Oficina Comum
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Oficina Comum
FICHA DA UNIDADE CURRICULAR 1º SEMESTRE - ANO LETIVO 2015 / 2016 1. DESIGNAÇÃO DA UNIDADE CURRICULAR - Nº CRÉDITOS ECTS 10 Oficina Comum 2. DOCENTE RESPONSÁVEL E RESPETIVA CARGA LETIVA NA UNIDADE (PREENCHER O NOME COMPLETO) Maria João Areal Rothes Marques Vicente (12 horas lectivas semanais) CURRICULAR 3. OUTROS DOCENTES E RESPETIVAS CARGAS LETIVAS NA UNIDADE CURRICULAR (PREENCHER O NOME COMPLETO) Conceição Mendes (12 horas lectivas semanais); Fernando Miguel Cruz (8 horas lectivas semanais); Francisco Salgado (12 horas lectivas semanais); José Espada (12 horas lectivas semanais); José Pedro Caiado (4 horas lectivas semanais). 4. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM (CONHECIMENTOS, APTIDÕES E COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER PELOS ESTUDANTES) (MÁX. 1000 CARACTERES) A Oficina Comum tem como ponto de partida as noções de sensibilização cultural, ética da profissão, jogo e criatividade através do cruzamento das várias áreas leccionadas no Curso de Teatro: Interpretação, Design de Cena e Produção. • Compreender a criação teatral como meio de manifestação cultural e civilizacional. • Entender o teatro como um todo composto por várias linguagens: actores, texto, cenografia, figurinos, objectos, música, luz, imagens e ambiente sonoro. • Experimentar a criação teatral como forma de arte que pressupõe estéticas e técnicas diversificadas. • Testemunhar, através da prática, que o teatro implica um trabalho de natureza colectiva e é um fenómeno de comunicação. Competências: • Apreender e compreender conceitos operativos e técnicos fundamentais. • Desenvolver a capacidade de relacionar os conceitos e técnicas apreendidos. • Ser capaz de relacionar actividades e práticas de diferentes áreas (divergências e paralelismos). • Conseguir problematizar a relação entre o teatro e a cidade. • Desenvolver capacidades de trabalho criativo e técnico em equipa. • Estar apto a encontrar soluções criativas e inovadoras para os exercícios e trabalhos propostos. 5. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS (MÁX. 1000 CARACTERES) O programa divide-se em duas partes distintas. Na primeira parte, para além do trabalho de integração e dinâmica de grupo, propõe-se aos alunos um conjunto de actividades complementares que lhes permitam descobrir a realidade teatral na sua totalidade tais como visitas a teatros, observação da cidade, visionamento e análise de espectáculos e exposições, debates e conferências. Da primeira fase do trabalho constam os seguintes momentos: 1. Integração e dinâmica de grupo: confiança, afirmação e (re)descoberta do indivíduo na relação com os outros. A cumplicidade como princípio fundamental da 1 contracena. O jogo de equipa. 2. Desenvolvimento e exploração das capacidades expressivas e intelectuais inerentes ao teatro: o corpo, a voz, a concentração, a atenção, a observação, a imaginação, a memória sensitiva, a memória afectiva e a comunicação. 3. Estimulação da imaginação: a observação e o sentido dramático como motores da interpretação. 4. Criação e Improvisação. 5. Análise e compreensão das especificidades inerentes aos diferentes espaços cénicos: o palco à italiana e sua maquinaria, a caixa preta, os espaços alternativos. 6. Compreensão da relação de interdependência entre a personagem (o sujeito) e o cenário (contexto) que o envolve, partindo da observação quotidiana – a cidade como espectáculo. 7. Análise das lógicas construtivas e conteúdos semânticos de objectos artísticos. 8. Percepção das diferentes funções e competências associadas ao espectáculo teatral e da forma como se articulam entre si. 9. Influência da contextualização sociológica e dos espaços teatrais nos modos de produção. 10. Introdução a técnicas associadas à preparação e montagem do espectáculo teatral. Na segunda parte desta unidade curricular os alunos realizarão diversas oficinas relacionadas com aspectos específicos de cada um dos ramos da licenciatura. Estas oficinas serão orientadas por professores de cada uma das áreas de estudo – Interpretação, Design de Cena e Produção. Em cada uma das fases será solicitada, em diversos momentos, uma reflexão escrita sobre as aprendizagens realizadas. 6. DEMONSTRAÇÃO DA COERÊNCIA DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS COM OS OBJETIVOS DA UNIDADE CURRICULAR (MÁX. 1000 CARACTERES) A área cientifica de Interpretação da ESTC prevê no modus operandi de cada docente, salvaguardando as diferentes especificidades artísticas e pedagógicas, a observação dos seguintes princípios: 1 — A formação do actor baseada no teatro de texto, i.e., no trabalho sobre paradigmas literários da dramaturgia Ocidental. 2 — O respeito pelo modelo 2+1, i.e., os 4 primeiros semestres (2 primeiros anos lectivos) dedicados à sensibilização, formação e consolidação técnicas, para o teatro de texto; os 2 últimos semestres (o último ano lectivo) à experimentação de outras modalidades teatrais e à profissionalização. 3 — A seguinte distribuição dos critérios anteriores: 1º semestre, sensibilização ao teatro; 2º semestre, iniciação ao teatro de texto; 3º semestre, consolidação técnica — teatro moderno; 4º semestre, consolidação técnica — teatro clássico; 5º semestre, performance e cinema; 6º semestre, espectáculo profissional. Neste sentido, a unidade curricular Oficina Comum, tendo como principal objectivo a sensibilização para a prática teatral, responde de uma forma efectiva aos conteúdos programáticos da área de Interpretação, acima referidos, que se articulam ao longo do três anos de formação. 2/4 7. METODOLOGIAS DE ENSINO (AVALIAÇÃO INCLUÍDA) (1000 CARACTERES) Metodologias: • Exposição oral dos conteúdos principais: conceitos e vocabulário. • Realização de exercícios práticos de integração, dinâmica de grupo, corpo, voz, relacionamento com o espaço, desenvolvimento rítmico, jogo, improvisação, composição, construção plástica, manuseamento de objectos e construção de cenas teatrais. • Leitura, análise e discussão de textos académicos e outros relativos aos diferentes pontos do programa. • Visionamento de espectáculos, filmes ou outras obras de arte que provoquem discussões sobre os conteúdos abordados. • Realização de trabalho prático. Avaliação: • Assiduidade e participação nas sessões de trabalho (25%) • Cumprimento das actividades propostas a realizar fora da aula (20%) • Evolução na aprendizagem (25%) • Qualidade da participação e preparação dos exercícios práticos síntese (apresentações) (30%) 8. DEMONSTRAÇÃO DA COERÊNCIA DAS METODOLOGIAS DE ENSINO COM OS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DA UNIDADE CURRICULAR (MÁX. 3000 CARACTERES) Os alunos desta licenciatura deverão desenvolver competências que lhes permitam, por um lado analisar as práticas artísticas e de produção cultural da contemporaneidade, relacionando-as com a história, com a politica e sociedade actuais e com as projecções no futuro, por outro experimentar a criação artística. Assim, é prioritário estabelecer um património referencial organizado e comum, para que todo o trabalho de análise, debate e criação possa ser devidamente fundamentado e consequente. O trabalho prático, através do conjunto de exercícios propostos, e das diferentes oficinas, permite que os alunos possam aprender fazendo, implicando o corpo e o trabalho em conjunto na criação artística. A leitura de textos académicos é fundamental para que o aluno possa compreender as matérias apresentadas, bem como as relações entre os conceitos e as práticas. A análise de outros ensaios críticos e o visionamento de espectáculos, são absolutamente necessários para que o aluno possa comparar diversos pontos de vista sobre os assuntos abordados. A apresentação pública do trabalho visa testar, não apenas os conhecimentos adquiridos, mas sobretudo a capacidade da sua aplicação concreta, num contexto teatral semelhante ao profissional. Esta apresentação obrigará os alunos a operar uma síntese das matérias leccionadas e escolher um conjunto de ideias e soluções de uma forma criativa, ousada, mas viável na sua aplicação prática. O contacto com o olhar do público é também fundamental para compreender o que é o Teatro. 9. BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL (MÁX. 1000 CARACTERES) BENNETT, Susan, Theater Audiences – A Theory of Production and Reception. London: Routledge, 1997. BERTHOLD, Margot, História Mundial do Teatro, tradução de Maria Paula Zurawski, J. Guinsburg, Sérgio Coelho, Clóvis Garcia. S. Paulo: Editora Perspectiva, 2001. CALMET, Hector, Escenografia, Escenotecnia e Iluminacion. Buenos Aires : 3/4 Ediciones de La Flor, 2004. COUNTY, Daniel, Le Théâtre. Bordas : Paris, 1992. DORT, Bernard, «L’état d’ésprit dramaturgique» in Théâtre/Public, nº 67. Paris: Théâtre de Gennevilliers, Janeiro-Fevereiro 1986, pp. 8-12. ETTEDGUI, Peter, Production, Design & Art Direction Screencraft. Switzerland: Roto Vision Book, 2003. FREDERICO, Lourenço, Grécia Revisitada. Edições Cotovia: Lisboa, 2004. MADEIRA, Cláudia, Novos Notáveis - Os Programadores Culturais. Lisboa: Celta Editora, 2002. PAVIS, Patrice, A Análise dos Espectáculos, tradução de Sérgio Sálvia Coelho. São Paulo: Perspectiva, 2003. PAVIS, Patrice, Dicionário de Teatro, tradução de J.Guinsburg e Maria Lúcia Pereira. S. Paulo:Editora Perspectiva, 1996. RANCIÈRE, Jacques, O Espectador Emancipado, tradução de José Miranda Justo. Orfeu Negro: Lisboa, 2010. 10. OBSERVAÇÕES Oficina Comum é uma unidade curricular divida em dois grupos (A e B), orientados por um conjunto de professores dos diversos ramos de formação do Curso de Teatro. 4/4