Entrevista Glaucia Nasser
Transcrição
Entrevista com a cantora e compositora Glaucia Nasser POUCAS E BOAS DA MARI - Glaucia, sua história com a música é bem interessante. Aos 16 anos, sua voz chamou a atenção de um olheiro de uma gravadora, mas sua carreira tomou um rumo diferente. Você ficou 20 anos longe da música. Como conseguiu? Qual era seu sentimento nessa época pela música? GLAUCIA NASSER - Eu sentia uma mistura de fascínio, dor e frustração. Preferia não ir a shows, pois doía quando eu ia e me dava uma sensação de que tinha sempre algo faltando... Cheguei a me perguntar uma vez vendo Marisa Monte cantar... como seria a sensação de alguém que fazia exatamente aquilo que amava fazer e que eu jamais teria essa sensação, mas acabava me convencendo que podia fazer outras coisas. Acho que não me convenci direito. (rs) PBM - Seu trabalho de estreia, lançado em 2003, teve uma repercussão muito boa no exterior. A canção Lábios de Cetim foi selecionada para compor a coletânea Acoustic Brazil e fazer parte da trilha sonora do filme norte-americano The Visitor. Como foi estrear com o “pé direito”? G.N. - Foi um sinal de que eu tinha uma chance de ser bem sucedida... foi um impulsionador. PBM - No cd Bom Demais (2006), você fez uma diferente “leitura” de músicas, como Drão, do Gilberto Gil, Sobre o Tempo, do Pato Fú e Canção para um Grande Amor, da Isabela Taviani. É complicado dar um toque pessoal em músicas que fizeram sucesso com seus compositores? A escolha do repertório foi sua? G.N. - Eu não pensei muito sobre isso, apenas coloquei minha identidade nas músicas. Pra minha surpresa a música que o Roberto Menescal mais gostou desse cd foi "Drão". A escolha do repertório foi minha sim. PBM - Em 2007, você descobriu que não era apenas intérprete. Começou a compor suas músicas. Em que situação surgiu esse feeling para composição? Quais são suas inspirações? G.N. - Aconteceu... eu sempre cantarolei... desde criança, na verdade. Mas foi depois de passar por uma situação delicada de saúde que eu comecei a compor. O Ivan (Ivan Rosa), meu parceiro nas composições, começou a ir em casa para me alegrar um pouco e tocar o que eu quisesse para me distrair. No primeiro acorde, comecei a cantarolar e fizemos juntos a música "Diário". Dali eu não parei mais. A minha inspiração é a vida e todas as suas manifestações. Em qualquer lugar e a qualquer hora. Entrevista realizada por Mari Valadares – MTB: 43.155/SP. Site Poucas e Boas da Mari – www.poucaseboasdamari.com Imprima se necessário. Preserve o meio ambiente. PBM - Seu álbum mais recente é A Vida Num Segundo (2008), primeiro trabalho autoral. Cantores no geral sempre dizem que o novo trabalho é o mais maduro, é o melhor da carreira. Você tem essa mesma impressão? Ou não tem comparação um com o outro? G.N. - Sim, estou mais madura, mas ainda tenho muito caminho pela frente, muito para amadurecer. PBM - Hoje muitos artistas lançam seus trabalhos independentes e esse foi o caso de A Vida Num Segundo. Essa tendência dos artistas buscarem mais liberdade em seus trabalhos, seria o fim para as grandes gravadoras? G.N. - Não acho. Tem espaço pra tudo e todos. Acho que as gravadoras vão sempre buscar novos talentos nos independentes. Isso já acontece. PBM - Há alguma novidade ainda para esse ano? Quais são os novos projetos? G.N. - Farei o show de encerramento do projeto Quartas Musicais que acontece na segunda Quarta Feira de todo mês. Fiquei honrada com o convite deles. Sou a única cantora que não e de São Paulo a participar esse ano. É um projeto que busca as cantoras novas que estão se destacando em SP... Ano que vem estarei morando em SP, o que significa que farei muitos shows e projetos por aqui. O show será no dia 10 de Dezembro no teatro Copa Airlines do shopping Eldorado. PBM - Uma mensagem para os frequentadores do site Poucas e Boas da Mari? G.N. - Deixo o meu convite para estarem comigo no show. Desejo a todos um Natal pacífico e prazeroso e um Novo Ano de bênçãos. Entrevista realizada por Mari Valadares – MTB: 43.155/SP. Site Poucas e Boas da Mari – www.poucaseboasdamari.com Imprima se necessário. Preserve o meio ambiente.
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