a esperança dos enfermos da alma
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a esperança dos enfermos da alma
ANO XLI - N° 188 Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima www.atualpa.org.br [email protected] EVANGELHOTERAPIA: A ESPERANÇA DOS ENFERMOS DA ALMA Vitor Ronaldo Costa (*) A praticados. Mais adiante, tais energias resultarão em circunstâncias doridas a se manifestarem sob a forma de enfermidades físicas ou mentais. Obviamente, diante das ocorrências enfermiças, o ser humano, por uma questão de bom senso, deve recorrer aos préstimos das ciências da saúde. Não obstante o auxílio propiciado pela medicina, faz-se imperiosa a tomada de consciência da realidade espiritual, maneira correta de se ajuizar os benefícios proporcionados pela observação criteriosa dos valores éticos ínsitos na Lei de Deus. A medicina nos convida a valorizar os procedimentos profiláticos da saúde, mas, para que o componente psicofísico seja verdadeiramente beneficiado e nos livremos das consequências daninhas de nossa inquietude Polo MANAUS Paulo de Tarso Pereira Viana(*) Divaldo Franco Manaus/AM Abertura do 4º Congresso Espírita Brasileiro. pág. 2 Jesus - Farol dos faróis da Humanidade Maurício Curi interior, faz-se indispensável recorrer-se aos préstimos do Evangelho de Jesus, valioso manual de psicoterapia, hoje, melhor compreendido por expressiva parcela da população. Pois bem. Por evangelhoterapia entendemos o conjunto de preceitos proporcionados por Jesus, os quais uma vez incorporados ao nosso cabedal de valores, devem ser postos em prática, com vista à melhoria do comportamento humano. Nesse sentido, há dois aspectos a serem considerados: o primeiro é de ordem profilática, pois à medida imagens google: http://3.bp.blogspot.com/ visão materialista do ser converge para o organismo físico, admitindo, em consequência, que tanto a saúde quanto a doença se originam nas estruturas celulares que o constituem. Todavia, o Espiritismo nos proporciona uma visão mais abrangente, pois, de acordo com os postulados estabelecidos por Allan Kardec, a criatura encarnada nada mais é do que a resultante harmônica da interação energética entre o espírito e a matéria, tendo a intermediar esse processo a presença do perispírito. É uma concepção de vanguarda a privilegiar a realidade do ser integral, pois do espírito partem as energias diretoras da vida; energias que tangenciam o campo físico, permitindo-lhe revelar o que o psiquismo de profundidade determina. Contudo, no cumprimento de sua trajetória cósmica, nem sempre o espírito encarnado se desempenha a contento. Vários são os arrastamentos para o lado negativo da existência, isso em decorrência do predomínio do instinto animal. Assim sendo, enquanto o sujeito não resolve vencer as imperfeições que lhe maculam a consciência, torna-se presa fácil dos impositivos expiatórios. Caso o espírito rebelde insista em exagerar no exercício do egoísmo, na prática das viciações costumeiras, na vivência da sexualidade desregrada, logicamente acumulará, em seus órgãos perispiríticos, as energias densificadas correspondentes aos malefícios Maio / Junho 2014 O polo Manaus do 4º Congresso Espírita Brasileiro aconteceu simultaneamente ao 6º Congresso Espírita do Amazonas. A emoção inicial ocorreu quando o Hino Nacional brasileiro foi interpretado por Djuena no idioma Tikuna da tribo de mesmo nome, cantora ame- que as sugestões evangélicas são devidamente assimiladas o indivíduo aos poucos robustece o caráter e sente-se impelido a pautar seus pensamentos e atitudes em acordo com os critérios superiores ali assinalados. Trata-se, portanto, de verdadeira profilaxia das perturbações decorrentes dos tropeços morais da criatura. O segundo aspecto tem como objetivo soerguer os que faliram no cumprimento de seus deveres existenciais, aqueles que, por um motivo qualquer, tornaram-se responsáveis ríndia e representante dos povos indígenas no evento, o que sensibilizou sobremaneira aos mais de 1.500 presentes ao Manaus Plaza Centro de Convenções. Os representantes dos governos estadual e municipal, das federativas espíritas da Região Norte e da Federação Espírita Brasileira assistiram à conferência de abertura “150 anos de O Evangelho segundo o Espiritismo” proferida pelo confrade Divaldo Pereira Franco. Importante salientar a alegria manauara uma vez que, por opção pessoal, Divaldo escolheu estar em Manaus para a abertura deste congresso nacional. Presenteados a todo o momento com a música espírita, o congresso acolheu irmãos de todas as regiões do Brasil, em sua maioria oriundos dos estados do Norte, e contou com palestrantes muito inspirados/intuídos na transmissão da mensagem evangélica-moral. Os congressistas, irmãos fraternos de intimidade recente, recebiam e doavam conhecimentos em boa convivência com muita alegria e seriedade. Após o pleno cumprimento da pág. 3 A Doutrina Explica: A Abstinência do Consumo da Carne tem Embasamento na Doutrina Espírita ? E NOSSOS JOVENS? Orson Peter Carrara pág. 4 pelas aflições atuais. Isso acontece em decorrência das inúmeras imperfeições ainda prevalentes no ser. Todavia, diante das circunstâncias, destaca-se o valor inconteste da evangelhoterapia, pois só a prática das virtudes assinaladas na Boa Nova age como fator de renovação espiritual, ao curar progressivamente as mazelas milenares que nos afetam, as quais, em tempo algum, seriam resolvidas com o emprego de medicamentos químicos. À medida que a humanidade se tornar mais amadurecida e compreenda a importância do “amai-vos uns aos outros”, menor será a promoção do mal, detalhe fundamental na redução da intranquilidade consciencial, visto que, quanto mais tranquila a consciência, menor a possibilidade de se enfrentar as consequências penosas dos processos expiatórios. Por outro lado, o valor do perdão posto em prática, sempre que a criatura se sentir ofendida, importará no processo de dulcificação do coração, iniciativa capaz de permitir o aprimoramento dos demais sentimentos superiores a serem vivenciados em favor dos semelhantes. No nosso modo de ver, o Evangelho reúne as instruções apropriadas ao incentivo de um comportamento equilibrado. As informações simples ali contidas alcançam os mais variados níveis de inteligência, oportuno convite à transformação dos indivíduos para melhor. Por isso, as instituições espíritas se empenham na divulgação do Evangelho do Cristo, confiantes de que a sua vivência corresponderá na prática à terapia que objetiva sanear as nossas consciências, ainda algemadas às deficiências morais que nos acompanham há tanto tempo. (*) Articulista Espírita / médico, escritor e trabalhador espírita residente em Brasília/DF programação planejada para o evento, doutrinária e artística, o palestrante paraense Alberto Ribeiro de Almeida encerrou os trabalhos naquele polo trazendo a reflexão O Homem de Bem. Comparecemos pelo ATUALPA Noeli, Valéria Viana e eu, e por fim, ainda deu tempo para Djuena nos colocar para dançar ao som de sua música nativa. Retornamos às nossas casas com a responsabilidade ampliada para melhor fazer por nós, pelo próximo e pela divulgação da Doutrina Espírita. Djuena da tribo Tikuna canta o Hino Nacional Brasileiro (*) Articulista Espírita / Integrante da equide do ESDE e Vice-Presidente do GEABL. ENCARTE ESPÍRITA Palestras Públicas Datas Espíritas Evangelho no Lar ESDE e DIJ Agende-se Encontro de Trabalhadores 2 Maio / Junho 2014 JESUS - Farol dos faróis da Humanidade N Maurício Curi (*) o transcurso dos ciclos da vida, as páginas do tempo revelam cenários e principalmente personagens que não apenas marcaram a história humana, mas transformaram-na, agindo como faróis a iluminar e apontar, com segurança, os rumos mais seguros na infinita trajetória de evolução. Seres luminares e personalidades diferenciadas sempre povoaram e floresceram nos diversos campos do cultivo humano nas glebas de conhecimento, ciência, fé e transcendência. Graças a essas personagens, herdamos uns dos outros e de nós mesmos, no ir e vir das sucessivas romagens, em mergulhos nos escafandros carnais, as mais belas realizações de crescimento e incorporação de valores em rotas para existências menos sofridas, mais harmoniosas e plenas. Os expoentes que trouxeram suas colaborações, que se traduziram posteriormente em verdadeiros saltos na evolução de seus pares em suas épocas, enfrentaram, sem exceções, rejeições de todas as ordens em ações de extremada violência, recebendo o antagonismo da ignorância aferrada em mesquinhos e restritos interesses. As contradições no entendimento das razões existenciais sempre foram motivos para as mais variadas ações de conflitos, traduzidos em crimes e guerras que imprimiram e ainda marcam com sangue e lágrimas o solo da nossa querida Gaia. Compreensível que o fenômeno dialético evolutivo, observado nos processos de destruição, reconstrução e ressurgimento do edifício das realizações dos seres, poderia ser menos doloroso se houvesse mais esforço no emprego de decifrar o código íntimo inerente ao gênero humano e que jaz esquecido nos templos abandonados das consciências das criaturas. Para boa parte da população terrena, eis aí a assinatura do Criador na Criatura. Deus que se mostra presente, não apenas fora, na imensidão infinita de todo o universo, mas também dentro, no universo maravilhoso e pouco conhecido da natureza divina marcada na tessitura do espírito humano. A ideia transcendente de um poder absoluto, originário e sobre-humano que a tudo responde pela criação, sempre levou a todos os povos, desde os primeiros habitantes da raça humana, a buscá-lo de alguma forma nas mais variadas expressões da espiritualidade. O caráter divino, espiritual da criatura é a marca de Deus no homem, servindo-lhe de código seguro para as melhores resoluções de vida. Esta é, sem dúvida, a essência da tarefa educativa dos seres missionários em jornadas constantes no planeta em todas as épocas: auxiliar a extrair do íntimo dos seres seus potenciais divinos e construtores, traduzidos em conhecimentos e valores imperecíveis. Entretanto, dentre todos os grandes guias e educadores que passaram pela Terra em todos os campos do conhecimento humano, um se destaca de forma absoluta pela grandeza de que é possuidor e de sua mensagem, de seu amor infinito aos homens e a Deus. 1960 - 2014 Jesus. Este ser especial, Farol dos faróis, guia e governador do nosso planeta, sinalizando aos navegantes da nau terrestre, os rumos seguros pelos mares tormentosos da convivência humana. Seu faixo de luz indestrutível, abastecido pelo seu psiquismo amoroso, agindo em nome do Pai, oferece a misericórdia infinita em suas ações que não principiaram na manjedoura singela e tão pouco terminaram no madeiro infamante, todos vistos pelo prisma restrito da ignorância dos seres, no vislumbrar dilatado de Sua ação como divino emissário entre as criaturas terrenas. Ei-Lo, já como Cristo do nosso sistema, governador do nosso planeta que presidiu a formação física do nosso orbe e que abraçou há bilhões de anos, na nossa limitada compreensão de tempo e espaço, a tarefa de guiar nossa humanidade nas trilhas que nos levam ao regaço Paterno. Ele próprio estaria “fisicamente” conosco em promessa feita na espiritualidade maior, enviando primeiramente, vários embaixadores da sua mensagem a todos os cantos habitados da Terra. Contudo, nenhum destes grandes sábios e expoentes da humanidade, se equiparam à superioridade do meigo Rabi da Galiléia, que reduz a intensidade da própria luz, abrandando-a de tal forma a não ofuscar a nós e para que pudesse estar ao nosso lado sem nos humilhar. Singra nossa atmosfera terrestre como faixo luminoso que desce ao charco iluminando-o sem se contaminar. Reacende as esperanças de um novo ciclo de vida renovada para todos, vindo na noite escura das trevas das iniquidades humanas para acender estrelas de novos valores na noite dos corações dos homens. O Messias anunciado e previsto pelas vozes proféticas do seu tempo, chega ao cenário terreno pela via singela e obscura de uma furna cedida como hospedaria, e como berço, uma manjedoura na companhia de pastores e animais. O ambiente escolhido de simplicidade material absoluta, marca desde o início, o símbolo de valores do espírito traduzidos em humildade e riqueza espiritual, de valorização de todos os homens indistintamente, buscando o convívio com aqueles corações destituídos de separatismo social, econômico e político. Jesus, não olvidou o contato com as forças poderosas da sociedade material de seu tempo. Não negou a concessão das dádivas do seu conhecimento amoroso e libertador aos considerados “ricos de espírito”, de orgulho de raça e conhecimento de seu tempo. Ofertou, a todos os que o procuravam, a palavra franca e magnética que traduzia a Lei em sua feição pura, a verdade desconcertante aos iludidos pela posse efêmera dos bens perecíveis e temporais da matéria tais como: o poder político, o poder financeiro, o poder religioso, todos revestidos pelas túnicas das vaidades, orgulhos e egoísmos humanos. Dirigiu-se particularmente aos corações sinceros que habitavam as cidades singelas da Galiléia... Magdala, Dalmanuta, Cafarnaum... comunidades humildes à beira do Jordão, abençoadas pelo frescor de suas águas que espalhavam, em meio a aridez das montanhas e dos desertos ao redor, o perfume das rosas de sharom e dos jasmineiros dos muros velhos das cidades de Israel. Iniciava-se, ali, a epopeia de amor mais bela de todas na história da humanidade. Neste pequeno oásis, onde a natureza cantava seus hinos de paz e o povo simples se comprazia nas praias de tonalidades amarronzadas, de seixos pequenos e árvores frondosas ao derredor, que os pés do Mestre Nazareno caminharam estabelecendo terno convite para formação do seu primeiro círculo de discípulos mais próximos, buscando, inicialmente entre os pescadores do mar da galileia, os primeiros pescadores das almas sedentas de renovação. Ainda hoje, há muita dificuldade em dimensionar a superioridade, a grandeza, a importância e a envergadura moral do Messias. O homem do mundo acostumado a reverenciar a vitória estabelecida através da imposição do jugo do mais forte ao mais fraco, daqueles que impunham o peso de seus exércitos e de suas demonstrações de superioridade, evidenciadas nas construções de seus palácios, seus templos, de sua força e posição social de destaque, de títulos de nobreza que os distinguiam dos demais, não O compreendia e ainda hoje, muitos não O compreendem. Como pôde existir um governador sem palácios, sem ouro, sem exércitos e sem uma pedra aonde recostar a própria cabeça? Como compreender a aplicabilidade do perdão irrestrito e incontável? Como entender a possibilidade do amor desprovido de interesse sensual e egóico? Que amor era esse que transpunha todas as convenções, paradigmas e barreiras socioeconômicas e que ia além e se estendia até ao inimigo? Como entender “o retribuir o mal com o bem”? Até hoje, para muitos, soa quase absurdo... Contudo, vê-se nas ações de Jesus e de seus seguidores fiéis, a aplicação dessas máximas e as transformações poderosas que elas alcançaram e continuam a realizar, pela força do exemplo imperecível atravessando a história e influenciando milhões de corações desejosos por renovação. Que ser era aquele que falava de um Reino de Deus tão feliz? Onde as dores encontrariam solução, onde todos sem exceção tinham direito a acessá-lo, principalmente aqueles deserdados do mundo, os sofredores, doentes, esquecidos e vilipendiados da sociedade? Que espécie de líder era aquele que arrebatava a alma de quem ousava Fundado em 28 de outubro de 1960 - Reconhecido de utilidade pública federal SGAS Quadra 610 Conjunto D - CEP 70200-700 - Brasília/DF - Telefone: (61) 3443-2000 A Equipe do Jornal Brasília Espírita agradece a todos os irmãos que direta e indiretamente têm oferecido valioso apoio na divulgação dos ensinamentos do Consolador Prometido, seja no fornecimento de artigos, seja na revisão dos textos ou no serviço de distribuição. Registro no Cartório do 2º Ofício de Registro Civil do Distrito Federal. Bimestral. Editado pelo Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima Endereço: SGAS, Qd. 610 - Cj. D Brasília - DF CEP 70200-700 CNPJ 00.116.301/0001-85 Responsável: Lenira Pereira Viana Presidente do GEABL Editor: André R. 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Que inspirava nos corações mais endurecidos, um misto de admiração e medo? Que majestade oculta exalava de sua personalidade augusta que dominava todas as Leis, todas as ciências e que revelava aos homens um Deus acessível, misericordioso, justo, mas sobretudo amoroso? A voz de Jesus não cabia nos templos de pedra da hipocrisia humana. Suas pregações tinham por cenáculo a natureza, por companhia as águas do mar da Galiléia, os vales e as cidades mais simples em meio ao povo sofrido e dócil das comunidades menos abastadas do mundo judeu, que acolhiam suas palavras como bálsamos jamais experimentados, transformando-os para sempre, resgatando de dentro dos corações desiludidos, o Deus interno de força transcendental que os testemunhos de autêntica fé, haveriam de chocar e assustar os poderosos de todos os tempos. Suas palavras tinham por lastro suas ações e em todos os lugares, Jesus consolava, esclarecia, curava corpos, mas sobretudo beneficiava à todas as almas. Como guia, Ele não estabeleceu fronteiras entre Si e seu povo. Não estava encastelado no conforto dos palácios dos imperadores e nos tronos dos governantes e símbolos de autoridades máximas da época, ditando regras e impondo o seu cumprimento. Não indicava apenas o caminho, ia lado a lado explicando e vivenciando suas máximas morais, a aplicação da lei de amor no dia a dia de toda gente. Ainda no lar singelo, ao lado de sua mãe Maria e de seu pai José, escusou-se de não atender ao convite de ir ter em definitivo com os doutores da Lei, como desejava sua mãe, preocupada com sua melhor preparação, preferindo a escola do trabalho bendito no lar e na carpintaria de José. Viveu a vida simples com sua gente sem exaltação de sua personalidade superior, demonstrando que ninguém precisa sair do contexto em que se encontra para viver em sintonia com as Leis de Deus e cumprir a vontade do Pai. Dividia o pão, a água e o vinho com seus irmãos e fazia questão de compartilhar os atos do homem comum, mostrando a grandeza e dignidade abençoadas do trabalho mais singelo, humilde, contudo realizado com amor. Era em suma, o divino pastor por excelência, que por andar e viver junto à seu rebanho, usando as palavras do Papa Francisco: tinha nas vestes “o cheiro de suas ovelhas”. Educador amoroso por excelência, em nenhum momento foi visto julgando a quem quer que fosse. Respeitou a tal ponto a liberdade de pensamento, de arbítrio e ação do homem, que mesmo sabendo ser inocente, submeteu-se à prisão injusta, ao julgamento arbitrário e víl, ao açoite, escárnios públicos e, por fim, ao calvário humilhante. Exemplificou a sua mensagem até o momento extremo, pedindo perdão ao Pai por nós, preso a cruz da ignorância do homem. O Farol dos faróis segue, ao longo dos milênios, iluminando compassivamente os caminhos e alertando as nossas embarcações dos perigos escondidos nos recifes dos mares perigosos das perturbações humanas. Muitas destas embarcações têm relutado em seguir as seguras orientações dos faróis de todos os tempos e presentes em todos os mares da humanidade, resultando em naufrágios desnecessários, provocados pela incúria, orgulho e presunção dos seus capitães equivocados. No entanto, muitos já se orientam pelo farol luminoso que é a luz de Jesus nos roteiros das jornadas dos homens e estes uma vez conscientes, tornam-se por sua vez, lanternas as vezes mais fortes, as vezes mais singelas, outras, verdadeiros novos faróis com a missão de espalhar a luz do amor do Cristo por toda a Terra. A felicidade experimentada em auxiliar outros tantos irmãos infelizes, que ainda permanecem na retaguarda, deve constituir incentivo maior para que a criatura humana deixe, em definitivo, a posição de náufrago e passe a ser farol na escuridão das tormentas daqueles que anseiam pelo mínimo sinal de luz. (*) Articulista Espírita / Palestrante do GEABL/DF 3 Maio / Junho 2014 Texto contemplado no concurso A Doutrina Explica, ocorrido no período de março a setembro de 2012, com o objetivo de sensibilizar os participantes para o potencial de racionalização e explicação da realidade social e espiritual pela Doutrina Espírita, incentivar a leitura, o uso da biblioteca espírita e levar a conhecer alguma metodologia de pesquisa para apoiar o estudo doutrinário. A ABSTINÊNCIA DO CONSUMO DE CARNE TEM EMBASAMENTO NA DOUTRINA ESPÍRITA?1 Marcos Paulo de Oliveira Santos (*) imagens google: http://www.oconsolador.com.br/ano2/75/ A Universidade de Harvard (EUA) desenvolveu um estudo acerca dos estilos de vida e hábitos alimentares de 37.689 homens e 83.644 mulheres, durante 28 anos. As conclusões do estudo trouxeram à tona um ponto bastante polêmico no bojo das religiões espiritualistas, haja vista que, no decurso da pesquisa, 9.464 pessoas tiveram algum tipo de câncer em decorrência da ingestão excessiva de carne vermelha. Já mencionei em outro momento2 que a problemática da alimentação, especialmente daquela à base de carne, configura-se como um ponto nevrálgico das discussões espiritistas. Não se pode, contudo, adotar uma postura iconoclasta - longe de mim tal conduta nesse artigo-, tampouco ignorar o tema vultoso. É imperioso, sim, discutir e refletir! Mas, sempre calcados numa base epistemológica consistente; no bom senso. Assim, de antemão sublinhamos que é mister compreendermos o que diz a questão 723 da obra basilar, O Livro dos Espíritos: “A alimentação animal é, com relação ao homem, contrária à lei da Natureza?”. E, os espíritos redarguiram: “Dada a vossa constituição física, a carne alimenta a carne, do contrário o homem perece. A lei de conservação lhe prescreve, como um dever, que mantenha suas forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. Ele, pois, tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização” 3. Eis o ponto de pouca reflexão ou de radicalismo. É imprescindível a dissecação E NOSSOS JOVENS? Orson Peter Carrara (*) C onvido o leitor a refletir sobre a oportuna resposta da consagrada expositora espírita Sandra Borba, de Natal-RN, na entrevista que publicamos no portal www.oconsolador.com, de onde extraímos uma pergunta específica sobre a preparação de jovens e crianças para o trabalho espírita do futuro. Para acesso à íntegra da entrevista, acesse o endereço indicado, na edição 98, de 15/03/09. A pergunta e respectiva resposta sobre o tema ora abordado está abaixo para nossas reflexões: O Consolador: Em sua opinião temos preparado devidamente nossos jovens e crianças para o trabalho espírita do futuro? Resposta: De modo geral, pela experiência pessoal que vivo, creio que hoje o jovem tem mais espaço do que no passado, no movimento espírita. No entanto, tem ele também muitas outras solicitações e, convenhamos, adquirir estabilidade social hoje é mais difícil, sobretudo em face das exigências da vida profissional. Um curso de graduação não tem mais o mesmo peso de algumas poucas décadas atrás. Isso significa que o jovem, no meu entender, tem menos tempo do que nós tivemos para se dedicar à Doutrina e ao movimento, de modo geral. Essa é uma das razões pelas quais temos que investir no jovem desde os primeiros momentos, especialmente quanto aos aspectos doutrinários e aqueles voltados para as relações interpessoais. Não podemos nos descuidar, ainda, da formação específica para as tarefas que deverá assumir (de acordo com o perfil exigido pela tarefa), sem esquecermos a postura educacional: nem afastamento do jovem pelo rigor e desconfiança, nem paternalismo e o equívoco de que o jovem tudo pode. Agradeço até hoje aos que me disseram “não” e me admoestaram com carinho e respeito. Notem os leitores o detalhe final da oportuna resposta: nem afastamento ser destruídas de um dia para o outro, sem perigos graves. Consolemo-nos com a visão do porvir, sendo justo trabalharmos, dedicadamente, pelo advento de tempos novos em que os homens terrestres poderão dispensar da alimentação os despojos sangrentos de seus irmãos inferiores” .5 O trecho é bastante autoexplicativo e o próprio Emmanuel estabelece que podemos encontrar recursos para a nossa subsistência em fontes de origem vegetal. Outro espírito que corrobora o pensamento de Emmanuel é Humberto de Campos, que na obra Cartas e Crônicas, no capítulo “Treino para a morte”, tece a seguinte observação: “Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia. Diminua gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais. O cemitério na barriga é um tormento, depois da grande transição. O lombo de porco ou o bife de vitela, temperados com sal e pimenta, não nos situam muito longe dos nossos antepassados, os tamoios e os caiapós, que se devoravam uns aos outros” .6 O espírito André Luiz explicou no capítulo 9, “Problemas de Alimentação”, da obra Nosso Lar, que “muitos recém-chegados [...] duplicavam exigências. Queriam mesas lautas, bebidas excitantes, dilatando velhos vícios terrenos”, que quase colocaram toda estrutura da colônia em risco, por conta de vícios alimentares, dos quais podemos inferir que contenham também a famosa carne. Imaginemos a estrutura de uma colônia estar ameaçada por conta de problemas alimentares! Logo, a questão proposta neste artigo não é somenos importante, mas um convite à reflexão séria! Na obra Missionários da Luz, capítulo 4, André Luiz se mostra estupefato diante da temática do vampirismo. Todavia, seu mentor o indaga do motivo pelo qual ele se achava impressionado diante da situação e passa a descrever a ontologia humana: “(...) e nós outros, quando nas esferas da carne? Nossas mesas não se mantinham à custa das vísceras dos touros e das aves? A pretexto de buscar recursos proteicos, exterminávamos frangos e carneiros, leitões e cabritos incontáveis. Sugávamos os tecidos musculares, roíamos os ossos. Não contentes em matar os pobres seres que nos pediam roteiros de progresso e valores educativos, para melhor atenderem do jovem pelo rigor e desconfiança, nem paternalismo e o equívoco de que o jovem tudo pode. O trecho transcrito define bem a postura ideal: nem excessivo rigor e desconfiança, nem tampouco paternalismo ou o equívoco da libertinagem. É o desafio que pede o discernimento do dirigente. Afinal, não somos imortais no corpo. Breve deixaremos a vida na Terra, mas o trabalho vai continuar, com ou sem a nossa presença. Não é mais prudente preparar continuadores? Por outro lado, o final da resposta também é igualmente oportuno e importante: Agradeço até hoje aos que me disseram “não” e me admoestaram com carinho e respeito. A humildade de Sandra é indicada tanto para os jovens atuais quanto à postura dos dirigentes e coordenadores de nossas instituições. As observações devem vir saturadas de respeito e carinho; por sua vez, os jovens devem ponderar as razões dos “não” que recebem. Em tudo deveremos buscar equilíbrio. Quando optamos pela indiferença, pela imposição ou pela descrença no va- a Obra do Pai, dilatávamos os requintes da exploração milenária e infligíamos a muitos deles determinadas moléstias para que nos servissem ao paladar, com a máxima eficiência. O suíno comum era localizado por nós, em regime de ceva, e o pobre animal, muita vez à custa de resíduos, devia criar para nosso uso certas reservas de gordura, até que se prostrasse, de todo, ao peso de banhas doentias e abundantes. Colocávamos gansos nas engordadeiras para que hipertrofiassem o fígado, de modo a obtermos pastas substanciosas destinadas a quitutes que ficaram famosos, despreocupados das faltas cometidas com a suposta vantagem de enriquecer valores culinários (...)” 7. O texto acima é apenas um trecho, o rol exemplificativo do mentor é bastante vasto e vergonhoso para nós, denominados “civilizados”, porque demonstra o quanto somos maus nos tratamentos para com os animais. O artigo motivador desse texto demonstrou que a alimentação à base de carne faz mal ao ser humano. Um sem-número de pesquisas demonstra também o mesmo fato. Aqui pincelamos os apontamentos de alguns espíritos e concluímos que há dois caminhos a serem percorridos: o caminho simples, que é continuar se alimentando de carne e ignorar os ensinamentos espíritas e o caminho correto, que é se educar, tornando-se um colaborador da Vida. Bibliografia (*) participante do Concurso “A Doutrina Explica” de 2012 1-QUEIROZ, Nana. Estudo aponta que consumo excessivo de carne pode elevar riscos de câncer. Disponível em <http://www.correiobraziliense.com. br/app/noticia/ciencia-e-saude/2012/03/14/interna_ ciencia_saude,293198/estudo-aponta-que-consumo-excessivo-de-carne-pode-elevar-riscos-de-cancer. shtml>. Acesso em: 10/07/2012. 2- SANTOS, Marcos Paulo de Oliveira. Problema de Alimentação. Disponível em <http://www.oconsolador.com.br/ano4/174/especial.html>. Acesso em 10/07/2012. 3-KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 84.ed. Rio de Janeiro, RJ: Federação Espírita Brasileira, 2003. 4-Op. cit., 2003. 5-XAVIER, Francisco Cândido (médium); Emmanuel (Espírito). O consolador. 18. ed. Rio de Janeiro, Federação Espírita Brasileira, 1997. 6-XAVIER, Francisco Cândido (médium); Irmão X (Espírito). Cartas e Crônicas. 8. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1991. 7-XAVIER, Francisco Cândido (médium); André Luiz (Espírito). Missionários da Luz. 28. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1997. lor dos jovens, estamos atentando contra o futuro... Melhor valorizar, estimular e oferecer oportunidades. imagens google:http://artigos.gospelprime.com.br/files/2011/08/ (sem nenhum trocadilho!) do vocábulo “carne” para melhor interpretação do trecho. Aliás, o vetusto idioma português brasileiro é um filho profícuo do latim, logo, plurissignificativo por excelência! Assim, tomar o trecho de forma literal é empobrecer a intelecção textual. Quando se diz que a “carne alimenta carne”, os espíritos não se referem ao sentido concreto, real; utilizam-se de uma metáfora. Ora, o organismo humano não é constituído tão só de carne! Há inúmeros outros nutrientes necessários à sobrevivência humana. É de se estarrecer que há incautos que sustentam veementemente que os espíritos determinaram que se coma carne, porque senão cometeríamos suicídio! Sinceramente, é demonstrar uma leitura bastante superficial do trecho e, sobretudo, desconsiderar a questão 722, que diz: “Permitido é ao homem alimentar-se de tudo o que lhe não prejudique a saúde (...)”4. Acrescente-se a isso que o próprio Allan Kardec recomendou que se o Espiritismo estivesse equivocado em algum trecho demonstrado pela Ciência, ele abandonaria aquele equívoco e optaria pela argumentação científica. O problema constante da questão 723, não está desatualizado. As pessoas, infelizmente, não sabem interpretá-lo! O Livro dos Espíritos é atualíssimo! Mas, como a interpretação por si só não basta, vejamos o que nos diz Emmanuel, na obra O Consolador, questão 129: “A ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes consequências, do qual derivaram numerosos vícios da nutrição humana. É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos. Temos de considerar, porém, a máquina econômica do interesse e da harmonia coletiva, na qual tantos operários fabricam o seu pão cotidiano. Suas peças não podem Apresentamos, abaixo, “A abstinência do consumo de carne tem embasamento na Doutrina Espírita?”, trabalho de pesquisa recomendado para publicação. (*) Articulista Espírita / Palestrante MATÃO/SP 4 Maio / Junho 2014 Segundas e Quintas às 20h Domingo às 9h JUNHO MAIO TEMA DAS PALESTRAS Quin 01 Teresinha de Jesus LANÇAMENTO DA OBRA: “É TEMPO DE HARMONIA”. Dom 04 Flávio Bastos “EM TORNO DA ADOÇÃO DE FILHOS” Minha Família, o Mundo e Eu/ Camilo/ Raul Teixeira. 01/05/1864 - O Clero coloca as obras espíritas no índice de livros proibidos; Seg 05 Sérgio Castro “AJUDAR O SEMELHANTE”, Horizontes da Mente - Miramez, psicografia João Nunes Maia. Quin 08 Maurício Curi “A ÚLTIMA CEIA”, Boa Nova, Humberto de Campos, psicografia Francisco C. Xavier. Dom 11 Fabiano Augusto “MÃE”, Mãe, Antologia Mediúnica do Natal, Espíritos Diversos psicografia Francisco C. Xavier. Seg 12 Carmelita Indiano “MELANCOLIA DESTRONADA”, Horizontes da Mente - Miramez, psicografia João Nunes Maia. Quin 15 Niraldo Pulcineli “A POSSÍVEL SAÚDE INTEGRAL” Em Busca da Verdade, Joanna de Ângelis, psicografia Divaldo Franco. Dom 18 Cristina Leite Seg 19 Luiz Augusto “VITORIOSOS NA DOR”, Justiça e Felicidade, Walter Barcelos. Quin 22 Carlos Sá “PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS”. “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec. Dom 25 Adauto Santos “DEVERES DOS FILHOS” Leis Morais da Vida, Joanna de Ângelis/ psicografia Divaldo P. Franco. Seg 26 Saulo César “ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA DIVINA”, Justiça e Felicidade, Walter Barcelos. Quin 29 Warwick Mota “FRAGMENTAÇÕES MORAIS” Em Busca da Verdade, Joanna de Ângelis, psicografia Divaldo Franco. Seg 02 Vítor Ronaldo “EVOLUÇÃO MENTAL”, Horizontes da Mente - Miramez, psicografia João Nunes Maia. Qui 05 Sérgio Castro CONTINUAÇÃO DO ESTUDO DO LIVRO “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Allan Kardec. Dom 08 DIJ DIA DA FAMÍLIA Seg 09 Carmelita Indiano “LIMITE DO TRABALHO. REPOUSO”. “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec. Qui 12 Costa Júnior “ORAI PELOS QUE VOS PERSEGUEM”, Revista Internacional de Espiritismo,Lêda Maria. Dom 15 LUIZ AUGUSTO “O PODER EDUCATIVO DO BOM EXEMPLO” Livro: A Arte Moral de Educar os Filhos, Walter Barcelos. Seg 16 Roberto Versiani “A AUSÊNCIA DA PRÁTICA DO BEM”, Justiça e Felicidade, Walter Barcelos. Qui 19 Carlos Sá “O CÉU E A FELICIDADE DOS ESPÍRITOS”, Justiça e Felicidade, Walter Barcelos. Dom 22 Ricardo Honório “AS VINCULAÇÕES DOS MEMBROS DO LAR” Minha Família, o Mundo e Eu/ Camilo/ Raul Teixeira. Seg 23 Saulo César “A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS”, Em busca do Mestre, Vinícius. Qui 26 Fabiano Augusto “SÓ O ARREPENDIMENTO NÃO BASTA!”, Justiça e Felicidade, Walter Barcelos. Dom 29 Niraldo Pulcineli “TRANSTORNOS DE CONDUTA NA FAMÍLIA”, Constelação Familiar/Joanna de Ângelis /Divaldo. Seg 30 Warwick Mota “BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO MISERICORDIOSOS”. O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Maio 01 dores e Frero de Trabalha Encont 01/05/1880 - Nasce em Sacramento, MG, Eurípedes Barsanulfo 05/05/1927 - Nasce em Feira de Santana, BA, Divaldo Pereira Franco; 07/05/1878 - Nasce em Piracicaba, SP, Pedro de Camargo (Vinícius) ; 07/05/1934 - A FEB é considerada de utilidade pública pelo decreto lei 4.765; “A MÃE EDUCADORA QUE JESUS ESPERA NO LAR” Livro: A Arte Moral de Educar os Filhos. AGENDE-SE EABL quentadores G ra “É musical da ob Palestra líteroTerezinha de ?” ia on rm Tempo de Ha mente orando poetica de Jesus, expl gunse o “O Evangelh passagens de o” ism rit pi Es o do s su Je de rezinha Expositora: Te 04 DATAS ESPÍRITAS 08/05/1952 - Nos Estados Unidos, teve início o periodismo espírita mundial, quando foi publicada a primeira folha espiritista: “The Spiritual Telegraph”; 22/05/1885 - Desencarnação de Victor Hugo; 22/05/1932 - Moços espíritas se reuniram em São Paulo e no Centro Espírita Maria de Nazareth constituíram o primeiro núcleo de mocidades espíritas do Brasil; 27/05/1832 - Nasce em São Petersburgo, Rússia, o cientista Alexander N. Aksakof, espírita e diretor de dois jornais de estudos psíquicos; 30/05/1431 - Joana D´Arc é sacrificada na fogueira pela Inquisição; 01/06/1984 - Desencarnação de Hilpert Viana -Fundador do Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima; 03/06/1925 - Desencarnação de Camille Flammarion 12/06/1902 Nasce Jésus Gonçalves, chamado de O Poeta das Chagas Redentoras , em Borebi, São Paulo; 14/06/1902 - Desencarnação da médium Linda Gazera, em Turim, Itália; 16/06/1966 - Desencarnação de Peixotinho; 17/06/1832 - Nasce o cientista William Crookes em Londres Inglaterra. Ficou famoso pelas pesquisas sobre materialização de espíritos; 24/06/1943 - Desencarnação de Ernesto Bozzano; 26/06/1890 - Nasce a médium Linda Gazera em Roma, Itália; 28/06/1972 - Francisco Cândido Xavier responde a perguntas de alunos do Colégio Militar do Rio de Janeiro; 30/06/2002 - Desencarnação de Chico Xavier, o maior médium espírita do Brasil, O Mineiro do Século; Junho 01 TIVO / FEDF PAÇO FEDERA ES 07A RI TO RE DI DE REUNIÃO 08 Dia da Família 29 tivo nselho Federa Reunião do Co / FEDF Distrital - CRD FICENTE LANCHE BENE 2014 Atualpa recebe confrades espíritas da América do Sul. E LIN ) ON g.br ES .or IÇÕualpa R t C a INS ww. (w Atendendo à solicitação do Conselho Espírita Internacional – CEI e da Federação Espírita Brasileira – FEB, nossa Casa recebeu nos dias 8 e 10 de março irmãos do Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Uruguai que estavam em Brasília cumprindo agenda de capacitação de trabalhadores espíritas dos países da América do Sul. No dia 8 os confrades participaram como ouvintes, com direito ao esclarecimento de dúvidas, da Assembléia Geral Ordinária do Atualpa, que deliberava sobre as contas de 2013, bem como da prestação de contas daquele ano de todos os departamentos e diretoria. Foi um momento muito rico para trocas de experiências, apresentação das ações realizadas e em andamento, que tornou ainda mais gratificante a Assembléia. No dia 10 os confrades retornaram à nossa Casa para conhecer, in loco, onde se dão as atividades que são desenvolvidas pelo Atualpa, tais como o albergue, os consultórios médico e dentário, a cozinha e refeitório, as salas de estudo da infância, juventude e do ESDE, a sala da Campanha Auta de Souza, o Bazar permanente Irmã Virgínia, a sala da oficina de costura, dentre outros setores de assistência, promoção social e de ações doutrinárias. Agradecemos ao CEI e à FEB a oportunidade de recebermos os amigos e já esperamos sermos novamente brindados na próxima turma. EDITORA OTIMISMO www.editoraotimismo.com.br / http://editoraotimismo.blogspot.com.br SIBS - Qd. 03 Cj. C lt. 26 - Brasília/DF - cep.: 71736-303 (61) 3386-0459 (seg à sex das 8h às 12h e de 13h às 18h) Hilpert Viana (espírito) “Sabemos que, por causa do grau de imperfeição em que ainda nos encontramos, não conseguimos o equilíbrio e a paz duradoura nas nossas 24 horas do dia. No entanto, podemos e devemos garantir-nos, o mais tempo possível, voltados para o alto, na vertical em direção do mais alto, o que vai possibilitar assim uma atuação mais positiva e eficaz de grupos que se deslocam na esfera superior para ir ao encontro da permanência do bem a todos que, imbuídos do desejo de melhorar-se e de ser instrumento útil nesse Universo imenso, atuem, dissolvendo animosidades, pensamentos e sentimentos difíceis que possam trazer transtornos futuros, bem como espalhando paz e certeza na proteção daquele que nos criou para o bem e para a felicidade eterna.” INTERNET IMPRESSÃO A DISTÂNCIA www.eplace.com.br (61) 3552-3691 2ª Avenida Bloco 565 B Loja 01 Núcleo Bandeirante Encarte do Jornal Brasília Espírita - Maio / Junho - 2014 Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima Expressando a Pedagogia do Amor Conceição Cavalcante (*) O Evangelho é Jesus falando ao nosso coração. Mestre por excelência, pois exemplificava tudo o que falava, Jesus fez de sua Vida o mais belo poema de amor de que a história da humanidade tem notícia. Pedagogo Divino, Sua didática se utilizava de versos, histórias e poesias para tocar o nosso coração e iluminar a nossa mente com o propósito de nos revelar que Deus é amor e, assim, nos estimular a amar como Ele nos amou. Neste contexto, Jesus nos revelou que a arte é a linguagem do sentimento que, aliada ao Evangelho, desperta em nós a mais sublime emoção, estimulando-nos a fazer brilhar a nossa luz e sermos melhores a cada dia; estimulando-nos a enfrentar com destemor as provas e expiações do cotidiano; alimentando em nós a certeza e a fé na Vida Futura. Eis a proposta do Encontro de Trabalhadores do Grêmio Espírita Atualpa neste ano em que se comemora o sesquicentenário da obra “O Evangelho segundo o Espiritismo”: descortinar o consolo de passagens extraídas dessa obra singular por meio da arte. A sua execução possui cinco momentos marcantes descritos no roteiro a seguir... ra. Fora vítima de varíola hemorrágica. Sofrera muito. Acabara sangrando e com febre alta. De todos os acometidos na cidade, tinha sido o único que sucumbira. Agora, após as orações da noite, José Lourenço, o amigo de Momento 1: Apresentação das Salas de Exibição Os participantes são direcionados a uma das cinco salas de exibição conforme o caso que haja selecionado para sua reflexão. As referidas salas apresentarão artisticamente trechos extraídos da obra “O Evangelho segundo o Espiritismo”. Os casos são extraídos de obras da literatura espírita e serão revelados na penúltima parte do encontro. infância, recordava os acontecimentos daquele dia triste. O desconsolo da pobre viúva... As lágrimas dos filhinhos órfãos... Debatia consigo mesmo o ocorrido. Era espírita. Compreendia muitas coisas. Entretanto, JoaNa sequência, temos a relação quim era moço e partira cedo dedos casos por sala de exibição: mais. Vivia bem com a família. Visitava os necessitados e socorria Sala de Exibição 1 – O Caos enfermos. É verdade que não minho, a Verdade e a Vida se ligara a religião nenhuma. Era, contudo, extremamente caridoso.” Caso 1: José Lourenço não entendia por “Joaquim Peixoto desencarna- que o amigo desencarnara assim, com tamanho tormento. Sala de Exibição 2 – O Consolador Prometido Completando dezoito anos, fugiu de casa, abolindo as obrigações afetivas. Declarava-se tolhido e cansado. (...) Os anos correram. Ele prosperou. Adquiriu maiores experiências. Ganhou abastança. Casou-se. Conservava, no entanto, o velho e amargoso ressentimento contra os pais...” Caso 2: “O moço estava melhor dos pulmões no hospital serrano em que se tratava. Mas a notícia do jornal era de estarrecer. O chefe da grande organização a que o rapaz servia, seguira para a Europa e o diário mencionava esta frase ter- Sala de Exibição 4 – A Fortarível, no corpo da notícia: _“Antes leza da Fé Raciocinada de viajar, o diretor despediu todos Caso 4: Berenice envidará inúmeros esforços para engravidar, confiando sempre na ajuda dos bons espíritos. Certo dia, recebeu de seu ginecologista a notícia que tanto esperava. Finalmente, estava grávida. Todavia, ao longo de quatro meses sofreu consecutivos sangramentos, recebendo orientações médicas para se manter em repouso absoluto a fim de sustentar a gravidez. Mesmo diante dessa situação, Berenice continuou a confiar na assistência espiritual. Quando entrou no 5º mês de gestação, foi informada por sua amiga de que, em reunião mediúnica, os amigos espirituais pediram lhe para avisá-la que continuasse confiando em Deus, pois eles iriam ajudá-la. Nesta mesma noite, acordou de madrugada com sangramento e teve de ser levada às pressas para o hospital. Aflita, perguntou-se: “Meu Deus! O que está acontecendo?” Sala de Exibição 5 – O Chamado Caso 5: “Sebastião Lobo, estimado motorista, depois de afeiçoar-se ao Evangelho, fizera-se mais consagrado à oração. Mas, justamente neste dia, Sebastião rixou com alguns colegas, perdeu a calma, abusou da velocidade, foi multado, desentendeu-se fortemente os empregados.” O doente soou frio. Estava sem com o posto fiscal. À noite, no instante das oratrabalho... E agora, o que fazer?” ções, sentia-se envergonhado. E, Sala de Exibição 3 – Apren- ao avistar o seu mentor espiritual, insatisfeito consigo mesmo, disse dendo a amar em voz alta: -Meu amigo, meu irmão, como Caso 3: proceder?” “Era o filho único do casal. Criado com amor, porém com Momento 2: Refletindo sobre férrea disciplina, muito criança aina mensagem da, já se queixava da falta de liberNesse momento, os participandade. tes têm a oportunidade de refletir Crescia, desse modo, revoltado, embora o constante carinho no individualmente sobre o conteúdo das mensagens apresentadas nas lar. 6 Encarte do Jornal Brasília Espírita salas de exibição, descrever em um papel os sentimentos despertados ao assisti-las, e aplicar o seu conteúdo ao caso anteriormente selecionado. Após o que lerão a história completa do referido caso e compartilharão em grupo a reflexão individual com aqueles que selecionaram o mesmo caso. Momento 3: Aprendendo a expressar sentimentos Os participantes escolhem a expressão artística com a qual mais se identificam (ex.: música; dramatização; poesia; artes plásticas; literarterapia) para trabalhar trechos previamente selecionadas da obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Momento 4: Declarando Sentimentos É o instante de se registrar em uma frase, trova, canto ou poesia o significado do que se viveu durante o Encontro em resposta à pergunta: “O que o Evangelho Segundo o Espiritismo” representa em sua vida?” Essas respostas serão fixadas em um mural e aqueles que quiserem, poderão externá-las publicamente. Que além da vida que se tem Existe uma outra vida além,e assim, O renascer, morrer não é o fim. Tudo que aqui Ele deixou Não passou e vai sempre existir; Flores nos lugares que pisou E o caminho certo pra seguir. Eu sei que Ele um dia vai voltar E nos mesmos campos procurar o que plantou; E olhar o que de bom nasceu; Chorar pela semente que morreu sem florescer. Mas ainda há tempo de plantar; Fazer dentro de si a flor do bem crescer Pra Lhe entregar quando Ele aqui chegar. Tudo que aqui Ele deixou Não passou e vai sempre existir; Flores nos lugares que pisou E o caminho certo pra seguir.” Momento 5: Cantando para e Ilustrando o Momento 4 do refecom Jesus rido roteiro com o depoimento de organizadores do Encontro: Todos são convidados a cantar “O que o Evangelho Segundo o a seguinte canção: Espiritismo” representa em sua vida? O Homem (Música de Roberto e Erasmo Carlos) Lucimar: ção. Ele pelos campos caminhou, Subiu a montanha e falou do amor maior. Fe a luz brilhar na escuridão O sol nascer em cada coração que compreendeu... m ge a en ães m Ho M às MÃE, FITA O CÉU Vallado Rosas (do livro Mãe, Chico Xavier) Samita: “O Evangelho teve e ainda tem um papel fundamental em minha vida. Sempre o li e o estudei, seja no culto do lar ou nos estudos na casa espírita. Mas o evangelho só virou livro de cabeceira após um período difícil que passei na minha vida. Quando eu tinha entre 15 a 17 anos, minha mediunidade eclodiu e comecei a ouvir muitas vozes Contempla, Mãe, o Lar que se constela Um dia, após não conseguir pegar no sono por conta das vozes, eu me levantei de madrugada e fui no quarto dos meus pais. Acordei minha mãe e contei a ela o que estava acontecendo. Minha mãe sabiamente falou: “Então lê o Evangelho antes de dormir.” Desde então virei leitora assídua do Evangelho, principalmente antes de dormir. As vozes foram diminuindo e comecei a frequentar reunião de educação mediúnica, da qual até hoje participo. Como leio com frequência o Evangelho, consigo lembrar das lições de Jesus em outros momentos de dificuldades e de alegria.” Margarida: “O Evangelho Segundo o Espiritismo” é o meu guia para o exercício do bem. É a trilha de harmonia para a canção da minha vida.” Adolfo: “O Evangelho representa o ensinamento de Jesus Cristo com as elucidações trazidas pelos espíritos amigos e, como tal, representa uma bússola para orientar o meu caminho.” Conceição: “Recordo-me que em todos os momentos de aflição vividos em família, meus pais liam o Evangelho antes de orar e, logo após, rogavam o auxílio dos espíritos protetores para nos elucidar. Cultivamos este hábito até hoje. No Culto do Evangelho no lar, esta sempre foi a obra norteadora de nossos comentários. Neste instante em que me organizo para trabalhar artisticamente trechos dessa obra, percebo que as suas palavras ao serem lidas, interpretadas e vividas concentram as vibrações amorosas do Mestre Jesus, resgatando a sua presença entre nós. (*)Articulista Espírita do GEABL , Coordenadora do Departamento de Arte e Cultura Espírita - DACE tristeza, Vence o frio da dor que te enregela Na sublime amplidão, na Luz procela, Acesa Da imensidade azul, estranha e bela!... Anjo na cruz de espinhos da (Adaptação da história: “Visão de Eurípedes”, capítulo 27 do Livro “A Vida Escreve”, psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira e ditado pelo espírito Hilário Silva). Dorme o apóstolo de Sacramento E num suave desdobramento É levado aos cumes da espiritualidade. Numa região de infinita beleza, Eurípedes Barsanulfo tem a certeza Que o ampara algum anjo de bondade. E o Benfeitor ao caminhar Consegue alguém avistar, Um homem iluminado e em meditação. Quem seria afinal? Seria alguém especial? O ser tem o rosto coberto pelas mãos. Eurípedes sente que não deve avançar E de imediato o ser deixa-se mostrar: Era o Cristo, era Jesus! O jovem não sabia o que dizer, Jamais sonhara ter o prazer De estar à frente do Homem Luz! Mas o Rabi estava chorando, O apóstolo não estava sonhando, Cristo tinha um pesar profundo. Eurípedes, comovido, tenta ajudar E a certa altura vai indagar: “Choras pelos descrentes do mundo?”. E o Messias gentil e melancólico, Naquele local bucólico, De belezas que iluminam, Olhando-o fala que chora Pelos que perdem suas horas, Que conhecem o Evangelho e não o praticam! Eurípedes sem dizer nada, Desperta em plena madrugada Sem mais conseguir dormir E sem contar nada a ninguém, Vivenciou somente o bem Até o fim de o seu breve existir! Herlen Lima Por isso, sinto que o Evangelho é como um farol que ilumina a minha vida e de todos aqueles que se permitem abri-lo, lê-lo, estudá-lo e lutar por vivê-lo.” De esperança, de paz e de beleza. Visão de Eurípedes imagens google:http://api.ning.com/jovens.jpgcarne.jpg “Fez-se luz sobre os nossos corações naquele abril de 1864. Kar“Um certo dia um Homem dec, o professor dedicado e amoesteve aqui roso, compila os ensinamentos Tinha o olhar mais belo que dos espíritos superiores em mais já existiu; uma obra: “O Evangelho Segundo Tinha no cantar uma ora- o Espiritismo”, a chave para entenção der Jesus. Para mim, o Evangelho na aleE no falar a mais linda cangria é sublime; na dor, aconchego, ção que já se ouviu. acalanto. Archote divino em nossas mãos, iluminando os camiSua voz falava só de amor; nhos em direção ao Divino Mestre Todo gesto seu era de amor que aguarda todos nós, paciente e E paz, Ele trazia no cora- amorosamente.” na hora de dormir e também via espíritos com frequência. Apesar de nascer no lar espírita, foi realmente assustador. Para mim foi como respirar muito bem após um grande período com nariz entupido. No início eu tentava ignorar a mediunidade, hoje eu sei que foi a pior escolha. Quando eu via algum espírito e ele falava comigo, eu fingia que não o via e nem o ouvia. Mas durante a noite meu sono era perturbado pelas vozes distintas e eu demorava muito a dormir. Maio / Junho 2014 E ergue os olhos, acima da Da amargura, da sombra e da incerteza!... Além da angústia que te aflige os passos, Eurípedes Barsanulfo Verás teus filhos nos Divinos Braços, No milagre da fé serena e forte!... E sentirás, enfim, ditosa e crente, Que teus filhos te buscam docemente, Estendendo-lhe as mãos, além da morte!...