“Formar cabeças bem feitas e não tanto bem cheias

Transcrição

“Formar cabeças bem feitas e não tanto bem cheias
Companhia de Maria
pessoa. É testemunha próxima, capaz de escutar e de
fazer-se guia. Em sua relação, “mescla a doçura com a
severidade, a suavidade com a eficácia e a caridade com a
justiça, segundo as circunstâncias”17.
“
Formar
cabeças bem
feitas e não
tanto bem
cheias
A conversação, o diálogo em liberdade é um meio
concreto para possibilitar o encontro e para resolver
dificuldades 18.
n 16. “Formação de cabeças bem feitas, e não cheias” 19
A educação tem papel relevante na construção da
identidade da pessoa; por isso, a Companhia de Maria
conta com uma pedagogia que ajuda a estruturar o
pensamento, incentivar a pesquisa e formar o sentido
crítico e criativo.
Para além da transmissão de conteúdos, potencializa-se
o desenvolvimento da interioridade: ser; das capacidades:
saber; das habilidades: saber fazer; das motivações:
querer fazer. Ao mesmo tempo, estimula-se a formação
de um pensamento reflexivo, aberto e solidário.
O desenvolvimento integral da pessoa exige que
articulemos os saberes humanísticos com os científicos
17
Documentos Fundacionais, o. c., pp. 70, 5 e 138, 6. Algumas destas afirmações se
baseiam no que já foi expresso por Montaigne: “A educação deve ser realizada com
severa doçura…”. Cf. Ensayos, o. c., L. I. cap. XXVI, p. 198.
18
Cf. HO., 1964, p. 117. Joana de Lestonnac retoma as ideias de Miguel de Montaigne sobre a importância da liberdade para o diálogo e de corrigir sem ferir: “Inicio
uma conversação com grande liberdade e facilidade… Nenhuma ideia me assusta,
nenhuma crença me fere, por contrária que seja à minha”… “Nos negamos a que
nos corrijam, quando deveríamos buscá-lo e fazê-lo, em particular se for a título de
conversação, e não de ensinar”. Cf. Ensayos, o. c., L. III, cap. VIII, pp. 892-893.
19
O conteúdo desta expressão de Miguel de Montaigne: Ensayos, o. c., L. I, cap.
XXVI, p. 185, é assumido por Joana de Lestonnac.
16