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MENSAGEM DO PRESIDENTE Com a conclusão, que agora ocorre, do segundo mandato da actual Direcção (que iniciou as suas funções em 9 de Abril de 2002), termina um ciclo da vida do INEGI. Ao longo destes quatro anos, a Direcção procurou consolidar a situação financeira e a credibilidade do INEGI, implementando projectos estruturantes e tomando medidas que permitem encarar com confiança a entrada na terceira década da sua existência. Este quadriénio, do ponto de vista da conjuntura política e económica, foi extremamente desfavorável, com taxas de crescimento do país diminutas e duas interrupções de Legislaturas (com a consequente realização de eleições e mudanças de Governos e de prioridades políticas). Não obstante essa situação, os resultados económicos do INEGI registaram uma evolução favorável, com o volume de negócios a apresentar um valor médio de 3,7 milhões de euros e a atingir, durante 2005, o valor máximo histórico de 3,8 milhões de euros (refira-se que, no quadriénio 1998/2001, o valor médio do volume de negócios foi de 3,0 milhões de euros, o que representa um crescimento de 23%). Ainda mais importante, este acréscimo do volume de negócios foi alcançado com uma política rigorosa de contenção de custos, que fez com que os resultados líquidos fossem positivos durante estes quatro anos, correspondendo a um valor acumulado que ultrapassa os 651 mil euros. Para esta evolução positiva dos resultados económicos e financeiros do INEGI contribuíram decisivamente o profissionalismo e o empenho de todos os Colaboradores (Contratados, Bolseiros e Universitários), que superiormente interpretaram a Missão do Instituto e a quem quero deixar uma palavra de reconhecimento e agradecimento. Durante este período, a Direcção investiu decisivamente no aumento da credibilidade do Instituto. Assim, é com orgulho que, hoje, podemos dizer que o INEGI é uma instituição de referência nacional, como o atestam as avaliações internacionais dos seus laboratórios, a distinção concedida por Sua Excelência o Presidente da República, que integrou o INEGI na visita que realizou no âmbito das Jornadas de Inovação, o reconhecimento da relevância da sua actividade por parte dos diversos organismos da Administração e, fundamentalmente, a confiança crescente dos seus Clientes e Parceiros. Para este acréscimo de credibilidade foram fundamentais as diversas medidas adoptadas pela Direcção ao longo destes quatro anos. O processo de reestruturação em curso, que pretende reforçar as sinergias internas e aumentar os níveis motivacionais e a capacidade de resposta às solicitações dos seus Clientes; a conclusão do processo de acreditação dos seus Laboratórios de Reacção ao Fogo e de Caracterização Ambiental; o processo já desenvolvido com vista à implementação do Sistema de Gestão da Qualidade (Norma ISO9001/2000); a optimização de procedimentos e processos, com a criação de sectores de Recursos Humanos e Controle de Gestão e a adopção de um novo Sistema de Informação e Gestão. Também ao nível da notoriedade, o INEGI deu um salto significativo neste último quadriénio. A participação em projectos relevantes, como o caso do desenvolvimento da nova botija de gás Pluma, as parcerias estabelecidas com entidades de grande prestígio internacional (casos da NASA e da ESA), a transformação do INEGI numa instituição de referência e de excelência em áreas tão distintas como a energia eólica, os novos materiais, as novas tecnologias de fundição e a tribologia, contribuíram decisivamente para este objectivo estratégico. Em simultâneo, procedeu-se à reformulação completa da imagem do Instituto e dos seus materiais de comunicação directa, bem como à adopção de uma política comunicacional mais activa. Mas estes quatro anos caracterizaram-se, também, pela montagem do projecto estruturante mais complexo e significativo da história do INEGI: o projecto das novas instalações do Instituto, a construir no Campus da FEUP, à Asprela. Foram quatro anos de avanços e recuos, de obstáculos que se superavam para logo outros surgirem, de fases de desânimo pela burocracia que emperrava o entusiasmo dedicado ao projecto, de consumo de energias e de meios que impediram a dedicação exigida por outras áreas de actividade e de datas avançadas e sucessivamente adiadas. No entanto, no final destes quatro anos, não tenho dúvidas de que valeu a pena. As actuais instalações cumpriram o seu papel, permitindo que o INEGI crescesse e se transformasse numa Instituição nacional de referência de interface Universidade / Indústria na área da Engenharia Mecânica e Gestão Industrial. Mas, hoje, estas instalações são um dos principais constrangimentos ao desenvolvimento do Instituto e, se não fossem tomadas medidas, o futuro seria penalizador. Estamos assim em condições de, no ano em que o INEGI cumpre o seu 20º Aniversário, iniciar um novo ciclo, com a construção do novo edifício. O anúncio de abertura do concurso público aguarda publicação no Diário da República. A operação financeira, alicerçada no financiamento a fundo perdido do programa PRIME no valor de 3 milhões de euros (financiamento excepcional, só possível pela credibilidade e relevância da actividade do INEGI), também está montada, procurando minimizar os riscos naturalmente associados a uma operação desta envergadura. Segue-se agora um ciclo de dois anos em que é necessário compatibilizar o projecto de construção com o desenvolvimento da actividade corrente do INEGI, sem descurar a qualidade e o profissionalismo da nossa intervenção nem a continuidade dos projectos de reestruturação interna que estão a decorrer. São desafios aliciantes que, estou certo, temos condições para superar. Um agradecimento final a todos os colaboradores do INEGI, aos membros dos Órgãos Sociais que agora terminam o mandato e, em especial, aos restantes membros da Direcção que, ao longo destes quatro anos, partilharam comigo a responsabilidade entusiasmante de dirigir o INEGI. Augusto Barata da Rocha Presidente da Direcção ÍNDICE 6 8 9 10 11 12 12 13 15 18 20 21 01. Caracterização do INEGI Missão Eixos de Intervenção Órgãos Sociais Associados Estrutura Organizativa Participações em Empresas Recursos Humanos Origem dos Conhecimentos Áreas de Competência Meios de Suporte à Actividade Caracterização dos Clientes 24 26 34 39 43 46 47 48 51 51 52 53 54 55 57 58 59 59 60 61 02. Actividade de ID&I Desenvolvimento Sustentável Desenvolvimento de Produtos e Equipamentos Aeroespacial Tecnologias na Área dos Materiais Compósitos Novas Tecnologias de Fundição Prototipagem Rápida e Fabrico Rápido de Ferramentas Tribologia, Vibrações e Manutenção Industrial Logística Óptica e Mecânica Experimental Organismo de Normalização Sectorial Laboratório de Fumo e Fogo Formação Projectos Apoiados pela FCT Projectos Apoiados pela ADI Projectos Apoiados pela CE Projectos Apoiados pelo IAPMEI Projectos Apoiados pelo Gabinete de Gestão POS-Conhecimento Outra Actividade Projectos em Destaque 72 74 75 76 77 78 03. Outra Actividade Seminários e Congressos Mestrados e Doutoramentos O INEGI nos Media Feiras e Exposições Publicações 80 82 84 86 86 87 04. Acções Internas Estruturantes Construção de Novas Instalações Desenvolvimento e Implementação de um Novo Sistema de Informação e Gestão Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade Gestão de Recursos Humanos e Competências Estrutura Organizativa 88 90 91 92 93 94 95 96 98 100 102 106 05. Contas Apreciação Global das Contas Proveitos Operacionais Custos Operacionais Resultados Análise do Balanço Aplicação de Resultados Balanço Demonstração de Resultados 2005 Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados Parecer do ROC Parecer do Conselho Fiscal caracterização Do INEGI O INEGI é uma Instituição de interface entre a Universidade e a Indústria vocacionada para a realização de actividade de Inovação e Transferência de Tecnologia orientada para o tecido industrial. Nasceu em 1986 no seio do Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (DEMEGI) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Mantém ainda hoje essa ligação insubstituível ao DEMEGI, que constitui uma das principais fontes de conhecimento e competências científicas e tecnológicas. Ao longo dos seus 20 anos de existência desenvolveu e consolidou uma posição de parceiro da indústria em projectos de I&D, sendo que presentemente cerca de 60% da sua actividade resulta de projectos com empresas. Com a figura jurídica de Associação Privada sem Fins Lucrativos e com o estatuto de “Utilidade Pública”, assume-se como um agente activo no desenvolvimento do tecido industrial Português e na transformação do modelo competitivo da indústria nacional. Missão O INEGI participa activamente no desenvolvimento da indústria nacional contribuindo com conhecimento e competências distintas na área da Engenharia Mecânica e Gestão Industrial, assumindo a missão de: “Contribuir para o aumento da competitividade da indústria nacional através da investigação e desenvolvimento, demonstração, transferência de tecnologia e formação nas áreas de concepção e projecto, materiais, produção, energia, manutenção, gestão industrial e ambiente”. Eixos de Intervenção Consubstancia a sua missão através da realização de projectos de I&D e Inovação em cinco eixos principais de intervenção, a saber: — Criação de conhecimento e desenvolvimento tecnológico a montante da aplicação industrial: tipicamente financiada por programas de apoio à investigação científica e tecnológica como os promovidos pela Fundação para a Ciência e Tecnologia; — I&D com empresas, co-financiada por programas de apoio ao desenvolvimento da indústria: uma parte muito significativa da actividade do Instituto consiste na realização de projectos de I&D em parceria com empresas, recorrendo aos incentivos no âmbito dos programas de apoio ao desenvolvimento da indústria nacional; PRIME e 6º Programa quadro da UE; — I&D financiada pelas empresas: uma parte crescente da actividade do INEGI resulta de contratos com empresas para a realização de projectos de Investigação e Desenvolvimento, nomeadamente para o desenvolvimento de novos produtos e novos processos; — Consultoria científica e tecnológica: apoio às empresas nas vertentes científica e tecnológica no domínio de actividade do INEGI; engenharia e desenvolvimento de produtos, processos tecnológicos, energia, ambiente e gestão industrial; — Formação especializada: acções de formação altamente especializada desenhada à medida das necessidades das empresas; Para além da actividade de natureza mais científica e tecnológica, o INEGI tem também apoiado a criação de empresas “spin-off” para exploração e desenvolvimento comercial de tecnologias desenvolvidas ou em desenvolvimento no Instituto. Orgãos sociais Os Orgãos Sociais do INEGI foram eleitos em 2004 para o biénio 2004-2005. A sua composição é a seguinte: direcção Presidente Prof. Doutor Augusto Barata da Rocha | UP Vogais Prof. Doutor Fernando Jorge Lino Alves | UP Eng. Jorge Macedo Casais | AIMMAP Dr. Manuel Fernando Fernandes Moura | BPN Eng. José Bernardo Costa e Silva | Quintas & Quintas 10 assembleia geral Presidente Prof. Doutor José Novais Barbosa | UP 1º Secretário Prof. Doutor Joaquim Silva Gomes | ADEMEC 2º Secretário Dr. Luis Dias Ramos | ADIRA conselho fiscal Presidente Eng. José Abreu Teixeira | Salvador Caetano Relator Prof. Doutor António Torres Marques | UP Vogal Dr. Rafael Campos Pereira | AIMMAP Associados Sócios Fundadores do INEGI − UP - Universidade do Porto − AIMMAP - Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal − APGEI - Associação Portuguesa de Gestão e Engenharia Industrial − ADEMEC - Associação dos Antigos Alunos do Departamento de Engenharia Mecânica da UP Sócios Efectivos − ADIRA - A. Dias Ramos, Máquinas e Ferramentas, Lda − ALCO - Indústria de Óleos Alimentares − ARTAME - Indústria Metalúrgica, SA − A. Silva Matos - Metalomecânica, SA − BPN - Banco Português de Negócios, SA − CIFIAL - Centro Industrial de Ferragens, SA − CIN - Corporação Industrial do Norte, SA − CITEVE - Centro Tecnológico das Industrias Têxtil e do Vestuário de Portugal − ENERNOVA - Novas Energias, SA − FEUP - Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto − FERESPE - Fundição de Ferro e Aço, Lda − FUCHS - Lubrificantes, Lda − INETI - Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, IP − PALVIDRO - Plásticos Reforçados da Bairrada, Lda − PLASTIDOM - Plásticos Industriais e Domésticos, Lda − QUINTAS & QUINTAS - Condutores Eléctricos, SA − SALVADOR CAETANO – Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, SA − SONAE Indústria, SGPS, SA − VIDROPOL - Estratificados de Fibra de Vidro, SA − VULCANO - Termo Domésticos, SA 11 Estrutura Organizativa A estrutura organizativa do INEGI é do tipo Matricial. Tem na sua base um conjunto de unidades especializadas por tipo de área científica e tecnológica, suportando a actividade de investigação. Transversalmente a estas funciona a actividade de Inovação e Transferência de Tecnologia e Consultoria Cientifica e Tecnológica direccionada ao desenvolvimento de soluções para as empresas. Esta estrutura organizacional revela-se particularmente ajustada a projectos de desenvolvimento de produtos e processos cuja complexidade tecnológica requer cada vez mais a integração de conhecimentos e competências multidisciplinares. Cinco das suas áreas de Investigação estão agrupadas em duas unidades de Financiamento Plurianual no âmbito da Fundação para a Ciência e Tecnologia. 12 Participações em empresas — OPT – Optimização e Planeamento de Transportes, SA — IDEIAS AVANÇADAS - Transferência de Tecnologia e Inovação, SA — MERCATURA – Tecnologia de Informação, Lda — SRE – Soluções Racionais de Energia, SA — PROTOCLICK – Tecnologia de Componentes para Moldes, Lda Recursos Humanos O quadro de colaboradores do INEGI é actualmente constituído por 164 pessoas, das quais, 53 são colaboradores a tempo parcial provenientes da universidade ao abrigo de protocolos estabelecidos entre o INEGI e a respectiva universidade. Uma parte significativa dos colaboradores universitários desenvolve a sua actividade de investigação nas instalações do INEGI. Dos restantes 111, colaboradores cerca de 58% são contratados e os outros 42% desenvolvem a sua actividade em projectos de I&D ao abrigo de contratos de Bolsas de investigação. 64 Contratados 36 Bolseiros de Investigação 53 Colaboradores Universitários 4 Colaboradores Pontuais 5 Estagiários 2 Outras Bolsas 164 TOTAL O INEGI possui três categorias principais de colaboradores que dão resposta às necessidades do Instituto nas áreas fundamentais de actividade: Investigação, Inovação e Transferência de Tecnologia sob contrato, Consultoria Científica e Tecnológica e Formação. O quadro de contratados garante uma dinâmica de resposta adequada às necessidades das empresas e os Bolseiros de Investigação suportam a actividade nos projectos de investigação sob orientação dos quadros contratados ou dos colaboradores universitários. Os colaboradores universitários são, na sua maioria, docentes no DEMEGI (Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Contudo, o INEGI conta também com a participação regular de colaboradores universitários de outros departamentos da FEUP, de outras faculdades da Universidade do Porto (UP) e de outras Universidades e Institutos Politécnicos. O INEGI acolhe ainda alunos finalistas de cursos superiores ou tecnológicos para a realização de estágios curriculares ou profissionais, sendo integrados em projectos de I&D ou nas actividades laboratoriais de suporte à actividade de I&D. Os colaboradores do INEGI são na sua maioria quadros superiores. Em segundo lugar aparece a categoria de técnicos qualificados. A média de idades dos colaboradores do INEGI é de 36,5 anos. Se excluirmos, os colaboradores universitários a média desce para 32 anos, resultado do grande número de jovens investigadores que iniciam a sua carreira profissional no INEGI. O Instituto funciona também como plataforma de lançamento de técnicos superiores para a indústria, sendo esta mais uma forma de consubstanciar a sua missão. 13 3% Distribuição por Categoria Profissional 9% 8% Administrativos Técnicos de Laboratório/Oficinas Quadros Superiores 80% Estagiários 6% Habilitações Académicas 12% 31% 1% Doutoramento Mestrado Especializações Licenciatura Bacharelato 10% 34% 12º Ano Secundário/Básico 6% 7% Gráfico Etário 14 24% 42% 19|23 24|28 29|33 34|38 16% 39| 11% Tipos de Contrato 3% 3% 1% 39% 33% Contratados Bolseiros de Investigação Colaboradores Universitários Colaboradores Pontuais Estagiários Outras Bolsas 21% Origem dos Conhecimentos Na sua origem, o INEGI tinha como principal fonte de conhecimento o DEMEGI da FEUP. Esta fonte de conhecimento ainda hoje se mantém como uma das principais, mas agora alargada a outros departamentos e a outras organizações de investigação e ensino superior com as quais o Instituto mantém relações de colaboração. Esta ligação umbilical à UP permite ao INEGI estar permanentemente actualizado em termos de conhecimento nas áreas que suportam a sua actividade. Parte dos colaboradores universitários desenvolvem a sua actividade de investigação no INEGI constituindo, assim, mais uma fonte de criação de conhecimento. Com o desenvolvimento do Instituto ganharam importância crescente as fontes próprias de criação de conhecimento explicito e tácito, que são hoje uma parte essencial na vida do INEGI. Esse conhecimento é adquirido por várias vias, nomeadamente: — O conhecimento acumulado dos colaboradores do quadro próprio do Instituto, parte deles com cerca de dez anos de actividade de I&D direccionada para a indústria. O contacto destes colaboradores com o meio industrial permitiu e permite, no dia a dia, adquirir um conhecimento da realidade industrial que constitui um património inestimável ao serviço da missão do INEGI; — Acções estruturadas para aumentar o conhecimento da realidade do tecido industrial. O INEGI tem um contacto muito estreito com a indústria através dos projectos de desenvolvimento realizados com as empresas de vários sectores, o que constitui um importante meio de geração de conhecimento sobre a indústria. Para além deste contacto resultante da sua actividade regular, o INEGI tem realizado acções estruturadas com vista a aumentar o conhecimento de determinados sectores, para depois poder adaptar a sua oferta de serviços de investigação e desenvolvimento às especificidades desses sectores alvo; 15 16 — Formação contínua dos seus colaboradores. Os quadros do INEGI continuam a sua formação através da realização de cursos de especialização, mestrados e doutoramentos permitindo assim reforçar continuamente os conhecimentos científicos e tecnológicos; — Participação em projectos de Investigação e Desenvolvimento de âmbito nacional. Decorrem permanentemente dezenas de projectos de I&D financiados pelas entidades públicas de apoio à investigação e desenvolvimento, designadamente o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o Ministério da Economia e Inovação, e a CCDR-N (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte). Estes projectos são um meio de excelência para a produção de conhecimento científico e tecnológico bem como para o desenvolvimento de competências. — Participação em projectos de Investigação e Desenvolvimento europeus. Outra importante fonte de conhecimento, nomeadamente no que respeita ao conhecimento do estado de desenvolvimento científico e tecnológico à escala europeia é através da participação em projectos europeus; — Colaboração regular com organizações representativas da indústria. Permite ter uma visão clara e actualizada dos principais desafios e necessidades do tecido industrial nacional. Permite também fazer uma avaliação do estado de desenvolvimento da indústria nas várias vertentes e assim melhorar a capacidade de enquadrar as acções do INEGI num quadro global bem caracterizado; — Cooperação com outras Instituições nacionais em projectos de investigação e desenvolvimento (CATIM, CITEVE, INESC, INETI, LIP, etc.). A cooperação com outras Instituições revela-se particularmente profícua em termos de aquisição de conhecimento complementar e de partilha de experiências; — Cooperação com entidades públicas de promoção da investigação, desenvolvimento e inovação em estudos de diagnóstico e definição de estratégias e programas operacionais de promoção da ID&I e Inovação tais como a ADI e a CCDR-N; — Através de estudos no âmbito da ciência e tecnologia, levados a cabo por Instituições privadas ou públicas de âmbito regional, nacional ou europeu. A Comissão Europeia, o Estado Português, através dos seus organismos próprios, e as autoridades locais produzem regularmente estudos de diagnóstico, estratégicos e prospectivos na área da ciência, tecnologia e inovação. Estes estudos são de extrema utilidade e constituem também uma importante fonte de conhecimento. Há ainda diversos canais de divulgação e promoção da Inovação e Transferência de Tecnologia que permitem a troca de informação e de experiência que também são uma fonte de conhecimento muito útil; — Visitas e participações em feiras. O INEGI mantém uma política de participação regular em feiras industriais e de inovação tecnológica nas áreas relacionadas com a sua actividade como forma de avaliar o “estado da arte” de desenvolvimento tecnológico e estabelecer contactos com empresas; — Presença em conferências, congressos e seminários, quer na posição de assistentes, quer em muitos casos como entidade organizadora, quer como entidade apresentadora de comunicações. Este tipo de eventos é um excelente meio de manter a Instituição bem enquadrada com toda a actividade de I&D que está em curso em determinada área e como forma de estabelecer um quadro prospectivo. 17 Áreas de Competência 18 A capacidade de resposta do INEGI, no desenvolvimento de soluções para a indústria, está suportada num conjunto alargado de competências ligadas à área da Engenharia Mecânica e Gestão Industrial e à inovação de produtos e processos. Sempre que necessário, incorpora competências externas, numa lógica de complementaridade, por via da participação de quadros de outros departamentos da FEUP, de outras faculdades da UP ou de outras Instituições de investigação e ensino superior. Frequentemente realiza parcerias com outras Instituições de I&D complementares em termos de competências. O Instituto cultiva estas parcerias uma vez que a crescente complexidade tecnológica das soluções exige a integração de diversas áreas científicas e tecnológicas e em muitos casos é nesta linha que se encontram soluções distintamente inovadoras. Na sua relação com as empresas normalmente são criadas equipas de projecto com participação de quadros das empresas de modo a maximizar a partilha de conhecimento. Ligadas à oferta ao tecido industrial, tem-se vindo a desenvolver competências fundamentais para uma economia baseada na inovação e na intensidade tecnológica dos produtos e processos, tais como auditorias tecnológicas e gestão da inovação, quer ao nível das empresas, quer ao nível de agregados de maior dimensão como o sectorial ou regional. A produção de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias que incorporam a oferta do INEGI são suportados pela actividade de um conjunto de unidades científicas e tecnológicas cobrindo praticamente todas as especialidades da Engenharia Mecânica e Gestão Industrial. Seguidamente apresenta-se uma listagem das principais competências de base da Instituição e da oferta no âmbito de projectos de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (ID&I). Quadro de Competências e Oferta de ID&I oferta de ID&I Projectos de Investigação no âmbito da Engenharia Mecânica e Gestão Industrial Projectos de Engenharia e Desenvolvimento de Produtos Projectos de Desenvolvimento de Novas Tecnologias Aplicadas a Produtos ou Processos de Produção. Projectos de Transferência de Tecnologia Auditorias Tecnológicas e Identificação de Áreas de Inovação Tecnológica Auditorias Energéticas e Desenvolvimento de Soluções Energeticamente Eficientes Auditorias Ambientais e Desenvolvimento de Soluções Consultoria Tecnológica na Área da Energia Eólica Serviços de Prototipagem Rápida Ensaios de Reacção ao Fumo e Fogo Formação Especializada Desenhada à Medida competências científicas e tecnológicas Análise de Vibrações e Ruído Análise Experimental de Tensões e Ensaios não Destrutivos Automação Industrial, Instrumentação e Controlo Combustão Desenho Técnico Energia e Térmica Industrial Energias Renováveis Gestão de Energia Gestão Industrial Integridade e Simulação Estrutural Materiais e Estruturas Compósitas Materiais Metálicos e Revestimentos Mecânica Experimental Medição e Tratamento de Efluentes Industriais Metodologias e Ferramentas de Desenvolvimento de Produto Novas Tecnologias de Fundição Projecto Mecânico Prototipagem Rápida e Fabrico Rápido de Ferramentas Reacção dos Materiais ao Fumo e Fogo Simulação de Desempenho de Produtos e Sistemas Simulação Processos de Fabrico Tecnologias de Conformação Plástica Tribologia e Manutenção Industrial O INEGI é ainda Organismo de Normalização Sectorial (ONS) para a área do Desenho Técnico (CT1) e Elementos de Ligação (CT9). Como ONS realiza actividade em duas vertentes principais: elaboração de versões portuguesas de normas europeias e internacionais e colaboração no projecto de novas normas. 19 Meios de Suporte à Actividade Para além dos recursos humanos, sem dúvida o melhor activo da Instituição, o INEGI possui um conjunto muito completo de outros meios para suportar a sua actividade, nomeadamente laboratórios de apoio ao trabalho experimental, oficinas para desenvolvimento de componentes e pré-séries e um vasto conjunto de ferramentas informáticas para o trabalho de projecto como sejam CAD 3D (Computer Aided Design), que é de facto uma ferramenta base na área da Engenharia Mecânica e disponível em todos os postos de trabalho, CAE (Computer Aided Engineering), ferramentas de simulação estrutural, IDEAS, COSMOS, ABACUS etc., e simulação de processos, MOLDFLOW (Injecção de Plásticos), PROCAST (Fundição) e uma aplicação específica para conformação plástica. Laboratórios 20 — Metrologia — Ensaios Mecânicos — Ensaios de Conformação Plástica — Prototipagem Rápida — Tribologia e Manutenção Industrial — Materialografia — Óptica e Mecânica Experimental — Combustão — Pilhas de Combustível — Ensaio de Peças em Compósito — Energia Eólica — Caracterização Ambiental (acreditado pelo IPAC) — Reacção ao Fumo e Fogo (acreditado pelo IPAC) Ferramentas computorizadas — CAD (Computer Aided Design) 3D: modelação em sólidos e superfícies avançadas, SOLIDWORKS, UNIGRAPHICS e CATIA — CAM (Computer Aided Manufacturing): UNIGRAPHICS e MasterCAM — CAE (Computer Aided Engeneering): simulação estrutural linear e não linear, IDEAS, COSMOS, ABAQUS — Simulação de processos de produção: Injecção de Polímeros – MOLDFLOW, processos de fundição PROCAST, e uma aplicação própria para processos de conformação plástica. Meios oficinais para o desenvolvimento e fabrico de pré-séries — Fundição — Trabalho de metais em chapa — Maquinagem CNC por arranque de apara — Materiais compósitos CArACTErIZAÇÃo DoS CLIENTES Por força do seu domínio científico e tecnológico, o INEGI tem uma intervenção horizontal à maioria dos sectores industriais. Quase todas as indústrias têm processos do âmbito da Engenharia Mecânica e Gestão Industrial. O Instituto aparece, contudo, com maior expressão em sectores mais intensivos em competências da esfera da Engenharia Mecânica, tais como o sector da Metalomecânica, Automóvel, Aeronáutica e Espacial, bens de Equipamento, Transportes, Energia e Ambiente. A sua intervenção tem-se estendido a outros sectores, embora com menor peso, tais como os das Madeiras e Mobiliário, Têxteis e Calçado, Defesa, Construção Civil, Química, Petroquímica e Cortiça e Derivados. Durante 2005 recorreram aos serviços do INEGI um total de 339 Clientes, valor 6% superior ao do ano de 2004. Uma Análise mais detalhada da base de Clientes permite notar alguns aspectos importantes, que estão aliás em consonância com as orientações estratégicas seguidas nos últimos anos: — O maior cliente foi a Agência Espacial Europeia o que resulta do esforço que o Instituto tem vindo a fazer para dinamizar a actividade no sector Aeronáutico e Espacial; — Um grupo significativo dos 30 maiores Clientes contratou o INEGI para desenvolver produtos, equipamentos ou tecnologias de produção em diversos sectores como o da energia, pilhas de combustível, transportes, fabrico de componentes para as indústria automóvel e electrodomésticos; — Outro grupo significativo de Clientes procurou o INEGI para a obtenção de Consultoria Científica e Tecnológica na área da Energia Eólica. Esta é uma área com grande expressão no volume de actividade do INEGI e que manifesta ainda um elevado potencial de crescimento; — Cerca de dois terços dos Clientes proporcionaram um volume de receitas individual abaixo dos 3.000 euros, resultado de uma grande procura por pequenos serviços 21 de Consultoria, sobretudo na área do Ambiente; — A maioria dos clientes são pequenas e médias empresas industriais ligadas aos sectores metalúrgicos e metalomecânicos; — Do ponto de vista geográfico, a maioria dos Clientes está sedeada a Norte do Mondego. Na vertente de contratos de Investigação e Desenvolvimento em parceria com empresas, co-financiados pelos programas nacionais, nomeadamente os promovidos pela FCT e pelo PRIME, e europeus, no âmbito do 6º Programa Quadro, de apoio à Investigação e Desenvolvimento, o INEGI tem em curso dezenas de projectos, que contribuem para cerca de 40% do seu volume de negócios. Finalmente, na vertente de Formação Especializada, e após uma reorientação da actuação do Instituto neste domínio, assistiu-se a um aumento da actividade, embora se mantenha ainda sem grande expressão em termos de volume de receitas. 22 Gráfico ABC Clientes Os 30 maiores clientes do INEGI - 2005 ESA - European Space Agency Vulcano - Termo Domésticos, SA Enernova - Novas Energias, SA STCP - Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, SA Enercon, GmbH Empreendimentos Eólicos do Vale do Minho, SA Fundação Minerva SRE - Soluções Racionais de Energia Zollern & Comandita Catim - Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica Aream - Agência Regional da Energia e Ambiente da R. A. da Madeira Caetanobus - Fabricação de Carroçarias, SA Microprocessador - Sistemas Digitais, SA Parque Eólico do Outeiro, Lda Gamesa Energias Renovables, SA APDL - Administração dos Portos do Douro e Leixões Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro SIIF Énergies (Portugal) Generg Ventos do Caramulo, Energias Renováveis, Lda Ehatb - Empreendimentos Hidroelectricos do Alto Tamega e Barroso, SA Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Eólica do Centro, Empreendimentos Eléctricos, Lda Universidade de Aveiro Inapal Plásticos, SA Santos Barosa Vidros, SA Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal Continental Mabor - Indústria de Pneus, SA Empreendimentos Eólicos da Espiga, SA Gamesa Energia (Portugal), SA EDP Produção EM - Engenharia e Manutenção, SA 23 24 Actividade de iD&I 25 Dada a quantidade e diversidade de projectos em que o INEGI está envolvido não é pertinente apresentar uma lista exaustiva de todos os que estão em curso. Optou-se, assim, por uma apresentação de um conjunto de projectos de ID&I que são representativos da actividade do Instituto. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL A área do Desenvolvimento Sustentável é uma área com grande peso na actividade do INEGI. Neste âmbito, o INEGI possui, para além dos projectos de Investigação e Desenvolvimento, os seguintes serviços de consultoria científica e tecnológica: 26 — Caracterização de efluentes industriais, consultoria ambiental e desenvolvimento de soluções para o tratamento ou para eliminação/minimização das emissões nocivas; — Medição de ruído; — Avaliação das condições ambientais em postos de trabalho; — Gestão de Energia e Ambiente; — Energias renováveis e Pilhas de Combustível. Seguidamente faz-se uma apresentação mais detalhada da actividade realizada nesta área. Laboratório de Caracterização Ambiental Nas áreas da caracterização de efluentes industriais, medição de ruído e avaliação das condições ambientais em postos de trabalho, bem como da consultoria ambiental, o INEGI dispõe de um serviço bem consolidado. Possui um Laboratório Acreditado pelo IPAC – Instituto Português de Acreditação, de acordo com a norma NP EN ISO/IEC 17025, no âmbito dos ensaios de avaliação do ruído e dos efluentes gasosos, que dá suporte aos projectos de I&D nesta área e à actividade de caracterização dos efluentes e medição de ruído. Esta actividade registou uma diminuição da procura em 2005 devido ao facto dos serviços de medição de efluentes gasosos se estarem a tornar comuns com o aparecimento de empresas privadas a operar neste ramo. Relativamente aos diversos ensaios efectuados pelo laboratório, foram elaborados aproximadamente 250 trabalhos, dos quais cerca de 90% correspondem a avaliações efectuadas a efluentes gasosos. É de realçar a realização de trabalho de campo correspondente a 530 análises de compostos orgânicos voláteis, 320 de óxidos de azoto e monóxido de carbono, 260 de partículas e 40 de metais. Gestão da Energia e Ambiente Esta área de serviços de consultoria foi criada no final de 2004 e regista já um volume de actividade significativo. É uma área em crescimento, em oposição à diminuição dos serviços de medição de efluentes gasosos. Compreende a consultoria na área da gestão da energia e ambiente e que pretende dar resposta ao tecido industrial ao nível da consultoria, auditoria e desenvolvimento de soluções de base tecnológica. Foram realizados estudos, projectos e trabalhos de consultoria dos quais destacamos os seguintes: — Medição da velocidade vertical do ar no interior duma “hotte”, de acordo com a norma ISO 3795; — Determinação das características de combustão dos materiais interiores dos veículos de estrada, tractores, e maquinaria para a agricultura e floresta; — Levantamento da situação ambiental na empresa AMTROL ALFA, Metalomecânica, SA, e início da colaboração na implementação do seu Sistema de Gestão Ambiental; — Estudo para verificar em que medida o tempo de permanência de sílica na Zona de Mistura afecta a concentração de etanol na Zona de Retenção da Misturadora da empresa CONTINENTAL MABOR - Indústria de Pneus, SA; — Estudo com objectivo da determinação da altura das chaminés da empresa SOCIEDADE COMERCIAL C. SANTOS, Lda (Unidades do Porto e da Maia); — Início da colaboração com a AIMMP - Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal para a realização de diagnósticos ambientais e planos de melhoria de eco-eficiência em quatro empresas desse sector. O trabalho consiste no levantamento da situação ambiental e energética (Fase 1), elaboração de planos de melhoria (Fase 2), tendo em conta as constatações da fase anterior e acompanhamento 27 28 desses planos de melhoria (Fase 3) em cada uma das empresas. Durante o ano de 2005 foi realizada a Fase 1. — Realização de auditoria Técnica ao Laboratório das emissões gasosas da empresa AMBIENTE GLOBAL - Serviços Ambientais, Lda (Tondela), no âmbito da Norma NP EN ISO/IEC 17025. Participação em Projectos e Acções de Formação Iniciou-se em 2005 a participação no projecto PRERESI - Prevenção de Resíduos Industriais. Este projecto é promovido pelo INR (Instituto Nacional de Resíduos) e pelo INETI, e tem como objectivo global contribuir para o lançamento das condições básicas que permitam a redução da quantidade e da perigosidade dos resíduos gerados pela actividade industrial. O projecto desenvolve-se, no essencial, através de um conjunto de acções de sensibilização empresarial, de actividades de formação e de demonstração, e da criação de mecanismos que facilitem e fomentem a cooperação entre as empresas, associações empresariais, entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional e administração pública. A contribuição do INEGI prende-se essencialmente com colaboração num estudo de caso de uma empresa do Sector da Metalomecânica, a realizar em 2006. Em 2005, foi necessária a participação em acções generalistas e do sector em questão, para a formação de peritos aptos à realização do estudo de caso. A área do Ambiente participou no Módulo de Poluição Atmosférica e Tecnologias de Ambiente do Curso de Especialização em Qualidade Ambiental (AESBUC – ETGI). Esta participação consistiu numa apresentação, na Escola Superior de Biotecnologia, intitulada “Caracterização de efluentes gasosos”, e acompanhamento de uma visita de estudo dos formandos às nossas instalações laboratoriais. Formação Interna Em 2005 foi feito um investimento significativo na melhoria das competências dos quadros da área do Ambiente, designadamente nas seguintes áreas: — Recolha de Dados na Acústica; — Aplicação da Legislação Ambiental; — Peritagem e Prevenção de Resíduos Industriais – Acção generalista realizada no âmbito do projecto PRERESI; — Peritagem e Prevenção de Resíduos Industriais – Acção sectorial da Metalurgia e Metalomecânica, realizada no âmbito do projecto PRERESI; — Peritagem e Prevenção de Resíduos Industriais – Acção sectorial da Madeira e do Mobiliário. Outras Actividades Os quadros da área do Ambiente realizaram outras actividades no âmbito da sua missão, das quais se destacam as seguintes: 29 — Participação na Comissão Técnica das Emissões Gasosas; — Participação na Comissão Técnica do Ruído; — Participação no Ensaio Interlaboratorial de Emissões Gasosas promovido pela RELACRE, Junho de 2005; — Auditoria da Qualidade ao Laboratório de Caracterização Ambiental, no âmbito da Norma NP EN ISO/IEC 17025. Pilhas de Combustível Fonte de alimentação de Pilhas de Combustível HW 125 O INEGI está inserido numa parceria dinamizada pala SRE - Soluções Racionais de Energia, SA, que inclui também o INETI - Instituto Nacional de Engenharia Tecnologia e Inovação, para desenvolvimento de fontes de alimentação baseadas em pilhas de combustível e soluções para a contentorização e distribuição do hidrogénio. Em 2005, desenvolveram-se fontes de alimentação de baixa potência (até 500W) baseadas em pilhas de combustível para alimentação de sistemas portáteis e móveis. Ao cabo de três anos de trabalho foi lançado pela SRE o primeiro produto no mercado global, uma fonte de alimentação de 100W designada HW125. Na sequência dos investimentos realizados numa infra-estrutura laboratorial, iniciaram-se em 2005 dois mestrados nesta área. 30 No final do ano retomou-se o trabalho no âmbito de duas candidaturas para financiar actividade de Investigação e Desenvolvimento na área das Células de Combustível e do Hidrogénio, a saber: — PROH2 – projecto para o desenvolvimento de soluções de fornecimento de hidrogénio utilizando hidretos químicos e metálicos; — EDEN – projecto para a dinamização da sociedade do hidrogénio com objectivos ao nível da contentorização e distribuição do hidrogénio, bem como na promoção e demonstração desta tecnologia. Energia Eólica O contributo do Instituto neste domínio é já vasto e reconhecido, tendo tido um papel relevante no atingir da meta dos 1000 MW instalados em Portugal em 2005. Consultoria A primeira actividade do INEGI para clientes no sector da Energia Eólica é ao nível da realização de campanhas de medição das características do vento. Nesta vertente o INEGI tem prosseguido o desenvolvimento desta actividade, tendo já instalado um total de mais de 380 estações de medição das características do vento mantendo actualmente quase 180 em operação. Em 2005, por força da diversificação da actividade, foram realizados diversos tipos de estudos, correspondendo a um total de 268 trabalhos no sector da Eólica. Destes trabalhos, 103 reportam a campanhas de medições enquanto que os restantes 165 reportam a actividade de consultoria. Actualmente a actividade de consultoria está dividida em duas grandes áreas: — Consultoria destinada a apoiar tecnicamente promotores e fabricantes em todo o processo conducente à criação de Parques Eólicos – estudos preliminares, estudos de recurso eólico, estudos de apoio a promotores no lançamento de concursos, estudos de apoio a fabricantes na resposta a concursos e ainda auditorias a estudos de recurso eólico. — Consultoria destinada à verificação das condições de operação de Parques Eólicos – verificação das garantias de produção e medições da curva de potência de aerogeradores. A realização de duas Auditorias para a empresa GAMESA, respeitante a dois Parques Eólicos em Espanha (Parque Eólico “A Farrapa I” e Parque Eólico de “Pena Revolta”) consubstancia o esforço de internacionalização que tem sido feito nesta área. 31 Medição da Curva de Potência Vento Vento Torre Temporária Vento Torre de Re ferência Velocidade do vento Velocidade e Potência 2500 20 P o tê ncia e lé ctrica 32 V e lo cid a d e do v e nt o 2000 16 ] kW [ 1500 12 1000 8 Potência eléctrica 500 4 0 0 Velocidade do vento [m/s] Direcção do vento 200307010000 200307052150 200307101940 200307151730 200307201520 200307251310 200307301100 250 0 200 0 ]] kW [ 150 0 100 0 50 0 Potência eléctrica 0 -50 0 0 2 4 6 8 10 12 14 V e l o c i d a d e d o v e n to à a l tu r a d o r ó to r 16 18 [ m / s] 20 22 24 Projectos de Desenvolvimento Tecnológico A este nível o INEGI desenvolveu metodologias destinadas ao acompanhamento de Parques Eólicos através da verificação de garantias de produção e concluiu em 2005 os primeiros trabalhos de aplicação das mesmas. Este trabalho de aplicação do desenvolvimento de competências criadas internamente permitiu ao INEGI desenvolver serviços que ampliam a sua intervenção para além dos estudos e durante a vida útil dos parques Eólicos. Projectos de Investigação Em 2005 foi elaborada uma candidatura ao programa ALTENER designada COMSITE, envolvendo diversas instituições relevantes do sector, tais como o RISOE, o CENER, VECTOR, CRES e a própria FEUP, entre outras. O projecto tem como objectivo aumentar o conhecimento sobre o comportamento do escoamento atmosférico em terreno complexo, uma vez que os locais mais apropriados para a expansão da área da Energia Eólica são terrenos complexos. Prevê-se realizar em Portugal a monitorização detalhada, em terreno complexo, das características do vento, e seu tratamento para posterior aferição dos modelos de escoamento atmosférico em terreno complexo. “Cluster” Eólico em Portugal O INEGI tem colaborado activamente no trabalho preparatório de um grupo alemão para a instalação em Portugal de uma unidade de construção de componentes para aerogeradores eólicos. Tem também participado nos estudos prévios que o mesmo grupo tem vindo a realizar para a eventual instalação de um centro de I&D em Portugal. Será dado todo o contributo possível para que estes projectos de grande relevância para o nosso País se concretizem. O INEGI estará também fortemente empenhado em cooperar em todas as acções que visem criar um “cluster” eólico em Portugal. 33 DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS E EQUIPAMENTOS 34 As competências em Engenharia e Desenvolvimento de Produto são consideradas pelo INEGI como essenciais para concretizar a mudança do modelo competitivo da indústria nacional. Nos últimos anos, o INEGI tem vindo a desenvolver, de forma consistente, esta área na vertente de engenharia e em áreas relacionadas com a gestão e organização da actividade de desenvolvimento de produto numa empresa, não só como instrumento de inovação, mas também de planeamento estratégico, metodologias estruturadas, gestão de projectos e articulação da actividade com as outras áreas funcionais da empresa. Outra vertente muito importante a que se tem dado particular atenção é a vertente das ferramentas de suporte à actividade de desenvolvimento de produto como sejam as ferramentas para modelação, CAD – “Computer Aided Design”, ferramentas para dimensionamento estrutural, CAE – “Computer Aided Engineering”, e ferramentas para simulação de processos de produção. Outras ferramentas cada vez mais relevantes para a diminuição dos tempos de desenvolvimento e facilitar a colaboração entre empresas são as ferramentas de suporte ao desenvolvimento de produto em ambiente distribuído e colaborativo, engenharia simultânea, gestão de informação de produto e prototipagem virtual. As capacidades na área da Engenharia e Desenvolvimento de Produto, associadas às capacidades na área da prototipagem rápida, simulação de processos e fabrico de protótipos, fazem do INEGI uma Instituição com capacidades ímpares nesta área. A área do Desenvolvimento de Produto é uma das áreas de excelência de trabalho do INEGI. Vários produtos estão no mercado com a colaboração do INEGI, tendo sido desenvolvidos numa lógica de parceria com as empresas clientes. De entre as muitas empresas com que o INEGI teve a satisfação de colaborar no desenvolvimento de novos produtos contam-se a VULCANO, EFACEC – Energia, MICROPROCESSADOR e a AMTROL ALFA. Apresentam-se de seguida os projectos mais relevantes nesta área. Desenvolvimento de um equipamento de mamografia utilizando tecnologia PET Um projecto que se iniciou em 2004 e que teve continuidade em 2005 é o Projecto PET. Este projecto consiste no desenvolvimento de um equipamento de mamografia utilizando tecnologia PET - “Positron Emission Tomography”. Trata-se de um projecto promovido pela TAGUSPARQUE – Sociedade de Promoção e Desenvolvimento do Parque de Ciência e Tecnologia da Área de Lisboa e co-financiado pela ADI – Agência de Inovação. O Projecto é desenvolvido por um consórcio que, além do INEGI, envolve o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, Hospital Garcia da Orta, Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e o INESC Inovação. O consórcio conta, ainda, com a colaboração do CERN – Centro Europeu de Pesquisa Nuclear, na área da tecnologia de detecção dos fotões. O Projecto PET-Mamografia tem como finalidade desenvolver um equipamento que melhore, de forma significativa, a capacidade de detecção de cancro de mama em comparação com os sistemas actualmente existentes. O INEGI é responsável pelo projecto e montagem do sistema robótico, pela componente mecânica dos detectores PET e respectivo sistema de controlo de temperatura, assim como a integração no equipamento dos componentes desenvolvidos pelos parceiros. Em 2005 conclui-se o projecto do equipamento, estando agora em curso a sua construção. No segundo semestre do presente ano serão iniciados os ensaios clínicos. No último trimestre de 2005 a parceria iniciou o trabalho com vista a garantir a continuidade na actividade de I&D nesta área, designadamente a realização de uma nova candidatura para o co-financiamento de projectos e a definição de uma estratégia para a comercialização da tecnologia desenvolvida com o primeiro projecto. 35 Desenvolvimento e implementação de um sistema de travões de emergência para os eléctricos do Porto s 36 Este projecto teve como objectivo melhorar a capacidade de travagem dos Carros Eléctricos Históricos em condições de aderência precária. Nessas condições é frequente verificar-se o bloqueio das rodas com consequente diminuição da força de travagem originando o descontrolo do veículo. Tal situação é particularmente grave e frequente em descidas. Pretendeu-se a resolução deste problema em diferentes modelos, tendo o INEGI iniciado o projecto e implementação pelos modelos mais comuns, Brill 21E, mais conhecido por Brill Rígido, projectado no início do século e fabricado durante as décadas de 20 e 30. Como se pretendia adoptar uma solução de sistema de travagem pouco sensível ás condições de aderência das rodas, optou-se pelo desenvolvimento de um sistema de travagem baseado no uso de Patins electromagnéticos que atritam directamente com o Carril. Cada Patim tem uma bobine que quando percorrida por corrente eléctrica gera um fluxo magnético no seu núcleo e massas polares que se fecha pelo Carril, gerando uma força de atracção entre este e o patim, gerandddo, assim, a força de travagem. O sistema já foi aplicado nos Carros Eléctricos Nºs 143 e 216. Está prevista para 2006 a aplicação do sistema às restantes 9 unidades. Desenvolvimento de um equipamento para aproveitamento de resíduos de peles para a indústria do calçado Este projecto visa o desenvolvimento de um equipamento para o aproveitamento de sobras de peles da indústria do calçado. É um projecto de I&D em consórcio, promovido pela empresa ATIRIZ, como utilizador da tecnologia, e é co-financiado pela Agência de Inovação. Para além do INEGI, fazem parte do consórcio o CTC – Centro Tecnológico do Calçado, como parceiro de I&D, e a empresa TECMACAL que assume a responsabilidade da comercialização da tecnologia desenvolvida. O objectivo é desenvolver uma tecnologia que a partir de pequenas peças de pele cortadas das sobras das peles utilizadas no fabrico de calçado, componha uma nova peça em pele que poderá ser novamente utilizada para fabrico de calçado ou outro tipo de produtos em pele. Desenvolvimento de veículos para inspecção subaquática de cascos e monitorização do ambiente marinho Como parceiro do Laboratório de Sistemas e Tecnologias Subaquáticas (LSTS), o INEGI, através da sua Unidade de Materiais e Estruturas Compósitas, participou durante o ano de 2005 no projecto, desenvolvimento, ensaio e entrega de três novas plataformas de veículos subaquáticos: dois veículos autónomos e um outro operado remotamente. Estes projectos resultaram do retomar desta linha de actividade com a construção e entrega de um veículo cilíndrico com 1,5 m de comprimento e 0,2 m de diâmetro referenciado internamente como “nAUV” (novo AUV – Autonomous Underwater Vehicle). A conclusão e entrega do primeiro veículo conduziu a um segundo de uma outra família (“ROV” – Remotely Operated Vehicle) e a um terceiro mais pequeno (1 m de comprimento e 0,15 m de diâmetro), com uma incorporação crescente de materiais poliméricos e compósitos. Este projecto conta com o co-financiamento da Agência de Inovação. 37 Desenvolvimento de reservatórios leves para gás doméstico Apareceu com grande notoriedade em 2005 o resultado de um projecto, desenvolvido em parceria com o PIEP, para a multinacional AMTROL-ALFA. Trata-se do lançamento no mercado português de uma nova garrafa de gás doméstico pela GALP, a PLUMA. A participação do INEGI abrangeu o desenvolvimento do processo de enrolamento filamentar, o teste do comportamento do reservatório à pressão e os ensaios de vaporização. Este projecto foi galardoado com o prémio “Spirit of Conquest” do JEC Innovations Composite Awards Programme. 38 Parceria com a VULCANO para o desenvolvimento de esquentadores e processos de fabrico Projecto modelo em relação à capacidade de desenvolvimento de produto do INEGI, é a colaboração que se tem vindo a manter com a VULCANO no desenvolvimento de esquentadores. Esta colaboração envolve competências multidisciplinares, nomeadamente nas áreas da combustão, projecto mecânico, automação, instrumentação e controlo, trabalho de metais em chapa, mecânica experimental e vibrações, utilizando ferramentas computorizadas de apoio à engenharia. Envolve ainda a capacidade de construção de protótipos de peças, ferramentas e produtos para ensaios experimentais e de campo. AEROESPACIAL O INEGI tem já tradição no sector aeronáutico, especialmente na área da integridade estrutural e desenvolvimento de metodologias de projecto e dimensionamento de estruturas em materiais compósitos. Em 2005 prosseguiu a actividade nesta área, com especial destaque para a colaboração com a Agência Espacial Europeia (ESA), com a NASA e com o sector aeronáutico Europeu. Desenvolvimento de um novo sistema de travões para aviões comerciais Em 2005 prosseguiu um projecto europeu, designado por PIBRAC e que visa desenvolver um novo sistema de travões para os aviões. Este novo sistema, que constitui uma tecnologia de ruptura com os sistemas convencionais de travões de aviões, utiliza placas de cristais piezoeléctricos que, ao serem excitados por corrente eléctrica, geram a força de travagem nos discos dos travões. O INEGI é responsável pela modelação e simulação do actuador piezoeléctrico e pelo projecto do sistema completo de travagem que, para além do actuador piezoeléctrico, inclui todos os outros dispositivos mecânicos que compõem o sistema. Liderado pela empresa francesa SAGEM, o consórcio, além do INEGI, integra outras empresas e Instituições como a AIRBUS (Reino Unido); MESSIER-BUGATTI (França); Universidade de Paderborn (Alemanha); SKODA (República Checa); IMMG (Grécia); SAMTECH (Bélgica); NOLIAC (Dinamarca); BAM (Alemanha) e a A. BRITO, uma empresa portuguesa do sector das engrenagens. Foram realizados duas novas candidaturas para projectos europeus nesta área, uma das quais foi aprovada em Dezembro. Este projecto tem como objectivoo desenvolvimento de um sistema de segurança para aviões civis, contra a taques com mísseis portáteis. 39 Projecto de estudo de ligações em materiais compósitos para a ESA Terminou em 2005 um projecto desenvolvido para a ESA como “PRIME contractor” que teve como objectivos: — Desenvolver metodologias para prever o limite elástico e capacidade de carga de ligações mecânicas em materiais compósitos avançados; — Definição de capacidade de carga para uma junta mecânica em materiais compósitos avançados; — Análise da influência de temperaturas extremas na rigidez das juntas mecânicas em materiais compósitos avançados. A realização deste projecto envolveu as seguintes actividades: 40 — Ensaios mecânicos em materiais compósitos utilizando técnicas avançadas de recolha de dados, emissão acústica e correlação de imagem; — Desenvolvimento de ferramentas analíticas e numéricas inovadoras para a previsão do dano e rotura de juntas em materiais compósitos avançados; — Elaboração de um procedimento standard para o projecto e dimensionamento de juntas mecânicas em materiais compósitos avançados. Projecto de melhoramento da capacidade de carga para juntas mecânicas em compósitos avançados para a ESA Concluiu-se um projecto para a ESA no desenvolvimento de novas soluções para as ligações mecanizadas em materiais compósitos, que passou pelos seguintes objectivos: — Investigar conceitos avançados para juntas mecânicas estruturais altamente carregadas em materiais compósitos avançados; — Efectuar uma avaliação detalhada para cada conceito analisado; — Fabrico de “breadbord joint structures” para demonstração da capacidade das juntas baseadas em conceitos avançados face às juntas de projecto convencional, ambas para materiais compósitos avançados. A realização deste projecto envolveu as seguintes actividades: 41 — Aplicação de ferramentas numéricas e analíticas anteriormente desenvolvidas na avaliação de conceitos avançados para as juntas mecânicas em questão; — Estudo do impacto dos novos conceitos nos mecanismos de dano conhecidos para o tipo de ligações em questão, e identificação de novos mecanismos de dano que surjam como significativos. Projecto de colaboração com a NASA Em 2005 prosseguiu a colaboração do INEGI com a NASA para o desenvolvimento de modelos computacionais para a simulação do comportamento mecânico de materiais compósitos avançados. Os modelos computacionais desenvolvidos foram implementados no código de elementos finitos ABAQUS (utilizado pela AIRBUS, BOEING, LOCKHEED MARTIN). Os critérios de rotura desenvolvidos foram implementados no código HYPERSIZER. 42 TECNOLOGIAS NA ÁREA DOS MATERIAIS COMPÓSITOS As competências na área dos materiais e estruturas compósitas são fundamentais para o desenvolvimento de aplicações onde o factor leveza tem um peso decisivo para o sucesso dessas soluções. A Unidade de Materiais e Estruturas Compósitas tem revelado grande dinamismo, como comprovam os inúmeros projectos apresentados que envolvem estas competências, para o desenvolvimento de produtos, desenvolvimento de soluções estruturais avançadas e no desenvolvimento de novas tecnologias de fabrico. Projectos de investigação e desenvolvimento Prosseguiram ou iniciaram-se os seguintes projectos em 2005: IPFSensor Projecto de investigação que visa o estudo do impacto da fibra óptica embebida nas propriedades mecânicas de laminados em compósitos. RTPultru Projecto de desenvolvimento de sistemas de injecção de resina em fieira de pultrusão com vista à redução do impacto ambiental e dos custos do processo. Trata-se de um projecto promovido pela empresa ALTO – Perfis Pultrudidos, e co-financiado pela Agência de Inovação. RESCOMPRE Projecto de desenvolvimento de reservatórios de elevada pressão em compósitos avançados. Trata-se de um projecto de investigação em consórcio com a Universidade do Minho e a empresa VIDROPOL e co-financiado pela Agência de Inovação. Desenvolvimento e endogeneização de betões poliméricos Terminou em 2005 o projecto POE – BP que teve como objectivo o desenvolvimento e demonstração da tecnologia de betões poliméricos em ambiente industrial. 43 Veículos aéreos No âmbito da estratégia para o desenvolvimento das capacidades na área de aeronáutica, o INEGI apoiou os alunos da FEUP no projecto “Air Cargo Challenge” através da construção de peças estruturantes das aeronaves experimentais. Veleiro FEUP Durante 2005 o INEGI participou nos trabalhos de preparação conducentes ao projecto Veleiro FEUP. 44 Projectos de cooperação tecnológica com empresas Prosseguiu em 2005 a cooperação tecnológica com a empresa ALTO – Perfis Pultrudidos, para o desenvolvimento e fabrico de perfis pultrudidos. Ainda no plano da cooperação tecnológica com empresas, iniciou-se em Outubro de 2005 uma parceria com a empresa CLEVER Reinforcements, Lda, com vista ao desenvolvimento e produção de perfis pultrudidos em carbono – vinilester para o mercado de exportação da construção civil (reforço de pontes, edifícios, etc.). Desenvolveu-se em 2005 um trabalho de demonstração da ignifugação de resinas de PVC com nanomateriais. Este trabalho resultou já na colaboração informal e aproximação aos problemas da empresa, estando a traçar-se uma forma mais formal de colaboração permanente. No seguimento deste trabalho de demonstração, estão em preparação três projectos que envolvem a empresa e espera-se ter uma linha de I&D dedicada. Desenvolveram-se dois projectos demonstradores da aplicação de materiais compósitos a sistemas ópticos para máquinas fotográficas, miras e telescópios. No fim do trabalho de demonstração foram apresentados orçamentos que aguardam adjudicação. Participação em redes e comissões Materials Network for the Atlantic Arc – MNAA No âmbito da rede MNAA realizaram-se diversas actividades, a saber: dois cursos de formação, uma conferência e várias participações em reuniões de preparação de projectos. O projecto contribuiu também para a visita a um grande número de empresas do sector dos materiais. Estratégia Nacional para os Materiais Inteligentes A Unidade de Materiais e Estruturas Compósitas integra desde 2005 a comissão para a definição de uma Estratégia Nacional para os Materiais Inteligentes que definirá e proporá uma estratégia nacional e um programa de financiamento para os materiais inteligentes. 45 NOVAS TECNOLOGIAS DE FUNDIÇÃO Projecto de Desenvolvimento de tecnologia para produção de impulsores em alumínio para turbocompressores Prosseguiu em 2005 um projecto de I&D em consórcio, cofinanciado pela Agência de Inovação, para a empresa Alemã ZOLLERN & Comandita, sedeada na MAIA, que tem como objectivo final a implementação em 2006 de uma unidade industrial na Maia para produzir 1.000.000 de impulsores em alumínio para turbocompressores de automóveis. 46 O projecto compreende o desenvolvimento e implementação de um processo de fundição por contra gravidade sob vácuo em ligas de alumínio de impulsores de turbocompressores, usando a tecnologia de fundição em moldação de gesso com moldes de silicone. Para além do desenvolvimento da tecnologia de fabrico dos impulsores para turbocompressores, o INEGI está também a colaborar com a empresa na definição da nova Unidade Industrial, cuja construção está em curso. Pretende-se que já em 2006 sejam produzidos cerca de 500.000 impulsores para fornecer à multinacional americana BorgWarner (ex.: KKK na Alemanha). Ligas de Titânio O INEGI iniciou o processo interno de desenvolvimento não apoiado da tecnologia de fabrico de carapaças cerâmicas para o vazamento de ligas de titânio, em colaboração com a empresa ZOLLERN. Fruto dos excelentes resultados obtidos com o desenvolvimento do processo de fabrico de turbocompressores, a ZOLLERN, o INEGI, a BORGWARNER e possivelmente a DAIMLER CRYSLER, vão iniciar o desenvolvimento do processo de fundição de impulsores para turbocompressores em titânio, estando agendada para o início de 2006 uma reunião em Estugarda para o efeito. Outras acções na área da fundição Continuou o trabalho de promoção e divulgação do interesse da prototipagem e do CAD/CAM para ferramentas de fundição e da cera perdida para produção de protótipos junto de sectores como os das ferragens, mobiliário e fundição artística. Actividade de Formação A Unidade de Fundição e Novas Tecnologias manteve uma colaboração regular com a Universidade Lusíada na formação dos seus alunos do curso de Design Industrial. Os membros desta unidade leccionam as disciplinas de OFICINAS II e MATERIAIS E TECNOLOGIAS II. O INEGI tem também mantido uma colaboração regular com o Instituto Politécnico de Viana do Castelo, oferecendo estágios aos alunos do 5º Ano do curso de Design Industrial, na área de Prototipagem Rápida. PROTOTIPAGEM RÁPIDA E FABRICO RÁPIDO DE FERRAMENTAS Em 2005 conclui-se um projecto mobilizador em parceria com a IBEROMOLDES, parceiro líder, FERESPE, M.C. GRAÇA, SONAFI, INETI e CENTIMFE. O projecto visou o desenvolvimento de processos de fabrico rápido de ferramentas (Rapid Tooling) para injecção de plásticos, estampagem de chapa, fundição em areia e injecção de ceras, com objectivo de produzir pré-séries de peças metálicas pelo processo de cera perdida, que após aprovação serão injectadas em alumínio. Neste projecto foram desenvolvidas tecnologias de “Rapid Tooling” directas, DMLS pelo INETI e SLS pelo CENTIMFE e de Fabrico Rápido Indirecto para ferramentas de grande porte (até 1 ton) em ligas de Zinco pelo INEGI. Foi ainda abordada a tecnologia de Erosão Laser e o fabrico rápido de eléctrodos de electroerosão pelo INETI. O INEGI desenvolveu tecnologias baseadas na prototipagem rápida (LOM, SLA, SLS) para produzir ferramentas rápidas de grande porte (1m x 1m x 0,5m) em resinas poliméricas carregadas com pós metálicos, para injecção de plásticos e para estampagem de chapa. Com este projecto foi possível desenvolver novas capacidades para apoiar o desenvolvimento de produtos nos sectores da injecção de plásticos, estampagem de chapa e de desenvolvimento e produção de peças metálicas. 47 TRIBOLOGIA, VIBRAÇÕES E MANUTENÇÃO INDUSTRIAL A Unidade de Tribologia, Vibrações e Manutenção Industrial desenvolve actividade de Investigação e Desenvolvimento, no âmbito da qual tem a decorrer Teses de Mestrado e de Doutoramento, presta serviços de consultoria tecnológica à indústria e dispõe ainda de um conjunto de serviços na área dos lubrificantes, das vibrações e da manutenção industrial. Em 2005 destacam-se os seguintes projectos: Projecto SimCable 48 Este projecto tem como objectivo o desenvolvimento de um modelo de simulação do comportamento mecânico de cabos de accionamento utilizados na indústria automóvel para a empresa FICOSA Internacional. Este modelo de simulação será utilizado como ferramenta de apoio à concepção e projecto de sistemas de accionamento por cabos. No final pretende-se obter uma aplicação informática que determine os esforços envolvidos e o rendimento em transmissões por cabo, com accionamento manual ou mecânico. Esta aplicação será validada através de um extenso trabalho experimental com modelos físicos de comportamento mecânico dos cabos, nomeadamente no que diz respeito à influência dos esforços envolvidos, da geometria dos cabos, dos materiais usados e do atrito interno. Um banco de ensaios específico está a ser desenvolvido e fabricado pela FICOSA Internacional para esse fim. Pretendem-se definir os esforços e rendimentos dos cabos consoante a sua utilização para que, assim, seja possível melhorar a sua qualidade. Por exemplo, as especificidades de um cabo usado no acto de abrir uma porta são diferentes das do que é usado para ajustar um banco. Este modelo de simulação permitirá, antes do processo de fabrico, obter dados que permitam encontrar as melhores soluções para a aplicação dos cabos, aumentando, a sua qualidade e resistência. As grandes vantagens do recurso a um modelo informático que simule o comportamento mecânico dos cabos são a concepção rápida de soluções específicas com garantia de bom funcionamento, a resposta imediata na concepção da aplicação, a rápida orçamentação e a diminuição muito significativa da componente de validação experimental. Projecto EREBIO Este projecto designado por EREBIO – Emission reduction from engines and transmissions substituting harmful additives in biolubricants by triboreactive materials, visa o desenvolvimento de soluções para a aplicação de óleos lubrificantes bio degradáveis. É co-financiado pela CE através do programa GROWTH e inclui os seguintes parceiros: TEKNIKER (E), FUCHS (D), BAM (D), FALEX (B), RENAULT (F), A. BRITO (P), CRSA (F), TARABUSI (E), FERESPE (P), IAV (D) e GUASCOR (E). A substituição de óleos, tradicionais pelo novo, implica uma adaptação do material ao novo óleo. Ou seja, algumas das funções desempenhadas pelo lubrificante tradicional passam a ser desempenhadas pelo material tribo reactivo ou pelo revestimento superficial, os quais possuem propriedades auto lubrificantes e redutoras de atrito. O trabalho a ser desenvolvido visa a adaptação dos materiais aos óleos. Neste caso concreto o grande objectivo passa pela aplicação de óleos bio degradáveis e não tóxicos, acompanhado de uma melhoria do desempenho em termos de potência dissipada, melhor rendimento da engrenagem, temperatura de funcionamento mais baixa e maior longevidade do componente e do lubrificante. Os resultados deste projecto têm quatro tipos de aplicações: motores de automóveis, motores diesel pesados (marinha, estacionários), caixas de velocidades e engrenagens industriais. O trabalho do INEGI está centrado nas duas últimas aplicações. Projecto BIOMON Este projecto designado por BIOMON – Towards long-life bio-lubricants using advanced design and monitoring tools, visa não só a substituição de lubrificantes correntes, minerais ou sintéticos, por outros que sejam bio degradáveis e não tóxicos, mas também por massas lubrificantes. É co-financiado pela CE 49 através do programa GROWTH e inclui os seguintes parceiros: ROWE Mineralolwerk (D), SHUTON (E), A. BRITO (P), FERSA SA (E), MONITON (UK), e TEKNIKER (E). Direccionado apenas para as PME’s, o projecto foca-se nas áreas das engrenagens industriais, rolamentos, fusos de esferas e lubrificantes. O que se pretende é a substituição dos óleos e massas lubrificantes tradicionais pelos novos, sem que seja necessário recorrer a uma alteração da componente metálica. Para isso é necessário realizar um estudo da reacção dos materiais clássicos para definir regras de manutenção condicionada adaptadas a componentes mecânicos lubrificados com óleos e massas biodegradáveis e não tóxicos, porque com a alteração do lubrificante, os processos de degradação do material alteram-se. O que se pretende fazer é um levantamento das reacções dos materiais aos novos lubrificantes e criar regras de substituição, mudança de óleos, duração de funcionamento, etc.. 50 LOGÍSTICA Realização de um estudo no âmbito da criação de plataformas logísticas de Chaves e da Comarca do Salnés (Galiza-Espanha), com duas componentes, a saber: estudo da inventariação do tipo e características das mercadorias transportadas e estudo de definição dos circuitos de tráfego das mercadorias a movimentar nas plataformas logísticas de Chaves e do Salnés. Este trabalho permitirá analizar, avaliar e perspectivar o mercado conjunto que surge na sequência da criação das duas plataformas logísticas dos dois países, que visam rentabilizar uma localização espacial, que até ao momento era considerada periférica, e que tenderá a central relativamente à região onde exercerá influência. 51 ÓPTICA E MECÂNICA EXPERIMENTAL Desenvolvimento de estruturas planas com caracterização dinâmica de forças em 3D Está em curso na Unidade de Óptica e Mecânica Experimental do INEGI um doutoramento intitulado “Desenvolvimento de Estruturas Planas com Caracterização Dinâmica de Forças em 3D” que promete vir a revolucionar o estudo do pé diabético. A grande inovação reside na aplicação de um sensor na sola do sapato que transmitirá informações acerca do comportamento das várias zonas do pé. Segundo especialistas da área, uma em cada dez pessoas com diabetes desenvolve lesões plantares, havendo pois uma clara necessidade de melhorar a prevenção. O sensor que está a ser desenvolvido por uma investigadora do INEGI poderá vir a ser um grande aliado no diagnóstico precoce, possibilitando reparar, atempadamente, danos que poderiam vir a revelar-se irreparáveis para os doentes. Este processo de recolha de informação é efectuado em regime dinâmico, por um sistema de aquisição com capacidade para armazenar o equivalente a um dia de geração de dados. De dimensões reduzidas, o que permite incorporá-lo numa sola de sapato, o sensor monitoriza todas as forças exercidas durante os movimentos do paciente, seja em marcha moderada recta, marcha esforçada recta, variações de direcção com travagem e aceleração e em desníveis (degraus) e declives. Com as informações obtidas e devidamente analisadas, os médicos poderão ministrar o tratamento mais adequado e prevenir eventuais lesões. Numa perspectiva mais alargada, a informação gerada por este sistema traz seguramente benefícios no desenho de ortoses - pequenas “próteses” - a aplicar no sapato para corrigir a postura e colocação do pé. 52 ORGANISMO DE NORMALIZAÇÃO SECTORIAL Prosseguiu em 2005 a actividade do INEGI enquanto Organismo de Normalização Sectorial para a área do Desenho Técnico (CT1) e Elementos de Ligação (CT9). No âmbito deste Organismo, o INEGI desenvolve actividade em duas vertentes principais: elaboração de versões portuguesas de normas europeias e internacionais nas áreas do desenho técnico e elementos de ligação, e formulação de pareceres sobre normas em processo de criação ou revisão nas mesmas áreas. Desde o início da actividade como Organismo Sectorial de Normalização, que remonta a 2000, o INEGI já elaborou cerca de 100 versões portuguesas de normas na área de Desenho Técnico, que foram entretanto publicadas pelo IPQ. Na vertente de apoio aos Organismos Internacionais de Normalização, o INEGI tem participado activamente na elaboração de pareceres técnicos sobre projectos de normas e revisão de normas já existentes. LABORATÓRIO DE FUMO E FOGO O laboratório de estudo da Reacção de Materiais ao Fumo e Fogo manteve uma actividade regular ao longo de 2005 em duas vertentes principais: realização de ensaios acreditados para empresas com vista à caracterização do comportamento de materiais e produtos ao fumo e fogo e, realização de estudos encomendados no âmbito de projectos de investigação e desenvolvimento. Realizou em 2005: — 61 Ensaios acreditados — 74 Ensaios não acreditados — 72 Ensaios com subcontratação de outras entidades — 22 Ensaios no calorímetro de cone para projectos de I&D Com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, foi adquirido em 2005 um equipamento, designado por “Single Burning Item”, para ensaios integrados de reacção ao fumo e fogo de produtos de grandes dimensões, que permitirá melhorar a capacidade de resposta do Laboratório de Fumo e Fogo às necessidades do sector empresarial. Por outro lado, constitui um potencial importante para suportar a componente experimental de projectos de Investigação e Desenvolvimento. 53 FORMAÇÃO O INEGI continuou em 2005 a sua aposta na formação especializada de quadros técnicos nas áreas de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial, através da realização de acções de formação desenhadas à medida das necessidades das empresas. No ano em apreço decorreram as seguintes acções de formação: — Acção de Formação em Engenharia de Materiais — Trabalho de Metais em Chapa — Gestão da Produção Também em 2005 procedeu-se a um alargamento da oferta com a estruturação de mais três acções de formação, a saber: 54 — Prototipagem Rápida — Introdução à Mecânica de Materiais Compósitos. — Introdução ao Método dos Elementos Finitos. Procedeu-se ainda a uma campanha de divulgação da oferta de formação junto das empresas cujos resultados se devem fazer sentir em 2006. PROJECTOS Apoiados PELA FUNDAÇÃO PARA A CIÊNCIA E TECNOLOGIA - 2005 Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Análise da Resposta e do Dano de Compositos de Matriz Polimerica a Solicitações Dinâmicas Rui Miranda Guedes POCTI/EME/40048/2001 Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Computacional and Experimental Models for the Analisys of the Stability of Hip Prosthesis Mário Augusto Pires Vaz POCTI/EME/38367/2001 IDMEC, Universidade de Aveiro Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Tenacidade de Fractura Interlaminar de Materiais Compósitos Marcelo Moura POCTI/EME/38731/2001 ISEP/IPP, Universidade de Aveiro Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Impacto sobre Placas de Materiais Compósitos Aramídicos com Protecção de Argamassa Polimérica António Ferreira POCTI/EME/43228/2001 Universidade Nova de Lisboa, Escola Naval Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Desenvolvimento de Próteses para Cães António Torres Marques POCTI/CVT/42718/2001 Universidade de Aveiro, Universidade de Évora Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Previsão das Propriedades a Longo Prazo de Tubagens em Plástico Reforçado com Fibra de Vidro Rui Miranda Guedes POCTI/EME/47734/2002 Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Projecto de Juntas Coladas em Madeira Marcelo Moura POCTI/EME/45573/2002 UTAD Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Detection of Acoustic Emission in Composite Materials Using Embeded Optic Fiber Sensors António Torres Marques POCTI/EME/48574/2002 INESC-Porto Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Combustão e Transferência de Calor em Leitos Fluidizados Circulantes Carlos Pinho POCTI/EME/44300/2002 ISEP/IPP 55 Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Segmentação, Seguimento e Análise de Movimento de Objectos Deformáveis (2D/3D) usando princípios físicos João Tavares POSC/EEA-SRI/55386/2004 INEB Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Método Híbrido p Caract. Dinâm. de Estruturas Compósitas Tipo Placa e Casca sob Solicitação Impacto Fernando Ferreira POCI/EME/63236/2004 Designação do Projecto: Influência dos Parâmetros de Fabrico no Desempenho dos Sensores Ópticos Embebidos em Materiais compósitos António Torres Marques POCI/EME/62147/2004 Coordenador: Contrato: 56 Análise não Linear por Elementos Finitos de uma Nova Prótese de Anca Incorporando Propriedades viscoelásticas do cimento e do osso esponjoso. Rui Miranda Guedes POCTI/EME/44644/2002 Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Critérios de Delaminagem para Materiais Compósitos Marcelo Moura POCI/EME/57956/2004 Universidade de Aveiro, ISEP/IPP Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Concepção e Fabrico para Durabilidade usando Materiais Compósitos António Torres Marques REEQ/849/EME/2005 Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Estudo do Comportamento da Madeira e de Juntas Coladas de Madeira sobre Solicitações de Modo Misto Marcelo Moura POCI/EME/56567/2004 Universidade de Aveiro, ISEP/IPP e UTAD Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Optimização da simulação do processo de fundição José Ferreira Duarte POCI/EME/61326/2004 Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Estruturas Sandwich com Aglomerados de Cortiça: Uma Nova Solução de Controlo de Vibrações José Fernando Dias Rodrigues POCI/EME/61967/2004 Universidade de Aveiro Projectos Apoiados pela ADI - Agência de Inovação Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Fabrico Rápido de Ferramentas Rui Neto 03/162 Iberomoldes, INETI, Ferespe, MCG, Sonafi, Agiltec, Centimfe Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: PET- Desenvolvimento de tecnologia PET para Mamografia José Fernando C. Sampaio s/ nº Taguspark, Hospital Garcia da Orta, IBEB, LIP, IBILI, INESC-INOV Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Reservatórios em Compósitos para Alta Pressão António Torres Marques 70/2005/31b/00071/0013 VIDROPOL Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Desenvolvimento de Fieira de Pultrusão com Injecção de Resina Nuno Correia 13/02/03/FOR/01255 ALTO Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Sistema de Aproveitamento e Valorização dos Resíduos de Pele Gerados no Processo Fabrico de Calçado João Paulo Pereira 70/2004/3.1B/00348/0001 CTC, ATIRIZ, TECMACAL Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Processo de Produção de Impulsores Turbocompressores (Fundidos) Rui Neto 70/2006/3.1B/00072/0022 ZOLLERN & COMANDITA Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Máquina Automática para Cozinhar Alimentos a Vapor António Augusto Fernandes 70/2004/00118/295 Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Desenvolvimento e Endogeneização de Tecnologias de Betão Polimérico António Ferreira 70/2004/00116/296 Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Plano de Actividades José Sampaio 70/2005/00148/109 57 Projectos Apoiados pela CE - Comissão Europeia 58 Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Validação Experimental e Numérica de Flanges de Materiais Compósitos Conducentes a Normalização António Torres Marques G6RD-CT-2000-00259 COMTEC (D); TNO (NL), PDL (GB), TUC (D), VIDROPOL (P), FPI (NL), KIWA (NL), CETIM (F), EMPA (CH), VED (I) E UEL (GB). Designação do Projecto: Coordenador: Entidade Financiadora: Contrato: Parceiros: Thermoplastic Composites Infrastructure Co-operation Network António Torres Marques European Union, Cooperation Network HPRI-CT-2001-40029 University of Nothingham (UK), Net Composites (UK), NTUA-MDAC (EL), KEMA (NL), DLR (D), EPFL-LTC (CH), Bond-Laminates (D), TU-Delft (NL), Inasmet €, SCL (UK), NUID (IRL), IVW (D), SCO (CH), Neckelmann (DK), EPL (UK), Impala (ES) e Riso (DK). Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: The Intelligent System for NET Shape Forming of Sheet Metal Products José Ferreira Duarte G1RD-CT-2002-00682 Metal Forming Institute (PL), Societe d’Emboutissage Precis (F), Auto Tools Warszaw Company Limited (PL), S.C. Aerostar (RO), World Machinery Works (RO), P.J. Ferramentas (P), Wroclaw Univ. of Technology (PL), University of Savoie (F), University of Bacau (RO) Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: The European Virtual Tribology Institute Jorge Seabra G7RT-CT-2001-05062 VITO (B), VTT (F), ULJUBL (S), TEKNIKER (E), NPLM (UK), BAM.MZP (G) Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Networked Centre of Excellence in Materials for the Economic Development of the Atlantic Area António Ferreira 042 University of Exeter (UK), Universidad de Salamanca (E), Universidade de Aveiro (P), University of Limerick (I), Instituto Pedro Nunes (P), ENSCI (L), ICAM (F) Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Fuel Cell Testing and standardisation Network José Luis Alexandre ENG2-CT-2002-20657 VDI (G), EUAAS, LIST.RICPS, VITO.ET, ARMINES (F), ENSMP.CENERG, DASL, FZJ.IWE, RWTH.VKM, Technische Hochschule, INTA.ER, CIEMAT.CTF, VTT.PROC, UPER.INGIN, CNR.ITAE, REINZ.EFCS, ICST.DCECT Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: BIOMON - Towards Long-Life Bio-Lubricants Using Advanced Design and Monitoring Tools Jorge Seabra COOP-CT-2004-508208 ROWE Mineralolwerk (D), Shuton, A. BRITO (P), FERSA SA, MONITON (UK), TEKNIKER Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: PIBRAC - Piezoelectric Brake Actuator Joaquim F. Silva Gomes AST4-CT-2005 SAGEM (FR), Airbus (UK), BAM (DE), MESSIER BUGATTI (FR), NOLIAC (DK), University of PADERBORN (DE), SAMTECH (BE), A. BRITO (P), IMMG S.A. (GR) E SKODA (CZ). Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Parceiros: Field benchmarkinh and market development for Audit methods in Air Conditioning José Luis Alexandre EIE/04/104/SO7.38632 ARMINES (F), EUROVENT (F), INEGI (P), E.V.A. (A), UL (S), WSA-UWC (UK), Ulg (B) e POLITO (I) 59 Projectos Apoiados pelo IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: Reestruturação da Organização de Normalização Sectorial - CT1 / Desenho Técnico José Fernando Coutinho Sampaio 03/0609 Projectos Apoiados pelo Gabinete de Gestão POSConhecimento Designação do Projecto: Coordenador: Contrato: INFOVINI Henriqueta Nóvoa POSC 781/2.2/C/NRE OUTRA ACTIVIDADE Centros de Excelência O INEGI integrou parcerias para a constituição de Centros de Excelência no âmbito do programa lançado pela Agência de Inovação que visa criar redes e definir novos paradigmas de excelência com forte componente das TIC, permitindo simultaneamente o desenvolvimento de clusters de inovação, de conhecimento intensivo, contribuindo assim para o desenvolvimento do tecido económico e social de uma região e/ou sector. Foram quatro as candidaturas que o INEGI integrou: 60 — Centro de Excelência de Sistemas de Engenharia Emergentes — Centro de Excelência para a Fileira da Moda — Centro de Excelência em Mobilidade — Centro de Excelência na Área das Energias Renováveis Rede RICAI O INEGI aderiu à rede RICAI, Rede Ibérica de Centros de Apoio à Inovação, da qual fazem parte um conjunto alargado de instituições Portuguesas e Espanholas. A Rede RICAI tem como objectivo principal contribuir para o desenvolvimento regional através da Inovação e Desenvolvimento Tecnológico por meio da criação de uma rede Ibérica de apoio e promoção da inovação. Linhas de Trabalho da Rede: — Gestão da inovação tecnológica nas empresas e instituições; — Política tecnológica; — Prospectiva e vigilância tecnológica; — Gestão da investigação, desenvolvimento e inovação; — Novos modelos de gestão empresarial; — Tecnologias do conhecimento; — Tecnologias de informação e comunicação. projectos em destaque Síntese de alguns projectos de I&D realizados em 2005 61 Projecto PET | Mamografia Tipo de Projecto: Descrição: Investigação e Desenvolvimento Aplicado O Projecto PET-Mamografia tem como finalidade desenvolver um equipamento que melhore, de forma significativa, a capacidade de detecção de cancro de mama em comparação com os sistemas existentes. Parceiros: TagusParque – Sociedade de Promoção e Desenvolvimento do Parque de Ciência e Tecnologia da Área de Lisboa. LIP – Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas. Hospital Garcia de Orta. Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. INESC - INOV. 62 Áreas de Competência: Desenvolvimento de Produto Automação e Controlo Co-Financiador: Agência de Inovação – Programa IDEIA O INEGI é responsável pelo projecto e montagem do manipulador, pela componente mecânica dos detectores PET e respectivo sistema de controlo de temperatura, assim como a integração no equipamento dos componentes desenvolvidos pelos parceiros. A progressão deste projecto foi baseada numa metodologia estruturada de desenvolvimento de produto e tendo-se recorrido a diversas ferramentas CAD e CAE. PIBRAC | Piezoelectric Brake Actuators Tipo de Projecto: Descrição: Investigação e Desenvolvimento Aplicado O projecto tem como objectivo desenvolver uma nova geração de travões para a indústria aeronáutica baseados em motores piezoeléctricos. O INEGI contribui com o seu know-how no desenvolvimento de produto, especificamente nas áreas de simulação por elementos finitos e desenvolvimento de sistemas mecânicos. Tem também a seu cargo o desenvolvimento e manutençãoded um site com as funcionalidades: Gestão de toda a informação dos vários parceiros; Divulgação de toda a informação pública resultante do projecto. Parceiros: SAGEM Airbus Messier-Bugatti Universidade de Paderborn Skoda IMMG Samtech Noliac BAM A.Brito Áreas de Competência: Simulação por elementos finitos Desenvolvimentos de produto Concepção de sistemas mecânicos Tecnologias da informação Co-Financiador: Comissão Europeia 63 WWFW Pinheiro | Verificação da garantia de Produção do Parque Eólico do Pinheiro Cliente/Destinatários: Descrição: ENERCON Siif Energies Portugal Primeiro projecto onde foi aplicada a metodologia do INEGI para a verificação das garantias de produção e onde foi possível constatar a aplicabilidade desta metodologia. O trabalho foi desenvolvido pelo INEGI para as empresas ENERCON e Siif Energies Portugal. Concretizou-se a avaliação do funcionamento do Parque em 2003, 2004 e 2005 e foi já manifestada a intenção por parte dos clientes em continuar este projecto para o ano de 2006. Tipo de Projecto: Consultoria Tecnológica Áreas de Competência: Energia Eólica 64 EREBIO | Emission reduction from engines and transmissions substituting harmful additives in biolubricants by triboreactive materials Tipo de Projecto: Descrição: Investigação e Desenvolvimento Aplicado Substituição de óleos minerais e sintéticos tradicionais pela aplicação de óleos biodegradáveis e não tóxicos, acompanhada de uma melhoria significativa do desempenho dos componentes mecânicos, em termos de menor potência dissipada, melhor rendimento, temperatura de funcionamento mais baixa e maior longevidade do componente e do lubrificante. Parceiros: TEKNIKER FUCHS BAM FALEX RENAULT A. BRITO CRSA TARABUSI FERESPE IAV GUASCOR Áreas de Competência: Tribologia Manutenção industrial Co-Financiador: Comissão Europeia - GROWTH Programme 65 TURBOCAST | Desenvolvimento e implementação de um processo de fundição por contra gravidade em vácuo em ligas de alumínio para impulsores de turbocompressores. Cliente/Destinatário: Descrição: Zollern & Comandita. Desenvolvimento e implementação de um processo de fundição por contra gravidade sob vácuo em ligas de alumínio para impulsores de turbocompressores, usando a tecnologia de fundição em moldação de gesso com moldes de silicone. Tipo de Projecto: Investigação e Desenvolvimento Aplicado Áreas de Competência: Prototipagem rápida Fundição de precisão Simulação de processos Engenharia de produto Fundição em moldação de gesso com moldes de silicone Co-Financiador: 66 Agência de Inovação SimCable | Simulação Mecânica de Actuadores por Cabo para a Indústria Automóvel Cliente/Destinatários: Descrição: FICOcables, SA Desenvolvimento de um modelo de simulação mecânica de accionamentos por cabo usados em automóveis. O objectivo deste projecto é desenvolver uma aplicação informática que determine os esforços envolvidos e o rendimento em transmissões por cabo, com accionamento manual ou mecânico. Em simultâneo, será desenvolvido um extenso trabalho experimental para validar os modelos físicos de comportamento mecânico dos cabos, nomeadamente no que diz respeito à influência dos esforços envolvidos, da geometria dos cabos, dos materiais usados e do atrito interno. Um banco de ensaios específico está a ser desenvolvido e fabricado pela empresa FICOcables, SA para esse fim. Tipo de Projecto: Investigação e Desenvolvimento Aplicado Áreas de Competência: Simulação de Desempenho de Produtos e Sistemas 67 de reservatórios em materiais compósitos para Enrolfilam | Desenvolvimento médias/altas pressões Cliente/Destinatários: Descrição: Amtrol-Alfa Metalomecânica, SA Desenvolvimento de reservatórios em materiais compósitos para médias/altas pressões. A participação dod INEGI abrangem o desenvolvimento dodd processo de enrolamento filamentar, o teste do comportamento do reservatório à pressão e os ensaios dde vaporização. Tipo de Projecto: Investigação e Desenvolvimento Aplicado Parceiros: Amtrol-Alfa Metalomecânica, SA PIEP – Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho Saint Gobain Vetrotex International Áreas de Competência: Materiais compósitos 68 HW 125 | Primeira pilha de combustível a hidrogénio portuguesa Cliente/Destinatários: Descrição: SRE – Soluções Racionais de Energia Desenvolvimento de uma pilha de combustível a hidrogénio com uma potência de 100W e subordinada ao lema “Fiabilidade – Operacionalidade – Flexibilidade”. Com várias aplicações, como o backup para falhas de energia, potenciadora de maior autonomia em UPS’s e fonte de iluminação de emergência, a HW 125 visa segmentos de mercado que abrangem actividades e áreas económicas tão diversas como a das telecomunicações, vídeo vigilância, náutica de recreio ou caravanismo. Tipo de Projecto: Investigação e Desenvolvimento Aplicado Parceiros: INETI - Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia e Inovação FEUP – Departamento de Química Áreas de Competência: Desenvolvimento de Produto Automação e controlo Mecânica dos fluídos Fenómenos de transferência 69 de um travão electromagnético de travão electromagnético | Implementação emergência nos carros eléctricos históricos dos STCP Cliente/Destinatários: Descrição: STCP - Sociedade de Transportes Colectivos do Porto Desenvolvimento de um sistema de travagem de emergência nos carros eléctricos históricos dos STCP baseado no uso de Patins electromagnéticos que atritam directamente com o Carril. Cada Patim tem uma bobine que quando percorrida por corrente eléctrica gera um fluxo magnético no seu núcleo e massas polares, fluxo este que se fecha pelo Carril gerando uma força de atracção entre este e o patim, gerando assim, a força de travagem. Tipo de Projecto: Investigação e Desenvolvimento Aplicado Áreas de Competência: Desenvolvimento de Produto 70 Consultoria | Estudo das necessidades para instalação de plataformas logísticas em Chaves e Salnés Cliente/Destinatários: Descrição: EURISKO Realização de um estudo no âmbito da criação de plataformas logísticas de Chaves e da Comarca do Salnés (Galiza-Espanha), com duas componentes, a saber: estudo da inventariação do tipo e características das mercadorias transportadas e estudo de definição dos circuitos de tráfego das mercadorias a movimentar nas plataformas logísticas de Chaves e do Salnés. Tipo de Projecto: Consultoria Áreas de Competência: Gestão Industrial 71 72 outra actividade 73 Para além dos projectos de I&D apresentados, decorreram, ainda em 2005, outras iniciativas que são igualmente importantes para a compreensão da actividade do INEGI, como a participação em vários eventos, publicações, destaques na comunicação social, entre outros. Seminários e Congressos Os colaboradores do INEGI, ao longo de 2005, participaram, organizaram e realizaram comunicações em vários eventos, tanto a nível nacional como internacional, cuja lista apresentamos ded seguida: 74 — Proceedings of IBERTRIB 2005, 3rd Iberian Conference on Tribology, Universidade do Minho, Guimarães, Portugal. — 32nd Leeds-Lyon Symposium on Trybology, Lyon, France. — 2005 C3P and NASA Technica Workshop “Partnering for shared solutions to common environmental problems”, Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, Portugal. — Proceedings of the VDI International Conference on Gears, Technical University of Munich, Garching, Germany. — VIII International Conference on Computational Plasticity, COMPLAS VIII, E. Oñate and D. R. J. Owen (Eds), Barcelona, Espanha. — SEMNI – Congresso de Métodos Numéricos em Engenharia, Granada, Espanha. — EUROMAT 2005, European Congress on Advanced Materials and Processes, Prague, Czech Republic. — RIVA V – 5th Iberian Vacuum Meeting, Universidade do Minho, Guimarães, Portugal. — 16th ICAST-International Conference on Adaptive Structures and Technologies, Paris, France. — II ECCOMAS Thematic Conference on Smart Structures and Materials, Lisbon, Portugal. — III Congresso Ibérico de Tribologia, Guimarães, Portugal. — 4º Congresso Luso-Moçambicano de Engenharia, Maputo, Moçambique. — 3rd World Tribology Congress, WTC2005-63243, Washington D.C., USA. — 18th International Congress of Mechanical Engineering, COBEM 2005, Ouro Preto, Brasil. — 2ª Mostra Científica do Instituto Politécnico do Porto, Instituto Superior de Engenharia do Porto, Porto, Portugal. — Seminário “O DEMEGI e a Pedagogia”, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Porto, Portugal. — “Jornadas Pedagógicas – FEUP 2005”, FEUP, Porto, Portugal. — XII Portuguese Materials Society Meeting / III International Materials Symposium, Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal. — 6º Congresso Nacional de Mecânica Experimental, Ponta Delgada, Portugal. — 1º Encontro Nacional de Análise e Gestão de Risco, Segurança e Fiabilidade, Lisboa, Portugal. — 4º Encontro Nacional do Colégio de Engenharia Mecânica, Lisboa, Portugal. — 8º Congresso Nacional de Manutenção, Lisboa, Portugal. — 7th International Conference on Sandwich Structures, Aalborg, Dinamarca. — Materiais 2005, III International Materials Symposium, Aveiro, Portugal. — Composites in Construction Conference CCC2005 – Third International Conference, Lyon, France. — II ECCOMAS Thematic Conference on Smart Structures and Materials, Lisbon, Portugal. — Advancing with Composites 2005, Napoles, Italy. — Technology and Quality for Sustained Development Conference, Politechnica University of Bucharest, Romania. — III European Conference on Computational Solid and Structural Mechanics, Lisbon, Portugal. — 5th International Conference on Mechanicsc and Materials in Design Porto, Portugal. — ECCM 12 - 12th European Conference on Composite Materials, Biarritz, France. — 10th Japanese-European Symposium on Composite Materials: Interactive Solution on Nano/Macroscopic Level and Hybrid Technology for Practical Applications, Tokida Campus of Shinshu University, Nagano, JAPAN. — Workshop on polymer and composite mechanics and process simulation, Hotel Infante de Sagres, Porto, Portugal. — First DEMEGI-INEGI Workshop on Composite Materials, Porto, Portugal. — EUROMECH Colloquium 473 – Fracture of Composite Materials, Porto, Portugal. — Congresso de Alumínio 2005, Atlanta, USA. — Congresso Titanium 2005, Phoenix, USA. — Euromold 2005, Frankfurt, Alemanha. Mestrados e Doutoramentos Em 2005 decorreram mais de 50 teses de mestrado e doutoramento, realizadas não só no âmbito da Engenharia Mecânica da FEUP, mas também do Design Industrial, Engenharia Ambiental, Engenharia Biomédica e Manutenção Industrial, entre outras. 75 O INEGI nos Media Durante o ano de 2005 o INEGI foi notícia, por mais de 70 vezes, em vários órgãos de comunicação social, desde a televisão à rádio, passando pela imprensa e internet e publicações institucionais, fruto de uma crescente colaboração entre o Gabinete de Comunicação e Imagem do INEGI e a Reitoria da Universidade do Porto (UP) e a Faculdade de Engenharia da UP. De seguida listam-se os principais órgãos de comunicação social onde o INEGI foi referenciado pela sua actividade: 76 — RTP — RTPN — Público — Expresso — Diário Económico — Rádio Renascença — RFM — Vida Económica — Jornal de Negócios — Prémio — Jornal de Notícias — Diário de Notícias — O Comércio do Porto — O Primeiro de Janeiro — Motor — Ciênciapt — JornalismoPortoNet — Nortugal.info — Dia D — Tecnometal — PretoNoBranco UP — Revista UP — BI FEUP — Logística Moderna — Correio da Manhã — Le Moci Feiras e Exposições O Instituto marcou presença, com stand próprio ou a convite de outras entidades, como o ICEP, em algumas feiras e exposições, designadamente: — Mostra da Universidade do Porto, Pavilhão Rosa Mota, Porto. — TPI – Feira Internacional de Tecnologias e Produtos para a Indústria, FIL, Lisboa. — MIDEST, Espaço ICEP – Portugal: Inovação e Desenvolvimento, Paris-Nord Villepinte, França. — Dia do Espaço, Pavilhão do Conhecimento, Lisboa. — JEC, Paris Expo Paris/França. — Portugal AirShow 05, Évora. — ENER’05 - Conferência sobre Energias Renováveis e Ambiente em Portugal, Figueira da Foz. 77 Publicações Durante o ano de 2005 foram publicados, a nível nacional e internacional, vários artigos em jornais e revistas técnicas das quais se destacam: 78 — Tribology International — WEAR — Industrial Lubrication and Tribology — Surface and Coatings Technology — Applied Surface Science — Thin Solid Films — International Journal for Numerical Methods in Engineering — Computational Mechanics — International Journal of Pressure Vessels and Piping — International Journal of Computer and Structures — Revista Mecânica Experimental — Manutenção — Journal of Sound and Vibration — Revista Internacional de Métodos Numéricos para Cálculo y Diseno en Ingenieria — Strength of Materials — Composite Structures — Polymer Testing — Computer Methods in Applied Mechanics and — Engineering — Computers & Structures — International Journal of Computational Methods — Science and Engineering of Composite Materials — Mechanics of Advanced Materials and Structures — Journal of Polymer Engineering — Construction and Building Materials — Cement & Concrete Composites — Computational Mechanics — Composites Part B: Engineering — Engineering Analysis with Boundary Elements — Journal of Biomechanics — NDT & International — International Journal of Adhesion and Adhesives — Composites Part A. — Engineering Fracture Mechanics. — Journal of Materials Processing & Technology. — Ciência e Tecnologia dos Materiais. — Rev Port Ortop Traum. O Instituto, através das Edições INEGI, publicou os seguintes livros: — Tecnologia Mecânica Vol. 2 - Puncionadoras CNC. — Tecnologia Mecânica Vol. 3 - Tecnologia da Embutidura - Príncipios e Aplicações. — A Engenharia como Factor de Inovação e Progresso. 79 80 Acções internas estruturantes 81 Os serviços de qualidade são uma prioridade do Instituto, sempre apostado em dinamizar a sua estrutura, adaptando-a às necessidades da indústria e com recursos humanos devidamente qualificados. Construção de Novas Instalações Após a aprovação no final de 2004 da candidatura ao PRIME iniciou-se formalmente em Abril de 2005 o processo de construção de novas instalações para o INEGI e IDMEC no Campus da FEUP. Trata-se de um processo complexo, com incontáveis dificuldades burocráticas, que envolve um investimento de cerca de 6.400.000 euros e uma área a construir de cerca de 7.610 m2, e que tem exigido uma dedicação permanente da Direcção e de outros quadros superiores do INEGI. Do total do investimento, o PRIME concedeu um incentivo não reembolsável de 3.000.000 de euros ficando os restantes 3.400.000 euros a cargo do INEGI e do IDMEC. Para financiar a totalidade do investimento, o INEGI terá que recorrer a um empréstimo bancário de longo prazo estimado em cerca de 1.200.000 euros. 82 Ao longo de 2005 foram realizadas algumas fases deste complexo processo, designadamente: — Legalização do Direito de superfície do terreno a favor do INEGI; — Análise de propostas para a gestão e fiscalização do projecto e da construção das novas instalações, que foi entretanto adjudicado à empresa FASE – Estudos e Projectos, SA; — Realização de um plano de financiamento da obra e início do processo de negociação das condições do empréstimo a conceder pelo sector bancário; — Revisão integral das especificações do projecto de arquitectura e especialidades; — Elaboração de um caderno de termos de referência por especialidade para o projecto de arquitectura e execução, tarefa a cargo de um conjunto diversificado de especialista da FEUP; — Realização do projecto de arquitectura e Especialidades definitivo com o acompanhamento dos quadros do INEGI. — Revisão do projecto de arquitectura e especialidades e realização de uma estimativa orçamental; — Reformulação do projecto de arquitectura e especialidades de modo a diminuir o seu custo para valores aceitáveis face às disponibilidades do INEGI/IDMEC; — Realização da versão final do projecto enquadrada nos objectivos orçamentais definidos; — Tendo entretanto sido constatado que o terreno disponível coloca algumas dificuldades de acessos e de implementação dos lay-outs mais apropriados à componente oficinal, iniciou-se um processo de negociação com o proprietário de um terreno adjacente com vista à obtenção de um acordo de permuta por outro terreno da UP. A anexação deste terreno para além de eliminar os inconvenientes referidos permitiria também criar algum espaço de parqueamento que na configuração actual não existe; — A pensar no eventual sucesso desta última iniciativa foi realizada outra versão do projecto de arquitectura e especialidades que será também colocada a concurso público; — Prepararam-se os dossiers para o lançamento do concurso público; — Foram colocados à venda os pavilhões das actuais instalações. O pedido do lançamento do concurso público para a construção das novas instalações foi efectuado durante este mês de Fevereiro, aguardando publicação no Diário da República. 83 Desenvolvimento e Implementação de um novo Sistema de Informação e Gestão 84 Durante os últimos anos o Instituto tem usado o Sistema de Informação para Gestão do INEGI (SIGEI) como principal suporte de toda a sua gestão contabilística e financeira. No entanto, consciente que a velocidade da informação é crucial para o sucesso de qualquer empresa e dela depende a rápida capacidade de resposta às decisões a tomar, com claros benefícios no aumento da produtividade, o INEGI optou por desenvolver um novo sistema de informação capaz de melhorar e tornar mais eficazes as suas respostas às solicitações de que é alvo diariamente, não só a nível externo como interno. Nesse sentido, foram identificadas várias áreas onde pensamos ser fundamental dotar o INEGI de equipamentos e ferramentas informáticas que permitam orientar-nos predominantemente para a informação certa, no formato certo, na hora certa, à pessoa certa. O novo sistema visa garantir uma consulta da informação de negócio, em tempo útil, através de uma ferramenta direccionada para a análise da informação e suporte à decisão, orientada aos conceitos e orgânicas da Instituição, algo que será possível, com a implementação do novo sistema, graças a uma intervenção a dois níveis: uma ao nível do hardware do INEGI, sendo que toda a infra-estrutura de rede e servidores foi melhorada, garantindo uma maior qualidade, robustez e fiabilidade, e outra ao nível de todo o Sistema de Informação. Aqui o pretendido foi desenvolver um sistema não apenas à medida do INEGI mas de Entidades de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico com uma gestão similar ao INEGI. Tendo em atenção este facto, o trabalho desenvolvido contou, na fase inicial, com a colaboração do INESC Porto, o que permitiu definir um caderno de encargos detalhado para um Sistema de Informação de apoio à Gestão de Entidades de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SIIDT). O Sistema será constituído por três grandes áreas: gestão contabilística e financeira, gestão de projectos e gestão de conteúdos. Na primeira temos toda a área contabilística e financeira do INEGI, estando aqui abrangida a contabilidade geral e analítica, assim como todo o processamento de imobilizado, salários, contas correntes e facturação. Em termos de gestão de projectos estão definidas ferramentas e mecanismos que permitem, não apenas aos gestores de projectos mas aos próprios operacionais, gerir e controlar toda a execução dos seus projectos. A área de gestão de conteúdos terá a capacidade de armazenar, gerir e referenciar documentos de todos os géneros, estruturados ou não. Além destas três áreas principais, o SIIDT tem outras envolventes de apoio a toda a gestão, como é o caso dos recursos humanos e a gestão de recursos partilhados. A implementação do novo Sistema de Informação e Gestão iniciou-se em meados de 2005 e durará cerca de um ano até estar concluída. 85 Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade O trabalho de estudo e preparação do suporte documental para a aplicação do Sistema de Gestão da Qualidade (segundo o referencial normativo ISO 9001:2000) ao INEGI ficou praticamente concluído no final de 2005. O sistema de Gestão da Qualidade será embebido no Sistema de Informação e Gestão da Instituição pelo que a sua implementação decorre em simultâneo com a implementação deste, prevendo-se a sua conclusão para meados de 2006. Gestão de Recursos Humanos e Competências 86 Prosseguiu em 2005 o trabalho de desenvolvimento de ferramentas e práticas para melhorar a gestão dos recursos humanos e das competências do Instituto. Foram trabalhados os seguintes vectores neste domínio: — Reformulação profunda do Sistema de Avaliação de Desempenho, Gestão de Carreiras e Competências; — Realização de uma candidatura à CCDR-N, em conjunto com o INESC Porto e outros Institutos relevantes da região norte, para formação dos quadros próprios nas áreas da Valorização de Resultados da I&D, Inovação e Transferência de Tecnologia. O projecto tem a duração prevista de um ano e contempla formação a vários níveis desde o planeamento estratégico em Instituições de I&D até ao nível operacional; — Revisão do Sistema de Assiduidade e Pontualidade; — Criação de um Manual de Acolhimento. Estrutura Organizativa No seguimento das orientações estratégicas definidas para 2005 prosseguiu-se o trabalho de reestruturação de algumas áreas da Instituição que visaram, tornar a Instituição mais capaz de responder a solicitações da indústria, dentro dos parâmetros que esta exige, e torná-la mais eficaz na oferta de soluções adequadas às necessidades de desenvolvimento tecnológico das empresas. Entre essas alterações destacamos as seguintes: — Reformulação da área de Internacionalização direccionada aos PALOP; — Criação de uma estrutura de recursos humanos dedicada à promoção e gestão de actividade de Investigação, Desenvolvimento e Inovação com as empresas; — Promoção da cooperação entre as unidades tecnológicas de modo a aumentar a eficiência na utilização dos recursos, por um lado, e a criar novas oportunidades em zonas de fronteira, por outro; — Integração de toda a actividade na área dos materiais e estruturas compósitas numa única unidade tecnológica, anteriormente dividida em dois grupos. 87 88 contas 89 Esta secção apresenta a situação económica e financeira da Instituição, sua análise, peças contabilísticas, e respectivos pareceres do Revisor Oficial de Contas e Conselho Fiscal. APRECIAÇÃO GLOBAL DAS CONTAS O Resultado Líquido do Exercício foi de 268.738 Euros, apresentando um crescimento significativo face a 2004, cujo resultado tinha sido de 761 Euros. Esta evolução devese à conjugação de três factores favoráveis: um aumento de 3,7% no Volume de Negócios, uma redução de 2,3% dos Custos Operacionais e a subida de 86.633 Euros no Resultado Extraordinário em relação a 2004. 90 Os Resultados Operacionais foram negativos em 33.664 Euros, representando uma evolução positiva face aos 204.158 Euros, também negativos, do ano anterior. Este valor é normalmente negativo neste tipo de instituições uma vez que a actividade corrente não é capaz de cobrir as Amortizações dos investimentos efectuados. Por isso, estes investimentos são na sua maioria co-financiados. Contudo o proveito correspondente (e proporcional à amortização) é Subsidio ao Investimento que é uma conta Extraordinária (e por isso não incluído no resultado operacional). Os Resultados Financeiros são positivos em 1.386 Euros, um resultado bem melhor do que os 9.465 Euros negativos de 2004. O Cash Flow do exercício foi de 507.881 Euros, superior em 28% ao valor de 2004 (395.880 Euros). Estes resultados representam uma evolução muito positiva no desempenho económico do Instituto em relação a 2004. Esta evolução está em linha com o maior esforço realizado em 2005 para promover a venda de serviços de Investigação, Desenvolvimento e Inovação às empresas, por um lado, e com um maior empenho na melhoria da eficiência da actividade da Instituição, por outro. PROVEITOS OPERACIONAIS Os Proveitos Operacionais subiram 2,1%, de 3.764.117 Euros para 3.842.194 Euros. Este resultado é fruto das seguintes evoluções: — A Prestação de Serviços subiu 3,7% em relação a 2004, de 3.677.365 Euros para 3.813.272 Euros. Este é o valor mais elevado de sempre na história do INEGI (2% acima do anterior máximo que foi obtido em 2003). — Os Outros Proveitos Operacionais desceram 6,9% face aos valores de 2004 (de 2.872 Euros para 2.674 Euros). — Em 2005 não se registaram Subsídios à Exploração. — Trabalhos para a Própria Empresa no valor de 26.249 Euros (Forno de Fusão para alumínio e Sistema de Desmoldagem), que não se tinham verificado em 2004. As actividades da Prestação de Serviços também apresentaram evoluções distintas: — A Consultoria subiu 12,3%, de 1.917.420 para 2.153.057 Euros, premiando o esforço na ligação ao meio empresarial que se tem efectuado nesta área. — Os Contratos de I&D desceram 7,9%, de 1.652.135 para 1.520.878 Euros. Esta redução deve-se, essencialmente, a significativos atrasos no recebimento de verbas relativas a projectos já executados co-financiados por programas públicos de apoio à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico. Como no final de cada ano, apenas contabilizamos 60% dos Financiamentos por receber (valor que desce para 40% caso o atraso seja superior a 2 anos), há um impacto negativo nos montantes imputáveis ao exercício. Nesta actividade, o peso do Projecto PRIME 5.1 Acção A, “Plano de Actividades” é bastante significativo, representando quase 34% desta actividade (em 2003 e 2004 representava, respectivamente, 50% e 40%). — A actividade de Formação planeada e co-financiada pelo IQF praticamente deixou de existir, em virtude da alteração estratégica operada em 2004. O valor apresentado deve-se a um Financiamento para um Estágio Profissional. Ainda resultante da alteração estratégica, a actividade de Formação não co financiada pelo IQF registou um crescimento de 61,9%, subindo de 85.289 para 138.064 Euros. Volume de Negócios 91 CUSTOS OPERACIONAIS Os Custos Operacionais desceram 2,3% face a 2004, decompostos nas seguintes parcelas: — Os Fornecimentos e Serviços Externos mantiveram o valor de 2004. — O aumento de 5,8% dos custos com IVA, provocado pelo aumento da taxa normal de IVA, de 19% para 21%, ocorrida em Julho. O aumento só não é mais significativo porque o pró-rata do IVA do INEGI melhorou, em virtude do aumento do peso da actividade sujeita a IVA. — O aumento de 2,8% nos Custos com Pessoal (especialmente na componente de remuneração de colaboradores docentes da UP, em que ocorreu um aumento de 13,4%, em contrapartida com uma redução dos custos com Bolseiros de 16,3%). — O aumento de 21,5% dos Outros Custos Operacionais, provocado pelo aumento de custos com a organização de congressos. E, o motivo pela redução dos custos operacionais: — Redução de 9,1% nas Amortizações e Ajustamentos do Exercício, uma vez que não foram necessários efectuar novos ajustamentos de dívidas a receber. São de destacar dois factos muito positivos: em termos reais verificou-se uma estabilização do valor das remunerações e uma descida dos FSE. O aumento verificado nos Outros Custos Operacionais é devido a um aumento da actividade de organização de congressos sendo contrabalançados pela correspondente receita. Custos Operacionais 92 Custos Com Pessoal Fornecimentos Serviços Exter. Amortiz. + Provisões Impostos Outros Custos Operacionais RESULTADOS Os Resultados Operacionais foram negativos em 33.664 Euros. Um valor significativamente melhor do que o apresentado em 2004, que foi de 204.158 Euros negativos. Tal melhoria deve-se ao aumento de 2,1% dos Proveitos Operacionais e a uma redução de 2,3% dos Custos Operacionais. Os Resultados Financeiros apresentam um resultado positivo de 1.386 Euros, apresentando uma evolução bastante positiva face a 2004, em que os resultados foram negativos em 9.465 Euros. Este resultado é o reflexo da situação mais favorável de Tesouraria que o INEGI viveu ao longo de 2005, situação que se inverteu no final do ano devido aos atrasos nos recebimentos das verbas relativas a projectos co-financiados. Os Resultados Extraordinários são positivos em 301.016, superiores aos 214.384 Euros de 2004. Este aumento deve-se à redução em 64,9% dos Custos Extraordinários e a um aumento em 23,9% dos Proveitos Extraordinários. Na componente Proveitos Extraordinários são contabilizados os Subsídios ao Investimento correspondentes às Amortizações suportadas dos equipamentos, cuja aquisição foi co-financiada. Este valor foi de 239.930 Euros em 2005 (em 2004 foi de 249.045 Euros). O aumento na rubrica na conta de Proveitos Extraordinários deve-se, essencialmente, a Correcções Relativas a Exercícios Anteriores. O Resultado Líquido do Exercício passou de 761 para 268.738 Euros. O Cash Flow Total ascendeu a 507.881 Euros, superior em 28% aos 395.880 Euros atingidos em 2004. Resultado Líquido do Exercício Amort. + Provisões - Sub. Investimento 93 ANÁLISE DO BALANÇO Activo O Total do Activo em 2005 é de 4.560.995 Euros, subindo 5,1% em relação a 2004, que era de 4.338.682 euros. O Imobilizado Líquido apresentou, este ano, um crescimento de 10,4%, reflectindo os investimentos que se encontram em curso, em especial os que estão associados à construção do novo edifício, para além de um transferência da conta de Títulos Negociáveis – justificando a redução do valor desta conta – para Investimentos Financeiros de algumas participações que o INEGI detém em empresas há mais de um ano. As Dívidas de Terceiros subiram 15%. Este valor deve-se, principalmente, ao aumento da componente de Outros Devedores, que contabiliza os créditos sobre parceiros no âmbito de projectos de I&D co-financiados pela Comissão Europeia. Os valores dos Depósitos Bancários e Caixa atingiram o valor de 178.345 Euros, bem superior ao valor de 2004, que foi de 53.778 Euros. 94 Os Acréscimos e Diferimentos desceram de 1.185.370 para 977.657 Euros. Em Acréscimos de Proveitos são contabilizados 60% ou 40%, dependendo se o atraso no recebimento é inferior ou superior a 2 anos, os Proveitos Operacionais relativos aos projectos de Investigação e Desenvolvimento imputáveis até 2005, mas não recebidos até 31 de Dezembro. A redução reflecte a antiguidade elevada dos valores por receber. Capital Próprio e Passivo O Capital Próprio regista uma subida significativa, sendo esta subida resultante do Resultado Líquido do Exercício. Registou-se uma redução de 2,8% no valor do Passivo. As Dívidas a Terceiros subiram 0,7%. Regista-se uma dívida a instituições de crédito de 53.588 Euros que não existia em 2004, um aumento de 58,4% de Fornecedores c/c (foram efectuadas compras importantes em Dezembro) e um aumento de 118,7% de Fornecedores de Imobilizado (essencialmente Custos com o projecto de Arquitectura e especialidades do Edifício). Os Acréscimos e Diferimentos desceram 3,5%, com especial destaque para a redução dos Proveitos Diferidos, o que indica que durante 2005 o montante recebido dos Subsídios ao Investimento foi inferior ao montante contabilizado dos Subsídios ao Investimento imputados ao exercício. Aplicação de Resultados Propõe-se a transferência para Resultados Transitados de todo o Resultado Líquido do Exercício. Porto, 27 de Fevereiro de 2006 O Director Geral A Direcção José Coutinho Sampaio Augusto Barata da Rocha | PRESIDENTE O Director Financeiro Fernando Jorge Lino Alves | VICE-PRESIDENTE Sérgio Cunha Jorge Casais | VOGAL Manuel Moura | VOGAL José Costa e Silva | VOGAL 95 balanço | Activo 96 Valores em EUROS balanço | capital próprio e passivo 97 Valores em EUROS demonstração de resultados 2005 | Custos 98 Valores em EUROS demonstração de resultados 2005 | Proveitos 99 Valores em EUROS ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS (conforme artigo 3º do Decreto-Lei nº 410/89) 1. Nada a referir. 2. Nada a referir 3. IVA: O INEGI, como se encontra abrangido pelo sistema do “pro-rata” do IVA, deduz, em 2005, 57% do IVA Suportado (contra 52% de 2004), pelo que o restante é custo do exercício. Foi efectuado, ao abrigo do artigo ANEXO AO BALANÇO EÀ DOS RESULTADOS 24º do CIVA, uma correcção do IVA Suportado, a favor do Estado, no montante deDEMONSTRAÇÃO € 16.511,54. (conforme artigo 3º do Decreto-Lei nº 410/89) Amortizações: Regime previsto no Decreto-Lei nº 2/90. Provisões: Valores vencidos entre 180 e 365 dias = 25% 1. Nada a referir. Valores vencidos entre 365 e 545 dias = 50% 2. Nada a referir Valores vencidos a mais de 545 dias = 100% 3. 100 IVA: O INEGI, como se encontra abrangido pelo sistema do "pro-rata" do IVA, deduz, em 2005, 57% do IVA Suportado (contra 52% de 2004), pelo que o restante é custo do exercício. Foi efectuado, ao abrigo do artigo 24º do CIVA, uma correcção do IVA Suportado, a favor do Estado, no montante de € 16.511,54. Amortizações: Regime previsto no Decreto-Lei nº 2/90. Número de Empregados e Assalariados, em 31.12.2005. Provisões: Valores vencidos entre 180 e 365 dias = 25% vencidos entre 365 e 545 dias = 50% Pessoal Contratado: 64 (1 em regime de licença semValores vencimento) Valores vencidos a mais de 545 dias = 100% 4 a 6. Nada a referir. 7. Bolseiros de Investigação: 34 4 a 6. Nada a referir. 8 e 9. Nada a referir. 7. Número de Empregados e Assalariados, em 31.12.2005. Pessoal Contratado: 64 (1 em regime de licença sem vencimento) Bolseiros de Investigação: 34 8 e 9. Nada a referir. 10. Valores em Euros. 10. Valores em Euros Rubricas Imobilizações Incorpóreas Imobilizações Corpóreas Investimentos Financeiros Activo Bruto Saldo Inicial Reavaliações Aumentos Alienações Transferências e Abates 292.745,66 10.488.027,13 34.078,12 5.094,31 175.387,88 281.153,39 492.092,83 8.629,75 49.875,30 Saldo Final 122.452,09 10.285.717,44 83.953,42 267.351,47 12.549,92 169.655,70 8.488.056,93 466.523,01 452.488,47 0,00 0,00 0,00 110.245,69 8.502.091,47 0,00 Amortizações e ajustamentos Saldo Inicial Reforço Regularizações Saldo Final 11 a 13. Nada a referir. 14. As Imobilizações Corpóreas estão todas localizadas nas instalações do INEGI na Rua do Barroco, em Leça do Balio ou nas instalações da Faculdade de Engenharia no Porto. 15 a 31. Nada a referir. 11 a 13. Nada a referir. 14. As Imobilizações Corpóreas estão todas localizadas nas instalações do INEGI na Rua do Barroco, em Leça do Balio ou nas instalações da Faculdade de Engenharia no Porto. 15 a 31. Nada a referir 32. Valores Valoresem emEuros. Euros 32. Tipo 32. Valores em Euros Garantia Bancária 33. Valor Motivo Beneficiário Garantia 9.397,35 Adiantamento Financiamento CCDR-N NadaTipo a referir. 34. Garantia ValoresBancária em Euros Valor Motivo Beneficiário Garantia 9.397,35 Adiantamento Financiamento CCDR-N 33. Nada a referir. Contas Saldo Inicial 33. Nada a referir. 28 –Valores Provisões para cobranças duvidosas 331.376,56 34. em Euros. 34. Valores em Euros 29 – Provisões para riscos e encargos 116.689,84 Contas Saldo Inicial 28 – Provisões para cobranças duvidosas 35 Nada a para referir. 29a–47. Provisões riscos e encargos Aumento Redução Saldo Final 0,00 0,00 331.376,56 0,00 Aumento 0,00 Redução 116.689,84 Saldo Final 331.376,56 0,00 0,00 331.376,56 116.689,84 0,00 0,00 116.689,84 48. Foi, em 2005/05/12, atribuído ao Inegi o direito de superfície sobre uma parcela de terreno com a área de 3.900 m2, junto à Faculdade de Engenharia (FEUP), para a construção das novas instalações. 35 aa 47. 47. Nada Nada aa referir. referir. 35 48. Foi, Foi,em em2005/05/12, 2005/05/12,atribuído atribuídoaoaoINEGI Inegi o direito superfície sobre parcela de terreno área 48. o direito de de superfície sobre umauma parcela de terreno com com a áreaa de de 31 3.900 m2, junto àde Faculdade de Engenharia (FEUP), para a construção das novas instalações. Porto, de Dezembro 2005 3.900 m2, junto à Faculdade de Engenharia (FEUP), para a construção das novas instalações. Porto, de Dezembro deContas 2005 O 31 Técnico Oficial de O Presidente da Direcção Porto, 31 de Dezembro de 2005 O Técnico Oficial de Contas O Presidente da Direcção (Augusto Duarte C. Barata da Rocha)) (Manuel Sérgio Pereira da Cunha) O Director Financeiro (Manuel Sérgio Pereira da Cunha) Manuel Sérgio Pereira Cunha A Direcção (Augusto Duarte C. Barata da Rocha)) Augusto Barata da Rocha | PRESIDENTE 101 Parecer do ROC 102 103 104 105 Parecer do concelho fiscal 106 107 110 INEGI Rua do Barroco 174 | 4465-591 Leça do Balio Tlf: +351 22 9578710 | fax: +351 22 9537352 www.inegi.pt | [email protected]
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