê, sempre demonstrou certo inconformismo com
o modo como as fachadas eram instaladas até então. “Pessoalmente nunca
me conformei com as dificuldades de
instalação das fachadas convencionais
existentes na época, cuja instalação é
feita pelo lado de fora, em balancins
que sobem e descem várias vezes. Esse
serviço é ingrato, improdutivo e cruel
tanto do ponto de vista do impacto
para a obra que fica dependendo do
término para desmontagem dos balancins para continuação dos outros
serviços, quanto para o fornecedor
desses serviços, pois tem sua produtividade reduzida”, diz.
Essa inquietação sumiu quando a Igê
executou a fachada do Edifício Resedá
Office, em São Paulo, projeto que, inicialmente, não utilizaria a Unit mas sim
algum sistema do tipo stick, com colagem estrutural. Fábio não esconde o
entusiasmo ao falar dessa obra em particular. “No momento de definição da
linha a ser escolhida, em conversas com
a Alcoa, exatamente expondo meus anseios, necessidades e oportunidade para
fazermos uma evolução nos sistemas de
fachadas, o próprio consultor Antônio B.
Cardoso propôs o uso desse novo conceito no qual poderíamos instalar a fachada completamente pelo lado interno
do edifício, sem necessidade dos improdutivos balancins. Bem, daí em diante somou a ‘fome com a vontade de comer’ e,
rapidamente, tínhamos um novo conceito em instalação de fachadas disponível
para ser utilizado no Brasil”, lembra.
Inaugurada em 2002, a obra de dez
andares foi especificada pela Mário
Newton Leme Consultoria de Esquadrias. Ao todo, a Igê utilizou 16 toneladas
de alumínio Alcoa. “Após a definição do
projeto, foram feitos todo os ferramentais para os novos perfis, novos estampos
para usinagens dos novos perfis, testes da
esquadria em laboratório para verificar vedação ao ar e água e disseminação do conhecimento para toda equipe da Igê que
iria iniciar o uso do novo sistema”, conclui.
A possibilidade de adequação do sistema
a diferentes tipos de projeto, fez com que
a Unit se tornasse uma opção cada vez
mais utilizada no País, em seus dez anos
de existência. Nesse período foram desenvolvidos mais de 300 perfis distintos,
para solucionar as mais diversas situações de uma obra. A Alcoa decidiu comemorar esta primeira década de sucesso
com uma ação importante: está relançando a linha com um novo catálogo técnico. Tudo isso feito após longo tempo de
estudo e análise dos perfis disponíveis.
“Nossa ideia é difundir o conhecimento
sobre os sistemas unitizados e estimular
a utilização da linha Unit em obras especiais que estão acontecendo em todas as
regiões do Brasil”, conta Cíntia.
Quem quiser obter mais informações
sobre o catálogo na Linha Unit basta acessar o site da Alumínio & Cia.,
www.aluminioecia.com.br.
“Conceitualmente tudo é simples, pois o sistema oferece o
fechamento/envelopamento da fachada com as esquadrias e a
vidraçaria. O produto realmente contribui, em muito, para o sistema
de industrialização da construção civil traduzindo qualidade,
produtividade e imponência visual aos empreendimentos.”
Paulo César de Oliveira
Consultor de esquadrias da Santa Clara Arquitetura
alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
21
Os desafios da primeira fachada
cortina em Unit do Brasil
CAPA
Talento e determinação foram marcas registradas do projeto
Quem passa pela Marginal do Rio Pinheiros, na capital paulista, e vê um
arranha-céu com fachada escalonada,
revestido de vidro e placas de granito
preto e branco não imagina que ali está
uma das obras que revolucionaram a
arquitetura brasileira. A antiga sede do
BankBoston, inaugurada em 2002, foi a
primeira a utilizar a fachada unitizada
no Brasil. O edifício ocupa uma área
de mais de 74 mil m² de área construída, com 110 m de altura e 32 mil
m² de fachadas, sendo 22 mil m² só
de vidro. E, para chegar àquele belo
resultado, os desafios encontrados
foram plenamente vencidos.
O projeto do sistema unitizado é da
Kawneer e as esquadrias foram especificadas pelo consultor americano Peter
Miller e pelo brasileiro Paulo Duarte
que conta um pouco da saga desse
projeto inédito no País. O desafio se
tornou ainda maior, pois, segundo ele,
seu conhecimento do sistema unitizado baseava-se apenas em leituras de
revistas técnicas, além de acompanhamento de obras desse tipo, nos Estados
Unidos. Na época, Paulo era o consultor
brasileiro da construtora sobre o assunto “fachadas”, já que o Projeto era de
arquitetos americanos e, como o Banco
era americano, já havia um profissional
responsável por essa área naquele país.
Em função disso, Paulo precisou participar inicialmente de uma reunião, em
Chicago, na qual foram discutidas as
premissas do projeto conjunto, americano e brasileiro. Mediante a apresentação do consultor americano, surgiu
um impasse devido às diferenças de
formas de trabalho praticadas nos dois
países. “Nos EUA, o consultor define
parâmetros técnicos, conceitos, e presta assistência ao cliente para a escolha
da empresa que construirá as Fachadas.
22 alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
Lá, como na Europa, há empresas que
fazem todo o trabalho e têm engenheiros, especialistas e projetistas que
fazem o projeto das esquadrias e fornecem tudo, inclusive o vidro; além de
construírem as fachadas. No Brasil isso
era – e ainda é – impensável, mas a
construtora queria um projeto para
ser a base da concorrência para os
fornecedores de esquadrias, que apresentariam suas propostas baseadas
nesse tipo de projeto”, lembra.
Teoria e prática
Foi proposto, então, que o projeto a ser
orçado deveria ser feito pelo consultor,
no caso, o próprio Paulo Duarte. No
entanto, residia aí outra dificuldade.
“Com muita honestidade declarei que
“OS DETALHES
FORAM DESENHADOS
POR MIM, À MÃO
LIVRE, EM FOLHAS A4”
meu conhecimento a respeito de sistemas unitizados era teórico e que não
teria condições de projetar um sistema
desses para uma obra com a complexidade da arquitetura do edifício do
BankBoston, mas, se pudesse contar
com o apoio do consultor americano,
eu o faria”. Com isso, estava resolvido o
impasse. “De comum acordo decidiu-se então que eu ficaria nos Estados
Unidos e, durante a semana seguinte,
trabalharia junto com o consultor americano para elaborar um projeto básico
para a concorrência do fornecimento
das esquadrias. Assim foi que fiquei
uma semana em Houston, Texas, no es-
critório do consultor Peter Miller, para
elaborarmos juntos o que eu chamei
de “Projeto Conceitual”.
Segundo Duarte, o trabalho foi bastante intenso e o fato de Peter Miller não
dispor de projetistas ou desenhistas
consistiu em um desafio a mais, resolvido prontamente. “Consultamos
calculistas com quem ele costumava
trabalhar, que nos deram suporte na
parte estrutural do sistema e escolhemos um, a priori, baseado em linhas da
Kawneer. A partir daí fomos resolvendo
as várias situações”, conta. Por ser arquiteto, Paulo fez ele mesmo os desenhos
do projeto e contou com a ajuda dos
auxiliares de Peter, bem como o pessoal
técnico da Kawneer. “Os detalhes foram
desenhados por mim, à mão livre, em
folhas A4. Não lembro quantas folhas
foram produzidas, mas discutíamos os
detalhes e, logo, comecei a entender
os conceitos do sistema e a discutir as
soluções com o Peter. Depois, produzia os desenhos finais, transformava as
unidades, polegadas e pés, em unidades decimais, escrevia o necessário em
português, além de produzir um Memorial Descritivo e criar um conjunto
de especificações de acordo com nosso mercado”, diz.
Finalizada essa etapa, Paulo retornou
ao País com o projeto pronto e, junto
com a construtora, definiu o Edital de
Concorrência. Em relação a essa fase,
ele ressalta a qualidade do trabalho das
empresas que participaram do processo. “Foram selecionados bons concorrentes, inclusive uma empresa chilena
muito boa. Finalmente, a Algrad ganhou
a concorrência, a obra foi executada e
fiquei encarregado da fiscalização para
a construtora”. Mediante isso, ele não
esconde o orgulho diante do pioneirismo. “Foi a primeira obra construída no
SEDE BankBoston - SP
CAPA
Vista lateral
CAPA
Brasil em sistema unitizado, o primeiro
projeto de esquadrias que eu ‘coproduzi’ num sistema desse tipo e o primeiro
executado nesse sistema por um fabricante de esquadrias brasileiro. A Algrad
já tinha contatos anteriores com a Kawneer e isso ajudou muito, pois esta empresa deu suporte para o fabricante no
detalhamento final da obra”, acrescenta.
Hábitos diferentes
Houve algum pedido especial por parte
do cliente, em meio a tantos desafios?
Paulo responde prontamente sem, mais
uma vez, esconder o orgulho por essa
obra. “Sim, houve o pedido para que
conseguíssemos ajustar as condições
brasileiras de trabalho aos hábitos americanos, adaptando a logística desse
processo, para que tivéssemos um projeto prévio para ser orçado pelos proponentes à execução da obra. Na realidade
‘o cliente’ era múltiplo: o principal era o
BankBoston do Brasil, o meu cliente era
a Construtora Hochtief do Brasil e o pedido especial foi exatamente para que
conseguíssemos ajustar os interesses
dos dois clientes, ou seja, a Hochtief queria atender bem ao cliente BankBoston,
mas teria que fazê-lo dentro das condições e recursos disponíveis no Brasil –
esse foi o desafio, esse foi o pedido, essa
foi a oportunidade que tive de, fazendo
meu primeiro Projeto em um sistema
nunca antes usado no Brasil, ter pela
frente justamente um desafio complicado, complexo, de um arquiteto exigente,
felizmente com o suporte de um consultor experiente que foi muito colaborativo e nada prepotente”, relembra.
Com base nesses desafios e nos conhecimentos sobre as linhas de fachadas
existentes, é praticamente impossível
não perguntar qual o motivo da escolha
desse novo modelo de fachada. E a resposta, mais uma vez, é direta. “Os sistemas unitizados eram já usados, há muito
tempo, nos Estados Unidos. Afinal o sistema surgiu lá, era impensável executar
fachadas de um edifício tão grande, alto,
de arquitetura complexa, num sistema
dos tradicionais que usávamos no Brasil – o sistema unitizado permite maior
velocidade de execução, maior precisão,
melhor controle de qualidade, portanto
não havia muito o que pensar, tinha que
ser o sistema a ser utilizado. Essa foi uma
evolução no nosso mercado, pois a partir dessa obra já tínhamos um fabricante
de esquadrias com experiência nesse
sistema construtivo de fachadas, além
de um consultor com ‘razoáveis conhecimentos a respeito’”, conclui.
Para essa obra, a Algrad utilizou cerca de
200 toneladas de alumínio. Os painéis
vão de laje a laje abrangem todo o pé-direito dos andares e têm 4,30 m altura.
Todos os elementos da fachada foram
projetados e executados para suportar
cargas de vento equivalentes a furacões
e isso foi uma exigência do contrante, já
que a empresa possuía escritórios em
19 países e contava com procedimentos
construtivos padrão. Dessa forma, o edifício foi erguido para suportar ventos de
até 250 km/h. E nada melhor que um profissional que acompanhou todos os passos da execução desse projeto pioneiro
para relatar as dificuldades encontradas.
Superação e satisfação
Vencidos os desafios, o que predomina
é o orgulho e a satisfação ao ver a obra
terminada. “Nas fachadas stick normal-
mente as medidas para fabricação das
esquadrias eram tiradas após conclusão da estrutura onde se fazia verificação de níveis e prumos. Na fachada
unitizada, que permite a instalação
das esquadrias concomitantemente
à execução da estrutura, essas medidas têm que ser firmadas no projeto e
acompanhadas por topografia no decorrer da obra. No caso particular do
BankBoston havia uma fachada chamada “Serpentine”, formada por um
interno e outro externo que dificultou,
em muito, a tomada de medidas.
Outra dificuldade encontrada na época foi a forma de subir os caixilhos no
andar para instalação, pois na fachada stick os quadros de vidros tinham,
em média 1,25 x 2,00 m, e eram transportados no elevador cremalheira da
obra; já na fachada unitizada, os quadros tinham, em média, 1,25 x 4,20 m
e tinham que ser transportados por
meio de motores e guias pelo lado
externo da fachada”, relatou um dos
diretores da Algrad, Mauro de Oliveira. O executivo não esconde a satisfação ao participar de um importante
projeto como esse. “Para a Algrad, foi
motivo de orgulho ter sido a primeira empresa a executar, no Brasil, uma
fachada unitizada”, disse.
Os desafios encontrados nessa primeira obra deram à Algrad um amplo
know how que pode ser comprovado
nas obras que a Empresa executou
totalmente, além da participação em
cinco projetos, executados em parceria com as fabricantes Itefal e Luxalum. Confira no quadro no final da
matéria as principais obras executadas com fachada unitizada.
“FOI A PRIMEIRA OBRA CONSTRUÍDA NO BRASIL EM SISTEMA UNITIZADO, O PRIMEIRO
PROJETO DE ESQUADRIAS QUE EU ‘COPRODUZI’ NUM SISTEMA DESSE TIPO E O PRIMEIRO
EXECUTADO NESSE SISTEMA POR UM FABRICANTE DE ESQUADRIAS BRASILEIRO.”
Paulo Duarte
Consultor da Paulo Duarte Consultores
24 alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
CAPA
Centro de Diagnósticos
do Albert Einstein
De norte a sul do País
Unit é diferencial em projetos desenvolvidos
em todas as regiões do Brasil
Há empreendimentos que, por suas
nuances e projetos diferenciados, oferecem grandes desafios que, quando
vencidos, se tornam inovações. Com a
Unit isso é uma constante e não faltam
exemplos que garantem a eficiência do
sistema. É o caso, por exemplo, da obra
de ampliação do Centro de Diagnósticos do Hospital Albert Einstein, de São
Paulo. A fachada do empreendimento
constitui um verdadeiro mosaico em
que foram utilizados, além de vidros,
painéis de porcelanato. Para garantir
uma perfeita vedação, a melhor opção
encontrada pelos projetistas foi aliar o
sistema unitizado com o stick, da linha
Cittá Due. Outro projeto que também
concilia a Unit com outra linha desenvolvida pela Alcoa é o Edifício Maria
Karla, em Recife, primeira obra a utilizar
a Extrema no País.
Além desse, há um projeto que pode
ser considerado a “menina dos olhos”
do sistema unitizado. Trata-se da Cidade Administrativa, localizada na capital
mineira. Projetado por Oscar Niemeyer,
o complexo possui dois edifícios curvos
que abrigam as secretarias de estado e
os órgãos vinculados. As fachadas foram executadas pelo consórcio Italux
formado por três grandes fabricantes
de esquadrias de São Paulo: Itefal, Algrad e Luxaum. Segundo os projetistas,
o tempo de montagem foi um fator
decisivo para que se escolhesse a linha
“TrabalhaNDO COM
ESSA CONCEPÇÃO DE
MÓDULOS, É POSSÍVEL TER
CONTROLE DO TEMPO E
DO DESEMPENHO
DO PRODUTO”
Unit. “Definitivamente, não poderia ser
adotado outro conceito. Trabalhando
com essa concepção de módulos, é
possível ter controle do tempo e do desempenho do produto, fatores decisivos em desafios como esse”, revelou, na
época, o consultor Antônio B. Cardoso.
Ao todo, foram utilizadas 475 toneladas
de alumínio Alcoa, cerca de 90% do total
utilizado. Em relação a esse projeto, em
especial, um dos diretores da Itefal, José
Sabioni, conta algumas nuances do fornecimento. “Os perfis foram desenvolvidos para receber vidros duplos insulados
pelo sistema overlap com persianas internas de acionamento eletromagnético,
laminados simples na frente das lajes e
com espera nos perfis para receber chapas sólidas de alumínio pintado usadas
como shadow box para dar uniformidade
na cor dos vidros e eliminar o tratamento
das vigas da estrutura de concreto. Outro
pedido do cliente atendido foi o desenvolvimento e a aplicação de quatro juntas de dilatação que dividiam os cinco
setores de cada edifício, uma condição
do projeto estrutural”, explicou.
Já Lucínio, da Luxalum, fala sobre os
desafios encontrados e que foram vencidos, graças a um trabalho de equipe.
“Os desafios foram muitos, porém,
destacamos as fachadas côncava e
convexa, para a qual nossa equipe técnica desenvolveu, junto à Alcoa, perfis
alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
25
CAPA
especiais para a adequação à arquitetura e também autoportantes, a fim
de vencer o desafio do vão de 4.200
mm, com a preocupação de atender
às Normas da ABNT. Além disso, foram
fabricados perfis unitizados com 135
mm do tipo ‘macho e fêmea’ que permitiram absorver os diferentes ângulos
na montagem da fachada”.
Um caso à parte
Por sua importância na arquitetura
brasileira e mundial, Brasília não poderia deixar de ter empreendimentos
com fachada unitizada e o Antares
Tower também entrou para o “hall da
fama” de grandes expoentes desse sistema pelo duplo pioneirismo: o prédio
convencer o cliente e explica o porquê da
escolha da Unit. “O caráter do empreendimento, com grandes panos envidraçados, foi um belo argumento para utilização do sistema unitizado. A partir dessa
premissa, fizemos a proposta à Antares
Engenharia, na qual houve grande receptividade do produto em função da
velocidade de produção, do custo compatível e do histórico de algumas obras
executadas fora de Brasília. Ressaltamos
que foi uma decisão da Construtora
embasada também na confiança de
nossa proposição, já que se tratava da
primeira obra em Brasília”, relembra.
Quando se ousa usar o novo, é comum
que desafios surjam no caminho, que
servem, muitas vezes, para aprimo-
CIDADE ADMINISTRATIVA DE MINAS GERAIS
foi o primeiro, na cidade, a utilizar a
fachada unitizada e essa aplicação se
deu num processo de revitalização. Ou
seja, os desafios, nesse caso, foram ainda maiores. Localizado no Setor Bancário Norte, o empreendimento possuía fachada cortina, com montantes e
colunas externas, vidros encaixilhados
e peças de mármore.
Segundo o consultor responsável por
especificar a nova fachada, Paulo César de Oliveira, o novo sistema causou
desconfiança, inicialmente. “Havia um
pressuposto de que o Antares seria uma
espécie de ‘cobaia’ por se tratar da primeira instalação desse tipo de fachada,
em Brasília”, diz. No entanto, o profissional usou de argumentos fortes para
26 alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
em torno de 100 mm. Houve necessidade de dimensionamento e cálculo
de ancoragens especiais de aço onde,
em determinadas situações, a fixação
foi frontal na viga e não sobre a mesma”, afirma. Ao todo, foram utilizadas
40 toneladas de alumínio para produzir 5.800 m² de esquadrias.
Sotaque carioca
O Rio de Janeiro é a segunda cidade
que mais concentra empreendimentos de grande porte com fachada
unitizada no País. Entre as principais
obras que contam com esse conceito
estão as duas torres do Sul América e
o Ventura Tower, todas especificadas
pela mesma empresa, a QMD Consul-
ANTARES TOWER, EM BRASÍLIA
rar o trabalho. Nesse caso, não foi diferente. “A busca de um fornecedor
capacitado e com confiabilidade, o
treinamento da equipe da empresa
no CTA da Alcoa, a má qualidade de
execução da estrutura de concreto, o
desenvolvimento de um equipamento para o içamento dos painéis, entre
outros, foram desafios encontrados e
superados com sucesso”, destaca. Especificamente, em relação à estrutura
de concreto, o consultor ainda relata
outras questões que não tornaram
esse trabalho fácil. “Foram dificuldades
‘anormais’ a começar pela estrutura de
concreto com diferença de prumo bastante acentuada chegando acima de
150 mm e ainda desnível do pavimento
toria, que tem como diretor técnico
Igor Alvim. Segundo o especialista, a
Empresa já vem trabalhando com fachadas unitizadas desde 2008 e, até
o momento, já foram utilizadas cerca de 500 toneladas de alumínio em
projetos do gênero.
Localizado no centro da cidade, o Ventura Corporate Towers, empreendimento da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário e da norte-americana
Tishman Speyer, foi concluído em 2009.
Trata-se da primeira obra com fachada
cortina desenvolvida pela QMD. Mais
do que isso, segundo Alvim, esse projeto ofereceu desafios que, vencidos, foram responsáveis pelo desenvolvimento de novas tecnologias. “Cada obra
CAPA
tem a sua particularidade e, no meu
entender, a mais difícil foi o Ventura,
visto que desenvolvemos, em conjunto
com o consultor Antônio B. Cardoso,
30 ferramentas, sempre com a supervisão de um consultor americano
(IBA) e com o desempenho da esquadria no topo das cargas de vento. A
própria câmara do Itec teve que ser
alterada em função das cargas de
vento. Essa obra foi um divisor de
águas para, inclusive, a mudança da
norma 10821. Ou seja, foi um aprendizado maravilhoso a todos que participaram”, entusiasma-se.
Ao todo, foram destinadas 150 toneladas de alumínio Alcoa para compor as fachadas das duas torres, de
36 pavimentos cada que utilizaram
painéis de 1,25 m X 3,5 m O complexo é formado, ainda por um edifício-garagem de cinco andares, com capacidade para 1.500 vagas. Outra
característica que torna o projeto
diferenciado é o fato de ser a primeira edificação carioca considerada um
“edifício verde” e a obter a pré-certificação do World Green Building Council (WGBC), na categoria Gold.
Com ampla expertise no assunto,
Igor ainda participou das obras 360
JK, o Mundo Plaza, Cristal Tower e
Premier Tower. Por isso, sempre faz
questão de destacar as vantagens
dessa fachada inovadora. “O maior
motivo para a mudança de conceito
foi o tempo de instalação, a garantia da estanqueidade e baixíssima
manutenção futura. Ou seja, é o sonho de todo construtor. Além disso,
a grande rigidez ou, melhor, a grande inércia que conseguimos com os
perfis sem mudar praticamente as
dimensões externas e a associação
de um menor número de componentes são outras vantagens dessa
linha.” Mas, afinal, há algum tipo de
desvantagem na utilização da Unit?
“A única que vejo é quando temos
uma fachada muito recortada. Nesse caso, o projeto tem que ser muito
bem pensado pois há falta de empresas com know how de fabricação e a
instalação de uma fachada não aceita improvisos”, concluiu.
Ventura Corporate Tower
Uma fachada aprumada
Todo profissional da construção civil
entende a importância de uma parede dentro do prumo e sabe enumerar,
sem pestanejar, quais os problemas
que a falta desse pode causar. No caso
da instalação das fachadas, a dor de cabeça é maior ainda. Assim, ao deparar
com questões como essa, os projetistas
transformam o problema em desafio.
No caso específico da fachada unitizada, foi desenvolvido o sistema de
Ancoragem Telescópica, um conjunto em formato de L que compensa os
desníveis das fachadas. À frente deste
projeto inovador esteve, mais uma vez,
o consultor Antônio Cardoso. O objetivo é colaborar para o alinhamento da
suposta diferença na linha de prumo das
fachadas, permitindo uma variação maior
e, por consequência, mais tranquilidade
e cooperação para o desenvolvimento do setor. Além da linha Unit, Cardoso
destaca que essa mesma solução pode
ser aplicada na linha Soluta, pois sua instalação não requer o uso de balancins: a
fixação se dá por encaixe e apoio. Ou
seja, inovação gera inovação.
Leia mais sobre estes e outros projetos que envolvem a linha Unit, publicados em
diversas edições da Alumínio & Cia. em revista:
Ventura Corporate Towers: Edição 1 | Centro de Diagnósticos do Albert Einstein: Edição 5 | Mundo Plaza: Edição 6 | Centro Administrativo de Minas Gerais:
Edição 7 | Edifício Sul América, Torres Sul e Norte: Edição 8 | Antares Tower
e Maria Karla: Edição 10 | Cristal Tower: Edição 11 | Brookfield Malzoni Faria
Lima: Edição 13 | 360 JK e Green Valley: Edição 14 | Premier Tower: Edição 15
alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
27
consultoria
Um brinde em
comemoração
aos 10 anos
da Linha Unit
no Brasil
por ANTÔNIO B. CARDOSO, consultor da
ac&d consultoria em alumínio e participações
É com certo orgulho que nesta edição volto
a falar da Linha Unit! Não é para menos: faz
praticamente 10 anos que a Alcoa lançou
em primeira mão o Sistema Unitizado no
Brasil! Lembro-me muito bem da minha
ida aos EUA, para uma reunião com o
pessoal da Kawneer, ocasião em que tive
um dos primeiros ensinamentos sobre este
sistema, que hoje está difundido mundo afora.
No Brasil, eu poderia classificar esse
período como a década de ouro no
que se refere ao avanço tecnológico
que o setor conseguiu implementar
nas fachadas. No início foram duas
obras em São Paulo, começando com
Berrini - 500, conforme documento
que apresento ao lado. Este projeto
foi totalmente realizado pela Kawneer
e a obra executada pela Algrad.
Em seguida veio o BankBoston, com
uma fachada do tipo cortina, que
também obedeceu à mesma dupla: projeto da empresa americana
com execução da empresa brasileira.
A obra foi considerada monumental.
Foram utilizados vidros duplos,
entre outras inovações, nas fachadas. Daí em diante vieram os projetos 100% desenvolvidos no Brasil, para os quais contamos com o
apoio dos melhores consultores
do País, assim como os mais capacitados fabricantes.
Podemos dizer que hoje temos quase uma centena de obras espalhadas por todo Brasil, e também no
exterior, para onde é exportado o
Sistema Unit Alcoa. No início dessa
fase nacional, tivemos que ajustar
o sistema para as necessidades das
nossas obras.
BankBoston
28 alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
1º teste da Unit entre-vãos
Muitos cálculos estruturais foram feitos, pois não era
comum trabalharmos com coluna bipartida.
Outro ponto é que foram testadas várias opções construtivas até chegarmos
ao estágio de conhecimento que temos hoje sobre esse sistema.
consultoria
Cálculo do módulo para entre-vãos
A incorporação do conceito Unit em outras linhas Alcoa
Há quem possa dizer que o Sistema Unitizado é muito
válido quando existe a predominância de fixos, até porque
é um sistema dos Estados Unidos, onde praticamente
inexiste a folha móvel na fachada, exceto as estrategicamente colocadas para alguma eventualidade.
No Brasil é relativamente comum termos obras com predominância de folhas móveis. Entretanto, uma das vantagens
do sistema unitizado independe de termos ou não folhas
móveis, esta é a praticidade do projeto em módulos. Fica provado que há um desempenho melhor quando da fabricação,
e em seguida na instalação, sem falar da facilidade da logística com relação ao transporte fora e dentro da obra.
Para justificarmos estas vantagens do sistema unitizado, mesmo com predominância de folhas móveis, vamos apresentar
rapidamente um projeto com estas características, no qual
tivemos a oportunidade de participar do desenvolvimento.
03
CORTE -03
06
07
ALTURA
02
05
LADO EXTERNO
09
04
LARGURA
CORTE -05
TODAS AS GUARNIÇÕES DEVERÃO TER
O catálogo da Linha Unit
CORTE -04
OS CANTOS VULCANIZADOS
CORTE - 06
CORTE - 07
CORTE - 08
LADO EXTERNO
Projeto Soluta Unitizado – Geral
Neste projeto, como podemos observar, há uma
duplicidade de folhas móveis do tipo maxim–ar, em
todos os módulos. Depois
de analisar a obra como
um todo, optamos por utilizar a Linha Soluta, mas
introduzindo o conceito
unitizado, o que nos deu a
possibilidade de trabalhar
em módulos.
Se compararmos o projeto
Módulo Soluta
em pauta, com um tradicioUnitizado
nal do tipo stick, podemos
afirmar que toda estrutura do marco teria que ser feita na
obra e somente as folhas poderiam ser produzidas em fábrica. Logo, o controle da execução teria que ser mais intenso,
assim como o tempo na obra fatalmente seria maior. Isso
sem falar do desempenho como um todo. Já o fato de ser
Soluta Unitizado, os módulos saem prontos da fábrica, com
as folhas já colocadas e ajustadas, sendo que a instalação dos
módulos na obra é feita de maneira simplificada, com uma
previsão precisa de tempo e materiais.
CORTE - 08
Falando um pouco do novo catálogo da Linha Unit em si,
este foi coordenado pela área de Marketing da Alcoa, no
qual será possível encontrar todas as alternativas de bitola
e de construção feitas até o momento, e, como já frisamos,
não são poucas. São várias opções, de tal forma a atender todas as regiões do País, tanto na parte do entre-vãos,
como no que se refere às fachadas.
alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
29
consultoria
Um resumo das vantagens
da Linha Unit
Nunca é demais ressaltar as vantagens de um Sistema
Unitizado. Para relembrarmos, vamos pegar como base
a ilustração ao lado, que apresenta um módulo de
fachada completo, inclusive com o revestimento em
pedra já incluído na produção do módulo. Como dizem
os técnicos dos Estados Unidos, podemos considerar esta
técnica como um “envelopamento” da obra.
Controle total do desempenho
com relação à produção
Como já ilustramos e sabemos, o módulo é totalmente produzido e acompanhado no processo.
Em outras palavras, podemos fazer um comparativo
com o sistema tipo stick (colunas + travessas + quadros), que é praticamente feito na própria obra e
que obviamente tem um controle final inadequado,
pela maneira como é elaborado.
Tempo
Como diz o ditado, “Tempo é dinheiro”. Velocidade na
entrega da obra é fundamental, pois, conseguindo
concluir a fachada com antecedência, estamos fazendo uma economia significativa. E neste quesito o Sistema Unitizado é impecável! Podemos estar concretando, por exemplo, a quarta laje, e já estar colocando
as esquadrias na segunda, e assim sucessivamente.
Como já apresentamos em artigos anteriores, hoje temos a Ancoragem Telescópica, que passa a suportar
com mais propriedade as diferenças de prumo. Logo,
se agregarmos essa colaboração à Linha Unit, estaremos mais tranquilos em citar a vantagem do tempo.
Vedação
Outro item extremamente importante em todas
as esquadrias, mas em particular em uma fachada. Como temos dito, no Unitized, caso surja algum indício de vazamento, este é sempre
analisado no módulo em que esta ocorrendo o
problema. Ou seja: é muito mais fácil a correção,
pois existe uma relação de independência no
ponto em que está ocorrendo a suposta falha.
Não é como no sistema Stick, que se percebe
a penetração, mas a identificação da origem é
mais difícil de ser detectada ou analisada.
30 alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
Fim do Balancim
No Sistema Unitizado não há necessidade do uso do
balancim! Os módulos são içados e colocados por
encaixe, em fileiras começando de baixo para cima.
Segurança ao profissional
Toda a operação na obra é feita do lado interno e
no apoio da laje. Logo, o profissional devidamente equipado trabalha com tranquilidade, firmeza e
em condições de dar a atenção devida à operação.
Fechamento: comemorar!
É comum hoje em dia, no Brasil, a pergunta:
“Estamos preparados, na construção civil, para
a demanda que está por vir”? Acho que parte
dessa resposta está nesta matéria. Entendo que,
se existe tecnologia disponível, matéria-prima,
e, acima de tudo, empresas com técnicos experientes e equipamentos modernos, podemos
dizer que sim! O setor está preparado! Temos
razão suficiente para comemorar o que fizemos,
assim como o que temos por fazer.
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Estratégias diferenciadas
garantem o sucesso da FG
Conhecida por seus empreendimentos de altíssimo padrão, a
Empresa também tem foco no capital humano, fazendo com
que seus funcionários se sintam comprometidos e privilegiados
Que atire a primeira pedra quem não
deseja trabalhar em uma empresa socialmente responsável, que prima pela
valorização do seu capital humano e
pela preservação do meio ambiente.
Melhor ainda se essa organização tiver como sede uma cidade conhecida
em todo o mundo pela beleza de suas
praias, os altos indicadores econômicos
e a excelente qualidade de vida! Para
muitos trata-se de um sonho distante;
para outros, como os funcionários da
FG Empreendimentos, já é realidade:
a construtora, com sede em Balneário
Camboriú (SC), tem sido um diferencial
na região, tanto em relação ao prédios de
alto padrão construídos principalmente
na orla, quanto em função da política de
Recursos Humanos adotada na empresa.
Fundada há apenas oito anos por Francisco Graciola, a FG faz parte de uma
holding familiar que reúne outras nove
empresas. Esforço, ousadia e tino para
os negócios são as características que
melhor definem o fundador. Um dos 12
filhos de um italiano que se radicou no
Brasil e passou a plantar arroz, Francisco,
aos 16 anos, mudou-se sozinho para Blumenau onde começou a trabalhar como
auxiliar de barbeiro. Em pouco tempo,
tornou-se dono de uma barbearia e
montou, em seguida, uma lanchonete,
a primeira de uma grande rede envolvendo outras 16 unidades. Com o lucro
obtido no comércio, Graciola passou a investir no segmento da construção civil. O
sucesso também não demorou a chegar:
em apenas sete anos, a FG atingiu a incrível marca de 2.500% de crescimento.
O cenário para a evolução desta história
fica no paradisíaco e movimentado litoral catarinense. Por seu grande número
de edifícios, Balneário Camboriú detém
32 alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
o título de cidade mais verticalizada
do Estado. Com apenas 46 km², trata-se
do menor município catarinense em
expansão e o maior em densidade demográfica, com 2.350 habitantes por
km². Sempre primando pelo luxo, a FG
possui 13 obras projetadas exclusivamente para a cidade: sete delas já foram
entregues e seis estão em andamento,
como os Le Majestic, Ocean’s Palace e
Sea’s Palace, divulgados na edição 14 da
Alumínio & Cia. em revista.
O portfólio inclui ainda o Millenium Palace Residence, com um apartamento
por andar, quatro suítes com hidromassagem e piscina panorâmicas. Externamente, o edifício chama atenção pelas
suas fachadas em curva, inspirações claras do trabalho de Niemeyer e elemento
predominante nos empreendimentos
da FG. “É o tipo de design que reforça o
conceito de alto padrão, algo que sempre buscamos”, explica o diretor da construtora, Jean Graciola. Os esforços da
empresa sempre foram e continuarão
sendo voltados apenas para a cidade.
“O potencial construtivo e a visibilidade
de Balneário Camboriú no setor turístico
fazem com que o foco construtivo da FG
Empreendimentos seja mesmo esse município. Temos trabalho, com excelentes
expectativas, para os próximos 20 anos”,
acrescenta Graciola.
Capital humano
Jean é a principal liderança da FG. Assim
como seu pai, começou a trabalhar aos
16 anos e recebeu importantes lições
logo cedo. “Aprendi que as pessoas são o
fator primordial da Companhia”, destaca.
Por isso, a construtora oferece uma série
de benefícios aos seus colaboradores,
entre eles a premiação por tempo de
serviço, alimentação com cardápio elaborado por Boas ações,
nutricionistas, além de uniformes e vestiário nas excelentes resultados
obras. “Políticas de incentivo e possibilidades de O relacionamento com a comunidade também faz
crescimento profissional são táticas importan- da FG um dos destaques da região. A construtora
tes no cenário do mercado competitivo atual. aposta em iniciativas como o “Cantando e BrincanDesde sua criação a FG procura apostar no talento do com o Tio Bira e a FG”. Criada no primeiro semesde seus colaboradores, investindo principalmente tre de 2010, a ação tem como foco a rede escolar do
em qualidade de vida”, explica.
município e já envolveu mais de 9 mil crianças de 4
A Empresa também investe em ações diferen- a 11 anos de idade. O projeto, inclusive, faz parte do
ciadas e extremamente criativas para motivar Programa de Desenvolvimento Sustentável (PDS)
seus funcionários e combater o turn over. Um da empresa, cuja meta é envolver a comunidade
bom exemplo são as aulas de pintura e músi- interna, sociedade, parceiros e afins em diferentes
ca, além dos cursos de qualificação profissio- áreas. Por causa disso, a FG recebeu recentemente
nal e alfabetização, oferecidos nos canteiros o Selo de Responsabilidade Social concedido pela
de obras. No local também são promovidos Federação dos Conselhos Comunitários de Segutreinamentos de equipe, encontros festivos e rança do Estado de Santa Catarina (Feconseg/SC).
visitas, com o objetivo de integrar e aproximar “O PDS teve início no Departamento Comercial e
as pessoas. “Desde 2009, as políticas de incen- conta, hoje, com oito funcionários voluntários de
tivo da FG se tornaram mais invasivas. Com diversos setores. Eles são responsáveis pela elaboisso houve um número maior de admissões se ração, execução e acompanhamento dos projetos
comparado ao de demissões”,
previstos no Programa. A cada
conta a coordenadora de RH,
reunião do comitê, é surpreen“Queremos ser
Daiane Gorges Rocha.
dente ver como as pessoas esreferência não só
Os esforços da construtora são
tão antenadas a assuntos como
em projetos sociais sustentabilidade. A quantidade
reconhecidos pelos próprios
funcionários, que enchem o peide ideias viáveis é incrível”, diz
como também em
to para falar da empresa. É o caso
a coordenadora de Marketing,
empreendimentos
da auxiliar de Serviços Gerais
Taciane Nitsche.
sustentáveis.“
Ao se apoiar na tríade de
Josiele Godoy de Mattos. “TraResponsabilidades Ambiental,
balhar na FG é uma conquista.
Um dos maiores benefícios é receber o pagamen- Social e Econômica, a FG e seus colaboradores
to sempre em dia, além de outros incentivos, como conseguem gerar benefícios não apenas para a
um farto bufê para almoço e auxílio financeiro para empresa, mas para comunidades, clientes, fornea realização de cursos profissionalizantes. Também cedores e demais pessoas que se relacionam com
podemos conversar abertamente com os respon- ela. Por isso, a sustentabilidade se faz presente em
sáveis pelo Departamento de Recursos Humanos, muitas outras ações, como a utilização de esquapara resolvermos problemas que aparecem de drias especiais para melhor desempenho térmico
imprevisto. Fico feliz por trabalhar nesta Empresa, e acústico; o uso de mantas nas lajes para redução
porque trabalho ao lado de pessoas bem informa- do ruído; a racionalização da água e energia elétridas, que me permitem aprender com elas”, destaca. ca; e o planejamento previsto de edifícios com 50
Quem também não esconde a satisfação é a auxi- anos de vida útil. “Queremos ser referência não só
liar de vendas Sandra Damásio. “A FG Empreendi- em projetos sociais como também em empreendimentos foi a melhor oportunidade de trabalho que mentos sustentáveis”, acrescenta Taciane.
já tive, pois meu trabalho é reconhecido. Comecei Com tudo isso, a Empresa não para de fazer planos
como demonstradora do apartamento decorado para continuar sendo uma importante referência
do Le Majestic e, em cinco meses, fui promovida para todo o segmento da construção civil. A curto
a secretária da Central de Negócios. Além do reco- prazo, por exemplo, o planejamento estratégico da
nhecimento profissional, a empresa fornece vários Companhia prevê a mudança do escritório central
benefícios aos funcionários. Temos ainda eventos para uma área duas vezes maior do que a atual.
de integração entre os setores, com o encontro “Também temos como foco criar um conselho de
mensal Feirinos, e a cada dois meses é oferecido administração para a holding FG. Esta é uma forma
um café da tarde para os aniversariantes, que sem- de melhorar a logística, as decisões e as orientações
pre recebem presentes. Tenho entusiasmo e satis- administrativas”, destaca Jean Graciola. De fato, as
fação de estar em uma empresa que reconhece o bases do crescimento vertical de Balneário Camboriu
trabalho de cada colaborador”, acrescenta.
não poderiam estar em melhores mãos.
alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
33
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construção, segue a tendência
de luxo e sofisticação que são
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Empreendimento marca a estreia
da Linha Soluta no mercado cearense
O Central Park representa um
marco para a Alcoa, no Ceará, por
ser o primeiro empreendimento a
utilizar a Soluta em sua fachada.
36 alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
Um monumento de 25 andares, erguido
com concreto, granito, alumínio e vidro.
Essa é a melhor definição para um dos
mais novos edifícios empresariais da
capital cearense: o Central Park Business
Center, da Manhatan Construtora. Para
esse Projeto, a empreiteira contou com a
parceria dos grupos Vicunha, Metaneide
e Pibb e não teve medo de ousar, principalmente no que se refere à fachada,
criando um referencial de beleza aliada à simplicidade. Mas a forma não é o
único diferencial da obra: o Central Park,
assinado pelo Daniel & Isidro Arquitetos,
também é um destaque na construção
civil cearense por marcar a entrada da Linha Soluta no mercado local. Erguido no
valorizado Bairro do Cocó, o Edifício oferece vista privilegiada para um dos mais
belos lugares de Fortaleza: o Parque
Ecológico do Cocó, importante reserva
ambiental com quase 1.200 hectares,
encravada no coração da cidade.
Ao todo, a Alconort forneceu 23 toneladas de perfis com pintura eletrostática branca à Alunobre Indústria e
Comércio Ltda, empresa parceira da
Alcoa, com mais de 24 anos de atuação. Além da Soluta foram utilizadas as
linhas Inova e Gradil Universal. “A facilidade da colocação dos quadros pelo
lado interno da edificação garante, em
primeiro lugar, segurança para o instalador e ganhos para obra, já que não
utiliza balancins e andaimes, além de
possibilitar a troca e manutenção de
vidros sem a necessidade de desmontar outros quadros”, diz o gerente Comercial da Alunobre, Renato Moreira,
ao falar da Soluta. O executivo lembra
outros diferenciais do projeto que
pesaram a favor da escolha da linha:
o design otimizado das colunas e a
diminuição da folga entre os vidros
para 10 mm, que conferem mais beleza estética à fachada.
Não é à toa que o Edifício se tornou
uma verdadeira vitrine para a própria
Alcoa, como afirma a técnica Regional
Taciana Lopes. “Agora temos um grande show room da Linha Soluta na cidade e podemos vivenciar e compartilhar
a experiência positiva do produto.”
A satisfação, contudo, vai além da entrega do trabalho, que, segundo o gerente Regional, Jorge Cruz, só foi possível graças à parceria de sucesso entre
a Alcoa e a Alunobre. A participação
do fabricante foi fundamental na negociação, já que se tratava de um produto recém-lançado que demandava
confiança na capacidade produtiva
do produtor das esquadrias. “Quando
especificamos a Linha Soluta para este
empreendimento tínhamos a confiança na Alunobre que, na estreia do produto, foi fundamental para o sucesso e
a singularidade da obra”, conclui.
Diferenciais e vantagens
Lançada em outubro de 2008, a
Soluta possui um misto de características dos sistemas stick e unitizado: as
partes são montadas separadamente,
mas com um sistema de ancoragem
rápida. Dessa forma, a linha pode ser
instalada pelo lado interno da obra,
dispensando a utilização de balancins,
com um grande ganho na velocidade
de instalação. A Soluta também apresenta uma ampla gama de colunas e
pode ser instalada tanto em fachadas-cortina quanto nas entre-vãos, atendendo edifícios com pés-direitos altos.
Outra vantagem da Linha é a possibilidade de instalação tanto de vidros
simples ou duplos, que podem ser colados com silicone estrutural, fita VHB
(Very High Bond) ou encaixilhado, com
guarnições. Dessa forma, a folga entre
os vidros é de apenas 10 mm e, se houver quebra, os vidros podem ser facilmente trocados pelo lado interno, sem
necessidade de desmontar o módulo
vertical da fachada.
PROJETOS
Luxo e sofisticação
encantam moradores
do Campo Belo
Não faltam diferenciais a um
dos mais novos edifícios do
tradicional bairro paulistano
Não há mais dúvidas que São Paulo
se transformou em um gigantesco
canteiro de obras. Basta uma boa
olhada para encontrarmos empreendimentos comerciais e residenciais
em diversas fases de construção, por
toda a cidade, incluindo um antigo
distrito de Santo Amaro, que se tornou reduto disputado por moradores de classe média alta. Estamos falando do bairro do Campo Belo que
hoje abriga um condomínio que tem
no luxo e na sofisticação seus principais atributos: o Sophistic Campo
Belo, da Construtora Even.
A grandiosidade começa pelo terreno
de mais de 5 mil metros quadrados,
passando pela localização, uma das
melhores do bairro: na Rua Edson,
próximo às ruas Conde de Porto Alegre e Gabrielle d’Annunzio. Os moradores do empreendimento contarão
com uma facilidade a mais, já que
estarão cercados pelas quatro avenidas mais importantes da região. Quer
mais? O bairro do Campo Belo possui
um dos maiores índices de verde da
Capital, chegando a 12 m² por habitante, o que torna a temperatura ali
cerca de 3 graus mais amena que em
outras regiões da cidade.
Entregue no último mês de junho,
o empreendimento projetado pela
Königsberger Vannucchi Arquitetos
Associados é formado por duas torres com quatro suítes. A torre A é
composta de 52 apartamentos tipo,
sendo dois por andar (com 370 m²
de área privativa, terraço gourmet e
sala íntima) e duas coberturas dúplex
(com 581 m² de área
privativa). Já a torre B
tem 26 apartamentos
tipo (442 m², terraço
gourmet e sala íntima)
e uma cobertura dúplex
de 699,85 m². Tudo isso
acompanhado de uma
infraestrutura que vai de
spa e sala de descanso a
lan house e game station.
Primeira linha
Como empreendimento de alto padrão, era de se esperar também que
todo o material utilizado fosse de primeira linha, incluindo as esquadrias,
produzidas pela Stal, parceira da Alcoa há 30 anos. “Esta é uma obra de
alto padrão e se fez necessária a aplicação de linhas mais robustas como
Cittá e Gold, que também oferecem
segurança, confiabilidade e beleza”,
explica um dos diretores da Stal, Rodrigo Egídio. Além das duas linhas
que predominam no térreo e na cobertura, o Sophistic utiliza as linhas
Inova, Master e Gradil Universal, destinada aos apartamentos e à área comum. No total foram consumidas 50
toneladas de alumínio Alcoa.
“Produzir esquadrias sob medida
sempre se mostra um desafio, mas,
com sintonia no grupo, equipamentos modernos e, principalmente,
pessoal capacitado, conseguimos realizar um excelente trabalho”, acrescenta Rodrigo. “Somos parceiros da
Alcoa desde os tempo de Alcan, ou
seja, há praticamente 30 anos e a
Além de localização
privilegiada, o Sophistic
tem o luxo e imponência
como marcas registradas.
opção por estas linhas vem da confiança na capacidade das pessoas envolvidas no processo, desde o desenvolvimento dos produtos, qualidade
do produto acabado e garantia/segurança no pós-venda. Logicamente
vale muito também a beleza estética
das linhas, bem como a fácil negociação que realizamos pelos bons anos
de parceria. Tudo isso contribui para
a superação de qualquer desafio”,
acrescentam Rodrigo e o diretor geral
da Stal, Robson Ganzella.
O gerente regional da Alcoa, Paulo
Bolzoni, também faz questão de opinar sobre a importância de mais essa
obra para o portfólio da Empresa,
além de ressaltar a qualidade do trabalho da Stal. “Trata-se de mais um
caso de sucesso, gerando valor para
toda a cadeia; um produto Alcoa sob
medida para uma obra deste nível, o
fabricante de esquadrias trabalhando no mais alto grau de qualidade e
pontualidade; e o cliente final com
a certeza de ter adquirido o melhor
produto para cada tipo de caixilho,
atendendo totalmente à sua exigente
expectativa”, acrescenta.
alumínio & cia. JULHO/AGOSTO 2011
37
Rede Alumínio & Cia.
Saiba, a seguir, onde estão localizadas as principais lojas Alumínio & Cia. instaladas no País.
Quem estiver fora do Brasil deve acrescentar 55 antes dos números dos telefones indicados abaixo.
Região Norte
Amazonas
Fort Alumínio
Avenida Desembargador
João Machado, 200 - CEP 69043-000
Manaus - AM
Telefone: (92) 3656.6111
Comércio Amazonense de Alumínio
Avenida Boulevard Álvaro Maia, 526
Centro - CEP 69020-210
Manaus - AM
Telefone: (92) 2123.0123
Região Centro-Oeste
Mato Grosso
Alumínio Pantanal
Av. Fernando Correa da Costa 3.700
Coxipó da Ponte - Cuiabá
Telefone: (65) 3627.1500
Mato Grosso do Sul
Alumínio Pantanal
Rua Aziz Moacar Orro, 123
Coronel Antonino - Campo Grande
Telefone: (67) 3351-1500
Centro do Alumínio
Avenida Tancredo Neves, 831
Xangrilá - CEP 69025-210
Manaus - AM
Telefone: (92) 3643.9000
Goiás
All Casa
Alameda João Elias da Silva
Caldas, quadra 95 - Lote 30 - nº 137
Pedro Ludovico - CEP 74825-060
Goiânia - GO
Telefone: (62) 3241.4893
Metal Alumínio
Avenida Senador Raimundo
Parente, 620
Paz - Manaus
Telefone: (92) 3214.1400
Distrito Federal
Albra Alumínio Brasilia Ltda.
SIA Trecho 02 - Lotes 505/515
SIA - CEP 71200-020
Brasília - DF
Telefone: (61) 3233.3355
Amapá
Adjunior
Avenida dos Aymorés, 842
Buritizal - CEP 68902-868
Macapá - AP
Telefone: (96) 3242.8888
Fax (96) 3242.9055
Pará
Alupará
Travessa Lomas Valentina, 843
Pedreira - CEP 66080-320
Belém - PA
Telefone: (91) 3276.8899
Santarém Alumínio
Av. Curua-una, 2769
Urumari - Cep: 68020-650
Santarém - Pará
Telefone (93) 3523.1272
Alupará Filial
Folha 28 - Quadra 40 - Lote 05
Nova Marabá - Marabá - PA
(94) 3321.4519
Roraima
Alumínio Boa Vista
Av. São Sebastião, 1745
Santa Teresa
Boa Vista - RR
Telefone: (95) 3627.4666
Cep 69314-152
Tocantins
Equador Alumínio
Quadra 812 Sul, Alameda 07,
lote 19 ASRS SE 85
Bairro Plano Diretor Sul - Palmas - TO
Telefone: (63) 3224.4246
Região Nordeste
Alagoas
Aluma - Matriz
Avenida Durval de Góes
Monteiro, 7347-C
Tabuleiro dos Martins
CEP 57061-000
Maceió - AL
Telefone: (82) 3324.1186
Fax: (82) 3324.1672
Aluma - Filial
Avenida Walter Ananias, 933
Jaraguá - Cep 57022-080
Maceió - AL
Telefone: (82) 3311.5757
Aluma - Filial
Rodovia Al. 220, nº 4416 - Planalto
Arapiraca
Telefone: (82) 3530.9237
Bahia
Bahia Alumínio
Rua Tio Juca, 100
IAPI - CEP 40323-205
Salvador - BA
Telefone: (71) 3616.0711
Fax: (7) 3616.0716
Ceará
Alconort
Avenida Francisco Sá, 5700
Álvaro Wayne - CEP 60310-002
Telefone: (85) 3464.2255
Fax: (85) 3464.2256
Alconort Cariri
Avenida Padre Cícero, 3313
Triângulo - CEP 63041-140
Juazeiro do Norte - CE
Telefone: (88) 3571.6464
Maranhão
Alumapi
Avenida Lourenço Vieira da Silva, 14 Quadra 59
Cohapan - CEP 65055-310
São Luís - MA
Telefone: (98) 3269.1010
Região Sudeste
Paraíba
Meganordeste
Rua Elias Pereira de Araújo, 33
Mangabeiras - CEP 58056-010
João Pessoa - PB
Telefone: (83) 3236.6868
Aluquality
Meganordeste
Avenida Marechal Floriano Peixoto, 3445
Santa Rosa - CEP 58416-440
Campina Grande - PB
Aludir
Pernambuco
Meganordeste
Avenida Mascarenhas
de Moraes, 4762
Imbiribeira - CEP 51200-000
Recife - PE
Telefone: (81) 3878.4526
São Paulo
Raw Alumínio (Escritório de Vendas)
Rua Coronel Fernando Prestes, 350 - Cj 111
Santo André
Telefone: (11) 4433.8404
Rua Hamilton Cézar Zoccal, 145
São José do Rio Preto
(17) 3216.3020
Minas Gerais
Avenida Amazonas, 8285
Gameleira - CEP 30510-000
Belo Horizonte - MG
Telefone: (31) 3389.6800
Fax: (31) 3389.6821
Aludir Filial
Rua Rio de Janeiro, 2570
Divinópolis
Telefone: (37) 3691-7002
Meganordeste
Avenida Congresso Eucarístico
Internacional, 1280-A
Santa Cruz - CEP 55811-000
Carpina - PE
Espírito Santo
Meganordeste Garanhuns
Rua Simoa Gomes, 762
Garanhuns
Telefone: (87) 3762.3002
Telefone.: (27) 2124.7500
Piauí
Alumapi Teresina
Avenida João XXIII, 1529
Jockey Club - CEP 64049-010
Teresina - PI
Telefone: (86) 3233.3363
Estrela Vidros
R. Santa Teresa, 117,
Vila Velha - CEP 29108-825
Espirito Santo
Fax: (27) 2124.7533
Região Sul
Paraná
Alcotyba
Rua O Brasil para Cristo, 2021
Boqueirão - CEP 81730-070
Curitiba - PR
Telefone: (41) 3344.1100
Rio Grande do Norte
Alunor
Avenida Antonio Basilio, 2515
CEP 59056-000 - Natal - RN
Telefone: (84) 3213.2001
Fax: (41) 3344.2040
Metalnor
Avenida Presidente Dutra, 2220
Alto de São Manoel
Mossoró
Telefone: (84) 3312.3700
Cinquentenário - Cep 95012-500
Sergipe
AlumiBox
Rua Rafael de Aguiar, 1366
CEP 49050-660 - Aracaju - SE
Telefone: (79) 3211.9270
Fax (79) 3214.4204
Rio Grande do Sul
Alcont
Av. Rubem Bento Alves, 8134
Caxias do Sul - RS
Telefone: (54) 3218.7777
Santa Catarina
Alumínio São José
Rua Eliane Motta, 2097
Barreiros - CEP 88111-140
São José - SC
Telefone: (48) 2106.6600
Fax (48) 2106. 6606vw