DIÁRIO DO LEITOR
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DIÁRIO CATARINENSE, SEGUNDA-FEIRA, 25 DE MAIO DE 2015 INTELIGÊNCIA EM DESASTRES DIÁRIO DO LEITOR ONDE ESTAMOS CRISTIANO TRINDADE DE ANGELIS Doutor em Estratégia e Gestão de projetos Florianópolis É preciso entender porque um país com tanto recursos naturais tem tanta falta de inteligência para lidar com eles, tendo apagões, falta de água e dificuldade com desastres naturais. Além do baixo nível de conhecimento, a duplicidade – se não a triplicidade – de esforços e recursos é recorrente entre os entes federal, estadual e municipal. Isso ocorre em grande medida porque o governo não usa práticas de inteligência organizacional que facilitem a integração da estratégia com o planejamento e a gestão. Vejamos por exemplo o caso dos desastres naturais como os tornados de Xanxerê e Ponte Serrada. Enquanto a Defesa Civil de SC, a partir do Plano de Ação Coordenada, desenvolve o plano de contingência web com 295 municípios, a Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, responsável pela elaboração do Plano Plurianual (PPA), planeja uma rede de monitoramento de desastres, trabalho já em execução pela Defesa Civil. O plano de contingência desenvolvido pela Defesa Civil, juntamente com o mapa de perigo e o A duplicidade de mapeamento de esforços e recursos risco, são a base é recorrente entre para o Plano Municipal de Reduos entes federal, ção de Risco. Para estadual ajudar na construção deste plae municipal no municipal, a Defesa Civil contratou a Udesc. A universidade organiza seminários com a participação das secretarias de Obras, de Assistência Social e de órgãos de segurança dos municípios a fim de coletar e analisar informações sobre áreas de risco. O governo federal, isolado em Brasília, cria ações no novo PPA de planejamento e intervenções estruturais nos municípios sem nenhuma estratégia porque não conhece as cidades de maior risco e porque não sabe o que tem sido feito com o recurso enviado. Nos casos de calamidade pública em que não há necessidade de licitação, a corrupção é gritante, em especial quando o foco é a eleição municipal em 2016. Só há uma maneira de reduzir as consequências devastadora dos desastres: aplicação de conhecimento relevante com a divisão de tarefas e com fiscalização do governo federal. FALE COM O DC > Envie artigos entre 2 mil e 2,1 mil caracteres com espaços e com foto do autor para [email protected]. Eles serão avaliados e poderão ser publicados. Informe nome, endereço, telefone, profissão e RG. > Sobre as cartas, o DC reserva-se o direito de selecioná-las e resumi-las para publicação. Publicadas ou não, não são devolvidas. > Envie sua opinião, com nome, cidade de origem, profissão, telefone e Editado por Jeferson Cioatto (48) 3216-3012 [email protected] Twitter @dconline; @opiniaodc WhatsApp (48) 9924-0137 Instagram @diariocatarinense Facebook facebook.com/diariocatarinense COMENTÁRIOS PROFESSORES Os professores de SC estão em greve desde 24 de março. Triste, porque 1.111 escolas estaduais e 528 mil estudantes os esperam. A saudade de lecionar e dos alunos deve perturbar, mas sejamos realistas: os professores precisam viver com dignidade e pagar as contas. A greve ocorre quando reivindicações não são atendidas. O problema deve ser atacado em sua causa e não na consequência. A palavra de ordem não é negociar e sim decidir. SC sempre foi referência em educação. Antes de pensarmos nas preocupações dos pais e estudantes, devemos avaliar se o que reivindicam os professores é justo. Uma coisa tenho absoluta certeza: o salário do professor deveria ser o maior do país. O docente permite ao homem deixar a ignorância, abrindo-lhe a porta do conhecimento. O professor no Brasil convive com insalubridade, violência, aparelhamento ideológico e um salário ridículo. Não basta ensinar a ler, escrever e profissionalizar. Urge formar homens e mulheres responsáveis, competentes e probos. Respeito aos professores e que voltem ao trabalho em paz. POR CARLOS ALBERTO LIMA Florianópolis No passado aprendi na escola que uma sociedade inculta agradava à ditadura militar. Pois, com menos pessoas pensantes, a comunidade se deixa ser guiada pelas águias do poder, sem questioná-los pelas decisões aberrantes. Me dói ver que em SC as escolas públicas estão a mais de dois meses sem aula. Isto só aumenta o vácuo entre as escolas públicas e as privadas, fomentando o domínio das elites. Diante do impasse, sugiro ao governo que para acabar com a greve deem aos professores um auxílio-moradia equivalente à metade daquele destinado aos parlamentares e vários outros órgãos públicos que se consideram divindades para receber tal graça, hoje R$ 4.337 isento do IR. Assim, faremos justiça a uma classe que é uma extensão da família, incrementa o senso crítico do ser, contribuiu para minorar a violência e a dá dignidade ao homem. DIVA ABRAHAM Florianópolis HAITI A questão da entrada irregular de haitianos no Brasil é fato preocupante. Como se sabe, o governo federal não possui controle efetivo a respeito e se estima que nos últimos quatro anos chegaram ao país cerca de 100 mil haitianos. Como o governo autoriza 600 vistos por mês, conclui-se que aproximadamente 70 mil destes imigrantes encontram-se em situação ilegal e de risco no Brasil. Urge se reverter este estado crucial e de vulnerabilidade dos nossos irmãos haitianos. É uma questão humanitária e governamental. LUIZ GONZAGA GALVÃO Florianópolis TORCIDAS É lamentável o que vem acontecendo nas redes sociais, onde jogador e torcidas vêm se confrontando, postando ofensas com muita baixaria e incitando a violência, o que poderá se refletir no esvaziamento dos estádios de futebol. As diretorias que acobertam jogadores e torcidas organizadas esquecem que a imagem da instituição é que está sendo atingida. Não concordo que alguns setores da imprensa ligada ao futebol divulguem, estampados em notícias, jogadores indisciplinados no campo e fora dele. Tem de noticiar bons exemplos de jogadores e desportistas que tenham respeito e boa educação. ODAIR DA COSTA Florianópolis VOCÊ FOTÓGRAFO Vista da praia das Laranjeiras em Balneário Camboriú, na foto de Adriano Roldão RG para [email protected]. E-mail: [email protected] Fone: (48) 3216-3012 27 Cartas (ou fotos) ou histórias pessoais de leitores que envolvam Diário Catarinense devem ser endereçadas à seção Do Leitor com nome, profissão, endereço, nº do CPF do remetente e fone para contato. DC reserva-se o direito de selecioná-las e resumi-las para publicação
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