DE SOJA - Grupo Bio Soja

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DE SOJA - Grupo Bio Soja
CATÁLOGO
DE SOJA
Nº 1 | JULHO 2014
1
CATÁLOGO
DE SOJA
Nº 1 | JULHO 2014
2
ÍNDICE
1. Introdução04
2. Grupo Bio Soja05
2.1. Histórico05
2.2. Política de qualidade07
2.3. Unidades industriais08
3. Nutrição na cultura da soja09
3.1. Introdução09
3.1.1. Necessidades nutricionais da soja09
3.1.2. Adubação balanceada e equilibrada10
3.1.3. Fatores que afetam a disponibilidade dos nutrientes
10
3.2. Nitrogênio (N)11
3.3. Fósforo (P)12
3.4. Potássio (K)13
3.5. Cálcio (Ca)14
3.6. Magnésio (Mg)15
3.7. Enxofre (S)16
3.8. Boro (B)17
3.9. Cobalto (Co)18
3.10. Cobre (Cu)19
3.11. Ferro (Fe)20
3.12. Manganês (Mn)21
3.13. Molibdênio (Mo)22
3.14. Níquel (Ni)23
3.15. Zinco (Zn)24
4. Avaliação da disponibilidade dos nutrientes do solo
25
4.1. Introdução25
4.2. Amostragem dos solos em sistema de plantio direto (SPD)
25
4.3. Interpretação da análise de solo26
3
5. Avaliação do estado nutricional da soja
27
5.1. Amostragem das folhas27
5.2. Amostragem das folhas da soja27
5.3. Interpretação dos teores dos nutrientes nas folhas da soja27
6. Produtos Bio Soja para soja28
6.1. Dessecação das plantas daninhas28
6.2. Adubação de solo31
6.3. Inoculação e fertilização das sementes 39
6.4. Adubação no sulco de plantio44
6.5. Adubações foliares47
6.6. Produtos e garantias58
7. Programa nutricional Bio Soja para soja
59
8. Anexo60
81. Fases fenológicas da soja60
8.2. Calagem61
8.3. Gessagem63
8.4. Adubação65
8.4.1. Adubação nitrogenada65
8.4.2. Adubação fosfatada67
8.4.3. Adubação potássica71
8.4.4. Adubação com enxofre73
8.4.5. Adubação com micronutrientes 74
9. Glossário77
10. Literatura consultada81
4
1. INTRODUÇÃO
vez no Estado de São Paulo por Daffert no Instituto
Agronômico de Campinas (IAC).
O primeiro cultivo comercial da soja no Brasil foi realizado em 1914 no município gaúcho de Santa Rosa.
A partir da década de 60, a soja revolucionou os campos gaúchos. As cultivares de soja importadas dos
Estados Unidos tiveram uma excepcional adaptabilidade às condições edafoclimáticas do Rio Grande do
Sul. Posteriormente, a soja e os colonos gaúchos migraram inicialmente para o Oeste de Santa Catarina e
logo após para o Sudoeste do Paraná e Paraguai.
Atualmente, a cultura da soja também conhecida
como o ouro verde brasileiro é a principal commodity
agrícola brasileira. Representa cerca de 45% da safra
brasileira de grãos, colocando o Brasil como o maior
exportador e o segundo maior produtor mundial desta Fabaceae, nova nomenclatura das leguminosas.
Na safra 2012/13, as exportações do complexo soja
que inclui grãos, farelo e óleo atingiu a cifra de US$
13 bilhões sendo um dos principais responsáveis pelo
saldo positivo na balança comercial e pela estabilidade econômica do Brasil.
Depois, a expansão da soja ocorreu rumo as imensas
terras disponíveis no Brasil Central denominadas de
Cerrado. As características do relevo, solo e clima do
Cerrado, aliada ao espírito empreendedor dos agricultores brasileiros e a utilização dos insumos agrícolas
respaldadas pela pesquisa agrícola permitiram que a
soja fosse à propulsora do desenvolvimento econômico desta imensa região brasileira.
No atual ritmo de expansão da soja, provavelmente
nas próximas safras, o Brasil será o maior produtor
mundial deste grão superando os Estados Unidos.
Conforme levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), na safra
2013/14 foram colhidas 86,6 milhões de toneladas de
soja com aumento de 6,2% em relação à safra anterior. A safra norte-americana de soja foi ligeiramente superior atingindo 89,5 milhões de toneladas de
grãos.
No Estado de São Paulo, o cultivo da soja ficou concentrado em duas regiões, Vale do Paranapanema e
na Alta Mogiana (Orlândia, São Joaquim da Barra,
Ipuã, Ituverava e Guaíra). A partir da década de 90,
a maior parte da área cultivada com soja no Estado
de São Paulo foi gradativamente substituída pela cana-de-açúcar.
A soja é originária da China e é a base da alimentação
da população chinesa a pelo menos 5.000 anos. A
expansão da soja a partir da China foi lenta e gradual.
Por volta de 1500, foi introduzida nos países asiáticos
próximos a China, dentre os quais, Japão, Tailândia,
Indonésia, Filipinas e Índia. No século XVIII, a soja
chega ao continente europeu e aos Estados Unidos.
Atualmente, a cultura da soja é cultivada nas mais variadas regiões do mundo.
Atualmente, a soja é a base da economia da maioria
dos municípios da região Sul e Brasil Central incluindo os Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Goiás, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba em Minas
Gerais, Oeste da Bahia e Mapito. Esta região brasileira
é caracterizada por um grande dinamismo e o crescimento econômico está acima da média nacional.
No Brasil, a soja foi introduzida em 1882 na Bahia por
Gustavo Dutra e em 1892 é cultivada pela primeira
5
2. GRUPO BIO SOJA
2.1 HISTÓRICO
O Grupo Bio Soja é caracterizado por um grande
dinamismo e desde a sua fundação no início da década de 70 vem aprimorando constantemente os
seus produtos e processos industriais.
inoculante destinado à cultura do milho. Neste momento, o Grupo Bio Soja está pesquisando a eficiência agronômica deste inoculante nas demais
gramíneas com destaque para o trigo, arroz, sorgo,
cana-de-açúcar e braquiárias. Além deste produto,
o Grupo Bio Soja vem pesquisando produtos microbiológicos para as demais culturas com destaque
para o Metarhizium para cana-de-açúcar e pastagem.
A história do Grupo Bio Soja se confunde com a
própria história da cultura da soja na Alta Mogiana,
região do interior paulista localizada entre Ribeirão
Preto e o Triângulo Mineiro e a sua posterior expansão pelo Cerrado Brasileiro localizado nas mais
diversas regiões do Brasil Central.
Com a expansão da agricultura nos solos sob Cerrado surgiram novos desafios e necessidades das
culturas, dentre os quais, produtos destinados ao
fornecimento dos micronutrientes.
No final da década de 60, a soja no seu processo contínuo de expansão a partir do Rio Grande
do Sul atinge a Alta Mogiana. Em poucos anos,
a soja mudou o perfil agrícola desta região, tornando-se uma das principais culturas substituindo parcialmente as culturas do algodão, milho e
café.
No final da década de 90, mais precisamente em
1998, é inaugurada a segunda empresa do Grupo
Bio Soja em São Joaquim da Barra, a Bio Soja Fertilizantes, especializada na produção de fertilizantes.
A partir deste momento, o Nodulus® pó é aperfeiçoado com o desenvolvimento da sua formulação
líquida, o Nodulus® Premium. Posteriormente, esta
unidade industrial foi ampliada e teve início a produção dos sulfatos, MAP purificado, cloretos, óxidos e monóxidos metálicos, principalmente manganês e zinco.
A partir deste momento, surge a necessidade de
um insumo fundamental para a cultura da soja, o
inoculante e em 1971 é fundada em São Joaquim
da Barra/SP, a Indústria Bio Soja de Inoculantes.
No final da década de 70, a cultura da soja atravessou o Rio Grande e conquistou uma região
até então pouco utilizada para a agricultura, o
Cerrado Brasileiro. Neste processo de expansão,
a Bio Soja foi acompanhando a soja e em poucos
anos, a empresa comercializava os seus produtos
nas mais diversas regiões do Brasil Central alcançando os cerrados goianos e matogrossenses e
atingindo também os cerrados baianos e maranhenses.
Além da expansão da linha de produtos, o Grupo
Bio Soja iniciou a diversificação de mercados atuando nas mais diversas culturas brasileiras, no mercado químico industrial e na nutrição animal.
Em Serrana, município paulista próximo a Ribeirão
Preto/SP, o Grupo Bio Soja possui duas unidades industriais. A primeira unidade foi adquirida em 2001
e é responsável pela produção de acaricida, adjuvantes, isca formicida e de fertilizantes minerais em
suspensão (NHT®). Em 2008 é inaugurada a segunda
unidade industrial em Serrana/SP, responsável pela
produção do condicionador de solos (Fertium®) e dos
fertilizantes organominerais (Fertium® Phós).
A partir da década de 90, o Grupo Bio Soja iniciou
a produção do Nodulus® pó, fertilizante fornecedor
de cobalto e molibdênio à cultura da soja e demais
leguminosas.
Em 1994, a empresa iniciou a comercialização do
primeiro inoculante turfoso esterilizado e isento de
microganismos antagônicos às bactérias fixadoras
de nitrogênio (Biomax® Premium).
Em Ituverava/SP, a Granorte, empresa coligada ao
Grupo Bio Soja inaugurada em 2003 é especializada na produção de macronutrientes secundários e
micronutrientes de solo.
Em 2008, nesta unidade industrial, o Grupo Bio
Soja iniciou a produção e a comercialização do primeiro inoculante mundial para a produção de mudas de eucalipto a partir de estacas e miniestacas
(Rizolyptus®).
A partir de 2010, o Grupo Bio Soja, iniciou a exploração comercial de uma lavra de monóxido de
manganês em Niquelândia/GO, tornando-se auto
suficiente neste importante metal que é o primórdio de uma série de produtos destinados a nutrição
das plantas, nutrição animal e uso industrial.
Em 2011, foi lançado o Biomax® Premium Milho,
6
2.1 HISTÓRICO
Atualmente, o Grupo Bio Soja possui 5 unidades
industriais localizadas na região de Ribeirão Preto,
interior paulista, facilitando a distribuição dos seus
produtos em todas as unidades da federação e a
exportação para os países do Mercosul e Bolívia.
os produtos das unidades industriais são submetidos a um rígido controle de qualidade desde as
matérias-primas até os produtos acabados.
Ao longo desta longa trajetória, que teve início
nos primórdios da década de 70, o Grupo Bio Soja
acompanhou a abertura da maior fronteira agrícola
do mundo, o Cerrado Brasileiro e a consolidação do
Brasil como um dos maiores produtores agrícolas
do mundo.
As unidades industriais estão em constante ampliação e modernização procurando agregar as tecnologias mais modernas visando a otimização de
todos os processos industriais e minimizando ao
máximo a emissão de poluentes e a produção de
resíduos industriais.
O Grupo Bio Soja sempre esteve ao lado do produtor rural e sempre buscou alternativas para atender
as suas necessidades e colaborar para maximizar o
potencial produtivo das suas culturas e dos seus rebanhos.
A Bio Soja possui o certificado ISO 9001:2000, demonstrando toda a qualidade nos seus processos
administrativos, comerciais e industriais. Todos
7
2.2 POLÍTICA DE QUALIDADE
“Satisfazer nossos clientes,
através do processo de melhoria
contínua com a participação de
nossos colaboradores.”
8
2.3 UNIDADES INDUSTRIAIS
Escritório Central
São Joaquim da Barra - SP
Unidade I
Unidade V
Indústrias Químicas e Biológicas
São Joaquim da Barra - SP
Unidade II
Bio Soja Fertilizantes
São Joaquim da Barra - SP
Bio Soja Fertilizantes
Serrana - SP
Unidade III
Indústrias Químicas e Biológicas
Serrana - SP
9
Unidade IV
Granorte Fertilizantes
Ituverava - SP
3. NUTRIÇÃO NA CULTURA DA SOJA
3.1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas ocorreu aumento significativo na produção da soja (Figura 1). O principal fator que
propiciou o aumento na produção da soja foi o aumento expressivo na sua produtividade. Na década de
70, a produtividade da soja situava-se na faixa de 1,44 t/ha e nas últimas safras atingiu uma média ligeiramente superior a 3 t/ha. Vários fatores contribuíram para este aumento na produtividade, dentre os quais,
utilização racional dos nutrientes.
90
Produtividade (kg/ha)
80
Produção (milhões de t)
70
3.023
Entretanto, a produtividade da soja ainda está abaixo do seu potencial produtivo. Segundo pesquisadores brasileiros, o potencial de produtividade da
cultura situa-se entre 250 e 300 sc./ha, bem acima
da média nacional (Ventimiglia et al., 1999; Pires
et al., 2000; Maehler et al., 2003 e Saraiva, 2004).
2.827
Área cultivada (milhões de ha)
2.557
82,7
2.112
60
64,3
1.721
1.439
50
1.089
46,1
40
Com a constante elevação nos custos de produção,
é necessário que os produtores rurais realizem um
manejo nutricional mais adequado para maximizar
os investimentos realizados na cultura da soja e
otimizar o elevado potencial de produtividade das
atuais cultivares.
30
24
20
10
0
0,5
0,4
1960 / 69
7,3
4,9
22,7
18,6
16,4
9,5
27,3
11,3
1970 / 79 1980 / 89 1990 / 99 2000 / 06
2007 / 12
2013
Figura 1. Área cultivada, produção e produtividade da soja a
partir da década de 60. (EMBRAPA; CONAB)
Fonte: Caminhos da soja (2004).
3.1.1. NECESSIDADES NUTRICIONAIS DA SOJA
A absorção dos nutrientes pela soja é influenciada
por diversos fatores, dentre os quais, as condições
climáticas (chuvas e temperaturas), as diferenças
genéticas entre as cultivares, os tratos culturais e a
disponibilidade dos nutrientes no solo.
é fornecido na sua maior parte pela fixação biológica do nitrogênio. Para a produção de 1 t de grãos
de soja são necessários cerca de 83 kg/ha de N.
O potássio, o enxofre e o fósforo são respectivamente, o segundo, o terceiro e o quarto nutriente
mais exigido pela cultura da soja. Em relação aos
micronutrientes, o cloro é o mais absorvido pela
soja seguido pelo ferro, manganês, boro e zinco.
Na Tabela 1 há a quantidade de nutrientes absorvidos e exportados pela soja para a produção de 1 t
de grãos e 1 t de restos culturais. O nitrogênio é o
nutriente exigido em maior quantidade pela soja e
Tabela 1. Quantidade absorvida e exportada de nutrientes pela cultura da soja para uma produção de 1
t de grãos. Fonte: Sfredo (2008).
N
P2O5
K2O
Ca
Mg
S
B
Cl
Cu
Fe
Mn
Mo
Zn
Partes da
planta
- - - - - - - - - - - - - - - kg - - - - - - - - - - - - - -
-----------------g------------------
Grãos
51
10
20
3,0
2,0
5,4
20
237
10
70
30
5
40
Restos culturais
32
5,4
18
9,2
4,7
10,0
57
278
16
390
100
2
21
Total
83
15,4
38
12,2
6,7
15,4
77
515
26
460
130
7
61
% exportada
61
65
53
25
30
35
26
46
38
15
23
71
66
À medida que aumenta a matéria seca produzida por hectare, a quantidade de nutrientes nos restos culturais da soja não segue modelo linear.
10
3.1.2. ADUBAÇÃO BALANCEADA E EQUILIBRADA
A Lei do Mínimo proposta em 1840 pelo químico alemão Justus von
Leibig, ilustra muito bem, a importância da nutrição equilibrada e
balanceada nas culturas (Figura 2). Cada tábua do barril representa o
teor disponível de um determinado nutriente no solo.
“A produtividade de uma cultura é limitada pelo nutriente que
estiver em menor disponibilidade no solo, mesmo que todos os
demais estejam disponíveis em quantidades adequadas.”
Portanto, o produtor precisa utilizar a análise de solo para a avaliação
da disponibilidade dos nutrientes do solo e a análise foliar para o
monitoramento do estado nutricional da soja.
Figura 2. Representação gráfica da
Lei do Mínimo.
3.1.3. FATORES QUE AFETAM A DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES
A disponibilidade dos nutrientes à cultura da soja
é afetada por diversos fatores.
ponibilidade dos nutrientes ocorre na faixa de pH
entre 6,0 e 6,5 (Figura 3). Entretanto, o aumento
no pH do solo reduz a disponibilidade dos micronutrientes, exceto o boro, cloro e molibdênio.
Disponiblidade crescente dos nutrientes e alumínio
O pH do solo é o principal fator que afeta a disponibilidade dos nutrientes à soja. A maior dis-
A textura do solo influência na disponibilidade
dos nutrientes às plantas. Nos solos argilosos
ocorre maior fixação do P reduzindo a sua disponibilidade às culturas. Nos solos arenosos ocorre
maior lixiviação dos nutrientes aniônicos (nitrato,
sulfato, molibdato e boro) e do potássio.
Faixa de pH
adequada
para a maioria
das culturas
Em solos com altos teores de matéria orgânica
com predominância de ácidos húmicos ocorrem
a formação de complexos muito estáveis com os
micronutrientes metálicos (Co, Cu, Fe, Mn, Ni e
Zn) podendo induzir deficiências nas culturas.
Ferro, cobalto, cobre,
manganês, níquel e zinco
Alumínio
Molibdênio e cloro
Fósforo
Nitrogênio, enxofre e boro
Em solos compactados ocorre menor difusão do
P, Zn, Mn e K reduzindo a absorção destes nutrientes pela soja.
Potássio, cálcio e magnésio
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
8,0
pH em água
Figura 3. Efeito do pH na disponibilidade dos nutrientes e do
alumínio trocável.
Fonte: Adaptado de Instituto da Potassa & Fosfato (1998).
11
3.2. NITROGÊNIO (N)
a. Nitrogênio no solo
O N destaca-se pelo acentuado dinamismo na natureza apresentando grande mobilidade no solo e
as reações químicas são mediadas por microrganismos. Portanto, é muito difícil mantê-lo no solo em
quantidades suficientes para atender as necessidades das plantas, dentre as quais, a soja.
também absorvem o N do solo na forma de aminoácidos.
O N é o nutriente responsável pelo desenvolvimento vegetativo da soja.
Atua na síntese de compostos nitrogenados (aminoácidos, proteínas, aminas, amidas, aminoaçúcares, purinas, pirimidinas e alcalóides).
O N do solo está predominantemente na forma
orgânica representando mais de 95% do N total
e com variados graus de recalcitrância ou como
constituinte dos organismos vivos. Algumas formas ou frações do N tem meia vida de poucos dias,
enquanto outras permanecem no solo por séculos
(ácidos húmicos e humina).
Atua na produção da clorofila e está envolvido diretamente com a fotossíntese.
Estimula a formação e o desenvolvimento das gemas floríferas.
Na forma orgânica, o N não está disponível às plantas, precisando ser mineralizado para a produção
do amônio (N-NH4+), que por sua vez, será nitrificado, produzindo o nitrato (N-NO3-). O amônio e o
nitrato são as formas minerais do N disponíveis à
cultura da soja.
Componente dos ácidos nucléicos, enzimas, coenzimas e vitaminas.
d. Sintomas de deficiência do nitrogênio
O N é um nutriente com alta mobilidade no floema
da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do N
ocorrem inicialmente nas folhas velhas (Figura 4).
Em situações críticas, os sintomas podem atingem
também as folhas mais novas.
b. Fatores que afetam a disponibilidade do nitrogênio
A disponibilidade do N à soja está diretamente relacionada com os fatores que afetam a atividade
dos microrganismos e a dinâmica deste nutriente
nos solos.
Os solos com baixo teor de matéria orgânica tem
menor reserva de N orgânico e tem menor disponibilidade de N às plantas.
As folhas da soja vão perdendo a cor verde-escuro
e adquirem uma coloração verde-pálida. Posteriormente, ocorre uma clorose generalizada (amarelecimento) das folhas velhas causado pela menor síntese da clorofila. Com o agravamento da deficiência
do N, a clorose progride para uma necrose.
As regiões com alta precipitação pluviométrica aumentam a probabilidade de perdas de N por lixiviação reduzindo a sua disponibilidade às plantas.
Com a redução na síntese dos fotoassimilados,
ocorre um crescimento mais lento das plantas e os
grãos da soja tornam-se menores.
As estiagens prolongadas reduzem a mineralização do N orgânico reduzindo a disponibilidade do
nutriente às plantas. Ocorre também redução no
crescimento das raízes das plantas reduzindo a sua
capacidade de absorção do N do solo.
Os solos com acidez elevada tem menor atividade
dos microrganismos do solo proporcionando menor mineralização do N orgânico.
c. Funções do nitrogênio
O fluxo de massa é o principal mecanismo de absorção do N pela soja, sendo absorvido na forma
de nitrato (N-NO3-) e amônio (N-NH4+). As plantas
Figura 4. Deficiência de nitrogênio em soja.
Fonte: IPNI – N. R. Usberwood.
12
3.3. FÓSFORO (P)
a. Fósforo no solo
c. Funções do fósforo
O teor de P total dos solos tropicais situa-se entre 200
e 3.000 mg/kg de P, equivalente a 400 a 6.000 kg/ha
de P2O5. O P no solo encontra-se na solução do solo e
na fase sólida. O teor de P da solução do solo é muito
baixo e está em equilíbrio com o P da fase sólida.
A difusão é o principal mecanismo de absorção do P
pela soja, sendo absorvido na forma do íon fosfato
(H2PO4-).
O P é imprescindível ao crescimento e a reprodução
da soja, as quais não alcançam o seu máximo potencial produtivo sem um adequado suprimento deste
nutriente.
A maior parte do P do solo encontra-se na fase sólida
e é dividida em P-lábil e P-não lábil. O P-lábil é aquele
que está adsorvido aos colóides minerais e orgânicos
do solo, mas em equilíbrio com o P da solução do
solo, podendo ser considerado como disponível às
plantas. O P-não lábil é o P precipitado em compostos
insolúveis com o Ca, Fe e Al ou adsorvido em sítios de
elevada energia e deste modo, o seu aproveitamento
pelas plantas é incerto.
A principal função do P na soja está relacionada com
o armazenamento e a transferência de energia. É
componente dos nucleotídeos utilizados no metabolismo energético das plantas e está presente nas
moléculas dos açúcares intermediários da respiração
e fotossíntese.
b. Fatores que afetam à disponibilidade do fósforo
Acelera o enraizamento da soja e atua na divisão celular. Aumenta o teor de carboidratos, óleos, gorduras e
proteínas na soja. Favorece o vigor e a frutificação da
soja. Proporciona maior uniformidade na maturação
dos grãos e reduz a incidência de grãos defeituosos.
A disponibilidade do P à soja é reduzida pela retenção
do P nos solos e é conhecida como “fixação”.
Várias propriedades do solo afetam a fixação do P
sendo as mais importantes: pH, textura, tipo e quantidade de colóides (minerais de argilas e húmus) e
quantidade de outros ânions que podem competir
com o íon fosfato pelos sítios de adsorção, por exemplo, sulfato e silicato.
d. Sintomas de deficiência de fósforo
O P é um nutriente móvel no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do P na soja ocorrem
inicialmente nas folhas velhas.
A fixação do P é afetada pelo pH do solo (Figura 3).
A maior disponibilidade do P ocorre na faixa de pH
entre 6,0 a 6,5. Em solos ácidos, o P é precipitado
pelos íons Fe e Al e é adsorvido nos oxidróxidos de Fe
e de Al formando fosfatos pouco solúveis. Em solos
alcalinos, a reação do P ocorre com o Ca formando o
fosfato tricálcio com baixa solubilidade em água.
As folhas velhas da soja adquirem uma coloração verde-escuro sem brilho. Ocorre redução no crescimento
das plantas com plantas raquíticas e com folhas pequenas (Figura 5). Baixa inserção das vagens da soja.
A deficiência de P em soja reduz o número e a eficiência dos nódulos na fixação simbiótica do nitrogênio.
A fixação do P também é influenciada pelo teor de
argila do solo. Quanto maior o teor de argila do solo,
maior é a fixação do fósforo.
Em solos compactados ocorre menor difusão do P reduzindo a absorção pela soja. Os solos com menor
teor de umidade tem redução na disponibilidade do
P às plantas (menor difusão e menor crescimento das
raízes). Em solos com excesso de umidade ocorre redução no crescimento das raízes ocasionando menor
absorção de P pelas plantas.
Figura 5. Deficiência do fósforo em soja.
Fonte: IPNI - Luiz Antonio Zanao Júnior.
13
3.4. POTÁSSIO (K)
a. Potássio no solo
d. Sintomas de deficiência de potássio na soja
As plantas absorvem o K da solução do solo que por
sua vez é reposto pelo K trocável (K adsorvido aos
colóides minerais e orgânicos) e pelo K não trocável.
Nos solos tropicais, altamente intemperizados, a contribuição do K não trocável e o K dos minerais primários para a reposição do K na solução do solo é muito
pequena.
O K é um nutriente móvel no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do K na soja ocorrem
inicialmente nas folhas velhas.
Inicialmente, ocorre clorose nas bordas das folhas velhas da soja (Figura 6). Com o agravamento da deficiência, a clorose progride para uma necrose nas bordas
e pontas das folhas da soja (Figura 7). Posteriormente,
a necrose atinge a base das folhas até a necrose total.
b. Fatores que afetam à disponibilidade do potássio
Ocorre redução no tamanho e no peso das sementes
da soja. Os grãos da soja tornam-se enrugados e deformados reduzindo o vigor e o poder germinativo.
Pode ocorrer haste verde ou retenção foliar. As folhas
da soja permanecem verdes e os grãos maduros.
A disponibilidade do K à soja é afetada pelo pH do
solo (Figura 3). Quanto maior o pH do solo, maior a
disponibilidade de K à cultura da soja.
Os solos com desequilíbrios nos cátions básicos (altos
teores de Ca e/ou Mg e baixos teores de K) apresentam menor disponibilidade de K à cultura da soja.
Em solos arenosos com baixa CTC localizados em regiões com alta precipitação podem ocorrer perdas de
K por lixiviação para as camadas mais profundas, reduzindo a sua disponibilidade à cultura da soja.
c. Funções do potássio nas plantas
A difusão é o principal mecanismo de absorção do K
pela soja, sendo absorvido na forma iônica de K+.
Cerca de 70% do K nas plantas permanece na forma
iônica, livre nas células.
Figura 6. Sintomas iniciais da deficiência de potássio
em soja.
Fonte: Sfredo (2008).
O K é o nutriente que tem a maior influência na qualidade da cultura. O K estimula o enchimento dos
grãos diminuindo o chochamento, aumenta o teor
de carboidratos, óleos, gorduras e proteínas na soja.
O K é ativador enzimático. Ativa cerca de 60 enzimas,
dentre as quais, as enzimas relacionadas com o amido e proteína e as envolvidas com o desdobramento
dos açúcares.
Melhora a eficiência da soja na utilização da água regulando a abertura e o fechamento dos estômatos
das células-guarda e a turgidez do tecido.
Uma nutrição adequada com K reduz a incidência de
pragas e doenças.
Figura 7. Sintomas intermediários da deficiência de
potássio em soja.
Fonte: Sfredo (2008).
Aumenta a resistência da soja ao acamamento acelerando a lignificação das células do esclerênquima
principalmente com o suprimento adequado de N.
14
3.5. CÁLCIO (Ca)
a. Cálcio no solo
O Ca é indispensável para o pegamento da florada
atuando na germinação do grão de pólen e no crescimento do tubo polínico.
O Ca do solo é proveniente de rochas contendo minerais como dolomita, calcita, apatita e feldspatos
cálcicos.
Estimula o crescimento das raízes e dos demais órgãos das plantas. A taxa de crescimento das raízes
é imediatamente reduzida pela interrupção do fornecimento deste nutriente e após alguns dias, as
extremidades das raízes tornam-se marrons e gradualmente morrem.
Em solos tropicais e subtropicais, esses minerais
são intemperizados e o cálcio, em parte, é perdido
por lixiviação. Portanto, os solos localizados nestas
regiões são ácidos e possuem baixos teores de Ca.
Em solos com pH na faixa alcalina, o Ca pode precipitar como carbonatos, fosfatos ou sulfatos com
baixa solubilidade em água.
Em solos ácidos ou salinos, o Ca tem grande importância na manutenção da absorção iônica mantendo a estrutura e o funcionamento das membranas
celulares.
O Ca disponível às plantas está na forma iônica de
Ca2+ e encontra-se adsorvido nos colóides minerais e orgânicos e na solução do solo. No complexo
de troca dos solos, o cátion básico dominante é o
Ca2+, seguido pelo Mg2+ e pelo K+. Na solução do
solo, a concentração do Ca é muito baixa, de modo
particular nos solos ácidos das regiões tropicais.
Aumenta a resistência das plantas às pragas e doenças e aos estresses por calor, frio e vento.
d. Sintomas de deficiência do cálcio
b. Fatores que afetam à disponibilidade do cálcio
O Ca é um nutriente com baixa mobilidade no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência
do Ca ocorrem inicialmente nos tecidos mais novos
das plantas.
A disponibilidade do Ca às plantas é afetada pelo
pH do solo (Figura 3). A maior disponibilidade do
Ca ocorre em pH entre 6,0 a 6,5.
Os pontos de crescimento das plantas são afetados
pela deficiência de Ca. O sistema radicular fica atrofiado ocorrendo a morte da gema apical.
Nos solos com desequilíbrio entre os cátions básicos (altos teores de Mg2+ e/ou K+ e baixos teores
de Ca2+) ocorre redução na disponibilidade do Ca à
cultura da soja.
Há o retardamento da emergência das folhas e
quando emergem, tornam-se deformadas adquirindo a forma de taça denominada de encarquilhamento (Figura 8). Pode ocorrer quebra do pedúnculo pela desintegração da parede celulósica.
Em solos com manejo adequado dos calcários, o Ca
não constitui fator limitante às culturas.
c. Funções do cálcio
Nas leguminosas ocorre redução na nodulação podendo induzir deficiência de N na soja.
O fluxo de massa é o principal mecanismo de absorção do Ca pela soja, sendo absorvido na forma
iônica de Ca2+.
A principal função do Ca nas plantas é estrutural.
É essencial para a formação e manutenção da integridade e funcionalidade das membranas e paredes celulares das plantas. O pectato de cálcio da
lamela média atua como cimento entre as células.
Em plantas com deficiência de Ca, as membranas
tornam-se porosas, podendo perder os íons anteriormente absorvidos.
Figura 8. Deficiência de cálcio em soja.
Fonte: IPNI- T. S. Murrell.
15
3.6. MAGNÉSIO (Mg)
a. Magnésio no solo
É constituinte da clorofila (2,7% do seu peso molecular),
pigmento presente no cloroplasto onde ocorre a fotossíntese das plantas. Cerca de 50% do Mg nas folhas da
soja estão nos cloroplastos.
O Mg do solo é proveniente de rochas contendo minerais primários como piroxênios, anfibólios, olivina e turmalina e minerais secundários, tais como, clorita, ilita e
vermiculita. Os carbonatos e sulfatos com Mg também
são fontes deste nutriente aos solos.
O Mg é ativador das enzimas nas plantas. O Mg é o nutriente que ativa o maior número de enzimas, dentre as
quais, as enzimas relacionadas a síntese de carboidratos
e outras envolvidas na síntese de ácidos nucleicos.
Em solos tropicais e subtropicais, esses minerais são intemperizados e o Mg, em parte, é perdido por lixiviação.
Portanto, os solos localizados nestas regiões são ácidos
e possuem baixos teores de Mg.
O Mg está envolvido com o metabolismo do fosfato na
soja. É carreador do P na soja.
No complexo de troca dos solos subtropicais e tropicais,
o Mg é o terceiro cátion mais abundante, após o Ca2+
e o H+. Na solução do solo, a concentração do Mg é
muito baixa, de modo particular nos solos ácidos das
regiões tropicais.
Melhora a absorção do P dos solos aumentando a eficiência agronômica dos fertilizantes fosfatados.
Atua na síntese de proteínas. O Mg é necessário à transferência de energia aos aminoácidos, por meio de enzimas fosforilativas e manutenção da estabilidade das
unidades ou partículas dos ribossomos.
b. Fatores que afetam à disponibilidade do magnésio
A disponibilidade do Mg às plantas é afetada pelo pH
do solo (Figura 3). A deficiência de Mg ocorre em solos
com pH em água menor que 5,4.
d. Sintomas de deficiência do magnésio
Nos solos com desequilíbrio entre os cátions básicos (altos teores de Ca2+ e/ou K+ e baixos teores de Mg2+) ocorre redução na disponibilidade do Mg à cultura da soja.
O Mg é um nutriente móvel no floema das plantas. Portanto, os sintomas de deficiência do Mg na soja ocorrem
inicialmente nas folhas velhas.
A saturação de magnésio nos solos mais adequada à cultura da soja em solos com CTC menor que 8 cmolc /dm3
situa-se na faixa de 13 a 18%. Nos solos com CTC maior
que 8 cmolc /dm3, a saturação de magnésio mais adequada é de 13 a 20%.
As folhas mais velhas mostram uma clorose internerval
(amarelo-claro) e as nervuras permanecem com uma coloração verde-pálido (Figura 9).
A deficiência do Mg reduz a fotossíntese da soja causando diminuição da síntese dos fotoassimilados e comprometendo a produtividade da cultura.
As relações do Mg com o Ca e K nos solos mais adequada à cultura da soja são variáveis conforme a CTC.
Em solos com CTC menor que 8 cmolc /dm3, a relação
Ca/Mg e Mg/K mais adequada à cultura da soja é de
1 a 2 e de 5 a 10, respectivamente. Em solos com CTC
maior que 8 cmolc /dm3, a relação Ca/Mg e Mg/K mais
adequada à cultura da soja é de 1,5 a 3,5 e de 3 a 6,
respectivamente.
Ocorre redução no desenvolvimento do sistema radicular.
c. Funções do magnésio
O fluxo de massa é o principal mecanismo de absorção
do Mg pela soja, sendo absorvido na forma iônica de
Mg2+.
Figura 9. Deficiência de magnésio em soja.
Fonte: IPNI - Eros A. B. Francisco.
16
3.7. ENXOFRE (S)
a. Enxofre nos solos
De forma similar ao nitrogênio, a maior parte do S
nos solos está na forma orgânica (60 a 90% do S
total). Portanto, o reservatório do S nos solos é a
matéria orgânica.
na forma gasosa (SO2) e os aminoácidos contendo S
(cistina, cisteína e metionina).
O S atua no desenvolvimento vegetativo e na frutificação da soja.
É necessário que o S orgânico dos solos seja convertido em sulfato (SO42-), forma prontamente disponível às plantas através do processo denominado
de mineralização.
Atua na síntese de aminoácidos (cistina, cisteína e
metionina) e proteínas perfazendo cerca de 90% do
S nas plantas.
Além disso, o S é lixiviado de forma similar ao N
acumulando nas camadas mais profundas do solo
reduzindo a sua disponibilidade à cultura da soja.
O S é um dos responsáveis pela síntese dos reguladores de crescimento na soja (tiamina, biotina e
glutamina).
Nas últimas décadas, ocorreu aumento na incidência da deficiência de S na soja devido a utilização
de fertilizantes com alta concentração de N, P e K e
baixos teores de S.
Síntese de óleos e gordura.
b. Fatores que afetam à disponibilidade do enxofre
d. Sintomas de deficiência do enxofre
De forma similar ao N, a principal fonte natural de S
à soja é a matéria orgânica e os fatores que afetam
a sua dinâmica nos solos influenciam na disponibilidade deste nutriente à cultura da soja.
O S é um nutriente com baixa mobilidade no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência
do S ocorrem inicialmente nas folhas mais novas
da soja.
Os solos com baixo teor de matéria orgânica tem
menor reserva de S orgânico e tem menor disponibilidade de S às plantas.
Ocorre uma clorose geral das folhas novas, incluindo as nervuras, que de verde-pálido passam a amarelo, similar ao do N (Figura 10).
As regiões com alta precipitação pluviométrica aumentam a probabilidade de perdas de S por lixiviação reduzindo a sua disponibilidade às plantas.
Redução no porte e no florescimento da soja.
Participa na fixação biológica do nitrogênio através
da ativação da nitrogenase.
O caule torna-se delgado e fraco e as plantas ficam
muito susceptíveis ao acamamento.
As estiagens prolongadas reduzem a mineralização do S orgânico reduzindo a disponibilidade do
nutriente às plantas. Ocorre também redução no
crescimento das raízes das plantas reduzindo a sua
capacidade de absorção do S do solo.
Os solos com acidez elevada tem menor atividade
dos microrganismos do solo proporcionando menor mineralização do S orgânico.
c. Funções do enxofre
O fluxo de massa é o principal mecanismo de absorção do S pela soja, sendo absorvido na forma iônica
de sulfato (SO42-). As plantas também absorvem o S
Figura 10. Deficiência do enxofre em soja.
Fonte: IPNI - Valter Casarin.
17
3.8. BORO (B)
a. Boro no solo
O teor total de B nos solos é variável ficando entre 1 e
270 mg/kg de solo. Os maiores teores de B são encontrados nas regiões semi-áridas e áridas e os menores
nos solos arenosos das regiões úmidas.
Atua na síntese de celulose e lignina conferindo maior
tolerância da soja às pragas e doenças.
O B está diretamente envolvido com o metabolismo
do Ca atuando na formação da parede celular.
O B é um elemento químico solúvel em água e os
minerais contendo B possuem baixa dureza. São encontrados em depósitos evaporíticos em regiões desérticas aonde eram anteriormente lagoas ou praias.
Na América do Sul, os minerais de B são encontrados
nas regiões desérticas no Norte da Argentina, deserto
do Atacama no Chile e no Altiplano Boliviano.
d. Sintomas de deficiência de boro
O B é um micronutriente com baixa mobilidade no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência do B
ocorrem inicialmente nas folhas mais novas da soja.
A deficiência de B desorganiza os vasos condutores
da soja.
O teor de B total e B solúvel possui boa correlação
com o teor de matéria orgânica do solo. Quanto
maior o teor de matéria orgânica, maior o teor de B
total e de B disponível às plantas.
Com o agravamento da deficiência de B, pode ocorre
a morte da gema apical provocando o superbrotamento (Figura 11).
b. Fatores que afetam a disponibilidade do boro
A disponibilidade do B à soja é afetada pelo pH do
solo (Figura 3). A maior disponibilidade do B às plantas ocorre na faixa de pH entre 5 e 7.
As altas precipitações pluviométricas causam lixiviação do B e reduzem a sua disponibilidade às plantas
principalmente em solos de textura arenosa.
As secas prolongadas reduzem a disponibilidade do
B e podem induzir deficiência nas culturas. Ocorre
menor decomposição da matéria orgânica, principal
fonte natural de B nos solos tropicais. Além disso,
ocorre também redução no crescimento das raízes
das plantas reduzindo a sua capacidade de absorção
do B do solo.
Figura 11. Deficiência do boro em soja
Fonte: Sfredo (2008).
e. Fitotoxicidade do Boro
c. Funções do boro
Ocorre amarelecimento das pontas e margens das folhas, seguido por necrose progressiva. As folhas aparentemente tem queda precoce e ocorre morte das
raízes da soja (Figura 12).
O fluxo de massa é o principal mecanismo de absorção do B pela soja, sendo absorvido na forma de ácido bórico (H3BO3).
O B difere dos demais micronutrientes pois é o único
que não foi identificado em nenhum composto vital.
Além disso, não se identificou qualquer reação crucial
para o metabolismo das plantas com a participação
do B.
O B está envolvido com a translocação dos açúcares
atuando no seu transporte das folhas para os demais
órgãos da planta.
Figura 12. Fitotoxicidade do boro em soja.
Fonte: Deptº Agronômico da Bio Soja.
Atua na divisão, maturação e na diferenciação celular.
18
3.9. COBALTO (Co)
a. Cobalto no solo
O teor total de Co nos solos é influenciado pelo
material de origem e pelo processo de formação
dos solos.
Os solos derivados de rochas ígneas básicas (Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem
os maiores teores totais de Co, enquanto que os
solos derivados de arenitos e demais sedimentos
arenosos possuem os menores teores do nutriente.
b. Fatores que afetam a disponibilidade do cobalto
A disponibilidade do Co às plantas é afetada pelo
pH do solo (Figura 3). Quanto maior o pH do solo,
menor é a disponibilidade do Co às plantas.
Os solos com alto teor de matéria orgânica possuem menor disponibilidade de Co podendo induzir deficiência nas culturas. Ocorre formação de
complexos muito estáveis do Co com as substâncias húmicas notadamente os ácidos húmicos.
Figura 13. Deficiência de cobalto em soja.
Fonte: Gilberto Barbante Kerbauy (1998).
c. Funções do cobre
Os sintomas de toxicidade de Co são semelhantes
aos da deficiência de Fe com folhas cloróticas. A
recuperação da soja é rápida e não ocorre redução
na produtividade da cultura (Figura 14).
e. Sintomas de toxicidade de cobalto
A difusão é o principal mecanismo de absorção do
Co pela soja, sendo absorvido na forma iônica de
Co2+.
O Co é essencial para a fixação biológica do nitrogênio. Participa da síntese da cobalamida e da vitamina B12, necessária a síntese da leghemoglobina,
que determina a atividade dos nódulos localizados
nas raízes da soja.
d. Sintomas de deficiência de cobalto
O Co é um micronutriente com baixa mobilidade
no floema das plantas. Portanto, os sintomas de
deficiência do Co ocorrem inicialmente nas folhas
mais novas da soja.
Figura 14. Toxicidade de cobalto em soja.
Fonte: Sfredo (2008).
Os sintomas da deficiência do Co são similares a
deficiência de nitrogênio devido a menor fixação
biológica do nitrogênio. A deficiência de Co causa
inicialmente uma clorose nas folhas mais velhas da
soja que progride para uma necrose (Figura 13).
19
3.10. COBRE (Cu)
a. Cobre no solo
A deficiência de Cu na soja causa redução no crescimento das plantas. As folhas mais novas adquirem coloração verde-acinzentada ou verde-azulada
(Figura 15). Ocorre redução no crescimento das
plantas pelo encurtamento dos internódios.
O teor total de Cu nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo processo de formação dos
solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas
(Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os maiores teores totais de Cu, enquanto que
os solos derivados de arenitos e demais sedimentos
arenosos possuem os menores teores do nutriente.
b. Fatores que afetam a disponibilidade do cobre
A disponibilidade do Cu às plantas é afetada pelo
pH do solo (Figura 3). Quanto maior o pH do solo,
menor é a disponibilidade do Cu às plantas e dependendo do teor do micronutriente no solo pode
causar deficiências nas culturas.
Os solos com alto teor de matéria orgânica possuem menor disponibilidade de Cu podendo induzir deficiência nas culturas. Ocorre formação de
complexos muito estáveis do Cu com as substâncias húmicas, notadamente os ácidos húmicos.
Figura 15. Deficiência de cobre em soja.
Fonte: Vitti (comunicado pessoal).
e. Sintomas de toxicidade de cobre
Os altos teores dos demais micronutrientes catiônicos (Fe, Mn e Zn) no solo reduzem a disponibilidade
de Cu às plantas (inibição competitiva).
Ocorre o aparecimento de pontos necróticos nas bordas dos folíolos das folhas mais velhas que progride
para as folhas mais novas (Figura 16).
c. Funções do cobre
A difusão é o principal mecanismo de absorção do
Cu pela soja, sendo absorvido na forma iônica de
Cu2+.
O Cu atua no processo da fotossíntese, apresentando papel importante no transporte eletrônico via
plastocianina.
Aumenta a resistência da soja às doenças e atua na
síntese proteica.
d. Sintomas de deficiência de cobre
Figura 16. Toxicidade de cobre em soja.
Fonte: Sfredo (2008).
O Cu é um micronutriente com baixa mobilidade
no floema das plantas. Portanto, os sintomas de
deficiência do Cu ocorrem inicialmente nas folhas
mais novas da soja.
20
3.11. FERRO (Fe)
a. Ferro no solo
d. Sintomas de deficiência do ferro
O Fe é um dos elementos químicos mais abundantes na crosta terrestre superado apenas pelo oxigênio, silício e alumínio. O teor médio de Fe nos solos
é de 3,5%.
O Fe é um micronutriente com baixa mobilidade no
floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência
do Fe ocorrem inicialmente nas folhas mais novas
da soja.
O teor de Fe disponível nos solos é controlado pelas
reações redox. Os ambientes redutores (alto teor de
umidade) possuem os maiores teores do íon Fe2+ na
solução do solo, forma disponível às plantas.
As folhas novas apresentam variados graus de clorose internerval da ponta para a base das folhas da
soja. Não ocorre murchamento das folhas.
Com o agravamento da deficiência do Fe, as plantas
tornam-se cloróticas ou esbranquiçadas (Figura 17).
Em ambientes oxidantes (baixo teor de umidade),
o íon Fe2+ é oxidado ao íon Fe3+ reduzindo a sua
disponibilidade às plantas.
b. Fatores que afetam a disponibilidade do ferro
A disponibilidade do Fe às plantas é afetada pelo
pH do solo (Figura 3). Os solos com pH na faixa
ácida tem maior disponibilidade de Fe às plantas.
Os solos com alto teor de matéria orgânica possuem menor disponibilidade de Fe podendo induzir deficiência nas culturas. Ocorre a formação de
complexos muito estáveis do Fe com as substâncias
húmicas notadamente os ácidos húmicos. Entretanto, nas condições brasileiras é rara a deficiência
de Fe induzida pelas substâncias húmicas.
Figura 17. Deficiência do ferro em soja
Fonte: Sfredo (2008).
Altos teores de Cu e Mn no solo reduzem a disponibilidade de Fe à cultura da soja.
Os solos com alto teor de fósforo podem induzir
deficiência de Fe na soja.
c. Funções do ferro
A difusão é o principal mecanismo de absorção do
Fe pela soja, sendo absorvido na forma iônica de
Fe2+.
O Fe é constituinte da clorofila, pigmento presente
no cloroplasto onde ocorre a atividade fotossintética nas plantas.
21
3.12. MANGANÊS (Mn)
a. Manganês no solo
O teor total de Mn nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo processo de formação dos solos.
Os solos derivados de rochas ígneas básicas (Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os
maiores teores totais de Mn, enquanto que os solos
derivados de arenitos e demais sedimentos arenosos
possuem os menores teores de Mn.
O Mn atua nos processos de oxiredução na soja no
transporte de elétrons na fotossíntese.
b. Fatores que afetam a disponibilidade do manganês
O Mn é um micronutriente com baixa mobilidade
no floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência ocorrem inicialmente nas folhas mais novas
da soja.
Desempenha papel fundamental na respiração participando de diversas reações no ciclo de Krebs.
d. Sintomas de deficiência do manganês
A disponibilidade do Mn às plantas é afetada pelo
pH do solo (Figura 3). O aumento de uma unidade
de pH no solo provoca uma redução de 100 vezes
na atividade do Mn na solução do solo.
As folhas novas com deficiência de Mn apresentam
clorose internerval com tonalidade amarelo-esverdeados. As nervuras permanecem com coloração
verde-escura (Figura 18).
Os solos com alto teor de matéria orgânica tem
menor disponibilidade de Mn às plantas pela formação de complexos muito estáveis com este micronutriente principalmente quando ocorre predomínio da fração húmica.
O teor de umidade também afeta a disponibilidade
do Mn às plantas. Os solos com maior teor de umidade (ambiente redutor) tem maior disponibilidade
do Mn.
As estiagens prolongadas reduzem a disponibilidade do Mn às plantas. Ocorre oxidação do Mn2+ para
formas não disponíveis (Mn3+ e Mn4+).
Os solos com alto teor de Fe tem redução na disponibilidade de Mn às plantas (inibição competitiva).
Figura 18. Deficiência de manganês em soja.
Fonte: Vitti (comunicado pessoal).
c. Funções do manganês
A difusão é o principal mecanismo de absorção do
Mn pela soja, sendo absorvido na forma iônica de
Mn2+.
É ativador de várias enzimas na soja, tais como, descarboxilases, hidrolases, fosfoquinases e fosfotransferase. Participa da reação da fotólise da água no
fotossistema II, formação da clorofila e formação,
multiplicação e funcionamento dos cloroplastos.
22
3.13. MOLIBDÊNIO (Mo)
a. Molibdênio no solo
Os teores de Mo disponíveis nos solos brasileiros são muito
baixos, situando-se na faixa de 0,01 a 0,16 mg/kg.
O Mo é essencial às plantas que utilizam o nitrato
(N-NO3-) como uma das fontes de nitrogênio. É componente da enzima redutase do nitrato, responsável
pela conversão do nitrato (N-NO3-) a nitrito (N-NO2)
que posteriormente é convertido em aminoácidos e
demais compostos orgânicos nitrogenados.
O teor total de Mo nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo processo de formação dos solos.
Os solos derivados de rochas ígneas básicas (Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os
maiores teores totais de Mo, enquanto que os solos
derivados de arenitos e demais sedimentos arenosos
possuem os menores teores do nutriente.
d. Sintomas de deficiência de molibdênio
O Mo é um micronutriente móvel no floema da soja.
Portanto, os sintomas de deficiência ocorrem inicialmente nas folhas mais velhas.
b. Fatores que afetam a disponibilidade do molibdênio
A deficiência do Mo é caracterizada por pequenas estrias cloróticas longitudinais começando no terço apical da folha (Figura 19). As folhas mais velhas secam
prematuramente do meio para as pontas.
A disponibilidade do Mo é afetada por diversos fatores, dentre os quais, material de origem, textura e pH
do solo.
A disponibilidade do Mo às plantas é afetada pelo pH
do solo (Figura 3). A deficiência de Mo ocorre com
maior frequência em solos ácidos. A calagem corrige a
deficiência de Mo nas culturas, se os teores deste micronutriente nos solos forem adequados.
A aplicação de doses elevadas de fertilizantes contendo
sulfato pode induzir deficiência de Mo na soja. Ocorre lixiviação do Mo para as camadas subsuperficiais do solo.
As adubações fosfatadas aumentam a disponibilidade
de Mo às plantas.
c. Funções do molibdênio
Figura 19. Deficiência do molibdênio em soja.
Fonte: Sfredo (2008).
O fluxo de massa é o principal mecanismo de absorção do Mo pela soja, sendo absorvido na forma de
molibdato (MoO42-).
O metabolismo do nitrogênio pode ser seriamente
afetado na soja com deficiência de Mo devido a sua
participação como componente das enzimas, nitrogenase e redutase do nitrato.
A deficiência de Mo ocasionará uma diminuição na produção da enzima nitrogenase que se refletirá na redução da quantidade de nitrogênio fixado biologicamente.
23
3.14. NÍQUEL (Ni)
a. Níquel no solo
Na soja, o Ni pode aumentar atividade da urease, impedindo o acumulo de quantidades tóxicas de ureia.
O teor de Ni na crosta terrestre é aproximadamente
0,16 g/kg, sendo um componente comum de rochas ígneas. O teor de Ni nos solos variam de 1 a
200 mg/kg.
O Ni tem relação também com a fixação simbiótica
do N aumentando a atividade da hidrogenase em
bacterióides isolados dos nódulos.
O teor total de Ni nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo processo de formação dos
solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas
(Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os maiores teores totais de Ni, enquanto que
os solos derivados de arenitos e demais sedimentos
arenosos possuem os menores teores do nutriente.
Aumenta a resistência das plantas às doenças. Em
soja, o Ni tem sido utilizado em pulverizações foliares com o intuito de aumentar a resistência à ferrugem asiática.
O Ni reduz os efeitos colaterais do glifosato nas
plantas.
b. Fatores que afetam a disponibilidade do níquel
d. Sintomas de deficiência do níquel
Os fatores que afetam a disponibilidade dos metais
afetam também a disponibilidade do Ni às plantas.
Os sintomas de deficiência de Ni na soja caracterizam-se pelo acumulo de ureia provocando necrose
nos folíolos.
A disponibilidade do Ni é afetada pelo pH do solo
(Figura 3). Quanto maior o pH do solo, menor é a
disponibilidade do Ni às plantas e dependendo do
teor do micronutriente no solo pode causar deficiência nas culturas.
A deficiência de Ni afeta o crescimento, o metabolismo, o envelhecimento e a absorção de Fe pelas
plantas.
Os ácidos húmicos formam complexos muito estáveis com o Ni reduzindo a sua disponibilidade às
plantas. Entretanto, os ácidos fúlvicos aumentam a
disponibilidade do Ni à soja.
Altos teores de Ca, Mg, Cu e Zn nos solos inibem a
absorção de Ni pela soja.
Altas doses de fertilizantes fosfatados ou altos teores de P nos solos reduzem a disponibilidade no
solo ou na soja propriamente dita.
c. Funções do níquel
A difusão é o principal mecanismo de absorção do Ni
pela soja, sendo absorvido na forma iônica de Ni2+.
O Ni atua no metabolismo do nitrogênio. É constituinte da metaloenzima urease que participa na
decomposição da ureia para amônia (N-NH4+) e dióxido de carbono (CO2).
24
3.15. ZINCO (Zn)
a. Zinco no solo
d. Sintomas de deficiência do zinco
O teor total de Zn nos solos é influenciado pelo material de origem e pelo processo de formação dos
solos. Os solos derivados de rochas ígneas básicas
(Latossolo Roxo e Latossolo Vermelho-Escuro) possuem os teores mais elevados de Zn, enquanto os
solos derivados de sedimentos arenosos apresentam os menores teores.
O Zn é um micronutriente com baixa mobilidade no
floema da soja. Portanto, os sintomas de deficiência
do Zn ocorrem inicialmente nas folhas mais novas
da soja.
As folhas novas são pequenas, estreitas e alongadas
com clorose internerval permanecendo as nervuras
verdes (Figura 20).
b. Fatores que afetam a disponibilidade do zinco
Ocorre encurtamento dos internódios da soja.
A disponibilidade do Zn é afetada pelo pH do solo
(Figura 3). Quanto maior o pH do solo, menor é a
disponibilidade do Zn às plantas e dependendo do
teor do micronutriente no solo pode causar deficiência nas culturas.
Os ácidos húmicos formam complexos muito estáveis com o Zn reduzindo a sua disponibilidade às
plantas. Entretanto, os ácidos fúlvicos aumentam a
disponibilidade do Zn às plantas.
Os solos com alto teor de P disponível ou adubações com elevadas doses de P (íon fosfato) reduzem a absorção do Zn e podem induzir deficiência
deste micronutriente na soja.
As baixas temperaturas associadas com excesso de
umidade no solo podem induzir deficiência de Zn.
Figura 20. Deficiência de zinco em soja.
Fonte: Sfredo (2008).
c. Funções do zinco
A difusão é o principal mecanismo de absorção do Zn
pela soja, sendo absorvido na forma iônica de Zn2+.
O Zn atua diretamente no crescimento da soja. Este
micronutriente é essencial para a síntese do triptofano, que é precursor do ácido indolacético (AIA),
que irá formar as enzimas responsáveis pelo alongamento e crescimento celular.
25
4. AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES DO SOLO
4.1. INTRODUÇÃO
O manejo nutricional sustentável na soja deve levar
em consideração os teores dos nutrientes nos solos
avaliados através da análise de solo. A determinação dos teores dos nutrientes nos solos é a etapa
inicial para a tomada de decisão quanto a utilização
dos corretivos, condicionadores e fertilizantes.
lavouras de soja e realizar os ajustes necessários no
manejo nutricional da cultura.
A amostragem do solo deve representar com a
maior fidelidade possível um determinado talhão
ou gleba. Normalmente, os solos são heterogêneos, tanto no sentido vertical como no horizontal,
causado pelos fatores de formação dos solos (material de origem, clima, topografia, organismos, vegetação e tempo) e a aplicação dos corretivos agrícolas e fertilizantes.
De maneira geral, as maiores probabilidades de respostas dos nutrientes ocorrem em solos de baixa
fertilidade natural (solos sob vegetação de cerrado)
e áreas degradadas. Além disso, os solos inicialmente com boa fertilidade natural mas sem a reposição adequada dos nutrientes exportados em
sucessivos cultivos tendem a responder a aplicação
dos fertilizantes.
O histórico do manejo nutricional também deve ser
levado em consideração na interpretação das análises de solo e foliares.
Além disso, o produtor deve realizar a análise foliar
para o monitoramento do estado nutricional das
4.2. AMOSTRAGEM DOS SOLOS EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO (SPD)
15 subamostras por gleba uniforme na camada de
0 a 20 cm e de 20 a 40 cm durante a fase de implantação da cultura.
No sistema de plantio convencional, as arações e
gradagens formam uma camada superficial mais
ou menos uniforme, que corresponde em geral, a
profundidade de trabalho dos implementos agrícolas, 15 a 20 cm, sendo essa a profundidade a ser
amostrada para fins de avaliação da fertilidade do
solo.
a.2. Fase estabelecida: É a fase posterior a implantação do sistema de plantio direto e corresponde ao
término do 6º cultivo. A amostragem do solo deve ser
realizada na camada de 0 a 10 cm e de 10 a 20 cm.
No SPD, a aplicação do calcário e corretivos agrícolas na superfície, fertilizantes a lanço ou em linha e
a manutenção da palhada na superfície dos solos
ampliam a variabilidade espacial, tanto no sentido
horizontal como no vertical, originando acentuados gradientes verticais nos teores de nutrientes no
solo, principalmente para o P e K.
Os equipamentos recomendados para a amostragem
dos solos são a pá-de-corte, retirando uma camada
de 5 cm de espessura e 10 cm de largura ou caladores
de 5 a 6 cm de diâmetro. Os trados de rosca ou holandês não são instrumentos apropriados, em virtude
da facilidade de perda da camada superfície do solo
(primeiros centímetros) e também pelo usual pequeno diâmetro do trado de rosca.
As recomendações para a amostragem dos solos
em sistema de plantio direto estão especificadas
abaixo:
b. Áreas sob SPD com a adubação em linha
b.1. Fase de implantação: Utilizar o mesmo procedimento do sistema convencional, ou seja, realizar
15 subamostras por gleba uniforme na camada de
0 a 20 e de 20 a 40 cm durante a fase de implanta-
a. Áreas sob SPD com a adubação a lanço
a.1. Fase de implantação: Utilizar o mesmo procedimento do sistema convencional, ou seja, realizar
26
ção e na próxima amostragem, que deve ocorrer ao
término do 3º cultivo adubado.
semeadura, coletando um ponto no centro da linha
e um de cada lado se for cereal de inverno, um no
centro e três de cada lado se for soja, ou um no
centro e seis de cada lado se for milho. Havendo
interesse em desconsiderar o fertilizante remanescente da última adubação, a coleta também pode
ser realizada somente na entrelinha de cultivo, utilizando um trado calador ou pá-de-corte.
b.2. Fase estabelecida: É a fase posterior à implantação do sistema de plantio direto e corresponde
ao término do 6º cultivo. A amostragem do solo
deve ser realizada com pá-de-corte, na camada de
0 a 10 cm, perpendicular ao sentido da linha, no
espaço de entrelinha a entrelinha da última cultura, particularmente em lavouras com teores de P e
K no solo abaixo do nível de suficiência, conforme
indicado na Figura 21. Coletar 15 locais por gleba
uniforme para a formação de uma amostra composta.
Para solos com teores de P e K acima do nível de
suficiência, realizar a amostragem do solo na profundidade de 0 a 10 e de 10 a 20 cm. Em solos com
gradiente de acidez, realizar a amostragem nas camadas abaixo de 20 cm.
A pá-de-corte pode ser substituída pela coleta com
trado calador numa linha transversal às linhas de
A amostra composta deverá ter aproximadamente
300 a 500 g de solo.
Profundidade
de amostragem
Procedimentos
0 a 20cm e 20 a 40cm
Utilizar pá reta (retirando porção de solo de 5 cm de
espessura e 10 cm de largura) ou trado (de 5 cm de
diâmetro). Fazer 15 amostras simples para resultar em
1 amostra composta da gleba homogênea.
SPD com adubação a lanço
Na fase de implantação (ate o 5º ou 6 º ano)
0 a 20cm
Procedimentos idênticos ao anterior, preferencialmente
com pá reta.
Na fase de consolidação (após o 6º ou 7º
ano, dependendo do histórico)
0 a 10cm
Procedimentos idênticos ao anterior.
SPD com adubação a lanço
Na fase da implantação do SPD
0 a 20cm
Utilizar pá reta (retirando porção de solo de 5 cm de
espessura e largura igual ao espaçamento entrelinhas
da cultura anterior. Retirar 20 amostras simples para
compor 1 amostra composta da gleba homogênea.
Na fase de consolidação do SPD
0 a 10cm
Procedimentos idênticos ao anterior.
Fase
Na fase de adoção do SPD
Fonte: Adaptado de COMISSÂO (1995), Anghinoni & Salet (1998).
LINHAS DE
ADUBO
IA
FAT
DE
O
SOL
BALDE DE
20 LITROS
SACO DE
PLÁSTICO
Figura 21. Coleta de amostras de solo no
sistema plantio direto em áreas adubadas
em linha.
Fonte: Adaptado de Comissão, 1995
4.3. AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES DOS SOLOS
No anexo há tabelas para a interpretação dos resultados da análise de solo nas principais regiões agrícolas
produtoras de soja no Brasil.
27
5. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DA SOJA
5.1. INTRODUÇÃO
Além da análise do solo para o monitoramento da
fertilidade dos solos e recomendações dos corretivos, condicionadores e fertilizantes, o produtor
precisa realizar o monitoramento do estado nutricional da soja através da diagnose ou análise foliar.
Basicamente, a diagnose foliar consiste na análise
química de determinadas folhas da soja, amostradas em fases fenológicas pré-estabelecidas e interpretadas conforme determinados parâmetros.
5.2. AMOSTRAGEM DAS FOLHAS DA SOJA
Indicação
Tipo de folha amostrada
Descrição
Época de coleta
Pleno florescimento da soja (R2)
Tipo de folha
3º trifólio totalmente formado com o
pecíolo, a partir do ápice, retirada no
terço médio das plantas.
Número de folhas
40 trifólios por talhão uniforme, um
trifólio por planta
Cuidados na amostragem
Coletar folhas sadias, sem manchas ou
ataque de pragas e doenças
Intervalo entre a adubação de
solo e a foliar e a amostragem
das folhas
Mínimo de 15 dias
Fonte: Adaptado de Kurihara et al. (2008).
5.3. INTERPRETAÇÃO DOS TEORES DOS NUTRIENTES NAS
FOLHAS DA SOJA
Nutrientes
Macronutrientes
Níveis dos nutrientes na soja
Baixo
Adequado
Excessivo
-------------------------------- g/kg --------------------------------
Nitrogênio (N)
< 36,8
36,8 a 46,9
> 46,9
Fósforo (P)
< 2,3
2,3 a 3,4
> 3,4
Potássio (K)
< 17,3
17,3 a 25,7
> 25,7
Cálcio (Ca)
< 6,8
6,8 a 11,8
> 11,8
Magnésio (Mg)
< 2,9
2,9 a 4,7
> 4,7
Enxofre (S)
< 2,0
2,0 a 3,0
> 3,0
Micronutrientes
------------------------------- mg/kg -------------------------------
Boro (B)
< 33
33 a 50
> 50
Cobre (Cu)
<6
6 a 11
> 11
Ferro (Fe)
< 59
59 a 120
> 120
Manganês (Mn)
< 28
28 a 75
> 75
Zinco (Zn)
< 31
31 a 58
> 58
Fonte: Kurihara et al. (2008).
28
6. PRODUTOS BIO SOJA PARA SOJA
6.1. DESSECAÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS
Nitroflex
6.1.1. FERTILIS® NITROFLEX
É um fertilizante foliar fluido com alto teor de nitrogênio.
Cada litro do Fertilis® Nitroflex possui 241,5 g de N.
Garantias (p/p)
Ensaio de campo com o Fertilis® Nitroflex
• Nitrogênio (N): 21% (241,5 g/L)
• Densidade: 1.150 g/L
Objetivo
Verificar a eficiência agronômica do Fertilis® Nitroflex na dessecação das plantas daninhas.
Natureza física
Local
Unaí, MG.
•Fluido
Benefícios
Tratamentos
• Tratamento 1. Padrão da propriedade
• Tratamento 2. Programa Bio Soja (500 mL/ha do
Fertilis® Nitroflex - 0,33% da calda de pulverização)
• O nitrogênio rompe algumas ligações éster, éter
e diéter da cutina das plantas daninhas contribuindo para a maior absorção dos compostos
químicos presentes na calda de pulverização.
Avaliação
A avaliação do ensaio de campo foi realizada 16 dias
após a dessecação das plantas daninhas (Figura 22).
Programa
Padrão da
propriedade
Bio Soja
Figura 22. Efeito do Fertilis® Nitroflex na dessecação das plantas daninhas.
Fonte: Ricardo Froes e Éder Guirau (2009).
Conclusão
O Fertilis® Nitroflex melhorou o controle das plantas daninhas na dessecação.
Recomendação de uso
Dose por aplicação
Época de aplicação
Dessecação das plantas daninhas
1/
Dose/100 L de água
Dose/ha 1/
500 mL
500 a 750 mL
A vazão da calda de pulverização varia de 100 a 150 L/ha.
O Fertilis® Nitroflex deve ser o último produto a ser adicionado no preparo da calda de pulverização.
29
Poliflex
6.1.2. POLIFLEX®
É um fertilizante foliar fluido fornecedor de nitrogênio e fósforo à cultura da soja.
Cada litro do Poliflex® possui 34,5 g de N e 207 g de P2O5.
Garantias (p/p)
• Nitrogênio (N): 3% (34,5 g/L)
• Fósforo (P2O5): 18% (207 g/L)
• Densidade: 1.150 g/L
Natureza física
•Fluido
Benefícios
• Sequestrante de cátions
• O fósforo promove o enraizamento das plantas e é responsável pelo metabolismo energético nas plantas (armazenamento e transferência de energia);
Reduz a atividade dos cátions nas caldas de pulverização melhorando a eficiência dos glifosatos
na dessecação das plantas daninhas e em pós-emergência (soja transgênica RR), Figura 24.
• Acidifica a calda de pulverização (Figura 23).
O pH do Poliflex® é de 1 a 2.
pH 8.0
Cátion
Cátion
Figura 24. Esquema da complexação dos cátions da
água pelo Poliflex®.
pH 4.6
Figura 23. Efeito do Poliflex® na redução do pH
da calda de pulverização.
30
Poliflex
6.1.2. POLIFLEX®
Figura 25. Efeito da calda de pulverização
com o Poliflex® na dessecação das plantas
daninhas (15 dias após a aplicação dos produtos).
Testemunha
Poliflex®
(50 mL/100 L de água)
Recomendação de uso
Época de aplicação
Dose por aplicação
Dose/100 L de água
Dose/ha 1/ 2/
25 a 50 mL
50 a 100 mL
Dessecação das plantas daninhas
1/
2/
A vazão da calda de pulverização varia de 100 a 200 L/ha.
Em vazões de caldas de pulverizações menores que 100 L/ha, a dose mínima do Poliflex® é de 50 mL/ha.
Observação
O Poliflex® também pode ser utilizado nas pulverizações foliares na cultura da soja em águas com pH na
faixa alcalina.
31
6.2. ADUBAÇÃO DE SOLO
6.2.1. FERTIUM®
É um condicionador de solos com altos teores de substâncias húmicas proveniente da humificação dos materiais orgânicos ao longo de milhares de anos.
Garantias
•
•
•
•
•
•
•
• Aumenta a capacidade de retenção de água (CRA)
dos solos tornando as plantas mais tolerantes aos
veranicos;
• Neutralização das substâncias tóxicas nos solos, tais
como, alumínio e metais pesados (cádmio, chumbo, cromo e selênio) pela formação de complexos
orgânicos com alta estabilidade química;
• Reduz a salinidade dos solos provocada pelo acumulo de sódio proveniente de determinados fertilizantes minerais e/ou em solos naturalmente salinos
(Semi-Árido Nordestino);
• Aumenta a disponibilidade do fósforo às plantas
com a redução da fixação deste nutriente através
da complexação dos óxidos de ferro e alumínio dos
solos e liberação de parte do fósforo anteriormente
adsorvido pela fração mineral;
• Estimula a atividade dos microrganismos benéficos
às plantas fornecendo substâncias húmicas, ácidos
orgânicos e outros compostos que servem de fonte
de energia e de nutrientes.
Carbono orgânico total (COT): 17%
Capacidade de troca catiônica (CTC): 900 mmolc/kg
Capacidade de retenção de água (CRA): 60%
Umidade máxima: 25%
Cor: escura 1/
Odor: inodor 1/
Densidade: 950 g/L 1/
Informações adicionais não constando no registro
do produto no MAPA.
1/
Natureza física
• Sólido (farelado)
Benefícios
As substâncias húmicas do Fertium® proporcionam uma
série de benefícios às plantas e aos solos. Num primeiro
momento, os benefícios do Fertium® são mais evidentes
nas plantas.
a. Benefícios nas plantas
• Aumenta a capacidade germinativa das sementes
da soja;
• Estimula o desenvolvimento radicular da soja proporcionando maior absorção de água e nutrientes;
• Aumenta o teor de clorofila na soja;
• Maior resistência da soja aos estresses ambientais,
tais como, estresse hídrico e variações bruscas na
temperatura e os causados pelos defensivos agrícolas;
• Maior desenvolvimento vegetativo da soja;
• Maior produtividade da soja.
b. Benefícios nos solos
• Aumenta a capacidade de troca catiônica (CTC) dos
solos reduzindo as perdas dos nutrientes catiônicos
por lixiviação, tais como, potássio, cálcio e magnésio;
Recomendação de uso
• Época de aplicação: pré-plantio
• Modo de aplicação: a lanço em área total
• Dose: 500 a 1.000 kg/ha
Observações
O Fertium® é compatível com a grande maioria dos
fertilizantes minerais.
Entretanto, evitar a mistura do Fertium® com fertilizantes com grande capacidade de absorção de
umidade do ar, tais como, os fertilizantes minerais
nitrogenados (nitrato de amônio, nitrato de cálcio e
ureia) e os formulados nitrogenados, por exemplo,
20-00-20, 20-05-20 e 25-00-25.
32
6.2.2. FERTIUM® PHÓS
É um fertilizante organomineral com altos teores de substâncias húmicas e enriquecido com fósforo solúvel
em citrato de amônio mais água.
Garantias
Recomendação de uso
•
•
•
•
•
•
•
• Época de aplicação: pré-plantio
Nitrogênio (N total): 3%
Fósforo (P2O5 sol. CNA+água): 15%
Carbono orgânico total (COT): 11%
Capacidade de troca catiônica (CTC): 500 mmolc/kg
Umidade máxima: 20%
Cor: escura 1/
Odor: inodor 1/
• Modo de aplicação: a lanço em área total
• Dose: 300 a 500 kg/ha
Informações adicionais não constando no registro
do produto no MAPA.
Observações
1/
Em solos com teor adequado a alto de fósforo, o
Fertium® Phós pode ser aplicado a lanço em pré-plantio (adubação de manutenção). Não há necessidade do fornecimento do fósforo no sulco de
plantio da soja.
Natureza física
• Sólido (farelado)
Benefícios
Em solos com teor muito baixo e baixo de fósforo,
realizar a fosfatagem corretiva com o Fertium® Phós
na dose de 600 a 1.800 kg/ha. Posteriormente, aplicar um fertilizante fosfatado solúvel em citrato
neutro de amônio e água no sulco de plantio da
soja (20 kg de P2O5 para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos de soja).
As substâncias húmicas do Fertium® Phós proporcionam uma série de benefícios às plantas e aos solos.
Além dos benefícios proporcionados pelo Fertium®, o
Fertium® Phós fornece também o nitrogênio e o fósforo necessários ao desenvolvimento da soja.
Aplicação do Fertium® Phós em área total a lanço com esparramadora de calcário.
33
Boro 10
6.2.3. GRAN BORO 10
Fertilizante de solo ideal para o fornecimento de boro à soja. Liberação gradativa do boro reduzindo as
perdas do nutriente por lixiviação.
Garantias
Recomendações de uso
• Boro (B): 10%,
• Cálcio (Ca): 10%
• Enxofre (S): 3,26%
• Época de aplicação: pré-plantio
Natureza física
• Dose: 10 a 20 kg/ha
• Modo de aplicação: a lanço em área total
• Sólido (farelado e granulado)
Observações
O Gran Boro 10 pode ser aplicado no sulco de
plantio da soja. A dose máxima em solos argilosos é de 7 kg/ha e nos solos arenosos, aplicar no
máximo 5 kg/ha.
Benefícios
• Fornecimento de B à cultura da soja. A maioria dos solos cultivados com soja possui baixos teores de B limitando a obtenção de altas
produtividades.
• Possui uma fração do B solúvel em água e o
restante possui baixa solubilidade em água.
A aplicação de doses elevadas de B no sulco de
plantio pode ocasionar fitotoxicidade à cultura
da soja. Ocorre morte das raízes e amarelecimento das pontas e margens das folhas, seguido por
necrose progressiva (Figura 26).
• Boro solúvel em água. Disponibilidade imediata do B à cultura da soja.
• Boro com baixa solubilidade em água. Liberação gradativa do B ao longo do ciclo da
cultura da soja reduzindo as perdas por lixiviação.
Figura 26. Fitotoxicidade do B em soja cultivado em solos de textura média a arenosa.
Fonte: Deptº Agronômico do Grupo Bio Soja.
34
Boro Mag
6.2.4. GRAN BORO MAG
Fertilizante de solo ideal para o fornecimento de magnésio e boro à soja. Liberação gradativa do boro e
magnésio reduzindo as perdas dos nutrientes por lixiviação.
Garantias
• A fonte de Mg é o oxisulfato. Mg solúvel em
água e uma fração com liberação gradativa
do nutriente à cultura da soja reduzindo as
perdas do nutriente por lixiviação.
• Magnésio (Mg): 30%
• Boro (B): 2%,
• Enxofre (S): 3,2%
Natureza física
Recomendações de uso
• Sólido (farelado e granulado)
• Época de aplicação: pré-plantio
Benefícios
• Modo de aplicação: a lanço em área total
• Fornecimento de B à cultura da soja. A maioria dos solos cultivados com soja possui baixos teores de B limitando a obtenção de altas
produtividades.
• Dose: 50 a 100 kg/ha
Observações
O Gran Boro Mag pode ser aplicado no sulco de
plantio da soja. A dose máxima em solos argilosos é de 35 kg/ha e nos solos arenosos, aplicar no
máximo 25 kg/ha.
• Fornecimento de Mg à cultura da soja. Calagens sucessivas com calcário calcítico ou calcário dolomítico com baixo teor de Mg pode
ocasionar desequilíbrios entre Ca e Mg no
solo predispondo à soja a deficiência de Mg.
A deficiência de magnésio em soja ocorre com
mais frequência em solos com baixa saturação
de magnésio (Mg/CTC < 13%) e/ou baixo teor de
Mg (< 0,8 cmolc /dm3) e em solos com alto teor
de potássio (saturação de potássio >5%).
• Possui uma fração do B solúvel em água e o
restante possui baixa solubilidade em água.
• Boro solúvel em água. Disponibilidade imediata do B à cultura da soja.
• Boro com baixa solubilidade em água. Liberação gradativa do B ao longo do ciclo da
cultura da soja reduzindo as perdas por lixiviação.
35
Cobre Super
6.2.5. NHT® COBRE SUPER
É um fertilizante mineral misto fluido em suspensão com alta concentração de cobre. Cada litro do NHT®
Cobre Super possui 407,5 g de Cu.
Produto ideal para a correção ou prevenção da deficiência de Cu na cultura da soja em solos com baixo teor
do nutriente ou induzida em solos com alto pH e altos teores de matéria orgânica.
Garantias
Benefícios
•
•
•
•
• Baixo índice salino (IS): baixa probabilidade de fitotoxicidade na cultura da soja e pouco corrosivo
aos equipamentos de aplicação;
Nitrogênio (N total): 1% (16,3 g/L)
Cobre (Cu total): 25% (407,5 g/L)
Cobre (Cu solúvel em CNA+água): 15% (244,5 g/L)
Densidade: 1.630 g/L
• Fonte do cobre com menor solubilidade em água:
menor reação química com os demais fertilizantes utilizados nas caldas de pulverização;
Natureza física
•Fluido
• Liberação gradativa do cobre às plantas: a acidez
das plantas atacará de forma lenta e gradual a
fonte do Cu liberando-o gradativamente à cultura
da soja;
• Produto ideal para o fornecimento do Cu à cultura da soja.
Recomendação de uso
Época de aplicação
Dose por aplicação
Realizar duas aplicações sendo a primeira aplicação na fase
vegetativa (V3 a V5) e a segunda antes do florescimento da soja
(V6 a V8)
50 a 100 mL/ha
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
Observações
Em lavouras de soja cultivadas em solos com baixo teor de Cu, saturação de bases acima da faixa
adequada e alto teor de matéria orgânica, realizar
a terceira aplicação do NHT® Cobre Super no início
da formação das vagens da soja (R4).
A aplicação do NHT® Cobre Super no início da formação das vagens (R4) não substitui as aplicações
na fase vegetativa da soja (V3 a V5 e V6 a V8).
Evitar a aplicação do NHT® Cobre Super com fertilizantes de reação ácida.
36
Complet Ni
6.2.6. NHT® COMPLET Ni
É um fertilizante mineral misto fluido em suspensão com alta concentração de cobre, manganês, níquel e zinco.
Garantias
Benefícios
•
•
•
•
•
• Baixo índice salino (IS): baixa probabilidade
de fitotoxicidade na cultura da soja e pouco
corrosivo aos equipamentos de aplicação.
•
•
•
•
•
Nitrogênio (N total): 1% (17 g/L)
Cobre (Cu total): 3% (51 g/L)
Cobre (Cu solúvel em CNA+água): 1,8% (30,6 g/L)
Manganês (Mn total): 13% (221 g/L)
Manganês (Mn solúvel em CNA+água): 7,8%
(132,6 g/L)
Níquel (Ni total): 1% (17 g/L)
Níquel (Ni solúvel em ácido cítrico 2%): 0,6%
(10,2 g/L)
Zinco (Zn total): 5% (85 g/L)
Zinco (Zn solúvel em ácido cítrico 2%): 3% (51 g/L)
Densidade: 1.700 g/L
• Fontes dos nutrientes com baixa solubilidade
em água: menor reação com os demais fertilizantes utilizados nas caldas de pulverização.
• Liberação gradativa dos micronutrientes às
plantas: a acidez das plantas atuará de forma
lenta e gradual nas fontes dos micronutrientes
liberando-os gradativamente à cultura da soja.
Natureza física
• Produto ideal para o fornecimento do Cu,
Mn, Ni e Zn à cultura da soja.
•Fluido
Recomendação de uso
Época de aplicação
Dose por aplicação
Realizar duas aplicações sendo a primeira aplicação na
fase vegetativa (V3 a V5) e a segunda antes do florescimento da soja (V6 a V8)
500 a 750 mL/ha
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
Observações
Em lavouras de soja cultivadas em solos com baixo teor de Mn e com saturação de bases acima
da faixa adequada, realizar a terceira e a quarta
aplicação do NHT® Complet Ni no início da formação das vagens e das sementes (R4 e R5).
substitui as aplicações na fase vegetativa da soja
(V3 a V5 e V6 a V8).
A dose máxima do NHT® Complet Ni é de 2 L/ha.
Evitar a aplicação do NHT® Complet Ni com fertilizantes foliares de reação ácida.
A aplicação do NHT® Complet Ni no início da formação das vagens e das sementes (R4 e R5) não
37
Manganês +
6.2.7. NHT® MANGANÊS +
É um fertilizante mineral misto fluido em suspensão para uso no solo com alta concentração de manganês. Cada
litro do NHT® Manganês + possui 412,5 g de Mn.
Produto ideal para a correção ou prevenção da deficiência de Mn na cultura da soja em solos com baixo teor do
nutriente ou induzida em solos com alto pH.
Garantias
Benefícios
•
•
•
•
• Baixo índice salino (IS): baixa probabilidade de fitotoxicidade na cultura da soja e pouco corrosivo
aos equipamentos de aplicação;
Nitrogênio (N total): 1% (16,5 g/L)
Manganês (Mn total): 25% (412,5 g/L)
Manganês (Mn solúvel em CNA+água): 15% (247,5 g/L)
Densidade: 1.650 g/L
• Fonte do manganês com menor solubilidade em
água: menor reação química com os demais fertilizantes utilizados nas caldas de pulverização;
Natureza física
•Fluido
• Liberação gradativa do manganês às plantas: a
acidez das plantas atacará de forma lenta e gradual a fonte do Mn liberando-o gradativamente à
cultura da soja;
• Produto ideal para o fornecimento do Mn à cultura da soja.
Recomendação de uso
Época de aplicação
Dose por aplicação
Realizar duas aplicações sendo a primeira aplicação na fase
vegetativa (V3 a V5) e a segunda antes do florescimento da soja
(V6 a V8)
250 a 350 mL/ha
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
Observações
Em lavouras de soja cultivadas em solos com baixo teor de Mn, saturação de bases acima da faixa
adequada e alto teor de matéria orgânica, realizar a terceira e quarta aplicação do NHT® Manganês+ no início da formação das vagens e das
sementes (R4 e R5).
A aplicação do NHT® Manganês + no início da formação das vagens (R4) não substitui as aplicações
na fase vegetativa da soja (V3 a V5 e V6 a V8).
Evitar a aplicação do NHT® Manganês + com fertilizantes de reação ácida.
38
Zinco
6.2.8. NHT® ZINCO
É um fertilizante mineral misto fluido em suspensão para uso no solo com alta concentração de zinco. Cada
litro do produto possui 1 kg de Zn.
Produto ideal para a correção ou prevenção da deficiência de Zn nas culturas em solos com baixo teor do
nutriente ou induzida em solos com alto pH.
Garantias
Benefícios
•
•
•
•
• Baixo índice salino (IS): baixa probabilidade de fitotoxicidade na cultura da soja e pouco corrosivo
aos equipamentos de aplicação;
Nitrogênio (N total): 1% (20 g/L)
Zinco (Zn total): 50% (1 kg/L)
Zinco (Zn solúvel em ácido cítrico 2%): 30% (600 g/L)
Densidade: 2.000 g/L
• Fonte do zinco com menor solubilidade em água:
menor reação química com os demais fertilizantes utilizados nas caldas de pulverização;
Natureza física
•Fluido
• Liberação gradativa do zinco às plantas: a acidez
das plantas atacará de forma lenta e gradual a
fonte do Zn liberando-o gradativamente à cultura
da soja;
• Produto ideal para o fornecimento do Zn à cultura da soja.
Recomendação de uso
Época de aplicação
Dose por aplicação
Realizar duas aplicações sendo a primeira aplicação na fase
vegetativa (V3 a V5) e a segunda antes do florescimento da soja
(V6 a V8)
100 a 200 mL/ha
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
Observações
Em lavouras de soja cultivadas em solos com baixo
teor de Zn e com saturação de bases acima da faixa
adequada, realizar a terceira aplicação do NHT® Zinco
no início da formação das vagens da soja (R4).
A aplicação do NHT® Zinco no início da formação
das vagens (R4) não substitui as aplicações na fase
vegetativa da soja (V3 a V5 e V6 a V8).
Evitar a aplicação do NHT® Zinco com fertilizantes
de reação ácida.
39
6.3. INOCULAÇÃO E FERTILIZAÇÃO DAS SEMENTES
6.3.1. BIOMAX® PREMIUM LÍQUIDO SOJA
Premium
Líquido
BIOMAX
É um inoculante líquido com alta concentração de unidades formadoras de colônias (ufc) de bactérias fixadoras de nitrogênio na cultura da soja.
Garantias
Benefícios
• 6 x 109 ufc por mL de inoculante.
Formulado com soluções estabilizantes, eficiente
em manter viáveis e efetivas as estirpes das bactérias fixadoras de nitrogênio proporcionando
alta aderência do produto nas sementes da soja.
Natureza física
•Fluido
Recomendação de uso
Época de aplicação
Dose
Inoculação das sementes
1 dose (60 mL) para 50 kg de semente de soja
Sulco de plantio
6 doses (360 mL)/ha
Evitar o uso exclusivo do Biomax® Premium Soja Líquido em solos recém cultivados com soja. Nesta
condição de cultivo, utilizar pelo menos 2 doses do
Biomax® Premium Turfa Soja (120 g). Eventualmente,
utilizar 1 dose do Biomax® Premium Turfa Soja (60 g)
e 1 dose do Biomax® Premium Líquido Soja (60 mL)
para 50 kg de semente de soja.
Premium
Turfa
6.3.2. BIOMAX® PREMIUM TURFA SOJA
BIOMAX
É um inoculante turfoso com alta concentração de unidades formadoras de colônias (ufc) de bactérias fixadoras de nitrogênio na cultura da soja.
Garantias
Recomendação de uso
• 7,2 x 109 ufc por mL de inoculante.
O Biomax® Premium Turfa Soja deve ser inoculado nas sementes da soja utilizando 1 dose (60 g)
para 50 kg de semente de soja.
Natureza física
• Sólida (pó)
Em solos recém cultivados com soja, utilizar pelo
menos 2 doses do Biomax® Premium Turfa Soja
(120 g) para 50 kg de semente de soja. Eventualmente, utilizar 1 dose do Biomax® Premium Turfa
Soja (60 g) e 1 dose do Biomax® Premium Líquido
Soja (60 mL) para 50 kg de semente de soja.
Benefícios
Produzido com turfa importada do Canadá, isenta de materiais abrasivos permitindo uma utilização segura sem causar desgastes e incrustações
nos discos das plantadeiras ou em outros equipamentos destinados a aplicação dos inoculantes.
40
CoMo
6.3.3. NHT® CoMo
É um fertilizante foliar fluido com alta concentração de cobalto (52,5 g por L) e de molibdênio (525 g por
L). Pode ser aplicado na fertilização das sementes da soja e/ou em pulverizações foliares na fase vegetativa
da cultura.
Garantias
Benefícios
• Nitrogênio (N total): 1% (17,5 g/L)
• Cobalto (Co total): 3% (52,5 g/L)
• Cobalto (Co solúvel em ácido cítrico a 2%):
1,8% (31,5 g/L)
• Molibdênio (Mo total): 30% (525 g/L)
• Molibdênio (Mo solúvel em ácido cítrico a 2%):
18% (315 g/L)
• Densidade: 1.750 g/L
• Produto ideal para o fornecimento de cobalto e
molibdênio à cultura da soja.
• Menor volume de produto na fertilização das
sementes de soja para o fornecimento de cobalto e molibdênio à soja.
• Menor mortandade das bactérias fixadoras de
nitrogênio (Figura 27): possui baixo índice salino
(4%) e baixa condutividade elétrica (0,4 mS/cm).
Natureza física
•Fluido
Figura 27. Efeito do NHT® CoMo e do Nodulus® Premium 255 na sobrevivência das unidades formadoras de
colônia (ufc) fixadoras de nitrogênio (Bradyrizobium japonicum, estirpes SEMIA 5079 e SEMIA 5080).
Fonte: Laboratório Químicas & Biológicas do Grupo Bio Soja (2011).
Recomendação de uso
Época de aplicação
1/
Dose
Fertilização das sementes
25 a 50 mL na quantidade de sementes necessária ao plantio de
1 ha de soja
Adubação foliar: 25º ao 30º dia após a emergência (V3 a V5) 1/
50 a 100 mL/ha
A vazão da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
41
Gold
6.3.4. NODULUS® GOLD
NODULUS
É um fertilizante fluido organomineral classe A com cobalto e molibdênio e enriquecido com materiais orgânicos obtidos através de processos controlados de biofermentação.
Garantias
•
•
•
•
(N-NO3-) a nitrito (N-NO2) que posteriormente é convertido em compostos orgânicos nitrogenados, dentre os quais, os aminoácidos.
Cobalto (Co): 1% (13,9 g/L)
Molibdênio (Mo): 10% (139 g/L)
Carbono orgânico total (COT): 8% (111,2 g/L)
Densidade: 1.390 g/L
• Maior enraizamento e desenvolvimento vegetativo da soja (Figura 28).
Natureza física
•Fluido
Benefícios
• O Mo atua na fixação biológica do nitrogênio
(FBN). O Mo é constituinte da enzima nitrogenase, responsável pela conversão do nitrogênio
atmosférico (N2) em amônia (NH3) que posteriormente é incorporado em compostos orgânicos nitrogenados.
Nodulus® Gold
Nodulus® Premium 125
Figura 28. Efeito do Nodulus® Gold no enraizamento da soja.
Fonte: Waldech Caetano Telles Júnior (safra 2011/12).
• Melhora também o metabolismo do nitrogênio. O Mo é constituinte da enzima redutase do
nitrato, responsável pela conversão do nitrato
+3,0 (5%)
• Menor mortandade das bactérias fixadoras de nitrogênio.
• Maior produtividade na cultura da soja (Figura 29).
Figura 29. Efeito do Nodulus® Gold na produtividade da cultura da soja.
Fonte: Waldech Caetano Telles Júnior (safra 2011/12).
Recomendação de uso
Época de aplicação
1/
Dose
Fertilização das sementes
100 a 150 mL na quantidade de sementes necessária ao plantio
de 1 ha de soja
Adubação foliar: 25º ao 30º dia após a emergência (V3 a V5) 1/
250 a 350 mL/ha
A vazão da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
42
Premium
6.3.5. NODULUS® PREMIUM
NODULUS
São fertilizantes fluidos fornecedores de cobalto e molibdênio à cultura da soja. Podem ser aplicados na
fertilização das sementes da soja e/ou em pulverizações foliares na fase vegetativa da cultura.
Produtos e garantias
Garantias
Produto
Co
Mo
Co
- - - - % (p/p) - - - -
Mo
EC
IS
g/L
mS/cm
%
d
- - - - - - g/L - - - - - -
Nodulus® Premium 125
1
10
12,5
125
1.250
2,27
20,7
Nodulus® Premium 210
1,5
15
21
210
1.400
2,30
21
O Co e Mo são solúveis em água.
Natureza física
•
• Melhora também o metabolismo do nitrogênio. O Mo é constituinte da enzima redutase do
nitrato, responsável pela conversão do nitrato
(N-NO3-) a nitrito (N-NO2) que posteriormente é
convertido em compostos orgânicos nitrogenados, dentre os quais, os aminoácidos.
Fluido
Benefícios
• O Mo atua na fixação biológica do nitrogênio
(FBN). O Mo é constituinte da enzima nitrogenase, responsável pela conversão do nitrogênio
atmosférico (N2) em amônia (NH3) que posteriormente é incorporado em compostos orgânicos nitrogenados.
• Aumenta a produtividade da soja (Tabela 2).
Tabela 2. Efeito do Co e Mo na fertilização das sementes da soja no número de nódulos e na
produtividade da soja.
Tratamento
Nº de nódulos/planta
Produtividade (sc/ha) 1/
Testemunha
18
45,37 (100)
Inoculante no plantio (IP)
19
41,50 (91)
IP + Mo
20
62,12 (137)
IP + Co + Mo
17
66,00 (145)
1/
O número entre parênteses é o aumento percentual do tratamento em relação a testemunha.
Fonte: Adaptado de Hungria et al. (2001).
Recomendação de uso
Produto
Nodulus® Premium 125
Nodulus® Premium 210
Época da aplicação
Fertilização das sementes
Dose
1/
100 a 200 mL
Adubação foliar 2/
200 a 400 mL/ha
Fertilização das sementes 1/
60 a 120 mL
Adubação foliar
2/
Misturar o Nodulus® Premium na quantidade de sementes necessária ao plantio de 1 ha de soja.
Aplicar o Nodulus® Premium entre o 25º e o 30º dia após a emergência da soja (V3 a V5).
A vazão da calda de pulverização é de 50 a 150 L/ha.
1/
2/
43
120 a 240 mL/ha
6.3.6. RADIX®
É um fertilizante foliar fluido orgânico classe A com cobalto e molibdênio e enriquecido com materiais orgânicos obtidos através de processos controlados de biofermentação.
Garantias
• Nitrogênio (N): 5,5% (67,65 g/L)
• Carbono orgânico total (COT): 20% (246 g/L)
• Densidade: 1.230 g/L
• Maior eficiência das plantas na absorção de
água e nutrientes. As plantas tornam-se mais
tolerantes aos veranicos;
Natureza física
• Aumenta a produção de citocinina, fitohormônio responsável pelo maior desenvolvimento
vegetativo da soja;
•Fluido
Benefícios
• Estimula a fixação biológica do nitrogênio. Fornece carbono orgânico às bactérias fixadoras
de nitrogênio aumentando a sua população e
a quantidade de N fixado biologicamente.
• Promove maior enraizamento da soja. Aumenta o peso e o comprimento das raízes;
• Maior produtividade na cultura da soja (Figura 31).
+7,8 (14%)
64
62
sc/ha
60
63,5
58
56
54
55,7
52
50
TESTEMUNHA
Figura 30. Efeito do Radix no enraizamento e
desenvolvimento vegetativo da soja aos 14 e 21
dias após a emergência.
Fonte: FAPCEN (2006).
RADIX®
®
Figura 31. Efeito do Radix® na produtividade da
cultura da soja
Fonte: FAPCEN, (2006).
Recomendação de uso
Época de aplicação
1/
Dose
Fertilização das sementes
75 a 100 mL na quantidade de sementes necessária ao
plantio de 1 ha de soja
Adubação foliar: 25ª ao 30ª dia após a emergência (V3 a V5) 1/
250 a 500 mL/ha
A vazão da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
44
6.4. ADUBAÇÃO NO SULCO DE PLANTIO
Cálcio Max
6.4.1. NHT® CÁLCIO MAX
É um fertilizante mineral misto fluido para uso no solo com alta concentração de cálcio. Cada litro do NHT®
Cálcio Max possui 417,5 g de Ca. O NHT® Cálcio Max é produzido com carbonato de cálcio nanoparticulado.
Garantias
Benefícios
• Nitrogênio (N total): 1% (16,7 g/L)
• Cálcio (Ca total): 25% (417,5 g/L)
• Densidade: 1.670 g/L
• Promove maior enraizamento da soja;
• Maior eficiência das plantas na absorção de
água e nutrientes. As plantas tornam-se mais
tolerantes aos veranicos;
Natureza física
•Fluido
• Aumenta a produção de citocinina no sistema
radicular, fitohormônio responsável pelo maior
desenvolvimento vegetativo da soja.
Ensaios de campo com o NHT® Cálcio Max
Ensaio de campo I
Ensaio de campo II
Objetivo
Efeito do NHT® Cálcio Max aplicado no sulco de
plantio na produtividade da soja.
Objetivo
Efeito do NHT® Cálcio Max aplicado no sulco de
plantio na produtividade da soja.
Tratamentos
• Tratamento 1. Testemunha;
• Tratamento 2. NHT® Cálcio Max (1 L/ha).
Tratamentos
• Tratamento 1. Testemunha;
• Tratamento 2. NHT® Cálcio Max (2 L/ha).
Local
São João da Aliança/GO
(solo com saturação de bases corrigida)
Local
Bela Vista de Goiás/GO
(área recém aberta para o cultivo de soja)
+13,1 (26,7%)
+8,5 (18,2%)
75
60
62,1
49,0
sc/ha
50
25
45
46,8
55,3
30
TESTEMUNHA
NHT® CÁLCIO MAX (1 L/ha)
TESTEMUNHA
Figura 32. Efeito do NHT® Cálcio Max no sulco de plantio em
área corrigida na produtividade da soja.
Fonte: Deptº Agronômico do Grupo Bio Soja (2013).
NHT® Cálcio Max (2 L/ha)
Figura 33. Efeito do NHT® Cálcio Max no sulco de plantio em
área de abertura na produtividade da soja.
Fonte: Deptº Agronômico do Grupo Bio Soja (2013).
Recomendação de uso
Época de aplicação
Dose
Sulco de plantio
1 a 2 L/ha
A vazão da calda de pulverização varia de 30 a 50 L/ha.
Utilizar a maior dose do NHT® Cálcio Max em solos com baixa saturação de bases (V< 50%) e a menor dose
em solos com saturação de bases na faixa adequada à soja.
45
Humic
6.4.2. NHT® HUMIC
É um fertilizante organomineral fluido Classe A com altos teores de substâncias húmicas. Cada litro do NHT®
Humic possui 384 g de extratos húmicos sendo 115,2 g de ácidos fúlvicos e 268,8 g de ácidos húmicos.
O NHT® Humic é produzido com leonardita de origem norte-americana.
Produto ideal para o fornecimento de substâncias húmicas no sulco de plantio da soja.
Garantias
b. Benefícios nos solos
•
•
•
•
• Aumenta a capacidade de troca catiônica (CTC)
dos solos reduzindo as perdas dos nutrientes
catiônicos por lixiviação, tais como, potássio,
cálcio e magnésio;
•
•
•
•
1/
Nitrogênio (N): 1% (12,8 g/L)
Potássio (K2O): 7% (89,6 g/L)
Carbono orgânico total (COT): 14% (179,2 g/L)
Extratos húmicos: 30% (384 g/L) sendo 9% de
ácidos fúlvicos (115,2 g/L) e 21% de ácidos húmicos (268,8 g/L)
Densidade: 1.280 g/L
Índice salino (IS): 11,5% 1/
Condutividade elétrica (CE): 1,17 mS/cm 1/
pH: 9 a 10 1/
• Aumenta a capacidade de retenção de água
(CRA) dos solos tornando as plantas mais tolerantes aos veranicos;
• Neutralização das substâncias tóxicas nos solos, tais como, alumínio e metais pesados (cádmio, chumbo, cromo e selênio) pela formação
de complexos orgânicos com alta estabilidade
química;
Informações adicionais não constando no registro do produto
no MAPA.
Natureza física
•Fluido
• Reduz a salinidade dos solos provocada pelo
acúmulo de sódio proveniente de determinados fertilizantes minerais e/ou em solos naturalmente salinos (Semi-Árido Nordestino);
Benefícios
As substâncias húmicas do NHT® Humic proporcionam uma série de benefícios às plantas e aos solos.
Num primeiro momento, os benefícios do NHT®
Humic são mais evidentes nas plantas.
• Aumenta a disponibilidade do fósforo às plantas com a redução da fixação deste nutriente
através da complexação dos óxidos de ferro
e alumínio dos solos e liberação de parte do
fósforo anteriormente adsorvido pela fração
mineral;
a. Benefícios nas plantas
• Aumenta a capacidade germinativa das sementes da soja;
• Estimula a atividade dos microrganismos benéficos às plantas fornecendo substâncias húmicas, ácidos orgânicos e outros compostos que
servem de fonte de energia e de nutrientes.
• Estimula o desenvolvimento radicular da soja
proporcionando maior absorção de água e nutrientes;
• Aumenta o teor de clorofila na soja;
Recomendação de uso
• Maior resistência da soja aos estresses ambientais, tais como, estresse hídrico e variações
bruscas na temperatura e estresses causados
pelos defensivos agrícolas;
Época de aplicação
Pré-plantio 1/
Sulco de plantio 2/
• Maior desenvolvimento vegetativo da soja;
1/
2/
• Maior produtividade da soja.
46
A vazão da calda varia de 100 a 200 L/ha.
A vazão da calda varia de 30 a 50 L/ha.
Dose
10 a 20 L/ha
1 a 2 L/ha
Magnésio
6.4.3. NHT® MAGNÉSIO
É um fertilizante mineral misto fluido para uso no solo com alta concentração de magnésio. Cada litro do
NHT® Magnésio possui 304,5 g de Mg. O NHT® Magnésio é produzido com hidróxido de magnésio nanoparticulado.
Garantias
Benefícios
• Nitrogênio (N total): 1% (14,5 g/L)
• Magnésio (Mg total): 21% (304,5 g/L)
• Densidade: 1.450 g/L
• Promove maior enraizamento da soja.
• Maior eficiência das plantas na absorção de
água e nutrientes. As plantas tornam-se mais
tolerantes aos veranicos.
Natureza física
•Fluido
• Estimula a produção de citocinina, fitohormônio responsável pelo maior desenvolvimento
vegetativo da soja.
Recomendação de uso
Época de aplicação
Dose
Sulco de plantio
350 a 700 mL/ha
A vazão da calda varia de 30 a 50 L/ha.
Utilizar a maior dose do NHT® Magnésio em solos com baixa saturação de magnésio (Mg/CTC < 13%) e a
menor dose em solos com saturação de magnésio na faixa adequada à soja.
47
6.5. ADUBAÇÕES FOLIARES
Extra
6.5.1. BIOAMINO® EXTRA
É um fertilizante foliar fluido orgânico composto Classe A com alta concentração de materiais orgânicos, de
origem vegetal e é obtido através de processos controlados de biofermentação.
Garantias
• Melhora a brotação e o desenvolvimento vegetativo da soja;
• Nitrogênio (N): 4% (50 g/L)
• Carbono orgânico total (COT): 23% (287,5 g/L)
• Densidade: 1.250 g/L
• Retarda a senescência das folhas prolongando
o seu ciclo produtivo;
Natureza física
•Fluido
• Maior resistência da soja às condições climáticas adversas, tais como, veranicos e variações
bruscas de temperatura;
Benefícios
• Melhora o metabolismo da soja maximizando o seu potencial produtivo;
• Recuperação mais rápida da soja após estresse
climático e fitotoxicidade causada por defensivos agrícolas;
• Maior desenvolvimento radicular através da
emissão de novas raízes;
• Maior produtividade da soja.
• Melhora a absorção dos nutrientes aplicados
nas folhas da soja;
Bioamino® Extra - ensaio de campo
+9,85 (20%)
Figura 34. Efeito do Bioamino® Extra com duas fontes de potássio na produtividade da cultura da soja.
Fonte: Deptº Agronômico do Grupo Bio Soja (2013).
60
sc/ha
50
40
48,7
58,6
52,3
30
TESTEMUNHA
BIOAMINO® EXTRA +
NITRATO DE POTÁSSIO
BIOAMINO® EXTRA +
NHT® MEGA K
Recomendação de uso
Época de aplicação
Dose por aplicação
Realizar duas aplicações foliares sendo a primeira aplicação na
fase vegetativa (V3 a V5) e a segunda no início da formação das
vagens da soja (R4)
500 a 750 mL/ha
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
Observações
Não aplicar o Bioamino® Extra com os produtos
que causam fitotoxicidade na cultura da soja.
Evitar a aplicação do Bioamino® Extra no final da
fase vegetativa e início do florescimento da soja.
Aplicar nesta fase da soja somente em lavouras
com pequeno desenvolvimento vegetativo.
48
Premium
6.5.2. BIOAMINO® PREMIUM
É um fertilizante foliar fluido organomineral Classe A com alta concentração de materiais orgânicos, de origem vegetal e é obtido através de processos controlados de biofermentação.
Garantias
Natureza física
•Fluido
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Nitrogênio (N): 5% (67,5 g/L)
Fósforo (P2O5): 8% (108 g/L)
Potássio (K2O): 5% (67,5 g/L)
Magnésio (Mg): 0,6% (8,1 g/L)
Boro (B): 0,4% (5,4 g/L)
Cobre (Cu): 0,2% (2,7 g/L)
Manganês (Mn): 0,5% (6,75 g/L)
Zinco (Zn): 1% (13,5 g/L)
Carbono orgânico total (COT): 6% (81 g/L)
Densidade: 1.350 g/L
Benefícios
Além dos benefícios proporcionados pelo Bioamino® Extra, ocorre o fornecimento de nutrientes à
cultura da soja.
Ensaio de campo com Bioamino® Premium
Depois da aplicação do Bioamino® Premium
Antes da aplicação do Bioamino® Premium
Figura 35. Efeito do Bioamino® Premium no desenvolvimento vegetativo da soja transgênica RR avaliado aos
7 dias após a aplicação foliar (safra 2005/2006).
Fonte: Waldech Caetano Telles Júnior (2006). RTV do Grupo Bio Soja
Recomendação de uso
Época de aplicação
Dose por aplicação
Realizar duas aplicações foliares sendo a primeira aplicação na
fase vegetativa (V3 a V5) e a segunda no início da formação das
vagens da soja (R4)
1,0 a 1,5 L/ha
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
Observações
Não aplicar o Bioamino® Premium com os produtos que causam fitotoxicidade na cultura da soja.
fase da soja somente em lavouras com pequeno
desenvolvimento vegetativo.
Evitar a aplicação do Bioamino® Premium no início do florescimento da soja (R1). Aplicar nesta
Não aplicar o Bioamino® Premium com o NHT®
Mega K e demais fertilizantes com reação alcalina.
49
Express
6.5.3. COMPLET EXPRESS
É um fertilizante foliar fluido fornecedor de micronutrientes solúveis em água (boro, cobre, manganês e zinco) à cultura da soja. Possui maior teor de manganês, micronutriente mais deficiente nas principais regiões
produtoras de soja.
Garantias
Benefícios
•
•
•
•
•
•
•
Formulação líquida
• Facilita o manuseio e a aplicação do produto
otimizando a mão-de-obra.
Nitrogênio (N): 1% (13,4 g/L)
Enxofre (S): 4% (53,6 g/L)
Boro (B): 0,3% (4,02 g/L)
Cobre (Cu): 0,3% (4,02 g/L)
Manganês (Mn): 5% (67 g/L)
Zinco (Zn): 3% (40,2 g/L)
Densidade: 1.340 g/L
Micronutrientes ligados ao íon sulfato
• Menor probabilidade de ocorrer fitotoxicidade
dos micronutrientes na soja.
Natureza física
Acidifica a calda de pulverização
• Aumenta a eficiência agronômica dos fertilizantes foliares solúveis em água.
•Fluido
Matérias-primas de alta qualidade, isentas de
impurezas e solúveis em água
• Não entope os filtros e os bicos dos pulverizadores facilitando as pulverizações
Recomendação de uso
Época de aplicação
Dose por aplicação
Realizar duas aplicações foliares sendo a primeira aplicação na
fase vegetativa (V3 a V5) e a segunda antes do florescimento da
soja (V6 a V8)
1 a 2 L/ha
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
Observações
Em lavouras de soja cultivadas em solos com baixo teor
de Mn, saturação de bases acima da faixa adequada e
alto teor de matéria orgânica, realizar a terceira e a quarta aplicação do Complet Express no início da formação
das vagens da soja (R4 e R5).
Em baixas vazões (menores que 100 L/ha), a dose máxima do Complet Expresspor aplicação é de 1,5 L/ha.
Não aplicar o Complet Express com o NHT® Mega K e
demais fertilizantes com reação alcalina..
A aplicação do Complet Express no início da formação das vagens (R4 e R5) não substitui as aplicações
na fase vegetativa da soja (V3 a V5 e V6 a V8).
50
6.5.4. EXPRESS
É um fertilizante foliar fluido fornecedor de manganês solúvel em água à cultura da soja. O manganês é o
micronutriente mais deficiente nas principais regiões produtoras de soja.
Garantias
Benefícios
•
•
•
•
Formulação líquida
• Facilita o manuseio e a aplicação do produto
otimizando a mão-de-obra.
Nitrogênio (N): 1% (13,1 g/L)
Enxofre (S): 4% (52,4 g/L)
Manganês (Mn): 7% (91,7 g/L)
Densidade: 1.310 g/L
Manganês ligado ao íon sulfato
• Menor probabilidade de ocorrer fitotoxicidade
do manganês na soja.
Natureza física
•Fluido
Acidifica a calda de pulverização
• Aumenta a eficiência agronômica dos fertilizantes foliares solúveis em água.
Matérias-primas de alta qualidade, isentas de
impurezas e solúveis em água
• Não entope os filtros e os bicos dos pulverizadores facilitando as pulverizações.
Recomendação de uso
Época de aplicação
Dose por aplicação
Realizar duas aplicações foliares sendo a primeira aplicação na
fase vegetativa (V3 a V5) e a segunda antes do florescimento da
soja (V6 a V8).
1 a 2 L/ha
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
Observações
Em lavouras de soja cultivadas em solos com baixo teor de Mn, saturação de bases acima da faixa
adequada e alto teor de matéria orgânica, realizar
a terceira e quarta aplicação do Express no início da
formação das vagens da soja (R4 e R5).
Em baixas vazões (menores que 100 L/ha), a dose
máxima do Express por aplicação é de 1,5 L/ha.
Não aplicar o Express com o NHT® Mega K e demais
fertilizantes com reação alcalina.
A aplicação do Express no início da formação das
vagens (R4 e R5) não substitui as aplicações na fase
vegetativa da soja (V3 a V5 e V6 a V8).
51
Fosfito
6.5.5. FERTILIS® FOSFITO
É uma linha de fertilizantes foliares fluidos com altos teores de fósforo e potássio. O fósforo (fosfito) é proveniente do ácido fosforoso estimulando a produção de fitoalexinas pela soja.
Produtos e garantias
Garantias
Produtos
P2O5
K2O
P2O5
- - - - - - - % (p/p) - - - - -
K2O
d (g/L)
pH
- - - - - - - g/L - - - - - - -
Fertilis® Fosfito 00-28-26
28
26
420
390
1.500
6,0 a 7,5
Fertilis® Fosfito 00-30-20
30
20
420
280
1.400
3,5 a 5,0
Natureza física
•
Fluido
Benefícios
• Maior desempenho no fornecimento de potássio;
• Aumenta o florescimento e pegamento da florada;
• Distribuição sistêmica por toda a planta;
• Melhora a qualidade dos grãos da soja;
• Melhora a sanidade da soja devido à produção de
fitoalexinas;
• Aumenta a produtividade da soja.
Recomendação de uso
Época de aplicação
Dose por aplicação
2 a 3 aplicações foliares: fase vegetativa, início do florescimento e
formação das vagens
500 mL a 1 L/ha
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
52
Phitopress
6.5.6. FERTILIS® PHITOPRESS
É uma linha de fertilizantes foliares fluidos com altos teores de fósforo (fosfito) e micronutrientes (Cu e Mn).
O fósforo (fosfito) é proveniente do ácido fosforoso estimulando a produção de fitoalexinas pela soja.
Produtos e garantias
Garantias (p/p) - %
Produtos
d (g/L)
P2O5
Cu
Mn
Phitopress® Cobre
20
3,5
-
1.320
Phitopress® Manganês
30
-
10
1.480
Natureza física
•
Fluido
Benefícios
• Fornecimento mais eficiente do cobre e manganês
às plantas;
• Aumenta o florescimento e pegamento da florada;
• Melhora a qualidade dos grãos da soja;
• Distribuição sistêmica por toda a planta;
• Aumenta a produtividade da soja.
• Melhora a sanidade da soja devido à produção de
fitoalexinas;
Recomendação de uso
a. Phitopress® Cobre
Época de aplicação
Dose por aplicação
Aplicar entre o 20º e o 25º dia após a emergência (V3 e V4) e 15 dias após
1 L/ha
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
A dose do Phitopress® Cobre pode ser parcelado em 4 aplicações de 500 mL/ha. Iniciar as pulverizações entre o 20º e o 25º dia após a
emergência e as demais com intervalo de 15 dias.
b. Phitopress® Manganês
Época de aplicação
Dose por aplicação
Aplicar entre o 20º e o 25º dia após a emergência (V3 e V4) e 15 dias após
1 L/ha
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
A dose do Phitopress® Manganês pode ser parcelado em 4 aplicações de 500 mL/ha. Iniciar as pulverizações entre o 20º e o 25º dia
após a emergência e as demais com intervalo de 15 dias.
53
Naft
6.5.7. NAFT®
É um fertilizante foliar fluido fornecedor de nitrogênio à soja. Cada litro do Naft® possui 105 g de N.
Garantias
Benefícios
• Nitrogênio (N): 10% (105 g/L)
• Densidade: 1.050 g/L
• Fornece nitrogênio prontamente disponível à soja;
• O nitrogênio rompe as ligações químicas da cutina
das plantas aumentando a absorção dos compostos químicos na calda de pulverização;
Natureza física
•Fluido
Ensaio de campo com o Naft®
Avaliação do Naft® na deposição das gotas nas folhas da soja.
Água
Concorrente - 50mL/ha
Naft® - 50mL/ha
Resumo do ensaio de campo
Cobertura
foliar (%)
Densidade
(gotas/cm2)
PRD
Nº total
gotas
Água
2,8
98,3
63,3
5.213
Concorrente
3,4
105,7
57,7
5.271
Naft®
4,2
134,6
59,9
6.983
Tratamento
PRD: potencial relativo de deriva.
Volume da calda de pulverização: 30 L/ha.
Os valores acima são referentes a média de três repetições.
Recomendação de uso
Dose por aplicação
Época de aplicação
Aplicações foliares
1/
2/
Dose/100 L de água
Dose/ha1/ 2/
25 a 50 mL
50 a 100 mL
A vazão da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
Em vazões de caldas de pulverizações menores que 100 L/ha, a dose mínima do Naft® é de 50 mL/ha.
54
Mega K
6.5.8. NHT® MEGA K
É um fertilizante foliar fluido com alta concentração de potássio (480 g de K2O por litro). O NHT® Mega K é
produzido com carbonato de potássio e destaca-se pela sua eficiência agronômica no fornecimento deste
nutriente às plantas.
Produto ideal para o fornecimento de potássio às culturas. O potássio é rapidamente absorvido pelas folhas
das plantas mesmo em condições adversas, tais como, baixa umidade relativa do ar.
Garantias
Benefícios
• Nitrogênio (N): 1% (15 g/L)
• Potássio (K2O): 32% (480 g/L)
• Densidade: 1.500 g/L
• É líquido facilitando o seu manuseio;
Natureza física
• Maior velocidade na absorção do K pelas folhas
da soja mesmo com baixa umidade relativa do ar;
• Alta concentração de potássio (480 g de K2O/L);
•Fluido
• Baixo índice salino: menor fitotoxicidade nas folhas da soja.
+10,9 (22%)
• Aumenta a produtividade da soja (Figura 37).
60
50
sc/ha
40
30
58,7
Figura 37. Efeito de dois fertilizantes potássicos
na produtividade da cultura da soja.
Fonte: Ricardo Froes e Denilson (2013).
47,8
20
10
0
TESTEMUNHA
NHT® MEGA K
1 L/ha
Recomendação de uso
Época de aplicação
Dose por aplicação
Realizar duas aplicações foliares sendo a primeira aplicação no
início da formação das vagens (R3 a R4) e a segunda aplicação no
início da formação das sementes (R5)
1 L/ha
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
55
P-Boro-P
6.5.9. NHT® P-BORO-P
É um fertilizante foliar fluido fornecedor de B à cultura da soja com uma formulação diferenciada. O B é
complexado com polióis, garantindo maior translocação do nutriente no floema da soja e proporcionando
um melhor aproveitamento deste micronutriente. Cada litro do NHT® P-Boro-P possui 103,7 g de B.
Garantias
Benefícios
• Nitrogênio (N): 1% (1,22 g/L)
• Boro (B): 8% (103,7 g/L)
• Densidade: 1.220 g/L
• Maior translocação do B no floema da soja. Maior
eficiência da nutrição foliar com B.
• Maior resistência da soja às pragas e doenças.
Maior síntese de lignina.
Natureza física
•Fluido
• Maior pegamento da florada. Maior vigor do
grão de pólen.
• Melhora a granação da soja (grãos mais pesados).
Maior translocação dos fotoassimilados das folhas para os grãos da soja em desenvolvimento.
• Aumenta a produtividade da soja (Figura 36).
+2 (4%)
sc./ha
51
50
49
Figura 36. Efeito do NHT® P-Boro-P aplicado via
foliar antes do florescimento na produtividade
da cultura da soja em Lucas do Rio Verde/MT.
Fonte: Elis Diesel (2012).
51
49
48
TESTEMUNHA
NHT® P-BORO-P
0,5 L/ha
Recomendação de uso
Época de aplicação
Dose por aplicação
Realizar duas aplicações foliares sendo a primeira aplicação antes
do florescimento da soja (V6 a V8) e a segunda aplicação, no
início da formação das vagens (R4)
300 a 500 mL/ha
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
Observações
Em solos com baixo teor de B e em lavouras que
não receberam o B nas adubações de solo, aplicar a
maior dose do NHT® P-Boro-P. Se for possível, nestas condições, realize três adubações foliares com o
NHT® P-Boro-P.
A concentração máxima do NHT® P-Boro-P na calda
de pulverização é de 0,75% (750 mL/100 L de água).
56
Silkon
6.5.10. SILKON®
É um fertilizante foliar fluido fornecedor de nitrogênio e fósforo à cultura da soja.
Cada litro do Silkon® possui 105 g de N e 52,5 g de P2O5.
Garantias (p/p)
Benefícios
• Nitrogênio (N): 10% (105 g/L)
• Fósforo (P2O5): 5% (52,5 g/L)
• Densidade: 1.050 g/L
• Fornece nitrogênio e fósforo prontamente
disponível à soja;
• O nitrogênio rompe as ligações químicas da
cutina das plantas aumentando a absorção
dos compostos químicos na calda de pulverização;
Natureza física
•Fluido
• O fósforo promove o enraizamento das plantas e é responsável pelo metabolismo energético nas plantas (armazenamento e transferência de energia).
Recomendação de uso
Dose por aplicação
Época de aplicação
Aplicações foliares
1/
2/
Dose/100 L de água
Dose/ha 1/ 2/
25 a 50 mL
50 a 100 mL
A vazão da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
Em vazões de caldas de pulverizações menores que 100 L/ha, a dose mínima do Silkon® é de 50 mL/ha.
57
Tardus N
6.5.11. TARDUS® N
TARDUS
É um fertilizante foliar fluido com alta concentração de nitrogênio. Cada litro do Tardus® N possui 390 g de N.
Produto ideal para o fornecimento de nitrogênio às culturas. O nitrogênio é absorvido pelas folhas das plantas e tem liberação gradativa não causando fitotoxicidade na cultura da soja.
Garantias
Benefícios
• Nitrogênio (N): 30% (390 g/L)
• Densidade: 1.300 g/L
• É líquido facilitando o seu manuseio e a aplicação.
• Alta concentração de nitrogênio (390 g/L).
Natureza física
• Não causa fitotoxicidade à cultura da soja.
•Fluido
• Promove maior enchimento dos grãos da soja.
Recomendação de uso
Época de aplicação
Dose por aplicação
Realizar uma aplicação foliar antes do florescimento da soja
5 a 10 L/ha
O volume da calda de pulverização varia de 50 a 150 L/ha.
58
6.6. PRODUTOS E GARANTIAS
Garantias (p/p) - %
Produtos
d (g/L)
N
P2O5
K2O
Ca
Mg
S
B
Co
Cu
Mn
Mo
Ni
Zn
COT
Bioamino® Extra
4
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
23
1.250
Bioamino®
Premium
5
8
5
-
0,6
-
0,4
-
0,2
0,5
-
-
1
6
1.350
Complet Express
1
-
-
-
-
4
0,3
-
0,3
5
-
-
3
-
1.340
Express
1
-
-
-
-
4
-
-
-
7
-
-
-
-
1.310
Fertilis Fosfito
00-28-26
-
28
26
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1.500
Fertilis® Fosfito
00-30-20
-
30
20
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1.400
21
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1.150
Fertium® 1/
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
17
-
Fertium® Phós 2/
3
15
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
11
-
Gran Boro 10
-
-
-
10
-
3,26
10
-
-
-
-
-
-
-
-
Gran Boro Mag
-
-
-
-
30
3,20
2
-
-
-
-
-
-
-
-
Naft®
10
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1.050
NHT® Cálcio Max 3/
1
-
-
25
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1.670
NHT® Cobre Super3/
1
-
-
-
-
-
-
-
25
-
-
-
-
-
1.630
NHT CoMo
1
-
-
-
-
-
-
3
-
-
30
-
-
-
1.750
NHT® Complet Ni 3/
1
-
-
-
-
-
-
-
3
13
-
1
5
-
1.700
NHT® Humic
1
-
7
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
14
1.280
1
-
-
-
21
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1.450
NHT Manganês +
1
-
-
-
-
-
-
-
-
25
-
-
-
-
1.650
NHT® Mega K
1
-
32
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1.500
NHT® P-Boro-P
1
-
-
-
-
-
8,5
-
-
-
-
-
-
-
1.220
NHT® Zinco 3/
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
50
-
2.000
Nodulus Gold
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
10
-
-
8
1.390
Nodulus
Premium 125
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
10
-
-
-
1.250
Nodulus®
Premium 210
-
-
-
-
-
-
-
1,5
-
-
15
-
-
-
1.400
Phitopress® Cobre
-
20
-
-
-
-
-
3,5
-
-
-
-
-
-
1.300
Phitopress
Manganês
-
30
-
-
-
-
-
-
-
10
-
-
-
-
1.400
Poliflex®
3
18
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1.150
Radix®
5,5
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
20
1.230
Silkon®
10
5
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1.050
Tardus N
30
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1.300
®
Fertilis® Nitroflex
®
NHT® Magnésio
®
3/
®
®
®
®
Possui 900 mmolc /kg de capacidade de troca catiônica (CTC), 60% de capacidade de retenção de água e 25% de umidade máxima.
Possui 500 mmolc /kg de capacidade de troca catiônica (CTC) e 20% de umidade máxima de 20%.
3/
Os teores dos nutrientes da linha NHT®, exceto do NHT® P-Boro-P e do NHT® Mega K são totais. Além da garantia total, os micronutrientes da
linha NHT® possuem também as garantias em outros extratores conforme abaixo:
•Cu e Mn: solúvel em CNA (citrato neutro de amônio) + água
•Ni e Zn: solúvel em ácido cítrico a 2%
4/
Possui 30% de extratos húmicos sendo 9% de ácidos fúlvicos e 21% de ácidos húmicos.
Os fertilizantes da linha Bioamino®, Complet Express, Express, Fertilis®, Nodulus®, Phitopress®, Poliflex®, Radix®, Silkon® e Tardus® possuem os
teores dos nutrientes solúveis em água.
1/
2/
59
7. PROGRAMA NUTRICIONAL BIO SOJA PARA A CULTURA DA SOJA
A cultura da soja tem uma ampla distribuição geográfica no Brasil sendo cultivada nas mais diversas
condições de solo e clima. Atualmente, a soja é cultivada desde a fronteira do Rio Grande do Sul com
o Uruguai e Argentina até os campos de Roraima.
manutenção (20 kg de K2O para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos de soja).
7.4.3. Adubação com enxofre: Em solos com
teores de S abaixo do nível crítico, realizar a
adubação com S corretiva. Em solos com teores
adequados a altos de S, realizar a adubação de
manutenção (10 kg de S para uma expectativa
de produtividade de 1 t de grãos de soja).
Dentro deste contexto, o programa nutricional
para a soja cultivada no Rio Grande do Sul não
é necessariamente a mesma da soja cultivada no
Oeste da Bahia ou Norte do Paraná. Numa macro
região podem também ocorrer diferenças acentuadas nas características dos solos, tais como, o Norte
do Paraná e Noroeste Paranaense.
7.4.4. Adubação com boro: O Gran Boro 10
pode ser aplicado a lanço em pré-plantio na
dose de 10 a 20 kg/ha. Pode ser aplicado no sulco de plantio da soja na dose máxima de 5 e 7
kg/ha em solos arenosos e argilosos, respectivamente.
Portanto, o profissional da área agronômica pode
utilizar as informações dos Produtos Bio Soja para
a cultura da soja associada com as análises de solo
e foliares e realizar um programa nutricional mais
adequada às condições de solo da sua região.
7.4.5. Adubação com cobre e zinco: Em solos
com baixos teores destes micronutrientes, realizar a adubação corretiva. Realizar também uma
complementação do cobre e zinco em pulverizações foliares.
7.1. Calagem
Elevar a saturação de bases entre 50 a 70% dependendo das propriedades químicas dos solos cultivados com soja.
7.4.6. Adubação com manganês: A forma
mais eficiente para o fornecimento de Mn à cultura da soja é o fornecimento nas pulverizações
foliares. Realizar de 3 a 5 pulverizações foliares
iniciando as aplicações na fase vegetativa da
soja (V3 a V5).
7.2. Gessagem
Em solos com baixos teores de cálcio e altos teores
de alumínio trocável nas camadas subsuperficiais
(abaixo de 20 cm), realizar a aplicação do gesso
agrícola. A dose do gesso agrícola é variável levando em consideração o teor de argila.
7.5. Inoculação e fertilização das sementes
7.3. Dessecação das plantas daninhas
•Biomax® Premium Soja: 1 a 4 doses na quantidade de sementes suficiente para o plantio de
1 ha e soja;
Na dessecação das plantas daninhas, utilizar os
produtos do Grupo Bio Soja especificados abaixo.
•NHT® CoMo: 25 a 50 mL/ha e Radix®: 75 a 100
mL/ha ou Nodulus® Gold: 100 a 150 mL/ha.
•Poliflex®: 50 mL/100 L de água
•Fertilis® Nitroflex: 500 mL/100 L de água
7.6. Adubação no sulco de plantio
Na adubação no sulco de plantio da soja, utilizar os
produtos do Grupo Bio Soja especificados abaixo.
•NHT® Cálcio Max: 1 a 2 L/ha;
•NHT® Magnésio: 350 a 700 mL/ha;
•NHT® Humic: 1 a 2 L/ha.
7.4. Adubação de solo
7.4.1. Adubação fosfatada: Em solos com teores de P abaixo do nível crítico, realizar a adubação fosfatada corretiva. Em solos com teores
adequados a altos de P, realizar a adubação de
manutenção (20 kg de P2O5 para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos de soja).
7.7. Adubações foliares
Conforme comentado anteriormente, a cultura da
soja é cultivada numa ampla variedade de solos e
manejos no Brasil. Portanto, o profissional da área
agronômica deve ajustar o programa nutricional
foliar conforme as necessidades da soja da sua região de atuação e o manejo realizado na cultura.
7.4.2. Adubação potássica: Em solos com teores de K abaixo do nível crítico, realizar a adubação potássica corretiva. Em solos com teores
adequados a altos de K, realizar a adubação de
60
8. ANEXO
8.1. FASES FENOLÓGICAS DA SOJA
Descrição
Estádio
Fase vegetativa
VE
Emergência; cotilédones acima da superfície do solo
VC
Cotilédones expandidos, com as folhas unifolioladas, abertas de tal modo que os bordos destas
folhas não se estejam tocando
V1
Primeiro nó; folhas unifoliadas expandidas, com a primeira folha trifoliolada aberta de tal modo que
os bordos de cada folíolo não se estejam tocando
V2
Segundo nó; primeiro trifólio expandido e a segunda folha trifoliolada aberta, de tal modo que os
bordos de cada folíolo não se estejam tocando
V3
Terceiro nó; segundo trifólio expandido e a terceira folha trifoliolada aberta, de tal modo que os
bordos de cada folíolo não se estejam, tocando
Vn
Enésimo (último) nó com trifólio aberto, antes da floração
Fase reprodutiva
R1
Início da floração: até 50% das plantas com uma flor
R2
Floração plena: maioria dos racemos com flores abertas
R3
Final da floração: vagens com até 1,5 cm
R4
Maioria das vagens do terço superior com 2 a 4 cm
R5
Início da formação das sementes
R5.1
Grãos perceptíveis ao tato a 10% da granação
R5.2
Maioria das vagens com granação de 11 a 25%
R5.3
Maioria das vagens entre 26 a 50 % de granação.
R5.4
Maioria das vagens entre 51 a 75 % de granação.
R5.5
Maioria das vagens entre 76 a 100 % de granação
R6
Vagens com granação de 100% e folhas verdes
R7.1
Início a 50% de amarelecimento de folhas e vagens
R7.2
Entre 51 e 75% de folhas e vagens amarelas
R7.3
Mais de 76% de folhas e vagens amarelas
R8.1
Início a 50% de desfolha
R8.2
Mais de 51% de desfolha à pré-colheita
R9
Ponto de maturação de colheita
Fonte: Suzuki et al. (2006).
61
8.2. CALAGEM
a. Introdução
neutralização do Al trocável dos solos e na elevação
do Ca e Mg para teores adequados conforme às
culturas.
A maioria dos solos brasileiros possui baixa fertilidade natural e são ácidos a muito ácidos. A acidez
do solo e as suas implicações agronômicas (baixos
teores de cálcio e altos teores de alumínio trocável)
são os principais fatores limitantes ao desenvolvimento das culturas.
c.2. Método do tampão SMP
Portanto, o primeiro passo para uma agricultura
sustentável economicamente é a correção da acidez do solo utilizando adequadamente os corretivos agrícolas.
O método do tampão SMP é utilizado nos estados
do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Baseia-se
na elevação do pH do solo para um determinado
valor, a partir da mistura do solo com uma solução
tampão.
b. Benefícios
c.3. Método da saturação de bases do solo
A calagem propícia uma série de benefícios à cultura da soja, dentre os quais:
Atualmente, é o método mais utilizado para a correção da acidez dos solos no Brasil. Este método
preconiza a elevação da saturação de bases do solo
a valores pré-estabelecidos levando-se em consideração a cultura e o solo.
• Aumenta a disponibilidade dos nutrientes, exceto os micronutrientes catiônicos (Cu2+, Fe2+,
Mn2+, Ni2+ e Zn2+) e Co2+, figura 3;
A quantidade de calcário é calculada pela equação
abaixo.
• Fornece cálcio e magnésio;
• Reduz a toxicidade dos elementos químicos
indesejáveis à soja (alumínio trocável e metais
pesados);
NC = T x (V2 - V1)
10 x PRNT
• Melhora a fixação biológica do nitrogênio
(FBN);
onde:
NC = necessidade de calagem, t/ha
CTC ou T = capacidade de troca catiônica,
mmolc /dm3
V2 = saturação de bases desejada da soja, %
V1 = saturação de bases atual determinada pela
análise de solo, %
PRNT = poder relativo de neutralização total do
calcário, %
• Aumenta o número e a atividade dos microrganismos benefícios nos solos, acelerando a ciclagem dos resíduos vegetais e dos nutrientes nos
solos.
c. Recomendação dos corretivos agrícolas
Atualmente, no Brasil há três métodos de recomendação de corretivos agrícolas às culturas: método
da neutralização do Al e da elevação dos teores de
Ca e Mg, método do tampão SMP e o método da
saturação de bases.
CTC ou T = SB + (H + Al)
SB = Ca + Mg + K + Na
V = (SB / CTC) x 100
c.1. Método da neutralização do Al e da elevação dos teores de Ca e Mg
Se a capacidade de troca catiônica do solo (CTC)
for expressa em cmolc /dm3, excluir o fator 10 do
denominador da equação do cálculo da calagem.
Neste método, a recomendação dos corretivos
agrícolas é baseada nas propriedades químicas do
solo e nas características das plantas. Baseia-se na
62
8.2. CALAGEM
d. Calagem em sistema de plantio direto (SPD)
O valor adequado da saturação por bases à cultura da soja é variável para cada região, de acordo
com as propriedades químicas dos solos (Figura
36). Essa diferença está diretamente relacionada
a limitação da produtividade da soja ocasionada
pela deficiência dos micronutrientes catiônicos,
principalmente pelo Mn, induzida pela elevação
do pH do solo notadamente em solos sob vegetação de cerrado.
d.1. Antes da implantação do sistema de
plantio direto
Antes de iniciar o sistema de plantio direto
em áreas sob cultivo convencional, recomenda-se a correção da acidez do solo. Realizar a
incorporação do corretivo agrícola na camada
arável do solo, ou seja, no mínimo a 20 cm de
profundidade. A calagem deve ser feita com
antecedência de 3 a 6 meses antes da semeadura da cultura da soja.
No Estado do Paraná, a saturação de bases recomendada para a cultura da soja é de 70% e para
os Estados de São Paulo e do Mato Grosso do
Sul, o valor é de 60%. Na região do arenito Caiuá,
no Noroeste do Paraná e nos demais estados da
Região Central com predomínio de solos sob vegetação de Cerrado e em solos com menos de
40% de argila, o valor adequado da saturação de
bases é de 50%.
Outro aspecto importante é a escolha do tipo
de calcário. Neste momento, é importante a
escolha de um calcário com maior efeito residual. A princípio, o solo sob SPD não será
revolvido ou o tempo para o revolvimento
será relativamente longo. Para calcários com o
mesmo PRNT (poder relativo de neutralização
total), o produtor deve dar preferência por
aquele com menor reatividade (RE).
d.2. Sistema de plantio direto estabelecido
Após a implantação do sistema de plantio direto, os processos de acidificação ocorrerão
e será necessária depois de um determinado
tempo, a reaplicação do corretivo agrícola
para a correção da acidez do solo.
Entretanto, o processo de acidificação do solo
no SPD é menos intenso que no sistema de
plantio convencional (SPC). Ocorre de forma
localizada, ou seja, nos primeiros 5 cm do
solo, devido, principalmente, à mineralização
e nitrificação do nitrogênio dos restos culturais na superfície do solo e ao uso de fertilizantes nitrogenados. No SPC, o processo de
acidificação do solo é mais intenso até 20 cm
de profundidade, em consequência do trabalho de preparo do solo realizado com arado
de disco e grade.
Diversas pesquisas realizadas no Brasil em solos ácidos tem demonstrado a eficiência do
calcário aplicado na superfície para a produção de grãos no sistema de plantio direto.
Figura 36. Saturação de bases para a soja cultivada no
Paraná e em solos sob vegetação de cerrado (MT).
Fonte: Sfredo (2008).
63
8.2. CALAGEM
A época mais adequada para a aplicação do
calcário é no final do período das chuvas,
após a colheita da cultura de verão e antes do
plantio da safra de inverno.
ção de bases de bases inferior a 65%, na camada
de 0 a 5 cm.
A elevação da saturação por bases para 70%,
para amostras coletadas na profundidade de 0
a 20 cm, apresenta estimativa adequada para a
recomendação de calcário na superfície em plantio direto. A dose do calcário, calculada por esse
método, pode ser distribuída sobre a superfície
do solo em uma única aplicação ou de forma parcelada em até três anos. Desta forma, evita-se a
supercalagem com a aplicação superficial do calcário em plantio direto.
e. Calagem em sistema de plantio direto (SPD)
no Cerrado
Realizar a amostragem do solo na profundidade
de 0 a 20 cm. Se a saturação de bases (V) for
menor que 40%, realizar a calagem elevando a
saturação de bases para 50%, distribuindo uniformemente, o calcário na superfície do solo.
f. Calagem em sistema de plantio direto (SPD)
no Paraná
O monitoramento da acidez na camada superficial do solo (0 a 5 cm) auxilia na avaliação da
frequência da aplicação de calcário, uma vez que
o tempo de duração do efeito residual do calcário é muito diferente entre os solos e sistemas de
cultivo.
No Paraná, a calagem na superfície em sistema
de plantio direto deve ser realizada somente para
solos com pH em CaCl2 menor que 5,6 ou satura-
8.3. GESSAGEM
1. Introdução
Além da acidez da camada superficial, as camadas
subsuperficiais de muitos solos brasileiros possuem
baixos teores de cálcio associadas ou não à toxidez
de alumínio, inibindo o crescimento das raízes da
soja. A deficiência de boro nestas camadas do solo
também inibe o desenvolvimento das raízes da soja
em profundidade.
trato, potássio (K+), sulfato (S-SO42-), boro (H3BO3) e
molibdato (MoO42-).
O gesso agrícola pode ser utilizado como condicionador das camadas subsuperficiais do solo. Por ser
muito mais solúvel que o calcário, penetra no subsolo com as águas de percolação aumentando o
teor de cálcio e reduzindo a atividade do alumínio
trocável. É um subproduto da fabricação do ácido
fosfórico proveniente da reação química da rocha
fosfática com o ácido sulfúrico. Possui 15 a 16% de
S e 28 a 30% de Ca.
A calagem promove a correção da acidez da camada arável. Entretanto, as camadas subsuperficiais
permanecem ácidas dificultando a penetração das
raízes e criando uma “barreira química” à penetração das raízes da soja. As plantas com sistemas
radiculares pouco desenvolvidos em profundidade
tornam-se mais susceptíveis aos veranicos e reduzem a eficiência na absorção dos nutrientes com
maior mobilidade no solo, dentre os quais, o N-ni-
Portanto, o gesso agrícola é um insumo agrícola
que deve ser utilizado na soja dentro de critérios
técnicos para viabilizar o seu cultivo nos solos tropicais com as características mencionadas acima.
64
8.3. GESSAGEM
2. Benefícios
Os benefícios da gessagem estão especificados
abaixo:
onde:
NG = necessidade de gesso agrícola em kg/ha.
• Fornecimento de cálcio e enxofre (sulfato) à
soja.
• Correção da fertilidade do solo nas camadas
subsuperficiais do solo (camada abaixo de 20
cm) melhorando o ambiente radicular. Ocorre
aumento no teor de cálcio e redução na toxidez do alumínio trocável.
• Maior aprofundamento do sistema radicular
da soja. Maior tolerância aos veranicos (maior
disponibilidade de água) e aumenta a absorção
dos nutrientes lixiviados para as camadas subsuperficiais.
3. Recomendação do gesso agrícola
• Para a identificação da necessidade da gessagem, amostrar o solo nas profundidades de 20
a 40 cm e de 40 a 60 cm.
• Critérios para a aplicação do gesso agrícola (camadas do solo abaixo de 20 cm):
• Teor de cálcio menor que 0,5 cmolc /dm3 ou
5 mmolc /dm3 e/ou
• Teor de alumínio trocável maior que 0,5 cmolc/
dm3 ou 5 mmolc/dm3 e/ou
• Saturação de alumínio maior que 20%.
O gesso agrícola, deve ser aplicado na superfície
do solo e não há necessidade da sua incorporação,
devido a sua maior solubilidade em relação aos calcários.
Apesar dos benefícios do gesso agrícola como condicionador das camadas subsuperficiais, existem
evidências da lixiviação das bases do solo, principalmente o Mg e K, quando da utilização de doses
excessivas do gesso, para as camadas mais profundas do solo.
Para a minimização dos prováveis efeitos negativos
do gesso agrícola, adotar os procedimentos abaixo:
a. Em solos com acidez na camada superficial,
realizar a calagem com antecedência mínima de
60 a 90 dias antes da aplicação do gesso agrícola;
b. Em solos com baixo teor de magnésio, realizar a calagem com calcário dolomítico elevando
o teor mínimo de Mg no solo para 0,8 cmolc /
dm3 (8 mmolc /dm3) e a saturação de Mg para a
faixa de 13 a 18%;
c. A aplicação de 1 t/ha do gesso agrícola pode
elevar o teor de Ca em até 0,5 cmolc /dm3 (5
mmolc /dm3). Limitar a dose do gesso agrícola
ao máximo de 20% da CTC a pH 7,0 ocupada
pelo cálcio proveniente do gesso.
A quantidade de gesso agrícola é calculada pela
equação abaixo.
O gesso agrícola, além de condicionador das camadas subsuperficiais dos solos, também, é fonte de S
à cultura da soja.
NG = 50 x teor de argila (%)
65
8.4. ADUBAÇÃO
8.4.1. Adubação nitrogenada
a. Introdução
O nitrogênio é o nutriente requerido em maior quantidade pela cultura da soja. Para uma expectativa de
produtividade de 1 t de grãos por hectare são necessários em média 83 kg de nitrogênio. Cerca de 61%
do nitrogênio absorvido pela soja é exportado pelos
grãos (Tabela 1).
fabricante e gire algumas vezes a manivela para
que haja uma perfeita distribuição dos produtos
líquidos na superfície das sementes.
Por último, adicione o Biomax® Premium Turfa
Soja na dose recomendada à cultura da soja e gire
novamente o tambor até a distribuição uniforme
do produto sobre as sementes.
A maior parte do N exigido pela soja (65 a 85%) é fornecida pela fixação biológica do nitrogênio realizada
por bactérias do gênero Bradyrhizobium. O restante
do nitrogênio é fornecido pelo solo.
Se não for tratar as sementes com produtos líquidos, adicione 300 mL de água açucarada a 10%
para 50 kg de semente de soja e gire algumas
vezes a manivela até o recobrimento homogêneo
das sementes.
b. Instruções de uso para a inoculação via semente com o Biomax® Premium Líquido Soja
b.1. Inoculação com máquinas para o tratamento de sementes
Deixe as sementes tratadas com o Biomax® Premium Turfa Soja secarem à sombra por alguns minutos e plante logo após.
Coloque o Biomax® Premium Líquido Soja diretamente na caixa específica para o inoculante líquido previamente regulada à cultura da soja.
c.2. Inoculação na máquina de tratar as sementes de soja
Quando do tratamento das sementes da soja com
outros produtos líquidos, certifique-se que o volume total do Biomax® Premium Líquido Soja e os
produtos líquidos não ultrapasse 300 mL para 50
kg de semente de soja.
Regule a máquina para que caia a dose recomendada de produtos líquidos e do Biomax® Premium
Turfa Soja das respectivas caixas. Se for fazer a inoculação com o Biomax® Premium Turfa Soja e o
tratamento das sementes com produtos líquidos
numa única operação, não é necessário adicionar
outro líquido para umedecimento das sementes.
O Biomax® Premium Líquido Soja deve ser o último produto a recobrir as sementes de soja.
Neste caso, coloque o Biomax® Premium Turfa
Soja na caixa apropriada preenchendo no máximo
2/3 do seu volume. Inicie o tratamento e cerca de
15 minutos após o início da operação, desligue a
máquina e solte o produto que acumulou na roda
impelidora. Misture com o que restou na caixa,
adicione mais Biomax® Premium Turfa Soja e reiniciei a inoculação.
Deixe as sementes tratadas com o Biomax Premium Líquido Soja secarem à sombra por alguns
minutos e plante logo após.
®
c. Instruções de uso para a inoculação via semente
com o Biomax® Premium Turfa Soja
c.1. Inoculação utilizando tambor giratório ou
betoneira
Repita esse processo a cada quinze minutos, ou
quando julgar necessário, conforme o desempenho de sua máquina. Se for tratar as sementes
com outros produtos líquidos, coloque a água
açucarada a 10% na caixa para os líquidos, em
volume suficiente para umedecer as sementes a
serem inoculadas.
Inicialmente, coloque as sementes da soja no tambor giratório ou na betoneira.
Posteriormente, se houver necessidade, aplique os
produtos líquidos nas doses recomendadas pelo
66
8.4. ADUBAÇÃO
d. Inoculação no sulco de semeadura
na e tempo nublado com tendência a chuvas
após a pulverização;
O método tradicional de inoculação via semente
pode ser substituído pela aplicação do inoculante por
aspersão no sulco de plantio, por ocasião da semeadura, em solos com ou sem população estabelecida
de bactérias do gênero Bradyrhizobium.
• A vazão da pulverização deve ser suficiente para
que a calda atinja o alvo (solo). A vazão mínima é
de 200 L/ha;
• Condição ideal para a pulverização: solo úmido,
temperatura amena e chuva logo após a aplicação do Biomax® Premium Líquido Soja.
Esse procedimento, pode ser adotado desde que a
dose do Biomax® Premium Líquido Soja seja, no mínimo, seis vezes superior a dose indicada para a inoculação das sementes de soja (360 mL/ha). O volume
mínimo de líquido (inoculante mais água) aplicado no
sulco de plantio deve ser de 50 L/ha. Utilize preferencialmente bicos de filetes contínuos.
f. Informações adicionais
f.1. Cuidados prévios e no plantio da soja
Corrigir a saturação de bases (V) para a faixa adequada ao desenvolvimento da soja com antecedência mínima de 90 dias antes do plantio da cultura.
Inicialmente, adicione água limpa no tanque de pulverização e logo após, o Biomax® Premium Líquido
Soja na dose recomendada para a cultura da soja.
Este método tem a vantagem de reduzir os efeitos tóxicos dos fungicidas e dos micronutrientes utilizados
no tratamento das sementes de soja sobre as bactérias fixadoras de nitrogênio.
Realizar a adubação no solo fornecendo os nutrientes nas doses que possam maximizar o potencial produtivo da soja.
Se possível, manter uma cobertura vegetal no solo
(cultivo mínimo ou plantio direto) para minimizar
os efeitos das altas temperaturas e baixos teores
de umidade na sobrevivência das bactérias fixadoras de nitrogênio maximizando a fixação biológica
do nitrogênio.
e. Inoculação em lavouras de soja com baixa nodulação
Em determinadas condições edafoclimáticas, tais
como, solos arenosos com baixo teor de matéria orgânica localizados em regiões com alta temperatura,
pode ocorrer baixa nodulação na soja em solos recém
cultivados com esta cultura. Os veranicos após o plantio da soja podem prejudicar ainda mais a nodulação.
Neste caso, realizar uma pulverização com o Biomax®
Premium Líquido Soja na dose de 360 mL/ha (6 doses)
na fase inicial de desenvolvimento da soja (V2 a V4).
Realizar o plantio da soja em solos com teor adequado de umidade para viabilizar uma boa nodulação. A condição ideal para o estabelecimento da
fixação biológica do nitrogênio é a não ocorrência
de veranicos nas primeiras semanas após o plantio
das sementes de soja inoculadas.
Entretanto, há alguns cuidados que devem ser adotados para a pulverização do Biomax® Premium Líquido
Soja para maximizar esta prática cultural.
f.2. Cuidados com o inoculante
Verifique se o inoculante está devidamente registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA). O número do registro deverá está impresso na embalagem.
• Utilizar água de boa qualidade e com o pH na
faixa ligeiramente ácida a ligeiramente alcalina;
• O tanque de pulverização não pode conter outros produtos (por exemplo, fertilizantes foliares
e fungicidas);
• Realizar a pulverização do Biomax® Premium Líquido Soja com o solo úmido, temperatura ame-
Não utilize inoculante com data de validade vencida e, no caso do inoculante líquido com o lacre
violado.
Verifique se o inoculante está armazenado em
condições adequadas de temperatura e ao abrigo
67
8.4. ADUBAÇÃO
Para uma melhor aderência do Biomax® Premium
Turfa Soja nas sementes de soja, recomenda-se
umedecê-las com produtos líquidos utilizando no
tratamento das sementes ou 300 mL de água açucarada a 10% para 50 kg de semente de soja.
do sol. O Biomax® Premium Soja armazenado em
temperatura ambiente igual ou inferior a 26°C e
devidamente lacrado, mantêm a concentração de
unidades formadoras de colônias (ufc) fixadoras
de nitrogênio, no mínimo por até 10 meses para
o Biomax® Premium Líquido Soja e 9 meses para o
Biomax® Premium Turfa Soja.
Para uma nodulação uniforme e adequada ao pleno desenvolvimento da soja, realize a distribuição
uniforme do Biomax® Premium Soja em todas as
sementes. Não realize a inoculação diretamente
na caixa semeadora devido à baixa eficiência proporcionado pela pequena aderência do Biomax®
Premium Soja nas sementes e cobertura desuniforme das sementes.
f.3. Cuidados com a inoculação
Realize todas as operações com o Biomax® Premium
Soja à sombra e mantenha a semente da soja inoculada protegida do sol e do calor excessivo.
Se for tratar as sementes da soja com inseticidas,
fungicidas e micronutrientes (NHT® CoMo e Nodulus® Premium) não misture o inoculante com estes
produtos. Por último, sempre utilize o Biomax®
Premium Soja.
Em solos de primeiro ano com o plantio de soja e
com a utilização de fungicidas, no tratamento das
sementes, aplicar o NHT® CoMo ou o Nodulus®
Premium em pulverizações na fase vegetativa da
cultura (V3 a V5).
Realize a semeadura imediatamente após a inoculação, principalmente, quando as sementes da
soja forem tratadas com fungicidas e micronutrientes (NHT® CoMo e Nodulus® Premium).
8.4.2. Adubação fosfatada
A quantidade de P exigida pela soja para a produção de 1 t de grãos é inferior ao nitrogênio e potássio. Para a produção de 1 t de grãos de soja são necessários cerca de 15,4 kg de P2O5. Cerca de 65%
do fósforo absorvido pela soja é exportado pelos
grãos (Tabela 1).
A adubação fosfatada nos solos pode ser realizada de dois modos: adubação fosfatada corretiva e
adubação de manutenção.
a. Adubação fosfatada corretiva
A adubação fosfatada corretiva pode ser total ou
gradual e são realizadas em solos com teores muito
baixo ou baixo de fósforo (Tabela 3). Os parâmetros
para a interpretação do teor de P nos solos do Mato
Grosso podem ser extrapoladas para os demais solos sob vegetação de cerrado.
Entretanto, a quantidade de fósforo aplicado em
solos com baixo teor do nutriente é muito superior
as necessidades da soja. Nos primeiros anos de cultivo, a eficiência das adubações fosfatadas é muito
baixa situando-se entre 15 e 20% devido a fixação
do fósforo nos solos.
68
8.4. ADUBAÇÃO
Tabela 3 . Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação fosfatada no Estado do
Mato Grosso (P extraído pelo método Mehlich-1).
Teor de argila
(%)
%
Teor de P no solo (mg/dm3)
Muito baixo
Baixo
Médio1/
Adequado
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - P2O5 (kg/ha) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
61 a 80
<2,0
2,0 a 3,9
4,0 a 5,9
>6
41 a 60
<5,0
5,0 a 7,9
8,0 a 11,9
>12
21 a 40
<6,0
6,0 a 11,9
12 a 17,9
>18
<20
<8,0
8,0 a 14,9
15 a 19,9
>20
1/
O limite superior desta classe indica o nível crítico do P no solo.
Fonte: Zancanaro et al. (2002).
A adubação fosfatada corretiva total é a aplicação de
uma dose relativamente alta de P a lanço, em uma
única vez e incorporado no solo com uma gradagem
leve (Tabela 4). Posteriormente, são realizadas as adubações de manutenção para repor a exportação de P
pela soja.
P2O5 para cada 1% de argila. Em Sapezal, MT, a Fundação MT, realizou um ensaio de campo conduzido
por 3 anos com o cultivo de soja em solos com 60%
de argila. Verificou que a fosfatagem corretiva total
na dose de 4 kg de P2O5 para 1% de argila e as aplicações anuais na dose de 80 g/ha de P2O5 no sulco de
plantio proporcionou altas produtividades na cultura
da soja (média de 60 sc./ha).
Para os solos sob cerrado, as recomendações para a
fosfatagem corretiva total situam-se entre 3 a 5 kg de
Tabela 4. Recomendação de adubação fosfatada corretiva 1/, de acordo com o teor de argila e a
classe do teor de P do solo.
Teor de argila
%
Muito baixo
Baixo
- - - - - - - - - P2O5 (kg/ha) - - - - - -
61 a 80
300
200
41 a 60
250
175
21 a 40
200
135
<20
150
100
A dose de P2O5 na adubação corretiva a lanço para a soja
deve ser avaliada em função do teor de argila, cotação da
soja e o retorno esperado com as maiores produtividades
que podem ser alcançadas nos primeiros 4 anos.
Fonte: Zancanaro et al., (2002).
1/
Teor de P no solo (mg/dm3)
Em 2002, Sousa e Lobato estabeleceram um novo
critério para o cálculo da dose de P na adubação
fosfatada corretiva total para os solos sob cerrado (Tabela 5). O P remanescente é um índice que
mensura a capacidade de retenção do P pelo solo
(quanto maior a capacidade de retenção, menor o
valor de P-rem), que se relaciona com o teor de argila do solo e a sua mineralogia.
69
8.4. ADUBAÇÃO
Tabela 5. Recomendação de adubação fosfatada corretiva total de acordo com o teor de P, calculada
com base no teor de argila ou de P remanescente do solo, em culturas anuais em sistemas agrícolas
de sequeiro e irrigado.
Sistema agrícola
Variável
Teor de P no solo 1/
Muito baixo
Baixo
Médio
- - - - - - - - - - - - - - - - - - P2O5 (kg/ha) 2/- - - - - - - - - - - - - - - - Sequeiro
Teor de argila 3/
Irrigado
Sequeiro
P-rem 4/
Irrigado
4 x argila
2 x argila
1 x argila
6 x argila
3 x argila
1,5 x argila
260-(4 x P-rem)
130-(2 x P-rem)
65-(1 x P-rem)
390-(6 x P-rem)
195-(3 x P-rem)
98-(1,5 x P-rem)
Classe de teor de P nos solos. Vide tabela 3.
P2O5 solúvel em citrato de amônio neutro mais água para os fertilizantes fosfatados acidulados, P2O5 solúvel em ácido cítrico a 2%
(relação 1:100) para termofosfatos, escórias e P2O5 total para os fosfatos naturais reativos.
3/
Teor de argila expresso em porcentagem.
4/
P remanescente (determinado nas análises de rotina nos laboratórios ligados ao PROFERT-MG), expresso em mg/L.
Fonte: Adaptado de Sousa e Lobato (2002).
1/
2/
A adubação fosfatada corretiva também pode ser realizada de forma gradual através da aplicação anual
de doses de P2O5 superiores às aquelas recomendadas para a adubação de manutenção (Tabela 6). Neste
tipo de manejo, a elevação do teor de P nos solos para
a faixa adequada à cultura da soja ocorre de forma
gradual e são necessários cerca de 4 ou 5 anos. Após
atingir o teor adequado de P no solo, realizar apenas
a adubação fosfatada de manutenção.
A fosfatagem corretiva gradual no sulco de plantio
também proporciona altas produtividades na cultura da soja. Pesquisas conduzidas pela Fundação MT
verificaram que é possível atingir boa produtividade
em soja (56 sc./ha) nos primeiros três anos utilizando apenas adubação fosfatada corretiva no sulco de
plantio na dose de 115 kg/ha de P2O5, mesmo em
solos argilosos (60% de argila) com baixo teor de P
(0,6 mg P/dm3).
Tabela 6. Recomendação de adubação fosfatada no sulco de plantio da soja de acordo com a disponibilidade do P no solo para o Estado do Mato Grosso, em vegetação de cerrado.
Teor de argila
%
Teor de P no solo (mg/dm3) ) - Mehlich-1
Muito baixo
Baixo
Médio 1/
Adequado
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - P2O5 (kg/ha) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
61 a 80
>120 2/
110
80
60 3/
41 a 60
>120 2/
100
80
60 3/
21 a 40
120 2/
100
80
60 3/
<20
120 2/
90
80
60 3/
O limite superior desta classe indica o nível crítico do P no solo.
Em solos com teores de P muito baixo têm sido encontradas respostas lineares a fósforo aplicado na linha de semeadura até 150
kg/ha de P2O5. Portanto, se o teor de P no solo estiver classificado como muito baixo e baixo, e se houver disponibilidade de recursos
financeiros para maiores investimentos em fósforo e/ou os preços da soja forem promissores pode ser utilizadas quantidades maiores
de P2O5 que as sugeridas na tabela.
3/
As quantidades recomendadas de P2O5 equivalem à reposição da extração de P esperada para uma produtividade de 3 t/ha de soja. A
dose de P pode ser reduzida por uma safra em função de condições desfavoráveis de preços da soja.
Fonte: Zancanaro et al. (2002).
1/
2/
70
8.4. ADUBAÇÃO
No Estado de São Paulo, a resina é o extrator utilizado para a avaliação da disponibilidade P dos solos às
plantas (Tabela7).
Tabela 7. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação fosfatada no Estado de
São Paulo (P extraído pelo método da resina).
Produção relativa de soja (%)
≤70
71 a 90
91 a 100
>100
>100
Teor de P no solo (mg/dm3)
Muito baixo
Baixo
Médio 1/
Alto
Muito alto
≤6
7 a 15
16 a 40
41 a 80
>80
O limite superior desta classe indica o nível crítico do P no solo.
Fonte: Adaptado de Raij et al. (1997)
1/
Nas tabelas 8 e 9 tem-se a interpretação do teor de P nos solos do Estado do Paraná e dos Estados do Rio
Grande do Sul e Santa Catarina, respectivamente.
Tabela 8. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação fosfatada no Estado do
Paraná (P extraído pelo método Mehlich-1).
Teor de P no solo (mg/dm3)
Teor de argila
(%)
Muito baixo
Baixo
Médio 1/
Adequado
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - P2O5 (kg/ha) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - >40
-
≤3,0
3,0 a 6,0
>6,0
21 a 40
≤5,0
5,1 a 10
10,1 a 14
>14
≤20
≤6,0
6,1 a 12
12,1 a 18
>18
O limite superior desta classe indica o nível crítico do P no solo.
Fonte: Tecnologia de produção de soja – região central do Brasil 2012 e 2013.
1/
Tabela 9. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação fosfatada nos Estados do
Rio Grande do Sul e Santa Catarina (P extraído pelo método Mehlich-1).
Teor de P no solo (mg/dm3)
Teor de argila
(%)
Muito baixo
Baixo
Médio 1/
Alto
>60
≤2,0
2,1 a 4,0
4,1 a 6,0
6,1 a 12
>12
36 a 60
≤3,0
3,1 a 6,0
6,1 a 9,0
9,1 a 18
>18
16 a 35
≤4,0
4,1 a 8,0
8,1 a 12
12,1 a 24
>24
≤15
≤7,0
7,1 a 14
14,1 a 21
21,1 a 42
>42
P resina
≤5,0
5,1 a 10
10,1 a 20
20,1 a 40
>40
Muito alto
1/
O limite superior desta classe indica o nível crítico do P no solo.
Fonte: Adaptado de Tedesco et al.(2004).
Em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina e demais regiões produtoras de soja, a adubação
fosfatada corretiva pode seguir as mesmas doses de P2O5 recomendadas para os solos sob vegetação de
cerrado, respeitando a classificação do teor de P nos solos.
71
8.4. ADUBAÇÃO
b. Adubação fosfatada de manutenção
A adubação fosfatada de manutenção é realizada
em solos com teores adequados (solos sob cerrado e Paraná) a altos de P (São Paulo, Rio Grande
do Sul e Santa Catarina). Para cada tonelada de
grãos de soja a ser produzida, aplicar 20 kg de
P2O5. Eventualmente, a dose de P2O5 pode ser reduzida por uma safra em função de condições
desfavoráveis de preços da soja.
classificado como adequado nos solos sob cerrado e Paraná e alto nas demais regiões produtoras
de soja nos últimos três anos de cultivo e com a
produtividade da soja acima de 55 sc./ha.
Em sistemas de cultivo em plantio direto, com
a aplicação do calcário na superfície do solo,
recomenda-se evitar a aplicação do P a lanço,
principalmente com fontes fosfatadas de baixa
solubilidade em água, como os fosfatos naturais
reativos.
A adubação fosfatada de manutenção poderá ser
realizada a lanço em solos com teor de fósforo
8.4.3. Adubação potássica
O potássio é o segundo nutriente mais absorvido
pela cultura da soja. Para a produção de 1 t de
grãos de soja são necessários em média 38 kg de
K2O. Cerca de 53% do potássio absorvido pela
soja é exportado pelos grãos (Tabela 1).
potássica corretiva e adubação de manutenção.
a. Adubação potássica corretiva
A adubação potássica corretiva pode ser total ou
gradual e são realizadas em solos com teores muito
baixo ou baixo de potássio (Tabelas 10 a 13).
De forma similar ao fósforo, a adubação potássica pode ser realizada de dois modos: adubação
Tabela 10. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação potássica nos solos sob
cerrado (K extraído pelo método Mehlich-1).
CTC do solo a pH 7
Teor de K no solo
Unidade
Baixo
Médio
Adequado
Alto
mg/dm
≤15
16 a 30
31 a 40
>40
cmolc /dm3
≤0,04
0,04 a 0,08
0,08 a 0,10
>0,10
mg/dm3
≤25
26 a 50
51 a 80
>80
≤0,06
0,06 a 0,13
0,13 a 0,20
>0,20
3
CTC a pH 7 < 4,0 cmolc /dm3
CTC a pH 7 ≥ 4,0 cmolc /dm3
cmolc /dm
3
O limite superior desta classe indica o nível crítico do K no solo.
Fonte: Adaptado de Sousa e Lobato (2002).
1/
Tabela 11. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação potássica no Estado de
São Paulo (K extraído pelo método da resina).
Produção relativa de soja (%)
≤70
71 a 90
91 a 100
>100
>100
Teor de K no solo (mmolc /dm )
33
Muito baixo
Baixo
Médio 1/
Alto
Muito alto
≤0,7
0,8 a 1,5
1,6 a 3,0
3,0 a 6,0
>6,0
O limite superior desta classe indica o nível crítico do K no solo.
Fonte: Adaptado de Raij et al. (1997).
1/
72
8.4. ADUBAÇÃO
Tabela 12. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação potássica no Estado do
Paraná (K extraído pelo método do Mehlich-1).
Unidade
Teor de K no solo
Baixo
Médio 1/
Alto
Muito alto
mg/dm
<40
40 a 80
80 a 120
>120
cmolc /dm3
<0,10
0,10 a 0,20
0,20 a 0,30
>0,30
3
O limite superior desta classe indica o nível crítico do K no solo.
Fonte: Tecnologia de produção de soja – região central do Brasil 2012 e 2013.
1/
Tabela 13. Interpretação da análise de solo para recomendação de adubação potássica nos Estados do
Rio Grande do Sul e Santa Catarina (K extraído pelo método Mehlich-1).
CTC a pH 7,0
Teor de K no solo (cmolc /dm3)
Muito baixo
Baixo
Médio 1/
Alto
Muito alto
CTC a pH 7 ≤ 5,0
≤15
16 a 30
31 a 45
46 a 90
>90
CTC a pH entre 5,1 a 15
≤20
21 a 40
41 a 60
61 a120
>120
CTC a pH > 15
≤30
31 a 60
61 a 90
91 a 180
>180
O limite superior desta classe indica o nível crítico do P no solo.
Fonte: Adaptado de Tedesco et al. (2004).
1/
A adubação potássica corretiva total é a aplicação de
altas doses de K a lanço e visa a correção imediata
dos baixos teores deste nutriente nos solos. Posteriormente, são realizadas aplicações anuais para repor a
exportação do K pela soja.
Neste sistema de manejo, a elevação do teor de K nos
solos para a faixa adequada ou alta à cultura da soja,
ocorre de forma gradual e são necessários de 4 a 5
anos. Após atingir o teor adequado de K no solo, realizar apenas a adubação potássica de manutenção.
Nos solos sob Cerrado, uma forma para a determinação da dose de K2O a ser aplicada na adubação potássica corretiva total é a elevação do teor K no solo para
atingir 3 a 5% da CTC a pH 7,0. Nos solos das demais
regiões do Brasil com CTC mais elevada do que os solos sob cerrado, elevar a saturação do potássio a 1,5 a
2% da CTC a pH 7,0.
b. Adubação potássica de manutenção
Para o cálculo da adubação potássica corretiva total,
a elevação do teor de K no solo em 0,01 cmolc K/dm3
exige a aplicação de 9,4 kg/ha de K2O ou 15,7 kg/ha
de KCl, considerando a camada de incorporação de 0
a 20 cm.
Em solos com alto teor de K nos solos sob cerrado
e muito alto nas demais regiões produtoras de soja,
aplicar 10 kg de K2O para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos de soja. Utilizar a análise de
folhas da soja para ajustes na adubação com potássio. A faixa adequada de S nas folhas da soja varia de
17,3 a 25,7 g/kg.
A adubação potássica de manutenção é realizada em
solos com teores adequados e altos de K, dependendo da região produtora de soja. Nestas condições de
cultivo, para cada tonelada de grãos de soja a ser produzida, aplicar 20 kg de K2O.
De forma similar ao fósforo, a adubação potássica
corretiva também pode ser realizada de forma gradual através da aplicação anual de doses de K2O superiores as aquelas recomendadas para a adubação de
manutenção.
De maneira geral, as doses recomendadas de K para a
cultura da soja estão especificadas na Tabela 14.
73
8.4. ADUBAÇÃO
Tabela 14. Adubação potássica em soja para uma produtividade de 3 t/ha de grãos.
Teor de K no solo 1/
Baixo
Médio
Adequado 2/
Alto 3/
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - K2O (kg/ha) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 120
80
60
30
Utilizar os critérios para interpretação do teor de K do solo das tabelas 9 a 12 conforme a região produtora de soja.
Realizar adubação de manutenção: 20 kg de K2O para uma expectativa de produtividade de 1 t de grãos de soja.
Para solos com teores de K dentro desta classe, recomenda-se 50% da adubação de manutenção.
Fonte: Adaptado de Ribeiro et al. (1999).
1/
2/
3/
ou em cobertura até o 15º ao 20º dia após a emergência da soja. Em solos argilosos, a dose máxima de
K2O no sulco de plantio é de 50 kg/ha.
Em solos com teor de K de médio a alto ou muito alto
e com baixa capacidade de troca catiônica (textura
arenosa a média), evitar a aplicação do nutriente no
sulco de plantio da soja. Realizar a adubação potássica em pré-plantio a lanço ou em cobertura até o 15º
ao 20º dia após a emergência da soja.
Altas concentrações de potássio, aplicadas em pequeno volume de solo, no sulco de semeadura, favorecem as perdas por lixiviação. Além disso, há o risco de
salinização prejudicando a germinação e o desenvolvimento do sistema radicular da soja.
Em solos com baixo teor de K, recomenda-se o parcelamento do K. Aplicar no máximo 30 kg/ha de K2O no
sulco de plantio e o restante da dose em pré-plantio
8.4.4. Adubação com enxofre
Para uma expectativa de produtividade de 1 t de
grãos por hectare são necessários em média 15 kg de
enxofre. Cerca de 35% do enxofre absorvido pela soja
é exportado pelos grãos (Tabela 1).
nutriente no solo e o seu acumulo nas camadas subsuperficiais.
Utilizar a análise de folhas da soja para ajustes na
adubação com potássio. A faixa adequada de S nas
folhas da soja varia de 2,0 a 3,0 g/kg.
Nas últimas safras está ocorrendo um agravamento
da deficiência de enxofre na cultura da soja devido
ao aumento na produtividade da cultura, aumento na
utilização de formulações ou fertilizantes com maior
concentração em NPK e com menores teores de enxofre e menor emissão de S como poluente para a
atmosfera.
Na Tabela 15 tem-se as doses do enxofre para a cultura da soja de acordo com a textura do solo e o teor de
enxofre nas profundidades de 0 a 20 e de 20 a 40 cm.
Os níveis críticos do S no solo são 10 mg/dm3 e 35
mg/dm3 para solos argilosos (>40% de argila), respectivamente nas profundidades de 0 a 20 cm e de
20 a 40 cm. Em solos com teor de argila ≤ 40% de
argila (solos arenosos), os níveis críticos de S são 3
mg/dm3 e 9 mg/dm3, respectivamente nas profundidades de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm.
Além disso, o teor de enxofre na camada superficial
do solo é menor que nas demais camadas do solo.
As adubações fosfatadas tendem a reduzir a adsorção
do sulfato na camada superficial acentuando a lixiviação deste nutriente para as camadas subsuperficiais
do solo.
Em solos com teor adequado de S, realizar a adubação de manutenção com S aplicando 10 kg do nutriente para uma expectativa de produtividade de 1 t
de grãos de soja.
Para a determinação da necessidade de enxofre, deve-se realizar a análise de solo em duas profundidades,
0 a 20 cm e de 20 a 40 cm, devido a mobilidade do
74
8.4. ADUBAÇÃO
Tabela 15. Recomendação da adubação corretiva e de manutenção com enxofre para a cultura da soja.
Teor de S no solo 1/
Faixas de interpretação
Solo argiloso >40%
de argila
Solo argiloso ≤40%
de argila
Quantidade
de S, kg/ha
Profundidade, cm
0 a 20
20 a 40
0 a 20
20 a 40
0 a 20
20 a 40
Baixo
Baixo
<5
<20
<2
<6
80 + M
Baixo
Médio
<5
20 a 35
<2
6a9
60 + M
Baixo
Alto
<5
>35
<2
>9
40 + M
Médio
Baixo
5 a 10
<20
2a3
<6
60 + M
Médio
Médio
5 a 10
20 a 35
2a3
6a9
40 + M
Médio
Alto
5 a 10
>35
2a3
>9
M
Alto
Baixo
>10
<20
>3
<6
40 + M
Alto
Médio
>10
20 a 35
>3
6a9
M
Alto
Alto
>10
>35
>3
>9
M
1/
Método de extração: Ca(H2PO4)2 0,01 M.L-1. Determinação por turbidimetria.
M = Manutenção: 10 kg de S para cada 1 t de produção de grãos de soja esperada.
Fonte Sfredo et al. (2003).
8.4.5. Adubação com micronutrientes
dual significativo, não sendo adequados nas adubações
corretivas. A forma química disponível do manganês à
soja (Mn2+) é gradualmente oxidada às formas não disponíveis (Mn3+ e Mn4+) reduzindo a sua disponibilidade.
De forma similar ao Mn, o Fe também é oxidado para
uma forma química não disponível à cultura da soja
(Fe3+).
As interpretações dos teores dos micronutrientes nas
análises de solo para as principais regiões produtoras de
soja estão nas tabelas 16 a 19.
a. Adubação com cobalto e molibdênio
Realizar o fornecimento de 2 a 3 g/ha de Co e de 12 a
25 g/ha de Mo na fertilização das sementes de soja. A
aplicação destes micronutrientes também pode ser realizada em pulverização foliar nos estádios de desenvolvimento entre o V3 e o V5 na dose de 30 a 50 g/ha de Mo.
A forma mais eficiente para o fornecimento do ferro e
manganês à cultura da soja são as pulverizações foliares.
Em solos com baixo teor de manganês e saturação de
bases acima da faixa adequada à cultura da soja, realizar
de 3 a 5 aplicações foliares do manganês iniciando as
pulverizações foliares na fase vegetativa da soja.
b. Adubação com boro, cobre, manganês e zinco
De forma similar ao manejo realizado com fósforo e potássio, a construção da fertilidade do solo também pode
ser realizada para o cobre e zinco. Em solos da região do
Cerrado, a aplicação destes micronutrientes a lanço com
incorporação na camada superficial proporciona efeito
residual de 3 a 5 anos.
Eventualmente, o Mn pode ser aplicado no sulco de
plantio, região do solo com maior teor de umidade e
com maior potencial de redução. Nestas condições, há
uma tendência do Mn permanecer por mais tempo na
forma Mn2+ prontamente disponível à cultura da soja.
Mesmo assim, são necessárias pulverizações foliares
com este nutriente para a manutenção dos teores foliares na faixa adequada à cultura da soja.
A aplicação do ferro e o manganês a lanço no solo, mesmo aplicado em altas doses, não apresentam efeito resi75
8.4. ADUBAÇÃO
O boro é muito susceptível a lixiviação nos solos tropicais notadamente naqueles com os menores teores de
argila. Portanto, o boro deve ser aplicado anualmente
em pré-plantio ou no sulco de plantio. Realizar aduba-
ções foliares com B nas fases de maior demanda pelo
nutriente (antes do florescimento e início da formação
das sementes).
Tabela 16. Interpretação dos teores de micronutrientes no solo, extraídos por dois métodos de análises
para a soja nos solos do Cerrado.
Água
quente
Faixas
B
Mehlich-1
Cu
Mn
DTPA
Zn
Cu
Mn
Zn
Fe
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - mg/dm - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 3
Baixo
<0,3
<0,5
<5
<1,1
<0,3
<1,0
<0,6
<5
Médio
0,3 - 0,5
0,5 - 0,8
5 - 10
1,1 - 1,6
0,3 - 0,8
1,0 - 2,0
0,6 - 1,2
5 - 12
Alto
0,5 - 2,0
0,8 - 10
10 - 30
1,6 - 10
0,8 - 7,0
2,0 - 10
1,2 - 10
12 - 30
>2,0
>10
>30
>10
>7,0
>10
>10
>30
Muito Alto
Fonte: Sfredo (2008).
Tabela 17. Interpretação da análise de solo para recomendação de micronutrientes
no Estado de São Paulo.
Produção relativa de soja (%)
71 a 90
91 a 100
Micronutrientes
>100
Teor no solo
Baixo
Médio 1/
Alto
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - mg/dm3 - - - - - - - - - - - - - - - - - - Boro (B)
≤0,20
0,21 a 0,60
>0,60
Cobre (Cu)
≤0,20
0,30 a 0,80
>0,80
Ferro (Fe)
≤4
5 a 12
>12
Manganês (Mn)
≤1,2
1,3 a 5,0
>5,0
Zinco (Zn)
≤0,5
0,6 a 1,2
>1,2
O limite superior desta classe indica o nível crítico dos micronutrientes no solo.
Extratores: B = água quente; Cu, Fe, Mn e Zn = DTPA.
Fonte: Adaptado de Raij et al. (1997).
1/
Tabela 18. Interpretação dos teores de micronutrientes no solo, extraídos por dois métodos de análises
para a soja nos solos do Paraná.
Água
quente
Faixas
B
Mehlich-1
Cu
Mn
DTPA
Zn
Cu
Mn
Zn
Fe
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - mg/dm3 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Baixo
<0,3
<0,8
<15
<0,8
<0,5
<1,2
<0,5
<5
Médio
0,3 - 0,5
0,8 - 1,7
15 - 30
0,8 - 1,5
0,5 - 1,1
1,2 - 5,0
0,5 - 1,1
5 - 12
Alto
0,5 - 2,0
1,7 - 10
31 - 100
1,5 - 10
1,1 - 7,0
5,0 - 20
1,1 - 10
12 - 30
>2,0
>10
>100
>10
>7,0
>20
>10
>30
Muito Alto
Fonte: Sfredo (2008).
76
8.4. ADUBAÇÃO
Tabela 19. Interpretação da análise de solo para recomendação de micronutrientes
nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Micronutrientes
Teor de micronutrientes no solo (mg/dm3)
Baixo
Médio 1/
Alto
Boro (B)
<0,1
0,1 a 0,3
>0,3
Cobre (Cu)
<0,2
0,2 a 0,4
>0,4
Manganês (Mn)
<2,5
2,5 a 5,0
>5,0
Zinco (Zn)
<0,2
0,2 a 0,5
>0,5
O limite superior desta classe indica o nível crítico do P no solo.
Extratores: B = água quente; Cu e Zn = HCl 0,1 mol/L e Mn = Mehlich-1.
Fonte: Adaptado de Tedesco et al. (2004).
1/
A adubação corretiva com micronutrientes no solo
pode ser realizada em pré-plantio a lanço (Tabela
20). O efeito residual da adubação com micronutrientes, exceto o B e o Mn nas doses recomendadas, é para um período de cinco anos. Para a reaplicação dos micronutrientes, realizar a avaliação
do estado nutricional da soja através da diagnose
foliar. Os micronutrientes também podem ser aplicados no sulco de plantio da soja. Neste caso, aplicar 1/3 da dose indicada a lanço por um período de
três anos consecutivos
Tabela 20. Recomendação de micronutrientes aplicados no solo para a cultura da soja.
Teor no solo
B
Cu
Mn
Zn
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - kg/ha - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Baixo
1,5
2,5
6,0
6,0
Médio
1,0
1,5
4,0
5,0
Alto
0,5
0,5
2,0
4,0
Muito Alto
0,0
0,0
0,0
0,0
Fonte: Sfredo (2008).
77
9. GLOSSÁRIO
Ácidos fúlvicos: Fração solúvel das substâncias húmicas em meio alcalino e em meio ácido. Possui o menor peso molecular entre as frações que compõem as
substâncias húmicas. Coloração mais clara variando
do amarelo-claro ao amarelo-castanho.
Ácidos húmicos: Fração solúvel das substâncias húmicas em meio alcalino e insolúvel em meio ácido. Peso
molecular entre os ácidos fúlvicos e a humina. A coloração varia desde marrom-escuro ao cinza-escuro.
Aminoácidos: Produto final da decomposição das
proteínas e peptídios dos resíduos vegetais e animais
pelos microrganismos. São moléculas orgânicas ou
biomoléculas que contêm um carbono assimétrico
denominado de carbono-alfa ao qual se ligam covalentemente, um grupo carboxílico (-COOH), um grupo amino (-NH2) e um átomo de hidrogênio (H). Neste
carbono ainda se liga um grupo químico denominado
de radical ou cadeia lateral (R) que define especificamente cada um dos 20 aminoácidos.
Adubação: Consiste no fornecimento dos nutrientes ao solo, de modo a recuperar ou manter a sua
fertilidade, suprindo as necessidades nutricionais das
plantas e provocando o mínimo de perturbação no
ambiente. Eventualmente, o fornecimento dos nutrientes pode ser realizado diretamente nas plantas
através da adubação foliar.
Análise foliar: Avaliação do estado nutricional das
plantas através da análise química das folhas das
plantas.
Arenito: Rocha sedimentar resultante da compactação e litificação de areias aglutinadas por um cimento
natural, por exemplo, argila, carbonato de cálcio ou
carbonato de cálcio e magnésio. O arenito é constituído por quartzo mas pode ter também quantidades
apreciáveis de feldspatos, micas e outras impurezas.
Adubação a lanço: Aplicação dos fertilizantes sólidos ou fluidos, na superfície do solo, com ou sem
incorporação subsequente por práticas de preparo
do solo. Os nutrientes podem ser aplicados antes ou
após o plantio da cultura.
Basalto: Rocha vulcânica ou ígnea, eruptiva ou extrusiva, ou seja, formada na superfície do solo através
das lavas vulcânicas. Apresenta textura fina, coloração escura (óxido de ferro e de titânio) e alta dureza.
A maioria dos solos de Ribeirão Preto, Vale do Paranapanema e Norte e Sudoeste do Paraná são proveninetes do basalto.
Adubação de arranque: Aplicação do fertilizante no
plantio ao lado e abaixo das sementes.
Adubação em cobertura: Aplicação dos fertilizantes
no solo após o estabelecimento das culturas.
Calcário: Produto obtido pela moagem da rocha calcária. É constituída de carbonato de cálcio (CaCO3) e carbonato de magnésio (MgCO3). É utilizado para a redução da acidez do solo convertendo os íons H+ em água
e para o fornecimento de cálcio e magnésio às plantas.
Adubação em faixas: É a forma de adubação que
envolve a aplicação dos fertilizantes sólidos ou fluidos
em faixas de largura variável.
Adubação em faixas laterais: Aplicação do fertilizante em faixa de um lado ou em ambos os lados da
cultura. É usual em culturas perenes.
Capacidade de troca de cátions (CTC): É a capacidade que o solo tem em reter os nutrientes catiônicos,
dentre os quais, o Ca, Mg e K. A CTC do solo é expressa em cmolc /dm3 ou mmolc /dm3 e é o somatório dos
teores dos cátions básicos (Ca, Mg e K), H e Al.
Adubação em pré-plantio: Fertilizante aplicado no
solo antes do plantio das culturas. Normalmente, os
fertilizantes não são incorporados aos solos.
Adubação foliar: É a aplicação dos nutrientes na parte aérea das plantas. Normalmente, as pulverizações
foliares são direcionadas às folhas das plantas.
Carboidrato: São as biomoléculas mais abundantes
na natureza. São compostos orgânicos constituídos
por carbono, hidrogênio e oxigênio e geralmente seguem a fórmula genérica [(CH2O)]n, sendo o n≥3,
tais como, açúcares e polissacarídeos. Os carboidratos
são sintetizados pelas plantas a partir do gás carbônico (CO2) e água (H2O) nos cloroplastos no processo
denominado de fotossíntese.
Adubação parcelada: Fertilizante aplicado em duas
ou mais vezes durante o crescimento da cultura. Redução nas perdas dos nutrientes mais susceptíveis à
lixiviação, por exemplo, nitrato (N-NO3-).
Carbonato: Sedimento formado pela precipitação orgânica ou inorgânica de uma solução aquosa de carbonatos de cálcio, magnésio ou ferro denominado de
calcário ou dolomita.
Adubação em sulcos: Aplicação do fertilizante em
uma zona concentrada seja na superfície do solo ou
abaixo dela.
78
DRIS (Sistema integrado de diagnose e recomendação): É um método de avaliação do estado nutricional da planta, em que a relação entre os nutrientes
é o aspecto mais importante para explicar a produtividade da cultura. A comparação é realizada com
índices calculados por meio das relações entre os nutrientes da amostra e uma população de referência
(talhões com alta produtividade).
Cátions básicos: São três elementos químicos, cálcio
(Ca), magnésio (Mg) e potássio (K).
Celulose: Carboidrato mais abundante nas plantas.
Clorofila: Pigmento verde que retém a luz para a fotossíntese nas plantas, algas e algumas bactérias.
Clorose: Condição anormal nas plantas ocorrendo a
perda de clorofila das folhas resultando em uma coloração verde-clara a amarela.
Extrato húmico: Frações húmicas solúveis em meio
alcalino (ácidos fúlvicos e ácidos húmicos).
Fertilizante: Produto mineral ou orgânico, natural
ou sintético fornecedor de um ou mais nutrientes às
plantas.
Colóide: Partícula orgânica ou inorgânica (mineral)
menor que 0,001 mm de diâmetro. O colóide apresenta uma grande superfície de contato geralmente
com alta reatividade. É o local aonde ocorre a retenção dos nutrientes no solo.
Fertilizante fluido: Refere-se aos fertilizantes no estado líquido. São constituídos por duas classes: soluções e suspensões.
Condicionador de solos: Produto que promove a melhoria das propriedades físicas, físico-químicas ou atividades biológicas dos solos, podendo recuperar solos
degradados ou desequilibrados nutricionalmente.
Fertilizante fluido em solução: Fertilizante líquido
que se apresenta na forma de soluções verdadeiras,
isto é, isentas de material sólido.
Corretivo de solo: Substâncias adicionadas ao solo
para melhorar o seu pH ou propriedades físicas. Os
principais corretivos são o calcário, gesso ou turfa.
Fertilizante fluido em suspensão: Fertilizante líquido que se apresenta na forma de suspensão, isto é,
uma fase sólida dispersa num meio líquido.
Cultivo: Operação de preparo do solo para semear
ou transplantar uma cultura, ou para o controle das
plantas daninhas ou para tornar a camada superficial
do solo mais propícia ao plantio.
Fertilizante orgânico: São os fertilizantes constituídos de compostos orgânicos de origem natural, vegetal ou animal. Normalmente, tem baixa concentração
de nutrientes.
Cultivo conservacionista: Qualquer sistema de preparo do solo que reduz as perdas de solo e/ou água, em
comparação com o preparo convencional (aração e gradagem), onde todos os resíduos orgânicos são incorporados ao solo.
Fertilizante organomineral: produtos resultantes da
mistura física ou combinações dos fertilizantes minerais e orgânicos.
Fertirrigação: Aplicação dos fertilizantes na água de
irrigação.
Cultivo mínimo: Sistema de preparo do solo que reduz
o número de operações mecanizadas a um mínimo necessário para criar a condição adequada para o plantio e
germinação das sementes.
Fixação do fósforo: Fenômeno de retenção de P no
solo reduzindo a sua disponibilidade às plantas. Ocorre tanto pela precipitação do P em solução com as
formas iônicas do Fe, Al e Ca, como, principalmente,
de maneira mais significativa, pela sua adsorção pelos
oxidróxidos de Fe e Al.
Difusão: Movimento do nutriente (elemento químico) a
curta distância dentro de uma solução aquosa (solução do
solo) estacionária, a favor de um gradiente de concentração, isto é, o nutriente vai de uma região de maior concentração (solução do solo) para outra de menor concentração
(superfície das raízes). A difusão é o principal mecanismo
de absorção do P, K, Zn, Mn e Cu pelas plantas.
Fixação biológica do nitrogênio: conversão do nitrogênio atmosférico elementar (N2) em amônia (N-NH3)
realizada por microrganismos procariotos (bactéria –
alfa-proteobacteria, actinomicetos e cianobacteria).
Disponibilidade: Proporção do nutriente que pode
ser absorvido e utilizado pelas plantas para satisfazer
as suas necessidades nutricionais.
79
Floema: Vaso condutor das plantas responsável pelo
transporte da seiva elaborada das folhas para os demais órgãos da planta. A seiva elaborada é sintetizada nas folhas pela fotossíntese. O floema também é
conhecido por líber.
Litificação: Conjunto de processos que convertem os
sedimentos em rocha sedimentar consolidada. A litificação pode envolver vários processos como a desidratação, compactação, cimentação e laterização.
Lixiviação: Perda dos nutrientes da camada superficial para as camadas subsuperficiais pela passagem
da água através do solo. Os nutrientes mais susceptíveis às perdas por lixiviação são os aniônicos (nitrato,
N-NO3- sulfato, SO42- e molibdato, MoO42-) e aqueles
sem carga elétrica (ureia e ácido bórico).
Fluxo de massa: Consiste no movimento, com a mesma velocidade do nutriente (elemento químico) em
uma fase aquosa móvel (solução do solo), de uma
região mais úmida, distante da raiz, para outra mais
seca, próxima da superfície radicular. O fluxo de massa é o principal mecanismo de absorção do N, Ca, Mg,
SO42-, H3BO3 e MoO42- pelas plantas. São os nutrientes
mais propensos as perdas por lixiviação
Macronutrientes: Nutrientes absorvidos em grandes
quantidades pelas plantas na ordem de kg/ha. Os macronutrientes são o nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S). Constituem cerca de 99,5% da massa seca das plantas.
Fotoassimilados: São os compostos orgânicos sintetizados na fotossíntese nas folhas das plantas.
Fotossíntese: Conversão da energia luminosa em
energia química nas plantas a partir do dióxido de
carbono (CO2) e água na presença da clorofila. Ocorre
a produção de compostos orgânicos com uma fórmula genérica [(CH2O)]n e de oxigênio (O2).
Matéria orgânica: São os componentes orgânicos
do solo nos seus diversos estágios de decomposição
ocorrendo em íntima associação com os constituintes
minerais do solo. É constituída por dois grupos: as
substâncias húmicas que representam de 85 a 90%
da matéria orgânica total do solo e as substâncias não
húmicas que representa uma pequena fração da matéria orgânica do solo (10 a 15%).
Gesso Agrícola: É o sulfato de cálcio dihidratado
(CaSO4.2H2O). É utilizado como condicionador do
solo e corretivo de sodicidade (produto que promove
a redução da saturação de sódio no solo). No Brasil,
a maior parte do gesso utilizado na agricultura é um
subproduto da produção de ácido fosfórico. Entretanto, é encontrado também na natureza em depósitos sedimentares na forma monohidratada (CaSO4.
H2O) e é denominado de gipsita.
Humina: Fração insolúvel das substâncias húmicas
em meio ácido e em meio alcalino. Maior peso molecular entre as frações das substâncias húmicas é a
fração mais escura.
Micronutrientes: Nutrientes absorvidos em pequenas quantidades pelas plantas na ordem de g/ha. Os
micronutrientes são o boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu),
ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo), níquel
(Ni) e zinco (Zn). Constituem cerca de 0,5% da massa
seca das plantas.
Micronutrientes catiônicos: Micronutrientes com
carga positiva (Cu2+, Fe2+, Mn2+, Ni2+ e Zn2+). A calagem reduz a disponibilidade dos micronutrientes
catiônicos às plantas. Os ácidos fúlvicos aumentam
a disponibilidade dos micronutrientes às plantas, enquanto os ácidos húmicos formam complexos com
alta estabilidade e podem reduzir a sua disponibilidade às plantas notadamente o cobre.
Imobilização: Conversão dos nutrientes de uma forma
química disponíveis às plantas (inorgânica ou mineral)
para uma forma não disponível (orgânica) por sua incorporação nos microrganismos do solo. Ocorre diminuição na disponibilidade dos nutrientes às plantas.
Mineralização: Conversão dos nutrientes de uma
forma química não disponível às plantas (orgânica)
para uma forma disponível (inorgânica ou mineral).
São processos mediados por microrganismos do solo.
Ocorre aumento na disponibilidade dos nutrientes às
plantas.
Índice salino: Capacidade que o fertilizante tem em
aumentar a pressão osmótica da solução do solo.
Ocorre aumento na condutividade elétrica do solo. Os
fertilizantes com maior índice salino são os potássicos
e os nitrogenados.
Interceptação radicular: Mecanismo de absorção
radicular na qual a raiz, ao se desenvolver num determinado volume de solo, entra em contato com o
nutriente na solução do solo.
Nitrogenase: Complexo enzimático redox-ativo que
hidrolisa ATPs para efetuar a redução do N molecular
(N2) a NH3. É constituído por Mo, Fe e S.
80
Micronutrientes: Nutrientes absorvidos em pequenas quantidades pelas plantas na ordem de g/ha (B,
Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni e Zn). Constituem cerca de
0,5% da massa seca das plantas.
Redução: É o processo químico inverso a oxidação.
Um determinado íon, átomo ou molécula ganha um
ou mais elétrons ocorrendo diminuição no número de
oxidação. Por exemplo, o Fe3+ é reduzido a Fe2+ e o
Mn3+ é reduzido a Mn2+.
Necrose: Tecido foliar morto ou em vias de morrer,
indicado pelo seu secamento.
Redutase do nitrato: enzima responsável pela redução do nitrato (N-NO3-) a nitrito (N-NO2-), etapa
inicial da conversão do nitrato (N-NO3-) em amônio
(N-NH4+).
Nível crítico: É o teor do nutriente no solo ou nas
folhas da planta a partir da qual não ocorre resposta
a sua aplicação.
Saturação de bases (V) : Porcentagem da CTC a pH
7,0 do solo ocupada por cátions básicos (Ca, Mg e K).
Nutrientes: Elementos químicos essenciais a vida das
plantas. Os elementos químicos para serem considerados como nutrientes devem atender aos três critérios da essencialidade.
Senescência: Estádio de desenvolvimento das folhas
mais velhas no qual elas secam e desprendem-se dos
caules e colmos.
• Critério 1. Um elemento químico é essencial se
a sua deficiência impede que a planta complete o seu ciclo vital.
• Critério 2. O elemento químico não pode ser
substituído por outro com propriedades similares.
• Critério 3. O elemento químico deve participar
diretamente no metabolismo da planta.
De acordo com a quantidade absorvida pelas plantas,
os nutrientes são divididos em dois grupos: macronutrientes e micronutrientes.
Solução do solo: É a fase líquida do solo onde estão dissolvidos os nutrientes. As plantas absorvem os
nutrientes da solução do solo que por sua vez são
repostos pela fase sólida.
Substâncias húmicas: Estágio final da decomposição ou humificação dos resíduos orgânicos do solo e
representam as frações mais ativas da matéria orgânica. São responsáveis pelos inúmeros processos físicos
e físico-químicos que ocorrem nos solos.
Textura do solo: Proporção relativa das partículas que
constituem o solo. As partículas são denominadas de
frações granulométricas e são constituídas pela areia,
silte e argila.
Nutrientes benéficos: São elementos químicos importantes para o crescimento e desenvolvimento normal das plantas, mas a sua falta não é considerada
fator limitante. O cobalto (Co), selênio (Se), silício (Si)
e o sódio (Na) são considerados como nutrientes benéficos às plantas. Por exemplo, o Co é essencial e
necessário à fixação biológica do N2 pelas bactérias
nos nódulos das raízes das leguminosas, bem como
para bactérias de vida livre que fixam N2.
Xilema: Vaso condutor das plantas responsável pelo
transporte da seiva bruta (água e minerais) das raízes
até o ápice das plantas. É constituído por células mortas impregnadas por lignina e reforçadas com celulose. O xilema também é conhecido por lenho.
Oxidação: Mudança química em ambientes com oxigênio na qual um determinado íon, átomo ou molécula perde um ou mais elétrons ocorrendo aumento
nas cargas positivas. Por exemplo, o Fe2+ é oxidado a
Fe3+ ou o Mn2+ é oxidado a Mn3+ e posteriormente,
a Mn4+.
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